DOENÇAS DA
ORELHA INTERNA
ANATOMIA
Orelha Interna
Labirinto Ósseo
ANATOMIA
Labirinto Membranoso
ANATOMIA
Labirinto Membranoso
ANATOMIA
Cóclea
ANATOMIA
Rampas da Cóclea
Rampa média
Rampa timpânica
Rampa vestubular
ANATOMIA
Órgão de Corti
ANATOMIA
Células Ciliadas
ANATOMIA
Gânglio Espiral
ANATOMIA
Vascularização
ANATOMIA
PATOLOGIAS
Genética
Autoimune
Infecciosa
Traumática
Tóxica
Metabólica
Vascular
Neoplásica
Idiopática
Degenerativa
Etiologia
DISACUSIAS GENÉTICAS
A disacusia neurossensorial acomete 1,3
~ 2,3 a cada 1000 crianças
Responsável por cerca de 50% das
perdas auditivas congênitas
Aumento relativo na prevalência da
disacusia de origem genética
Introdução
Isoladas ou em síndromes (cerca de 30%)
Variável em intensidade
Usualmente é congênita, mas pode ter
expressão tardia
Raramente é do tipo condutivo
Podem envolver estruturas membranosas,
ósseas ou ambas
DISACUSIAS GENÉTICAS
Características
Padrão vertical de transmissão
50% de chance de um heterozigoto
afetado transmitir o gene ao descendente
Genes dominantes podem apresentar
diferentes graus de penetrância
Diferentes membros da família podem
apresentar expressividade variável
DISACUSIAS GENÉTICAS
Herança Autossômica Dominante
Herança Autossômica Dominante
DISACUSIAS GENÉTICAS
Sindrômicas
Síndrome de Waardenburg
Síndrome de Treacher Collins
Síndrome Branquio-oto-renal
Neurofibromatose, otosclerose,
osteogênese imperfeita
DISACUSIAS GENÉTICAS
Herança Autossômica Dominante
Herança Autossômica Dominante
Síndrome de Waardenburg
DISACUSIAS GENÉTICAS
Herança Autossômica Dominante
Síndrome de Waardenburg
1 : 4000 nascidos vivos
Alterações pigmentares:
white forelock,
heterochromia irides,
premature graying,
vitiligo
Alterações crânio-faciais:
dystopia canthorum,
broad nasal root,
synophrys
DISACUSIAS GENÉTICAS
Herança Autossômica Dominante
Síndrome de Treacher Collins
DISACUSIAS GENÉTICAS
Herança Autossômica Dominante
Síndrome de Treacher Collins
Malformações faciais:
hipoplasia malar, downward
slanting palpebral fissures,
coloboma of lower eyelids,
hypoplastic mandible,
malformations of external
ear or ear canal, dental
malocclusion, and cleft palat
DISACUSIAS GENÉTICAS
Herança Autossômica Dominante
Otosclerose Coclear
DISACUSIAS GENÉTICAS
Forma mais comum de surdez genética
Ambos os pais devem ser portadores
para que ocorra perda auditiva no
descendente
Neste caso a chance é de 25%
Caracterizada por um padrão horizontal
de indivíduos afetados
DISACUSIAS GENÉTICAS
Herança Autossômica Recessiva
Herança Autossômica Recessiva
DISACUSIAS GENÉTICAS
Sindrômicas
Síndrome de Usher
Síndrome de Pendred
Síndrome de Jervell e Lange-
Neilsen
DISACUSIAS GENÉTICAS
Herança Autossômica Recessiva
Ligadas ao X
- Síndrome de Alport
Multifatoriais
Mitocondriopatias
DISACUSIAS GENÉTICAS
Outras
Diagnóstico precoce, preciso e dirigido
para a causa
A consulta a um geneticista é
recomendada quando se suspeita de
disacusia hereditária
A avaliação genética deve considerar o
prognóstico e a chance de recorrência
DISACUSIAS GENÉTICAS
Conclusão
DISACUSIAS IMUNOMEDIADAS
A orelha interna é um órgão
imunocompetente
Saco endolinfático é o local de maior
atividade imunológica
Reprodução em modelo animal de lesão
imunomediada (DNS, disfunção
vestibular, degeneração do g. espiral,
atrofia do órgão de Corti, vasculite e
hidrópsia)
Bases Fisiopatológicas
Saco endolinfático
DISACUSIAS IMUNOMEDIADAS
Bases Fisiopatológicas
Mais freqüente em mulheres (65%)
Idade entre 30 e 45 anos
Doença auto imune associada
Antecedente familiar para doença auto
imune ou DNS
DISACUSIAS IMUNOMEDIADAS
Quadro Clínico Geral
Perda auditiva neurossensorial,
freqüentemente bilateral, assimétrica,
progressiva (semanas a meses) e
associada a sintomas vestibulares
Menos comumente perda auditiva súbita
ou flutuante
Zumbidos , plenitude aural
DISACUSIAS IMUNOMEDIADAS
Quadro Clínico ORL
Lesão imunomediada
DISACUSIAS IMUNOMEDIADAS
Audiometria tonal sem padrão
característico
Redução bilateral da resposta calórica
na ENG
MRI
DISACUSIAS IMUNOMEDIADAS
Exames Complementares
Testes de antígeno não específicos: VHS,
PCR, ICC, auto anticorpos,
complemento
Teste de antígenos específicos:
transformação leucocitária, inibição da
migração de leucócitos, anticorpos
contra antígenos da orelha interna (hsp-
70)
Análise do HLA
DISACUSIAS IMUNOMEDIADAS
Exames Laboratoriais
Iniciar tratamento precoce
Prova terapêutica
Corticóides sistêmicos, imunossupressão,
plasmaferese
DISACUSIAS IMUNOMEDIADAS
Tratamento
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Pode acometer de forma súbita a orelha
interna
Risco de seqüela permanente
Incidência vem reduzindo (MMR)
Introdução
Virais
- Caxumba, rubéola, citomegalovírus, herpes simples,
varicela, Ebtein-Barr vírus, vírus da hepatite,
adenovirus, influenza, parainfluenza, coxsackie,
encefalites, HIV.
Bacterianas
- Sífilis, secundária à otites médias, meningites
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Etiologia
Podem ocorrer no período pré-, peri- ou pós-
natal
Diagnóstico clínico
01. DNS durante curso de doença viral
clinicamente bem definida
02. DNS com identificação de vírus (sorologia)
03. DNS durante surto epidêmico de doença
viral
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Virais
Virais
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Infecção congênita
- Infecção primária da mãe durante a gestação
- 1~5% tem manifestação clínica
- Inaparente ao parte na maioria dos casos
- Corirretinite, microencefalia, DNS, retardo
desenvolvimente neurológico, retardo de
crescimento intrauterino e hepatoesplenopatia
- 2~25% podem desenvolver DNS nos primeiros
anos de vida
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
CMV
Infecção pós-natal
- Quadro variável, evolução benigna
- Síndrome mononucleose ‘like’
- Lesão da orelha interna é rara
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
CMV
Diagnóstico
- Isolamento do vírus
- Sorologia
- Otoemissões, BERA
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
CMV
Infecção congênita
- Infecção primária da mãe durante a gestação
- 20~80% tem manifestação clínica
- Malformações cardíacas, oculares, retardo
mental e DNS (50%)
- 10~20% podem apresentar DNS ao longo dos
primeiros anos
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Rubéola
Infecção pós-natal
- Quadro de evolução benigna
- Lesão da orelha interna é rara
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Rubéola
Diagnóstico
- Isolamento do vírus
- Sorologia
- Otoemissões, BERA
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Rubéola
Clínica
- Parotidite, orquite ou ooforite e nos casos
complicados meningoencefalite
- DNS profunda, secundária à meningoencefalite,
unilateral, que instala-se ao final do quadro clínico
Diagnóstico
- Isolamento do vírus
- Sorologia
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Caxumba
Varicela
Herpes Zoster
Herpes Zoster Ótico (Ramsay Hunt)
- Reativação do VVZ acometendo o nervo facial e,
menos freqüentemente, o oitavo par ipsilateral
- Otalgia, lesões bolhosas na concha, PFP, alteração do
paladar, hipoacusia, zumbidos e crise vertiginosa
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Varicela Zoster
Ramsay Hunt
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Diagnóstico é clínico
Tratamento
- Antivirais (aciclovir)
- Corticóide sistêmico
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Ramsay Hunt
Sarampo
- DNS é rara mesmo nos casos complicados por
encefalite
Influenza, Parainfluenza e Adenovírus
- Causam tipicamente infecções respiratórias
- Podem causar encefalite e DNS secundária ou
causar DNS isolada, sem comprometimento do SNC
- Tratamento com vasodilatadores e corticóides
sistêmicos
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Incidência
- Alterações cocleovestibulares acometem cerca de
50% dos portadores
Mecanismos
- Otites agressivas
- Sarcoma Kaposi no osso temporal
- Aracnoidite ou neurite acometendo o oitavo
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
HIV
Complicação de afecção da orelha média
- Mecanismos
01. Propagação de toxinas via janela oval ou redonda
para os líquidos labirínticos com subseqüente lesão
celular (labirintite asséptica)
02. Propagação do microorganismo, através de lesão
óssea, ligamento anular ou janelas para a orelha
interna (labirintite séptica)
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Bacterianas Inespecíficas
Complicação de afecção da orelha média
Clínica
- Febre, cefaléia, hipoacusia, zumbidos e vertigens
Tratamento
- Antibióticos e corticóides sistêmícos
- Drenagem cirúrgica
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Bacterianas Inespecíficas
Complicação de afecção do SNC
Mecanismos
01. Lesão do oitavo par secundária à aracnoidite
02. Propagação do microorganismo, através do
aqueduto coclear, malformações ósseas para a
orelha interna (labirintite séptica)
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Bacterianas Inespecíficas
Complicação de afecção do SNC
Clínica
- Pode ser encoberto pela meningite
Tratamento
- Antibióticos e corticóides sistêmícos
- Implante coclear???
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Bacterianas Inespecíficas
Otossífilis
Primária Secundária
Assintomática Tabes dorsalis
Paralisia generalizada Sífilis meningo vascular
Terciária
Pele, óssos e vísceras Sistema cardiovascular Neurossífilis
Meningite sifilítica aguda
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
DISACUSIAS IMUNOMEDIADAS
Otossífilis
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
Podem ocorrer alterações evidentes
durante os primeiros anos de vida ou a
doença pode permanecer latente com
expressão tardia como na sífilis terciária
Sífilis Congênita
Sífilis Congênita
Dentes de Hutchinson
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
ORELHA INTERNA
DNS TRAUMÁTICAS
Trauma mecânico
- Fratura do osso temporal
- Barotrauma
Trauma acústico
- Agudo
- Crônico (PAIR)
Classificação
22% das fraturas de crânio
Adultos jovens são os mais acometidos
3 homens : 1 mulher
Acidentes com automóveis e motocicletas
correspondem a 50% dos casos.
DNS TRAUMÁTICAS
Fratura do Osso Temporal
Classificação
- Longitudinais
- Transversais
- Mistas
DNS TRAUMÁTICAS
Fratura do Osso Temporal
Quadro Clínico
- Otorragia (hemotímpano)
- Otorréia hialina (fístulas liquóricas)
- Paralisia facial periférica
- Hipoacusia, zumbidos
- Vertigem
DNS TRAUMÁTICAS
Fratura do Osso Temporal
Avaliação
- ATLS
- História clínica e exame físico completo
- Exame de imagem (CT, MRI)
- Na suspeita de fístula, teste de glicose e 2-
transferrina
- Audiometria e impedanciometria, assim que
possível
- Eletroneurografia
- Testes topográficos do nervo facial
DNS TRAUMÁTICAS
Fratura do Osso Temporal
DNS TRAUMÁTICAS
Fratura do Osso Temporal
Topografia
Ruptura do labirinto membranoso
- Intracoclear (Ménière)
- Janela oval/redonda (Fístula
perilinfática)
DNS TRAUMÁTICAS
Barotrauma
História clínica
Evento desencadeante
- Espirros
- Levantar objeto pesado
- Manobra de Valsalva, assoar o nariz
- Exposição a mudanças de pressão
(vôos, mergulhos)
DNS TRAUMÁTICAS
Barotrauma
População de risco
- Espadectomia/estapedotomia prévia
- Malformação da orelha interna
(Mondini, aqueduto coclear alargado)
DNS TRAUMÁTICAS
Barotrauma
Diagnóstico
- Audio – perda auditiva súbita ou rapidamente
progressiva
- Presença de evento desencadeante
- Excluir processo inflamatório, neoplasia
- Exames – sinal de Hennebert e fenômeno de Tullio
O DIAGNÓSTICO DEFINITIVO É CIRÚRGICO
DNS TRAUMÁTICAS
Barotrauma
Tratamento
- Repouso absoluto
- Cabeceira elevada
- Não levantar peso
- Não assoar o nariz, evitar espirros
- Dieta laxativa
- Audiometria seriada
DNS TRAUMÁTICAS
Barotrauma
Tratamento (cont.)
Após 5 dias:
- Se melhora, 6 semanas com atividades leves
- Se não houver melhora, cirurgia
DNS TRAUMÁTICAS
Barotrauma
Perda auditiva súbita, permanente
causada pela exposição a um som
intenso, da ordem de 130 ~140 dB
Lesão causada pelo trauma direto às
células sensoriais
DNS TRAUMÁTICAS
Trauma acústico (agudo)
DNS TRAUMÁTICAS
Trauma acústico
DNS TRAUMÁTICAS
Trauma acústico
DNS TRAUMÁTICAS
Trauma acústico
Intensidade variável da perda auditiva
Podem estar presente lesões na MT e
cadeia ossicular
Zumbido, otalgia, vertigem
Audiometria com DNS e associada ou
não a perda condutiva
DNS TRAUMÁTICAS
Trauma acústico
Perda auditiva gradual, resultado de
anos de exposição a ruído
Características:
01. Sempre é neurossensorial
02. Bilateral e simétrica
03. Raramente profunda
04. Não progride sem exposição ao ruído
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR (Trauma acústico crônico)
Características (cont.):
05. A taxa de progressão é tanto menor quanto maior
a perda
06. As freqüências mais altas são mais afetadas
(4KHz)
07. Perda máxima após 10~15 anos de exposição
08. Ruído contínuo é mais lesivo que o intermitente
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
Histopatologia
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
Histopatologia
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
Histopatologia
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
Histopatologia
PAIR
DNS TRAUMÁTICAS
Histopatologia
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
Critérios de Risco
- 5% dos indivíduos com exposição crônica a um ruído
de 80 dBA desenvolverão PAIR
- 5~15% se a intensidade do ruído for 85dBA e
15~25% para 90dbA
- Quanto maior a energia sonora, maior o risco de
PAIR
- Um aumento de 3dB na intensidade do som
equivale a dobrar a intensidade da pressão sonora
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
Regra dos 5
Níveis permitidos
- 90dBA por 8 horas
- 95dBA por 4 horas
- 100dBA por 2 horas
- 105dBA por 1 hora
- 110dBA por 30 minutos
- 115dBA por 15 minutos
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
Interações
Presbiacusia
Drogas ototoxicas
-Aminoglicosídeos, cisplatina, furosemida, AAS
S. químicas
- Tolueno, monóxido de carbono
Vibração
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
Tratamento (profilaxia)
- Medida da intensidade sonora
- Equipamentos menos ruidosos
- Redução do tempo de exposição
- Protetores auriculares
- Audiometrias seriadas
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
Protetores auriculares
DNS TRAUMÁTICAS
PAIR
OTOTOXICIDADE
Definição
- Lesão da cóclea ou sistema vestibular
causada pela exposição a substâncias
químicas.
Fontes
- Mercúrio
- Antibióticos
- Antineoplásicos
Aminoglicosídeos
Cocleotóxicos
- Amicacina, canamicina,
neomicina, netilmicina
Vestibulotóxicos
- Estreptomicina, gentamicina,
sisomicina
Podem ocorrer simultaneamente
OTOTOXICIDADE
Cocleotoxicidade
Aumento de 10-20 dB no limiar em uma
ou mais freqüências
Incidência de 6-13%
Fatores de risco
- Diuréticos, insuficiência renal,
tratamento prolongado, idosos,
DNS preexistente
OTOTOXICIDADE
Aminoglicosídeos
Aminoglicosídeos
OTOTOXICIDADE
Aminoglicosídeos
Ototoxicidade por Gentamicina
OTOTOXICIDADE
Aminoglicosídeos
OTOTOXICIDADE
Cocleotoxicidade
- Acomete inicialmente as altas freqüências
- Perda profunda
- Irreversível
OTOTOXICIDADE
Aminoglicosídeos
Prevenção
Farmacológica
Clínica
- Uso de drogas menos tóxicas
(netilmicina)
- Identificar pacientes de risco
- Audiometrias seriadas
- ENG
- Ajuste de dose, duração da
terapia
OTOTOXICIDADE
Aminoglicosídeos
Perda reversível
- Macrolídeos, diuréticas, AINEs e salicilatos,
quinino
Perda irreversível
- Cisplatina
OTOTOXICIDADE
Outras drogas
Lesão possível em humanos
Orientar o paciente
Prescrever pelo mínimo tempo
necessário
Evitar em ouvido sem otorréia
Cuidado com alterações vestibulares
prévias
OTOTOXICIDADE
Antibióticos tópicos
LABIRINTOPATIA METABÓLICA
Alterações no metabolismo dos
carboidratos
Alterações no metabolismo dos lipídeos
Alterações hormonais:
- Tireoideanos
- Esteróides
Etiologia
Em 80 pacientes com queixas
vestibulares e/ou auditivas:
1 Tireoideanas
53 Lipidêmicas
55 Glicêmicas
Porcentagem Alterações
LABIRINTOPATIA METABÓLICA
Incidência
Redução no
aporte de
nutrientes
Redução na
ação da
bomba Na-K
Aumento
de Na+ na
endolinfa
Hydrops
Fisiopatologia
LABIRINTOPATIA METABÓLICA
Início algumas horas após alimentação
Hipoacusia flutuante, vertigens, sensação
de plenitude aural e zumbidos
Duração de minutos até dias
LABIRINTOPATIA METABÓLICA
Quadro Clínico
Audiometria
Glicemia de jejum, GTT (5h)
Curva glico-insulinêmica
Lipidograma, hormônios tireoideanos
Eletrococleografia, Teste do glicerol
ENG
LABIRINTOPATIA METABÓLICA
Exames Complementares
Tratamento da patologia de base
Medicamentoso
LABIRINTOPATIA METABÓLICA
Tratamento
Dieta e hábitos:
- Dieta fracionada a cada 3h
- Redução do açúcar, introdução dos adoçantes
- Troca do pão branco pelo de glúten
- Observar efeitos da ingesta de uva, figo, jabuticaba,
caqui, mamão papaya
- Restrição da cafeína (ref. tipo cola), chocolates, chá
preto, abolir tabaco e álcool
- Exercícios físicos
LABIRINTOPATIA METABÓLICA
Tratamento (cont.)
VASCULARES
Fisiopatologia
Hipoperfusão da orelha interna
TRANSITÓRIAS X DEFINITIVAS
IRREVERSÍVEIS X REVERSÍVEIS
VASCULARES
Fisiopatologia
Hipoperfusão da orelha interna
Hipotensão postural, ICC, arritmias,
placas ateromatosas, roubo da subclávia,
síndromes cervicais, drogas
hipotensoras, diuréticos,
tromboembolismo, vaso espasmos,
hipercoaguabilidade
VASCULARES
Etiologia
Depende da duração e localização do
insulto
Quanto mais próximo da orelha interna,
mais específico
- Tonturas, vertigem, quedas, hipoacusia, zumbidos
VASCULARES
Quadro clínico
Quadro clínico
VASCULARES
Tratar patologia de base
Reavaliar terapia medicamentosa
- Diuréticos, anti-hipertensivos, ansiolíticos
Vasodilatadores periféricos
- Diidroergocristina, cinarizina, Beta histina
Hemorreológicos
- Pentoxifilina, Ginkgo Biloba (EGb 761)
Cirurgia
VASCULARES
Tratamento
NEOPLASIAS
Schwannoma vestibular
1/100.000 habitantes
8% de todos os tumores intracranianos
Idade entre 35 a 55 anos
2 mulheres :1 homem
Neurinoma do Acústico
Neurinoma do Acústico
NEOPLASIAS
Neurinoma do Acústico
Schwannoma Vestibular
NEOPLASIAS
Quadro clínico
- Perda auditiva progressiva (95%), ocasionalmente
com surdez súbita (10-19%)
- 1% dos casos de perda auditiva assimétrica
- Zumbido unilateral
- Vertigem
NEOPLASIAS
Neurinoma do Acústico
Neurinoma do Acústico
NEOPLASIAS
Audiometria e imitanciometria
- Perda auditiva em agudos (rampa descendente)
- Recrutamento pode estar ausente
- Ausência de reflexos estapediano
- Discriminação desproporcionalmente baixa
Exames radiográficos: CT e MRI
Potencial evocado de tronco cerebral
(BERA), ENG
NEOPLASIAS
Neurinoma do Acústico
NEOPLASIAS
Neurinoma do Acústico
Neurinoma do Acústico
NEOPLASIAS
Remoção cirurgia
Radiocirurgia estereotáxica: tumores
menores que 3 cm, pacientes com mais
de 65 anos, condições médicas do
paciente.
Tratamento conservador
NEOPLASIAS
Neurinoma do Acústico
Crises paroxísticas de vertigem típica,
hipoacusia neurossensorial flutuante,
zumbidos e sensação de plenitude aural,
relacionada à hidrópsia endolinfática.
Se a causa é definida → Síndrome de Ménière
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Descrita em 1861 por Prosper Ménière.
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Doença de Ménière
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
IDIOPÁTICAS
2,4 milhões de pessoas no EUA
Idade entre 30 a 50 anos
Sem preferência para sexo
Bilateral
(estatística variável, de 33 a 78%)
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Quadro clínico
Tríade sintomas vestibulares, auditivos e
plenitude aural
- Vertigem (96%)
- Perda auditiva (87%)
- Zumbidos (91%)
- Plenitude aural (74%)
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Fisiopatologia
A endolinfa é produzida na estria
vascu-lar e reabsorvida no ducto e
saco endolin-fático. Suspeita-se que
ocorra uma falha no mecanismo de
reabsorção.
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Fisiopatologia
Estria vascular Ducto e saco endolinfático
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Etiologias identificáveis
- Trauma
- Meningite
- Otosclerose
- Doença auto imune
- Doença Metabólica
- Sífilis
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Exames complementares
Audiometria e impedanciometria
- Perda auditiva em graves (rampa ascendente)
ou plana.
- Presença de recrutamento de Metz.
- Redução do limiar em 10 dB em 2 freqüências
após glicerol
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Teste do Glicerol
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Eletrococleografia: relação entre o potencial
de somação e o potencial de ação
- Normal até 0.3
- Border line 0.3 a 0.5
- Anormal > 0.5
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Exames complementares
- Estudos radiográficos (CT e MRI)
- Estudos laboratoriais (FTA-abs, glicemia,
função tireoideana, colesterol e provas
autoimunes)
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Tratamento Clínico
- Depressores vestibulares (cinarizina e
dimenidrato)
- Diuréticos (hidroclortiazida) e dieta
hipossódica (1,5 g)
- Agentes pró-circulatórios (betahistina,
gingko biloba)
Outros
- Aplicação IM estreptomicina ou
gentamicina
- Câmara hiperbárica
- Tratamento imunológico
IDIOPÁTICAS Doença de Ménière
Tratamento
Gentamicina Intra timpânica
- 40mg/ml em 2 aplicações diárias , 0.3 a 0.5
ml, após colocação de TA
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
Tratamento
Cirúrgico
- Descompressão de saco endolinfático
- Labirintectomia transcanal ou
trasmastoidea (em pacientes com SRT
de 60dB ou discriminação pior que
30%)
- Neurectomia vestibular (fossa média
ou posterior)
IDIOPÁTICAS
Doença de Ménière
IDIOPÁTICAS
Descompressão do saco endolinfático
Doença de Ménière
Perda auditiva devida a alterações
do ouvido interno e vias auditivas
centrais decorrente do
envelhecimento destas estruturas
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
Presbiacusia
Degeneração Neural
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
Degeneração da Estria vascular
DEGENERATIVAS
Etiologia
- Infecções
- Intoxicações
- Traumas
- Fatores genéticos
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
Quadro clínico
- Hipoacusia bilateral, simétrica, progressiva, de
início insidioso
- Início entre 40 e 80 anos
- História familiar positiva
- Zumbidos, recrutamento
“Não precisa gritar porque eu não sou surdo!!!!”
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
Exames complementares
Audiometria e Imitanciometria
- Curva descendente com perda acima dos
2000Hz
- Reflexo do estapédio presente
- Recrutamento
BERA
- Aumento de latência e redução da
amplitude da onda V
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
Tratamento
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
Tratamento
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
Tratamento
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
DEGENERATIVAS
Presbiacusia
Tratamento