Parmetros para aEducao Bsica do
Estado de Pernambuco
Parmetros para aEducao Bsica do
Estado de Pernambuco
Parmetros Curriculares de Qumica Ensino Mdio
2013
Eduardo CamposGovernador do Estado
Joo Lyra NetoVice-Governador
Ricardo DantasSecretrio de Educao
Ana SelvaSecretria Executiva de Desenvolvimento da Educao
Ceclia PatriotaSecretria Executiva de Gesto de Rede
Paulo DutraSecretrio Executivo de Educao Profissional
Undime | PE
Horcio Reis Presidente Estadual
GERNCIAS DA SEDE
Shirley MaltaGerente de Polticas Educacionais de Educao Infantil e Ensino Fundamental
Raquel QueirozGerente de Polticas Educacionais do Ensino Mdio
Cludia AbreuGerente de Educao de Jovens e Adultos
Cludia GomesGerente de Correo de Fluxo Escolar
Marta LimaGerente de Polticas Educacionais em Direitos Humanos
Vicncia TorresGerente de Normatizao do Ensino
Albanize CardosoGerente de Polticas Educacionais de Educao Especial
Epifnia ValenaGerente de Avaliao e Monitoramento
GERNCIAS REGIONAIS DE EDUCAO
Antonio Fernando Santos SilvaGestor GRE Agreste Centro Norte Caruaru
Paulo Manoel LinsGestor GRE Agreste Meridional Garanhuns
Sinsio Monteiro de Melo FilhoGestor GRE Metropolitana Norte
Maria Cleide Gualter Alencar ArraesGestora GRE Serto do Araripe Araripina
Josefa Rita de Cssia Lima SerafimGestora da GRE Serto do Alto Paje Afogados da Ingazeira
Anete Ferraz de Lima FreireGestora GRE Serto Mdio So Francisco Petrolina
Ana Maria Xavier de Melo SantosGestora GRE Mata Centro Vitria de Santo Anto
Luciana Anacleto SilvaGestora GRE Mata Norte Nazar da Mata
Sandra Valria CavalcantiGestora GRE Mata Sul
Gilvani PilGestora GRE Recife Norte
Marta Maria LiraGestora GRE Recife Sul
Patrcia Monteiro CmaraGestora GRE Metropolitana Sul
Elma dos Santos RodriguesGestora GRE Serto do Moxot Ipanema Arcoverde
Maria Dilma Marques Torres Novaes GoianaGestora GRE Serto do Submdio So Francisco Floresta
Edjane Ribeiro dos SantosGestora GRE Vale do Capibaribe Limoeiro
Waldemar Alves da Silva JniorGestor GRE Serto Central Salgueiro
Jorge de Lima BeltroGestor GRE Litoral Sul Barreiros
CONSULTORES EM QUMICA
Ana Beatriz Ferreira LeoEdnia Maria Ribeiro do AmaralGelson Nunes de Oliveira JuniorJuciene Moura do Nascimento
Maria Helena Carneiro de HolandaMariana Dantas Magalhes FugiyRoberto Cesar Mendes Marques dos Santos
Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaHenrique Duque de Miranda Chaves Filho
Coordenao Geral do CAEdLina Ktia Mesquita Oliveira
Coordenao Tcnica do ProjetoManuel Fernando Palcios da Cunha Melo
Coordenao de Anlises e PublicaesWagner Silveira Rezende
Coordenao de Design da ComunicaoJuliana Dias Souza Damasceno
EQUIPE TCNICA
Coordenao Pedaggica GeralMaria Jos Vieira Fres
Coordenao de Planejamento e LogsticaGilson Bretas
OrganizaoMaria Umbelina Caiafa Salgado
Assessoria PedaggicaAna Lcia Amaral
Assessoria PedaggicaMaria Adlia Nunes Figueiredo
DiagramaoLuiza Sarrapio
Responsvel pelo Projeto GrficoRmulo Oliveira de Farias
Responsvel pelo Projeto das CapasEdna Rezende S. de Alcntara
RevisoLcia Helena Furtado Moura
Sandra Maria Andrade del-Gaudio
Especialistas em QumicaMarciana Almendro David
Penha das Dores Souza Silva
SUMRIO
11 APRESENTAO
13 INTRODUO
15 1 AS CINCIAS DA NATUREZA NO CURRCULO DA EDUCAO BSICA
23 2 ENSINAR E APRENDER CINCIAS DA NATUREZA: ALGUMAS POSSIBILIDADES
31 3 EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM DE QUMICA NO ENSINO MDIO
37 4 EIXOS TEMTICOS
49 REFERNCIAS
52 COLABORADORES
Apresentao
Os parmetros curriculares que agora chegam s mos dos
professores tm como objetivo orientar o processo de ensino
e aprendizagem e tambm as prticas pedaggicas nas salas
de aula da rede estadual de ensino Dessa forma, antes de tudo,
este documento deve ser usado cotidianamente como parte do
material pedaggico de que dispe o educador
Ao estabelecerem as expectativas de aprendizagem dos estudantes
em cada disciplina e em todas as etapas da educao bsica,
os parmetros curriculares funcionam como um instrumento
decisivo de acompanhamento escolar E toda ferramenta de
acompanhamento, usada de maneira adequada, tambm
um instrumento de diagnstico das necessidades e das prticas
educativas que devem ser empreendidas para melhorar o
rendimento escolar
A elaborao dos novos parmetros curriculares faz parte do
esforo da Secretaria de Educao do Estado de Pernambuco (SEE)
em estabelecer um currculo escolar que esteja em consonncia
com as transformaes sociais que acontecem na sociedade
preciso que a escola seja capaz de atender s expectativas dos
estudantes desse novo mundo
Este documento foi pensado e elaborado a partir de incansveis
debates, propostas, e avaliaes da comunidade acadmica, de
especialistas da SEE, das secretarias municipais de educao E, claro,
dos professores da rede pblica de ensino Por isso, os parmetros
curriculares foram feitos por professores para professores
Ricardo DantasSecretrio de Educao de Pernambuco
Introduo
com muita satisfao que a Secretaria de Educao do Estado de
Pernambuco publica os Parmetros Curriculares do Estado, com
cadernos especficos para cada componente curricular e com um
caderno sobre as concepes tericas que embasam o processo
de ensino e aprendizagem da rede pblica
A elaborao dos Parmetros foi uma construo coletiva
de professores da rede estadual, das redes municipais, de
universidades pblicas do estado de Pernambuco e do Centro
de Polticas Pblicas e Avaliao da Educao da Universidade
Federal de Juiz Fora/Caed Na formulao destes documentos,
participaram professores de todas as regies do Estado, debatendo
conceitos, propostas, metas e objetivos de ensino de cada um dos
componentes curriculares vlido evidenciar o papel articulador
e o empenho substancial dos Educadores, Gerentes Regionais
de Educao e da UNDIME no processo de construo desses
Parmetros Assim, ressaltamos a importncia da construo plural
deste documento
Esta publicao representa um momento importante para a
educao do estado em que diversos setores compartilharam
saberes em prol de avanos nas diretrizes e princpios educacionais
e tambm na organizao curricular das redes pblicas do estado
de Pernambuco Alm disto, de forma pioneira, foram elaborados
parmetros para Educao de Jovens e Adultos, contemplando
todos os componentes curriculares
O objetivo deste documento contribuir para a qualidade
da Educao de Pernambuco, proporcionando a todos os
pernambucanos uma formao de qualidade, pautada na
Educao em Direitos Humanos, que garanta a sistematizao dos
conhecimentos desenvolvidos na sociedade e o desenvolvimento
integral do ser humano Neste documento, o professor ir
encontrar uma discusso de aspectos importantes na construo
do conhecimento, que no traz receitas prontas, mas que fomenta
a reflexo e o desenvolvimento de caminhos para qualificao
do processo de ensino e de aprendizagem Ao mesmo tempo,
o docente ter clareza de objetivos a alcanar no seu trabalho
pedaggico
Por fim, a publicao dos Parmetros Curriculares, integrando
as redes municipais e a estadual, tambm deve ser entendida
como aspecto fundamental no processo de democratizao do
conhecimento, garantindo sintonia com as diretrizes nacionais,
articulao entre as etapas e nveis de ensino, e, por conseguinte,
possibilitando melhores condies de integrao entre os espaos
escolares
Esperamos que os Parmetros sejam teis aos professores no
planejamento e desenvolvimento do trabalho pedaggico
Ana SelvaSecretria Executiva de
Desenvolvimento da Educao
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
15
1 AS CINCIAS DA NATUREZA NO CURRCUlO DA EDUCAO BSICA
1.1 ContExtualizao
Considerando as mudanas influenciadas pelo desenvolvimento
da Cincia e da Tecnologia pelas quais vem passando a sociedade
como um todo, tem-se evidenciado a necessidade de se repensar
os paradigmas do sistema educativo e adotar uma nova dinmica,
para enfrentar os desafios que se apresentam escola
Nos anos 80 e 90 do sculo X, cresceu a conscincia da
necessidade de promover uma formao geral dos cidados no
domnio das Cincias e das Tecnologias, condio essencial para
o conhecimento das prticas da societade atual, possibilitando a
construo de propostas que viabilizem solues necessrias, para
melhorar a qualidade de vida do ser humano
Nessa trajetria de reflexo, o conhecimento escolar avana para
alm dos saberes especficos de contedo Surgem propostas de
transformaes no espao escolar, como os PCNs, PCN+ e as
Orientaes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio (OCNEM),
introduzindo, no ambiente escolar, um novo vocabulrio, que
inclui, entre outras, as palavras diretrizes, interdisciplinaridade
e contextualizao, que expressam desafios para o ensino e a
aprendizagem das Cincias da Natureza
E esse o primeiro desafio, uma vez que, historicamente,
conhecemos, estudamos e organizamos nossos saberes
escolarizados em relao s Cincias da Natureza pelas Cincias
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
16 no ensino Fundamental, campo que integra os conhecimentos de
diferentes reas: Fsica, Biologia, Qumica, Astronomia e Geologia
que, em tempos passados, constituam disciplinas especficas para
os nveis de ensino subsequentes, enquanto atualmente, devem
integrar-se articuladamente, na rea de Cincias da Natureza
Essa no uma discusso fcil, nem neutra, uma vez que a escola,
como instituio de formao do indivduo para a sociedade,
estrutura e repassa o conhecimento, a partir da organizao dos
contedos e de suas prticas, modificando e ampliando os saberes
que o estudante traz de sua relao com o mundo
Ao refletir sobre o sentido das Cincias da Natureza e os
desafios que seu ensino representa, no ensino mdio, estaremos
refletindo acerca do conhecimento cientfico, entendido como o
conhecimento organizado, a partir das necessidades, possibilidades
e interesses das pessoas em pocas e sociedades determinadas
Esse conhecimento, atualmente, envolve os particulares objetos
de estudo e modos de olhar das diferentes reas de conhecimento:
Astronomia, Geocincias, Fsica, Qumica, Biologia, Ecologia entre
outras reas
Considerando que a formao dos professores tem sido disciplinar
e especfica, frequentemente, tal articulao fragilizada, exigindo
respostas para os critrios que possibilitem a construo de um
projeto de trabalho pedaggico capaz de superar a transmisso
de contedos, tradicionalmente validados ou presentes no livro
didtico, ou necessrios para fins imediatos, tais como a aprovao
nos vestibulares
Ao mesmo tempo, necessrio levar em conta as mudanas
no Ensino de Cincias que ocorreram nos ltimos 50 anos, no
nosso pas, o que envolve a compreenso de conhecimentos
relativamente novos, que tm como objetos de estudo a
aprendizagem de conceitos cientficos, o papel da linguagem,
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
17a motivao e o interesse dos estudantes, o currculo escolar, a
formao do professor e suas prticas
As mudanas preconizadas pela Lei Federal 9394/96 (LDBEN), que
estabeleceu as bases e diretrizes para a Educao brasileira, apenas
se iniciam, ficando, ainda, restritas aos aspectos de regularizao da
vida escolar, tais como adequao dos currculos ou introduo de
disciplinas na Parte Diversificada, apresentando poucas mudanas
na prtica pedaggica das salas de aula
O Ensino Mdio continua muito parecido com o que existiu, ao
longo de quase todo o sculo XX, o chamado propedutico, cujo
sentido era preparar e selecionar aqueles que continuariam seus
estudos no ensino superior, relegando educao profissional a
funo de atender ao mercado de trabalho Aqui vamos refletir um
pouco sobre o primeiro, o propedutico, que recebeu inmeras
denominaes - cientfico ou clssico, colegial ou segundo grau
- e sobre as mudanas que se iniciam, a partir da LDBEN (1996)
Traando um retrato real do ensino e da aprendizagem dessas
disciplinas, que integravam o ensino propedutico, possvel
afirmar que constituam um conjunto de leis, classificaes,
frmulas, conceitos, definies pouco significativos para os
estudantes Havia consenso de que esse modelo de ensino era
uma etapa de iniciao e de que tais conhecimentos seriam
aprofundados e ampliados pelos estudantes, nos cursos superiores
de sua escolha ou simplesmente esquecidos, quando no fossem
da sua rea de opo
Com a evoluo da Cincia e da Tecnologia, essa concepo de
ensino, que no parecia absurda num tempo em que a demanda
pelo acesso aos cursos superiores era pouco significativa, teve
que se transformar, acompanhando o ritmo dessas mudanas,
principalmente aquelas relativas ao mundo do trabalho Surgiram
novas necessidades, e as possibilidades de ampliao do
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
18 conhecimento disponvel para a populao no atendiam s novas
exigncias
Essas mudanas no mundo do trabalho so um reflexo do que
ocorreu e ocorre na sociedade e tm repercusses nela Assim
todos os aspectos relacionados vida social, tais como transporte,
comunicao, estrutura produtiva, lazer; passaram a exigir o
domnio de diferentes e novas linguagens e de habilidades, que
acabaram por modificar as exigncias da Educao Bsica, cuja
funo passou a ser a de garantir a insero dos estudantes, nesse
contexto social
A LDBEN (1996), em seu Artigo 35, ao considerar o Ensino Mdio
como etapa final da Educao Bsica, atribui-lhe a funo de
garantir tal insero, propiciando que o estudante se prepare para
sua vivncia social e no apenas seja treinado, para ingressar no
mercado de trabalho ou submeter-se aos processos seletivos
dos vestibulares Isso nos remete para a necessidade de repensar
o currculo escolar, para que se possibilite aos estudantes
desenvolverem competncias e habilidades necessrias para a vida
em sociedade, uma vez que:
Todo currculo expressa uma leitura do contexto social, cultural e poltico
em que se insere a escola e a compreenso de quem so os alunos que a
freqentam e de qual o lugar social que ela pode ocupar Nessa perspectiva,
como primeira aproximao, o currculo pode ser entendido como uma
espcie de carta de intenes assumida pelo coletivo da escola para a
formao de seus alunos, desdobrando-se em uma rede articulada de
aes que se espera que os alunos desenvolvam, ou possam desenvolver,
e tambm de saberes, conhecimentos e valores a serem construdos por
eles (Fonte: Ensino Mdio em Rede_ Programa de Formao continuada
para professores do Ensino Mdio - Vivncia Formativa - Tema 3_ texto do
Professor _ CENP/SEESP, p 52, 2004)
O Artigo 36 da mesma LDBEN estabelece diretrizes para orientar a
organizao do currculo desse nvel de ensino da Educao Bsica
do Brasil, de maneira a garantir aos estudantes uma formao que
aponte para sua insero na sociedade atual Menezes (2004), em
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
19seu artigo A Cincia Como Linguagem - Prioridades no Currculo
do Ensino Mdio destaca alguns significados dessas diretrizes para
o currculo a ser proposto:
[] Essa lei prope para o Ensino Mdio, entre outras finalidades, promover
a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prtica, no ensino de cada
disciplina, aspecto particularmente relevante em relao ao currculo das
Cincias da Natureza e da Matemtica, que, em outras palavras, recomenda
o aprendizado com contexto Alm de propor a adoo de metodologias
de ensino e de avaliao que estimulem a iniciativa dos estudantes, ou seja,
o aprendizado ativo estabelece como meta geral o domnio das formas
contemporneas de linguagem () para o exerccio da cidadania Assim, teria
at mesmo respaldo legal nossa identificao da cincia como linguagem,
como critrio de prioridade no currculo
Ao estabelecer o Ensino Mdio como etapa conclusiva da educao bsica
portanto, no propedutica e ao pretender equipar o cidado para a
vida e para o trabalho, a LDBEN sinaliza na direo de um aprendizado ativo
e participativo, que direo oposta ao ensino livresco e ao aprendizado
passivo e formal, o que j estabelece marcos para a definio das grandes
linhas do currculo, no s, mas tambm o das cincias (MENEZES, 2004,
p22)
A RESOLUO CNE/CEB N 3 (1998), que institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio, define a organizao
desse nvel em reas do conhecimento, como a das Cincias da
Natureza, Matemtica e suas Tecnologias, aqui em questo, e
os princpios que orientam essa organizao Os artigos 5 e 6
so importantes para a compreenso da proposta vigente, pois
apontam para um currculo do Ensino Mdio, que seja capaz de
promover o desenvolvimento de competncias, propondo que
os conhecimentos das reas sejam aprendidos em situaes
contextualizadas e que o trabalho interdisciplinar seja privilegiado,
sem perder a especificidade de cada uma das disciplinas, que
integram as reas
O quadro 1, a seguir, mostra como estavam organizados os
conjuntos de competncias gerais na concepo curricular do
Ensino Mdio, institudo nas DCNEM, em 1998, fazendo com que
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
20 cada rea de conhecimento deva ser estruturada, para contemplar
os trs conjuntos de competncias gerais
Linguagens e Cdigos e suas
Tecnologias (LCT)
Cincias da Natureza, Matemtica e suas
Tecnologias (CNMT)
Cincias Humanas e suas
Tecnologias (CHT)
Representao eComunicao
Investigao eCompreenso
ContextualizaoScio-Cultural
Quadro 1 - baseado na RESOLUO CEB N 3, DE 26 DE JUNHO DE 1998, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio
Nessa perspectiva, coloca-se a questo: como articular a rea das
Cincias da Natureza e da Matemtica com as demais? A figura 1
ilustra algumas das possibilidades dessa articulao
Fig 1 Representao esquemtica de articulaes possveis entre as reas de Cincias da Natureza e Matemtica, Cincias Humanas e Linguagens e Cdigos - Fonte - PCN+ p 25
A articulao com a rea de Linguagens e Cdigos pode dar-se,
especialmente em relao competncia geral de representao
e comunicao, uma vez que o domnio de linguagens, para a
representao e a comunicao cientfica e tecnolgica, com seus
smbolos e cdigos, suas designaes de grandezas e unidades
apresentados em diagramas, grficos, esquemas e equaes, cuja
leitura, interpretao e uso so construes especificas da rea de
Cincias da Natureza e Matemtica e suas Tecnologias (CNMT),
representam ferramentas necessrias para a compreenso e
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
21articulao entre as reas do conhecimento, como exemplo,
os gneros de leitura, que circulam na CNMT, atravs de artigos
cientficos e relatrios, exigindo competncias e habilidades de
leitura e escrita desenvolvidas na rea das Linguagens e Cdigos e
suas Tecnologias (LCT)
Em relao rea de Cincias Humanas e suas Tecnologias
(CHT), a aproximao mais direta da competncia geral de
contextualizao Scio-Cultural, uma vez que os conhecimentos
cientficos e tecnolgicos so resultado de atividade humana,
construdos e desenvolvidos em contextos sociais Alm das
especificidades de construo e evoluo desses conhecimentos,
tambm devemos considerar que eles fazem parte da cultura
humana e, por no serem neutros, envolvem aspectos
sociopolticos e ticos a serem considerados, como ocorre, por
exemplo, com a fsica das radiaes, a qumica da poluio, a
biologia da manipulao gnica, ou a matemtica do clculo
de juros, ampliando as possibilidades de articulao, que vo
alm da histria das cincias e da tecnologia, contribuindo para
a compreenso da cultura, da poltica, da economia, enfim da
sociedade
A competncia geral de investigao e compreenso , sem dvida,
aquela que est mais fortemente associada rea e s disciplinas
que a integram, uma vez que envolve medidas, escalas, construo
de modelos representativos e explicativos, que contribuem para a
compreenso de leis naturais e de snteses tericas, alm de outros
aspectos inerentes ao aprendizado cientfico
Entretanto, importante ressaltar que a implantao desta proposta
curricular implica enfrentar inmeros desafios, como mostra o
trecho do documento Orientaes Curriculares para o Ensino
Mdio / Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias 2,
publicado pelo MEC
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
22 As aes, nesse nvel de ensino, devem propiciar que as informaes acumuladas se transformem em conhecimento efetivo, contribuindo para a
compreenso dos fenmenos e acontecimentos que ocorrem no mundo e,
particularmente, no espao de vivncia do aluno Isso exige que o professor
tenha conscincia de que sua misso no se limita mera transmisso de
informaes, principalmente levando-se em conta que, atualmente, as
informaes so transmitidas pelos meios de comunicao e pela rede
mundial de computadores, quase imediatamente aps os fatos terem
ocorrido, a um nmero cada vez maior de pessoas (MEC, 2006, p33)
Outras so questes relativas interdisciplinaridade: como
contemplar esse princpio sem perder o carter de especificidade
de cada uma das reas de conhecimento expressas nas
disciplinas escolares? Como estabelecer interface com outras
disciplinas? E, em relao contextualizao: como realizar
essa contextualizao sem cair na superficialidade tanto para a
discusso crtica quanto para os conhecimentos especficos? E
eideologizao de determinados modismos? Como dimensionar
para evitar a excessiva historicidade e/ou sua banalizao?
Essas so algumas das inmeras questes, que envolvem a
construo, desenvolvimento e gesto de uma proposta curricular
e do projeto da escola
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
23
2 ENSINAR E APRENDER CINCIAS DA NATUREZA: AlgUMAS POSSIBIlIDADES
2.1 as CinCias da naturEza E alguns
doCuMEntos ofiCiais
O documento PCN+(2002) Ensino Mdio: Orientaes
Educacionais complementares aos Parmetros Curriculares
Nacionais explicita para a rea de CNMT que
as competncias gerais, que orientam o aprendizado no ensino mdio,
devem ser promovidas pelo conjunto das disciplinas dessa rea, que mais do
que uma reunio de especialidades Respeitando a diversidade das cincias,
conduzir o ensino dando realidade e unidade compreender que muitos
aprendizados cientficos devem ser promovidos em comum, ou de forma
convergente, pela Biologia, pela Fsica, pela Qumica e pela Matemtica, a um
s tempo reforando o sentido de cada uma dessas disciplinas e propiciando
ao aluno a elaborao de abstraes mais amplas (BRASIL, 2002, p23)
Em 1998, a RESOLUO CNE/CEB N 3, em seu artigo 10, define
as seguintes habilidades e competncias a serem desenvolvidas
pelo estudante na rea de CNMT:
a) Compreender as cincias como construes humanas, entendendo
como elas se desenvolvem por acumulao, continuidade ou ruptura de
paradigmas, relacionando o desenvolvimento cientfico com a transformao
da sociedade
b) Entender e aplicar mtodos e procedimentos prprios das cincias naturais
c) Identificar variveis relevantes e selecionar os procedimentos necessrios
para a produo, anlise e interpretao de resultados de processos ou
experimentos cientficos e tecnolgicos
d) Compreender o carter aleatrio e no determinstico dos fenmenos
naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas,
determinao de amostras e clculo de probabilidades
e) Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre valores de variveis,
representados em grficos, diagramas ou expresses algbricas, realizando
previso de tendncias, extrapolaes e interpolaes e interpretaes
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
24 f) Analisar qualitativamente dados quantitativos representados grfica ou algebricamente relacionados a contextos scio-econmicos, cientficos ou
cotidianos
g) Apropriar-se dos conhecimentos da fsica, da qumica e da biologia e
aplicar esses conhecimentos, para explicar o funcionamento do mundo
natural, planejar, executar e avaliar aes de interveno na realidade natural
h) Identificar, representar e utilizar o conhecimento geomtrico para o
aperfeioamento da leitura, da compreenso e da ao sobre a realidade
i) Entender a relao entre o desenvolvimento das cincias naturais e o
desenvolvimento tecnolgico e associar as diferentes tecnologias aos
problemas que se propuseram e propem solucionar
j) Entender o impacto das tecnologias associadas s cincias naturais
na sua vida pessoal, nos processos de produo, no desenvolvimento do
conhecimento e na vida social
k) Aplicar as tecnologias associadas s cincias naturais na escola, no trabalho
e em outros contextos relevantes para sua vida
l) Compreender conceitos, procedimentos e estratgias matemticas e
aplic-las a situaes diversas, no contexto das cincias, da tecnologia e das
atividades
Em 2012, o Conselho Nacional de Educao promulga a Resoluo
n 2, que estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Mdio, redefinindo, em seu art 8, a organizao das reas de
conhecimento, que passam a ser quatro: Linguagens; Matemtica;
Cincias da Natureza e Cincias Humanas No art 9, a mesma
resoluo lista os componentes de cada rea, sendo que a de
Cincias da Natureza ficou constituda por Fsica, Qumica e Biologia
Ainda na resoluo citada, o art 12 especifica as caractersticas que
o currculo do Ensino Mdio deve apresentar:
I - garantir aes que promovam:
a) a educao tecnolgica bsica, a compreenso do significado da cincia,
das letras e das artes;
b) o processo histrico de transformao da sociedade e da cultura;
c) a lngua portuguesa como instrumento de comunicao, acesso ao
conhecimento e exerccio da cidadania;
II - adotar metodologias de ensino e de avaliao de aprendizagem que
estimulem a iniciativa dos estudantes;
III - organizar os contedos, as metodologias e as formas de avaliao de tal
forma que, ao final do Ensino Mdio, o estudante demonstre:
a) domnio dos princpios cientficos e tecnolgicos que presidem a produo
moderna;
b) conhecimento das formas contemporneas de linguagem
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
25Esses elementos explicitam as diretrizes adotadas para os currculos
propostos para o Ensino Mdio no Brasil, com maior detalhamento
e, sua anlise mostra, que incorporam muitas das reflexes e
resultados de pesquisa em Ensino de Cincia
Os resultados dessas reflexes sero agrupados como tendncias,
uma vez que no so neutros, mas se fundamentam em uma
determinada viso de sociedade, de educao, de estudante, de
aprendizagem e mesmo de cincia
2.2 tEndnCias do Ensino das CinCias da
naturEza
At meados da dcada de 50, o Ensino de Cincias no Brasil se
caracterizou por uma tendncia, hoje denominada transmisso
cultural, cuja finalidade principal transmitir ao estudante os
conhecimentos construdos pela civilizao Os contedos eram
os conceitos e definies, organizados pela lgica do professor
e a metodologia se baseava em exposio oral ou visual e
demonstraes, cabendo ao educando memorizar a informao O
objetivo do ensino de cincias era levar ao aluno um conhecimento
cientfico pronto e organizado Nesse mesmo perodo, iniciaram-
se algumas mudanas, visando incentivar a participao ativa do
estudante, por influncia do movimento da Escola Nova Assim, o
uso do laboratrio e a realizao de experincias assumiram grande
importncia, desencadeando mudanas, no sentido de apresentar
a Cincia no s como um produto, mas tambm como processo
de transformao, at os dias de atuais
Na dcada de 60, a traduo e a adaptao de projetos norte-
americanos para Biologia, Fsica, Qumica, Geocincias e
Matemtica trouxeram a criao de centros de treinamentos de
professores e de produo de material didtico, para elaborao
desses projetos Dessa forma, iniciaram-se mudanas mais efetivas
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
26 no Ensino de Cincias no Brasil, e a principal caracterstica desses
projetos era conciliar os diferentes modelos pedaggicos:
Do modelo tradicional, mantiveram a importncia conferida ao conhecimento
formal e previamente estruturado
Do modelo tecnicista, adotaram os modelos rigorosos de planejamento de
ensino e a ampla gama de recursos da tecnologia educacional (textos, instrues
programadas, audiovisuais, kits para experimento de laboratrios etc)
Do modelo cognitivista, incorporaram a preocupao com a realizao de
experimentos pelos alunos, problematizao prvia do contedo, realizao
de trabalho em grupo e organizao do contedo, tendo em vista os nveis
de complexidade dos raciocnios a serem desenvolvidos pelos estudantes
(FRACALANZA et al, 1986 P 102-103)
Nos contedos, enfatizava-se a relevncia dos conceitos, que
eram organizados em princpios unificadores, acreditando-se que
se o estudante aprendesse esses conceitos e princpios, saberia
aplic-los s situaes novas A metodologia desenvolvida levava
o estudante a reconstituir os conceitos, pela aplicao do mtodo
cientfico em etapas que envolviam problemas, hipteses etc O
estudante era colocado na situao de cientista e era conduzido
por experimentos estruturados a reproduzir os modelos de anlise,
da o nome de mtodo da redescoberta
A partir das discusses geradas pela introduo dessas inovaes,
os professores comeam a assimilar novos objetivos para o Ensino
de Cincias, ainda que no plano terico, uma vez que os projetos
foram desenvolvidos, principalmente nos grandes centros, s vezes
parcialmente, por falta de infraestrutura, como equipamentos e
espao para as atividades experimentais, bibliotecas e audiovisuais
Nos anos 70, as novas tendncias da poca foram incorporadas
aos currculos e programas oficiais No Ensino Mdio, ento 2
grau, foi determinado o carter profissionalizante, que trouxe para
esse nvel de ensino, nos componentes curriculares de Fsica,
Qumica e Biologia, a preparao obrigatria para disciplinas da
rea profissional, com as quais faziam ampla interface, levando
incorporao de aspectos tecnolgicos e do mundo do trabalho
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
27Tambm, nessa poca, iniciou-se a reflexo sistemtica sobre o
desenvolvimento do pensamento das crianas e adolescentes
O surgimento da crise energtica mundial, em meados dos anos
70, suscitou a discusso acerca dos custos sociais e ambientais
do modelo de desenvolvimento adotado, aps a segunda guerra
mundial, fazendo com que as questes relacionadas ao meio
ambiente e sade se tornassem obrigatrias nos currculos das
disciplinas da rea de Cincias da Natureza Dando continuidade a
essas discusses, surgiu uma tendncia baseada na considerao
das implicaes poltico-sociais da produo e aplicao dos
conhecimentos cientficos e tecnolgicos, conhecida como
Cincia, Tecnologia e Sociedade (CTS), hoje incorporada aos
currculos Apesar das mudanas em relao aos critrios para
escolha dos contedos, ocorridas nesse perodo, a metodologia
pouco mudou, continuando a ser a da redescoberta
Foi somente nos anos 80, com o surgimento, em algumas
correntes da Psicologia, dos estudos acerca de conceitos
intuitivos ou concepes espontneas, que caracterizam as
tendncias construtivistas, que a nfase passou a ser o processo
de construo do conhecimento cientfico pelo estudante,
trazendo novas posturas metodolgicas O momento atual
de ampliao das pesquisas em busca de avanos em relao
s possibilidades de construo do conhecimento cientfico,
atendendo simultaneamente aos valores humanos, construo
de uma viso nova de Cincia e suas relaes com a Tecnologia e
a Sociedade e ao papel dos mtodos das diferentes cincias
A contrapartida didtica pesquisa das concepes alternativas o modelo
de aprendizagem por mudana conceitual, ncleo de diferentes correntes
construtivistas So dois seus pressupostos bsicos: a aprendizagem provm
do envolvimento ativo do aluno com a construo do conhecimento
e as idias prvias dos alunos tm papel fundamental no processo de
aprendizagem, que s embasada naquilo que ele j sabe (PCN, 1997, p 23)
Embora tais aspectos no sejam tratados nos documentos
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
28 legais, os produtos dessa reflexo mostram-nos incorporados s
propostas das disciplinas Fsica, Qumica e Biologia
2.3 as disCiPlinas E os ContEdos EsPECfiCos
O Documento PCN+ (2002 p 16) orienta a reflexo acerca de tais
questes ao explicitar que:
[] Disciplina alguma desenvolve tudo isso isoladamente, mas a escola as
desenvolve nas disciplinas que ensina e nas prticas de cada classe e de
cada professor No entanto, como as disciplinas no esto usualmente
organizadas em termos de competncias, mas em termos de tpicos
disciplinares,1 se desejamos que elas estejam atentas para o desenvolvimento
de competncias, seria til esboar uma estruturao do ensino capaz de
contemplar, a um s tempo, uma coisa e outra Essa a idia que preside a
concepo de temas estruturadores do processo de ensino, para se poder
apresentar, com contexto, os conhecimentos disciplinares j associados
a habilidades e competncias especficas ou gerais() So, enfim, uma
sugesto de trabalho, no um modelo fechado Uma vantagem de se
adotar esse esquema, ou algo equivalente, que, alm de permitirem uma
organizao disciplinar do aprendizado, tambm do margem a alternativas
de organizao do aprendizado, na rea e no conjunto das reas, como
veremos No mbito escolar, essa organizao por rea pode tambm
contribuir para melhor estruturao do projeto pedaggico da escola
O documento retoma a questo da disciplinaridade e reafirma
sua importncia para a garantia das especificidades de cada
rea de ensino, como tambm prope uma nova perspectiva
de organizao, que substitua a de tpicos disciplinares pela
centralidade nas competncias, em que os contedos se
apresentem organizados em temas estruturadores intimamente
relacionados a elas; no se trata de fazer cortes aleatrios, mas de
discutir e definir critrios para os contedos desses recortes, que
ajudem o professor a organizar suas aes pedaggicas, em que
os contedos se mostram como meios para atingir os objetivos
do projeto pedaggico da escola Tambm no se configura em
mudanas no planejamento para adequar contedos aos temas
1 Grifo nosso
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
29estruturadores, mas em utilizar esses temas como instrumentos
para que a aprendizagem tenha significado e possibilite ao
estudante relacionar o que apresentado na escola com a sua
vida, a sua realidade e o seu cotidiano
Num primeiro momento, considerando-se o Quadro 2, pode
parecer que o livro didtico, que j apresenta uma organizao dos
contedos, perde sua eficcia Na verdade, a partir da proposta dos
temas estruturadores, caber ao professor selecionar os temas mais
significativos e estabelecer a forma, bem como o aprofundamento
conveniente, com que devero ser trabalhados, para possibilitar
situaes de aprendizagem, a partir das vivncias dos estudantes e
as particularidades de sua escola e regio
TEMAS ESTRUTURADORES
QUMICA BIOLOGIA FSICA
1 Reconhecimento e caracterizao das transformaes qumicas
2 Primeiros modelos de constituio da matria
3 Energia e transformao qumica
4 Aspectos dinmicos das transformaes qumicas
5 Qumica e atmosfera6 Qumica e hidrosfera7 Qumica e litosfera8 Qumica e biosfera9 Modelos qunticos e
propriedades qumicas
1 Interao entre os seres vivos
2 Qualidade de vida das populaes humanas
3 Identidade dos seres vivos
4 Diversidade da vida5 Transmisso da vida,
tica e manipulao gnica
6 Origem e evoluo da vida
1 Movimentos: variaes e conservaes
2 Calor, ambiente e usos de energia
3 Som, imagem e informao
4 Equipamentos eltricos e telecomunicaes
5 Matria e radiao6 Universo, Terra e Vida
Quadro 2: Temas Estruturadores extrados dos Paramtros Curriculares para o Ensino Mdio PCN+ (p 41, 71 e 93)
No mesmo documento, so apresentadas sugestes de uma
ementa para a organizao desses temas ao longo do Ensino
Mdio, mas como aponta Menezes (2004), no se trata de um
currculo mnimo, que possa ser submetido a cortes e sim, de um
quadro que exigir do docente o estabelecimento de prioridades
como se segue:
possvel que, se alguns dos elementos do quadro de temas forem tratados
com muita profundidade, no haja tempo para o tratamento de outros, de
forma que a escolha de corte dos demais seria feita por decurso de prazo,
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
30 mas isso seria erro de planejamento, no definio de prioridades Como os temas nomeados so relevantes de uma perspectiva cultural, conceitual ou
prtica, eventuais cortes temticos no sero a principal linha de priorizao,
at porque o conjunto de temas enfeixa campos conceituais ou contextos
prticos reais, propiciando uma importante viso de conjunto Resta, assim,
alm de abreviar o tratamento de um ou outro tema, buscar prioridades por
outro enfoque, o das competncias
O conjunto de competncias integradas ao elenco temtico as de
representao e comunicao, de investigao e compreenso e de
contextualizao sociocultural pode auxiliar a estabelecer nfases, dando
melhor foco ao aprendizado, sem grandes cortes (MENEZES, 2004 p 25-26)
Em 2012, a Resoluo N2, do Conselho Federal de Educao, ao
definir as Diretrizes Nacionais para o Ensino Mdio, em seu Artigo
5, estabeleceu como objetivo para o Ensino Mdio a formao
integral do estudante, tendo como princpios educativos e
pedaggicos o trabalho e a pesquisa, norteados pela educao em
direitos humanos, pelo princpio da sustentabilidade ambiental e
pela indissociabilidade entre educao e prtica social, revitalizando
a legislao anterior acerca desse nvel de ensino
Nessa perspectiva, a construo do currculo deve possibilitar: (i) a
integrao da educao com as dimenses do trabalho, da cincia,
da tecnologia e da cultura; (ii) a articulao dos conhecimentos
gerais e tcnicoprofissionais (quando for o caso) sob as
perspectivas da interdisciplinaridade e da contextualizao; (iii) a
valorizao da diversidade dos educandos e da realidade vivida por
eles; (iv) o reconhecimento da historicidade dos conhecimentos,
das formas de produo, dos processos de trabalho e das culturas;
(v) o estabelecimento de relaes entre teoria e prtica no processo
de ensino-aprendizagem
Tais elementos foram reafirmados e ampliados nesta Resoluo
N 2, do Conselho Nacional de Educao, em 2012, que define
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio no Brasil
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
31
3 EXPECTATIVAS DE APRENDIZAgEM DE QUMICA NO ENSINO MDIO
3.1 ConsidEraEs sobrE o Ensino E a
aPrEndizagEM dE QuMiCa
Pensar em uma proposta para o ensino de Qumica pressupe
refletir sobre o que tem sido desenvolvido em nosso pas Para
muitas escolas, ensinar qumica preparar os estudantes para o
vestibular Essa presso do vestibular limita o trabalho do professor
para quem preparar para o vestibular implica desenvolver extensos
programas, privilegiando a memorizao de regras e a resoluo
de exerccios numricos, em detrimento do desenvolvimento
de conceitos O ensino tradicional tem privilegiado aspectos
formais da Qumica, desenvolvendo um nmero excessivo de
conceitos, que no se inter- relacionam Os estudantes aprendem
procedimentos como, balancear equao qumica, classificar
fenmenos, distribuir eltrons etc, o que transforma a Qumica
em um manejo de rituais, deixando no aprendiz a impresso de
que a Qumica um amontoado de frmulas e que totalmente
desconectada da sua vida As atividades experimentais, geralmente
ausentes das aulas de qumica, quando acontecem, servem apenas
para ilustrar o contedo No h articulao entre teoria e prtica
As pesquisas em ensino de Qumica tm demonstrado a ineficcia
desse tipo de ensino e as orientaes curriculares, dos ltimos anos
tm apontado outros caminhos, que vo alm dos contedos Por
exemplo, na atual legislao, no h uma prescrio de contedos
especficos, mas Diretrizes e Parmetros curriculares
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
32 As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio DCNEM
e os Parmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio
PCNEM so documentos que podem orientar o professor As
DCNEM se pautam pelos princpios da identidade, diversidade e
autonomia, enquanto os PCN tm como princpios estruturadores
do currculo a interdisciplinaridade e a contextualizao A
proposta a organizao do currculo por meio de competncias
e habilidades
importante ressaltar que pensar em um ensino de Qumica,
que tenha um carter formativo que atenda s necessidades
dos nossos estudantes no mundo atual, requer pensar em
desenvolver habilidades e competncias, que esto alm da
simples memorizao dos contedos Vivemos em uma sociedade
tecnolgica que nos convida o tempo todo a tomar decises, que
demandam conhecimento cientfico Nesse sentido, a Qumica
tem muito a contribuir, desde que os estudantes adquiram um
conhecimento mnimo indispensvel que os ajude a entender
o papel da Cincia, da Tecnologia e das inter-relaes sociais,
dando-lhes suporte para o desenvolvimento de atitudes e valores
Formar o estudante na perspectiva de um exerccio consciente
da cidadania, no entanto, no exclui prepar-lo para o vestibular
Pelo contrrio, quando lhe proporcionamos uma formao mais
ampla, estamos contribuindo para a consolidao de conceitos e
o desenvolvimento de um raciocnio lgico, que o que tem sido
requerido nos exames vestibulares das grandes universidades, nos
ltimos anos
Pensar um ensino de Qumica que v ao encontro dos resultados das
pesquisas em ensino aprendizagem, nos ltimos anos pressupe
pensar em prticas que valorizem o pensamento do estudante,
pois o que o sujeito j sabe influencia em sua aprendizagem
Mas no basta ouvir o que estudante j sabe, importante que o
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
33professor crie oportunidades, nas quais ele possa comparar as suas
ideias com as dos colegas, do livro didtico, da cincia Assim, a
linguagem desempenha um papel fundamental na construo do
conhecimento
Figura 2 Focos de interesse da Qumica (Extrado do Currculo Bsico Comum de Qumica SEEMG 2008, p16)
Ensinar Qumica, nessa perspectiva, significa dimensionar o
currculo de Qumica em relao quantidade de conceitos a
serem abordados, de modo a realmente promover a aquisio
dos conceitos cientficos Assim, esta proposta apresenta uma
organizao de contedos, que busca contemplar aspectos
conceituais fundamentais, permitindo a compreenso das
propriedades, da constituio e das transformaes dos materiais,
o que constitui o objeto de estudo da Qumica
3.2 ConhECiMEntos ou habilidadEs bsiCas
A construo do conhecimento qumico deve ter como princpio
uma abordagem que considere os aspectos relacionados aos
fenmenos, s teorias e linguagem especfica da Qumica
Os fenmenos de interesse da Qumica so os processos de
mudanas dos materiais, que ocorrem em diversos ambientes
Para explic-los, os qumicos utilizam teorias e, para descrev-los,
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
34 utilizam smbolos, frmulas e equaes qumicas Assim, um dos
aspectos do ensino de Qumica consiste em familiarizar-se com a
linguagem qumica
Figura 3 Formas de Abordagem da Qumica (Extrado do Currculo Bsico Comum de Qumica SEEMG, 2008, p17)
Entre os fenmenos de interesse da Qumica, que fazem parte dos
contedos curriculares, h aqueles que so visveis ou diretamente
observveis e outros que s podem ser detectados com o uso
de aparelhos Alguns exemplos de fenmenos observveis so as
mudanas de estado fsico e as transformaes qumicas, cujas
evidncias podem ser observadas, por meio dos nossos sentidos
ou mudanas na aparncia dos sistemas, incluindo a liberao e
a absoro de calor e a emisso de luz visvel Alguns fenmenos
requerem observao indireta, envolvendo a emisso de radiaes
invisveis, tais como os raios-x, os raios gama, as micro-ondas,
entre outros
Fenmenos da Qumica ocorrem tambm nos espaos de nossas
atividades dirias e no apenas em laboratrios Os fenmenos
estudados na escola devem ser aqueles, que ocorrem em nossas
vidas, tornando-se, assim, significativos para os estudantes
Constituem excelentes laboratrios para o ensino de Qumica:
a cozinha de nossas casas, uma estao de tratamento de gua,
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
35uma indstria, mquinas a combustvel, alm do ambiente natural
A investigao de processos naturais, tais como a corroso de
metais, a degradao de diversos materiais por ao de bactrias e
fungos, alm do efeito de gases cidos na atmosfera, possibilitam
o desenvolvimento dos contedos bsicos da Qumica no Ensino
Mdio
As teorias da Qumica so os modelos usados para explicar a
constituio e o comportamento dos materiais O modelo de
partculas ou modelo cintico-molecular usado para explicar
os estados fsicos dos materiais e as mudanas de fase A teoria
das ligaes qumicas explica a unio entre tomos para constituir
molculas, entre ons para constituir compostos inicos e entre
as foras que unem as molculas, dando origem s substncias
A teoria das foras intermoleculares explica a interao entre as
molculas, a dissoluo e a constituio das misturas, assim como
a energia envolvida nos processos de transformao dos materiais
As explicaes dos fenmenos so baseadas em modelos abstratos,
que envolvem entidades invisveis e, por isso, so descritas como
modelos ou representaes mentais, tais como tomos, molculas
e ons Para nos referirmos a essas espcies qumicas ou explicar
as suas inter-relaes, utilizamos uma representao simblica A
linguagem qumica utiliza smbolos, frmulas, equaes qumicas,
esquemas, grficos e equaes matemticas, constituindo,
portanto, uma representao abstrata Por isso, quanto mais
prximos do cotidiano forem os fenmenos estudados, maior ser
a possibilidade de sua compreenso pelos estudantes
Os contedos bsicos de Qumica esto estruturados em torno do
estudo dos materiais Os temas foram organizados em torno das
propriedades, da constituio e das transformaes dos materiais
e dos modelos tericos construdos para explicar os materiais
A matriz de Qumica est estruturada em Expectativas de
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
36 Aprendizagem, que foram organizadas em quatro eixos temticos,
por sua vez, desdobrados em temas As expectativas de
aprendizagem foram apresentadas em termos de conhecimentos
ou habilidades bsicas
Expectativas de Aprendizagem
Eixos Temticos
Temas Conhecimentos Relevantes
Conhecimentos ou Habilidades Bsicas
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
37
4 EIXOS TEMTICOS
Essa matriz apresenta uma seleo dos conhecimentos, que
consideramos fundamentais para o entendimento dos fenmenos
da Qumica, no havendo, entretanto, a inteno de esgotar todos
os temas e tpicos que podem ser trabalhados No decorrer
do planejamento do ensino, o professor dever fazer escolhas
acerca da sequncia dos conhecimentos a serem desenvolvidos
Alm disso, poder ser necessria a eleio de novos temas,
para a realizao de diferentes projetos de ensino Nesse caso, o
professor e os estudantes devero buscar informaes sobre os
temas investigados, em diversas fontes
Alguns conhecimentos de Qumica foram apresentados mais de
uma vez na matriz, de modo recursivo, tendo nvel de complexidade
crescente Consideramos que a recursividade dos contedos
favorece o planejamento de atividades, para consolidao de
um contedo anteriormente trabalhado Esses conhecimentos,
tratados de forma recursiva, podem ser retomados, sempre que
necessrio, como forma de aprofundamento ou complementao,
o que torna o currculo mais flexvel
Esta matriz curricular est organizada em torno de quatro eixos
temticos:
Eixo Temtico I: Propriedades dos Materiais
Eixo Temtico II: Constituio dos Materiais
Eixo Temtico III: Transformaes dos Materiais
Eixo Temtico IV: Modelos para constituio e organizao das
Substncias e Materiais
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
38 4.1 ExPECtativas dE aPrEndizagEM EM QuMiCa
As expectativas de aprendizagem em Qumica foram organizadas
em quatro eixos temticos Os eixos temticos, por sua vez, so
apresentados em quadros, divididos em trs colunas: na primeira
coluna, foram nomeados os temas relacionados aos conhecimentos
de Qumica, referentes aos eixos temticos Na segunda coluna,
foram detalhadas as expectativas de aprendizagem em termos do
que se espera que o estudante aprenda dos conhecimentos de
Qumica As expectativas de aprendizagem definem os conceitos,
procedimentos e atitudes que os estudantes devem dominar em
determinado perodo E, na terceira coluna, esto discriminados os
diferentes nveis de abordagem dos conhecimentos de Qumica,
de acordo com o ano de escolarizao
Para indicar o nvel de abordagem da expectativa de aprendizagem
foi usado um recurso grfico de gradao de cor As colunas
foram coloridas com trs diferentes tons de azul A cor branca ou
a gradao dos tons de azul foram usadas para indicar o nvel de
abordagem dos conhecimentos qumicos a serem desenvolvidos
Esses nveis de abordagem foram definidos como apresentamos
a seguir
A cor branca indica que, naquele perodo (ano, fase, mdulo), a expectativa de aprendizagem no focalizada
A cor azul claro indica que os estudantes devem comear a trabalhar a EA, de modo a familiarizar-se com os conhecimentos que tero de desenvolver Assim, no(s) perodo(s) marcados com azul claro, a EA deve ser tratada de modo introdutrio
A cor azul celeste indica o(s) ano(s) durante o(s) qual(is) uma expectativa de aprendizagem necessita ser objeto de sistematizao pelas prticas de ensino; significa sedimentar conceitos e temas
A cor azul escuro indica que a EA deve ser consolidada no ano, fase ou mdulo em que essa cor aparece pela primeira vez O processo de consolidao pode estender-se, para aprofundar conceitos e temas e expandi-los para novas aprendizagens
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
39Eixo tEMtiCo i: ProPriEdadEs dos MatEriais
Este Eixo Temtico refere-se s expectativas de aprendizagem
relacionadas s propriedades dos materiais presentes no ar,
na gua, na terra e nos seres vivos Os estudantes devem saber
relacionar o comportamento dos materiais com suas propriedades
especficas
Ao final do 1 Ano do Ensino Mdio, os estudantes devem saber
distinguir os materiais, em seus diferentes estados fsicos, por meio
de suas propriedades, assim como compreender os processos de
mudanas de estado
As propriedades especficas dos materiais so: temperaturas de
fuso e ebulio, a densidade e a solubilidade Ao final do 1 Ano,
os estudantes devem ter consolidado o conhecimento sobre essas
propriedades e saber empreg-las, para distinguir os materiais e
compreender os processos de separao de misturas
Durante o 2 e 3 Anos do Ensino Mdio, os estudantes devem
empregar as propriedades para compreender a constituio
e o comportamento das substncias e misturas, tais como as
propriedades coligativas das solues
TEMAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMANOS
1 2 3
Ciclo dos materiais no ambiente, seu uso pelos humanos e as consequncias para o planeta
EA1 Reconhecer as rochas, minerais, areia, gua e ar como materiais abundantes no planeta e alguns dos seus ciclos
EA2 Relacionar a constituio dos seres vivos com os materiais constituintes do ambiente
EA3 Relacionar as propriedades dos materiais sua disponibilidade, aos seus usos, sua degradao, reaproveitamento e reciclagem, na perspectiva da sustentabilidade
EA4 Reconhecer as propriedades dos materiais reciclveis, tais como plsticos, metais, papel e vidro
Propriedades dos materiais: estados fsicos, mudanas de estado e separao de misturas
EA5 Diferenciar as substncias e misturas, por meio da constncia ou no das temperaturas de fuso e ebulio
EA6 Reconhecer as mudanas de fase das substncias e misturas, por meio de representaes em grficos
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
40TEMAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ANOS
1 2 3
Propriedades dos materiais: estados fsicos, mudanas de estado e separao de misturas(continuao)
EA7 Aplicar o conceito de densidade para explicar a flutuao de materiais e objetos em lquidos ou no ar
EA8 Resolver problemas, envolvendo a relao entre massa e volume das substncias
EA9 Aplicar o conceito de solubilidade em situaes de dissoluo das substncias
EA10 Reconhecer a solubilidade das substncias, por meio de representao grfica
EA11 Prever a quantidade de determinada substncia, que se dissolve em gua, a partir dos valores de solubilidade, a uma determinada temperatura
EA12 Relacionar as propriedades especficas dos materiais com os mtodos fsicos de separao de misturas
Quantidades em qumica: massa, volume e quantidade de matria
EA13 Reconhecer a constante de Avogadro e as quantidades de partculas referentes a: mol, massa molar e volume molar
EA14 Conceituar a grandeza MOL, como quantidade de matria
EA15 Expressar quantidade de massa e volume, usando o conceito de mol
EA16 Efetuar clculos de quantidades de reagentes e produtos em transformao qumica, observando as leis de conservao e proporo
Propriedades Coligativas das solues
EA17 Reconhecer os fenmenos de volatilidade e presso de vapor dos lquidos
EA18 Reconhecer os processos, que alteram os valores das tem-peraturas de ebulio e de congelamento de substncias lquidas
EA19 Compreender os efeitos de variaes da temperatura de ebulio e de congelamento de lquidos, por adio de soluto no voltil
EA20 Reconhecer que a adio de um soluto no voltil provoca a variao da presso osmtica de um lquido
Eixo tEMtiCo ii: Constituio dos MatEriais
Este Eixo Temtico refere-se s expectativas de aprendizagem
relacionadas constituio dos materiais presentes no Planeta
Os estudantes devem aprender a distinguir tomos, molculas,
substncias e misturas por suas caractersticas e propriedades
Ao final do 1 ano do Ensino Mdio, os estudantes devem ter
consolidado o conhecimento sobre os elementos qumicos,
reconhec-los, por meio de smbolos e relacionar as suas
propriedades com a posio na tabela peridica Eles devem ainda
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
41reconhecer os metais, ametais e gases nobres, identificando as
suas propriedades E, no 2 e 3 anos, eles devem relacionar a
posio na Tabela Peridica dos elementos ao tipo de substncia
formada e consolidar o conhecimento sobre a representao das
substncias por meio de frmulas, reconhecendo as principais
funes inorgnicas e orgnicas
Ao final do 2 ano, os estudantes devem saber distinguir os
diversos tipos de misturas, relacionar as quantidades de soluto e
solvente ou soluo, saber calcular as concentraes das solues
e reconhecer as propriedades coligativas das mesmas Durante o
2 e o 3 anos, os estudantes devem saber usar a tabela peridica
como fonte de informaes sobre os elementos qumicos e suas
propriedades para compreenderem a teoria de ligaes qumicas
e das foras intermoleculares
TEMAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMANOS
1 2 3
Constituio dos materiais: tomos, molculas, substncias e misturas
EA21 Identificar os elementos qumicos na Tabela Peridica por seus smbolos e nomes
EA22 Reconhecer os elementos qumicos por sua localizao na Tabela Peridica, de acordo com as suas propriedades
EA23 Identificar os metais e ametais e suas propriedades fsicas e qumicas por meio da Tabela Peridica
EA24 Relacionar a distribuio de eltrons dos elementos qumicos com a sua localizao na Tabela Peridica
EA25 Reconhecer o tipo de ligao qumica e o tipo de substncia formada pelos elementos, de acordo com a sua localizao na Tabela Peridica
EA26 Reconhecer que a proporo entre os tomos nas frmulas das substncias depende do nmero de seus eltrons de valncia
EA27 Reconhecer que a combinao de tomos do mesmo tipo d origem s substncias simples e de tomos diferentes d origem s substncias compostas
EA28 Reconhecer substncias orgnicas, a partir de suas frmulas e caractersticas
EA29 Reconhecer os grupos funcionais das substncias orgnicas, tais como hidrocarbonetos, alcois, aldedos, cetonas, teres, aminas, cidos carboxlicos, steres e amidas
EA30 Identificar a constituio de diferentes materiais orgnicos, tais como, polmeros naturais e sintticos, carboidratos, protenas, lipdeos e vitaminas
EA31 Reconhecer substncias inorgnicas, tais como cidos, bases, sais e xidos, a partir de suas frmulas e caractersticas
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
42TEMAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ANOS
1 2 3
Caractersticas dos diversos tipos de materiais
EA32 Reconhecer que uma mistura um sistema que contm duas ou mais substncias
EA33 Diferenciar sistemas homogneos e heterogneos, por meio das propriedades das substncias e misturas
EA34 Diferenciar substncias compostas de sistemas homogneos, por meio de suas propriedades
EA35 Relacionar os mtodos de separao das substncias de uma mistura com as propriedades dos materiais
EA36 Identificar o soluto como a substncia em menor quantidade na soluo e o solvente como a parte da soluo, que dissolve o soluto
EA37 Reconhecer as misturas coloidais como heterogneas, tais como disperses e emulses
EA38 Diferenciar a soluo diluda da concentrada pela relao entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente
Concentraes das solues e as informaes dos rtulos de diversos produtos
EA39 Calcular a proporcionalidade entre a massa ou volume do soluto e a massa ou volume do solvente, em termos percentuais
EA40 Calcular a concentrao da soluo dada pela quantidade em mol do soluto, em relao ao volume da soluo em litros
EA41 Compreender os procedimentos utilizados para efetuar clculos de concentrao das solues em % e em g/L
EA42 Compreender a relao entre a quantidade de matria mol de soluto por volume de soluo ou concentrao mol/L
EA43 Calcular a concentrao de solues em g/L, mol/L e % percentual, levando em considerao as informaes sobre as massas molares e, tambm a densidade e o volume
EA44 Interpretar informaes contidas em rtulos de produtos, como medicamentos ou produtos de limpeza constitudos por solues
EA45 Compreender unidades de concentraes expressas em rtulos
Eixo tEMtiCo iii: transforMaEs dos
MatEriais
Este Eixo Temtico se refere s expectativas de aprendizagem
relacionadas s transformaes dos materiais Ao final do 1 ano
do Ensino Mdio, os estudantes devem reconhecer as evidncias
de transformaes qumicas, que indicam o aparecimento de
novas substncias, a partir dos reagentes e saber que os tomos e
as massas se conservam durante as transformaes
Ao final do 2 e do 3 anos do Ensino Mdio, os estudantes devem
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
43ter consolidado o conhecimento sobre a energia envolvida nas
transformaes fsicas e qumicas, que ocorrem com absoro ou
liberao de energia Eles tambm devem reconhecer as reaes
de combusto, saber represent-las, por meio de equaes e
calcular a entalpia dos processos Alm disso, devem relacionar
a queima dos combustveis com os problemas ambientais
Um conhecimento que deve estar consolidado, ao final do 2
ou do 3 anos do Ensino Mdio, diz respeito ao movimento de
eltrons, ou seja, s reaes eletroqumicas, o funcionamento
de pilhas e baterias e a eletrlise Os estudantes tambm devem
saber sobre os riscos do descarte de pilhas e baterias, contendo
substncias txicas para o ambiente
TEMAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMANOS
1 2 3
As evidncias de transformaes qumicas
EA46 Relacionar as transformaes fsicas e qumicas s mudanas, que ocorrem no ambiente, inclusive nos organismos
EA47 Reconhecer os materiais cidos, bsicos e neutros, por meio de suas aplicaes no cotidiano
EA48 Identificar as mudanas de cor de alguns indicadores na presena de cidos e bases
EA49 Reconhecer as evidncias de transformaes qumicas, por meio das mudanas das propriedades dos materiais
Energia envolvida nas transformaes fsicas dos materiais
EA50 Diferenciar calor de temperatura, por meio de interpretao dos fenmenos no cotidiano
EA51 Reconhecer que a dissoluo de substncias envolve variao de energia
EA52 Identificar as variaes de energia nas representaes de processos de dissoluo, por meio de equaes e grficos
EA53 Relacionar a energia envolvida no processo de dissoluo natureza das substncias e s interaes entre as suas partculas
EA54 Identificar as variaes de energia nas representaes de processos de mudanas de estado, em situaes do cotidiano
EA55 Reconhecer a representao, por meio de grfico, das mudanas de estado, que ocorrem com absoro ou liberao de energia
EA56 Relacionar o aumento ou diminuio da energia de um sistema ao estado de agregao das partculas que o constituem
EA57 Determinar a quantidade de calor absorvida ou liberada na dissoluo das substncias
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
44TEMAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ANOS
1 2 3
Energia envolvida nas transformaes fsicas dos materiais
EA58 Compreender os aspectos relacionados quantidade de energia absorvida ou liberada nos processos de dissoluo
EA59 Relacionar o modelo cintico molecular e as interaes intermoleculares quantidade de energia envolvida nos processos de dissoluo
As caractersticas das transformaes dos diversos tipos de sustncias
EA60 Identificar as reaes de formao e de decomposio das substncias
EA61 Reconhecer uma reao de combusto, por seus reagentes e produtos
EA62 Reconhecer uma reao de saponificao, por seus reagentes e produtos
EA63 Reconhecer uma reao de esterificao, por seus reagentes e produtos
EA64 Reconhecer uma reao de polimerizao, por seus reagentes e produtos
Processos de oxidao e reduo
EA65 Reconhecer processos de oxidao e reduo no cotidiano
EA66 Identificar o nmero de eltrons envolvidos nos processos de oxidao e reduo e a atribuio do nmero de oxidao das espcies qumicas
EA67 Identificar espcies qumicas presentes em transformaes de oxidao e reduo
EA68 Classificar os processos qumicos, como oxidao ou reduo, de acordo com a variao de carga eltrica das espcies
EA69 Relacionar a carga dos ons relao entre o nmero de prtons e eltrons
EA70 Relacionar o movimento de eltrons e de ons com a conduo de corrente eltrica
EA71 Identificar os metais e ametais, respectivamente, como doadores e receptores de eltrons
EA72 Diferenciar potencial de oxidao e reduo
EA73 Diferenciar processos espontneos ou no espontneos por meio da diferena de potencial nos processos de oxirreduo
EA74 Representar as reaes eletroqumicas, tanto as semirreaes como a reao global por meio de equaes
EA75 Identificar o potencial de oxidao e reduo das espcies qumicas, medido em eV ou Volt
EA76 Compreender os procedimentos utilizados para efetuar clculos de fora eletromotriz de pilhas
EA77 Calcular a fora eletromotriz gerada durante o funcionamento de uma pilha
EA78 Identificar os polos positivo e negativo, como catodo e anodo, respectivamente
EA79 Reconhecer as transformaes qumicas no espontneas, que ocorrem pela passagem de corrente eltrica por um sistema
EA80 Compreender o princpio de funcionamento de uma pilha eletroqumica
EA81 Consultar tabelas de potencial eletroqumico, para fazer previses sobre a ocorrncia das transformaes
EA82 Conhecer os constituintes das pilhas e das baterias mais utilizadas e o seu funcionamento
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
45TEMAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ANOS
1 2 3
Processos de oxidao e reduo
EA83 Compreender o processo de eletrlise utilizado na obteno de alumnio e de outros metais, a partir de aplicaes tecnolgicas, como cromao, galvanizao etc
EA84 Reconhecer o impacto ambiental gerado pelos processos de obteno de metais e de descartes de pilhas e baterias
Energia envolvida nas transformaes qumicas
EA85 Conceituar entalpia, como a energia envolvida nas transformaes qumicas, presso constante
EA86 Conhecer, de maneira geral, como os processos do organismo animal demandam energia
EA87 Identificar equaes que representem reaes de combusto de carboidratos simples
EA88 Identificar os diferentes contedos calricos nos rtulos dos alimentos industrializados
EA89 Relacionar a obteno de energia dos alimentos ao processo de respirao
EA90 Calcular a energia produzida, a partir do consumo de alimentos
EA91 Reconhecer o petrleo como fonte de combustveis fsseis e de energia
EA92 Reconhecer que a queima de combustveis fsseis produz gs carbnico e outros gases, que contribuem para o aquecimento global
EA93 Calcular a energia liberada na queima dos hidrocarbonetos, lcool, biodiesel e outros combustveis
EA94 Reconhecer que toda transformao qumica ocorre com consumo e produo de energia, considerando a quebra e a formao das ligaes qumicas
EA95 Identificar os processos endotrmicos e exotrmicos pelo sinal do valor da entalpia
EA96 Compreender a representao da variao de energia de uma transformao qumica, por meio de grficos
EA97 Calcular a variao de entalpia de uma reao, por meio da energia de ligao de reagentes e produtos
EA98 Calcular a variao de energia de um sistema, a partir da energia inicial e final
EA99 Calcular a variao de entalpia de uma reao, a partir da entalpia padro de formao de reagentes e produtos
EA100 Compreender os aspectos quantitativos relacionados variao de entalpia das reaes pela Lei de Hess
EA101 Calcular a variao de entalpia de reao, utilizando os valores das entalpias de formao
Eixo tEMtiCo iv: ModElos Para Constituio E
organizao dos MatEriais
Este Eixo Temtico se refere s expectativas de aprendizagem
relacionadas aos modelos ou teorias, que explicam as propriedades,
a constituio e transformaes dos materiais Os estudantes do 1
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
46 ano devem saber aplicar o modelo cintico molecular e o modelo
atmico, para explicar as propriedades dos materiais e alguns
fenmenos fsicos e qumicos
Os estudantes do 2 ano devem consolidar os conhecimentos
referentes aplicao do modelo de ligaes qumicas e foras
intermoleculares, para explicar as propriedades dos materiais e
alguns fenmenos Ao final do 2 ou 3 anos, os estudantes devem
ter consolidado o conhecimento sobre a teoria das colises e
saber explicar as transformaes qumicas, por meio dessa teoria,
reconhecendo os fatores que afetam a velocidade das reaes
Eles tambm devem compreender os aspectos dinmicos das
transformaes reversveis
TEMAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMANOS
1 2 3
Modelo cintico molecular
EA102 Reconhecer que todos os materiais so constitudos por partculas que esto em constante movimento
EA103 Reconhecer que o movimento das partculas est associado sua energia cintica e que elas podem ter velocidades diferentes
EA104 Utilizar o modelo cintico-molecular para representar os estados fsicos e suas mudanas
EA105 Aplicar o modelo cintico molecular para explicar as variaes de volume dos gases em situaes de aquecimento ou resfriamento
EA106 Explicar, por meio do modelo cintico molecular, o processo de dissoluo das substncias
Modelos atmicos
EA107 Caracterizar por meio de smbolos os modelos atmicos de Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr
EA108 Reconhecer a relao entre os modelos atmicos e as explicaes para as propriedades dos materiais
EA109 Reconhecer os limites dos modelos atmicos para explicar as propriedades dos materiais
EA110 Empregar os modelos atmicos na explicao de fenmenos fsicos e qumicos, tais como, induo de cargas eltricas, conduo de corrente eltrica e calor, a emisso de luz e a conservao de massa nas transformaes qumicas
Modelo de Ligaes Qumicas e de Foras Intermoleculares
EA111 Reconhecer que as ligaes estabelecidas entre tomos de ametais ocorrem por compartilhamento de eltrons, formando molculas ou substncias covalentes
EA112 Reconhecer os modelos para constituio das substncias moleculares e covalentes e suas representaes
EA113 Reconhecer que as substncias moleculares so formadas por molculas ligadas umas s outras por interaes fracas
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
47
Modelo de Ligaes Qumicas e de Foras Intermoleculares
EA114 Usar a teoria das foras intermoleculares para explicar as baixas temperaturas de fuso e ebulio das substncias moleculares
EA115 Reconhecer as substncias covalentes por suas altssimas temperaturas de fuso
EA116 Reconhecer as ligaes qumicas estabelecidas entre ons, formados por metais e ametais
EA117 Reconhecer os modelos para constituio das substncias dos compostos inicos e suas representaes
EA118 Relacionar a ligao inica s propriedades fsicas e qumicas das substncias inicas, tais como temperaturas de fuso, conduo de eletricidade etc
EA119 Reconhecer os modelos para constituio das substncias metlicas e suas representaes
EA120 Explicar as propriedades das substncias metlicas, tais como a conduo de calor e eletricidade por meio da ligao metlica
Modelos explicativos para os compostos Ismeros
EA121 Reconhecer os diferentes tipos de isomeria dos compostos orgnicos, por meio de frmulas e grupos funcionais
EA122 Reconhecer os compostos ismeros pelas diferenas entre as propriedades
EA123 Relacionar o comportamento das substncias ismeras com a estrutura de suas molculas e as foras intermoleculares
Leis de Conservao da matria
EA124 Explicar uma transformao qumica em termos de rearranjo de tomos, utilizando o Modelo de Dalton
EA125 Utilizar o modelo de Dalton, para explicar a conservao do nmero de tomos em uma transformao qumica e realizar o balanceamento das equaes
EA126 Explicar a Lei de Lavoisier ou a conservao da massa em uma transformao qumica, utilizando o modelo de Dalton
EA127 Reconhecer que existem propores fixas entre as substncias envolvidas em uma transformao qumica, utilizando o modelo de Dalton
EA128 Explicar a Lei de Proust, utilizando o modelo de Dalton e representar as transformaes por equaes qumicas
Teoria das Colises e Cintica Qumica
EA129 Utilizar a teoria das colises, para explicar a ocorrncia de transformaes qumicas, em diferentes escalas de tempo
EA130 Compreender que as reaes qumicas s ocorrem, quando o movimento das partculas reagentes possibilita colises energeticamente efetivas
EA131 Reconhecer os diversos fatores, que favorecem ou inibem as colises efetivas, tais como: temperatura, concentrao, presso, superfcie de contato e catalisador
EA132 Reconhecer o modelo de colises entre as partculas nas transformaes qumicas representadas em um grfico
Energia de ativao
EA133 Compreender que uma reao qumica depende da energia de ativao para ocorrer
EA134 Reconhecer as representaes da energia de ativao, por meio de grficos
EA135 Compreender que a variao de entalpia de uma reao qumica no depende da energia de ativao
EA136 Compreender que a energia de ativao de uma reao pode ser diminuda, por ao de um catalisador
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
48
Fatores que afetam a velocidade das transformaes qumicas
EA137 Reconhecer transformaes qumicas no cotidiano, que ocorrem em diferentes escalas de tempo
EA138 Compreender que as transformaes qumicas podem ocorrer em diferentes escalas de tempo, dependendo da natureza dos reagentes e das condies da reao
EA139 Reconhecer que a variao de temperatura afeta a velocidade das transformaes qumicas
EA140 Analisar grficos que representam o efeito da temperatura na velocidade de reaes qumicas
EA141 Reconhecer que superfcie de contato dos reagentes afeta a velocidade das reaes
EA142 Reconhecer que as variaes das concentraes dos reagentes afetam a velocidade das reaes
EA143 Analisar grficos que representam o efeito da concentrao na velocidade das transformaes qumicas
EA144 Reconhecer o papel dos catalisadores nas reaes qumicas
EA145 Identificar as diferentes velocidades de uma mesma reao, com ou sem catalisador, representada por meio de grfico
Princpio de Le Chatelier: aspectos dinmicos das transformaes qumicas
EA146 Reconhecer alguns fenmenos em que ocorre equilbrio qumico, tais como as reaes do organismo humano
EA147 Identificar fatores, que afetam o equilbrio e usar o Princpio de Le Chatelier
EA148 Prever o sentido do deslocamento de um equilbrio qumico, aplicando o Princpio de Le Chatelier
EA149 Identificar os fatores que afetam o estado de equilbrio, a partir de equaes que representam sistemas em equilbrio
EA150 Representar um equilbrio qumico, por meio da constante de equilbrio
EA151 Utilizar tabelas de constantes de equilbrio, para identificar ou fazer previses sobre o comportamento de substncias nas reaes qumicas
Teoria de cidos e Bases e as medidas de pH
EA152 Definir cidos e bases de acordo com as teorias de Arrhenius, Brnsted e Lewis
EA153 Identificar, por meio de equaes ou frmulas qumicas, sistemas que apresentem carter cido, bsico ou neutro
EA154 Identificar o carter cido, bsico ou neutro de solues por meio de indicadores
EA155 Representar reaes de neutralizao cido/base por meio de equaes qumicas
EA156 Reconhecer transformaes qumicas, que envolvem a neutralizao de solues
EA157 Representar a dissociao de cidos e bases, por meio de equaes e a correspondente expresso da constante de equilbrio
EA158 Diferenciar cidos e bases fortes de cidos e bases fracos, a partir das constantes de equilbrio
EA159 Compreender os procedimentos utilizados para calcular valores de pH e pOH, partindo de concentraes de H+ (H3O+) e OH
EA160 Identificar o carter cido ou bsico de uma soluo, a partir de valores de pH
EA161 Utilizar frmulas para determinao de pH e pOH, a partir da concentrao das solues
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
49
REFERNCIAS
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___________ MINISTRIO DA EDUCAO Parmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino fundamental - Cincias Naturais Braslia, SEF/MEC, 1998
___________ Ministrio da Educao e do Desporto Cmara de Educao Bsica do Conselho Nacional de Educao Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental. Parecer CEB 04/98 Braslia, 1998
___________ Secretaria de Educao Mdia e Tecnolgica Parmetros Curriculares Nacionais +, Braslia: MEC/SEMTEC, 2002
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PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
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PERNAMBUCO/UNDIME Base Curricular Comum para o Estado de Pernambuco Recife, 2005
__________ Secretaria de Educao, Cultura e Esportes Diretoria de Educao Escolar Subsdios para Organizao da Prtica Pedaggica nas Escolas: Cincias Fsica e Biolgica Coleo Professor Carlos Maciel, n 11, 1997
__________ Secretaria de Educao, Cultura e Esportes Diretoria de Educao Escolar Subsdios para a Organizao da Prtica Pedaggica nas Escolas: Educao Fundamental de Jovens e Adultos, Recife: SECE, 1993
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PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
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TEIXEIRA, P M A Educao Cientfica soba perspectiva da pedagogia-histrico-crtica e do movimento CTS no ensino de cincias (Science education in the historico-critical pedagogical perspective and the STS movement in science teaching) Cincia & Educao, v 9, n 2, p 177-190, 2003
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
52
COlABORADORES
Contriburam significativamente para a elaborao dos Parmetros
Curriculares de Qumica Ensino Mdio os professores, monitores
e representantes das Gerncias regionais de Educao listados a
seguir, merecedores de grande reconhecimento
PROFESSORES
Abrahan Jose MacielAdeilda Moura de Araujo Barbosa VieiraAfonso Feitosa Reis FilhoAinoam Alves de LimaAlda Klebianny Principe de Moura SantosAlice Bezerra da SilvaAna Celia Carvalho de SouzaAna Jackeline de Franca SantosAna Lucia da SilvaAna Maria dos Santos SoaresAna Nery Barbosa MatosAna Paula Maria da SilvaAna Regina Nobre AlvesAngela Souza da ConceicaoAntonio Airton Gomes OliveiraArmando Silva NetoAyron Jorge da Silva CavalcantiBoaventura Neri de Oliveira PrimoCarlos Antonio Amaral AlmeidaCarlos Eduardo Gomes da SilvaCarmem Lucia de Souza RodriguesCassia de Alencar AraujoClaudevan Batista de Melo FilhoClesia Carneiro da SilvaClodoaldo Queiroz Alves de LimaCloves Tadeu de CarvalhoCristiana de Castro LacerdaDanielle de Andrade SilvaDanielle Tenorio MarrocosDelci Alexandre Uchoa de AlbuquerqueDina Santana do NascimentoDjalma Gomes de FariasDoroty Lamour Pereira
Ducicleia da Silva SantosEdila da Silva PereiraEdilson Jose da Silva OliveiraEdinair de Souza MauricioEdna Maria de LimaEdvania Pessoa do NascimentoEdynadja Roberta de Alencar CallouEliana de Souza BenevidesEliane Maria da SilvaElis Renata da Silva PatricioElisanjela Rosendo XavierEmanuel Fernandes Ferreira da SilvaEneias Cesar Santos Targino de SousaEptacio Neco da SilvaEsdras Andreson Nascimento da SilvaEugenio Carlos Torres MartinsEzequiel Alves BarbosaFlavio de Lima LopesFrancinaldo de Barros ChavesFrancyana Pereira dos SantosGabriela Leite Perazzo GomesGenivaldo Leal da SilvaGeraildo Jose Alves de SouzaGeraldo Miguel dos Santos FilhoGilliard Silva de AssuncaoGilmar Meneses de SouzaGleidiany Santos Rolim FerreiraHellen White Moraes e SilvaHenryzalva Braga Lima AlvesHilma Soares PereiraIvan Pereira da SilvaJanaina de Souza BioneJaneclecia de Paula da Silva Correia
Os nomes listados nestas pginas no apresentam sinais diacrticos, como cedilha e acentuao grfica, porque foram digitados em sistema informatizado cuja base de dados no contempla tais sinais
PARMETROS CURRICULARES DE QUMICA
53Jean Karlo Silva de MirandaJoao Alberto Varella da SilvaJoedson Jose da SilvaJones Marques dos SantosJose Carlos Pereira dos SantosJose Edson de LimaJose Gabriel de Carvalho FilhoJosimere Maria da Silva OliveiraJozelio Agostinho LopesJuliana Manso de Oliveira SilvaKaliandra de Melo Cirne de AzevedoKarlla Suenia dos Anjos LimaKatia Ferreira de Siqueira SantosKatia Valeria Wanderley da SilvaLivia Ferreira de LimaLucia Maria Ferraz de OliveiraLucimar Novais de CarvalhoMacelli Emanuelli Viana Guedes SantosManoel Luis da Silva NetoMarcela Gomes Tavares da SilvaMarcia Andrea FerreiraMarciano Andre Barboza PontesMarcilio Daniel BarrosMarcos Antonio Rodrigues NascimentoMaria Adriana Feitosa de SouzaMaria Aparecida BarbosaMaria Aparecida de Souza da ConceicaoMaria Betania CamposMaria Cleidmar de Jesus Sousa FialhoMaria Cleonice de BritoMaria Darticlea Lima de AlbuquerqueMaria das Gracas Florencio SilvaMaria de Nasareth Ramos de FigueiredoMaria do Socorro Catao de Arruda ReisMaria do Socorro da ConceicaoMaria do Socorro Moreira Bacurau
Maria do Socorro Pereira de LimaMaria Edna de Melo SantosMaria Geysimar FerreiraMaria Josileide da Silva SouzaMaria Leonor Ferreira da SilvaMaria Lucia Gouveia PereiraMaria Silvana de SousaMaria Valdete Gomes dos SantosMarinoia Leonilia de FreitasMarlon Franklin Pereira da SilvaNadja Gomes dos SantosNeiry Maria OliveiraNelma Maria da Silva MouraNoemia Eunice Cavalcanti da Mota SilveiraPaula Maria Alves PereiraPaulo Fernando Martins da SilvaPaulo Roberto de BarrosPerla Candice Gadelha da Costa SilvaRicardo Barbosa de OliveiraRicardo de Siqueira LimaRinnely Cecilia Lins de MeloRita Eudvania de LimaRita Maria de Cassia Buregio DantasRonaldo Nunes de BritoRosicleide Pinto de Mendonca DiasSelma Maria de Souza e SilvaSergivaldo Leite da SilvaSeverino Bezerra Chaves FilhoTaciana Antonia dos SantosTercio Viana de SouzaTereza Helena de Lima MacielValmir Rodrigues de MeloVera Lucia de LimaVeronica de Melo Rodrigues da SilvaWagner Souza Rodrigues
MONITORES
Alexsandra Goncalves DamascenoAndreia Simone Ferreira da SilvaAndreza Pereira da SilvaBetania Pinto da SilvaConceicao de Fatima IvoDaniel Cleves Ramos de BarrosDaniela Araujo de OliveiraDaniella Cavalcante SilvaDiana Lucia Pereira de LiraEdlane Dias da SilvaEmmanuelle Amaral MarquesFrancisca Gildene dos Santos RodriguesGilvany Rodrigues MarquesIsa Coelho PereiraJaqueline Ferreira SilvaJeane de Santana Tenorio LimaJoana Darc Valgueiro Barros CarvalhoLeci Maria de Souza
Leila Regina Siqueira de Oliveira BrancoLyedja Symea Ferreira BarrosMagaly Morgana Ferreira de MeloManuela Maria de Goes BarretoMaria do Socorro de Espindola GoncalvesMaria Gildete dos SantosMarinalva Ferreira de LimaMarineis Maria de MouraMarta Lucia Silva de MeloPaulo Henrique Carvalho Gominho NovaesRandyson Fernando de Souza FreireRejane Maria Guimaraes de FariasSilvia Karla de Souza SilvaTacilia Maria de MoraisTathyane Eugenia Carvalho de MeloVera Lucia Maria da SilvaVirginia Campelo de AlbuquerqueVivian Michelle Rodrigues do Nascimento Padilha
PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
54 REPRESENTANTES DAS GERNCIAS REGIONAIS DE EDUCAO
Adelma Elias da Silva Garanhuns
Carla Patricia da Silva Uchoa Palmares
Edjane Ribeiro dos Santos Limoeiro
Edson Wander Apolinario do Nascimento Nazare da Mata
Elizabeth Braz Lemos F