COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA DA MEALHADA
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra
Incêndios da Mealhada Caderno I – Plano de Acção
Câmara Municipal da Mealhada
Fevereiro de 2011
(Versão 1.1)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 2 Plano de Acção
Este documento é da responsabilidade da Comissão Municipal de Defesa da Floresta da
Mealhada (CMDF) e é constituído por três Cadernos
Caderno I – Plano de Acção
Caderno II – Informação de Base
Caderno III – Plano Operacional Municipal
APOIADO POR:
Fundo Florestal Permanente
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO INSTITUCIONAL:
Câmara Municipal da Mealhada
(Divisão de Planeamento Urbanístico da CMM - Hugo Fonseca)
ORIENTAÇÃO TÉCNICA:
Autoridade Florestal Nacional
(Coordenadora de Prevenção Estrutural do Distrito de Aveiro - Joana Carinhas)
ELABORAÇÃO DO PLANO:
O.F.A. - Organização Florestal Atlantis, Associação de Desenvolvimento Florestal
(Equipa Técnica - António Cruz Oliveira e Vítor Portugal Moço)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 3 Plano de Acção
Índice
Índice de Tabelas ............................................................................................................ 6
Índice de Quadros ...................................................................................................................... 7
Índice de Ilustrações ................................................................................................................... 7
Índice de Mapas ......................................................................................................................... 8
Lista de Abreviaturas .................................................................................................................. 9
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 11
ENQUADRAMENTO DO PLANO NO ÂMBITO DO SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL E NO SISTEMA DE DEFESA DA
FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS ....................................................................................................... 13
Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI) .......................................... 14
Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral .................................................. 16
Planos de Gestão Florestal (PGF) ............................................................................................. 23
Plano Director Municipal (PDM) .............................................................................................. 26
ANÁLISE DO RISCO, DA VULNERABILIDADE AOS INCÊNDIOS E DA ZONAGEM DO TERRITÓRIO ........................... 29
Carta dos Modelos dos Combustíveis Florestais .......................................................................... 30
Perigosidade e de Risco de Incêndio ............................................................................................ 36
Mapa de Prioridades de Defesa ................................................................................................... 40
OBJECTIVOS E METAS DO PMDFCI ................................................................................................. 42
Identificação da tipologia do concelho .................................................................................... 43
Objectivos e metas ................................................................................................................... 44
EIXO 1 - AUMENTO DA RESILIÊNCIA DO TERRITÓRIO AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS ....................................... 45
Rede de Faixas de Gestão de Combustível .................................................................................. 47
Rede de faixas de gestão de combustível ................................................................................ 48
Rede Viária Florestal ................................................................................................................ 51
Rede de Pontos de Água .......................................................................................................... 55
Faixas de Protecção a Aglomerados Populacionais ................................................................. 57
Faixas de Protecção a Polígonos Industriais e Parques de Campismo ..................................... 59
Rede Ferroviária ....................................................................................................................... 61
Rede Eléctrica ........................................................................................................................... 63
Planeamento das Acções Referentes ao 1º Eixo Estratégico ....................................................... 65
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2011 .................................................................. 66
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2012 .................................................................. 69
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2013 .................................................................. 73
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 4 Plano de Acção
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2014 .................................................................. 77
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2015 .................................................................. 81
Rede de FGC e MPGV ............................................................................................................... 83
Metas e indicadores ................................................................................................................. 88
Orçamento ............................................................................................................................... 90
EIXO 2 - REDUÇÃO DA INCIDÊNCIA DOS INCÊNDIOS .............................................................................. 94
Identificação de comportamentos de risco associados aos pontos de início e dos grupos alvo
que lhe estão na origem ........................................................................................................... 96
Desenvolvimento de programas de sensibilização ao nível local, dirigidos a grupos alvo em
função dos comportamentos de risco identificados na fase de avaliação .............................. 96
Metas, orçamento e indicadores ............................................................................................... 101
EIXO 3 - MELHORIA DA EFICÁCIA DO ATAQUE E DA GESTÃO DOS INCÊNDIOS ........................................... 102
Meios e Recursos ....................................................................................................................... 104
Listagem das Entidades envolvidas em cada Acção e Inventário de Equipamento ............... 104
Meios complementares de apoio ao combate ...................................................................... 108
Dispositivos Operacionais de Defesa da Floresta Contra Incêndios .......................................... 110
Dispositivos operacionais - funções e responsabilidades ...................................................... 110
Esquema de comunicação dos alertas amarelo, laranja e vermelho ..................................... 112
Procedimentos de actuação nos alertas amarelo, laranja e vermelho .................................. 114
Lista geral de contactos .......................................................................................................... 115
Sectores Territoriais DFCI e Locais Estratégicos de Estacionamento (LEE) ................................ 118
Sectores territoriais de defesa da floresta contra incêndios e locais estratégicos de
estacionamento (LEE) ............................................................................................................. 118
Vigilância e Detecção ................................................................................................................. 120
Rede de Postos de Vigia e bacias de visibilidade ................................................................... 120
Mapa de vigilância .................................................................................................................. 124
Primeira Intervenção .................................................................................................................. 127
Combate, Rescaldo e Vigilância Pós-Incêndio ............................................................................ 129
Mapa de combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio .......................................................... 129
Apoio ao Combate ...................................................................................................................... 131
Metas, responsabilidades e estimativa de orçamento .............................................................. 134
EIXO 4 - RECUPERAR E REABILITAR OS ECOSSISTEMAS ........................................................................ 135
EIXO 5 - ADAPTAÇÃO DE UMA ESTRUTURA ORGÂNICA E FUNCIONAL EFICAZ ........................................... 138
Programa de formação........................................................................................................... 139
Harmonização dos conteúdos deste PMDFCI/POM, com os dos concelhos limítrofes ......... 141
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 5 Plano de Acção
Funcionamento do GTF .......................................................................................................... 141
Organização SDFCI ...................................................................................................................... 142
Cronograma de reuniões da CMDF ........................................................................................ 142
Aprovação do POM ................................................................................................................ 142
Período de vigência do PMDFCI ............................................................................................. 143
Orçamento ............................................................................................................................. 143
ESTIMATIVA ORÇAMENTAL ......................................................................................................... 144
Orçamento Total ........................................................................................................................ 145
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 146
Documentos on-line ............................................................................................................... 147
Legislação: .............................................................................................................................. 148
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 6 Plano de Acção
Índice de Tabelas
Tabela 1 – Modelos de Combustíveis Florestais do concelho ......................................................... 31
Tabela 2 – Modelos de Combustíveis Florestais das freguesias (I) .................................................. 33
Tabela 3 – Modelos de Combustíveis Florestais das freguesias (II) ................................................. 34
Tabela 4 – Densidade da RVF nas diferentes freguesias .................................................................. 51
Tabela 5 – Distribuição da Rede Viária Florestal por freguesia ....................................................... 52
Tabela 6 – Área das Faixas de Protecção aos Aglomerados Populacionais por Freguesia .............. 57
Tabela 7 – Área das Faixas de Protecção aos Polígonos Industriais e Parques de Campismo por
Freguesia .......................................................................................................................................... 59
Tabela 8 – Área das Faixas de Gestão de Combustível associadas à Rede, por Freguesia .............. 61
Tabela 9 – Área das Faixas de Gestão de Combustível associadas à Rede Eléctrica, por Freguesia 63
Tabela 10 – Área (ha) com necessidade de intervenção por FGC, por freguesia, por ano (parte 1) 84
Tabela 11 – Área (ha) com necessidade de intervenção por FGC, por freguesia, por ano (parte 2) 85
Tabela 12 – Metas e Indicadores das acções previstas para o Eixo 1 (parte 1) ............................... 88
Tabela 13 – Metas e Indicadores das acções previstas para o Eixo 1 (parte 2) ............................... 89
Tabela 14 – Estimativa de orçamento para concretização das FGC (parte 1).................................. 91
Tabela 15 – Estimativa de orçamento para concretização das FGC (parte 2) ................................. 92
Tabela 16 – Estimativa de orçamento necessário para a concretização das acções do Eixo 1........ 93
Tabela 17 – Metas, orçamento e indicadores para as acções do Eixo 2 ........................................ 101
Tabela 18 – Entidades envolvidas em cada acção e inventário de equipamento e ferramenta de
sapador ........................................................................................................................................... 105
Tabela 19 – Informação sobre os PV utilizados para cálculo das bacias de visibilidade ................ 120
Tabela 20 – Área observada pelos postos de vigia (% do concelho) .............................................. 120
Tabela 21 – Estimativa de orçamento de reforço do Programa do Voluntariado Jovem para as
Florestas ......................................................................................................................................... 134
Tabela 22 – Estimativa de orçamento de funcionamento de ESF .................................................. 134
Tabela 23 – Estimativa orçamental para acções do Eixo 5 ............................................................ 140
Tabela 24 – Estimativa de orçamento para funcionamento do GTF .............................................. 141
Tabela 25 – Estimativa de orçamento necessário para a concretização das acções do Eixo 5...... 143
Tabela 26 – Estimativa de orçamento, por eixo estratégico, por ano, para o período de vigência do
PMDFCI ........................................................................................................................................... 145
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 7 Plano de Acção
Índice de Quadros
Quadro 1 – Objectivo Específicos comuns a todo o PROF-CL .......................................................... 17
Quadro 2 – Objectivos Específicos da Sub- região homogénea de Entre Vouga e Mondego ......... 19
Quadro 3 – Objectivos Específicos da Sub- região homogénea dos Calcários de Cantanhede ....... 20
Quadro 4 – Objectivos Específicos da Sub- região homogénea de Gândaras Norte ....................... 20
Quadro 5 – Objectivos Específicos da Sub- região homogénea de Sicó e Alvaiázere ...................... 21
Quadro 6 – Características, funções dos espaços florestais, espécies florestais a incentivar e
privilegiar para as sub-regiões. ........................................................................................................ 22
Quadro 7 – “Objectivo e Graus de Prioridade na Elaboração de PGF”, para a MN Bussaco e PF
Serra do Bussaco - Quadro extraído do PROF CL ............................................................................. 23
Quadro 8 - Objectivos e metas definidos para o concelho da Mealhada ........................................ 44
Quadro 9 – Tipologia das RDFCI de acordo com as suas funções e com o âmbito de
desenvolvimento territorial ............................................................................................................. 48
Quadro 10 – Quadro de responsabilidades em espaços florestais no âmbito das redes secundárias
de faixas de gestão de combustível ................................................................................................. 49
Quadro 11 – Perspectivas de Meios Físicos e Financeiros para a execução das intervenções
planeadas. ........................................................................................................................................ 86
Quadro 12 – Definições das tipologias de FGC e das respectivas intervenções (modelo
simplificado) ..................................................................................................................................... 86
Quadro 13 – Planeamento das acções enquadradas no Eixo 2 ..................................................... 100
Quadro 14 - Meios complementares de apoio ao combate. ......................................................... 109
Quadro 15 – Dispositivos operacionais - funções e responsabilidades no Concelho da Mealhada
........................................................................................................................................................ 111
Quadro 16 – Procedimentos de actuação das entidades nos alertas amarelo, laranja e vermelho
........................................................................................................................................................ 114
Quadro 17 – Lista geral de contactos do Dispositivo Operacional DFCI (I) .................................... 116
Quadro 18 – Lista geral de contactos do Dispositivo Operacional DFCI (II) ................................... 117
Quadro 19 – Lista de cursos e acções de formação com interesse na temática DFCI ................... 140
Quadro 20 – Proposta de cronograma de reuniões da CMDF ....................................................... 142
Índice de Ilustrações
Ilustração 1 – Componentes da Carta de Perigosidade ................................................................... 36
Ilustração 2 – Componentes do Modelo de Risco............................................................................ 38
Ilustração 3 – Esquema de comunicação dos alertas amarelo, laranja e vermelho ...................... 113
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 8 Plano de Acção
Índice de Mapas
Mapa 1 – Representação das Sub-regiões homogéneas ................................................................. 18
Mapa 2 – Representação dos Corredores Ecológicos ...................................................................... 25
Mapa 3 – Carta de representação do Modelo de Combustíveis ...................................................... 32
Mapa 4 – Representação da Perigosidade ....................................................................................... 37
Mapa 5 – Representação do Risco ................................................................................................... 39
Mapa 6 – Representação das Prioridades de Defesa ....................................................................... 41
Mapa 7 – Rede de faixas de gestão de combustível ........................................................................ 50
Mapa 8 – Rede Viária Florestal ........................................................................................................ 54
Mapa 9 – Rede de Pontos de Água .................................................................................................. 56
Mapa 10 – Faixas de Protecção a Aglomerados Populacionais ....................................................... 58
Mapa 11 – Faixas de Protecção a Polígonos Industriais e Parques de Campismo ........................... 60
Mapa 12 – Rede Ferroviária ............................................................................................................. 62
Mapa 13 – Rede Eléctrica ................................................................................................................. 64
Mapa 14 – Mapa das intervenções a realizar em 2011 ao nível da Rede de FGC ........................... 66
Mapa 15 – Mapa das intervenções a realizar em 2011 ao nível da Rede Viária Florestal ............... 67
Mapa 16 – Mapa das intervenções a realizar em 2011 ao nível da Rede Eléctrica ......................... 68
Mapa 17 – Mapa das intervenções a realizar em 2012 ao nível da Rede de FGC ........................... 69
Mapa 18 – Mapa das intervenções a realizar em 2012 ao nível da Rede Viária Florestal ............... 70
Mapa 19 – Mapa das intervenções a realizar em 2012 ao nível da Rede Ferroviária ..................... 71
Mapa 20 – Mapa das intervenções a realizar em 2012 ao nível da Rede Eléctrica ......................... 72
Mapa 21 – Mapa das intervenções a realizar em 2013 ao nível da Rede de FGC ........................... 73
Mapa 22 – Mapa das intervenções a realizar em 2013 ao nível da Rede Viária Florestal ............... 74
Mapa 23 – Mapa das intervenções a realizar em 2013 ao nível da Rede Ferroviária ..................... 75
Mapa 24 – Mapa das intervenções a realizar em 2013 ao nível da Rede Eléctrica ......................... 76
Mapa 25 – Mapa das intervenções a realizar em 2014 ao nível da Rede de FGC ........................... 77
Mapa 26 – Mapa das intervenções a realizar em 2014 ao nível da Rede Viária Florestal ............... 78
Mapa 27 – Mapa das intervenções a realizar em 2014 ao nível da Rede Ferroviária ..................... 79
Mapa 28 – Mapa das intervenções a realizar em 2014 ao nível da Rede Eléctrica ......................... 80
Mapa 29 – Mapa das intervenções a realizar em 2015 ao nível da Rede de FGC ........................... 81
Mapa 30 – Mapa das intervenções a realizar em 2015 ao nível da Rede Eléctrica ......................... 82
Mapa 31 – Representação dos sectores territoriais de defesa da floresta contra incêndios e locais
estratégicos de estacionamento (LEE) ........................................................................................... 119
Mapa 32 – Rede de PV e bacias de visibilidade do concelho da Mealhada e concelhos limítrofes
........................................................................................................................................................ 122
Mapa 33 – Representação das zonas do Concelho da Mealhada, visíveis pela rede de Postos de
Vigia ................................................................................................................................................ 123
Mapa 34 – Vigilância (localização e identificação dos LEE) ............................................................ 126
Mapa 35 – Mapa 1ª Intervenção.................................................................................................... 128
Mapa 36 – Mapa de combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio ................................................ 130
Mapa 37 – Mapa I de apoio ao combate do concelho da Mealhada ............................................. 132
Mapa 38 – Mapa II de apoio ao combate do concelho da Mealhada ............................................ 133
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 9 Plano de Acção
Lista de Abreviaturas
AFN – Autoridade Florestal Nacional ANPC – Autoridade Nacional de Protecção Civil AT – Rede Eléctrica de Alta Tensão BVM – Bombeiros Voluntários da Mealhada BVP – Bombeiros Voluntários da Pampilhosa CDOS – Centro Distrital de Operações de Socorro CMDF – Comissão Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios CMM – Câmara Municipal da Mealhada CNOS – Comando Nacional de Operações de Socorro DFCI – Defesa da Floresta contra Incêndios DGRF – Direcção Geral de Recursos Florestais CPE – Coordenador(a) de Prevenção Estrutural DL – Decreto-Lei ECIN – Equipas de Combate a Incêndios Bombeiros. EDP - EDP - Energias de Portugal, S.A ESF – Equipa de Sapadores Florestais EPF – Equipa de Protecção Florestal EPNA – Equipa de Protecção da Natureza e Ambiente FGC – Faixas de Gestão de Combustível GIPS – Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR. GNR – Guarda Nacional Republicana GTF – Gabinete Técnico Florestal ICN – Instituto da Conservação da Natureza IGEOE – Instituto Geográfico do Exército IGP – Instituto Geográfico Português IA – Instituto do Ambiente IM – Instituto de Meteorologia IPJ – Instituto Português da Juventude JF – Junta de Freguesia LEE – Local Estratégico de Estacionamento MADRP – Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas MAT – Rede Eléctrica de Muito Alta Tensão MN – Mata Nacional MT – Rede Eléctrica de Média Tensão PF – Perímetro Florestal OFA – Organização Florestal Atlantis OPF – Organização de Produtores Florestais PDM – Plano Director Municipal PGF – Plano de Gestão Florestal PJ – Polícia Judiciária PMDFCI – Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios PNDFCI – Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios POM – Plano Operacional Municipal PROF-CL – Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral PV – Posto de Vigia RDF – Rede Regional de Defesa da Floresta REM – Rede de Estradas Municipais REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 10 Plano de Acção
RNPV – Rede Nacional de Postos de Vigia RVF – Rede Viária Florestal SDFCI – Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios SEPNA / GNR – Serviço da Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR SIG – Sistema de Informação Geográfica. ZIF – Zona de Intervenção Florestal
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 11 Plano de Acção
INTRODUÇÃO
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 12 Plano de Acção
Este Plano1, da responsabilidade da Comissão Municipal de Defesa da Floresta da
Mealhada (CMDF), tem como objectivo definir, para o Concelho da Mealhada, as medidas
e acções necessárias à defesa da floresta contra incêndios, de forma a dar cumprimento
às linhas orientadoras definidas no Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios
(PNDFCI) e respeitar as normas contidas na legislação2 existente.
De carácter obrigatório3, este Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios
(PMDFCI) tem um horizonte de 5 anos, podendo e devendo ser avaliado e actualizado
anualmente. Sem prejuízo de eventuais actualizações mais profundas, deverá proceder-se
anualmente, à actualização do Plano Operacional Municipal (POM) que deverá ser
aprovado pela Comissão Municipal de Defesa da Floresta (CMDF) preferencialmente até
15 de Abril.
A estrutura adoptada neste Plano, segue as directrizes dos Guias Metodológicos da AFN
de Agosto de 2007 e de Outubro de 20094. A Lei de Bases de Política Florestal, enquanto
matriz de desenvolvimento florestal e prevenção de incêndios florestais, constituiu a
grande referência, para o estabelecimento de um conjunto de objectivos e definições
estratégicas que se consideram essenciais para o concelho da Mealhada. Foram ainda
considerados os necessários5 regulamentos de planeamento e ordenamento Regional e
Nacional, bem como as orientações emanadas pelo Conselho Nacional para a
Reflorestação no que diz respeito à recuperação das áreas ardidas.
1 - Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios
2 - DL n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro
3 - DL n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro, Art.º 10º, n.º4
4 - O regulamento da versão do Guia de Outubro de 2009, não foi ainda publicado, conforme se encontra
previsto no artigo 42.º, alínea 3) do DL 17/2009. No entanto a sua utilização no contexto DFCI, é claramente justificável. 5 - Os regulamentos de planeamento e ordenamento considerados foram: Plano Nacional de
Desenvolvimento Rural; Programa Nacional de Políticas de Ordenamento do Território; Plano Sectorial da
Rede Natura 2000; Planos Especiais de Ordenamento do Território (Planos de Ordenamento de Áreas
Protegidas, Planos de Ordenamento de Albufeiras de Águas Públicas) e Planos Regionais e Municipais de
Ordenamento do Território.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 13 Plano de Acção
ENQUADRAMENTO DO PLANO NO ÂMBITO DO SISTEMA DE GESTÃO
TERRITORIAL E NO SISTEMA DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 14 Plano de Acção
Enquadramento do Plano no Âmbito do Sistema de Gestão Territorial e no Sistema de
Defesa da Floresta Contra Incêndios - Neste capítulo pretende-se fazer o enquadramento
deste PMDFCI, na legislação e planos relevantes na temática DFCI, bem como no sistema
de planeamento e gestão territorial municipal e supra municipal.
O Concelho da Mealhada
A área de intervenção do presente Plano, é o Município da Mealhada, localizado na parte
litoral da Região Centro e enquadrado na NUT III - Região do Baixo Mondego. O Município
albergando, segundo os Censos de 2001, uma população residente de 20751 indivíduos,
tem uma área de cerca de 111 km2, dos quais 5412ha correspondem a espaços florestais
(floresta e inculto).
Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI)
O Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI)6, é o instrumento
estruturador da estratégia Nacional (e do conjunto de acções previsto), tendo em vista o
fomento da gestão activa da floresta e a criação de condições propícias para a redução
progressiva dos incêndios florestais. Através deste instrumento, pretende-se convocar o
País, para a causa de DFCI, fomentando a articulação de esforços entre os proprietários
florestais, agricultores, grandes empresas do sector, diversas entidades, empresas de
abastecimento e distribuição públicos, autarquias locais, organismos da Administração
Pública e todos os agentes que intervêm sobre o território, de forma a tornar as florestas
e os aglomerados populacionais mais resistentes ao fogo, promovendo uma política de
defesa da floresta contra incêndios.
O PNDFCI constitui ainda uma plataforma de definição de um quadro de
responsabilidades muito claro, que remete a responsabilidade das acções de prevenção à
Autoridade Florestal Nacional (AFN), a vigilância, detecção e fiscalização à Guarda
Nacional Republicana (GNR), o combate à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC)
e a sua ligação funcional ao nível do Sistema Integrado de Operações de Protecção e
Socorro.
6 - Apresentado no Conselho de Ministros de 23 de Março de 2006 foi publicado no Diário da República n.º
102, I-B Série, de 26/05/2006 e aprovado pela RCM n.º 65/2006 de 26 de Maio
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 15 Plano de Acção
A implementação deste instrumento estratégico, faz-se através do estabelecimento de
linhas de actuação com a indicação clara da fase de planeamento, execução e controlo,
calendarização de medidas e indicadores de execução. São assumidos períodos temporais
para o desenvolvimento das políticas sectoriais e para a concretização dos objectivos e
acções os períodos que vão de 2006 a 2012 e de 2012 a 2018.
O PNDFCI consagra um conjunto de objectivos, acções e metas, alcançáveis mediante a
intervenção em três domínios prioritários: prevenção estrutural, vigilância e combate.
Neste contexto, são identificados cinco eixos estratégicos de actuação:
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais;
Redução da incidência dos incêndios;
Melhoria da eficácia do ataque e da gestão dos incêndios;
Recuperar e reabilitar os ecossistemas;
Adaptação de uma estrutura orgânica e funcional eficaz.
Estes eixos de actuação serão trabalhados para município da Mealhada em sede deste
PMDFCI.
Ao nível estratégico, o PNDFCI acentua a necessidade de desenvolvimento de uma
política concreta e persistente de sensibilização da população. Alerta ainda para a
necessidade de aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão do risco e de
desenvolvimento de sistemas de gestão e de ligação às estruturas de prevenção,
detecção e combate, reforçando a capacidade operacional.
Assente em vários diagnósticos realizados, sobre o tema DFCI, o PNDFCI, aponta como
soluções para o País:
Reajustamento das funções e responsabilidades das instituições envolvidas;
Maior eficácia nas acções de prevenção, vigilância, detecção e fiscalização;
Maior capacidade operacional e;
Maior unidade no planeamento, na direcção e no comando das operações de
protecção e socorro.
Neste sentido o reforço da organização de base municipal, é encarado como essencial,
devendo ser consolidadas e integradas neste nível, as diferentes acções de prevenção e
protecção da floresta, potenciando a intervenção dos agentes locais, entregando aos
Presidentes das Câmaras Municípios a responsabilidade política de coordenação e apoio
ao funcionamento daquelas acções.
Segundo o PNDFCI, as Comissões Municipais de Defesa da Floresta (CMDF), apoiadas por
Gabinetes Técnicos Florestais (GTF) e pelos Serviços Municipais de Protecção Civil (SMPC)
deverão desenvolver os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios
(PMDFCI). Estes documentos deverão ser executados pelas diferentes entidades
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 16 Plano de Acção
envolvidas e pelos proprietários e outros produtores florestais, transferindo para o seu
território de influência a concretização dos objectivos distritais, regionais e nacionais da
Defesa da Floresta Contra Incêndios.
Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral
Os Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF)7, são instrumentos de política
sectorial que incidem exclusivamente sobre os espaços florestais8, e fornecem o
enquadramento técnico e institucional apropriado para minimização dos conflitos
relacionados com categorias de usos do solo e modelos silvícolas concorrentes para o
mesmo território.
Estes Planos9 têm como base territorial de referência as unidades de nível III da
nomenclatura das unidades territoriais para fins estatísticos (NUTS) e apresentam os
seguintes objectivos gerais:
Avaliar as potencialidades dos espaços florestais, do ponto de vista dos seus usos
dominantes;
Definir o elenco de espécies a privilegiar nas acções de expansão e reconversão do
património florestal;
Identificar os modelos gerais de silvicultura e de gestão dos recursos mais
adequados;
Definir áreas críticas do ponto de vista do risco de incêndio, da sensibilidade à
erosão e da importância ecológica, social e cultural, bem como das normas
específicas de silvicultura e de utilização sustentada dos recursos a aplicar a estes
espaços.
O concelho da Mealhada, está inserido na área de abrangência do Plano Regional de
Ordenamento Florestal do Centro Litoral (PROF-CL)10, que define os objectivos comuns
apresentados no quadro seguinte:
7 - Os PROF, foram criados em 1996 pela Lei de Bases da Politica Florestal (Lei n.º 33/96, de 17 de Agosto),
tendo sido regulamentados pelo Decreto-Lei n.º 204/99, de 9 de Junho. 8 - Espaços Florestais, são definidos na alínea b) do artigo 4.° do Decreto-Lei n.º 204/99, de 9 de Junho,
como: “terrenos ocupados com arvoredos florestais, com uso silvo-pastoril ou os incultos de longa duração.” 9 - Foram publicados 21 PROF em Portugal
10 - O PROF-CL foi publicado através do Decreto Regulamentar n.º 11/06, de 21 de Julho, e tem um período
de vigência de 20 anos, podendo ser actualizado a cada 5 anos. Abrange os municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mealhada, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga, Vagos, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mira, Montemor-o-Velho, Penacova, Soure, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 17 Plano de Acção
PROF – CL
Objectivos específicos gerais:
Diminuir do número de ignições de incêndios florestais;
Diminuir a área queimada;
Promover o redimensionamento das explorações florestais de forma a optimizar a sua gestão, nomeadamente:
Divulgar informação relevante para desenvolvimento da gestão florestal;
Realização do cadastro das propriedades florestais;
Redução das áreas abandonadas;
Criação de áreas de gestão única de dimensão adequada;
Aumentar a incorporação de conhecimentos técnico-científicos na gestão através da sua divulgação ao público alvo;
Aumentar o conhecimento sobre a silvicultura das espécies florestais;
Monitorizar o desenvolvimento dos espaços florestais e o cumprimento do Plano.
Quadro 1 – Objectivo Específicos comuns a todo o PROF-CL
Das oito sub-regiões homogéneas, definidas pelo PROF-CL, a área territorial da Mealhada,
está enquadrada (Mapa 1) nas seguintes quatro Sub-regiões:
Sub-região homogénea de Entre Vouga e Mondego;
Sub-região homogénea dos Calcários de Cantanhede;
Sub-região homogénea das Gândaras Norte;
Sub-região homogénea de Sicó e Alvaiázere;
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 18 Plano de Acção
Mapa 1 – Representação das Sub-regiões homogéneas
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 19 Plano de Acção
Os quadros apresentados de seguida, identificam a Visão e os Objectivos Específicos de
cada Sub-região com representação no Concelho.
Entre Vouga e Mondego
Visão:
Implementação e incrementação das funções de produção, protecção e desenvolvimento da silvo-pastorícia, caça e pesca nas águas interiores
Objectivos específicos:
a) Diversificar a ocupação dos espaços florestais arborizados com espécies que apresentem bons potenciais produtivos;
b) Recuperar as áreas em situação de maior risco de erosão; c) Desenvolver a prática da pesca nas águas interiores associada ao aproveitamento para
recreio nos espaços florestais: i) Identificar as zonas com bom potencial para o desenvolvimento da actividade da pesca
e desenvolver o ordenamento dos recursos piscícolas; ii) Dotar todas as zonas prioritárias para a pesca identificadas no inventário com infra-
estruturas de apoio (por exemplo, acessos e pontos de pesca) e criar zonas concessionadas para a pesca;
d) Recuperar os troços fluviais degradados; e) Aumentar a actividade associada à caça, enquadrando-a com o aproveitamento para recreio
nos espaços florestais: i) Aumentar o conhecimento do potencial cinegético da região; ii) Aumentar o número de áreas com gestão efectiva e a rendibilidade da actividade
cinegética e manter a integridade genética das espécies cinegéticas; iii) Aumentar o nível de formação dos responsáveis pela gestão de zonas de caça;
f) Desenvolver a actividade silvo-pastoril: i) Aumentar o nível de gestão dos recursos silvo-pastoris e o conhecimento sobre a
actividade silvo-pastoril; ii) Integrar totalmente a actividade silvo-pastoril na cadeia de produção de produtos
certificados; g) Adequar os espaços florestais à crescente procura de actividades de recreio e de espaços de
interesse paisagístico: i) Definir as zonas com bom potencial para o desenvolvimento de actividades de recreio e
com interesse paisagístico e elaborar planos de adequação destes espaços ao uso para recreio;
ii) Dotar as zonas prioritárias para recreio e com interesse paisagístico com infra-estruturas de apoio;
iii) Adequar o coberto florestal nas zonas prioritárias para a utilização para recreio e com interesse paisagístico;
h) Desenvolver a actividade apícola: i) Aumentar o nível de gestão dos recursos apícolas e o conhecimento sobre a actividade
apícola e integrar a actividade na cadeia de produção de produtos certificados. Quadro 2 – Objectivos Específicos da Sub- região homogénea de Entre Vouga e Mondego
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 20 Plano de Acção
Calcários de Cantanhede
Visão:
Implementação e incrementação das funções de desenvolvimento da silvo-pastorícia, caça e pesca nas águas interiores, produção e protecção
Objectivos específicos:
a) Aumentar a actividade associada à caça, enquadrando-a com o aproveitamento para recreio nos espaços florestais:
i) Aumentar o conhecimento do potencial cinegético da região; ii) Aumentar o número de áreas com gestão efectiva e a rendibilidade da actividade
cinegética e manter a integridade genética das espécies cinegéticas; iii) Aumentar o nível de formação dos responsáveis pela gestão de zonas de caça;
b) Desenvolver a actividade silvo-pastoril: i) Aumentar o nível de gestão dos recursos silvo-pastoris e o conhecimento sobre a
actividade silvo-pastoril; ii) Integrar totalmente a actividade silvo-pastoril na cadeia de produção de produtos
certificados; c) Diversificar a ocupação dos espaços florestais arborizados com espécies que apresentem bons
potenciais produtivos; d) Recuperar as áreas em situação de maior risco de erosão
Quadro 3 – Objectivos Específicos da Sub- região homogénea dos Calcários de Cantanhede
Gândaras Norte
Visão:
Implementação e incrementação das funções de produção, de recreio, enquadramento e estética da paisagem e de protecção
Objectivos específicos:
a) Diversificar a ocupação dos espaços florestais arborizados com espécies que apresentem bons potenciais produtivos; b) Adequar os espaços florestais à crescente procura de actividades de recreio e de espaços de interesse paisagístico: i) Definir as zonas com bom potencial para o desenvolvimento de actividades de recreio e com interesse paisagístico e elaborar planos de adequação destes espaços ao uso para recreio; ii) Dotar as zonas prioritárias para recreio e com interesse paisagístico com infra-estruturas de apoio; iii) Adequar o coberto florestal nas zonas prioritárias para a utilização para recreio e com interesse paisagístico; c) Adequar a gestão dos espaços florestais às necessidades de protecção da rede hidrográfica, ambiental, microclimática e contra a erosão eólica; d) Recuperar os troços fluviais degradados; e) Adequar a gestão dos espaços florestais às necessidades de conservação dos habitats, da fauna e da flora classificados.
Quadro 4 – Objectivos Específicos da Sub- região homogénea de Gândaras Norte
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 21 Plano de Acção
Sicó e Alvaiázere
Visão:
Implementação e incrementação das funções de silvo-pastorícia, caça e pesca nas águas interiores, de protecção, de recreio, enquadramento e estética da paisagem.
Objectivos específicos:
a) Desenvolver a actividade silvo-pastoril: i) Aumentar o nível de gestão dos recursos silvo-pastoris e o conhecimento sobre a
actividade silvo-pastoril; ii) Integrar totalmente a actividade silvo-pastoril na cadeia de produção de produtos
certificados; b) Aumentar a actividade associada à caça:
i) Aumentar o conhecimento do potencial cinegético da região; ii) Aumentar o número de áreas com gestão efectiva e a rendibilidade da actividade
cinegética e manter a integridade genética das espécies cinegéticas; iii) Aumentar o nível de formação dos responsáveis pela gestão de zonas de caça;
c) Desenvolver a prática da pesca nas águas interiores: i) Identificar as zonas com bom potencial para o desenvolvimento da actividade da pesca e
desenvolver o ordenamento dos recursos piscícolas; ii) Dotar todas as zonas prioritárias para a pesca identificadas no inventário com infra-
estruturas de apoio (por exemplo acessos e pontos de pesca) enquadradas com as do recreio e criar zonas concessionadas para a pesca;
d) Aumentar o nível de gestão dos recursos apícolas e o conhecimento sobre a actividade apícola e integrar a actividade na cadeia de produção de produtos certificados;
e) Recuperar as áreas em situação de maior risco de erosão; f) Adequar os espaços florestais à crescente procura de actividades de recreio e de espaços com
interesse paisagístico: i) Definir as zonas com bom potencial para o desenvolvimento de actividades de recreio e
com interesse paisagístico e elaborar planos de adequação destes espaços ao uso para recreio nas zonas identificadas;
ii) Dotar as zonas prioritárias para recreio e com interesse paisagístico com infra-estruturas de apoio;
iii) Adequar o coberto florestal nas zonas prioritárias para a utilização para recreio e com interesse paisagístico;
iv) Controlar os impactes dos visitantes sobre as áreas de conservação. Quadro 5 – Objectivos Específicos da Sub-Região homogénea de Sicó e Alvaiázere
No quadro seguinte, apresenta-se resumidamente as características, funções dos espaços
florestais, e modelo de silvicultura a incentivar e privilegiar para cada sub-região.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 22 Plano de Acção
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Quadro 6 – Características, funções dos espaços florestais, espécies florestais a incentivar e privilegiar para as sub-regiões.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 23 Plano de Acção
Planos de Gestão Florestal (PGF)
Os Planos de Gestão Florestal (PGF)11, são instrumentos de regulamentação espacial e
temporal das intervenções de natureza cultural e/ou de exploração, com subordinação
aos PROF da região na qual se localizam os respectivos prédios e às prescrições
constantes da legislação florestal. Sujeitos a aprovação da Autoridade Florestal Nacional,
estes planos visam a produção sustentada de bens ou serviços originados em espaços
florestais, determinada por condições de natureza económica, social e ecológica e com
opções de natureza económica livremente estabelecidas pelo titular. Os PGF
desempenham assim um papel crucial no processo de melhoria e gestão dos espaços
florestais por serem eles que operacionalizam e transferem para o terreno, as orientações
estratégicas contidas no PROF respectivo.
O PROF-CL impõe, a obrigatoriedade de existência de Planos de Gestão Florestal (PGF)
para as explorações florestais privadas com área superior a 25 ha.
Este Plano, indica ainda a necessidade de submissão da Mata Nacional do Bussaco e do
Perímetro Florestal da Serra do Bussaco, ao regime florestal, obrigando à existência de
Planos de Gestão Florestal (PGF) para as referidas áreas. A elaboração dos PGF para estas
áreas, é mesmo tida com de elevada prioridade no PROF, adiantando o mesmo
documento, quais os objectivos preconizados para cada uma das áreas.
Designação da área Área Objectivos Grau de prioridade:
Mata Nacional do Bussaco
105 ha
Recreio, enquadramento e estética da paisagem;
Protecção, e;
Conservação de habitats, de espécies da fauna e da flora e de geomonumentos;
Ambas com alto grau de prioridade, enquadradas na categoria: “floresta modelo, matas históricas e matas elementos únicos na sub-região”. Perímetro Florestal
da Serra do Bussaco 912 ha
Produção;
Recreio, enquadramento e estética da paisagem, e;
Protecção Quadro 7 – “Objectivo e Graus de Prioridade na Elaboração de PGF”, para a MN Bussaco e PF Serra do Bussaco - Quadro
extraído do PROF CL
No entanto, segundo informação da AFN, não existem até à data no concelho da
Mealhada, Planos de Gestão Florestal aprovados para estas ou para quaisquer outras
áreas.
11 - Criados pela Lei de Bases da Política Florestal (LBPF), Lei n.º 33/96 de 17 de Agosto
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 24 Plano de Acção
No que diz respeito à orgânica de tutela, o concelho da Mealhada está enquadrado na
Unidade de Gestão Florestal do Centro Litoral, da Direcção Regional de Florestas do
Centro.
Corredores ecológicos
O PROF-CL define também um conjunto de corredores ecológicos12, que deverão
contribuir para a definição da estrutura ecológica municipal no âmbito dos PMOT13.
Estes corredores, enquanto “estruturas” essenciais para a manutenção da biodiversidade
no território, dada a sua capacidade de promoverem o intercâmbio genético de
populações dispersas e/ou com pouca ligação entre si, deverão ser objecto de tratamento
específico no âmbito dos PGF.
A localização dos corredores ecológicos na área do concelho da Mealhada, apresentada
no Mapa 2.
12 - Os corredores ecológicos, são definidos pelo Decreto Regulamentar n.º 11/2006 de 21 de Julho como:
“faixas que promovam a conexão entre áreas florestais dispersas, favorecendo o intercâmbio genético, essencial para a manutenção da biodiversidade” 13
- Decreto Regulamentar n.º 11/2006 de 21 de Julho, Art. 10º
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 25 Plano de Acção
Mapa 2 – Representação dos Corredores Ecológicos
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 26 Plano de Acção
Plano Director Municipal (PDM)
Compatibilidade entre o PDM e o PMDFCI
De acordo com a Lei de Bases da Politica de Ordenamento do Território e de Urbanismo14,
os municípios são obrigados a assegurar a compatibilidade dos Planos Municipais, pelos
quais são responsáveis ao nível da elaboração e aprovação, com os planos regionais de
ordenamento do território e com os planos sectoriais. Como tal, deverão os municípios
assegurar a compatibilidade entre o PMDFCI e o Plano Director Municipal (PDM) em
elaboração ou revisão, de forma a que este ultimo possa acautelar a programação e a
concretização das politicas de desenvolvimento económico, social e de ambiente que
constam do primeiro. Exceptuam-se os casos em que os planos municipais estão em
período de discussão pública15.
Neste sentido, o PDM deve, fazer a classificação e qualificação do solo, reflectindo a
cartografia de risco de incêndio, que consta no PMDFCI aprovado16.
Ao nível dos condicionalismos à edificação, o PDM deve assegurar a proibição de
construção de edificações para habitação, comércio, serviços e indústria fora das áreas
edificadas consolidadas, nos terrenos classificados por este Plano com risco de incêndio
das classes alta ou muito alta17.
Relativamente aos terrenos localizados fora das áreas edificadas consolidadas, não
classificados por este Plano com risco de incêndio das classes alta ou muito alta, deverão
ser definidos condicionalismos à implantação de novas edificações para habitação,
comércio, serviços e indústria. Neste contexto, são estabelecidos pela Autarquia, os
seguintes condicionalismos para as novas edificações, no espaço florestal ou rural fora
das áreas edificadas, que não estão classificadas na cartografia de risco deste plano como
pertencentes às classes alta ou muito alta:
1. Na implantação da edificação deve ser garantida uma distância à estrema da
propriedade de uma faixa de protecção nunca inferior a 50 metros.
2. Quando, esteja em causa um projecto que seja declarado de interesse
municipal pelo executivo municipal ou o projecto se localize em áreas
classificadas por este plano com risco de incêndio das classes baixa ou muito
baixa, a dimensão da faixa estabelecida no número anterior poderá ser
excepcionalmente reduzida até 25 metros.
14 - Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto, Artigo 10º, nº 3
15 - DL n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro, Artigo 45º
16 - DL n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro, Artigo 16º, nº1
17 - DL n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro, Artigo 16º, nº2
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 27 Plano de Acção
3. Quando a propriedade confine com um caminho ou via pública, poderá ser
considerada a dimensão desse caminho ou via pública, para efeito de
determinação da dimensão da faixa de protecção definida nos números 1 e 2.
4. Em qualquer um dos casos referidos anteriormente, deverá ser assegurada a
adopção de medidas especiais relativas à resistência do edifício à passagem do
fogo e à contenção de possíveis fontes de ignição de incêndios no edifício e
respectivos acessos.
Dialéctica solo urbano/solo rural do PDM
A relação entre solo urbano e solo rural, constitui um dos maiores problemas do
planeamento territorial. Ao nível da DFCI, esta realidade também se aplica,
principalmente no que diz respeito à elaboração da cartografia de risco.
O âmbito deste Plano, é naturalmente o território rural, excluindo à partida as «Áreas
edificadas consolidadas»18. Porém, existem no concelho da Mealhada, áreas integradas
no PDM em Espaço Urbano e Urbanizável que, apesar desta classificação, não estão ainda
edificadas, apresentando actualmente outras ocupações de uso, como agricultura,
floresta e matos. A frequente contiguidade destas áreas a áreas já edificadas,
representam um perigo potencial que importa minimizar. Esta necessidade sairá
reforçada, se considerarmos que normalmente é para estas zonas de interface urbano-
rural, que se aloca grande quantidade de meios de combate para protecção de
edificações, subtraindo-os às acções de combate aos incêndios florestais.
Posto isto, foi opção da Autarquia para este Plano, utilizar a ocupação do solo da Corine
Land Cover, para produção da cartografia de risco, tendo-se no entanto, e de forma a
evitar qualquer tipo de dúvida de leitura, no que diz respeito à incompatibilidade entre o
PDM e o PMDFCI, no âmbito do ordenamento e regulamentação do espaço municipal,
“subtraído” posteriormente a esta cartografia todo o solo classificado pelo PDM como
“áreas edificadas consolidadas”19. Garante-se desta forma a “boa” compatibilização entre
estes dois instrumentos de ordenamento.
18 - Segundo o DL n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro, Artigo 3º, alínea
b, são: “áreas que possuem uma estrutura consolidada ou compactação de edificados, onde se incluem as áreas urbanas consolidadas e outras áreas edificadas em solo rural classificadas deste modo pelos instrumentos de gestão territorial vinculativos dos particulares”. As «Áreas edificadas consolidadas», utilizadas no âmbito deste Plano, foram fornecidas pela Divisão de Planeamento Urbano da CMM. 19
- Segundo o DL n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro: “No que respeita à edificação em zonas classificadas, nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios (PMDFCI), de elevado ou muito elevado risco de incêndio, esta passa a ser apenas interdita fora das áreas edificadas consolidadas.”
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 28 Plano de Acção
De referir ainda, que dadas as características do concelho, nomeadamente no que diz
respeito à elevada atractividade turística, deverá ser ponderada a admissão de novas
zonas de expansão turística em área florestal. Acredita-se que este tipo de
empreendimentos, concentra em si mesmo, algumas características que poderão auxiliar
no desenvolvimento de uma política sustentável de DFCI. Realça-se neste sentido o facto
de estas zonas enquadrarem normalmente áreas e infra-estruturas de compartimentação
da paisagem (campos de golfe, relvados, picadeiros, etc…), que poderão funcionar como
importantes mosaicos de interrupção/descontinuidade de combustível. Será também
natural que se considere que tanto os promotores como os utilizadores deste tipo de
zonas, pretendem usufruir da boa conservação e protecção do espaço florestal,
contribuindo directa ou indirectamente para prevenção dos incêndios nestes espaços
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 29 Plano de Acção
ANÁLISE DO RISCO, DA VULNERABILIDADE AOS INCÊNDIOS E DA
ZONAGEM DO TERRITÓRIO
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 30 Plano de Acção
Análise do Risco e da Vulnerabilidade aos Incêndios - Neste capítulo, apresenta-se uma
análise do risco e da vulnerabilidade do território aos incêndios, enquanto ferramenta de
apoio à decisão no âmbito de DFCI, para definição da localização de infra-estruturas e de
áreas prioritárias de silvicultura.
CARTA DOS MODELOS DOS COMBUSTÍVEIS FLORESTAIS
A caracterização e cartografia das estruturas de vegetação, nomeadamente dos Modelos
de Combustíveis utilizada neste Plano, teve como base, a informação20 disponibilizada
pelo Instituto Geográfico Português (IGEO) e seguiu a classificação constante no Apêndice
3 do Guia Técnico de Outubro de 2009.
A caracterização e cartografia das estruturas de vegetação, seguiu a classificação criada
pelo Northern Forest Fire Laboratory (NFFL), com a descrição de cada modelo à qual foi
adicionado uma orientação da aplicabilidade ao território continental desenvolvida por
Fernandes, P. M.21, conforme apresentado na tabela seguinte.
20 - A cartografia do Uso do Solo, utilizada para o Modelo de Combustíveis foi a CORINE Land Cover 2006
www.igeo.pt . 21
- Esta metodologia classifica assim, os diferentes tipos de combustíveis florestais, relativamente ao seu comportamento face ao fogo, enquadrando-os em treze modelos distintos, três agrupados no estrato herbáceo, quatro no estrato arbustivo, três na manta morta e três nos resíduos lenhosos.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 31 Plano de Acção
Tabela 1 – Modelos de Combustíveis Florestais do concelho
Modelo de Combustíveis Área
Código Descrição Aplicação (ha) (%)
0
857 7,7
1
Pasto fino, seco e baixo, com altura abaixo do joelho, que cobre completamente o solo. Os matos ou as árvores cobrem menos de 1/3 da superfície. Os incêndios propagam-se com grande velocidade pelo pasto fino. As pastagens com espécies anuais são exemplos típicos.
Montado. Pastagens anuais ou perenes. Restolhos.
1894 17,1
2
Pasto contínuo, fino, seco e baixo, com presença de matos ou árvores que cobrem entre 1/3 e 2/3 da superfície. Os combustíveis são formados pelo pasto seco, folhada e ramos caídos da vegetação lenhosa. Os incêndios propagam-se rapidamente pelo pasto fino. Acumulações dispersas de combustíveis podem incrementar a intensidade do incêndio.
Matrizes mato/herbáceas resultantes de fogo frequente (e.g. giestal). Formações lenhosas diversas (e.g. pinhais, zimbrais, montado). Plantações florestais em fase de instalação e nascedio.
162 1,5
3 Pasto contínuo, espesso e (>= 1m) 1/3 ou mais do pasto deverá estar seco. Os incêndios são mais rápidos e de maior intensidade.
Campos cerealíferos (antes da ceifa). Pastagens altas. Feitieras. Juncais.
2802 25,3
4
Matos ou árvores jovens muito densos, com cerca de 2 metros de altura. Continuidade horizontal e vertical do combustível. Abundância de combustível lenhoso morto (ramos) sobre as plantas vivas. O fogo propaga-se rapidamente sobre as copas dos matos com grande intensidade e com chamas grandes. A humidade dos combustíveis vivos tem grande influência no comportamento do fogo.
Qualquer formação que inclua um estrato arbustivo e contínuo (horizontal e verticalmente), especialmente com % elevadas de combustível morto: carrascal, tojal, urzal, esteval, acacial. Formações arbórea jovens e densas (fase de novedio) e não caducifólias.
354 3,2
8
Folhada em bosque denso de coníferas ou folhosas (sem mato). A folhada forma uma capa compacta ao estar formada de agulhas pequenas (5 cm ou menos) ou por folhas planas não muito grandes. Os fogos são de fraca intensidade, com chamas curtas e que avançam lentamente. Apenas condições meteorológicas desfavoráveis (temperaturas altas, humidade relativa baixa e ventos fortes) podem tornar este modelo perigoso.
Formações florestais ou pré-florestais sem sub-bosque: Quercus mediterrânicos, medronhal, vidoal, folhosas ripícolas, choupal, eucaliptal jovem, Pinus sylvestris, cupressal e restantes resinosas de agulha curta.
664 6,0
9
Folhada em bosque denso de coníferas ou folhosas, que se diferencia do modelo 8, por formar uma camada pouco compacta e arejada. É formada por agulhas largas como no caso do Pinus pinaster, ou por folhas grandes e frisadas como as do Quercus pyrenaica, Castanea sativa, outras. Os fogos são mais rápidos e com chamas mais compridas do que as do modelo 8.
Formações florestais sem sub-bosque: pinhais (Pinus pinaster, P. nigra, P.radiata, P. halepensis), carvalhais ( Quercus pyrenaica, Q. robur, Q. rubra) e castanheiro no Inverno, eucaliptal (> 4 anos de idade).
4333 39,2
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 32 Plano de Acção
Mapa 3 – Carta de representação do Modelo de Combustíveis
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 33 Plano de Acção
Nas tabelas seguintes são apresentados os valores de representação dos diferentes
modelos considerados por freguesia.
Tabela 2 – Modelos de Combustíveis Florestais das freguesias (I)
Freguesia CORINE LC 06 Modelo Combustíveis
Área (ha) Área (%) Código Descrição Código Descrição
Antes
112 Tecido Urbano Descontínuo 0 - 42 10
221 Vinhas 1 Herbáceo 158 37
242 Sistemas Culturais e Parcelares
Complexos 3 Herbáceo 66 15
243 Zonas principalmente agrícolas com
zonas naturais importantes 3 Herbáceo 26 6
312 Floresta de Coníferas 9 Manta Morta 140 32
TOTAL 432 100
Barcouço
112 Tecido Urbano Descontínuo 0 - 44 2
212 Terras permanentemente irrigadas 3 Herbáceo 123 6
221 Vinhas 1 Herbáceo 256 12
223 Olivais 2 Herbáceo 56 3
242 Sistemas Culturais e Parcelares
Complexos 3 Herbáceo 145 7
243 Zonas principalmente agrícolas com
zonas naturais importantes 3 Herbáceo 386 18
312 Floresta de Coníferas 9 Manta Morta 677 32
313 Floresta Mista de Folhosas e
Coníferas 9 Manta Morta 102 5
324 Floresta ou Vegetação arbustiva de
transição 4 Arbustivo 341 16
TOTAL 2131 100
Casal Comba
112 Tecido Urbano Descontínuo 0 - 187 10
121 Unidades Industriais 0 - 34 2
211 Terras aráveis ou irrigáveis 1 Herbáceo 37 2
221 Vinhas 1 Herbáceo 519 28
223 Olivais 2 Herbáceo 2 0
242 Sistemas Culturais e Parcelares
Complexos 3 Herbáceo 281 15
243 Zonas principalmente agrícolas com
zonas naturais importantes 3 Herbáceo 146 8
312 Floresta de Coníferas 9 Manta Morta 578 31
313 Floresta Mista de Folhosas e
Coníferas 9 Manta Morta 96 5
TOTAL 1880 100
Luso
112 Tecido Urbano Descontínuo 0 - 49 3
212 Terras permanentemente irrigadas 3 Herbáceo 20 1
221 Vinhas 1 Herbáceo 18 1
242 Sistemas Culturais e Parcelares
Complexos 3 Herbáceo 179 11
243 Zonas principalmente agrícolas com
zonas naturais importantes 3 Herbáceo 113 7
311 Floresta de Folhosas 8 Manta Morta 422 25
312 Floresta de Coníferas 9 Manta Morta 146 9
313 Floresta Mista de Folhosas e
Coníferas 9 Manta Morta 739 44
TOTAL 1687 100
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Caderno I 34 Plano de Acção
Tabela 3 – Modelos de Combustíveis Florestais das freguesias (II)
Freguesia CORINE LC 06 Modelo Combustíveis
Área (ha) Área (%) Código Descrição Código Descrição
Mealhada
112 Tecido Urbano Descontínuo 0 - 209 21
211 Terras aráveis ou irrigáveis 1 Herbáceo 20 2
221 Vinhas 1 Herbáceo 186 19
242 Sistemas Culturais e Parcelares
Complexos 3 Herbáceo 245 25
243 Zonas principalmente agrícolas
com zonas naturais importantes 3 Herbáceo 27 3
312 Floresta de Coníferas 9 Manta Morta 28 3
313 Floresta Mista de Folhosas e
Coníferas 9 Manta Morta 283 28
TOTAL 999 100
Pampilhosa
112 Tecido Urbano Descontínuo 0 - 211 15
121 Unidades Industriais 0 - 55 4
221 Vinhas 1 Herbáceo 86 6
223 Olivais 2 Herbáceo 66 5
242 Sistemas Culturais e Parcelares
Complexos 3 Herbáceo 227 17
243 Zonas principalmente agrícolas
com zonas naturais importantes 3 Herbáceo 132 10
312 Floresta de Coníferas 9 Manta Morta 350 26
313 Floresta Mista de Folhosas e
Coníferas 9 Manta Morta 233 17
TOTAL 1360 100
Vacariça
112 Tecido Urbano Descontínuo 0 - 1 0
212 Terras permanentemente
irrigadas 3 Herbáceo 76 4
221 Vinhas 1 Herbáceo 254 14
223 Olivais 2 Herbáceo 39 2
242 Sistemas Culturais e Parcelares
Complexos 3 Herbáceo 398 21
311 Floresta de Folhosas 8 Manta Morta 242 13
312 Floresta de Coníferas 9 Manta Morta 100 5
313 Floresta Mista de Folhosas e
Coníferas 9 Manta Morta 746 40
324 Floresta ou Vegetação arbustiva
de transição 4 Arbustivo 12 1
TOTAL 1867 100
Ventosa do Bairro
112 Tecido Urbano Descontínuo 0 - 26 4
212 Terras permanentemente
irrigadas 3 Herbáceo 2 0
221 Vinhas 1 Herbáceo 357 50
242 Sistemas Culturais e Parcelares
Complexos 3 Herbáceo 197 28
243 Zonas principalmente agrícolas
com zonas naturais importantes 3 Herbáceo 13 2
312 Floresta de Coníferas 9 Manta Morta 112 16
313 Floresta Mista de Folhosas e
Coníferas 9 Manta Morta 2 0
TOTAL 709 100
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 35 Plano de Acção
A Carta dos Modelos dos Combustíveis Florestais do Concelho da Mealhada,
complementada pela informação da Tabela anterior, indica que o modelo de combustível
predominante no Concelho é o Modelo 9 (39,2%), seguindo-se em termos de
representatividade os Modelos 1 e 3 com respectivamente 17,1% e 25,3% da área. A
predominância destes modelos no território, acrescida dos fenómenos tendenciais de
abandono das áreas agrícolas e de “monoculturização” da floresta (pinheiro bravo e
eucalipto), faz crescer a possibilidade de desaparecimento das zonas de descontinuidade
horizontal (zonas tampão) e potencia de alguma forma, a ocorrência de incêndios com
elevada velocidade de propagação e intensidade. Será assim aconselhável, a criação de
políticas de sensibilização da população para o aproveitamento dos terrenos agrícolas
“abandonáveis” e das zonas ripícolas para introdução de espécies florestais, mais
resilientes aos incêndios, nomeadamente folhosas.
De destacar o facto da informação actualmente existente sobre os combustíveis florestais
presentes no território do concelho da Mealhada, estar longe de ser a ideal, pelo que se
espera, que em futuras actualizações deste Plano, se obtenha e utilize informação mais
rica ao nível do conteúdo. Este “enriquecimento”, permitirá a “construção mais sólida”
desta peça cartográfica, que assume elevada importância na temática DFCI, quer para a
definição da localização de infra-estruturas de defesa da floresta contra incêndios,
nomeadamente das faixas de gestão de combustível pertencentes às redes municipais,
quer também, como ferramenta de apoio à decisão relativamente à definição de áreas
prioritárias para a realização de operações de silvicultura preventiva.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 36 Plano de Acção
PERIGOSIDADE
Probabilidade Susceptibilidade x
PERIGOSIDADE E RISCO DE INCÊNDIO
O Mapa de Perigosidade, parte integrante do Modelo de Risco de Incêndio Florestal
adoptado pela AFN, apresenta o potencial de um território para a ocorrência do “evento”
incêndio florestal e é resultado da combinação da probabilidade22 e da susceptibilidade23
apresentadas pelo território. A produção do Mapa de Perigosidade, seguiu as directrizes
do Apêndice 4 do Guia Técnico de Outubro de 2009, conforme a ilustração seguinte, e
possibilita a identificação dos locais com maior potencial para que o fenómeno ocorra e
adquira maior magnitude.
É assim de alguma forma evidente que os locais do Concelho da Mealhada com maior
índice de perigosidade e como tal, os locais mais indicados para a realização urgente de
acções de prevenção são as zonas orientais das freguesias de Luso e Vacariça
(correspondendo estas áreas à Serra do Bussaco) e a zona ocidental da freguesia de
Barcouço.
22 - Segundo o Guia Técnico da AFN: “A probabilidade traduz a verosimilhança de ocorrência de um
fenómeno num determinado local em determinadas condições. A probabilidade far-se-á traduzir pela verosimilhança de ocorrência anual de um incêndio em determinado local, neste caso, um pixel de espaço florestal. Para cálculo da probabilidade atender-se-á ao histórico desse mesmo pixel, calculando uma percentagem média anual, para uma dada série de observações, que permitirá avaliar a perigosidade no tempo, respondendo no modelo desta forma: “Qual a probabilidade anual de ocorrência do fogo neste pixel?“ 23
- Segundo o Guia Técnico da AFN: “A susceptibilidade de um território – ou de um pixel – expressa as condições que esse território apresenta para a ocorrência e potencial de um fenómeno danoso. Variáveis lentas como as que derivam da topografia, e ocupação do solo, entre outras, definem se um território é mais ou menos susceptível ao fenómeno, contribuindo melhor ou pior para que este se verifique e, eventualmente, adquira um potencial destrutivo significativo. A susceptibilidade define a perigosidade no espaço, respondendo no modelo desta forma: Qual o potencial de severidade do fogo neste pixel?”
Ilustração 1 – Componentes da Carta de Perigosidade
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 37 Plano de Acção
Mapa 4 – Representação da Perigosidade
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 38 Plano de Acção
Dano Potencial
Vulnerabilidade Valor económico x
Perigosidade x
RISCO
O outro elemento integrante do Modelo de Risco de Incêndio Florestal adoptado pela
AFN, é o Mapa de Risco de Incêndio Florestal. Este, como se pode ver na Ilustração 2,
resulta da combinação das componentes do mapa de perigosidade com as componentes
do dano potencial (vulnerabilidade e valor) para indicar qual o potencial de perda em face
do fenómeno.
O mapa do risco de incêndio, produzido também ele segundo as propostas do Guia
Técnico 2009, mostra para cada local do concelho, a possível magnitude das perdas
quando o fenómeno passa de uma hipótese a uma realidade.
De destacar que os locais com maior índice de risco de incêndio, são os mais indicados
para a realização de acções de planeamento de acções de supressão e para acções de
prevenção quando assim também indicados pelo mapa de perigosidade.
A análise ao mapa de risco de incêndio, evidencia que os locais do Concelho da Mealhada
com maior índice, são também as zonas orientais das freguesias de Luso e Vacariça
(correspondendo estas áreas à Serra do Bussaco) e a zona ocidental da freguesia de
Barcouço. Para além destas zonas, as imediações dos aglomerados populacionais e
industriais, também apresentam risco de incêndio alto ou muito alto
É necessário realçar a necessidade de aposta (em próximas revisões do Plano), na
realização de um levantamento mais aprofundado sobre outros elementos do território
em risco, nomeadamente bombas de gasolina, depósitos de combustíveis de particulares
(gás, gasóleo, etc.) e parques de concentração de madeira e /ou resíduos florestais
(biomassa).
Ilustração 2 – Componentes do Modelo de Risco
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 39 Plano de Acção
Mapa 5 – Representação do Risco
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 40 Plano de Acção
MAPA DE PRIORIDADES DE DEFESA
O mapa de prioridades de defesa tem como objectivo a identificação dos elementos que
interessa proteger, ou seja aqueles que são considerados como prioritários em termos de
defesa.
Foram consideradas prioridades de defesa, pela autarquia, os aglomerados populacionais,
os polígonos industriais e a envolvente a património natural/cultural (“Palace do
Bussaco”).
Tal como se referiu anteriormente será necessária a realização de um levantamento mais
aprofundado dos elementos em risco, que possam constituir elementos prioritários de
defesa.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 41 Plano de Acção
Mapa 6 – Representação das Prioridades de Defesa
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 42 Plano de Acção
OBJECTIVOS E METAS DO PMDFCI
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 43 Plano de Acção
Objectivos e metas do PMDFCI - Com o intuito de cumprir o preconizado no PNDFCI24, é
necessário definir neste Plano um conjunto de objectivos e metas que assumam as
directrizes da estratégia nacional para a defesa da floresta contra incêndios.
Esta definição de objectivos, de prioridades e de intervenções foram orientadas para
responder de forma adequada às características do concelho da Mealhada,
nomeadamente no que diz respeito às duas variáveis estruturantes, n.º de ocorrências e
área ardida.
Identificação da tipologia do concelho
A necessidade de classificar os concelhos do País em relação ao histórico de incêndios, e
estratificar geograficamente o território de uma forma que se considera adequada para
distinguir os grandes tipos de problemas/soluções associados à incidência do fogo, levou
a AFN a definir uma tipificação do território, na qual se pondera o número de ocorrências
e a área ardida pela área florestal dos respectivos concelhos. Esta classificação enquadra
quatro tipologias, demarcadas de acordo com os limiares de “pouco” e “muito”, definidos
pela mediana do conjunto25 das ponderações do número de ocorrências e da área ardida
em povoamentos e matos26. Deste modo, os municípios do território Continental podem
ser divididos nas seguintes tipologias:
Poucas ocorrências e Pouca área ardida (T1)
Poucas ocorrências e Muita área ardida (T2)
Muitas ocorrências e Pouca área ardida (T3)
Muitas ocorrências e Muita área ardida (T4)
Assim, o concelho da Mealhada enquadra-se na Tipologia T3, que corresponde a uma
realidade histórica de muitas ocorrências e pouca área ardida.
Esta classificação alerta desde logo, para a necessidade de um esforço acrescido na
redução do número de ocorrências.
24 - Resolução do Conselho de Ministros n.º 65/2006, de 26 de Maio
25 - São utilizadas séries de 15 anos (entre o período de 1990-2008).
26 - A área florestal por concelho, utilizada na classificação desta tipologia, foi determinada recorrendo ao
CORINE LAND COVER 2000 e agregando as áreas de classes de coberto do solo consideradas vulneráveis aos
incêndios florestais.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 44 Plano de Acção
Objectivos e metas
Os objectivos e metas definidos para o concelho da Mealhada, apresentados no Quadro
seguinte, constituem uma tentativa de acompanhar metas e objectivos nacionais
definidos no PNDFCI.
Até 2015
Diminuição significativa do número de incêndios com áreas superiores a 1 ha
Ausência de incêndios com áreas superiores a 100 ha
Redução da área ardida para menos de 10 ha/ano em 2015
1.ª intervenção em menos de 10 minutos em 90% das ocorrências
Ausência de tempos de intervenção superiores a 60 minutos
Ausência de incêndios activos com duração superior a 24 horas
Redução do número de reacendimentos para menos de 1% das ocorrências totais
Para além de 2015
Em 2018 verificar uma área ardida anual inferior a 0,8 % da superfície florestal constituída por povoamentos
Eliminação até 2018 do número de incêndios activos com duração superior a 12h
Diminuição para menos de 0,5 % do número de reacendimentos
Quadro 8 - Objectivos e metas definidos para o concelho da Mealhada
O êxito dos objectivos e metas propostos está directamente relacionado com o alcance
de aplicação que este PMDFCI consiga ter, e mais concretamente, com o grau de sucesso
obtido nas actividades preconizadas nos cinco eixos estratégicos definidos no PNDFCI,
apresentados nos próximos capítulos. De realçar neste âmbito, que a concretização das
acções preconizadas neste Plano só será possível através da integração dos esforços das
múltiplas instituições e agentes envolvidos na defesa da floresta.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 45 Plano de Acção
EIXO 1 - AUMENTO DA RESILIÊNCIA DO TERRITÓRIO AOS
INCÊNDIOS FLORESTAIS
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 46 Plano de Acção
Aumento da Resiliência do Território aos Incêndios Florestais - Através deste eixo de
actuação, preconiza-se a promoção e aplicação estratégica de sistemas de gestão de
combustível e o desenvolvimento de processos que permitam aumentar o nível de
segurança de pessoas e bens e tornar os espaços florestais mais resilientes à acção do
fogo. A aposta do município deverá passar assim, pela promoção de uma gestão
multifuncional, e pela introdução em simultâneo, dos princípios de DFCI nos espaços
rurais, de modo a diminuir tendencialmente a intensidade e área percorrida por grandes
incêndios e facilitar as acções de pré-supressão e supressão.
A aplicação deste eixo estratégico, tem grandes implicações no ordenamento do
território e é bastante exigente ao nível do planeamento florestal, dada a tipologia de
propriedade florestal27 existente no concelho da Mealhada. Assim, e reconhecendo-se a
dificuldade em conciliar os interesses da DFCI com os da produção florestal em locais de
minifúndio e de elevada dispersão da propriedade, opta-se pela apresentação neste eixo,
de medidas realistas e exequíveis dentro de um quadro de investimento partilhado por
todos os agentes (Estado, Autarquias, Proprietários Florestais, etc.).
As metas para as acções que consubstanciam este eixo estratégico –“Aumento da
resiliência do território aos incêndios florestais”, foram definidas tendo em conta a
informação base presente neste Plano, nomeadamente neste Caderno (informação
respeitante às cartas de combustíveis, ao risco de incêndio e às prioridades de defesa), e
no Caderno II (informação relativa à caracterização física, caracterização da população,
caracterização do uso do solo e zonas especiais, análise do histórico dos incêndios).
A ausência, de um Gabinete Técnico Florestal no município, foi factor igualmente
determinante para a definição de metas, não tão audaciosas como provavelmente se
desejaria. Será assim, de todo aconselhável que o Município desenvolva os esforços
necessários para a criação do dito Gabinete, que possa desenvolver uma estratégia de
DFCI municipal mais estruturada e audaciosa do que a aqui apresentada.
27 - A propriedade florestal do Concelho, é maioritariamente privada e de pequena dimensão.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 47 Plano de Acção
REDE DE FAIXAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL
O planeamento e estratégia da defesa da floresta contra incêndios (DFCI) faz-se ao nível
da infra-estruturação dos espaços rurais, pela concretização territorial de Redes de
Defesa da Floresta Contra Incêndios (RDFCI)28. Estas cumprem um importante papel na
prevenção de incêndios, sendo fundamental que os parâmetros que caracterizam as
faixas, obedeçam a critérios uniformes que permitam o necessário enquadramento
distrital, regional e nacional.
Estas Redes integram as seguintes componentes: a) Redes de faixas de gestão de combustível; b) Mosaico de parcelas de gestão de combustível; c) Rede viária florestal; d) Rede de pontos de água; e) Rede de vigilância e detecção de incêndios; f) Rede de infra -estruturas de apoio ao combate.
A implementação destas faixas ou parcelas de gestão de combustível deve ser realizada
em locais estratégicos, podendo configurar-se em diferentes níveis (redes primárias,
redes secundárias e redes terciárias) de acordo com os objectivos a atingir.
No quadro seguinte são apresentadas os vários níveis de Redes de acordo com as funções
que podem desempenhar e com o âmbito de desenvolvimento territorial inerente.
Redes Primárias
Interesse: - Distrital
Função: - Diminuição da superfície percorrida por grandes incêndios, permitindo e facilitando uma intervenção directa de combate ao fogo;
- Redução dos efeitos da passagem de incêndios, protegendo de forma passiva vias de comunicação, infra -estruturas e equipamentos sociais, zonas edificadas e povoamentos florestais de valor especial;
- Isolamento de potenciais focos de ignição de incêndios.
Desenvolvimento: - Em Espaços rurais
28 - As RDFCI, são definidas pelo Decreto Lei 17/2009 de 14 de Janeiro, como “o conjunto de parcelas
lineares de território, estrategicamente localizadas, onde se garante a remoção total ou parcial de biomassa florestal, através da afectação a usos não florestais e do recurso a determinadas actividades ou a técnicas silvícolas com o objectivo principal de reduzir o perigo de incêndio”
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 48 Plano de Acção
Redes Secundárias
Interesse - Municipal e Local
Função - Redução dos efeitos da passagem de incêndios, protegendo de forma passiva vias de comunicação, infra-estruturas e equipamentos sociais, zonas edificadas e povoamentos florestais de valor especial;
- Isolamento de potenciais focos de ignição de incêndios.
Desenvolvimento - Nas redes viárias e ferroviárias públicas; - Nas linhas de transporte e distribuição de energia eléctrica; - Nas envolventes aos aglomerados populacionais e a todas as
edificações, aos parques de campismo, às infra-estruturas e parques de lazer e de recreio, aos parques e polígonos industriais, às plataformas logísticas e aos aterros sanitários.
Redes Terciárias
Interesse - Local
Função - Isolamento de potenciais focos de ignição de incêndios.
Desenvolvimento - Nas redes viária, eléctrica e divisional das unidades locais de gestão florestal ou agro -florestal, sendo definidas no âmbito dos instrumentos de gestão florestal.
Quadro 9 – Tipologia das RDFCI de acordo com as suas funções e com o âmbito de desenvolvimento territorial
Rede de faixas de gestão de combustível
Neste contexto e em sede deste Plano, é apresentada então uma rede de faixas de ordem
secundária para o concelho da Mealhada, que satisfaça as funções apresentadas no
quadro anterior. Preconiza-se que estas Faixas de Gestão de Combustível, sejam aqui
consideradas/tratadas como Faixas de Redução de Combustível (FRC)29.
O quadro seguinte resume, neste âmbito das redes secundárias de faixas de gestão de
combustível, as obrigações das entidades responsáveis por terrenos e infra-estruturas
localizados em espaços florestais30.
29 - FRC - Faixas onde se procederá à remoção parcial de combustível, através da limpeza parcial do estrato
arbustivo, subarbustivo ou herbáceo, e/ou desramação das árvores (promoção da descontinuidade vertical), e/ou correcção da densidade arbórea (promoção da descontinuidade horizontal), entre outras operações silvícolas. 30
- Espaços florestais previamente definidos nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios (DL n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro, Artigo 15º)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 49 Plano de Acção
Faixa associada à Rede Viária
Obrigatoriedade: Gestão do combustível numa faixa lateral de terreno confinante, numa largura não inferior a 10 m;
Responsabilidade: Entidade(s) responsável(is) pela rede viária
Faixa associada à Rede Ferroviária
Obrigatoriedade: Gestão do combustível numa faixa lateral de terreno confinante contada a partir dos carris externos numa largura não inferior a 10 m;
Responsabilidade Entidade(s) responsável(is) pela rede ferroviária
Faixa associada às Linhas de transporte e distribuição de energia eléctrica em muito alta tensão e em alta tensão
Obrigatoriedade: Gestão do combustível numa faixa correspondente à projecção vertical dos cabos condutores exteriores acrescidos de uma faixa de largura não inferior a 10 m para cada um dos lados;
Responsabilidade Entidade(s) responsável(is) pela(s) linha(s)
Faixa associada às Linhas de transporte e distribuição de energia em média tensão
Obrigatoriedade: Gestão do combustível numa faixa correspondente à projecção vertical dos cabos condutores exteriores acrescidos de uma faixa de largura não inferior a 7 m para cada um dos lados.
Responsabilidade Entidade(s) responsável(is) pela(s) linha(s)
Faixa de protecção a edificações
Obrigatoriedade: Gestão de combustível numa faixa de 50 m à volta daquelas edificações ou instalações medida a partir da alvenaria exterior da edificação, de acordo com as normas constantes no anexo do presente decreto -lei e que dele faz parte integrante
Responsabilidade Proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que, a qualquer título, detenham, terrenos confinantes a edificações, designadamente habitações, estaleiros, armazéns, oficinas, fábricas ou outros equipamentos
Faixa de protecção a aglomerados populacionais inseridos ou confinantes com espaços florestais e previamente definidos neste Plano
Obrigatoriedade: Gestão de combustível numa faixa exterior de protecção de largura mínima não inferior a 100 m, podendo esta, face ao risco de incêndios, assumir outra amplitude, definida neste Plano.
Responsabilidade Proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que, a qualquer título, detenham terrenos nestas situações
Faixa de protecção a Parques de campismo, nas infra -estruturas e equipamentos florestais de recreio, nos parques e polígonos industriais, nas plataformas de logística e nos aterros
sanitários inseridos ou confinantes com espaços florestais
Obrigatoriedade: Gestão de combustível, e sua manutenção, de uma faixa envolvente com uma largura mínima não inferior a 100 m,
Responsabilidade: Entidade(s) gestora(s) do(s) equipamento(s) Quadro 10 – Quadro de responsabilidades em espaços florestais no âmbito das redes secundárias de faixas de gestão
de combustível
Posto o quadro de responsabilidades, apresenta-se de seguida os mapas com a Rede de
Faixas de Gestão de Combustíveis preconizadas para o Concelho da Mealhada.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 50 Plano de Acção
Mapa 7 – Rede de faixas de gestão de combustível
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 51 Plano de Acção
Rede Viária Florestal
A Rede Viária é um dos elementos de infra-estruturação do território que pode assumir
um importante papel na defesa da floresta contra incêndios. Esta rede, pode e deve
assumir especial destaque na prevenção e no apoio ao combate aos incêndios florestais.
Esta rede deverá permitir para além da circulação de patrulhas de vigilância móvel
terrestre, uma rápida deslocação dos meios de combate, quer aos locais de fogo, quer
aos pontos de reabastecimento de água e combustível.
Perspectiva-se igualmente que a rede viária, assegure as condições de segurança
necessárias para o estacionamento de equipas e o desenvolvimento de acções de
combate ao fogo.
Uma elevada densidade da rede viária, conjugada com um bom estado de conservação da
mesma, poderá influir na rapidez de extinção dos incêndios florestais. Da análise feita,
com os dados facultados pela autarquia, pode-se dizer que o município da Mealhada
apresenta uma rede viária consolidada, principalmente tendo em conta as estradas
nacionais e municipais existentes.
No que se refere exclusivamente à RVF, o município apresenta em todas as suas
freguesias valores de densidade bastante aceitáveis, independentemente do âmbito
considerado (apenas área florestal ou área total). De realçar que estes valores de
densidade são referentes à totalidade da RVF (rede de 1ª e 2ª ordem e rede
complementar).
Tabela 4 – Densidade da RVF nas diferentes freguesias
Freguesia
Antes Barcouço Casal
Comba Luso Mealhada Pampilhosa Vacariça
Ventosa do Bairro
Comprimento da RVF (m)
10.602 100.440 51.229 84.404 30.808 44.219 72.481 9.685
Área Florestal (ha) 132 1252 682 1223 336 598 1092 97
Densidade (m/ha) 80,6 80,2 75,1 69,0 91,7 73,9 66,4 99,8
Área Total (ha) 432 2131 1880 1687 999 1360 1867 709
Densidade (m/ha) 24,5 47,1 27,2 50,0 30,8 32,5 38,8 13,7
No que diz respeito à distribuição da RVF por classes, o Município da Mealhada apresenta
os seus 403.868 metros de vias, divididos em 52.495m de 1ª ordem, 225.379m de 2ª
ordem e 125.994m de vias da rede complementar (Tabela 5).
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 52 Plano de Acção
Tabela 5 – Distribuição da Rede Viária Florestal por freguesia
Freguesia Classes das vias da RVF Comprimento (m) %
Antes
2ª Ordem 6.783 64
Complementar 3.819 36
Total 10.602 100
Barcouço
1ª Ordem 8.982 9
2ª Ordem 63.784 64
Complementar 27.673 28
Total 100.440 100
Casal Comba
1ª Ordem 4.896 10
2ª Ordem 29.566 58
Complementar 16.767 33
Total 51.229 100
Luso
1ª Ordem 18.445 22
2ª Ordem 41.529 49
Complementar 24.430 29
Total 84.404 100
Mealhada
1ª Ordem 2.385 8
2ª Ordem 18.465 60
Complementar 9.958 32
Total 30.808 100
Pampilhosa
1ª Ordem 7.252 16
2ª Ordem 14.386 33
Complementar 22.581 51
Total 44.219 100
Vacariça
1ª Ordem 9.150 13
2ª Ordem 46.708 64
Complementar 16.623 23
Total 72.481 100
Ventosa do Bairro
1ª Ordem 1.384 14
2ª Ordem 4.158 43
Complementar 4.142 43
Total 9.685 100
Total 403.868 100
De realçar que a classificação da Rede Viária, não obedeceu á desejável validação em
campo, pelo que deverão ser colocadas as reservas necessárias, no que diz respeito à
fiabilidade da mesma, em particular no desenvolvimento de acções de combate a
Incêndios.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 53 Plano de Acção
De forma a salvaguardar a ampliação de eventuais erros decorrentes da impossibilidade
de validação em campo, optou-se neste Plano por classificar sistematicamente as vias
pela ordem inferior, sempre que as mesmas gerassem alguma indefinição. A classificação
realizada seguiu as indicações do Guia Técnico 2009.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 54 Plano de Acção
Mapa 8 – Rede Viária Florestal
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Caderno I 55 Plano de Acção
Rede de Pontos de Água
A Rede de pontos de água é constituída pelo conjunto de estruturas de armazenamento
de água, de planos de água acessíveis e de pontos de tomada de água, com funções de
apoio ao reabastecimento dos equipamentos de luta contra incêndios 31.
Os dados utilizados neste Plano, referentes à rede de pontos de água existente no
concelho da Mealhada, são resultado de um levantamento realizado pela Autarquia, com
validação das Corporações de Bombeiros do concelho. Tendo sido impossível validar em
campo a informação existente, destaca-se a necessidade de colocação de algumas
reservas, no que diz respeito à fiabilidade/actualidade da mesma.
Será de todo desejável, que em próximas actualizações deste Plano, possa ser integrada
informação mais consistente, nomeadamente no que diz respeito à uniformização da
informação sobre a operacionalidade dos pontos de água existentes.
Será também necessário o aprofundamento do conhecimento existente sobre a
necessidade de beneficiação que alguns destes pontos de água possam apresentar, bem
como a análise da necessidade de construção de mais pontos de água.
31 - Definição retirada do DL n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro, Artigo
3º, nº1, alínea dd)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 56 Plano de Acção
Mapa 9 – Rede de Pontos de Água
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Caderno I 57 Plano de Acção
Faixas de Protecção a Aglomerados Populacionais
As Faixas de Protecção a Aglomerados Populacionais, pelo seu âmbito de protecção de
populações e infra-estruturas, constituem um elemento chave para a eficácia da
estratégia de DFCI. A função prioritária desta rede de Faixas é a defesa da segurança dos
aglomerados populacionais, podendo ainda em condições particulares, assegurar as
condições mínimas de segurança necessárias para o estacionamento de equipas e o
desenvolvimento de acções de combate ao fogo.
A tabela seguinte apresenta a área das Faixas de Protecção a Aglomerados Populacionais
de cada freguesia.
Tabela 6 – Área das Faixas de Protecção aos Aglomerados Populacionais por Freguesia
Freguesia Área das FGC dos Aglomerados (ha)
Antes 85,12
Barcouço 281,76
Casal Comba 351,13
Luso 314,48
Mealhada 195,85
Pampilhosa 230,75
Vacariça 262,03
Ventosa do Bairro 153,71
Total 1.874,83
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Caderno I 58 Plano de Acção
Mapa 10 – Faixas de Protecção a Aglomerados Populacionais
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Caderno I 59 Plano de Acção
Faixas de Protecção a Polígonos Industriais e Parques de Campismo
Á semelhança das Faixas de Protecção a Aglomerados Populacionais, as Faixas de
Protecção a Polígonos Industriais e Parques de Campismo constituem um importante
elemento na protecção de pessoas e bens, devendo ser altamente considerado no âmbito
das estratégias DFCI. A função prioritária desta rede de Faixas é também a defesa da
segurança dos aglomerados populacionais, podendo ainda em condições particulares,
assegurar as condições mínimas de segurança necessárias para o estacionamento de
equipas e o desenvolvimento de acções de combate ao fogo.
A Tabela seguinte apresenta a área das Faixas de Protecção a Polígonos Industriais e
Parques de Campismo de cada Freguesia. De destacar que a Área de Faixas apresentada
para a Freguesia de Luso, contabiliza uma área de 10,95ha, correspondentes à Faixa de
Protecção ao Parque de Campismo da Vila. A restante área, diz respeito a Faixas de
Protecção aos diversos Polígonos e Parques Industriais existentes no concelho.
Tabela 7 – Área das Faixas de Protecção aos Polígonos Industriais e Parques de Campismo por Freguesia
Freguesia Área das FGC dos Pol. Ind. (ha)
Antes 0,00
Barcouço 14,92
Casal Comba 64,22
Luso 27,41
Mealhada 17,83
Pampilhosa 39,97
Vacariça 21,07
Ventosa do Bairro 0,00
Total 185,42
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Caderno I 60 Plano de Acção
Mapa 11 – Faixas de Protecção a Polígonos Industriais e Parques de Campismo
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Caderno I 61 Plano de Acção
Rede Ferroviária
A normal capacidade para isolar potenciais focos de ignição e para reduzir os efeitos de
passagem dos mesmos faz das Linhas Ferroviárias, um tipo de infra-estruturas de elevada
importância na estratégia DFCI. Estas infra-estruturas devem assim, ser consideradas para
a implementação das redes secundárias de faixas de gestão de combustível, de interesse
municipal ou local.
A Tabela seguinte apresenta para as Faixas de Gestão de Combustíveis associadas à Rede
Ferroviária nas diferentes Freguesias.
Tabela 8 – Área das Faixas de Gestão de Combustível associadas à Rede, por Freguesia
Freguesia Área das FGC da Rede Ferroviária. (ha)
Antes 0,1
Barcouço 0,0
Casal Comba 8,4
Luso 11,0
Mealhada 9,0
Pampilhosa 23,7
Vacariça 12,2
Ventosa do Bairro 0,0
Total 64,4
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Caderno I 62 Plano de Acção
Mapa 12 – Rede Ferroviária
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Caderno I 63 Plano de Acção
Rede Eléctrica
As linhas de transporte e distribuição de energia eléctrica, assumem-se como infra-
estruturas de elevada importância para a implementação das redes secundárias de faixas
de gestão de combustível, de interesse municipal ou local, uma vez que normalmente
conseguem exercer simultaneamente as funções de redução dos efeitos da passagem de
incêndios e de isolamento de potenciais focos de ignição de incêndios. A Tabela seguinte
apresenta para as diferentes freguesias, a área das Faixas de Gestão de Combustíveis
associadas à Rede Eléctrica.
Tabela 9 – Área das Faixas de Gestão de Combustível associadas à Rede Eléctrica, por Freguesia
Freguesia Área das FGC da Rede Eléctrica(ha)
Média Tensão Alta e Muito Alta Tensão Total
Antes 4,9 --- 4,9
Barcouço 18,3 4,9 23,2
Casal Comba 29,4 --- 29,4
Luso 17,4 6,5 23,9
Mealhada 21,2 --- 21,2
Pampilhosa 32,4 20,0 52,4
Vacariça 25,5 24,1 49,6
Ventosa do Bairro 10,6 6,2 16,8
Total 159,7 61,6 221,3
A responsabilidade pela gestão do combustível nas faixas associadas às linhas de
transporte e distribuição de energia eléctrica é da EDP em Linhas de Média Tensão (MT) e
da REN nas Linhas de Alta e Muito Alta Tensão (AT e MAT)
No âmbito do necessário planeamento 2011-2015, a preconização das acções de gestão
destas faixas foi feita de acordo com:
Para Linha de Média Tensão – Informação facultada pela CMM relativa ao plano
de trabalhos da entidade responsável para os anos de 2010 e 201132. De realçar a
necessidade de definição de periodicidade das acções de limpeza neste tipo de
faixas.
Para a Linha de Alta e Muito Alta Tensão – As acções foram preconizadas tendo
em conta que a última intervenção no concelho, data de 2010, e que a realização
das acções de gestão poderá ter uma periodicidade bianual. Esta periodicidade é
definida tendo em conta a experiencia da entidade responsável em relação ao
normal crescimento da vegetação, mas poderá ser alterada (aumentada ou
diminuída) sempre que se justifique.
32 - No mapa respeitante às intervenções preconizadas para 2011, entendeu-se apresentar
adicionalmente as faixas projectadas pela entidade responsável para serem alvo de gestão em 2010
(MTb).
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Caderno I 64 Plano de Acção
Mapa 13 – Rede Eléctrica
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Caderno I 65 Plano de Acção
PLANEAMENTO DAS ACÇÕES REFERENTES AO 1º EIXO ESTRATÉGICO
São apresentadas de seguida as acções planeadas para o período de vigência deste
PMDFCI, no domínio do Eixo I.
Por questões de facilidade de leitura, apresentam-se de forma separada os mapas das
diferentes intervenções preconizadas para os cinco anos de vigência deste Plano.
A alocação das intervenções nas diferentes faixas, por anos, tentou responder a um
critério que se julga ser o mais adequado, de antecipação das acções nas Freguesias onde
o Risco e a Perigosidade de Incêndio é superior, neste caso Luso, Vacariça e Barcouço.
Perspectiva-se assim, que nos primeiros anos de planeamento (2011 e 2012), se consiga
intervir nas FGC e RVF destas três freguesias e em 2013-2015 se intervenha nas freguesias
de Antes, Casal Comba, Mealhada, Pampilhosa e Ventosa do Bairro.
De realçar que ao nível da Rede Eléctrica as intervenções preconizadas para 2011, são as
indicadas pela entidade responsável pela Linha
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Caderno I 66 Plano de Acção
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2011
Mapa 14 – Mapa das intervenções a realizar em 2011 ao nível da Rede de FGC
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 67 Plano de Acção
Mapa 15 – Mapa das intervenções a realizar em 2011 ao nível da Rede Viária Florestal
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 68 Plano de Acção
Mapa 16 – Mapa das intervenções a realizar em 2011 ao nível da Rede Eléctrica
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 69 Plano de Acção
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2012
Mapa 17 – Mapa das intervenções a realizar em 2012 ao nível da Rede de FGC
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 70 Plano de Acção
Mapa 18 – Mapa das intervenções a realizar em 2012 ao nível da Rede Viária Florestal
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 71 Plano de Acção
Mapa 19 – Mapa das intervenções a realizar em 2012 ao nível da Rede Ferroviária
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 72 Plano de Acção
Mapa 20 – Mapa das intervenções a realizar em 2012 ao nível da Rede Eléctrica
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 73 Plano de Acção
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2013
Mapa 21 – Mapa das intervenções a realizar em 2013 ao nível da Rede de FGC
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 74 Plano de Acção
Mapa 22 – Mapa das intervenções a realizar em 2013 ao nível da Rede Viária Florestal
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 75 Plano de Acção
Mapa 23 – Mapa das intervenções a realizar em 2013 ao nível da Rede Ferroviária
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 76 Plano de Acção
Mapa 24 – Mapa das intervenções a realizar em 2013 ao nível da Rede Eléctrica
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 77 Plano de Acção
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2014
Mapa 25 – Mapa das intervenções a realizar em 2014 ao nível da Rede de FGC
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 78 Plano de Acção
Mapa 26 – Mapa das intervenções a realizar em 2014 ao nível da Rede Viária Florestal
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 79 Plano de Acção
Mapa 27 – Mapa das intervenções a realizar em 2014 ao nível da Rede Ferroviária
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 80 Plano de Acção
Mapa 28 – Mapa das intervenções a realizar em 2014 ao nível da Rede Eléctrica
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 81 Plano de Acção
Rede FGC, RVF, RF e RE – Intervenções para 2015
Mapa 29 – Mapa das intervenções a realizar em 2015 ao nível da Rede de FGC
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 82 Plano de Acção
Mapa 30 – Mapa das intervenções a realizar em 2015 ao nível da Rede Eléctrica
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 83 Plano de Acção
Rede de FGC e MPGV
Na tabela seguinte é apresentada a distribuição da área (ha) que apresenta necessidade
de intervenção por ano de realização da mesma, para o período de vigência deste Plano.
De referir que as acções preconizadas neste Plano devem realizar-se preferencialmente
fora do período critico (que vigora normalmente de 1 de Julho a 30 de Setembro). No
entanto, sempre que se tenha de intervir neste período, deverá ser obrigatório o
cumprimento das normas legais existentes (nomeadamente no Artigo 30.o do DL n.º
124/06, de 28 de Junho, alterado pelo DL n.º 17/09, de 14 de Janeiro)33
Sugere-se ainda que a redução de combustível nas FGC envolventes de aglomerados
populacionais, de parques de campismo, parques e polígonos industrias, plataformas
logísticas e aterros sanitários e nas FGC envolventes a pontos de agua arbustivo se realize
em ciclos de periodicidade não superior a 5 anos.
33 - Transcrição do Art. 30º :“ Maquinaria e equipamento - Durante o período crítico, nos trabalhos e
outras actividades que decorram em todos os espaços rurais e com eles relacionados, é obrigatório que as máquinas de combustão interna e externa a utilizar, onde se incluem todo o tipo de tractores, máquinas e veículos de transporte pesados, sejam dotadas de dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas e de dispositivos tapa -chamas nos tubos de escape ou chaminés, e estejam equipados com um ou dois extintores de 6 kg, de acordo com a sua massa máxima, consoante esta seja inferior ou superior a 10 000 kg.”
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 84 Plano de Acção
Tabela 10 – Área (ha) com necessidade de intervenção por FGC, por freguesia, por ano (parte 1)
Freguesia Cód.
descrição da faixa
Descrição da faixa Área Área a Intervencionar / ano / freguesia
Total 2011 2012 2013 2014 2015
Antes
2 Aglomerados populacionais 85,1 --- --- --- --- 85,1
110,7
4 Rede viária
florestal
1ª 0,0 --- --- --- --- ---
2ª 13,2 --- --- 13,2 --- ---
Complementar 7,5 --- --- 7,5 --- ---
5 Rede Ferroviária 0,1 --- --- 0,1 --- ---
10 Rede Eléct. (MT) 4,9 --- --- --- 0,7 4,2
Total 0,0 0,0 20,8 0,7 89,3
Barçouço
2 Aglomerados populacionais 281,8 --- 142,1 139,7 --- ---
512,1
3 Parques e pol. industriais 14,9 --- 14,9 --- --- ---
4 Rede viária
florestal
1ª 17,9 17,9 --- --- --- ---
2ª 116,9 116,9 --- --- --- ---
Complementar 52,4 --- 52,4 --- --- ---
10 Rede Eléct. (MT) 18,3 1,3 --- 17,0 --- ---
13 Rede Eléct. (AT e MAT) 4,9 --- 4,9 --- 4,9 ---
Total 136,2 214,3 156,7 4,9 0,0
Casal Comba
2 Aglomerados populacionais 351,1 --- --- 133,2 217,9 ---
548,5
3 Parques e pol. industriais 64,2 --- 26,9 10,8 26,6 ---
4 Rede viária
florestal
1ª 9,2 --- --- 9,2 --- ---
2ª 54,7 --- --- 54,7 --- ---
Complementar 31,4 --- --- 31,4 --- ---
5 Rede Ferroviária 8,4 --- --- --- 8,4 ---
10 Rede Eléct. (MT) 29,4 4,5 --- 7,6 17,3 ---
Total 4,5 26,9 247,0 270,2 0,0
Luso
2 Aglomerados populacionais 314,5 272,5 26,7 --- 15,4 ---
537,3
3 Parques
ind.e outros
Pol. Industrial 16,5 17,4 --- --- --- ---
P. Campismo 11,0 11,0 --- --- --- ---
4 Rede viária
florestal
1ª 35,7 35,7 --- --- --- ---
2ª 72,0 72,0 --- --- --- ---
Complementar 45,5 --- 45,5 --- --- ---
5 Rede Ferroviária 11,0 --- 11,0 --- --- ---
10 Rede Eléct. (MT) 17,4 --- 17,4 --- --- ---
13 Rede Eléct. (AT e MAT) 6,5 --- 6,5 --- 6,5 ---
Total 408,4 107,0 0,0 21,8 0,0
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 85 Plano de Acção
Tabela 11 – Área (ha) com necessidade de intervenção por FGC, por freguesia, por ano (parte 2)
Freguesia Cód.
descrição da faixa
Descrição da faixa Área Área a Intervencionar / ano / freguesia
Total 2011 2012 2013 2014 2015
Mealhada
2 Aglomerados populacionais 195,9 --- --- --- --- 195,9
296,4
3 Parques e pol. industriais 17,8 --- --- --- 17,8 ---
4 Rede viária
florestal
1ª 3,9 --- --- --- 3,9 ---
2ª 31,1 --- --- --- 31,1 ---
Complementar 17,5 --- --- --- 17,5 ---
5 Rede Ferroviária 9,0 --- --- 9,0 --- ---
10 Rede Eléct. (MT) 21,2 --- 2,9 1,2 17,1 ---
Total 0,0 2,9 10,2 87,4 195,9
Pampilhosa
2 Aglomerados populacionais 230,8 --- --- --- 230,8 ---
448,8
3 Parques e pol. industriais 40,0 --- 17,6 22,4 --- ---
4 Rede viária
florestal
1ª 13,8 --- --- 13,8 --- ---
2ª 26,0 --- --- 26,0 --- ---
Complementar 42,3 --- --- 42,3 --- ---
5 Rede Ferroviária 23,7 --- 9,2 10,7 3,8 ---
10 Rede Eléct. (MT) 32,4 1,5 0,3 30,7 --- ---
13 Rede Eléct. (AT e MAT) 20,0 --- 20,0 --- 20,0 ---
Total 1,5 47,1 145,8 254,5 0,0
Vacariça
2 Aglomerados populacionais 262,0 6,4 58,0 152,3 45,3 ---
503,4
3 Parques e pol. industriais 21,1 8,5 --- 12,6 --- ---
4 Rede viária
florestal
1ª 16,4 --- --- --- 16,4 ---
2ª 86,7 --- --- --- 86,7 ---
Complementar 31,4 --- --- --- 31,4 ---
5 Rede Ferroviária 12,2 --- 9,3 2,9 --- ---
10 Rede Eléct. (MT) 25,5 --- 23,5 2,0 --- ---
13 Rede Eléct. (AT e MAT) 24,1 --- 24,1 --- 24,1 ---
Total 14,9 114,9 169,8 203,9 0,0
Ventosa do Bairro
2 Aglomerados populacionais 153,7 --- --- --- --- 153,7
191,8
4 Rede viária
florestal
1ª 2,7 --- --- --- 2,7 ---
2ª 5,6 --- --- --- 5,6 ---
Complementar 6,9 --- --- --- 6,9 ---
10 Rede Eléct. (MT) 10,6 --- --- --- --- 10,6
13 Rede Eléct. (AT e MAT) 6,2 --- 6,2 --- 6,2 ---
Total 0,0 6,2 0,0 21,4 164,3
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 86 Plano de Acção
A informação apresentada, tem apenas como base o trabalho de gabinete, sendo
indispensável uma futura validação no terreno, de modo a avaliar se há necessidade de
alteração ou mesmo eliminação das acções propostas para as FGC. Neste sentido, espera-
se que a possível criação de um GTF no município, venha a contribuir para a introdução
da informação em falta.
Sendo de alguma forma precoce a definição clara dos recursos financeiros e materiais
disponíveis, para a execução destas acções, apresenta-se no quadro seguinte o cenário
mais provável.
Meios para a execução das FGC
Empresa de Prestação de Serviços/Prestadores de Serviços
Meios próprios da Autarquia
Equipa de Sapadores Florestais (possibilidade existente, caso se concretize a
intenção da OFA, em constituir uma ESF para intervir na área do Concelho da
Mealhada).
Meios de financiamento disponíveis, para execução das FGC
Própria Autarquia,
Entidades responsáveis pelas Redes.
ProDeR (eventuais submissões de candidaturas).
Serviço Público do Programa de Sapadores Florestais (parte das acções aqui
referidas poderão ser enquadradas no âmbito do Serviço Público, caso se
concretize a possibilidade de constituição de ESF).
Quadro 11 – Perspectivas de Meios Físicos e Financeiros para a execução das intervenções planeadas.
No que diz respeito às definições técnicas das intervenções a executar, perspectivou-se
nesta fase, uma simplificação das mesmas, apresentada no quadro seguinte:
Tipo de faixas e mosaico de parcelas de gestão de combustível
Faixa de redução de combustível – remoção do combustível de superfície (herbáceo,
subarbustivo e arbustivo), abertura de povoamentos e supressão da parte inferior das
copas.
Objectivo/função das faixas e mosaico de parcelas de gestão de combustível
Reduzir os efeitos da passagem de incêndios. Proteger de forma passiva, zonas edificadas, vias de comunicação, infraestruturas, povoamentos florestais (Função 2)
Tipo de intervenção a realizar nas faixas e mosaico de parcelas de gestão de combustível
Gestão moto-manual de combustível, correcção de densidades excessivas e desramação (CDR). Nota: Esta opção foi exercida pela maior complexidade desta intervenção, devendo e podendo ser “simplificada” sempre que possível (ex: gestão mecânica de combustível)
Quadro 12 – Definições das tipologias de FGC e das respectivas intervenções (modelo simplificado)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 87 Plano de Acção
Regras para novas edificações no espaço florestal, fora das áreas edificadas consolidadas.
Conforme já referido no Capítulo I deste Caderno, a implantação de novas edificações
para habitação, comércio, serviços e indústria em terrenos localizados fora das áreas
edificadas consolidadas, não classificados por este Plano com risco de incêndio das
classes alta ou muito alta, têm condicionalismos aqui definidos. Neste contexto, a
Autarquia, estabelece os seguintes condicionalismos para as novas edificações, no espaço
florestal ou rural fora das áreas edificadas, que não estão classificadas por este plano com
risco de incêndio das classes alta ou muito alta:
1. Na implantação da edificação deve ser garantida uma distância à estrema da
propriedade de uma faixa de protecção nunca inferior a 50 metros.
2. Quando, esteja em causa um projecto que seja declarado de interesse municipal
pelo executivo municipal ou o projecto se localize em áreas classificadas por este
plano com risco de incêndio das classes baixa ou muito baixa, a dimensão da faixa
estabelecida no número anterior poderá ser excepcionalmente reduzida até 25
metros.
3. Quando a propriedade confine com um caminho ou via pública, poderá ser
considerada a dimensão desse caminho ou via pública, para efeito de
determinação da dimensão da faixa de protecção definida nos números 1 e 2.
4. Em qualquer um dos casos referidos anteriormente, deverá ser assegurada a
adopção de medidas especiais relativas à resistência do edifício à passagem do
fogo e à contenção de possíveis fontes de ignição de incêndios no edifício e
respectivos acessos.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 88 Plano de Acção
Metas e indicadores
Tabela 12 – Metas e Indicadores das acções previstas para o Eixo 1 (parte 1)
Freguesia Acção Descrição da faixa Metas Área a Intervencionar / ano / freguesia
Total % por
tipo de Faixa
% total FGC a
executar 2011 2012 2013 2014 2015
Antes (a)
Aglomerados populacionais
(b)
--- --- --- --- 85,1
110,7
77%
100%
Rede viária
florestal
1ª --- --- --- --- --- 0%
2ª --- --- 13,2 --- --- 12%
Comp. --- --- 7,5 --- --- 7%
Rede Ferroviária --- --- 0,1 --- --- 0%
R.El.(MT) --- --- --- 0,7 4,2 4%
Barçouço (a)
Aglomerados populacionais
(b)
--- 142,1 139,7 --- ---
512,1
55%
100%
Parques e pol. industriais
--- 14,9 --- --- --- 3%
Rede viária
florestal
1ª 17,9 --- --- --- --- 4%
2ª 116,9 --- --- --- --- 23%
Comp. --- 52,4 --- --- --- 10%
R.El.(MT) 1,3 --- 17,0 --- --- 4%
R.El.(AT e MAT) --- 4,9 --- 4,9 --- 2%
Casal Comba
(a)
Aglomerados populacionais
(b)
--- --- 133,2 217,9 ---
548,5
64%
100%
Parques e pol. industriais
--- 26,9 10,8 26,6 --- 12%
Rede viária
florestal
1ª --- --- 9,2 --- --- 2%
2ª --- --- 54,7 --- --- 10%
Comp. --- --- 31,4 --- --- 6%
Rede Ferroviária --- --- --- 8,4 --- 2%
R.El.(MT) 4,5 --- 7,6 17,3 --- 5%
Luso (a)
Aglomerados populacionais
(b)
272,5 26,7 --- 15,4 ---
537,3
59%
100%
Parques ind.e
outros
Pol.Ind 17,4 --- --- --- --- 3%
P.Camp 11,0 --- --- --- --- 2%
Rede viária
florestal
1ª 35,7 --- --- --- --- 7%
2ª 72,0 --- --- --- --- 13%
Comp. --- 45,5 --- --- --- 8%
Rede Ferroviária --- 11,0 --- --- --- 2%
R.El. (MT) --- 17,4 --- --- --- 3%
R.El. (AT e MAT) --- 6,5 --- 6,5 --- 2%
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 89 Plano de Acção
Tabela 13 – Metas e Indicadores das acções previstas para o Eixo 1 (parte 2)
Freguesia Acção Descrição da faixa Meta
Área a Intervencionar / ano / freguesia
Total % por
tipo de Faixa
% total FGC a
executar 2011 2012 2013 2014 2015
Mealhada (a)
Aglomerados populacionais
(b)
--- --- --- --- 195,9
296,4
66%
100%
Parques e pol. industriais
--- --- --- 17,8 --- 6%
Rede viária
florestal
1ª --- --- --- 3,9 --- 1%
2ª --- --- --- 31,1 --- 10%
Comp. --- --- --- 17,5 --- 6%
Rede Ferroviária --- --- 9,0 --- --- 3%
R.El.(MT) --- 2,9 1,2 17,1 --- 7%
Pampilhosa (a)
Aglomerados populacionais
(b)
--- --- --- 230,8 ---
448,8
51%
100%
Parques e pol. industriais
--- 17,6 22,4 --- --- 9%
Rede viária
florestal
1ª --- --- 13,8 --- --- 3%
2ª --- --- 26,0 --- --- 6%
Comp. --- --- 42,3 --- --- 9%
Rede Ferroviária --- 9,2 10,7 3,8 --- 5%
R.El.(MT) 1,5 0,3 30,7 --- --- 7%
R.El.(AT e MAT) --- 20,0 --- 20,0 --- 9%
Vacariça (a)
Aglomerados populacionais
(b)
6,4 58,0 152,3 45,3 ---
503,4
52%
100%
Parques e pol. industriais
8,5 --- 12,6 --- --- 4%
Rede viária
florestal
1ª --- --- --- 16,4 --- 3%
2ª --- --- --- 86,7 --- 17%
Comp. --- --- --- 31,4 --- 6%
Rede Ferroviária --- 9,3 2,9 --- --- 2%
R.El.(MT) --- 23,5 2,0 --- --- 5%
R.El.(AT e MAT) --- 24,1 --- 24,1 --- 10%
Ventosa do Bairro
(a)
Aglomerados populacionais
(b)
--- --- --- --- 153,7
191,8
80%
100%
Rede viária
florestal
1ª --- --- --- 2,7 --- 1%
2ª --- --- --- 5,6 --- 3%
Comp. --- --- --- 6,9 --- 4%
R.El.(MT) --- --- --- --- 10,6 6%
R.El.(AT e MAT) --- 6,2 --- 6,2 --- 6%
(a) – A acção prevista é a Implementação de rede secundária
(b) A meta é a instalação das áreas com recurso a meios mecânicos. Como referido anteriormente
esta definição é tomada por defeito, podendo e devendo ser actualizada à medida que se vão
obtendo mais informações sobre o terreno.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 90 Plano de Acção
Orçamento
Nas tabelas seguintes, apresentam-se valores estimados para a execução das acções
definidas para as FGC de Protecção aos Aglomerados Populacionais, de Protecção aos
Parques e Polígonos Industriais e Redes Viária Florestal, Ferroviária e Eléctrica.
Dada a incapacidade actual de diferenciar adequadamente qual o tipo de intervenção
necessária para cada área, optou-se pela utilização de um valor único34 para a realização
dos trabalhos, neste caso 737,68€/ha.
Perspectiva-se assim, como já foi referido a realização de um trabalho prévio de
adequação das operações às diferentes faixas preconizadas
34 - O valor utilizado (737,68€/ha), foi obtido nas tabelas da CAOF, e corresponde à ponderação dos valores
por hectare, para controlo da vegetação espontânea total, com mão de obra especializada (incluindo
equipamento), entre as situações mais “fáceis” (4 jornas; declive de 0 a 5 %; grau de pedregosidade <10% e
vegetação herbácea ou arbustiva c/h< a 0,5m) e as situações mais “exigentes” (12 jornas, declive > 25%;
grau de pedregosidade > 50% e vegetação herbácea ou arbustiva c/h> 1,5m)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 91 Plano de Acção
Tabela 14 – Estimativa de orçamento para concretização das FGC (parte 1)
Freguesia Descrição da faixa Área (ha)
Valor das Intervenções/ tipo de faixa/ ano/ freguesia Total
2011 2012 2013 2014 2015
Antes
Aglom. populacionais 85,1 0€ 0€ 0€ 0€ 62.777€
81.691€
Rede viária
florestal
1ª 0,0 0€ 0€ 0€ 0€ 0€
2ª 13,2 0€ 0€ 9.752€ 0€ 0€
Complementar 7,5 0€ 0€ 5.525€ 0€ 0€
Rede Ferroviária 0,1 0€ 0€ 37€ 0€ 0€
Rede Eléct. (MT) 4,9 0€ 0€ 0€ 502€ 3.098€
Total 0€ 0€ 15.314€ 502€ 65.875€
Barçouço
Aglom. populacionais 281,8 0€ 104.795€ 103.054€ 0€ 0€
377.736€
Parq. e pol. ind. 14,9 0€ 11.006€ 0€ 0€ 0€
Rede viária
florestal
1ª 17,9 13.227€ 0€ 0€ 0€ 0€
2ª 116,9 86.235€ 0€ 0€ 0€ 0€
Complementar 52,4 0€ 38.677€ 0€ 0€ 0€
Rede Eléct. (MT) 18,3 988€ 0€ 12.511€ 0€ 0€
Rede Eléct. (AT e MAT) 4,9 0€ 3.622€ 0€ 3.622€ 0€
Total 100.450€ 158.100€ 115.565€ 3.622€ 0€
Casal Comba
Aglom. populacionais 351,1 0€ 0€ 98.288€ 160.733€ 0€
404.588€
Parq. e pol. ind. 64,2 0€ 19.807€ 7.952€ 19.615€ 0€
Rede viária
florestal
1ª 9,2 0€ 0€ 6.787€ 0€ 0€
2ª 54,7 0€ 0€ 40.366€ 0€ 0€
Complementar 31,4 0€ 0€ 23.163€ 0€ 0€
Rede Ferroviária 8,4 0€ 0€ 0€ 6.211€ 0€
Rede Eléct. (MT) 29,4 3.312€ 0€ 5.628€ 12.725€ 0€
Total 3.312€ 19.807€ 182.185€ 199.284€ 0€
Luso
Aglom. populacionais 314,5 200.981€ 19.674€ 0€ 11.331€ 0€
396.363€
Parques ind.e
outros
Pol. Industrial 16,5 12.806€ 0€ 0€ 0€ 0€
P. Campismo 11,0 8.078€ 0€ 0€ 0€ 0€
Rede viária
florestal
1ª 35,7 26.298€ 0€ 0€ 0€ 0€
2ª 72,0 53.128€ 0€ 0€ 0€ 0€
Complementar 45,5 0€ 33.528€ 0€ 0€ 0€
Rede Ferroviária 11,0 0€ 8.144€ 0€ 0€ 0€
Rede Eléct. (MT) 17,4 0€ 12.836€ 0€ 0€ 0€
Rede Eléct. (AT e MAT) 6,5 0€ 4.780€ 0€ 4.780€ 0€
Total 301.291€ 78.961€ 0€ 16.111€ 0€
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 92 Plano de Acção
Tabela 15 – Estimativa de orçamento para concretização das FGC (parte 2)
Freguesia Descrição da faixa Área (ha)
Valor das Intervenções/ tipo de faixa/ ano/ freguesia Total
2011 2012 2013 2014 2015
Mealhada
Aglom. populacionais 195,9 0€ 0€ 0€ 0€ 144.475€
218.648€
Parq. e pol. ind. 17,8 0€ 0€ 0€ 13.153€ 0€
Rede viária
florestal
1ª 3,9 0€ 0€ 0€ 2.855€ 0€
2ª 31,1 0€ 0€ 0€ 22.927€ 0€
Complementar 17,5 0€ 0€ 0€ 12.932€ 0€
Rede Ferroviária 9,0 0€ 0€ 6.639€ 0€ 0€
Rede Eléct. (MT) 21,2 0€ 2.147€ 893€ 12.629€ 0€
Total 0€ 2.147€ 7.532€ 64.495€ 144.475€
Pampilhosa
Aglom. populacionais 230,8 0€ 0€ 0€ 170.220€ 0€
331.086€
Parq. e pol. ind. 40,0 0€ 12.968€ 16.517€ 0€ 0€
Rede viária
florestal
1ª 13,8 0€ 0€ 10.150€ 0€ 0€
2ª 26,0 0€ 0€ 19.172€ 0€ 0€
Complementar 42,3 0€ 0€ 31.196€ 0€ 0€
Rede Ferroviária 23,7 0€ 6.816€ 7.886€ 2.788€ 0€
Rede Eléct. (MT) 32,4 1.084€ 207€ 22.632€ 0€ 0€
Rede Eléct. (AT e MAT) 20,0 0€ 14.724€ 0€ 14.724€ 0€
Total 1.084€ 34.715€ 107.554€ 187.732€ 0€
Vacariça
Aglom. populacionais 262,0 4.714€ 42.808€ 112.334€ 33.439€ 0€
371.355€
Parq. e pol. ind. 21,1 6.263€ 0€ 9.280€ 0€ 0€
Rede viária
florestal
1ª 16,4 0€ 0€ 0€ 12.091€ 0€
2ª 86,7 0€ 0€ 0€ 63.957€ 0€
Complementar 31,4 0€ 0€ 0€ 23.163€ 0€
Rede Ferroviária 12,2 0€ 6.853€ 2.125€ 0€ 0€
Rede Eléct. (MT) 25,5 0€ 17.299€ 1.505€ 0€ 0€
Rede Eléct. (AT e MAT) 24,1 0€ 17.763€ 0€ 17.763€ 0€
Total 10.977€ 84.723€ 125.243€ 150.413€ 0€
Ventosa do Bairro
Aglom. populacionais 153,7 0€ 0€ 0€ 0€ 113.389€
141.517€
Rede viária
florestal
1ª 2,7 0€ 0€ 0€ 1.992€ 0€
2ª 5,6 0€ 0€ 0€ 4.131€ 0€
Complementar 6,9 0€ 0€ 0€ 5.090€ 0€
Rede Eléct. (MT) 10,6 0€ 0€ 0€ 0€ 7.797€
Rede Eléct. (AT e MAT) 6,2 0€ 4.559€ 0€ 4.559€ 0€
Total 0€ 4.559€ 0€ 15.772€ 121.186€
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 93 Plano de Acção
Na tabela seguinte é apresentado um resumo da estimativa de orçamento para
concretização das FGC no concelho.
Tabela 16 – Estimativa de orçamento necessário para a concretização das acções do Eixo 1
Freguesia Valor das Intervenções / ano / freguesia
2011 2012 2013 2014 2015 Total
Antes 0 € 0 € 15.314 € 502 € 65.875 € 81.691 €
Barçouço 100.450 € 158.100 € 115.565 € 3.622 € 0 € 377.736 €
Casal Comba 3.312 € 19.807 € 182.185 € 199.284 € 0 € 404.588 €
Luso 301.291 € 78.961 € 0 € 16.111 € 0 € 396.363 €
Mealhada 0 € 2.147 € 7.532 € 64.495 € 144.475 € 218.648 €
Pampilhosa 1.084 € 34.715 € 107.554 € 187.732 € 0 € 331.086 €
Vacariça 10.977 € 84.723 € 125.243 € 150.413 € 0 € 371.355 €
Ventosa do Bairro 0 € 4.559 € 0 € 15.772 € 121.186 € 141.517 €
Total 417.114 € 383.011 € 553.393 € 637.931 € 331.536 € 2.322.984 €
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 94 Plano de Acção
EIXO 2 - REDUÇÃO DA INCIDÊNCIA DOS INCÊNDIOS
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 95 Plano de Acção
Redução da Incidência dos Incêndios - No âmbito deste Plano e mais concretamente
deste Eixo, pretende-se promover a tomada de consciência da população para um
conjunto de temas relacionados com a prevenção e o papel que cada indivíduo pode
desempenhar no âmbito da DFCI. Esta necessidade, baseia-se no reconhecimento de
aumento tendencial do número de ocorrências registado no concelho da Mealhada,
conforme apresentado no Caderno II.
O aumento do número de ocorrências verificadas no País, em particular nos anos de 2003
e 2005, alertou para a necessidade de uma intervenção massificada ao nível da
sensibilização da população para as questões DFCI.
Foram vários os Projectos Nacionais desencadeados desde então, que tentaram
sensibilizar a População, para a necessidade da Prevenção de Incêndios Florestais, entre
os quais se destacam aqui o “Portugal sem Fogos, Depende de Todos”, o projecto
“Movimento ECO”, a campanha “Entre o Cinza e o Verde. Você Decide”, e o projecto
“Voluntariado Jovem para as Florestas”.
Neste contexto, e considerando que um número importante de incêndios são causados
por actividade humana, perspectiva-se que a actuação no concelho, incida principalmente
na sensibilização da população para a necessidade de alteração dos comportamentos
humanos relativos ao uso do fogo.
Deverá ser igualmente desenvolvida uma política de aprofundamento do conhecimento
existente das causas dos incêndios e das suas motivações, bem como aumento da
capacidade de dissuasão e fiscalização, nos espaços florestais durante os períodos em que
o risco de incêndio seja mais elevado. Neste âmbito, deverá apostar-se na fiscalização,
uma vez que a resolução do problema dos incêndios no curto prazo, passará pelo
exercício da autoridade, pelo reforço da fiscalização do cumprimento da lei, pela
capacidade de dissuasão dos comportamentos de risco e, pela adequação da acção
policial, no espaço e no terreno, às motivações e causas dos incêndios. Nesta temática,
será importante avaliar anualmente a situação do ano transacto no concelho por tipologia
relativamente ao número de autos levantados, processos instruídos, não enquadrados,
de contra-ordenação e a percentagem do número de processos de contra-ordenação
relativamente ao número de processos instruídos.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 96 Plano de Acção
Identificação de comportamentos de risco associados aos pontos de início e dos
grupos alvo que lhe estão na origem
A prossecução deste 2º eixo, “redução de incidência dos incêndios”, tem em consideração
no âmbito deste Plano, a informação presente no diagnóstico realizado no Caderno II,
relativamente à análise do histórico dos incêndios no concelho, à caracterização da
população, bem como a cartografia de risco de incêndio florestal, apresentada neste
Caderno.
Embora a qualidade da informação existente relativamente aos pontos de inicio e às
causas, necessite de considerável aprofundamento durante a vigência deste Plano,
perspectiva-se que as acções de Sensibilização da população assumam um papel
extremamente importante na política de redução de incidência de incêndios no concelho
da Mealhada.
Estas acções deverão assim, ser planeadas anualmente, e apoiar-se num diagnóstico
dinâmico das características da população do concelho, nomeadamente no que diz
respeito aos seus hábitos e comportamentos de risco. Reconhecendo-se que a
informação existente relativa à causa dos incêndios é escassa, deverá apostar-se no
desenvolvimento de esforços para aumentar a quantidade e qualidade dessa informação.
Desenvolvimento de programas de sensibilização ao nível local, dirigidos a
grupos alvo em função dos comportamentos de risco identificados na fase de
avaliação
Para já, e perante a informação existente, perspectiva-se uma aposta na importação
daqueles que são os moldes gerais de actuação das campanhas nacionais,
nomeadamente ao nível dos conteúdos e do público alvo.
Assim as acções de sensibilização a efectuar nos próximos 5 anos, deverão incidir
sobretudo em três grandes vectores de actuação:
Sensibilização do público generalista (eminentemente urbano);
Sensibilização de grupos específicos da população, nomeadamente agricultores e
proprietários florestais (eminentemente rural);
Sensibilização da população escolar.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 97 Plano de Acção
Público generalista
No que concerne à sensibilização do público generalista, os acontecimentos dos últimos
anos, nomeadamente o facto dos incêndios florestais afectarem cada vez mais o espaço
dito urbano, têm mostrado da importância da integração de toda a população nas acções
de sensibilização para a prevenção de incêndios florestais.
O reconhecimento que a generalidade da população, mantém de uma forma ou outra,
considerável interactividade com o espaço florestal, nomeadamente no que diz respeito
aos incêndios florestais, impõe a necessidade de desenvolvimento de uma política de
sensibilização sustentada, que consiga suprir de uma forma célere, a necessidade de
informação, principalmente ao nível dos perigos associados aos comportamentos de risco
e ao nível da massificarão do conhecimento das orientações/imposições do quadro legal
existente na matéria, nomeadamente o Decreto de Lei 17/2009 de 14 de Janeiro.
Os conteúdos informativos de base para estas acções deverão incidir em:
Informação de questões de ordem técnica relacionadas com a DFCI
Informação sobre o quadro legal existente (obrigações, coimas, etc.)
Alerta para a necessidade de "limpeza" dos terrenos
Alerta para a necessidade de redução/abolição dos comportamentos de risco
Grupos específicos da população, nomeadamente agricultores, apicultores, pastores e
proprietários florestais
Sabendo-se que grande parte dos incêndios florestais deflagram por comportamentos de
risco, muitas vezes associados ao uso do fogo no contexto da actividade agrícola e de
outras actividades de cariz rural, torna-se necessária a promoção de políticas de
sensibilização destinadas a grupos específicos da população, nomeadamente agricultores,
produtores florestais, pastores e caçadores.
Acredita-se que a perpetuação de alguns destes comportamentos tidos como de risco, se
deverão maioritariamente à falta de informação dos intervenientes, pelo que o
desenvolvimento de acções de sensibilização deverá contribuir para a redução da
incidência de incêndios no concelho.
Estas acções deverão ser didácticas e educativas, devendo-se apostar na
consciencialização da população para a necessidade de alteração dos comportamentos de
risco, bem como alertar para o quadro legal existente, nomeadamente para as coimas
existentes para os prevaricadores.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 98 Plano de Acção
Os conteúdos a desenvolver para as acções de sensibilização destinadas a este grupo
devem incidir basicamente em:
Informação sobre os perigos associados aos comportamentos de risco;
Alerta para a necessidade de redução/abolição desses comportamentos
Informação sobre o quadro legal existente (obrigações, coimas, etc.)
Alerta para a necessidade de "limpeza" dos terrenos
Informação sobre o quadro legal existente (obrigações, coimas, etc.)
Informação de questões de ordem técnica relacionadas com a DFCI
Informação sobre medidas e apoios disponibilizados pelo IFAP/FFP e pelo PRODER
População escolar
No que diz respeito à população jovem/escolar, de referir a potencialidade de
desenvolvimento de programas de sensibilização, que promovam nos jovens uma postura
pró-activa de sensibilização da restante população para os perigos da manipulação do
fogo e comportamentos de risco, em espaços florestais e agrícolas.
Este potencial deverá ser assim aproveitado, através da introdução da temática DFCI, no
quadro de tratamento de questões ambientais, efectuado actualmente na generalidade
dos programas escolares.
Perspectiva-se assim, a criação de um programa de sensibilização (educação ambiental),
que promova de uma forma sustentada a incorporação da temática florestal e em
particular DFCI, nas actividades escolares do ensino básico e secundário.
Os conteúdos informativos a potenciar nestas acções deverão assentar em:
Informações sobre a importância das florestas para a qualidade do ar,
Informações sobre a relevância histórica económica e social da floresta no país e
na região.
Informações sobre o contributo da floresta para o bem-estar e lazer das
populações,
Chamada de atenção para a importância e o papel que cada um na prevenção de
incêndios florestais.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 99 Plano de Acção
Deverão ser desenvolvidos programas específicos para cada um dos grupos específicos
dos alunos que frequentam o 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino Básico. Estes programas deverão
ser enquadrados nas Actividades de Enriquecimento Curricular e deverão ser elaborados
de acordo com as orientações e colaboração dos Agrupamentos Escolares do concelho.
Sem prejuízo das acções a desenvolver no resto do ano, o Dia da Árvore e Dia Mundial da
Floresta, apresenta-se naturalmente e desde já como uma data de excelência para o
desenvolvimento de acções nesta temática.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 100 Plano de Acção
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Quadro 13 – Planeamento das acções enquadradas no Eixo 2
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 101 Plano de Acção
METAS, ORÇAMENTO E INDICADORES
Tabela 17 – Metas, orçamento e indicadores para as acções do Eixo 2
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Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 102 Plano de Acção
EIXO 3 - MELHORIA DA EFICÁCIA DO ATAQUE E DA GESTÃO DOS
INCÊNDIOS
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 103 Plano de Acção
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios - Neste Eixo, pretende-se
promover o conhecimento e trabalhar a gestão de meios, de forma a melhorar a eficácia
da DFCI.
O sucesso do combate a incêndios florestais, é largamente influenciado pelo nível de
conhecimento e pela qualidade da organização dos meios e recursos existentes no
“território”. Quanto melhor for esta organização e maior o grau de conhecimento sobre a
capacidade de mobilização preventiva de meios e sobre a disponibilidade dos recursos,
mais fáceis e rápidas se tornam as tarefas de detecção e extinção de incêndios.
É deste modo natural que para responder de forma qualificada à problemática dos
incêndios florestais, se aposte cada vez mais num trabalho prévio de planeamento,
nomeadamente ao nível do levantamento das responsabilidades e competências das
várias forças e entidades presentes, da definição clara das disponibilidades do pessoal,
dos meios terrestres e aéreos e todos os outros passíveis de se agregarem como reforço e
apoio.
O aumento da eficácia no ataque e gestão de incêndios, será assim função da correcta
aplicação de um conjunto de acções de prevenção, pré-supressão (entendida como o
conjunto das acções de vigilância, detecção e alerta), supressão (1ª Intervenção e
Combate aos Incêndios Florestais, considerando o combate na sua componente de
ataque, rescaldo, vigilância pós-rescaldo).
A todas estas acções há ainda que associar a adequada formação, validada em exercícios
de âmbito municipal, distrital e nacional, a implementar, e a necessária melhoria das
infra-estruturas e da logística de suporte à DFCI.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 104 Plano de Acção
MEIOS E RECURSOS
Listagem das Entidades envolvidas em cada Acção e Inventário de Equipamento
A organização de um dispositivo que preveja a mobilização preventiva de meios deve ter
em conta o bom conhecimento de disponibilidade dos recursos existentes, de forma a
garantir a rápida detecção e extinção dos incêndios.
Neste contexto, é apresentada a tabela com a listagem das entidades envolvidas em cada
acção no concelho da Mealhada. A informação apresentada é fruto de levantamento feito
junto das diferentes entidades.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 105 Plano de Acção
Tabela 18 – Entidades envolvidas em cada acção e inventário de equipamento e ferramenta de sapador
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Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 108 Plano de Acção
Meios complementares de apoio ao combate
Os meios complementares de apoio ao combate, aqui apresentados referem-se à listagem obtida junto da Câmara Municipal e de algumas empresas do concelho. É natural que existam no concelho, muitos mais equipamentos dos que aqui listados, nomeadamente tractores agrícolas com grades de discos ou corta matos, pertença de privados, e como tal de difícil inventariação. De salientar que este dados deverão ser alvo de actualização e validação anual em sede de POM, devendo-se envidar esforços para que este levantamento possa ser tão exaustivo quanto possível.
A legenda para leitura do quadro seguinte é aqui apresentada:
CÓDIGO DESIGNAÇÃO
PM Porta-máquinas/zorra
MR Máquina de rasto
TD Tractor com grade de discos
TM Tractor com corta matos
TC Tractor com cisterna
MN Moto-niveladora
VC Veículo com cisterna acoplada
OT Outros veículos
De destacar adicionalmente, que um dos objectivos deste Plano, passa pela tentativa de
implementação de medidas que levem as populações do concelho a aderir a projectos
comuns de protecção colectiva. Estas medidas a implementar com a colaboração das
juntas de freguesias e das colectividades locais, deverão ser sustentadas numa primeira
fase por um programa de formação e sensibilização, avançando-se posteriormente para a
implementação de sistemas de aviso, alerta e alarme que permita ao dispositivo de 1ª
Intervenção optimizar os tempos de resposta. Adicionalmente será ainda perspectivada a
possibilidade de realização de acções de formação, que visem a correcta participação da
população no apoio às forças de combate.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 109 Plano de Acção
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Quadro 14 - Meios complementares de apoio ao combate.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 110 Plano de Acção
DISPOSITIVOS OPERACIONAIS DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS
Dispositivos operacionais - funções e responsabilidades
É apresentada no quadro seguinte, a listagem dos Dispositivos Operacionais – Funções e
Responsabilidades, com referência às entidades responsáveis pelas tarefas de Prevenção
estrutural, Prevenção e Combate no concelho da Mealhada.
A legenda para leitura do quadro seguinte é aqui apresentada:
LEGENDA:
Com competências de coordenação nac nível nacional mun nível municipal
Com competências significativas reg nível regional loc nível local
Deveres cívicos dist nível distrital
Sem intervenção significativa
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 111 Plano de Acção
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Quadro 15 – Dispositivos operacionais - funções e responsabilidades no Concelho da Mealhada
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 112 Plano de Acção
Esquema de comunicação dos alertas amarelo, laranja e vermelho
É apresentado na ilustração seguinte, o esquema de comunicação do dispositivo
operacional, tendo em consideração os recursos existentes no concelho da Mealhada.
De realçar que este esquema poderá sofrer alterações, pelo que deverá ser actualizado
anualmente.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 113 Plano de Acção
Ilustração 3 – Esquema de comunicação dos alertas amarelo, laranja e vermelho
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 114 Plano de Acção
Procedimentos de actuação nos alertas amarelo, laranja e vermelho
No quadro seguinte são apresentados os procedimentos de actuação de cada entidade
para cada tipo de alerta.
Entidades
Procedimentos de Actuação – Alerta Amarelo
Procedimentos de Actuação – Alerta Laranja e Vermelho
Actividades Horário Nº mínimo
de elementos
Locais Estratégicos de
Estac. (LEE) Actividades Horário
Nº mínimo de
elementos
Locais Estratégicos de
Estac. (LEE)
BV Mealhada
1ª Intervenção, Combate, Rescaldo,
Vigilância Pós-Incêndio
24 horas
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1ª Intervenção, Combate, Rescaldo,
Vigilância Pós-Incêndio
24 horas
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Vigilância 9:00 -17:00
5
Vigilância 9:00 -17:00
5
BV Pampilhosa
1ª Intervenção, Combate, Rescaldo,
Vigilância Pós-Incêndio
24h 5+5+2
1ª Intervenção, Combate, Rescaldo,
Vigilância Pós-Incêndio
24h 5+5+5+5+2
Vigilância 10:00 - 18:00
5+5
Veículos em trânsito
S011102, S011103, S011106
Vigilância
10h/ 13h e
13h /18h
5+5+5
Veículos em trânsito
S011102, S011103, S011106
GNR - Posto Territorial
da Mealhada
Vigilância/ Patrulhamento e Fiscalização
Todo o Concelho
(a) -
Sede na Mealhada
Vigilância/ Patrulhamento e Fiscalização
Todo o Concelho
(a) -
Sede na Mealhada
GNR - EPNA Vigilância/
Patrulhamento e Fiscalização
Todo o Concelho
(a) -
Sede em Anadia
Vigilância/ Patrulhamento e Fiscalização
Todo o Concelho
(a) -
Sede em Anadia
GNR - EPF Vigilância/
Patrulhamento e Fiscalização
Todo o Concelho
(a) -
Sede na Mealhada
Vigilância/ Patrulhamento e Fiscalização
Todo o Concelho
(a) -
Sede na Mealhada
GNR-GIPS
Vigilância/ Patrulhamento e Fiscalização
Todo o Concelho
(a) -
Sede no Centro de Meios
Aéreos (Águeda)
Vigilância/ Patrulhamento e Fiscalização
Todo o Concelho
(a) -
Sede no Centro de Meios
Aéreos (Águeda) 1ª Intervenção
1ª Intervenção
Quadro 16 – Procedimentos de actuação das entidades nos alertas amarelo, laranja e vermelho
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 115 Plano de Acção
Lista geral de contactos
No quadro seguinte é apresentada a Lista geral de contactos do Dispositivo Operacional
DFCI para o concelho da Mealhada, contendo informação sobre a entidade, serviço,
cargo, nome do responsável, telemóvel, telefone, fax e endereço de correio electrónico.
A actualização desta lista, está prevista em sede de POM, ou seja, a actualização tem
carácter anual, no entanto, dada a importância que a mesma encerra, é desejável que as
entidades envolvidas na CMDF, façam os esforços possíveis para manter esta lista com
uma actualização praticamente imediata/instantânea.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 116 Plano de Acção
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Quadro 17 – Lista geral de contactos do Dispositivo Operacional DFCI (I)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 117 Plano de Acção
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Quadro 18 – Lista geral de contactos do Dispositivo Operacional DFCI (II)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 118 Plano de Acção
SECTORES TERRITORIAIS DFCI E LOCAIS ESTRATÉGICOS DE ESTACIONAMENTO (LEE)
Sectores territoriais de defesa da floresta contra incêndios e locais estratégicos
de estacionamento (LEE)
É apresentado de seguida o mapa dos sectores territoriais de defesa da floresta contra
incêndios e locais estratégicos de estacionamento (LEE) do concelho da Mealhada.
De referir que no âmbito deste documento, se consideraram apenas como Locais
Estratégicos de Estacionamento (LEE), neste caso, os Quartéis das Corporações de
Bombeiros da Mealhada e da Pampilhosa.
Tal opção, deve-se a principalmente:
Informação cedida pelas respectivas Corporações, que garantem conseguir,
partindo dos LEE existentes (ou seja dos quartéis) a realização da acção de 1ª
Intervenção em qualquer ponto do seu território de actuação em menos de 20
minutos.
Incapacidade para definir no imediato no território os pontos óptimos para os LEE.
Esta incapacidade resulta, da fraca qualidade da informação existente,
nomeadamente ao nível da tipologia da rede viária florestal, que terá de ser
necessariamente confirmada em campo, para o correcto calculo das Isócronas.
Acredita-se que a definição a breve prazo dos pontos óptimos para os LEE, deverá
constituir uma prioridade nas futuras actualizações deste Plano. Muito contribuindo para
tal, a existência do já referido GTF.
De destacar ainda, que a não inclusão de um LEE na Serra do Bussaco, “normalmente”
utilizado pelo Exército, deve-se à informação recolhida junto das entidades competentes,
nomeadamente da AFN. Tal opção, de não referência deste LEE, baseia-se essencialmente
na recente deslocalização da unidade do Exército para o concelho de Penacova35 e na
incapacidade de se garantir que as acções em causa se possam manter36 ao longo do
tempo de vigência deste Plano.
35 - Estando no entanto, segundo apurado, garantidas as necessárias acções de vigilância e intervenção na
área do Perímetro Florestal do Buçaco situada no concelho da Mealhada 36
- Segundo informação recolhida junto da AFN, a permanência de unidades do exército no Perímetro Florestal do Buçaco, é assegurada por protocolos anuais, não havendo qualquer garantia que se repita em 2011 ou nos anos seguintes.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 119 Plano de Acção
Mapa 31 – Representação dos sectores territoriais de defesa da floresta contra incêndios e locais estratégicos de
estacionamento (LEE)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 120 Plano de Acção
VIGILÂNCIA E DETECÇÃO
Rede de Postos de Vigia e bacias de visibilidade
Vigilância Fixa
A vigilância dos espaços rurais e especificamente dos florestais, é crucial para uma
precoce detecção dos incêndios e minimização do tempo que medeia entre a ignição e a
chegada da primeira equipa de supressão (1ª Intervenção). A vigilância e a detecção
deverão, assim, ser encaradas de forma integrada, privilegiando-se a interligação das suas
diferentes formas bem como a sua articulação e coordenação ao nível Municipal, Distrital
e Nacional.
Neste contexto é apresentado aqui o mapa das bacias de visibilidade do concelho da
Mealhada, utilizando os Postos de Vigia indicados na tabela seguinte.
Tabela 19 – Informação sobre os PV utilizados para cálculo das bacias de visibilidade
Designação Indicativo Concelho Freguesia Latitude Longitude Altitude
(m)
S. GIÃO 43-05 Cantanhede Lemede 40o18'26'' 8o37'16'' 122
ALTO DOS MOINHOS
41-08 Penacova Carvalhal 40o18'8'' 8o18'15'' 469
MOINHO DO PISCO
47-06 Anadia Boialvo 40o29'20'' 8 o19'33'' 475
Para a eficaz localização do incêndio, é conveniente que a área visível seja coberta por
pelo menos 3 postos de vigia (triangulação).
A análise dos dados existentes revela que a vigilância fixa no concelho da Mealhada
poderá estar aquém das necessidades.
Tabela 20 – Área observada pelos postos de vigia (% do concelho)
Não visível Visível apenas por 1 PV Visível apenas por 2 PV Visível pelos 3 PV
(A) (B) (C) (A+B) (A+C) (B+C) (A+B+C)
5% 12% 3% 16% 2% 11% 27% 24%
Legenda: (A) - P.V. S.Gião; (B) - P.V. Alto dos Moinhos; (C) - P.V. Moinho do Pisco
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 121 Plano de Acção
Neste âmbito destaca-se desde logo, a existência de áreas correspondentes a 5% do
território, consideradas não visíveis por qualquer um dos Postos de Vigia identificados. O
facto de 31 % da área de concelho, ser visível apenas por um PV e somente 24% ser visível
pelos 3 PV, reforçará a perspectiva de ser necessária uma aposta noutros tipos de fontes
de detecção e vigilância. Os mapas seguintes, representam respectivamente a rede de
Postos de Vigia (PV) e bacias de visibilidade do concelho da Mealhada e as zonas do
Concelho da Mealhada, visíveis pela rede de Postos de Vigia (PV).
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 122 Plano de Acção
Mapa 32 – Rede de PV e bacias de visibilidade do concelho da Mealhada e concelhos limítrofes
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 123 Plano de Acção
Mapa 33 – Representação das zonas do Concelho da Mealhada, visíveis pela rede de Postos de Vigia
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 124 Plano de Acção
Mapa de vigilância
Vigilância Móvel
Sempre que se justifica (elevado risco de incêndio) as corporações de Bombeiros do
Concelho reforçam o dispositivo de vigilância móvel, fazendo algumas das suas viaturas
percorrer os espaços florestais. A estratégia seguida pelas duas Corporações é
semelhante, seguindo um princípio de aleatoriedade na definição de percursos de forma
a não serem identificados quaisquer padrões de comportamento, por possíveis
incendiários.
O mapa apresentado na página seguinte, representa a localização e identificação dos LEE.
Reforço da Vigilância
Sendo reconhecida a importância da eficiente actuação de nível Municipal, nas operações
de vigilância e primeira intervenção, perspectiva-se neste Plano, que se desenvolvam
esforços em sede de CMDF para aumentar e reforçar a vigilância nos espaços florestais do
concelho.
Neste sentido, a autarquia deverá continuar a apostar em projectos como o “Programa
Voluntariado Jovem para as Florestas” e o “Mealhada Vigilante”, projectos de
considerável utilidade ao nível da vigilância e da sensibilização das populações para o
risco de incêndio.
Perspectiva-se assim para o período de vigência deste Plano, o reforço substancial do
“Programa Voluntariado Jovem para as Florestas”, através da alocação nos 8 períodos (8
quinzenas de 01 de Junho a 30 de Setembro), de 15 jovens, distribuídos por equipas de 2
a 3 elementos, que contribuirão para a vigilância móvel e fixa nas diferentes freguesias do
concelho. O apoio à vigilância “formal” através de equipas deste Programa, poderá ser
concretizado de formas variadas, de acordo com as próprias características do território.
Preconiza-se assim uma vigilância mais estática na parte oriental do concelho, onde se
poderão escolher pontos estratégicos de vigilância (por exemplo a Cruz Alta) e uma
vigilância móvel na parte mais plana do concelho, onde se poderão marcar vários
percursos nas zonas florestais e “peri-florestais” a serem percorridos a pé ou de bicicleta
De forma a melhorar a operacionalização destes projectos, deverá ser ponderada em
sede de CMDF, a participação dos restantes membros da mesma, nomeadamente das
Juntas de Freguesia, das Corporações de Bombeiros e da GNR.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 125 Plano de Acção
Dadas as características do Concelho, nomeadamente no que diz respeito à considerável
percentagem da população que ainda trabalha e circula no espaço rural, mas também no
que diz respeito ao histórico de causas de incêndio, será aconselhável que em sede
CMDF, se analise a possibilidade de desenvolvimento de um projecto de protecção
colectiva, que fomente a participação das populações, no dispositivo integrado de
Vigilância Municipal. De realçar que o desenvolvimento deste projecto, deverá
subentender a indispensável sensibilização e formação para o efeito.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 126 Plano de Acção
Mapa 34 – Vigilância (localização e identificação dos LEE)
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 127 Plano de Acção
PRIMEIRA INTERVENÇÃO
O sucesso da 1ª Intervenção reside essencialmente na mobilidade e rapidez de
intervenção dos meios e do correcto dimensionamento destes para fazer face ao risco
existente. A formação adequada dos elementos que guarnecem os meios é também um
factor crítico para o sucesso da 1ª intervenção.
Dada a necessidade de rapidez de actuação é natural que as acções de 1ª Intervenção,
sejam realizadas pelas equipas com capacidade de actuação que se encontrem mais
próximas do início das ignições. No caso do município da Mealhada, destacam-se nesta
situação os Bombeiros Voluntários da Mealhada e da Pampilhosa.
Reforço da Capacidade de 1ª Intervenção
Dadas as características do concelho, nomeadamente da sua parte oriental37, será
aconselhável a análise da possibilidade de “dotar” o território, com pelo menos uma
Equipa de Sapadores Florestais, que constitua um elemento de charneira no apoio a
acções de Vigilância e de 1ª Intervenção. Esta possibilidade deverá ser analisada em sede
de CMDF, e estudada com a AFN, enquanto, entidade responsável pelo Programa de
Sapadores Florestais.
À semelhança do que se perspectiva para a Vigilância, seria extremamente benéfico que
durante a vigência deste Plano, se desenvolvam esforços dentro da CMDF, para a
definição de um projecto comum de protecção colectiva, que possibilite a integração das
populações no que constituiria um primeiro patamar do dispositivo integrado de 1ª
Intervenção. De realçar que o desenvolvimento deste projecto, deverá subentender tanto
a distribuição de material específico junto dessas populações, como a indispensável
formação para o efeito.
37 - O Quadrante oriental do Concelho, apresenta para além de um elevado risco de incêndio, também um
património florestal de elevadíssimo valor.
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Caderno I 128 Plano de Acção
Mapa 35 – Mapa 1ª Intervenção
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Caderno I 129 Plano de Acção
COMBATE, RESCALDO E VIGILÂNCIA PÓS-INCÊNDIO
Mapa de combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio
O mapa seguinte ilustra as áreas de actuação para as acções de combate, rescaldo e
vigilância pós-incêndio.
De referir que de acordo com a informação levantada junto das duas Corporações do
concelho, a forma de actuação caracteriza-se normalmente pelo desenvolvimento de
acções de combate “musculadas”, entregando-se igualmente especial atenção às acções
de rescaldo e vigilância pós incêndio, de acordo com a tipologia e dimensão da
ocorrência.
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Caderno I 130 Plano de Acção
Mapa 36 – Mapa de combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio
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Caderno I 131 Plano de Acção
APOIO AO COMBATE
Neste item, apresentam-se dois mapas de compilação e representação das infra-
estruturas e dos meios complementares de apoio ao combate existentes no Concelho.
Perante a incapacidade de verificação e validação em campo do estado das infra-
estruturas de apoio ao combate, nomeadamente da Rede Viária e da Rede de Pontos de
Água, alerta-se mais uma vez, para a necessidade de colocação de grandes reservas à
informação aqui apresentada.
A informação de Apoio ao Combate deverá ser alvo de verificação e respectiva validação
nas próximas revisões/actualizações deste Plano e/ou do Plano Operacional Municipal. A
reunião e apresentação da informação dos concelhos vizinhos, constitui-se neste campo,
de elevado interesse.
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Caderno I 132 Plano de Acção
Mapa 37 – Mapa I de apoio ao combate do concelho da Mealhada
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Caderno I 133 Plano de Acção
Mapa 38 – Mapa II de apoio ao combate do concelho da Mealhada
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Caderno I 134 Plano de Acção
METAS, RESPONSABILIDADES E ESTIMATIVA DE ORÇAMENTO
Dada a imprevisibilidade das acções enquadradas neste eixo, torna-se difícil a
apresentação de uma estimativa de orçamento.
Apresenta-se apenas os orçamentos perspectivados, para o reforço da vigilância do
concelho através do Programa Voluntariado Jovem para as Florestas, e para a dotação do
concelho com uma ESF que exerça funções enquadradas neste 2º Eixo (vigilância, 1.º
intervenção, combate, e rescaldo).
Tabela 21 – Estimativa de orçamento de reforço do Programa do Voluntariado Jovem para as Florestas
Metas Responsáveis Custos de funcionamento por ano
Total 2011 2012 2013 2014 2015
Programa Voluntariado Jovem
Para as Florestas
IPJ + CMM + JF
21.600€ 21.600€ 21.600€ 21.600€ 21.600€ 108.000€
Tabela 22 – Estimativa de orçamento de funcionamento de ESF
Metas Responsáveis Custos de funcionamento por ano
Total 2011 2012 2013 2014 2015
Funcionamento de 1 Equipa de
Sapadores Florestais CMM + AFN 17.500 35.000 € 35.000 € 35.000 € 35.000 € 157.500€
De salientar que ao abrigo do Programa de Sapadores Florestais, as entidades gestoras
recebem 35.000€/ano/equipa, como contrapartida pelos serviços públicos prestados à
comunidade pelas equipas de sapadores florestais. Segundo o novo regime de
funcionamento, está previsto um período equivalente a 6 meses durante o qual as
equipas de sapadores florestais mantêm-se num regime de disponibilidade para o
exercício das funções de prevenção, de sensibilização, vigilância, primeira intervenção,
combate e rescaldo e vigilância pós incêndio, coordenadas pela AFN.
A estimativa de custos (35.000€) a suportar pelos responsáveis, baseia-se na perspectiva
de um custo total anual de 70.000€ por equipa de sapadores florestais.
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Caderno I 135 Plano de Acção
EIXO 4 - RECUPERAR E REABILITAR OS ECOSSISTEMAS
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 136 Plano de Acção
Recuperar e Reabilitar os Ecossistemas - Neste Eixo, pretende-se dar a conhecer alguns
dos aspectos essenciais a ter em conta na recuperação e reabilitação de ecossistemas
afectados pelos incêndios florestais.
As áreas ardidas são normalmente zonas de grande sensibilidade a fenómenos de erosão,
pelo que se torna necessária a implementação de medidas que permitam a rápida e eficaz
recuperação e reabilitação destes territórios. Nos últimos anos, surgiram várias iniciativas
que visam colmatar o incipiente conhecimento técnico e científico existente no que diz
respeito à gestão de áreas ardidas. Dessas iniciativas destaca-se a criação do Conselho
Nacional de Reflorestação e das correspondentes Comissões Regionais, que produziram e
concentraram considerável nível de conhecimento nesta temática.
Dadas as características do Concelho da Mealhada, nomeadamente no que diz respeito à
existência de zonas com considerável orografia, bem como, à importância que os recursos
hídricos assumem no município, torna-se ainda mais relevante a aposta numa política de
desenvolvimentos deste eixo de actuação.
Será assim desejável a promoção de uma estratégia que possibilite a adopção
generalizada por todos os intervenientes na gestão do território, das directrizes e
recomendações de boas práticas emanadas pelos estudos e trabalhos publicados sobre
esta temática.
É deste modo recomendável, que o município desenvolva nos próximos cinco anos,
esforços que permitam a adequada actuação na recuperação e reabilitação de territórios
ardidos.
Esta deverá enquadrar dois níveis de actuação.
Um nível de estabilização de emergência que deverá decorrer imediatamente após (ou
ainda mesmo durante) o incêndio, no qual se pretende evitar a degradação de recursos e
infra-estruturas (consolidação de encostas, estabilização de linhas de água, recuperação
de caminhos, entre outras acções). Neste nível será necessário o estabelecimento de
prioridades e tipos de intervenção em função da natureza e severidade dos impactos do
fogo, devendo incluir-se a opção de não-intervenção. Ao nível do controlo de erosão
devem ser tidas especiais precauções em áreas mais acidentadas, onde se verifique a
existência de escarpas e taludes. Deverá proceder-se à avaliação das zonas susceptíveis a
deslizamentos das camadas superficiais do solo, e das necessidades de correcção fluvial
(estabilização de margens) e de enquadramento paisagístico de redes viárias (taludes de
estradas e linhas de caminho de ferro) e, por fim, a consolidação de escarpas.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 137 Plano de Acção
Um nível de reabilitação de povoamentos e habitats florestais, que deverá decorrer nos
dois anos seguintes, em que se procede, entre outras acções, à avaliação dos danos e da
reacção dos ecossistemas, à recolha de salvados e, eventualmente, ao controlo
fitossanitário, a acções de recuperação biofísica e à reflorestação de zonas mais sensíveis.
Esta fase de reabilitação deve ser cuidadosamente planeada, de forma a que a
recuperação das áreas ardidas possa assumir um papel determinante no aumento da
resiliência dos ecossistemas aos incêndios florestais. Neste sentido, o que se perspectiva,
é o aproveitamento da janela de oportunidade criada pelos incêndios, para se proceder
às alterações estruturais necessárias à Floresta do município, nomeadamente através da
infra-estruturação, e requalificação dos espaços florestais de acordo com princípios de
Defesa da Floresta contra Incêndios.
Nesta fase é também essencial a aposta na minimização dos impactes ecológicos,
nomeadamente ao nível da erosão do solo, originados pelas operações de retirada de
material queimado dos terrenos.
Reconhecesse que as operações de extracção de madeira queimada depois dos incêndios
passam normalmente apenas pela determinação dos proprietários e obedecem
geralmente a critérios económicos, fitossanitários ou relacionados com trabalhos
posteriores de gestão florestal.
Assume assim especial importância o desenvolvimento de acções que promovam uma
consciência colectiva por parte dos produtores e prestadores de serviço, para a aquisição
de hábitos de boas práticas nestas operações, nomeadamente no que diz respeito à
forma como este material é retirado dos terrenos. Uma das propostas deste plano passa
então pela divulgação dos conteúdos do manual da AFN “Gestão Pós Fogo – Extracção da
Madeira Queimada e Protecção da Floresta Contra Erosão do Solo”38 e de outros
documentos semelhantes que possam ajudar/incentivas à adopção de boas práticas nesta
temática.
Outro aspecto a que se deverá entregar especial atenção é ao aproveitamento da
regeneração natural, nomeadamente à necessidade de avaliação caso a caso, da
capacidade potencial de regeneração no pós fogo. Sempre que se justifique, deverão ser
desenvolvidos contactos com os proprietários no sentido de os motivar a adoptar as
espécies em questão para o seu terreno em detrimento de outras espécies exóticas e com
menos resiliência aos incêndios.
38 - Manual de “Gestão Pós Fogo – Extracção da Madeira Queimada e Protecção da Floresta Contra Erosão
do Solo” da autoria da DGRF, disponível em: http://www.afn.min-agricultura.pt
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 138 Plano de Acção
EIXO 5 - ADAPTAÇÃO DE UMA ESTRUTURA ORGÂNICA E
FUNCIONAL EFICAZ
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 139 Plano de Acção
Adopção de uma estrutura orgânica funcional e eficaz - Neste Eixo, pretende-se dar a
conhecer a estratégia operacional desta CMDF.
É reconhecido por esta Comissão Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios, que a
concretização dos eixos estratégicos definidos neste PMDFCI, só é possível mediante a
articulação e convergência de esforços dos diferentes organismos envolvidos na defesa
da floresta do município.
Pressupõe-se assim, para o sucesso do Plano que:
as entidades envolvidas, nomeadamente a Autoridade Florestal Nacional, a
Autoridade Nacional de Protecção Civil e a Guarda Nacional Republicana,
apresentem uma organização interna funcional, capaz de satisfazer de forma
coerente e com elevado nível de resposta o cumprimento das missões que lhes
são atribuídas, no âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios.
esta Comissão assuma o papel de estrutura responsável pela articulação entre as
diferentes entidades e de coordenação de acções, no que se refere à definição de
políticas e orientações no âmbito da DFCI no município.
Por último, importa destacar aqui, que este Plano, enquanto instrumento orientador do
planeamento integrado das acções para o município da Mealhada, só cumprirá a sua
finalidade mediante o desempenho das funções da CMDF, nomeadamente as de
acompanhamento e monitorização da promoção e aplicação das medidas do plano de
acção proposto. Será assim desejável a execução de um relatório anual de
acompanhamento da execução das metas e objectivos propostos.
Programa de formação
Perspectiva-se o estabelecimento de um programa de formação capaz de direccionar e
potenciar a actuação dos elementos das diversas entidades com intervenção na política
municipal de DFCI.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 140 Plano de Acção
Nesta temática, pressupõe-se a aposta na formação de duas áreas específicas, uma de
carácter mais estratégico ou seja ao nível do planeamento e ordenamento do território
que ficará a cargo do município e das organizações de produtores florestais. Outra de
carácter mais operacional que ficará a cargo das corporações de bombeiros do Concelho.
A lista de acções de formação com interesse no âmbito da DFCI, é apresentada no quadro
seguinte:
Lista de Cursos e Acções de formação
Curso avançado de Fogo controlado
Curso avançado de Sistemas de Informação Geográfica
Curso de Gestão de catástrofes e mitigação dos seus efeitos
Curso avançado de Recuperação de Áreas Ardidas
Curso de Gestão de Bases de Dados
Curso avançado de Gestão de Riscos
Curso avançado de Defesa da Floresta Contra Incêndios Quadro 19 – Lista de cursos e acções de formação com interesse na temática DFCI
Destas, destacam-se as acções de Credenciação em Fogo Controlado e de Sistemas de
Informação Geográfica, como as mais necessárias no momento para os agentes de DFCI
do Concelho da Mealhada. Na tabela seguinte, são apresentados os valores de
investimento necessários para dotar os necessários elementos de DFCI de conhecimento
específico nestas temáticas.
Tabela 23 – Estimativa orçamental para acções do Eixo 5
Formação Custos de participação em acções de formação
Total 2011 2012 2013 2014 2015
Credenciação em Fogo controlado
2.900€
2.900€
2.900€ 8.700€
Curso avançado de Sistemas de Informação Geográfica
2.500€
2.500€
5.000€
Total 5.400€ 0 2.900€ 2.500€ 2.900€ 13.700€
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 141 Plano de Acção
Harmonização dos conteúdos deste PMDFCI/POM, com os dos concelhos
limítrofes
Para além da adopção de uma estrutura eficaz no município, esta CMDF, deverá
desenvolver os esforços possíveis, para promover a harmonização dos conteúdos deste
Plano, com os dos municípios limítrofes. Deverá promover-se assim um conjunto de
contactos que possibilite o agendamento de reuniões de trabalho com as CMDF desses
municípios.
Este esforço, tem como base a necessidade de optimizar o planeamento de DFCI no
município da Mealhada, de acordo com as acções planeadas para as áreas contíguas.
Espera-se deste modo, a articulação e partilha de esforços entre as Comissões que
possibilite o aumento da eficiência da acções de DFCI.
Funcionamento do GTF
Apesar do município não ter à data de aprovação deste Plano, um GTF constituído,
considera-se adequado introduzir no âmbito deste Plano a possibilidade de constituição
do mesmo, já em 2011. Este GTF teria como funções básicas a actualização e revisão do
PMDFCI e POM, e o apoio técnico aos munícipes, nomeadamente em questões de DFCI.
Os custos de funcionamento do referido GTF, são apresentados na tabela seguinte.
Tabela 24 – Estimativa de orçamento para funcionamento do GTF
Acção Responsáveis 2011 2012 2013 2014 2015 Total
Funcionamento do GTF
CMM 28.000€ 28.000€ 28.000€ 28.000€ 28.000€ 140.000€
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 142 Plano de Acção
ORGANIZAÇÃO SDFCI
Cronograma de reuniões da CMDF
No quadro seguinte apresenta-se a proposta de cronograma de reuniões da CMDF
2011 2012 2013 2014 2015
1ª Reunião 18-03-2011 09-01-2012 07-01-2013 13-01-2014 12-01-2015
2ª Reunião 04-04-2011 09-04-2012 08-04-2013 07-04-2014 06-04-2015
3ª Reunião 06-06-2011 04-06-2012 03-06-2013 02-06-2014 01-06-2015
4ª Reunião 10-10-2011 08-10-2012 07-10-2013 06-10-2014 12-10-2015
Quadro 20 – Proposta de cronograma de reuniões da CMDF
Propõe-se aqui que a CMDF da Mealhada, reúna quatro vezes por ano. As datas propostas para a realização destas reuniões são as apresentadas no quadro anterior. Ficará a cargo do Presidente desta Comissão, a alteração destas datas e/ou a convocação de reuniões extraordinárias, sempre que solicitadas por qualquer um dos membros da mesma. Pressupõe-se que as reuniões anuais tenham ordens de trabalho diferentes, e que englobem no mínimo os seguintes pontos:
1ª reunião – apresentação do relatório e avaliação dos resultados obtidos no ano anterior e apresentação de propostas de calendarização de acções para o ano em curso, pelos membros da CMDF
2ª reunião – aprovação do Plano Operacional Municipal.
3ª reunião – análise da preparação do dispositivo.
4ª reunião – apresentação do relatório provisório.
Aprovação do POM
A operacionalização deste PMDFCI, em particular para as acções de vigilância, detecção,
fiscalização, 1.ª intervenção, combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio, concretizar-se-á
anualmente, através do Plano Operacional Municipal (POM).
Este Plano (POM), deverá ser apresentado à CMDF e aprovado até 15 de Abril de cada
ano, aproveitando-se para tal as datas agendadas para a realização das segundas reuniões
anuais da CMDF.
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Caderno I 143 Plano de Acção
Período de vigência do PMDFCI
Este Plano, tem uma duração de cinco anos, com actualização anual.
Caso a CMDF da Mealhada assim o entenda, poderá reduzir o período de actualização.
Orçamento
Na tabela seguinte é apresentada a estimativa de orçamento necessário para a
concretização das acções previstas neste eixo.
Tabela 25 – Estimativa de orçamento necessário para a concretização das acções do Eixo 5
Rubrica 2011 2012 2013 2014 2015 Total
Funcionamento GTF 28.000 € 28.000 € 28.000 € 28.000 € 28.000 € 140.000 €
Formação 5.400 € 0 € 2.900 € 2.500 € 2.900 € 13.700 €
Total 33.400 € 28.000 € 30.900 € 30.500 € 30.900 € 153.700 €
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Caderno I 144 Plano de Acção
ESTIMATIVA ORÇAMENTAL
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 145 Plano de Acção
Estimativa Orçamental - A estimativa de orçamento total aqui apresentada, resulta da
compilação dos valores apresentados em cada eixo estratégico do PMDFCI, para o
desenvolvimento das actividades necessárias ao cumprimento das metas definidas em
cada acção.
Esta estimativa contribui para uma análise global do investimento em DFCI no município
da Mealhada, por eixo estratégico, para cada ano do período de vigência do PMDFCI.
ORÇAMENTO TOTAL O orçamento apresentado no quadro seguinte diz respeito aos valores preconizados nos
eixos estratégico que compõem este Plano. De destacar neste orçamento global, o
natural “peso” das acções do Eixo 1, que no entanto e como já foi referido anteriormente,
deverão ser alvo de futura análise, sendo muito provável que o valor possa ser
consideravelmente diminuído.
Assim, nesta fase perante a informação existente, a execução das acções de DFCI
necessárias no concelho, terá um custo de 2.837.559 euros.
Tabela 26 – Estimativa de orçamento, por eixo estratégico, por ano, para o período de vigência do PMDFCI
Estimativa orçamento do PMDFCI
Total
2011 2012 2013 2014 2015
Eixo 1 417.114 € 383.011 € 553.393 € 637.931 € 331.536 € 2.322.984 €
Eixo 2 18.920 € 17.800 € 18.606 € 19.536 € 20.513 € 95.375 €
Eixo 3 39.100 € 56.600 € 56.600 € 56.600 € 56.600 € 265.500 €
Eixo 4 (indefinido) (indefinido) (indefinido) (indefinido) (indefinido) (indefinido)
Eixo 5 33.400 € 28.000 € 30.900 € 30.500 € 30.900 € 153.700 €
Total 508.534 € 485.411 € 659.499 € 744.567 € 439.549 € 2.837.559 €
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 146 Plano de Acção
BIBLIOGRAFIA
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 147 Plano de Acção
Documentos on-line
ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente. CAOF – Matrizes de Referência 2010. Acedido de Setembro de 2010 a Janeiro de 2011, em: http://www.anefa.pt
Autoridade Florestal Nacional. Cartografia nacional de áreas ardidas entre 1990 e 2009. Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.afn.min-agricultura.pt
Autoridade Florestal Nacional. Fogos > Dados sobre incêndios florestais > Estatísticas por freguesia (1996-2009). Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.afn.min-agricultura.pt
Autoridade Florestal Nacional. Mapas de áreas ardidas entre 1990-1996 e 1997-2004. Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.afn.min-agricultura.pt
Autoridade Florestal Nacional. Registos de freguesias de 2007 a 2009; Registos 1996-2000 e de 2001-2006; Codificação e definição das categorias das causas. Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.afn.min-agricultura.pt
Câmara Municipal de Anadia - Gabinete Técnico Florestal / CMDF (2010). Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (1ªRevisão 2007). Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.cm-anadia.pt
Câmara Municipal de Cantanhede - Gabinete Técnico Florestal / CMDF (2010). Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (2009). Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.cm-cantanhede.pt
Câmara Municipal de Coimbra - Gabinete Técnico Florestal / CMDF (2010). Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (2007). Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.cm-coimbra.pt
Câmara Municipal de Mortágua - Gabinete Técnico Florestal / CMDF (2010). Dados sobre Actividades Económicas> Mancha Florestal. Acedido de Novembro de 2010 a Janeiro de 2011, em: http://www.cm-mortagua.pt
Câmara Municipal de Penacova - Gabinete Técnico Florestal / CMDF (2010). Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (2007). Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.cm-penacova.pt
Direcção Geral dos Recursos Florestais. Manual de Gestão Pós Fogo – Extracção da Madeira Queimada e Protecção da Floresta Contra Erosão do Solo. Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.afn.min-agricultura.pt
Direcção Geral dos Recursos Florestais. Guia Metodológico para a elaboração do PMDFCI. Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.afn.min-agricultura.pt
Direcção Geral dos Recursos Florestais. Guia Técnico para a elaboração do Plano Operacional Municipal (POM). Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.afn.min-agricultura.pt
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Mealhada
Caderno I 148 Plano de Acção
Direcção Geral dos Recursos Florestais. Guia Técnico para elaboração do PMDFCI (Agosto 2007). Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.afn.min-agricultura.pt
Instituto Geográfico Português. CORINE Land Cover 2000. Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.igeo.pt
Instituto Geográfico Português. CORINE Land Cover 2006 - Modelo de Combustíveis. Acedido de Setembro a Novembro de 2010, em: http://www.igeo.pt
Instituto Nacional de Estatística. Censos – Séries históricas. Acedido de Setembro de 2010 a Janeiro de 2011, em: http://www.ine.pt.
Instituto Nacional de Estatística. Estimativas Anuais da População Residente. Acedido de Setembro a Dezembro de 2010, em: http://www.ine.pt.
Instituto Nacional de Estatística. Recenseamento da Agricultura 1999. Acedido de Setembro de 2010 a Janeiro de 2011, em: http://www.ine.pt.
SCRIF – Rede de Informação de Situações de Emergência. Postos de Vigia. Acedido de
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Legislação:
Decreto-Lei n.º 204/99 de 9 de Junho. Diário de Republica, n.º 133/99 — I Série-A. Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. Lisboa
Decreto-Lei n.º 124/06, de 28 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 17/09, de 14 de Janeiro. Diário de Republica, n.º 09/09 — I Série-A. Assembleia da Republica. Lisboa
Decreto Regulamentar n.º 11/2006 de 21 de Julho. Diário de Republica, n.º 140/06 — I Série. Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. Lisboa
Lei n.º 33/96, de 17 de Agosto. Diário de Republica, n.º 190/96 — I Série-A. Assembleia da Republica. Lisboa
Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto. Diário de Republica, n.º 184/98 — I Série-A. Assembleia da Republica. Lisboa
Resolução do Conselho de Ministros n.º 65/2006 de 26 de Maio. Diário de Republica, n.º 102/06 — I Série-B. Presidência do Conselho de Ministros. Lisboa