CURSO SOBRE DIREITO AUTORAL
Orientações sobre Leis, Normas e Tratados aos Profissionais da
EMBRAPA
Kone Prieto Furtunato CesárioProfessora de Direito Empresarial e Propriedade Intelectual
Faculdade Nacional de Direito – UFRJ
PROPRIEDADE INTELECTUAL
“Os direitos de propriedade intelectual constituem direitos subjetivos
patrimoniais privados, constitucionalmente tutelados, que
protegem as diversas formas de criação intelectual”
Remédio Marques
Direito Autoral regula as relações jurídicasderivadas da criação e utilização de obras denatureza estética, como as oriundas da literatura,das artes e também das ciências (o software ouprograma de computador é colocado entre osdireitos autorais, bem como os livros técnicos),enquanto o Direito da Propriedade Industrial (ouDireito Industrial) versa sobre obras de cunhoutilitário, com grande relevância empresarial,mediante patentes (invenção, modelo de utilidade,modelo industrial e desenho industrial) e marcas(de indústrias, de comércio, de serviço e deexpressão ou ainda o sinal de propaganda).
(BITTAR, 2000:3).
Conceitos: DA x PI
4
O Entorno
Propriedade Intelectual
Direitos PersonalíssimosDireito de Imagem •Biodiversidade
•Cultivares•Biotecnologia•Conhecimentos
Tradicionais
Internet
Nomes de Domínio
Direitos doConsumidor
Atividade Publicitária
CONAR
Internet
Home-Pages
Direito
Desportivo
• Direito à livre participação na vida cultural: direito à
livre criação; liberdade de expressão, acesso e fruição;
• Direito à difusão dos bens culturais: preservação do
patrimônio cultural e natural, incentivos culturais,
• Direito à identidade cultural: cultura tradicional,
popular, diversidade e pluralismo.
• Direito-dever de cooperação cultural internacional:educação, ciência e cultura
• Direito autoral.
Direito Cultural
Legislação
NORMAS INTERNACIONAIS:
► Convenção de Berna para a Proteção de Obras Literárias e Artísticas (Dec nº
75.699/1975)
► TRIPS – Agreement on trade-related aspects of intellectual property rights (DeC nº 1.355/1994)
LEIS:
► Lei nº 12.192, de 14.01.2010 - Dispõe sobre o depósito de obras musicais na Biblioteca
Nacional.
► Lei nº 10.994, de 14.12.2004 - Dispõe sobre o depósito de publicações, na Biblioteca
Nacional.
► Lei nº 9.610, de 19.2.1998 – Lei direitos autorais.
► Decreto nº 1.355, de 30.12.1994 – Promulga a ata final do GATT.
► Decreto n° 76.905, de 24.12.1975 - Promulga a Convenção Universal do Direito de Autor (rev,
1971)
► Decreto n° 75.699, de 06.05.1975 – Promulga a Convenção de Berna de 9.9.1886, Rev em
Paris, a 24.7.1971.
► Decreto n° 57.125, de 19.10.1965 - Promulga a Convenção Internacional para Proteção aos
Artistas Intérpretes ou Executantes, aos Produtores de Fonogramas e aos Organismos de
Radiodifusão.
► Decreto n° 26.675, de 18.05.1949 – Promulga a Convenção Interamericana sobre os Direitos
de Autor em Obras Literárias, Científicas e Artísticas, firmada em Washington, em 22.7.1946.
Direitos Autorais não podem ser considerados como
simples sinônimos de direito de autor, pois
estabelecem com este uma relação de gênero à
espécie, abrangendo os direitos conexos.
Conceito
Direito autoral (Lei nº 9.610/98)
é o conjunto de normas legais e prerrogativas morais e
patrimoniais sobre as criações do espírito, expressas
por quaisquer meios ou ficadas em quaisquer suportes,
tangíveis ou intangíveis
Titulares
Direito Autoral
Composição
DireitoAutoral
Direito de Autor (compositor, escritor, etc.) Lei 9.610/98
Direitos Conexos (intérpretes, executantes, etc.)
Lei 9.610/98
Programa
De
Computador
(software)
Lei 9.609/98
DIREITOS CONEXOS
Direitos dos artistas intérpretes ou executantes,
produtoras de fonogramas e emissoras de rádio e
televisão relacionados à interpretação,
execução e emissão.
Artistas intérpretes ou executantes:
Fixação de suas interpretações ou execuções;
Reprodução, execução pública e locação das suas
interpretações ou execução fixadas;
Transmissão das suas interpretações, fixadas ou
não;
Viabilização do acesso das interpretações ou
execuções ao público;
O que É
NÃO É MONOPÓLIO
- é propriedade incorpórea
- é exclusivo temporário
- é facultativo registral
- valor estético
- vinculo criador – criação
- exploração econômica
Direito de Exclusivos
• São direitos exclusivos porque para que uma obra
seja utilizada, é preciso obter a prévia e expressa
aprovação do autor/representante.
• Embrapa só pode utilizar obra autoral com a
celebração de instrumento formal (Termo de
Cessão de Direitos Autorais - item 2.2., anexos II e
III da RN nº 14/200115).
• Interpretação restritiva (art.4° LDA)
Art. 5º. XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de
utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas
e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das
obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos
intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas;
Domínio Público
1) quando a obra perdeu a proteção pelo decurso
do tempo;
2) quando se tratar de obra de autor falecido que
não deixou sucessores;
3) quando se tratar de obras de autor
desconhecido, transmitidas por tradição, como as
canções de roda e cantigas de ninar*;
4) quando a obra for de um país que o Brasil não
tenha acordo de proteção*.
*CUIDADO! Conhecimentos tradicionais e étnicos e normas internacionais de proteção à cultura
Todo aquele que adaptar, traduzir,
arranjar ou orquestrar uma obra
caída no domínio público passa a
ser titular de direitos autorais sobre
aquele resultado.
70 anos
• contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente à
morte do autor, obedecida a ordem sucessória da lei
civil.
- singular
- póstuma
- coautoria indivisível (morte do último autor)
• contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente
à fixação, publicação, divulgação:
- direitos conexos
- anônimas ou pseudônimas
- audiovisuais e fotográficas
Duração
AUSÊNCIA DE FORMALIDADE
• O direito à autoria nasce com a simples
criação de uma obra exteriorizada.
• REGISTRO – necessário?
• IDÉIAS – protegível?
O registro serve para segurança e delimitar data e
divulgar. Poderá registrar, conforme sua natureza, nos
seguintes locais:
•Biblioteca Nacional;
•Escola de Música;
•Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio
de Janeiro;
•Instituto Nacional do Cinema;
•Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia.
O REGISTRO É FACULTATIVO: SUA INEXISTÊNCIA
NÃO INVALIDA O DIREITO AUTORAL
Ideias
Ideias x Materialidade
• As ideias não são protegidas pelos direitos autorais.
• A LDA protege as manifestações concretas das
criações originais do espírito, fixadas em uma base.
• Art. 3º da LDA
ORIGINALIDADE
Objetivamente novo é aquilo que ainda não
existia; subjetivamente novo é aquilo que era
ignorado pelo autor no momento do ato
criativo.
*A Negra – Tarsila do Amaral
* Mulher Negra – Hugo Tozzi
Originalidade
– Ideias (abstrações);
– Procedimentos, normas, métodos, projetos, esquemas,
planos: científicos, matemáticos, de negócios;
– Formulários, calendários, agendas, cadastros, legendas;
– Jogos e receitas;
– Tratados, Convenções, Leis, decisões judiciais;
– Nomes e títulos isolados (doutor, reitor, etc)* - nome civil
proteção CC.)
– Aproveitamento industrial ou comercial das ideias contidas
na obra (se DI ou patente – LPI).
* Parecer científico ou jurídico é obra autoral.
Não Protegido (art.8)
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Obras Literárias, Artísticas e científicas (art. 7º)
• Obras literárias, artísticas e científicas
– Valor estético autônomo, independente de sua origem, de sua
destinação ou uso efetivo.
– Direitos Conexos – Artistas, Interpretes e Produtores
– Programa de Computador – Inc. XII e Lei 9.609/98
0100111010010101001
1101001010100111010
0101010011101001010
1001110100101010011
O Problema da Autoria.
a proteção do direito de autor se
estabelece sobre a criação específica,
atribuída a uma pessoa física
determinada.
Os direitos morais são os laços permanentes
que unem o autor à sua criação intelectual
(Personalíssimo).
Os direitos patrimoniais são aqueles que se
referem principalmente à utilização econômica de
obra intelectual (Patrimoniais).
Direito Moral Patrimonial
Direito Moral x Patrimonial
• Intransferíveis,
• Irrenunciáveis,
• Imprescritíveis ,
• Inegociáveis,
• Pessoal
• Transferível (cessão,
licença e autorização)
• Renunciáveis (cancelar
contrato)
• Prazo de vigência (70
anos)
• Empresarial
Relacionados à exploração econômica da obra;
Livremente negociados pelo autor – titular originário ou
derivados.
• Os negócios jurídicos de direito autoral devem
ser interpretados restritivamente;
• Podem ser transferidos mediante cessão,
licença ou qualquer outra modalidade prevista
em direito;
• A lei dispõe que a União, os Estados e os
Municípios não têm direitos sobre as obras por
elas simplesmente subvencionadas.
Patrimonial
• Relacionados ao ser pessoa física autor/criador da
obra
• Não é transferível, é imprescritível e é irrenunciável
• É personalíssimo!
• Autor, coautor e autor derivado possuem direitos
morais (p.ex. tradutor).
Moral
Direito Moral Patrimonial:
Reivindicar autoria
Repudiar* arquitetônica
Reprodução parcial ou total
*adquirente – expor – não reproduzir
Nome ligado à obra Edição, adaptação, arranjo, tradução
Inédito Inclusão em fonograma, audiovisual,
*internet
Integridade Distribuição ou Exposição pública por
qualquer meio,
Modificar Representação, recitação, declamação,
execução musical
Retirar circulação e suspender
utilização autorizada. * ofensa
moral
Sonorização e exibição em qualquer
meio
Ter acesso a exemplar único ou
raro (cópia ou fotografia)
Anotações, comentários ou criticas
Moral x Patrimonial
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03 -RESP N.º 69.314 - SP
(Superior Tribunal de Justiça – STJ)
Data de Julgamento –
19/09/2000. Recte:WBRASIL RJ
PUBLICIDADE LTDA. Recdo:LUIZ
DE ARAÚJO MARQUES FILHO.
Caso: Utilização de fotografia em
anúncio publicitário da empresa Sé
Comércio e Importação S/A com
omissão do nome de seu autor.
Condenação pela não divulgação
do nome do fotografo – 100 salário
mínimos.
Apelação Cível n.º 30.786.4/5. Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo.
Data de Julgamento – 01/12/1998.
Recte: Horácio Eustáchio Tornic Filho
Ltda. Recdo: Abril S/A E Rede
Autonomista De Radiodifusão.
Caso: Vídeo publicitário, licença de uso
por prazo determinado.
Condenação: A REDE AUTONOMISTA
foi condenada ao pagamento de multa
prevista em cláusula contratual pelo
descumprimento de contrato, assim
como ao pagamento de 100 (cem)
salários mínimos a título de dano moral.
Casos
30
Registro nº 828.882.002 (Titular: Colégio Top Gun Ensino Médio
Ltda (PR), indeferido, inc. XVII, art. 124 LPI).
Registro nº 819.166.073 (Titular: Paramount Pictures
Corporation (US), Concessão 15/12/1998, Prorrogado 20/10/2009).
• Registro de obra autoral ou título de obra é permitido
pelo próprio autor ou terceiro devidamente autorizado
( contrato cessão/licença de direito patrimonial)
Direito Autoral e Marca
contrafação
é a reprodução de obra alheia, não
autorizada, mas com a devida designação
de autoria
Plágio
é a utilização de obra alheia como se fosse
própria, disfarçando ou não de alguma
forma.
Reprodução: - na imprensa com menção do nome do autor e demais
referencias; e de discursos.
Reprodução de retratos, respeitado o direito de imagem
Reprodução total para deficientes visuais
Reprodução parcial – pequeno trecho p/uso privado uma cópia;
Citação em qualquer meio com a devida referência bibliográfica
Demonstração à clientela (TV ligadas em lojas)
Representação teatral familiar ou educacional sem intuito de lucro
Prova judicial ou administrativa
Reprodução em outra obra, sempre que a reprodução em si não seja objeto
principal da obra e não prejudique a exploração da obra ou o autor (livro
didático)
Paráfrases e paródias que não forem reprodução da obra.
Uso Permitido (art. 46 LDA)
• Ficam livres as paráfrases e paródias que não
forem reproduções da obra originária nem lhe
implicarem descrédito.
• As obras situadas permanentemente em
logradouros públicos podem ser representadas
livremente, por meio de pinturas, desenhos,
fotografias e procedimentos audiovisuais.
BANCO DE IMAGENS HISTORICAS DA EMBRAPA
• Não é possível identificar autoria
• Boa fé (demonstrar)
• Base Legal: Função Social da Propriedade, Princípios da
razoabilidade, do interesse público, da relevância,
conveniência e oportunidade.
A Embrapa é uma empresa que respeita os Direitos
Autorais. Em algumas fotos utilizadas nesta obra, não foi
possível, porém, identificar o autor. Se você é autor de
qualquer foto utilizada nesta obra, por favor, procure a
Embrapa_______________(Unidade Editora), no seguinte
endereço:___________________________________
____________________, cidade__________________,
estado___________________, Fone: ( )____________
Fax: ( )______________.
autor desconhecido/Arquivo Embrapa
Classificação das Obras
• obra singular;
• obra coletiva;
• obra em coautoria;
• obra feita sob encomenda;
• obra originária;
• obra derivada;
• obra anônima;
• obra pseudônima;
• obra criada em decorrência de contrato de prestação de serviços
• obra criada em decorrência de contrato de trabalho
* obra psicografada
A RN nº 14, de 8 de junho de 20015 da EMBRAPA,
classificou as obras como individual, em coautoria e
coletiva.
• individual é aquela produzida por apenas um autor.
• coautoria é aquela produzida por mais de um autor,
mediante conjugação simultânea de esforços. Atuações
fundem-se em uma só obra, indivisível.
• coletiva é aquela criada por iniciativa da Embrapa. É
produzida por vários autores, e dela consta,
necessariamente, a figura do organizador. Em geral,
é possível identificar a participação de cada autor.
EMBRAPA
• RN nº 14/2001 (1.3) – é vedada qualquer
utilização econômica de obra, por empregado da
Embrapa, seus sucessores ou terceiros, caso
contenha informações da Embrapa ou essa tenha
os meios, diretos ou indiretos, para sua realização
(tempo de trabalho).
• Não é possível retirar nome de autor ou coautor
de obra (fere direitos morais).
Termos Próprios da EMBRAPA
• Autor principal - são autores de textos científicos ou
literários. (artigo cientifico)
• Secundário - o criador da fotografia, da pintura, do
desenho, da aquarela ou assemelhados. (ilustrador).
- Autor é aquele que contribui de forma originária e
efetivamente para a obra. O colaborador somente auxilia
o autor na produção, revendo, atualizando, fiscalizando,
aconselhando e não é detentor de direitos autorais.
- Na Embrapa: podem ser autores pesquisadores, analista,
consultores, em razão das atribuições específicas que
exerçam (PCE).
EMBRAPA
• Estagiários - podem participar de obra da Embrapa, em
caráter de excepcionalidade (RN-24/08) e em condições
específicas: - a previsão no Plano de Estágio, Justificativa
Técnica da Unidade, Sem Remuneração, Manifestação
favorável do Comitê Local de Publicações da Unidade e
Termo de Cessão de Direitos Patrimoniais ou de Termo de
Reconhecimento.
• Bolsistas (Memorando Circular nº 12/00) - vínculo com
instituição de fomento que lhe oferece uma bolsa
Condições:- Previsão expressa, Supervisão de empregado
da Embrapa e demais condições igual de estagiário.
Obras Coletivas (EMBRAPA)
• Direitos Patrimoniais pertencem ao Organizador (EMBRAPA)– arts. 17§2° e 28 LDA.
• RN nº 14/2001 – modelos de cessão para Embrapa. Termo deReconhecimento para Obra Coletiva e Termo de Cessão paraobra individual.
• Finalidade primordial dos termos é a de formalizar a cessão dos
direitos autorais patrimoniais, garantindo à Embrapa o direito de
usar, fruir e dispor das obras.
• O descumprimento pelo administrador ou por outro empregado
da Embrapa, implica falta administrativa e/ou funcional, cabível
de penalidade administrativa funcional.
- Transferência total.
- Transferência parcial.
- Poder haver cessão parcial ?
SIM – Ex: Cessão dos direitos de umamúsica para uma determinada mídia oupara um determinado país.
FOTOGRAFIAS
• Peça publicitária - A Embrapa não pode fazer
uso dessa imagem sem a devida autorização
do autor ou do proprietário dos direitos autorais
patrimoniais.
• Diagramação é apenas colaboração. Alteração
é nova obra derivada ou violação.
• Fotografias de satélite – não possuem direitos
autorais. Deve-se fazer atribuição de fonte e
eventual patrimonial.
Modelos e Artistas
- Direito a Imagem - Direito personalíssimo -
Autorização diferente do Fotografo
- Artistas – direitos conexos. - Autorização do
Artista.
- Representação de personagens. licença do
titular dos Direitos sobre o personagem
Direitos Autorais do Fotografo
Direitos de Imagem da Modelo
Direitos Patrimoniais da Organizadora
(agencia, revista, livro, etc)
Direitos Autorais do Fotografo
e Diretor da Novela
Direitos de Imagem dos artistas
Direitos Conexos das Artistas
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• Reconhecimento direitos sobre a forma plástica eseus componentes como a voz e nome.
• Fundamento legal - Constituição Federal“Art. 5º,
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e aimagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelodano material ou moral decorrente de sua violação;”
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas
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Código Civil
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade sãointransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.”
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, ereclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida previstaneste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até oquarto grau.”
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ourepresentações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intençãodifamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá aonome.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou àmanutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou apublicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, aseu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, aboa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas pararequerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento dointeressado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrárioa esta norma
Natureza Proteção
Nome
Privacidade
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• Características:
NATOS – ou originários: Porque se adquirem ao
nascer, independente de qualquer vontade.
VITALÍCIOS – ou perenes ou perpétuos: Porque
perduram por toda a vida. Alguns direitos
personalíssimos se refletem após a morte, ou
seja, enquanto durar a personalidade.
IMPRESCRETÍVEIS: Porque, mesmo após a
morte da pessoa natural, podem ser reclamados
e protegidos por seus herdeiros.
INALIENÁVEIS : Porque em princípio estão fora
do comércio e não possuem valor econômico
imediato. Não se transfere a a titularidade, mas
se dispõe, explora. (indenizações não são
remunerações)
ABSOLUTOS - Porque são oponíveis erga omnis.
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REQUISITOS
• Identidade
• Individualidade
• Reconhecibilidade
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Honra e imagem (1)
Indenização
em relação
ao dano à
imagem
Publicação da
imagem sem
autorização, sem
repercussão à
honra
Violação do direito
de imagem
O Globo vs. Irinéia de Souza (STF, RE 95872-0, Rel.: Min.
Rafael Mayer, J. 10.09.1982)
• Publicação de imagem de passista de Carnaval para fins
promocionais sem autorização gera indenização por violação
do direito de imagem.
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Honra e imagem (2)
Indenização
em relação
ao dano à
imagem e à
honra
Publicação da
imagem sem
autorização, com
ofensa à honra
Violação do direito
de imagem e do
direito à honra
O caso do “frangueiro” (STJ, RE 436.070 - CE, Rel.: Min. Nancy
Andrighi, DJ: 04/04/2005.)
• Empresa é condenada por utilizar imagem de goleiro
levando frango para fazer propaganda das “Bolas-Gê”.
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Honra e imagem (3)
Pode ensejar
indenização
em relação ao
dano à honra
Publicação da
imagem dentro das
previsões legais
autorizadoras
Não há violação de
imagem, podendo
haver à honra
O caso do Beijo de Carnaval (STJ, REsp 207.165 – SP, Rel.:
Min. Antônio de Pádua Ribeiro, DJ: 17/12/2004)
• Condenação de Jornal por ter publicado imagem de mulher beijando
em Carnaval. Alegação de prejuízo à honra (fama de “beijoqueira”).
O caso do Topless (STJ, REsp 595.600 – SC, Rel.: Min. Cesar
Asfor Rocha, DJ: 13/09/2004)
• Publicação de foto retratando praia onde mulher fazia “topless”.
Alegação de prejuízo à honra não acolhida.
DIREITO A IMAGEM. DANO MORAL. CENA AFETIVA GRAVADA
COM AUTORIZAÇÃO E TRANSMITIDA ULTERIORMENTE MAIS
DUAS VEZES EM CONTEXTO DIVERSO. DANO MORAL
RECONHECIDO. 1.- Configura dano moral indenizável a exibição
televisiva de cena afetiva de beijo na boca com então namorado,
inicialmente autorizada pelo casal para reportagem por ocasião do
"Dia dos namorados", mas repetida, tempos depois, por duas
outras vezes, quando já cessado o namoro, tendo a autora
outro namorado. 2.- Indenização por ofensa a direito de imagem
afastada pelo Tribunal de origem, sem recurso da autora, de modo
que matéria de que ora não se cogita, ante a ocorrência da
preclusão. 3.- Valor de indenização por dano moral
adequadamente fixado em R$ 20.400,00, consideradas a
reiteração da exibição e as forças econômicas da acionada,
empresa de televisão de caráter nacional. 4.- Recurso Especial
improvido.(STJ - REsp: 1291865 RJ 2011/0171876-9, Relator: Ministro SIDNEI
BENETI, Data de Julgamento: 25/06/2013, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação:
DJe 01/08/2013)
53
Imagem x Fama
Famoso
Interesse Público
Comum Não
Interesse Público
Permissividade Jurisprudencial (não ofensivo à honra):
- Divulgação ligada à sua atividade
- Jornalístico, informativo e educacional
- Intimidade reduzida
Proibição:
- Fins comerciais e publicitário - *Indenização severa (pelo
usualmente ganha + moral)
Não Permissividade Jurisprudencial
- Intimidade sempre preservada, exceto interesse público
(caso de bandido procurado pela justiça)
-Jornalístico, informativo não ofensivo à honra
- Educacional, se ligado ao ato praticado (marcha feminista)
Proibição:
- Fins comerciais e publicitário - *Indenização
(arbitrada pelo juiz + moral)
AGRAVO INTERNO DA DECISÃO MONOCRÁTICA EMENTADA COMO A SEGUIR:
APELAÇÃO CÍVEL. PUBLICAÇÃO DE MATÉRIAS JORNALÍSTICAS
ENVOLVENDO O AUTOR E UMA ATRIZ FAMOSA, SUGERINDO A EXISTÊNCIA
DE UM ROMANCE E RELATANDO O FIM DO CASAMENTO DO AUTOR EM
RAZÃO DOS FATOS NOTICIADOS. A RÉ, NÃO SÓ RELATA UM FATO, MAS
EMITE JUÍZO DE VALOR, E DISCORRE SOBRE A VIDA PESSOAL DO AUTOR,
QUE NÃO É PESSOA PÚBLICA, E DE SUA ESPOSA, FAZENDO MENÇÃO AO
SEU CASAMENTO, EM FLAGRANTE DESRESPEITO E INVASÃO À SUA VIDA
PRIVADA, PASSANDO O FOCO DA MATÉRIA AO AUTOR, VEICULANDO FATOS
QUE NÃO POSSUEM RELEVÂNCIA SOCIAL OU DE INTERESSE PÚBLICO.
AUTOR QUE TEVE ABALADA A SUA VIDA PESSOAL E DE TRABALHO, JÁ QUE
TEVE QUE SER AFASTADO DE SUAS FUNÇÕES LABORAIS. A
RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DE ABUSOS PERPETRADOS POR
MEIO DA IMPRENSA ABRANGE A COLISÃO DE DOIS DIREITOS
FUNDAMENTAIS: A LIBERDADE DE INFORMAÇÃO E A TUTELA DOS DIREITOS
DA PERSONALIDADE, QUE ENGLOBA A HONRA, A IMAGEM E A PRIVACIDADE,
DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 5º, X DA CRFB. A IMPRENSA TEM O
DEVER DE INFORMAR, MAS A VEICULAÇÃO DAS REPORTAGENS DEVE SER
FEITA COM RESPONSABILIDADE, MEDIANTE A VERIFICAÇÃO PRECISA
ACERCA DOS FATOS E DAS PESSOAS ENVOLVIDAS, A FIM DE QUE A PÚBLICO
RECEBA INFORMAÇÃO CORRETA E SOBRE FATOS DE RELEVÂNCIA SOCIAL
OU DE INTERESSE PÚBLICO, O QUE NÃO É O CASO DOS AUTOS. DANO
MORAL CONFIGURADO. VALOR ARBITRADO EM CONSONÂNCIA COM OS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE E DE ACORDO
COM O CASO CONCRETO. NEGA-SE SEGUIMENTO A AMBOS OS RECURSOS.
. (
55
Famoso
Interesse Público
INDENIZAÇÃO - Danos morais - Uso indevido de imagem
fotográfica. Usurpação do prestígio artístico - Iliceidade -
Inocorrência - Artista de receptividade popular acentuada, a qual
limita sua intimidade pessoal, ao menos em determinado
momento - Carência de vínculo entre a causa petendi e o dano
moral - Voto vencido - Embargos rejeitados. A notoriedade
constitui um ônus natural suportados por aqueles que, em seu
desempenho exposto ao público, vêm a sofrer na área de sua
privacidade, sem que se aviste, no fato, um gravame pessoal.
(Relator: Ney Almada, Embargos Infringentes nº 176.918-1,
Tribunal de Justiça de São Paulo, j. 04.11.93).
56
Comum Não
Interesse Público
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - PUBLICAÇÃO DE
FOTO DE CRIANÇAS EM JORNAL - AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO -
VINCULAÇÃO À MATÉRIA SOBRE ABRIGO PARA CRIANÇAS
CARENTES - VIOLAÇÃO AO DIREITO DE IMAGEM - MATERIAL
FORNECIDO PELO MUNICÌPIO - DENUNCIAÇÃO DA LIDE
INDEFERIDA - EXEGESE RESTRITIVA DO ART. 70 DO CPC -
NEGADO PROVIMENTO AO AGRAVO RETIDO - EVIDENCIADA
TRANSGRESSÃO DO MANDAMENTO CONSTITUCIONAL DE
INVIOLABILIDADE DA IMAGEM - DANO CONFIGURADO -
INDENIZAÇÃO DEVIDA - INSURGÊNCIA RECURSAL DESPROVIDA.
(...). A imagem é direito inviolável, sendo indenizáveis as publicações
que, embora não tenham cunho agressivo à honra do fotografado,
sejam veiculadas sem a sua prévia autorização. A imagem de crianças,
especialmente, merece proteção específica do Estatuto da Criança e
do Adolescente (previsão em seu art. 17). (...).(Apelação Cível n.
03.030108-9, Tribunal de Justiça de Pernanbuco, Des. José Volpato de
Souza, j. 03/09/2004).
57
Cuidados contratuais
• Capacidade
– Ex.: Se o retratado for menor, verificar se existe assistente.
• Delimitações: meios de comunicação, tempo e espaço
– A interpretação quanto à forma de utilização é restritiva.
• Relação de trabalho
– Importância de se pedir autorização de funcionários para utilização de sua imagem em jornais internos, websites, propagandas, etc.
• Contratação indireta (ex.: através de agências de modelos)
– Verificar contrato do retrato com a agência, para certificar-se de sua capacidade e da forma autorizada para utilização de sua imagem.
Direitos de Autor em Co-Autoria.
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO AUTORAL. PUBLICAÇÃO DE OBRA COLETIVA SEM
INDICAÇÃO DE ALGUNS DOS AUTORES. RESPONSABILIDADE POR INDENIZAÇÃO
EXCLUSIVA DE QUEM ENVIOU A OBRA. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA
EDITORA POR DANOS MORAIS. DEVER DE REPUBLICAR A OBRA QUE CONFIGURA
FORMA DE REPARAÇÃO ESPECÍFICA. 1- Não pode ser conhecido o primeiro recurso
de apelação interposto antes da apreciação dos embargos de declaração se não houver
ratificação posterior do recurso, nos termos do enunciado n. 418 da súmula do TJRJ. 2- A
condenação à republicação é forma de reparação específica do dano e que, portanto, se
depreende do teor da petição inicial. Destaque-se, ainda, que a própria editora se
oferecera a fazer a republicação em acordo nestes autos, não podendo, agora, alegar o
fato de o acordo não ter sido homologado para se recusar a tomar tal providência. 3-
Merece acolhimento a pretensão de majoração da indenização por danos morais, eis que
reputo o valor fixado em sentença inferior à extensão do dano sofrido. Ademais, a
gravidade da conduta do último réu, que deliberadamente suprimiu os recorrentes da
autoria de sua obra intelectual, indicando o nome de outras pessoas, justifica que a
indenização seja aumentada para cinco mil reais para cada autor. PRIMEIRO RECURSO,
INTERPOSTO POR UM DOS RÉUS, QUE NÃO SE CONHECE. SEGUNDO RECURSO
DE APELAÇÃO, INTERPOSTO PELOS AUTORES, A QUE SE DÁ PARCIAL
PROVIMENTO.(TJRJ – AC: 0007982-13.2010.8.19.0066, Relator: Desembargadora
MARCIA FERREIRA ALVARENGA, Data de Julgamento: 30/04/2015, 17ª Câmara Cível,
Data de Publicação: DJ 05/05/2015 p. 348-352)
Direito civil e processual civil. Agravo no recurso especial.
Direito autoral. Indenização por danos morais e
patrimoniais. Não-publicação do nome da co-autora em
obra coletiva. Alteração dos valores. Reexame de
prova. - É vedado o reexame do acervo fático-probatório
dos autos em sede de recurso especial. - A alteração dos
valores arbitrados a título de reparação de danos
extrapatrimoniais somente é possível, em sede de recurso
especial, nos casos em que o valor determinado revela-se
irrisório ou exagerado. Agravo no recurso especial não
provido. (STJ - AgRg no REsp: 631090 MG 2004/0024555-3, Relator: Ministra
NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 26/08/2004, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de
Publicação: DJ 13.09.2004 p. 240)
Ação de indenização Obra intelectual Proteção de direito
autoral Obra classificada como coletiva Direito cedidos
pelo organizador Material disponibilizado pelo
organizador Regularidade do procedimento da
requerida Inexistência do dever de indenizar Afastamento
da caracterização de conduta lesiva Sentença de
improcedência mantida Recurso não provido.
(TJ-SP - APL: 92785725220088260000 SP 9278572-
52.2008.8.26.0000, Relator: Marcia Dalla Déa Barone, Data de
Julgamento: 10/12/2013, 1ª Câmara Extraordinária de Direito Privado,
Data de Publicação: 12/12/2013)
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DIREITOS AUTORAIS
PATRIMONIAIS. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA
ANTECIPADA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES.
OBRA COLETIVA. DIREITOS PATRIMONIAIS PERTENCENTES AO
ORGANIZADOR. DESIGNER GRÁFICO. CESSÃO DE DIREITOS.
INEFICÁCIA. I – A concessão ou não de tutela antecipada é
prerrogativa do poder geral do Juiz, só devendo ser cassada em
caso de manifesta ilegalidade ou se tocada de abuso de poder. II –
Pela análise perfunctória que é possível fazer nessa fase
processual, não é possível vislumbrar a presença dos requisitos
autorizadores para concessão de antecipação de tutela, uma vez
que os documentos constantes dos autos sinalizam no sentido de
que a revista sub judice trata-se de uma obra coletiva e, como tal,
disciplinada pelo artigo 5o, inciso VIII, da Lei nº 9.610/98, c/c seu
artigo 17, § 2o, que estabelece que cabe ao seu organizador a
titularidade dos direitos patrimoniais sobre o conjunto da
mesma, sendo, portanto, ineficaz a cessão efetuada pelo artista
gráfico à agravante, já que os direitos sub judice não lhe pertenciam.
III – Agravo de instrumento improvido. (TRF-2 - AG: 140014 RJ
2005.02.01.008693-0, Relator: Desembargador Federal ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
MENDES, Data de Julgamento: 11/11/2008, PRIMEIRA TURMA ESPECIALIZADA, Data de
Usar obra fotográfica de banco de imagem - AGRAVO RETIDO.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE. INDEFERIMENTO. DOCUMENTO REDIGIDO EM
LÍNGUA ESTRANGEIRA. TRADUTOR JURAMENTADO. APELAÇÃO CÍVEL.
RESPONSABILIDADE CIVIL. DIREITO MORAL DE AUTOR. INDENIZAÇÃO.
USO DE IMAGEM EM RÓTULO DE PRODUTO OBTIDA EM SITE. AUSÊNCIA
DE AUTORIZAÇÃO DO FOTÓGRAFO. REPARAÇÃO DEVIDA. FIXAÇÃO DO
VALOR. RECONHECIMENTO DA INTEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. HONORÁRIOS. FIXAÇÃO. 1. A eventual responsabilidade de
terceiro não autoriza a denunciação na lide, podendo, contudo, ser demandado
em ação autônoma. 2. É idôneo e reconhecido como prova o documento
redigido em língua estrangeira, com tradução realizada por tradutor
juramentado. 3. Cabível indenização por veiculação de imagem, postada em
site de fotografias na rede mundial de computadores, sem a autorização
do autor, e em ofensa aos termos de uso definido no próprio sítio. 3. A
indenização por uso da imagem sem a autorização do autor deve ser
arbitrada de acordo com o princípio da razoabilidade. 4. Intempestivos os
embargos de declaração opostos fora do prazo prescrito em lei. 5. No caso de
condenação os honorários advocatícios são fixados em percentual entre 10% e20%, nos termos do § 3º do art. 20 do Código de Processo Civil. APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. RECURSO ADESIVO PARCIALMENTE PROVIDO. (TJ-PR:
8372616 PR 837261-6, Relator: Nilson Mizuta, Data de Julgamento: 19/01/2012, 10ª Câmara Cível)
photoshop numa foto tem direitos autorais (auxiliar do fotógrafo)
- DIREITO AUTORAL. FOTOGRAFIA. USO COMERCIAL NÃO
AUTORIZADO. Violação de direitos autorais por publicação de
fotografia sem autorização da fotógrafa. Cessão de direitos que se
fará sempre por escrito - Alteração da imagem original para
adaptação à página da revista, inclusive com inserção de letreiro,
não autorizada. Indicação dos créditos autorais ilegível.
Necessidade de identificação do autor da obra fotográfica -
Inteligência dos arts. 7º, VII, 50, 24, II, 79 da Lei nº 9.610/98. Dano
material apurado pela média do preço cobrado usualmente pela
comercialização do trabalho do profissional. Dano moral configurado.
Honorários sucumbenciais que devem ser integralmente suportados
pela ré, ante o acolhimento do pedido inicial do autor, ainda que em
quantidade diferente da pretendida - Sentença de parcial procedência.
Recurso do autor parcialmente provido, improvido o da ré. (TJ-SP - APL:
00864552220108260000 SP 0086455-22.2010.8.26.0000, Relator: Fábio Podestá, Data de
Julgamento: 22/05/2013, 5ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 23/05/2013)
CONSTITUCIONAL. CIVIL. DIREITO AUTORAL. VIOLAÇÃO. AÇÃO
INDENIZATÓRIA. OBRA ARTÍSTICA PUBLICADA SEM AUTORIZAÇÃO,
REFERÊNCIA DO NOME, PSEUDÔNIMO OU SINAL CONVENCIONAL.
DANOS MORAIS MAJORAÇÃO. DECISÃO UNÂNIME. 1.Toda e qualquer
fotografia integra o rol dos direitos autorais, devendo a cessão dos direitos
a ela pertinentes ser efetivada obrigatoriamente pela forma escrita,
constando do contrato o objeto, as condições de seu exercício ao tempo e
ao lugar, o preço e retribuição, inclusive se se tratar de cessão graciosa
destes. 2.Inteligência dos arts. 7º, VII, e 50 da Lei nº 9.610/98.
3.Inconteste a autoria das fotografias e comprovada utilização pelo
município em encarte publicitário destinado ao mercado
internacional, inclusive com a manipulação da obra através da
inversão das imagens, tudo sem autorização expressa nem menção
do nome do autor. 4.Material de divulgação confecionado com o objetivo
de atrair investimentos estrangeiros para a cidade de Petrolina, pelo que
insubsistente a alegação de ausência de ganho de qualquer natureza pela
municipalidade a justificar a imposição da verba reparatória.
5.Evidenciada a violação aos direitos autorais, devida é a indenização.
6.Apelo autoral provido para majorar a indenização fixada para R$
5.000,00 (cinco mil reais), com correção monetária desta data, por se
mostrar mais adequada a satisfazer a justa proporcionalidade entre o ato
ilícito e o dano moral sofrido, bem como se presta a evitar o
enriquecimento sem causa do ofendido, mantida no mais a sentença
ECAD - http://www.ecad.org.br
Tabela de preços do ECAD:
•depende do tipo de usuário (eventual ou permanente);
•execução ao vivo ou mecânica;
•receita que será gerada vinculada à música;
•metragem do ambiente sonorizado;
•Autores internacionais: CISAC (Confederação Internacional
de Sociedades de Autores e Compositores).
ABRAMUS (Associação Brasileira de Música e Artes); AMAR (Associação de Músicos,
Arranjadores e Regentes); SBACEM (Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e
Escritores de Música); SICAM (Sociedade Independente de Compositores e Autores
Musicais); SOCINPRO (Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos
Intelectuais); UBC (União Brasileira de Compositores); ABRAC (Associação Brasileira de
Autores, Compositores, Intérpretes e Músicos); ANACIM (Associação Nacional de Autores,
Compositores, Intérpretes e Músicos); ASSIM (Associação de Intérpretes e Músicos);
SADEMBRA (Sociedade Administradora de Direitos de Execução Musical do Brasil)
Entre 14/6 e 31/8 de 2010 esteve sob consulta pública
um projeto de revisão da LDA com mais de 8 mil
opiniões emitidas.
Concentra-se em sete temas: limitações aos direitos
do autor; usos das obras na internet; reprografia
das obras literárias; gestão coletiva de direitos
autorais; supervisão estatal das entidades de
cobrança e distribuição de direitos; unificação de
registro de obras; e, ainda, obra sob encomenda e
decorrente de vínculo passa ser do empregador e
prescrição em 5 anos da ação por violação.
Projeto de Lei
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