PODA DE ÁRVORES E ARBUSTOS DE FRUTO
FORMADOR – José Pedro R. C. Fernandes
O que é a Poda?
A poda não é mais do que a remoção de uma qualquer parte da planta, normalmente um ramo, raminho ou raiz.
As árvores necessitam de ser podadas?
Uma árvore ou arbusto situados num meio adequado e ao qual se tenham adaptado, que não tenham estado sujeitos a restrições na sua expansão aérea ou subterrânea e que não apresentem sinais de declínio ou de ataque de parasitas, não têm necessidade de ser podados, para além de qualquer operação de manutenção.
O que é a Poda?
A poda não é mais do que a remoção de uma qualquer parte da planta, normalmente um ramo, raminho ou raiz.
Porquê podar árvores e arbustos de fruto?
As árvores e arbustos de fruto são podados, com técnicas específicas, para atingirmos o nosso principal objectivo, a obtenção de fruto, saudável, em quantidade apreciável, de fácil acessibilidade e o mais antecipadamente possível.
MÉTODOS DE CORTE
Os princípios da cicatrização
As árvores e arbustos são seres vivos, pelo que a supressão de um ramo funcional corresponde a um traumatismo. Estes não produzem tecidos especiais para proteger as feridas pelo que o recobrimento destas faz-se pela formação de um anel de cicatrização que se desenvolve da períferia para o interior.
Assim quanto menor for a dimensão da ferida, mais rápido será o recobrimento e portanto mais limitados os riscos de infecção.
MÉTODOS DE CORTE
O objectivo de um corte correcto é portanto :
• favorecer a cicatrização rápida e total;
• evitar ao máximo as infecções ou apodrecimento interno dos tecidos da planta.
CERNE
BORNE
Tecidos de crescimento em diâmetro
O CORTE
PODA DE FRUTIFICAÇÃO
Exemplo da macieira e pereiraRosácea, pomoidea
Pereira – Pirus communis
Frutificação quase exclusiva em esporões tortuosos, que mantêm a actividade mais de uma dúzia de anos.
Formas: cordão, espaldeira, vaso, ypsilon, palmeta Italiana
Macieira– Pirus malus
Frutificação e formas semelhantes à da pereira.
Poda de cerejeira em vaso
Cerejeira – Prunus avium Frutificam em esporões rectos, gomos em ramalhete logo após o gomo foliar terminal.
Ginjeira – Prunus cerasusAs árvores adultas não têm verdadeiros ramos de madeira.
G. Garrafal, híbrido
Forma: Vaso ou palmeta
Rosácea, Prunoidea
Característica geral - Grande dificuldade em cicatrizar
PODA EM VASO
Esta forma não exige o uso de arames ou tutores para as pernadas e ramos secundários, mas implica uma certa regularidade de distribuição dos ramos.
Rosáceas, pomoideasMarmeleiro – Cydonia oblonga
Não tem ramos de fruto especializados. Frutificação em gomos axilares de extremidade dos ramos ou terminais, foliares ou mistos. Ramificação por rebentos laterais.
Forma: livre, sebe
Nespereira japonesa – Eryobrotia japonica
Inflorescências em gomos florais de formação pronta, terminais, em raminhos nascidos no fim do Verão de gomos mistos, próximos da extremidade. Ramificação por rebentos laterais, o que origina a forma de ramalhete ou vassoura.
Forma: livreNespereira comum ou europeia – Mespilus germanica
Flores solitárias ou na extremidade do ramo como no caso do marmeleiro.
Forma: livre
Rosáceas, PrunoideasAmeixieira europeia – Prunus domestica
Frutificação por esporões rectos com gomos florais em
ramalhete
Ameixieira americana – Prunus Americana
Ameixieira japonesa – Prunus salicina
Grupo Americano, Japonês e híbridos – frutificação por esporões rectos, menos duradouros, e ramos mistos, semelhantes ás ginjeiras. Frequente formação de rebentos antecipados.
Forma: vaso
Abrunheiro – Prunus insititia
Frutificação semelhante à das ameixeiras europeias.
Forma: vaso
Rosáceas, PrunoideasDamasqueiro – Prunus armeniaca
Frutifica em ramos mistos e esporões, com
duração curta. Floração precoce!
Forma: vaso
Amendoeira – Prunus amygdalus
Frutificação em ramos mistos e esporões,
semelhantes aos dos damasqueiros.
Forma: vasoPessegueiro – Prunus persica
Frutifica em ramos mistos. Gomos agrupados
de dois a três por nó. Gomo terminal foliar.
Forma: vaso
Juglandacea
Nogueira – juglans regia
Ramos mistos, com gomos foliares axilares, gomos florais masculinos, e gomos mistos terminais, por vezes laterais. Difícil cicatrização.
Forma: livre
Fagacea
Aveleira – Corylus avellana
Planta autoestéril, ramos mistos e de madeira. Forma: livre, sebe, taça
Fagacea
Castanheiro – Castanea sativaPlanta com ramos mistos e de madeira. Forma: livre
Moracea, Moroidea
Amoreira – Morus alba, Morus nigraPlanta com ramos mistos e gomos mistos. Forma: livre
Moracea, Artocarpoidea
Figueira – Ficus carica
Ramos mistos c gomos mistos, na extremidade superior. Plantas dioicas. Forma: livre
Rosales, Saxifragacea, Ribesoidea
Groselheira – Ribes sppForma: vaso, tufo, cordão
Oleacea, oleoidea
Oliveira – Olea europeia
Frutifica em ramos mistos.
Gomos nus, axilares, solitários, opostos.
Forma: livre, vaso, palmeta
Ericacea, Arbutoidea
Medronheiro – Arbutus unedo
Ramos mistos, em gomos axilares, na parte superior dos ramos. Forma: livre
Ebanacea
Diospiro – Diospyros kakiRamos c gomos foliares e mistos, hibernantes. Gomos florais prontos. Forma: livre, vaso
Ramnales, Vitacea
Videira europeia – Vitis vinifera
Frutifica em ramos mistos c gomos hibernantes mistos.
Forma: Presas várias
Ramnales, Dillenneacea
Kiwi – Actinidia sinensis
Frutificação semelhante á da videira, c ramos mistos, de gomos mistos hibernantes. Forma: Presa
Rutacea
Citrinos – Citrus sppRamos mistos c/ gomos mistos e florais hibernantes. Forma: bola oca