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Oficina temática nº7 O Ensino da Escrita: Dimensão textual

O formador residente:António Marcelino Fernandes

9 de Março de 2010

Direcção Regional de Educação do Centro

Agrupamento

de Escolas

de Abraveses

“Tenho as mãos tão quentes, quentes de amassar o poema”

Eugénio de Andrade

A escrita - Dimensão textual António Marcelino 2

Sumário

1 - Enquadramento teórico

• Ligação com a oficina temática anterior;

• Parafraseando Vygotsky;

• Questões para pensar, reflectir e provocar…

• Algumas considerações sobre o processo de escrita que remetem para o seucarácter de complexidade, para aspectos que a dificultam e ou facilitam;

• Princípios orientadores no ensino da dimensão textual da escrita;

• Modos de acção no ensino da dimensão textual da escrita;

• Práticas integradoras: ciclo de escrita e sequências didácticas;

2 – Oficina de desenvolvimento da escrita: dimensão textual• Exercícios práticos e propostas de actividades: ciclo de escrita no textonarrativo, informativo e numa notícia.

• Breve abordagem à implementação da sessão tutorial


Dimensões activas na produção de um texto

Competência relativa à forma de combinarexpressões linguísticas para formar um texto.

Dimensão ortográfica

Competência relativa às normas queestabelecem a representação escrita daspalavras da língua.

Dimensão gráfica Competência relativa à capacidade de escrevernum suporte material, os sinais em que assentaa representação escrita.

Dimensões abordadas na sessão anterior

Dimensão a abordar explicitamente na sessão de hoje

4A escrita - Dimensão textual

António Marcelino

Citações e revisitações aos textos de VYGOTSKY. Uma reflexão interessante e muito actual…

A escrita deve ter significado para a criançadespertando nela a necessidade intrínseca de serincorporada numa tarefa necessária e relevante para avida.

A escrita deve ser ensinada naturalmente como uminstrumento natural no seu desenvolvimento e nãocomo um treino imposto de fora para dentro.”

(Vygotsky, 1988)


Questões para pensar, reflectir e provocar…

Será que quando trabalho a dimensão textual da escrita,compreendo e tenho presente a complexidade desse processo ?

Será que uso estratégias de operacionalização da escrita ou limito-me a propor produção escrita sobre determinados temas e no fimavaliar, com mais ou menos anotações, o produto final?”

Será que na sala de aula uso práticas integradoras na promoção daescrita?

Será que na competência da escrita, enquanto docente, coloco oenfoque mais no processo ou produto?

A escrita - Dimensão textualAntónio Marcelino 6

Será que quando peço aos alunos que escrevam um texto,lhes dou instruções precisas do que pretendo?

Será que ajudo os meus alunos a pensar sobre o que vãoescrever?

Será que meus alunos quando escrevem estão a comunicar?

As situações de escrita que promovo são sistemáticas,explícitas e verdadeiras?

Questões para pensar, reflectir e provocar…(cont.)


“…a minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual,por trás da mão que pega no lápis, dos olhos que olham, dos ouvidosque escutam, há uma criança que pensa.

Emília Ferreiro

Por que os alunos não aprendem a escrever? Atrevo-me a responder(...) pela simples razão que, na escola, não se ensina a escrever(FONSECA, 1994).

Na escola, segundo (CALKINS, p. 22), o essencial, para ensinar aescrever, é que os alunos estejam profundamente envolvidos com aescrita, que compartilhem seus textos com os outros e que percebama si mesmos como autores.


Algumas considerações sobre a escrita

Algumas considerações sobre a escrita(cont.)

Desde o início: a aprendizagem da escrita é um processo longo,lento e complexo.

A aprendizagem da escrita beneficia de actividade pessoalfrequente, logo, de uma prática intensiva e sistemática.

A maior autonomia na produção textual permite uma melhorexploração das potencialidades da escrita para:

- Expressar sentimentos, ideias, opiniões, juízos de valor

- Formular conceitos e conhecimentos;

- Registar vivências e projectos pessoais;


“Sobre o que vou escrever?”

“Como vou começar?”

“O meu texto não tem uma estrutura. O que vou fazer?”

“Como dar vida ao meu texto?”

“Como inserir pormenores, sem sair do tema proposto?”

“Como escrever aquilo que é tão pessoal?”

“Sempre aprendi a escrever usando ideias de outros. Como vou escrever,

expondo as minhas próprias ideias?”

“Não gosto do que eu escrevo? O que faço?”

Exemplo de alguns obstáculos que os alunos têm serultrapassar ao produzir um texto


a)escassez e artificialismo das situações de produção de texto;

b) ausência de destinatário e de objectivos concretos condutoresda escrita (objectivo primeiro e último da escrita é comunicar)

c) o aluno escreve quase exclusivamente para ser avaliado e é-o,apenas, em relação ao produto final. (2001)

Emília Amor refere que os alunos apresentam problemasna escrita pelas seguintes causas:


Que o aluno crie uma relação amigável com os escritos;

Que tenha confiança na sua própria capacidade para produzirtextos com sentido;

Que circule no mundo do escrito como circula em sua casa;

Que ganhe cada vez mais consciência de que o processo deconhecimento do escrito nunca acaba, já que a variedade de textosé enorme, pois as novas tecnologias fazem aparecer novos tipos detextos e que, afinal, ainda há muito para descobrir sobre as culturasescritas.” Pereira&Azevedo (2005:15)

Aspectos facilitadores da aprendizagem da escrita


“compreender os diferentes usos que as pessoas fazem daescrita, que não se reduz aos usos que a escola faz aosolicitar cópias, ditados, completar de frases, redacções,…

“compreender as funções sociais da escrita, isto é, que elaé usada para dar ou receber informações, para questionar,para convencer, para instruir, para permitir a organizaçãodas pessoas no tempo e no espaço, para divertir, paraentreter…”

Pereira&Azevedo (2005:45-46)

A aprendizagem da escrita implica:


António Marcelino

Quem escreve (um ou vários autores);

Para quem se escreve (quem é o destinatário);

Sobre o que se escreve (conhecimento activado, conhecimento disponível ou a

procurar);

Quais os objectivos de escrita (que funções da escrita a pôr em prática);

Como escreve (instrumentos a utilizar, recursos mobilizados, colaboração

recebida e em que parte do processo);

Em que meios ou suporte permanecerá o texto escrito (caderno, jornal…);

Que resposta obter (respostas a cartas, questionários, apreciações,

comentários…).

O professor tem o poder de desencadear situações emque se recorre à escrita.


António Marcelino

Ensino precoce da produção textual.

Ensino que proporcione uma prática intensiva .

Ensino sobre textos de géneros diversificados, social e escolarmenterelevantes.

Ensino sequencial das actividades de escrita .

Ensino que permita uma regulação externa e interna da produçãotextual.

Ensino que assegure uma gradual complexificação da produção textual

A competência compositiva ou textual não é uma competênciaautomatizada porque: a) cada texto coloca novos desafios b) apresentapossibilidades alternativas quanto à sua construção.

Princípios orientadores gerais sobre a escrita


Dois princípios específicos e pedagogicamente dos muito relevantes no ensino da escrita

1- Desenvolver competências no âmbito da escrita pressupõe oensino do processo, isto é, o trabalho explícito sobre as suasdiferentes componentes(três subprocessos)

– Planificação

– Textualização (redacção, pôr em texto…)

– Revisão

2- Desenvolver competências no âmbito da escrita pressupõe aprodução de géneros diversificados de textos, escolar esocialmente relevantes.


O ensino da expressão escrita não se esgota no conhecimento

indispensável da caligrafia e da ortografia, mas abarca processos

cognitivos que contemplam o planeamento da produção escrita

(selecção dos conteúdos a transmitir e sua organização), a

formatação linguística de tais conteúdos (selecção dos itens lexicais

que os exprimem com maior precisão, sua formatação em

sequências bem formadas, coesas, coerentes, e adequadas), o

rascunho, a revisão, correcção e reformulação e, finalmente, a

divulgação da versão final para partilha com os destinatários.


Parafraseando Sim-Sim, et al. (1997)

Das investigações da última década, surge uma nova perspectiva deanálise da escrita: o foco de atenção que deixa de ser o produto finale as suas características para passar a ser o acto de escrita em simesmo, isto é, o processo de construção do texto (cf. CARVALHO,1999).

o modelo de Flowers & Hayes (1981) constitui um marco dereferência na investigação sobre a problemática da escrita: Eleenvolve três subprocessos. A saber:

a planificaçãoa textualizaçãoa revisão


Escrita textual


1º Processo – A planificação

É uma representação interna dos conhecimentos que serão mobilizados

para o texto. Dito de outro modo, consiste na construção da representaçãointerna do saber.

Esta representação é abstracta e contém em si vários sub-processos: produçãode ideias; organização de ideias; precisão dos objectivos a atingir com o texto.Na produção de ideias, reflecte-se sobre o conteúdo do texto, o tipo de texto eos leitores eventuais.

A componente de planificação constitui um dos aspectos que diferencia odomínio da escrita por parte dos alunos, ao longo do seu percurso escolar;

As competências ligadas à planificação devem ser trabalhadas desde muitocedo.


Na planificação, o aluno levantará questões como:

–Que tipo de texto vou escrever?

– Para quem vou escrever? (destinatários)

– Que objectivos quero atingir?

– Registo de algumas ideias para o meu texto.

– Organização de ideias (gráficos, mapas, esquemas, etc.)

A componente de planificação constitui um dos aspectos que diferencia o domínio da escrita por parte dos alunos, ao longo do seu percurso escolar;

As competências ligadas à planificação devem ser trabalhadas desde muito cedo.

Planificação (cont.)

A) Facilitação processual na planificação1. Activação do conteúdo

• Registar no papel as ideias ou informações para colocar no texto, tendo por base a chuva de ideias ou brainstorming, a realização de pesquisas, a memória do que se leu num determinado texto, etc…

2. Selecção de conteúdo

• Sublinhar, na lista resultante da chuva de ideias ou pesquisa, os termos considerados mais importantes para figurarem no texto.

3. Organização de conteúdo

• Agrupar por categorias os elementos listados, numa actividade de activação do conteúdo, para a produção de um texto de carácter informativo-expositivo;

• Elaborar esquemas e mapas de ideias, relativos ao tratamento de determinado tópico;

• Realizar o plano-guia de um texto segundo o tratamento que será seguido, desde a introdução à conclusão.

Colocar em prática: Actividades (Planificação)


António Marcelino

A redacção ou textualização é a transformação das ideias em linguagem visível;

Redigir o texto é procurar as palavras que o formarão (coesãoe coerência de acordo com o plano elaborado).

Esta componente é dedicada à redacção propriamente dita,ou seja, ao aparecimento das expressões linguísticas queorganizadas em frases e parágrafos irão formar o texto.

A textualização/redacção de um texto, é um processomoroso, pois é comum os alunos escreverem e reescreveremvárias vezes partes do seu texto


Características de um texto bem escrito: clareza, precisão,comunicabilidade e consistência.

Textualização / Redacção

Textualização

Redigir o texto, procurando as palavras

que o formarão (coesão e coerência de

acordo com o plano elaborado).

Este é o subprocesso mais complexo no

qual intervêm uma série de habilidades

para resolver os problemas de escrita:

• Ortografia

•Pontuação

•Escolha de léxico adequado

•Escolha de conectores

•Procedimentos sintácticos

•Problemas pragmáticos: intenção,

destinatário, estrutura textual, etc.


António Marcelino

24

Ligar

Temporalmente

Encadeamento (Ruptura)

Acontecimento

Oposição / Contraste

Naquele momento

No dia seguinte

Um dia

De seguida

Em primeiro lugar

e

Depois

Em seguida

Finalmente

…

De repente

Subitamente

…

Pelo contrário

Neste caso

Todavia

Apesar de

Porém

…

Concluir Ligar

Especialmente

Explicitar/

Clarificar Consequência

Em conclusão

Finalmente

Em consequência

…

À frente

Atrás

Ao lado de

Sobre

…

Isto é

Quer dizer

Por outras palavras

Então

…

Por isso

Portanto

Consequentemente

Por causa disto

…

Causa Exemplificar Comparar

Porque

Visto que

…

Assim

Por exemplo

Tais como

…

Em comparação

Semelhante a

Do mesmo modo

…

Recursos - Palavras ou expressões para ligar frases ou iniciar parágrafos

A escrita - Dimensão textual António Marcelino

Alguns exemplos de conectores e respectivas relações desentido que estabelecem:

Adição E, pois, além disso, não só... mas também, por um lado... por outro

Causa Pois, pois que, porque, dado que, já que, uma vez que, porquanto

Consequência Por tudo isto, de modo que, de tal forma que

Conclusão Portanto, logo, enfim, em conclusão, concluindo, em suma

Chamar a atenção Note-se que, atente-se em, repare-se, veja-se, constate-se

Exemplificar Por exemplo, isto é, como se pode ver, é o caso de

Fim Para, para que, com o intuito de, a fim de, com o objectivo de

Hipótese Se, a menos que, supondo que, admitindo que, salvo se, excepto se

Ligação temporal Após, antes, depois, em seguida, seguidamente, até que, quando

Oposição Mas, apesar de, no entanto, porém, contudo, todavia, por outro lado

Resumo Por outras palavras, ou melhor, ou seja, em resumo, em suma

Semelhança Do mesmo modo, tal como, assim como, pela mesma razão


António Marcelino

Revisão

Leio o texto com atenção e vejo se:

• Há palavras repetidas, erros ortográficos;

• As frases estão claras e os parágrafos bem estruturados;

• Posso enriquecer as frases;

• A pontuação está de acordo com o que quero transmitir;

• A ligação entre as frases está bem feita

Releio o texto todo, se possível em voz alta, e mantenho-me atento(a) ao que poderá estar menos bem. Esforço-me por aperfeiçoar o meu texto.

Avaliar o que se escreveu (relendo, riscando, apagando, corrigindo e reformulando).

A dois níveis:

a) incidir apenas sobre aspectos gráficos ou ortográficos

b) ter um alcance mais profundo de reorganização e reescrita de partes de texto


António Marcelino

A revisão surge ligada à planificação inicial, pelo confronto com os objectivos e

organização então estabelecidos, mas não se encontra limitada ao plano inicial.

A revisão é marcada

Pela reflexão em relação ao textoproduzido.Deve ser aproveitada para tomar decisõesrespeitantes:

À correcção

À reformulação do texto

Reforçar a descoberta e a consciencialização de

outras possibilidades de reescrita ou construção de

novos textos.


Saber escrever é constituído por um

conjunto de saberes:

Saber Planificar

gerar uma situação de comunicação, ter em

conta o referente, escolher o tipo de

texto, fazer um plano...

Saber textualizar

redigir em coerência com as características

do tipo de texto, utilizar elementos

gramaticais e lexicais adaptados ao tipo de

escrito...

Saber corrigir o texto

detectar incorrecções nas informações, fazer acrescentamentos,

deslocações, supressões, reformular parágrafos...

Em síntese, a escrita na dimensão textual é:

28A escrita - Dimensão textual António Marcelino

facilitação processual

escrita colaborativa

reflexão sobre a escrita

integração de saberes

realização de funções

Estratégias

Acção sobre o

processo

Acção sobre o

contexto


António Marcelino

Desempenho de função

Mobilização do conhecimentos

prévio

Recolha e selecção da informação

Organização da informação

Redacção do texto

Revisão do texto

Ciclo de escrita:

Escrever para

aprender

Ciclo de escrita


António Marcelino

Baseado no trabalho da Dr.ª

Mariana Pinto

Ciclo de escrita - planificação

Componente de

planificação

Mobilização do conhecimento:

O aluno escreve uma chuva de ideias (palavras soltas)sobre os conhecimentos que possui acerca do tema.

O professor deve accionar os conhecimentosaluno/alunos, dizendo “Diz o que sabes sobre, animais, aágua, as plantas…”

Recolha e Selecção

Activado o conhecimento do aluno sobre o tema, éimportante dar nova informação (textos) para que setransforme, posteriormente, em mais conhecimento.


António Marcelino

Redacção do Texto:

A produção do texto pode partir da listagem das palavras seleccionadas ou

ser precedida de um mapa semântico.

Os mapas semânticos facilitam a complexidade do próprio ciclo da escrita.

Utilizar conectores .

Organização da informação

O aluno, com a ajuda do professor, deve organizar a

informação recolhida.

A informação deve ser organizada em categorias

(listagens ou mapas semânticos).

Componente de

planificação


Revisão do Texto:

Rever o texto, para articular bem as palavras e expressões linguísticas.

Reformular o texto para o enriquecer com informação adicional.

Atribuição de funções ao produto escrito:

O texto pode ficar disponível: para consulta/estudo;

ser objecto de divulgação.



A escrita textual que estamos a abordar nesta sessão está, comocompreendemos, bastante ligada à compreensão das diversasestruturas textuais (trabalhadas na compreensão da leitura).Assim sendo, apresentamos exemplos de possíveis abordagens àescrita do texto narrativo, informativo e de uma notícia.

Planificação de um texto narrativo

Fazer analogia entre um cartaz da divisão do corpo humano(cabeça, tronco e membros)e as partes de uma história

(introdução, desenvolvimento e conclusão).


António Marcelino

Ao trabalhar a introdução, os alunos procuraram em livros, diferentes maneiras de

começar uma história. Fizeram o registo na folha de trabalho e leram em voz alta.


António Marcelino

Depois de recordar a noção de adjectivo, os alunos construíram uma grelha com

esta classe de palavras adequadas a pessoas, animais e lugares no quadro, e o

registo na folha de trabalho


António Marcelino

Exemplo de actividade



*40

A escrita - Dimensão textual António Marcelino

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Observação:

1.º Mobilização de conhecimentos.

2.º Enriquecimento através de comunicação em cartazes…

Os alunos lêem , observam, analisam, trocam ideias,…

3.º Segue-se a chuva de ideias, realizada colectivamente, com posterior análise das palavras registadas (conceitos conhecidos e novos conceitos).

Actividade: Chuva de ideias.

Textoinformativo/expositivo


42

Procedeu-se à elaboraçãodo mapa de conceitos,colectivamente.

Posteriormente, os alunosescreveram um textoinformativo individual erealizou-se a respectivarevisão.

A escrita - Dimensão textualAntónio Marcelino

43

Reescrita do esquema trabalhado colectivamente, em colaboração.

A escrita - Dimensão textualAntónio Marcelino

Pré-texto


As árvores são plantas, seres vivos e fazem parte da flora.

Elas servem para dar lenha, pinhas e madeira para fazer mobílias. Também

protegem o solo da erosão, dão abrigo a alguns animais e purificam o ar.

Há árvores na mata, na nossa floresta, na floresta tropical e no pomar. Existem

diferentes espécies de árvores, como as oliveiras, sobreiros, pinheiros… No pomar

há macieiras, laranjeiras…

Existem diferentes perigos para as árvores que são: incêndios, chuvas ácidas,

poluição e abate exagerado.

Podemos proteger as árvores com a reciclagem, com a reutilização do papel e

replantando novas árvores.

Texto informativo: As árvores (revisão do texto)

Divulgação do texto: Pode ser realizada através do jornal de parede; jornal escolar;

Correspondência inter-escolar …


António Marcelino

Funções da escritaModos de

acção didáctica

Finalidade geral

Escrever para produzirdiferentes textos

Sequência didáctica Apropriação de critérios deconstrução de diferentesgéneros textuais

Escrever para aprender Ciclo de EscritaEscrita colaborativa

Autonomia na construção deum texto a partir de um tema

Escrever para criar Caderno de escritaDesenvolvimento de umarelação positiva pessoal com aescrita

Práticas integradoras



Na sequência do que afirmámos vamos apresentar um pequeno trabalhoplanificado e realizado apenas em parte no ano lectivo 2008/2009, Escolado Cruzeiro, na sequência da nossa visita de estudo e que se destinou auma notícia para publicação no jornal da escola.

Tarefa: Da escrita como produto à escrita como processo

Breve descrição:Através de um conjuntos de fichas: Planificação, Revisão e Apoio ao

Professor, propõe-se um percurso pela prática da escrita.

Tema proposto: A nossa viagem de estudo

Vamos escrever? Começamos por ver as fichas de planificação e vamos seguir as sugestões.

Exemplo de actividade de escrita planeada (notícia) emque o enfoque está no processo

Que tipo de texto vamos escrever?

Uma notícia sobre a nossa visita de estudo, para publicar no jornal do Agrupamento de Abraveses “ O Pimpolho”.

Então precisamos de objectividade, clareza, prestar a tenção ao 1º parágrafo.


Ficha de planificação 1


Quem serão os destinatários do nosso texto?

Os leitores do jornal: a) alunos – então posso usar uma linguagem mais juvenil e acessívelb) professores e pais – então devo usar uma linguagem mais cuidada e própria de adultos


• Que objectivos pretendemos atingir?

• Informar sobre o que aconteceu.

• Apelar à visita ao Douro (património mundial) e ao uso de energias limpas e renováveis (hídrica).



Registo de algumas ideias para o nosso texto.- A natureza (cultivo da vinha).- o rio Douro- as linhas ferroviárias em extinção- as energias renováveis- poupar energia (medidas a tomar)Estas ideias estão para já desordenadas mas não nos preocupamos com isso.

Agora ordenamos as ideias que registámos.

Agora, ordeno as ideias que registei

1- Introdução: o quê, quando, onde?

2- Desenvolvimento3- Como decorreu4- O que vimos e aprendemos………5- Conclusão: síntese / medidas



E pronto, a planificação está esboçada. Passamos agora à textualização, isto é, à redacção do nosso texto. No final, iremos ler as sugestões das fichas de revisão e proceder à revisão do nosso textoNota: Por lapso não nos é possível apresentar aqui o texto final. Fica o exemplo



i)Promover práticas de escrita organizada e intencionalmenteorientada.

ii) Ensinar a escrita como processo e não como produto.

iii) Focalizar a atenção do aluno, não só nos objectivos de carácterlinguístico mas também nos designados objectivos retóricos, comoa consideração do destinatário e as finalidades do texto…

iv) Promover determinados comportamentos de escrita e,posteriormente, tornar rotina esses mesmos comportamentos.

Constituem objectivos destes três exemplos e de destesmateriais:

Aprendizagens relevantes desta sessãoNota: Em grupo, três formandos cada, e durante 5 min.,elaboram

síntese das aprendizagens relevantes desta sessão.
