MUNDO CONTEMPORÂNEO
COMUNICAÇÃO
AS GERAÇÕES JUVENIS
Geração TV (anos 70-90): Receptores de conteúdos dos meios de
comunicação.
Geração-net (anos 90-2010): “Ávidos por expressão, descoberta e
autodesenvolvimento.”
O mundo digital faz parte da cultura infanto-juvenil. (Geração Z)
Hoje o jovem está exposto a uma ampla gama de interesses pessoais,
orientações sexuais e preferências políticas graças a uma diversidade não
censurada que se reflete intensamente também no campo digital.”(SAYAD, 2011, p. 54)
“
AS GERAÇÕES JUVENIS
ESCOLA E NTICs
→ Educação formal se mantém “hierárquica, inflexível e centralizadora”,
destoando do perfil atual de infância e de juventude.
→ NTICs e Web 2.0: possibilitam ao jovem adquirir e compartilhar informação
e conhecimento, além da experimentação de novas linguagens (hibridismo).
→ Escola: crise de legitimidade e resistência às NTICs.
A escola não acompanhou as transformações do mundo.
Não se trata de incorporar acriticamente a tecnologia no tecido social,
educativo e comunicativo. O que estamos requerendo (...) é uma série de estratégias
que permitam a nossas sociedades aproveitar o potencial da tecnologia para nossos
próprios fins (...)”(OROZCO-GOMEZ, 2011, p. 160).
“
EDUCOMUNICAÇÃO
conjunto de ações voltadas ao planejamento e implementação
de práticas destinadas a criar e desenvolver ecossistemas comunicativos
abertos e criativos e, espaços educativos, garantindo, desta forma,
crescentes possibilidades de expressão a todos os membros das comunidades
educativas.” (SOARES, 2011, p. 36)
“
Um novo paradigma aplicado às áreas de comunicação e educação, que
tem por objetivo transformar espaços de formação e difusão de
informação - como são as redes sociais –, tornando-os mais
democráticos, solidários e dialógicos. Trata-se do
NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO
.
Modelo de comunicação
dos meios de massa
Modelo de comunicação
em rede
NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO
A internet abre caminho para uma comunicação em outra perspectiva e de
modo mais amplo que o mainstream.
O barateamento das tecnologias facilitou o caminho, junto com a internet,
para que nos tornássemos produtores de comunicação, e não só receptores. O
que era uma via de mão única transformou-se num desenho mais complexo. A
essa teia viva e tridimensional dá-se o nome rede. Uma sociedade em rede
acaba por democratizar e pulverizar o acesso à informação e à sua produção –
por consequência, há uma reestruturação de poder como no caso do presidente
da empresa que fica mais próximo de todos os funcionários.”(SAYAD, 2012, p. 43)
“
NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO
Algumas características e questões dos processos de comunicação na
Web 2.0:
Complexidade da autoria (copyright e creative commons);
Não linearidade;
Hipermídia: a reunião de várias mídias num mesmo ambiente;
Transmídia: uma mídia se complementa na outra;
Linguagem híbrida (memes);
Viralização;
Excesso de informação;
Interatividade e participação.
GOVERNO ABERTO
Governo Aberto é um conjunto de iniciativas articuladas de
transparência, participação, inovação e integridade nas políticas
públicas. A cidade de São Paulo implementa esta agenda ao
desenvolver estratégias para:
Ampliar os processos de participação na tomada de decisões;
Garantir a transparência, por meio do acesso às informações públicas;
Desenvolver processos que estimulem a integridade e responsabilização do
poder público e seus agentes;
Fomentar a criação e uso de ferramentas de inovação tecnológica e social.
INFORMAÇÃO
É falso pensar que basta informar sempre mais para comunicar,
pois a onipresença da informação torna a comunicação ainda mais difícil. Além
disso, a revolução da informação produz a incerteza na comunicação. O resultado é
imprevisível (...)
“A informação é a mensagem. A comunicação é a relação, que é muito mais
complexa.”(WOLTON, 2011, p. 12).
“
INFORMAÇÃO
Há um paradoxo? Sim. É a vitória da informação que revela
essa dificuldade crescente da comunicação. Durante séculos, essas duas palavras
foram quase equivalentes. Eram, em todo caso, companheiras na luta pela liberdade
de expressão, pela emancipação política e pelos direitos do homem. Hoje, é antes
de tudo a informação que se impõe, enfatizando a ideia de uma comunicação
„automática‟ (...)
“A informação tornou-se abundante; a comunicação, uma raridade. Produzir
informações e a elas ter acesso não significa mais comunicar.”(WOLTON, 2011, p. 15-16).
“
COMUNICAÇÃO
Comunicação é educação, é diálogo, na medida em que não é
transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a
significação do significado.”(FREIRE, 2011, p. 64).
“
COMUNICAÇÃO
Este é ponto: a comunicação transformou-se em dimensão
estratégica para o entendimento da produção, circulação e recepção dos bens
simbólicos, dos conjuntos representativos, dos impactos materiais (...).
“Tal conjunto de sistemas e processos está provocando profundas transformações
sociais, de algum modo promovendo impactos diretamente na vida de homens e
mulheres do nosso tempo, que velando, quer revelando ou desvelando informações
e conhecimentos.”(CITELLI, 2011, p. 62).
“
CONHECIMENTO
PROPOSTA DE REFLEXÃO
Levando-se em conta as novas formas de comunicação e possibilidades
de interação que as práticas de comunicação possibilitam, construa em
grupo uma proposta de intervenção educomunicativa que vise a
aproximação entre poder público e sociedade, a fim de fortalecer
comunidades ou transformar realidades em situação de vulnerabilidade.
Discuta e defina em grupo:
(1) Que atividade será desenvolvida;
(2) De que forma será desenvolvida, a fim de promover a participação,
o diálogo e o respeito entre todos os envolvidos;
(3) Que tipo de problema esta intervenção quer resolver;
(4) O que se pretende conquistar com esta intervenção;
(5) Como dar visibilidade a esta iniciativa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ABRAMO, Helena Wendel. Considerações sobre a tematização social da juventude. In Revista
Brasileira de Educação. Nos. 5 e 5. 1997. pp. 25-36.
CITELLI, Adilson. Comunicação e educação: implicações contemporâneas In: CITELLI, Adilson;
COSTA, Maria Cristina. Educomunicação: construindo uma nova área do conhecimento.
São Paulo: Paulinas, 2011, pp. 59-76.
FERREIRA, Bruno. Educomunicação e discursos: a fala do adulto noticiada pelo jovem.
Monografia de especialização. São Paulo: ECA/USP, 2014.
OROZCO-GOMEZ, Guillermo. Comunicação, educação e novas tecnologias: a tríade do século
XXI In: CITELLI, Adilson; COSTA, Maria Cristina. Educomunicação: construindo uma nova
área do conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011, pp. 159-174.
SAYAD, Alexandre Le Voci. Idade Mídia: a comunicação reinventada na escola. São Paulo:
Aleph, 2011.
SOARES, Ismar de Oliveira. Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação.
Contribuições para a reforma do ensino médio. São Paulo: Paulinas, 2011.
WOLTON, Dominique. Informar não é comunicar. Porto Alegre: Sulinas, 2011.