Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Brasil enCantado
Autor Professor Maxwel Schelles de Lima
Escola de Atuação Colégio Estadual Almirante Tamandaré
Município da Escola Foz do Iguaçu
Núcleo Regional de Educação
Foz do Iguaçu
Orientadora Professora MS. Luciana Vedovato
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Produção Didático-Pedagógica AD da MPB de protesto na Ditadura Militar
Relação Interdisciplinar
História, Filosofia, Política, Música
Público Alvo Alunos do Ensino Médio
Localização Rua Heleno Schimmelpheng, 460 Vila Yolanda – Foz do Iguaçu
Apresentação:
Esta Proposta Didático/Pedagógica foi
desenvolvida tendo como referencial teórico
a AD de linha Francesa, tendo como objeto
de estudo o discurso, e como finalidade
ensinar a nossos alunos que os sentidos das
palavras ou mesmo dos textos não são
dados de antemão, estes, ao contrário,
devem ser procurados e compreendidos,
como efeito de sentidos, materializados em
textos nas diversas Formações Discursivas
dos Discursos. Para tanto usaremos a MPB
de protesto, do período da Ditadura Militar
como “corpus” à análise Histórico-
Ideológica dos sujeitos-discursivos.
Palavras-Chave
Análise; Discurso; Leitura; Ideologia; História
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
MAXWEL SCHELLES DE LIMA
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
BRASIL enCANTADO
Análise do Discurso da MPB de Protesto durante a Ditadura Militar
FOZ DO IGUAÇU – PR
2013
MAXWEL SCHELLES DE LIMA
BRASIL enCANTADO
ANÁLISE DO DISCURSO DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA DE PROTESTO
NA DITADURA MILITAR
Produção Didático-Pedagógica apresentada à coordenação do PDE/SEED/PR (Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná) como exigência parcial para a participação no programa, sob a orientação da Professora MS. Luciana Vedovato, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Foz do Iguaçu.
.
Foz do Iguaçu – PR 2013
IDENTIFICAÇÃO
Anistia - Charge do desenhista Solda
Fonte: http://www.ifch.unicamp.br/
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA Professor PDE: Maxwel Schelles de Lima PROFESSORA ORIENTADORA: Professora Ms. Luciana Vedovato
Disciplina: Língua Portuguesa Colégio: Colégio Estadual Almirante Tamandaré – Ensino Fundamental e Médio Núcleo: Foz do Iguaçu Público Alvo: Alunos do Terceiro Ano do Ensino Médio Conteúdo Estruturante: Discurso como Prática Social Conteúdo Específico: A Música Popular Brasileira de Protesto na Ditadura Militar como corpus para a Análise de Discurso.
TÍTULO: BRASIL enCANTADO Relação Interdisciplinar: História e Política
Ditadura no Brasil - Passeata dos Cem Mil
Fonte: http://www.mme.org.br/
Conversa com o(a) Professor(a)
Colega(s).
O presente Material Didático foi elaborado para implementação do Projeto de
Intervenção Pedagógica do PDE 2013: “Brasil enCantado” e será desenvolvido em
uma turma do 3º. Ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Almirante Tamandaré,
da cidade de Foz do Iguaçu.
Trabalharemos com gênero CANÇÃO, mais precisamente “A Música Popular
Brasileira de Protesto durante a Ditadura Militar”, para tanto usaremos o método da
Análise do Discurso linha Francesa.
Neste material propomos a utilização do referido método para análises das
canções: “Pra não dizer que não falei das flores; Canção da despedida; Vai passar;
Acorda Amor e O bêbado e o equilibrista”.
A escolha desse tipo de texto se justifica por entendermos que a música, como
qualquer outro texto, busca transmitir informações ao receptor. Principalmente as que
foram compostas nos chamados “anos de chumbo”, momento no qual o País viveu o
ápice da repressão política.
À música coube romper o bloqueio da censura, ludibriando-a com recursos
como os de efeitos de sentido, metáforas, paráfrase e polissemias. Ao falar do senso
comum, do amor ou do cotidiano, de fato, as canções mostravam, fazendo uso de
vários efeitos de sentido, a verdadeira situação social e política do País.
A música sempre foi utilizada para expressar sentimentos, pensamentos,
ideologias e muitas outras vezes, para manifestar protestos e reivindicações. Diante
da riqueza de possibilidades de análises que constitui as letras de músicas do
“corpus” eleito, achamos pertinente a utilização desse gênero textual.
O “corpus” traz como temática a ditadura militar no Brasil que, em “alteridade”
(noção derivada da filosofia, que defini o ser em uma relação que é fundada sobre a
diferença: o eu não pode tomar consciência do seu ser-eu a não ser porque existe
um não-eu que é outro, que é diferente. Dicionário Análise do Discurso pg.34). com o
do livro “1984” de George Orwell, servirá ao interdiscurso ao discurso que
construiremos na sala de aula, no qual abordaremos a democracia, os estados
totalitários, a resistência política, os mortos, os exilados, a anistia e o poder de
influência da mídia.
Pretendemos fazer com que nossos alunos percebam que no texto não existem
sentidos pré-determinados, que a leitura vai para além da inteligibilidade ou da
interpretação, sua compreensão deve ser buscada na formação discursiva e seu
contexto histórico-ideológico.
A perspectiva histórica favorecerá à análise e a aprendizagem sobre a AD,
método este, capaz de fazer com que nossos alunos percebam que nos textos,
verbais e não verbais existem sentidos, outros, que vão para além dos aparentes,
tornando-os, com isso, leitores mais atentos aos mais diversos gêneros textuais de
seus próprios tempos.
JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO
Por meio de nossa prática docente percebemos que a postura da escola, bem
como da maioria do material didático disponibilizado para todas as disciplinas,
concebe os alunos como sujeitos passivos que apenas extraem informações
previamente determinadas nos textos, sem considerar as marcas histórico-
ideológicas do contexto de produção.
Faz-se necessário romper com essa lógica que posiciona os sujeitos leitores
em lugares estanque, como meros observadores, negando-lhes o direito de
reconhecerem-se como sujeitos, criadores de sentidos.
No interior dos discursos, o sujeito assume diferentes posições, portanto, a sua identidade nunca será a mesma em diferentes momentos e lugares em que se encontre.(FERNANDES, 2008,pg33)
A utilização da análise do discurso para leitura é uma metodologia eficaz para
alcançar o propósito de fazer os sujeitos reconhecerem-se histórica e
ideologicamente, pois:
O fato de o Discurso implicar uma exterioridade à língua, ser apreendido no social, cuja compreensão coloca em evidência aspectos ideológicos e históricos próprios à existência dos discursos nos diferentes contextos sociais (FERNANDES, 2008, pg. 8)
A escolha da Música como objeto de análise, se deve ao fato de ela ser uma
das mais antigas manifestações da Cultura, portanto um dos melhores
instrumentos para o entendimento da História, pois guarda em si, marcas das
condições de produção e, serve como fio condutor que nos guiará, e em particular
a Música Popular Brasileira de Protesto porque, através desta poderemos
observar, as formações discursivas contidas nas canções no contexto histórico da
Ditadura Militar.
OBJETIVO GERAL
Fazer com que aluno/leitor rompa com a idéia de que na leitura do texto exista
um sentido evidente, e perceba que o discurso está submetido à heterogeneidade. E
que existirão tantas compreensões, quantos forem os sujeitos da enunciação.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
Propiciar contato com a história da música brasileira;
Conhecer músicas do nosso cancioneiro, e suas condições de
produção.
Conhecer de maneira crítica, momentos decisivos da história do Mundo
e do Brasil, suas repercuções e conseqüências para os valores e
modos de vidas contemporâneos;
Identificar as Ideologias e seus respectivos momentos históricos,
explícitos e ou implícitos nos textos;
Analisar de maneira crítica as vozes contidas nos discursos correntes
na sociedade;
Descobrir que no texto os sentidos não são determinados a priori
Produzir gêneros Resenha e Debate
Debater os Poderes das
Midias na formação
inconsciente coletivo.
Ditadura no Brasil - Passeata dos Cem Mil
Fonte: http://www.mme.org.br/
SOBRE AS CANÇÕES:
As canções utilizadas neste material didático são de autoria dos compositores
Geraldo Vandré; Geraldo Vandré em parceria com Geraldo Azevedo; Chico Buarque
de Holanda; Julinho da Adelaide (heterônimo de Chico Buarque de Holanda) e João
Bosco em Parceria com Adir Blanc. Sobre os autores, teremos acesso a suas
Biografias, através de pesquisas em “sites” eletrônicos, pois para se analisar uma
obra é preciso conhecer seu autor.
Inicialmente propõe-se aos professores, com os recursos de apresentação
através de Multimídia e do Software PowerPoint:
Fazer uma apresentação do assunto a ser tratado;
História da Música
https://www.youtube.com/watch?v=ImqEJHsUm3I
História da Música Popular Brasileira;
http://www.youtube.com/watch?v=8sIBMafJ42s.
História dos Festivais / Uma Noite em 67
. http://www.youtube.com/watch?v=ufsObVmajZo
Biografias de Chico Buarque e Geraldo Vandré–
http://www.youtube.com/watch?v=YaGl1aFtqFw
https://www.youtube.com/watch?v=DH0NjgXE0OY
Ensinar como se produz os Gêneros textuais Resenha; e Debate.
Apresentar a Resenha (Distopia Característica e alguns livros...) Distopia
https://www.youtube.com/watch?v=0K8e-gkcLK8 (acesso26.10.13 18:26)
(até 8 minutos e 41seg. depois 15 min.15seg. até 23min. 25seg)
Fonte: alinemarques.spaceblog.com.br
Apresentar a reportagem: EUA espionagem Digital e o
documentário do livro “1984”; sugira a leitura
http://www.youtube.com/watch?v=SpoXiYXfXzc
http://www.youtube.com/watch?v=XhPXh_Y-0bo
(acesso 26.11.13 08h37min horas)
Produzir uma resenha escrita sobre o livro: “1984”. Posteriormente, nas
unidades, os alunos deverão apresentar à turma, suas resenhas, que servirá
de base ao debate final sobre a relação entre as situações apresentadas no
livro, a Ditadura Militar no Brasil, o momento histórico atual, o papel das
escolas, das famílias, das religiões, das mídias e da Língua na formação do
Discurso hegemônico.
Fonte: desacato.info
Apresentar o Filme “O dia que
durou 21 anos” (acesso 26.10.13 às
13h10min.) Promover um debate.
O Filme relata o envolvimento direto
do Governo Norte Americano no golpe
cívico-militar de 1964. O Filme baseado
em documentos de vídeo e áudio
liberados pela lei estadunidense que torna público, documentos secretos depois de
alguns anos. No filme é possível ver e escutar os próprios Presidentes Kennedy e
Lyndon Johnson tramando o golpe!
Ditadura no Brasil - Passeata dos Cem Mil - Fonte: http://www.mme.org.br
Mãos à obra
ATIVIDADE 1: CONHECENDO A HISTÓRIA DAS MÚSICAS
UNIVERSAL; POPULAR BRASILEIRA; Dos FESTIVAIS e DOS
COMPOSITORES CHICO BUARQUE E GERALDO VANDRÉ
TEMPO: 2 aulas
RECURSOS: Multimídia e Questionário
1. Apresentar:
História da Música
https://www.youtube.com/watch?v=ImqEJHsUm3I
História da Música Popular Brasileira;
http://www.youtube.com/watch?v=8sIBMafJ42s.
História dos Festivais / Uma Noite em 67
. http://www.youtube.com/watch?v=ufsObVmajZo
Biografias de Chico Buarque e Geraldo Vandré
http://www.youtube.com/watch?v=YaGl1aFtqFw
https://www.youtube.com/watch?v=DH0NjgXE0OY
2. Aplicar Questionário
AVALIAÇÃO: O GOSTO/PREFERÊNCIA MUSICAL
Outubro 2009 ~ Portal Jaguarari portaljaguarari.com
QUESTIONÁRIO:
1. Quando você costuma ouvir música?
2. Que tipo de música você costuma ouvir?
3. Você acredita que a música é importante para sua formação?
4. Você acredita que a música poderá te auxiliar a uma melhor compreensão do
texto?
5. Você acredita que poderá conhecer melhor a história do Brasil através da
música? Por quê?
6. Você acredita que a música pode ser um meio de transmissão de
conhecimentos? Por quê?
7. O quê você conhece da história política do Brasil nos anos 1960/1985?
Após estas apresentações e questionamentos, o professor, além de conhecer o
gosto musical dos alunos, também terá despertado o interesse em conhecer as
músicas, seus compositores e contexto histórico.
divinasunhas.com
APLICAÇÃO INICIAL – AVALIANDO O GOSTO/PREFERÊNCIA DE MÚSICA
Vamos Aprender a fazer um texto Resenha
Atividade 2: Aprendendo o Gênero Resenha/ Análise de resenhas de
jornais e revistas/Sugestão de Leitura e Produção de Resenha do livro:
“1984”. (prazo de entrega: para o debate na finalização dos trabalhos).
Tempo: 6 aulas
Recursos: Multimídia
1. Apresentação:
Resenha do livro 1984; sugerir a leitura
Apresentar reportagem: EUA espionagem Digital. E o documentário do
livro “1984”; sugerir leitura
http://www.youtube.com/watch?v=SpoXiYXfXzc
http://www.youtube.com/watch?v=XhPXh_Y-0bo
(acesso 26.11.13 8:37 horas)
Apresentar a Resenha (Distopia Característica e alguns livros...) Distopia
https://www.youtube.com/watch?v=0K8e-gkcLK8 (acesso26. 10.13 18h26min)
(até 8 minutos e 41seg. depois 15 min.15seg. até 23min. 25seg)
Avaliação: Participativa, através do Questionário do Quadro de Avaliação
do Gênero Resenha.
Gênero Resenha
http://www.slideshare.net/maxwellima14/genero-resenha
É um Gênero Textual que apresenta a síntese das principais ideias contidas
em uma obra. Para se produzir uma resenha há que se levar em consideração o seu
desenvolvimento lógico bem como a sequencia expositiva.
As resenhas não podem ser confundidas com resumos, estes são apenas parte
de sua estrutura. Resenhas são textos predominantemente argumentativos, que
além de caracterizar de forma sucinta as obras analisadas, devem emitir juízos de
valor - elogiando ou criticando–as.
Os juízos emitidos pelo resenhista devem conectar-se, por meio de
argumentos, ou seja, ações verbais persuasivas, que pretendem levar um
destinatário a aceitar uma determinada tese, ao mesmo tempo em que confere
legitimidade e unidade coesiva ao texto.
Para se produzir um texto resenha devemos considerar seus diversos
contextos de circulação possíveis, a chamada de esferas de atividades humanas,
que são basicamente, publica e ou privadas, sendo que esta ultima se estabelece
com base nas relações imediatas de um individuo: família, amigos, vizinhos;
enquanto que as publicas são aquelas que, ultrapassam o âmbito das relações
imediatas, e são partilhadas por toda uma comunidade, ou seja, trabalho, educação,
religião, política e cultura.
Outro fator importante que se deve levar em consideração, na produção da
resenha ‘e o suporte, ou seja, o meio material em que o discurso se dá. Jornais e
revistas são exemplos de suportes onde se podem encontrar resenhas dedicadas a
lançamentos de shows, filmes, livros CDs e DVDs.
O perfil do leitor de resenhas depende das obras resenhadas. No entanto todos
apresentam uma característica em comum: desejam uma avaliação preliminar sobre
a obra que desejam conhecer.
Para o texto resenha alcançar a clareza necessária a seu bom desempenho,
deve fazer uso, em abundância, de adjetivos e substantivos, e em um recorte
avaliativo para emitir informações e opinião sobre a obra resenhada.
Resenhas críticas são instrumentos que pretendem mostrar um ponto de vista
e influenciar seus leitores.
A resenha crítica se organiza, basicamente pela identificação, sintetização,
descrição da estrutura, do conteúdo e análise critica, baseada em seqüencias
argumentativa, e por fim a recomendação e dados do autor e do resenhador.
A linguagem utilizada na resenha deverá levar em consideração o público a
que se destina.
Nas resenhas é de bom tom que o enunciador faça uso de recursos como a
modalização, fornecendo pistas do efeito de sentido que pretende alcançar em seus
julgamentos e opiniões, bem como expressões que as atenuem, para tanto pode
fazer uso de citações, diretas ou indiretas, com o uso de verbos de dizer.
Apresentação da situação
A turma deverá produzir uma resenha, preferencialmente em sala de aula,
depois de terem assistido ao filme “O dia que durou 21 anos”, como exercício de
reflexão da aprendizagem. A turma deverá ler o livro, “1984” e produzir uma resenha
crítica, a ser apresentada no final do curso. A própria turma será interlocutor.
A resenha produzida terá como objetivos, além do aprendizado do gênero,
servir de subsidio ao Debate que será promovido no final do curso.
O Poder da força Militar versus A dissimulação do Discurso na formação do
inconsciente coletivo”.
Qual é a mais eficiente; a quem e quando interessa seus usos?
Somos realmente os donos de nossas vontades?
O poder das Mídias e das Redes Sociais.
A invasão da Privacidade em nome da Segurança.
Quadro Avaliativo do Gênero Resenha
Critérios Adequado Melhor
ar
1. Adequação do título:
O título de sua resenha remeteu o leitor aos
principais pontos que são destacados e/ou à orientação
argumentativa do texto?
2. Condições de Produção
O tratamento que você deu à resenha levou em
conta a esfera onde circulará?
No tratamento dado à sua resenha você levou
em consideração as particularidades do suporte em que
se encontra?
O texto resenha tem como objetivo apresentar e
avaliar uma obra, esclarecendo os leitores, de suas
potencialidades. Você considera ter alcançado este
objetivo?
3. Plano Global do Texto
Seu texto situa adequadamente a obra
resenhada, informando seus leitores sobre as condições
de produção (autoria, esfera de circulação, suporte)?
O texto traz uma descrição ou apresentação dos
principais elementos que constituem a obra?
O texto faz uma avaliação da obra por meio da
qualificação e/ou análise de um ou mais elementos?
4. Estilo
A resenha apresenta palavras e/ou expressões
avaliativas que indicam a posição mais ou menos
favoráveis em relação à qualidade da obra?
Quando necessário, o texto mobiliza recursos
adequados de modalização?
Em seu texto, os conectivos foram usados de
forma que contribuíram tanto com a coesão textual,
como com os efeitos estilísticos, destacando os
diferentes aspectos requeridos tanto para a descrição,
como para a avaliação?
O texto utiliza-se elementos linguísticos
adequados para a esfera em que vai circular, o suporte
e o público leitor?
O texto faz uso adequado da pontuação?
O texto está, conciso e preciso, ou poderia ainda
ser reduzido?
Vamos saber um pouco mais sobre a Ditadura Militar
Atividade 3: Contextualizando as Músicas a serem analisadas
Apresentação do Filme Documentário “O dia que durou 21 anos”.
Produção de Resenha do filme
Tempo: 5 aulas ( 1 contextualização; 2 apres. Filme; 1 prod.
Resenha)
Recursos: Multimídia
Avaliação: Resenha do Filme através do Quadro de Avaliação do
Gênero Resenha
Ditadura no Brasil - Passeata dos Cem Mil - Fonte: http://www.mme.org.br
CONTEXTO E SENTIDOS
http://www.slideshare.net/maxwellima14/contexto-e-sentidos
Em 1964, o governo Norte Americano, em conluio com setores da burguesia,
da política e das forças armadas brasileiras desferem um golpe fatal à democracia
no Brasil ao deporem, em um Golpe Militar, o Presidente João Goulart, como cita o
filme documentário “O dia que durou 21 anos”, de Camilo Tavares.
Como não aconteceu a resistência que se esperava, o Golpe conseguiu manter
as aparências, o Congresso permaneceu aberto, se bem que enfraquecido. No
entanto a “Caixa de Pandora” havia sido aberta e, a contra-gotas os golpistas vão se
revelando.
Em 1965 com a promulgação do AI-2 os partidos políticos são extintos e com
eles as eleições diretas para presidente da República; em 1966 com o AI-3 o
Congresso é fechado e, finalmente em 1968 com a promulgação do AI-5 o regime se
mostra por inteiro –DITADURA MILITAR- começa a censura, e as perseguições.
No ano de 1968, a juventude do mundo se rebela contra a ordem estabelecida,
surge o movimento de contracultura com manifestações por uma sociedade mais
justa e democrática: Na França, “O Maio de 68”, na Tchecoslováquia “A Primavera
de Praga”, nos EUA, as passeatas contra a Guerra do Vietnã.
O Brasil, apesar de ser um país, à época, predominantemente rural, com a
população, de maioria analfabeta, com meios de comunicação de massa muito
precários, em uma época em que o veículo mais moderno era a televisão, dava seus
primeiros passos, e era artigo de luxo, acessível a poucas e abastadas famílias das
principais cidades, época em que ainda não existiam satélites, estações repetidoras
e nem se quer o vídeo tape, o radio era o meio mais rápido de comunicação, mas
estava fortemente censurado.
Devido à censura ou autocensura- imposta aos meios de comunicação,
prisões, mortes e exílio aconteceram sem que a população ficasse sabendo. Mesmo
assim a juventude, politizada, não se calou e, apesar da forte repressão, saiu às
ruas em protesto contra a ditadura, alguns “Quixotescamente” pegaram em armas.
Contraditoriamente, com o advento dos festivais da canção, nas principais
emissoras de TV como Excelsior, Record e Globo, a música popular brasileira vivia
um grande momento de criação e repercussão, autores como Geraldo Vandré,
Chico Buarque entre outros viram uma maneira de ludibriar a censura e servir à
Nação como instrumento de divulgação e resistência ao regime militar.
Foram vários os festivais da canção que fizeram sucesso durante os “anos de
chumbo”, suas estruturas narrativas mexiam com os sentimentos dos
telespectadores, com argumentos tais como personagens como o do bom moço, do
rebelde e a heroína, como revela a Chico Buarque, o repórter do documentário “Uma
noite em 67” citando Paulinho Machado de Carvalho, diretor da TV Record. É nesse
contexto histórico que surgem as canções que analisaremos.
Para esclarecer o percurso que seguiremos, análises aqui propostas,
consideramos que os festivais da canção foram mais do que um mero suporte ao
gênero canção, tornaram-se eles próprios, também enunciadores, produzindo seu
próprio gênero discursivo -programas de TV. Para tanto as emissoras criaram
argumentos que dividiam as platéias como torcidas de futebol, a favor ou contra
essa ou aquela canção.
No argumento criado pela tv, o compositor Chico Buarque era o bom moço,
branco, jovem, bonito, “olhos claros”, filho de uma familia de intelectuais do calibre
de um Sérgio Buarque de Holanda, seu pai, e sobrinho de Aurélio Buarque de
Holanda.
Chico era o “queridinho do Brasil”, compositor da canção “A Banda" que fazia
enorme sucesso, em todas faixas etárias e classes sociais; os militares quiseram
usá-la para uma campanha de alistamento militar, a proposta foi recusada pelo
artista. Os militares nunca o perdoram e começou aí seu martírio, como o artista
mais censurado pela ditadura.
Contudo o compositor resistiu e, produzindo uma obra recheada de metáforas
e efeitos de sentido, ludibriou a censura e, serviu como um alto falante que
denunciou os crimes cometidos pelos usurpadores da Pátria. Sua bagagem
intelectual e conhecimento do discurso foram os passaporte que fez com que sua
obra sobrevivesse para além do regime.
Fato esse que não ocorreu com Geraldo Vandré, artista contestador
desempenhou o papel do revoltado no argumento montado pela televisão e, ao se
opor ao regime, com seus discursos diretos, conclamando a juventude à resistência
e luta, despertou a ira dos orgãos de repressão.
Ditadura Militar no Brasil Fonte: 3001ditaduramilitarnobrasil.blogspot.com
Vamos conhecer um pouco sobre a Análise do Discurso
Atividade 4: Noções de Análise do Discurso
Tempo: 2 aulas
Recursos: Multimidia Software PowerPoint
www.slideshare.net/maxwellima14/nocoes-de-analise-do-discurso
Antes de começar a análise das músicas convém que saibamos alguns
conceitos, básicos, sobre o método da Análise do Discurso, ao mesmo tempo em
que orientamos os alunos a prestarem atenção ao caráter de oposição entre este e
a “Novalíngua”, língua oficial de Oceania, criada para satisfazer às necessidades
ideológicas da sociedade totalitária descrita no romance “1984”.
Comecemos com a noção de Discurso, o que está em curso, portanto não é
estanque, que não é língua nem texto ou tão pouco fala, mas necessita desses
elementos para ter uma existência material. Discurso implica uma exterioridade à
língua, isto é a aspectos sociais e ideológicos contidos nas palavras.
Para a AD existe a noção de sujeito discursivo, polifônico, cujo discurso é
constituído do entrecruzamento de diferentes discursos em oposição, portanto
heterogêneos e mutáveis.
Para quem as condições de produção são um dos fatores fundamentais e nelas
são determinantes os aspectos históricos, sociais e ideológicos.
Na “Novalíngua”, língua criada na sociedade do romance “1984” como meio de
controle ideológico, seu vocabulário é construído de modo a fornecer a expressão
exata aos interesses do Partido, excluindo todos os outros significados, ou
possibilidades de se chegar a eles.
Tanto no romance “1984” como no Brasil pós-golpe de 1964 é possível
perceber algumas semelhanças nas políticas de curto prazo para controle da
população por parte do Estado, tortura e delação,
Todavia, enquanto em “1984” a estratégia adotada pela criação da
“Novalíngua” como política de longo prazo para diminuir a extensão do pensamento,
diminuindo o número e os sentidos das palavras ao mínimo, reduzindo as
ambiguidades e significados implícitos foi a vencedora,
No Brasil, a estratégia da utilização da Censura Federal não logrou o mesmo
êxito, pois deixou brechas por onde a Música Popular Brasileira, entre outras
manifestações da cultura, fazendo uso dos efeitos de sentido do discurso puderam
penetrar e denunciar à Nação a conspiração a que estava submetida, como
demonstramos nas músicas analisadas.
Contudo, ha que se permanecer alerta, pois, com o avanço das tecnologias de
comunicação, vemos aumentar, exponencialmente, as possibilidades de
manipulação do inconsciente coletivo.
“1984 não é apenas mais um livro sobre política, mas uma metáfora do mundo que estamos inexoravelmente construindo. Invasão de privacidade, avanços tecnológicos que propiciam o controle total dos indivíduos, destruição ou manipulação da memória histórica dos povos e guerras para assegurar a paz já fazem parte da realidade. Se essa realidade caminhar para o cenário antevisto em 1985, o indivíduo não terá qualquer defesa. Aí reside a importância de se ler Orwell, porque seus escritos são capazes de alertar as gerações presentes e futuras do perigo que ocorrem e de mobilizá-las pela humanização do mundo”. (contra capa do Livro - 1984/ George Orwell; tradução Wilson Velloso. 29 ed. Cia Editora Nacional, 2005).
Agora que você conhece a Teoria vamos análisar as
Música
Atividade 5: Análise das Músicas.
Sugestão aos alunos: Escolher uma música contemporânea para
ser analisada.
Tempo: 6 aulas
Recursos: Multimidia, Software PowerPoint
Pra não dizer que não falei das flores
A canção mais conhecida de Vandré, “Prá não dizer que não falei das flores”
fruto do contexto da Ditadura Militar, colaborou na construção do Discurso de Luta
contra o regime, a música tem o estilo de hino, podemos comprovar isso verificando
a relação dialógica que ela estabelece com o hino à Independência; com isso o
papel do enunciador é redefinido, de cancionista que canta somente para o deleite
estético do ouvinte, para o de Arauto. Portanto não é de se extranhar que “Pra não
dizer que não falei da flores” se torne uma espécie de hino, cantado dalí em diante
em todas as manifestações populares de resistência,.
A canção, diálogou com a canção A Banda de Chico Buarque, opondo a
estrofe e o reflão -“Caminhando e cantando e seguindo a canção / Somos todos
iguais braços dados ou não / Nas escolas nas ruas campos, construções /
Caminhando e cantando e seguindo a canção / Vem, vamos embora que
esperar não é saber / Quem sabe faz a hora não espera acontecer”- à estrofe -
“Estava à toa na vida / Meu amor me chamou / Pra ver a banda passar /
cantando coisas de amor”-. Já nos versos -“Nos quartéis lhes ensinam antigas
canções / De morrer pela Pátria e viver sem razão”-, o diálogo se faz, como já
referido anteriormente, com o reflão do Hino da Independência, -“Ou ficar a Pátria
livre / Ou morrer pelo Brasil”-. Na obra de Geraldo Vandré a riqueza das
metaforas não se encontra nas canções, nelas, as construções metafóricas são
pobres, faceis de memorizar pois têm a missão de serem o mais evidentes
possíveis, assemelhadas ao estilo Hinos que têm como objetivo atingir diretamente
os sentimentos do interlocutor impolgando-o.
Na obra de Vandré a metáfora mais rica não esta no discurso própriamente
dito, mas no enunciador que encontra um novo “Ethos”, o do Herói que se entrega
em holocausto pela causa e, a partir daí a análise desliza para o campo da
psicanálise, pois não se pode esquecer que Vandré é advogado, sabe, mas parece
equecer do poder da Hidra a que se dispõe combater.
O uso do Gerundio nos três verbos do primeiro verso indica que andar, cantar e
seguir estão em curso e, ao mesmo tempo, em que podem assumir os papéis em
que um é, ao mesmo tempo, adjetivo e advérbio dos outros, ou seja: Caminhando é
qualidade e modo de quem canta e segue; cantando é qualidade e modo de quem
caminha canta e segue; seguindo é qualidade e modo de quem caminha e canta.
O refrão começa com uma locução verbal, -“Vem, vamos”... o verbo que
desempenha a função auxiliar, vamos, é que flexiona indicando o número, plural e a
pessoa, primeira do plural; e o tempo presente do enunciador.
Ainda no refrão o enunciador faz uso da Injunção, que é a forma de explicitar
sua intenção de levar o destinatário a assumir uma atitude qualquer
Os verbos esperar e saber indicam as ações, própriamente dita que o
enunciador não deseja, contudo por encontrarem-se no infinitivo impessoal,
assumem o papel de adjetivo, qualidade de quem resolveu deixar de esperar, que é
realçado pela figura Litotes que é a declaração de algo pela negação de seu
contrário, -Esperar não é saber- portanto quem não espera, Sabe.
Interessante notar o jogo de sentido que o enunciador pretende alcançar ao
subtrair o fonema /r/ da palavra – armados- “Há soldados armados/ amados ou
não”.
CANÇÃO DA DESPEDIDA
O arauto pensa, numa mistura de ingenuidade romantica e bravura épica que,
como um Hercules moderno poderá vencer o monstro de nove cabeças e voltar,
como vaticina os versos da “Canção da despedida” feita em parceria com Geraldo
Azevedo, e interpretada por Elba Ramalho quando cantava: -Já vou embora/Mas
sei que vou voltar / Amor não chora, se eu volto é pra ficar- Exilado, como Chico
Buarque e, ao contrário deste e de seu vaticinio, Vandré, como artista, nunca mais
voltou. A música “Canção da despedida” é belissima e apesar de parecer a
despedida de duas pessoas que se amam, um olhar mais atento mostra que o
diálogo se faz entre o autor e a Pátria amada.
O enunciador parte a contragosto -Eu quis ficar aqui /mas não podia / O meu
caminho a ti não conduzia- obrigado que foi pelo Ditador, General Médice, eleito,
ilegitimamente, pela JuntaMilitar - Um rei mal coroado não queria / O amor em
seu reinado / Pois sabia não ia ser amado-.
Ditadura Militar - luta armada - Fonte: http://www.ifch.unicamp.br/
A primeira pessoa do verbo Ir no presente indicativo estabelece o tempo e
quem é o sujeito da enunciação -“Já vou embora”- o enunciador está se
despedindo e parte a contra gosto, como fica demosntrado pelo uso do conectivo
adversativo Mas “mas sei que vou voltar”.
No entanto a aparente certeza, demonstrada pelo uso do verbo no modo
indicativo é desmentida, pela entonação e pelo uso conectivo condicional SE que
deveria vir acompanhado de verbos conjugados no modo subjuntivo “se eu voltar”
indice de dúvida e não “se eu volto” no presente do indicativo, que é marca de
certeza.Portanto, podemos dizer que o enunciador expressa, mais de uma vez seu
desejo, mas deixa marca de sua dúvida ao usar o conectivo condicional SE.
Acorda, amor (Julinho da Adelaide)
Para a análise da Canção “Acorda Amor” nossa lupa focará primeiro no autor.
Como sabe, hoje, Julinho da Adelaide foi pseudônimo usado por Chico Buarque, a
razão parece óbvia, vivíamos um dos momentos mais cruéis da ditadura militar, a
repressão à resistência armada e uma severa política de censura fora colocada em
execução. Os serviços de informações infiltraram agentes e delatores em muitos
setores da sociedade, das Universidades, Sindicatos, e Imprensa, aos Clubes de
Futebol, a sensação era a de que o regime era onipresente e oniciente. Espionava a
todos.
Uma das áreas que o regime considerava das mais sensíveis era a artística,
por seu potencial de trabalhar com o Simbólico, com o Metafórico e o Polissêmico.
Existia uma lista de artistas que eram censurados a priori, não importando o que
fosse produzido, entre eles estava o compositor Chico Buarque de Hollanda que,
percebendo brechas no sistema, cria a personagem semi-analfabeta, Julinho da
Adelaide, compositor da canção “Acorda, amor”.
A personagem autor de Julinho da Adelaide foi sendo construído aos poucos, e
seu “Ethos” é a de um sambista popular, que canta a “malandragem” dos morros e
favelas onde pobres e negros são estigmatizados, desde sempre e, suas prisões à
vista de uma sociedade, ainda preconceituosa, são encaradas com naturalidade e
não chamam a atenção. Chico Buarque aproveita essa brecha para criar o
compositor Julinho da Adelaide que ao dialogar com seu amor, na verdade esta
dialogando com a Nação que se encontra adormecida sem saber das prisões que
acontecem na calada da noite - Acorda, amor/ Eu tive um pesadelo agora-. O
verso “Acorda, amor” no modo imperativo funciona como vocativo e nomeia seu
interlocutor, seu amor, que na verdade é a Nação. Dependendo da modulação ou da
entonação da voz é possível inferir qual o estado mental do narrador, no caso é de
medo.
Interessante notar, a importância que Chico reserva ao feminino durante toda
sua obra, Em Acorda amor o feminino aparece duas vezes, como interlocutor da
personagem principal e como a dona de Julinho, um autor personagem desprezível,
afinal um homem assim, com nome no diminutivo que pertence a uma mulher, não
pode trazer perigo ao regime, Chico brinca, assim, com o não dito, com o
preconceito de classe e o machismo do censor, que não presta atenção na música e
a libera. Com isso, Em um jogo de fina ironia e polissemia, o compositor denuncia as
prisões e desaparecimentos que acontecem na calada da noite.
A canção “Acorda, amor” descreve uma prisão muito parecida com a de Chico
que em dezembro de 1968 é surpreendido dentro de casa por agentes da ditadura
que o levam para depor. Acorda, amor foi composta no momento mais sombrio da
ditadura militar quando misteriosas e propositalmente mal disfarçadas viaturas,
peruas Chevrolet Veraneio C-14 sem identificação rondavam acintosamente por
todas as partes e eram vistas, no imaginário popular (que não sabia o que de fato
estava acontecendo) como membros de um possível e sinistro Esquadrão da Morte,
que caçava e justiçava “bandidos” - Era a dura, numa muito escura viatura-. Com
isso, um clima de medo e insegurança permeia toda a sociedade que já não sabe
mais identificar de que lado se encontrava a lei, no verso - Chame, chame, chame
lá / Chame, chame ladrão, chame ladrão-.
Chico Buarque demonstra um domínio extraordinário da língua portuguesa
nessas rimas ricas, alcançadas com simples câmbios de fonemas –“Não reclame,
clame/ chame, chame, chame, clame”- troca o encontro consonantal nasal re-cla-
me, cla-me pelo dígrafo nasal cha-me, criando efeitos de sentido, sonoridade e
angustia.
Ninguém sabe ao certo, quem são aqueles homens nas viaturas, por Chico
confirma nos versos –“Era a dura, numa muito escura viatura/ Minha nossa
santa criatura” – Com o uso do verbo auxiliar ser no modo indicativo, além disso,
como o verbo está no pretérito imperfeito, se refere a uma ação passada, presente
no momento do passado que sendo descrita, portanto não concluída e incerta. No
jogo de incerteza/certeza a tensão aumenta subitamente quando afirma que a
repressão já esta para além do portão, aumentando ainda mais sua angustia, o jogo
das rimas nos faz lembrar –DITADURA- e no verso –“São os homens- que se trata
de policias, quando Juninho da Adelaide dialoga com gíria da malandragem que
chama policiais de “os home”. A estrofe –Se eu demorar uns meses convém, às
vezes, você sofrer/ Mas depois de um ano eu não vindo / Ponha a roupa de
domingo e pode me esquecer – Em um ato de fala Declarativo, o enunciador
deixa explicito seu desejo de mudar o estado das coisa e conversa com as famílias,
e amigos das pessoas presas ilegalmente Denuncia à Nação o fato de existe
pessoas que DESAPARECEM.
Finalmente em um intertexto com o dito popular que diz “Se ficar o bicho
come. Se correr o bicho pega” Chico em um ato de fala diretivo, dá indicações de
como os interlocutores devem agir, alertando aos que ainda permanecem em
liberdade para que tomem cuidado “Não discuta à toa, não reclame” por que
“Que o bicho é brabo e não sossega / Se você corre o bicho pega”-
Ditadura Militar no Brasil - blogdenilsonalmeida.blogspot.com
APESAR DE VOCÊ (1970)
Apesar de toda vigilância da censura, a canção “Apesar de você” foi liberada,
afinal parecia tratar-se apenas de uma história de amor que guardava para uma das
partes ressentimentos de vingança e despeito. A música começa com um coro de
vozes que aparece num efeito de “fade” fazendo uma ameaça. O uso do advérbio
de tempo amanhã faz a marcação temporal, o fato está acontecendo hoje,
presente do enunciador.
–“Amanhã vai ser outro dia / Amanhã vai ser outro dia / AMANHÃ VAI SER
OUTRO DIA”- em seguida com o uso do advérbio de tempo Hoje, o narrador reforça
a marcação temporal e canta, solitário e resignado –“Hoje você é quem manda /
Falou, ta falado / Não tem discussão”- relaciona Hoje a Ditadura, e em oposição
a Amanhã a Democracia. E dá pistas de que, apesar de humilhadas e
amedrontadas, no momento, existe outras vozes, que não está só. –“A minha
gente hoje anda / Falando de lado / e olhando pro chão, viu”. Os verbos usados
no gerúndio dão idéia algo que está em processo, e a marca de oralidade –“VIU”-,
faz uma ameaça não muito velada ao Ditador.
Em um discurso direto, o narrador fala com seu –“Você que inventou esse
estado / E inventou de inventar / Toda a escuridão”- em um diálogo entre o
momento histórico do Brasil (ditadura/escuridão) e idade média, (trevas) além disso,
é criada as oposições: Hoje; escuridão; pecado; sofrimento; tristeza / DITADURA –
Amanhã; outro dia; euforia;florescer; Democracia; dia/DEMOCRACIA.
O censor é advertido de que talvez o interlocutor fosse o Ditador General
Médice. A canção é proibida e os discos são recolhidos.
Na segunda estrofe continua a advertência em tom de desafio ao ditador –“Eu
pergunto a você / a palavra onde e quando em frases interrogativas, diretas ou
indiretas são advérbio interrogativos e não de lugar, como poderia ser pensado.
Onde vai se esconder / Quando o galo insistir / em cantar”- quando galo canta
anunciando o dia, democracia em oposição a noite ditadura.A canção segue em um
crescente de exaltação e já é possível ouvir o coro de vozes que se juntam ao
narrador, como se fossem o despertar da Nação adormecida.
“O Bêbado e o Equilibrista”
Carioca Ped: Janeiro 2013
Fonte: cariocaped.blogspot.com
Difícil, para quem viveu o clima da época, não se emocionar com
que essa belíssima canção que evocou o melhor dos sentimentos
da Nação Brasileira. A luta pelo retorno dos filhos pródigos; Os
que ousaram enfrentar o mal, e sobreviveram.
Com melodia de João Bosco e letra de Adir Blanc, a canção “O
bêbado e o equilibrista” estabelece a relação, Mãe/Pátria “-
Chora!/ A nossa Pátria/, Mãe gentil”- (intertexto com o Hino
Nacional) não diz, mas deixa implícita a relação Pátria/Filho.
Portanto ao evocar o amor materno também evoca o amor filial que quer
abrandar a dor de sua Mãe, a Pátria/Mãe gentil, que chora -“Com tanta gente que
partiu/ Num rabo de foguete”- o enunciador faz uso verbo no pretérito perfeito do
indicativo para deixar claro de não resta dúvida do acontecido. Ao fazer alusão aos
exilados do Brasil, que é a Pátria, portanto, Mãe dos brasileiros que partiram “-Num
rabo de foguete”- e irmãos, por conseguinte dos que aqui ficaram e agora lutam
pelo retorno dos exilados.
Encontramos dificuldade para estabelecer qual das interpretações é a mais
bela, se a de João Bosco, o compositor ou a de Elis Regina, optamos pelas duas,
se bem que a mais representativa é a interpretada por Elis, afinal foi ela quem
lançou a música que se transformaria em Hino pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita.
“Caia a tarde feito um viaduto/ e um bêbado trajando luto- O uso do verbo
Cair, no Pretérito imperfeito do indicativo estabelece a marcação temporal do
enunciado, de um fato que aconteceu antes da fala do enunciador; com
referência (-Ato Assertivo- que pode ser comprovado) ao viaduto Paulo de Frontin,
que desabou na cidade do Rio de Janeiro em 1971 na soterrando e matando muitas
pessoas.
O luto de “-e um bêbado trajando luto”- faz referência à Ditadura que está no
seu momento de maior repressão –“Mas sei que uma dor/Assim pungente/Não
há de ser inutilmente/A esperança”- significa que isso vai passar, pois faz parte
das dores do crescimento da jovem Nação, -“Que sonha com a volta do irmão do
Henfil”- Henfil artista plástico, cartunista, um dos mais sensíveis e brilhantes artistas
de sua época, crítico mordaz da ditadura militar, hemofílico foi uma das primeiras
vitimas da AIDS, seu irmão, Betinho idealizador do programa Fome Zero, que
evoluiu para o programa Bolsa Família, também morto pela AIDS. O uso dos
pronomes relativos “Que sonha com a volta” remete a brasileiros e o tempo dos
verbos sonhar e voltar indica que mudou o ponto de referência do enunciador, agora
no presente.
No verso –“Lá no Mata borrão do céu/Chupavam manchas torturadas”- o
uso dos advérbios de lugar indicam que é na contemplação da abóboda estrelada
que se procura alivio à emoção provocada pela angústia demonstrada no verso
Interjetivo e sintomático –“Que sufoco!”-
Um dos momentos mais emocionante da canção esta no verso “-Choram
Marias e Clarisses/No solo do Brasil”- Maria e Clarisse esposas dos mortos
Manuel Fiel Filho e Vladimir Herzog, respectivamente, citadas assim no plural
homenageia a as mulheres, mães, esposas, irmãs e filhas que também perderam
seus entes queridos durante os terríveis anos de chumbo, mulheres que através do
MFA – Movimento Feminino pela Anistia deram os primeiros passos para que
trouxéssemos de volta os exilados.
As mortes de Fiel Filho e Herzog foram o início do fim da Ditadura.
Tempos Modernos (1936) de Charles Chaplin Cinema Indiscreto – Fonte: cineindiscreto.wordpress.com
ATIVIDADE 6: Conhecendo o gênero Debate
Tempo: 4 aulas ( 1 teoria; 2 debate; 1 avaliação)
Recursos: Multimidia
Avaliação: Promover um debate, ensaio para o final – As manifestações
de rua e a presença dos Black Bloc.
Quem são eles?
Qual a ideologia que os embala?
Eles ajudam ou atrapalham a Democracia?
http://www.slideshare.net/maxwellima14/gnero-debate
Cada indivíduo traz em si as vozes que o constitui, fato que nos torna únicos.
Ao mesmo tempo, compartilhamos, com nossos semelhantes, as marcas do
contexto sócio-histórico. Tornando-nos com isso, assemelhados. Somos, portanto,
únicos e assemelhados. Contudo, é no embate dessas forças antagônicas que as
idéias se aprimoram e evoluem, pois, a cada momento em que expressamos nossas
opiniões sobre esse ou aquele assunto, somos obrigados a admitir que no outro
existem pontos de vistas divergentes, nem melhores nem piores, o fato é que temos
que enfrentar opiniões opostas às nossas.
Na troca das diversas experiências e visões de mundo que podemos mudar e
ampliar nossos sentimentos e conhecimentos, que serão, por definição, sempre
incompletos, visto que sempre, influenciamos e somos influenciados.
Essas afirmações preliminares servem para que possamos compreender o
gênero Debate e seu principal meio de manifestação, a fala.
Podemos assistir a debates pela televisão, pelo rádio ou ao vivo, na escola, por
exemplo. Propomos promover um debate na turma sobre o uso da força bruta ou a
dissimulação dos efeitos de sentido empregados nos discursos dominantes
para influenciar o inconsciente coletivo e seus reflexos no individuo. O poder
das mídias, das redes sociais e O fim da Privacidade. Certamente que diversas
opiniões serão abordadas.
Seja diligente, prepare-se, estude, pois antes de expressarmos nossas
opiniões sobre qualquer que seja o assunto, precisamos ter conhecimento de todos
os aspectos que nele estão envolvidos.
A linguagem utilizada no gênero debate poderá ser formal ou informal,
dependendo da situação, lembre-se que debater não significa brigar. Discordar das
idéias dos outros, e expressar as opiniões divergentes é um direito que deve ser
respeitado. Com isso, evoluímos.
O que nos faz seres singulares é, entre outros fatores, nossa capacidade de
expressar, argumentando e contra-argumentando a respeito de opiniões e assuntos
da realidade em que estamos inseridos.
Apesar de assemelhados, nossas opiniões são singulares e, apoiadas em
argumentos, expressam nossos conceitos e personalidade.
É natural que sempre tentemos convencer o “outro” de que nossas opiniões e
razões sejam as mais corretas. Diante disso também é natural que surjam embates
e divergências, contudo é aí que reside a essência positiva frente a esses
posicionamentos, a troca de experiências, fonte do crescimento pessoal social e
histórico.
Estude a fundo o assunto a ser debatido, procure se servir de dados e
informações capazes de demonstrar a veracidade de seus argumentos.
Não se apóie em afirmações generalizantes demonstre, com um ou mais
exemplos de casos e situações particulares, que seus argumentos são consistentes.
Seja ponderado, examine os efeitos de sentido do discurso. Às vezes um efeito
de sentido mal empregado pode ser a deixa para uma contra-argumentação.
Finalize sintetizando os argumentos e contra-argumentos utilizados pelo
adversário durante o debate, e explore suas inconsistências, comparando-os com a
consistência dos seus.
Lembre-se, não existem verdades absolutas, a regra dos sentidos é a
incompletude, tudo está em eterna transformação, seja cortez e faça concessões. É
possível que durante o debate você concorde, total ou em parte com algumas das
idéias do adversário.
Se isso ocorrer admita, afinal são pontos de vista que se opõem e modificam-
se mutuamente. Negocie afinal é através das divergências de opiniões que se chega
ao ponto de equilíbrio.
Todo debate deve contar com um moderador, que dará inicio aos trabalhos
apresentando o tema e considerações sobre a importância do debate bem como as
regras previamente acordadas entre os participantes
O moderador deve manter o clima de cordialidade entre as partes e alertá-las
através de sinais quando estiver acabando o tempo disponibilizado a cada uma.
O moderador no debate deve chamar a atenção se perceber que o debatedor
esta fugindo do tema principal.
Também deve assegurar o direto do debatedor fazer uso da palavra sem
qualquer interferência da platéia.
Portal dia a dia educação
Atividade 7: Apresentando as Resenhas do Livro
Tempo: 2 aulas
Atividade 7: Apresentando as Resenhas do Livro
Avaliação Individual e Pessoal / Ficha de Avaliação do Gênero
Resenha
Finalmente o Grande Debate
Fonte: emefsocorroaragao.blogspot.com EMEF Socorro Aragão Liberal
Portal dia a dia educação
Atividade 8:
Debate Final: “O uso da força bruta ou a dissimulação dos
efeitos de sentido empregados nos discursos dominantes para
influenciar o incosciente coletivo. O poder das Mídias, das
Redes Sociais e o fim da privacidade”.
Tempo: 4 aulas
Recursos: Livre
Avaliação: Produção de uma Resenha Critica a respeito do
Curso.
Bibliografia
AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa / José Carlos
de Azevedo. 3ª. Ed. São Paulo: Publifolha, 2010.
BAKHTIN, Mikhail Mikhailovitch. Estética da criação verbal / Mikhail Mikhailovitch
Bakhtin; prefácio à Ed. Francesa Tzvetan Todorov; introdução e tradução do russo
Paulo Bezerra. – 6ª. Ed. – São Paulo: Ed. WMF Martins Fontes, 2011.
CHARAUDEAU, Patrick. Dicionário de análise do discurso / Patrick Charaudeau,
Dominique Maingueneau; coordenação da tradução Fabiana Komesu 2ª. ed., 3ª.
Reimpressão. – São Paulo: contexto, 2008.
DUBOIS, Jean. Dicionário de Linguística.Mathée Giacomo, Louis Guespin,
Christiane Marcellesi, Jean-Pierre Mevel. 10ª. – São Paulo: Ed. Cutrix. 1998.
FERNANDES, Cleudemar Alves. Análise do discurso: reflexões introdutórias. 2ª. Ed.
Editora Claraluz, São Carlos: 2008,
FIORIN, José Luiz. As astúcias da enunciação – As categorias de pessoa, espaço e
tempo. José Luiz Fiorin. 2ª. Ed. 2ª. Impressão. São Paulo: Ed. Ática. 2001.
____Elementos de análise do discurso / José Luiz Fiorn. 15ª. Ed. – São Paulo:
Contexto, 2011.
GIL, Beatriz Daruj. Modelos de análise linguística / (Org.) Elis de Almeida Cardoso,
Valéria Gil condé. – São Paulo: Contexto, 2009
HOMEM, Wagner. Histórias de canções: Chico Buarque / Wagner Homem. São
Paulo: Leya, 2009.
MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em análise do discurso / Dominique
Maingueneau; tradução Freda Indursky; revisão da tradução Solange M. L. Gallo,
Maria da Gloria D. V. De Moraes. Campinas, SP: Pontes: Editora da Unicamp, 3ª.
Ed. 1997.
ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e leitura / Eni P. Orlandi. 3ª. Ed. –São Paulo:
Cortez; Campinas, SP: Ed. Da Unicamp, 1996 (coleção passando a limpo).
____Análise de Discurso: princípios e procedimentos / Eni P. Orlandi – 11ª. Ed.
Campinas, SP. Pontes Editores, 2013.
____Discurso Fundador / Eni P. Orlandi (Org.) – Campinas SP: Pontes, 3ª. Ed. 2003.
ORWELL, George. 1984. 29ª. Ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.
VOESE, Ingo. Análise do discurso e o ensino de língua portuguesa / Ingo Voese. –
São Paulo: Cortez, 2004. (Col. Aprender e ensinar com textos; v.13)
Sites da Internet
Análise do Discurso linha Francesa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_do_discurso.
Arauto:
http://www.priberam.pt/dlpo/arauto
Biografias de Chico Buarque e Geraldo Vandré
http://www.youtube.com/watch?v=YaGl1aFtqFw
https://www.youtube.com/watch?v=DH0NjgXE0OY
Caixa de Pandora:
http://www.factivel.com.br/blog/pandora/
condições de produção:
http://www.revistaicarahy.uff.br/revista/html/numeros/4/dlingua/Rodrigo_Fpnseca.pdf
Contexto e sentidos:
http://www.slideshare.net/maxwellima14/contexto-e-sentidos Deleite estético:
http://afilosofia.no.sapo.pt/histestetica.htm
Distopia:
https://www.youtube.com/watch?v=0K8e-gkcLK8
Documentário do livro “1984”:
http://www.youtube.com/watch?v=SpoXiYXfXzc
Efeitos de sentido:
http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/32/htm/comunica/ci179.htm
Ethos:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ethos
Formações Discursivas:
http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao08/JulianaBlanco.php
Gênero Debate:
http://www.slideshare.net/maxwellima14/gnero-debate
Gênero Resenha:
http://www.slideshare.net/maxwellima14/genero-resenha
Guerra do Vietnã:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Vietn%C3%A3
Hidra: http://portal-dos-mitos.blogspot.com.br/2013/01/hidra-de-lerna.html
Hercules:
http://kevinsorbo.forumotion.com/t70-mitologia-grega-hercules
História da Música:
https://www.youtube.com/watch?v=ImqEJHsUm3I
História da Música Popular Brasileira:
http://www.youtube.com/watch?v=8sIBMafJ42s.
História dos Festivais / Uma Noite em 67 :
http://www.youtube.com/watch?v=ufsObVmajZo
Holocausto:
http://www.priberam.pt/dlpo/holocausto
Ideologias:
http://www.ceul.ufms.br/pgletras/docentes/vania/UMA%20REFLEX%C3O%20SOBR
E%20ALGUNS%20CONCEITOS%20DA%20AN%C1LISE%20DO.pdf
Maio de 68:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maio_de_1968
Metáforas:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-10012011-130728/pt-br.php
Noções de Análise do Discurso:
www.slideshare.net/maxwellima14/nocoes-de-analise-do-discurso
“O dia que durou 21 anos”::
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-
caderno/noticia/2013/03/documentario-mostra-acao-dos-eua-no-golpe-militar-no-
brasil-em-1964-4087761.html
O não dito:
http://www.bocc.ubi.pt/pag/freitas-antonio-dicurso-jornalistico.pdf
“Primavera de Praga”,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Primavera_de_Praga
“Quixotescamente”:
http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/quixotesca
Reportagem: Matéria de Capa – EUA espionagem Digital:
http://www.youtube.com/watch?v=XhPXh_Y-0bo