PLANO DE CONTROLE DE
POLUIÇÃO VEICULAR
ATUALIZADO – PCPV
ESTADO DO PARANÁ
Atualizado/2012
2
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ
Carlos Alberto Richa
SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS
HÍDRICOS – SEMA
Jonel Iurk
INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ
Luiz Tarcísio Mossato Pinto
3
DIRETORIA DE ESTUDOS E PADRÕES AMBIENTAIS – DEPAM
Alberto Baccarim
DIRETORIA DE CONTROLE E RECURSOS AMBIENTAIS – DIRAM
Paulo Eduardo O. de Barros
EQUIPE TÉCNICA 2010
Aimara Tavares Puglielli
Dirlene Cavalcanti e Silva
Luciana Sicupira Arzua
EQUIPE TÉCNICA 2011
Aimara Tavares Puglielli
Ana Cecília Bastos Aresta Nowacki
André Luciano Malheiros
Dirlene Cavalcanti e Silva
Luciana Sicupira Arzua
Nelson Luis Dias
4
EQUIPE TÉCNICA atualização
Alberto Baccarim
Ana Cecília Bastos Aresta Nowacki
Dirlene Cavalcanti e Silva
Luciana Sicupira Arzua
5
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 11
2 OBJETIVO ............................................................................................................................................... 13
2.1 Objetivo Principal .................................................................................................................................. 13
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................................................. 13
3 CONSIDERAÇÕES .................................................................................................................................... 14
3.1 Programa Nacional De Controle De Qualidade Do Ar ............................................................................. 14
3.2 Padrões De Qualidade Do Ar ................................................................................................................. 14
3.3 Efeitos da Poluição Atmosférica............................................................................................................. 17
3.3.1 Material Particulado (MP).............................................................................................................. 18
3.3.2 Dióxido de Enxofre (SO2) ................................................................................................................ 18
3.3.3 Dióxido de nitrogênio (NO2) ........................................................................................................... 19
3.3.4 Monóxido de Carbono (CO)............................................................................................................ 19
3.3.5 Ozônio (O3) .................................................................................................................................... 19
3.4 Programa de Controle do Ar por Veículos Automotores......................................................................... 20
3.5 Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar do IAP.............................................................................. 20
3.5.1 Situação da Qualidade do Ar na RMC ............................................................................................. 23
3.5.2 Aspectos que contribuem para a Qualidade do Ar na RMC............................................................. 33
3.6 ASPECTOS CLIMÁTICOS E METEOROLÓGICOS........................................................................................ 40
3.7 POLUIÇÃO SONORA............................................................................................................................... 40
4 METODOLOGIA DE CÁLCULO DAS EMISSÕES DE POLUENTES POR VEÍCULOS AUTOMOTORES ................... 42
4.1 Como estimar emissões veiculares?....................................................................................................... 42
4.2 Categorias de veículos ........................................................................................................................... 42
4.3 Poluentes considerados......................................................................................................................... 43
4.4 Fatores de emissão veicular................................................................................................................... 44
5 LEVANTAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE DADOS DE FROTA VEICULAR ......................................................... 50
5.1 Macrorregião 1: Litoral .......................................................................................................................... 55
5.2 Macrorregião 2: Região Metropolitana de Curitiba ................................................................................ 57
5.3 Macrorregião 3: Região de Ponta Grossa ............................................................................................... 59
5.4 Macrorregião 4: Macrorregião de Londrina ........................................................................................... 62
5.5 Macrorregião 5: Macrorregião de Maringá ............................................................................................ 65
6
5.6 Macrorregião 6: Macrorregião de Cascavel............................................................................................ 68
6 EMISSÕES VEICULARES – INVENTÁRIO DE FONTES MÓVEIS...................................................................... 71
7 PROGRAMA DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS EM USO – I/M................................................. 79
7.1 Introdução ............................................................................................................................................ 79
7.2 Fundamentação para Criação do Programa I/M no Estado do Paraná.................................................... 80
7.3 Extensão Geográfica e Regiões a Serem Priorizadas............................................................................... 84
7.4 Definição da Frota-Alvo ......................................................................................................................... 84
7.5 Cronograma de Implantação ................................................................................................................. 86
7.6 Periodicidade da Inspeção..................................................................................................................... 87
7.7 Vinculação com Sistema Estadual de Registro e Licenciamento de Trânsito de Veículos......................... 87
7.8 Integração com Programas de Inspeção e Segurança............................................................................. 88
7.9 Postos/Centros de Inspeção Veicular, Localização e Procedimentos de Inspeção................................... 89
7.10 Análise Econômica................................................................................................................................. 90
7.11 Ações Complementares......................................................................................................................... 90
8 CONCLUSÃO ........................................................................................................................................... 92
7
FIGURAS
Figura 1 - Rede de Monitoramento da RMC 21
Figura 2 - Esquema da RIT 34
Figura 3 - Sistema Trinário de Vias 34
Figura 4 - Corredores de transporte coletivo 35
Figura 5 - Estrutura Viária Básica 35
Figura 6 - Modelo Esquemático do Terminal de Integração 36
Figura 7 - Composição da Frota da RMC, 2010 36
Figura 8 - Evolução da RIT 39
Figura 9 - Evolução da frota veicular do Estado do Paraná 51
Figura 10 - Macrorregiões do Paraná para o Inventário de emissões de fontes móveis 55
Figura 11 - Percentagem de veículos por macrorregião 71
Figura 12 - Percentagens de contribuição nas emissões de CO por tipo de veículo 74
Figura 13 - Percentagens de contribuição nas emissões de NOx por tipo de veículo 74
Figura 14 - Percentagens de contribuição nas emissões de NMHC por tipo de veículo 75
Figura 15 - Percentagens de contribuição nas emissões de CH4 por tipo de veículo 75
Figura 16 - Percentagens de contribuição nas emissões de MP por tipo de veículo 76
Figura 17 - Percentagens de contribuição nas emissões de CO2 por tipo de veículo 76
Figura 18 - Contribuição, em %, por macrorregião nas emissões de cada poluente 77
Figura 19 - Contribuição nas emissões totais (somados todos os poluentes) por macrorregião 78
Figura 20 - Emissão total de gases tóxicos (CO, NOx, RCHO, NMHC, CH4 e MP) por macrorregião (em toneladas
de poluentes). 81
Figura 21 - Frota separada por grupos de veículos (em unidades). 82
Figura 22 - Taxa de crescimento da frota no Estado do Paraná de 2000 a 2010.82
Figura 23 - Faixas de idade da frota no Estado do Paraná. 83
8
TABELAS
Tabela 1 - Padrões Primários e Secundários de Qualidade do Ar 15
Tabela 2 - Critérios para Episódios Agudos de Poluição do Ar 16
Tabela 3 - Classificação da Qualidade do Ar Através do Índice de Qualidade do Ar 17
Tabela 4 - Estações de monitoramento de qualidade do ar na RMC no ano de 2009 22
Tabela 5 - Resultados do monitoramento de PTS 24
Tabela 6 - Resultados do monitoramento de Fumaça 25
Tabela 7 - Resultados do monitoramento de Partículas Inaláveis 26
Tabela 8 - Resultados do monitoramento de SO2 em Curitiba 27
Tabela 9 - Resultados do monitoramento de SO2 em Araucária 28
Tabela 10 - Resultados do monitoramento de CO 29
Tabela 11 - Resultados do monitoramento de O3 em Curitiba 30
Tabela 12 - Resultados do monitoramento de NO2 31
Tabela 13 - Quantidade de violações por Estação e parâmetro registrado em 2009 32
Tabela 14 - Registros de violações aos Padrões Diários, por Mês, Estação Parâmetro em 2009 32
Tabela 15 - Limites de ruído conforme Resolução CONAMA 272/2000 41
Tabela 16 - Limite máximo de emissão de ruído para veículos novos de duas rodas e assemelhados, segundo a
NBR 8433 – veiculo em aceleração 41
Tabela 17 - Categorias de veículos consideradas pelo INEA 43
Tabela 18 - Poluentes considerados pelo INEA 44
Tabela 19 - Fatores de emissão de escapamento de veículos zero km para CO, NOx, RCHO, NMHC, CH4 e MP
para automóveis e veículos comerciais leves movidos a gasolina e a etanol, em g km-1 45
Tabela 20 - Incremento médio de emissões por acúmulo de rodagem, em g km-1 por 80000 km 46
Tabela 21 - Fatores de emissão de CO, NOx, RCHO, NMHC e CH4 para veículos movidos a GNV 46
Tabela 22 - Fatores de emissão de CO, NOx, NMHC, CH4 e MP para motocicletas, em g km-1 46
Tabela 23 - Fatores de emissão de CO, NOx, NMHC e MP para motores Diesel, em g km-1 47
Tabela 24 - Fatores de emissão de CO2 por tipo de combustível 47
Tabela 25 - Fatores de emissão de escapamento zero km de CO, NOx, RCHO, NMHC, CH4, MP e CO2 para
automóveis e veículos comerciais leves bicombustível ou Flex, em g km-1 48
Tabela 26 - Incremento médio de emissões por acúmulo de rodagem para veículos bicombustível ou Flex, em
g km-1 por 80000 km 48
9
Tabela 27 - Compatibilização entre as categorias de veículos utilizadas pelo INEA e as categorias utilizadas
pelo DETRAN 50
Tabela 28 - Evolução da frota veicular do Estado do Paraná 51
Tabela 29 - Composição da frota do Estado do Paraná por idade 52
Tabela 30 - Distribuição de veículos por tipo de combustível 52
Tabela 31 - Quantidade de veículos por tipo de combustível53
Tabela 32 - Estimativas de % de automóveis e veículos comerciais leves de acordo com o ano de fabricação
53
Tabela 33 - Estimativas de % de motocicletas por ano de fabricação 54
Tabela 34 - Estimativas de % de veículos movidos a diesel por ano de fabricação 54
Tabela 35 - Quilometragem média anual rodada por tipo de veículo54
Tabela 36 - Composição da frota veicular – Macrorregião Litoral 55
Tabela 37 - Estimativa de composição de frota de automóveis e veículos comerciais leves movidos a gasolina,
álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorregião Litoral 56
Tabela 38 - Estimativa de composição de frota de motocicletas movidas à gasolina – Macrorregião Litoral
56
Tabela 39 - Estimativa de composição de frota de veículos movidos à diesel – Macrorregião Litoral 56
Tabela 40 - Composição da frota veicular – Região Metropolitana de Curitiba 57
Tabela 41 - Estimativa de composição de frota de automóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina,
álcool e Flex (bicombustíveis) – Região Metropolitana de Curitiba 58
Tabela 42 - Estimativa de composição de frota de motocicletas movidas à gasolina – Região Metropolitana de
Curitiba 58
Tabela 43 - Estimativa de composição de frota de veículos movidos à diesel – Região Metropolitana de
Curitiba 58
Tabela 44 - Composição da frota veicular – Macrorregião de Ponta Grossa 59
Tabela 45 - Estimativa de composição de frota de automóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina,
álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorregião de Ponta Grossa 61
Tabela 46 - Estimativa de composição de frota de motocicletas movidas à gasolina – Macrorregião de Ponta
Grossa 61
Tabela 47 - Estimativa de composição de frota de veículos movidos à diesel – Macrorregião de Ponta Grossa
61
Tabela 48 - Composição da frota veicular – Macrorregião de Londrina 62
Tabela 49 - Estimativa de composição de frota de automóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina,
álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorregião de Londrina 64
Tabela 50 - Estimativa de composição de frota de motocicletas movidas à gasolina – Macrorregião de
Londrina 64
10
Tabela 51 - Estimativa de composição de frota de veículos movidos à diesel – Macrorregião de Londrina
64
Tabela 52 - Composição da frota veicular – Macrorregião de Maringá 65
Tabela 53 - Estimativa de composição de frota de automóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina,
álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorregião de Maringá 67
Tabela 54 - Estimativa de composição de frota de motocicletas movidas à gasolina – Macrorregião de
Maringá 67
Tabela 55 - Estimativa de composição de frota de veículos movidos à diesel – Macrorregião de Maringá
67
Tabela 56 - Composição da frota veicular – Macrorregião de Cascavel 68
Tabela 57 - Estimativa de composição de frota de automóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina,
álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorregião de Cascavel 70
Tabela 58 - Estimativa de composição de frota de motocicletas movidas à gasolina – Macrorregião de
Cascavel 70
Tabela 59 - Estimativa de composição de frota de veículos movidos à diesel – Macrorregião de Cascavel
70
Tabela 60 - Resumo da quantidade de veículos por macrorregião 71
Tabela 61 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião Litoral 72
Tabela 62 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Região Metropolitana de Curitiba
72
Tabela 63 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião de Ponta Grossa 72
Tabela 64 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião de Londrina 72
Tabela 65 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião de Maringá 72
Tabela 66 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião de Cascavel 73
Tabela 67 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Estado do Paraná 73
Tabela 68 - Quantidades de poluentes emitidos (em 1000 toneladas) por macrorregião 77
Tabela 69 - Cronograma de implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso – I/M
no Estado do Paraná 87
11
1 INTRODUÇÃO
As fontes móveis ou veículos automotores contribuem significativamente para o
comprometimento da qualidade do ar. O Brasil possui uma extensa lista de legislações, resoluções e
instruções normativas relacionadas à qualidade do ar que vem sendo estudadas, desenvolvidas e
atualizadas desde os anos 80. Dentre as criações destas legislações estão:
• PRONAR – Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar;
• PROCONVE – Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores e
• PROMOT – Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares.
O primeiro a ser estabelecido foi o PROCONVE, criado pela Resolução Nº 18/86 do CONAMA –
Conselho Nacional do Meio Ambiente. O PROCONVE foi desenvolvido pela CETESB – Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo – durante os anos 80; posteriormente foi complementado por outras
Resoluções CONAMA e instruções normativas e consolidado pela Lei Federal Nº 8.723, de 29 de
outubro de 1993. Com base em legislações de países europeus, foram estabelecidos limites máximos
de emissão em ensaios padronizados e com combustíveis de referência para diferentes tipos de
veículos automotores. Também foram impostas as necessidades de certificação de protótipos e veículos
em produção, de autorização especial do órgão ambiental federal para uso de combustíveis alternativos,
de recolhimento e reparo dos veículos ou motores encontrados em desconformidade com a produção ou
projeto e de proibição de comercialização de modelos de veículos não homologados junto aos órgãos
responsáveis.
O PRONAR foi criado pela Resolução CONAMA Nº 5, de 15 de julho de 1989, com o intuito de
“permitir o desenvolvimento econômico e social do país de forma ambientalmente segura, pela limitação
dos níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica, com vistas à melhora da
qualidade do ar, ao atendimento dos padrões estabelecidos e o não comprometimento da qualidade do
ar nas áreas consideradas não degradadas”. São estabelecidos limites para emissões por tipo de fonte e
de poluente, padrões de qualidade do ar, classificação de áreas conforme o nível de qualidade do ar,
além da implantação de uma Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar e a criação de
Inventários de Fontes e de Emissões. Como forma de instrumentalizar as medidas, o PRONAR
incorporou programas que já estavam em funcionamento em 1989, tais como:
• PRONACOP: Programa Nacional de Controle da Poluição Industrial;
• PROCONVE;
• Programa Nacional de Avaliação da Qualidade do Ar;
• Programa Nacional de Inventário de Fontes Poluidoras do Ar;
• Programas Estaduais de Controle da Poluição do Ar.
12
O PROMOT – Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares –
também elaborado pela CETESB foi estabelecido nacionalmente pela Resolução CONAMA Nº 297, de
26 de fevereiro 2002, e complementado pela Resolução CONAMA Nº 342, de 25 de setembro de 2003;
esta, assim como o PROCONVE, seguiu padrões estabelecidos em países europeus.
Tanto o PROCONVE quanto o PROMOT estabeleceram fases de implantação, considerando os
tipos de veículos e combustíveis utilizados, sendo que em cada uma delas os veículos novos deveriam
sempre ter uma produção menor de poluentes. A implantação em fases teve como objetivo o
desenvolvimento tecnológico dos veículos automotores e conseqüentemente, a redução das emissões
de poluentes para a atmosfera. Um histórico mais detalhado pode ser obtido no Anexo A do Primeiro
Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, publicado em
Janeiro de 2011 pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente – e nos Relatórios de Qualidade do Ar do
Estado de São Paulo elaborados pela CETESB – o último disponível e utilizado como referência neste
Inventário é o de 2009 (CESTESB, 2010). Neste contexto, os inventários de fontes de emissão de
poluentes atmosféricos, além de serem necessários para o cumprimento de leis, constituem um dos
instrumentos básicos da gestão ambiental para proteção da saúde e bem estar da população e melhoria
da qualidade de vida, tendo como objetivo permitir o desenvolvimento econômico e social de forma
ambientalmente segura.
A Resolução CONAMA N°418, de 25 de novembro de 2009, vem ao encontro deste fato, ao
dispor sobre critérios para a elaboração do PCPV – Plano de Controle de Poluição Veicular –
considerando que a Inspeção Veicular Ambiental, pode ser um instrumento eficaz para a redução de
gases, partículas poluentes e ruídos gerados pela frota automotiva circulante. Esta Resolução tem por
objetivo desenvolver estratégias para a redução da poluição veicular, especialmente em áreas urbanas
com problemas de poluição atmosférica e sonora. O PCPV tem em vista a evolução da tecnologia
veicular e o desenvolvimento de novos procedimentos de inspeção, visando o aperfeiçoamento contínuo
das políticas públicas de controle da poluição atmosférica. Nesta linha, o programa é um importante
instrumento do PRONAR e do PROCONVE.
Para o Estado do Paraná, o Inventário de Emissões Veiculares ou de Fontes Móveis, foi
realizado em três etapas. A primeira delas refere-se à definição de metodologia para o cálculo das
emissões veiculares; a segunda parte refere-se ao levantamento e organização dos dados de frota
veicular (incluindo simplificações e considerações necessárias para aplicação da metodologia utilizada);
a terceira e última refere-se à quantificação dos poluentes emitidos pela frota de veículos do Estado do
Paraná. Todas as partes são apresentadas, com detalhes, nas próximas seções.
13
2 OBJETIVO
2.1 Objetivo Principal
O Plano de Controle de Poluição Veicular do Estado do Paraná tem por objetivo principal atender
ao disposto no artigo 5° da resolução N° 418, de 25 de novembro de 2009.
“Art. 5° Os órgãos ambientais dos estados e do Distrito Federal
deverão, no prazo de 12 (doze) meses, elaborar, aprovar, publicar o
PCPV e dar ciência do mesmo aos respectivos conselhos estaduais
do meio ambiente, a partir da data de publicação desta Resolução."
2.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos do PCPV do Estado do Paraná vão ao encontro dos objetivos do
PROCONVE, dispostos na resolução N° 18 do CONAMA, de 15 de junho de 1989, que estão
especificados no item 3.2 deste relatório. Dentre estes, o PCPV busca:
• A redução dos níveis de emissão de poluentes por veículos automotores visando o
atendimento aos Padrões de Qualidade do Ar, especialmente nos centros urbanos;
• Promover o desenvolvimento tecnológico nacional, tanto na engenharia automobilística, como
também em métodos e equipamentos para ensaios e medição físicos e químicos, métodos de
medição da poluição atmosférica e das condições metereológicas que podem agravar a esta
substancialmente, técnicas estatísticas de avaliação das condições de poluição;
• Criar o programa de Inspeção Veicular e manutenção para veículos automotores em uso, com o
intuito de este programa estar implantado em um prazo de 3 anos;
• Promover a conscientização da população com relação à questão da poluição do ar por veículos
automotores;
• Promover alternativas de uso de veículos particulares, tanto de natureza colaborativa e
voluntária, como de natureza comercial;
• Promover a melhoria das características técnicas dos combustíveis líquidos, postos à disposição
da frota nacional de veículos automotores, visando à redução de emissões de poluentes
atmosféricos.
14
3 CONSIDERAÇÕES
3.1 Programa Nacional De Controle De Qualidade Do A r
O PRONAR – Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – foi instituído pela resolução
CONAMA Nº 5, de 15 de junho de 1989, como um dos instrumentos básicos da gestão ambiental para
proteção da saúde, do bem estar da população e melhoria da qualidade de vida. Este tem por objetivo,
permitir o desenvolvimento econômico e social do país de forma ambientalmente segura, pela limitação
dos níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica com vistas:
a) a melhoria na qualidade do ar;
b) ao atendimento aos padrões estabelecidos;
c) ao não comprometimento da qualidade do ar em áreas consideradas não degradadas.
A estratégia básica do programa é limitar, a nível nacional, as emissões por tipologia de fontes
e poluentes prioritários, reservando o uso dos padrões de qualidade do ar como ação complementar
de controle.
O PRONAR entende por limite máximo de emissão a quantidade de poluentes permissível de ser
lançada por fontes poluidoras na atmosfera. Estes limites foram diferenciados em função da
classificação de usos pretendidos para as diversas áreas.
3.2 Padrões de Qualidade do Ar
Os poluentes atmosféricos são classificados em primários e secundários. Os poluentes primários
são aqueles lançados diretamente ao ar, como o monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e o dióxido
de enxofre. Os secundários formam-se na atmosfera por meio de reações que ocorrem devido à
presença de substâncias químicas e condições físicas, como o ozônio urbano e o trióxido de enxofre.
A resolução CONAMA N° 3, de 28 de junho de 1990, resolve que são padrões de qualidade do ar
as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e
o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio-
ambiente em geral. A SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do
Estado do Paraná – confirmou estes padrões através da Resolução SEMA N° 041/02, atualmente
revisada e substituída pela Resolução SEMA Nº 054/06. Portanto, os padrões paranaenses e
nacionais estão em convergência. Ficaram assim estabelecidos, para todo território do Estado, padrões
primários e secundários de qualidade do ar para os sete parâmetros a seguir:
• Partículas Totais em Suspensão – PTS;
• Fumaça;
• Partículas Inaláveis – PI (outra nomenclatura o chama PM10 ou MP10);
15
• Dióxido de Enxofre – SO2;
• Monóxido de Carbono – CO;
• Ozônio – O3;
• Dióxido de Nitrogênio – NO2.
Os padrões primários definem as concentrações máximas de um componente atmosférico, ou
seja, são os níveis toleráveis, que ao serem ultrapassados, podem afetar a saúde da população. Por não
contemplar toda a natureza, não pode ser considerado como sendo uma proteção ampla, e sim o
mínimo para a proteção à saúde da população, da fauna e da flora, constituindo-se assim como uma
meta de curto e médio prazo.
Os padrões secundários foram criados com base no conhecimento científico atual, para
proporcionar uma maior proteção, definido legalmente às concentrações abaixo das quais se prevê o
mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna e flora, aos
materiais e ao meio ambiente. Pode ser entendido como o nível máximo desejado de concentração de
poluentes, constituindo-se desta maneira como uma meta de longo prazo. A Tabela 1 ilustra os padrões
primários e secundários de Qualidade do Ar, regulamentados pela Resolução SEMA N° 054/06 e os
respectivos tempos de amostragem. Para todos os poluentes há um padrão de curto prazo (horas) e
outro que se aplica para longo prazo, exceto para Ozônio. Os padrões de curto tempo consideram os
efeitos irritantes e agudos dos poluentes, enquanto aqueles de longo tempo consideram os efeitos
acumuladores e crônicos. Os efeitos de curto prazo geralmente são reversíveis, enquanto os de longo
prazo não o são.
Tabela 1 - Padrões Primários e Secundários de Quali dade do Ar
PoluenteTempo de
AmostragemPadrão Primário
(µg/m³) ¹
Padrão Secundário (µg/m³) ¹
24 horas 240³ 150³
1 ano² 80 6024 horas 150³ 100³
1 ano² 60 4024 horas 150³ 150³
1 ano² 50 5024 horas 365³ 100³
1 ano² 80 401 hora 40.000³ 40.000³
8 horas 10.000³ 10.000³
1 hora 320 1901 ano² 100 100
Partícula Totais em Suspensão PTS
Dióxido de Enxofre SO2
Monóxido de Carbono CO
Ozônio O3
Dióxido de Nitrogênio NO2
Partícula Inaláveis PI
160³ 160³
Fumaça
1 hora
Notas: Resoluções CONAMA N ° 03/90 e SEMA N° 054/06 1) Ficam definidas como condições de referência à temperatura de 25°C e a pressão de 101,32 kPa.
2) Média geométrica para PTS; para as outras substâncias as médias são aritméticas.
3) Não deve ser excedida mais de uma vez por ano.
16
Para episódios agudos de poluição do ar são estabelecidos os níveis de Atenção, Alerta e
Emergência conforme a Tabela 2.
Tabela 2 - Critérios para Episódios Agudos de Polui ção do Ar
PoluenteTempo de
AmostragemNível de
Atenção (µg/m³)Nível de
Alerta (µg/m³)Nível de
Emergência (µg/m³)
Partícula Totais em Suspensão (PTS) 24 horas 375 625 875Fumaça 24 horas 250 420 500
Partícula Inaláveis (PI) 24 horas 250 420 500Dióxido de Enxofre (SO2) 24 horas 800 1.600 2.100
Monóxido de Carbono (CO) 8 horas 17.000¹ 34.000² 46.000³Ozônio (O3) 1 hora 400 800 1.000
Dióxido de Nitrogênio (NO2) 1 hora 1.130 2.260 3.000
Notas: Conforme Resoluções CONAMA nº 03/90 e SEMA nº 054/06 1) corresponde a uma concentração volumétrica de 15 ppm 2) corresponde a uma concentração volumétrica de 30 ppm 3) corresponde a uma concentração volumétrica de 40 ppm
O padrão – primário ou secundário – que deve ser aplicado depende da Classe da área do
local. A Resolução CONAMA N° 05/89 estabeleceu as Classes I, II e III, sendo que cabe ao Estado a
definição das áreas. No Estado do Paraná, conforme consta no artigo 31 da Lei N° 13.806, áreas de
Classe I são áreas de preservação, lazer e turismo, onde se devem manter as concentrações a um nível
mais próximo possível do verificado sem a intervenção antropogênica. Nas áreas de Classe II é
aplicado o padrão secundário e nas áreas da Classe III o padrão menos rígido, o primário.
Para facilitar a divulgação da informação sobre a qualidade do ar e ao mesmo tempo padronizar
todas as substâncias em uma única escala, tem-se o Índice de Qualidade do Ar. Para cada
concentração gravimétrica (µg/m³) a função atribui um valor índice, que é um número adimensional. Por
definição, ao nível do padrão primário é atribuído um índice de 100, o nível de Atenção equivale a um
índice de 200, o nível de Alerta a um índice de 300 e o nível de Emergência a um índice de 400. Por
exemplo: se analisarmos uma média horária de Ozônio de 160 µg/m³, isto seria exatamente o padrão
primário e, portanto corresponde a um índice de 100. Caso o resultado seja a metade, apenas 80 µg/m³,
o correspondente índice seria 50.
O Índice de Qualidade do Ar também é utilizado na classificação da Qualidade do Ar, separando
esta em seis categorias, de BOA até CRÍTICA, como ilustra a Tabela 3.
17
Tabela 3 - Classificação da Qualidade do Ar Através do Índice de Qualidade do Ar
Índice de Qualidade do
ArClassificação
PTS 24 h (µg/m³)
Fumaça 24 h (µg/m³)
PI 24 h (µg/m³)
SO2 24 h (µg/m³)
O3 24 h (µg/m³)
CO 24 h (µg/m³)
NO2 24 h (µg/m³)
0 - 50 Boa 0 - 80 0 - 60 0 - 50 0 - 80 0 - 80 0 - 4,5 0 - 100>50 - 100 Regular >80 - 240 >60 -150 >50 - 150 >80 - 365 >80 - 160 >4,5 - 9,0 >100 - 320
>100 - 200 Inadequada >240 - 375 >150 - 250 >365 - 800 >365 - 800 >160 - 400 >9,0 - 15 >320 - 1.130>200 - 300 Má >375 - 625 >250 - 420 >250 - 420 >800 - 1.600 >400 - 800 >15 - 30 >1.130 - 2.260>300 - 400 Péssima >625 - 875 >420 - 500 >420 - 500 >1.600 - 2.100 >800 - 1.000 >30 - 40 >2.260 - 3.000
>400 Crítica >875 >500 >500 >2.100 >1.000 >40 >3.000 Fonte: IAP.
3.3 Efeitos da Poluição Atmosférica
O ar puro é formado por uma mistura de gases, cuja distribuição percentual média é: 78,0% de
nitrogênio, 20,1% de oxigênio, 0,9% de argônio, 0,03% de dióxido de carbono, 0,002% de neônio e
0,0005% de hélio. Porém, este ar não é encontrado na natureza, servindo apenas como referência
(VESILIND e MORGAN, 2011). O poluente é então a denominação dada a qualquer substância presente
no ar, que devido a sua concentração, possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde,
inconveniente ao bem estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança,
ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.
Braga et al., (2005), consideram que existe poluição atmosférica quando uma ou mais
substâncias estão presentes em concentrações suficientes para causar danos aos seres humanos. A
poluição atmosférica corresponde às alterações que geram um ar nocivo a população, fauna, flora e aos
materiais, ou seja, alteram as suas características, tornando-o impróprio. Os efeitos desta poluição
podem se manifestar de forma aguda, como, por exemplo, quando olhamos uma fogueira e a fumaça
entra em nossos olhos causando uma forte irritação, com a vantagem de que ao nos afastarmos, os
sintomas desaparecem, porque são reversíveis. Os sintomas irritantes ou tóxicos, que acontecem
quando as concentrações de poluentes se encontram muito elevadas, são graves e por isso mais fáceis
de estudar, porém sua ocorrência é pouco freqüente.
Os novos índices indicados pela OMS – Organização Mundial de Saúde – reduziram a média
diária recomendada para inaláveis em um terço, passando de 150 para 50 µg/m³. Com referência
aos demais parâmetros, o teor de ozônio baixou de 160 para 100 µg/m³ (média de 1 hora máxima), o
dióxido de enxofre teve a média reduzida de 100 para 20 µg/m³. Os outros poluentes não foram
avaliados (GUIMARÃES, 2006).
Segundo a Resolução CONAMA N° 03/90, um episódio crítico de poluição atmosférica ocorre na
presença de altas concentrações de poluentes atmosféricos em um período de curto prazo, resultante
da ocorrência de condições metereológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes. A seguir os
poluentes atmosféricos e seus efeitos sobre a saúde e meio ambiente.
18
3.3.1 Material Particulado (MP)
Sob a denominação de material particulado (MP), se encontra uma classe de poluentes
constituídas de poeiras, fumaças e todo o tipo de material sólido e líquido que, devido ao pequeno
tamanho, mantém-se suspenso na atmosfera. As fontes destes poluentes vão desde as incômodas
“fuligens” emitidas pelos veículos até as fumaças expelidas pelas chaminés industriais, passando pela
poeira que se deposita nas ruas e é movimentada pelos veículos (SMA, 1997).
A legislação brasileira preocupava-se até 1989, apenas com as Partículas Totais em Suspensão
(PTS), ou seja, todos os tipos e tamanhos de materiais sólidos ou líquidos que ficam suspensos no ar,
na forma de poeira, neblina, aerossol, fumaça, fuligem, etc.; com uma faixa de tamanho menor que 100
mm, causando efeitos significativos em pessoas com doença pulmonar, asma e bronquite (SMA, 1997).
Porém, pesquisas mostram que quanto menor o tamanho da partícula, maior o efeito sobre a
saúde, ou seja, quanto mais fina a partícula, mais profunda esta penetra no aparelho respiratório. Desta
forma, a partir de 1990, a legislação brasileira passou a também se preocupar com as Partículas
Inaláveis (PI), menores que 10 mm, originadas do processo de combustão industrial, de veículos
automotores e do aerossol secundário (formado na atmosfera). Partículas minúsculas como as emitidas
por veículos, principalmente os movidos a diesel, podem ser menores do que a espessura de um fio de
cabelo (VESILIND e MORGAN, 2011).
3.3.2 Dióxido de Enxofre (SO2)
O dióxido de enxofre é um importante precursor dos sulfatos, que são um dos principais
componentes das partículas inaláveis. É um gás incolor, que provoca asfixia intensa, com um forte odor,
sendo altamente solúvel em água, formando o ácido sulforoso, H2SO3. É originado de processos que
queimam de óleo combustível, refratários de petróleo e veículos a diesel (SMA, 1997; VESILIND e
MORGAN, 2011).
Mesmo em baixos níveis de concentração, a inalação do dióxido de enxofre pode provocar
espasmos passageiros dos músculos lisos dos bronquíolos pulmonares, causar o aumento da secreção
mucosa e redução do movimento ciliar no trato respiratório, responsável pela remoção do muco e de
partículas estranhas. Pessoas com asma, doenças crônicas cardíacas e pulmonares são mais sensíveis
ao dióxido de enxofre (BRAGA et al., 2005; SMA, 1997).
Em certas condições, o dióxido de enxofre pode se transformar em trióxido de enxofre e, com a
umidade atmosférica, transformar-se em ácido sulfúrico, um dos componentes da chuva ácida, podendo
causar corrosão aos materiais e danos à vegetação, folhas e colheitas (VESILIND e MORGAN, 2011).
19
3.3.3 Dióxido de nitrogênio (NO2)
Gás de cor marrom alaranjada, altamente tóxico ao ser humano, com odor forte e irritante. Pode
levar a formação de acido nítrico, nitratos (o qual contribui para o aumento das partículas inaláveis na
atmosfera) e compostos orgânicos tóxicos. Além disto, pode levar a formação da chuva ácida,
causando danos à vegetação e a colheita (SMA, 1997; VESILIND e MORGAN, 2011).
Originado do processo de combustão envolvendo veículos automotores, processos industriais,
usinas térmicas que utilizam óleo ou gás, incinerações, este poluente gasoso causa o aumento da
sensibilidade da asma e à bronquite. Além de irritante das mucosas, provocando uma espécie de
enfisema pulmonar, o dióxido de carbono pode ser transformado nos pulmões em nitrosaminas, algumas
das quais são conhecidas como potencialmente carcinogênicas (SMA, 1997).
3.3.4 Monóxido de Carbono (CO)
É um gás incolor e inodoro, venenoso e produto de combustões incompletas em veículos
automotores. Por isso, a poluição por monóxido de carbono é encontrada em altos níveis de
concentração, em áreas de intensa circulação de veículos nos centros urbanos. Os altos níveis de
monóxido de carbono estão associados a prejuízos para o ser humano e a fauna, tornando este um
dos tóxicos respiratórios de maior periculosidade. Em face de sua afinidade com a hemoglobina do
sangue, este gás tende a se combinar a esta, ocupando o lugar que era destinado ao transporte do
oxigênio, podendo assim causar morte por asfixia. Mesmo baixos níveis de concentração deste gás
podem causar afecções de caráter crônico, quando a exposição for permanente, sendo especialmente
nocivo a pessoas anêmicas e com deficiências respiratórias ou circulatórias, produzindo efeitos nos
sistemas nervosos central, cardiovascular, pulmonar, entre outros (SMA, 1997; VESILIND e MORGAN,
2011).
3.3.5 Ozônio (O3)
O ozônio é um gás altamente reativo, incolor e inodoro nas concentrações ambientais, sendo o
principal componente da névoa fotoquímica. É produzido quando os hidrocarbonetos e óxidos de
nitrogênio reagem na atmosfera, ativados pela radiação solar. Embora tenha origem natural nas
camadas superiores da atmosfera, onde exerce uma importante função ecológica, absorvendo as
radiações ultravioletas do sol, pode ser nocivo nas camadas inferiores da atmosfera. Causa diminuição
da capacidade pulmonar, irritação aos olhos e vias respiratórias. É um perigo para vegetações e
propriedade, causando danos às colheitas, à vegetação natural, plantações agrícolas e a plantas
ornamentais (BRAGA et al., 2005; SMA, 1997; VESILIND e MORGAN, 2011).
20
3.4 Programa de Controle do Ar por Veículos Automot ores
O PROCONVE – Programa de Controle do Ar por Veículos Automotores – foi instituído pela
resolução CONAMA N° 18, de 6 de maio de 1986, com o objetivo de:
• Reduzir os níveis de emissão de poluentes por veículos automotores visando o atendimento aos
Padrões de Qualidade do Ar, especialmente nos centros urbanos;
• Promover o desenvolvimento tecnológico nacional, tanto na engenharia automobilística, como
também em métodos e equipamentos para ensaios e medições da emissão de poluentes;
• Criar programas de inspeção e manutenção para veículos automotores em uso;
• Promover a melhoria das características técnicas dos combustíveis líquidos, postos à disposição
da frota nacional de veículos automotores, visando à redução de emissões poluidoras à
atmosfera;
A resolução do CONAMA N° 315, de 29 de outubro de 2002, dispõe sobre a nova etapa do
PROCONVE, em caráter nacional, para serem atendidas nas homologações dos veículos automotores
novos, nacionais e importados, leves e pesados, destinados exclusivamente ao mercado interno
brasileiro, com os seguintes objetivos:
• Reduzir os níveis de emissão de poluentes pelo escapamento e por evaporação, visando o
atendimento aos padrões nacionais de qualidade ambiental vigentes;
• Promover o desenvolvimento tecnológico nacional, tanto na engenharia de projeto e fabricação,
como também em métodos e equipamentos para o controle de emissão de poluentes;
• Promover a adequação dos combustíveis automotivos comercializados, para que resultem em
produtos menos agressivos ao meio ambiente e à saúde pública, e que permitam a adoção de
tecnologias automotivas necessárias ao atendimento de exigido por esta resolução.
3.5 Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar do IAP
A Região Metropolitana de Curitiba – RMC – composta por 26 municípios, com uma área de
13.041 km². Em 2009, esta possuía uma população de 3.647.468 habitantes (IPARDES, 2000-2010),
apresentando uma taxa de crescimento da população de 49,9 % em relação a 1996. A área urbana da
RMC se estende por 1.051 km², o que corresponde a 8,1 % da área total da mesma (COMEC, 2006).
Além de Curitiba existem outros sete municípios na RMC que possuem uma população acima de
100.000 habitantes: São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Almirante Tamandaré, Araucária, Campo
Largo e Fazenda Rio Grande.
A rede de monitoramento da Qualidade do Ar da RMC, atualmente conta com doze estações de
amostragem do ar, das quais sete são automáticas. Quatro delas estão localizadas em Curitiba (Cidade
Industrial, Santa Cândida, Boqueirão e Praça Ouvidor), analisando de 30 em 30 segundos os poluentes
21
O3, SO2, NO, NO2, CO, PTS e PI. Em Araucária estão localizadas quatro estações automáticas que
analisam O3, SO2, NO, NO2, CO e o PTS ou o PI. A estas estações automáticas, somam-se às quatro
estações manuais de Araucária e Curitiba, as quais fornecem médias diárias de SO2, Fumaça e em
uma delas, o PTS. As estações automáticas e as manuais constituem uma rede de monitoramento que
possibilita a real avaliação das condições da qualidade do ar de Curitiba e da RMC. A Figura 1 mostra
a localização geral das estações de monitoramento dentro dos municípios de Curitiba, Araucária e
Colombo.
Figura 1 - Rede de Monitoramento da RMC
A Tabela 4 mostra a lista das estações que compõem a rede de monitoramento da RMC, sua
localização e categoria, os parâmetros medidos em 2009, a data de início de operação e as
instituições/empresas responsáveis pelos custos de operação e manutenção.
22
Tabela 4 - Estações de monitoramento de qualidade d o ar na RMC no ano de 2009
Poluentes Meteorologia
Santa Cândida (STC)
Nordeste de Curitiba, Bairro Santa Cândida/ bairro
SO2, O3, NO,
NO2
desde 1998/ LACTEC
Cidade Industrial (CIC)
Oeste de Curitiba, Bairro Cidade Industrial/ industrial
SO2, NO,
NO2, O3
desde 1998/ desativada 06/06 LACTEC
Assis automática (ASS aut.)
Centro/Norte de Araucária, Bairro Fazenda Velha/ industrial
SO2, NO,
NO2, O3, PTS
desde abril de 2000/ SMMA Araucária
Ouvidor Pardinho (PAR)
Região central de Curitiba, Bairro Rebouças/ centro
SO2, O3, NO,
NO2, PTS, PI
desde agosto de 2002/ IAP
Boqueirão (BOQ)
Sudeste de Curitiba, Bairro Boqueirão/ bairro
SO2, O3,
PTS, PI, CO
desde setembro de 2001/ IAP reativada 08/09
UEG (EUG)Região central de Araucária, Bairro Centro/ industrial e centro
SO2, CO, O3,
PI, NO, NO2
desde maio de 2003/ IAP
CSN-CISA (CISA)
Centro/Nordeste de Araucária, Bairro Sabiá/ industrial
SO2, NO,
NO2, O3, PI,
PTS
desde agosto de 2002/ CSN-CISA
REPAR (REP)
Centro/Nordeste de Araucária, industrial
SO2, NO,
NO2, CO, O3,
PTS, PI
desde julho de 2003/ REAPAR
Santa Casa (SC)
Região central de Curitiba, Bairro Centro/ centro
Fumaça, SO2,
PTS, NH3
desde 1985/ IAP
São Sebastião (SS)
Centro/Leste de Araucária, Bairro Tindiquera/ bairro
Fumaça, SO2,
NH3
Sem medição de parâmetros meteorológicos
desde 1985/ IAP
Assis (ASS man.)
Centro/Norte de Araucária, Bairro Sabiá/ industrial e centro
Fumaça, SO2,
NH3
desde 1985/ IAP
Seminário (SEM)
Região central de Araucária, Bairro Sabiá/ industrial e centro
Fumaça, SO2,
NH3
desde 1985/ IAP
Colombo (COL)
Região central de Colombo, industrial e centro
PTS, PICom medição de parâmetros meteorológicos
desde 2006/ IAP
Período de funcionamento/ Responsável
pelo custo
auto
mát
ica
man
ual
Estação Localização/ Categoria 1)
Parâmetros medidos no ano de 2009
Todas as estações : temperatura, umidade relativa, radiação global, pressão, velocidade e direção do vento
Exceções: BOQ: sem umidade, global, UVA, UVB, ASS: sem radiação UVA, UVB,PAR: sem velocidade ventoCSN-CISA: sem radiação global, UVA, UVBREP: sem radiação UVA, UVB umidade relativa, pressão
Fonte: Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano de 2009.
23
3.5.1 Situação da Qualidade do Ar na RMC
A situação da Qualidade do Ar é apresentada de acordo com os dados do monitoramento
realizado em 2009. Conforme a exigência legal – CONAMA N° 03/90, SEMA N° 054/06 – os resultados
do monitoramento se encontram em forma de médias de curto prazo (horária ou diária) e de longo prazo
(anual).
• Partículas Totais em Suspensão - PTS:
Em Araucária este parâmetro foi monitorado em três estações. Comparando-se ao ano anterior,
houve uma diminuição no número de violações, passando de sete em 2008, para uma em 2009, ambas
classificadas como INADEQUADAS na estação CSN-CISA. As médias anuais atenderam ao padrão
primário anual de 80 µg/m³ estabelecidos na Resolução do CONAMA 03/90.
Em Curitiba não foi observada nenhuma violação do parâmetro PTS nas três estações
monitoradas. A média anual é um indicador importante para a proteção da saúde da população, pois
considera os efeitos acumulativos e geralmente não reversíveis, enquanto o padrão diário visa mais o
incômodo causado pelas partículas em suspensão. As médias anuais atenderam ao padrão primário.
Em Colombo foram observadas dez violações do padrão primário na categoria INADEQUADA. A média
anual passou de 96,0 µg/m³ em 2008 para 65,1 µg/m³ em 2009 atendendo ao padrão anual de 80
µg/m³.
Cabe salientar que as ultrapassagens do padrão primário na categoria INADEQUADA, ocorreram
por contribuição de fontes fixas, uma vez que a região possui várias empresas de cal, que contribuíram
para que fossem registrados esses índices. A Tabela 5 mostra as localidades e o resultado do
monitoramento de PTS por estação.
24
Tabela 5 - Resultados do monitoramento de PTS
BOA: 208 REGULAR: 119 INADEQUADA: 10 MA: 0 PÉSSIMA: 0
média diária máxima: 220,0 µg/m³ (em 14 de agosto de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
INADEQUADA: 1 MA: 0REGULAR: 36BOA: 194
INADEQUADA: 0 MA: 0REGULAR: 36BOA: 320
PTS
Estação:Araucária,CSN-CISA
Disponibilidade 24h:63,3 %
PTS
Estação:Araucária,REAPAR
Disponibilidade 24h:97,3 %
PTS
Estação:Colombo
Disponibilidade 24h:92,3 %
MA: 0INADEQUADA: 0
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
média anual: 65,1 µg/m³
média diária máxima: 368,0 µg/m³ (em 18 de maio de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: dez
PTS
Estação:Araucária Assis
automática
Disponibilidade 24h:97,5 %
PTS
Estação:Curitiba,
Santa Casa
Disponibilidade 24h:91,8 %
PTS
Estação:Boqueirão
Disponibilidade 24h:40,5 %
PTS
Estação:Curitiba,
Praça Ouvidor Pardinho
Disponibilidade 24h:97,8 %
REGULAR: 102BOA: 223
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
média diária máxima: 282,0 µg/m³ (em 01 de setembro de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: uma
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
INADEQUADA: 0REGULAR: 15
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
média anual: 26,3 µg/m³
média diária máxima: 356,0 µg/m³ (em 14 de agosto de 2009)
média diária máxima: 108,0 µg/m³ (em 30 de abril de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
nº de classificações das médias diárias (janeiro - setembro)
média anual: 38,8 µg/m³
BOA: 355
nº de classificações da médias diárias (janeiro - dezembro)
média anual: 35,9 µg/m³
PÉSSIMA: 0MA: 0INADEQUADA: 0REGULAR: 51BOA: 304
média anual: 43,9 µg/m³
média diária máxima: 172,0 µg/m³ (em 14 de agosto de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
média anual: 17,7 µg/m³
BOA: 113
MA: 0INADEQUADA: 0REGULAR: 2
MA: 0
monitoramento de PTS no ano de 2009
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
média anual: 67,5 µg/m³
média diária máxima: 182,0 µg/m³ (em 04 de fevereiro de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
Nota: 1) Não atende ao critério de representatividade
25
• Fumaça:
Este parâmetro foi monitorado em 4 estações (3 em Araucária e 1 em Curitiba). Este poluente é
na grande maioria das vezes de categoria BOA. De 2008 para 2009 houve diminuição nas médias
anuais em todas as estações e não foi registrada nenhuma violação ao padrão primário anual de 60
µg/m³ estabelecido na Resolução do CONAMA 03/90. A Tabela 6 mostra o monitoramento de Fumaça
por estação.
Tabela 6 - Resultados do monitoramento de Fumaça
3.2.2.2 Fumaça
Estação:Curitiba,
São Sebastião
Disponibilidade 24h:100 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 365 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 3,8 µg/m³
média diária máxima: 41,0 µg/m³ (em 22 de junho de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: uma
Fumaça
Estação:Araucária,Seminário
Disponibilidade 24h:100 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 363 REGULAR: 2 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 7,9 µg/m³
média diária máxima: 71,0 µg/m³ (em 13 de agosto de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
Fumaça
Estação:Araucária
Assis manual
Disponibilidade 24h:97,3 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 355 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 2,6 µg/m³
média diária máxima: 39,0 µg/m³ (em 13 de agosto de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
monitoramento de Fumaça no ano de 2009
3.2.2.1 Fumaça
Estação:Curitiba,
Santa Casa
Disponibilidade 24h:97,8 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 353 REGULAR: 4 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 15,7 µg/m³
média diária máxima: 92,0 µg/m³ (em 13 de agosto de 2009)
Nota: 1) Não atende ao critério de representatividade
• Partículas Inaláveis - PI:
Com medições em seis estações, as informações sobre este poluente ainda são reduzidas. Em
Curitiba não foram observadas violações ao padrão diário, sendo obtidas classificações de qualidade
somente nas categorias BOA e REGULAR. Em Colombo foram observadas três ultrapassagens do
parâmetro PI, sendo as três enquadradas na categoria INADEQUADA. A média anual registrada nesta
26
estação foi de 38,0 µg/m³ o que atende ao padrão anual de 50 µg/m³. O padrão anual é um indicador
mais importante para a proteção da saúde da população, do que o padrão diário, pois este considera os
efeitos acumulativos e geralmente não reversíveis, enquanto o padrão diário visa mais o incômodo
causado. A Tabela 7 mostra o resultado do monitoramento de Partículas Inaláveis - PI por estação.
Tabela 7 - Resultados do monitoramento de Partícula s Inaláveis
MA: 0BOA: 220 REGULAR: 58 INADEQUADA: 3PI
Estação:Colombo
Disponibilidade 24h:97,0 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
média anual: 38,0 µg/m³
média diária máxima: 203,0 µg/m³ (em 13 de agosto de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: três
PI
Estação:Araucária,REAPAR
Disponibilidade 24h:98,9 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 319 REGULAR: 42 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 28,5 µg/m³
média diária máxima: 118,0 µg/m³ (em 14 de agosto de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
PI
Estação:Araucária,
UEG
Disponibilidade 24h:84,4 %
nº de classificações da médias diárias (janeiro - setembro)
BOA: 249 REGULAR: 59 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 31,1 µg/m³
média diária máxima: 150,0 µg/m³ (em 04 de julho de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
PI
Estação:Araucária,CSN-CISA
Disponibilidade 24h:94,5 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 306 REGULAR: 39 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 27,9 µg/m³
média diária máxima: 122,0 µg/m³ (em 02 de setembro de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
PI
Estação:Curitiba,
Boqueirão
Disponibilidade 24h:25,8 %
nº de classificações das médias diárias (agosto - dezembro)
BOA: 80 REGULAR: 14 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 34,6 µg/m³
média diária máxima: 110,0 µg/m³ (em 02 de setembro de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
monitoramento de Partículas Inaláveis no ano de 200 9
PI
Estação:Curitiba,
Ouvidor Pardinho
Disponibilidade 24h:99,2 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 354 REGULAR: 8 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 15,6 µg/m³
média diária máxima: 84,0 µg/m³ (em 03 de abril de 2009)
Nota: 1) Não atende ao critério de representatividade
27
• Dióxido de Enxofre - SO2:
O Dióxido de Enxofre é a substância com o maior número de pontos de monitoramento na RMC.
O SO2 foi monitorado nas onze localidades em operação durante o ano de 2009. Em Curitiba todos os
registros foram enquadrados na categoria BOA, enquanto que em Araucária foram observados 2
registros na categoria INADEQUADA na Estação REPAR. A média anual registrada nesta estação foi de
14,7 µg/m³, o que atende ao padrão anual de 80 µg/m³. As Tabelas 8 e 9 mostram o resultado do
monitoramento de SO2 em Curitiba e em Araucária respectivamente.
Tabela 8 - Resultados do monitoramento de SO 2 em Curitiba
monitoramento de SO 2 no ano de 2009
SO2
Estação:Curitiba,
Santa Casa
Disponibilidade 24h:97,3 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 355 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 8,9 µg/m³
média diária máxima: 26,0 µg/m³ (em 10 de março de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
SO2
Estação:Curitiba,
Santa Cândida
Disponibilidade 24h:98,9 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 361 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 2,6 µg/m³
média diária máxima: 6,7 µg/m³ (em 30 de setembro de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
SO2
Estação:Curitba,
Praça Ouvidor Pardinho
Disponibilidade 24h:100 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 365 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 1,5 µg/m³
média diária máxima: 19,5 µg/m³ (em 26 de abril de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
SO2
Estação:Curitiba,
Boqueirão
Disponibilidade 24h:
8,8 %1)
nº de classificações das médias diárias (novembro - dezembro)
BOA: 32 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 8,0 µg/m³
média diária máxima: 13,5 µg/m³ (em 10 dedezembro de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
Nota: 1) Não atende ao critério de representatividade
28
Tabela 9 - Resultados do monitoramento de SO 2 em Araucária
monitoramento de SO 2 no ano de 2009
SO2
Estação:Araucária Assis
Automática
Disponibilidade 24h:100 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 365 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 6,4 µg/m³
média diária máxima: 48,4 µg/m³ (em 21 de abril de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
SO2
Estação:Araucária
Assis Manual
Disponibilidade 24h:97,3 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 355 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 5,5 µg/m³
média diária máxima: 40,0 µg/m³ (em 03 de maio de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
SO2
Estação:Araucária,Semenário
Disponibilidade 24h:100 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 365 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 8,1 µg/m³
média diária máxima: 41,0 µg/m³ (em 11 de janeirol de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
SO2
Estação:Araucária,
UEG
Disponibilidade 24h:100 %
nº de classificações da médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 257 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 5,0 µg/m³
média diária máxima: 74,2 µg/m³ (em 6 de maio de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
SO2
Estação:Araucária,CSN-CISA
Disponibilidade 24h:
49,3 %1)
nº de classificações das médias diárias (janeiro - outubro)
BOA: 178 REGULAR: 2 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 13,5 µg/m³
média diária máxima: 196,7 µg/m³ (em 01 de maio de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
SO2
Estação:Araucária,
São Sebastião
Disponibilidade 24h:100 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 365 REGULAR: 0 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 4,7 µg/m³
média diária máxima: 32,0 µg/m³ (em 2 de maio de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
SO2
Estação:Araucária,REAPAR
Disponibilidade 24h:98,9 %
nº de classificações das médias diárias (janeiro - dezembro)
BOA: 344 REGULAR: 15 INADEQUADA: 2 MA: 0
média anual: 14,7 µg/m³
média diária máxima: 563,44 µg/m³ (em 10 março de 2009)
nº de ultrapassagens das médias diárias: duas
Nota: 1) Não atende ao critério de representatividade
29
• Monóxido de Carbono - CO:
Em 2009 o componente CO foi monitorado em três localidades – uma em Curitiba na Estação
Boqueirão, duas em Araucária nas Estações REPAR e UEG – onde as médias diárias obtidas se
caracterizam na categoria BOA. As classificações das médias diárias, as médias anuais e as
médias diárias máximas estão apresentadas na Tabela 10. O padrão de 8 horas não foi violado nem em
Curitiba nem em Araucária.
Tabela 10 - Resultados do monitoramento de CO
449 0 0 0
1055 0 0 0
119 0 0 0
CO
Estação:Araucária,
UEG
Disponibilidade 1h:
18,2 %1)
nº de classificações das médias para 8 horas (janeiro - março)
BOA REGULAR INADEQUADA MA
média máxima 8 horas: 3808 µg/m³ (em 15 de janeiro de 2009 às 00-08 hs)
nº de ultrapassagens das médias e de 8 horas: zero
nº de ultrapassagens das médias e de 8 horas: zero
CO
Estação:Araucária,REAPAR
Disponibilidade 1h:96,3 %
nº de classificações das médias para 8 horas (janeiro - dezembro)
BOA REGULAR INADEQUADA MA
média máxima 8 horas: 2562 µg/m³ (em 14 de agosto de 2009 às 00-08 hs)
nº de ultrapassagens das médias e de 8 horas: zero
monitoramento de CO no ano de 2009
CO
Estação:Curitiba,
Boqueirão
Disponibilidade 1h:
41,0 %1)
nº de classificações das médias para 8 horas (agosto - dezembro)
BOA REGULAR INADEQUADA MA
média máxima 8 horas: 3364 µg/m³ (em 19 de setembro de 2009 às 15-16 hs)
Nota: 1) Não atende ao critério de representatividade
• Ozônio – O3:
As concentrações de O3 foram registradas em sete pontos nas estações automáticas. A Tabela
11 apresenta os números de classificações das médias horárias e das médias horárias máximas.
30
Tabela 11 - Resultados do monitoramento de O 3 em Curitiba
média horária máxima: 167,1 µg/m³ (em 29 de março de 2009 às 14-15 hs)
nº de ultrapassagens das médias horárias: uma
0
média horária máxima: 146,5 µg/m³ (em 15 de dezembro de 2009 às 15-16 hs)
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
O3
Estação:Araucária Assis
automática
Disponibilidade 1h:99,2 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA REGULAR INADEQUADA MA
8601 83 1 0
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
O3
Estação:Curitiba,
Boqueirão
Disponibilidade 1h:40,9 %
nº de classificações das médias horárias (agosto - dezembro)
BOA REGULAR INADEQUADA MA
3480 101 0
MA
7921 172 0 0
média horária máxima: 149,1 µg/m³ (em 16 de setembro de 2009 às 15-16 hs)
89 0 0
média horária máxima: 120,2 µg/m³ (em 28 de agosto de 2009 às 15-16 hs)
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
O3
Estação:Curitiba,
Santa Cândida
Disponibilidade 1h:92,2 %1)
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA REGULAR INADEQUADA
média horária máxima: 152,9 µg/m³ (em 21 de dezembro de 2009 às 08-09 hs)
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
O3
Estação:Curitiba,
Ouvidor Pardinho
Disponibilidade 1h:99,7 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA REGULAR INADEQUADA MA
8648
O3
Estação:Araucária,REAPAR
Disponibilidade 1h:99,0 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA REGULAR INADEQUADA MA
8600 73 0 0
7043 25 0 0
média horária máxima: 120,3 µg/m³ (em 29 de março de 2009 às 14-15 hs)
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
0 0
média horária máxima: 116,6 µg/m³ (em 30 de março de 2009 às 15-16 hs)
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
O3
Estação:Araucária,
UEG
Disponibilidade 1h:80,7 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA REGULAR INADEQUADA MA
monitoramento de O 3 no ano de 2009
O3
Estação:Araucária,
CISA
Disponibilidade 1h:98,0 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA REGULAR INADEQUADA MA
8542 39
Nota: 1) Não atende ao critério de representatividade
31
• Dióxido de Nitrogênio – NO2:
Em 2009 foram registradas 5 violações do parâmetro NO2, número este menor que os 9 casos
observados em 2008. Em Araucária foram observados 97,4% das medições classificadas como BOA,
2,6% na classificação REGULAR e 0,02 % na categoria INADEQUADA. As 5 violações observadas em
Araucária ocorreram nas estações UEG (01) e REPAR (04). Em Curitiba não houve violação deste
poluente, sendo que foram observados 99,4% das medições na classificação BOA e 0,6% na
classificação REGULAR. A Tabela 12 mostra os resultados do monitoramento do NO2.
Tabela 12 - Resultados do monitoramento de NO 2
NO2
Estação:AraucáriaREAPAR
Disponibilidade 1h:84,2 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA: 7125 REGULAR: 244 INADEQUADA: 4 MA: 0
média anual: 31,4 µg/m³
média horária máxima: 623,5 µg/m³ (em 8 de junho de 2009, às 09-10)
nº de ultrapassagens das médias horárias: quatro
NO2
Estação:Araucária
UEG
Disponibilidade 1h:91,5 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA: 7495 REGULAR: 520 INADEQUADA: 1 MA: 0
média anual: 40,0 µg/m³
média horária máxima: 358,1 µg/m³ (em 27 de agosto de 2009, às 06-07)
nº de ultrapassagens das médias horárias: uma
NO2
Estação:AraucáriaCSN-CISA
Disponibilidade 1h:83,1 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA: 7269 REGULAR: 11 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 30,2 µg/m³
média horária máxima: 182,4 µg/m³ (em 14 de agosto de 2009, às 09-10)
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
NO2
Estação:Araucária
Assis automática
Disponibilidade 1h:99,6 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA: 8678 REGULAR: 44 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 23,5 µg/m³
média horária máxima: 192,5 µg/m³ (em 14 de agosto de 2009, às 09-10)
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
NO2
Estação:Curitiba
Santa Cândida
Disponibilidade 1h:94,5 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA: 8239 REGULAR: 37 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 20,4 µg/m³
média horária máxima: 151,4 µg/m³ (em 5 de junho de 2009, às 08-09)
nº de ultrapassagens das médias horárias: zero
monitoramento de NO 2 no ano de 2009
NO2
Estação:Curitiba
Praça Ouvidor Pardinho
Disponibilidade 1h:85,2 %
nº de classificações das médias horárias (janeiro - dezembro)
BOA: 8669 REGULAR: 69 INADEQUADA: 0 MA: 0
média anual: 32,3 µg/m³
média horária máxima: 203,2 µg/m³ (em 4 de junho de 2009, às 09-10)
Nota: 1) Não atende ao critério de representatividade
32
As violações aos padrões primários, registradas em 2009 e sua distribuição por Estação e
Parâmetros, pode ser vista na Tabela 13. Quando o parâmetro foi monitorado e não houve violações,
tem-se o valor zero (0) em cor azul, quando o parâmetro não foi monitorado tem-se o traço (-), observa-
se em cor laranja os valores superiores a zero.
Tabela 13 - Quantidade de violações por Estação e p arâmetro registrado em 2009
MUNICÍPIO ESTAÇÃO PTS FUMAÇA PI SO2 CO O3 NO2 TOTAL
STA CÂNDIDA - - - 0 - 0 0 0
BOQUEIRÃO - - 0 0 0 0 - 0
STA CASA 0 0 - 0 - - - 0
PARDINHO 0 - 0 0 - 0 0 0
CSN-CISA 1 - 0 0 - 0 0 1
ASSIS Automática 0 - - 0 - 1 0 1
UEG - - 0 0 0 0 1 1
REAPAR 0 - 0 2 0 0 4 6
SEMINÁRIO - 0 - 0 - - - 0
S. SEBASTIÃO - 0 - 0 - - - 0
ASSIS Manual - 0 - 0 - - - 0
COLOMBO COLOMBO 10 - 3 - - - - 13
CURITIBA 0 0 0 0 0 0 0 0
ARAUCÁRIA 1 0 0 2 0 1 5 9
COLOMBO 10 - 3 - - - - 13
TOTAL 11 0 3 2 0 1 5 22
CURITIBA
ARAUCÁRIA
POR
MUNICÍPIO
Na Tabela 14 se encontram os registros obtidos na Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar
na RMC, mês a mês, a quantidade de violações por estações e os parâmetros durante o ano de 2009.
Tabela 14 - Registros de violações aos Padrões Diár ios, por Mês, Estação Parâmetro em 2009
LOCAL COLOMBO
ESTAÇÕES STC BOQ SC PARD CSN-CISA ASS aut. UEG REAPAR SEM SS A SS man. COL TOTAL
Janeiro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fevereiro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Março 0 0 0 0 0 1(O3) 0 1(SO2) 0 0 0 2
Abril 0 0 0 0 0 0 0 1(SO2) 0 0 1(PTS) 2
Maio 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2(PTS) 2
Junho 0 0 0 0 0 0 0 3(NO2) 0 0 4(PTS) 1(PI) 8
Julho 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Agosto 0 0 0 0 0 0 1(NO2) 1(NO2) 0 0 2(PTS) 1(PI) 5
Setembro 0 0 0 0 1(PTS) 0 0 0 0 0 0 1(PTS) 1(PI) 3
Outubro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Novembro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Dezembro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ano 2009 0 0 0 0 1 1 1 6 0 0 0 13 22
CURITIBA ARAUCÁRIA
Em 2009, a Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar da RMC contou com 12 de suas 13
estações (sete estações automáticas e cinco manuais). As estações CIC e Boqueirão tiveram a
operação interrompida respectivamente, em junho de 2006 e em outubro de 2007, em função de ações
33
de vandalismo. O reinício das operações na Estação Boqueirão ocorreu em agosto de 2009 e da
Estação CIC em janeiro de 2011, funcionando agora junto a Polícia Militar, com o propósito de evitar a
vandalismo da mesma.
De maneira geral podemos concluir que a qualidade do ar na RMC, principalmente nos
municípios de Curitiba e Araucária é considerada na maior parte do tempo para todos os parâmetros
monitorados como sendo BOA. Em alguns momentos passa a ser considerada REGULAR e em
algumas situações pontuais, apresenta violações aos limites estabelecidos.
Em 2006 foi instalada a estação de Colombo e após um estudo preliminar, denúncias feitas ao
IAP sobre a poluição por materiais particulados provenientes das indústrias de cal e calcário
instaladas na região se confirmaram. Mesmo após várias ações de controle realizadas nos
empreendimentos locais, inclusive com interdições temporárias das atividades de algumas empresas, a
situação ainda exige monitoramento e atenção especial.
Em Colombo para o parâmetro PTS, a qualidade do ar esteve abaixo dos índices diários
aceitáveis em 2,97% dos dias monitorados (10 dos 327 dias). O padrão primário para a média anual
de 80 µg/m³ estabelecidos na Resolução do CONAMA 03/90 não foi ultrapassado, apresentando
concentração de 65,1 µg/m³. Na mesma estação, o parâmetro PI - Partículas Inaláveis, registrou em
1,06% dos dias dados de qualidade inferior ao padrão primário para medias diárias (3 dos 281 dias
monitorados). Para este parâmetro a média anual de qualidade (38,0 µg/m³) não ultrapassou o padrão
primário de 50 µg/m³ estabelecidos na Resolução do CONAMA 03/90.
3.5.2 Aspectos que contribuem para a Qualidade do Ar na RMC
Em constante busca por um Transporte Sustentável, Curitiba já possui políticas públicas
relacionadas com o sistema de transportes e com o uso do solo, que buscam desta maneira ampliar a
mobilidade urbana e reduzir os impactos sobre o meio ambiente, melhorando assim a qualidade de vida
de sua população. Conforme dados da URBS de Curitiba, a Rede Integrada de Transporte da RMC
esta estruturada seguindo as seguintes características:
1. Esquema da Rede Integrada de Transportes - RIT:
• Integração com o uso do solo e do sistema viário, configurando uma cidade com crescimento
linear;
• Ampla acessibilidade com o pagamento de uma única tarifa;
• Prioridade do transporte coletivo sobre o individual;
• Caracterização tronco/alimentador;
• Terminais de integração fechados;
• 81 km de canaletas, vias ou faixas exclusivas, caracterizando corredores de transporte;
• Terminais fora dos eixos principais ampliam a integração;
34
• Abrangência Metropolitana.
A Figura 2 mostra o Esquema da Rede Integrada de Transporte na RMC.
Figura 2 - Esquema da RIT
2. Sistema Trinário de Vias:
• Via Central: canaleta central exclusiva para a circulação das linhas expressas (transporte de
massa) e duas vias lentas para acesso às atividades lindeiras. A via exclusiva confere ganhos
significativos para a velocidade operacional das linhas expressas;
• Vias Estruturais: Duas vias paralelas à via central com sentido único, situadas a uma quadra de
distância do eixo, destinadas às ligações centro-bairro e bairro- centro, para a circulação dos
veículos privados. A Figura 3 mostra o sistema Trinário de Vias.
Figura 3 - Sistema Trinário de Vias
3. Corredores de Transporte: os corredores de transporte coletivo, componentes dos sistemas
trinários, são elementos referenciais aos eixos estruturais de desenvolvimento, pois:
• Ordenam o crescimento linear do centro;
• Caracterizam as maiores densidades demográficas;
• Priorizam a instalação de equipamentos urbanos;
• Concentram a infra-estrutura urbana;
• Definem uma paisagem urbana própria;
• Traduzem os mecanismos do planejamento integrado do uso do solo;
• Ordenam o sistema viário e o transporte coletivo;
35
• Retenção de destinos (Em 1974, 92% dos usuários se deslocavam até a região central de
Curitiba. A partir de 2003, apenas 30% dos usuários tem como destino o centro da cidade).
A Figura 4 mostra os corredores de transporte coletivo da RMC.
Figura 4 - Corredores de transporte coletivo
4. Estruturação Viária: A Figura 5 mostra a estrutura Viária básica da RMC.
Figura 5 - Estrutura Viária Básica
36
5. Terminais de Integração: São equipamentos urbanos que permitem a integração entre as
diversas linhas que formam a RIT (expressas, alimentadoras, linhas diretas e interbairros);
• Possibilitam a implantação de linhas alimentadoras mais curtas, com melhor atendimento
aos bairros, ampliando o número de viagens a partir da diminuição do tempo de percurso;
• A concentração de demanda nestes espaços facilita a substituição de modal nos corredores;
• Os terminais promovem ainda a estruturação dos bairros, concentrando atividades diversas no
seu entorno.
A Figura 6 mostra o Modelo Esquemático do Terminal de Integração.
Figura 6 - Modelo Esquemático do Terminal de Integr ação
6. Composição da Frota: A Figura 7 mostra a Composição da Frota da RMC, em 2010.
Figura 7 - Composição da Frota da RMC, 2010
37
7. Categoria das Linhas
• Linhas Expressas: São operadas por veículos tipo biarticulados, na cor vermelha que ligam os
terminais de integração ao centro da cidade, através de canaletas exclusivas. Embarques e
desembarques são feitos em nível nas estações tubo existentes no trajeto.
• Linhas Diretas (Ligeirinhos): Operam com veículos tipo padron, na cor prata, com paradas em
média a cada 3 km, com embarque e desembarque em nível nas estações tubo. São linhas
complementares, principalmente das linhas expressas e interbairros.
• Linhas Alimentadoras: são operadas por veículos tipo micro, comum ou articulados, na cor
laranja que ligam terminais de integração aos bairros da região.
• Linhas Interbairros: são operados por veículos tipo padron ou articulados, na cor verde, que ligam
os diversos bairros e terminais sem passar pelo centro.
38
• Linhas Troncais: Operam com veículos tipo padron ou articulados, na cor amarela, que ligam os
terminais de integração ao centro da cidade, utilizando vias compartilhadas.
8. Linhas Especiais:
• Linhas Convencionais: Operam com veículos tipo micro ou comum, na cor amarela, que ligam os
bairros ao centro, sem integração.
• Linha Interhospitais: Liga os principais hospitais e laboratórios em um raio de 2,5 km da área
central, com saídas da Rodoferroviária.
• Linha Turismo: Com saída do centro, passa pelos principais parques e pontos turísticos da
cidade (tarifa diferenciada).
39
• SITES: Sistema Integrado de Transporte do Ensino Especial. Atende aos alunos da rede de
escolas especializadas para deficientes físicos e/ou mentais de Curitiba, sem custo para estes
usuários.
9. Evolução da RIT
Figura 8 - Evolução da RIT
40
3.6 ASPECTOS CLIMÁTICOS E METEOROLÓGICOS
A RMC está localizada no primeiro Planalto do Estado, com um clima subtropical úmido. Os
invernos são brandos, com geadas ocasionais e temperaturas mínimas de aproximadamente -3°C. No
verão são registradas temperaturas de até 35°C. A umidade relativa varia entre 75 e 85% (média
mensal). As precipitações ocorrem durante o ano inteiro, com maior intensidade nos meses de verão
(dezembro, janeiro, fevereiro) e menor no inverno (junho, julho, agosto). A velocidade do vento e a
estabilidade térmica da atmosfera são os parâmetros mais importantes para as condições de dispersão
de poluentes. Boas condições de dispersão expressam que os poluentes estão sendo bem espalhados
pelos mecanismos de transporte, evitando assim a acumulação dos mesmos nas proximidades das
fontes. Se as condições forem consideradas desfavoráveis à dispersão, observa-se uma acumulação,
resultando em altas concentrações dos poluentes ocasionando uma eventual ultrapassagem dos
padrões estabelecidos. É importante salientar que uma concentração menor do que a apresentada no
ano anterior de certo poluente não significa necessariamente que foi lançada uma menor concentração
do mesmo à atmosfera. Isto pode ser causado pelas condições mais favoráveis à dispersão atmosférica.
Outro fator importante para a qualidade do ar, que não pode ser medido na superfície, é a
espessura da camada-limite atmosférica – também chamada de camada de mistura – para a qual são
necessários perfis de temperatura do ar através da camada-limite atmosférica (até no mínimo 2000 m
acima da superfície). As condições reais de qualidade do ar na RMC dependem tanto da estabilidade
atmosférica avaliada na superfície, quanto da espessura desta camada. Pode-se observar que nos
meses de março até outubro as condições desfavoráveis à dispersão prevaleceram, enquanto que no
restante do ano, ocorreram condições favoráveis à dispersão.
3.7 POLUIÇÃO SONORA
Vesilind e Morgan (2011) caracterizam o som como ondas de pressão que se propagam em um
meio, definidas por sua amplitude e freqüência, sendo o nível do som designado por dB(A) – decibéis na
escala em A, mais próxima da audição humana. O ruído é como é denominado o som indesejável para
os ouvidos dos seres vivos, em especial os humanos. A poluição sonora é caracterizada como sendo o
conjunto de todos os ruídos provenientes de uma ou mais fontes, que se manifestam ao mesmo tempo
em um determinado local.
Considerando que o ruído excessivo causa danos à saúde física e mental, afetando
particularmente a audição, a Resolução CONAMA N° 272, de 14 de setembro de 2000, estabelece para
os veículos automotores nacionais e importados, fabricados após a data de publicação desta Resolução
– com exceção de motocicletas, bicicletas com motor, motonetas e ciclomotores – limites máximos de
ruído. A Tabela 15 apresenta os limites máximos permitidos de ruído conforme Resolução 272/2000.
41
Tabela 15 - Limites de ruído conforme Resolução CON AMA 272/2000
Injeção Direta Injeção Indireta
74 75 74
Veículo de passageiro com mais de nove
lugaresPBT até 2.000 kg 76 77 76
Veículo de carga ou de tração e veículo de uso
misto
PBT entre 2.000 kg e 3.500 kg
77 78 77
Potência máxima menor que 150 kW (204 cv)
78 78 78
Potência máxima igual ou superior a 150 kW
(204 cv)80 80 80
Potência máxima menor que 75 kW (102 cv)
77 77 77
Potência máxima entre 75 kW (102 cv) e 150 kW
(204 cv)78 78 78
Potência máxima igual ou superior a 150 kW
(204 cv)80 80 80
Veículo de passageiro ou de uso misto com PBT
maior que 3.500 kg
Veículo de carga ou de tração com PBT maior
que 3.500 kg
Nível de Ruído dB(A)Diesel
OttoCategoria
Veículo de passageiro até nove lugares
Designação do veículo conforme NBR 6067 PBT: Peso Bruto Total Potência: Potência efetiva líquida máxima (NBR/ISO 1585)
A Tabela 16 mostra os Limites máximos de emissão de ruído para veículos novos de duas
rodas e assemelhado, segundo a NBR8433 – veiculo em aceleração.
Tabela 16 - Limite máximo de emissão de ruído para veículos novos de duas rodas e assemelhados,
segundo a NBR 8433 – veiculo em aceleração
CATEGORIANÍVEL DE RUÍDO
1ª FASE dB(A)
NÍVEL DE RUÍDO2ª FASE dB(A)
Até 80 cm³ 77 7581 cm³ a 125 cm³ 80 77126 cm³ a 175 cm³ 81 77176 cm³ a 350 cm³ 82 80Acima de 350 cm³ 83 80
A redução das fontes do ruído costuma ser a maneira mais eficiente para o controle dos
mesmos. Para o ruídos veicular, a redução da fonte pode ser feita por meio da alteração de projetos de
veículos e da pavimentação. Além disso, a adesão da população a transportes alternativos – incluindo o
transporte público, a bicicleta e o andar à pé – reduzem o excesso de ruídos. Para as áreas residenciais,
as estratégias de redução do som indesejável incluem o incentivo ao uso de rotas alternativas, a
diminuição do limite de velocidade e o replanejamento das vias (VESILIND e MORGAN, 2011).
42
4 METODOLOGIA DE CÁLCULO DAS EMISSÕES DE POLUENTES POR VEÍCULOS AUTOMOTORES
A metodologia de cálculo de emissões de poluentes por veículos automotores apresentada e
adotada neste Inventário é, integralmente, a mesma utilizada no programa Breve.py desenvolvido no
Lemma (Laboratório de Estudos em Monitoramento e Modelagem Ambiental da UFPR) e utilizado neste
trabalho. A metodologia utilizada no programa BReve.py para estimar as emissões de poluentes por
veículos automotores foi baseada no Primeiro Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por
Veículos Automotores Rodoviários (denominado daqui em diante apenas de INEA). Este inventário,
publicado em Janeiro de 2011, foi elaborado por um grupo de trabalho composto pelo Ministério do Meio
Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA),
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) e Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás). Cabe
salientar que o programa Breve.py está disponível gratuitamente no sítio do Lemma
(www.lemma.ufpr.br). A descrição desta metodologia é apresentada detalhadamente na seqüência.
4.1 Como estimar emissões veiculares?
A quantidade de poluentes emitidos por automóveis que percorrem uma determinada distância L
(pode ser o comprimento de uma via qualquer ou então a distância percorrida durante um determinado
período de tempo, por exemplo, um ano) pode ser obtida através de
L F F = E ie,jr,i ××
onde Ei é quantidade emitida do poluente i (em g), Fr,j é a quantidade total de veículos da categoria j, Fe,i
é o fator de emissão do poluente i (dado em g km-1) e L é a quilometragem rodada pelo veículo (em km).
Especificações sobre as informações necessárias para o cálculo das emissões veiculares, ou seja,
sobre categorias de veículos, poluentes considerados e fatores de emissão são apresentados na
seqüência.
4.2 Categorias de veículos
As categorias de veículos utilizadas pelo INEA e neste Inventário de Emissões com respectivas
definições são apresentadas na Tabela 17.
43
Tabela 17 - Categorias de veículos consideradas pel o INEA
Categorias Combustível Definição
Caminhões leves, médios e pesados (acima de 3,5, 10 e 15 ton)
DieselVeículo automotor destinado ao transporte de carga,
com carroçaria e PBT superior a 3500 kg
Ônibus urbanos e rodoviários Diesel Veículo automotor de transporte coletivo
AutomóveisVeículo automotor destinado ao transporte de
passageiros, com capacidade para até 8 pessoas, exclusivo o motorista
Veículos comerciais levesVeículo automotor destinado ao transporte de pessoas
ou carga, com peso bruto total de até 3500 kg
MotocicletasVeículo automotor de duas rodas com ou sem side-
car, dirigido em posição montada
Gasolina Flex Fuel
GNV Etanol
Gasolina Flex Fuel
GNV Etanol
Gasolina Etanol
Fonte: MMA, 2011.
A frota em circulação corresponde à quantidade de veículos que circulam no local para o qual se
quer estimar as quantidades de poluentes emitidos. Dados referentes à frota de veículos divididos por
categoria, tipo de combustível e ano de fabricação podem ser obtidos junto ao orgão de trânsito
(DETRAN) ou então estimados de acordo com informações disponíveis.
4.3 Poluentes considerados
Com base no INEA, tipicamente as emissões veiculares compreendem os seguintes poluentes:
• MP – Material particulado: pequenas partículas sólidas ou líquidas compostas pelos mais
variados componentes químicos podendo ser inaláveis (quando seu diâmetro é menor que
2,5 µm) ou não-inaláveis.
• CO2 – Dióxido de carbono: resultante da combustão completa do carbono presente no
combustível; importante atualmente devido a sua expressiva contribuição ao efeito estufa.
• CO – Monóxido de carbono: resultante da combustão incompleta do carbono contido no
combustível; gás extremamente tóxico.
• CH4 – Metano: mais simples dos hidrocarbonetos, resultante da combustão; expressivo gás de
efeito estufa.
• NMHC – Hidrocarbonetos não-metano: proveniente da combustão incompleta do combustível no
motor; compreende todas as substâncias orgânicas geradas no processo de combustão exceto o
metano; é precursor na formação do ozônio troposférico (O3), altamente prejudicial à saúde
nesse nível da atmosfera.
• RCHO – Aldeídos: os mais comuns são o acetaldeído e o formaldeído; um dos precursores do
ozônio troposférico.
44
• NOx – Óxidos de nitrogênio: formado pela reação de oxigênio e nitrogênio presentes na
atmosfera sob condições de alta temperatura e elevada pressão; assim como os NMHC e os
RCHO, são precursores do ozônio troposférico.
Neste Inventário serão estimadas quantidades dos sete poluentes citados acima; estes sete
poluentes também são os considerados pelo INEA e incluem todos os poluentes cujos limites de
emissão são regulamentados pelas resoluções CONAMA. O INEA, com base nas resoluções CONAMA
e em sua própria metodologia, considera que, de acordo com o tipo de combustível, diferentes poluentes
são emitidos. Na Tabela 18 são apresentados os poluentes emitidos de acordo com a categoria de
veículo e combustível.
Tabela 18 - Poluentes considerados pelo INEA
Categoria/Poluente CO NO x MP RCHO NMHC CH4 CO2
Automóveis e comerciais leves - Gasolina
× × × × × × ×
Automóveis e comerciais leves - Etanol
× × × × × ×
Motocicletas a gasolina × × × × × ×
Motocicletas a etanol × × × × ×
Veículos a diesel × × × × ×
Veículos a GNV × × × × × × Fonte: MMA (2011).
4.4 Fatores de emissão veicular
Diversos conjuntos de fatores de emissão veicular, tais como os utilizados pela EPA (United
States Environmental Protection Agency), podem ser utilizados no cálculo das emissões veiculares;
porém, é necessário levar em consideração a composição diferente dos combustíveis, diferentes
motores e diferentes limites máximos de emissão (se existirem) existentes no Brasil.
Os fatores de emissão de poluentes para cada uma das categorias de veículos, conforme a
Tabela 18 são apresentados nesta seção. A Tabela 19 apresenta os fatores de emissão para
automóveis e veículos comerciais leves, por ano de fabricação, para veículos movidos a gasolina e a
etanol para CO, NOx, RCHO, NMHC, CH4 e MP. Como já citado anteriormente os fatores de emissão
foram retirados do Primeiro Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores
Rodoviários (MMA, 2011); em alguns casos foram feitas algumas adaptações que serão descritas
posteriormente. Estes fatores são utilizados para veículos novos e que rodaram até 80000 km. A partir
de, e a cada, 80000 km, os fatores de emissão para automóveis e veículos comerciais leves de alguns
dos poluentes devem ser incrementados pelos valores apresentados na Tabela 20.
45
Tabela 19 - Fatores de emissão de escapamento de ve ículos zero km para CO, NO x, RCHO, NMHC, CH4 e MP para automóveis e veículos comerciais leves movi dos a gasolina e a etanol, em g km-1
Ano de fabricação Combustível CO NO x RCHO NMHC CH4 MP
Gasolina 33 1,4 0,05 2,55 0,45 0,0024
Etanol 18 1 0,16 1,36 0,24 –
Gasolina 28 1,6 0,05 2,04 0,36 0,0024
Etanol 16,9 1,2 0,18 1,36 0,24 –
Gasolina 22 1,9 0,04 1,7 0,3 0,0024
Etanol 16 1,8 0,11 1,36 0,24 –
Gasolina 18,5 1,8 0,04 1,445 0,255 0,0024
Etanol 13,3 1,4 0,11 1,445 0,255 –
Gasolina 15,2 1,6 0,04 1,36 0,24 0,0024
Etanol 12,8 1,1 0,11 1,36 0,24 –
Gasolina 13,3 1,4 0,04 1,19 0,21 0,0024
Etanol 10,8 1,2 0,11 1,105 0,195 –
Gasolina 11,5 1,3 0,04 1,105 0,195 0,0024
Etanol 8,4 1 0,11 0,935 0,165 –
Gasolina 6,2 0,6 0,013 0,51 0,09 0,0024
Etanol 3,6 0,5 0,035 0,51 0,09 –
Gasolina 6,3 0,8 0,022 0,51 0,09 0,0024
Etanol 4,2 0,6 0,04 0,595 0,105 –
Gasolina 6 0,7 0,036 0,451 0,149 0,0024
Etanol 4,6 0,7 0,042 0,514 0,186 –
Gasolina 4,7 0,6 0,025 0,451 0,149 0,0024
Etanol 4,6 0,7 0,042 0,514 0,186 –
Gasolina 3,8 0,5 0,019 0,3 0,1 0,0024
Etanol 3,9 0,7 0,04 0,44 0,16 –
Gasolina 1,2 0,3 0,007 0,15 0,05 0,0011
Etanol 0,9 0,3 0,012 0,22 0,08 –
Gasolina 0,79 0,23 0,004 0,105 0,035 0,0011
Etanol 0,67 0,24 0,014 0,139 0,051 –
Gasolina 0,74 0,23 0,004 0,105 0,035 0,0011
Etanol 0,6 0,22 0,013 0,125 0,045 –
Gasolina 0,73 0,21 0,004 0,098 0,032 0,0011
Etanol 0,63 0,21 0,014 0,132 0,048 –
Gasolina 0,48 0,14 0,004 0,083 0,027 0,0011
Etanol 0,66 0,08 0,017 0,11 0,04 –
Gasolina 0,43 0,12 0,004 0,083 0,027 0,0011
Etanol 0,74 0,08 0,017 0,117 0,043 –
Gasolina 0,4 0,12 0,004 0,083 0,027 0,0011
Etanol 0,77 0,09 0,019 0,117 0,043 –
Flex (Gas.) 0,5 0,04 0,004 0,038 0,012 0,0011
Flex (Etanol) 0,51 0,14 0,02 0,11 0,04 –
Gasolina 0,35 0,09 0,004 0,083 0,027 0,0011
Etanol 0,82 0,08 0,016 0,125 0,045 –
Flex (Gas.) 0,39 0,05 0,003 0,06 0,02 0,0011
Flex (Etanol) 0,46 0,14 0,014 0,103 0,037 –
Gasolina 0,34 0,09 0,004 0,075 0,025 0,0011
Etanol 0,82 0,08 0,016 0,125 0,045 –
Flex (Gas.) 0,45 0,05 0,003 0,083 0,027 0,0011
Flex (Etanol) 0,39 0,1 0,014 0,103 0,037 –
Gasolina 0,33 0,08 0,002 0,06 0,02 0,0011
Etanol 0,67 0,05 0,014 0,088 0,032 –
Flex (Gas.) 0,48 0,05 0,003 0,075 0,025 0,0011
Flex (Etanol) 0,47 0,07 0,014 0,081 0,029 –
Gasolina 0,37 0,039 0,0014 0,042 0,014 0,0011
Etanol 0,67 0,005 0,014 0,088 0,032 –
Flex (Gas.) 0,51 0,041 0,002 0,069 0,023 0,0011
Flex (Etanol) 0,71 0,048 0,0152 0,052 0,019 –
Gasolina 0,3 0,02 0,0017 0,034 0,011 0,0011
Flex (Gas.) 0,33 0,03 0,0024 0,032 0,011 0,0011
Flex (Etanol) 0,56 0,032 0,0104 0,03 0,011 –
2003
2004
2005
2006–2007
2008
2009
1997
1998
1999
2000
2001
2002
1991
1992
1993
1994
1995
1996
Até 1983
1984–1985
1986–1987
1988
1989
1990
Fonte: INEA.
46
Tabela 20 - Incremento médio de emissões por acúmul o de rodagem, em g km-1 por 80000 km
Combustível/Poluente CO NO x NMHC RCHOGasolina 0,263 0,03 0,023 0,0007
Etanol 0,224 0,02 0,024 0,0028 Fonte: INEA.
Para os veículos movidos a GNV, os fatores de emissão são apresentados na Tabela 21. Na
Tabela 22 são apresentadas as quantidades de poluentes emitidos por quilômetro rodado para
motocicletas. Para veículos movidos a diesel, os fatores de emissão são apresentados na Tabela 23.
Tabela 21 - Fatores de emissão de CO, NO x, RCHO, NMHC e CH4 para veículos movidos a GNV
Combustível/Poluente CO NO x RCHO NMHC CH4
GNV 0,56 0,29 0,0038 0,026 0,22 Fonte: INEA.
Tabela 22 - Fatores de emissão de CO, NO x, NMHC, CH4 e MP para motocicletas, em g km-1
Ano de fabricação
CO NOx NMHC CH4 MP*
Até 2002 19,1 0,1 2,21 0,39 0,02872003 6,36 0,18 0,71 0,13 0,0142004 6,05 0,18 0,66 0,12 0,0142005 3,12 0,16 0,49 0,09 0,00352006 2,21 0,17 0,27 0,05 0,00352007 1,83 0,16 0,3 0,05 0,00352008 1,12 0,09 0,18 0,03 0,00352009 1,02 0,1 0,14 0,03 0,0035
Fonte: INEA. *Para motocicletas usando apenas gasolina.
47
Tabela 23 - Fatores de emissão de CO, NO x, NMHC e MP para motores Diesel, em g km-1
Categoria Ano CO NO x NMHC MPAté 1993 0,77 0,28 4,45 0,274
1994 – 1997 0,69 0,23 2,81 0,1361998 – 2002 0,38 0,13 2,74 0,0532003 – 2008 0,35 0,07 1,98 0,033
2009 em diante 0,37 0,07 0,8 0,008Até 1993 0,92 0,34 5,31 0,328
1994 – 1997 0,83 0,28 3,36 0,1631998 – 2002 0,45 0,15 3,28 0,0642003 – 2008 0,42 0,08 2,37 0,04
2009 em diante 0,44 0,09 0,96 0,01Até 1993 1,26 0,46 7,28 0,449
1994 – 1997 1,14 0,38 4,6 0,2231998 – 2002 0,62 0,21 4,49 0,0872003 – 2008 0,58 0,11 3,25 0,054
2009 em diante 0,6 0,12 1,31 0,013Até 1993 2,21 0,81 12,73 0,785
1994 – 1997 1,99 0,66 8,04 0,3911998 – 2002 1,08 0,37 7,85 0,1532003 – 2008 1,01 0,19 5,68 0,095
2009 em diante 1,06 0,2 2,3 0,023Até 1993 3,06 1,12 17,57 1,084
1994 – 1997 2,75 0,92 11,1 0,5391998 – 2002 1,5 0,51 10,84 0,2112003 – 2008 1,39 0,27 7,84 0,131
2009 em diante 1,46 0,28 3,17 0,032Até 1993 2,32 0,85 13,34 0,823
1994 – 1997 2,08 0,69 8,43 0,4091998 – 2002 1,14 0,39 8,23 0,162003 – 2008 1,06 0,2 5,95 0,099
2009 em diante 1,11 0,21 2,4 0,024
Comerciais leves
Ônibus urbanos
Ônibus rodoviários
Caminhões leves (3,5–10 ton)
Caminhões médios (10–15 ton)
Caminhões pesados (mais de 15 ton)
Fonte: INEA.
Para o CO2 o INEA apresenta fatores de emissão em kg L-1. Para compatibilizar as unidades com
os outros fatores de emissão foram utilizadas valores médios de quilometragem rodada por litro de
combustível (km L-1) e fatores de emissão em g km-1 foram obtidos; estas informações são apresentadas
na Tabela 24.
Tabela 24 - Fatores de emissão de CO 2 por tipo de combustível
Valor do INEAQuilometragem média
por litro de combustívelFator de emissão
kg de CO 2.L-1
km rodado.L -1 g de CO2.km -1
Gasolina 2,269 10 227Etanol 1,233 7 176Diesel 2,671 6 445GNV 1,999 7 286
Combustível
Fonte: baseado no INEA.
48
Em função dos fatores de emissão, algumas adaptações foram realizadas no desenvolvimento
do programa BReve.py. São elas:
• Para automóveis e veículos comerciais leves bicombustíveis ou Flex foi utilizada a média os
fatores de emissão para gasolina e etanol; isto corresponde a dizer que os veículos utilizam 50% do
tempo gasolina e outros 50% do tempo, etanol. os novos fatores de emissão para carros Flex (baseados
naqueles apresentados na Tabela 19) são apresentados na Tabela 25. Para CO2 o valor médio foi
retirado da Tabela 24;
Tabela 25 - Fatores de emissão de escapamento zero km de CO, NO x, RCHO, NMHC, CH4, MP e CO2 para automóveis e veículos comerciais leves bicombustíve l ou Flex, em g km-1
Ano CO NO x RCHO NMHC CH4 MP CO2
2003 0,5 0,09 0,012 0,074 0,026 0,005 2022004 0,43 0,09 0,0085 0,081 0,028 0,005 2022005 0,42 0,08 0,0085 0,083 0,032 0,005 2022006 0,47 0,06 0,0085 0,078 0,027 0,005 2022007 0,47 0,06 0,0085 0,078 0,027 0,005 2022008 0,61 0,044 0,0086 0,06 0,021 0,005 2022009 0,45 0,031 0,0064 0,031 0,011 0,005 202
• Os incrementos dos fatores de emissão (a cada 80000 km rodados) para automóveis
bicombustíveis ou Flex seguiram a mesma idéia: utilizou-se médias entre os incrementos dos fatores
para veículos movidos a gasolina e a etanol. Obtidos a partir da Tabela 20, os incrementos dos fatores
de emissão para veículos bicombustíveis, para cada 80000 km, são apresentados na Tabela 26.
Tabela 26 - Incremento médio de emissões por acúmul o de rodagem para veículos bicombustível ou Flex,
em g km-1 por 80000 km
Poluente CO NO x NMHC RCHOFlex 0,243 0,025 0,024 0,0007
Para incrementar os fatores de emissão de automóveis e veículos comerciais leves considerou-
se que, em média, a cada 5 anos um veículo roda 80000 km. Assim, os fatores de emissão para CO,
NMHC, RCHO e NOx para esta categoria foram incrementados de acordo com o ano de fabricação do
veículo da seguinte forma:
• fabricados de 2005 a 2009: não são incrementados;
• fabricados de 2000 a 2004: são incrementados uma vez;
• fabricados de 1995 a 1999: são incrementados duas vezes;
• fabricados de 1990 a 1994: são incrementados três vezes;
• fabricados de 1984 a 1989: são incrementados quatro vezes;
49
• fabricados até 1983: são incrementados cinco vezes.
Para todas as outras categorias de veículos e tipos de combustíveis foram utilizados os fatores
de emissão apresentados anteriormente.
50
5 LEVANTAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE DADOS DE FROTA VEIC ULAR
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Paraná possui uma população
de 10.444.526 pessoas (dados de 2010), em uma área de aproximadamente 199.317 km2, distribuída
entre 399 municípios. Segundo os últimos dados disponíveis do DETRAN/PR, de março de 2010, o
número total de veículos no Estado é de 5.127.648 veículos, o que corresponde a 49,01 veículos por
100 habitantes. No entanto, este índice difere bastante quando calculado separadamente para Capital e
interior. Na Capital, sem considerar a região metropolitana, existem 1.210.839 veículos (DETRAN, 2011)
e 1.751.907 habitantes (IBGE, 2010), ou seja, 69,11 veículos por 100 habitantes; no interior existem
3.472.792 veículos (DETRAN, 2011) e 8.692.619 habitantes (IBGE, 2010) resultando em 39,95 veículos
por 100 habitantes.
Para este Inventário os dados da frota móvel foram obtidos na página eletrônica do DETRAN e
referem-se à composição da frota por tipo de veículo no mês de março de 2011. As categorias de
veículos utilizadas pelo DETRAN diferem das utilizadas no programa BReve.py, sendo necessária uma
compatibilização entre as duas classificações. A forma de compatibilização é apresentada na Tabela 27.
Tabela 27 - Compatibilização entre as categorias de veículos utilizadas pelo INEA e as categorias util izadas
pelo DETRAN
Categoria INEA Categoria DETRANAutomóveis e comerciais leves
(Gasolina, Álcool e Flex)Automóvel
MotocicletasCiclomotor, motocicleta,
motoneta, quadriciclo, sidecar, triciclo
Veículos comerciais leves (diesel) Caminhonete, camioneta
Caminhões leves (diesel) Utilitário
Caminhões médios (diesel) Caminhão-trator, reboque
Caminhões pesados (diesel)Caminhão, semi-reboque, trator esteira, trator rodas,
trator misto
Ônibus urbanos (diesel)50% dos micro-ônibus, 50%
dos ônibus
Ônibus rodoviários (diesel)50% dos micro-ônibus, 50%
dos ônibus, motor casa
Cabe salientar que o programa BReve.py permite o cálculo das emissões veiculares por tipo de
veículo, ou seja, automóveis e veículos comerciais leves movidos a gasolina, álcool e Flex
51
(bicombustível), motocicletas e veículos movidos a diesel (incluindo comerciais leves a diesel,
caminhões leves, médios e pesados, ônibus urbanos e rodoviários). Portanto, de forma geral, os
veículos automotores serão classificados dentro destas três categorias.
A frota veicular do Estado do Paraná tem evoluído consideravelmente nos últimos anos conforme
pode ser observado na Tabela 28 e na Figura 9. Os dados de 2011 correspondem à frota existente até o
mês de março de 2011 (DETRAN, 2011) e estão divididos entre Capital, Interior e total do Estado.
Tabela 28 - Evolução da frota veicular do Estado do Paraná
ANO CAPITAL INTERIOR ESTADO
2000 674781 1676627 23514082001 722997 1809260 25322572002 761582 1957197 27187792003 791286 2138376 29296622004 843300 2338872 31821722005 907154 2525213 34323672006 963464 2712239 36757032007 1035819 2963664 39994832008 1097830 3260263 43580932009 1149456 3534175 46836312010 1197974 3843872 50418462011 1210839 3916809 5127648
Fonte: DETRAN (2011).
Figura 9 - Evolução da frota veicular do Estado do Paraná
52
A distribuição geral da frota veicular do Estado do Paraná, por faixa de idade, é apresentada na
Tabela 29. Esta distribuição está dividida entre Capital e Interior do Estado.
Tabela 29 - Composição da frota do Estado do Paraná por idade
Região
Faixa de idadenúmero de
veículos%
número de veículos
%
0 a 05 anos 522648 45,47 1111906 31,4606 a 10 anos 190870 16,61 598272 16,9311 a 20 anos 264270 22,99 930751 26,3421 a 30 anos 105980 9,22 576250 16,31
acima de 30 anos 65688 5,71 316996 8,97Total 1149456 100 3534175 100
Capital Interior
Fonte: DETRAN (2010).
O número de veículos por tipo de combustível é apresentado na Tabela 30. A terceira coluna
desta tabela refere-se a adaptação/classificação por tipo de combustível para organização dos dados de
entrada do programa BReve.py. Veículos adaptados para uso de GNV foram somados ao número de
veículos de seu combustível de origem; veículos que utilizam combustíveis alternativos assim como
veículos cadastrados no DETRAN que não utilizam combustíveis foram desconsiderados. A Tabela 31
apresenta, de forma resumida, as quantidades de veículos por tipo de combustível utilizado.
Tabela 30 - Distribuição de veículos por tipo de co mbustível
Combustível Número de veículos em 2009 Combustível considerado
Álcool 405906 Álcool
Álcool/GNV 1610 Álcool
Álcool/Gasolina 734748 Flex
Diesel 443736 Diesel
Diesel/GNV 3 Diesel
Elétrico/Fonte externa 99 Desconsiderado
GÁS METANO 80 Desconsiderado
GNV 28 Desconsiderado
Gasogênio 10 Desconsiderado
Gasolina/Álcool/GNV 4559 Flex
Gasolina/GNV 22056 Gasolina
Gasolina 2921204 Gasolina
Gasolina/Elétrico 7 Gasolina N/A - Veículos que não
utilizam combustível 149585 Desconsiderado
TOTAL GERAL 4683631
Fonte: DETRAN (2010).
53
Tabela 31 - Quantidade de veículos por tipo de comb ustível
Tipo de veículo CombustívelVeículos por tipo de
combustívelAté 2002 A partir de 2003
Álcool 407516 12% 10%Gasolina 2943267 88% 72%
Flex 739307 0% 18%Todos os veículos movidos a diesel Diesel 443739 100% 100%
Automóveis e veículos comerciais leves
De acordo com as Tabelas 29 e 31, foram estimadas percentagens de automóveis e veículos
comerciais leves conforme o ano de fabricação; estas estimativas, realizadas separadamente para
Capital e Interior, são apresentadas na Tabela 32 e foram realizadas de forma a atender a necessidade
de entrada de dados no programa BReve.py. Da mesma forma foram estimadas as porcentagens de
motocicletas e de veículos movidos a diesel por ano de fabricação – apresentadas respectivamente nas
Tabelas 33 e 34. Ao ano de 2009 somaram-se as quantidades referentes a 2010 e 2011 – até o mês de
março – visto que os fatores de emissão apresentados no INEA vão até o ano de 2009.
Tabela 32 - Estimativas de % de automóveis e veícul os comerciais leves de acordo com o ano de
fabricação
Capital Interior
Até 1983 5,7 8,91984 1,31 2,331985 1,31 2,331986 1,31 2,331987 1,31 2,331988 1,31 2,331989 1,31 2,331990 1,31 2,331991 2,3 2,631992 2,3 2,631993 2,3 2,631994 2,3 2,631995 2,3 2,631996 2,3 2,631997 2,3 2,631998 2,3 2,631999 2,3 2,632000 2,3 2,632001 4,6 3,392002 4,6 3,392003 4,6 3,392004 4,6 3,392005 4,6 3,392006 9,08 6,292007 9,08 6,292008 9,08 6,29
2009 em diante 11,86 12,59
Ano fabricação% por ano de fabricação
54
Tabela 33 - Estimativas de % de motocicletas por an o de fabricação
Ano de fabricação Interior (%) Capital (%)até 2002 51,5 38,5
2003 5,67 5,332004 5,67 5,332005 5,67 5,332006 6,3 9,12007 6,3 9,12008 6,3 9,1
2009 em diante 12,6 18,21
Tabela 34 - Estimativas de % de veículos movidos a diesel por ano de fabricação
Ano de fabricação Capital Interioraté 1993 21,82 33,12
1994 - 1997 9,2 10,521998 - 2002 13,58 14,692003 - 2008 37,29 25,93
2009 em diante 18,11 15,74
Para fins de estimativas de quantidades de poluentes emitidos adotou-se a seguinte
quilometragem rodada por tipo de veículo (Tabela 35):
Tabela 35 - Quilometragem média anual rodada por ti po de veículo
Capital Interior
(km ano -1) (km ano ‑ 1)Automóveis e veículos comerciais leves 20000 16000
motocicletas 20000 16000Veículos movidos a diesel 96000 96000
Tipo de veículo
Com o intuito de identificar as diferenças de emissões de poluentes nas diferentes regiões do
Estado do Paraná, este foi dividido em 6 macrorregiões levando em conta a possível área de circulação
das frotas. Os respectivos municípios que compõe cada uma das macrorregiões juntamente com a
distribuição geral de suas frotas são apresentados na seqüência. Também são apresentadas as
composições estimadas das frotas por tipo de veículo, ano de fabricação e combustível conforme as
percentagens apresentadas. As macrorregiões foram divididas de acordo com a Figura 10, sendo:
• Macrorregião 1: Região do Litoral
• Macrorregião 2: Região Metropolitana de Curitiba (RMC)
• Macrorregião 3: Região de Ponta Grossa
• Macrorregião 4: Região de Londrina
• Macrorregião 5: Região de Maringá
• Macrorregião 6: Região de Cascavel
55
Figura 10 - Macrorregiões do Paraná para o Inventár io de emissões de fontes móveis
5.1 Macrorregião 1: Litoral
A macrorregião do Litoral é composta por 7 municípios. A Tabela 36 mostra a composição da
frota por município e categoria de veículo. As Tabelas 37, 38 e 39 mostram a composição da frota por
ano de fabricação estimada conforme descrição anterior respectivamente para automóveis e veículos
comerciais leves, motocicletas e veículos movidos a diesel.
Tabela 36 - Composição da frota veicular – Macrorre gião Litoral
Município/CategoriaAutomóveis e veículos
comerciais levesMotocicletas
Veículos comerciais leves
a diesel
Caminhões leves
Caminhões médios
Caminhões pesados
Ônibus urbanos
Ônibus rodoviários
Total de veículos por
município
ANTONINA 1593 949 224 5 60 99 19 19 2969
GUARAQUECABA 152 155 52 1 1 22 5 4 392
GUARATUBA 5106 2642 842 22 261 308 32 32 9246
MATINHOS 4851 2679 763 16 199 278 25 24 8835
MORRETES 2221 1273 458 11 106 187 24 24 4305
PARANAGUA 23658 13576 2907 106 2131 3072 130 131 45755
PONTAL DO PARANA 2962 1260 483 7 150 221 26 25 5134
Total por categoria 40543 22534 5729 168 2908 4187 261 259 76636 Fonte: DETRAN (2011).
56
Tabela 37 - Estimativa de composição de frota de au tomóveis e veículos comerciais leves movidos a gasolina, álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorre gião Litoral
Ano fabricação Total por ano Gasolina Etanol Flex1983 3636 3200 436 01984 944 831 113 01985 944 831 113 01986 944 831 113 01987 944 831 113 01988 944 831 113 01989 944 831 113 01990 944 831 113 01991 1067 939 128 01992 1067 939 128 01993 1067 939 128 01994 1067 939 128 01995 1067 939 128 01996 1067 939 128 01997 1067 939 128 01998 1067 939 128 01999 1067 939 128 02000 1067 939 128 02001 1372 1208 164 02002 1372 1208 164 02003 1372 988 138 2462004 1372 988 138 2462005 1372 988 138 2462006 2551 1837 255 4592007 2551 1837 255 4592008 2551 1837 255 4592009 5116 3685 511 920Total 40543 32983 4525 3035
Tabela 38 - Estimativa de composição de frota de mo tocicletas movidas à gasolina – Macrorregião Litora l
Ano de Fabricação Número de motocicletas2002 116052003 12762004 12762005 12762006 14192007 14192008 14192009 2844Total 22534
Tabela 39 - Estimativa de composição de frota de ve ículos movidos à diesel – Macrorregião Litoral
Categoria/Ano de fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante TotaisVeículos comerciais leves 1897 602 841 1485 904 5729
Caminhões leves 55 17 24 43 29 168Caminhões médios 963 305 427 754 459 2908
Caminhões pesados 1386 440 615 1085 661 4187Ônibus urbanos 86 27 38 67 43 261
Ônibus rodoviários 85 27 38 67 42 259
57
5.2 Macrorregião 2: Região Metropolitana de Curitib a
A Região Metropolitana de Curitiba é composta por 29 municípios. A composição de sua frota
veicular, por município, é apresentada na Tabela 40. As Tabelas 41, 42 e 43 mostram a composição
estimada da frota por ano de fabricação, respectivamente para automóveis e veículos comerciais leves,
motocicletas e veículos movidos a diesel.
Tabela 40 - Composição da frota veicular – Região M etropolitana de Curitiba
Município/CategoriaAutomóveis e veículos
comerciais levesMotocicletas
Veículos comerciais
leves a diesel
Caminhões leves
Caminhões médios
Caminhões pesados
Ônibus urbanos
Ônibus rodoviários
Total de veículos por
município
ADRIANOPOLIS 787 497 166 1 22 131 10 10 1624
AGUDOS DO SUL 1642 856 295 2 53 343 14 15 3220
ALMIRANTE TAMANDARE 22192 7305 2528 37 630 1689 139 139 34659
ARAUCARIA 35875 9225 4979 154 1939 4312 498 498 57480
BALSA NOVA 2831 1347 459 3 132 446 29 30 5277
BOCAIUVA DO SUL 2048 793 345 5 61 300 15 15 3582
CAMPINA GRANDE DO SUL 10420 2340 1339 27 379 904 60 60 15529
CAMPO DO TENENTE 1361 366 191 2 61 164 20 21 2186
CAMPO LARGO 31669 10269 4797 122 1331 2959 320 324 51791
CAMPO MAGRO 5213 1829 780 21 89 429 35 37 8433
CERRO AZUL 1727 1833 485 5 15 368 29 29 4491
COLOMBO 54247 16704 7265 142 2062 5127 353 361 86261
CONTENDA 3925 1135 708 9 101 703 29 29 6639
CURITIBA 859370 133648 122620 8786 27509 48545 5095 5266 1210839
DOUTOR ULYSSES 383 365 123 1 2 43 5 6 928
FAZENDA RIO GRANDE 17655 3608 1852 23 569 1255 135 136 25233
ITAPERUCU 4479 1765 951 9 96 649 44 43 8036
LAPA 9806 3771 1667 48 425 1395 121 121 17354
MANDIRITUBA 4938 1799 990 15 244 1084 37 37 9144
PIEN 3403 1564 503 8 102 431 17 17 6045
PINHAIS 37206 10800 5433 208 1197 2342 270 270 57726
PIRAQUARA 17095 5999 1693 35 368 563 122 122 25997
QUATRO BARRAS 5892 1336 866 52 363 831 94 95 9529
QUITANDINHA 3142 1720 563 3 111 567 29 29 6164
RIO BRANCO DO SUL 6607 2211 1298 22 353 1045 86 86 11708
RIO NEGRO 10564 3701 1662 28 320 968 55 56 17354
SAO JOSE DOS PINHAIS 84795 20391 11695 479 4574 9214 663 664 132475
TIJUCAS DO SUL 2504 1394 456 8 77 451 20 21 4931
TUNAS DO PARANA 720 497 146 2 25 91 18 19 1518
Total por categoria 1242496 249068 176855 10257 43210 87349 8362 8556 1826153
Fonte: DETRAN (2011).
58
Tabela 41 - Estimativa de composição de frota de au tomóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina, álcool e Flex (bicombustíveis) – Região M etropolitana de Curitiba
Ano fabricação Veículos por ano Gasolina Etanol Flex1983 70822 62324 8498 01984 16329 14370 1959 01985 16329 14370 1959 01986 16329 14370 1959 01987 16329 14370 1959 01988 16329 14370 1959 01989 16329 14370 1959 01990 16329 14370 1959 01991 28577 25148 3429 01992 28577 25148 3429 01993 28577 25148 3429 01994 28577 25148 3429 01995 28577 25148 3429 01996 28577 25148 3429 01997 28577 25148 3429 01998 28577 25148 3429 01999 28577 25148 3429 02000 28577 25148 3429 02001 41499 36520 4979 02002 41499 36520 4979 02003 41499 29880 4150 74692004 41499 29880 4150 74692005 41499 29880 4150 74692006 112818 81230 11281 203072007 112818 81230 11281 203072008 112818 81230 11281 203072009 225652 162470 22565 40617Total 1242496 983234 135317 123945
Tabela 42 - Estimativa de composição de frota de mo tocicletas movidas à gasolina – Região Metropolitan a de Curitiba
Ano Fabricação Número de motocicletas2002 958912003 132832004 132832005 132832006 226652007 226652008 226652009 45333Total 249068
Tabela 43 - Estimativa de composição de frota de ve ículos movidos à diesel – Região Metropolitana de Curitiba
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante TotaisVeículos comerciais leves 38589 16270 24016 65949 32031 176855
Caminhões leves 2238 943 1392 3824 1860 10257Caminhões médios 9428 3975 5867 16113 7827 43210Caminhões pesados 19059 8036 11861 32572 15821 87349
Ônibus urbanos 1824 769 1135 3118 1516 8362Ônibus rodoviários 1866 787 1161 3190 1552 8556
59
5.3 Macrorregião 3: Região de Ponta Grossa
A macrorregião de Ponta Grossa é composta por 76 municípios. A composição de sua frota
veicular, por município, é apresentada na Tabela 44. Nas Tabelas 45, 46 e 47 são apresentadas as
composições estimadas das frotas por ano de fabricação, respectivamente, para automóveis e veículos
comerciais leves, motocicletas e veículos movidos a diesel.
Tabela 44 - Composição da frota veicular – Macrorre gião de Ponta Grossa
Município/CategoriaAutomóveis e
veículos comerciais leves
MotocicletasVeículos
comerciais leves a diesel
Caminhões leves
Caminhões médios
Caminhões pesados
Ônibus urbanos
Ônibus rodoviários
Total de veículos por
município
ANTONIO OLINTO 1286 712 192 3 16 130 13 16 2366
ARAPOTI 4968 1982 1053 22 240 603 43 43 8954
BITURUNA 3104 1212 828 5 63 412 58 58 5740
BOA VENTURA DE SAO ROQUE 876 516 195 0 50 201 17 17 1872
BOM SUCESSO DO SUL 643 327 194 5 24 134 7 8 1342
CAMPINA DO SIMAO 512 207 138 0 2 68 8 9 944
CANDOI 2715 863 531 7 62 378 52 53 4661
CANTAGALO 1950 521 421 0 48 267 19 22 3248
CARAMBEI 4586 1422 933 33 388 920 38 39 8359
CASTRO 14599 5389 3386 88 851 2169 176 177 26837
CHOPINZINHO 4713 1540 999 13 217 760 38 39 8318
CLEVELANDIA 3749 799 899 22 165 647 31 31 6342
CORONEL DOMINGOS SOARES 650 252 210 4 10 120 14 14 1274
CORONEL VIVIDA 5361 2121 1152 17 133 711 49 52 9596
CRUZ MACHADO 3143 1948 1039 3 85 509 39 41 6807
ESPIGAO ALTO DO IGUACU 651 295 123 0 3 63 7 8 1150
FERNANDES PINHEIRO 882 472 96 0 11 105 10 11 1587
FOZ DO JORDAO 1005 177 157 3 15 80 7 7 1451
GENERAL CARNEIRO 2301 526 571 8 76 440 31 32 3984
GOIOXIM 792 404 179 0 7 97 15 15 1509
GUAMIRANGA 1419 898 236 1 26 162 15 15 2772
GUARAPUAVA 42241 10907 8302 328 2150 5838 389 390 70552
HONORIO SERPA 1123 457 187 1 14 112 15 15 1924
IMBAU 1605 946 336 9 55 230 22 23 3226
IMBITUVA 6132 2717 1033 30 231 818 33 33 11028
INACIO MARTINS 1206 576 342 1 35 268 25 26 2479
IPIRANGA 2758 1267 544 7 73 331 36 37 5052
IRATI 14613 5187 2461 68 640 1724 96 96 24885
ITAPEJARA D'OESTE 2537 1114 439 8 97 396 14 14 4619
IVAI 2179 1656 613 10 51 359 18 22 4908
JAGUARIAIVA 6569 2448 1239 31 509 1079 67 68 12010
LARANJAL 457 474 154 0 2 50 10 9 1156
LARANJEIRAS DO SUL 7171 1533 1390 26 266 846 43 42 11317
MALLET 2575 1318 495 1 70 354 23 24 4859
MANGUEIRINHA 3365 1149 739 9 131 572 37 41 6039
MARIOPOLIS 1486 509 364 3 48 245 17 16 2688
MARQUINHO 616 288 212 0 2 58 10 9 1195
MATO RICO 334 349 99 0 2 39 6 5 834
NOVA LARANJEIRAS 1414 597 341 0 31 159 14 14 2564
NOVA TEBAS 1073 610 264 0 17 106 7 7 2084
ORTIGUEIRA 2790 1805 679 8 56 341 43 42 5764
60
PALMAS 8472 1735 1958 52 365 1238 60 61 13944
PALMEIRA 7311 2540 1611 26 399 1154 53 52 13149
PALMITAL 2137 1228 811 5 40 253 26 25 4517
PATO BRANCO 23295 7335 4759 254 1280 3039 217 218 40415
PAULA FREITAS 1108 499 218 0 42 148 8 8 2034
PAULO FRONTIN 1531 686 236 3 50 199 8 7 2719
PINHAO 4472 1148 1131 12 81 490 54 54 7442
PIRAI DO SUL 4762 1769 850 8 187 521 50 51 8198
PITANGA 6827 2537 1742 12 309 1068 60 61 12616
PONTA GROSSA 85434 22264 14575 526 6533 11798 734 748 142613
PORTO AMAZONAS 794 238 166 1 28 84 9 9 1329
PORTO BARREIRO 597 297 136 1 8 56 9 8 1112
PORTO VITORIA 826 319 160 2 28 187 5 5 1532
PRUDENTOPOLIS 9218 4976 2586 20 240 1249 68 67 18424
QUEDAS DO IGUACU 6215 2259 1098 32 262 802 64 64 10797
REBOUCAS 2661 1309 362 3 56 262 23 23 4700
RESERVA 3755 2050 925 5 162 688 41 41 7668
RESERVA DO IGUACU 879 221 177 0 17 78 13 13 1399
RIO AZUL 3237 1347 419 2 55 248 31 31 5370
RIO BONITO DO IGUACU 2168 962 383 2 26 233 31 30 3835
SANTA MARIA DO OESTE 1467 625 423 2 24 209 13 14 2778
SAO JOAO 2686 880 554 6 84 362 21 21 4617
SAO JOAO DO TRIUNFO 2277 994 361 1 41 226 21 21 3942
SAO MATEUS DO SUL 9711 3880 1726 32 382 945 102 102 16883
SAUDADE DO IGUACU 1091 315 176 3 13 74 14 14 1700
SENGES 3097 1353 632 20 204 556 45 45 5950
SULINA 743 343 106 3 10 80 7 8 1298
TEIXEIRA SOARES 1646 793 292 1 58 215 39 39 3075
TELEMACO BORBA 17518 6509 2423 90 801 1619 193 194 29356
TIBAGI 2785 915 637 18 101 348 38 38 4880
TURVO 2463 1070 670 6 71 454 28 29 4791
UNIAO DA VITORIA 14461 5272 2692 78 506 1576 49 49 24682
VENTANIA 1486 691 226 5 97 233 24 24 2786
VIRMOND 846 194 188 2 25 108 7 7 1377
VITORINO 1422 347 348 9 163 411 11 11 2721
Total por categoria 401547 138390 79522 2016 19720 54112 3788 3832 702945 Fonte: DETRAN (2011).
61
Tabela 45 - Estimativa de composição de frota de au tomóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina, álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorre gião de Ponta Grossa
Ano fabricação Veículos por ano Gasolina Etanol Flex1983 35737 31449 4288 01984 9350 8229 1122 01985 9350 8229 1122 01986 9350 8229 1122 01987 9350 8229 1122 01988 9350 8229 1122 01989 9350 8229 1122 01990 9350 8229 1122 01991 10572 9304 1268 01992 10572 9304 1268 01993 10572 9304 1268 01994 10572 9304 1268 01995 10572 9304 1268 01996 10572 9304 1268 01997 10572 9304 1268 01998 10572 9304 1268 01999 10572 9304 1268 02000 10572 9304 1268 02001 13652 12014 1638 02002 13652 12014 1638 02003 13652 9830 1366 24572004 13652 9830 1366 24572005 13652 9830 1366 24572006 25273 18197 2527 45492007 25273 18197 2527 45492008 25273 18197 2527 45492009 50561 36405 5056 9100Total 401547 326606 44833 30118
Tabela 46 - Estimativa de composição de frota de mo tocicletas movidas à gasolina – Macrorregião de Pon ta Grossa
Ano Fabricação Número de motocicletas2002 712702003 78422004 78422005 78422006 87182007 87182008 87182009 17440Total 138390
Tabela 47 - Estimativa de composição de frota de ve ículos movidos à diesel – Macrorregião de Ponta Grossa
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 20 08 2009 em diante TotaisVeículos comerciais leves 26337 8365 11681 20620 12519 79522
Caminhões leves 667 212 296 522 319 2016Caminhões médios 6531 2074 2896 5113 3106 19720Caminhões pesados 17921 5692 7949 14031 8519 54112
Ônibus urbanos 1254 398 556 982 598 3788Ônibus rodoviários 1267 402 562 992 605 3828
62
5.4 Macrorregião 4: Macrorregião de Londrina
A macrorregião de Londrina é composta por 95 municípios. Na Tabela 48 é apresentada a
composição de sua frota veicular por município. As Tabelas 49, 50 e 51 mostram a composição
estimada da frota por ano de fabricação, respectivamente, para automóveis e veículos comerciais leves,
motocicletas e veículos movidos a diesel.
Tabela 48 - Composição da frota veicular – Macrorre gião de Londrina
Município/CategoriaAutomóveis e
veículos comerciais leves
MotocicletasVeículos
comerciais leves a diesel
Caminhões leves
Caminhões médios
Caminhões pesados
Ônibus urbanos
Ônibus rodoviários
Total de veículos por município
ABATIA 1277 637 247 0 41 127 18 18 2365
ALVORADA DO SUL 1850 713 370 7 124 353 25 26 3468
ANDIRA 5103 2313 930 13 243 633 48 48 9331
APUCARANA 33632 14097 5500 180 1222 3148 271 275 58324
ARAPONGAS 30723 18436 5009 179 1425 3849 129 129 59882
ARAPUA 618 491 160 0 15 95 11 12 1394
ARIRANHA DO IVAI 355 263 94 1 1 46 6 7 772
ASSAI 4081 2137 863 5 84 483 26 27 7706
BANDEIRANTES 7650 3357 1446 38 352 870 61 62 13837
BARRA DO JACARE 549 346 87 1 9 42 7 7 1048
BELA VISTA DO PARAISO 4076 1252 988 8 332 774 37 38 7506
BOM SUCESSO 1181 365 189 2 57 113 19 19 1945
BORRAZOPOLIS 1797 741 460 2 63 297 5 6 3371
CAFEARA 511 211 77 1 28 36 8 9 881
CALIFORNIA 2032 946 376 5 65 291 12 12 3739
CAMBARA 6222 3457 1179 21 282 916 50 51 12178
CAMBE 24914 11334 3562 55 975 2100 164 166 43270
CAMBIRA 2000 919 447 6 66 261 8 9 3716
CANDIDO DE ABREU 1989 1530 528 1 48 235 24 24 4379
CARLOPOLIS 2956 1592 616 12 95 307 31 32 5613
CENTENARIO DO SUL 2152 1270 363 5 121 163 35 36 4145
CONGONHINHAS 1337 675 254 1 18 122 16 16 2439
CONSELHEIRO MAIRINCK 597 214 135 0 15 38 5 5 1009
CORNELIO PROCOPIO 13328 7168 2590 70 482 1190 101 103 25039
CRUZMALTINA 477 212 120 0 12 75 5 5 906
CURIUVA 2197 1119 468 13 72 258 44 45 4216
FAXINAL 3408 1842 799 10 110 451 22 23 6665
FIGUEIRA 1558 531 321 1 42 153 15 15 2636
FLORESTOPOLIS 2194 549 305 3 136 282 48 49 3566
GODOY MOREIRA 439 462 86 0 2 43 4 5 1041
GRANDES RIOS 947 707 251 2 12 87 6 7 2019
GUAPIRAMA 601 364 131 0 22 111 9 10 1248
GUARACI 1229 430 181 1 33 111 13 21 2012
IBAITI 5838 1876 1164 21 267 644 86 87 9982
IBIPORA 11933 5591 1845 22 451 1109 61 62 21075
ITAMBARACA 1272 526 241 1 52 156 15 16 2280
IVAIPORA 8453 3971 1998 29 231 896 58 60 15696
JABOTI 731 541 198 0 17 74 6 7 1574
JACAREZINHO 8851 4240 1405 35 405 614 97 98 15745
JAGUAPITA 2498 1085 593 8 157 387 32 32 4792
JANDAIA DO SUL 5862 1811 1368 24 261 706 55 56 10143
JAPIRA 775 290 122 0 12 47 3 3 1252
JARDIM ALEGRE 2274 1219 479 1 169 438 16 16 4612
63
JATAIZINHO 2605 1375 489 4 94 352 23 24 4966
JOAQUIM TAVORA 2045 1116 452 9 79 258 13 14 3986
JUNDIAI DO SUL 454 212 70 1 7 29 7 8 788
KALORE 1027 587 174 0 33 154 12 13 2000
LEOPOLIS 710 289 160 0 14 72 5 5 1255
LIDIANOPOLIS 727 464 157 1 36 109 11 11 1516
LONDRINA 173097 66077 28777 1256 6066 10806 1294 1294 288692
LUNARDELLI 996 652 257 3 13 84 6 7 2018
LUPIONOPOLIS 1183 435 283 0 30 107 70 71 2179
MANOEL RIBAS 2675 1104 646 2 159 507 16 16 5125
MARILANDIA DO SUL 1880 1232 359 4 73 280 16 16 3860
MARUMBI 976 515 229 2 23 103 8 9 1865
MAUA DA SERRA 1557 796 267 11 70 235 14 15 2963
MIRASELVA 401 181 78 1 21 40 13 14 748
NOVA AMERICA DA COLINA 691 257 156 4 73 132 8 9 1330
NOVA FATIMA 1554 513 294 0 28 227 17 17 2650
NOVA SANTA BARBARA 741 402 153 0 20 140 5 5 1464
NOVO ITACOLOMI 626 404 119 0 5 77 3 4 1236
PINHALAO 1056 567 332 2 14 90 10 10 2081
PITANGUEIRAS 630 241 120 1 11 57 13 14 1087
PORECATU 3393 1024 421 9 229 521 71 72 5740
PRADO FERREIRA 664 170 104 3 38 109 8 9 1105
PRIMEIRO DE MAIO 2261 1293 549 4 132 336 16 17 4608
QUATIGUA 1688 1054 386 7 108 435 12 14 3702
RANCHO ALEGRE 811 341 177 3 40 113 7 7 1498
RIBEIRAO CLARO 2366 1342 568 20 90 186 24 24 4620
RIBEIRAO DO PINHAL 2334 854 436 6 37 205 27 27 3926
RIO BOM 706 446 180 0 13 73 4 5 1427
RIO BRANCO DO IVAI 531 388 83 1 8 49 6 8 1071
ROLANDIA 15327 7883 2540 48 661 1908 85 87 28541
ROSARIO DO IVAI 758 700 194 1 12 71 12 12 1758
SABAUDIA 1421 787 316 3 77 212 11 11 2839
SALTO DO ITARARE 1129 522 220 4 24 98 8 9 2014
SANTA AMELIA 711 324 133 0 14 78 10 10 1282
SANTA CECILIA DO PAVAO 780 405 151 0 12 72 8 9 1437
SANTA MARIANA 2460 863 458 8 245 459 28 28 4549
SANTANA DO ITARARE 815 516 166 1 45 117 9 9 1670
SANTO ANTONIO DA PLATINA 9717 6041 2129 61 340 692 133 133 19254
SANTO ANTONIO DO PARAISO 573 159 107 1 8 77 5 5 933
SAO JERONIMO DA SERRA 1666 862 334 3 12 137 12 12 3034
SAO JOAO DO IVAI 2365 1776 560 8 55 316 19 20 5119
SAO JOSE DA BOA VISTA 823 797 171 1 52 126 9 31 1982
SAO PEDRO DO IVAI 1933 1072 508 8 173 464 25 26 4210
SAO SEBASTIAO DA AMOREIRA 1747 536 314 6 31 184 20 20 2857
SAPOPEMA 1068 616 209 1 12 102 8 9 2020
SERTANEJA 1423 468 321 4 59 213 15 16 2515
SERTANOPOLIS 3637 2521 971 8 420 913 25 25 8523
SIQUEIRA CAMPOS 4062 2324 737 16 127 389 27 27 7712
TAMARANA 1952 1475 372 3 35 273 20 20 4151
TOMAZINA 1168 753 308 4 17 92 11 11 2364
URAI 2467 1255 600 5 93 333 19 20 4792
WENCESLAU BRAZ 3800 1761 757 7 173 541 44 45 7129
Total por categoria 484654 220577 87597 2339 18887 46884 4014 4108 869008 Fonte: DETRAN (2011).
64
Tabela 49 - Estimativa de composição de frota de au tomóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina, álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorre gião de Londrina
Ano fabricação Veículos por ano Gasolina Etanol Flex1983 43134 37958 5176 01984 11285 9931 1354 01985 11285 9931 1354 01986 11285 9931 1354 01987 11285 9931 1354 01988 11285 9931 1354 01989 11285 9931 1354 01990 11285 9931 1354 01991 12760 11229 1531 01992 12760 11229 1531 01993 12760 11229 1531 01994 12760 11229 1531 01995 12760 11229 1531 01996 12760 11229 1531 01997 12760 11229 1531 01998 12760 11229 1531 01999 12760 11229 1531 02000 12760 11229 1531 02001 16478 14501 1977 02002 16478 14501 1977 02003 16478 11865 1648 29662004 16478 11865 1648 29662005 16478 11865 1648 29662006 30504 21963 3050 54902007 30504 21963 3050 54902008 30504 21963 3050 54902009 61023 43937 6102 10984Total 484654 394188 54114 36352
Tabela 50 - Estimativa de composição de frota de mo tocicletas movidas à gasolina – Macrorregião de Londrina
Ano Fabricação Número de motocicletas2002 1135972003 124992004 124992005 124992006 138962007 138962008 138962009 27795Total 220577
Tabela 51 - Estimativa de composição de frota de ve ículos movidos à diesel – Macrorregião de Londrina
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante TotaisVeículos comerciais leves 29012 9215 12867 22713 13790 87597
Caminhões leves 774 246 343 606 370 2339Caminhões médios 6255 1986 2774 4897 2975 18887Caminhões pesados 15527 4932 6887 12157 7381 46884
Ônibus urbanos 1329 422 589 1040 634 4014Ônibus rodoviários 1360 432 603 1065 648 4108
65
5.5 Macrorregião 5: Macrorregião de Maringá
Esta macrorregião, de Londrina, é composta por 115 municípios. A composição de sua frota
veicular, por município, é apresentada na Tabela 52. As composições estimadas da frota por ano de
fabricação, respectivamente, para automóveis e veículos comerciais leves, motocicletas e veículos
movidos a diesel são apresentada nas Tabelas 53, 54 e 55.
Tabela 52 - Composição da frota veicular – Macrorre gião de Maringá
Município/CategoriaAutomóveis e
veículos comerciais leves
MotocicletasVeículos
comerciais leves a diesel
Caminhões leves
Caminhões médios
Caminhões pesados
Ônibus urbanos
Ônibus rodoviários
Total de veículos por
município
ALTAMIRA DO PARANA 484 388 188 0 3 41 6 7 1117
ALTO PARAISO 543 319 135 3 17 46 6 7 1076
ALTO PARANA 2475 1449 554 2 82 281 39 39 4921
ALTO PIQUIRI 1640 980 305 3 58 206 17 18 3227
ALTONIA 4134 3215 788 5 180 446 23 23 8814
AMAPORA 692 504 139 2 24 85 21 22 1489
ÂNGULO 531 298 129 0 25 72 4 4 1062
ARARUNA 2749 1918 497 4 96 414 18 21 5716
ASTORGA 6407 2878 1264 18 611 1273 58 58 12567
ATALAIA 809 482 188 0 47 119 15 17 1675
BARBOSA FERRAZ 1937 1419 372 2 20 171 14 15 3950
BOA ESPERANCA 953 673 266 0 46 183 10 11 2142
BRASILANDIA DO SUL 508 389 118 0 9 58 5 5 1092
CAFEZAL DO SUL 789 450 136 0 29 85 12 13 1514
CAMPINA DA LAGOA 2878 1487 701 5 115 464 19 20 5689
CAMPO MOURAO 25385 11572 4822 107 1334 3002 270 277 46770
CIANORTE 20086 13867 3895 86 1013 1835 123 124 41030
CIDADE GAUCHA 2437 1333 395 3 190 351 40 41 4790
COLORADO 6097 2856 1259 16 682 1189 66 67 12233
CORUMBATAI DO SUL 650 487 173 0 6 56 11 12 1395
CRUZEIRO DO OESTE 4615 2532 696 9 146 495 35 36 8564
CRUZEIRO DO SUL 1040 548 209 1 55 105 10 11 1979
DIAMANTE DO NORTE 1331 731 213 1 77 89 12 13 2467
DOURADINA 1383 1222 259 8 182 455 9 10 3527
DOUTOR CAMARGO 1399 964 279 2 82 210 21 21 2978
ENGENHEIRO BELTRAO 3089 1258 665 8 256 550 39 41 5907
ESPERANCA NOVA 432 266 81 2 12 22 2 2 819
FAROL 587 322 115 0 10 84 4 5 1127
FENIX 886 500 178 2 28 118 5 6 1723
FLORAI 1261 614 295 5 67 169 15 15 2441
FLORESTA 1678 873 487 9 81 274 15 16 3433
FLORIDA 666 259 149 0 22 60 11 12 1179
FRANCISCO ALVES 1074 958 214 1 61 173 11 14 2503
GOIOERE 7001 3425 1441 30 437 1009 38 38 13420
GUAIRACA 1000 684 238 0 46 135 13 14 2130
GUAPOREMA 380 263 80 0 20 55 4 7 805
ICARAIMA 1757 1065 368 3 75 130 15 15 3428
IGUARACU 967 351 151 2 82 147 8 10 1717
INAJA 565 280 127 0 21 37 9 10 1049
INDIANOPOLIS 1004 550 190 4 69 189 4 4 2014
IPORA 3205 2286 613 3 158 409 24 24 6722
IRETAMA 1708 973 345 1 33 183 14 16 3272
ITAGUAJE 1176 447 222 3 60 93 13 13 2027
ITAMBE 1314 821 305 5 96 251 12 12 2816
ITAUNA DO SUL 706 471 80 0 25 49 4 4 1339
IVATE 1342 950 255 5 193 218 30 31 3024
IVATUBA 541 258 93 1 23 63 5 6 990
JANIOPOLIS 1155 767 251 1 35 139 11 12 2371
JAPURA 2033 1209 453 4 119 253 9 10 4090
JARDIM OLINDA 560 163 56 0 30 36 4 4 853
JURANDA 1740 1049 502 5 65 325 7 7 3700
JUSSARA 1390 721 257 1 217 266 16 19 2885
66
LOANDA 4943 3110 1124 17 324 580 30 41 10158
LOBATO 965 434 238 3 121 241 15 16 2036
LUIZIANA 1004 430 187 0 21 150 10 10 1812
MAMBORE 3230 1474 1024 6 171 653 16 17 6591
MANDAGUACU 4428 1864 786 13 409 881 29 32 8440
MANDAGUARI 8574 4489 1629 35 367 851 40 41 16027
MARIA HELENA 915 728 179 0 34 108 12 13 1989
MARIALVA 9070 3792 1914 30 738 1489 52 53 17120
MARILENA 1187 1047 208 1 25 118 12 25 2610
MARILUZ 1536 976 283 1 107 254 32 33 3222
MARINGA 132717 54587 23671 1133 10084 17295 676 677 240871
MIRADOR 321 221 43 0 4 13 5 5 612
MOREIRA SALES 2046 1271 367 2 96 276 29 30 4119
MUNHOZ DE MELLO 775 262 140 0 31 73 6 6 1293
NOSSA SENHORA DAS GRACAS 772 173 119 1 20 33 16 17 1151
NOVA ALIANCA DO IVAI 220 201 53 0 6 16 6 6 508
NOVA CANTU 1039 703 240 0 10 106 8 9 2114
NOVA ESPERANCA 7008 3689 1486 20 440 1031 42 42 13759
NOVA LONDRINA 3994 2118 686 12 256 546 22 22 7662
NOVA OLIMPIA 1116 835 223 0 53 111 9 10 2357
OURIZONA 709 348 103 1 31 101 8 9 1307
PAICANDU 7633 4858 998 6 265 552 39 42 14396
PARAISO DO NORTE 2705 1390 541 3 136 269 32 33 5112
PARANACITY 1790 927 342 2 247 277 29 29 3610
PARANAPOEMA 529 187 89 1 17 76 8 9 906
PARANAVAI 22163 15551 4707 106 1223 2588 116 120 46582
PEABIRU 2826 1118 496 2 68 325 19 19 4873
PEROBAL 1052 594 162 1 38 118 15 16 1994
PEROLA 2626 1878 449 13 121 220 8 9 5324
PLANALTINA DO PARANA 750 552 169 2 31 113 9 10 1636
PORTO RICO 460 294 96 1 38 20 3 3 915
PRESIDENTE CASTELO BRANCO 1028 412 172 2 91 125 14 14 1858
QUARTO CENTENARIO 862 405 165 3 49 177 6 7 1674
QUERENCIA DO NORTE 1664 1279 365 6 43 204 13 13 3588
QUINTA DO SOL 929 397 185 3 36 156 9 10 1725
RANCHO ALEGRE DO OESTE 541 360 123 1 95 254 4 5 1383
RONCADOR 1908 1098 576 1 46 329 16 17 3989
RONDON 2091 1040 449 4 165 342 26 27 4152
SANTA CRUZ MONT CASTELO 1880 1080 388 1 46 208 18 19 3640
SANTA FE 2499 1187 477 4 111 271 15 16 4580
SANTA INES 345 101 58 2 5 14 5 6 536
SANTA ISABEL DO IVAI 1940 1186 380 4 98 201 21 22 3852
SANTA MONICA 471 411 76 2 15 52 5 6 1038
SANTO ANTONIO DO CAIUA 447 320 81 0 14 21 6 6 895
SANTO INACIO 1282 554 269 8 77 130 10 11 2339
SAO CARLOS DO IVAI 1222 981 254 1 115 279 16 17 2887
SAO JOAO DO CAIUA 1071 484 227 0 18 78 14 15 1908
SAO JORGE DO IVAI 1291 623 426 3 114 372 10 12 2849
SAO JORGE DO PATROCINIO 1177 1032 280 1 39 134 9 9 2681
SAO MANOEL DO PARANA 409 331 63 0 4 43 6 8 861
SAO PEDRO DO PARANA 413 266 73 0 16 34 3 4 809
SAO TOME 1167 641 183 1 73 136 18 18 2237
SARANDI 17624 13447 2258 11 1097 1831 92 93 36459
TAMBOARA 897 782 223 0 33 85 10 10 2040
TAPEJARA 3078 1758 509 4 331 432 52 52 6218
TAPIRA 1161 850 222 1 37 148 15 15 2448
TERRA BOA 3953 2007 658 6 263 613 37 38 7575
TERRA RICA 3214 2804 602 5 309 404 34 35 7407
TUNEIRAS DO OESTE 1303 1229 264 0 28 125 16 17 2982
UBIRATA 5216 2803 1356 15 273 925 32 32 10651
UMUARAMA 29197 16695 5634 178 1752 3441 141 143 57182
UNIFLOR 504 237 102 0 16 46 8 8 920
XAMBRE 1138 636 175 1 61 125 7 7 2149
Total por categoria 452194 242281 86216 2052 28472 58387 3247 3375 876186 Fonte: DETRAN (2011).
67
Tabela 53 - Estimativa de composição de frota de au tomóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina, álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorre gião de Maringá
Ano fabricação Veículos por ano Gasolina Etanol Flex1983 40245 35416 4829 01984 10529 9266 1263 01985 10529 9266 1263 01986 10529 9266 1263 01987 10529 9266 1263 01988 10529 9266 1263 01989 10529 9266 1263 01990 10529 9266 1263 01991 11906 10478 1428 01992 11906 10478 1428 01993 11906 10478 1428 01994 11906 10478 1428 01995 11906 10478 1428 01996 11906 10478 1428 01997 11906 10478 1428 01998 11906 10478 1428 01999 11906 10478 1428 02000 11906 10478 1428 02001 15374 13530 1844 02002 15374 13530 1844 02003 15374 11070 1538 27672004 15374 11070 1538 27672005 15374 11070 1538 27672006 28461 20492 2846 51222007 28461 20492 2846 51222008 28461 20492 2846 51222009 56933 40993 5693 10247Total 452194 367797 50483 33914
Tabela 54 - Estimativa de composição de frota de mo tocicletas movidas à gasolina – Macrorregião de Maringá
Ano Fabricação Número de motocicletas2002 1247742003 137292004 137292005 137292006 152632007 152632008 152632009 30531Total 242281
Tabela 55 - Estimativa de composição de frota de ve ículos movidos à diesel – Macrorregião de Maringá
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante TotaisVeículos comerciais leves 28554 9069 12665 22355 13573 86216
Caminhões leves 679 215 301 532 325 2052Caminhões médios 9429 2995 4182 7382 4484 28472Caminhões pesados 19337 6142 8577 15139 9192 58387
Ônibus urbanos 1075 341 476 841 514 3247Ônibus rodoviários 1117 355 495 875 533 3375
68
5.6 Macrorregião 6: Macrorregião de Cascavel
A sexta e última macrorregião considerada é a de Cascavel. Esta é composta por 77 municípios.
Para cada município a frota veicular é apresentada na Tabela 56 As composições estimadas da frota
por ano de fabricação, respectivamente, para automóveis e veículos comerciais leves, motocicletas e
veículos movidos a diesel são apresentada nas Tabelas 57, 58 e 59.
Tabela 56 - Composição da frota veicular – Macrorre gião de Cascavel
Município/CategoriaAutomóveis e veículos
comerciais levesMotocicletas
Veículos comerciais leves a diesel
Caminhões leves
Caminhões médios
Caminhões pesados
Ônibus urbanos
Ônibus rodoviários
Total município
AMPERE 3897 2359 631 18 184 564 19 19 7691
ANAHY 513 453 126 1 3 67 3 4 1170
ASSIS CHATEAUBRIAND 8698 4832 1899 23 483 1308 43 43 17330
BARRACAO 3181 752 554 10 370 506 30 30 5432
BELA VISTA DA CAROBA 679 573 81 0 8 62 8 9 1420
BOA ESPERANCA DO IGUACU 530 351 79 1 15 71 6 7 1060
BOA VISTA DA APARECIDA 1424 1023 258 4 39 160 13 14 2935
BOM JESUS DO SUL 612 366 98 2 11 53 6 6 1154
BRAGANEY 995 870 256 4 18 151 12 13 2319
CAFELANDIA 3623 1670 786 5 208 710 28 28 7058
CAMPO BONITO 757 324 154 1 13 97 8 8 1362
CAPANEMA 4701 2092 659 9 151 490 28 29 8159
CAPITAO LEONIDAS MARQUES 3505 1855 691 19 176 702 20 21 6989
CASCAVEL 91647 34191 16306 715 5485 10970 527 546 160412
CATANDUVAS 1759 742 345 8 46 207 15 15 3138
CEU AZUL 2674 1195 600 15 390 727 26 27 5654
CORBELIA 4057 1823 1189 28 246 822 27 27 8219
CRUZEIRO DO SUL 1040 548 209 1 55 105 10 11 1979
DIAMANTE DO SUL 426 266 82 1 6 44 4 4 832
DIAMANTE D'OESTE 779 393 150 1 8 70 11 12 1424
DOIS VIZINHOS 10502 4472 1992 24 603 1515 66 70 19245
ENEAS MARQUES 1431 654 236 3 145 301 13 14 2797
ENTRE RIOS DO OESTE 1034 618 249 3 77 175 4 5 2165
FLOR DA SERRA DO SUL 1019 347 144 0 43 132 12 13 1710
FORMOSA DO OESTE 1978 1164 463 3 57 199 20 29 3905
FOZ DO IGUACU 75871 24201 10185 345 3652 5170 905 905 121242
FRANCISCO BELTRAO 22478 9557 4174 166 1275 3045 146 146 40990
GUAIRA 8924 4909 2013 54 834 1527 48 49 18358
GUARANIACU 3032 1014 745 8 144 513 38 38 5535
IBEMA 1096 383 198 4 54 191 9 10 1945
IGUATU 314 330 72 0 6 38 4 5 769
IRACEMA DO OESTE 532 279 125 1 20 80 4 4 1045
ITAIPULANDIA 1858 1394 421 4 101 242 21 21 4063
JESUITAS 2239 1155 608 2 82 277 15 16 4394
LINDOESTE 926 519 180 0 52 148 10 14 1832
MANFRINOPOLIS 463 235 52 0 0 33 10 11 804
MARECHAL CANDIDO RONDON 14099 9166 2706 43 1216 2263 91 91 29679
MARIPA 1601 615 456 4 82 322 10 11 3101
MARMELEIRO 3112 1170 537 4 364 836 27 29 6079
MATELANDIA 3887 1818 731 19 328 823 22 24 7652
MEDIANEIRA 11947 5773 2410 54 930 1819 64 67 23066
MERCEDES 1279 1066 307 3 95 266 16 17 3049
MISSAL 2697 1736 608 5 212 505 25 30 5816
NOVA AURORA 3069 1479 665 2 132 474 20 21 5862
NOVA ESPERANCA DO SUDOESTE 1001 589 166 2 32 149 14 15 1968
NOVA PRATA DO IGUACU 2068 1238 389 5 124 370 15 15 4224
69
NOVA SANTA ROSA 2330 1175 512 4 105 401 15 16 4560
OURO VERDE DO OESTE 1042 594 208 0 30 173 5 7 2052
PALOTINA 8199 4135 2434 21 579 1625 64 65 17119
PATO BRAGADO 1166 725 238 1 57 163 8 8 2348
PEROLA DO OESTE 1587 748 232 3 112 314 10 40 3018
PINHAL DO SAO BENTO 401 366 55 0 5 38 4 5 874
PLANALTO 2830 1766 404 3 115 430 20 20 5587
PRANCHITA 1448 744 333 5 140 380 9 9 3068
QUATRO PONTES 1159 690 265 5 110 291 3 5 2526
RAMILANDIA 528 281 75 0 3 53 7 7 954
REALEZA 4336 2100 949 22 312 819 28 28 8594
RENASCENCA 1387 476 352 2 97 319 14 15 2661
SALGADO FILHO 948 441 182 2 47 143 10 11 1785
SALTO DO LONTRA 3013 1389 489 4 102 331 14 14 5354
SANTA HELENA 5337 3757 976 19 381 762 65 68 11365
SANTA IZABEL DO OESTE 2110 1240 423 10 131 362 17 17 4309
SANTA LUCIA 793 404 160 3 22 101 4 4 1491
SANTA TEREZA DO OESTE 2141 701 410 7 121 293 21 22 3711
SANTA TEREZINHA DO ITAIPU 4942 1392 898 9 449 679 40 41 8455
SANTO ANTONIO DO SUDOESTE 4151 1858 654 10 175 504 27 27 7408
SAO JORGE D'OESTE 2109 967 410 2 69 254 18 18 3847
SAO JOSE DAS PALMEIRAS 702 487 131 1 29 79 16 17 1401
SAO MIGUEL DO IGUACU 6396 2672 1414 30 451 1057 51 52 12125
SAO PEDRO DO IGUACU 1146 670 277 1 45 195 17 17 2367
SERRANOPOLIS DO IGUACU 1207 569 264 2 46 173 10 11 2281
TERRA ROXA 3580 2311 735 9 226 518 25 26 7430
TOLEDO 35390 19226 6636 178 2045 4204 215 224 68118
TRES BARRAS DO PARANA 2094 1305 411 2 88 391 13 14 4318
TUPASSI 1894 1073 567 3 129 411 23 23 4123
VERA CRUZ DO OESTE 1805 728 405 3 151 393 7 8 3500
VERE 1791 814 304 3 70 276 15 16 3289
Total por categoria 421916 188363 77788 1988 25017 55431 3268 3398 777070 Fonte: DETRAN (2011).
70
Tabela 57 - Estimativa de composição de frota de au tomóveis e veículos comerciais leves movidos à gasolina, álcool e Flex (bicombustíveis) – Macrorre gião de Cascavel
Ano fabricação Veículos por ano Gasolina Etanol Flex1983 37551 33045 4506 01984 9824 8646 1178 01985 9824 8646 1178 01986 9824 8646 1178 01987 9824 8646 1178 01988 9824 8646 1178 01989 9824 8646 1178 01990 9824 8646 1178 01991 11109 9776 1333 01992 11109 9776 1333 01993 11109 9776 1333 01994 11109 9776 1333 01995 11109 9776 1333 01996 11109 9776 1333 01997 11109 9776 1333 01998 11109 9776 1333 01999 11109 9776 1333 02000 11109 9776 1333 02001 14345 12624 1721 02002 14345 12624 1721 02003 14345 10328 1435 25822004 14345 10328 1435 25822005 14345 10328 1435 25822006 26555 19121 2655 47792007 26555 19121 2655 47792008 26555 19121 2655 47792009 53117 38245 5311 9561Total 421916 343167 47105 31644
Tabela 58 - Estimativa de composição de frota de mo tocicletas movidas à gasolina – Macrorregião de Cascavel
Ano Fabricação Número de motocicletas2002 970062003 106732004 106732005 106732006 118662007 118662008 118662009 23740Total 188363
Tabela 59 - Estimativa de composição de frota de ve ículos movidos à diesel – Macrorregião de Cascavel
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante TotaisVeículos comerciais leves 25763 8183 11427 20170 12245 77788
Caminhões leves 658 209 292 515 314 1988Caminhões médios 8285 2631 3674 6486 3941 25017Caminhões pesados 18358 5831 8142 14373 8727 55431
Ônibus urbanos 1082 343 480 847 516 3268Ônibus rodoviários 1125 357 499 881 536 3398
71
6 EMISSÕES VEICULARES – INVENTÁRIO DE FONTES MÓVEIS
De posse das informações obtidas e apresentadas anteriormente é possível estimar as
quantidades de emissões veiculares utilizando o programa BReve.py. As quantidades estimadas de CO,
NOx, MP, RCHO, NMHC, CH4 e CO2 serão apresentadas separadamente para cada um dos três tipos de
veículos (automóveis e veículos comerciais leves, motocicletas e veículos movidos a diesel). Na Tabela
60 temos um resumo da quantidade de veículos divididos por tipos; a participação na quantidade total,
em percentagens e para cada macrorregião estão na Figura 11. Percebe-se quantidades totais
aproximadas de veículos nas macrorregiões de Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel.
Tabela 60 - Resumo da quantidade de veículos por ma crorregião
Litoral 40543 22534 13512RMC 1242496 249068 334589
Ponta Grossa 401547 138390 162990Londrina 484654 220577 163829Maringá 452194 242281 181749Cascavel 421916 188363 166890
Totais por categoria 3043350 1061213 1023559
Automóveis e veículos comerciais leves
MotocicletasVeículos movidos
a dieselMacrorregião/Categoria
Figura 11 - Percentagem de veículos por macrorregiã o
As Tabelas 61 a 66 mostram a quantidade de CO, NOx, RCHO, NMHC, CH4 e MP, por
macrorregião, para cada um dos três tipos de veículos juntamente com o total estimado para cada um
deles. Os valores são apresentados em 1000 toneladas – para saber a quantidade em toneladas deve-
se multiplicar o valor apresentado na tabela por 1000, por exemplo, a quantidade total de MP emitido na
72
macrorregião do Litoral é 0,4 x 1000 ton = 400 toneladas ou 400000 kg. Estas tabelas referem-se,
respectivamente, às macrorregiões do Litoral, RMC, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel.
Tabela 61 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião Litoral
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas V eículos movidos a diesel Total de poluente emitido(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 5,079 4,052 1,995 11,127NOx 0,401 0,046 0,607 1,054
RCHO 0,015 0 0 0,015NMHC 0,384 0,479 9,943 10,805
CH4 0,021 0,085 0 0,106MP 0,001 0,007 0,393 0,4CO2 140,907 91,653 955,219 1187,779
Poluente
Tabela 62 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Região Metropolitana de Curitiba
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas V eículos movidos a diesel Total de poluente emitido(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 128,08 45,289 30,551 203,92NOx 10,671 0,749 9,292 20,712
RCHO 0,417 0 0 0,417NMHC 9,979 5,557 152,252 167,788
CH4 0,869 0,977 0 1,846MP 0,042 0,084 6,013 6,139CO2 5361,507 1631,497 15593,654 22586,659
Poluente
Tabela 63 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião de Ponta Grossa
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas V eículos movidos a diesel Total de poluente emitido(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 50,17 24,984 24,108 99,262NOx 3,963 0,294 7,329 11,586
RCHO 0,149 0 0 0,149NMHC 3,792 2,965 120,127 126,883CH4 0,207 0,524 0 0,731MP 0,011 0,042 4,745 4,798CO2 1395,586 599,974 11529,487 13525,047
Poluente
Tabela 64 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião de Londrina
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas V eículos movidos a diesel Total de poluente emitido(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 60,551 39,724 23,138 123,413NOx 4,783 0,458 7,036 12,277
RCHO 0,18 0 0 0,18NMHC 4,576 4,699 115,306 124,581
CH4 0,249 0,832 0 1,081MP 0,013 0,065 4,554 4,633CO2 1684,382 918,625 11589,295 14192,303
Poluente
Tabela 65 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião de Maringá
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas V eículos movidos a diesel Total de poluente emitido(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 56,496 43,583 26,538 126,617NOx 4,462 0,498 8,069 13,028
RCHO 0,168 0 0 0,168NMHC 4,27 5,148 132,242 141,66CH4 0,233 0,911 0 1,144MP 0,013 0,071 5,223 5,307CO2 1571,577 989,575 12856,798 15417,95
Poluente
73
Tabela 66 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião de Cascavel
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas V eículos movidos a diesel Total de poluente emitido(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 52,714 33,927 24,707 111,348NOx 4,164 0,392 7,511 12,067
RCHO 0,157 0 0 0,157NMHC 3,984 4,014 123,112 131,111
CH4 0,217 0,71 0 0,927MP 0,012 0,056 4,863 4,93CO2 1466,348 786,408 11805,886 14058,641
Poluente
Para o Estado do Paraná as emissões totais de cada poluente, considerando todas as
macrorregiões estão na Tabela 67.
Tabela 67 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Estado do Paraná
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas V eículos movidos a diesel Total de poluente emitido(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 353,09 191,559 131,037 675,687NOx 28,443 2,437 39,844 70,724
RCHO 1,087 0 0 1,087NMHC 26,984 22,862 652,983 702,829CH4 1,795 4,039 0 5,834MP 0,092 0,324 25,791 26,208CO2 11620,308 5017,732 64330,339 80968,379
Poluente
As Figuras 12 a 17 mostram as contribuições, em porcentagem, de cada um dos três tipos de
veículos respectivamente para CO, NOx, NMHC, CH4, MP e CO2. Para RCHO todas as contribuições
são provenientes de automóveis e veículos comerciais leves movidos a gasolina, álcool ou Flex. Ao
observar essas figuras é possível verificar que automóveis e veículos comerciais leves tem sua maior
parcela de contribuição nas emissões de CO enquanto as motocicletas, mesmo em quantidade bem
menor, têm uma contribuição muito maior nas emissões de CH4. Os veículos movidos a diesel, os quais
possuem uma utilização muito maior (em termos de quilometragem rodada por ano considerada neste
Inventário), tem uma contribuição expressiva nas quantidades emitidas de NOx, NMHC, MP e CO2.
74
Figura 12 - Percentagens de contribuição nas emissõ es de CO por tipo de veículo
Figura 13 - Percentagens de contribuição nas emissõ es de NOx por tipo de veículo
75
Figura 14 - Percentagens de contribuição nas emissõ es de NMHC por tipo de veículo
Figura 15 - Percentagens de contribuição nas emissõ es de CH4 por tipo de veículo
76
Figura 16 - Percentagens de contribuição nas emissõ es de MP por tipo de veículo
Figura 17 - Percentagens de contribuição nas emissõ es de CO 2 por tipo de veículo
A contribuição de cada uma das macrorregiões nas emissões de cada um dos 7 poluentes, em
1000 toneladas, é apresentada na Tabela 68. A Figura 18 representa a parcela de contribuição de cada
macrorregião nas emissões de cada um dos sete poluentes.
77
Tabela 68 - Quantidades de poluentes emitidos (em 1 000 toneladas) por macrorregião
Macrorregião/ Litoral RMC Ponta Grossa Londrina Maringá C ascavelPoluente (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (10 00 ton) (1000 ton)
CO 11,127 203,92 99,262 123,413 126,617 111,348NOx 1,054 20,712 11,586 12,277 13,028 12,067
RCHO 0,015 0,417 0,149 0,18 0,168 0,157NMHC 10,805 167,788 126,883 124,581 141,66 131,111
CH4 0,106 1,846 0,731 1,081 1,144 0,927MP 0,4 6,139 4,798 4,633 5,307 4,93CO2 1187,779 22586,659 13525,047 14192,303 15417,95 14058,641
Figura 18 - Contribuição, em %, por macrorregião na s emissões de cada poluente
A contribuição nas emissões totais de poluentes de cada macrorregião – somadas todas as
quantidades de poluentes emitidos pela frota de cada uma delas – é apresentada na Figura 19.
Obviamente a contribuição da Região Metropolitana de Curitiba é a maior, pois é a que possui a maior
frota veicular do Estado enquanto as macrorregiões de Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa
possuem contribuições semelhantes.
78
Figura 19 - Contribuição nas emissões totais (somad os todos os poluentes) por macrorregião
As estimativas de emissões apresentadas neste Inventário foram obtidas para a frota de veículos
existente no Estado do Paraná no mês de março de 2011. As estimativas de quantidades de veículos
por ano de fabricação foram realizadas de acordo com informações de número de veículos por faixa de
idade e por tipo de combustível; desta forma, tanto a composição de frota por ano de fabricação como
os valores de poluentes emitidos são aproximados. Salienta-se também que as emissões estimadas
correspondem às emissões da frota existente no Estado do Paraná para o período de um ano e para a
quilometragem média por veículo considerada.
79
7 PROGRAMA DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS EM USO – I/M
7.1 Introdução
O PCPV apresentado auxilia na definição de áreas onde a frota veicular é uma importante fonte
de poluentes atmosféricos. Com base nas informações apresentadas, verifica-se, de maneira geral, a
necessidade da redução das emissões de poluentes geradas pela frota de veículos circulantes no
Paraná, com base no inventário de emissões de fontes móveis e em dados do monitoramento da
qualidade do ar.
Os benefícios diretos esperados com a implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de
Veículos em Uso – I/M são, principalmente, a diminuição do consumo de combustível e a redução da
emissão de poluentes e ruídos, com a melhoria da qualidade do ar, particularmente nos maiores centros
urbanos. A redução de emissões dos veículos em uso é necessária para garantir que as exigências para
os veículos novos sejam mantidas ao longo de sua vida útil, conforme previsto pelo
PROCONVE/PROMOT.
Embora a rede de qualidade do ar do Estado do Paraná seja monitorada continuamente apenas
na RMC, outras regiões do estado possuem frotas veiculares com um número expressivo o suficiente
para lançar anualmente muitas toneladas de poluentes tóxicos na atmosfera (ver detalhes no item 6).
A rede estadual de monitoramento da qualidade do ar possui estações em locais em que
elevadas concentrações ambientais de poluentes emitidos por indústrias e frota automotiva, são
esperadas. No caso de Curitiba, algumas estações estão instaladas em áreas estritamente urbanas
(bairro e centro), onde as concentrações medidas são de origem veicular.
Segundo o Art. 12 da Resolução CONAMA 418/09, o Programa de Inspeção e Manutenção de
Veículos em Uso – I/M deverá ser implantado prioritariamente em regiões que apresentem, com base
em estudo técnico, um comprometimento da qualidade do ar devido às emissões de poluentes, pela
frota circulante.
Entretanto, como metas de médio e longo prazo, é desejável que todos os veículos do estado
estejam contemplados na frota-alvo, a exemplo de outros estados brasileiros, que estão estendendo o
programa para toda a frota circulante, já que as emissões desta natureza se deslocam na atmosfera, da
mesma forma que a própria frota também é móvel, e seus efeitos não se restringem às áreas que as
originam. Desde o Código de Trânsito Brasileiro, de 1997, já existe a previsão de inspeção veicular,
tratando não apenas das emissões atmosféricas, mas também dos itens de segurança.
A ampliação da rede de monitoramento de qualidade do ar, o uso de estações móveis, as
informações de emissões por fontes fixas e levantamentos de dados da saúde da população,
80
principalmente os associados à poluição do ar, deverão agregar informações ao PCPV, que deverá ser
revisto, no mínimo, a cada três anos.
7.2 Fundamentação para Criação do Programa I/M no E stado do Paraná
A base para a elaboração deste programa é a Resolução CONAMA 418/09, que obriga todos os
estados a criarem o seu PCPV e, quando aplicável, definir o Programa de Inspeção e Manutenção de
Veículos em Uso (Programa I/M). Este programa muitas vezes é iniciado em locais cuja frota veicular
seja importante fonte de poluição atmosférica, ou seja, onde é necessária a adoção de medidas de
controle e redução das emissões atmosféricas para a melhoria ou proteção da qualidade do ar.
Considerando a mobilidade da frota e das próprias emissões, bem como as características específicas
do caso estudado, o programa terá início simultâneo em todas as regiões do Estado do Paraná. Além do
problema do lançamento de gases tóxicos pelos veículos, o programa prevê o controle das emissões
sonoras, visando o conforto acústico quanto aos níveis de ruídos.
O CONAMA atribui ao órgão estadual de meio ambiente a responsabilidade pela execução do
Programa I/M. Com base no PCPV e nos dados apresentados do Inventário de Fontes Móveis, a
emissão total de poluentes no Estado do Paraná é de 80.968.379 t de gás carbônico e mais 1.482.369 t
de gases tóxicos, sendo:
• 675.687 t de CO;
• 70.724 t de NOx;
• 1.087 t de RCHO;
• 702.829 t de NMHC;
• 5.834 t de CH4;
• 26.208 t de MP.
A distribuição dessas emissões não é homogênea no território paranaense e variam ainda com o
tipo de veículo, conforme detalhado no inventário.
Dentre as macrorregiões definidas no PCPV para efeito dos cálculos do inventário de emissões,
a da RMC possui a maior emissão total: 400.822 t de material particulado e gases tóxicos (não se
considera aqui as emissões de CO2), conforme mostra a Figura 20. O litoral é a macrorregião que tem a
menor frota e, portanto, a menor emissão: 23.507 t de material particulado e gases tóxicos. As demais
regiões possuem quantidades de emissão que variam entre 243.409 a 287.924 t de poluentes emitidos,
capazes de causar impactos locais e regionais. Neste contexto, a análise da emissão do CO2 não é
inserida, por se tratar de um poluente importante para a escala global de poluição.
81
Figura 20 - Emissão total de gases tóxicos (CO, NO x, RCHO, NMHC, CH4 e MP) por macrorregião (em
toneladas de poluentes).
Segundo o inventário de fontes móveis, a distribuição de emissão por macrorregião e o tipo de
poluente mostrou-se pouco variável para quatro macrorregiões (Ponta Grossa, Cascavel, Maringá e
Londrina). As maiores diferenças estão nas outras duas macrorregiões: a de maior frota (RMC) e a de
menor frota (Litoral). Para os três grandes grupos de veículos (veículos movidos a diesel, motocicletas e
automóveis e veículos comerciais leves) a emissão para cada poluente (CO, NOx, NMHC, CH4, MP e
CO2) varia significativamente:
• as emissões de RCHO são provenientes de automóveis e veículos comerciais leves movidos a
gasolina, álcool ou Flex, sendo insignificante para motocicletas e caminhões;
• as emissões de CO são provenientes principalmente dos automóveis e veículos comerciais
leves, com 52% do total, enquanto motocicletas emitem 28% e veículos a diesel emitem 20%;
• as motocicletas têm uma contribuição alta nas emissões de CH4, com 69% do total, sendo
automóveis e veículos comerciais leves responsáveis por 31%;
• as emissões de NOx são originadas principalmente dos caminhões, com 56%, sendo que os
automóveis e veículos comerciais leves emitem 40%;
• os veículos movidos a diesel tem contribuição expressiva nas quantidades emitidas de NMHC
(93%) e, principalmente, MP (99% do total).
Quanto à distribuição da frota nas macrorregiões em função dos grupos veiculares, a Figura 21
ilustra o maior número de veículos para a RMC, de todos os tipos, com pouco mais de 1,82 milhões de
82
automóveis e veículos comerciais leves, quase 250 mil motocicletas e quase 335 mil veículos a diesel.
No litoral, são pouco mais de 40 mil veículos leves, 22,5 mil motocicletas e 13,5 mil veículos a diesel.
Nas demais regiões, há em média 440 mil veículos leves, 197 mil motocicletas e perto de 170 mil
veículos a diesel.
Figura 21 - Frota separada por grupos de veículos ( em unidades).
Quanto ao crescimento da frota veicular, a Figura 22 apresenta um resumo para o período de 2000 a
2010. Nestes últimos anos a frota cresceu em média 7,9% no estado. Observa-se ainda que o
crescimento é maior no interior do estado, com 8,7% contra 5,9% da capital. Isto justifica a importância
do envolvimento de todos os municípios paranaenses no Programa I/M.
Figura 22 - Taxa de crescimento da frota no Estado do Paraná de 2000 a 2010.
83
Fonte: DETRAN (2011)
Os dados do DETRAN/PR permitem concluir (Figura 23) que o interior possui frota mais
envelhecida do que na capital. Enquanto Curitiba tem 45,5% dos seus veículos com até 5 anos de uso, o
interior tem uma proporção menor, de 31,5%. Para veículos de 6 a 10 anos a diferença é baixa, mas
para veículos mais velhos o interior supera consideravelmente a capital. O interior possui mais de 25%
dos veículos com mais de 21 anos de uso. Esta é também uma das razões pela qual o Programa de I/M
deve ter ações abrangentes em todo o Estado do Paraná.
Figura 23 - Faixas de idade da frota no Estado do P araná.
Fonte: DETRAN (2011)
O Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso – I/M, conforme estabelece a
Resolução 418/09 (Art. 10), tem o objetivo de identificar desconformidades dos veículos em uso, tendo
como referência:
• as especificações dos veículos;
• as exigências da regulamentação do PROCONVE; e
• as falhas de manutenção e alteração do projeto original que causem aumento na emissão de
poluentes.
Com base nas informações acima, este Programa I/M estabelece a extensão geográfica e as
regiões a serem priorizadas, a frota-alvo, o cronograma de implantação, a periodicidade da inspeção e
outras características importantes ao programa.
84
7.3 Extensão Geográfica e Regiões a Serem Priorizad as
Apesar de análise inicial sugerir a área definida no inventário de emissões como Macrorregião
RMC como prioritária para a implantação do Programa I/M, por conta das fontes industriais existentes
nessa região, da frota veicular bastante expressiva e por ser a principal contribuinte para alguns dos
poluentes nas áreas urbanas e até mesmo nas áreas industriais, é importante, em função da
argumentação já elencada, implantar simultaneamente o Programa I/M em todo o estado do Paraná.
Tome-se como exemplo a macrorregião com menor problema de poluição veicular o Litoral, por
possuir uma frota reduzida em relação às outras macrorregiões. Ocorre que o estado possui forte
atividade agrícola com uso intensivo do modal rodoviário para transporte da safra. Isso faz com que haja
uma circulação de médias e longas distâncias de caminhões que atravessam várias cidades em direção
ao Porto de Paranaguá, no litoral paranaense (e também para outros estados vizinhos). Além disso, o
acesso ao litoral por veranistas faz com que a circulação nas estradas de acesso e vias locais seja
elevada em algumas épocas do ano, com aumento significativo das emissões atmosféricas e ruídos.
Esse é um dos motivos pelo qual se tem como meta a adoção de medidas de controle e
fiscalização de poluição aplicável a toda a frota, que será uma tendência não só do Estado do Paraná,
mas de muitos outros estados no Brasil. Além desse motivo, a não exigência da implantação do
Programa I/M pode acarretar em evasão de veículos licenciados das cidades em que há exigência de
inspeção, mesmo que isso seja uma prática em desacordo com as legislações e normativas de trânsito.
Por isso, o Programa I/M será implantado de forma simultânea também nas demais macrorregiões do
Estado do Paraná.
7.4 Definição da Frota-Alvo
A frota-alvo será definida de forma a abranger toda a frota licenciada, em três etapas, de acordo
com a Tabela 69, à exceção dos veículos dispensados elencados a seguir.
Serão dispensados da inspeção os veículos concebidos unicamente para aplicações militares,
agrícolas, de competição, tratores, máquinas de terraplenagem e pavimentação e outros de aplicação ou
de concepção especial sem procedimentos específicos para a obtenção do licenciamento. Serão
dispensados também os veículos de fabricação anterior a 1970 e veículos equipados com motor 2
tempos.
A frota-alvo deve ser definida por município, com base na contribuição para o comprometimento
da qualidade do ar (Art. 6º, Inciso VII, Parágrafo 3º da Resolução CONAMA 418/09). A implantação se
dará de forma simultânea em todas as regiões do Estado, evitando, assim, eventual fuga de frota de
85
uma região já atendida pelo Programa I/M para outra ainda não atendida. Assim, atendendo ao
estabelecido no Código Brasileiro de Trânsito, todos os municípios farão parte do Programa I/M.
A frota-alvo inicial compreenderá a frota de veículos de uso intenso do estado, especialmente
aquela voltada ao transporte público e de cargas. Desta maneira, integrarão a primeira etapa do
programa, em seu primeiro ano de operação, todos os veículos com motores do Ciclo Diesel licenciados
de 1970 em diante.
Em seguida, em outra etapa de implantação, no segundo ano de operação do Programa de I/M,
serão adicionados à frota-alvo os veículos do Ciclo OTTO (incluindo as motocicletas) mais novos (a
partir de 2003), sendo a frota alvo estendida à totalidade da frota circulante já no terceiro ano de
operação do Programa de I/M.
Ficarão excluídos da frota alvo apenas os veículos cujo primeiro licenciamento ocorreu antes de
1970 e os que já são isentos pela legislação vigente.
Veículos novos devem atender aos padrões específicos de emissão. No seu primeiro ano de
licenciamento, estes veículos estarão dispensados da vistoria. Pelos estudos apresentados no PCPV, os
veículos antigos são os que mais poluem. A título de exemplo, segundo os dados do INEA, um veículo
leve com fabricação anterior a 1983, quando novo, tinha fator de emissão de 33,0 g/km de CO contra 0,3
g/km de CO para um veículo produzido em 2009, conforme mostrado detalhadamente em seção anterior
do PCPV. O INEA considera ainda, nas emissões veiculares, um acréscimo na taxa de emissão para
cada 80.000 km rodados, que no caso ainda do CO o incremento é de 0,263 g/km (quase equivalente a
um veículo novo, fabricado em 2009). Da mesma forma, para os veículos com motores a Diesel e de
motocicletas a redução das emissões ao longo dos últimos anos foi bastante expressiva, resultado do
PROCONVE/PROMOT.
Entretanto, este programa prevê a necessidade de que os Postos de Inspeção Veicular tenham
tempo para estarem operando adequadamente. Haverá também a necessidade de reestruturação de
oficinas particulares que oferecem serviços de reparos e manutenção de veículos. Como a frota mais
nova terá menor índice de reprovação nas inspeções, a rede de oficinas para reparação terá tempo
suficiente para adequação gradativa, possibilitando um crescimento na qualidade e na oferta de
atendimento aos serviços e atividades correlatas ao Programa I/M
Durante todas as etapas de implantação do Programa I/M deverá haver programas de
capacitação para os centros de inspeções e oficinas. Deverá haver oferta de cursos para treinamento
adequado de mecânicos, inspetores e assistentes técnicos que irão atuar nos serviços relativos à
86
inspeção veicular. Estes cursos podem ser oferecidos a partir de parcerias com universidades ou com o
SENAI.
Todos os veículos que não fazem parte da frota-alvo, mesmo que temporariamente, deverão
fazer parte de outras medidas de redução da poluição, através de campanhas educativas e outros
meios.
Como o Código de Trânsito Brasileiro prevê a implantação de programas de inspeção de
segurança, estes poderão ser implantados juntamente com a inspeção ambiental, de forma integrada. O
avanço da inspeção veicular de itens de segurança exigirá revisão no PCPV do Estado do Paraná.
7.5 Cronograma de Implantação
Antes do início da operação do Programa I/M deverá haver tempo hábil para processos
licitatórios ou equivalentes, tempo para construção dos postos de inspeção em número e tamanho
adequado para atendimento da frota-alvo, instalação de equipamentos e também para integração do
sistema de informações com os órgãos de trânsito.
A Instrução Normativa IBAMA 6/2010 determina prazos máximos para que os fabricantes e
empresas de importação de veículos automotores disponham de procedimentos e infraestrutura para
divulgação sistemática das recomendações e especificações de calibração, regulagem e manutenção do
motor, dos sistemas de alimentação de combustível, de ignição, de partida, de arrefecimento, de
escapamento e, sempre que aplicável, dos componentes de sistemas de controle e emissão de gases,
partículas e ruído, bem como dos parâmetros de verificação do sistema de diagnose de bordo (ODB).
Os prazos para a divulgação pelas montadoras e importadoras são (a partir da publicação da IN, que foi
em 08/06/2010):
- 180 dias - veículos a partir do ano-modelo 2003, inclusive, até os veículos ano-modelo 2011; - 360 dias - veículos a partir do ano-modelo 1997, inclusive, até os veículos ano-modelo 2002; - 540 dias - veículos a partir do ano-modelo 1987, inclusive, até os veículos ano-modelo 1996; - 720 dias - veículos a partir do ano-modelo 1986, inclusive, até os veículos ano-modelo 1970.
Este último item motivou neste Programa a dispensa de carros com ano-modelo inferior a 1970
da realização da inspeção obrigatória, seguindo o mesmo critério da Instrução Normativa citada. Uma
vez que o maior prazo previsto é de 720 dias, considerando a data de publicação da Instrução
Normativa - IN e o prazo necessário para implantação do Programa I/M é possível afirmar que, no início
das operações, todos os prazos da IN serão decorridos.
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Tabela 69 - Cronograma de implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M no Paraná
Etapa - Ano Frota Alvo
1ª - 2013 Ciclo Diesel - Licenciados de 1970 a 2012
2ª - 2014 Ciclo Diesel - Licenciados de 1970 a 2013 Ciclo OTTO - Licenciados de 2003 a 2013
3ª - 2015 e seguintes Ciclos Diesel e OTTO - licenciados de 1970 a 2014
7.6 Periodicidade da Inspeção
Uma vez fazendo parte da frota-alvo, o veículo passará pela inspeção anualmente, pois
ela será obrigatória e estará vinculada ao processo de licenciamento anual do veículo.
Entretanto, futuras revisões do PCPV poderão modificar a frota-alvo.
Nas futuras revisões do Programa, veículos de uso intenso (veículos leves comerciais, veículos
pesados e taxis) poderão ter inspeções com menor intervalo de tempo ou ainda terem medidas
específicas de incentivo à manutenção e fiscalização da frota, principalmente aquela voltada ao
transporte público e de cargas, a exemplo do que já acontece na capital do Estado. Pode-se
também estabelecer programas empresariais de inspeção e manutenção para a melhoria da
manutenção dos veículos diesel.
A Resolução CONAMA 418/09 (Art. 20, § 1º) em seu texto estabelece que os veículos
pertencentes à frota-alvo deverão ser inspecionados com antecedência máxima de noventa
dias da data limite para o seu licenciamento anual.
7.7 Vinculação com Sistema Estadual de Registro e L icenciamento de Trânsito de Veículos
O Artigo 22 da Lei 9503/97 (Código de Trânsito Brasileiro) estabelece a competência dos
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua
circunscrição. No Inciso III do referido Artigo, uma das competências é: “vistoriar, inspecionar
quanto às condições de segurança veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar
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veículos, expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento Anual, mediante delegação do
órgão federal competente.”
No Estado do Paraná os procedimentos relacionados aos veículos são feitos pelo
DETRAN/PR. Os órgãos responsáveis pela inspeção ambiental deverão promover ações
visando à celebração de convênio com o órgão executivo de trânsito competente, que objetive o
cumprimento dos procedimentos de sua competência na execução do Programa de Inspeção e
Manutenção de Veículos em Uso I/M.
Os veículos pertencentes à frota-alvo só poderão obter o licenciamento anual se tiverem
sido inspecionados e aprovados quanto aos níveis de emissão de poluentes. Por isso, deverá
haver intercâmbio permanente de informações entre o órgão ambiental e o órgão de trânsito,
para um bom fluxo de dados, especialmente os relativos à inspeção ambiental necessários ao
processo de licenciamento do veículo e, no outro sentido, as informações dos órgãos
executivos de trânsito necessárias à adequada operação da inspeção ambiental.
7.8 Integração com Programas de Inspeção e Seguranç a
Dentre as competências dos órgãos e entidades executivos de trânsito do Estado estão:
vistoriar e inspecionar quanto às condições de segurança veicular. É necessário haver
integração entre as atividades relacionadas às vistorias ambientais e das condições de
segurança, quando estas forem implantadas no Estado do Paraná, devendo ser evitada a
coexistência de programas duplicados de emissões e segurança.
Dessa forma, o Programa I/M deverá ser implantado de modo a possibilitar integração
futura com o programa de inspeção de segurança veicular previsto no Código de Trânsito
Brasileiro.
Os centros de inspeção deverão prever espaço adicional para o caso de integração com
as atividades de verificação das condições de segurança dos veículos.
O plano para implantação de inspeção de segurança deverá ser implantado
considerando em consonância com PCPV, embora este possa ser alterado em função da
inclusão das inspeções de segurança em futuras revisões, caso seja necessário.
89
7.9 Postos/Centros de Inspeção Veicular, Localizaçã o e Procedimentos de Inspeção
A inspeção veicular é atribuição do Estado, que pode realizar os serviços técnicos
inerentes à sua execução ou contratar serviços especializados. Neste último caso, os contratos
terão seus prazos definidos com base nas avaliações do estudo de viabilidade econômico-
financeiro, de forma a compatibilizar os prazos com o valor da tarifa mais adequado aos
usuários, de acordo com o princípio de modicidade, podendo ser renovado na forma da lei.
Uma vez que o programa de I/M será implantado simultaneamente em toda a extensão
do Estado do Paraná, este deverá ser dividido em lotes não necessariamente correspondentes
àquelas macrorregiões definidas para efeito de cálculo das emissões, distribuídos de forma que
a tarifa seja equilibrada para todo o Estado.
Os órgãos ambientais responsáveis pela implantação do Programa I/M devem
desenvolver sistemas permanentes de auditoria, realizada por instituições idôneas e
tecnicamente capacitadas, abrangendo a qualidade de equipamentos e procedimentos, bem
como o desempenho estatístico dos registros de inspeção, conforme requisitos a serem
definidos pelo órgão responsável (Art. 23 da Resolução CONAMA 418/09).
Os centros de inspeção deverão ser distribuídos em função da frota existente nas
macrorregiões ou lotes a serem definidos para implantação do Programa de I/M. Deverá ser
levada em consideração localização das unidades CIRETRANS no Estado. A distribuição deve
ser de modo que os proprietários dos veículos não sejam obrigados a percorrer longas
distâncias. Considera-se como máxima distância de deslocamento aproximadamente 50 km
(eventualmente, uma pequena fração da frota, poderá ser obrigada a percorrer distâncias
maiores). Municípios com mais de 30 mil veículos licenciados deverão, ao longo da implantação
do Programa I/M, ter postos de inspeção instalados. O número de postos e sua capacidade de
atendimento nas regiões onde a frota é mais elevada devem ser dimensionados de modo a não
gerar demora ou grandes filas de atendimento. Deverá ser limitado em 30 minutos o tempo de
espera para o início da inspeção
Os centros de inspeção devem ser construídos em locais onde sua operação não
implique em prejuízo ao tráfego em suas imediações. Eles devem ter área de estacionamento
para funcionários e visitantes, áreas de circulação e espera dos veículos, área coberta para
serviços gerais e administrativos e instalações para guarda de equipamentos, materiais, peças
90
de reposição e outros suprimentos necessários à adequada operação de um centro de
inspeção.
A operação e os procedimentos devem prever agendamento prévio para evitar horários
de picos de atendimento e também ociosidade do centro de inspeção.
Outros procedimentos e características das linhas de inspeção estão detalhadamente
descritos na Instrução Normativa IBAMA 6/2010.
7.10 Análise Econômica
Para a implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M,
será necessário elaborar um estudo de viabilidade econômico-financeiro para a definição do
valor a ser pago pelos usuários. Nos diferentes lotes do estado, as tarifas deverão ser iguais,
garantindo assim isonomia de tratamento a todos os usuários no Estado do Paraná.
7.11 Ações Complementares
A implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso – I/M
deverá trazer diversos benefícios ao Estado. Com base em resultados obtidos em locais onde
já há programas de inspeções de emissões veiculares, especialmente no Rio de Janeiro e São
Paulo, os benefícios esperados são, entre outros:
• aumento na cultura dos motoristas quanto à realização de manutenção correta do
veículos;
• desestímulo à adulteração de veículos quanto aos seus dispositivos de controle de
emissões de poluentes e ruídos;
• fortalecimento da legalização da frota;
• redução de 5 a 10% no consumo de combustível no veículos que passam por
manutenção corretiva;
• redução de 10 a 20% da emissão de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e fumaça
preta;
• redução significativa de emissão de ruídos;
• melhoria da capacitação de serviços da rede de oficinas mecânicas;
• mudanças na produção dos veículos, exigindo que os veículos mantenham ao longo de
sua vida útil níveis baixo de emissão de poluentes.
91
Entretanto, outras medidas devem ser implantadas paralelamente ao Programa I/M.
Deve-se incentivar o menor uso do automóvel e maior uso de transporte público, ou, pelo
menos, aumento da prática de transporte solidário. O uso de transporte não motorizado
também deve ser incentivado, o que deve ser feito acompanhado de melhorias na infra-
estrutura e segurança para ciclistas e pedestres, principalmente nos maiores centros urbanos.
Ações complementares devem ser estruturadas em função das características e da
realidade de cada município ou região. A avaliação detalhada de possíveis medidas e
propostas de ações eficazes devem fazer parte da revisão deste PCPV.
92
8 CONCLUSÃO
O PCPV/PR atualizado, em sua magnitude e importância procurou acatar ao contido na
Resolução CONAMA Nº418/2009, em consonância com a Normativa Nº6 do IBAMA, acolhendo as
sugestões aprovadas nas 06 (seis) audiências públicas realizadas na capital e interior do estado do
Paraná, e ainda com os ajustes e os objetivos direcionados à melhoria da qualidade de vida da
população paranaense, buscando uma preservação da qualidade do ar e um meio ambiente mais
sustentável.
Embora o Estado do Paraná possua a qualidade do ar considerada BOA, mantendo uma rede de
monitoramento eficiente dentro da RMC, não apresentando índices críticos de poluição atmosférica,
conclui-se que são necessárias as seguintes implementações ao sistema:
• Expansão da rede de monitoramento para outros centros urbanos do Estado, como Londrina,
Maringá, Cascavel, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Litoral, que são os municípios com maior
frota veicular no Paraná;
• Recuperação e ampliação da Rede de Monitoramento da RMC, além da transformação das
estações manuais em automáticas e aquisição e operação das estações móveis;
• Desenvolvimento de um sistema de informação pleno, cujo objetivo seria para absorver e
processar as informações do automonitoramento;
• Destinar parte dos recursos provenientes da implantação do Programa I/M à ampliação,
manutenção e operação da rede Estadual de monitoramento da qualidade do ar que possibilitará
o acompanhamento e a avaliação dos resultados alcançados com a implantação do Programa;
• Realizar anualmente o Inventário das Emissões Atmosféricas de Poluentes Atmosféricos para
avaliação da contribuição das emissões das fontes móveis do Estado;
• Coordenar a implantação de um Programa Estadual de Educação Ambiental, juntamente com
iniciativas locais, com o objetivo de sensibilizar, conscientizar e engajar a população no controle
da emissão de poluentes atmosféricos e ruídos gerados pela frota circulante.
• Avaliação periódica do Plano a cada 3 anos, contribuindo para atualização das informações e
ampliação do sistema, atendendo a Resolução CONAMA 418/2009 no seu artigo 9º.
Desta forma, o PCPV/PR do Estado do Paraná Atualizado passa a ser o marco dos futuros
estudos, e ferramenta a ser considerada quando do estabelecimento de políticas públicas no Estado.
93
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