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Prof. Marcos Aurélio Tarlombani da

Silveira

O Planejamento Urbano e o

Planejamento Estratégico

Planejamento urbano

Planejamento

Urbano

Fenômeno Urbano em sua dimensão espacial

Urbanismo

Desenho UrbanoProcesso Social

Conflitivo

PROJETO DE CIDADES

Ordenar o uso

do espaçoEnfoque

Multidisciplinar

Planejamento Urbano

Planejadores

Urbanos

Conceito comum:

aspecto físico da cidade,

(“embelezar”, confortabilidade,

circular, ocupar espaços).

Processo de produção

Estruturação

Apropriação do espaço

urbano

É preciso planejar

para evitar os impactos

negativos do

crescimento urbano

Avenue des Champs Elysées

Meio físico x Meio social

Lógica: Atividades x Fluxos

• O sítio geográfico (suporte “natural” modif.)

• Parcelamentos e uso do solo (atividades)

• Tipos de edificação (renda)

• Vias e movimentos (fluxos)

• Infraestruturas em rede (demandas)

• Monumentos e outros elementos da paisagem urbana

Decisões / Gestão Urbana

• Públicas

• Privadas

A cidade como

um “campo de

forças”

um sistema

complexo,

aberto.

Espaço Urbano

Insumos

Água

Energia

Materiais

Alimentos

Recursos $

Produtos

Cultura

Informação

Poluição

Esgotos, etc

Território

&

Sistema

Urbano

Economia Urbana

• Oferta x Demanda variam cf.

– Solo urbano e rural

• Espaço Construídos/Espaços Livres

• Densidades (custos de urbanização)

• Atividades (valorização x desvalorização)

– Infraestruturas (energia, água, esgoto)

– Serviços (transportes, segurança, comunicação)

– Equipamentos (abastecim., educação, saúde)

– Renda/consumo (modo de vida, cultura, lazer)

• O território urbano é um espaço socialresultante de uma rede complexa de relações,cuja representação e apreensão (técnica)ultrapassa as três dimensões da geometriaclássica.

• O território urbano é um objeto trans-disciplinar (de nenhuma área específica, mascarece de várias disciplinas, enfim).

PLANEJAMENTO URBANO

• Processo de criação e desenvolvimento deprogramas que buscam melhorar ourevitalizar certos aspectos (ex.: qualidade devida da população) dentro de uma certa áreaurbana; ou Processo de planejamento deuma nova área urbana em uma dada região;

• Atualmente lida com processos dePRODUÇÃO, ESTRUTURAÇÃO eAPROPRIAÇÃO do espaço urbano

Introdução: da crítica do planejamento urbano a

um planejamento crítico

Nos últimos 30 anos o Planejamento urbano

vem sendo criticado em duas vertentes:

• Crítica da esquerda – crítica a Escola de

Chicago por prezar o individual, o consumismo

e a “lei do mais forte” e não social;

planejamento urbano instrumento a serviço do

status quo capitalista. A “falácia” marxista.

• Crítica conservadora – contexto

neoliberal e “falência da intervenção

estatal”. Substituição de planejamento por

gestão. Planejamento subordinado aos

interesses do mercado. Negação do

Estado como administrador, mas

utilizando benefícios destes (terrenos,

subsídios, isenções tributárias, etc).

Planejamento deve buscar necessidades básicas e não

básicas; tanto materiais quanto imateriais.

• Igualdade dos

indivíduos

enquanto seres

humanos

merecedores de

tratamento

igualmente

digno e

respeitoso.

• “Tratar os iguais

igualmente e os

desiguais

desigualmente,

não é justo”

(ARISTÓTELES)

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São Paulo..

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Alagados, Salvador.

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Área de Fundo de Vale

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Área de Fundo de Vale

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Fundo de Vale

O Planejamento Urbano

EstratégicoPlano institucional

Plano normativo

Plano Físico territorial Plano Diretor

Ordenamento Territorial Urbano

O Planejamento Estratégico

Globalização

Papel das cidades

Competitividade urbana Marketing das cidades

Aumentar o potencial das cidades – responder

às demandas globais – exploração das reais

potencialidades da cidade.

O Planejamento EstratégicoCidades – necessidades

imediatas

Recursos limitados

PE valoriza a capacidade

de promoção

Urbanismo contemporâneo - negociação.

Grupos participativos e ativos para um bom

Planejamento Estratégico de Cidades.

Estado

Governos

regionais e locais

Grupos

Políticos

Empresas

Multinacionais,

nacionais e locais

Privadas e

do Estado

Universidades Ongs

Fundações

Sindicato dos

trabalhadores

Associação de

moradores

Entidades e

órgãos

de governo

Cidadãos

Entidades de classe

Ter uma visão e objetivos definidos.

Assoc. Comercial

Adaptado de Cabanillas (s/d)

O planejamento urbano no Brasil

• Desenvolvimentismo desmesurado ocupou espaços sem planejamento = caos urbano, afastamento periférico da pobreza e pólos industriais poluidores;

• 1960: população urbana = 44,7% do total (31 milhões);

• 1970: população urbana = 55,9% total;

• 2000: 81,2% da população vivia em cidades (137 milhões de habitantes;

• 27,6% dos municípios do Brasil têm favelas;

• Há favelas em 56,6% “ “ com 50-100 mil hab.

• FALTA DE PLANEJAMENTO ?

Política Urbana

A Política Urbana é o conjunto de

providências que objetivam ordenar os

espaços habitáveis, organizando todas as

áreas em que o ser humano exerce

funções sociais: Habitação; - Trabalho; -

Recreação (lazer); - Circulação - Visa a um

só tempo, proporcionar melhoria das

condições de vida da sociedade

Plano Diretor (CF/182, § 1o.)

• Instrumento de planejamento básico dapolítica de desenvolvimento e expansãourbana; É obrigatório para cidades com maisde 20 mil habitantes; Depende de aprovaçãolegislativa municipal = princípio dalegalidade; Deve ser adaptado àscaracterísticas da comunidade e dinâmico,para ordenar o crescimento da cidade; Nãodeve conter projetos executivos de obras eserviços, mas um roteiro norteador deempreendimentos futuros; Deve indicarprecisamente o que será operacionalizadopara a execução das obras e serviços ouatividades

Plano Diretor

Modelo

Ministério das Cidades

Paraná-cidade

Estatuto das Cidades Lei

10.257/2001:• regulamenta a CF, nos art. 182 e 183; Art. 2o.

estabelece as diretrizes (princípios)norteadores da política urbana, cujo objetivoé ordenar o pleno desenvolvimento dasfunções sociais da cidade e da propriedadeurbana: garantia do direito a cidadessustentáveis; - gestão democrática por meioda participação - cooperação entre osgovernos - ordenação e controle do uso dosolo, - justa distribuição dos benefícios eônus decorrentes do processo deurbanização;

REFERÊNCIAS• ALMEIDA, J. Ribeiro de. Planejamento Ambiental. (2a edição revista e atualizada) Rio de Janeiro, Thex Editora,

1999.

• Balanced Scorecard . [s.l] [s.d] Disponível em <httm// www.qpr.com>. Acesso em 24 nov 2005

• Estatuto da Cidade – Fundação Prefeito Faria Lima CEPAM, São Paulo, 2001

• Estatuto da Cidade – Guia para Implementação pelos Municípios e Cidadãos. Câmara dos Deputados, Brasília, 2001.

• MARICATO, Ermínia: "Brasil,Cidades:alternativas para a crise urbana". SP: Vozes, 2002.

• OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico. Conceitos e metodologias práticas. São Paulo. Atlas. 2004

• PAGNONCELLI, Dioniso. Cidade, capital social planejamento estratégico. O caso de Joinville. Rio de Janeiro. Esevier. 2004

• REZENDE, Denis Alcides. Planejamento estratégico municipal. Rio de Janeiro. Brasport. 2005.

• SOUZA, Maria A Adélia de Souza. Sobre planos diretores: em busca da urbanidade. São Paulo: exemplar digitalizado, IEA/USP, 19.