Anais Eletrônicos do IX Congresso Brasileiro de História da Educação João Pessoa – Universidade Federal da Paraíba – 15 a 18 de agosto de 2017
ISSN 2236-1855 1490
PATRONATO SÃO BENTO: ENTRE O ARQUIVO INSTITUCIONAL E A IMPRENSA LOCAL A INFÂNCIA MENORIZADA (1960-1969)
Márcia Spadetti Tuão da Costa1
Os Anos Iniciais da Associação Beneficente de Menores
O progresso de Caxias excedeu de muito à visão e o ânimo dos seus administradores de todas as épocas. Não houve precisão dos problemas que imperceptivelmente iam surgindo com a marcha do tempo. E o abandono condenável, o estado de contínua desagregação física e moral de bôa parte da infância caxiense, é o fruto desses administradores anacrônicos e obsoletos na mentalidade, que não tiveram capacidade para impedir o advento dessa era de corrupção em que os infantes caxienses mergulham inocente (INFÂNCIA ABANDONADA. A Folha de Caxias, 29 ago. 1954).
A pesquisa sobre o Patronato São Bento consistiu na compreensão desse equipamento e
sua inserção no território da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias. Para isso,
recorremos ao acervo da instituição que no intuito de que não fosse descartado, foi
salvaguardado pelo Centro de Pesquisa, Memória e História da Educação da Cidade de
Duque de Caxias e Baixada Fluminense (CEPEMHEd). Parte dessa documentação foi
entrecruzada com os jornais pertencentes ao acervo do Instituto Histórico Vereador Thomé
Siqueira Barreto.
Diante disso, cabe esclarecer que o entendimento sobre a imprensa local foi importante
pelo fato de que essa campanha em prol do estabelecimento de um espaço de internamento
foi instituída pelo jornal Folha de Caxias. Nesse artigo, propomo-nos identificar a trajetória
do Patronato, assim como o projeto assistencialista e “regenerador” dessa infância e
juventude na cidade de Duque de Caxias através da imprensa.
Assim, recorremos a Saviani (2013) que esclareceu que uma instituição surge a partir
de necessidades humanas. Incluímos, dessa forma, o Patronato São Bento por se estabelecer
“... como um sistema de práticas, com seus agentes e com os meios e instrumentos por eles
operados, tendo em vista as finalidades por elas perseguidas” (SAVIANI, 2013, p. 35).
Entendemos esse equipamento como uma instituição educativa.
1 Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Baixada Fluminense/Universidade do Estado do Rio de Janeiro, diretora executiva do Centro de Pesquisa, Memória e História da Educação da Cidade de Duque de Caxias e Baixada Fluminense (CEPEMHEd). Email: <[email protected]>.
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Esse espaço de internamento foi administrado pela Associação Beneficente de Menores
(ABM), vinculada à igreja Católica Apostólica Romana que fazia parte, na época, da Diocese
de Petrópolis em que o bispo era Dom Manoel Pedro da Cunha e Cintra, o primeiro bispo
dessa diocese. À autoridade diocesana caberia indicar o diretor do espaço de internamento e
a organização da administração do internato. Além disso, os menores deveriam ser educados
com os princípios da igreja e o diretor, por sua vez, relataria anualmente para o Conselho
Administrativo o movimento do instituto.2
A ABM foi criada no dia 25 de novembro de 1955, dia de Ação de Graças.3
Primeiramente, houve uma organização em torno da legalização da mesma com a elaboração
de Estatuto. No primeiro ano, funcionou provisoriamente no Gabinete do prefeito municipal
da cidade que era um dos membros natos da instituição e atuava como presidente. Nesse
mesmo ano, a partir da legalização e com o Estatuto elaborado, encaminharam acordos e
documentações diversas para recebimento de subvenções.
Em 1956, o funcionamento foi específico para o credenciamento dos menores que
viviam perambulando pelas ruas. Alguns foram encaminhados para diferentes indústrias,
outros continuaram com o trabalho de engraxate e vendedores de balas. Todos receberam
uma carteira de identificação fornecida pela Marinha. Esse foi o momento inicial da
instituição em que buscavam verbas para a construção de um espaço de internamento.
Em 1957, foi conseguido um espaço alugado denominado Casa São José que não seria
para o internamento ainda. A ABM pagava uma assistente social e havia professoras que
alfabetizavam os meninos no período noturno. Faziam-se encontros semanais com os
“menores”.4 Paralelamente, a Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, através do Prefeito
Francisco Corrêa, conseguiu o recebimento de uma verba municipal, Selo de Diversões
Públicas.5 No começo, essa verba ficou apenas depositada na própria Prefeitura. A ABM
conseguiu, também, o registro no Conselho Nacional e Estadual do Serviço de Assistência do
Ministério da Educação e Saúde.6
2 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Estatutos da Associação Beneficente de Menores, sem assinatura, PSB 76.6, caixa 003, 1956.
3 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Atestado, sem assinatura, PSB 001, caixa 002, s/d. 4 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Relatório das Atividades da “Associação Beneficente de Menores”
durante o ano de 1957, assinado por Dom Odilão Moura (do Conselho Social da ABM), PSB 83.3, caixa 003, 1958.
5 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Livro Caixa, assinado por Dom Odilão Moura, PSB 064.101, caixa 001, 1957.
6 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Ofício Expedido, assinado pelo presidente Francisco Corrêa, PSB 012, caixa 002, 1957.
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Financeiramente, a ABM era mantida pelos sócios contribuintes,7 por campanhas feitas
por outras instituições,8 por contribuição dos meninos assistidos para confecção dos próprios
uniformes,9 além de uma doação em dinheiro feita pela Loteria do Estado do Rio de
Janeiro.10
Nesse ano de 1957, a instituição atendeu 521 menores, dos quais eram 404 meninos e
117 meninas. Esse foi o único ano em que a instituição recebeu meninas também.11 Dentre os
engraxates, um foi destinado para a função de chefe que fiscalizava os demais, assim como
um guarda que os inspecionava. Os meninos engraxates, vinculados à ABM, possuíam caixas
padronizadas. Quanto aos baleiros, compravam suas mercadorias em casas credenciadas.12
Havia também, os jornaleiros e outros vendedores. Foram expedidas 207 carteiras de
trabalho. Desses, 30 meninos foram encaminhados à Fundação Abrigo Cristo Redentor, 65
fizeram primeira comunhão. Antes do trabalho aos domingos, esses meninos iam à missa na
Igreja Santo Antônio.13
Em 1958, financeiramente, a ABM foi subsidiada da mesma maneira que no ano
anterior. Mas, recebeu subvenções ordinárias do Ministério da Justiça, solicitou que a Legião
Brasileira de Assistência liberasse a verba prometida, registrou agradecimento aos
vereadores Natalício Tenório Cavalcanti e Eri Teixeira Pinto, ambos da UDN e ao Ministro da
Guerra, General Henrique Teixeira Lott por doação feita pelo Ponto Frio.14 Apesar das verbas
obtidas, ainda, não tinham o necessário para a construção do espaço de internamento,
segundo relatório da instituição.
Ainda em 1958, foram feitos diferentes registros sobre a construção de um anexo na
delegacia para abrigar os menores infratores em espaços separados dos presos adultos, além
7 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Estatutos da Associação Beneficente de Menores, sem assinatura, PSB 76.4, caixa 003, 1956.
8 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Assistência à Associação Beneficente de Menores, assinado por Dom Odilão Moura (Vigário Cooperador), PSB 084.1, caixa 003, 1957.
9 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE MENORES - Balancete Geral do Caixa Relativo ao Exercício de 1959, PSB 110, caixa 003, 1960.
10 GRANDE PROGRAMA DE AUXÍLIOS DA LOTERIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Jornal Folha da Cidade. 16 mai. 1957; CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Ofício Expedido, assinado por Mariano Sendra dos Santos (tesoureiro), PSB 011, caixa 002, 1957.
11 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Relatório das Atividades da “Associação Beneficente de Menores” durante o ano de 1957, assinado por Dom Odilão Moura (do Conselho Social da ABM), PSB 83.3, caixa 003, 1958.
12 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Relatório das Atividades da “Associação Beneficente de Menores” durante o ano de 1957, assinado por Dom Odilão Moura (do Conselho Social da ABM), PSB 83.3, caixa 003, 1958.
13 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Relatório das Atividades da “Associação Beneficente de Menores” durante o ano de 1957, assinado por Dom Odilão Moura (do Conselho Social da ABM), PSB 83.3, caixa 003, 1958.
14 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Ofício Expedido, assinados por Dom Odilão Moura, PSB 034 a 036, caixa 002, 1958.
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de fornecerem alimentação para os mesmos em alguns momentos.15 Assim, também, como
pagamento de condução para os meninos conduzidos ao Serviço de Assistência ao Menor
(SAM).16 Dessa forma, a partir de julho de 1959, a ABM conseguiu atingir seu objetivo
primeiro que foi o estabelecimento do espaço de internamento no território do Núcleo
Colonial São Bento, a partir da campanha feita pela imprensa local.
A campanha da imprensa e a institucionalização do Patronato de São Bento
Internar esses jovens no Núcleo foi um meio de esconder no segundo distrito do
município, a desigualdade e o abandono. Nesse sentido, foi importante considerar, no estudo
das instituições e de seus projetos, a relação com os usos e funções sociais do território
(DIAS, 2014). Como situou o estudo de Marlúcia dos Santos de Souza de que é preciso
considerar, na análise dos estudos sobre Duque de Caxias e a Baixada Fluminense, “A
segregação construída historicamente nessa periferia e a utilização da violência como
instrumento de manutenção do domínio político do poder político local e de proteção à
propriedade” (SOUZA, 2014, p.17).
Como foi apresentado anteriormente, o jornal Folha de Caxias foi uma das agências
que contribuiu para a campanha de institucionalização do Patronato São Bento,
consequentemente dois de seus diretores ocuparam cargos na diretoria da ABM, Ruyter
Poubel e Mariano Sendra. O último além de atuar na imprensa local, trabalhava na
Associação Comercial de Duque de Caxias também.
Assim, essa análise foi centralizada nos artigos publicados nesse jornal que tratavam
diretamente das ações empreendidas pela ABM, assim como um dos agentes que foi o Juiz de
Direito, Dr. Hélio Albernaz Alves. As ações desse agente obtiveram muito destaque no
referido meio de comunicação.
No que tange a questão econômica do jornal, percebemos que se apresentava, logo na
primeira página, como um órgão oficial da Associação Comercial de Duque de Caxias
(ACDC), além de ter como integrante da direção Mariano Sendra como foi apontado
anteriormente. O mesmo, na década de 1950, compôs a função de dirigente da ACDC.
Identificamos no jornal que, ao pensarmos a questão do “menor abandonado e
infrator” na cidade, alguns aspectos demandavam diferentes ações naquele momento com
intervenção direta de seus agentes e de suas agências. O próprio jornal local foi uma dessas
15 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Livro Caixa, assinado por Dom Odilão Moura, PSB 064.149, caixa 001, 1958.
16 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Livro Caixa, assinado por Dom Odilão Moura, PSB 064.161, caixa 001, 1958.
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agências e interveio como um interessante mecanismo na institucionalização das diferentes
ações junto aos meninos até a concretização do espaço de internamento. Faria Filho (2002)
noutro contexto e noutro local demonstrou semelhanças ao registrar que na sua pesquisa:
(...) o jornal foi visto como uma importante estratégia de construção de consensos, de propaganda política e religiosa, de produção de novas sensibilidades, maneiras e costumes. Sobretudo os jornais foram vistos como importante estratégia educativa (FARIA FILHO, 2002, p. 134).
Detectamos essas “novas sensibilidades, maneiras e costumes”, principalmente, ao
analisarmos a ideia que estavam tentando imprimir à cidade. Havia uma tentativa de
desassociar a conotação violenta a qual era atribuída à mesma. Essa característica era
salientada como construção da imprensa carioca, tanto que o jornal publicava que a definição
do município nos diferentes jornais do Distrito Federal era um “...aposto incorreto e
inoportuno que uma cidade laboriosa e proba recebe, o de ‘terra sem lei’.” (CAXIAS, ESSA
INCOMPREENDIDA. Jornal A Folha de Caxias, 2-3 out. 1953). Apresentava tal título como
injusto com a cidade pelo fato da mesma ser “limítrofe da Capital Federal” e acrescentava
outros motivos (CAXIAS, ESSA INCOMPREENDIDA. Jornal A Folha de Caxias, 2-3 out.
1953).
Assim como existiram algumas queixas sobre essa imprensa da “Capital Federal”,
houve, também, a publicação ao longo do tempo de crenças religiosas diferentes das
relacionadas à igreja Católica Apostólica Romana. A nota que tinha maior destaque era a
observação feita pela Igreja Católica a cada editorial com uma coluna fixa intitulada, “Vida
Católica”. Além desses aspectos, tinha a necessidade de que a cidade demonstrasse
“progresso” em ações similares as que aconteciam no então, Distrito Federal, Rio de Janeiro e
que ao menos se assemelhasse. Como afirmavam no próprio jornal, “Duque de Caxias tem
dado motivo à mais justa admiração pelo seu crescimento rápido e constante”
(DESPREZANDO DIFICULDADES E DESLISES: POLÍTICOS, DUQUE DE CAXIAS
MARCHA VERTIGINOSAMENTE PARA A SUA SUPREMACIA NA TERRA FLUMINENSE.
Jornal A Folha de Caxias. 12 set. 1953).
Atrelado a esse crescimento desordenado, havia a preocupação com a ordem. A
imprensa, por sua vez, desempenhou um papel crucial com o estabelecimento e a
manutenção da mesma. Ratificamos que a imprensa é um “veículo educativo” e constatamos
tal afirmação por parte de diferentes autores. Além de estar associada à ideia de “progresso”.
Já em 1954, a matéria em que tratava da “Obra inadiável: amparar a infância
desvalida” (OBRA INADIÁVEL: AMPARAR A INFANCIA DESVALIDA. Jornal A Folha de
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Caxias. 21 nov. 1954), foi abordado o questão do “menor” considerando que a mesma tenha
sido ignorada pelas autoridades do município em que alegavam:
Não cremos que as autoridades o ignorem. Os chamados “Parques de Diversões”, que outra coisa não são que antros de jogatina e perdição funcionando com a complacência da Polícia e da Prefeitura, são o ponto de distração de centenas de crianças, de 10 a 18 anos, que debruçam nas mesas de jogo até alta madrugadas. E nunca uma providência cabal foi tomada. As ruas de Caxias, a Estação da Leopoldina, acolhem durante a noite crianças de menos de 10 anos desvalidas, sem itinerário na vida, perdidas nesse mundo de suborno e impatriotismo (OBRA INADIÁVEL: AMPARAR A INFANCIA DESVALIDA. Jornal A Folha de Caxias. 21 nov. 1954).
Afirmava, ainda, que essa situação dos menores exigia um juiz de menores para que
exercesse uma “fiscalização” sobre os mesmos, assim como um “albergue subvencionado” e
em “terreno fora do centro urbano”. Tratava, também, sobre o novo magistrado que a cidade
recebia e de que o mesmo não deveria exercer apenas as funções burocráticas da sua função,
mas deveria atuar junto ao prefeito e ao delegado, e dizia: “No caso da infância não cremos
que haja interesses subalternos, portanto é uma causa que merece o apoio e a solidariedade
dêsses três poderes municipais” (OBRA INADIÁVEL: AMPARAR A INFANCIA
DESVALIDA. Jornal A Folha de Caxias. 21 nov. 1954).
Salientava, ainda, os meninos que vagavam pela cidade até “altas horas” e que pediam
comida e trabalho durante o dia, identificava o Juiz Dr. Ari Fontenelle e insistia na
necessidade da indicação de um juiz de menores no município (OBRA INADIÁVEL:
AMPARAR A INFANCIA DESVALIDA. Jornal A Folha de Caxias. 21 nov. 1954).
Reivindicavam a indicação de um Juiz de Menores (JUIZ DE MENORES. Jornal A Folha de
Caxias. 12 dez. 1954) para o município e declarava que “É dever da Justiça principalmente e
de qualquer cidade em particular, orientar os menores que não têm pais, evitando-os da
perdição e da fome” (JUIZ DE MENORES. Jornal A Folha de Caxias. 12 dez. 1954).
Faria Filho (2002, p.135) alegou que a maneira em que as matérias são dispostas nos
jornais os revestem de uma “intencionalidade claramente educativa”, pois colocam “em
circulação uma série de matérias e assuntos que, em sua generalidade, não deixavam de
compor uma representação sobre suas ideias de reforma das condutas e dos costumes”
(FARIA FILHO, 2002, p. 135).
Diante dessa observação, apresentamos uma intensificação de matérias que vão
contribuir para a construção de uma ideia de que a organização da sociedade civil, unida à
sociedade política para a construção de um patronato seria a solução para os problemas de
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ordenamento que a cidade enfrentava naquele momento, principalmente em relação a essa
determinada infância que perambulava pelas ruas.
Assim, em 1955, identificamos uma acentuação de matérias acerca da temática do
“menor”. Cabe lembrar que esse foi ano em que a ABM foi instituída. Cada reportagem
relacionada a esse tema apresentava um espaço de internamento local como a solução para o
“problema”. Podemos perceber quando tratou da proibição por idade dos menores no
cinema em Niterói (MENORES NO CINEMA. Jornal Folha de Caxias. 1 mai. 1955), tal
medida era exigida para Caxias como a necessidade de um juiz de menores para o município
e ratificava que “Caxias possue uma infância sem amparo. Existem dezenas de pequenos
seres no mais negro abandono, na maioria desajustados de toda espécie. [...] Só uma escola
profissional ou uma colônia agrícola solucionará o grave problema” (MENORES NO
CINEMA. Jornal Folha de Caxias. 1 mai. 1955). E na falta do Juiz de Menores, o Juiz Ary
Fontenelle era solicitado a fazer algo por ser pai ao menos, segundo a reportagem.
Diferentes reportagens desenharam a organização da ABM, a busca por um espaço para
o internamento por apresentarem as reuniões com seus respectivos resumos e
desdobramentos, além dos agentes que compuseram esse momento inicial de organização.
Essas matérias foram descritas com mais detalhes quando tratamos da institucionalização.
Diante de inúmeras reportagens, um leitor enviou uma carta para o órgão. O jornal
difundiu alguns pontos da mesma já que era uma carta extensa, segundo a própria matéria.
O leitor ratificava a preocupação com o “menor”, afirmava ainda que não poderia ser tratado
com punição e alertava que numa campanha do prefeito, um comerciante distribuiu
brinquedos. Alegava que “paliativos” não resolveria o “problema”, mas que “é necessário
muito e bem orientado esforço, sacrifício coletivo, bons costumes e bom exemplos de cima
para baixo, etc.” (CARTA DOS LEITORES-O PROBLEMA DO MENOR. Jornal Folha de
Caxias. 26 jun. 1955).
A questão do lenocínio continuava a ser uma temática abordada no jornal. Uma das
reportagens reportava sobre um projeto de lei para que o prefeito pudesse fechar um
estabelecimento que desvirtuasse sua finalidade para que pudesse atingir os hotéis que
tinham a prática criminosa (O PREFEITO PODERIA ATÉ FECHAR OS HOTÉIS. Jornal
Folha de Caxias. 8 mai. 1955).
Outra questão abordada sobre a temática do lenocínio era o envolvimento das
autoridades com essa prática. Em 1955, tivemos duas matérias que denunciavam essa
atividade. Uma tratava de uma sessão na Câmara Municipal de Duque de Caxias em que os
vereadores estavam inclinados a criar uma campanha contra o lenocínio. Um dos vereadores
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alegou a impossibilidade que o delegado de Polícia demonstrou numa reunião com os
vereadores e outros vereadores ratificaram que dois deputados federais, não oriundos da
cidade, mantinham hotéis na cidade com essa ação criminosa (DEPUTADOS EXPLORANDO
O LENOCÍNIO EM CAXIAS. Jornal Folha de Caxias. 10 jul. 1955).
Na matéria intitulada As autoridades e o lenocínio (AS AUTORIDADES E O
LENOCÍNIO. Jornal Folha de Caxias. 11 set. 1955), afirmava que “O problema do meretrício
nesta cidade, parece ser um problema sem solução aparente. Pelo menos esta é a opinião das
autoridades do município, das quais colhemos as opiniões que transcrevemos abaixo” (AS
AUTORIDADES E O LENOCÍNIO. Jornal Folha de Caxias. 11 set. 1955). As autoridades
consultadas foram o prefeito, o delegado e o juiz de direito. Ao levantar a opinião dessas
autoridades, consultavam sobre a possibilidade da transferência para o Mangue do
“meretrício”. Nenhum deles apresentou uma solução, além do prefeito e do juiz alegarem
que seria uma obrigação do delegado. E o delegado, por sua vez, disse que a prostituição não
era crime, mas a sua comercialização era crime e apenas nessa situação, poderia agir.
O Juiz era uma personalidade que sempre era mencionada no jornal em diferentes
abordagens. No ano de 1955, a função foi ocupada pelo Dr. Ary Fontenelle e em junho desse
ano, houve a possibilidade de afastamento do mesmo por uma promoção (MOVIMENTO
PELA PERMANÊNCIA DO DR ARI FONTENELLE. Jornal A Folha de Caxias. 12 jun. 1955).
Assim, foi relatado que uma comissão de quinze pessoas se dirigiu à Niterói e pediram que
não fosse executada tal decisão. Outra matéria envolvendo o juiz tratava da acusação de
corrupção contra do delegado Dr. Olegario Pacheco da Rocha (O JUIZ ACUSA O EX-
DELEGADO. Jornal A Folha de Caxias. 26 jun. 1955).
Diferente do que aconteceu anteriormente, a Folha de Caxias foi homenageada na
Câmara Municipal (EXALTADA A “FOLHA DE CAXIAS” NA CÂMARA MUNICIPAL. Jornal
A Folha de Caxias. 22 mai. 1955). Ressaltamos, ainda, a presença do candidato Plínio
Salgado em Caxias (PLINIO SALGADO EM CAXIAS. Jornal A Folha de Caxias. 24 jul. 1955),
isso ratifica a importância que o município estava conseguindo pelo aumento populacional
quanto à eleição de diferentes políticos.
Ao evidenciarmos as matérias referentes ao ano de 1956, salientamos a que foi
publicada na última edição do respectivo ano e que fazia um balanço do mesmo, intitulada
Fatos Principais Ocorridos em Caxias no ano de 1956 (FATOS PRINCIPAIS OCORRIDOS EM
CAXIAS NO ANO DE 1956. Jornal Folha da Cidade. 30-31 dez. 1956).
Dentre os assuntos abordados, destacamos a mortalidade infantil, a visita do vice-
presidente João Goulart à Caxias, a reunião de 130 “menores para serem amparados pela
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ABM”, o primeiro almoço da Família Forense de Duque de Caxias, a visita do governador
Miguel Couto e o lançamento da pedra fundamental do Patronato de Menores da ABM, a
inauguração da sede da ABM (INAUGURA-SE HOJE A SEDE DA A.B..M. Jornal Folha da
Cidade. 25-26 nov. 1956; INAUGURADA A SEDE PROVISÓRIA DA A.B.M. Jornal Folha da
Cidade. 2-3 dez. 1956), diferentes balancetes da ABM (BALANCETE DA ASSOCIAÇÃO
BENEFICENTE DE MENORES. Jornal Folha da Cidade. 26-27 ago. 1956; 11-12 nov. 1956;
25-26 nov. 1956; 29-30 jul. 1956), a posse do novo Juiz de Direito da Comarca, Dr. Helio
Albernaz Alves que efetuou a prisão de um vereador do município, criou o Comissariado de
Menores da cidade e foi homenageado na Associação Comercial (FATOS PRINCIPAIS
OCORRIDOS EM CAXIAS NO ANO DE 1956. Jornal Folha da Cidade. 30-31 dez. 1956).
Inúmeras foram as reportagens sobre a ABM, suas ações e as atuações que
contribuíram para a consolidação da mesma no município. Muitas delas faziam referência à
campanha em favor do “menor” e incentivada pelo jornal (CAXIAS SOFRE POR CAUSA DE
MEIA DÚZIA – “TIO ALBINO” ELOGIA CAMPANHA DA “FOLHA DE CAXIAS”. Jornal
Folha da Cidade. 16-17 set. 1956). Notamos uma ação da sociedade política através da
Câmara com o reajuste da cobrança do imposto sobre os cinemas para reverter o “sêlo de
diversões” para o ABM, “Em virtude da Deliberação da Câmara, aumentando de Cr$ 0,20
para Cr$ 1,00 o selo de diversões a ser cobrado pela Prefeitura, [...] os cinemas de Caxias já se
movimentam para elevar os preços das suas entradas” (NOVOS PREÇOS NOS CINEMAS.
Jornal Folha de Caxias. 22 jan. 1956).
A ABM e a busca pelo espaço de internamento
Esse estudo permitiu o entendimento sobre as peculiaridades perpassadas por
diferentes disputas relacionadas com a função social desse território. A compreensão da
prática cotidiana nesses espaços e em especial, o Patronato, contribuiu para identificarmos as
ações de assistência, de “proteção” e de educação destinadas a uma determinada infância em
consonância com a esfera federal, estadual e local.
A antiga Fazenda de São Bento foi o local escolhido para o internamento dos
“menores” que no período estudado correspondia ao Núcleo Colonial São Bento. As relações
estabelecidas com o presidente do Instituto Nacional de Imigração e Colonização (INIC), a
cessão dos prédios da Fazenda tombados pelo Serviço de Patrimônio Nacional (SPHAN), o
ensino agrícola como “regenerador” dessa infância “abandonada”, a presença do
administrador do núcleo na administração da escola regular, a escola que atendia aos filhos
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dos colonos e os “menores” internos apresentaram marcas desse projeto ruralista como um
viés da instituição do Patronato.
Além disso, cabe salientar que Caxias se tornou “espaço de transbordo populacional da
cidade carioca” que “remodelou o desenho da localidade “ (SOUZA, 2003, p. 49). Através do
trabalho com os jornais, notamos como “esse espaço de transbordo populacional” associado à
proximidade da capital federal que na época era o Rio de Janeiro trouxe inúmeras questões
para o município. Uma delas foi o uso do território para atender à capital nas práticas ilícitas
também, como no caso do lenocínio. Outra foi a necessidade de que a cidade de Duque de
Caxias precisava se “modernizar” para então representar uma impressão ordeira e de
“progresso”. Para isso, os “menores” que perambulavam pelas ruas foram considerados
empecilhos.
O pensar e o agir sobre assistência à infância no início do século era privilégio de uma elite formada por autoridades, intelectuais, pessoas da boa sociedade, incomodadas com uma situação que começava se constituir como um problema que podia fugir do controle, principalmente do Estado (RIZZINI, 1995, p. 297)
Assim, a solicitação reincidente do jornal era pela construção de um Patronato Agrícola
para que esses meninos pudessem ser “regenerados” pelo trabalho regularizado de acordo
com o lema da própria instituição de uma “educação no trabalho, para o trabalho e pelo
trabalho”. Os patronatos agrícolas representaram a formação de trabalhadores rurais por
iniciativa do governo, embora não houvesse tido um abandono total das práticas
consideradas ultrapassadas.
Da mesma forma em que havia uma cobrança ao delegado, ao juiz, ao prefeito e aos
vereadores sobre as questões referentes aos “menores”, assim como outros assuntos. Nessa
convocação de determinadas autoridades para a campanha lançada pelo jornal, percebemos a
permanência do que foi constituído nas primeiras décadas do século XX, como identificou
Rizzini (1995), uma ação marcada pelo controle, pela repressão, pela dependência de
instituições particulares que no nosso caso foi representada pela Associação Beneficente de
Menores (ABM) e pela vinculação às instituições jurídico-policiais.
Destacamos ainda, que duas das autoridades presentes na primeira reunião de debate
sobre o assunto do “menor” dizia respeito ao delegado e ao juiz de direito, representantes de
uma judicialização instaurada pelo Código de Menores de 1927, de acordo com o que Câmara
(2010) salientava sobre essa lei. Atrelado a isso, o tratamento dessa infância tanto pelo
Estado como pelos setores privados mantiveram “a internação em estabelecimentos
fechados” como “fio condutor do atendimento prestado”.
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Associado a isso, tivemos a intervenção da igreja no nosso território. Essa foi outra
característica que se perpetuou ao longo do tempo, como afirmou Rizzini (1995) que dizia
respeito à transformação da atuação de igreja que passou do atendimento caritativo para o
filantrópico que favoreceu a sua permanência na educação desses “menores”.
Outra constatação foi a inserção de agentes da sociedade política e civil nas ações da
ABM. Assim, as primeiras reuniões de organização da ABM aconteceram no gabinete do
prefeito e sem a presença da igreja. Mas, diante do alto índice de “menores abandonados”
que vagavam e foram identificados pela polícia, o espaço de internamento apontado foi o
mosteiro da antiga Fazenda de São Bento nas terras do INIC. A partir dessa necessidade, o
presidente do INIC indicou a igreja como a entidade que poderia liberar o uso do espaço,
uma vez que o bispo Dom Manoel Pedro já havia feito a solicitação dos prédios (mosteiro e
igreja) para o estabelecimento de um seminário.
Dessa maneira, a igreja representada por Dom Odilão que era capelão da Cidade dos
Meninos, alegou a necessidade de autorização do bispo para o estabelecimento do Patronato
ao invés do seminário. Após essa breve consulta e inúmeras tentativas frustradas da
comissão de autoridades. Numa ida à Petrópolis obtiveram, finalmente, uma resposta
positiva de Dom Manoel Pedro. Dom Odilão Moura foi o sacerdote designado para
representar a igreja e o responsável pela escrita do Estatuto da ABM. A partir desse
momento, a Igreja não compôs apenas a comissão, ela tomou as rédeas do empreendimento
ao ter o sacerdote indicado para a função de diretor do Patronato a ponto do próprio padre
afirmar numa de suas missivas ao bispo que “a Igreja faz tudo pela ABM”.17
A partir desse momento, não era mais uma comissão de autoridades que buscava
instituir um Patronato Agrícola, mas uma Associação Beneficente de Menores (ABM). A
ABM foi criada como uma sociedade civil, isenta de impostos, composta por membros da
sociedade civil e política. Essa instituição desde a sua constituição, embora fosse particular,
sempre recebeu verbas das diferentes esferas públicas (municipais, estaduais e federais),
característica da prática assistencialista do período.
Para o segundo distrito, onde ficava localizado o Núcleo Colonial São Bento, coube o
espaço de internamento que após inúmeras idas e vindas, foi instalado na antiga Fazenda
São Bento como uma “vitória da sociedade caxiense” (É UMA GRANDE VITÓRIA DA
SOCIEDADE CAXIENSE. Jornal Folha de Caxias, 26 jun 1955). Nesse momento inicial do
17 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Observações sôbre o balancete, sem assinatura, PSB 112.1, caixa 003, [1961]. Diante a afirmação exposta no referido documento: “Pelo que se vê, se tudo correr normalmente, a obra percorrerá o ano de 61 bem equilibrada”.
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internamento, Dom Odilão teve uma ranhura com o prefeito que acabara de assumir,
Adolpho David que ocasionou uma grande dificuldade financeira para a ABM e
consequentemente, para o Patronato.
Através da identificação das diferentes configurações assistencialistas da ABM no
território, foi possível o entendimento das políticas públicas de educação, de proteção e de
assistencialismo destinadas aos “menores” atendidos.
Embora, a ABM continuasse subsidiando e administrando o Patronato São Bento, a
condução do trabalho cotidiano ficou na responsabilidade da igreja, com Dom Odilão. O
sacerdote era o administrador do Patronato.
O padre administrava o Patronato tanto como a escola regular em alguns momentos,
embora essa escola fosse subsidiada pelas esferas públicas. Na década de 1960, apesar da
Prefeitura Municipal, através do Prefeito Joaquim Tenório, ter enviado professoras
vinculadas ao município, a escola regular oferecida aos “menores internos” e às crianças do
entorno, era uma escola considerada particular.
Paralelamente, as reuniões da ABM continuavam a acontecer. Dom Odilão conduzia o
Patronato sob a concepção da pedagogia cristã que consistia numa pedagogia tradicional.
Essa concepção tinha como pilar a família e a igreja apoiada sobre a moral, o trabalho, e a
disciplina.
Identificamos essa atuação do sacerdote na condução do Patronato até 1969. Nesse
final da década de 1960, o sacerdote iniciou um debate com o bispo sobre os possíveis grupos
religiosos que poderiam assumir a direção do Patronato como também, fizeram as devidas
consultas. Diante das inúmeras negativas das diferentes congregações religiosas, Wilson
Macedo assumiu essa direção e em 1969 definitivamente, Dom Odilão se afastou da
instituição sob a alegação de que desejava um trabalho mais pastoral. Assim, a instituição
que teve no seu comando por dez anos um padre beneditino, passou a ser dirigida por um
vereador.
Diante de tudo o que já foi pontuado, o Patronato São Bento surgiu como um espaço de
atendimento da demanda urbano-social da cidade de Duque de Caxias no território do
segundo distrito com características rurais ainda, ou seja, retirou da cena da cidade, os
meninos que eram a evidência da desigualdade gerada pela sociedade capitalista, da má sorte
da infância pobre no Brasil. O projeto instituído na cidade não apresentou características de
uma preocupação rural com àqueles e àquelas “menores” que eram vítimas do que há de mais
cruel no sistema capitalista, a marca da desigualdade social. A intenção não foi o cuidado e a
proteção da criança enquanto ser humano, mas sim, dos interesses do capital e da tentativa
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de “limpeza” da cidade ao enviar para o segundo distrito o projeto que desde o começo foi o
espaço pensado para a solução do “problema do menor”.
Não podemos desvincular o compromisso educativo no qual esse veículo se propõe,
como afirma Faria Filho que o mesmo tem sua ação revestida “duma intencionalidade
claramente educativa, o jornal punha em circulação uma série de matérias e assuntos que, em
sua generalidade, não deixavam de compor uma representação sobre suas ideias de reforma
das condutas e dos costumes”. (FARIA FILHO, 2002, p. 135).
Conclusão
Diante do que foi pontuado, percebemos como a imprensa e a sua atuação na
“formação da opinião pública” foram decisivas para o estabelecimento do espaço de
internamento no município de Duque de Caxias. Associado a isso, identificamos o processo
de “limpeza” e de controle da cidade que crescia.
Além disso, as primeiras reuniões com autoridades específicas com uma incidência
para o aspecto judicial e o enfoque dado aos dados fornecidas pela polícia sobre a apreensão
desses “menores” que perambulavam pela cidade, marcaram a atuação da ABM e do
Patronato no território em consonância com o que havia sido instituído em nível nacional.
O fato de que o espaço escolhido para o internamento deveria abrigar um local para o
trabalho agrícola caracterizou um distrito afastado do centro-urbano, o segundo distrito da
cidade, onde existia uma antiga Fazenda que servia de Núcleo Colonial. Todas essas
características contribuíram para notarmos alguns aspectos do projeto ruralista imbricado no
projeto do Patronato São Bento.18
Fontes
CAXIAS, ESSA INCOMPREENDIDA. Jornal A Folha de Caxias, Duque de Caxias, ano I, n. 7, 2-3 out. 1953, p. 03. DESPREZANDO DIFICULDADES E DESLISES: POLÍTICOS, DUQUE DE CAXIAS MARCHA VERTIGINOSAMENTE PARA A SUA SUPREMACIA NA TERRA FLUMINENSE. Jornal A Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano I, n. 4, 12 set. 1953, p. 01.
18 CEPEMHEd, Acervo Patronato São Bento, Esclarecimentos sôbre a Obra, sem assinatura, PSB 126, caixa 003, [1964]. Atribuímos essa data ao documento porque consta no mesmo que em “65 haverá ainda a renda da entrega de jornais que tornará a Escola independente, podendo dispensar os meninos do Ministério da Justiça”.
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OBRA INADIÁVEL: AMPARAR A INFANCIA DESVALIDA. Jornal A Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 53, 21 nov. 1954, p. 01. JUIZ DE MENORES. Jornal A Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 55, 12 dez. 1954, p. 01. MENORES NO CINEMA. Jornal Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 56, 1 mai. 1955, p. 03. CARTA DOS LEITORES-O PROBLEMA DO MENOR. Jornal Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 64, 26 jun. 1955, p. 02. O PREFEITO PODERIA ATÉ FECHAR OS HOTÉIS. Jornal Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 57, 8 mai. 1955, p. 01. DEPUTADOS EXPLORANDO O LENOCÍNIO EM CAXIAS. Jornal Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 66, 10 jul. 1955, p. 01. AS AUTORIDADES E O LENOCÍNIO. Jornal Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano 11 set. 1955, p. 01. MOVIMENTO PELA PERMANÊNCIA DO DR ARI FONTENELLE. Jornal A Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 56, 12 jun. 1955, p. 01. O JUIZ ACUSA O EX-DELEGADO. Jornal A Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 64, 26 jun. 1955, p. 01. EXALTADA A “FOLHA DE CAXIAS” NA CÂMARA MUNICIPAL. Jornal A Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 59, 22 mai. 1955, p. 01. PLINIO SALGADO EM CAXIAS. Jornal A Folha de Caxias. Jornal Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano II, n. 68, 24 jul. 1955, p. 01. FATOS PRINCIPAIS OCORRIDOS EM CAXIAS NO ANO DE 1956. Jornal Folha da Cidade. Duque de Caxias, ano IV, nº 27, 30-31 dez. 1956, p. 05. INAUGURA-SE HOJE A SEDE DA A.B..M. Jornal Folha da Cidade. Duque de Caxias, ano IV, n. 22, 25-26 nov. 1956, p. 05. INAUGURADA A SEDE PROVISÓRIA DA A.B.M. Jornal Folha da Cidade. Duque de Caxias, ano IV, n. 23, 2-3 dez. 1956, p. 01. BALANCETE DA ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE MENORES. Jornal Folha da Cidade. Duque de Caxias, ano IV, n. 11, 26-27 ago. 1956, p. 10. ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE MENORES - BALANCETE. Jornal Folha da Cidade. Duque de Caxias, ano IV, n. 20, 11-12 nov. 1956, p. 05. BALANCETE DA ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE MENORES. Jornal Folha da Cidade. Duque de Caxias, ano IV, n. 22, 25-26 nov. 1956, p. 06. BALANCETE DA ABM. Jornal Folha da Cidade. Duque de Caxias, ano IV, n. 5, 29-30 jul. 1956, p. 04. FATOS PRINCIPAIS OCORRIDOS EM CAXIAS NO ANO DE 1956. Jornal Folha da Cidade. ano IV, nº 27, 30-31 dez. 1956, p. 05. CAXIAS SOFRE POR CAUSA DE MEIA DÚZIA – “TIO ALBINO” ELOGIA CAMPANHA DA “FOLHA DE CAXIAS”. Jornal Folha da Cidade. Duque de Caxias, ano IV, n. 13, 16-17 set. 1956, p. 01.
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NOVOS PREÇOS NOS CINEMAS. Jornal Folha de Caxias. Duque de Caxias, ano IV, n. 94, 22 jan. 1956, p. 01. É UMA GRANDE VITÓRIA DA SOCIEDADE CAXIENSE. Jornal Folha de Caxias, Duque de Caxias, ano II, n. 64, 26 jun 1955, p. 05.
Referências
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