PREFEIT
PREFEITURA DE SOROCABA
(Processo n 6.502/2012)
LEI N 11.022, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2 014.
(Dispe sobre a reviso do Plano Diretor de Desenvolvimento
Fsico Territorial do Municpio de Sorocaba e d outras
providncias).
Projeto de Lei n 178/20014 autoria do EXECUTIVO.
A Cmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
TTULO I
PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO FSICO TERRITORIAL
CAPTULO I
OBJETIVOS E PRINCPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1 Esta Lei tem por objetivo rever e atualizar o Plano Diretor de Desenvolvimento Fsico
Territorial de Sorocaba - instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e de expanso urbana, e parte integrante do
planejamento municipal, nos termos da Constituio da Repblica de 1988 e Lei Federal n 10.257, de 10 de Julho de
2001, devendo o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e o oramento anual incorporarem as diretrizes e as
prioridades contidas nesta Lei que abrange a totalidade do territrio municipal, conforme estabelecido pela Lei Orgnica
do Municpio de Sorocaba, para alcanar o objetivo geral, que o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e
da propriedade imobiliria urbana, garantindo o bem-estar de seus habitantes.
Art. 2 As principais funes sociais do ordenamento do desenvolvimento urbano de Sorocaba so:
I viabilizar o acesso a terra urbana, a moradia, ao trabalho e aos servios pblicos de educao,
sade, transporte, cultura, esporte e lazer;
II - viabilizar a oferta de infraestrutura e equipamentos coletivos sua populao e aos agentes
econmicos instalados e atuantes no Municpio;
III - criar condies adequadas permanncia das atividades econmicas instaladas no Municpio e
instalao de novos empreendimentos econmicos;
IV - garantir as atividades rurais produtoras de bens de consumo imediato;
V - garantir a qualidade ambiental e paisagstica do municpio, protegendo o seu patrimnio natural;
VI - garantir s atuais e futuras geraes o direito a uma cidade sustentvel.
Art. 3 Para que o Municpio e a cidade cumpram suas funes sociais, a poltica de
desenvolvimento expressa neste Plano Diretor de Desenvolvimento Fsico Territorial fixa os seguintes objetivos:
I - garantir espao adequado s diversas funes e atividades, de forma compatvel com a
manuteno do equilbrio ambiental e a promoo do bem-estar da populao;
II - ordenar e controlar a expanso das reas urbanizadas de forma a:
a) preservar os recursos hdricos e demais recursos ambientais locais;
b) minimizar custos e impactos negativos sobre o meio ambiente no processo de ampliao das reas
urbanizadas;
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c) democratizar o correto dimensionamento e a programao da expanso dos sistemas de
equipamentos e servios pblicos.
III - promover o equilbrio entre os usos e a intensidade de ocupao do solo e a disponibilidade de
infraestrutura, visando otimizao dos investimentos pblicos;
IV - minimizar os conflitos de vizinhana;
V - preservar o patrimnio cultural local,
VI - adequar malha viria e os servios de transporte coletivo evoluo das necessidades de
circulao de pessoas e bens;
VII - implementar, estimular e priorizar a melhoria da habitao de interesse social;
VIII - integrar os programas de saneamento poltica de ordenao do territrio;
IX atuar em cooperao com os governos Federal, Estadual e Municipal, de sua rea de influncia,
a iniciativa privada e demais setores da sociedade no processo de urbanizao e de fortalecimento do Municpio de
Sorocaba como polo regional;
X - promover a gesto democrtica por meio da participao da comunidade na formulao,
execuo e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
XI favorecer os polos de centralidades com maior proximidade da moradia aos servios pblicos e
privados, sobretudo ao trabalho, educao, sade, lazer e ao comercio;
XII orientar os projetos urbansticos e arquitetnicos para que observem os conceitos de espaos
seguros e acessveis;
XIII ampliar o numero de parques podendo definir reas reservadas ao convvio especial de
animais domsticos.
Art. 4 Para que a propriedade imobiliria urbana cumpra sua funo social, dever atender s
exigncias fundamentais de ordenao da cidade expressa neste Plano Diretor e dever atender os seguintes requisitos:
I - ser utilizada como suporte de atividades ou usos de interesse urbano, que incluem habitao,
comrcio, prestao de servios e produo industrial com prticas no poluentes, bem como a manuteno de espaos
cobertos por vegetao, para fins de lazer ao ar livre e proteo ambiental;
II - ter uso e intensidade de aproveitamento, compatveis com:
a) a capacidade de atendimento dos equipamentos pblicos de infraestrutura e comunitrios;
b) a manuteno e melhoria da qualidade ambiental;
c) a segurana e o conforto dos proprietrios ou usurios das propriedades vizinhas e atividades
nelas exercidas.
Art. 5 As diretrizes e disposies explicitadas nesta Lei devero ser obedecidas na elaborao de
planos, projetos e legislaes especficas, notadamente aquelas referentes :
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I - parcelamento, uso e ocupao do solo urbano;
II - preservao do patrimnio ambiental e cultural;
III - malha viria, transportes pblicos e de mobilidade urbana;
IV - edificaes;
V - habitao de interesse social;
VI - operaes urbanas consorciadas;
VII - estudo de impacto sobre a vizinhana;
VIII estudo de impacto ambiental;
IX direito de preempo;
X parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios decorrentes da aplicao do Imposto
Predial Territorial Urbano progressivo no tempo;
XI - outorga onerosa do direito de construir e mudana de uso;
XII - transferncia do direito de construir.
CAPITULO II
EXIGNCIAS FUNDAMENTAIS DE ORDENAO DO SOLO
SEO I
MACROZONEAMENTO AMBIENTAL
Art. 6 Visando o desenvolvimento sustentvel de Sorocaba, no territrio do Municpio so
institudas quatro categorias de macrozonas, a saber:
I - Macrozona com Grandes Restries Ocupao - MGRO;
II - Macrozona com Restries Moderadas Ocupao MMRO;
III - Macrozona com Pequenas Restries Ocupao MPRO;
IV - Macrozona de Conservao Ambiental MCA - rea de vrzeas ou plancies aluviais.
Pargrafo nico. Os permetros das macrozonas e de seus compartimentos esto indicados no mapa
MP01 - Macrozoneamento Ambiental PDA - SEMA, que integra esta Lei.
Art. 7 O macrozoneamento ambiental do territrio do Municpio deve orientar:
I - a definio atual e eventuais alteraes, por ocasio das revises deste Plano Diretor de
Desenvolvimento Fsico Territorial, dos seguintes elementos:
a) o permetro da rea urbana;
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b) os permetros de zonas de proteo ambiental, especialmente aquelas de proteo a mananciais;
c) o dimensionamento e configurao das faixas no edificveis ao longo de corpos dgua;
d) os parmetros que limitam a variedade de usos e a intensidade e extenso da ocupao dos
terrenos por edificaes.
II - a promoo e a execuo de programas especficos, especialmente aqueles capazes de preservar,
conservar ou recuperar a qualidade e quantidade das guas superficiais e subterrneas, a eficcia da drenagem, a
integridade do solo e subsolo e a extenso da cobertura vegetal de interesse ambiental ou paisagstico;
III - a indicao dos empreendimentos sujeitos a estudo de impacto ambiental, considerando a
respectiva localizao, conforme regulamento especfico;
IV a definio de critrios, com elaborao de legislao especfica, para a ocupao de reas
antropizadas ou urbanizadas, onde a legislao anterior definiu normas ambientais divergentes do proposto nesse Plano
Diretor.
Art. 8 So includas na categoria "Macrozona com Grandes Restries Ocupao MGRO, reas
territoriais destinadas a:
I - conservao ambiental, que corresponde s vrzeas ou plancies aluviais marcadas por processos
de enchentes sazonais, cujas regras de ocupao devem obedecer s diretrizes que seguem:
a) nos terrenos ainda desocupados, a instalao de atividades deve ser restrita a usos compatveis
com baixssimas taxas de ocupao e impermeabilizao, e que no impliquem assentamento permanente de populao,
nem trfego intenso e permanente de veculos, tais como parques, clubes de campo e congneres;
b) os terrenos que j se apresentam irreversivelmente urbanizados devero ser contemplados em
estudos e projetos especficos de reurbanizao, com o objetivo de minimizar a situao de riscos, bem como prejuzos
decorrentes das inundaes peridicas a que se encontram sujeitos;
II - reas de proteo a mananciais que correspondem a bacias que contribuem para captaes de
gua existentes e que correspondem poro da bacia do Rio Pirajibu a montante da bacia do Crrego Pirajibu-Mirim,
considerada de interesse estratgico para futura utilizao como manancial de captao de gua para Sorocaba, cujas regras
de ocupao devem obedecer s seguintes diretrizes:
a) garantir uma densidade de ocupao baixa para a zona como um todo, de modo a limitar a
gerao de poluio pontual e difusa;
b) condicionar a urbanizao ao adequado equacionamento da coleta e disposio dos esgotos,
atravs de tratamento individual em caso dos terrenos maiores que 1.000m, ou de sistemas coletivos que exportem os
efluentes da bacia de captao, ou cujos efluentes sofram tratamento de nvel adequado para o respectivo lanamento nos
corpos dgua da bacia sem prejuzo da qualidade da gua captada.
Pargrafo nico. Nas reas destinadas proteo a mananciais que so mais suscetveis eroso
superficial quando sob processos de urbanizao, as regras de ocupao devero obedecer s seguintes diretrizes:
I - restringir drasticamente a ocupao das vrzeas;
II - exigir nos empreendimentos urbanos a reserva de espaos para futura construo de
reservatrios de conteno;
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III - exigir a adoo de medidas de preveno da eroso, tais como recobrimento vegetal de taludes
e minimizao de terraplanagens, mediante apresentao de projeto para anlise e licenciamento junto ao rgo ambiental
competente.
Art. 9 So includas na categoria Macrozona com Moderadas Restries Ocupao MMRO,
as sub-bacias de cursos dgua no utilizveis como manancial, onde a intensificao da urbanizao pode acarretar eroso
e, consequentemente, assoreamento de cursos dgua e aumento dos riscos de inundao, devendo suas regras de ocupao
obedecer s seguintes diretrizes:
I - restringir drasticamente a ocupao das vrzeas;
II - exigir nos empreendimentos urbanos a reserva de espaos para futura construo de
reservatrios de conteno.
Pargrafo nico. Nos casos de terrenos mais sujeitos eroso, so tambm recomendadas medidas
destinadas a reduzi-la e ter seu Projeto de ocupao submetido anlise e licenciamento junto ao rgo ambiental
competente.
Art. 10. So includas na categoria Macrozona com Pequenas Restries Ocupao MPRO as
pores do territrio do Municpio cujas caractersticas fsicas se apresentam favorveis urbanizao.
Pargrafo nico. Nos casos de terrenos mais sujeitos eroso, so tambm recomendadas medidas
destinadas a reduzi-la e ter seu Projeto de ocupao submetido anlise e licenciamento junto ao rgo ambiental
competente.
Art. 11. So includas na categoria de Macrozona de Conservao Ambiental MCA, as reas de
vrzeas ou plancies aluviais marcadas por processos de enchentes sazonais ao longo do Rio Sorocaba, Rio Pirajib,
Crrego Pirajib Mirim, cujas caractersticas fsicas se apresentem favorveis urbanizao e implantao de usos que
garantam a ampla manuteno de superfcies permeveis recobertas por vegetao, tais como parques pblicos e
recreativos, com baixssimos ndices de ocupao, desde que resguardem as reas de Preservao Permanente e, em
carter permanente, o patrimnio natural, devendo as regras de ocupao obedecer s seguintes diretrizes:
I a fiscalizao e o controle para que se evite o estabelecimento de qualquer tipo de ocupao nas
reas de preservao permanente;
II - restringir a ocupao a usos com baixssimas taxas de ocupao e impermeabilizao e tambm,
evitar o estabelecimento permanente de populao ou trfego intenso e permanente de veculos, tais como parques, clubes
e outras atividades semelhantes;
III implementar, onde a urbanizao j se encontra consolidada, projetos especficos, com objetivo
de minimizar riscos decorrentes das inundaes peridicas a que se encontram sujeitos, quais sejam, obras de drenagem,
relocao de populao, readequao do sistema virio e quadras.
SEO II
SUBDIVISO TERRITORIAL E DA REA URBANA
Art. 12. Territrio do Municpio de Sorocaba fica subdividido em:
I - rea Urbana;
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II - rea Rural.
Art. 13. A rea Urbana corresponde s pores de territrio j urbanizadas e quelas passveis de
urbanizao, onde a Prefeitura de Sorocaba, entidades integrantes da Administrao Indireta e concessionrias operam e
podero atender, no mbito de seus planos vigentes, demanda de obras e servios necessrios para as atividades urbanas
nelas previstas.
1 Na rea Urbana a Prefeitura de Sorocaba poder aprovar novos parcelamentos para fins
urbanos, bem como novas urbanizaes em glebas e lotes urbanos.
2 Para a implantao dos empreendimentos mencionados no 1 deste artigo, ser exigido do
responsvel, as obras e instalaes internas necessrias ao empreendimento, mediante o Projeto, a execuo e o custeio das
extenses de infraestrutura da rea a ser utilizada, notadamente:
I - implantao da rede de captao de guas pluviais e suas conexes com o sistema pblico;
II - implantao de rede de distribuio de energia eltrica e de iluminao pblica e suas conexes
com a rede de energia eltrica existente;
III - pavimentao do leito carrovel das vias internas e aquelas vias lindeiras rea utilizada
inclusive seus acessos;
IV - implantao da rede de abastecimento de gua e de coleta de esgoto e suas conexes com a rede
pblica j instalada com capacidade de atendimento as demandas do novo empreendimento;
V - arborizao de caladas;
VI - pavimentao das caladas e passeios pblicos, nas vias internas e lindeiras, inclusive seus
acessos, garantindo a plena acessibilidade.
3 Para as obras mencionadas no 2, a Prefeitura de Sorocaba, atravs dos rgos da
administrao direta ou indireta fixar as diretrizes, o prazo, normas e especificaes tcnicas de execuo.
4 As obras pblicas mencionadas no 2, sero doadas a Prefeitura de Sorocaba, ficando sua
operao sob a responsabilidade do poder pblico municipal.
Art. 14. A rea Rural destinada predominantemente a atividades econmicas no urbanas.
Pargrafo nico. Na Zona Rural, admitir-se-o imveis e parcelamentos do solo destinados a
atividades rurais, bem como estabelecimentos isolados e equipamentos urbanos cuja localizao em rea urbana seria
inadequada.
Art. 15. Para efeito da ordenao de parcelamento, uso e ocupao do solo, a rea Urbana do
Municpio de Sorocaba subdividida em zonas de uso, a saber:
I - Zona Central - ZC;
II - Zona Predominantemente Institucional ZPI;
III - Zona Residencial 1 - ZR1;
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IV - Zona Residencial 2 - ZR2;
V - Zona Residencial 3 - ZR3;
VI Zona Residencial 3 expandida ZR3-exp;
VII - Zona Industrial 1 ZI 1;
VIII - Zona Industrial 2 ZI 2;
IX - Zona de Chcaras Urbanas - ZCH;
X - Zona de Conservao Ambiental - ZCA;
XI - Corredor de Comrcio e Servios 1 - CCS1;
XII - Corredor de Comrcio e Servios 2 - CCS2;
XIII Corredor de Comrcio e Servios 3 CCS3;
XIV - Corredor de Comrcio e Indstria - CCI;
XV - Corredor de Circulao Rpida - CCR.
Pargrafo nico. A configurao das zonas mencionadas no caput deste artigo est indicada no
mapa 02, Zoneamento Municipal Proposto, que integra esta Lei.
Art. 16. Na Zona Central ZC, que compreende o centro histrico da cidade e as reas a ele
contguas, caracterizadas pela coexistncia de edificaes trreas e verticalizadas, comrcio e servios diversificados e
indstrias de portes variados, destacando-se equipamentos e edifcios de valor histrico e arquitetnico, as normas de
parcelamento, uso e ocupao do solo devem:
I - incentivar a manuteno da variedade de usos;
II - permitir a verticalizao e a ocupao extensiva dos lotes, com padres de densidade
compatveis com a oferta de transporte pblico e a capacidade do sistema virio;
III - estimular a permanncia e ampliao dos usos residenciais verticalizados;
IV - estimular o uso de transporte coletivo.
Art. 17. Na Zona Predominantemente Institucional - ZPI, que caracterizada por excelente
acessibilidade, tanto no mbito regional como no local, e pela presena de usos institucionais de grande porte, as normas
de parcelamento, uso e ocupao do solo devem:
I - concorrer para a consolidao de centro administrativo e de negcios em regio de entorno do
Pao Municipal, estimulando a localizao de usos comerciais e de servios diversificados de mdio e grande porte;
II - estimular a ocupao verticalizada com grande disponibilidade de espaos no construdos nos
lotes, por meio de coeficientes de aproveitamento altos e taxas de ocupao baixas;
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III - estimular o uso de transporte coletivo e de formas alternativas de transporte individual.
Art. 18. Nas Zonas Residenciais 1 ZR1, que inclui reas destinadas ocupao
predominantemente residencial, as normas de parcelamento, uso e ocupao do solo devem:
I - privilegiar o uso residencial em padres de baixa densidade e baixas taxas de ocupao;
II permitir usos do solo de atividades de apoio ao uso residencial e no incmodos;
III - limitar o percentual dos terrenos que podem ser edificados e impermeabilizados e estimular o
aumento de reas vegetadas, visando preservao da qualidade paisagstica e ambiental dos bairros.
Art. 19. Nas Zonas Residenciais 2 ZR2, que inclui em sua maior parte bairros j consolidados e
utilizados preferencialmente por uso residencial, as normas de parcelamento, uso e ocupao do solo devem:
I estimular o uso residencial de mdia densidade;
II - permitir usos no residenciais, desde que causem poucos incmodos para a populao residente;
III - fixar ndices urbansticos que permitam a adoo de padres variados de edificaes com
solues trreas ou verticalizadas.
Art. 20. Nas Zonas Residenciais 3 ZR3 e Zona Residencial 3 expandida ZR3-exp, que
compreendem reas localizadas nos principais vetores de expanso da cidade, destinadas predominantemente ao uso
residencial, as normas de parcelamento, uso e ocupao do solo devem:
I estimular o uso residencial de alta densidade;
II - admitir usos no residenciais, tais como comrcio, servios e indstria de pequeno porte,
visando proximidade entre habitao e local de trabalho, desde que no causem incmodos vizinhana;
III - fixar ndices urbansticos compatveis com edificaes de padro popular, inclusive prdios
verticalizados.
1 Para a implantao de empreendimentos na Zona Residencial 3 expandida ZR3-exp,
mencionada no caput do artigo, ser exigido do responsvel, alm das obras e instalaes internas, outras obras adicionais
externas, desde o empreendimento at o ponto de interligao s redes pblicas existentes, exigindo-se o Projeto, a
execuo e o custeio dessas de infraestrutura, notadamente:
I - implantao de rede de distribuio de energia eltrica e de iluminao pblica e suas conexes
com a rede de energia eltrica existente;
II - implantao da rede de abastecimento de gua e de coleta de esgoto e suas conexes com a rede
pblica j instalada com capacidade de atendimento s demandas do novo empreendimento;
III - pavimentao do leito carrovel das vias lindeiras rea utilizada.
2 Para as obras mencionadas no 1, a Prefeitura de Sorocaba, suas autarquias e concessionrias
fixaro o prazo, normas e especificaes tcnicas de execuo.
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3 As obras pblicas mencionadas no 1 devero ser doadas ao Municpio, s concessionrias e
s autarquias.
Art. 21. Nas Zonas de Chcaras Urbanas ZCH, as normas de parcelamento, uso e ocupao do
solo devem:
I - limitar a variedade de usos permitidos nos terrenos, bem como a intensidade e extenso da
respectiva ocupao, de forma a minimizar os riscos de poluio dos mananciais em cujas bacias esto inseridas;
II - garantir altas taxas de permeabilidade dos terrenos e de ndices de reas vegetadas;
III - exigir que sejam instalados nos loteamentos e empreendimentos sistema de coleta e tratamento
individual de esgotos, devidamente licenciados junto aos rgos competentes, observadas as condies geotcnicas do
terreno, quando no houver sistema pblico.
Art. 22. Nas Zonas Industriais 1 ZI 1, composta por reas com concentrao industrial j
estabelecida e reas a serem destinadas para expanso destas atividades, as normas de parcelamento, uso e ocupao do
solo devem:
I - reservar os terrenos exclusivamente implantao de indstrias de grande porte e instalaes
correlatas;
II - fixar afastamentos e recuos visando segurana e a reduo de conflitos de vizinhana com
reas no industriais;
III - viabilizar a circulao e as operaes de carga e descarga de veculos de grande porte sem
conflitos com o trfego geral de passagem.
Art. 23. Nas Zonas Industriais 2 ZI 2, compostas por unidades industriais de ocupao histrica e
j estabelecidas, situadas em reas de urbanizao mista e consolidada, podero ter seu zoneamento, uso e ndices
urbansticos alterados para a zona lindeira menos restritiva, caso ocorra desativao da unidade fabril nela localizada.
Art. 24. As Zonas de Conservao Ambiental ZCA so destinadas implantao exclusiva de
usos que garantam a ampla manuteno de superfcies permeveis recobertas por vegetao com baixos ndices de
ocupao, preservando em carter permanente o atributo natural a ser protegido.
1 Em Zonas de Conservao Ambiental ZCA permitido parcelamento do solo para fins
urbanos.
2 A ZCA, constituda por faixa ao longo do Rio Sorocaba, ter a largura contada do seu eixo, em
250,00 m de cada lado, a partir da foz do Rio Pirajibu.
3 A ZCA do Morro da Fazenda da Marquesa dever seguir os limites definidos na planta do
zoneamento, que integra esta Lei.
Art. 25. Nos Corredores de Comrcio e Servios Tipo 1 CCS1, que so constitudos pelos lotes
lindeiros via que constitui o corredor, onde predomina o trfego interbairros e que atravessam ou margeiam Zonas
Residenciais 1 - ZR1, as normas de parcelamento, uso e ocupao do solo devem:
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I - admitir usos no residenciais em estabelecimentos de pequeno porte e no incmodos ao uso
residencial vizinho;
II - fixar ndices de ocupao e condies para implantao das edificaes nos lotes iguais s da
ZR1;
III - ter acesso de veculo ao lote exclusivamente pela via que constitui o corredor, com exceo
dada aos lotes de esquina que podero ser acessados pela via transversal ao corredor.
Art. 26. Nos Corredores de Comrcio e Servios Tipo 2 CCS2, que so constitudos pelos lotes
lindeiros a vias onde predomina o trfego interbairros e que atravessam ou margeiam as zonas ZR2, ZR3, ZR3-exp, ZC,
ZPI, ZR1, ZCH, as normas de parcelamento, uso e ocupao do solo devem:
I - admitir estabelecimentos comerciais e de servios de maior porte do que aqueles permitidos em
zonas residenciais;
II - fixar condies de ocupao ligeiramente diferenciadas, admitindo-se coeficientes de
aproveitamento maiores do que os das zonas por eles atravessadas, desde que seja reduzida a taxa de ocupao;
III - ter acesso de veculo ao lote exclusivamente pela via que constitui o corredor, com exceo
dada aos lotes de esquina que podero ser acessados pela via transversal ao corredor.
Art. 27. Nos Corredores de Comrcio e Servios Tipo 3 CCS3, que so formados pelos imveis
lindeiros a vias de trnsito rpido ou caracterizadas como eixos estruturadores do transporte coletivo, a ocupao deve ser
feita de modo a minimizar interferncias com o fluxo de veculos, devendo, para tanto, as normas de parcelamento, uso e
ocupao do solo:
I - privilegiar os empreendimentos em terrenos com dimenses suficientes para dispor de
estacionamentos internos e acessos projetados de acordo com o padro de desempenho da via;
II - fixar condies de ocupao diferenciadas, admitindo-se coeficientes de aproveitamento maiores
do que os das zonas por eles atravessadas, desde que seja reduzida a taxa de ocupao;
III - ter acesso de veculo ao lote exclusivamente pela via que constitui o corredor, com exceo
dada aos lotes de esquina que podero ser acessados pela via transversal ao corredor.
Art. 28. Nos Corredores de Comrcio e Indstria - CCI, que atravessam ou margeiam Zona
Industrial 1 ZI 1, as normas de parcelamento, uso e ocupao do solo devem:
I - permitir a implantao de atividades de apoio produo industrial, admitindo usos comerciais e
de servios;
II - vedar a implantao de uso residencial.
Pargrafo nico. Para instalaes industriais, nesses corredores, os ndices construtivos a serem
observadas so os da Zona Industrial 1 ZI 1.
Art. 29. Nos Corredores de Circulao Rpida - CCR, que so formados pelos terrenos lindeiros a
vias de trnsito rpido, a ocupao deve ser feita de modo a minimizar interferncias com o fluxo de veculos, devendo,
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para tanto, as normas de parcelamento, uso e ocupao do solo privilegiar os empreendimentos em terrenos com
dimenses suficientes para dispor de estacionamentos internos e acessos projetados de acordo com o padro de
desempenho da via.
CAPTULO III
INSTRUMENTOS DA POLTICA URBANA
SEO I
PARCELAMENTO, EDIFICAO OU UTILIZAO COMPULSRIOS
Art. 30. A Prefeitura de Sorocaba poder determinar o parcelamento, edificao ou utilizao
compulsrios de imveis situados dentro do permetro urbano, definidos no Mapa 02 Zoneamento Municipal Proposto,
quando considerados subutilizados, abandonados e quando houver interesse da coletividade para sua utilizao.
1 A Lei Municipal especfica determinar o permetro da rea onde se aplicar o instrumento e
estabelecer os prazos e condies para a implementao das medidas por parte dos proprietrios.
2 Aps a promulgao da Lei Municipal especfica, os proprietrios sero notificados na forma
estabelecida pela Lei Federal n 10.257 de 10 de Julho de 2001, e suas eventuais alteraes.
3 Consideram-se subutilizados todos os imveis cujos coeficientes de aproveitamento estejam
iguais ou abaixo de 30% (trinta por cento) dos coeficientes definidos para as zonas de usos, na qual esto inseridos,
excludos os imveis destinados a usos que no necessitem de rea edificada.
Art. 31. O imvel cujo proprietrio, notificado, no tenha cumprido com a obrigao de parcelar,
edificar ou utilizar nos prazos estabelecidos por Lei, a Prefeitura de Sorocaba poder aplicar Imposto Predial Territorial
Urbano progressivo no tempo, com alquota majorada, por cinco anos consecutivos, na forma estabelecida pela Lei
Federal n 10.257, de 10 de Julho de 2001, e suas eventuais alteraes.
Art. 32. Imveis sujeitos por Lei a parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios, sobre os
quais tenham sido aplicadas por cinco anos consecutivos alquotas progressivas do Imposto Predial Territorial Urbano
sem que o respectivo proprietrio tenha cumprido as exigncias legais, podero ser objeto de desapropriao por parte do
Municpio, com pagamento em ttulos da dvida pblica municipal, atendidas as disposies da Legislao Federal citada
no artigo anterior.
SEO II
OPERAES URBANAS CONSORCIADAS
Art. 33. A Prefeitura de Sorocaba poder instituir e regulamentar, atravs de Lei Municipal
especfica, Operaes Urbanas Consorciadas, delimitando as reas a elas destinadas no interior da rea Urbana.
Pargrafo nico. As Operaes Urbanas Consorciadas sero coordenadas pela Prefeitura de
Sorocaba, garantida a participao de proprietrios, moradores, usurios e investidores privados.
Art. 34. As Operaes Urbanas Consorciadas podero ser propostas com as seguintes finalidades:
I - interveno urbanstica para melhorias de setores urbanos, podendo abranger, entre outros,
programas voltados para qualificao de espaos de uso pblico e da paisagem urbana, sistemas de transporte pblico e
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individual e de circulao de pedestres, imveis de interesse cultural e empreendimentos ou concentraes de
empreendimentos - privados, comunitrios ou governamentais - considerados de interesse pblico;
II - proteo de recursos naturais e paisagsticos;
III - criao de reas verdes pblicas e unidades de conservao, prioritariamente em reas de
interesse ambiental, situadas em Zonas de Conservao Ambiental;
IV - proteo de imveis e reas de interesse cultural, com aes voltadas para a preservao da sua
integridade, a adequao do uso e ocupao de seu entorno e seu melhor aproveitamento social;
V - regularizao de construes e assentamentos urbanos existentes em desacordo com a
Legislao vigente.
Art. 35. As Operaes Urbanas Consorciadas podero estabelecer a modificao de ndices e
normas de parcelamento, uso e ocupao, bem como alteraes nas normas edilcias, mediante a avaliao de seus
impactos ambientais e de vizinhana.
Art. 36. Para orientar e disciplinar cada operao urbana a Prefeitura de Sorocaba elaborar um
plano, que ser parte integrante da Lei Municipal especfica, cujo escopo dever abranger, no mnimo:
I - a exposio dos objetivos a serem alcanados;
II - a delimitao com descrio precisa da rea ou permetro objeto da operao;
III - o programa bsico de ocupao da rea;
IV - os ndices urbansticos e caractersticas de uso e parcelamento do solo estabelecidos
especificamente para a rea, bem como, as condies para sua adoo;
V - as condies para a aplicao da outorga onerosa ou da transferncia do direito de construir,
especialmente no que se refere s contrapartidas;
VI - a equao financeira da operao, com o estabelecimento dos direitos e obrigaes de cada
interveniente;
VII - o Estudo de Impacto de Vizinhana da operao urbana, elaborado e analisado na forma
definida na legislao;
VIII programa de atendimento econmico e social para a populao diretamente afetada pela
operao;
IX forma de controle da operao, obrigatoriamente compartilhada com representantes da
sociedade civil.
Art. 37. Ficam definidas como prioritrias para Operao Urbana as seguintes reas:
I - interior da Zona Central, no permetro contido entre as Ruas da Penha, Padre Luiz, So Bento, 15
de Novembro, Brigadeiro Tobias, Monsenhor Joo Soares e novamente Penha;
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II - permetro formado pelo Terminal Santo Antnio e reas pertencentes Rede Ferroviria
Federal, que englobam suas oficinas e estao central;
III - reas das indstrias Villares e Cian, localizadas respectivamente s Ruas Pedro Jacob e Padre
Madureira, confrontando com a margem direita do Rio Sorocaba;
IV - reas de vrzea e de interesse para implantao do Parque do Rio Sorocaba no trecho entre as
pontes das Avenidas Ulisses Guimares/Tadao Yoshida e da Rodovia Emerenciano Prestes de Barros, prximo ao Parque
So Bento;
V - reas ao redor do aeroporto, visando criao da zona de expanso de servios aeroporturios;
VI - reas no entorno do Parque Tecnolgico de Sorocaba PTS.
1 Para os permetros definidos neste artigo, dever ser elaborada Lei Municipal especfica de
Operao Urbana Consorciada e respectivo plano, conforme estabelecido nesta Lei, a qual definir padres especficos de
ocupao e instrumentos urbansticos a serem utilizados.
2 At a elaborao e aprovao da Lei referida no pargrafo primeiro deste artigo, sero
considerados conformes todos os usos permitidos na Zona Central - ZC.
SEO III
OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR E MUDANA DE USO
Art. 38. A Prefeitura de Sorocaba poder, no mbito dos diferentes tipos de Operaes Urbanas
Consorciadas previstas nesta Lei, e nas zonas de uso ZC, ZPI, ZR2, ZR3, ZR3-exp, ZCA, CCS2, CCS3, CCI e CCR,
autorizar os proprietrios de imveis urbanos a construir acima dos coeficientes estabelecidos para as respectivas zonas,
bem como a instalao de usos diversos daqueles previstos para as mesmas, mediante contrapartida a ser prestada pelos
beneficirios.
1 Os coeficientes mximos de aproveitamento podero ser ampliados em at 50% (cinquenta por
cento) nas zonas ZC, ZPI, ZR2, ZR3, ZR3-exp, ZCA, CCS2, CCS3, CCI e CCR, e em todos os casos a taxa de ocupao
pode ser ampliada em at 40%, desde que no ultrapasse o valor de 0,8, observadas as condies de capacidade de
infraestrutura do sistema virio e das redes pblicas de gua e esgoto do local.
2 A contrapartida entregue ao Municpio poder ser constituda por valores monetrios, imveis
ou obras a serem executadas pelo beneficirio, conforme Lei Municipal especfica que estabelecer:
I - a frmula de clculo para cobrana;
II - os casos passveis de iseno do pagamento da outorga;
III - a contrapartida do beneficirio;
IV - a aplicao dos recursos em Fundo para as reas de Especial Interesse Social;
V os critrios e parmetros de reciprocidade do benefcio.
SEO IV
TRANSFERNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR
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Art. 39. A Prefeitura de Sorocaba poder tanto no mbito dos diferentes tipos de Operaes
Urbanas Consorciadas previstas nesta Lei quanto para fins de preservao dos imveis tombados pelo Conselho Municipal
do Patrimnio Histrico, autorizar o proprietrio de imveis urbanos tombados ou situados no interior do permetro da
operao urbana a exercer em outro local, ou alienar mediante escritura pblica, integral ou parcialmente, o direito de
construir previsto no presente Plano Diretor e na Legislao Urbanstica Municipal decorrente.
1 O potencial construtivo conferido por Lei poder ser transferido, integral ou parcialmente, para
imveis situados nas zonas urbanas ZC, ZPI, ZR2, ZR3, ZR3-exp, CCS2, CCS3, CCI e CCR, desde que o acrscimo no
limite do coeficiente de aproveitamento no supere aos 50% (cinquenta por cento) do estabelecido para a zona de uso em
questo, mantendo-se os demais ndices urbansticos e regras de ocupao vigentes.
2 Para origem da transferncia ser dada prioridade a imveis de valor cultural ou paisagstico e
para aqueles localizados em Zona de Conservao Ambiental ZCA.
3 Fica limitado em 50% (cinquenta por cento) do coeficiente de aproveitamento o acrscimo de
potencial construtivo, nos imveis que se utilizarem conjuntamente a outorga onerosa de potencial construtivo e a
transferncia do direito de construir.
SEO V
REAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL PARA HABITAO
Art. 40. A Prefeitura de Sorocaba, na rea Urbana, poder instituir e delimitar, atravs de Lei
Municipal especfica, Zonas ou reas de Especial Interesse Social para Habitao, com os seguintes objetivos:
I - promover a regularizao fundiria em assentamentos irregulares nos termos das legislaes:
Federal, Estadual e Municipal;
II - promover habitao social de baixo custo;
III promover lotes urbanizados para a populao de baixa renda;
IV promover a urbanizao e revitalizao dos assentamentos e ncleos habitacionais nas zonas ou
reas de especial interesse social;
V criar um Banco de Terras.
Art. 41. As propostas de Zonas ou reas de Especial Interesse Social para Habitao sero
encaminhadas, analisadas e desenvolvidas pela Prefeitura de Sorocaba, assessorada consultivamente pelos Conselhos
Municipais afins.
Art. 42. Para os imveis situados em Zonas ou reas de Especial Interesse Social para Habitao, a
Lei poder prever normas especficas referentes a parcelamento, uso e ocupao do solo e edificaes, bem como
procedimentos de regularizao de construes existentes.
SEO VI
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANA EIV
Art. 43. A Prefeitura de Sorocaba dever manter por meio de Lei Municipal especfica, os critrios
para a elaborao Estudo de Impacto de Vizinhana EIV e respectivo Relatrio De Impacto De Vizinhana RIVI, na
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forma e aspectos estabelecidos pela Lei Federal n 10.257, de 10 de Julho de 2001, e suas eventuais alteraes, para os
empreendimentos e atividades pblicos ou privados em rea urbana.
Art. 44. Devero ser objeto de estudo prvio de Impacto de Vizinhana, todos:
I - os empreendimentos pblicos que por suas caractersticas peculiares de porte, natureza ou
localizao possam ser geradores de grandes alteraes no seu entorno, notadamente, componentes de sistemas de
infraestrutura e servios pblicos, tais como: estaes de tratamento de esgoto, sistemas de tratamento de resduos, aterros
sanitrios, terminais de transporte pblico;
II - os empreendimentos privados que por suas caractersticas peculiares de porte, natureza ou
localizao possam ser geradores de grandes alteraes no seu entorno, notadamente: Centros de Compras e
Hipermercados, Terminais de Cargas ou similares localizados fora de Zona Industrial 1 ZI 1;
III - os condomnios em glebas com rea superior a 5 (cinco) hectares e os loteamentos com acesso
controlado loteamentos fechados;
IV - os empreendimentos beneficiados por alteraes das normas de uso, ocupao ou parcelamento
vigentes na zona em que se situam, em virtude da aplicao de um ou mais instrumentos urbansticos previstos em Lei
Municipal especfica;
V - as Operaes Urbanas Consorciadas.
Art. 45. No caso de empreendimentos privados o Estudo de Impacto de Vizinhana EIV dever
ser elaborado pelo empreendedor, cabendo ao Municpio:
I - expedio, pela Prefeitura de Sorocaba, de diretrizes para o Projeto do Empreendimento;
II - anlise do anteprojeto e respectivo Relatrio de Impacto de Vizinhana RIVI pela Prefeitura
de Sorocaba, consultados previamente os Conselhos Municipais afins, que poder aprov-los ou solicitar alteraes e
complementaes, aps as quais ser feita nova anlise.
Art. 46. No caso dos empreendimentos pblicos municipais, o Estudo de Impacto de Vizinhana
EIV dever ser elaborado pela Prefeitura de Sorocaba, ou por Empresa por ela contratada, consultados previamente os
Conselhos Municipais afins.
Art. 47. Para garantir a participao popular, a anlise e respectivo parecer do RIVI - Relatrio de
Impacto de Vizinhana devero ser precedidos de publicidade dos documentos dele integrantes, os quais ficaro
disponveis para consulta.
Art. 48. Podero ser dispensados, pela Prefeitura de Sorocaba de elaborao de Estudo de Impacto
de Vizinhana EIV, os empreendimentos sujeitos elaborao de Estudo de Impacto Ambiental EIA, nos termos da
legislao ambiental pertinente.
SEO VII
DIREITO DE PREEMPO
Art. 49. Atravs de Lei especfica, o Municpio poder delimitar reas, em qualquer local do
territrio municipal, no interior das quais a Prefeitura de Sorocaba ter preferncia para aquisio de imvel objeto de
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alienao onerosa entre particulares, por um prazo de at cinco anos, renovvel na forma da Lei Federal n 10.257, de 10
de Julho de 2001 e suas eventuais alteraes.
Pargrafo nico. O direito de preempo poder ser exercido para fins de regularizao fundiria,
execuo de programas habitacionais de interesse social, implantao de equipamentos urbanos e comunitrios, criao de
espaos pblicos de recreao e lazer, bem como criao de unidades de conservao ambiental e proteo a reas de
interesse cultural ou paisagstico, devendo o motivo ser especificado na Lei que definir os permetros onde o direito ser
exercido.
CAPTULO IV
DIRETRIZES PARA PLANOS E PROJETOS SETORIAIS
SEO I
DA POLITICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
Art. 50. A preservao, conservao, defesa, recuperao e melhoria da qualidade ambiental e da
qualidade de vida de seus habitantes, atendidas as peculiaridades regionais e locais, em harmonia com o desenvolvimento
social e econmico definida pela Poltica Municipal de Meio Ambiente estabelecida por Lei Municipal especfica
atendendo s normas e exigncias deste Plano Diretor.
1 Na formulao da Poltica Municipal de Meio Ambiente devero ser observados os seguintes
princpios:
I - a garantia ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental da pessoa
humana;
II - a preponderncia do interesse pblico, difuso e coletivo nas questes ambientais;
III - o desenvolvimento sustentvel como norteador das polticas pblicas municipais;
IV - a natureza pblica da proteo ambiental;
V - a funo social e ambiental da propriedade;
VI - a preveno e a precauo aos riscos, perigos e impactos ao meio ambiente e qualidade de
vida;
VII - a garantia do acesso e da difuso das informaes relativas ao meio ambiente;
VIII - a participao democrtica da populao na elaborao, execuo, monitoramento e controle
das polticas ambientais;
IX - a responsabilidade e a presuno da legitimidade das aes dos rgos e das entidades
envolvidas com a qualidade ambiental, nas suas esferas de atuao;
X - a integrao e a articulao das polticas e aes de governo;
XI - a responsabilidade do poluidor-pagador e do usurio-pagador;
XII - a adoo de prticas, tecnologias e mecanismos, ambientalmente adequados, na produo de
bens e servios, no consumo e no uso dos recursos ambientais;
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XIII - adaptao como um conjunto de iniciativas e estratgias capazes de reduzir a vulnerabilidade
dos sistemas naturais ou criados pelos homens a um novo ambiente, em resposta s mudanas climticas, atual ou
esperada;
XIV - promoo de estmulos e incentivos s aes que visem proteo, manuteno e recuperao
do ambiente.
2 A Poltica Municipal de Meio Ambiente estabelecer os seus objetivos, diretrizes e metas,
definindo normas aos seguintes aspectos referentes gesto ambiental municipal:
I - sistema municipal do meio ambiente;
II - instrumentos de gesto ambiental;
III - educao ambiental;
IV - agenda ambiental na Administrao Pblica Municipal;
V - proteo da flora;
VI - sistema de espaos livres;
VII - proteo da fauna;
VIII - normas e padres para preveno e controle da qualidade ambiental;
IX - licenciamento ambiental;
X - monitoramento ambiental;
XI - sistema de informaes ambientais;
XII - preveno e controle da qualidade do ar, do solo, das guas, da emisso de rudos e vibraes,
da poluio visual, e da recuperao de reas degradadas;
XIII - resduos slidos;
XIV - compensao ambiental;
XV - estmulos e incentivos s prticas sustentveis;
XVI - armazenamento ou transporte de produtos perigosos;
XVII - fiscalizao ambiental;
XVIII - infraes ambientais e penalidades.
SUBSEO I
REAS DE INTERESSE PAISAGSTICO E AMBIENTAL
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Art. 51. O Municpio de Sorocaba poder instituir, atravs de leis especficas, reas de Especial
Interesse Paisagstico e Ambiental, que delimitaro seus permetros e explicitaro os atributos a serem preservados e as
medidas de proteo a serem adotadas, bem como os agentes responsveis pelas mesmas.
1 Fica definido como rea de especial interesse paisagstico e ambiental, o permetro delimitado
pelo Loteamento Jardim Bandeirantes, mantendo-se os efeitos das Leis Municipais ns 6.208, de 11 de Agosto de 2000 e
6.514, de 20 de Dezembro de 2001, observados os seguintes critrios:
I para fins de preservao paisagstica e ambiental, fica permitido, por solicitao da maioria de
seus proprietrios, o fechamento dos limites do Jardim Bandeirantes e de sua rea envoltria de proteo, que tero
somente o uso e a ocupao por construes unifamiliares;
II para efeito de fechamento, a rea envoltria do Jardim Bandeirantes, fica constituda pelos
demais loteamentos e lotes constantes do art. 1 da Lei Municipal n 6.208, de 11 de Agosto de 2000, pelas glebas com
frente para as Ruas Virgilio Gianola, Antnio Guilherme da Silva e Amlia Fernandes Rodrigues, e o eixo da Rua Joo
Martinez, no seu sentido longitudinal;
III o fechamento poder ser feito por meio de jardineiras, grades e muros, sempre seguindo um
Projeto que contemple a vegetao e as caractersticas paisagsticas da localidade.
2 Alm das obrigaes definidas no caput deste artigo, no que se refere regulamentao da Lei,
a Prefeitura de Sorocaba catalogar as propriedades do Jardim Bandeirantes e de sua rea envoltria que se constituem em
reas e possuam massa arbrea de expressivo valor ambiental, no permitindo que haja a descaracterizao fsico-
paisagstica das mesmas para fins de edificao em lotes individuais.
Art. 52. Para reas que incluem edificaes ou conjuntos de edificaes de preservao histrica ou
ambientais podero ser propostas Operaes Urbanas Consorciadas, envolvendo outorga onerosa e transferncia do direito
de construir.
Pargrafo nico. Mediante Operaes Urbanas Consorciadas, os imveis de valor cultural podero
estar sujeitos a condies especiais de uso e ocupao definidas pela Prefeitura de Sorocaba, desde que garantida
integridade do patrimnio artstico ou histrico e sua fruio social.
SUBSEO II
SISTEMA MUNICIPAL DE ESPAOS LIVRES
Art. 53. Atravs de Lei Municipal especfica, o Municpio dever instituir um Sistema Municipal de
Espaos Livres, capaz de regulamentar o modo de criao, classificao, implantao e a gesto das reas ambientalmente
protegidas no Municpio e de reas verdes, visando:
I - estabelecer as categorias de uso, "integral" ou sustentvel", ou adaptar e criar novas categorias
tendo em vista as peculiaridades do Municpio;
II - estabelecer critrios de gesto das unidades de conservao, com as atribuies dos rgos
municipais;
III - estabelecer mecanismos de participao da populao na gesto dessas unidades;
IV - estabelecer um zoneamento voltado criao de unidades de conservao;
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V - possibilitar o recebimento do "ICMS Ecolgico", incentivo fiscal regulamentado pela Lei
Estadual n 8.510, de 29 de Dezembro de 1993, que beneficia municpios que possuem reas ocupadas por unidades de
conservao;
VI - estabelecer um Plano de Gesto de reas Verdes atravs de inventrio e mapeamento das reas
verdes existentes e quelas que vierem ser criadas.
Pargrafo nico. Devero compor o Sistema Municipal de Espaos Livres as reas protegidas e as
reas verdes que depois de mapeadas como Sistema de Espaos Livres devero ser disponibilizadas comunidade por
meio do Sistema de Informaes Ambientais.
Art. 54. O Sistema de Espaos Livres tem como diretrizes especficas:
I - implantar e manter o ajardinamento e a arborizao urbana, arregimentando a parceria da
populao atravs de programas permanentes de manuteno, educao, divulgao e orientao tcnica;
II - implantar novos parques urbanos, prioritariamente nas Zonas de Conservao Ambiental do Rio
Sorocaba e de alguns de seus afluentes, de forma a:
a) viabilizar a manuteno da vegetao ciliar e de outros tipos de cobertura vegetal, garantindo a
permeabilidade do solo e facilidade de drenagem nas reas de preservao permanente legalmente instituda;
b) viabilizar equipamentos de recreao e lazer ao ar livre junto aos bairros onde previsto
crescimento notvel da populao residente.
III - implantar parques lineares de forma a restabelecer conexes entre fragmentos de vegetao e
fluxo de espcies diversas;
IV - implantar unidades de conservao em reas com vegetao representativa como fragmentos
florestais e de cerrado, com potencial de ser utilizados como corredor de fauna e flora.
Art. 55. Na gesto do Sistema de Espaos Livres cabe Prefeitura de Sorocaba:
I - regulamentar e fiscalizar o atendimento exigncia de que nos novos loteamentos residenciais,
comerciais e industriais e outras modalidades de urbanizao de glebas, as reas a serem transferidas para o Municpio
como espaos livres de uso pblico, preferencialmente em bloco nico, tenham localizao, dimenses e caractersticas
topogrficas, de forma a:
a) assegurar as funes ambientais, tais como a infiltrao de guas superficiais, a conservao da
biodiversidade, a mitigao de ilhas de calor e da poluio sonora e atmosfrica e;
b) viabilizar seu efetivo uso enquanto local de lazer e prtica de exerccios fsicos e seja objeto de
ajardinamento e arborizao.
II assegurar que em novos parcelamentos do solo, instalados em reas contguas, as reas a serem
transferidas para o Municpio, mantenham a sua conectividade;
III - exigir que, quando marginais a cursos de gua, as reas transferidas para o Municpio como
espaos livres de uso pblico tenham dimenses adequadas, de forma a resultarem tanto mais larga quanto mais vulnervel
eroso e s cheias forem os terrenos;
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IV - exigir dos empreendedores que reservem, junto aos empreendimentos mencionados no inciso I,
atendendo a diretrizes e determinaes do rgo da administrao direta ou indireta do Poder Executivo Municipal, reas
para implantao de dispositivos de conteno de guas, bem como ajardinamento e arborizao que permitam seu uso
como parques pblicos.
SUBSEO III
EDUCAO AMBIENTAL
Art. 56. A Prefeitura de Sorocaba implantar a Poltica Municipal de Educao Ambiental e o
Programa Municipal de Educao Ambiental, em conformidade com os princpios e objetivos da Poltica Nacional de
Educao Ambiental e da Poltica Estadual de Educao Ambiental:
I - elaborado de forma participativa, consultados previamente os Conselhos Municipais afins;
II - constitudo pelos programas socioeducativos j existentes, devendo-se desenvolver e ampliar
novos programas envolvendo toda a sociedade sorocabana;
III - desenvolvido por aes em sinergia com as instituies governamentais e no governamentais
que atuam no campo ambiental e educacional;
IV - garantindo, incentivando e apoiando a sociedade civil em aes educadoras socioambientais,
por meio de uma rede capilarizada de ncleos de educadores ambientais.
1 (Vetado).
2 O Poder Executivo Municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, dever coordenar
processos de articulao dos distintos atores na rea, em foros, conselhos e coletivos visando integrao entre as suas
aes, considerando a transversalidade da temtica educadora ambiental.
3 A Educao Ambiental EA dever estar presente nas diferentes aes propostas pela Poltica
Municipal de Meio Ambiente, considerando a transversalidade do tema.
SEO II
PATRIMNIO HISTRICO, ARQUITETONICO, ARQUEOLGICO E CULTURAL
Art. 57. A preservao do Patrimnio Histrico, Arquitetnico, Arqueolgico e Cultural do
Municpio de Sorocaba ser executada pela Administrao Pblica Municipal.
Art. 58. A Poltica Municipal de Preservao do Patrimnio Histrico, Arquitetnico, Arqueolgico
e Cultural do Municpio de Sorocaba dever ter como diretrizes bsicas:
I preservar a memria histrica, arquitetnica, arqueolgica e cultural do Municpio;
II recuperar os prprios municipais tombados pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimnio
Histrico da Cidade de Sorocaba;
III identificar bens de importncia histrica, arquitetnica, arqueolgica e cultural a serem
tombados;
IV apoiar a preservao de bens tombados no Municpio pelo Governo do Estado ou da Unio;
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V - incentivar a participao de pessoas fsicas ou jurdicas no patrocnio de obras de recuperao ou
restauro de bens tombados;
VI - utilizar os instrumentos de transferncia de potencial construtivo e da concesso de incentivos
fiscais, como incentivo preservao dos bens tombados pelos seus proprietrios;
VII - reforar o Conselho Municipal de Defesa do Patrimnio Histrico da Cidade de Sorocaba na
funo de coordenar e fiscalizar as aes relativas Poltica Municipal de Preservao do Patrimnio Histrico,
Arquitetnico, Arqueolgico e Cultural.
SEO III
POLTICA MUNICIPAL DE HABITAO DE INTERESSE SOCIAL
Art. 59. A poltica de habitao do Municpio dever basear-se no Plano Local de Habitao de
Interesse Social - PLHIS, elaborado pelo Municpio, tendo como objetivos:
I - estruturar as aes da Poltica Habitacional do Municpio;
II - promover diferentes modalidades de atendimento da demanda apontada no diagnstico do setor
habitacional de Sorocaba, considerando suas especificidades;
III - assegurar a atuao contnua e sistemtica da Administrao Municipal, no sentido de
incrementar a dotao oramentria especfica para este setor, de acordo com as prioridades definidas no Plano Local de
Habitao de Interesse Social;
IV - articular a poltica de habitao de interesse social com as polticas sociais e ambientais, para
promover a incluso social das famlias beneficiadas;
V - captar recursos junto s diferentes fontes de financiamento destinadas poltica habitacional, por
meio de convnios e parcerias firmados entre o Municpio, demais entes federativos, iniciativa privada e tambm atravs
de cooperao tcnica;
VI - estimular a produo de Habitao de Interesse Social destinada a famlias com renda igual ou
inferior a 3 (trs) salrios mnimos, de promoo pblica ou a ela vinculada;
VII estimular a produo de Habitao de Mercado Popular destinada a famlias de renda entre 3
(trs) e 10 (dez) salrios mnimos, de promoo privada;
VIII - promover o uso habitacional nas reas consolidadas e dotadas de infraestrutura, utilizando,
quando necessrio, os instrumentos previstos na Lei Federal n 10.257, de 10 de Julho de 2001 - Estatuto da Cidade;
IX - promover aes de melhoria ou requalificao habitacional em reas ocupadas por famlias de
baixa renda, viabilizando-as de acordo com as caractersticas diferenciadas da demanda;
X - coibir novas ocupaes por assentamentos habitacionais inadequados nas reas de preservao
ambiental e de mananciais, nas remanescentes de desapropriao, nas de uso comum do povo e nas reas de risco,
oferecendo alternativas habitacionais em locais apropriados e a destinao adequada a essas reas;
XI - garantir a capacitao e melhoria dos recursos institucionais, tcnicos e administrativos
destinados a atuar na questo de habitao de interesse social;
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XII - aplicar os instrumentos do Estatuto da Cidade, Lei Federal n 10.257, de 10 de Julho de 2001,
previstos no Plano Diretor como forma a garantir o preo da terra acessvel para a promoo de habitao de interesse
social;
XIII - desenvolver aes com agentes de mbito regional, visando oferta equilibrada de habitaes
de interesse social em toda a rea de influncia do Municpio de Sorocaba.
Art. 60. Para consecuo da Poltica de Habitao do Municpio, devero ser desenvolvidos os
programas e aes definidos no PLHIS, articulados aos demais programas e aes setoriais da poltica urbana, voltados a:
I ampliar a oferta de unidades habitacionais prontas, adequadas e acessveis populao de baixa
renda, bem como ampliar as possibilidades de financiamento para a aquisio habitacional voltado demanda no
atendida pelo mercado - demanda de Habitao de Mercado Popular;
II - garantir condies para que as famlias que compem a demanda por habitao de interesse
social, individual ou coletivamente, possam se organizar para viabilizao de empreendimentos habitacionais, por
autogesto;
III - promover a regularizao fundiria considerando os aspectos jurdicos e urbansticos em reas
de interesse social, consolidadas ou em processo de consolidao, que no apresentem riscos permanncia da populao
ou que no comprometam a preservao ambiental;
IV - assistir s famlias de baixa renda, individualmente ou organizados, nas questes relacionadas
construo ou requalificao de unidades habitacionais;
V - ampliar a capacidade administrativa da Prefeitura de Sorocaba, estruturando e modernizando
seus instrumentos de gesto - humanos, materiais, logsticos e financeiros, contribuindo assim para implementao e
gesto dos Programas Habitacionais;
VI - ao de apoio fixao das famlias beneficiadas pelos programas habitacionais em suas
habitaes, fortalecendo seus vnculos comunitrios e territoriais urbanos, com aes concorrentes de gerao de emprego
e renda e de fruio dos servios pblicos locais.
Art. 61. Para que os programas habitacionais de interesse social do Municpio possuam maior
capacidade financeira e autossuficincia, independente dos recursos advindos dos convnios e parcerias externas
constituir-se-o recursos do Fundo Municipal de Habitao de Interesse Social:
I - dotaes do Oramento Geral do Municpio, classificadas na funo de habitao;
II - outros fundos ou programas que vierem a ser incorporados ao Fundo Municipal de Habitao de
Interesse Social;
III - recursos provenientes de emprstimos externos e internos para programas de habitao;
IV - contribuies e doaes de pessoas fsicas ou jurdicas, entidades e organismos de cooperao
nacionais ou internacionais;
V - receitas operacionais e patrimoniais de operaes realizadas com recursos do Fundo Municipal
de Habitao de Interesse Social;
VI - outros recursos que lhe vierem a ser destinados;
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VII - as receitas advindas da venda e da transferncia de potencial construtivo e demais instrumentos
constantes do Estatuto da Cidade;
VIII o pagamento dos custos incidentes nos programas habitacionais seja nos programas de
proviso habitacional e de regularizao fundiria.
Art. 62. Os agentes responsveis pela execuo dos programas e aes da poltica municipal de
habitao devero manter atualizado o sistema municipal de informaes, com a transferncia de dados e informaes
referentes aos beneficirios dos programas, recursos alocados, projetos e aes e sua distribuio territorial.
SEO IV
ABASTECIMENTO DE GUA, ESGOTAMENTO SANITRIO, RESDUOS SLIDOS E DRENAGEM DE
GUAS PLUVIAIS
Art. 63. (Vetado).
Art. 64. O Plano Municipal de Saneamento Bsico dever estabelecer de forma clara e objetiva as
metas de curto, mdio e longo prazo, os instrumentos de controle do cumprimento dessas metas, e os indicadores de
qualidade e eficincia dos servios, os cronogramas de investimentos e obras, entre outros.
Art. 65. Devero ser previstos nos planos mencionados no art. 63, as seguintes aes:
I - no Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos: o gerenciamento com nfase na
no gerao, reduo, reutilizao e reciclagem, bem como a promoo do tratamento e disposio final adequados dos
resduos;
II - nos Planos Diretores dos Sistemas de Abastecimento de gua e de Esgotamento Sanitrio: a
universalizao do abastecimento de gua e sua gesto racional - (controle de perdas, reuso e reaproveitamento, uso de
gua de chuva, dentre outros), bem como a universalizao do afastamento e tratamento dos esgotos sanitrios;
III - no Plano Diretor de Sistemas Drenagem Urbana: a ampliao da permeabilidade dos solos e a
preveno ou mitigao dos efeitos de enchentes e inundaes.
SUBSEO I
RESDUOS SLIDOS
Art. 66. A Poltica Municipal de Resduos Slidos, que dever ser contemplada na elaborao do
Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos, tem os seguintes princpios:
I - a preveno e a precauo;
II - a viso sistmica, na gesto dos resduos slidos, que considere as variveis ambientais, sociais,
culturais, econmicas, tecnolgicas e de sade pblica;
III a gesto integrada e compartilhada dos resduos slidos por meio da articulao entre Poder
Pblico, iniciativa privada e demais segmentos da sociedade civil;
IV - o desenvolvimento sustentvel;
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V - a cooperao entre as diferentes esferas do poder pblico, o setor empresarial e demais
segmentos da sociedade;
VI - o reconhecimento do resduo slido reutilizvel e reciclvel como um bem econmico e de
valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;
VII - o respeito s diversidades locais e regionais;
VIII - o direito da sociedade informao e ao controle social;
IX - a atuao em consonncia com as polticas federal e estadual de recursos hdricos, meio
ambiente, saneamento, sade, educao e desenvolvimento urbano.
Art. 67. Os objetivos da Poltica Municipal de Resduos Slidos so os seguintes:
I a proteo da sade pblica e da qualidade ambiental;
II o uso sustentvel, racional e eficiente dos recursos naturais;
III a no gerao, reduo, reutilizao, reciclagem e tratamento dos resduos slidos, bem como
disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos, observando essa ordem de prioridade;
IV o estmulo adoo de padres sustentveis de produo e consumo de bens e servios;
V o incentivo indstria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matrias-primas e
insumos derivados de materiais reciclveis e reciclados;
VI a gesto integrada de resduos slidos, em consonncia com as diretrizes estabelecidas no
Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos;
VII a articulao entre as diferentes esferas do poder pblico, e destas com o setor empresarial,
com vistas cooperao tcnica e financeira para a gesto integrada de resduos slidos;
VIII universalizao do acesso aos servios pblicos de coleta seletiva dos resduos reutilizveis e
reciclveis,
IX - capacitao tcnica continuada na rea de resduos slidos;
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalizao da prestao dos servios pblicos
de limpeza urbana e de manejo de resduos slidos, com adoo de mecanismos gerenciais e econmicos que assegurem a
recuperao dos custos dos servios prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira,
observada a Lei Federal n 11.445, de 5 de Janeiro de 2007;
XI - prioridade, nas aquisies e contrataes do poder pblico, para bens, servios e obras que
considerem critrios compatveis com padres de consumo social e ambientalmente sustentveis;
XII - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gesto ambiental, social e empresarial voltados
para a melhoria dos processos produtivos em conformidade com as legislaes pertinentes;
XIII a recuperao de reas degradadas pela disposio inadequada de resduos slidos.
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Art. 68. Na gesto e gerenciamento de resduos slidos, dever ser observada a seguinte ordem de
prioridade: no gerao, reduo, reutilizao, reciclagem, tratamento dos resduos slidos e disposio final
ambientalmente adequada dos rejeitos.
Art. 69. de responsabilidade do Municpio de Sorocaba a gesto integrada dos resduos slidos
gerados no seu territrio, sem prejuzo das competncias de controle e fiscalizao dos diversos rgos federais e
estaduais, bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de resduos, consoante o estabelecido nesta Lei.
1 Os resduos slidos de que trata o caput refere-se aos resduos urbanos, resduos de servios de
sade gerados nos estabelecimentos gerenciados pela Administrao Municipal, podendo, mediante convnio, se
responsabilizar por resduos gerados em estabelecimentos de terceiros, pblicos ou privados; resduos dos sistemas
pblicos de saneamento como Estaes de gua e de Esgoto e resduos de limpeza dos sistemas de drenagem de guas
pluviais; resduos de construo civil gerados nos prprios municipais ou por pequenos geradores.
2 Os grandes geradores de resduos da construo civil devero apresentar Planos de
Gerenciamento de Resduos da Construo Civil para anlise do Poder Pblico Municipal, contemplando as obras e
servios por ele executadas e em consonncia com o que estabelece as Resolues CONAMA n 307, de 5 de Junho de
2002 e n 448, de 18 de Janeiro de 2012, e suas eventuais alteraes.
3 Os geradores de resduos de servios de sade devero apresentar os Planos de Gerenciamento
de Resduos de Servios de Sade, nos termos previstos na Resoluo RDC ANVISA n 306/2004, e suas eventuais
alteraes.
Art. 70. Na prestao dos servios pblicos de limpeza urbana e de manejo de resduos slidos,
devem ser adotados mecanismos gerenciais e econmicos que assegurem a recuperao dos custos dos servios prestados,
como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei Federal n 11.445, de 5 de Janeiro
de 2007, e suas eventuais alteraes.
Art. 71. A coleta seletiva dever ocorrer com incluso dos Catadores e Catadoras, por meio de
associaes ou cooperativas formadas exclusivamente por muncipes de baixa renda reconhecidas pelo poder publico como
catadores de materiais reciclveis, em conformidade com o art. 57 da Lei Federal n 11.445, de 5 de janeiro de 2007, e
demais dispositivos legais que tratam da questo.
Art. 72. O Municpio poder associar-se mediante convnio, consrcio, parceria pblica-privada ou
demais meios legais que dispuser para buscar solues em mbito local ou regional, para a gesto dos resduos slidos
especificados sobre sua responsabilidade, priorizando mtodos que impliquem na diminuio do volume de resduos, na
reduo dos riscos ambientais proporcionados, na reutilizao e reciclagem, alm dos demais preceitos j descritos nesta
Lei.
SUBSEO II
SERVIOS DE ABASTECIMENTO DE AGUA E ESGOTAMENTO SANITRIO
Art. 73. So objetivos para os servios de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio:
I - assegurar abastecimento de gua para consumo humano e outros fins, capaz de atender as
demandas geradas em seu territrio;
II - garantir a qualidade e a regularidade plena no abastecimento de gua;
III - reduzir as perdas fsicas da rede de abastecimento;
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IV - completar as redes de coleta e afastamento dos esgotos, encaminhando-os para tratamento nas
atuais e futuras estaes;
V - implantar novos sistemas de tratamento de esgotos;
VI - reduzir a poluio afluente aos corpos d'gua atravs do controle de cargas difusas.
Art. 74. Os servios de gua e de esgotamento sanitrio devero contemplar mtodos visando:
I - estabelecer metas progressivas de regularidade e qualidade no sistema de abastecimento de gua
e no sistema de tratamento de esgotos mediante entendimentos com a concessionria;
II - reduzir a vulnerabilidade de contaminao da gua potvel por infiltrao de esgotos e demais
poluentes nas redes de abastecimento;
III - estabelecer metas progressivas de reduo de perdas de gua em toda a Cidade, mediante
entendimentos com o rgo responsvel;
IV - restringir o consumo suprfluo da gua potvel;
V - estabelecer metas progressivas de ampliao da rede de coleta de esgotos, para toda a rea
urbana do Municpio;
VI - estabelecer programa de implantao de novos sistemas alternativos ao tradicional de coleta,
afastamento e tratamento de esgotos, principalmente em assentamentos isolados perifricos.
Art. 75. As aes municipais, referentes ao abastecimento de gua, coleta e tratamento dos esgotos,
sero conduzidas pela Administrao Direta ou Indireta, orientadas pelos Planos estabelecidos no art. 63 desta Lei.
Art. 76. Os planos e programas de saneamento e a estratgia de ordenao territorial devem se
integrar, visando preservao das bacias utilizadas como mananciais.
SUBSEO III
DRENAGEM DE GUAS PLUVIAIS
Art. 77. So objetivos para o Sistema de Drenagem Urbana:
I - equacionar a drenagem e a absoro de guas pluviais combinando elementos naturais, tais como
solo permevel e corpos d'gua, com elementos construdos, entre eles, guias e sarjetas, bocas de lobo e galerias
subterrneas;
II - preservar e recuperar reas com interesse para drenagem, principalmente, as vrzeas, faixas
sanitrias e fundos de vale de forma a garantir o equilbrio entre absoro, reteno e escoamento de guas pluviais;
III - controlar a permeabilidade do solo, minimizando o processo de sua impermeabilizao;
IV - elaborar e implementar programas de participao e de educao ambiental relativos
importncia do escoamento das guas pluviais.
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Art. 78. So diretrizes para o sistema de drenagem urbana:
I - revisar e adequar legislao voltada proteo da drenagem, estabelecendo parmetros de
tratamento das reas de interesse para drenagem, tais como faixas sanitrias, vrzeas, reas destinadas futura construo
de reservatrios e fundos de vale;
II - disciplinar a ocupao das cabeceiras e vrzeas das bacias do Municpio, preservando a
vegetao existente e visando a sua recuperao;
III - implementar a fiscalizao do uso do solo nas faixas sanitrias, vrzeas e fundos de vale, reas
destinadas futura construo de reservatrios;
IV - definir mecanismos de fomento para usos do solo compatveis com reas de interesse para
drenagem, tais como parques lineares, rea de recreao e lazer, hortas comunitrias e manuteno da vegetao nativa;
V - desenvolver projetos de drenagem que considerem, entre outros aspectos, a mobilidade de
pedestres e portadores de deficincia fsica, a paisagem urbana e o uso para atividades de lazer;
VI - implantar medidas de preveno de inundaes, tais como controle de eroso, especialmente
em movimentos de terra; controle de transporte e deposio de entulho e lixo; combate ao desmatamento, assentamentos
clandestinos e a outros tipos de invases nas reas com interesse para drenagem.
Art. 79. So aes estratgicas necessrias para o sistema de drenagem urbana:
I integrar o Plano Diretor de Sistemas de Drenagem Urbana ao Plano Diretor de Macrodrenagem
da Bacia Hidrogrfica do Mdio Tiet;
II - implantar sistemas de reteno temporria das guas pluviais;
III - desassorear, limpar e manter os cursos d'gua, canais e galerias do sistema de drenagem;
IV - incentivar as parcerias entre o Poder Pblico e a iniciativa privada na implementao das aes
propostas;
V - promover campanhas de esclarecimento pblico e a participao das comunidades no
planejamento, implantao e operao das aes contra inundaes.
Art. 80. As aes municipais no que se refere aos sistemas de drenagem sero conduzidas por rgo
da administrao direta ou indireta do Poder Executivo Municipal, orientadas pelo Plano Diretor de Macrodrenagem do
Municpio de Sorocaba.
Art. 81. Para reduo do impacto da urbanizao sobre o regime natural dos cursos dgua, a
expanso da cidade deve ser orientada de modo a evitar a ocupao de vrzeas, e novos empreendimentos devero
incorporar dispositivos de reteno e retardamento de guas pluviais, em conformidade com Lei Municipal especfica.
1 Dever ser exigida reserva de rea para implantao de dispositivos de reteno e retardamento
das guas pluviais dentro de glebas a serem loteadas para fins urbanos, a critrio do rgo da administrao direta ou
indireta do Poder Executivo Municipal, que analisar e aprovar os respectivos projetos com suas caractersticas tcnicas e
localizao.
2 Os dispositivos mencionados no caput deste artigo so:
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I - reservatrios de reteno cobertos ou descobertos, podendo ter tratamento superficial adequado
para uso como espaos livres de lazer, quando vazios;
II - terrenos com superfcie e subsolo mantidos permeveis, atravs de ajardinamento ou pisos
drenantes, em percentuais superiores ao mnimo exigido pelas normas de ocupao da zona onde se localiza o
empreendimento;
III - combinaes de reservatrios e terrenos permeveis.
SEO V
SISTEMA VIRIO, TRANSPORTE URBANO E MOBILIDADE
Art. 82. O Sistema Virio do Municpio tem suas diretrizes indicadas no Mapa 03 - Sistema Virio
Principal Proposto, que integra esta Lei, com os seus respectivos gabaritos horizontais, indicados a seguir:
I - para a malha viria em geral fica estabelecido o gabarito horizontal mnimo de 14,00 m;
II - para o Anel Virio fica estabelecida uma seo-tipo com duas pistas centrais e duas laterais,
todas com trs faixas de trfego, perfazendo uma faixa de domnio com largura mnima de 65,00 m;
III - ficam adotados dois padres de vias arteriais: Arterial Padro I para reas j urbanizadas e
Arterial Padro II para reas ainda no loteadas na data da promulgao desta Lei:
a) para as Arteriais Padro I fica estabelecido seo-tipo com largura total de 30,00 m;
b) para as Arteriais Padro II, fica estabelecido seo-tipo com uma largura total mnima de 40,00
m.
IV - fica estabelecido o padro de via coletora cujo gabarito horizontal bsico de 20,00m,
caracterizada como via de uma s pista, com predominncia do trfego local;
V - para as novas vias da malha viria da Zona Industrial, fica estabelecido o gabarito horizontal
bsico de 20,00 m com dispositivos que permitam retornos aproximadamente a cada quilmetro.
Pargrafo nico. A Prefeitura, atravs dos seus rgos competentes, poder, mediante justificativa
tcnica fundamentada, promover, as adequaes de gabaritos e traados tendo em vista as condies peculiares de cada
rea estudada.
Art. 83. As diretrizes e recomendaes deste Plano Diretor de Desenvolvimento Fsico Territorial
devem estar ajustadas e complementadas conjuntamente ao Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade, da
Prefeitura de Sorocaba e voltado para o planejamento e gesto do sistema de transporte e circulao da cidade.
Art. 84. No sistema de transportes coletivos so consideradas prioritrias:
I - a implantao de corredores exclusivos e faixas exclusivas para o transporte coletivo;
II - a implantao de linhas interbairros, com base em estudos e pesquisas de origem e destino;
III - ampliao do sistema de terminais e estaes de embarque e desembarque para as linhas de
transporte coletivo, com base em estudos de origem e destino.
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Art. 85. O Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade, alm de atender a Lei Federal n
12.587, de 3 de Janeiro de 2012 - Poltica Nacional de Mobilidade Urbana, suas diretrizes, aes e investimentos propostos
sero adequados aos objetivos da poltica de desenvolvimento urbano do Municpio e aos conceitos fundamentais de
sustentabilidade, incluso social e desenvolvimento da cidade, bem como incluir, entre outros, estudos tcnicos para:
I - avaliao das condies gerais da mobilidade da populao;
II - avaliao das condies de circulao na rea urbana;
III - avaliao das condies gerais de circulao de mercadorias e cargas em geral na rea urbana;
IV - avaliao das condies de organizao e prestao dos servios de transporte pblico;
V - avaliao das condies do plano ciclovirio notadamente aquelas relacionadas s ciclovias e
outras infraestruturas ciclovirias;
VI - avaliao das condies do transporte suburbano e interurbano no mbito municipal;
VII - avaliao prospectiva do cenrio futuro da mobilidade e transporte da cidade;
VIII - diretrizes gerais e especficas para a mobilidade e transporte;
IX programas, polticas pblicas, diretrizes e plano de aes, de investimentos em infraestrutura,
tecnologias e servios;
X diretrizes para a implantao de contorno ferrovirio de cargas;
XI diretrizes para o aproveitamento dos leitos ferrovirios atuais, para o transporte urbano de
passageiro;
XII diretrizes para promover urbanizao sustentvel ligando o planejamento do uso do solo com
o transporte pblico.
Art. 86. Compete Prefeitura de Sorocaba executar polticas voltadas preferencialmente melhoria
das condies de circulao a p, por bicicletas e por transportes coletivos e, ao mesmo tempo, desestimular o uso do
transporte individual bem como desenvolver gestes junto a rgos dos Governos do Estado, da Unio e de
concessionrias do setor rodovirio e de transportes, de modo a viabilizar obras de interesse do Municpio, notadamente
nos dispositivos de acesso de vias locais s rodovias que cruzam o Municpio, e dos vrios modais de transporte.
1 A melhoria das condies de circulao em todos os modais tambm devem levar em conta os
portadores de necessidades especiais, as gestantes e os idosos.
2 (Vetado).
3 Os passeios pblicos de pedestres devero ser planos, livres de obstculos e acessveis aos
usurios de cadeiras de rodas, em conformidade com a Lei Municipal n 9.313, de 14 de Setembro de 2010.
SEO VI
DA ENERGIA E ILUMINAO PBLICA
Art. 87. So objetivos no mbito do consumo de energia e iluminao pblica:
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I - promover a reduo de consumo e o uso racional de energia eltrica;
II - garantir conforto e segurana populao, com adequada iluminao noturna nas vias e
logradouros pblicos.
Art. 88. So diretrizes relacionadas ao consumo de energia e iluminao pblica:
I - assegurar o abastecimento de energia para consumo;
II - assegurar a modernizao e maior eficincia da rede de iluminao pblica;
III - implementar planos de manuteno corretiva e preventiva;
IV - reduzir o prazo de atendimento das demandas;
V - viabilizar as instalaes da rede eltrica e de iluminao pblica em galerias tcnicas no subsolo
urbano, especialmente na Zona Central ZC.
SEO VII
DA INFRAESTRUTURA E SERVIOS DE UTILIDADE PBLICA
Art. 89. So objetivos referentes infraestrutura e servios de utilidade pblica:
I - racionalizar a ocupao e a utilizao da infraestrutura instalada e por instalar;
II - assegurar a equidade na distribuio territorial dos servios;
III - incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias, buscando otimizar o uso dos
recursos dos sistemas de infraestrutura urbana e dos servios de utilidade pblica, garantindo um ambiente equilibrado e
sustentvel;
IV - promover a gesto integrada da infraestrutura e do uso racional do subsolo urbano,
coordenando aes com concessionrios e prestadores de servios;
V - estabelecer mecanismos de gesto entre Municpio, Estado e Unio para servios de interesse
comum, tais como abastecimento de gua, tratamento de esgotos, destinao final de lixo e energia;
VI - no esgotar a capacidade da infraestrutura existente sem antes prover a complementao
adequada s demandas futuras;
VII - garantir a justa distribuio dos nus e benefcios decorrentes das obras e servios de
infraestrutura urbana;
VIII - implantar e manter Sistema de Informaes de Infraestrutura Urbana, integrado ao sistema de
Municipal de informaes;
IX estimular, em empreendimentos pblicos e privados, o uso da energia solar e elica para
aquecimento de gua, iluminao, e outro fins;
X Estimular, sobretudo nos novos projetos urbansticos e de renovao urbana, a adoo do
enterramento de cabos de energia, de telefonia e similares bem como a racionalizao de postes, inclusive de sinalizao.
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Art. 90. So diretrizes relativas infraestrutura e servios de utilidade pblica:
I - os equipamentos de infraestrutura de servios pblicos ou privados nas vias pblicas, includos
seus subsolo, devero ser implantados por meio de galerias tcnicas;
II - a implantao de galerias tcnicas prioritria nas vias de maior concentrao de redes de
infraestrutura;
III - o permissionrio que utilizar galerias tcnicas pagar por sua utilizao.
Art. 91. Constitui ao estratgica a implantao de projetos-piloto de galerias tcnicas nos
logradouros de maior concentrao e complexidade de redes de infraestrutura na Zona Central ZC.
CAPTULO V
APLICAO, CONTROLE E REVISO PERIDICA DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO
FSICO TERRITORIAL
SEO I
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
Art. 92. Para a modernizao tecnolgica de instrumentos para o planejamento, estudos e projetos,
devero constar os seguintes instrumentos:
I - a produo de bases cartogrficas digitais permanentemente atualizadas;
II - a implantao de um sistema de informaes geogrficas;
III - a instalao de bancos de dados digitais.
Pargrafo nico. A base cartogrfica oficial adotada pela Prefeitura dever ser utilizada em todos os
estudos e projetos desenvolvidos para a gesto municipal.
SEO II
CONTROLE E REVISO
Art. 93. Caber Prefeitura de Sorocaba, atravs de seu rgo de planejamento urbano, assessorada
notadamente pelo Conselho Municipal de Planejamento COMUPLAN, o controle executivo de aplicao dos
dispositivos urbansticos institudos pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Fsico-Territorial, bem como as alteraes,
modificaes e acrscimos de novos instrumentos e dispositivos de ordenao urbanstica do territrio.
Art. 94. O Plano Diretor de Desenvolvimento Fsico Territorial dever ser objeto de revises
peridicas ordinrias a cada 10 anos, nos termos da Lei Federal n 10.257, de 10 de Julho de 2001, e suas eventuais
alteraes.
1 As revises sero efetuadas sob a coordenao da Prefeitura de Sorocaba, que recolher as
solicitaes de reviso e definir a pauta das alteraes a serem estudadas em cada reviso ordinria.
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2 Elaboradas as propostas de alterao, acompanhadas das respectivas justificativas tcnicas, as
mesmas devero ser objeto de audincias pblicas abertas participao de todos os representantes da comunidade, aps
sua ampla divulgao.
3 Aps a realizao das audincias pblicas as propostas de alterao sero redigidas na forma de
Projeto de Lei e encaminhadas Cmara Municipal, mantidas as diretrizes e regras bsicas desta Lei Municipal.
Art. 95. A participao direta da populao assegurada em todas as fases do processo de gesto da
cidade, mediante as seguintes modalidades de participao:
I - Conferncia da Cidade;
II - Conselho Municipal de Planejamento;
III - Debates, audincias e consultas pblicas.
Art. 96. O acompanhamento da implementao do Plano Diretor ser efetuado atravs da
Conferncia da Cidade.
1 A referida conferncia dever ocorrer bienalmente aps a aprovao e publicao do Plano
Diretor.
2 A Conferncia da Cidade ser regulamentada em legislao prpria a ser elaborada pela Cmara
Municipal.
Art. 97. O Poder Executivo criar Cmara Tcnica de Legislao Urbanstica, para dirimir os casos
omissos e aqueles que no se enquadrarem nas disposies deste Plano Diretor de desenvolvimento fsico territorial,
relacionados com parce