PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da
Educação
A GRADUAÇÃO NOS TRABALHOS DA ANPEd (1996-2003)
CLARA BRENER MINDAL
Tese apresentada como exigência parcial para a obtenção do título de Doutora em Psicologia da Educação junto ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob a orientação da Profª. Drª. Marli Eliza D. A. de André
São Paulo
2006
II
TERMO DE APROVAÇÃO
III
AGRADECIMENTOS
À Professora Marli E. D. A. de André pelo modelo de competência e seriedade e pelas orientações que me fizeram quebrar a cabeça. Aos professores e funcionárias do Programa de Pós-Graduação em Educação – Psicologia da Educação, da PUCSP, pela atenção e colaboração. À professora Bernardete A. Gatti, pelo incentivo. Aos meus colegas do Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação da UFPR, pela colaboração e compreensão. Aos secretários do DTFE, Leandro e Maria Tereza, pela ajuda e atenção. Aos amigos: Marcus, Renata, Beatriz, Claudia, Daniel, Cid, Eliane, Lourdes, Catarina, Marynelma, Romilda, Bernardete, Dena e Risomar, pelo carinho, incentivo e amizade. À Mara e Mássimo, pelo carinho, incentivo, apoio, jantares, Fernando de Noronha, cinema, pipoca... À Yara, pelo apreço, valorização, carinho, amizade, aulas de Português, corrigir os meus textos, as conversas ... Aos meus filhos Ronnie e Liliane, pelo que são - isso já é incentivo - e aos meus pais que valorizaram meus estudos. À Psicóloga Hauseli Hauer que com competência e carinho “segurou minha barra” e à professora Ana G. Smolka, quem fez o “link”. A todos agradeço do fundo do meu coração. Esta tese não teria chegado ao fim sem os seguintes apoios logísticos: Da CAPES através da bolsa de estudos. Da Nelly que auxiliou na digitação e da Ângela que cuidou da minha casa. Das minhas primas Raquel, Renata, Cecília e Shirley que além do apoio carinhoso, me hospedaram a maioria das vezes em que estive em São Paulo.
IV
Daquilo que sabes conhecer e medir, é preciso que te despeças, pelo menos por um tempo.
Somente depois de teres deixado a cidade verás a que altura suas torres se elevam acima das casas.
Nietzsche
(Humano, demasiado humano)
V
SUMÁRIO
Lista de tabelas............................................................................................................ VII Lista de quadros............................................................................................................ IX Lista de gráficos............................................................................................................. X Siglas ............................................................................................................................ XI Resumo ...................................................................................................................... XIII Abstract ...................................................................................................................... XIV Résumé ........................................................................................................................ XV CAPÍTULO 1 ................................................................................................................ 1 Introdução ..................................................................................................................... 1 Graduação: da relação com o saber à formação profissional ...... . .................................. 1 Problema .......................................................................................................................... 9 Objetivos ....................................................................................................................... 10 Resumo capítulo 1 ......................................................................................................... 11 CAPÍTULO 2 .............................................................................................................. 12 Ensinar, aprender, pesquisar: a relação entre ensino e pesquisa na graduação ............ 12 A relação entre ensino de graduação e pesquisa .......................................................... 15 Ensino com pesquisa: o trabalho de Maria Isabel da Cunha ......................................... 21 O professor pesquisador no ensino de graduação ......................................................... 33 Resumo capítulo 2 ......................................................................................................... 40 CAPÍTULO 3 .............................................................................................................. 41 Metodologia ................................................................................................................... 41 Os trabalhos da anped .................................................................................................... 41 Procedimentos de seleção do corpus de análise .......................................................... 43 Os dados sobre graduação nas produções da ANPEd .................................................. 45 Descrição e análise dos aspectos abordados nos textos ................................................ 45 Distribuição de textos no período de 1996 a 2003 e nos GTS e GES da ANPEd ........ 45 Instituições de origem dos trabalhos e instâncias do ensino superior e da graduação .. 54 As instituições ............................................................................................................... 54 As instâncias de ensino superior e a graduação ..............................................................56 Aspectos da graduação ressaltados nas temáticas dos textos: introdução .................... 59 CATEGORIA UM: textos que contêm investigações sobre experiências e práticas de ensino – aprendizagem ................................................................................................ 63 CATEGORIA DOIS: textos que contêm análises e discussões teóricas sobre cursos, estrutura curricular, disciplinas, áreas de conhecimento, etc........................................ 73 CATEGORIA TRES: textos que salientam aspectos relacionados aos alunos de graduação........................................................................................................................ 80 CATEGORIA QUATRO: textos que relacionam aspectos que envolvem alunos e professores...................................................................................................................... 80 CATEGORIA CINCO: textos que focalizam os professores que atuam na graduação ........................................................................................................................................ 80 Alunos ........................................................................................................................... 81 Alunos e professores ..................................................................................................... 81 Professores .................................................................................................................. 85 CATEGORIA SEIS: as funções de ensino e pesquisa em relação à graduação ......... 89
VI
SÍNTESE CONCLUSIVA ........................................................................................ 97 O QUE APRENDI AO REALIZAR ESTE TRABALHO? ................................. 109 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 111 ANEXOS ...................................................... CD ROM que acompanha esta Tese:
1) Categorias temáticas do Banco de Dados Universitas/ Br 2) Relação dos trabalhos analisados 3) Resumos dos trabalhos analisados (retirados dos Anais das Reuniões da ANPED
- 1996 a 2003) 4) Quadros com os dados e as anotações das fichas dos textos analisados.
VII
LISTA DE TABELAS Tabela 1: total de trabalhos apresentados na ANPEd, total de textos selecionados e distribuição por grupo de trabalho no período de 1996 a 2003 ........................................ 47 Tabela 2: número de trabalhos apresentados na ANPEd e de textos selecionados por ano........................................................................................................................... 49 Tabela 3: textos analisados por ano, porcentagens em relação ao total de textos selecionados e ao de trabalhos apresentados na ANPEd................................... 50 Tabela 4: número e percentagem de textos analisados por grupo de trabalho.............. 53 Tabela 5: distribuição de textos analisados por instituição em cada ano do período 1996-2003...................................................................................................................... 54 Tabela 6: número total textos por instituições.............................................................. 56 Tabela 7: distribuição dos textos analisados por instâncias e por ano.......................... 57 Tabela 8: número de textos por categoria no período de 1996 – 2003........................... 59 Tabela 9: número de textos por Grupo de Trabalho em cada categoria........................ 61 Tabela 10: distribuição de textos na categoria pesquisa sobre práticas de ensino-aprendizagem no período de 1996 – 2003 .................................................. 71 Tabela 11: distribuição dos textos de investigações sobre práticas de ensino-aprendizagem por Grupo de Trabalho da ANPEd ...................................... 71 Tabela 12: distribuição de textos teóricos sobre cursos e disciplinas no período de 1996 – 2003 ............................................................................................................ 78 Tabela 13: distribuição dos textos teóricos sobre cursos e disciplinas por Grupo de Trabalho da ANPEd ..................................................................................... 79 Tabela 14: distribuição de textos na categoria de alunos de graduação período de 1996 – 2003 ............................................................................................................ 81 Tabela 15: distribuição dos textos sobre alunos por Grupo de Trabalho da ANPEd ........................................................................................................................ 83 Tabela 16: distribuição dos textos sobre alunos e professores por Grupo de Trabalho da ANPEd ..................................................................................................... 85 Tabela 17: número de textos na categoria professores que atuam na graduação, no período de 1996 – 2003 ....................................................................... 87 Tabela 18: distribuição dos textos sobre professores por Grupo de Trabalho
VIII
da ANPEd .................................................................................................................. 88 Tabela 19: número de textos da categoria relação entre ensino, pesquisa e extensão no período de 1996 – 2003 ........................................................................ 94 Tabela 20: distribuição dos textos sobre relação entre ensino, pesquisa e extensão por Grupo de Trabalho da ANPEd ............................................................. 95
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: ensino superior - dimensões definidas por GAMBOA (1994) .................. 5 Quadro 2: comparação entre aspectos do ensino tradicional e do ensino com pesquisa conforme Cunha (1996) ................................................................................ 27 Quadro 3: relação dos Grupos de Trabalho e de Estudo da ANPEd ........................... 42 Quadro 4: investigação sobre práticas de ensino - aprendizagem nas licenciaturas – cursos e disciplinas .............................................................................. 64 Quadro 5: investigações sobre práticas no ensino-aprendizagem nos bacharelados – cursos e disciplinas ............................................................................. 65 Quadro 6: investigações sobre experiências práticas de ensino-aprendizagem – aspectos salientados nas licenciaturas: métodos e recursos ........................................ 69 Quadro 7: investigações sobre experiências práticas de ensino-aprendizagem – aspectos salientados no bacharelado: métodos e recursos ........................................... 70 Quadro 8: cursos, disciplinas e campos de ensino nas licenciaturas. Constituição histórica, estrutura e organização - análises teóricas .............................. 76 Quadro 9: cursos, disciplinas e campos de ensino no bacharelado. Constituição histórica, estrutura e organização - análises teóricas .............................. 77 Quadro 10: alunos na graduação – aspectos salientados ............................................. 82 Quadro 11: professores na graduação – aspectos salientados ..................................... 86
X
LISTA DE GRAFICOS
Gráfico 1: trabalhos apresentados na ANPEd e analisados por ano (período 1996-2003) .................................................................................................... 48 Gráfico 2: proporção de textos selecionados por ano (total:163) ............................... 49 Gráfico 3: quantidade textos analisados por ano no período entre 1996-2003 ............. 50 Gráfico 4: textos por instância e por ano ..................................................................... 56 Gráfico 5: distribuição de textos de investigações sobre práticas de ensino-prendizagem no período 1996-2003 ................................................................ 69 Gráfico 6: distribuição de textos teóricos sobre cursos e disciplinas, no período 1996-2003 .................................................................................................................... 78 Gráfico 7 distribuição de textos sobre alunos da graduação no período 1996-2003 ....................................................................................................... 82 Gráfico 8: distribuição de textos sobre alunos e professores no período 1996-2003 ........................................................................................................ 83 Gráfico 9: distribuição, no período 1996-2003, de textos sobre professores que Atuam na graduação .................................................................................................. 86 Gráfico 10: distribuição de textos sobre relação entre ensino, pesquisa e extensão no período 1996-2003 ................................................................................... 95
XI
SIGLAS
CEFET/ PR - Centro Federal de Ensino Tecnológico do Paraná
ENSFD - Escuela Nacional Superior de Formación Docente (Argentina) FAENQUIL - Fundação de Engenharia Química de Lorena
FURB - Universidade Regional de Blumenau FURG - Fundação Universidade Federal do Rio Grande
IELUSC - Instituto Superior e Centro Educacional Luterano IMI -
PUC - Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC - PR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUC - RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC- SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
PUCCAMP - Pontifícia Universidade Católica de Campinas PUC - Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
UBA - Universidad de Buenos Aires (Argentina) UCDB - Universidade Católica Dom Bosco UCMG - União Colegial de Minas Gerais UCSal - Universidade Católica de Salvador
UEL - Universidade Estadual de Londrina UEM - Universidade Estadual de Maringá
UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro
UFBA - Universidade Federal da Bahia UFES - Universidade Federal do Espírito Santo
UFF - Universidade Federal Fluminense UFG - Universidade Federal de Goiás UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul UFMT - Universidade Federal do Mato Grosso UFPA - Universidade Federal do Pará UFPE - Universidade Federal de Pernambuco UFPel - Universidade Federal de Pelotas UFPR - Universidade Federal do Paraná
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina UFSM - Universidade Federal Santa Maria
UFU - Universidade Federal de Uberlândia ULBRA - Universidade Luterana do Brasil UMESP - Universidade Metodista de São Paulo
UnB - Universidade de Brasília UNEB - Universidade Estadual da Bahia
UNERJ - Centro Universitario de Jaraguá do Sul UNESP - Universidade Estadual Paulista
XII
UNICAMP - Universidade de Campinas UNIFAI - Centro Universitário Assunção
UNIMEP - Universidade Metodista de Piracicaba UNIPAM - Centro Universitário de Patos de Minas
UNIPLAC - Universidade do Planalto Catarinense UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos
UNIT - Universidade Tiradentes UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí
UNIVERSO - Universidade Salgado de Oliveira UNLP - Universidad Nacional de La Plata (Agentina)
USC - Universidade do Sagrado Coração USP - Universidade de São Paulo UTP - Universidade Tuiuti do Paraná
UNITAU - Universidade de Taubaté USU - Universidade Santa Úrsula
XIII
RESUMO
O objetivo dessa investigação, de tipo documental bibliográfica, foi construir um mapa dos
principais aspectos abordados nos estudos sobre graduação com base nos textos apresentados
nas reuniões da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), no
período entre 1996 e 2003. Para tanto, foram analisados 163 textos, de um total de 1985
publicados no CD ROM histórico da ANPEd - que reúne documentos até 2001 - e nos CDs
ROM das reuniões anuais de 2002 e 2003. Dentre eles, foram selecionados aqueles que tratam
da educação superior e que abordam questões relacionadas à graduação. Especial atenção foi
dedicada aos trabalhos que focalizam a relação entre ensino e pesquisa nesse nível de ensino.
Partiu-se de uma revisão bibliográfica que situa a graduação no ensino superior e nas
universidades e analisa as funções de ensino e pesquisa inseridas no contexto histórico do
ensino superior no Brasil e suas expectativas para o Século XXI. Para análise dos dados tomou-
se por base estudos de autores brasileiros que realizaram sínteses da produção acadêmica em
teses e dissertações e em periódicos nacionais sobre Educação Superior, Formação de
Professores e Licenciaturas. Os textos analisados procedem, em sua maioria, de universidades
públicas ou privadas, do tipo confessional; 30% referem-se à relação ensino e pesquisa inserida
em análises da história, do financiamento, da estrutura ou da organização da educação superior
brasileira; 38% dos textos abordam – em investigações em sala de aula ou em pesquisas
bibliográficas e documentais - os cursos, as disciplinas, a estrutura curricular, as práticas
pedagógicas, os processos de ensino - aprendizagem ou diversas concepções de professores e
alunos. A produção que focaliza aspectos da graduação, apesar de aumentar no período, tende a
diminuir nos últimos anos, ao contrário dos textos que abordam a formação do professor para o
ensino superior que evidenciam crescimento. Encontrou-se maior incidência de estudos sobre
licenciaturas e menor sobre cursos de bacharelado, assim como recorrência de estudos sobre
alguns cursos como os de Pedagogia e Matemática. O campo de pesquisa sobre os alunos de
graduação é pouco explorado e investigações sobre qualidade e condições de trabalho dos
professores, bem como a dos professores substitutos são praticamente ignoradas na produção
acadêmica.
XIV
ABSTRACT
This bibliographic-documental investigation aims at building a map of the aspects regarding
graduate (four-year college) studies that stood out in the academic production presented in the
ANPEd (National Association for Post-graduate studies and Research in Education) meetings
between the years 1996 and 2003. In order to do so, we have analysed 163 papers contained in
the ANPEd historical CD-ROM – which gathers documents up to 2001 – and from the 2002 and
2003 annual meeting CD-ROMs, selecting those that deal with higher education and approach
aspects of graduate studies. Special attention was given to aspects that refer to the relationship
between teaching and research in this level of teaching. We set off from a bibliographic review
that situates graduate studies into higher education and universities and analyses teaching and
research functions as inserted in the history of higher education in Brazil and in the expectations
for the XXI century. For the data analyses we based on studies of Brazilian authors that
produced syntheses of the academic production in theses, dissertations and national periodicals
on higher education and teachers training. The texts that have been analyzed originate mainly
from public universities; 30% refer to the relationship between teaching and research as inserted
in analises of the history, financing, structure or organization of the Brazilian higher education;
38% of the texts approach – in classroom investigations or documental and bibliographic
research – the courses, disciplines, curricular structure, pedagogical practices, teaching/learning
processes or several concepts from teachers and students, among others. Although the
production that focuses on graduate studies increases in this period, it tends to decrease in the
last years, as opposed to the texts that approach the teachers training for higher education, which
show an increase. We find a greater incidence of studies on teachers training courses and less on
another graduate courses, as well as a recurrence of studies about courses as Pedagogy and
Mathematics. The field of research about graduate students is little explored and investigations
on quality and working conditions for professors, as well as substitute professors are practically
ignored in the academic production.
XV
RÉSUMÉ
Cette investigation de type documentée bibliographique, vise construire un panorame des
aspects détachés sur la graduation, presentés aux réunions de l’Association National de Pós-
Graduation et Recherche en Éducation (ANPED), dans le période entre 1996 et 2003. Pour cela,
nous analysons 163 textes de 1985 qui font partie du CD Rom historique de la ANPED, qui
réuni documents jusqu’à 2001- et dans les CDs Rom des réunions annuels de 2002 et 2003. On
a selectionné dentre eux ceux-là qui traitent de l’éducation supérieure et qui approche des
aspects de la graduation. On a dédié spécial attention aux aspects du rapport entre enseignement
et recherche. On commence avec une révision bibliographique que situe la graduation dans
l’enseignement supérieure. Tout de suite on analyse les fonctions de l’enseignement et de la
recherche dans le contexte historique et éducationnel de l’enseignement universitaire brésilien et
ses expectatives pour le XXIème siècle. Dans l’analyse des donnés on s’est basé sur les études
des chercheurs brésiliens qui ont réalisé des synthèses de la production académique en thèses,
dissertations et articles publiés en périodiques nationaux sur Éducation Supérieure, Formation
de Professeurs et Licences. Les textes analysés sont issus, dans la majorité des universités
publiques et privés, du type confessionel ; 30% font rélation enseignement et recherche insériee
en analyses d’histoire, du financement, de la structure ou de l’organisation de l’éducation
supérieure brésilienne ; 38% de textes abordent- en recherches en salle ou en recherches
bibliographiques et documentaires – les cours, les disciplines, la structure du curriculum, les
pratiques pédagogiques, les processus d’enseignement – l’apprentissage ou plusieurs
conceptions de professeurs et des élèves, dentre autres. La production mets en lumière des
aspects de la graduation, malgré l’augmentation du période recherché, qui diminue pour les
derniers ans, au contraire des textes qui abordent la formation du professeur pour
l’enseignement supérieure qui présentent une élevation. On a rencontré une plus grande
incidence d’études sur Licences et moindre sur les cours de la grade de Bachelier, ainsi que la
répétition des études sur quelques cours, comme Pédagogie et Mathématique. Le champ de
recherche sur les élèves de la graduation et peu étudié et des recherches sur la qualité et
conditions de travail des professeurs substitut sont presques ignorées dans la production
académique.
1
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
GRADUAÇÃO: DA RELAÇÃO COM O SABER À FORMAÇÃO PROFISSIONAL
O tema deste estudo originou-se da reflexão sobre a formação, o trabalho e o
contexto profissional do professor de ensino superior derivada do questionamento da
minha própria prática.
Como professora nos cursos de licenciatura de universidade pública sabia que
haveria de cumprir funções administrativas e de ensino, pesquisa e extensão –
indissociáveis em princípio. Mas, o que significava esse princípio, o que implicava ou
como poderia efetivar-se? Na correria das diversas atividades que desempenhava na
Universidade, ensino e pesquisa eram atividades não necessariamente interligadas. O
que havia realizado como pesquisa no mestrado e o que pesquisava naquela época
(pesquisa voltada para avaliação de projeto de extensão), não entravam em sala de aula.
As funções de ensino e pesquisa eram exercidas em diferentes espaços, em outros
tempos e com outros temas.
Afastada para cursar doutorado e influenciada pelo debate sobre formação de
professores do qual participava como aluna no curso de pós-graduação direcionei meu
interesse para as questões do ensino e da aprendizagem e da inter-relação com a
pesquisa nos cursos de graduação.
Dois livros suscitaram curiosidade e dúvidas nessa primeira fase de elaboração
da tese. O primeiro, “O bom professor e sua prática” de CUNHA (2001b), discute os
resultados da investigação realizada para sua tese de doutoramento em 1988. A pesquisa
que ela realiza parte da escolha de bons professores por alunos de 2º grau e
2
universitários e investiga, por meio de entrevistas e observação de sala de aula, a prática
pedagógica desses professores escolhidos pelos alunos. Entre as características da
prática pedagógica observada evidenciava-se a utilização de diversas atividades que
incluíam métodos de pesquisa e investigação da realidade. No entanto, essa autora
conclui que, mesmo valendo-se desse tipo de recursos, esses bons professores
trabalhavam em uma perspectiva centrada na transmissão de conhecimento do professor
para os alunos e não na construção ou produção de conhecimento em sala de aula –
proposta que a autora considera como inovadora.
O segundo livro questiona a idéia de indissociabilidade entre ensino e pesquisa.
Em “A face oculta da universidade” KOURGANOFF (1990) discute, com base na
estrutura da universidade francesa e nos modelos de reformas propostas desde as
revoltas de maio de 1968, a idéia de indissociabilidade entre ensino e pesquisa,
principalmente a repercussão na qualidade do ensino e da pesquisa e nos papéis de
professor e de pesquisador. O autor adota uma postura que sugere a diferenciação entre
ensino e pesquisa – se não necessariamente como atividades desempenhadas por
diferentes atores, pelo menos como atividades separadas no espaço e no tempo. Isto é,
ao exigir habilidades diferentes na prática, ensino e pesquisa não seriam compatíveis e,
ao contrário, poderiam prejudicar a atividade do professor e do pesquisador, ao tentar o
exercício conjugado do ensino e da pesquisa.
Por um lado, o livro de Cunha levava-me a interrogar a prática pedagógica, isto
é, desde as perspectivas de transmissão ou de produção de conhecimento: como se
ensina e como se aprende na graduação? Por outro lado, o livro de Kourganoff levava-
me a interrogar as funções de ensino e pesquisa no contexto da universidade como
espaço educacional e como espaço de atuação profissional acadêmica.
3
Cada um desses livros conduzia por diferentes caminhos de investigação que
evidenciavam aspectos das micro e macro estruturas que envolvem as situações de
ensino-aprendizagem e de pesquisa numa instituição.
Essas, entre outras leituras posteriores, sugeriam que pesquisar a graduação
poderia implicar em desvelar uma série de aspectos interligados de maneira complexa.
Para ilustrar esta afirmação, tomo como exemplo uma consulta às categorias temáticas
construídas para o Banco de Dados Universitas/ Br (anexo 1).
O Banco de Dados Universitas/ Br localiza, resume e categoriza a produção
científica sobre Educação Superior no Brasil, no período entre 1968 e 19951. Diversas
publicações analisam essa produção focalizando algumas categorias temáticas
(SGUISSARDI e SILVA Jr., 2001; MOROSINI, 2001a).
A categoria “ensino” inclui as sub-categorias graduação, pós-graduação, relações
pedagógicas, currículo, licenciatura e graduação e pós-graduação. A graduação está
incluída como sub-categoria também nas categorias de pesquisa e de avaliação do
ensino superior. Com apoio nessa base de dados, poder-se- ia obter informação sobre o
ensino na graduação, a pesquisa na graduação ou a avaliação da graduação, mas
também poderiam ser realizadas interfaces com questões relativas à administração, à
organização, à gestão do ensino de graduação bem como ao corpo docente e discente
nos cursos de graduação. Currículos, cursos ou disciplinas, entre outros, poderiam ser
também aspectos a considerar ao estudar a graduação bem como a repercussão que
sobre eles têm políticas educacionais e diretrizes curriculares. Assim, por exemplo,
SEGENREICH (in: SGUISSARDI e SILVA Jr., 2001) realiza um estudo sobre a
relação entre ensino de graduação e pesquisa com apoio nos resumos do Banco de
Dados Universitas/BR, utilizando as sub-categorias temáticas de pesquisa, graduação, 1 O projeto inicial do Banco de Dados Universitas /Br categorizou a produção científica sobre Educação Superior do período entre 1968 e 1995. Posteriormente, foi completado com a produção científica até 2002 e continua até hoje em construção. Pode ser acessado no site <http://www2.uerj.br/~anped11>
4
concepção de pesquisa e ensino e pesquisa e, em outro estudo, FRANCO et al. (2001),
abordam as funções universitárias de ensino, pesquisa e extensão.
Mencionamos a Base de Dados Universitas/Br por constituir um balanço do
conhecimento sobre Educação Superior que nos serve de referencia para estudos sobre a
produção científica nessa área.
Ao buscar especificamente informação sobre graduação na literatura científica
atual, para efeito de nosso estudo, enfrentamos algumas dificuldades. A primeira que
constatamos, foi a necessidade de “garimpar” a informação, por assim dizer, na
literatura sobre educação e sobre ensino superior como categorias mais amplas. A
segunda foi que o termo graduação na literatura não aparece, muitas vezes, distinto da
expressão ensino superior. Por isso, achamos necessário delimitar e definir os termos
que utilizamos. GAMBOA (1994) nos auxilia nessa tarefa.
Esse autor define Ensino Superior a partir das áreas mais amplas da educação e
do ensino e entende a expressão primeiro como o lugar, em termos da dimensão
espacial, em que acontece o ensino: faculdade, universidade, instituto ou outro. Como
dimensão temporal, a expressão pode indicar, também, um nível de seriação escolar e
equivale em muitos países a um 3º grau. Por último, na dimensão dos processos e ações
é que se entende a expressão como processos de formação e capacitação profissional, de
desenvolvimento científico e tecnológico, de produção de conhecimento e de ações
sócio-educativas:
Em resumo, a expressão Ensino Super ior refere -se à ação educa t iva de fo rmar , ens inar , p roduz i r e soc ia l i za r conhec imentos , nas c i rcuns tânc ias de uma seqüênc ia de esco la r ização (3 º g rau) em lugares ou ins t i tu ições de educação super ior ( IES) . Essas c i rcuns tâncias de terminam a especi f ic idade dessa ação educa t iva e desses p rocessos de ens ino . É a educação e o ens ino acon tecendo nessas c i rcuns tânc ias . (GAMBOA, 1994 , p . 24)
O quadro 1 reúne as três dimensões mencionadas por Gamboa sintetizadas em
funções e espaços diversificados para o terceiro grau. De uma perspectiva histórica, no
5
entanto, essas três dimensões não se materializam de maneira conjunta ao longo do
tempo e nem há correspondência entre nível, espaço e funções.
Quadro 1: Ensino Superior: dimensões definidas por GAMBOA (1994).
DIMENSÃO ESPACIAL
(LUGAR)
DIMENSÃO TEMPORAL
(NÍVEL)
DIMENSÃO DE AÇÕES
E PROCESSOS
Faculdade
Universidade
Institutos
Outros
3º Grau da seriação escolar
Formação e capacitação
profissional.
Desenvolvimento científico
e tecnológico.
Produção de conhecimento.
Ações sócio-educativas.
Se tomarmos a universidade2 como exemplo, BARBIERI (in TEXEIRA, 1998,
p.7) salienta que desde os primórdios da Idade Média até hoje “a universidade é a
instituição acadêmica que desde sua origem se dedicou à formação intelectual e moral
dos jovens através do estudo, do cultivo do saber e da busca da verdade”. A
universidade acaba, segundo TEIXEIRA (1998), contribuindo para a distinção entre as
funções da sociedade relativas à família, ao estado, à igreja e à escola, funções que até
o Século XI se confundiam:
Data rea lmente das un ivers idades a d i s t inção p rofunda das funções da soc iedade . Até esse remoto undécimo século de nossa época , o in teresse pe lo es tudo , pe la cu l tu ra e pe la in te l igênc ia , se confundia den t ro das ins t i tu ições ex is ten tes , sobre tudo a ig re ja , não sendo a conservação e o desenvolv imento
2 Nos referimos aqui à universidade em sentido geral. Aspectos do ensino superior e da universidade no Brasil serão abordados no Capítulo 2.
6
do saber humano obje to de nenhuma ins t i tu iç ão espec ia l i zada e au tônoma. (TEIXEIRA, 1998, P . 84) As funções iniciais da universidade relacionadas ao “interesse pelo estudo,
pela cultura e pela inteligência”, isto é, a relação estabelecida com o saber
expande-se e se modifica ao longo do tempo, mas mantém uma especificidade que, em
1935, em palestra proferida na inauguração dos cursos da Universidade do Distrito
Federal – UDF, Teixeira definia como única e exclusiva:
Não se t ra ta , somente , de d i fundi r conhec imentos . O l ivro também os d i funde . Não se t ra ta , somente , de conservar a exper iência humana. O l ivro também a conserva . Não se t ra ta , somente , de preparar prá t icos ou prof iss ionais de of íc ios e a r tes . A aprendizagem di re ta os prepara , ou , em ú l t imo caso , esco las ma i s s inge las do que as un ive r s id a d e s . Trata–se de man te r uma a tmos fe ra de sabe r , pa ra s e p repa ra r o homem que o serve e o desenvolve . Tra ta -se de conservar o saber v ivo e não mor to , nos l iv ros ou no empir i smo das prá t icas não in te lec tua l izadas . Tra ta -se de formular in te lec tua lmente a exper iênc ia humana , sempre renovada , pa ra que a mesma se to rne consc ien te e p rogress iva . (TEIXEIRA, 1998 , p . 87- 8 )
Ou seja, nessa visão, além dos objetivos práticos e de formação profissional, a
universidade primordialmente almejava objetivos de formação cultural desinteressada e
de preparo para a carreira intelectual. Parece-nos que estes objetivos ganham nova
versão no final do século XX.
No Relatório da Comissão Internacional sobre educação para o Século XXI,
elaborado (no período entre março de 1993 e setembro de 1996) para a UNESCO, por
especialistas de vários países, DELORS (2003) e colaboradores, definem as funções das
instituições de ensino superior num contexto de demanda massificada por esse nível de
ensino e de diversificação dos espaços.
A ampliação do ensino superior acarreta desafios para a solução dos problemas
trazidos pela massificação. Ao mesmo tempo, torna necessário rever, segundo os
autores, as funções do ensino superior, em especial diferenciar o papel das
universidades. Às funções clássicas da universidade são acrescentadas outras em
consonância com as exigências sociais e econômicas atuais: a cooperação internacional,
7
a formação permanente e o fornecimento de enriquecimento pessoal via ampliação do
saber cultural:
São as universidades , antes de mais nada, que reúnem um conjunto de funções tradicionais associadas ao progresso e a transmissão do saber: pesquisa e inovação, ensino e formação, educação permanente. A estas podemos acrescentar uma outra que tem cada vez mais importância: a cooperação internacional. Além da tarefa de preparar numerosos jovens para a pesquisa ou para empregos qualificados a universidade deve continuar a ser a fonte capaz de matar a sede de saber dos que, cada vez em maior número, encontram na sua própria curiosidade de espírito o meio de dar sentido à vida. A cultura, tal como a entendemos inclui todos os domínios do espírito e da imaginação, das ciências exatas à poesia. (DELORS, 2003, p. 141 e p.144)
A exigência de novas funções ocorre em contexto social, político e econômico
mercantilizado e fortemente influenciado pelos avanços tecnológicos na comunicação e
na informação, entre outros. Esse contexto, além dos desafios quantitativos postos pela
massificação, cria outros relacionados à identidade das instituições, ao desempenho das
funções e à formação no âmbito do ensino superior.
SANTOS (2001) recupera as funções atribuídas à universidade por Jaspers que,
fiel ao idealismo alemão, derivara da busca e do amor pela verdade, as funções de
investigação, de formação cultural e de ensino das aptidões profissionais. Mesmo
criticando Jaspers, afirma SANTOS (2001, P. 188), também Ortega y Gasset enumerava
funções similares para a universidade: “transmissão de cultura; ensino das profissões;
investigação científica e educação dos novos homens de ciência.”
Essa perenidade de objetivos, como diz Santos, foi abalada na década de sessenta
do Século XX, quando a universidade passa por pressões e transformações. Embora as
atividades fim principais das universidades continuem a ser o ensino, a pesquisa e a
prestação de serviços – com detrimento da dimensão cultural e privilegiamento do
caráter utilitário, as funções multiplicam-se. Essa multiplicidade de funções apresenta
contradições que se somam àquelas decorrentes da idéia desinteressada de busca do
saber e da verdade.
8
Para Santos, em decorrência dessas pressões e transformações, a universidade
das três últimas décadas do século XX acumulou contradições – colisões - que ele assim
define:
A função da investigação colide freqüentemente com a função de ensino, uma vez que a criação do conhecimento implica a mobilização de recursos financeiros, humanos e institucionais dificilmente transferíveis para as tarefas de transmissão e utilização do conhecimento. No domínio da investigação, os interesses científicos dos investigadores podem ser insensíveis ao interesse em fortalecer a competitividade da economia. No domínio do ensino, os objetivos da educação geral e da preparação cultural colidem, no interior da mesma instituição, com os da formação profissional ou da educação especializada, uma contradição detectável na formulação dos planos de estudos da graduação e na tensão entre esta e a pós-graduação. O accionamento de mecanismos de seleção socialmente legítimos tende a colidir com a mobilidade social dos filhos e filhas das famílias operárias tal como a formação de dirigentes nacionais pode colidir com a ênfase na prestação de serviços à comunidade local. (SANTOS, 2001, p. 189)
Colisões que colocam a universidade contemporânea frente a uma situação de
crise decorrente das contradições e da tarefa de buscar- lhes solução. Isto é, a
contradição entre as funções cria pontos de tensão, que as diferentes reformas propostas
em lugares e tempos diferentes têm por objetivo manter sob controle. A gestão dessas
tensões, não deixa por sua vez de ter outras contradições que representam para as
universidades situações de crise: de hegemonia, de legitimidade e institucional.
Questiona-se a universidade em sua possibilidade de ser o local de formação de elites
intelectuais e de profissionais competentes; questiona-se a possibilidade de ser via
legítima de democratização e de transformação social e questiona-se o modelo
organizacional que não condiz com reivindicações de autonomia.
De modo geral, conforme afirma SEVERINO (2004), em parte as universidades
sofrem o impacto negativo das expectativas frustradas de progresso social com base na
ciência, da desvalorização da cultura elaborada e da banalização dos referenciais. A
esses, no Brasil - o que constitui desafios adicionais - aliam-se restrição de empregos e
perda de prestígio de muitas carreiras universitárias.
9
Este breve histórico que levantamos sobre as funções no ensino superior na
universidade constitui, parte do contexto no qual se insere nossa investigação.
Acreditamos que os elementos de crise mencionados por SANTOS (2001) e
SEVERINO (2004) manifestam-se no nível da graduação e de que as angústias que nos
levaram a empreender investigação focalizando esse nível de ensino sejam também
preocupação de outros professores e pesquisadores.
Como espaço e como ação de formação, de produção e socialização de
conhecimento - e até como seqüência de escolarização -, o ensino superior divide-se,
classicamente, em ensino de graduação (bacharelado e licenciatura) e de pós-graduação
(especialização, mestrado e doutorado).
O trabalho de investigação realizado nesta tese focaliza a graduação como
espaço de ações de ensino e de produção de conhecimento relacionadas à formação
inicial em diversas profissões, inclusive à formação de professores. Nesse sentido, nos
interessa desvelar no âmbito educacional os múltiplos fatores que possam estar
interligados a esse espaço de ação e nele interferir. Para tanto, levantamos o seguinte
problema:
Que aspectos da graduação - enquanto instância educacional - são
enfocados pela produção acadêmica apresentada na ANPEd?
Foi com essa pergunta em mente e tendo em vista que nosso interesse abrangia
um universo muito amplo de produção e investigação científica, que fomos buscar nos
trabalhos apresentados nas reuniões da Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Educação (ANPEd) informações, indícios, pistas para compor um
panorama do que se escreve e se pesquisa sobre a realidade concreta da graduação. A
escolha da ANPED foi motivada, em parte, pela amplitude do problema que colocamos:
buscamos diversos aspectos e a ANPEd abrange ampla gama de pesquisa e de temas no
10
campo educacional. Outro motivo deriva do prestígio que essa Associação tem na área
da Educação.
As reuniões anuais da ANPEd são os encontros educacionais mais prestigiados
nacionalmente tanto pela seleção rigorosa dos trabalhos apresentados - cada proposta
passa pela avaliação de pareceristas ad hoc escolhidos pelos Grupos de Trabalho (GTs)
e pelos Grupos de Estudo (GEs) bem como pelo Comitê Científico - quanto pelo
histórico de defesa da qualidade da educação no país; em conseqüência, os trabalhos,
debates e discussões que são nelas realizados, em geral, tornam-se referência para o
pensamento na área da Educação.
Com a finalidade de encontrar resposta a nossa indagação sobre quais os
aspectos destacados sobre a graduação na produção acadêmica apresentada definimos os
seguintes objetivos:
1) Levantar, na produção acadêmica apresentada na ANPEd, no período de 1996
a 2003, os trabalhos relacionados à graduação.
2) Evidenciar nesses trabalhos, quais são os aspectos da graduação que se
destacam.
3) Analisar esses aspectos para compor um panorama do que se escreve e se
pesquisa na ANPEd sobre a realidade concreta da graduação.
4) Destacar, da análise dos diversos aspectos aqueles que se referem à relação entre
ensino e pesquisa na graduação.
11
RESUMO DO CAPÍTULO 1
Neste capítulo realizamos uma breve incursão histórica sobre as funções da
universidade e nela inserimos o ensino de graduação e a relação com a pesquisa. Nesse
contexto, colocamos o objetivo desta tese: mapear os aspectos discutidos sobre a
graduação na produção acadêmica veiculada nas reuniões da Associação Nacional de
Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd - de 1996 a 2003. Esse tema se
justifica pela demanda por esse nível de ensino, ainda bastante represada no Brasil,
pelas características da expansão e pelos desafios que se colocam atualmente para o
professor: ensinar com qualidade em um meio paradoxalmente desejado e ao mesmo
tempo desqualificado de maneiras diversas.
12
CAPÍTULO 2
ENSINAR, APRENDER, PESQUISAR :
A RELAÇÃO ENTRE ENSINO E PESQUISA NA GRADUAÇÃO
Neste capítulo apresentamos algumas maneiras como a relação entre ensino e
pesquisa é discutida na literatura acadêmica, como é relacionada à aprendizagem e
como é relacionada à atuação do professor na graduação.
A relação entre ensino e pesquisa na literatura acadêmica aparece em termos de
associação ou de dissociação, de uma combinação de ambos ou de indissociabilidade.
Longe de demonstrar consenso nas definições, a literatura nos mostra que a relação
entre o ensino e a pesquisa na universidade pode ser estabelecida na teoria, de acordo
com as concepções que se tem de ensino, de pesquisa, de universidade, de
conhecimento, de aprendizagem, do papel social da universidade, de formação, entre
muitos outros elementos que podem ser considerados.
Mas pode também ser analisada sob as condições para sua viabilização em
função das situações concretas que envolvem as questões de organização do trabalho, de
financiamento, de poder e de prestígio inerentes à instituição universitária e, em nível
macro, das políticas nacionais em diversos campos. Esses elementos todos aparecem
mais ou menos interligados nas diferentes posições dos autores que se manifestaram
sobre o tema desde que a Reforma Universitária de 1968 introduziu como característica
da universidade a indissociabilidade entre as funções de ensino, pesquisa e extensão.
No Brasil, refletir sobre a relação entre ensino e pesquisa no final do século XX,
segundo SANTOS (2001), torna-se mais freqüente quando se percebe que a
consolidação da pesquisa nos programas de pós-graduação, após a Reforma de 68, não
13
revelara resultados que nitidamente implicassem melhoria dos cursos de graduação. O
que se manifestava, em geral, era baixa integração entre o ensino de graduação e a
pesquisa realizada nos cursos de pós-graduação, situação que decorreria de fatores que
se inter-relacionam de maneira complexa: “(...) da forma como está estruturado o campo
acadêmico no interior das universidades e das complexas relações que este mantém com
as diferentes áreas de conhecimento, com os órgãos de fomento à pesquisa, com o
campo editorial e com o setor produtivo, dentre outros.” (SANTOS, 2001, p. 19).
Fora essas dificuldades de estabelecer relação entre graduação e pós-graduação
- ou melhor, entre as atividades de ensino numa e de pesquisa noutra - a autora ressalta
dificuldades, relacionadas por um lado à participação restrita de alunos em programas
de integração entre graduação e pós-graduação e em programas de iniciação à pesquisa
e, por outro, relacionadas aos meios de avaliação e incentivo ao trabalho acadêmico dos
professores.
Afirma ainda que do professor pesquisador espera-se ensino atualizado e
aproximação dos alunos ao campo de conhecimento. O que se percebe é que programas
e atividades de cursos estão desconectados das atividades de pesquisa. Professores
podem ter dificuldade em estabelecer relações entre seus campos de investigação e as
disciplinas ministradas e podem ter maior dedicação às atividades da pós-graduação
provavelmente muito em função da exigência e burocratização daquelas em relação às
de graduação e em parte em função da assimetria de valorização e prestígio entre essas
atividades.
A qualidade do ensino de graduação e o papel que na formação dos alunos
desempenham atividades de investigação são salientados por GATTI (1998) quando
ressalta que na graduação forma-se precariamente profissionais e alunos frente às
necessidades intelectuais postas pela sociedade da era da informação:
14
As graduações têm se tornado cada vez mais adestrantes profissionais (e más adestrantes) do que formadoras em áreas específicas do saber, no sentido amplo da palavra. Dificilmente os alunos lêem livros inteiros e folheiam revistas científicas de suas áreas. O usual é a utilização de fragmentos de textos, xérox e apostilas mal organizadas. Pequenos projetos de investigação, nem se fala para os alunos de graduação! E assim, habilidades e qualidades indispensáveis para a era da informação que adentramos não são desenvolvidas nesses cursos (e às vezes mesmo na pós-graduação): o saber informar-se em fontes fidedignas e compreender a informação; o saber manter espírito atento e crítico em relação à informação para fundamentar e/ou criar conhecimentos; ter iniciativa de procurar informação e tira-la; estabelecer relacionamentos válidos entre informações. (GATTI, 1998, p. 9-10) Com o objetivo de aprofundar alguns desses aspectos salientados acima sobre a
associação entre ensino e pesquisa na graduação apresentamos a seguir estudos que
mostram as relações complexas que se estabelecem entre eles.
Na primeira parte, sintetizamos um balanço de interpretações sobre a relação
entre ensino de graduação e pesquisa realizado por SEGENREICH (2001) com base no
Banco de Dados Universitas/ Br e em literatura sobre os projetos da LDB/ 96 e sobre as
Diretrizes Curriculares para os cursos de ensino superior.
A segunda parte apresenta a relação entre ensino e pesquisa na graduação vista
como proposta de ensino com pesquisa. A partir de estudos de Maria Isabel da Cunha e
de outros autores, realizados em parte na Universidade Federal de Pelotas, procuramos
ilustrar a complexidade de aspectos envolvidos e as dificuldades de implantação de
propostas desse tipo na universidade brasileira.
Por último, a relação entre ensino e pesquisa na graduação é abordada do ponto
de vista da pessoa do professor de ensino superior, sua atividade docente e sua formação
para a docência.
15
1) A RELAÇÃO ENTRE ENSINO DE GRADUAÇÃO E PESQUISA
SEGENREICH (2001) analisa alguns dos múltiplos aspectos que envolvem a
relação entre o ensino e a pesquisa na graduação. Em trabalho intitulado “Relação
ensino de graduação e pesquisa: políticas públicas e realidade institucional”, essa
autora utiliza o Banco de Dados Universitas/Br para analisar a temática “ensino de
graduação e pesquisa” na produção acadêmica do período entre 1968 e 1995. Esse
Banco de Dados resume e categoriza a produção sobre educação superior em
periódicos, livros, teses e dissertações entre outros documentos científicos produzidos
no Brasil naquele período delimitado.
Analisa, também, a literatura acadêmica produzida em torno do debate sobre à
promulgação da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN/ 96)
em dezembro de 1996 e a produção que aborda as propostas de Diretrizes Curriculares
para os cursos de ensino superior.
Em seu estudo, essa autora identifica e discute: a interpretação que diversos
autores fazem da idéia de indissociabilidade entre ensino e pesquisa; a relação que
estabelecem entre o ensino de graduação e a pesquisa; as concepções e modelos de
pesquisa. Ao mesmo tempo, aborda a relação entre ensino e pesquisa vista da
perspectiva das políticas públicas e das definições institucionais e, os modos em que
aparece nos textos essa relação na realidade institucional.
A primeira constatação que tira da literatura é que embora presente em toda a
trajetória da universidade brasileira, o debate sobre a relação ensino e pesquisa ganha
força quando surge a preocupação com a melhoria da graduação; torna-se mais visível
em meados da década de 80 na produção que avalia os resultados da Reforma
Universitária de 68 e nos estudos e publicações das mais de 20 universidades que
participaram de propostas de revisão dessa Reforma. Posteriormente, no fim da década
16
de 80, a relação entre ensino e pesquisa aparece nas polêmicas em torno da nova Lei de
Diretrizes e Bases da educação Nacional de 1996.
Na literatura acadêmica produzida no período entre 1968 e 1995, que toma por
base o balanço do conhecimento sobre Educação Superior efetuado para o Banco de
Dados Universitas/Br, SEGENREICH (2001) aponta três tendências que englobam
diversos pontos de vista e diferentes interpretações da relação entre ensino e pesquisa:
a) Na primeira tendência encontram-se autores que defendem a associação
entre ensino e pesquisa com base em um princípio que define a natureza do
ensino como intrinsecamente interligada à atividade de investigação. Em
oposição, encontram-se autores que definem as atividades de ensino como de
natureza diferente e oposta às de pesquisa e, portanto, não necessariamente
há compatibilidade entre elas na prática. Segenreich menciona autores que
criticam essas duas posições extremas por considera- las esvaziadas de seu
conteúdo histórico. Isto é, o que se depreende da análise histórica do debate
sobre a associação entre ensino e pesquisa é que essa convivência varia em
uma mesma sociedade, e ao longo do tempo, e depende freqüentemente de
vontade política.
b) A segunda tendência, encontrada na produção científica de 68 a 95, reúne as
interpretações que dependem da definição de pesquisa que cada autor utiliza.
Se a definição de pesquisa está restrita à atividade no campo científico,
outras atividades fora desse campo não são “pesquisa”. Se a definição do
autor é de investigação em sentido amplo, ela pode, também, ser inerente às
atividades de ensino e uma condição para a qualidade deste. Nesta última
perspectiva, o ensino com pesquisa, no sentido pedagógico, incentiva nos
17
alunos atitudes científicas, produção de conhecimento e não apenas sua
repetição e reprodução.
c) A terceira tendência engloba estudos que consideram o nível institucional em
que se desenvolve a pesquisa. Para alguns autores, a atividade de
investigação exercida individualmente pelo professor contribui para
melhorar seu desempenho no ensino; assim, todos os professores deveriam,
em princípio, realizar atividades de ensino e de pesquisa. Outros autores,
entretanto, hesitam em assumir essa posição e consideram que as
universidades, em nível institucional, desenvolvem atividades de pesquisa ao
lado das de ensino; portanto, nem todos os professores envolver-se-iam nas
duas atividades ao mesmo tempo ou com a mesma intensidade. Esta última
visão materializar-se-ia, muitas vezes, na restrição da pesquisa aos
programas de pós-graduação e do ensino à graduação; alguns autores ainda
questionam a separação que existe nos próprios programas de pós-graduação
em que a pesquisa se restringiria à elaboração de teses e dissertações e
ensino é apenas ensino no sentido tradicional de transmissão de
conhecimento!
Ainda nesta tendência, outra perspectiva, mais radical, localiza a relação
entre ensino e pesquisa como característica do sistema de ensino superior
nacional como um todo. Assim, diversificam-se os espaços de pesquisa –
algumas universidades e institutos, por exemplo – e os espaços de ensino –
faculdades, centros universitários, escolas, etc. Na atividade de ensino,
caberia um mínimo de investigação com finalidade didática. As idéias de
diversificação do sistema de ensino superior nacional encontram legitimação
18
e tradução nas políticas públicas para o ensino superior implantadas no final
da década de 90.
As três tendências descritas acima abordam a relação entre ensino e pesquisa de
modo geral na literatura científica do período entre 1968 e 1995. Em relação à
materialização na graduação, especificamente, SEGENRECH (2001) identifica duas
práticas mais comuns: a socialização para a pesquisa e a pesquisa como prática
pedagógica.
A socialização para a pesquisa é considerada uma forma de levar alunos a entrar
em contato com pesquisa científica. Inclui os programas de Iniciação Científica (IC) e
de integração entre graduação e pós-graduação (PROIN), entre outros. Atinge apenas
5% dos alunos de graduação e envolve 20% dos professores. Embora esse tipo de
programa implique em benefício para o desempenho acadêmico do aluno participante,
volta-se para a formação de possíveis futuros pesquisadores o que leva alguns autores a
questionar sua eficácia para a melhoria da qualidade do ensino de graduação.
Os autores que escrevem, no período entre 68 a 95, desde a perspectiva de
pesquisa como prática pedagógica e de ensino com pesquisa são responsáveis pela
produção de relatos de experiências concretamente desenvolvidas em sala de aula e
pelas descrições e análises teóricas sobre esse tipo de propostas.
Encontram-se, por exemplo, relatos de seminários, de aulas práticas e
experimentais, de uso de metodologia de pesquisa e de laboratórios. As análises teóricas
versam sobre utilização com sentido didático de método científico, de metodologia
experimental, de pesquisa-ação ou pesquisa aplicada e de desenvolvimento de atitudes
de investigação, entre outros.
19
Uma indagação que SEGENREICH (2001) faz é: até que ponto as experiências
relatadas conseguem realmente aliar ensino de graduação e pesquisa e promover
mudanças qualitativas? O que a autora constata na produção examinada desse período é
que as situações variam por área de conhecimento, em função da trajetória histórica de
cada área e dentro do contexto de cada instituição e que, a visão de sociedade que o
professor imprime no seu trabalho pedagógico também influencia: o professor pode, por
exemplo, trabalhar desde uma perspectiva de construção ou de reprodução de
conhecimento.
Após analisar a produção científica sobre educação superior produzida no
período entre 1968 e 1995, a Segenreich passa a analisar a produção que focaliza o
processo de tramitação da nova LDB (promulgada em dezembro de 1996), as políticas
públicas de diversificação das estruturas organizacionais de ensino superior e as
discussões sobre as Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação no período
entre 1996 e 1999.
A literatura científica que debate a tramitação e os projetos para a nova LDB,
conforme percebe a autora, centra-se na diferença e nas conseqüências dos requisitos
mínimos para constituição da universidade: a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão da Reforma Universitária de 1968 dá lugar à institucionalização da pesquisa
pura e aplicada e à produção científica comprovada sem necessidade estabelecida de
relação direta com o ensino.
A diversificação de instituições e as Diretrizes Curriculares são tema de alguns
documentos que focalizam políticas públicas para o ensino superior. Neles, escreve-se
sobre a relação entre ensino e pesquisa ao tratar da diferenciação entre universidades,
centros universitários e institutos de educação superior entre outros. Cabe às
universidades associar ensino e pesquisa enquanto que as outras modalidades de
20
instituição desenvolveriam algum tipo de investigação como prática dos alunos. A
questão dependeria das políticas públicas de financiamento do ensino e da pesquisa:
O que se pode também depreender do discurso oficial é que não se pretende investir (com recursos) no sentido de transformar uma boa parte das atuais universidades, inclusive públicas, em “universidades de pesquisa”, mas consolidar critérios diferenciados de distribuição de recursos que já vêm sendo implantados há anos (bolsas de pós-graduação e recursos para pesquisa, por exemplo). (...) distinção entre tipos de instituição – Universidades, Centros Universitários, Faculdades Integradas ou Escolas isoladas - é parte da política do MEC, no sentido de diversificar o sistema de ensino superior brasileiro. Esta política admite que instituições que associam ensino e pesquisa constituem um segmento importante do sistema, mas não podem ser consideradas nem como modelo nem como paradigma das demais instituições de ensino (...). (SEGENREICH, 2001, p. 203-4)
Salienta ainda, a discrepância presente nas políticas direcionadas à área de
formação de professores para a educação infantil e o ensino fundamental. Ali, as
propostas situavam essa formação em instituições isoladas de ensino: os Institutos
Superiores de Educação. Conclui que, sem compromisso com pesquisa e com
exigências contraditórias, essas propostas de formação navegariam na contracorrente da
área acadêmica:
Enquanto na á rea acadêmica , os espec ia l i s tas cada vez mais reconhecem a necess idade da presença da pesquisa na formação do professor , que é problemát ica a té nas univers idades d i tas consol idadas , a pol í t ica governamenta l passa a p r iv i leg ia r um espaço ins t i tuc iona l para formação de p rofessores que não tem nenhum compromisso com a pesqu isa , mesmo v i s ta como pr inc íp io educa t ivo . Ent re tan to , es ta mesma pol í t ica passa a ex ig i r , nos pa râme t ros cu r r i cu la res do ens ino fundamenta l e méd io , hab i l idades e competências de pesquisa . Es ta mesma tendência pode ser observada nos cursos super io res . (SEGENREICH, 2001 , P . 204- 5 )
A pesquisa como prática pedagógica (instrumento didático) está, segundo
(SEGENREICH, 2001, p. 205), “(...) entre as habilidades e competências exigidas para
os concluintes dos diferentes cursos”. Entendida como “ensino com pesquisa”, e não
21
apenas como uma disciplina de metodologia da pesquisa, deve permear o currículo em
sua totalidade.
Parece que a definição de pesquisa utilizada nessas propostas é bastante ampla
para incluir, entre outros,
a in ic iação c ien t í f i ca , a apresen tação de t raba lhos em seminár ios e os es tág ios em labora tór ios , ( . . . ) , a soc ia l ização para a pesquisa c ien t í f ica pas s a a ocupar pos ição des tacada . ( . . . ) , pesquisa b ib l iográf ica , es tudo de caso , pequenos t raba lhos de campo sob or ien tação de docentes , t raba lho em escr i tó r ios ( . . . ) O que não f icou c la ro é ( . . . ) como compat ib i l izar essas ex igênc ias com a d i fe renc iação de es t ru turas e funções (...). (SEGENREICH, 2001, p. 205)
Ou seja, as propostas políticas apresentam, contraditoriamente, a exigência de
pesquisa definida, por vezes, de maneira muito ampla e difusa, ao mesmo tempo em que
criam a possibilidade de existênc ia de cursos de graduação em instituições que não
incluem essa atividade entre suas funções.
Segenreich alerta ainda sobre diferenças na interpretação da proposta de inserção
curricular da atividade de pesquisa quando considerada a discussão dos paradigmas
educacionais. Aparentemente, o modelo proposto por alguns autores refere-se a um tipo
de pesquisa descritiva e explicativa, voltada para exigências do mercado. Um outro
movimento aborda o tema com mais cautela e, com base em autores como Bourdieu,
Bernstein e Freire, defende uma pesquisa que promova formação crítica e
emancipatória.
2) ENSINO COM PESQUISA O TRABALHO DE MARIA ISABEL DA CUNHA
Para expor a idéia de ensino com pesquisa tomamos por base, principalmente,
parte da obra de Maria Isabel da Cunha. No conjunto de seus trabalhos, a atividade de
ensino com pesquisa na graduação é tomada como uma alternativa para o ensinar e
22
aprender na universidade que aparece comprometida com a produção de conhecimento
por professores e alunos e que demanda condições específicas para sua concretização.
Aprofundar o conhecimento da produção desta autora justifica-se por ser ela referência
nesse tema e por abordar a questão do ensino superior com pesquisa, tanto do ponto de
vista da aprendizagem e formação dos alunos, quanto do ponto de vista dos projetos
político-pedagógicos das instituições, ou seja, sem perder de vista a complexidade sócio-
política imbricada nas escolhas educacionais.
Em diversas pesquisas e muitas publicações realizadas ao longo de mais de 16
anos, essa autora estuda e analisa as concepções, as condições concretas, políticas e
epistemológicas, as implicações, entre outros, que permeiam uma prática docente aliada
à pesquisa.
No artigo “Ensino com pesquisa: a prática do professor universitário” (CUNHA,
1996) e no livro “O professor universitário na transição de paradigmas” (CUNHA,
1998), essa autora menciona uma situação que considera freqüente nos estudos sobre a
universidade: há uma concentração de trabalhos acadêmicos em dois tipos de
abordagens, os que enfocam a instituição desde uma perspectiva histórico/ política e os
que se limitam a discutir questões estritamente didáticas. Afirma buscar, então, nesses e
em seus diversos trabalhos, avançar nas discussões do estatuto político-epistemológico
do ensino superior ao discutir as concepções de ciência e de conhecimento, do papel
docente e as experiências de professores que procuram romper com o modelo
tradicionalmente vigente na prática pedagógica, inserindo-as na compreensão mais
ampla do contexto histórico, político e social da Universidade no Brasil.
A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão no âmbito dos cursos de
graduação é, para CUNHA (1996, 1998), um princípio sobre o qual não há reflexão
sistemática, nem acordo sobre seu sentido conceitual. Ela reflete sobre a associação
23
ensino-pesquisa na universidade desde a década de oitenta e interpreta a idéia de
indissociabilidade – tomada como algo indivisível - ao ensino com pesquisa. Isto porque
define ensino e aprendizagem como processos interligados nos quais a curiosidade, a
reflexão crítica, a construção e reconstrução de conhecimentos necessariamente estão
aliadas à ação investigativa.
Para essa autora, uma idéia bastante comum no contexto universitário e presente
nas discussões decorrentes da Constituição de 1988 - que no artigo 207 proclama a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão nas universidades – é aquela que
entende a palavra “indissociabilidade” como significando atividades de ensino, pesquisa
e extensão realizadas por um professor em tempos e espaços específicos não
interligados. Geralmente, nessa visão: “A idéia de indissociabilidade se concretizaria
pelo trânsito de experiências e conhecimentos que o professor leva aos alunos, como
resultado de suas vivências acadêmicas”. (CUNHA, 1996 , p. 32).
Em diversos trabalhos, CUNHA (1996, 1998) critica essa forma de entender a
indissociabilidade principalmente porque, mesmo centradas no professor, as três
atividades seriam realizadas separadamente. Para ela, a indissociabilidade quando
pensada à luz da teoria pedagógica que considera o aluno participante ativo no processo
de ensino-aprendizagem recebe outra interpretação: está relacionada de maneira
indivisível ao processo de construção do conhecimento em uma cultura na qual
professor e alunos interagem e participam ativamente através de uma relação de
envolvimento em processos de investigação.
CUNHA (1996, p. 32) salienta que na realidade, o “panorama usual dos cursos
de graduação nega, quase sempre, a idéia do ensino com pesquisa”. Nos cursos de
graduação, predomina o que ela chama de ensino tradicional, fundamentado em uma
concepção de ciência que exclui a pesquisa do ensino de graduação, já que é
24
considerada atividade para iniciados. É nesta perspectiva que aparece a idéia
questionável de indissociabilidade entre ensino e pesquisa vistos como duas atividades
realizadas de modo paralelo.
Podemos inferir dessas análises que o modelo de ensino superior vigente no
Brasil separa o ensino da pesquisa de diversas maneiras enraizadas na história
educacional. É o que sugerem autores que analisam essa questão do ponto de vista
histórico.
No Brasil Imperial, segundo BROILO e CUNHA (2002), CUNHA (2001a),
CUNHA (2003) a proposta de faculdades isoladas voltadas para a formação profissional
- já calcadas na idéia de quem sabe fazer, sabe ensinar - pouco considerava a dimensão
pedagógica e pouco buscava a produção de novos conhecimentos.
O predomínio de cursos e faculdades isoladas e o ensino voltado principalmente
para a formação profissional (CUNHA, 2003; ROMANELLI, 1993), com modelo de
reprodução de conhecimento calcado na educação jesuíta (ROMANELLI, 1993;
ANASTASIOU, 1997) afastavam a produção de conhecimento do ensino superior tanto
no Brasil Império quanto no início do Brasil República. É provável que as diferenças
ideológicas sobre o ensino entre liberais e positivistas, mencionadas por CUNHA
(2003), vigentes nos primórdios da República - e que dificultaram a criação das
primeiras universidades brasileiras - agravassem essa situação.
A investigação científica foi uma das finalidades do decreto que instituiu o
regime universitário em 1931. No entanto é a formação profissional que concretamente
predomina na graduação. A esse respeito, comenta Romanelli:
( . . . ) A inves t igação c ient í f ica e o preparo para o exerc íc io prof iss ional têm s ido , na verdade , os rea i s ob je t ivos da un ivers idade Moderna . Mas , apesar de ambos cons tarem da dec laração de pr inc íp ios da leg is lação , a Univers idade bras i le i ra ve m perseguindo, desde sua cr iação , apenas os obje t ivos l igados à fo rmação p ro f i s s iona l , sa lvo ra r í s s imas exceções . (ROMANELLI , 1993)
25
A preocupação com a qualificação docente, evidente na articulação das políticas
nacionais preocupadas com o ensino superior, quando na década de 50 foi criada a
CAPES é, por um lado fortalecida na década de 60 com a criação dos cursos de pós-
graduação strictu e latu sensu mas, por outro, é enfraquecida pelo Estado Autoritário,
não sem contradições. Segundo Cunha, nas décadas de 60 e 703:
(...) acompanhando o modelo desenvolvimentista que permeou as políticas públicas, a universidade foi vista como um possível espaço privilegiado para produção de um conhecimento necessário para o fortalecimento do Estado nacional. Por outro lado, a mesma concepção de Estado, vivida num período autoritário, usou essa estratégia para diminuir e até anular a idéia clássica de universidade, onde o pensamento crítico e universal era a tônica, possibilitando a liberdade e a contestação. (CUNHA, 2001a, p. 79-80)
Em conseqüência dessa situação, o entendimento do espaço de produção de
conhecimento fica restrito à pós-graduação. Em relação à graduação, principalmente, o
modelo tradicional de ensino calcado na transmissão do conhecimento do professor para
os alunos, é substituído pelo modelo tecnicista. Este modelo intensifica, nos cursos de
formação profissional, a visão reprodutora de conhecimento, mas retira do professor o
poder de decidir. Isto marca, profundamente, o modelo de formação de professores –
com repercussão até os dias de hoje no ensino superior como um todo e, especialmente,
nas licenciaturas. Refletindo sobre essa tendência político-pedagógica, afirma CUNHA:
(...) enfraqueceu-se a função tradicional do professor de ser transmissor e interpretador do conhecimento. Havia outras instâncias pensando e decidindo sobre o que ele deveria executar e novos materiais sendo testados para, em grandes números, substituir a tradicional relação discente-docente, até então legitimada. (...) Os cursos de licenciatura ainda têm profundas marcas deste período político-cultural que afetou intensamente a universidade no Brasil, especialmente pela perspectiva de organização estrutural. A divisão do conhecimento em especialidades já estava construída pela compreensão positivista da ciência. O projeto político completou esta dimensão com a divisão da estrutura de poder, fracionando o que até hoje temos sido pouco capazes de unir: teoria e prática; conhecimento pedagógico e conhecimento específico; ensino e pesquisa; bacharel e licenciado (...). (CUNHA in :CANDAU, 2000, p. 137-8)
3 Um relato mais detalhado sobre a implantação e o desenvolvimento dos programas de pós-graduação pode ser encontrado em CUNHA, L. A. (2003).
26
Na década de 80, conforme relatam LEITE e RAMOS (2003, p. 98-9), no clima
de abertura política que vivia o país, o movimento docente se organiza “passando a ter
voz no país e desempenhando um importante papel nos processos de democratização
interna das instituições de ensino superior públicas brasileiras”. 4
A esse respeito comenta CUNHA:
No bojo da democratização do país, o Processo Constituinte de 1988 representou um avanço para a universidade brasileira. Ao explicitar, em seu artigo 14, que a universidade se define pela indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, rompeu com a tradicional concepção de universidade ligada, principalmente, à função de formação profissional. A Constituição sinalizou a necessidade de as IES se organizarem tendo a produção do conhecimento como eixo. (...).Havia um marco de liberdade não aprisionado pela norma e uma disponibilidade das estruturas, a partir de uma configuração institucional crítica. As Pró-Reitorias de Graduação consolidavam a percepção da importância dos processos pedagógicos e investiam em assessorias que lhes dessem sustentação. (...) As ações principais que envolveram as atividades pedagógicas que tinham a universidade como objeto variavam, naturalmente, segundo a Instituição e o contexto em que se inseriam. A maior parte delas estava ligada, enquanto estrutura, às Pró-Reitorias de Pós-Graduação. (BROILO e CUNHA, 2003, p. 6-7; CUNHA, 2003, P. 29-30)
Esse clima se reflete na Universidade Federal de Pelotas, onde as iniciativas de
democratização interna contribuíram para “a construção de um novo discurso
pedagógico”. Cunha, então professora nessa instituição, compõe, como Pró-Reitora de
Graduação, a administração do período 1988- 1992. O projeto pedagógico da UFPel,
segundo LEITE e RAMOS (2003, p. 100) tinha como princípios “(...) a) Compromisso
da universidade pública com os interesses coletivos; b) Indissociabilidade entre ensino
pesquisa e extensão; e, c) Formação de um aluno crítico, criativo, capaz de transformar
a realidade”.
Nessa época, CUNHA (1996, p. 32) já defendia a idéia de que ensino e pesquisa
serão indissociáveis na medida em que se construa um novo modelo de ensino: “(...) o
ensino só será indissociado da pesquisa quando for construído um novo paradigma de
ensinar e de aprender na universidade”. Esse ensino incorpora procedimentos
4 Este clima contrasta com a crise econômica e a escalada crescente da política neoliberal. Conferir em CUNHA, L. A. (2003)
27
metodológicos de investigação e uma nova relação de professores e alunos com o
conhecimento, concebido de maneira dinâmica.
No quadro 2, comparamos os diferentes aspectos dos modelos do ensino
tradicional e do ensino com pesquisa, conforme a distinção realizada por CUNHA
(1996, p. 32).
Quadro 2: comparação entre aspectos do ensino tradicional e do ensino com pesquisa conforme Cunha (1996) Tipo de ensino Aspectos
ENSINO TRADICIONAL Reprodução de conhecimento
ENSINO COM PESQUISA Produção de conhecimento
Ciência Marcada pela prescrição e pelas certezas
Dinâmica, em construção
Conhecimento Acabado, descontextualizado histor icamente, especializado
Provisório, relativo, localizado historicamente; interdisciplinar
Disciplina intelectual Reprodução das palavras, textos e experiências do professor
Análise, composição e recomposição de dados, informações, argumentos e idéias
Funcionamento intelectual Privilégio da memória, da precisão e da segurança
Valoriza a curiosidade, o questionamento exigente e a incerteza
Pensamento Convergente; resposta única e verdadeira
Dúvida como referencia
Currículo Disciplinas especializadas com domínio de conhecimento próprio; competição pelo espaço e pela quantidade de aulas
Estímulo à inter- disciplinaridade, ao estabelecimento de pontes entre os conhecimentos e à atribuição de significados aos conteúdos, em função dos objetivos acadêmicos
Objetivo Ter toda a matéria dada Elaborar conhecimento
Professor Principal fonte de informação; deve dominar os conteúdos e ter todas as respostas
Trabalho cooperativo; professor e alunos produzem conhecimentos
Pesquisa Atividade para iniciados, fora do alcance dos alunos de graduação que não dominam o aparato metodológico e conceitual
Instrumento de ensino que toma a realidade como ponto de partida e como ponto de chegada (via pesquisa e extensão)
Indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão
Atividades paralelas, geralmente do professor
Ensino com pesquisa fundada na extensão (fonte de realidade)
Aluno Receptor passivo das experiências e conhecimentos trazidos pelo professor
Ator principal da ação; é nele que deverá ocorrer o processo indissociável
28
Em síntese, observamos nesse quadro, que os aspectos salientados em ambos os
modelos referem-se às concepções de mundo e de ciência e aos papéis definidos e
desempenhados por professores e alunos no contexto do processo de ensino-
aprendizagem da graduação, papéis que, como ressalta CUNHA (1996, p. 32),
envolvem “todo um estatuto político-epistemológico que dá suporte ao processo”. As
formas de organizar e de distribuir o conhecimento, presentes na sociedade precedem as
decisões que “poderiam parecer estritamente pedagógicas”. No entanto, e infelizmente,
ressalta a autora, professores no âmbito do ensino universitário não parecem apresentar
essa compreensão nem têm ela sido alvo de investigação sistemática.
Ao interrogar-se sobre o modelo de ciência e o papel da universidade, CUNHA
(1996, p. 33) chega ao modelo de ensino com pesquisa. A autora questiona um modelo
de ciência que ao mesmo tempo em que desqualifica “saberes não científicos e não
técnicos” representa para a sociedade contemporânea a “expectativa de melhores
condições de vida”. A universidade nesse contexto torna-se a principal “instituição de
produção e distribuição da ciência”, mas também de “reprodução dos modos de fazer
ciência”. As repercussões da crítica desse modelo sentem-se nas ciências humanas e
refletem na prática pedagógica evidenciando a relação que existe entre as formas de
organização da ciência e os processos de aprendizagem.
Com base em Bourdieu, a autora chama a atenção para os mecanismos de
privilégio e poder que derivam do domínio e controle da produção e distribuição do
conhecimento. CUNHA (1996, p. 33) salienta a fragilidade da idéia de um
conhecimento “livre de interesses e despojado de vaidades”, isto é, “se em tese o capital
cultural é um patrimônio acumulado pela humanidade, na prática ele é influenciado pelo
interesse econômico”.
29
Nesse contexto, a universidade está regulada por aquela lógica como produtora,
distribuidora e legitimadora de conhecimento. A compreensão das relações entre
conhecimento e estrutura do poder socia l têm por base os estudos sociológicos de
Bourdieu e de Bernstein que lhe permitiram pensar a prática pedagógica desde uma
perspectiva epistemológica e para além do âmbito pedagógico:
Foi possível compreender, então, a partir dessas teorias, que os processos de ensinar e aprender na universidade, que envolvem a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, ainda que se revelem como um problema pedagógico, estão referenciados num mapeamento epistemológico que, por sua vez, é decorrente de um arcabouço político, isto é, da estrutura de poder presente na sociedade. Estes três elos – pedagogia, epistemologia e estruturas de poder – possibilitam melhor análise e maior compreensão da prática pedagógica do ensino superior. (CUNHA, 1996, p. 34)
Embora ciente dos diversos fatores que “interferem na possibilidade de mudança
na universidade”, CUNHA (1996, p. 35) enfoca seu estudo no professor, pois considera
que é ele quem na atividade de ensino “concretiza a definição pedagógica (...) pode
favorecer a mudança pela sua condição de dar direção à prática pedagógica que
desenvolve, mesmo reconhecendo nesta os condicionantes históricos, sociais e
culturais”.
Isto é relevante, quando se quer entender o papel do professor na produção de
conhecimento, pois como ressalta a autora (CUNHA, 1996; 2001b), os resultados de
pesquisa anterior5 já haviam evidenciado que mesmo professores, considerados bons
pelos alunos, paradoxalmente “trabalham na perspectiva da reprodução do
conhecimento” e não estão:
[...] especialmente voltados para desenvolver habilidades intelectuais nos estudantes [...] os professores são capazes de apresentar o melhor esquema do conteúdo a ser desenvolvido em aula, mas não conhecem procedimentos sobre como fazer o aluno chegar ao mapeamento próprio da aprendizagem que está realizando. O bom professor relata e referencia resultados de suas pesquisas, mas pouco estimula o aluno a fazer as suas próprias, mesmo que de forma simples; ele não torna vivo e relativo o conhecimento. (CUNHA, 1996, p. 36)
5 As observações aqui se referem à pesquisa realizada para a tese de Doutorado defendida por Cunha em em 1988 e publicada no livro “O bom professor e sua prática” (CUNHA, 2001b).
30
Os achados da pesquisa que desvelava características sobre o bom professor
foram úteis posteriormente no exercício da Pró-reitoria de Graduação na UFPel (1988-
1992) quando foram propostas uma série de intervenções e seminários, junto aos
professores de graduação. O objetivo dessas intervenções foi o de trabalhar a prática
pedagógica universitária em uma perspectiva de produção de conhecimento. Relatos
apresentados por professores participantes nas atividades realizadas, evidenciaram “um
esforço significativo de alterar a lógica reprodutiva e construir uma nova relação do
ensino com a pesquisa”. (CUNHA, 1996, p. 37)
Os resultados dessas pesquisas e de outras atividades desenvolvidas
posteriormente desencadearam (CUNHA, 1996; CUNHA e BARRETO, 1998) o
desenvolvimento de projetos de formação continuada dos professores da instituição.
Ao mesmo tempo, criava-se uma estrutura de assessoria pedagógica. Isto, aliado à
vontade de mudança dos professores, foi mencionado como fator importante para
romper com o ensino reprodutivo e experimentar outras opções. As intervenções em
nível institucional objetivaram,
[ . . . ] f avorecer a a r t i cu lação do t raba lho co le t ivo e da re f lexão r igorosa sobre os processos de ens ino e sobre as condições em que os mesmos acontecem. Se os professores consegui rem se apropr ia r dessas es t ru turas e de seus própr ios processos de produção de conhec imento , e les , cer tamente , poderão cont inuar a caminhada nes sa d i r eção . (CUNHA, 1996 , p .40 ) Ficou evidente nesse trabalho, que os professores que “materializam” rupturas
procuram modificar suas concepções de ensino e modificar nos alunos as suas
concepções de aprendizagem. Mais ainda, as inovações estavam alicerçadas em uma
concepção de conhecimento diferente da tradicional; concepção que subsidia a idéia de
ensino com pesquisa:
31
Eles reve la ram, no seu d i scurso , uma percepção de conhec imento que es tava p resen te t an to no con teúdo que ens inavam, como pr inc ipa lmente , na fo rma como ensinavam. Entende -se conhecimento aqui para a lém das informações , mas como modos de pensa r , de ve r , de s en t i r e de a tua r no mundo . [ . . . ] o a to de ens inar sempre contém uma pos ição ep is temológica [ . . . ] a l icerçada numa compreensão pol í t ico - f i losóf ica do mundo. Dessa forma, quem se aventura numa proposta de ens ino com pesquisa deve ter uma concepção de conhec imento que se ja coeren te com essa v i são . (CUNHA, 1996 , p . 43)
Interessante ressaltar, entretanto, que os professores investigados por CUNHA
(1996, p. 43) manifestaram dificuldade em notar mudanças em seus alunos, observando
que estes “resistem inicialmente à proposta de ensino com pesquisa”. Os receios dos
alunos diminuem, segundo os professores, na medida em que ganham segurança, ao
perceber que são “capazes de produzir”.
Em síntese, além das mudanças de concepção em professores e alunos, Cunha
(CUNHA, 1996; CUNHA e BARRETO, 1998) salienta que, o ensino com pesquisa
parece estimular: a) a relação teoria-prática; b) a necessidade de tratar os conteúdos de
forma interdisciplinar “porque o conhecimento passa a ser percebido na sua globalidade
e complexidade” (CUNHA E BARRETO, 1998, p. 50); c) um trabalho interdisciplinar
e uma reflexão sobre os currículos e sobre a própria estrutura da universidade que “está
organizada para um modelo de ensino-aprendizagem que desarticula o conhecimento e
favorece os espaços próprios e singulares [...].” (CUNHA, 1996, p. 44) .
Nas experiências observadas, os sujeitos envolvidos dizem estabelecer uma nova postura frente ao trabalho, tanto em sala de aula, como em relação ao futuro exercício da profissão. A reflexão sobre o próprio trabalho e as experiências desenvolvidas tornam-se objeto de pesquisa dos envolvidos. Brota da experiência o protagonista (...) sujeito da própria história (...) sujeito do conhecimento (...) re-significando o conhecimento, etc. Neste sentido os professores estudados descobrem-se capazes de inventar novas práticas e passam a valorizar suas experiências, registrando-as e sistematizando-as, de forma que a construção do saber docente passa a ser mais refletida e menos intuitiva. (CUNHA e BARRETO, 1998, p. 50)
Na década de 90, as universidades brasileiras enfrentam o impacto da realidade
de políticas públicas fortemente influenciadas pelo processo de globalização da
economia. O ensino com pesquisa na instituição universitária, que depende de um
32
projeto pedagógico aliado a um projeto de universidade voltada para uma formação
emancipatória e não apenas da iniciativa isolada de alguns professores, vira resistência
ou utopia. No entanto, o trabalho de Maria Isabel da Cunha, como afirma uma
professora entrevistada por LEITE e RAMOS (2003), pode ser ainda considerado
referencial. Enfrentar essa realidade, coloca mais desafios para quem vive a realidade
universitária:
Os espaços de reflexão crítica e autoria de experiências alternativas de formação perderam força. (...) Fácil é perceber que a ação da pedagogia universitária na perspectiva emancipatória, hoje, é de resistência. (...) Por outro lado são crescentes os desafios que se colocam na prática pedagógica das universidades. Mais do que nunca os professores e alunos enfrentam questões que interferem nos processos de ensinar e aprender, numa decorrência das condições sociais e culturais em que vivem, todos fortemente atingidos pelos dispositivos das políticas globalizadas. E então cabe perguntar: em que situações, na universidade, instalam-se as possibilidades de reflexão? Quem estimula e acolhe essas dimensões? (BROILO e CUNHA, 2002, p. 11-12; CUNHA in: MOROSINI, 2003, p. 33-34)
As políticas educacionais voltadas aparentemente para a economia do mercado e
que possibilitam projetos pedagógicos nos quais a pesquisa aparece restrita a algumas
instituições, enquanto em outras somente pratica-se ensino, trazem de volta a questão
da reprodução ou da produção de conhecimento no ensino de graduação: se numa
perspectiva de associação entre ensino e pesquisa, poderíamos perguntar, como fazer
para que efetivamente se produza conhecimento via investigação e de que natureza,
numa situação de dissociação como a colocada nas políticas educacionais e tendo em
vista o contexto atual de informação acelerada, a pergunta seria: como o professor pode
fugir à reprodução? Essas questões nos remetem ao papel do professor e a sua
formação.
33
3) O PROFESSOR PESQUISADOR NO ENSINO DA GRADUAÇÃO Além de métodos de investigação que podem ser utilizados como recursos
didáticos e relacionados aos conteúdos específicos, uma das idéias que estabelece
possível relação entre ensino e pesquisa, no nível da graduação, sugere a investigação
dos processos que envolvem as atividades de ensino e de aprendizagem. Isto quer dizer
que um objeto da investigação do professor, e até, do professor e de seus alunos seriam
os processos de ensino-aprendizagem em que estão envolvidos.
Considerada um tipo de pesquisa emergente no ensino superior, conta com
literatura abundante e discussão frutífera no ensino básico e médio 6.
Pesquisar a própria prática pedagógica constitui uma das possíveis modalidades
de investigação desenvolvidas pelo “professor-pesquisador” no ensino fundamental. A
este respeito, GATTI (2003) observa que na literatura prevalece a análise do professor
de ensino básico que investiga sua própria prática e pouco se escreve sobre o professor
desse nível que pesquisa em sua área específica ou sobre o papel que essa atividade
exerce sobre a docência. Não obstante, a literatura, em geral, evidencia o despreparo do
professor para a investigação em ambos os casos.
No âmbito do ensino superior, em que o interesse pela formação didática do
professor é mais recente, quase nem se fala sobre essas questões. A formação na área
específica, advinda da experiência profissional ou da formação em mestrados e
doutorados, aliada à formação para a investigação científica é, geralmente, aceita como
suficiente para o exercício da docência.
O estudo de LÜDKE (2000; 2001a; 2001b), na escola básica, fornece um dado
sugestivo sobre o ensino no nível de graduação. Os professores do ensino básico, em
6 Sobre a pesquisa e o professor de ensino fundamental e médio confira: FAZENDA (1997); GERALDI, FIORENTINI e PEREIRA (Orgs., 1998); LÜDKE (2001 b); ANDRÉ (Org., 2002); CARVALHO (2002); DEMO (2002); IMBERNÓN (2002); PIMENTA (2002); BRANDÃO (2003); entre outros. Sobre o uso das expressões professor reflexivo e professor pesquisador confira: PIMENTA e GHEDIN (Orgs., 2002).
34
sua maioria, não mencionaram ter formação para a pesquisa na graduação. Dos poucos
que tiveram, a maioria formou-se em Biologia e participou de algum programa de
Iniciação à Pesquisa. Vista sob a perspectiva da formação que o professor do ensino
básico recebe nos cursos de ensino superior, a falta de preparo para a pesquisa percebida
poderia, em parte, evidenciar as dificuldades decorrentes da não articulação entre ensino
e pesquisa nesse nível.
Com base em GATTI (2003), podemos supor que a formação específica e para a
pesquisa obtida na formação nos cursos de pós-graduação é insuficiente para enfrentar
didaticamente a associação entre ensino e pesquisa, isto é, levar o aluno em formação a
enfrentar o conhecimento com espírito inquiridor e investigativo e a questionar seu
processo de aprendizagem, cujo corolário nos parece ser a atitude recíproca do professor
em relação ao ensino.
GATTI (2003, p. 77) sugere para a formação de professores para o ensino
superior “uma triangulação entre docência, pesquisa especializada e pesquisa sobre à
ação docente”. Como essa autora, consideramos as diferenças entre os atos de ensinar e
de pesquisar em termos de relação com o conhecimento, ou seja, ao ensinar o foco está
na aprendizagem, na apropriação e na recriação do conhecimento por alunos em
desenvolvimento e formação; ao pesquisar em área específica, por exemplo, o foco é o
avanço e a novidade daquele conhecimento. Assim, a ponte entre essas atividades, em
sala de aula, estaria na associação entre ensino e pesquisa, mediada pelas concepções de
ensino e de aprendizagem que poderiam ser formuladas na reflexão sobre a prática.
Isto nos leva a compartilhar, com outros autores, a certeza de que a pesquisa
associada à docência e a pesquisa associada ao avanço científico precisam de definição
mais precisa.
35
Não obstante as diferenças existentes entre o ensino básico e o superior, a
discussão sobre o que é considerado como pesquisa por professores de ensino básico,
realizada por LÜDKE (2000; 2001a; 2001b), em confronto com a literatura específica,
nos fornece subsídios para pensar a idéia de professor-pesquisador no ensino superior.
Já havíamos mencionado que no estudo sobre a relação entre ensino e pesquisa
estabelecida na literatura acadêmica no período de 1968 a 1995, SEGENREICH (2001)
sugeria que a idéia que um professor tem sobre o que é pesquisa influencia o tipo de
relação que ele estabelece entre essa atividade e o ensino.
Os debates sobre professor-pesquisador no ensino básico trouxeram à tona o uso
da palavra “pesquisa” com múltiplos significados (LÜDKE, 2000; 2001a; 2001b;
GATTI, 2003).
LÜDKE (2000; 2001a; 2001b) alerta para a falta de consenso e de estudos sobre
a definição do que é pesquisa, mesmo na área educacional, apesar de que quando se
trata de considerar o trabalho do professor-pesquisador, os autores favorecem essa
atividade:
(...) é muito difícil encontrar trabalhos acadêmicos dedicados a enfrentar de perto a questão da propriedade do conceito de pesquisa corrente na academia e nos meios científicos, quando se trata de localizar a atividade de pesquisa em geral realizada pelos prof. de educação básica. Há quase uma unanimidade, ou pelo menos uma posição hegemônica entre os autores, em favor da presença da pesquisa nos planos curriculares, nos projetos de escola, nos programas de desenvolvimento profissional e de formação inicial e continuada de docentes. (LÜ DKE, 2000, p. 105-6)
O que os professores de ensino básico, entrevistados por Lüdke, chamam de
pesquisa inclui desde levantamentos bibliográficos, projetos, elaboração de materiais
didáticos e até investigações realizadas nos moldes acadêmicos tradicionais. Frente às
diversas manifestações encontradas nas escolas, conclui a autora, o conceito restrito de
pesquisa acadêmica é insuficiente.
A idéia da necessidade de ampliar o conceito de pesquisa é especialmente
importante quando se trata de processos de pesquisa na área educacional e o que Lüdke
36
afirma para a pesquisa no ensino básico poderia ser estendido para o nível da graduação,
ampliando o debate necessário sobre o tema.7 É importante, ainda, levar em
consideração, como ressalta LÜDKE (2001a, p. 86) com base em Shulman, o “[...]
caráter fluido de uma comunidade profissional em construção como é o caso na
pesquisa educacional. Padrões e critérios estão se fazendo, se construindo, na medida
em que estamos experimentando novas formas de pesquisar, novos objetos de estudo e,
sobretudo, novos propositores de pesquisa”.
Vista de uma perspectiva diferente, a idéia de professor-pesquisador no ensino
superior, como aquele que também pesquisa sua prática pedagógica, é mencionada por
ISAIA (2002) quando investiga a atividade e a formação do professor do ensino
superior em enfoque que considera a pessoa do professor como centro da investigação.
Em ISAIA (2002), a relação entre ensino e pesquisa na formação do professor
universitário é estudada de um ponto de vista que focaliza os sentimentos envolvidos
com a profissão. Em diversos trabalhos e em entrevistas com professores de ensino
superior, ISAIA (2002) constatou alguns problemas relacionados à formação do
professor do ensino superior e ao contexto de trabalho.
Esses problemas podem ser considerados comuns ao sistema universitário em
geral; resultado da operacionalização da atividade docente e com implicações
emocionais na pessoa do professor. Podemos sintetiza- los da seguinte forma:
7 LÜDKE (2000; 2001a; 2001b), ANDRÉ (2002), GATTI (2003), entre outros autores brasileiros da área de educação, têm utilizado como referência para a definição do que é pesquisa a discussão realizada por BEILLEROT (2002) em diversos escritos. A partir da crítica do uso taxativo que se faz no âmbito universitário da palavra pesquisa busca esclarecer os diferentes sentidos, equívocos e conivências, e as dimensões afetivas e sociais presentes na situação real e no debate em voga. Beillerot propõe três condições ou critérios mínimos para reconhecer um procedimento como de pesquisa: o primeiro é produção de conhecimento novo; o segundo é produção rigorosa de encaminhamento; o terceiro é comunicação dos resultados. O nível da pesquisa pode ser elevado pelo cumprimento de três outros critérios: o primeiro introduz reflexão e crítica sobre suas fontes, métodos e modos de trabalho; o segundo refere-se à sistematização na coleta de dados e o último à presença de interpretações com base em teorias reconhecidas e atuais.
37
a) Ausência de compreensão da necessidade de preparação específica para atuar no
ensino superior e ausência de espaço específico para essa formação: a
licenciatura direciona-se para a educação básica e o bacharelado para a
profissão específica. Ao mesmo tempo, não há uma política institucional, local e
nacional, voltada para a formação docente nesse nível de ensino. Em função
disso, os professores de ensino superior vivenciam uma condição paradoxal: são
responsáveis pela formação de profissionais liberais e para a docência na rede
escolar, no entanto, sua própria formação docente tem sido pouco valorizada.
b) De modo geral, as instituições de ensino superior, carecem de espaços voltados
para o debate coletivo das questões inerentes à docência. O clima institucional
geralmente não está envolvido na partilha de experiências e de conhecimentos
voltados para o exercício da docência e não há espaço para construção
compartilhada.
c) Há pouco comprometimento com o crescimento de professores e alunos como
grupo que partilha a academia. A ênfase está na valorização da produção
científica em detrimento da pedagógica.
d) Em função do exercício solitário do ensino, e da frágil ou inexistente articulação
entre professores e entre disciplinas, os professores experimentam um
sentimento de solidão pedagógica.
A respeito dos professores estudados em pesquisa realizada na Universidade de
Santa Maria, ISAIA (2002, p. 4) comenta que é em contexto como o acima mencionado
que professores “... ingressam na universidade, passando a exercer a docência
respaldada apenas em pendores naturais, saberes e fazeres advindos do senso comum e,
na experiência passada como alunos universitários. Assumem, desde o início, inteira
responsabilidade de cátedra, sem contar com o apoio de professores mais experientes.”
38
Mesmo que a comunidade universitária venha acordando para esse problema,
prevalece o modelo comum de separação entre as atividades de ensinar e de produzir
conhecimento:
(...) a cultura acadêmica continua valorizando atividades voltadas para a formação dos professores como pesquisadores, tanto que em termos de progressão funcional, a tônica está na titulação e na produção, consideradas como garantia para a qualificação docente como um todo. (..) Sinalizando para a dificuldade dos professores perceberem-se ao mesmo tempo, como especialistas em seu domínio e como profissionais da educação, a produção dos mesmos é majoritariamente na área de conhecimento específico. (ISAIA, 2002, p. 4 -5)
ISAIA (2002, p. 5) sugere que a separação entre as atividades de ensino e
pesquisa tanto “em termos de ênfase e valorização” quanto “em compreensão
equivocada sobre o papel de cada um na educação superior”, é o que levaria a
considerar o ensino como “uma simples transmissão de conhecimentos elaborados nos
diferentes domínios e, portanto, uma atividade secundária”. No entanto, os docentes
poderiam produzir conhecimento tanto sobre sua área específica quanto sobre sua
prática pedagógica:
A dicotomia entre ensino e pesquisa pode levar a uma ruptura entre ser professor e ser pesquisador, fragmentando a identidade profissional dos docentes, impedindo, muitas vezes, que se conscientizem de que são responsáveis pelo preparo de futuros profissionais. Não se trata, contudo, de optar por uma função em detrimento da outra e sim de integrá-las na prática pedagógica universitária. (...). Devido a esta cultura de dissociação e de desvalorização do ensino em relação à pesquisa, na produtividade do professor, é pouco considerada a atividade propriamente educativa. Compactuando com este clima, constata-se que os docentes, em pauta, só enquadram como produção àquela de caráter acadêmico – científico estrito, desconsiderando as atividades relacionadas diretamente com a docência (aulas, orientação de alunos, etc.) como uma produção que pode ser designada de pedagógica. Na dinâmica entre produção acadêmica e pedagógica os docentes poderiam não só produzir em suas áreas específicas, mas também em como serem professores. (ISAIA, 2002, p. 5-6)
Alguns dos resultados das investigações dessa autora com professores de ensino
superior se referem à forma como vivenciam a relação entre o ensinar e o pesquisar.
ISAIA (2002, p. 7) distinguiu dois grupos de professores diferenciados pelos
sentimentos em relação à atividade docente: ela classificou um grupo como professores
com “empolgação pela docência em si” e o outro, como professores com “empolgação
39
pelo conhecimento”. Um mesmo professor pode vincular-se aos dois grupos “sendo que
o diferencial está na dinâmica figura/fundo em que se apresentam para cada docente.”
No primeiro grupo os professores sentem prazer em “conduzir os alunos em seus
processos de formação” e, ao mesmo tempo, sentem-se responsáveis por isso. No
segundo, o sentimento de prazer está centrado na exploração dos conhecimentos
relativos a sua área e na mediação entre esses conhecimentos e seus alunos. A
integração entre esses sentimentos parece levar à valorização de ambas atividades na
prática do professor. Em alguns casos porém, predomina o sentimento relacionado à
pesquisa e os professores podem:
( . . . ) incut i r nos a lunos gos to pe la inves t igação , c r iando c l ima e condições para busca e descober ta , mas a docência no que tange ao ens ino , pode f icar res t r i ta a uma a t iv idade de impor tância secundár ia . Es ta ú l t ima poss ib i l idade a l iada à fa l ta de formação pedagógic a pode levar a que os professores d i s soc iem ens ino e pesqu i sa em sua a t iv idade acadêmica . ( ISAIA, 2002 ,p . 9 )
Esses resultados sugerem que tanto a formação para ser pesquisador quanto a
formação para a docência são alguns dos determinantes do tipo de relação entre ensino e
pesquisa que um professor estabelece em sua prática pedagógica na graduação.
40
RESUMO CAPÍTULO 2
Procuramos mostrar, neste capítulo, a pluralidade de interpretações que no
âmbito da educação superior pode ter a idéia da associação entre ensino e pesquisa. Na
área da educacional, a relação de associação entre ensino e pesquisa é, praticamente de
consenso, considerada fundamental nas situações de ensino-aprendizagem. Conforme
mostramos, essa relação não parece efetivar-se na prática de maneira simples. Os
diferentes aspectos, tanto pedagógicos quanto políticos que desafiam a associação entre
ensino e pesquisa no nível da graduação são levantados das perspectivas do ensino com
pesquisa e da formação do professor que atua na graduação.
41
CAPÍTULO 3
METODOLOGIA
Todo pasa y todo queda Pero lo nuestro es pasar Pasar haciendo caminos Caminos sobre la mar...
Caminante, no hay camino Se hace camino al andar Al andar se hace camino Y al volver la vista atrás Se ve la senda que nunca Se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino Sino estelas en la mar.
CANTARES - Antonio Machado
Esta pesquisa, do tipo documental bibliográfica, sistematiza e analisa parte da
produção sobre ensino superior encontrada na ANPEd entre 1996 e 2003. Nosso intuito
é construir um mapa do que se escreve e se pesquisa sobre a graduação e que abarca o
concreto das instituições. Partimos da suposição de que esse objetivo implica em
destacar toda uma gama de aspectos que podem abranger desde a sala de aula até as
políticas educacionais e de que um espaço de discussão e de divulgação de pesquisa
educacional como a ANPED é adequado para tanto.
OS TRABALHOS DA ANPED
A seleção de textos que constitui o nosso corpus de investigação está composta
por trabalhos apresentados nos Grupos de Trabalho e Grupos de Estudo - GTs e GEs
(ver relação no quadro 3) das reuniões anuais da ANPEd – Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Educação, no período de 1996 até 2003.
42
Quadro 3: relação dos Grupos de Trabalho e de Estudo da ANPEd
ANPEd - GRUPOS DE TRABALHO E ESTUDO
GT 2 - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
GT 3 - MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
GT 4 - DIDÁTICA
GT 5 - ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
GT 6 - EDUCAÇÃO POPULAR
GT 7 - EDUCAÇÃO DA CRIANÇA DE 0 A 6 ANOS
GT 8 - FORMAÇÃO DE PROFESSORES
GT 9 - TRABALHO E EDUCAÇÃO
GT 10 - ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA
GT 11 - POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
GT 12 - CURRÍCULO
GT 13 - EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL
GT 14 - SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
GT 15 - EDUCAÇÃO ESPECIAL
GT 16 - EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO
GT 17 - FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
GT 18 - ALFABETIZAÇÃO DE PESSOAS JOVENS E ADULTAS
GT 19 - EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
GT 20 - PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
GT 21 - RELAÇÕES RACIAIS/ ÉTNICAS E EDUCAÇÃO (posteriormente
denominado NEGRO E EDUCAÇÃO)
GE 22 - GRUPO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Devido à representatividade da ANPEd diante da comunidade científica nacional
é que definimos entre os trabalhos selecionados para apresentação nas reuniões dessa
43
associação no período compreendido entre 1996 e 2003, aqueles textos que deveriam
constituir o corpus da atual investigação.
Esse período foi escolhido por ser 1996 o ano da promulgação da nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN de 1996 - e 2003 o ano de
elaboração do projeto de tese. A LDBEN / 96 está na base de muitas das reformas que o
Ensino Superior vem passando desde meados da década de 90 do século passado.
Essa lei determina no Artigo 45 (BRASIL, 1997, p. 20) que a “(...) educação
superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com
variados graus de abrangência ou especialização”; o Artigo 52 define as universidades
como instituições de formação de quadros profissionais de nível superior, de pesquisa e
de extensão. As disposições da Lei de Diretrizes e Bases foram alvo de críticas
(CANDIOTTO, 2003; SGUISSARDI, 2000) especialmente no sentido de que
estabelecem legalmente a possibilidade da diversificação de instituições de ensino
superior que ofertam ensino e delimitam as funções de ensino, pesquisa e extensão às
universidades, porém, sem o qualificativo de indissociabilidade como consta na
Constituição de 1988. Este fato, para os autores que o criticam, pode levar à dissociação
entre ensino e pesquisa. Outro motivo para escolher o ano de 1996 como início de nossa
pesquisa foi o de que existem estudos que sistematizam diversos aspectos da literatura
educacional sobre o ensino superior até 1995 e com os quais podemos realizar paralelos
na análise de dados.
PROCEDIMENTOS DE SELEÇÃO DO CORPUS DE ANÁLISE
1º) Tomamos por base para seleção inicial os livros de Programa e Resumos das
reuniões do período 1996 a 2003 (ANPEd, 1996; 1997; 1998; 1999; 2000;2001; 2002;
44
2003). Como apenas os livros das reuniões de 2002 e 2003 apresentam resumos com
palavras-chave, optamos por ler todos os resumos de todas as reuniões. Este
procedimento aliado ao título do texto auxiliou na escolha inicial dos trabalhos.
Buscamos expressões e palavras que se referiam à educação superior, ensino superior,
universidade, institutos superiores, graduação, bacharelado, licenciatura e similares.
2º) Feita essa primeira seleção, realizamos uma leitura daqueles trabalhos cujos
textos integrais estavam disponíveis no CD-ROM histórico ANPEd - 25 anos (reuniões
até 2001: ANPEd, SD) e nos CDs-ROM das reuniões de 2002 (ANPEd, 2002 b) e 2003
(ANPEd, 2003 b). Não selecionamos textos entre os trabalhos excedentes, os de mesas
redondas e encomendados e os pôsteres. Com o objetivo de apurar a seleção, elegemos
dois tipos de textos: os primeiros são trabalhos cujo tema se refere especificamente a
aspectos da graduação nas modalidades de bacharelado e licenciatura. Os segundos são
trabalhos que tratam de aspectos do ensino superior e que fornecem alguma informação
sobre o que ocorre nas instituições no âmbito do ensino de graduação. A lista dos 163
trabalhos, finalmente selecionados para análise nesta segunda fase, encontra-se no
Anexo 2 e os resumos no Anexo 3.
3º) Para cada um dos trabalhos da segunda seleção foi elaborada uma ficha, da
qual constam os dados de identificação do trabalho (autor, título, GT ou GE, ano e
reunião de apresentação, instituição de procedência), os assuntos abordados e dados
sobre ensino, aprendizagem, pesquisa e outros relacionados à graduação, bem como as
fontes de informação utilizadas pelo autor. Essas fichas foram organizadas em quadros
que constam do CD ROM que acompanha esta tese.
4º) Com apoio nas informações das fichas e releituras dos textos, quando
necessário, foram elaborados os quadros, tabelas e gráficos que descrevemos e
45
analisamos posteriormente para compor o mapa dos aspectos salientados sobre a
graduação na ANPEd.
OS DADOS SOBRE GRADUAÇÃO NAS PRODUÇÕES DA
ANPED
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS TEXTOS
Nesta sessão, organizados em tabelas, quadros e gráficos, apresentamos,
descrevemos e analisamos as informações colhidas nos textos selecionados entre os
trabalhos apresentados na ANPEd entre 1996 e 2003.
Num primeiro momento, trabalhamos com dados objetivos de identificação e
situação dos textos: título, autor (es), instituição de ensino superior (IES, IFES) de
procedência, grupo de trabalho onde foi apresentado e a quantificação dos trabalhos por
ano e em relação à reuniões de ANPEd e aos grupos de trabalho.
Num segundo momento, identificamos a que instância a informação se refere: se
graduação em geral, licenciatura ou bacharelado. Em alguns trabalhos não há
especificação de uma dessas instâncias; como os autores mencionam “ensino superior”,
utilizamos, nesses casos, esta denominação.
DISTRIBUIÇÃO DOS TEXTOS NO PERÍODO DE 1996 - 2003 E NOS GTs E GEs
46
A Tabela 1 contém o número total de trabalhos apresentados na ANPEd 8 em
cada ano do período entre 1996 e 2003, o total de textos selecionados para análise e a
distribuição destes pelos grupos de trabalho.
8 Nos CDs ROM das reuniões da ANPEd, do período entre 1996 e 2003, contabilizam-se 1985 trabalhos apresentados. Como excluímos os textos de trabalhos excedentes, de mesas redondas e encomendados e de pôsteres o nosso total é de 1174 textos, número que foi considerado em nossas análises.
47
Tabela 1: Total de trabalhos apresentados na ANPEd, total de textos selecionados e distribuição por grupo de trabalho no período de 1996 a 2003.
TRABALHOS EM CADA GRUPO DE TRABALHO (GT)
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1996 173 12 - - 3 - - - 1 - - 6 1 - 1 - - - - - - - -
1997 152 14 1 - 2 - - - 3 - - 5 1 - 1 - - 1 - - - - -
1998 177 19 1 - 1 - - - 2 - - 8 1 - 1 - 1 1 - 2 1 - -
1999 197 14 - - - - - - 5 1 1 4 - 1 - - - - - 2 - - -
2000 199 21 1 1 1 1 - - 4 - - 9 - - - - 1 1 1 1 - - -
2001 202 30 - - 7 - - 1 7 - - 7 - - - - 2 2 1 2 1 - -
2002 188 28 - 1 2 - - - 4 - 1 10 - - - - 3 - - 6 - 1 -
2003 211 25 - - 4 - - - 1 - - 6 1 - - 1 3 - - 3 2 2 2
TOTAL 1174 163 3 2 20 1 - 1 27 1 2 55 4 1 3 1 10 5 2 16 4 3 2
48
Essa tabela nos mostra que no ano de 1996, por exemplo, foram aceitos para
apresentação na ANPED 173 trabalhos. Desses, doze contêm informações sobre
graduação9, dos quais três foram apresentados no GT de Didática, um no GT de
Formação de Professores, seis no GT de Política de Educação Superior, um no GT de
Currículo e um no GT de Sociologia da Educação. Dos outros grupos de trabalho, nesse
ano, não foi encontrado nenhum texto que atendesse nossos critérios. No total do
período 1996 a 2003, foram apresentados na ANPEd 1174 (mil cento e setenta e quatro)
textos; desses, selecionamos 163 (cento e sessenta e três) para análise, o que
corresponde a 13,88%.
Entre os grupos de trabalho, o de Políticas de Educação superior apresenta a
maior concent ração de trabalhos analisados – 55 textos, enquanto que do grupo de
Educação Popular não selecionamos nenhum texto. O fato de que os grupos de trabalho
da ANPED congregam pesquisadores e interessados em temáticas específicas e que
podem direcionar os temas abordados, explicaria esses dados.
È necessário esclarecer que os grupos “Alfabetização de pessoas jovens e
adultas”, “Educação matemática”, “Psicologia da educação”, “Relações raciais/ étnicas e
educação” – posteriormente denominado “Negro e educação” – e “Educação ambiental”
se constituíram como grupos de estudo a partir de 1998 os três primeiros, e, os dois
últimos, respectivamente em 2002 e 2003, quando apresentam trabalhos.
A Tabela 2 compara o número total de textos apresentados na ANPEd em cada
ano do período entre 1996 e 2003, o número de textos que selecionamos para análise e
a porcentagem por ano.
9 Para efeito de redação, a partir deste momento faço referência aos trabalhos selecionados para análise como trabalhos sobre graduação. Se necessário, outras informações são acrescentadas no texto.
49
Tabela 2: número de trabalhos apresentados na ANPEd e de textos selecionados por ano.
ANO
TO
TA
L A
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D
(100
%)
Nº T
EX
TO
S SE
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CIO
NA
DO
S
% D
O T
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1996 173 12 6,94%
1997 152 14 9,21%
1998 177 19
10,73%
1999 197 14 7,10%
2000 199 21 10,55%
2001 202 30 14,85%
2002 188 28 14,89%
2003 211 25 11,84%
Total 1174 163 13,88
O número de textos selecionados em cada ano e a porcentagem calculada sobre o
total de textos em cada ano do período, conforme pode ser visto na Tabela 2, é a
seguinte: em 1996 selecionamos 12 textos o que equivale a 6,94%; em 1997
selecionamos 14 textos o que equivale a 9,21%; em 1998 selecionamos 19 textos o que
equivale a 10,73%; em 1999 selecionamos 14 textos o que equivale a 7,10%; em 2000
selecionamos 21 textos o que equivale a 10,55%; em 2001 selecionamos 30 textos o
que equivale a 14,85%; em 2002 selecionamos 28 textos o que equivale a 14,89%; em
2003 selecionamos 25 textos o que equivale a 11,84%.
A Tabela 3 mostra o número de textos analisados em cada ano e as porcentagens
que eles representam em relação ao número total de textos analisados no período (163) e
em relação ao número de trabalhos apresentados na ANPEd (dados da Tabela 2).
50
Tabela 3: textos analisados por ano, porcentagens em relação ao total de textos selecionados e ao de trabalhos apresentados na ANPEd Ano 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Nº textos 12 14 19 14 21 30 28 25
% ANPEd (dados da Tabela 2)
6,94 9,21 10,73 7,10 10,55 14,85 14,89 11,84
% selecionados (total = 163)
7,36 8,59 11,66 8,59 12,88 18,40 18,23 14,29
O Gráfico 1: mostra a evolução de trabalhos aceitos para apresentação na
ANPEd e a dos textos selecionados para análise no período entre 1996 e 2003.
0
50
100
150
200
250
1996
1998
2000
2002
ANPEdSelecionados
Gráfico 1: trabalhos apresentados na ANPEd e analisados por ano (período 1996-2003) Observando a Tabela 3 e o Gráfico 1 vemos que o número de trabalhos
apresentados na ANPEd aumenta no período, o mesmo acontecendo com o número de
textos que mencionam a graduação. Os trabalhos que mencionam a graduação
praticamente duplicam nos últimos anos, ao comparar seu número com o dos anos
inicias do período selecionado. O ano em que mais se menciona a graduação é o de
51
2001, com 30 trabalhos, isto equivale a pouco menos do que o triplo de textos em
relação a 1996.
Esses dados podem ser visualizados no Gráfico 2 que mostra a distribuição
proporcional dos textos por ano em relação ao total de cento e sessenta e três textos
selecionados para análise e no Gráfico 3 que permite comparar a evolução do número de
textos ao longo do período de 1996 a 2003.
1214
19
14
2130
28
251996
19971998
1999
20002001
20022003
Gráfico 2: proporção de textos selecionados por ano (total:163)
A Tabela 4 contem a quantidade e as porcentagens de textos analisados em cada
Grupo de Trabalho. Como mencionamos, é possível afirmar que a temática abordada
pelos grupos de trabalho exerça influência no direcionamento de trabalhos a serem
apresentados.
52
0 10 20 30
1996
1998
2000
2002
trabalhos
Gráfico 3: quantidade textos analisados por ano no período entre 1996-2003
Isso explica por que o grupo com maior número de trabalhos selecionados (55),
é o de “Políticas de educação superior”, com mais de um terço dos textos ou 33,6%. Em
seguida vêm os grupos de “Formação de professores” com 16,6 % e de “Didática” com
12,4%, que lidam, em geral, com a formação de professores em nível superior; os grupos
de “Educação matemática” com 9,8% e “Educação e comunicação” com 6,2% também
apresentam porcentagem elevada de trabalhos sobre ensino superior.
Embora argumentar sobre o direcionamento dos textos possa explicar a maior
incidência de textos em certos grupos de trabalho, não explica a ausência ou a pouca
incidência em outros.
53
Tabela 4: nº e percentagem de textos analisados por grupo de trabalho GTs Quant. 2.
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22. E
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Nº 3 2 20 1 - 1 27 1 2 55 4 1 3 1 10 5 2 16 4 3 2 163
% 1,8 1,2 12,4 0,6 - 0,6 16,6 0,6 1,2 33,6 2,5 0,6 1,8 0,6 6,2 3,1 1,2 9,8 2,5 1,8 1,2 100%
54
INSTITUIÇÕES DE ORIGEM DOS TRABALHOS E INSTÂNCIAS DO
ENSINO SUPERIOR E DA GRADUAÇÃO
AS INSTITUIÇÕES
Os dados sobre as instituições de Ensino Superior em que foram produzidos
os textos analisados estão compilados na Tabela 5, que mostra a distribuição de textos
por ano e para cada instituição.
Tabela 5: distribuição de textos analisados por instituição em cada ano do período 1996-2003
TRABALHOS POR ANO
INSTITUIÇÃO
TOTAL DE TRABALHOS
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
CEFET/ PR 1 1 FAENQUIL 1 1
FURB 1 1 FURG 2 1 1
IELUSC 1 1 IMI 1 1
PUC - Minas 5 1 1 2 1 PUC - PR 3 1 2 PUC - RS 1 1 PUC- SP 1 1
PUCCAMP 3 1 2 PUC - Rio 4 2 1 1
UCDB 1 1 UCSal 1 1 UEL 1 1 UEM 3 3 UNEF 2 1 1 UERJ 6 1 1 1 1 1 1 UFBA - UFES 3 1 1 1 UFF 9 1 1 1 2 2 2 UFG 2 1 1 UFJF 1 1
UFMG 8 1 3 2 1 1 UFMS 1 1 UFMT 4 1 1 1 1 UFPA 1 1 UFPE 4 1 3 UFPel 1 1 UFPR 2 1 1 UFRGS 1 1 UFRJ 3 1 1 1 1 1
UFRRJ 2 1 1 UFRN - UFSC 4 1 2 1 UFSM 1 1 UFU 2 2
ULBRA 1 1
55
UMESP 2 1 1 1 UnB 3 1 2
UNEB 1 1 UNEB – Campus
XVI 1 1
UNERJ 3 1 1 UNESP 2 2
UNICAMP 3 1 1 1 UNIFAI 1 1
UNIMEP 1 1 UNIPAM 2 1 1 UNIPLAC 1 1 UNISINOS 3 1 2
UNIT 1 1 UNIVALI -
UNIVERSO 1 1 USC 1 1 USP 5 1 1 2 1 UTP -
USP/ UNESP Bauru 1 1 UFES/ UFG 1 1
UERJ/ UNIVERSO 1 1 UFRGS/ UFPel/
UnB 1 1
UFMG/ UFSC 1 1 UFMG/ UNICAMP 1 1
UFMT/ USP 1 1 UFPel/ UNISINOS 1 1
USP/ UFG 1 1 UCMG/ PUC Minas/
UNICAMP 1 1
UNEB/ UFBA 2 1 1 USU/ UFRJ 1 1 UnB/ UFPE 1 1 UFU/ UNIT 1 1
ULBRA/ UFRGS 1 1 PUC - Minas/ PUCCAMP
1 1
UNIVALI/ UFSC 1 1 UNICAMP/ UNITAU
1 1
UNLP (Agentina) 2 1 1 UNLP/ UBA (Argentina)
1 1
UNLP/ ENSFD (Argentina)
1 1
(não declarado) 18 2 7 2 5 2 Total 163 12 14 19 14 21 30 28 15
A tabela 6 resume os dados da tabela 5. Observa-se nela que trinta
instituições originaram cada uma apenas um texto que menciona a graduação. Nove
instituições originaram dois textos cada uma e assim por diante. As instituições com
maior número de textos que escrevem sobre algum aspecto da graduação são: a
Universidade Federal Fluminense (UFF) com nove trabalhos, a Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG) com oito trabalhos e a Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (UERJ) com seis trabalhos. Estas três últimas instituições têm linhas de
56
pesquisa ou grupos de pesquisa na pós-graduação cujo foco de estudo é a história das
instituições de ensino superior ou as políticas de educação, o que pode explicar essa
maior incidência de trabalhos com esses temas.
Tabela 6: nº total textos por instituições INSTITUIÇÕES TRABALHOS 30 1 9 2 9 3 4 4 2 5 1 6 1 8 1 9
Na tabela 5, pode ser observado ainda, que dezenove textos originaram-se em
duas ou mais instituições de ensino superior, três provêm de instituições argentinas e
em dezoito textos não encontramos identificação da instituição de origem.
Das instituições identificadas nos textos, trinta e duas são públicas e vinte e
três são particulares, sendo que a maioria destas últimas é confessional.
AS INSTÂNCIAS DO ENSINO SUPERIOR E A GRADUAÇÃO
O que denominamos instância? Com GAMBOA (1994), havíamos definido
Ensino Superior, a partir das áreas mais amplas da educação e do ensino, como o
lugar, em termos da dimensão espacial, em que acontece o ensino de terceiro grau:
faculdade, universidade, instituto ou outro. Lugar onde acontecem processos e ações
de formação e de capacitação profissional, de desenvolvimento científico e
tecnológico, de produção de conhecimento e de ações sócio-educativas. Esses
57
espaços, desde as instituições de ensino superior como um todo até as divisões de
pós-graduação, graduação, bacharelado e licenciatura são o que neste trabalho
chamamos instâncias de ensino superior. O nosso trabalho focaliza especialmente a
graduação nas modalidades de bacharelado e licenciatura e considera os trabalhos
que se referem ao ensino superior de modo a incluí- la.
Como pode ser visto na Tabela 7 - que mostra a distribuição dos trabalhos
analisados por instâncias e por ano - 34,96% desses trabalhos ressaltam aspectos das
licenciaturas; 29,3% referem-se a diversos elementos relacionados ao ensino nas
instituições de ensino superior em geral; 19,02% tratam da graduação; 8,54%
discutem componentes de cur sos que apresentam modalidade de licenciatura e
bacharelado; 6,75% mencionam o bacharelado e apenas dois trabalhos discutem a
relação entre a graduação e a pós-graduação. O gráfico 4 ilustra essas proporções.
Tabela 7: distribuição dos textos analisados por instâncias e por ano
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TOTA
L
1996 8 - 4 - - - 12 1997 6 1 5 1 - 1 14 1998 5 6 4 1 3 - 19 1999 5 1 7 - 1 - 14 2000 8 6 6 1 - - 21 2001 3 10 12 3 2 - 30 2002 8 1 11 4 4 - 28 2003 5 6 8 1 4 1 25
TOTAL 48 (29,3%)
31 (19,22%)
57 (34,96%)
11 (6,75%)
14 (8,54%)
2 (1,23%)
163 (100%)
58
0
10
20
30
40
50
60
INSTÂNCIAS
ensino superior =48graduação = 31
licenciatura 57
bacharelado = 11
lic./ bachar. = 14
grad./ pós-grad.=2
Gráfico 4: Textos por instância e por ano Os aspectos abordados nos textos são descritos e analisados a seguir.
59
ASPECTOS DA GRADUAÇÃO RESSALTADOS NAS TEMÁTICAS
DOS TEXTOS
INTRODUÇÃO
Os aspectos sobre a graduação ressaltados nas temáticas dos textos foram
agrupados em seis categorias:
1) textos que contêm investigações sobre práticas de ensino, de pesquisa e
aprendizagem em sala de aula;
2) textos que contêm análises e discussões teóricas sobre cursos, estrutura
curricular, disciplinas, áreas de conhecimento, etc.;
3) textos que tratam de professores que atuam na graduação;
4) textos que abordam aspectos relacionados aos alunos de graduação;
5) textos que relacionam aspectos que envolvem professores e alunos;
6) textos que salientam aspectos da associação entre ensino e pesquisa.
A Tabela 8 mostra a quantidade de textos em cada categoria e ano no período
entre 1996 e 2003.
Tabela 8: número de textos por categoria no período de 1996 - 2003 Ano Categoria
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Total
Investigação de práticas de ensino-aprendizagem
2 1 4 6 6 12 10 7 48
Textos teóricos sobre cursos e disciplinas
3 5 6 3 5 9 6 3 40
Alunos - 1 3 2 1 2 1 1 11 Professores 1 1 4 2 2 3 6 7 26 Alunos e professores - - - - - 1 - 1 2 Relação entre ensino, pesquisa e extensão
6 6 2 1 7 3 5 6 36
Total 12 14 19 14 21 30 28 25 163
60
Pode ser observado na Tabela 8 que quarenta e oito textos investigam as
práticas de ensino-aprendizagem no ensino superior. As discussões teóricas sobre
cursos, disciplinas ou áreas de conhecimento totalizam quarenta textos e em trinta e
seis textos encontramos referências à relação entre ensino, pesquisa e extensão.
Somando as categorias de textos sobre cursos e disciplinas e de relação entre ensino e
pesquisa, vemos que predominam as análises teóricas (documentais e de literatura)
sobre a graduação.
Vinte e seis textos ressaltam diversos aspectos relacionados aos professores,
onze aos alunos e dois tratam de aspectos que relacionam professores e alunos.
Comparando a evolução das categorias no período, observamos que as
investigações de práticas aumentam significativamente: nos quatro últimos anos
triplicam em média em relação aos anos anteriores. Os textos de análises teóricas
sobre cursos e disciplinas e os de ensino e pesquisa mantêm certa regularidade com
oscilações. Sobre professores a incidência de textos aumenta e praticamente duplica
no final do período. Textos sobre alunos aparecem em pouca quantidade com maior
incidência em 1998 e 1999 e textos que estabelecem relação entre alunos e
professores aparecem timidamente nos últimos anos. Estas três últimas categorias,
relacionadas a aspectos do pessoal docente e discente da graduação são as que menos
aparecem nos textos. É necessário esclarecer que os textos sobre alunos se referem
em geral à vida acadêmica do aluno, como será visto mais tarde quando detalharmos
cada categoria.
A Tabela 9 mostra a distribuição de textos por categoria em cada GT ou GE
da ANPEd. Nessa Tabela vemos que os GTs de Didática, Formação de professores e
Políticas de Educação Superior têm textos que ressaltam aspectos em quase todas as
61
categorias. Reafirmamos que a temática própria de cada GT tem relação com os
aspectos e temáticas que ressaltam nos textos.
Tabela 9: número de textos por Grupo de Trabalho em cada categoria Categoria GT
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stig
açõe
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Total
2) História da educação 1 1 - - - 1 3 3) Movimentos sociais e educação - - 1 1 - - 2
4) Didática 10 5 - 5 - 1 21 5) Estado e políticas educacionais - 1 - - - - 1 6) Educação popular - - - - - - - 7) Educação da criança de 0 a 6 anos - 1 - - - - 1 8) Formação de professores 8 11 1 6 - 1 27
9) Trabalho e educação - 1 - - - - 1 10) Alfabetização, leitura e escrita - - 2 - - - 2 11) Políticas de educação superior - 9 5 7 1 33 55
12) Currículo 2 2 - - - - 4 13) Educação fundamental 1 - - - - - 1 14) Sociologia da educação - 1 1 - - - 2
15) Educação especial - 1 - - - - 1 16) Educação e comunicação 6 - - 4 - - 10 17) Filosofia da educação 1 4 - - - - 5
18) Alfabetização de pessoas jovens e adultas
2 - - - - - 2
19) Educação matemática 14 2 - - - - 16
20) Psicologia da educação 2 1 - - 1 - 4 21) Relações raciais/ étnicas e educação ou Negro e educação
- - 1 2 - - 3
22) Grupo de estudos em educação ambiental
1 - - 1 - - 2
Total 48 40 11 26 2 36 163
62
A partir de agora, identificaremos os textos analisados – no corpo da
redação, nas tabela ou quadros – com números entre colchetes. Esses números
correspondem à relação de textos e autores do Anexo 2 e dos resumos dos textos que
constam do Anexo 3.
63
CATEGORIA 1
TEXTOS QUE CONTÊM INVESTIGAÇÕES SOBRE PRÁTICAS DE
ENSINO - APRENDIZAGEM
64
Quadro 4: investigação sobre práticas de ensino - aprendizagem nas licenciaturas – cursos e disciplinas.
LICENCIATURAS
Cur
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Pedagogia
Não especificado
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Série
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Textos Nº ...
[9]
[115]
[154]
[56]
[122]
[121]
[93]
[125]
[55]
[50]
[67]
[119]
[4]
[48]
[109]
[49]
[84]
[139]
[91]
[147]
[128]
[63]
[110]
[65]
[71]
[41]
Dis
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o
Não
esp
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o
Não
esp
ecif
icad
o
Sub- total
4 1 1 8 10 1 1
Total 26
65
Quadro 5: Investigações sobre práticas no ensino-aprendizagem nos bacharelados – cursos e disciplinas.
BACHARELADO LICENCIATURA E BACHARELADO
OUTROS
Cur
sos
Psic
olog
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Nut
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Engenharia
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Graduação – diversos cursos
Textos Nº ...
[43]
[88]
[14]
[148]
[68]
[90]
[123]
[81]
[69]
[28]
[51]
[127]
[146]
[85]
[112]
[149]
[140]
[45]
[105]
[108]
[94]
[113]
Dis
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Não
esp
ecifi
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Não
esp
ecifi
cado
Sub-total
1 1 1 4 2 3 1 1 1 1 1 5
Total 14 2 6
66
Quarenta e oito trabalhos tratam de pesquisas sobre práticas de ensino-
aprendizagem na graduação. O que caracteriza estes trabalhos é o foco na
investigação de processos de ensino e de aprendizagem. As fontes de informação
utilizadas pelos pesquisadores são observações das atividades de alunos e professores
em situações práticas e questionários, entrevistas e levantamentos de conhecimentos,
concepções e representações de alunos e professores sobre os conteúdos ou sobre os
processos de ensino-aprendizagem. Dos textos analisados, vinte e seis (54,17%) se
referem aos cursos de licenciatura; quatorze (29,17 %) aos cursos de bacharelado;
seis abordam diversos cursos da graduação e dois trabalhos investigam atividades
realizadas tanto na licenciatura quanto no bacharelado.
O quadro 4 mostra as disciplinas mencionadas em textos que investigam
práticas de ensino em cursos de licenciatura. Dos vinte e seis trabalhos, nove textos
abordam o curso de Pedagogia; quatro o curso de Matemática e um os de Matemática
e Ciências; um texto refere-se ao curso de Artes e outro a um curso de licenciatura à
distância. Dez trabalhos não explicitaram os cursos nos quais ocorre a investigação.
O quadro 5 mostra os cursos e disciplinas mencionados nos textos que
relatam pesquisa no ensino do bacharelado e naqueles cursos que têm modalidade de
licenciatura e bacharelado. Dos quatorze textos sobre cursos do bacharelado, quatro
textos abordam o ensino no curso de Engenharia; dois se referem ao curso de
Arquitetura e três ao curso de Matemática. Os cursos de Psicologia, Nutrição e
Ciências aparecem cada um com um relato. Seis textos relatam experiências
realizadas ao mesmo tempo com diversos cursos; um texto compara os cursos de
Administração e Pedagogia; dois abordam cursos que têm tanto a modalidade de
licenciatura quanto de bacharelado e um não especifica o curso.
67
Quanto às disciplinas ou campos de ensino, pode ser observado no Quadro 4
que, nas licenciaturas, predominam investigações nas disciplinas da área pedagógica:
oito relatos referem-se à disciplina de Prática de Ensino e/ou Estágio Supervisionado
(quatro em cursos de Pedagogia; dois nos de Biologia e Ciências; um em curso de
Artes e um relata sobre o local em que as experiências de Prática dos licenciandos se
realizam: Colégio de Aplicação); disciplinas da área pedagógica como Didática,
Teorias da Educação e Tecnologia Educacional, entre outras, são abordadas cada
uma em um texto; dois textos narram experiências com disciplinas de avaliação da
aprendizagem e do ensino; dois trabalhos relatam atividades com ensino de
Matemática ou de Ciências e, por último, um relato de investigação refere-se ao
ensino de Psicologia e outro ao ensino de Filosofia da Educação. Apenas em um
curso de Licenciatura em Matemática, encontramos um relato sobre a experiência de
ensino em disciplina da área específica: Probabilidade e Estatística. Oito trabalhos
não especificam disciplinas, mas se referem ao ensino na licenciatura de modo geral .
Em relação às pesquisas em disciplinas dos cursos de Bacharelado, o Quadro
5 mostra que seis textos referem-se ao ensino e aprendizagem de Matemática e um ao
de Ciências. Três trabalhos não especificam disciplina. Em relação à Matemática, as
disciplinas mais mencionadas são as de Cálculo. Um trabalho relata experiências nas
disciplinas de Psicologia Escolar e Psicologia Clínica e nos estágios correspondentes
de um curso de Psicologia, outro relata experiência na disciplina Administração em
Saúde Pública de um curso de Nutrição e outros dois escrevem sobre atividades em
disciplinas como Zootecnia e Sistemas estruturais.
No Quadro 5 também é possível observar que das investigações sobre o
ensino que abordam a graduação em geral e aqueles cursos que ofertam tanto
licenciatura quanto bacharelado, o ensino de Ciências, Biologia e Matemática é
68
responsável por mais três trabalhos. Cinco textos escrevem sobre ensino de
graduação em geral. Ao todo, dos quarenta e oito textos que relatam práticas de
ensino-aprendizagem em sala de aula, nas licenciaturas e bacharelados, vinte (41,7%)
referem-se ao ensino de Ciências, Biologia e Matemática.
69
Quadro 6: Investigações sobre práticas de ensino-aprendizagem - aspectos salientados nas licenciaturas: métodos e recursos Métodos e recursos de ensino
Aspectos Cursos
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Matemática e Ciências
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Artes x [4] x
[41] x x [48] x [50] x [55] x [67] x [93] x [119] x
Pedagogia
[125] x [49] x [63] x [65] x [84] x [91] x [109] x [110] x [128] x [139] x
Não especificado
[147] x
Cur
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Licenciatura à distância
[71]
x
Total 26 8 - 1 2 2 1 1 1 1 2 7 - 1
70
Quadro 7: Investigações sobre práticas de ensino-aprendizagem - aspectos salientados no bacharelado: métodos e recursos Métodos e recursos de ensino
Aspectos Cursos
Tex
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[28] x [51] x
Matemática
[127] x [68] x [90] x x [123] x
Engenharia
[148] x [69] x Arquitetura [81] x
Psicologia [43] x Nutrição [88] x Ciências [14] x x Outros [45] x
[85] x [94] x x [105] x x [108] x [112] x [113] x [140] x
Cur
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[146] x x Matemática [112] x Bac. e
lic. Biologia [149] x Total 2 2 1 1 1 - - 6 2 8 2 1 1
71
Tabela 10: distribuição de textos na categoria investigações sobre práticas de ensino-aprendizagem no período de 1996 - 2003 Ano Categoria
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Total
Investigações de práticas de ensino-aprendizagem
2 1 4 6 6 12 10 7 48
0
2
4
6
8
10
12
1996 1998 2000 2002
investigaçõessobre práticasde ensino-aprendizagem
Gráfico 5: distribuição de textos de investigações sobre práticas
de ensino-aprendizagem no período 1996-2003
Tabela 11: distribuição dos textos de investigações sobre práticas de ensino-aprendizagem por Grupo de Trabalho da ANPEd
Grupo de Trabalho Nº de textos GT 4 – Didática 10 GT 8 – Formação de professores 8 GT 12 – Currículo 2 GT 13 - Educação fundamental 1 GT 16 - Educação e comunicação 6 GT 17 - Filosofia da educação 1 GT 18 - Alfabetização de pessoas jovens e adultas 2 GT 19 - Educação matemática 14 GT 20 - Psicologia da educação 2 GT 22 - Grupo de estudos em educação ambiental 1
72
Na Tabela 10 e no Gráfico 5 observamos a distribuição de textos na categoria
Investigações sobre práticas de ensino-aprendizagem no período de 1996 a 2003. Como
pode ser visto há um aumento considerável de textos, em média 2, 5 vezes mais, nos
quatro últimos anos. Em 2001, foram apresentados doze textos, o dobro dos dois anos
anteriores; a partir desse ano, há um decréscimo, mas o número de textos continua
elevado em relação ao início do período. Isto pode ser explicado em parte como
possível repercussão da ênfase dada às práticas nas Diretrizes Curriculares para o
Ensino Superior que suscitou reformulações curriculares; também porque muitos dos
textos que relatam experiências estão circunscritos às disciplinas de Prática do Ensino
nas Licenciaturas e outra explicação possível está na incidência de textos com
experiências de inserção de tecnologias virtuais de informação e comunicação,
principalmente nos cursos de Bacharelado.
Como se observa na Tabela 11, há concentração de textos nos GTs de Didática e
de Formação de Professores de onde provêm a maioria de textos sobre os Estágios
Curriculares e sobre a disciplina Prática de Ensino e nos GTs de Educação Matemática
e Educação e Comunicação, que originaram grande número de textos com temáticas
voltadas para o uso com finalidade didática das novas Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs).
73
CATEGORIA 2
TEXTOS QUE CONTÊM ANÁLISES E DISCUSSÕES TEÓRICAS SOBRE
CURSOS, ESTRUTURA CURRICULAR, DISCIPLINAS, ÁREAS DE
CONHECIMENTO, ETC.
74
Quarenta textos abordam teoricamente aspectos relacionados à estrutura
curricular, organização de cursos, conteúdos disciplinares, e constituição histórica de
cursos, disciplinas ou campos de conhecimento da graduação. Nesta categoria foram
incluídos os textos que realizam análises documentais e bibliográficas ou levantamento
de opiniões sobre cursos, mas não o tipo de investigação específica de sala de aula que
define a categoria anterior. Dos quarenta textos, trinta (75%) abordam questões
relacionadas aos cursos de licenciatura e de formação de professores, em geral, e dez
textos (25%) escrevem sobre questões relacionadas aos cursos de bacharelado.
Como pode ser observado no Quadro 8 que mostra os cursos, disciplinas e
campos de ensino nas licenciaturas, as disciplinas mencionadas nos textos são da área
pedagógica: Didática, Avaliação, Educação Infantil e Filosofia da Educação.
A Didática como disciplina e campo de investigação é discutida em três textos.
Da Filosofia da Educação são ressaltados, em quatro textos, aspectos de delimitação do
campo de estudo e ensino em relação ao da Filosofia, o histórico da disciplina e o papel
na formação de professores. Quanto a outras disciplinas mencionadas, os textos
discutem aspectos de definição, fundamentação teórica e prática de ensino. A maioria
das disciplinas mencionadas nos textos é de cursos de Pedagogia. Em relação a esse
curso um texto discute, ainda, a reformulação curricular de um curso noturno.
No Quadro 8 observam-se, também, aspectos de diferenciação profissional e
curricular entre a formação do bacharel especialista e o professor licenciado, que são
salientados em seis textos que tratam de cursos de Educação Ambiental, Educação
Física, História e Ciências Biológicas. Nos três últimos ressalta-se a desarticulação entre
ensino e pesquisa em parte considerada decorrente da estrutura curricular diferenciada
desses cursos.
75
Dois textos relatam o histórico da inserção, em instituições de Ensino Superior,
dos campos educacionais e de formação de professores. Oito textos se referem à
formação inicial nas licenciaturas: a) quatro discutem modelos de formação de
professores para o Ensino Básico; b) um aborda a relação entre a formação inicial e a
atuação profissional; c) outro trata de aspectos da relação entre ensino e pesquisa na
formação de professores; d) um texto trata de um projeto institucional de formação
inicial; e) o último ressalta aspectos da influência da formação inicial na constituição da
identidade do professor. Sobre a licenciatura em Matemática, um texto analisa a
articulação entre formação inicial pedagógica e específica e a prática no Ensino Básico.
O Quadro 9 mostra cursos, disciplinas e campos de ensino no bacharelado. Um
texto discute o uso da matemática como recurso pedagógico em curso de Engenharia e
outro texto aborda questões relacionadas à diversificação de cursos na área tecnológica e
à configuração de uma Universidade Tecnológica. Seis textos ana lisam as mudanças nos
cursos e na estrutura curricular em função dos resultados obtidos na Avaliação Nacional
de Cursos e discutem os modelos de avaliação do ensino superior além dos critérios para
cursos diferentes. Um texto escreve sobre o ciclo básico em cursos superiores e outro
sobre as mudanças curriculares nos cursos de formação profissional decorrentes da
reestruturação do mercado de trabalho.
76
Quadro 8: cursos, disciplinas e campos de ensino nas licenciaturas. Constituição histórica, estrutura e organização - análises teóricas
LICENCIATURA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES LICENCIATURA E BACHARELADO
Cur
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Pedagogia
Formação inicial de professores
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Licenciaturas em geral
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tre e
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pesq
uisa
Texto Nº ...
[7; 130]
[104]
[97]
[87]
[101]
[16; 159]
[40; 157; 116; 138]
[17; 21; 57; 59]
[12; 42]
[96]
[4]
[13; 34; 79]
[38; 106]
[156]
[23; 35, 89, 117]
Sub total
2 1 1 1 1 2 4 4 2 1 1 3 2 1 4
Total 30
77
Quadro 9: Cursos, disciplinas e campos de ensino no bacharelado. Constituição histórica, estrutura e organização - análises teóricas.
BACHARELADO Cursos Engenharia Odontologia Direito Área tecnológica Não especificado Outros
Aspectos
salientados
Matemática como método e recurso didático
Impacto da Avaliação Nacional de Cursos. Mudança estrutura curricular e reformulação do curso
Impacto da Avaliação Nacional de Cursos. Mudança estrutura curricular compara modelos de avaliação
Universidade tecnológica. Flexibilização e diversificação de cursos
Avaliação Nacional de Cursos: modelos, critérios e impacto nas instituições. Mudança estruturas curriculares
Mudança na formação profissional e Reforma do Mercado; Cursos com ciclo básico
Textos Nº... [124] [70] [33] [53] [72; 76; 103; 131] [62; 95]
Sub-total 1 1 1 1 4 2
Total 10
78
A Tabela 12 contem dados da distribuição dos textos teóricos selecionados
nesta segunda categoria e o Gráfico 6 mostra a evolução ao longo do período. Os anos
de 1998, de 2001 e de 2002 apresentam número mais elevado de textos sobre cursos e
reformulações curriculares.
A nossa suposição é que esse aumento pode estar relacionado, nos últimos anos
do Século XX, à discussão das reformulações curriculares e dos cursos, em geral, mas
principalmente os de formação de professores, decorrentes da adequação às novas
Diretrizes Curriculares para os cursos de Ensino Superior. Também poderia ser em
função da repercussão das avaliações de cursos de graduação, como parte da Política de
Avaliação Nacional do Ensino Superior. Em parte, essa suposição tem apoio na Tabela
13 que mostra quantidade elevada de textos no GT de Formação de Professores e no GT
de Políticas da Educação Superior. Os textos que discutem questões teóricas sobre
disciplinas e conteúdos ou áreas de conhecimento referem-se, em sua maior parte, à
Didática e à Filosofia da Educação.
Tabela 12: distribuição de textos teóricos sobre cursos e disciplinas no período de 1996 – 2003. Ano Categoria
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Total
Textos teóricos sobre cursos e disciplinas
3 5 6 3 5 9 6 3 40
79
0123456789
1996 1998 2000 2002
textos teóricos sobrecursos e disciplinas
Gráfico 6: distribuição de textos teóricos sobre cursos e Disciplinas, no período 1996-2003.
Tabela 13 : distribuição dos textos teóricos sobre cursos e disciplinas por Grupo de Trabalho da ANPEd.
Grupo de Trabalho Nº de textos 2) História da educação 1
4) Didática 5 5) Estado e políticas educacionais 1 7) Educação da criança de 0 a 6 anos 1 8) Formação de professores 11
9) Trabalho e educação 1 11) Políticas de educação superior 9 12) Currículo 2
14) Sociologia da educação 1 15) Educação especial 1 17) Filosofia da educação 4
19) Educação matemática 2 20) Psicologia da educação 1
80
CATEGORIA 3)
TEXTOS QUE SALIENTAM ASPECTOS RELACIONADOS AOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO
CATEGORIA 4)
TEXTOS QUE RELACIONAM ASPECTOS QUE ENVOLVEM ALUNOS E PROFESSORES
CATEGORIA 5)
TEXTOS QUE FOCALIZAM OS PROFESSORES QUE ATUAM NA GRADUAÇÃO
81
Nesta sessão analisamos os textos agrupados nas categorias aluno, professores e
alunos e professores. Isoladamente, em comparação com as outras categorias
apresentam incidência menor de textos; isto é mais evidente na discussão de aspectos
que envolvem alunos. Textos que tratam de professores tiveram maior presença no
período.
ALUNOS
ALUNOS E PROFESSORES
O Quadro 10 mostra os aspectos salientados sobre os alunos de graduação. De
um total de onze textos, quatro analisam questões relacionadas ao acesso e a
permanência dos alunos no ensino superior, entre elas, modelos de vestibulares, oferta e
ocupação de vagas, mobilidade interna ou problemas na continuidade da vida acadêmica
dos discentes. Os autores buscam diferenciar evasão e exclusão, por exemplo, ou tratam
de definir critérios para o que seria fracasso escolar nesse nível de ensino. Cinco textos
– entre eles, um sobre alunos de Pedagogia e outro sobre alunos de Ciências Humanas –
realizam caracterização quanto à raça, cor, status, desempenho acadêmico, formação e
trajetória cultural ou experiências escolares, entre outras. Dois textos abordam as
práticas de leitura de alunos de ensino superior: um discute a generalização do uso de
fotocópias e o outro, as práticas e as representações de leitura.
Tabela 14: distribuição de textos na categoria de alunos de graduação período de 1996 – 2003. Ano Categoria
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Total
Alunos - 1 3 2 1 2 1 1 11
82
Quadro 10: alunos na graduação – aspectos salientados. GRADUAÇÃO
Cursos Geral Ciências Humanas Pedagogia Total = 11 4 3 1 1 2
Caracterização
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Textos Nº... [30; 37; 52; 107] [24] [74] [158] [134] [39] [47] [102]
83
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
alunos
Gráfico 7: distribuição de textos sobre alunos da graduação no período 1996-2003.
A Tabela 14 e o Gráfico 7 permitem observar a evolução dos textos que tratam
de aspectos relacionados aos alunos. Como pode ser visto, são poucos os textos que
lidam com as problemáticas gerais dos alunos de graduação. Isto nos sugere que a
pesquisa instituc ional que visa o conhecimento dos alunos pode ser ainda incipiente. Se
observarmos a Tabela 15, nossa suposição se fortalece, já que o maior número de textos
lida com acesso e permanência e provêm do GT de Políticas de Educação Superior e
pode estar relacionada às políticas de expansão e ocupação de vagas ociosas.
Tabela 15: distribuição dos textos sobre alunos por Grupo de Trabalho da ANPEd. Grupo de Trabalho Nº de textos
3) Movimentos sociais e educação 1 8) Formação de professores 1
10) Alfabetização, leitura e escrita 2 11) Políticas de educação superior 5 14) Sociologia da educação 1
21) Relações raciais/ étnicas e educação ou Negro e educação
1
84
Outras problemáticas relacionadas à vida acadêmica dos alunos são menos
consideradas. Chama a atenção, o fato de que somente dois textos relacionam
professores e alunos em termos que poderíamos chamar de sócio-cognitivo-afetivos,
diferente do tom mais voltado para as questões de apuração de rendimento e
desempenho.
É o que mostram a Tabela 16 e o Gráfico 8 onde vemos os dois textos que
analisam aspectos que relacionam alunos e professores: o primeiro verifica dados
institucionais de ingresso e evasão dos alunos e o incentivo à pesquisa e à dedicação
exclusiva de professores; o segundo aborda a relação professor-aluno caracterizada
como “assédio moral”.Talvez estas questões possam ser consideradas emergentes na
pesquisa institucional, nos últimos anos do período.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1996 1998 2000 2002
alunos e professores
Gráfico 8: distribuição de textos sobre alunos e professores no período 1996-2003.
85
Tabela 16: distribuição dos textos sobre alunos e professores por Grupo de Trabalho da ANPEd. Grupo de Trabalho Nº de textos
11) Políticas de educação superior 1 20) Psicologia da educação 1
PROFESSORES QUE ATUAM NA GRADUAÇÃO
Os textos que escrevem sobre aspectos relacionados aos professores que atuam
na graduação aparecem em maior quantidade, quase três vezes mais do que textos sobre
alunos.
O Quadro 11 mostra os cursos e os aspectos salientados em textos que
escrevem sobre o professor.
Vemos Nesse Quadro que: a) doze trabalhos mencionam a formação para a
docência e a prática dos professores: b) cinco textos tratam de concepções e
representações dos professores sobre ensino, conhecimento, aprendizagem, entre outras;
c) cinco tratam de questões relacionadas à identidade, gênero, raça, etnia ou a escolha e
vida profissional dos docentes; d) dois sobre os contextos de atuação docente; e) dois
sobre as formas de avaliação do processo de ensino-aprendizagem utilizadas por
professores em cursos de graduação.
Os cursos, em que foram salientados esses aspectos acima, podem ser vistos no
Quadro 11. Três textos se referem a cursos de licenciatura, outros três a cursos de
Pedagogia e um, a um curso de Engenharia.
86
Quadro 11: professores na graduação – aspectos salientados. Aspectos Cursos
Tex
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docê
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aval
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o
[160] x [136] x
Licenciaturas
[66] x [54] x [120] x
Pedagogia
[162] x Economia, História e Física [43] x
Medicina, Odontologia e Farmácia
[35] x
Enfermagem, Comunicação Social e Turismo
[92] x
Biologia, Química e Geografia
[163] x
Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas
[153] x
Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas
[142] x
D i v e r s o s Ciências Exatas e
Tecnológicas [86] x
Engenharia [114] x [137] x [28] x [118] x [30] x [14] x [75] x [45] x [26] x [2] x [82] x [141] x
Sem especificar
(geral)
[151] x Total 26 12 5 5 2 2
Sete textos relatam investigações sobre professores de diversos cursos em
conjunto como, por exemplo, Economia, História e Física ou, Medicina, Odontologia e
Farmácia; ou então, estudos em cursos das áreas de Ciências Exatas e Tecnológicas.
87
Doze textos tratam dos professores de graduação sem especificar curso; destes
últimos, sete textos ressaltam as atividades de ensino com pesquisa, um focaliza
práticas, concepções e representações, dois aspectos de identidade, gênero e raça, um o
contexto do trabalho docente e um a avaliação do ensino.
0
1
2
3
4
5
6
7
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
professores
Gráfico 9: distribuição, no período 1996-2003, de textos sobre professores que atuam na graduação
Tabela 17: número de textos na categoria professores que atuam na graduação, no período de 1996 – 2003. Ano Categoria
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Total
Professores 1 1 4 2 2 3 6 7 26
88
A tabela 17 mostra a distribuição de textos que tratam de questões relacionadas a
professores em cada ano do período entre 1996 e 2003. O Gráfico 9 permite comparar a
evolução dos textos no período. Com exceção do ano de 1998 que apresenta mais textos
na primeira metade do período, vemos que é em 2002 e 2003 que há maior incidência. É
provável que as políticas governamentais que atingem a carreira docente e a avaliação de
professores possam estar relacionadas a esses números, mas também deve ser
considerado maior interesse pela formação inicial e continuada, o que se evidencia nos
textos que tratam da formação didática, das concepções e da pessoa do professor.
Tabela 18: distribuição dos textos sobre professores por Grupo de Trabalho da ANPEd
Grupo de Trabalho Nº de textos
3) Movimentos sociais e educação 1 4) Didática 5 8) Formação de professores 6 11) Políticas de educação superior 7 16) Educação e comunicação 4
21) Relações raciais/ étnicas e educação ou Negro e educação
2
22) Grupo de estudos em educação ambiental 1
A Tabela 18 mostra a distribuição de textos sobre professor nos Grupos de
Trabalho da ANPED. Vemos que se originam principalmente dos GTs de Formação de
Professores, Políticas de Educação Superior, Didática e Educação e Comunicação. Esses
dados são coerentes com a preocupação da formação didática do professor nesse nível e
com a carreira docente.
89
CATEGORIA 6
AS FUNÇÕES DE ENSINO E PESQUISA EM RELAÇÃO À GRADUAÇÃO
90
Inferências sobre a relação entre ensino e pesquisa na graduação aparecem em
diversos textos que abordam a questão da diversidade de instituições que no ensino
superior assumem essas funções em conjunto ou isoladamente, no bojo de discussões
sobre políticas governamentais para a Educação Superior, sobre autonomia institucional
e financiamento do Ensino Superior ou sobre a história da Educação Superior no Brasil,
entre outros. Parece existir consenso entre os autores ao ressaltar o papel social que o
Ensino Superior, por meio de suas funções de ensino, pesquisa e extensão, desempenha
no desenvolvimento da cidadania e do país e ao questionar a idéia de um ensino de
graduação entendido como ação executada por professores que não exercem pesquisa
em instituições que não assumem essa função.
Pode inferir-se que, de modo geral, nos trinta e seis textos selecionados para
análise, existe a suposição de que sem processos investigativos perde-se o incentivo
para o desenvolvimento de capacidades de crítica e de raciocínio reflexivo
indispensáveis para a formação do aluno, seja porque ele não realiza atividades
investigativas, seja porque o professor não as realiza, prevalecendo, conseqüentemente,
um modelo de ensino transmissivo e uma idéia de conhecimento estático.
As idéias de um conhecimento em construção e de um processo de ensino-
aprendizagem ativo e em sintonia crítica com a realidade social imediata parecem estar
implícitas em três textos [11; 36; 77] que discutem, entre outras, a necessidade de
articular ensino e pesquisa à extensão e de criar, tanto no ensino quanto na pesquisa,
envolvimento e compromisso com essa realidade e não apenas com um contexto
mercadológico ou internacional.
91
Seis textos [19; 25; 26; 60; 111; 132] analisam aspectos como: a) as
dificuldades de concretizar no Brasil a associação das funções de ensino, pesquisa e
extensão - especialmente no âmbito da graduação - no bojo das discussões sobre
autonomia e financiamento das Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino
Superior privadas; b) concepções de pesquisa que constam na literatura acadêmica
brasileira e nas políticas para a educação superior; c) dificuldades de institucionalização
da pesquisa em universidade emergentes públicas ou privadas.
Nos textos mencionados acima, ressalta-se como, ao longo do tempo, na história
do Ensino Superior brasileiro ocorre descompasso entre as políticas públicas de
incentivo e financiamento ao ensino e à pesquisa, com conseqüências que levam a
expansão por um lado, mas a desvalorização, por outro, do ensino de graduação.
Questiona-se a qualidade desse ensino expandido de graduação que parece obedecer
mais à lógica de formar para o mercado de trabalho e menos à lógica de educar no
sentido crítico e reflexivo, em contradição com o que parece ser necessário para a
sociedade da informação.
Alguns textos abordam a relação entre ensino e pesquisa na graduação de uma
perspectiva explicativa e crítica da estruturação didática e administrativa atual das
universidades. A estrutura que é discutida é a que relaciona ensino à graduação,
pesquisa à pós-graduação. Um texto [64] aborda a dificuldade de associar ensino e
pesquisa na graduação, como resultado da estrutura departamental e da reformulação
dos currículos de graduação e da institucionalização da pesquisa na pós-graduação. Dois
textos [99;143] analisam os programas de iniciação científica considerados como um
meio de integração entre ensino e pesquisa nas universidades e que, para os autores dos
textos, apesar do efeito favorável nos alunos participantes, cumprem esse papel apenas
92
para poucos; para os alunos que não participam desses programas em sua formação, a
experiência acadêmica é, geralmente, de dissociação entre ensino e pesquisa.
Outros autores analisam a re-organização e re-estruturação dos cursos de
graduação na história de diversas instituições brasileiras na década de sessenta e após a
Reforma Universitária de 1968 e sugerem que não há incentivo para a associação entre
ensino e pesquisa em esse nível de ensino. Assim, encontramos um texto [10] que
analisa a estruturação diferenciada dos cursos de Ciências Sociais e Ciências Básicas de
uma universidade e conclui que o maior incentivo e financiamento para a área
tecnológica – em função das políticas governamentais prioritárias para Ciência e
Tecnologia - e o menor para a área de humanas levou ao desprestígio desta última. De
modo similar, um texto [18] sugere que nos projetos político-pedagógicos há maior
incentivo à pesquisa – institucionalizada na pós-graduação - do que ao ensino –
institucionalizado na graduação. O mesmo raciocínio aparece em outro texto [22] que
sugere que o incentivo das políticas de ciência e tecnologia cria dissociação entre ensino
e pesquisa no nível de graduação.
Em síntese, sobre a associação ensino e pesquisa na graduação, depreende-se
desses textos que a situação que, aparentemente, está posta é: o aluno de graduação, em
geral, pouco ou nada entra em contato com a pesquisa produzida - e pouco ainda a
realiza - e o professor envolve-se mais com os programas de pós-graduação e com os
órgãos de financiamento à pesquisa, pressionado, em parte, pelas condições externas de
financiamento e avaliação desses programas e, em parte, pelo status que essa
participação confere na vida acadêmica.
Um pouco do histórico da forma como é associado o ensino à pesquisa - ou o
ensino profissional e a atividade científica e acadêmica nas instituições brasileiras de
ensino superior - pode ser observado em textos de autores que se debruçam sobre as
93
concepções, os modelos e a configuração, principalmente, das universidades no mundo
e no Brasil.
Cinco trabalhos [3; 6; 100; 133 e 161] comparam: o ensino entendido como
formação profissional no modelo francês napoleônico, o tipo de associação entre ensino
e pesquisa do modelo alemão humboldtiano e do modelo americano com os modelos
desenvolvidos para o Ensino Superior nas instituições brasileiras. O que é sugerido
nesses textos é que variações dos modelos napoleônico e humboldtiano foram adotados
na criação de instituições brasileiras e que o modelo americano seria uma tendência
atual.
Dois textos [61 e 78] abordam modelos de ensino superior presentes em três
momentos históricos: 1) no contexto posterior à Segunda Guerra Mundial momento em
que o ensino era tido como “formação profissional”, a pesquisa era “saber” e extensão
era “serviço social”. 2) no contexto altamente individualista das mudanças produtivas e
do mercado de trabalho após os anos sessenta do Século XX, modelo caracterizado pela
dissociação entre ensino e pesquisa no contexto de expansão e diversificação de
instituições. 3) o contexto que se espera para o Século XXI no qual o ensino centra-se
no aluno, associa-se à pesquisa e se torna ensino interligado por meio de redes virtuais
locais e internacionais.
O ensino superior no Brasil após a Reforma Universitária de 1968 e o modelo de
expansão do ensino em instituições privadas e cursos isolados que não incentiva
pesquisa são discutidos em um texto [129]. Oito trabalhos [5; 20; 33; 73; 98; 150; 152;
155] abordam a situação atual do ensino superior brasileiro e as novas propostas de
Reforma Universitária. De modo geral, esses textos questionam: a subordinação da
formação profissional (ensino) e da produção de conhecimento científico (pesquisa) à
lógica do mercado; a contradição entre um discurso que valoriza a produção de
94
conhecimento em todos os níveis de ensino mas, não discute as condições institucionais
e de financiamento para efetivar essa produção; a expansão de um ensino sem pesquisa
que alia nos cursos conteúdos e tempo aligeirados, resultando em ensino fútil e
superficial, justamente o contrário da reflexão aprofundada e crítica que se suporia
necessária para lidar com o volume de informação da “Sociedade do Conhecimento”.
Além dos aspectos mencionados, outras questões sobre a relação entre ensino e
pesquisa na graduação são mencionadas em quatro textos [8; 58; 126; 145] que abordam
o significado e o sentido da formação no bacharelado; o modelo de expansão do ensino
superior brasileiro em estabelecimentos isolados - após a Reforma de 1968 – e, a
possível exclusão e desigualdade social que pode ser produzida pela dissociação entre
ensino e pesquisa – quando se trata de instituições de pesquisa e instituições de ensino,
por exemplo – e, por último, um texto [80] refere essas questões à formação de
professores.
A Tabela 19 mostra a quantidade de textos que abordam aspectos da relação
entre ensino e pesquisa no período entre 1996 e 2003.
Tabela 19: número de textos da categoria relação entre ensino, pesquisa e extensão no período de 1996 – 2003. Ano Categoria
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Total
Relação entre ensino, pesquisa e extensão
6 6 2 1 7 3 5 6 36
O Gráfico10 permite comparar a produção ao longo do período. Vemos que
textos que discutem aspectos relacionados à relação entre ensino e pesquisa têm
presença bastante elevada com exceção dos anos 1998, 1999 e 2001. Há um número
elevado de textos em 1996 e 1997, anos em que o debate sobre a nova Lei de Diretrizes
95
e Bases da Educação Nacional, LDNEN, é acirrado em torno das funções das
universidades e da diferenciação de instituições; também é elevado no final do período,
possivelmente esse interesse é suscitado pelos debates em torno do projeto da Reforma
Universitária. O mesmo pode inferir-se em relação ao ano de 2002 em que sete textos
abordam questões que trazem à tona a relação entre ensino e pesquisa: como os que
discutem modelos de universidade, história das instituições brasileiras ou políticas de
avaliação e financiamento do ensino e da pesquisa.
Chama a atenção, ao observar a Tabela 20, o fato de que dos trinta e seis textos
que selecionamos para análise porque forneciam aspectos sobre a relação entre ensino e
pesquisa na graduação, trinta e três foram apresentados no GT de Políticas da Educação
Superior. A preocupação neles é mais com a defesa de um ensino de qualidade no
sentido político geral do que com a discussão sobre os aspectos pedagógicos
implicados. Neste sentido, apenas um texto escreve sobre o sentido formativo crítico e
emancipatório da relação entre ensino e pesquisa na graduação.
Tabela 20: distribuição dos textos sobre relação entre ensino, pesquisa e extensão por Grupo de Trabalho da ANPEd
Grupo de Trabalho Nº de textos 2) História da educação 1 [18]
4) Didática 1 [145] 8) Formação de professores 1 [80]
11) Políticas de educação superior 33
96
0
1
2
3
4
5
6
7
1996 1998 2000 2002
relação entreensino,pesquisa eextensão
Gráfico 10: distribuição de textos sobre relação entre ensino, pesquisa e extensão no período 1996-2003.
97
SÍNTESE CONCLUSIVA
Esta tese teve origem em um questionamento sobre a prática de sala de aula no
ensino superior. A indagação voltava-se não só para os aspectos relacionados à
efetivação do processo de ensino – aprendizagem no dia a dia da graduação, mas
também para aspectos relacionados à estrutura, ao funcionamento, à organização dos
cursos e à própria existência da graduação. O objetivo principal foi construir um mapa
da graduação, por meio da análise da produção científica veiculada na ANPEd, principal
evento de discussão e divulgação de pesquisa da área da educação.
Para cumprir nosso objetivo, comparamos os dados colhidos com os resultados
de alguns trabalhos de síntese de produção acadêmica. Tomamos por base os seguintes
estudos:
a) MOROSINI, M. C.(Org.). Educação Superior em periódicos nacionais
(1968 – 1995), publicado pelo MEC/ Inep/ Comped em 2001. Estado da
Arte que toma por base o Banco de Dados Universitas/ BR . Esse Banco
organiza e analisa a produção nacional sobre Educação Superior em
periódicos naciona is no período entre 1968-1995.
b) O estudo Ensino de Graduação e a Pesquisa de SEGENREICH (2001)
publicado como capítulo do livro Educação Superior: análises e
perspectivas de pesquisa organizado por SGUISSARDI, V. e SILVA Jr.,
J. R. (2001). Essa autora utiliza o Banco de Dados Universitas/ BR entre
1968 e 1995, documentos oficiais e a produção veiculada na SBPC de
1996 a 1998.
98
c) O estudo sobre professores de ensino superior publicado em
MANCEBO, D. e FÁVERO, M. L. A. (2004) que toma por base o Banco
de Dados Universitas/ BR de 1968 a 2000.
d) A Tese de Doutorado de ROMANOWSKI, J. P. (2002) que analisa teses
e dissertações sobre licenciaturas.
e) O estado da Arte sobre Formação de Professores no Brasil (1990-1998)
organizado por ANDRÉ, M. E. D. A. e publicado pelo MEC/ Inep/
Comped em 2002, que analisa o tema formação de professores em teses
e dissertações de 1990 a 1996, artigos de periódicos de 1990 a 1997 e a
produção do GT 8 – Formação de Professores da ANPEd entre 1992 e
1998.
RESULTADOS E ASPECTOS ABORDADOS
Os textos que abordam aspectos relacionados à graduação representam em
média 10 a 11% dos trabalhos apresentados na ANPEd. Entre 1996 e 2003, aumenta o
número de trabalhos sobre graduação: observamos que no final do período há quase
2,5 vezes mais textos do que no início do período. O ano com maior número de textos
sobre graduação é 2001. É possível que esse aumento de trabalhos não signifique
necessariamente maior interesse na graduação como objeto de pesquisa; esta afirmação
apóia-se no fato de que, como um todo, o número de trabalhos aceitos para apresentação
na ANPEd aumentou de 1996 a 2003 e no fato de que a produção relacionada à
graduação tende a cair após 2001. Este ano congregou o maior número de textos sobre a
estrutura e organização curricular, sobre os conteúdos disciplinares e sobre as práticas
99
pedagógicas, assim como investigações sobre o corpo discente. Como toda essa
produção diminui posteriormente, é possível supor que a necessidade de adequar os
cursos de graduação às exigências da legislação (principalmente às Diretrizes
Curriculares para os cursos de Ensino Superior) tenha suscitado diversas investigações.
Embora o tom de crítica às Diretrizes seja notório em muitos textos, não há
necessariamente continuidade nas pesquisas.
Afirmação contrária pode ser feita em relação ao aumento de pesquisas sobre a
formação de professores para o ensino superior. Os trabalhos sobre os professores de
ensino superior, entre esses, os que tratam de sua formação pedagógica, aumentam no
final do período. Parece-nos que o interesse na formação didática dos professores de
graduação aumenta provavelmente em função das mudanças curriculares e dos
resultados das avaliações dos cursos de ensino superior e provavelmente, também, em
função da maior atribuição de responsabilidade à qualidade do ensino.
O GT Políticas de Educação Superior é responsável por mais de 30% dos
textos analisados, os quais fornecem informação sobre a relação entre ensino e pesquisa.
O exame desses textos possibilitou pensar a relação entre ensino e pesquisa a partir de
perspectivas que analisavam a história, o financiamento, a estrutura ou a organização do
sistema da educação superior no Brasil e a história particular das instituições de ensino
superior, entre outros. Aspectos relacionados à estrutura e organização curricular de
cursos, às disciplinas, às questões pedagógicas, às metodologias, práticas e recursos de
ensino são objeto de relatos e discussões teóricas em 16% dos textos do GT Formação
de Professores; 12% de textos que se originam no GT de Didática e nos quase 10% de
textos originados no GT de Educação Matemática.
100
As temáticas dos Grupos de Trabalho ou de Estudo, no caso da ANPEd
direcionam a escolha dos trabalhos apresentados, o que explica em parte, os dados
anteriores.
Dos textos que abordam temas da história, financiamento, estrutura ou da
organização da educação superior e das instituições, 40% provêm de instituições cujos
programas de pós-graduação possuem linhas de pesquisa ou grupos de estudo sobre
esses temas. Também chama a atenção que as instituições de procedência dos trabalhos
são, em sua maioria, públicas. Entre as particulares, predominam as instituições
confessionais. Situação semelhante aparece nos artigos de periódicos no período entre
1968 e 1995, como menciona MOROSINI (2001), para quem a existência dos cursos de
pós-graduação e da pesquisa localizados nas Instituições de Ensino Superior públicas
define essa situação.
Dos textos analisados, 35% referem-se às Licenciaturas: as mais citadas são
Pedagogia, Matemática e Ciências; 7% abordam Bacharelado. Os problemas dos cursos
que ofertam bacharelado e licenciatura são focalizados em 8% dos textos; já a
integração entre graduação e pós-graduação aparece em apenas 1%. Os aspectos
teóricos e práticos de cursos, disciplinas e sala de aula são abordados em quase metade
dos textos analisados. O predomínio de textos que se referem aos cursos de licenciatura
pode ser explicado pelo fato de a ANPEd ser órgão de discussão e divulgação de
pesquisa na área de educação. Como MOROSINI (2001) supõe, ao encontrar dados
semelhantes na produção sobre ensino superior em periódicos nacionais, a nossa
suposição é de que outros fóruns de divulgação de pesquisa em áreas específicas de
conhecimento estejam congregando pesquisa sobre o ensino nessas áreas. Se assim for,
seria interessante buscar aproximação com esses fóruns com o objetivo de construir uma
visão mais abrangente do que se pesquisa sobre ensino em diversas áreas.
101
Os aspectos abordados sobre a graduação nos textos analisados foram
organizados em seis categorias: a) investigações sobre práticas de ensino-aprendizagem;
b) discussões teóricas sobre cursos e disciplinas; c) alunos; d) professores; e) alunos e
professores; f) a relação entre ensino e pesquisa nas discussões histórico- políticas.
Dessas categorias, as que envolvem professores e alunos oferecem dados, geralmente,
de pesquisa institucional. Enquanto que textos sobre alunos têm baixa freqüência e uma
certa estabilidade ao longo do período, textos sobre formação de professores para o
ensino superior apresentam um aumento nos últimos anos.
Nas investigações sobre práticas de ensino-aprendizagem, as licenciaturas
apresentam o dobro de textos dos de bacharelado. Predominam os cursos de Pedagogia
e de Licenciatura em Matemática e, no bacharelado, os da área de exatas: Engenharia e
Matemática. São raras as investigações sobre práticas de ensino em outros cursos; as
que encontramos têm, geralmente, preocupação com a formação didática do professor
em metodologias de avaliação, por exemplo, ou introdução de tecnologias virtuais como
recursos didáticos. É bem provável que sendo a ANPEd uma associação da área de
educação concentre mais trabalhos sobre licenciatura do que sobre os cursos do
bacharelado.
FRANCO, MOROSINI, OLIVEN, PEIXOTO e TAVARES (In: MOROSINI,
2001) sugerem que a maior incidência de documentos sobre a graduação na categoria
“Ensino” do banco de Dados Universitas / Br ocorre em função de críticas à formação
de profissionais egressos desses cursos e de movimentos de avaliação do ensino. Nos
textos que analisamos, existe a preocupação com o profissional em formação e discute-
se a repercussão da avaliação de cursos. Entre os cursos, essas autoras mencionam
liderança de publicações que discutem o curso de Pedagogia; em seguida vêm as
102
publicações sobre os cursos de Química, Ciências Biológicas e Medicina. Em nosso
estudo, o curso de Química está ausente e o de Pedagogia é o mais mencionado.
Nas licenciaturas, prevalecem algumas tendências apontadas pela pesquisa de
ROMANOWSKI (2002) que examinou teses e dissertações sobre as licenciaturas da
década de 90: em nossos textos são apontados problemas e contradições dos cursos;
especialmente em relação à formação específica, discute-se a falta de articulação entre
ensino e pesquisa. No entanto, ao contrário das teses e dissertações analisadas por
Romanowski, discussões mais amplas sobre os cursos de licenciatura que abordem os
problemas desses cursos – sua descrição e explicitação, por exemplo -, sua estrutura e os
avanços e mudanças realizadas nas propostas, não aparecem nos textos da ANPED.
Apesar de grande número de textos que abordam ensino com pesquisa e
concepções de alunos, que talvez possam ser consideradas inovações no ensino, ou
talvez, repercussão das Diretrizes Cur riculares, há na realidade, em relação às
licenciaturas, dispersão de temas e de aspectos salientados. Tanto MOROSINI (2001)
quanto ROMANOWSKI (2002) apontam a estrutura departamental como um dos
elementos mencionados nos periódicos nacionais e nas teses e dissertações, que
contribuem para a falta de diálogo coletivo sobre os problemas das licenciaturas nas
instituições universitárias. A estrutura departamental, em nossos estudos é mencionada,
geralmente, na discussão da falta de articulação entre ensino e pesquisa, seja nas
licenciaturas, seja de modo geral na graduação. ROMANOWSKI (2002) menciona,
também, investigações sobre a aprendizagem e o domínio de conteúdos pelos alunos de
licenciatura. Mais rara nos textos da ANPED, esse tipo de investigação aparece
relacionada ao domínio de conteúdos de Matemática. A questão das licenciaturas
parece-nos longe de ser resolvida. A escassez do debate mais geral nos trabalhos da
ANPED e a dispersão dos aspectos ressaltados nos textos poderiam significar cansaço
103
em discutir questões que parecem sem solução e tentativa de levar adiante o ensino
investindo em qualidade, mesmo que em iniciativas isoladas e individuais.
Entre as disciplinas mencionadas nas investigações sobre experiências e
práticas de ensino-aprendizagem, predominam as de Prática de Ensino, as da área de
Matemática ou as Pedagógicas. Há diferença entre as licenciaturas e os bacharelados:
enquanto naquelas há maior número de investigações sobre os estágios e práticas
curriculares de ensino, com foco na atividade de aprendizagem dos alunos, nos
bacharelados predominam experiências dos docentes de ensino superior em disciplinas
de Matemática ou disciplinas técnicas com uso de novas tecnologias de informação e
comunicação. Esses dados mostram algumas diferenças em relação ao estudo de
FRANCO, MOROSINI, OLIVEN, PEIXOTO e TAVARES (In: MOROSINI, 2001)
que menciona maior freqüência nos periódicos nacionais de discussões sobre as
disciplinas de graduação: Química, Física e Biologia e nas licenciaturas, as disciplinas
da área pedagógica: Prática de Ensino, Estrutura e Funcionamento do Ensino e os
Fundamentos da Educação como Psicologia, Biologia e História.
Encontramos em nosso estudo que textos relacionados à educação ambiental,
tema já emergente no estudo de ANDRÉ (2001), aparecem com certa freqüência nas
licenciaturas. É possível que a consolidação do GT Educação Ambiental tenha
evidenciado esses temas em relação à formação de professores, embora a discussão
esteja ainda na delimitação da área em relação ao especia lista e do que seria a prática
educacional.
Quanto aos recursos e metodologias de ensino, observamos que nos textos da
ANPED do período entre 1996 e 2003, que tratam de licenciaturas, predominam
investigações sobre o uso da pesquisa como recurso didático e o levantamento de
concepções e representações dos alunos. As tecnologias virtuais aparecem nas
104
licenciaturas apenas em textos que discutem cursos de educação à distância para a
formação de professores. Nesses textos assinala-se muito mais o caráter de meio de
concretização da formação (por exemplo: utilização de vídeo conferências) do que o de
recurso didático a ser utilizado pelo professor em sala de aula (nem na formação inicial
do licenciado e nem na futura prática profissional). Como aponta ANDRÉ (2002) e
pode ser observado na produção da ANPEd que analisamos, o uso das novas tecnologias
de informação e comunicação continua ausente nos cursos de formação de professores.
Situação oposta encontra-se ao verificar os recursos mais utilizados nos
bacharelados: neles prevalecem as técnicas que utilizam novas tecnologias de
informação e comunicação além, das investigações sobre concepções dos alunos. A
ênfase na graduação está nas possibilidades didáticas da interação virtual e da pesquisa
via multimídia e na investigação e avaliação das dificuldades que daí surgem. Esse é um
campo que continua inexplorado em relação à formação de docentes nos cursos de
licenciatura.
As abordagens teóricas referem-se preferencialmente aos cursos de
Licenciatura; apenas um terço delas discute cursos ou outros aspectos dos bacharelados;
mais do que textos teóricos, os cursos de bacharelado apresentam investigações de
experiências de ensino e de práticas docentes. Em geral, os textos teóricos abordam a
estruturação e as reformulações de cursos em função de avaliação de cursos; como
supunha MOROSINI (2001) os textos que abordam impacto de avaliação têm
incidência maior no período que analisamos enquanto que antes da implantação das
políticas de avaliação de cursos do MEC, eram menos freqüentes.
Aspectos didáticos do ensino e de delimitação do campo disciplinar ou da
função curricular de uma dada disciplina surgem em relação a diversas disciplinas e
campos de estudo. Aparecem discussões, com base na literatura da área, sobre
105
oposições e diferenças na estrutura e na formação nos cursos que ofertam licenciatura e
bacharelado e sobre a relação entre a formação inicial e a atuação profissional. Mas,
como foi apontado, em oposição ao encontrado por ROMANOWSKI (2002), discutem-
se aspectos pontuais e não a estrutura e organização desses cursos.
Em relação ao corpo discente prevalecem textos de pesquisa institucional sobre
acesso e permanência dos alunos no ensino superior e, ainda, caracterizações de alunos
quanto a desempenho, interesses, formação escolar e acadêmica, gênero e aspectos
étnicos. Apenas um estudo aborda aspectos relacionados a alunos de camadas
populares. Chama a atenção a ausência de textos que abordem aspectos relacionados aos
alunos trabalhadores e aos portadores de necessidades especiais, temas já ausentes em
estudos anteriores, assim como inexistem estudos sobre a idade de ingresso no ensino
superior, como relatam VASCONCELOS, MEDEIROS, SEIFFERT e CHAVES (In:
MOROSINI, 2001). Nos periódicos nacionais analisados por essas autoras aparecem
aspectos ausentes em nosso estudo como orientação vocacional dos alunos ou regimes
de matrícula. É possível que temas de etnia, relacionados a alunos apareçam nos
próximos anos na ANPEd em função da consolidação do GT Raça, Etnia e Educação e
em decorrência das políticas de inclusão promovidas pelo governo. Nos últimos anos do
período entre 1996 e 2003 surgem textos que abordam aspectos interacionais da relação
professor aluno em termos de violência psicológica (assédio moral). Também surgem
estudos que procuram estabelecer relação entre o desempenho e a permanência dos
alunos e o incentivo que os professores recebem para a dedicação exclusiva e para a
pesquisa. De modo geral, podemos afirmar que a pesquisa institucional relacionada aos
alunos é campo ainda pouco explorado.
Quanto ao enfoque nos professores de ensino superior, encontramos aumento
de textos no final do período e preocupação crescente com a formação didática.
106
Também aparecem textos que investigam a pessoa do professor, concepções, trajetória
acadêmica e questões de gênero e raça. Com base em VASCONCELOS, MEDEIROS,
SEIFFERT e CHAVES (In: MOROSINI, 2001), podemos supor que o interesse pelo
professor vem crescendo desde a década de 70 do Século XX. Esse interesse inicia-se
com a busca de métodos alternativos de ensino, passa pelo questionamento do papel do
professor na década de 80 e entra na de 90 com o interesse pela avaliação dos processos
de ensino e aprendizagem no nível superior.
A década de 90, como mostra MANCEBO (2004) representa um salto na
produção sobre professor de ensino superior no contexto da análise de periódicos
nacionais. Embora mencionados nos textos da ANPED, os efeitos psicossocias da
competição em busca de desempenho e mérito instalados nas instituições de ensino
superior nos últimos anos continuam sem suficiente aprofundamento, fato já apontado
por Mancebo. É interessante ressaltar que nas pesquisas sobre formação de professores
em geral (ANDRÉ, 2002), a formação do professor de ensino superior é quase
silenciada. É provável que essa diferença dependa do tipo de fonte utilizada.
São raros os textos que discutem a relação entre ensino e pesquisa nos termos
apontados no estudo de SEGENREICH (2001). A relação entre ensino e pesquisa
aparece mencionada na ANPED na investigação de experiências e práticas de ensino-
aprendizagem, porém, em geral os textos que relatam experiências de ensino com
pesquisa nem sempre discutem essa associação, apenas a afirmam. Nesses textos
encontramos usos de pesquisa como recurso didático para favorecer a aprendizagem dos
alunos; investigações sobre concepções de alunos com finalidade de planejamento de
aulas; investigação da vivencia e aprendizagem dos alunos em situações de estágio ou
de participação em projetos de extensão; professores mencionam, em muitas dessas
situações, estar cumprindo com o princípio de indissociabilidade entre ensino e
107
pesquisa. O significado da associação entre ensino e pesquisa e as diversas formas de
interpretar essa associação são discutidas em textos teóricos que abordam o significado
da formação de nível superior ou as Políticas de Educação Superior. Nesses textos, a
questão da qualidade do ensino e da prática de ensino aliado à pesquisa e seu papel na
formação são mais aprofundados. Raramente a discussão sobre o que se entende por
pesquisa surge como nos estudos sobre o professor-pesquisador no ensino fundamental.
O tema pesquisa e graduação era pouco abordado em periódicos nacionais no
período entre 1968 e 1995 conforme afirmam FRANCO, MOROSINI, OLIVEN,
PEIXOTO e TAVARES (In: MOROSINI, 2001). É possível que as referências à
associação entre ensino e pesquisa na graduação que encontramos nos textos da ANPEd
sejam, por um lado, reflexo da concepção que alia ensino e pesquisa à concepção de
qualidade; por outro lado, podem ser reflexo de diretrizes que inserem algum tipo de
pesquisa na formação em nível superior e por último, podem ser indício de maior
preocupação com esse tema em relação à graduação.
No estudo de MOROSINI (2001) são recorrentes temas como o curso de
Pedagogia e o resgate da trajetória histórica de cursos e instituições. Essa tendência
aparece também em nossos dados.
Algumas lacunas apontadas na literatura sobre ensino superior por MOROSINI
(2001), mantêm-se em nosso estudo: estudos sobre os cursos de Ciências Sociais e
Letras inexistem e as relações e processos compartilhados por professores e alunos
continuam quase ausentes. Ao contrário, os estudos de gênero considerados lacunas, por
Morosini, aparecem com alguma freqüência na produção da ANPEd.
Em suma, podemos concluir que ainda há muito a ser investigado em relação à
graduação. Seria interessante, verificar, por exemplo, em outros fóruns que discutem
pesquisa em áreas específicas, o que se escreve sobre o ensino e a pesquisa na
108
graduação. O ensino de química é um exemplo de tema que aparece nos periódicos, mas
na ANPEd não marca presença: estará em foco em outros espaços ou não é discutido
mais? Como já perguntava MOROSINI (2001): onde estão as publicações sobre ensino
de Letras e de Ciências Sociais? Em relação às Licenciaturas poderíamos fazer
perguntas semelhantes: um tema quase silenciado é o de ensino de Fundamentos. Onde
estão os ensinos de Psicologia, de Sociologia, de História da Educação e de Biologia
Educacionais? Apenas a Filosofia da Educação ganha alguma atenção.
Um tema ignorado é o do ensino de graduação em instituições públicas que
dependem de professores substitutos e que trabalham em situação precária, semelhante à
do professor horista no ensino privado. Esses e outros problemas da graduação ainda
carecem de mais pesquisas.
109
O QUE APRENDI AO REALIZAR ESTA TESE?
Daquilo que sabes conhecer e medir, é preciso que te despeças, pelo menos por um tempo.
Somente depois de teres deixado a cidade verás a que altura suas torres se elevam acima das casas.
“Humano, demasiado humano”
NIETZSCHE (1987, p. 106)
Quando topei com a frase de Nietzsche pela primeira vez, me pareceu que ela
expressava o movimento de reflexão sobre a minha prática e sobre a formação de
professores que realizara no início do curso de doutorado e que acabou originando esta
Tese.
Hoje acho que ela expressa muito mais. O panorama da cidade mostra, ao longe,
quanto as torres se elevam em relação às casas; sobrevoando a cidade, então, vemos o
mapa: as praças, as ruas, os quarteirões. Mas, a noção de cidade só a temos se mapa e
panorama forem aliados ao andar nas ruas, entrar nos becos, sentar nas praças, cheirar
as casas ...
Talvez, esse seja o que mais contribuiu para a minha formação. Para construir o
mapa, o panorama da graduação, foi necessário olhar de longe, de cima, abstrair das
leituras aquilo que se destacava e formar uma composição. E foi também necessário me
perder nas ruas, aproximar, mergulhar em cada tema, para conhecer e daí abstrair. Não
foi fácil esse movimento de afastamento e de aproximação de temas tão diversos e
complexos quanto os debatidos na ANPEd.
Por vezes, perdi a noção do todo pela sedução das partes. O meu fio de Ariadne
foi a relação entre ensino e pesquisa. Ter escolhido observar a graduação tendo em foco
110
a associação entre ensinar, aprender e pesquisar na graduação centrou minha atenção e
me fez entender que além desse, outros temas e outras aproximações poderiam ser
possibilidades de novos estudos.
Continuo sendo caminhante e construindo caminhos.
111
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ISAIA, S. M. de A. As tramas da tessitura do professor do ensino superior. CD ROM da IV ANPEd Sul (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação): Na contracorrente da universidade operacional, Florianópolis, 2002. KOURGANOFF, W. A face oculta da universidade. São Paulo : Editora da Universidade Estadual Paulista, 1990. LEITE, M. C. L.; RAMOS, M. G. Pedagogia universitária na UFPel. In: MOROSINI, M. C. (Org.). Enciclopédia de pedagogia universitária. Porto Alegre : FAPERGS/ RIES, 2003, p. 95-110. LOPES, E. M. T.; FARIA Fº, L. M. de; VEIGA, C. G. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte : Autêntica, 2003. LÜDKE, M. A pesquisa e o professor de escola básica: que pesquisa, que professor? in CANDAU, V. M. (Org.). Ensinar e aprender: sujeitos, saberes e pesquisa/ Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (ENDIPE) – Rio de Janeiro : PP&A, 2000. _____. O professor, seu saber e sua pesquisa. Educação e Sociedade , Campinas, Ano XXII, n. 74, p. 77-96, Abril de 2001a. LÜDKE, M. (Org.). O professor e a pesquisa. Campinas, SP : Papirus, 2001b. MANCEBO, D. Uma análise da produção escrita sobre o trabalho docente em tempos de globalização. In: MANCEBO, D.; FÁVERO, M. L. A. (Orgs.). Universidade : políticas, avaliação e trabalho docente. São Paulo : Cortez, 2004, p. 235-250. MANCEBO, D.; FÁVERO, M. L. A. (orgs.). Universidade : políticas, avaliação e trabalho docente. São Paulo : Cortez, 2004, p. 235-250. MONTOYA, I. K.; PACHECO, Y. de M. A universidade e o novo paradigma educacional. CD ROM da IV ANPEd Sul (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação): Na contracorrente da universidade operacional, Florianópolis, 2002. MOROSINI , M. C. (org.). Educação Superior em periódicos nacionais (1968-1995). Brasília - DF : MEC/ INEP/ COMPED, 2001 a. _____ . Professor de ensino superior: identidade, docência e formação. Brasília : Plano Editora, 2001b. MOROSINI, M. C. (org.). Enciclopédia de pedagogia universitária. V.1, Porto Alegre : FAPERGS/ RIES, 2003. NIETZSCHE, F. W. Obras incompletas. São Paulo : Nova Cultural, 1987. PIMENTA, S. G. De professores, pesquisa e didática. Campinas, SP : Papirus, 2002.
115
PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo : Cortez, 2002. ROMANELLI, O. O. História da educação no Brasil (1930/ 1973). Petrópolis, RJ : Vozes, 1993. ROMANOWSKI, J. P. As licenciaturas no Brasil: um balanço das teses e dissertações dos anos 90. Tese de Doutorado. São Paulo : FEUSP, 2002. SANTOS, B. de S. Pela mão de Alice : o social e o político na pós-modernidade. São Paulo : Cortez, 2001. SANTOS, L. C. P. Pesquisa e ensino. In LISITA, V. M. S. S.; PEIXOTO, A. J (org.). Formação de professores: políticas, concepções e perspectivas. Goiânia : Alternativa, 2001, p. 19-33. SEGENREICH, S. C. D. Relação ensino de graduação e pesquisa: políticas públicas e realidade institucional . In: SGUISSARDI, V.; SILVA JR. J. dos R. (org.). Educação Superior: análise e perspectivas de pesquisa. São Paulo : Xamã, 2001, p. 187 – 212. SEVERINO, A. J. A produção do conhecimento na universidade: ensino, pesquisa e extensão. Educação & Linguagem, São Bernardo do Campo - SP, Ano 7, n. 10, p. 15-41, julho – dezembro de 2004. SGUISSARDI, V. O desafio da Educação Superior no Brasil. Quais são as perspectivas? Avaliação/ rede de avaliação institucional da educação superior – RAIES, Campinas, v. 5, n. 2 (16), p. 7-24, junho de 2000. SGUISSARDI, V.; SILVA JR. J. dos R. (org.). Educação superior: análise e perspectivas de pesquisa. São Paulo : Xamã, 2001. TEIXEIRA, A. A universidade de ontem e hoje . Rio de Janeiro : EdUERJ, 1998. UNIVERSITAS/ BR. Banco de Dados sobre Educação Superior com base em periódicos nacionais acessível em : <http:://www.uerj.Br/~anped11>. VASCONCELOS, H. C.; MEDEIROS, L. G. M.; SEIFFERT, O. M. L. B.; CHAVES, V. L. J. A comunidade universitária. In: MOROSINI , M. C. (Org.). Educação Superior em periódicos nacionais (1968-1995). Brasília - DF : MEC/ INEP/ COMPED, 2001 a, 169-194.
ANEXO 1 Categorias Temáticas – Base de dados Universitas/ Br Fonte: http://www.pucrs.br/faced/pos/universitas 1. Políticas Públicas de Educação Superior
1.1.Estado e Educação Superior 1.2.Estado, Ciência e Tecnologia 1.3. Legislação 1.4. Financiamento e Agências Financiadoras 1.9. Outros
2. Universidade e Sociedade
2.1. Idéia de Universidade 2.2. Universidade e Sociedade Civil 2.3. Universidade e Intercâmbios Institucionais 2.4. Universidade e Mercado de Trabalho 2.5. Universidade e Modelos Internacionais 2.9. Outros
3. História da Educação Superior
3.1. Criação, Institucionalização, Desenvolvimento e Extinção de IES 3.2. Reestruturação IES/Cátedra e Departamento 3.3. Reforma Universitária 3.4. Movimento Estudantil 3.5. Movimento Docente/Cátedra 3.6. Produção Científica 3.7. Educadores/Cientistas 3.8. Cursos 3.9. Outros
4. Manutenção e Financiamento da Educação Superior
4.1. Agências Financiadoras 4.2. Sistemas de Bolsas 4.3. Custos, Receitas e Anuidades 4.4. Financiamento 4.9. Outros
5. Natureza Jurídica
5.1. Públicas/Privadas/Comunitárias/Confessionais e Isoladas 5.2. Autarquias, Fundações e Associações
5.3. Novas Propostas 5.9. Outros
6. Organização Acadêmica e Gestão
6.1. Modelos Organizacionais de IES 6.2. Representação e Participação 6.3. Gestão Acadêmica 6.4. Gerência de Recursos Humanos 6.5. Gerência de Recursos Materiais 6.9. Outros
7. Autonomia Universitária
7.1. Autonomia Administrativa de Gestão, Financeira e Patrimonial 7.2. Autonomia Didático-Científica 7.9. Outros
8. Ensino 8.1. Graduação 8.2. Pós-graduação 8.3. Relações Pedagógicas 8.4. Currículo 8.5. Licenciatura 8.6. Graduação e Pós-graduação 8.7. Estado, Educação e Ensino 8.9. Outros
9. Pesquisa
9.1. Concepção de Pesquisa 9.2. Pesquisa e Graduação 9.3. Pesquisa e Pós-graduação 9.4. Grupos de Pesquisa 9.5. Organização Institucional para Pesquisa 9.9. Outros
10. Extensão
10.1. Concepção de Extensão 10.2. Universidade, Sistemas e Níveis de Ensino 10.3. Universidade e Empresa 10.4. Universidade e Organizações Trabalhistas 10.5. Universidade e Movimentos Sociais 10.9. Outros
11. Corpo Docente
11.1. Trabalho Docente 11.2. Formas de Organização/Carreira 11.3. Formação Docente 11.4. Formas de Associação 11.5. Perfil 11.9. Outros
12. Corpo Discente
12.1. Atividades Discentes 12.2. Perfil 12.3. Acesso 12.4. Desempenho 12.5. Formas de Associação 12.9. Outros
13. Corpo Técnico-Administrativo
13.1. Atividade Técnico-Administrativa 13.2. Formas de Organização/Carreira 13.3. Formação/Qualificação 13.4. Formas de Associação 13.5. Perfil 13.9. Outros
14. Avaliação do Ensino Superior
14.1. Formas de Avaliação 14.2. Institucional/Unidades 14.3. Graduação 14.4. Pós-Graduação 14.5. Currículo, Disciplinas 14.6. Pesquisa, Ensino e Extensão 14.9. Outros
15. Relação Ensino, Pesquisa e Extensão
15.1. Ensino/Pesquisa e Extensão 15.2. Ensino/Pesquisa 15.3. Ensino/Extensão 15.4. Pesquisa/Extensão 15.9. Outros
TEXTOS SELECIONADOS PARA ANÁLISE
AUTORES – TÍTULOS - GT
1996 - 19ª REUNIÃO 1. AMARAL, Ana Lúcia PERSPECTIVAS PARA A DIDÁTICA NO ATUAL CONTEXTO POLÍTICO – PEDAGÓGICO GT: Didática 2. BEHRENS, Marilda Aparecida A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS: PERSPECTIVAS E DESAFIOS GT: Didática 3. FÁVERO, Maria de Lourdes Albuquerque A UDF: UMA UTOPIA VETADA? GT: Políticas de Educação Superior 4. GARCIA, Regina Leite; ZACCUR, Edwiges UMA EXPEIÊNCIA DE ROMPIMENTO COM A DIVISÃO DISCIPLINAR GT: Currículo 5. MANCEDO, Deise ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS NEOLIBERAIS: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A ANÁLISE DE SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃO E NA UNIVERSIDADE GT: Políticas de Educação Superior 6. MOROSINI, Marília Costa; FRANCO, Maria Estela Dal Pai ESCOLA DE ENGENHARIA DE PORTO ALEGRE (1896-1934). HEGEMONIA POLÍTICA E CONSTRUÇÃO DA UNIVERSIDADE GT: Políticas de Educação Superior
7. PIMENTA, Selma Garrido PARA UMA RE-SIGNIFICAÇÃO DA DIDÁTICA-CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO, PEDAGOGIA E DIDÁTICA (UMA REVISÃO CONCEITUAL E UMA SÍNTESE PROVISÓRIA). GT: Didática 8. RIBEIRO, Marlene DILEMA DA UNIVERSIDADE BRASILEIRA “PÓS MODERNA”: ENTRE A DEMOCRATIZAÇÃO E A COMPETÊNCIA GT: Políticas de Educação Superior 9. ROSSO, Ademir José; ETGES, Norberto Jacob O QUE PENSAM OS PROFESSORES DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA SOBRE A EDUCAÇÃO? GT: Formação de Professores 10. SEGENREICH, Stella Cecilia Duarte CRISE E MUDANÇA NA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DE UM PROJETO INSTITUCIONAL: O CASO DA PUC-RIO DE JANEIRO GT: Políticas de Educação Superior 11. TAVARES, Maria das Graças Medeiros EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: NOVO PARADIGMA DE UNIVERSIDADE? GT: Políticas de Educação Superior 12. XAVIER, Libânea Nacif O CAMPO EDUCACIONAL ENTRE A PRÁTICA SOCIAL E A LEGITIMAÇÃO CIENTÍFICA GT: Sociologia da Educação
1997 - 20ª REUNIÃO 13. ALBUQUERQUE, Maria Betânia B. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO: UMA DISCIPLINA ENTRE A DISPERSÃO DE CONTEÚDOS E A AUSÊNCIA DE UMA IDENTIDADE. GT: Filosofia da Educação 14. BAROLLI, Elisabeth; VILLANI, Alberto CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE PARA A INTERPRETAÇÃO DO LABORATÓRIO DIDÁTICO GT: Didática 15. CUNHA, Maria Isabel da A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ENSINO SUPERIOR GT: Didática 16. DURAN, Marília Claret Geraes; JÚLIO, Maria Lúcia Monteiro REPENSANDO O CURSO (NOTURNO) DE PEDAGOGIA DE UMA INSTITUIÇÃO PARTICULAR GT: Currículo 17. FOERSTE, Erineu UNIVERSIDADE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM ESTUDO SOBRE O FÓRUM DE LICENCIATURA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – 1992 A 1994 GT: Formação de Professores 18. GAMBOA, Silvio Sánchez; NUNES, César Aparecido CRISES, AÇÕES E REAÇÕES NA HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE: PUCCAMP 1942-1992 GT: História da Educação
19. MANCEBO, Deise AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA: REFORMAS, PROPOSTAS E RESISTÊNCIA CULTURAL GT: Políticas de Educação Superior 20. NOSIGLIA, Maria Catalina; MARQUINA, Mónica A DOS AÑOS DE LA SANCIÓN DE LA LEY DE EDUCACIÓN SUPERIOR EM LA ARGENTINA GT: Políticas de Educação Superior 21. NUÑEZ, Isauro Beltrán; RAMALHO, Betânia Leite UM “MODELO PROFISSIONAL”: UMA NECESSIDADE PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL? GT: Formação de Professores 22. PEIXOTO, Maria do Carmo Lacerda ORGANIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE E AUTONOMIA GT: Políticas de Educação Superior 23. PEREIRA, Júlio Emílio Diniz REPRESENTAÇÕES SOBRE ENSINO NA UNIVERSIDADE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA AS LICENCIATURAS GT: Formação de Professores 24. PORTES, Écio Antônio O UNIVERSITÁRIO DE CAMADAS POPULARES NO ESPAÇO DO HERDEIRO GT: Sociologia da Educação 25. SEGENREICH, Stella Cecilia Duarte INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PESQUISA NAS UNIVERSIDADES EMERGENTES: NOVOS ARRANJOS E PARCERIAS PARA UMA QUESTÃO MAL RESOLVIDA GT: Políticas de Educação Superior
26. TAVARES, Maria das Graças Medeiros REFORMAS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL PÓS-85: DESAFIOS À EXTENSÃO E À AUTONOMIA UNIVERSITÁRIAS GT: Políticas de Educação Superior
1998 - 21ª REUNIÃO 27. GRILLO, Marlene; AZAMBUJA, Carmen; CARNEIRO, Vera Clotilde; COSTA, Regina; FERREIRA, Glória Isabel; LIMA, Valderez; PAAZ, Aneli; SILVA, Vera Regina da; TEIXEIRA, Luciana TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA: UMA PRÁTICA REFLEXIVA GT: Formação de Professores 28. IGLORI, Sonia Barbosa Camargo; SILVA, Benedito Antonio da CONHECIMENTO DE CONCEPÇÕES PRÉVIAS DOS ESTUDANTES SOBRE NÚMEROS REAIS: UM SUPORTE PARA A MELHORIA DO ENSINO-APRENDIZAGEM GT: Educação Matemática 29. KENSKI, Vani Moreira MEMÓRIAS EM MOVIMENTO. A ANGÚSTIA DO (DES) CONHECIMENTO NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO GT: Educação e Comunicação 30. KIPNIS, Bernardo AUTONOMIA E A PESQUISA EM EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL; AS POSSIBILIDADES DA PESQUISA INSTITUCIONAL GT: Políticas de Educação Superior
31. LEITE, Denise B. C.; FERNADES, Cleoni B.; BRAGA, Ana M. S.; GENRO, Maria E. H.; FERLA, Alcindo A.; CAMPANI, Adriana; CAMPOS, Márcia M. C.; ALVES, Evandro; NOLASCO, Luciane S.; CUNHA, Maria I.; LUCARELLI, Elisa; VEIGA, I. A. INOVAÇÃO NA UNIVERSIDADE: A PESQUISA EM PARCERIA GT: Políticas de Educação Superior 32. LEITE, Maria Cecília Lôrea AVALIAÇÃO DA UNIVERSIDADE: A CONCEPÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS AVALIATIVOS EM QUESTÃO GT: Políticas de Educação Superior 33. MANCEBO, Deise. POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR E CULTURA UNIVERSITÁRIA: O EXERCÍCIO DA SOLIDÃO NO IDEÁRIO NEOLIBERAL GT: Políticas de Educação Superior 34. MAZZOTTI, Tarso Bonilha FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO, UMA OUTRA FILOSOFIA? GT: Filosofia da Educação 35. MENDES, Cláudio Lúcio REFORMA CURRICULAR DE UM CURSO SUPERIOR: RELAÇÕES DE PODER E BUSCA DE LEGITIMIDADE GT: Currículo 36. MICHELOTTO, Regina Maria UNIVERSIDADE-SOCIEDADE: A DEMOCRATIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE PÚBLICA GT: Políticas de Educação Superior
37. PEIXOTO, Maria do Carmo Lacerda; BRAGA, Mauro Mendes A EVASÃO NO CICLO BÁSICO DA UFMG GT: Políticas de Educação Superior 38. SANTOS, Akiko TÉCNICA E TÉCNICAS DIDÁTICAS GT: Didática 39. SETTON, Maria da Graça Jacinto OS PROJETOS DE PROFISSIONALIZAÇÃO DOS ESTUDANTES DA FFLCH-USP: ALGUMAS TENDÊNCIAS GT: Políticas de Educação Superior 40. SILVA, Waldeck Carneiro da A UNIVERSITARIZAÇÃO DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ANÁLISE SOCIOLÓGICA DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA NA UERJ GT: Sociologia da Educação 41. SOBREIRA, Henrique Garcia IMAGENS DE FAMÍLIA E PRÁTICA DOCENTE: ANOTAÇÕES PRELIMINARES GT: Formação de Professores 42. SOUTHWELL, Myriam LA FUNDACIÓN DEL CAMPO PEDAGÓGICO EN LA UNIVERSIDAD NACIONAL DE LA PLATA. PEDAGOGÍA, CIENCIAS DE LA EDUCACIÓN Y POSITIVISMO (1906-1920) GT: História da Educação 43. SOUZA, Marilene Proença Rebello de REPENSANDO A FORMAÇÃO DE PSICÓLOGOS A PARTIR DA QUEIXA ESCOLAR GT: Psicologia da Educação
44. SUASNABAR, Silvio Claudio; SEDANE, Viviana; DELDIVEDRO, Vanesa MODELOS DE ARTICULACIÓN ACADÉMICA. CULTURA E IDENTIDAD DE LOS DOCENTES-INVESTIGADORES DE LA UNIVERSIDAD NACIONAL DE LA PLATA GT: Políticas de Educação Superior 45. VILLANI, Alberto; CABRAL, Tânia Cristina Baptista ENSINO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, QUAL O FUTURO? GT: Didática
1999 - 22ª REUNIÃO 46. BELLONI, Isaura A GED E A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR GT: Políticas de Educação Superior 47. CORRÊA, Carlos Humberto Alves ENTRE PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES: UMA INCURSÃO EM ALGUNS ASPECTOS DA LEITURA NA UNIVERSIDADE GT: Alfabetização, Leitura e Escrita 48. DURAN, Marília Claret Geraes; NASCIMENTO, Dalva Rachel Coelho do FORMAÇÃO DO EDUCADOR – UMA DISCUSSÃO DOS SABERES QUE INTEGRAM O PROCESSO GT: Formação de Professores 49. FREITAS, Denise de; VILLANI, Alberto ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES GT: Formação de Professores
50. GERALDI, Corinta Maria Grisolia A ESCOLA E A OUTRA: UM ESTUDO DAS LEITURAS DA ESCOLA GT: Formação de Professores 51. KESSLER, Maria Cristina; FISCHER, Maria Cecília Bueno DESENVOLVENDO HABILIDADES COGNITIVAS ATRAVÉS DA MATEMÁTICA GT: Educação Matemática 52. KIPNIS, Bernardo A PESQUISA INSTITUCIONAL E A EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA: UM ESTUDO DE CASO LONGITUDINAL DA EVASÃO GT: Políticas de Educação Superior 53. LIMA FILHO, Domingos Leite UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA E CURSOS SUPERIORES EM TECNOLOGIA: A RACIONALIDADE FINANCEIRA DA REFORMA EDUCATIVA GT: Trabalho e Educação 54. MARÇAL, Juliane Corrêa AVALIAÇÃO DO ENSINO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE -ESPAÇOS POSSÍVEIS DE SIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS AVALIATIVAS GT: Políticas de Educação Superior 55. MONACO, Fabíola Maria A PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO: O CONFRONTO ENTRE A EX-ALUNA E A FUTURA PROFESSORA GT: Educação Fundamental 56. MOREIRA, Plínio Cavalcanti; SOARES, Eliana Farias; FERREIRA, Maria Cristina Costa ALGUMAS CONCEPÇÕES DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA SOBRE O SISTEMA DE NÚMEROS REAIS GT: Educação Matemática
57. PERLO, Rosana Carina LA INFLUENCIA DE LOS MANDATOS INSTITUCIONALES EN LA CONSTRUCCIÓN Y RESIGNIFICACCIÓN DE LA IDENTIDAD DOCENTE GT: Formação de Professores 58. SGUISSARDI, Valdemar; SILVA JR, João dos Reis EDUCAÇÃO SUPERIOR PRIVADA: NOVOS TRAÇOS DE IDENTIDADE GT: Políticas de Educação Superior 59. SILVA, Waldeck Carneiro da A CRIAÇÃO DOS INSTITUTOS SUPERIORES DE EDUCAÇÃO NO BRASIL: ALTERNATIVA SUPERIOR PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES GT: Formação de Professores
2000 - 23ª REUNIÃO 60. ANDRADE, Luiz Antônio Botelho; LONGO, Waldimir Pirró; PASSOS, Eduardo AUTONOMIA: UM MODELO EXPLICATIVO DA ONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE GT: Políticas de Educação Superior 61. CASTANHO, Sérgio E. M. EDUCAÇÃO SUPERIOR NO SÉCULO XXI: DISCUSSÃO DE UMA PROPOSTA GT: Políticas de Educação Superior 62. CATANI, Afrânio Mendes; OLIVEIRA, João Ferreira; DOURADO, Luiz Fernandes MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO E REFORMA CURRICULAR DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO BRASIL GT: Estado e Políticas Educacionais
63. CUNHA, Maria Isabel APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: UM ESTUDO NO ESPAÇO DOS CURSOS DE LICENCIATURAS GT: Didática 64. FÁVERO, Maria de Lourdes de A. DA CÁTEDRA UNIVERSITÁRIA AO DEPARTAMENTO: SUBSÍDIOS PARA DISCUSSÃO GT: Políticas de Educação Superior 65. FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis; JANNES, Cinthia Elim; PEREIRA, Júlio Emílio Diniz; SILVA, Laura Portugal O SIGNIFICADO DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA FORMAÇÃO INICIAL DE EDUCADORES JOVENS E ADULTOS GT: Alfabetização de Pessoas Jovens e Adultas 66. GIESTA, Nágila Caporlíngua PROFESSORES DE LICENCIATURAS: CONCEPÇÕES SOBRE APRENDER GT: Formação de Professores 67. GUERRA, Miriam Darlete Seade REFLEXÕES SOBRE UM PROCESSO VIVIDO EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DOS LIMITES ÀS POSSIBILIDADES GT: Formação de Professores 68. LAUDARES, João Bosco; LACHINI, Jonas O USO DO COMPUTADOR NO ENSINO DA MATEMÁTICA DA GRADUAÇÃO GT: Educação Matemática 69. MARTÍNEZ, Silvia Alicia ENSAIO DE CONSTRUÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE CRÍTICA: A “OFICINA TOTAL” DE ARQUITETURA DE CÓRDOBA (AREGENTINA 1970-1976) GT: História da Educação
70. MARTINS, Maria Inês IMPACTOS DO EXAME NACIONAL DE CURSOS E DA QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE SOBRE O CURSO DE ODONTOLOGIA DA PUC – MG GT: Políticas de Educação Superior 71. PAIVA, Jane; MACIEL, Ira Maria REDES COOPERATIVAS VIRTUAIS E FORMAÇÃO CONTINUDA DE PROFESSORES: ESTUDOS PARA A GRADUAÇÃO GT: Educação e Comunicação 72. PALHARINI, Francisco de Assis O PAIUB EM UNIVERSIDADES FEDERAIS DA REGIÃO SUL E SUDESTE: TORMENTO OU PAIXÃO GT: Políticas de Educação Superior 73. PALOMO, Charlie LA EDUCACIÓN SUPERIOR EM AMÉRICA LATINA: LA VEREDA DE LA ESPERANZA GT: Políticas de Educação Superior 74. QUEIROZ, Delcele Mascarenhas MULHERES NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL GT: Movimentos Sociais e Educação 75. ROSEMBERG, Dulcinéa Sarmento O PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS: DO INSTITUÍDO AO INSTITUINTE GT: Formação de Professores 76. SEGENREICH, Stella Cecília Duarte O SIGNIFICADO DA ATUAL AVALIAÇÃO EXTERNA DO MEC PARA AS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS GT: Políticas de Educação Superior
77. SILVA, Maria das Graças Martins UNIVERSIDADE E SOCIEDADE: CENÁRIO DA EXTENSÃO UNIVERITÁRIA? GT: Políticas de Educação Superior 78. SOUZA, Orlando Nobre Bezerra OS MODELOS INSTITUCIONAIS DE UNIVERSIDADE NO BRASIL: MARCOS DE TENSÃO GT: Políticas de Educação Superior 79. TOMAZETTI, Elisete M. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ALGUMAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS ENTRE OS ANOS 40 E OS ANOS 60 GT: Filosofia da Educação 80. VELÁZQUEZ, Gabriela Elizabeth; ZAMORA, María de Los Angeles; GARCIA, Silvia Emilce EL COMPONENTE DE LA INVESTIGACIÓN EN LOS INSTITUTOS DE FORMACIÓN DOCENTE: FORMAR DOCENTES INVESTIGADORES Ó INVESTIGAR COM LOS DOCENTES? GT: Formação de Professores
2001 - 24ª REUNIÃO 81. ALCÂNTARA, Paulo Roberto; BEHRENS, Marilda Aparecida PESQUISA EM APRENDIZAGEM COLABORATIVA COM TECNOLOGIAS INTERATIVAS (PROJETO PACTO) GT: Educação e Comunicação 82. ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos PROFISSIONALIZAÇÃO CONTINUADA DO DOCENTE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO GT: Didática
83. AZEVEDO, Mário Luiz Neves de ESTUDANTES E PROFESSORES NA UNIVERSIDADE ARGENTINA EM TEMPOS MENEMISTAS (1989-1999): FORMAS DE INGRESSO, EVASÃO, INCENTIVO À PESQUISA E DEDICAÇÃO EXCLUSIVA GT: Políticas de Educação Superior 84. BERBEL, Neusi Aparecida Navas A DIMENSÃO PEDGÓGICA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM CURSOS DE LICENCIATURA GT: Didática 85. BITTENCOUT, Neide Arrias AVALIAÇÃO FORMATIVA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO SUPERIOR: UM PROCESSO CONSTRUÍDO E VIVENCIADO GT: Didática 86. CASTANHO, Maria Eugênia de Lima e Montes A QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR NUMA SOCIEDADE EM PROCESSO DE MUDANÇA ACELERADA: DOCÊNCIA E INOVAÇÃO ATRAVÉS DE HISTÓRIA ORAL TEMÁTICA GT: Didática 87. CEPPAS, Filipe UMA VISÃO CRÍTICA SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E AS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO GT: Filosofia da Educação 88. FERNANDES, Cleoni Maria Barbosa SALA DE AULA UNIVESITÁRIA: CASO DA NUTRIÇÃO - TEIA DA ADMINISTRAÇÃO SAÚDE PÚBLICA GT: Didática
89. FONSECA, Selva Guimarães A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA NO BRASIL: NOVAS DIRETRIZAES, VELHOS PROBLEMAS GT: Formação de Professores 90. FROTA, Maria Clara Rezende ESTRATÉGIAS METACOGNITIVAS DE APRENDIZAGEM MATEMÁTICA GT: Educação Matemática 91. GHIGGI, Gomercindo A AUTORIDADE A SERVIÇO DA LIBERDADE; DIÁLOGOS COM PAULO FREIRE E PROFESSORES EM FORMAÇÃO GT: Filosofia da Educação 92. HARDT, Lúcia Schne ider A DOCÊNCIA E A VONTADE DE VERDADE GT: Formação de Professores 93. LUIS, Suzana Barrios; SANTIAGO, Maria Eliete FORMAÇÃO DOCENTE E AVALIAÇÃO: UM OLHAR SOBRE A PRÁTICA PROFISSIONAL DE PROFESSORES E SUAS EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS GT: Formação de Professores 94. MARTINEZ, Silvia Alicia LIÇÕES DO PASSADO QUE RESIGNIFICAM O PRESENTE. OU PELA REAFIRMAÇÃO DE UMA DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR GT: Didática 95. MAZZONI, José Rafael A REFORMA UNIVERSITÁRIA E O CICLO BÁSICO GT: Políticas de Educação Superior
96. MELO, Márcia Maria de Oliveira A INFLUÊNCIA DA DISPERSÃO DA PEDAGOGIA NO CURRÍCULO DOS CURSOS DE LICENCIATURA E A CONSTRUÇÃO DO SABER DOCENTE GT: Formação de Professores 97. MORAES, Silvia Pereira G. de DO DEBATE NO INTERIOR DA ÁREA DE PRÁTICA DE ENSINO ÀS QUESTÕES CENTRAIS DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES GT: Formação de Professores 98. OLIVEIRA, João Ferreira A REESTRUTURAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL E O PROCESSO DE METAMORFOSE DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS: O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS GT: Políticas de Educação Superior 99. OLIVEIRA, Lindamir Cardoso Vieira INICIAÇÃO À PESQUISA NO ENSINO SUPERIOR: O NOVO E O VELHO ESPÍRITO CIENTÍFICO NAS ATIVIDADES ACADÊMICAS GT: Políticas de Educação Superior 100. PAGOTTI, Antônio Wilson; PAGOTTI, Sueli Assis de Godoy O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO GT: Políticas de Educação Superior 101. RIVERO, Andréa Simões DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR À EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO DAS CONCEPÇÕES PRESENTES NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DO CURSO DE PEDAGOGIA GT: Educação de Crianças de 0 a 6 anos
102. ROS, Silvia Zanata; BAZZO, Vera Lúcia; CERNY, Roseli Zen; WILL, Daniela E. Monteiro FALA PEDAGOGIA: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL ACADÊMICO DOS ESTUDANTES E SUAS OPINIÕES SOBRE ESTE CURSO DE UFSC GT: Formação de Professores 103. ROTHEN, José Carlos AVALIAÇÃO E POLÍTICA EDUCACIONAL: ESTUDO DOS INDICADORES “QUALIFICAÇÃO DOCENTE” NA AVALIAÇÃO DAS “CONDIÇÕES DE OFERTA DOS CURSOS” GT: Políticas de Educação Superior 104. SOBREIRA, Henrique Garcia AUTO-REFLEXÃO E EDUCAÇÃO DO EDUCADOR: UM ESTUDO DA DISCIPLINA AVALIAÇÃO GT: Psicologia da Educação 105. SOUZA JR, Arlindo José de EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: O SINGULAR E O COLETIVO NA PRODUÇÃO DE SABERES DOCENTES GT: Educação Matemática 106. TRISTÃO, Martha OS SENTIDOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS CONTEXTOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES GT: Formação de Professores 107. VELOSO, Tereza Christina M. Aguiar; ALMEIDA, Edson Pacheco de A EVASÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO, CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CUIABÁ – UM PROCESSO DE EXCLUSÃO GT: Políticas de Educação Superior
108. VERMELHO Sônia Cristina; VARELLA, Péricles Gomes; HESKETH, Camile Gonçalves; SILVA, Ana Carolina Castelli da APRENDIZAGEM COLABORATIVA EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: A EXPERIÊNCIA INÉDITA DA PUCPR GT: Educação e Comunicação 109. VILLANI, Alberto; FREITAS, Denise de ESTRUTURA DISCIPLINAR, ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS E ESTILO DOCENTE: UMA LEITURA PSICANALÍTICA DAS INTERVENÇÕES DE UM PROFESSOR GT: Didática 110. ZASSO, Silvana Maria Bellé; DIAS, Cleuza Maria Sobral; PEREIRA, Fernanda da Silva; SOUZA, Sandro Soares de A FORMAÇÃO DA PROFESSORA NA VIVÊNCIA DE UM PROCESSO DEALFABETIZAÇÃO DE MULHERES GT: Alfabetização de Pessoas Jovens e Adultas
2002 - 25ª REUNIÃO
111. ANDRADE, Luiz Antônio Botelho; LONGO, Waldimir Pirró e; PASSOS, Eduardo; SILVA, Edson Pereira da UNIVERSIDADE E SOCIEDADE: UMA CO-DERIVA HISTÓRICA GT: Políticas de Educação Superior 112. BARBOSA, Jonei Cerqueira MODELAGEM MATEMÁTICA E OS FUTUROS PROFESSORES GT: Educação Matemática 113. BARROS, Simone; SMITH, Patrícia INTERAÇÃO SOCIAL E INTERATIVIDADE DIGITAL: NAVEGANDO PARA NOVOS PARADIGMAS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA GT: Educação e Comunicação
114. BUONINCONTRO, Célia Mara Sales O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ENGENHEIRO – PROFESSOR GT: Políticas de Educação Superior 115. CARVALHO, Dione Lucchesi de; OLIVEIRA, Paulo César QUATRO CONCEPÇÕES DE PROBABILIDADE MANIFESTADAS POR ALUNOS INGRESSANTES NA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA: CLÁSSICA, FREQÜENTISTA, SUBJETIVA E FORMAL GT: Educação Matemática 116. CORRÊA, Paulo Sérgio de Almeida EDUCAÇÃO SUPERIOR E O MERCANTILISMO NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM ESTUDO DAS PROPOSTAS FORMULADAS PELAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DO ESTADO DO PARÁ GT: Políticas de Educação Superior 117. COSTA, José Fernandes; BITTENCOURT, Jane; MEYER, Lucila Mareli; SILVA, Carla Regina PROBLEMÁTICA DO BACHARELADO E DA LICENCIATURA: O SENTIDO DA PESQUISA E DA FORMAÇÃO PARA A DOCÊNCIA GT: Formação de Professores 118. CUNHA, Maria Isabel da; FOERSTER, Mari Margarete; FERNANDES, Cleoni Maria AVALIAÇÃO EXTERNA E OS CURSOS DE GRADUAÇÃO: IMPLICAÇÕES POLÍTICAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NA DOCÊNCIA GT: Políticas de Educação Superior 119. FERNANDES, Sônia Regina de Souza A EXPERIÊNCIA DA FORMAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM OLHAR A PARTIR DA REFLEXÃO DA PROFESSORA ALFABETIZADORA GT: Formação de Professores
120. FERREIRA, Zeila Miranda INVESTIGANDO O SABER DOCENTE DO RPOFESSOR DO CURSO DE PEDAGOGIA GT: Formação de Professores 121. FOERSTE, Gerda Margit Schütz A LEITURA DA IMAGEM NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ARTE GT: Educação e Comunicação 122. GUÉRIOS, Ettiène ESPAÇOS OFICIAIS E INTERSTICIAIS DA FORMAÇÃO DOCENTE: HISTÓRIAS DE UM GRUPO DE PROFESSORES NA ÁREA DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA GT: Educação Matemática 123. GUIMARÃES, Oswaldo Luiz Cobra CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL: DO ALGEBRISMO ÀS REPRESENTAÇÕES MÚLTIPLAS GT: Educação Matemática 124. LAUDARES, João Bosco ALGUNS EQUÍVOCOS DOCENTES NO USO DA MATEMÁTICA EM CURSOS DE ENGENHARIA GT: Educação Matemática 125. LEITE, Marcia Costa Rodrigues ONDE ESTÁ A TECNOLOGIA NO CURSO DE PEDAGOGIA? GT: Educação e Comunicação 126. MAGNANI, Ivetti ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E A NOVA TIPPOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO GT: Políticas de Educação Superior
127. MAIA, Lícia de Souza Leão ANALISANDO A AULA DE MATEMÁTICA: UM ESTUDO A PARTIR DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GEOMETRIA GT: Educação Matemática 128. MELO, Márcia Maria de Oliveira A CONSTRUÇÃO DO SABER DOCENTE: ENTRE A FORMAÇÃO E O TRABALHO GT: Didática 129. MENEGHEL, Stela Maria A CRISE DA UNIVERSIDADE MODERNA NO BRASIL GT: Políticas de Educação Superior 130. MONTEIRO, Silas Borges FILOSOFIA E DIDÁTICA: IMPLICAÇÕES PARA O CONHECIMENTO GT: Didática 131. MOROSINI, Marília Costa; FRANCO, Maria Estela Dal Pai POLÍTICAS PÚBLICAS DE QUALIDADE UNIVERSITÁRIA E A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE PARTICIPAÇÃO GT: Políticas de Educação Superior 132. OTRANTO, Célia Regina OS DESAFIOS DA AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA GT: Políticas de Educação Superior 133. PAULA, Maria de Fátima Costa de A INFLUÊNCIA DAS CONCEPÇÕES ALEMÃ E FRANCESA SOBRE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E A UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO QUANDO DE SUAS FUNDAÇÕES GT: Políticas de Educação Superior
134. PAVÃO, Andréa A FOTOCÓPIA COMO INSTITUIÇÃO PEDAGÓGICA GT: Alfabetização, Leitura e Escrita 135. RODRIGUES, Marilúcia de Menezes; REIS, Simone Maria Ávila Silva O ENSINO SUPERIOR E A FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM ÁREAS DA SAÚDE: OS DESAFIOS E TENDÊNCIAS ATUAIS DA INTEGRAÇÃO E DA INTERDISCIPLINARIDADE GT: Alfabetização, Leitura e Escrita 136. SANTOS, Tereza Josefa Cruz dos NEGRO, EDUCAÇÃO E ASCENSÃO SOCIAL GT: Relações Raciais/ Étnicas e Educação 137. SILVA, Regina Coeli da Silveira UM ESTUDO DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA GT: Movimentos Sociais e Educação 138. XAVIER, Giseli Pereli de Moura O CONTEXTO E OS PRESSUPOSTOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM UM INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO: POTENCIAIS MULTICULTURAIS? GT: Formação de Professores
2003 - 26ª REUNIÃO 139. ALMEIDA, Patrícia C. Albieri de; AZZI, Roberta Gurgel; MERCURI, Elisabeth N. G. Silva; PEREIRA, Marli A . Lucas EM BUSCA DE UM ENSINO DE PSICOLOGIA SIGNIFICATIVO PARA FUTUROS PROFESSORES GT: Psicologia da Educação
140. ALVES, Leonir Pessate PORTOFÓLIOS COMO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINAGEM GT: Didática 141. ALVES, Lynn; LAGO, Andréa; NOVA, Cristiane NOS BASTIDORES DO ENSINO ON LINE: DO PLANEJAMENTO À AVALIAÇÃO GT: Educação e Comunicação 142. BALZAN, Newton Cesar; JUNIOR, João Baptista de Almeida O ENSINO SUPERIOR NAS ÁREAS DE CIÊNCIAS HUMANAS E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS: INDICADORES DE QUALIDADE EM QUESTÃO GT: Didática 143. BREGLIA, Vera Lucia Alves GRADUAÇÃO, FORMAÇÃO E PESQUISA: ENTRE O DISCURSO E AS PRÁTICAS GT: Políticas de Educação Superior 144. COLETA, José Augusto Dela; NETO, Henrique Carivaldo de Miranda O REBAIXAMENTO COGNITIVO, A AGRESSÃO VERBAL E OUTROS CONSTRANGIMENTOS E HUMILHAÇÕES: O ASSÉDIO MORAL NA EDUCAÇÃO SUPERIOR GT: Psicologia da Educação 145. CUNHA, Maria Isabel da PESQUISA E PROCESSOS DE FORMAÇÃO: MÚLTIPLOS DESAFIOS E IMPASSES PARA A PÓS – GRADUAÇÃO GT: Didática 146. FERNANDES, Cleoni Maria Barbosa REFLETINDO SOBRE UMA TRAVESSIA DE PESQUISA-PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM MOVIMENTO GT: Didática
147. FRANGELLA, Rita de Cássia Prazeres COLÉGIO DE APLICAÇÃO COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO: NOTAS SOBRE CURRÍCULO E IDENTIDADE GT: Currículo 148. FROTA, Maria Clara Rezende CONCEPÇÕES DE MATEMÁTICA E APRENDIZAGEM MATEMÁTICA DE ALUNOS DE ENGENHARIA GT: Educação Matemática 149. GUIMARAES, Simone Sendim Moreira; TOMAZELLO, Maria Guiomar Carneiro A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA PARA O AMBIENTE: EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE GT: Grupo de Estudos em Educação Ambiental 150. HOSTINS, Regina Célia Linhares PARADIGMAS DA “SOCIEDADE DO CONHECIMENTO” E POLÍTICAS PARA O ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO GT: Políticas de Educação Superior 151. LIMA, Claudia Maria de; BARROS, Helena Faria de; GRIGOLI, Josefa Aparecida Gonçalves A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E O DESAFIO DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR REFLEXIVO: UM ESTUDO SOBRE AS POSSIBILIDADES DA EAD NA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS GT: Educação e Comunicação 152. LIMA, Kátia Regina de Souza ORGANISMOS INTERNACIONAIS E POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NA PERIFERIA DO CAPITALISMO GT: Políticas de Educação Superior
153. LOPES, Jairo de Araújo; ARAÚJO, Elizabeth Adorno de PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES: UM ESTUDO SOBRE A FALA DE PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR E DA EDUCAÇÃO BÁSICA GT: Formação de Professores 154. MENDES, Cleyde Regina UMA ANÁLISE SOBRE A ATITUDE EM RELAÇÃO À ESTATÍSITCA, A CONFIABILIDADE E A IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDAS A ESSA CIÊNCIA GT: Educação Matemática 155. MENDONÇA, Sueli Guadalupe de Lima EXPANSÃO DO ENSINO PÚBLICO SUPERIOR PAULISTA: UM NOVO MODELO DE UNIVERSIDADE? GT: Políticas de Educação Superior 156. MOREIRA, Plínio C.; DAVID, Maria Manuela O CONHECIMENTO MATEMÁTICO DO PROFESSOR: FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE NA ESCOLA BÁS ICA GT: Educação Matemática 157. PICANÇO, Alessandra de Assis EDUCAÇÃO SUPERIOR PARA PROFESSORES EM EXERCÍCIO: FORMANDO OU IMPROVISANDO GT: Políticas de Educação Superior 158. QUEIROZ, Delcele Mascarenhas DESIGUALDADE NO ENSINO SUPERIOR: COR, STATUS E DESEMPENHO GT: Relações Raciais/Étnicas e Educação 159. SANTIAGO, Mylene Cristina A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A DIVERSIDADE NAS IFES MINEIRAS GT: Educação Especial
160. SANTOS, Tereza Josefa Cruz dos TRAJETÓRIA DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS GT: Relações Raciais/Étnicas e Educação 161. SGUISSARDI, Valdemar A UNIVERSIDADE NEOPROFISSIONAL, HETERÔNOMA E COMPETITIVA GT: Políticas de Educação Superior 162. TOSCHI, Mirza Seabra; RODRIGUES, Maria Emilia de Castro INFOVIAS E EDUCAÇÃO GT: Educação e Comunicação 163. TOZONI – REIS, Marilia Freitas de Campos NATUREZA, RAZÃO E HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL GT: Grupo de Estudos em Educação Ambiental
ANEXO 3
RESUMOS DOS TEXTOS SELECIONADOS PARA ANÁLISE
(com base nos Anais das Reuniões da ANPEd 1996-2003)
1996 - 19ª REUNIÃO 1. AMARAL, Ana Lúcia PERSPECTIVAS PARA A DIDÁTICA NO ATUAL CONTEXTO POLÍTICO – PEDAGÓGICO GT: Didática O trabalho é o resultado de reflexões teórico práticas realizadas ao longo de muitos anos como professora de Didática, especificamente Didática/Licenciatura e Didática/Ensino Superior. Nos últimos anos, pesquisa realizada com os alunos da Licenciatura e do Ensino Superior, após o curso, revela que, sem minimizar a importância da do contexto sócio - político – econômico onde se processa a educação, a maioria dos alunos reivindica da Didática o seu aspecto técnico, como mediação da consecução dos objetivos da educação. 2. BEHRENS, Marilda Aparecida A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS: PERSPECTIVAS E DESAFIOS GT: Didática A experiência vivenciada com os docentes universitários e a reflexão sobre a prática pedagógica que vem se realizando no ensino superior, apontam algumas alternativas de trabalho docente reflexivo que venham atender as exigências para a formação dos profissionais que irão enfrentar um novo século. Tratando–se de tese de doutorado, defendida na PUC- SP, toma-se como referência a possibilidade de aproximar o paradigma progressista, do ensino com pesquisa e a instrumentalização dos recursos modernos na educação, em especial a informática, como metodologia alternativa de ação docente para os professores universitários.
3. FÁVERO, Maria de Lourdes Albuquerque A UDF: UMA UTOPIA VETADA? GT: Políticas de Educação Superior O trabalho analisa a Universidade do Distrito Federal – UDF (1935-1939), apresentando-a como parte de um programa integrado de educação pública para a capital da República, os anos 30. Destaca o papel de suas escolas, chamando especial atenção para a Escola de Ciências, no que se refere à formação de pesquisadores. Conclui fazendo um contraponto entre o discurso do poder instituído e de intelectuais e educadores que defendem a continuidade da Universidade, reconhecida, até hoje, como uma das experiências universitárias mais fecundas existentes no Brasil. 4. GARCIA, Regina Leite; ZACCUR, Edwiges UMA EXPEIÊNCIA DE ROMPIMENTO COM A DIVISÃO DISCIPLINAR GT: Currículo Trata-se de uma experiência inovadora decorrente da avaliação conjunta realizada por professores e alunos. Tendo os alunos rompido com a rigidez disciplinar no sentido foucaultiano, os professores foram levados a romper com a rigidez disciplinar no sentido deleuziano. Experimentou-se uma tal embricação entre as três disciplinas que terminou superando a interdisciplinaridade inicial em favor de temáticas transdisciplinares. Nesse fazer pensado e pensando –se, reatualizaram-se conceitos que vão da interdisciplinaridade à transversalidade do conhecimento, da questão teoria-prática à discussão dos paradigmas. 5. MANCEDO, Deise ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS NEOLIBERAIS: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A ANÁLISE DE SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃO E NA UNIVERSIDADE GT: Políticas de Educação Superior O trabalho procura discutir duas estratégias discursivas que têm permitido aos setores neoliberais avançar e estender sua concepção de modernização conservadora na esfera educacional e, especificamente, na universidade: (a) o discurso hegemônico que articula o universo educacional e o do trabalho e (b) o discurso da qualidade, transposto do campo empresarial para a análise das políticas e da gestão educativas. Busca-se articular estas estratégias com as propostas neoliberais mais gerais (po lítica, econômica, social e cultural), marcando seu caráter intervencionista, em especial, quanto à criação de dimensões simbólicas para representação do homem e da sociedade.
6. MOROSINI, Marília Costa; FRANCO, Maria Estela Dal Pai ESCOLA DE ENGENHARIA DE PORTO ALEGRE (1896-1934). HEGEMONIA POLÍTICA E CONSTRUÇÃO DA UNIVERSIDADE GT: Políticas de Educação Superior O presente texto capta a trajetória da Escola Superior de Engenharia de Porto Alegre (E.E.) em seus primórdios – 1896-1922 – e como Universidade Técnica (U.T.) – 1922-1934. A análise qualifica a E.E. como uma instituição científica ímpar para a época pela sua hegemonia com o Estado do Rio Grande do Sul e pela sua face universitária com aproximações à idéia de universidade moderna, cujas funções privilegiam a pesquisa. Foram utilizados princípios de análise de conteúdo sobre fontes de informação primária (normativas e de ocorrências) e secundárias (livros, revistas e jornais). 7. PIMENTA, Selma Garrido PARA UMA RE-SIGNIFICAÇÃO DA DIDÁTICA-CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO, PEDAGOGIA E DIDÁTICA (UMA REVISÃO CONCEITUAL E UMA SÍNTESE PROVISÓRIA) GT: Didática O trabalho faz parte de um projeto de investigação mais amplo, no qual estamos empenhados em re-significar a pesquisa em didática sobre o ensino no contexto da contemporaneidade, no qual se indaga qual o papel do conhecimento. E, consequentemente, qual o significado do trabalho do professor e dos alunos (da escola) com o conhecimento. A re-significação da didática aponta para a necessidade de re-significação epistemológica da pedagogia, o que, por sua vez, remete à discussão sobre seus vínculos com as ciências da educação. Esse tema apresenta um vigor bastante interessante, especialmente na França, país que introduziu inúmeras inovações na pesquisa e nos currículos das universidades. Nestes últimos, por exemplo, introduziu o curso de Ciências da Educação em substituição ao de Pedagogia. Passados vinte e cinco anos, vários autores se interrogam sobre qual a importância das Ciências da Educação para a prática docente. E especialmente da didática, frente às novas demandas sociais. Um balanço dessa contribuição é o que procuramos realizar, com o objetivo de trazer colaborações que possam fertilizar as discussões sobre a questão epistemológica da Pedagogia e a Didática em nosso país. 8. RIBEIRO, Marlene DILEMA DA UNIVERSIDADE BRASILEIRA “PÓS MODERNA”: ENTRE A DEMOCRATIZAÇÃO E A COMPETÊNCIA
GT: Políticas de Educação Superior A universidade brasileira é desafiada por questões da pós-modernidade sem mesmo ter dado conta de problemas próprios da Idade Moderna. Essas questões caracterizam uma crise, agravada pela implantação do Estado neoliberal que substitui o Estado-Providência e, no mesmo processo, desmonta políticas públicas, entre as quais educação superior. Nesse contexto é que se explicita o que considero um falso dilema da universidade brasileira “pós-moderna”, na relação contraditória entre democratização x competência, tema deste trabalho. Entre outros autores, baseio -me em Boaventura Santos que enfoca a universidade moderna sob o ângulo das crises de hegemonia, da legitimidade e de autonomia. 9. ROSSO, Ademir José; ETGES, Norberto Jacob O QUE PENSAM OS PROFESSORES DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA SOBRE A EDUCAÇÃO? GT: Formação de Professores O presente trabalho relata uma pesquisa desenvolvida com a colaboração de 112 alunos do Curso de Licenciatura Plena em Ciências e Matemática da Universidade Federal de Santa Catarina em São Miguel d’Oeste - SC. O objetivo da pesquisa era saber o que os professores de Ciências e Matemática pensam sobre a educação, em situação espontânea, não estimulada. Do conjunto dos materiais coletados pode-se, provisoriamente, dizer que os professores manifestam uma visão, sob dois aspectos: 1) aproximativa via negação ou acúmulo de atributos, mas sem chegar a uma conceituação clara da educação; e, 2)naturalista expressada por uma adaptação às contingências da vida. 10. SEGENREICH, Stella Cecilia Duarte CRISE E MUDANÇA NA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DE UM PROJETO INSTITUCIONAL: O CASO DA PUC-RIO DE JANEIRO GT: Políticas de Educação Superior Este trabalho se propõe a fazer uma releitura da trajetória histórica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, objeto de análise de uma pesquisa realizada em 1988/1990, a partir de dois elementos organizadores interrelacionados: (a) definição de momentos ou marcos desta trajetória: as origens da universidade, as reformas da década de 60, e, o processo de democratização nos anos 80; (b) aplicação dos passos de análise propostos por Silverman em sua abordagem da ação: origem da organização, ação na organização, e, mudança organizacional. Tem – se por objetivo verificar o peso da origem da instituição na sua trajetória e as repercussões dos dois movimentos enfocados em termos de mudança.
11. TAVARES, Maria das Graças Medeiros EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: NOVO PARADIGMA DE UNIVERSIDADE? GT: Políticas de Educação Superior O trabalho trata sobre a Extensão Universitária enquanto concepção político-metodológica do ensino e da pesquisa desenvolvidos nas universidades públicas brasileiras. Destaca o papel da ANDES e do Fórum de Pró-Reitores de Extensão na defesa desse paradigma de universidade e avalia os desdobramentos da nova política de extensão nos dias atuais. 12. XAVIER, Libânea Nacif O CAMPO EDUCACIONAL ENTRE A PRÁTICA SOCIAL E A LEGITIMAÇÃO CIENTÍFICA GT: Sociologia da Educação O trabalho aborda a questão da identidade do campo educacional. Ao refletir sobre a educação como prática social, toca em temáticas relativas à interação entre agentes sociais e sistemas institucionais, entre parâmetros de racionalidade científica e a questão dos valores que marcam a prática educacional. No que tange ao entendimento da educação como saber científico, remete-se à história da institucionalização das Ciências Sociais no Brasil e, entre estas, dos estudos ligados à educação, seja no âmbito do ensino universitário em geral, seja no âmbito da organização dos primeiros cursos de formação de professores em nível superior.
1997 - 20ª REUNIÃO 13. ALBUQUERQUE, Maria Betânia B. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO: UMA DISCIPLINA ENTRE A DISPERSÃO DE CONTEÚDOS E A AUSÊNCIA DE UMA IDENTIDADE. GT: Filosofia da Educação Este estudo tem como objeto central a análise da disciplina Filosofia da Educação oferecida como matéria obrigatória nos currículos dos cursos de Pedagogia. Tomou-se como universo de estudo dez (10) universidades públicas, situadas em diferentes regiões brasileiras. Buscou-se compreender a Filosofia da Educação através de uma perspectiva lega l e através dos textos de intelectuais que, no Brasil, escrevem a seu respeito. A análise do currículo formal desta disciplina foi baseada em alguns estudos da Sociologia do Currículo, visando a compreensão do processo de seleção dos conteúdos de ensino e da existência de hierarquias entre tais conteúdos. Finalmente, analisou-se a formação acadêmica dos professores de Filosofia da Educação e os investimentos intelectuais que têm feito neste campo. 14. BAROLLI, Elisabeth; VILLANI, Alberto CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE PARA A INTERPRETAÇÃO DO LABORATÓRIO DIDÁTICO GT: Didática A análise que realizamos sobre a dinâmica do trabalho de estudantes num laboratório didático, indicou que os vínculos subjetivos estabelecidos entre eles, com o professor e com o próprio trabalho, interferem e influenciam na maneira pela qual os estudantes irão lidar com um conhecimento específico. Através do referencial psicanalítico de W.R. Bion, pudemos reconceber a dinâmica do grupo sob nova dimensão, que leva em conta não apenas as representações dos estudantes que se manifestam através de sua interação com o conhecimento específico, mas também o “pano de fundo”, por assim dizer, que as une e lhes dá sustentação. Conhecer o mecanismo de funcionamento dos grupos através destes vínculos, pode ser uma contribuição valiosa para o professor no sentido de reorientar sua própria intervenção na perspectiva da negociação de suas exigências com as do grupo. 15. CUNHA, Maria Isabel da A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ENSINO SUPERIOR GT: Didática
O texto decorre de uma pesquisa realizada na Universidade Federal de pelotas e revela a preocupação em estudar o professor que está fazendo alguma ruptura paradigmática com a proposta tradicional de ensino e se encaminhando para a perspectiva da produção do conhecimento. Usando principalmente o referencial socio-epistemológico de Boaventura de Sousa Santos, aponta para a relação entre o conhecimento acadêmico e as estruturas de poder presentes na sociedade e enfoca, especialmente, como os professores estudados estão reconstruindo o caminho do ensino com a pesquisa, suas motivações, bem como as características de tais experiências. 16. DURAN, Marília Claret Geraes; JÚLIO, Maria Lúcia Monteiro REPENSANDO O CURSO (NOTURNO) DE PEDAGOGIA DE UMA INSTITUIÇÃO PARTICULAR GT: Currículo Em sua origem, a pesquisa aqui apresentada está relacionada com o processo de reformulação curricular que vem sendo vivenciado no Curso de Pedagogia da Metodista. Apreender a prática pedagógica concreta – “o currículo vivido”- , pela voz dos professores e alunos, pode representar a compreensão do processo de transformação do Curso dentro das circunstâncias históricas que propulsionam as mudanças e suas contradições. Os dados aqui analisados referem-se a um primeiro momento da pesquisa quando se procurou ouvir a voz do aluno e estabelecer um canal de diálogo, buscando uma avaliação processual, de compromisso includente, feita para construir qualidade: a qualidade possível dentro do Curso, considerando as contradições objetivas de sua existência, o currículo existente, os alunos e os professores concretos que participam desse processo. 17. FOERSTE, Erineu UNIVERSIDADE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM ESTUDO SOBRE O FÓRUM DE LICENCIATURA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – 1992 A 1994 GT: Formação de Professores Investigou o movimento de construção de uma política de Licenciatura, criado em 1922, com o fim específico de promover discussões sobre o processo de formação de professores. Objetivou verificar até que ponto este novo órgão da academia vinha favorecendo ou não o fortalecimento da área de educação na UFG, tendo em vista a qualificação de profissionais da educação para as mais diversas áreas do conhecimento. Concluiu que há nesta Universidade um movimento que nos últimos tempos vem afetando diretamente o papel da Faculdade de Educação enquanto locus promotor da formação pedagógica dos currículos de Licenciatura, bem como da produção de conhecimento educacional. Verificou também que
a problemática em discussão localiza-se dentro da história de constituição/criação dos cursos de formação de professores na UFG. Finalizou destacando que a Licenciatura requer uma abordagem mais acadêmica, situando a educação como um campo fundamental na Universidade em sua função social no que diz respeito à escola básica. 18. GAMBOA, Silvio Sánchez; NUNES, César Aparecido CRISES, AÇÕES E REAÇÕES NA HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE: PUCCAMP 1942-1992 GT: História da Educação O objetivo deste trabalho é apresentar uma síntese de uma pesquisa historiográfica sobre a Universidade Católica de Campinas (1942-1992). Um levantamento inicial permitiu elaborar uma periodização tendo como critério norteador do Projeto Pedagógico (1981). A partir desse evento e considerando as categorias de crise, ações e reações foi possível definir seus períodos institucionais, assim distribuídos: 1) da criação (1942) à crise de 1968; 2) a Universidade no período da Reforma Universitária e da expansão quantitativa (1968-1980); 3) a crise de 1980 e o Projeto Pedagógico (1981-1992). Os estudos historiográficos, oferecem subsídios para a recuperação da identidade e para o esclarecimento de seus compromissos sociais e apresenta elementos científicos para a compreensão da nova crise que surge com a recente intervenção da mantenedora (dezembro e 1996). 19. MANCEBO, Deise AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA: REFORMAS, PROPOSTAS E RESISTÊNCIA CULTURAL GT: Políticas de Educação Superior O trabalho discute criticamente o conceito de autonomia universitária, sob a ótica das reformas propostas para a educação superior brasileira. Apresenta, primeiramente, uma breve análise da reforma do Estado, analisando suas repercussões para a autonomia universitária. Destaca a seguir, os princípios do modelo gerencial presentes, nas atuais mudanças postuladas para a educação superior – a racionalização de recursos, a gestão direcionada aos resultados e baseada nos princípios da qualidade, a flexibilidade de gestão e a diversificação do sistema – assinalando o conteúdo que atribuem à autonomia universitária. Analisa a metodologia de implantação da reforma da educação superior, considerando seus aspectos legais e culturais e conclui, afirmando as possibilidades de resistência a estas mudanças, presentes na própria cultura universitária.
20. NOSIGLIA, Maria Catalina; MARQUINA, Mónica A DOS AÑOS DE LA SANCIÓN DE LA LEY DE EDUCACIÓN SUPERIOR EM LA ARGENTINA GT: Políticas de Educação Superior A partir del debate em torno a cuestiones de la relación gobierno-universidad que afectan a toda la región y al mundo em general, se describen los aspectos más controvertidos de la actual política del gobierno argentino en materia universitaria materializados en la ley 25.521. Se analizan los primeros efectos de la Ley de Educación Superior sobre el sistema universitario, destacándose la creciente concentración de funciones en el Poder Ejecutivo con la consecuente pérdida de autonomia de las instituciones; una utilización del financiamento como mecanismo de control por parte del gobierno; la puesta en funcionamiento de organismos suprauniversitários que assumen facultades del Poder Legislativo y de las universidades y una creciente diferenciación de la oferta de educación superior. Estas tendencias ratifican la implantación en Argentina de un modelo univer sitario diferenciador y competitivo. 21. NUÑEZ, Isauro Beltrán; RAMALHO, Betânia Leite UM “MODELO PROFISSIONAL”: UMA NECESSIDADE PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL? GT: Formação de Professores O trabalho, como parte de uma pesquisa sobre Formação e Profissionalização Docente, faz uma reflexão à problemática da necessidade de definir em cada Agência Formadora um “modelo profissional”, desde uma nova perspectiva, o seja, como princípio norteador de formação inicial dos professores. O “modelo profissional” se define a partir das necessidades práticas, e se formula em termos de saberes, competências, de caráter geral, vinculadas à uma base de conhecimento para o ensino, que caracteriza a profissão docente. A definição do “modelo profissional” como atividade política deve constituir a essência do projeto político-pedagógico de cada Agência Formadora a fim de formar determinado tipo de profissional no contexto sócio-histórico concreto. 22. PEIXOTO, Maria do Carmo Lacerda ORGANIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE E AUTONOMIA GT: Políticas de Educação Superior
A partir da análise de processos de institucionalização da pesquisa, o trabalho discute perspectivas que se delineam hoje para a estrutura organizacional da universidade. Realiza uma reconstituição histórica da trajetória de construção desta estrutura, a partir do Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931, e enfatiza o quadro de reforma universitária de 1968. Aborda os núcleos interdisciplinares como tendência inovadora, e destaca as perspectivas sinalizadas na nova LDB, discutindo alguns aspectos das relações de poder que se fazem presentes nas disputas atuais no campo acadêmico, quando a autonomia universitária é apontada como um horizonte próximo. 23. PEREIRA, Júlio Emílio Diniz REPRESENTAÇÕES SOBRE ENSINO NA UNIVERSIDADE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA AS LICENCIATURAS GT: Formação de Professores O objetivo deste trabalho é analisar as representações que professores e alunos de cursos universitários vêm construindo acerca de aspectos ligados so ensino e com isto buscar novos elementos para a compreensão da situação atual das licenciaturas nas universidades. Este artigo trabalha com dados de uma pesquisa, estudo de caso, sobre o curso de Ciências Biológicas da UFMG. Partimos da constatação empírica que a licenciatura, enquanto curso de formação inicial de professores, voltada, portanto, basicamente para o ensino, possui hoje menor prestígio acadêmico do que o Bacharelado, responsável pela iniciação na formação de cientistas e, por isso, direcionado para a pesquisa. Este estudo procura apontar, então, os motivos pelos quais as alternativas para a mudança do quadro atual extrapolam as insistentes e poucos eficientes alterações nas grades curriculares, única saída geralmente proposta para a melhoria dos cursos de formação inicial de professores. 24. PORTES, Écio Antônio O UNIVERSITÁRIO DE CAMADAS POPULARES NO ESPAÇO DO HERDEIRO GT: Sociologia da Educação A partir de dados provenientes de uma pesquisa para confecção de uma Dissertação de Mestrado e de uma prática profissional desenvolvida ao longo dos últimos sete anos, o trabalho procura analisar a inserção sociocultural de um grupo de universitários oriundos das camadas populares que freqüentam cursos na Universidade Federal de Minas Gerais. Dialoga para esse fim com uma literatura que possibilita análise de diferentes práticas culturais e com uma literatura, menos conhecida, que vem demonstrando a importância da família e da escola no processo de socialização/escolaridade daqueles provenientes dos meios populares.
25. SEGENREICH, Stella Cecilia Duarte INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PESQUISA NAS UNIVERSIDADES EMERGENTES: NOVOS ARRANJOS E PARCERIAS PARA UMA QUESTÃO MAL RESOLVIDA GT: Políticas de Educação Superior Este trabalho se propõe a continuar análise sobre a questão da indissociabilidade ensino/pesquisa no bojo do movimento de crescimento e transformação das instituições particulares em universidade, com o objetivo de demonstrar que novos parceiros vêm se juntar às universidades existentes para enfrentar a antiga e mal resolvida questão da institucionalização da pesquisa na universidade. Apresenta os resultados da pesquisa realizada com o objetivo de analisar criticamente os caminhos que vem sendo trilhados (ou pensados) pelas instituições emergentes, tomando como base duas instituições concretas. Termina o relato discutindo o teor do decreto N. 2.207/97, no que se refere aos novos arranjos e parcerias nele propostos, e sua relação com os resultados da pesquisa aqui apresentados. 26. TAVARES, Maria das Graças Medeiros REFORMAS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL PÓS-85: DESAFIOS À EXTENSÃO E À AUTONOMIA UNIVERSITÁRIAS GT: Políticas de Educação Superior O artigo trata sobre as propostas de reestruturação da educação superior elaboradas pelo Governo brasileiro, a partir da década de 80. Discute as concepções de extensão e autonomia universitárias presentes nos documentos oficiais. Elege como categoria principal de análise a Hegemonia. Destaca a inter-relação entre autonomia e extensão universitária sendo esta entendida não apenas como uma atividade acadêmica mas como proposta de instituição universitária na sua globalidade. Conclui que o direcionamento tomado pelo Governo até agora, na área da educação, parece não contemplar o fortalecimento de uma universidade autônoma, democrática e de qualidade.
1998 - 21ª REUNIÃO
27. GRILLO, Marlene; AZAMBUJA, Carmen; CARNEIRO, Vera Clotilde; COSTA, Regina; FERREIRA, Glória Isabel; LIMA, Valderez; PAAZ, Aneli; SILVA, Vera Regina da; TEIXEIRA, Luciana TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA: UMA PRÁTICA REFLEXIVA GT: Formação de Professores O estudo, realizado com docentes universitários, questiona antigas crenças, segundo as quais, professores com reconhecido saber, limitam-se a transmiti-lo por meio de aulas magistrais ou de outras rotinas cristalizadas. Explica como os professores, em maior ou menor grau, são reflexivos e reconstroem todo o dia o seu saber docente utilizando-se da transposição didática, a qual está fundamentada no conhecimento pedagógico dos conteúdos, um dos diferenc iais da docência como profissão. 28. IGLORI, Sonia Barbosa Camargo; SILVA, Benedito Antonio da CONHECIMENTO DE CONCEPÇÕES PRÉVIAS DOS ESTUDANTES SOBRE NÚMEROS REAIS: UM SUPORTE PARA A MELHORIA DO ENSINO-APRENDIZAGEM GT: Educação Matemática Este trabalho pretende efetuar um estudo comparativo entre alunos iniciantes de um curso universitário de exatas, sobre a concepção de números reais. A comparação foi feita através da aplicação de um questionário a alunos do Curso de Computação e do Curso de Matemática da Pontifícia Universidade Católica de S. Paulo, no início de 1996. De um lado, a intenção foi a de investigar quais concepções “errôneas” consagradas em estudos diagnósticos realizados em outros países, eram também concepções dos alunos pesquisados. Por outro, houve também a intenção de avalia quais destas concepções persistem após um estudo sistemático de Análise Real. Neste trabalho, apresentaremos, sinteticamente, o que nossos alunos reproduziram como concepção sobre números reais. 29. KENSKI, Vani Moreira MEMÓRIAS EM MOVIMENTO. A ANGÚSTIA DO (DES) CONHECIMENTO NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO GT: Educação e Comunicação Este texto apresenta alguns resultados da pesquisa que objetivou estudar as formas como professores e pesquisadores realizam a aquisição e manutenção de conhecimentos e
informações, utilizando não apenas a memória humana, mas também a “memória tecnológica”, disponível em seus arquivos no computador e nas redes eletrônicas de comunicação. Encaminha também algumas reflexões sobre a nova “lógica” que se estabelece na sociedade das informações tecnológicas a partir das interações com os espaços de fluxos das redes. 30. KIPNIS, Bernardo AUTONOMIA E A PESQUISA EM EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL; AS POSSIBILIDADES DA PESQUISA INSTITUCIONAL GT: Políticas de Educação Superior O presente estudo parte da constatação de que a implementação da autonomia, já devidamente normatizada, gera mudanças institucionais na educação superior brasileira, principalmente em relação à “desestatização” das univers idades públicas. Argumenta-se que este fato cria novas possibilidades para a agenda de pesquisas em educação superior para além da base discursiva - legal, redirecionando o foco para a análise empírica da pesquisa institucional. Esta área é descrita tomando-se como referência a evolução deste campo de estudo nos Estados Unidos, país com instituições historicamente autônomas. Ao final, sugere-se algumas implicações para a realidade brasileira a partir das possibilidades futuras oferecidas pelo desenvolvimento de outros estudos como: evasão em universidades, análise do ambiente externo e a já estabelecida avaliação institucional. 31. LEITE, Denise B. C.; FERNADES, Cleoni B.; BRAGA, Ana M. S.; GENRO, Maria E. H.; FERLA, Alcindo A.; CAMPANI, Adriana; CAMPOS, Márcia M. C.; ALVES, Evandro; NOLASCO, Luciane S.; CUNHA, Maria I.; LUCARELLI, Elisa; VEIGA, I. A. INOVAÇÃO NA UNIVERSIDADE: A PESQUISA EM PARCERIA GT: Políticas de Educação Superior Neste texto discutimos a experiência da pesquisa Inovação na Universidade, que se desenvolve em quatro instituições públicas de dois países - Brasil e Argentina. Nosso objetivo foi identificar experiências inovadoras que estivessem acontecendo nos espaços micro e macro institucionais. Consideramos que a inovação deveria ser captada por dentro das práticas universitárias, na relação com as orientações paradigmáticas do conhecimento. Nesta perspectiva, compreendemos a inovação como um processo descontínuo, de rupturas com os paradigmas tradicionais vigentes no ensino e na pesquisa, ou como uma transição com reconfiguração de saberes e poderes que está acontecendo em diferentes universidades e em diferentes espaços. Ao olhar para esses espaços, descobrimos que a inovação mais importante reside em fazer a Pesquisa em Parceria. Este texto caracteriza essa “aproximação pela diferença” que tem como resultado a produção de conhecimento.
32. LEITE, Maria Cecília Lôrea AVALIAÇÃO DA UNIVERSIDADE: A CONCEPÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS AVALIATIVOS EM QUESTÃO GT: Políticas de Educação Superior Este trabalho traduz-se numa reflexão sobre duas propostas alternativas em desenvolvimento no Brasil, ou seja, o Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras – PAIUB – e o Exame Nacional de Cursos. Inserido no quadro de teorização crítica, inspira –se, especialmente, em contribuições de Boaventura Santos, Basil Bernstein e Thomas Popkewitz. A partir de uma pesquisa realizada com alunos formandos de um determinado curso de graduação, são analisados os dois programas avaliativos, tendo como desafio a valorização da instituição universitária e de seus sujeitos na concepção e desenvolvimento de seus projetos avaliativos. 33. MANCEBO, Deise. POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR E CULTURA UNIVERSITÁRIA: O EXERCÍCIO DA SOLIDÃO NO IDEÁRIO NEOLIBERAL GT: Políticas de Educação Superior O trabalho discute criticamente as políticas para a educação superior brasileira, a partir de cinco princípios que a têm norteado: a racionalização de recursos, a gestão direcionada aos resultados, a flexibilidade de gestão, a qualidade do serviço educacional e a “descentralização”. Apresenta a metodologia de implantação deste modelo gerencial, considerando seus aspectos jurídicos-políticos e culturais. Analisa a cultura que vem sendo forjada na universidade, destacando a construção da lógica do mercado, a exacerbação do individualismo e da competição entre os pares e o arrefecimento da vida pública. Finaliza apresentando possibilidades de construção de uma agenda democrática neste universo de privatização do público. 34. MAZZOTTI, Tarso Bonilha FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO, UMA OUTRA FILOSOFIA? GT: Filosofia da Educação O desafio de ensinar filosofia da educação parece idêntico ao que tem caracterizado o ensino da filosofia tout court. No entanto, a filosofia da educação põe, imediatamente, o problema de sua pertinência: A filosofia da educação seria uma “aplicação” de alguma filosofia? Por outro lado, será que a filosofia da educação tem por tarefa o estabelecimento dos valores educativos? Este trabalho examina as respostas mais comuns a estas questões,
iniciando pela afirmação de que a filosofia da educação é a aplicação de alguma filosofia. Depois, examina a noção de filosofia da educação como uma disciplina que determina os valores da educação. Finalmente, procura mostrar que a filosofia da educação tem por tarefa a crítica das teorias pedagógicas, estando aí incluídos os valores educacionais, com o objetivo de contribuir para a efetivação da interdisciplinaridade da Pedagogia, condição reflexiva da prática educativa. 35. MENDES, Cláudio Lúcio REFORMA CURRICULAR DE UM CURSO SUPERIOR: RELAÇÕES DE PODER E BUSCA DE LEGITIMIDADE GT: Currículo O presente trabalho consiste numa análise da reforma curricular do Curso de Educação Física da Escola de Educação Física da UFMG, aprovada em 1990, com o objetivo de discutir as relações de poder nela presentes. Analiso também a Resolução 03/87, como sendo uma das relações de poder que instituiu e direcionou os rumos da reforma curricular em discussão. O argumento central para o desenvolvimento deste trabalho é o de que o discurso do senso comum, em relação à reforma e à mudança, perpassou os documentos tanto da reforma estudada, como da Resolução 03/87, com a suposição de que, ocorrendo reforma, ocorreriam mudanças em um sentido evolutivo e progressivo. Tentarei demonstrar esse discurso do senso comum e discutir alguns argumentos que foram usados para justificá-lo e legitimar a área da Educação Física. 36. MICHELOTTO, Regina Maria UNIVERSIDADE-SOCIEDADE: A DEMOCRATIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE PÚBLICA GT: Políticas de Educação Superior No interior do processo de avaliação das universidades públicas, estão sendo enfocados movimentos de democratização, pelos quais essa instituição é conduzida a buscar cumprir o compromisso que tem para o conjunto da população. Duas formas de possível abertura da universidade para a sociedade estão sendo privilegiadas: a ampliação do acesso de estudantes e programas e/ou projetos desenvolvidos com a população, mormente com os setores majoritários que são, no geral, impedidos de constituir parte nessa relação. Deseja – se verificar se os movimentos examinados constituem uma tendência ou se são pontuais. 37. PEIXOTO, Maria do Carmo Lacerda; BRAGA, Mauro Mendes A EVASÃO NO CICLO BÁSICO DA UFMG
GT: Políticas de Educação Superior A evasão no ensino superior é analisada neste estudo como um processo multifacetado, carente de estudos mais sistematizados e da implementação de políticas. O foco da análise localiza-se no ciclo básico da UFMG pretendendo-se realizar um diagnóstico das causas do fenômeno, a partir da investigação das relações entre a evasão, o perfil socioeconômico e o desempenho dos alunos de quinze cursos das três áreas do ciclo básico: Ciências Biológicas, Ciências Exatas e Ciências Humanas. Através do uso de metodologia que permite estimar as taxas de evasão para o período 90-96, observou-se que essas taxas variam bastante, sendo mais elevadas nos cursos da área das ciências exatas. A análise realizada até o momento permite afirmar que há uma reduzida influência do perfil socioeconômico no processo, enquanto as relações da evasão com o trabalho remunerado e com a questão do gênero despontam como aspectos a serem aprofundados. 38. SANTOS, Akiko TÉCNICA E TÉCNICAS DIDÁTICAS GT: Didática Este texto faz parte de uma pesquisa que busca reconceitualizar alguns problemas da relação pedagógica, a partir do referencial da complexidade. Procuramos refletir sobre a conjuntura brasileira pós-64 que realçou o predomínio das técnicas, especialmente no âmbito educacional através da supervalorização das técnicas didáticas. Mesmo tendo a técnica se tornado imprescindível na nossa vida, chamamos a atenção para os efeitos perniciosos que ela tem provocado no homem moderno. Para interpretar esse quadro de organização social e o modo de pensamento prevalecentes, utilizamos as categorias de Edgar Morin (principalmente), a teoria de ação comunicativa de Jürgen Habermas com a finalidade de indicar uma perspectiva com relação ao quadro teórico que as informa. 39. SETTON, Maria da Graça Jacinto OS PROJETOS DE PROFISSIONALIZAÇÃO DOS ESTUDANTES DA FFLCH-USP: ALGUMAS TENDÊNCIAS GT: Políticas de Educação Superior Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados parciais de uma pesquisa a respeito dos estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Com a intenção de fazer uma análise do perfil do aluno, suas expectativas e aspirações acadêmicas e profissionais o Departamento de Sociologia da FFLCH-USP, em 1996, e o NUPES – Núcleo de Pesquisa sobre o Ensino Superior – USP, em 1997, viabilizou, sob minha coordenação, a investigação. As informações coletadas permitiram que detectasse entre os alunos três tendências de comportamento em relação à suas expectativas de profissio nalização. A tendência que mais se destaca refere-se a uma estratégia de
acumulação de “capital cultural”, estratégia essa que tem um efeito distintivo no competitivo mercado de trabalho. 40. SILVA, Waldeck Carneiro da A UNIVERSITARIZAÇÃO DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ANÁLISE SOCIOLÓGICA DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA NA UERJ GT: Sociologia da Educação O presente trabalho comunica parte dos resultados da tese de doutorado defendida em 1997, cujo tema central foi a aná lise sociológica do processo da universitarização da formação do professor das séries iniciais do ensino fundamental (professor primário). Neste trabalho, são analisadas as implicações e os interesses em jogo no âmbito desse processo, tomando-se como referência a experiência desenvolvida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Constatou-se que a universitarização da formação do professor primário constitui-se em significativo objeto de lutas na instituição examinada, suscitando relações conflituosas no interior da própria universidade e entre esta e a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Em suma, percebeu-se a existência de lutas de posição, conflitos de interesse e estratégias de ação, suscitados ou reforçados pela universitarização da formação do professor primário. 41. SOBREIRA, Henrique Garcia IMAGENS DE FAMÍLIA E PRÁTICA DOCENTE: ANOTAÇÕES PRELIMINARES GT: Formação de Professores O objetivo do trabalho é expor reflexões sobre uma questão que surgiu durante a investigação dos conteúdos necessários a capacitação de orientadores dos grupos de auto-reflexão: a família. Dois instrumentos foram apresentados a 15 (quinze) estudantes/professores dos cursos de Pedagogia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro/ Faculdade de Educação da Baixada Flum inense (UERJ/FEBF): perguntas sobre a importância da família para o trabalho d educação escolar e a descrição das famílias de seus alunos. Em seguida foram coletados dados sobre as próprias famílias dos entrevistados. Os resultados apontam que os professores compartilham uma imagem ideal de família que, em síntese, é a família que descrevem como sua. Embora investigações mais amplas sejam necessárias, já é possível apontar que essa imagem idealizada de família se torna obstáculo ao relacionamento pedagógico com os alunos.
42. SOUTHWELL, Myriam LA FUNDACIÓN DEL CAMPO PEDAGÓGICO EN LA UNIVERSIDAD NACIONAL DE LA PLATA. PEDAGOGÍA, CIENCIAS DE LA EDUCACIÓN Y POSITIVISMO (1906-1920) GT: História da Educação La formación en Ciencias de la Educaión en la Univ. de La Plata tiene una trayectoria de 83 años, ya que la fundación de la Facultad data de 1914. El presente es un estudio de las líneas teórico-conceptuales que le dieron origen y vida, de las que se encuentram trazos en la formción actual. El surgimiento de la filosofía positivista, de gran impacto en el conjo sur americano entre fines del siglo XIX e inicios del presente. Como discurso pedagógico hegemónico en la fundación de la carrera, la filosofía positivista, no es analizada en forma uniforme – sino a través de diferentes manifestaciones – y vinculada com otras concepciones, alcanzando un enorme impacto hasta la actualidad. En su “traducción” para las instituciones educativas, el positivismo coexistió com otros discursos, muchas veces contradictorios entre si. Un problema importante en la configuración de este campo fue el de la cientificidad de la pedagogía, que se transformó en constitutivo del campo de las “ciencias de la educación” y de permanente debate teórico, hasta nuestros días. 43. SOUZA, Marilene Proença Rebello de REPENSANDO A FORMAÇÃO DE PSICÓLOGOS A PARTIR DA QUEIXA ESCOLAR GT: Psicologia da Educação Este trabalho tem como objetivo analisar as concepções presentes e as ações que dão sustentação aos atendimentos à queixa escolar nos cursos de formação de psicólogos. A pesquisa se realizou em quatro cursos de Psicologia da capital do estado de São Paulo, nas áreas de Psicologia Escolar e Psicologia Clínica. Os dados foram colhidos nos programas de cursos, em entrevistas com vinte professores das duas áreas e no levantamento da queixa escolar em 268 prontuários das clínicas-escola. Nos programas de curso, convivem posições teóricas divergentes a respeito dos problemas escolares, sem que sejam analisadas por seus professores como tais. Nas disciplinas de estágio, a ênfase ainda se dá no atendimento clínico, centrado na criança e em sua família. No discurso dos professores observa-se um movimento de transição de posições mais tradicionais de análise da queixa escolar para questionamentos referentes à qualidade da escola pública oferecida. 44. SUASNABAR, Silvio Claudio; SEDANE, Viviana; DELDIVEDRO, Vanesa MODELOS DE ARTICULACIÓN ACADÉMICA. CULTURA E IDENTIDAD DE LOS DOCENTES-INVESTIGADORES DE LA UNIVERSIDAD NACIONAL DE LA PLATA
GT: Polít icas de Educação Superior Este trabalho tem por objeto caracterizar alguns traços, mecanismos e lógicas de produção e reprodução do corpo de professores-pesquisadores da U.N.L.P. (Universidad Nacional de La Plata/ Argentina) em três disciplinas: física, economia e história. Os modelos de articulação são uma tipologia que tenta captar a convergência dos componentes simbólico-disciplinares que configuram as identidades acadêmicas, ainda que permitem perceber alguns traços das diferentes culturas institucionais e o seu funcionamento. Em síntese, os modelos de articulação parecem mostrar alguns dos traços das culturas institucionais analisadas resultam de uma combinação entre lógicas da cultura disciplinar e lógicas próprias da cultura política, que delimitam, entre outras questões, as pegadas deixadas pelos períodos de instabilidade política nacional. 45. VILLANI, Alberto; CABRAL, Tânia Cristina Baptista ENSINO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, QUAL O FUTURO? GT: Didática Nesse trabalho apresentamos, de modo resumido, alguns eventos sobre os campos de pesquisas referentes ao ensino de Ciências e Matemática nos últimos anos. O fundo comum às tentativas dos grandes projetos curriculares e da panacéia universal denominada construtivismo foi implicar progressivamente o aluno. Entretanto, isto não ocorreu de maneira radical, pois não se levou em conta a questão da subjetividade. Trabalhos recentes, que se situam além da perspectiva de mudança conceitual, apontam para uma nova preocupação: promover o contato do aluno com a ciência para que ele possa realizar escolhas em relação àquilo que considera importante e produzir sua síntese pessoal. Propomos que seja pensada uma abordagem que denominaremos mudança radical, que focaliza o monitoramento da relação entre o aluno e o saber científico.
1999 - 22ª REUNIÃO
46. BELLONI, Isaura A GED E A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR GT: Políticas de Educação Superior O texto tem por objetivo fazer uma breve análise da GED (Gratificação de Estímulo à Docência) no contexto das principais ações e características da política superior do Governo FHC, explorando alguns dos antecedentes e implicações, em especial, da política de avaliação. Oferece análise dos critérios e resultados implementados em 1998. Defende duas teses centrais: a GED é uma gratificação pela realização de tarefas acadêmicas e a avaliação institucional deve ser implementada independentemente do órgão responsável pela formulação e execução da política educacional. 47. CORRÊA, Carlos Humberto Alves ENTRE PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES: UMA INCURSÃO EM ALGUNS ASPECTOS DA LEITURA NA UNIVERSIDADE GT: Alfabetização, Leitura e Escrita O presente trabalho faz um inventário de alguns aspectos da leitura de alunos ingressantes no Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Amazonas. Para isto, lanço mão de elementos teórico-metodológicos propostos por estudos ligados à história cultural que me inspiram a falar da leitura como uma prática plural e que, por isso, pode ser compreendida nas suas diferenças e variações. Seguindo a trilha de aspectos aqui levantados buscam retratar a tensão entre os dois pólos da leitura que, na universidade, se presentifica nas distâncias e proximidades que existem entre as leituras pretendidas e imaginadas pelos professores e aquelas efetivamente praticadas pelos alunos. 48. DURAN, Marília Claret Geraes; NASCIMENTO, Dalva Rachel Coelho do FORMAÇÃO DO EDUCADOR – UMA DISCUSSÃO DOS SABERES QUE INTEGRAM O PROCESSO GT: Formação de Professores Este estudo discute os saberes que estão implicados na formação inicial do educador tal como formulado por SAVIANI (1996:150)- o saber atitudinal, o crítico contextual, os saberes específicos, o pedagógico, o didático-curricular- analisando-os a partir da discussão de um incidente crítico. A leitura e análise do material levantado com as respostas de
dezoito alunos do último ano do curso (noturno) de Pedagogia de uma universidade particular confessional, colocaram em evidência aspectos relativos aos valores, ou seja, ao julgamento de uma determinada conduta por parte de um profissional de acordo com o que dele se esperava, de acordo com aquilo que ele deveria fazer ou deveria ter feito. Alguns desses valores expressos nos depoimentos, considerados como ponto de partida, foram esmiuçados na perspectiva de encontrar seus pressupostos teóricos, a sua essência. 49. FREITAS, Denise de; VILLANI, Alberto ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES GT: Formação de Professores Neste trabalho, analisamos uma experiência did ática desenvolvida em um curso de formação inicial de professores de Ciências e Biologia, cujos resultados foram considerados altamente satisfatórios, pelos protagonistas e por observadores externos, quanto ao envolvimento dos estudantes durante o curso, à aprendizagem por eles conseguida e sobretudo, quanto à responsabilidade final dos mesmos frente ao saber científico e pedagógico adquirido. Para responder à questão sobre como foram trabalhados os fatores contextuais em sala de aula (Pintrich et al., 1993) delineamos algumas categorias que focalizam diferentes patamares de aprendizagem e a partir delas descrevemos e interpretamos as etapas da experiência, de maneira a focalizar as modificações na aprendizagem dos futuros professores. Concluímos sistematiza ndo as intervenções mais significativas da professora. 50. GERALDI, Corinta Maria Grisolia A ESCOLA E A OUTRA: UM ESTUDO DAS LEITURAS DA ESCOLA GT: Formação de Professores Trata-se da análise de discursos de estudantes do Curso de Pedagogia, detectando suas “leituras” sobre a escola pública básica, tendo como referência os estudos sobre representação social de Jodelet, Moscovici e Hewstone (1984), complementados com subsídios conceituais da Análise do Discurso e da Semântica Argumentativa. A questão que suscitou o processo de busca e orientou o caminho analítico foi: por que os estudos realizados sobre aula/currículo/escola, não informavam, exceto de forma reducionista, as “leituras” produzidas pelos alunos sobre a escola e o currículo em ação? Pretende-se contribuir para a discussão da formação inicial através da análise dos significados subjacentes à prática pedagógica nos cursos de formação inicial e, subsidiariamente, discutir conceitos utilizados na análise de textos em pesquisas educacionais.
51. KESSLER, Maria Cristina; FISCHER, Maria Cecília Bueno DESENVOLVENDO HABILIDADES COGNITIVAS ATRAVÉS DA MATEMÁTICA GT: Educação Matemática O presente estudo, de natureza qualitativa, busca construir uma proposta de ensino que contemple o desenvolvimento de habilidades cognitivas em alunos iniciantes na universidade. Assim, analisou o desenvolvimento cognitivo em um grupo de 15 alunos de uma determinada disciplina e com dificuldades em matemática. Os resultados da investigação apontam que apenas parte do grupo obteve avanços cognitivos significativos. Os avanços pouco expressivos obtidos na outra parte do grupo, segundo nossas análises, deve-se ao fato de que esses alunos não possuem nem o quadro de referência nem a rede semântica para decodificar a informação desenvolvida em sala de aula, nos remetendo, assim, a uma outra investigação que busque a criação de mecanismos alternativos que possam alcançar estes alunos. 52. KIPNIS, Bernardo A PESQUISA INSTITUCIONAL E A EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA: UM ESTUDO DE CASO LONGITUDINAL DA EVASÃO GT: Políticas de Educação Superior Dentro da perspectiva da pesquisa institucional na educação superior brasileira, este trabalho apresenta os primeiros resultados, ainda exploratórios, de uma pesquisa longitudinal com uma amostra de alunos ingressos no primeiro semestre de 1998, na Universidade de Brasília, estratificada por curso e sexo, previsto um acompanhamento ao longo de 4 anos. Adota-se o modelo teórico interacional de Tinto centrado nos conceitos de cultura ins titucional, racionalidade das decisões individuais e integração acadêmica e social na instituição. Os primeiros resultados mostram uma clientela jovem, de “status” e renda altos, compromissada com o curso e a instituição e que a escolheram por sua gratuidade e qualidade e o curso como realização pessoal. A hipótese futura é de que fatores dentro da instituição terão maior peso na decisão sobre uma possível evasão. 53. LIMA FILHO, Domingos Leite UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA E CURSOS SUPERIORES EM TECNOLOGIA: A RACIONALIDADE FINANCEIRA DA REFORMA EDUCATIVA GT: Trabalho e Educação As reformas educacionais no Brasil, a partir da aprovação da Lei 9.394/96 (LDB) e de sua posterior regulamentação via legislação complementar, ensejam a implantação de uma
“nova” institucionalidade na educação nacional. O objetivo do trabalho é analisar as mudanças que ocorrem no Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, no contexto da reforma, em particular a proposta de transformação desta instituição em universidade tecnoló gica, especializada na oferta de cursos superiores de tecnologia. Discute-se a natureza deste tipo de instituição universitária e dos cursos superiores de curta-duração para a formação de tecnólogos. Constata-se que tais propostas estão vinculadas à racionalidade financeira que preside a reforma em curso e que apontam para fortalecimento da dualidade estrutural no ensino médio e para a segmentação do ensino superior. 54. MARÇAL, Juliane Corrêa AVALIAÇÃO DO ENSINO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE-ESPAÇOS POSSÍVEIS DE SIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS AVALIATIVAS GT: Políticas de Educação Superior O texto, Avaliação do ensino e organização do trabalho docente, aborda a avaliação do ensino enquanto prática social, inserida num contexto de conflitos de interesses, tendo esta a função de intervir no conjunto das estratégias de luta pelo poder e em processos institucionalizados de gestão dos conflitos sociais. Considero o desempenho do profissional circunscrito às reais condições de trabalho de cada Departamento, Unidade, sendo necessário articular sua prática com a forma como estão organizadas as práticas propostas curriculares, as áreas de inserção social, a relação público/privado, os encargos administrativos e, ainda, a possibilidade de construir o novo. Aceno para um processo avaliativo que permita o acesso igual à informação, proporcionando uma participação real e a emergência de um espaço de negociação. 55. MONACO, Fabíola Maria A PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO: O CONFRONTO ENTRE A EX-ALUNA E A FUTURA PROFESSORA GT: Educação Fundamental Procurando elaborar uma cartografia da escola pública de ensino fundamental na periferia de uma cidade do interior do Estado de São Paulo, este trabalho reúne elementos, cenas e episódios observados por uma estagiária de Pedagogia, durante seu curso na disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado, em forma de relato sobre a experiência de adentrar o ambiente escolar, pela primeira vez, como aluna em fase de conclusão do curso de Pedagogia. O texto é baseado em anotações de observação de salas de aulas, pátio e demais dependências da escola e imediações, relatos e depoimentos de alunos, estagiária, professores, demais funcionários e comunidade. Apresenta também alguns conceitos estudados no curso de Pedagogia que são reelaborados durante a experiência em questão.
56. MOREIRA, Plínio Cavalcanti; SOARES, Eliana Farias; FERREIRA, Maria Cristina Costa ALGUMAS CONCEPÇÕES DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA SOBRE O SISTEMA DE NÚMEROS REAIS GT: Educação Matemática Neste trabalho os autores apresentam e analisam parte dos resultados de um questionário aplicado a 84 alunos dos cursos de Matemática da UFMG e da UFSC, com o objetivo de conhecer melhor as suas “imagens conceituais” a respeito da estrutura do conjunto dos números reais. A aplicação do questionário fez parte de uma pesquisa que tinha como objetivo a elaboração de uma proposta de abordagem do tema no curso de Licenciatura em Matemática da UFMG. Notou-se, entre outros fatos, que o significado da incomensurabilidade de dois segmentos (e a conseqüente necessidade dos números irracionais para a formação do contínuo numérico) é desconhecido de quase todos os alunos. Esta poderia ser a fonte de uma série de dificuldades para a compreensão de outros conceitos relacionados com a estrutura dos reais. 57. PERLO, Rosana Carina LA INFLUENCIA DE LOS MANDATOS INSTITUCIONALES EN LA CONSTRUCCIÓN Y RESIGNIFICACCIÓN DE LA IDENTIDAD DOCENTE GT: Formação de Professores A presente pesquisa intenta indagar a influência dos mandatos institucionais dos diferentes centros de formação docente do país (Escolas Normalistas, Sistemas Terciários e Universidades) na re-significação de saberes e na construção de uma identidade docente em particular. Para eles se faz uma reconstrução histó rica dos mandatos a partir da voz de diferentes atores e da análise de documentação, discursos, protocolos, projetos institucionais e revistas especializadas, com o objetivo de analisar a existência de identidades diferentes ou a permanência tendo como base uma matriz comum de formação que é hegemônica. 58. SGUISSARDI, Valdemar; SILVA JR, João dos Reis EDUCAÇÃO SUPERIOR PRIVADA: NOVOS TRAÇOS DE IDENTIDADE GT: Políticas de Educação Superior Este texto tem como objetivo a caracterização do setor privado da educação superior brasileira nos anos 90, quando esse espaço social se reconfigura acentuando seu processo de mercantilização, em um contexto de reforma do Estado e de mudança da produção no Brasil. Os novos traços caracterizadores são apresentados por meio do controle legal do Estado e da correspondente reação desse segmento, das pretendidas autonomia e gestão do
setor, das novas formas de produção acadêmico-científica propostas, da mudança identitária diante do processo de acirramento da concorrência entre tais instituições e, finalmente, das transformações nas formas de ação e representação do setor privado junto ao governo central. 59. SILVA, Waldeck Carneiro da A CRIAÇÃO DOS INSTITUTOS SUPERIORES DE EDUCAÇÃO NO BRASIL: ALTERNATIVA SUPERIOR PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES GT: Formação de Professores Analisam-se a criação dos Institutos Superiores de Educação (ISE) e o seu impacto no campo da formação dos professores no Brasil. Partindo de uma discussão teórico-epistemológica sobre o significado da universitarização da formação dos professores, examinam-se os interesses que se reforçam e se enfraquecem com o advento desses institutos no cenário educacional brasileiro. Discutem-se, ainda, a superposição entre o curso normal superior, carro-chefe dos ISE, e o curso de graduação em pedagogia das universidades e os limites dos programas especiais de formação pedagógica que poderão ser oferecidos pelos ISE. Ao final, são formuladas propostas objetivas visando fazer com que os ISE, em estreita colaboração com as universidades, tornem-se uma alternativa minimamente viável de formação de professores no Brasil.
2000 - 23ª REUNIÃO 60. ANDRADE, Luiz Antônio Botelho; LONGO, Waldimir Pirró; PASSOS, Eduardo AUTONOMIA: UM MODELO EXPLICATIVO DA ONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE GT: Políticas de Educação Superior O objetivo deste ensaio é pensar a autonomia no âmbito das instituições, com ênfase na universidade pública. Nesta perspectiva, fazemos uma discussão sobre os conceitos de autonomia, organização, estrutura e sistema, articulando-os no sentido de propor um modelo explicativo para a ontologia da universidade, contemplando suas dimensões acadêmica, epistemológica, filosófica e política. Após esta discussão, ressaltamos os desafios contemporâneos colocados para a universidade pública e anunciamos algumas estratégias de resistência com vistas a transformar os desafios em novas oportunidades. 61. CASTANHO, Sérgio E. M. EDUCAÇÃO SUPERIOR NO SÉCULO XXI: DISCUSSÃO DE UMA PROPOSTA GT: Políticas de Educação Superior Partindo da indicação de quatro modelos “clássicos modernos” de universidade, o autor propõe, como elaboração pessoal, os seguintes modelos contemporâneos: democrático-nacional-participativo, neoliberal-globalista-plurimodal e crít ico-cultural-popular, este último mais um referencial teórico que um modelo cristalizado institucionalmente. À luz dos modelos e do referencial propostos, discute-se a Declaração mundial sobre a educação superior no século XXI: visão e ação, da UNESCO(1998), concluindo-se ser ela um compromisso entre as concepções contemporâneas, podendo ser o certificado de batismo da universidade do novo milênio, oscilando entre a capitulação ao modelo emergente, a dubiedade entre o modelo em vias de hegemonia e o anterior e a resistência militante em nome do referencial crítico-cultural-popular. 62. CATANI, Afrânio Mendes; OLIVEIRA, João Ferreira; DOURADO, Luiz Fernandes MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO E REFORMA CURRICULAR DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO BRASIL GT: Estado e Políticas Educacionais Este trabalho procura contribuir para o debate acerca do atual processo de reconfiguração da educação superior no Brasil, destacando os elementos centrais que estruturam a política de currículo para os cursos de graduação. Tal política articula a reforma curricular com as
alterações no mundo do trabalho, provocadas pela reestruturação produtiva, interferindo diretamente na esfera da produção do conhecimento e da formação profissional. Promover a adaptação curricular sob esta ótica significa, em grande parte, fazer o jogo da educação superior privada mercantil, privilegiando o desenvolvimento de competências específicas ao invés do domínio da “inteligência de um processo”. Significa, ainda, deixar em segundo plano a questão dos efeitos da modernização tecnológica capitalista no mundo do trabalho e na vida social. 63. CUNHA, Maria Isabel APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: UM ESTUDO NO ESPAÇO DOS CURSOS DE LICENCIATURAS GT: Didática Esta pesquisa continua a trajetória investigativa do ensino superior articulada em torno do Projeto A inovação como fator de revitalização do ensinar e do aprender na universidade (UFRGS/UFPel/UNB/Univ. Buenos Aires). O conceito de inovação foi construído a partir de Santos (1993) e Lucarelli (1992), caracterizando as rupturas necessárias na sua constituição. Nesta investigação estudou-se as relações que determinam as inovações, ou seja, os elementos ou fatores que causam a ruptura e, portanto, cortam a reprodução, no interior dos Cursos de Licenciatura. Participaram estudantes concluintes de nove cursos de Licenciatura da UFPel, como intuito de verificar as experiências significativas de ensino -aprendizagem vivenciadas por eles ao longo de seus cursos. As experiências citadas foram estudadas com o sentido de recuperar sua gênese e intencionalidade. Para análise dos dados foram construídas categorias, a partir do referencial teórico adotado, definidas como: o conhecimento, a mediação, o protagonismo e as relações de tempo e espaço. 64. FÁVERO, Maria de Lourdes de A. DA CÁTEDRA UNIVERSITÁRIA AO DEPARTAMENTO: SUBSÍDIOS PARA DISCUSSÃO GT: Políticas de Educação Superior O trabalho objetiva situar as origens da cátedra no País, a partir do início do século passado, bem como sua permanência e significado até 1968, quando é legalmente extinta nas instituições universitárias. Analisa a coexistência cátedra/departamento e como essa relação veio a consolidar-se na Universidade do Brasil. Discute a cátedra como “espaço de poder” e de “poder e saber”. Examina como nos anos 1960 é instituído o sistema departamental, restringindo-se esse órgão, em várias instituições, a um espaço mais de alocação administrativa de professores. Conclui indagando: com a nova LDB (Lei 9.394/96), em que o departamento deixou de ser uma exigência legal obrigatória nas universidades, como esse órgão tem sido pensado, de modo a criar condições para que essa instituição desempenhe bem suas funções?
65. FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis; JANNES, Cinthia Elim; PEREIRA, Júlio Emílio Diniz; SILVA, Laura Portugal O SIGNIFICADO DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA FORMAÇÃO INICIAL DE EDUCADORES JOVENS E ADULTOS GT: Alfabetização de Pessoas Jovens e Adultas Neste trabalho, discutimos resultados de uma investigação sobre o significado de um projeto de extensão universitária na formação de Educação de Jovens e Adultos. Procuramos dar voz a educadores que, tendo vivenciado, como monitores-professores, durante sua graduação, o trabalho pedagógico em um projeto dessa natureza, são chamados a refletir sobre essa experiência na sua formação docente e sobre repercussões e demandas dessa formação na prática pedagógica que hoje desenvolvem em sua vida profissional. Ao analisarmos os depoimentos desses educadores, destacamos a dimensão formativa desse projeto, mas, de modo especial, focalizamos aspectos que evidenciam possibilidades e desafios que permeiam o campo da Formação de Educadores de Jovens e Adultos, particularmente daqueles que atuam no âmbito da Educação Escolar. 66. GIESTA, Nágila Caporlíngua PROFESSORES DE LICENCIATURAS: CONCEPÇÕES SOBRE APRENDER GT: Formação de Professores O professor, em geral, não se preocupa em esclarecer as razões de suas escolhas pedagógicas, tanto das que levam ao sucesso, quanto das malsucedidas. Isso porque, em sua formação inicial, o educador é pouco estimulado a justificar suas opções conceituais. Quando nos cursos de formação de professores não é formada base suficiente para que o futuro profissional perceba a implicação do ensinar e do aprender, muito do que é focalizado em aulas na universidade é considerado dispensável para uma prática pedagógica que valoriza apenas o cumprimento acrítico de programas disciplinares. Investigação junto a integrantes de Comissões de Cur sos de Licenciaturas evidenciou o compromisso com estudos sobre educação, ensino, aprendizagem, mas não na totalidade dos docentes que cooperam em formar professores na Universidade. 67. GUERRA, Miriam Darlete Seade REFLEXÕES SOBRE UM PROCESSO VIVIDO EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DOS LIMITES ÀS POSSIBILIDADES GT: Formação de Professores Esta pesquisa quer refletir sobre um trabalho vivido no ano de 1995, na disciplina Prática de Ensino nas Séries Iniciais do 1° Grau no Curso de Pedagogia (CEUL/UFMS). Para tanto, recorro à fala de meus alunos, à suas produções concretas; às minhas próprias
produções em parceria com os meus colegas, professores do CEUL; às falas das professoras envolvidas com o estágio; bem como, às vozes dos autores que dão sustentação teórica ao meu trabalho e coloco como questões centrais da pesquisa: Existe a possibilidade de se efetivar um intercâmbio entre universidade e escola fundamental através do estágio supervisionado, onde tanto a escola quanto a universidade estariam se beneficiando nessa relação? É possível que o estagiário em busca de uma formação viabilize uma formação reflexiva também para os professores cooperantes do estágio? 68. LAUDARES, João Bosco; LACHINI, Jonas O USO DO COMPUTADOR NO ENSINO DA MATEMÁTICA DA GRADUAÇÃO GT: Educação Matemática Este trabalho consiste na apresentação do desenvolvimento de uma investigação na área da educação matemática, através de uma abordagem analítica do uso do computador no ensino de matemática (cálculo I) na graduação (Cursos de Engenharia e Computação). O projeto de pesquisa, inserido no programa de atividades do Departamento de Matemática e Estatística da PUC Minas, contou com o apoio do Fundo de Incentivo à Pesquisa – FIP da Universidade. A pesquisa foi realizada no período de Fevereiro/ Dezembro de 1999. A investigação constituiu-se na análise dos cursos de Engenharia e de Ciência da Computação, bem como da ação efetiva de docentes e estudantes nas aulas teóricas e de laboratório de Cálculo Diferencial e Integral I. 69. MARTÍNEZ, Silvia Alicia ENSAIO DE CONSTRUÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE CRÍTICA: A “OFICINA TOTAL” DE ARQUITETURA DE CÓRDOBA (AREGENTINA 1970-1976) GT: História da Educação Nos últimos anos da década de 60 e início dos 70, a sociedade Argentina atravessou uma fase de grandes expectativas de transformações estruturais, compartilhadas por grande parte dos países latino-americanos. No espaço universitário, professores e estudantes, assumindo um visível papel político, empreenderam uma ação coletiva que gerou significativo e original movimento de renovação pedagógica que a ditadura militar instalada no país a partir de 1976 encarregou-se de desarticular, apagando sistematicamente sua memória. Com uma abordagem histórica que privilegiou o relato dos sujeitos envolvidos, o texto apresenta a experiência denominada “Oficina Total” da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Córdoba. Essa experiência constituiu- se numa tentativa crítica de superação de um modelo universitário elitista e autoritário, servindo como exemplo de “desnaturalización” de uma organização universitária onde a cátedra é o núcleo central.
70. MARTINS, Maria Inês IMPACTOS DO EXAME NACIONAL DE CURSOS E DA QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE SOBRE O CURSO DE ODONTOLOGIA DA PUC – MG GT: Políticas de Educação Superior A presente investigação faz parte da pesquisa de doutorado que pretende estudar os impactos de políticas públicas sobre uma Instituição católica, a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas, através de um estudo de caso, focalizando a trajetória de seu curso de Odontologia, desde a sua fundação, em 1974. Destacamos neste trabalho o período, a partir de 1997, quando o Curso é submetido, pela primeira vez às avaliações impostas pelo Sistema Nacional de Avaliação, obtendo conceito C em todos os quesitos considerados. Especial atenção é dada à evolução do perfil do corpo docente no biênio 1997/1998 e à mobilidade na escala de conceitos, embutida na qualificação docente, proposta pelo MEC. 71. PAIVA, Jane; MACIEL, Ira Maria REDES COOPERATIVAS VIRTUAIS E FORMAÇÃO CONTINUDA DE PROFESSORES: ESTUDOS PARA A GRADUAÇÃO GT: Educação e Comunicação Os desafios do mundo contemporâneo, com a aceleração das mudanças sociais e técnico-científicas e o conjunto das demandas institucionais e educacionais apontam para projetos de formação contínua, utilizando recursos da tecnologia. Estudos realizados ousaram repensar as bases e as relações da educação e da comunicação, e o que até então era chamado de “a distância” para organizar uma proposta de graduação. A linha metodológica que orientou o desenvolvimento dos trabalhos organizou redes de sujeitos, de temas, de idéias, aglutinando pessoas, estudos, pesquisas e criando intimidade com novos recursos e materiais, para que os envolvidos pudessem atuar como produtores, e não apenas como consumidores de tecnologias/recursos comunicacionais que, novos, ou velhos, participam pouco dos processos e dos ambientes de aprendizagem. O estudo destaca pressupostos relacionados ao saber e à potencialidade das redes cooperativas virtuais, ao espaço do hipertexto como alternativa de ruptura do discurso pedagógico circular, o design do ambiente de aprendizagem com base nas novas modalidades comunicacionais. A educação a distância se anuncia como resposta possível, quando desafiada pelo espaço onde vivem os aprendizes – professores das redes públicas ausentes dos grandes centros ou dos pólos universitários interiorizados e quando se considera o avanço da tecnologia eletrônica, que torna os usuários beneficiários da multiplicidade de experiências que as teias virtuais disponibilizam.
72. PALHARINI, Francisco de Assis O PAIUB EM UNIVERSIDADES FEDERAIS DA REGIÃO SUL E SUDESTE: TORMENTO OU PAIXÃO GT: Políticas de Educação Superior O artigo analisa o desenvolvimento do PAIUB em universidades federais da região sul e sudeste quanto a sua abrangência e configuração, além de avaliar suas repercussões internas e referências conceituais utilizadas para processar a avaliação. Afirma, a partir de entrevistas com os coordenadores do programa, complementadas com consulta a documentos institucionais, que ele configura-se como orientado para formas padronizadas e quantitativas de avaliação, com reduzido grau de repercussão nas estruturas da instituição. Analisa o papel das comissões centrais de avaliação, ressaltando o tormento que vivenciam diante da falta de apoio material e institucional, mas ressalta que a paixão pelo PAIUB faz com que o programa avance. Conclui pela necessidade de uma metodologia mais explícita para a análise e integração dos dados institucionais e sugere ações para incrementar o programa. 73. PALOMO, Charlie LA EDUCACIÓN SUPERIOR EM AMÉRICA LATINA: LA VEREDA DE LA ESPERANZA GT: Políticas de Educação Superior Sobre el análisis de fuentes secundarias, nuestra reflexión teórica busca ubicar a la educación superior de América Latina en el (los) escenario(s) de futuro previsto(s) por los académicos. A partir de ello elabora una propuesta basada en: la cooperación intelectual como vía en la cual cada cultura enriquece a las demás y se enriquece a si misma, la visión global de los procesos como modo de comprender y comprenderse, el multiculturalismo no sólo como respeto de la cultura Del otro sino como la actitud de aprender del extranjero, la revalorización de la democracia y la cultura ciudadana como piedra angular de uma convivencia sostenible, la consideración de la diversidad como principal freno a la violencia (en todas sus expresiones), los enfoques multi y transdisciplinarios combinados con una educació n a lo largo de toda la vida como manifestación frente a la vulnerabilidad y la precariedad de las visiones simples y simplificadoras, y la estimulación del pluralismo y la creatividad para el logro de una educación (superior) para la libertad, la paz, la vida, la esperanza. 74. QUEIROZ, Delcele Mascarenhas MULHERES NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL GT: Movimentos Sociais e Educação
O trabalho analisa o acesso de estudantes ao ensino superior, considerando o gênero e a condição racial, e tem como campo empírico a Universidade Federal da Bahia. Os dados confirmam as conclusões de outros estudos no sentido de uma “guetizacão” das mulheres em carreiras “femininas” que, de modo geral, são aquelas de baixo valor. Contudo, as mulheres estão, em certa medida, também se inserindo em carreiras antes de exclusivo domínio masculino. É animador o bom desempenho das mulheres, às vezes, até mesmo superior ao dos homens, em carreiras prestigiosas e tradicionalmente masculinas. Encaramos o desempenho feminino como parte do esforço que empreendem as mulheres para inserir-se num mundo fortemente favorável à presença masculina. A análise do desempenho das mulheres pretas na UFBa, parece confirmar amplamente essa hipótese. 75. ROSEMBERG, Dulcinéa Sarmento O PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS: DO INSTITUÍDO AO INSTITUINTE GT: Formação de Professores Relata os resultados obtidos numa pesquisa que teve como objeto de análise o processo de formação continuada dos professores das universidades federais brasileiras, representadas pela Universidade Federal do Espírito Santo. O estudo foi desenvolvido numa perspectiva sócio-histórica, utilizando-se uma abordagem descritivo-exploratória, para responder às indagações que o nortearam, coletando dados mediante análise documental e questionários aplicados a 21% dos 777 docentes especialistas, mestres e doutores, lotados na Universidade em 1998. Conclui que a pesquisa contribuiu para o conhecimento e a compreensão do processo de formação continuada instituído e sugere o desenvolvimento de um Programa Institucional de Formação Continuada que possibilite ao professor universitário refletir, individual e coletivamente, sobre a própria prática. 76. SEGENREICH, Stella Cecília Duarte O SIGNIFICADO DA ATUAL AVALIAÇÃO EXTERNA DO MEC PARA AS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS GT: Políticas de Educação Superior Neste documento é feita uma breve análise dos caminhos que vem sendo trilhados pela Universidade e pela SESu/MEC no que se refere à avaliação institucional. Em um primeiro momento, dá-se uma visão das experiências institucionais de avaliação chegando à proposta do PAIUB. Em seguida, centra-se o trabalho na análise do Programa de Avaliação do Ensino de Graduação através de questões técnicas – qual objeto? Quem avalia? com que instrumentos? Quando? – e de questões de sentido – avaliar para que? Para quem? Para tomar que gênero de decisão? Qual utilidade? -, para finalmente, levantar algumas propostas no sentido de estabelecer uma convivência dinâmica entre os atores da avaliação,
enfocados neste documento, condição necessária à construção de uma verdadeira cultura de avaliação no sistema de ensino superior. 77. SILVA, Maria das Graças Martins UNIVERSIDADE E SOCIEDADE: CENÁRIO DA EXTENSÃO UNIVERITÁRIA? GT: Políticas de Educação Superior O texto apresenta resultados de pesquisa realizada, cujo objetivo foi examinar a concepção de extensão universitária. Participaram da investigação, dirigentes de ensino, pesquisa e extensão, docentes e representantes da comunidade. As seguintes questões nortearam o trabalho: “Qual a concepção de extensão predominante entre os pesquisados?”; “Que conseqüências podem ter para a universidade as concepções manifestadas?”; “O entendimento de extensão, expresso por dirigentes e docentes corresponde às aspirações da comunidade?”. Os dados revelaram que para dirigentes e docentes a face social da universidade é representada e desenvolvida pela extensão. O trabalho problematiza essa questão, entendendo que essa finalidade cabe ser realizada pelo ensino e a pesquisa, constituindo atividades socialmente relevantes. 78. SOUZA, Orlando Nobre Bezerra OS MODELOS INSTITUCIONAIS DE UNIVERSIDADE NO BRASIL: MARCOS DE TENSÃO GT: Políticas de Educação Superior O registro dos elementos que mais chamam a atenção e que se consolidam na definição de modelos organizacionais da educação superior no Brasil é de fundamental importância para o debate na área. A rigor, examinaremos três modelos: tecnoburocrático, gerencial contratualista e democrático-participativo, que estão em maior destaque e coexistem no plano institucional, além de amplificar-se nos projetos políticos em disputa na sociedade. As experiências estão em aberto, é preciso pois posturas que auxiliem na superação dos limites das instituições de educação superior para possibilitar a retomada de sua vocação de universalidade e, com autonomia e responsabilidade, contribuir, para uma efetiva melhoria da vida coletiva em nosso País. 79. TOMAZETTI, Elisete M. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ALGUMAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS ENTRE OS ANOS 40 E OS ANOS 60 GT: Filosofia da Educação
O trabalho encaminhado traz alguns resultados de minha pesquisa de doutoramento na qual procurei investigar a trajetória de constituição disciplinar da Filosofia da Educação no Brasil e sua caracterização, entre os anos 40 e 60. O referido trabalho apresenta um quadro analítico construído a partir do estudo dos diversos programas da disciplina nas universidades: USP, UFRGS, PUCRS, UFRJ (Antiga Universidade do Brasil), apontando os conteúdos propostos para as aulas no curso de Pedagogia. Constatou-se que a disciplina Filosofia da Educação caracterizava-se por uma abordagem na qual após os estudos de filósofos considerados importantes para a reflexão educação e, mesmo, dos importantes sistemas filosóficos era feita uma dedução das suas implicações para a educação, principalmente dos fins e valores educacionais, temática básica da disciplina. 80. VELÁZQUEZ, Gabriela Elizabeth; ZAMORA, María de Los Angeles; GARCIA, Silvia Emilce EL COMPONENTE DE LA INVESTIGACIÓN EN LOS INSTITUTOS DE FORMACIÓN DOCENTE: FORMAR DOCENTES INVESTIGADORES Ó INVESTIGAR COM LOS DOCENTES? GT: Formação de Professores La dinámica de la transformación educativa impuesta por la Ley Federal de Educación y la Ley de Educación Superior resignifica la misión de los Institutos de Formación Docente. Dado que la función de investigación representa una innovación que posee ciertas particularidades (se trata de una actividad cuyo objeto de trabajo es diferente de la docencia y la capacitación) que deben ser estudiadas y atendidas el objetivo de esta comunicación es realizar un análisis respecto de las propuestas oficiales, de las condiciones institucionales para el desarrollo de actividades de investigación y fundamentalmente nos preguntamos si el desempeño del rol docente en las actuales condiciones de una sociedad moderna y compleja requiere convertir a los docentes en investigadores profesionales o fomentar desde la formación el desarrollo de capacidades para un conocimiento sistemático de su propia realidad profesional, institucional y social que le permita aplicar esse conocimiento al servicio de su desempeño?
2001 - 24ª REUNIÃO 81. ALCÂNTARA, Paulo Roberto; BEHRENS, Marilda Aparecida PESQUISA EM APRENDIZAGEM COLABORATIVA COM TECNOLOGIAS INTERATIVAS (PROJETO PACTO) GT: Educação e Comunicação O projeto PACTO buscou auxiliar professores na reconstrução da prática pedagógica num paradigma emergente, utilizando-se da aprendizagem colabora tiva baseada em projetos com tecnologias interativas. Buscou ainda facilitar a produção do conhecimento em alunos dependentes e do sistema regular de uma disciplina do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo de uma instituição de ensino superior. Os resultados denotam uma mudança metodológica na ação docente do professor, relacionada com a orientação e o acompanhamento pedagógico oferecidos. Os participantes mudaram suas posturas e envolvimento em sala de aula, e ampliaram seus conhecimentos sobre os temas de estudo. Os resultados são bastante promissores diante da utilização da aprendizagem colaborativa com tecnologias interativas no ensino e na aprendizagem de estudantes universitários. 82. ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos PROFISSIONALIZAÇÃO CONTINUADA DO DOCENTE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO GT: Didática Este trabalho destaca elementos de um processo coletivo de Profissionalização Continuada do Docente da Educação Superior, vivenciados num processo coletivo, na busca da autonomia e competência. Trata-se de experiência de pesquisa e da qual participam de 140 docentes, em 5 grupos de trabalho. Ao projeto-base se associaram cinco sub-projetos. O projeto considera que os docentes da Educação Superior, na maioria dos envolvidos, não possuiu oportunidades para se construir docente em sua formação básica, exercendo seu papel desprovidos de uma clareza teórica e de oportunidades de reflexão sistemáticas sobre profissão docente. O princípio norteador é o da possibilitação da construção contínua do profissional professor, pela reflexão da reflexão da ação, hoje essenciais ao docente. 83. AZEVEDO, Mário Luiz Neves de ESTUDANTES E PROFESSORES NA UNIVERSIDADE ARGENTINA EM TEMPOS MENEMISTAS (1989-1999): FORMAS DE INGRESSO, EVASÃO, INCENTIVO À PESQUISA E DEDICAÇÃO EXCLUSIVA GT: Políticas de Educação Superior
Este trabalho tem o propósito de discutir a situação da universidade Argentina nos tempos do Presidente Carlos Saúl Menem (1989-1999). O balizamento histórico na gestão menemista se deve ao fato de este governo ter iniciado várias reformas de corte liberal – ortodoxo, afetando substancialmente a relação entre a sociedade, o Estado e o mercado. O marco legal deste tipo de reformismo no sistema de educação superior argentino assenta-se na promulgação da Lei 24.521, em 20/07/95. Com o intuito de compreender as implicações das políticas públicas geradas no referido período para o conjunto das universidades argentinas, são apresentados dados e considerações sobre população estudantil, plantel docente, ingresso, evasão, graduação, dedicação exclusiva e o programa de incentivo aos professores pesquisadores. 84. BERBEL, Neusi Aparecida Navas A DIMENSÃO PEDGÓGICA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM CURSOS DE LICENCIATURA GT: Didática O trabalho sintetiza algumas informações de pesquisa realizada sobre as práticas avaliativas em cursos de Licenciatura numa universidade pública. Trata da dimensão pedagógica, que foi investigada paralelamente às dimensões instrumental, emocional, ritual-corporal e ética da avaliação da aprendizagem. Foram focalizados os aspectos positivos e negativos das vivências relatadas pelos alunos (em número de 428), destacando-se de suas contribuições os significados e as conseqüências dessas experiências para sua vida acadêmica. O conjunto de situações descritas e analisadas na dimensão pedagógica permitem delinear um extenso programa de conteúdo didático-pedagógico a ser utilizado num processo contínuo de reflexão–ação por professores das Licenciaturas, por aqueles que estão em formação, e por todos os docentes do Ensino Superior. 85. BITTENCOUT, Neide Arrias AVALIAÇÃO FORMATIVA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO SUPERIOR: UM PROCESSO CONSTRUÍDO E VIVENCIADO GT: Didática Neste estudo, além de se criar e testar um instrumento de avaliação formativa de acompanhamento da aprendizagem, foi possível também decifrar alguns “porquês” do distanciamento entre o que está na literatura e o que acontece na sala de aula. Sendo assim, mesmo tendo como objeto de pesquisa a Avaliação de Aprendizagem, não a analisei como algo descolado, à parte do processo de ensino; ao contrário, para chegar até ela revi e alterei o processo pedagógico como um todo. Com esta vivência ampliada do problema pôde ser percebido: (1) como o aluno do 3° grau de ensino pode aprender melhor quando valorizado em suas demais habilidades; (2) como se pode observar sistematicamente o processo de ensino (a aula); (3) como avaliar, além das habilidades cognitivas; (4) como avaliar pode e
deve ser um processo interativo; (5) como trabalhar com formação pedagógica continuada de professores do ensino superior, entre outras questões. 86. CASTANHO, Maria Eugênia de Lima e Montes A QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR NUMA SOCIEDADE EM PROCESSO DE MUDANÇA ACELERADA: DOCÊNCIA E INOVAÇÃO ATRAVÉS DE HISTÓRIA ORAL TEMÁTICA GT: Didática Trata-se de parte de pesquisa coletiva que visa propiciar condições para o desenvolvimento de um ensino inovador, coerente com as necessidades apresentadas pela sociedade atual, estabelecer aspectos relevantes do modo de trabalhar docente e contribuir para o avanço da pesquisa educacional como área de investigação. No presente ano, foram ouvidos coordenadores e diretores da área de Ciências Exatas e Tecnológicas que também exercem a docência. Foram levantadas e analisadas as categorias: o “ser” professor (a partir de cursos de graduação que não têm licenciatura); a influência de professores marcantes (positiva ou negativamente); o trabalho docente inovador e, finalmente, a função de coordenador ou diretor facilitando inovações. Outras áreas do conhecimento serão investigadas e confrontadas com os resultados obtidos na presente pesquisa. 87. CEPPAS, Filipe UMA VISÃO CRÍTICA SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E AS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO GT: Filosofia da Educação Podemos identificar, em diversos filósofos importantes, como Platão, Aristóteles ou Descartes, uma questão central para pensar a natureza da filosofia da educação: a filosofia seria, em sua própria constituição, uma reflexão que tenta dar conta de aspectos fundamentais dos processos pedagógicos, sendo, simultaneamente, uma atividade ela mesma pedagógica. A partir de uma análise dessa questão, iremos defender a tese de que, se a filosofia tem muito a contribuir para pensar as questões educacionais, ela tem mais ainda a aprender das chamadas “ciências da educação”, melhor preparadas para perscrutar características práticas irredutíveis dos processos de transmissão/ construção de conhecimento, para além da “instrução formal” e/ou da transmissão dos “saberes eruditos”(savoir savant). 88. FERNANDES, Cleoni Maria Barbosa SALA DE AULA UNIVESITÁRIA: CASO DA NUTRIÇÃO - TEIA DA ADMINISTRAÇÃO SAÚDE PÚBLICA
GT: Didática Este trabalho está centrado na sala de aula universitária e nos sujeitos que a produzem-professores e alunos- da Universidade Federal de Pelotas. A prática pedagógica da sala de aula estudada é analisada a partir de três categorias básicas: ruptura, memória educativa e territorialidade, que sustentam a leitura da construção do conhecimento nessas salas de aula. A metodologia utilizada para realizar esse estudo configurou-se como estudo de caso do tipo etnográfico. A compreensão das totalidades constatadas foi sendo tecida em sínteses precárias do essencial concreto, permitindo visualizar a teia de relações que envolvem o conhecimento como categoria fundante no processo educativo dessa sala de aula analisada Caso da Nutrição – Teia da Administração em Saúde Pública. 89. FONSECA, Selva Guimarães A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA NO BRASIL: NOVAS DIRETRIZAES, VELHOS PROBLEMAS GT: Formação de Professores Este texto reúne algumas reflexões, resultado de pesquisas, acerca da formação docente e das práticas de ensino de História no Brasil. Especificamente, apresentaremos uma análise da formação inicial de professores de História, abordando as seguintes questões: quais os paradigmas de formação têm norteado as práticas dos Cursos Superiores de História? O que propõe o texto/documento das Diretrizes Curriculares para os Cursos de História, produto das novas políticas educacionais do MEC, para a formação inicial de professores? Como se articulam as questões da formação inicial/universitária, a construção dos saberes docentes e as práticas pedagógicas no ensino de História? Pretende-se contribuir para o debate acerca das relações entre a formação inicial, os saberes e as práticas escolares. 90. FROTA, Maria Clara Rezende ESTRATÉGIAS METACOGNITIVAS DE APRENDIZAGEM MATEMÁTICA GT: Educação Matemática O propósito deste trabalho é estudar as estratégias de aprendizagem matemática, pensadas como função das concepções do aluno sobre o que é aprender matemática, das expectativas do aluno e do conhecimento que ele apresenta sobre as estratégias que desenvolveu, bem como da sua capacidade de monitoramento das mesmas. Através de um conjunto de entrevistas clínicas, acompanhou –se um grupo de alunos, buscando descrever com maiores detalhes as estratégias de aprendizagem matemática que utilizam, procurando-se investigar, em que medida as representações que elaboram sobre o seu método de estudo, se efetivam na prática. Os resultados parciais apresentados, na forma de um estudo de caso, destacam a importância do automonitoramento do processo de aprendizagem por parte dos alunos,
sugerindo uma atenção educacional às questões do desenvolvimento metacognitivo dos estudantes. 91. GHIGGI, Gomercindo A AUTORIDADE A SERVIÇO DA LIBERDADE; DIÁLOGOS COM PAULO FREIRE E PROFESSORES EM FORMAÇÃO GT: Filosofia da Educação O trabalho discute a pedagogia da autoridade a serviço da liberdade. Tomando como principal a obra de Freire, destaco relações entre autoridade e liberdade; sustento refutações a regimes autoritários e licenciosos; advogo que a autoridade institui-se pelo trabalho solidário, formação permanente e capacidade de desvelamento de regimes conceituais instituídos; sistematizo reflexões acerca de referências teóricas que auxiliam na compreensão das descobertas de Freire; e trago a teoria freireana em particular diálogo com professores em formação inicial. Das conclusões, confirmo hipóteses iniciais: autoridade é conceito com o qual Freire busca demarcação pedagógica, epistemológica, ética e política, em diálogos formativos, transgredindo códigos capitalistas, ao ensinar solidariedade e quando prestígio e domínio cultural amplo estão desautorizados à constituição da autoridade. 92. HARDT, Lúcia Schneider A DOCÊNCIA E A VONTADE DE VERDADE GT: Formação de Professores O artigo tem como propósito iniciar uma reflexão sobre as práticas pedagógicas considerando o contexto do Ensino Superior. O foco de atenção é a análise das propostas curriculares das diferentes disciplinas que constituem os cursos de Enfermagem, Comunicação Social e Turismo do Instituto Superior Luterano de Educação de Santa Catarina (IELUSC). A partir da perspectiva foucaultiana foi possível verificar uma tendência: a vontade de verdade por parte dos docentes ao organizarem suas trajetórias de trabalho. Neste entorno o artigo levanta algumas provocações direcionadas tanto aos docentes quanto à instituição, com vistas a relativizar uma determinada ordem do discurso pedagógico. Além das provocações, alguns encaminhamentos que destacam a necessidade de problematização de nossas práticas educativas constantemente. 93. LUIS, Suzana Barrios; SANTIAGO, Maria Eliete FORMAÇÃO DOCENTE E AVALIAÇÃO: UM OLHAR SOBRE A PRÁTICA PROFISSIONAL DE PROFESSORES E SUAS EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS
GT: Formação de Professores Este trabalho analisou as repercussões da formação docente inicial no exercício profissional de professoras que atum no Ensino Fundamental e na Educação Infantil, particularmente no que se refere à prática da avaliação da aprendizagem. A investigação foi realizada em dois níveis: no ensino superior – numa turma da disciplina Avaliação da Aprendizagem do Curso de Pedagogia da UFPE – e no Ensino Fundamental e na Educação Infantil – nas escolas de professores em formação, com base na dimensão concebida do saber- fazer – o proposto nos planos de ensino – e nas práticas vividas. No ensino superior, identificamos uma experiência significativa de formação, apontando bases teórico-metodológicas para a construção de um exercício da avaliação numa perspectiva crítico-emancipatória. No ensino fundamental, identificamos aproximações e distanciamentos entre os planos de ensino formais e a prática vivida, bem como entre o exercício profissional e os processos formativos, destacando-se o papel destes na constituição do saber-avaliar. 94. MARTINEZ, Silvia Alicia LIÇÕES DO PASSADO QUE RESIGNIFICAM O PRESENTE. OU PELA REAFIRMAÇÃO DE UMA DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR GT: Didática Este trabalho se propõe comunicar parte dos resultados da pesquisa apresentada e defendida como Tese de Doutorado durante o ano 2000. A mesma, teve como objeto de análise três originais experiências didático-pedagógicas desenvolvidas em universidades argentinas durante a década de 70 – época de grande agitação e mudanças políticas na sociedade, tanto daquele país como da América Latina em geral – recuperadas através da memória dos professores envolvidos no processo. Finalmente, partindo dos questionamentos levantados na pesquisa e considerando o contexto histórico e a atual conjuntura política brasileira, procuramos analisar o sentido daquelas experiências, indicando alternativas que possam fortalecer uma didática do ensino superior, visando modificar algumas práticas pedagógicas que se operam no interior das universidades. 95. MAZZONI, José Rafael A REFORMA UNIVERSITÁRIA E O CICLO BÁSICO GT: Políticas de Educação Superior A idéia de um ciclo básico, também conhecido como primeiro ciclo na reforma universitária da década de 60 foi mais que uma medida impositiva. Muitas universidades implantaram-no e nas universidades confessionais, ele se desenvolveu melhor. Com a reforma universitária, e suas diversas propostas, o Primeiro Ciclo passou a ser secundário, até se esvaziando nas universidades, sendo poucas os que ainda o mantêm. Numa revisão
histórica, discutimos diversos trabalhos sobre esse assunto e apresentamos o “estado da arte” sugerimos a retomada e discussão daquela proposta da reforma universitária. 96. MELO, Márcia Maria de Oliveira A INFLUÊNCIA DA DISPERSÃO DA PEDAGOGIA NO CURRÍCULO DOS CURSOS DE LICENCIATURA E A CONSTRUÇÃO DO SABER DOCENTE GT: Formação de Professores Este estudo centra-se, primeiramente, na discussão da pedagogia, na natureza do discurso pedagógico e das disciplinas pedagógicas, bem como, na problemática da dispersão/pluralidade do seu objeto e da sua organização, com base no debate educacional e na crítica de um grupo de trabalhadores docentes/estudantes dos cursos de Licenciaturas da Faculdade de uma Universidade Pública de São Paulo, a qual será apresentada, no segundo momento desse trabalho. Para análise dessa questão tomou-se fundamentalmente a relação Formação de professores/ Trabalho pedagógico escolar e Docente/Sociedade, no âmbito do debate que enfatiza a necessidade da busca da especificidade da Pedagogia considerando a pluralidade das Ciências da Educação, com vistas à (re) significação dos Cursos de Formação de Professores. 97. MORAES, Silvia Pereira G. de DO DEBATE NO INTERIOR DA ÁREA DE PRÁTICA DE ENSINO ÀS QUESTÕES CENTRAIS DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES GT: Formação de Professores O objetivo deste texto é apresentar como a literatura produzida nos Encontros Nacionais de Didática e Prática de Ensino – ENDIPEs – aborda as questões relacionadas à disciplina de Prática de Ensino, no curso de Pedagogia. A fonte principal deste estudo consiste nos textos elaborados pelos participantes deste evento, nos anos de 1994 e 1996. O resultado da investigação aponta para uma multiplicidade de enfoques atribuídos à Prática de Ensino: extensivo, investigativa, interdisciplinar e de aplicação de conhecimentos. Esses diferentes enfoques podem ser interpretados como uma tentativa de resolver/amenizar os problemas que envolvem o processo de formação de professores, em especial a dicotomia entre teoria e prática. 98. OLIVEIRA, João Ferreira A REESTRUTURAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL E O PROCESSO DE METAM ORFOSE DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS: O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
GT: Políticas de Educação Superior A pesquisa objetiva desvelar o atual estado de mudança que configura o processo de metamorfose das universidades federais, tomando como referência básica o caso da Universidade Federal de Goiás (UFG). A investigação teve como ponto de partida a política de diversificação e diferenciação que reconfigura o sistema de educação superior no Brasil, com base em um modelo que associa flexibilidade, competitividade e avaliação. Evidencia-se a intensificação de um jogo concorrencial da diferenciação e da distinção institucional entre as universidades federais, ou melhor, da luta pela independência e pela ocupação de posições específicas e diferenciadas, o que pode contribuir para o desmonte do sistema federal. 99. OLIVEIRA, Lindamir Cardoso Vieira INICIAÇÃO À PESQUISA NO ENSINO SUPERIOR: O NOVO E O VELHO ESPÍRITO CIENTÍFICO NAS ATIVIDADES ACADÊMICAS GT: Políticas de Educação Superior O objetivo deste estudo é discutir alguns aspectos envolvidos na iniciação à pesquisa científica do aluno no ensino superior em cursos de graduação de instituições universitárias. A iniciação a pesquisa é entendida enquanto parte da iniciação científica do aluno e da sua educação científica. O foco do estudo oscila entre uma breve contextualização das práticas acd6emicas ligadas à iniciação científica nas IES brasileiras, as características de uma epistemologia contemporânea das ciências, passando por algumas questões didáticas que emergem na educação científica e na docência dos métodos e técnicas da pesquisa científica. Queremos apontar algumas contradições, elementos facilitadores e dificultadores da vivência dos novos paradigmas da ciência nas práticas acadêmicas do cotidiano universitário brasileiro. 100. PAGOTTI, Antônio Wilson; PAGOTTI, Sueli Assis de Godoy O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO GT: Políticas de Educação Superior Os dados referentes à educação superior no Brasil, nos últimos oito anos, mostram que o ensino privado está em franca expansão enquanto o ensino público está quase estagnado. Um dos maiores problemas refere-se ao investimento. A Educação Superior recebe 0,6% do orçamento da União, aproximadamente 6 bilhões de reais. Enquanto isso o refinanciamento da dívida pública recebe 638 bilhões. Frente a este quadro percebe-se que o governo federal está entregando à iniciativa privada os destinos da educação superior no Brasil. As queixas das associações de docentes e de pesquisadores são diversas: equipamentos obsoletos, má remuneração, baixo investimento em pesquisa. Duas são as alternativas de fazer recuperar o ensino superior público e o acompanhamento e gestão, junto ao ensino superior privado.
101. RIVERO, Andréa Simões DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR À EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO DAS CONCEPÇÕES PRESENTES NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DO CURSO DE PEDAGOGIA GT: Educação de Crianças de 0 a 6 anos Este trabalho investigou a formação dos professores de Educação Infantil a partir das visões de criança, de professor e de educação infantil durante as duas décadas da Habilitação de Educação Infantil do Curso de Pedagogia da UFSC. Os anos 80 na habilitação foram marcados por duas vertentes contrárias. Uma defendia concepções assistencialistas, outra, sintonizada com os avanços teóricos do momento, fazia críticas a esse modelo, consolidando uma perspectiva crítica na habilitação. Nos anos 90 há evidências de uma unidade teórica na habilitação. A busca da especificidade da educação das crianças de 0 a 6 anos marca a formação, produzindo avanços na compreensão do pedagógico. Pode-se dizer que a habilitação vem propiciando aos seus alunos uma rica discussão teórica. Contudo, as alunas reivindicam uma maior aproximação das crianças durante a formação em educação infantil. 102. ROS, Silvia Zanata; BAZZO, Vera Lúcia; CERNY, Roseli Zen; WILL, Daniela E. Monteiro FALA PEDAGOGIA: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL ACADÊMICO DOS ESTUDANTES E SUAS OPINIÕES SOBRE ESTE CURSO DE UFSC GT: Formação de Professores O presente artigo relata a experiência de um processo de obtenção e análise de informações e opiniões de estudantes universitários do curso de Pedagogia da UFSC, que vem sendo desenvolvido desde 1998. Este estudo se deu por entender que sem as estas informações é impossível chegar-se a uma compreensão mais ampla sobre o papel como o processo que envolve o ensinar e o aprender é produzido no curso e o papel que a instituição tem na sua produção. O principal objetivo desta investigação é acompanhar a trajetória acadêmica dos/das estudantes do curso de Pedagogia da UFSC – do ingresso na 1ª fase até sua inserção no mercado de trabalho. 103. ROTHEN, José Carlos AVALIAÇÃO E POLÍTICA EDUCACIONAL: ESTUDO DOS INDICADORES “QUALIFICAÇÃO DOCENTE” NA AVALIAÇÃO DAS “CONDIÇÕES DE OFERTA DOS CURSOS” GT: Políticas de Educação Superior
O trabalho é uma contribuição das implicações das avaliações, promovidas pelo MEC, para o Ensino Superior Brasileiro. A análise é construída a partir do ponto de vista de um administrador de uma Instituição de Ensino Superior com diversos cursos, que pretende inferir do grupo de indicadores “Qualificação Docente” na avaliação das “Condições de Oferta de Cursos” elementos para a elaboração de uma política institucional. Com o objetivo de apontar as dificuldades oriundas da não unificação dos critérios de avaliação das comissões, são utilizadas no estudo as planilhas dos cursos avaliados no ano de 1999. No trabalho discute-se as questões: o quê é avaliado? Quais as mudanças que os indicadores induzem? É possível identificar nesses indicadores critérios para elaboração de política institucional global? 104. SOBREIRA, Henrique Garcia AUTO-REFLEXÃO E EDUCAÇÃO DO EDUCADOR: UM ESTUDO DA DISCIPLINA AVALIAÇÃO GT: Psicologia da Educação O trabalho é um estudo sobre a disciplina. Avaliação a partir das respostas de noventa e seis estudantes de três turmas do curso de Pedagogia a duas situações-problema. Na análise procuro evidenciar os possíveis “filtros” utilizados pelos estudantes na recontextualização dos conteúdos trabalhados. Utilizo como referencial teórico os estudos de ADORNO sobre os tabus que pairam sobre a profissão de ensinar, de HORKHEIMER sobre autoridade e família e de FREUD sobre a psicologia de grupos. Constato que o interlocutor do professor é a Família e, dentro dela, a Mãe. A idéia de Avaliação compartilhada pelos professores parece substituir o Líder na formação do grupo escola. Outras questões presentes no estudo são a compreensão da Avaliação vinculada à experiências primitivas dos indivíduos e a possibilidade dela ser uma reminiscência masculina numa profissão que passou por um profundo processo de femininização. 105. SOUZA JR, Arlindo José de EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: O SINGULAR E O COLETIVO NA PRODUÇÃO DE SABERES DOCENTES GT: Educação Matemática Neste estudo procuramos compreender o processo de produção coletiva sobre avaliação realizado por um grupo de professores e alunos da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), que desenvolveram um trabalho sobre o processo de ensinar e aprender Cálculo Diferencial e Integral. Essa trajetória foi constituída a partir de um movimento dialético dentro do qual cada indivíduo do grupo contribuiu para a produção desta história, mas também a trajetória do grupo contribuiu para o desenvolvimento dos seus elementos. A trajetória do grupo investigado está diretamente relacionada aos saberes produzidos pelo
grupo num movimento dialético entre o singular e o coletivo. Podemos dizer que produzir saberes coletivamente é um processo de negociar na multiplicidade. 106. TRISTÃO, Martha OS SENTIDOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS CONTEXTOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES GT: Formação de Professores Este trabalho investiga a produção de sentidos sobre a Educação Ambiental nos contextos de formação de professores/as, entendendo a formação como uma rede de relações, de múltiplas articulações entre vários contextos. Na tentativa de explorar um dos contextos, vinte entrevistas são realizadas com professores/as egresso/as da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) engajados em projetos/programas de educação ambiental. Observo, por meio de uma análise temática, que alguns temas recorrentes do debate sobre formação de professores emergem nas práticas discursivas dos entrevistados/as. A identificação profissional, a atuação profissional e a especialização constituem grandes temas que afloram no discurso articulados, estabelecendo uma teia imbricada nos contextos explícitos e implícitos de formação. 107. VELOSO, Tereza Christina M. Aguiar; ALMEIDA, Edson Pacheco de A EVASÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO, CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CUIABÁ – UM PROCESSO DE EXCLUSÃO GT: Políticas de Educação Superior O objetivo do trabalho é acrescentar dados à compreensão da evasão universitária, numa concepção institucional. Realizado na Universidade Federal do Mato Grosso, tendo como participantes os Coordenadores de Curso, a Coordenação de Administração Escolar, a Coordenação de Processamentos de Dados e a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, propomo-nos acrescentar a abordagem qualitativa ao enfoque quantitativo dos estudos dessa natureza. Foram pesquisados quatorze cursos de graduação, e ao finalizarmos, supomos que a evasão nessa Instituição se caracteriza por um processo de exclusão e que, mais do que um processo dependente do aluno, é um fenômeno institucional, reflexo da ausência de uma política de permanência do aluno no curso de sua opção. 108. VERMELHO Sônia Cristina; VARELLA, Péricles Gomes; HESKETH, Camile Gonçalves; SILVA, Ana Carolina Castelli da APRENDIZAGEM COLABORATIVA EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: A EXPERIÊNCIA INÉDITA DA PUCPR
GT: Educação e Comunicação Este artigo é uma síntese dos resultados levantados e analisados, oriundo da experiência de institucionalização do Ambiente Virtual de Aprendizagem Eureka na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Tomando o Projeto Pedagógico da PUC-PR, alicerçado na proposta da aprendizagem colaborativa, implementamos durante o ano de 2000 todo um conjunto de ações para incentivar o uso da tecnologia como suporte às atividades realizadas nas salas de aula. Tendo em vista os dados analisados, ainda que sejam os primeiros passos rumo a grandes transformações, evidenciou-se problemas que a educação presencial historicamente vivencia e procura superar. A tecnologia pode ser um suporte para essas mudanças, mas requer fundamentalmente uma mudança de postura e de enfrentamento da tecnologia e da metodologia que ela possa vir a suportar. 109. VILLANI, Alberto; FREITAS, Denise de ESTRUTURA DISCIPLINAR, ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS E ESTILO DOCENTE: UMA LEITURA PSICANALÍTICA DAS INTERVENÇÕES DE UM PROFESSOR GT: Didática Neste trabalho elegemos algumas categorias de natureza cognitiva e subjetiva para discutir intervenções didáticas utilizadas pelo professor para promover a aprendizagem em ciências. Iniciamos nossa exposição apresentando brevemente alguns contributos teóricos da conexão Psicanálise e Educação que dão sustentação à construção de nosso referencial específico; em seguida delineamos a especificidade das categorias estrutura disciplinar, estratégia didática e estilo docente para a análise do processo de ensino e aprendizagem. Exemplificamos sua utilidade interpretando experiências realizadas em disciplinas de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado, em uma instituição pública de ensino superior. Finalmente explicitamos algumas considerações mais gerais sobre as articulações entre o nosso e outros trabalhos da área. 110. ZASSO, Silvana Maria Bellé; DIAS, Cleuza Maria Sobral; PEREIRA, Fernanda da Silva; SOUZA, Sandro Soares de A FORMAÇÃO DA PROFESSORA NA VIVÊNCIA DE UM PROCESSO DEALFABETIZAÇÃO DE MULHERES GT: Alfabetização de Pessoas Jovens e Adultas O presente texto traz reflexões acerca da formação da alfabetizadora de jovens e adultos em uma experiência com mulheres. Este projeto foi realizado em 1998 e 1999 em uma escola pública de ensino fundamental no município de Rio Grande – RS, que contemplou pesquisa, ensino e extensão. As duas alunas participantes em sua maioria mães dos alunos da escola. Trouxemos nesta análise a formação da educadora e, conseqüentemente, da
equipe envolvida nesta experiência articulando teoria e prática, na medida em que foram realizados encontros semanais para relato dos procedimentos pedagógicos, análise, estudo e redirecionamento do processo educativo. Este trabalho possibilitou a construção de uma metodologia tomando por base de orientação as contribuições freireanas e os referenciais construtivos sobre o sistema da linguagem escrita.
2002 - 25ª REUNIÃO
111. ANDRADE, Luiz Antônio Botelho; LONGO, Waldimir Pirró e; PASSOS, Eduardo; SILVA, Edson Pereira da UNIVERSIDADE E SOCIEDADE: UMA CO-DERIVA HISTÓRICA GT: Políticas de Educação Superior Tomando como base a biologia do conhecimento, nos propusemos a fazer uma reflexão sobre a relação entre Universidade e Sociedade, denominada por nós de co-deriva histórica. Primeiramente definimos conceitos para, então, propormos uma releitura de alguns momentos importantes da história da relação entre Universidade e Sociedade. Concluímos que a universidade precisa lidar com a dialética do mesmo e do outro: ao mesmo tempo que é parte inclusa do operar da sociedade, a universidade é também o outro da sociedade, na medida que sua força instituinte é a autonomia. Desta forma, é na tensão dialética que a universidade institui o novo e o transformador. A Universidade capaz de manter uma co-deriva histórica com o seu meio, ou seja, sustentar a dialética do mesmo e do outro, é a Universidade necessária ao seu tempo e a sociedade. 112. BARBOSA, Jonei Cerqueira MODELAGEM MATEMÁTICA E OS FUTUROS PROFESSORES GT: Educação Matemática Nesse estudo, investiguei, numa abordagem qualitativa, a forma que futuros professores de matemática concebem Modelagem Matemática em suas futuras práticas de sala de aula, quando tomam contato com esse ambiente de aprendizagem. A pesquisa foi operacionalizada com três participantes de um programa extra-disciplinar sobre Modelagem conduzido no âmbito de uma Licenciatura em Matemática do Estado de São Paulo. As conclusões apontam que, apesar da simpatia em relação à Modelagem, as futuras professoras manifestaram insegurança em relação à Modelagem. Suas falas convergiram para as seguintes dimensões: o saber- fazer, a estrutura da escola e a relação com os demais atores da escola. Argumento que a formação em Modelagem deve, portanto, tematizar a partir da prática de sala de aula, essas questões.
113. BARROS, Simone; SMITH, Patrícia INTERAÇÃO SOCIAL E INTERATIVIDADE DIGITAL: NAVEGANDO PARA NOVOS PARADIGMAS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA GT: Educação e Comunicação Neste trabalho, analisamos o uso de chats como artefatos para comunicação entre professores e estudantes na Universidade Federal de Pernambuco tomando como base princípios das teorias da comunicação e dos modelos construtivistas-sócio-interacionistas de aprendizagem. Os resultados obtidos demonstram que os chats proporcionam comunicação em níveis variados, apropriados à construção de conceitos. Assim, acreditamos que estes podem ser usados para a Ed ucação a Distância, suprindo exatamente este tipo de necessidade que as outras mídias não suprem. 114. BUONINCONTRO, Célia Mara Sales O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ENGENHEIRO – PROFESSOR GT: Políticas de Educação Superior As questões apresentadas neste texto foram extraídas de uma pesquisa realizada no curso de Engenharia Mecatrônica da PUC Minas, no segundo semestre de 2000, com o objetivo de compreender o processo de construção da prática pedagógica do engenheiro-professor no curso de engenharia. Os resultados desta investigação constituíram a base da dissertação de mestrado defendida pela autora em dezembro de 2001. Procurou-se reconstruir a trajetória acadêmica e profissional do engenheiro-professor, de forma a identificar de que maneira o habitus do engenheiro, o habitus acadêmico e as percepções que os engenheiros-professores fazem sobre o profissional de engenharia interferem na sua prática pedagógica. 115. CARVALHO, Dione Lucchesi de; OLIVEIRA, Paulo César QUATRO CONCEPÇÕES DE PROBABILIDADE MANIFESTADAS POR ALUNOS INGRESSANTES NA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA: CLÁSSICA, FREQÜENTISTA, SUBJETIVA E FORMAL GT: Educação Matemática Analisamos, neste artigo, episódios ocorridos em situação real de sala de aula de um curso de formação inicial de professores de Matemática. As atividades propostas foram intencionalmente elaboradas pela autora de modo a instigar os alunos a refletirem, numa perspectiva epistemológica, sobre idéias estocásticas. Foram selecionadas para a análise aquelas atividades que, ao que pudemos perceber, mobilizaram quatro concepções de probabilidade: clássica, freqüentista (ou empírica), subjetiva e formal (ou axiomática).
116. CORRÊA, Paulo Sérgio de Almeida EDUCAÇÃO SUPERIOR E O MERCANTILISMO NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM ESTUDO DAS PROPOSTAS FORMULADAS PELAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DO ESTADO DO PARÁ GT: Políticas de Educação Superior Neste artigo procuro estabelecer um debate a respeito do processo de reconfiguração da educação superior brasileira e os efeitos que o mesmo está provocando sobre as políticas destinadas à formação de professores. Tomei como referência da investigação um conjunto de propostas apresentadas por Instituições de Ensino Superior existentes no Estado do Pará, as quais dedicam-se ao preparo dos profissionais para atuar na educação básica. O estudo evidenciou que a educação superior paraense está sendo reconfigurada em conformidade com a lógica mercantil, a qual dissemina os seus efeitos para o âmbito dos cursos de formação de professores, convertendo-os em pacotes educacionais oferecidos aos consumidores e negociados no mercado do ensino. 117. COSTA, José Fernandes; BITTENCOURT, Jane; MEYER, Lucila Mareli; SILVA, Carla Regina PROBLEMÁTICA DO BACHARELADO E DA LICENCIATURA: O SENTIDO DA PESQUISA E DA FORMAÇÃO PARA A DOCÊNCIA GT: Formação de Professores A presente pesquisa que tem como objeto central a problemática da formação inicial de professores e adota como foco de referência o curso de História da Universidade Federal de Santa Catarina. Temos como objetivo principal traçar um perfil deste curso, reconstruindo o conjunto de fatores internos e externos –que influenciam a configuração do currículo. Para isso, consideramos o contexto atual de reestruturação dos cursos de formação de professores de modo a identificar as características atuais deste movimento circular, destacando permanências e mudanças. A partir do material coletado através de entrevistas com alunos do curso, definimos alguns eixos norteadores, dentre os quais o eixo “Bacharelado ou Licenciatura”, objeto da presente análise. 118. CUNHA, Maria Isabel da; FOERSTER, Mari Margarete; FERNANDES, Cleoni Maria AVALIAÇÃO EXTERNA E OS CURSOS DE GRADUAÇÃO: IMPLICAÇÕES POLÍTICAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NA DOCÊNCIA GT: Políticas de Educação Superior
No Brasil, o MEC apostou nos processos avaliativos como regulatórios, dando novos contornos à construção da cultura universitária, incidindo sobre o processo ensino -aprendizagem e sobre a profissionalidade dos docentes universitários. A pesquisa “Formatos Avaliativos e concepção de docência”, vem propondo reflexões teóricas e incursões empíricas a respeito. Esse texto analisa o depoimento dos coordenadores de cursos de graduação cotejados teóricamente com as contribuições de Boaventura Santos, Almerindo Afonso e Thomas Popkewitz, na perspectiva de favorecer a compreensão macro e micro estrutural do momento vivido. 119. FERNANDES, Sônia Regina de Souza A EXPERIÊNCIA DA FORMAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM OLHAR A PARTIR DA REFLEXÃO DA PROFESSORA ALFABETIZADORA GT: Formação de Professores Este trabalho aborda a experiência da formação de professores e a articulação entre os saberes construídos no cotidiano das práticas alfabetizadoras de crianças, a partir das reflexões e saberes que as alunas-professoras lançam mão na sua ação pedagógica, e ainda, como os saberes docentes se articulam (ou não) com a formação acadêmica. Foi desenvolvido um estudo qualitativo, numa pesquisa ação de natureza reflexiva. As análises foram realizadas a partir de: Tardif, Therrien, Gõmez, Giroux e Shon. Os resultados indicam que as alunas realizam reflexões acerca de suas práticas pedagógicas, bem como lançam mão de diferentes saberes nesta ação e conseguem estabelecer relações entre os saberes de experiência e os saberes da formação e clamam por uma prática formadora que saiba considerar seus saberes neste processo. 120. FERREIRA, Zeila Miranda INVESTIGANDO O SABER DOCENTE DO RPOFESSOR DO CURSO DE PEDAGOGIA GT: Formação de Professores Pesquisou-se na sala de aula, a prática pedagógica dos professores-formadores, egressos dos cursos de licenciatura, que ministravam aula no curso noturno de Pedagogia. Verificou-se de que modo os conhecimentos didático-pedagógicos, estudados especificamente nas licenciaturas, contribuíam para que o professor egresso desses cursos efetivasse uma ação pedagógica competente, reflexiva e inovadora. Os resultados indicaram a urgência na revisão da proposta de formação inicial dos professores, transformando-a num saber- fazer permanente. A prática pedagógica deve ser uma ação consciente e, para que se efetive, a formação inicial e contínua devem complementar-se, sendo construídas nos parâmetros de desenvolvimento de competências, visando formar um profissional-professor ético, autônomo, reflexivo e capaz de agir nas complexas circunstâncias do contexto educacional.
121. FOERSTE, Gerda Margit Schütz A LEITURA DA IMAGEM NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ARTE GT: Educação e Comunicação A pesquisa discute a formação de professores em arte, problematizando o uso e a leitura de imagens em sala de aula. Objetiva analisar e construir referenciais teórico-metodológicos para a leitura da imagem. O referencial lukacsiano possibilita a análise da imagem como uma particularidade. Desenvolveu-se com base na análise de documentos oficiais, como os PCNs, de bibliografia sobre a história do ensino de arte, aspectos da metodologia triangular e de dados coletados junto a professores e alunos de um curso de Licenciatura em Arte. Foi realizado um acompanhamento sistemático do trabalho desenvolvido na disciplina Prática de Ensino de Arte na educação infantil, ensino fundamental e médio. O estudo contribui para compreender como a imagem está presente no ensino de arte, qual o uso que dela é feito e o potencial ocultado ou destacado na sua abordagem em sala de aula. 122. GUÉRIO, Ettiène ESPAÇOS OFICIAIS E INTERSTICIAIS DA FORMAÇÃO DOCENTE: HISTÓRIAS DE UM GRUPO DE PROFESSORES NA ÁREA DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA GT: Educação Matemática Tendo como objetivo compreender como professores se constituem profissionalmente em pensamentos, ações e saberes em espaços de formação e prática docente, este estudo envolveu professores que participaram do Laboratório de Ensino e Aprendizagem Matemática e Ciências Físicas e Biológicas da UFPR. Narrou-se a evolução histórica do Laboratório e para compreender o processo de formação profissional dos professores, adotou-se como método a história oral. Alicerçado num conceito de experiência autêntica e ancorado em princípios do paradigma da complexidade o estudo evidenciou, que o professor se constitui profissionalmente não apenas em espaços oficiais, mas, sobretudo, em espaços intersticiais, que surgem nos meandros entre o conhecido e o desconhecido e entre o previsível e o imponderável. 123. GUIMARÃES, Oswaldo Luiz Cobra CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL: DO ALGEBRISMO ÀS REPRESENTAÇÕES MÚLTIPLAS GT: Educação Matemática
Este artigo apresenta alguns aspectos do ensino de Cálculo Diferencial e Integral no qual ocorre a predominância do enfoque algébrico e a não valorização do aspecto conceitual de disciplina. Para que ocorra a mudança de foco, do algebrismo para os conceitos, propõe-se a utilização das representações múltiplas (abordagem dos problemas em contextos algébricos, numéricos e gráficos) e de softwares matemáticos como ambiente de investigação dos conceitos do Cálculo. Finalmente, apresenta algumas sugestões de atividades em ambientes informatizados com foco conceitual. 124. LAUDARES, João Bosco ALGUNS EQUÍVOCOS DOCENTES NO USO DA MATEMÁTICA EM CURSOS DE ENGENHARIA GT: Educação Matemática O artigo apresenta resultados de uma pesquisa realizada por professores de matemática da PUC Minas junto aos professores de disciplinas técnicas, através de formulários e entrevistas, quando objetivou-se questionar o que (conteúdo) e como (didática) do tratamento de matemática na parte profissionalizante do currículo. Como suporte teórico de análise, partiu-se de um modelo explicativo da prática pedagógica considerando em duas dimensões: base instrucionista do fazer e instauração do método de estudo pela pesquisa. O resultado da pesquisa aponta nova postura metodológica para o processo ensino/aprendizagem da matemática, com compreensão. Emergem os enfoques da linguagem matemática na interpretação dos fenômenos, do enfoque interdisciplinar e do tratamento conceitual em relação ao operacional algébrico. 125. LEITE, Marcia Costa Rodrigues ONDE ESTÁ A TECNOLOGIA NO CURSO DE PEDAGOGIA? GT: Educação e Comunicação Pretendemos discutir, neste trabalho, de que modo professores e alunos têm-se apropriado das tecnologias de comunicação e informação nas salas de aula do curso de pedagogia. Trata-se de um estudo de caso, que faz parte de um projeto de pesquisa, realizado no 2° semestre de 2001, com os alunos da disciplina “Tecnologia Educacional”, do Curso de Pedagogia, do período noturno de uma universidade pública do Rio de Janeiro. A partir de uma breve análise dos percursos históricos dos conceitos, usos e funções das tecnologias nos espaços da educação formal, queremos discutir de que modo elas estão fazendo parte do cotidiano da formação inicial de professores. O vídeo produzido tornou-se um texto instigante para a discussão do tema, na busca de novos modos de fazer e pensar a educação, especialmente a instituição educativa, na sociedade da informação da qual somos e fazemos parte.
126. MAGNANI, Ivetti ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E A NOVA TIPPOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO GT: Políticas de Educação Superior O propósito do presente estudo é analisar os impactos e tendências da nova tipologia do ensino superior brasileiro, a partir da LDB/96, discutindo os Decretos 2.207/97, 2.306/97 e o que está em vigor, o 3.860/01. Tomando como referência a Reforma do Estado Brasileiro empreendida pelo atual governo e o projeto neoliberal, vigente no Brasil desde os anos 90 do século XX, analisa a ruptura d artigo 207 da Constituição Federal de 1988, que determina a indissociabilidade ensino, pesquisa, extensão e os desdobramentos na atual configuração do ensino superior brasileiro. Apresenta como hipótese a desigualdade e elitização do ensino superior brasileiro e o seu corolário expresso nas novas formas de discriminação e exclusão social, gerando uma cidadania de segunda classe no segmento superior de ensino. 127. MAIA, Lícia de Souza Leão ANALISANDO A AULA DE MATEMÁTICA: UM ESTUDO A PARTIR DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GEOMETRIA GT: Educação Matemática Esse trabalho é parte dos resultados de um projeto de pesquisa mais amplo cujo objetivo é analisar o ensino da geometria, a partir da identificação das representações sociais de professores e alunos sobre a geometria e de suas relações com a prática pedagógica. Nesta etapa de análise da sala de aula, identificando uma prática onde a realidade de vida dos alunos é pouco considerada, contradizendo, uma tendência geral das representações de contextualizar o ensino. A aula de geometria ainda é uma aula de definições de conceitos matemáticos, abstratos, apresentados oralmente para os alunos, sem uma referência concreta. Observou-se uma pluralidade de situações às quais o professor faz apelo com destaque para as possibilidades de representação simbólica como instrumento de mediação. 128. MELO, Márcia Maria de Oliveira A CONSTRUÇÃO DO SABER DOCENTE: ENTRE A FORMAÇÃO E O TRABALHO GT: Didática Esse estudo trata de uma reflexão sobre a relação formação/ trabalho/universidade/escola vivida pelos trabalhadores docentes, estudantes dos cursos de Licenciaturas de uma Universidade Pública de São Paulo. Explicita os princípios, normas, formas de organização
metodológica que foram apropriados e transformados por eles nas suas práticas sociais mais amplas e particulares. Nessa perspectiva, basear-se-á no discurso desses sujeitos sobre sua prática pedagógica docente apreendido por entrevistas realizadas durante a pesquisa. Levanta um grande desafio – como construir saberes docentes e escolares, nem estranhos e nem conformados, em si, ao entorno sócio cultural, ou ao contexto escolar e às subjetividades presentes, mas com síntese de determinações, multireferencialidades e múltiplas dimensões, num processo de construção de autonomia relativa desses saberes. 129. MENEGHEL, Stela Maria A CRISE DA UNIVERSIDADE MODERNA NO BRASIL GT: Políticas de Educação Superior Este trabalho reflete sobre a transformação da definição e da função das Universidades brasileiras ocorrida no período entre a RU/68 a LDB/96. Dentre os atores que participaram deste processo, privilegia a visão do Estado, responsável pela manutenção e direcionamento de políticas para este setor e, por extensão, a análise de planos governamentais e propostas de alteração na legislação. Direcionaram a investigação questões sobre: a) as condições de implementação do modelo moderno (que associa ensino e pesquisa), previsto pela RU/68; b) as causas da Universidade estar em crise em menos de uma década da reforma; c) os fatores que contribuíram para a concepção de Universidade da lDB/96. As diferentes concepções das reformas em questão são relacionadas ao processo de “modernização” do país, vinculado à industrialização e ao ajuste deste às etapas de reprodução do capital. 130. MONTEIRO, Silas Borges FILOSOFIA E DIDÁTICA: IMPLICAÇÕES PARA O CONHECIMENTO GT: Didática Este trabalho procura explorar algumas possibilidades conceituais da Didática. Esta reflexão insere-se num projeto maior de pesquisa de doutorado cujo objeto é a formação de professores na Licenciatura Plena em Pedagogia de uma universidade pública. A análise do processo formativo opera com conceitos e categorias fundamentados na literatura filosófica arcaica, atualizados pelas reflexões feitas por Selma Garrido Pimenta. Pretendo sustentar nesse trabalho que o exame etimológico de termos como conhecimento (literalmente: “de onde é natural ou de origem”) e didática (literalmente: “fazer saber, criar saberes”), contribui para: a) fundamentar os termos dos debates da didática; b) refletir criticamente sobre os conteúdos; c) construir nexos teóricos desses termos, visando à sua pertinência para a realidade atual da educação. 131. MOROSINI, Marília Costa; FRANCO, Maria Estela Dal Pai
POLÍTICAS PÚBLICAS DE QUALIDADE UNIVERSITÁRIA E A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE PARTICIPAÇÃO GT: Políticas de Educação Superior O trabalho analisa políticas públicas brasileiras de avaliação institucional para a graduação, tendo presente concepções de qualidade e lógicas subjacentes à relação Estado-Universidade. São analisadas bases analítico-interpretativas dessas relações, concepções de qualidade universitária, documentos de políticas públicas de avaliação e entrevistas de protagonistas da comunidade. Constatou-se a existência de um Sistema Nacional de Avaliação, coerente e concatenado. Os espaços de participação da comunidade (comissões de ava liação) sofrem a interferência do campo científico profissional e da arena burocrática tensionados por oscilações e pressões de ampliação. As políticas são definidoras das concepções de qualidade, especialmente do isomorfismo, características de um Estado avaliativo e regulador, mais do que aberto para uma lógica emancipatória. 132. OTRANTO, Célia Regina OS DESAFIOS DA AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA GT: Políticas de Educação Superior O texto se propõe a contribuir com as discussões a respeito da autonomia universitária. Questiona a autonomia como concessão, através de um dispositivo legal, ou seja, de uma lei externa à universidade. Defende a autonomia como fruto de uma conquista da própria comunidade acadêmica que, para isso, precisa assumir o compromisso de envolver-se dinamicamente no processo. Discute a autonomia imposta pelos Organismos Internacionais, em especial pelo Banco Mundial, e a incorporação dessas diretrizes na política de educação superior brasileira. Para finalizar, apresenta a proposta de que se adote, nas reflexões sobre o tema, uma visão holística que contemple a percepção de sua complexidade, tomando como referência Edgar Morin, um dos grandes estudiosos do pensamento complexo da atualidade. 133. PAULA, Maria de Fátima Costa de A INFLUÊNCIA DAS CONCEPÇÕES ALEMÃ E FRANCESA SOBRE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E A UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO QUANDO DE SUAS FUNDAÇÕES GT: Políticas de Educação Superior O trabalho pretende demonstrar a influência das concepções alemã e francesa do século XIX sobre a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade do Rio de Janeiro (URJ), no momento das suas respectivas fundações e em suas primeiras décadas de funcionamento, na primeira metade do século XX. Para tal, relacionamos as características
da concepção da USP, no que se refere à idéia de universidade e à organização institucional da mesma. Fizemos um percurso semelhante para demonstrar a influência do modelo francês napoleônico sobre a URJ. Nas considerações finais, sugerimos a hegemonia da concepção norte-americana sobre os casos brasileiros investigados, a partir, sobretudo, da década de 1960, substituindo progressivamente as influências alemã e francesa. 134. PAVÃO, Andréa A FOTOCÓPIA COMO INSTITUIÇÃO PEDAGÓGICA GT: Alfabetização, Leitura e Escrita Este texto é um ensaio etnográfico acerca do uso de fotocópias como uma das práticas de leitura que se dão, especificamente, no espaço universitário. Através de um estudo exploratório de campo, procurou-se compreender o papel das “oficinas” de fotocópias disponíveis no campus de uma universidade particular do Rio de Janeiro. Em um primeiro momento, busco construir, a partir de entrevistas, uma compreensão histórica da incorporação da tecnologia da fotocópia ao meio universitário como instrumento pedagógico. Como se deram estas mudanças de gestos de leitura, de socialização do conhecimento Quais os limites e possibilidades deste novo suporte para a formação do leitor acadêmico? Segue-se discussão sobre a leitura de textos fotocopiados como prática pedagógica contemporânea e a questão da democratização do acesso à cultura escrita. 135. RODRIGUES, Marilúcia de Menezes; REIS, Simone Maria Ávila Silva O ENSINO SUPERIOR E A FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM ÁREAS DA SAÚDE: OS DESAFIOS E TENDÊNCIAS ATUAIS DA INTEGRAÇÃO E DA INTERDISCIPLINARIDADE GT: Alfabetização, Leitura e Escrita A formação superior de recursos humanos nas áreas ligadas à Saúde, no Brasil, vem apresentando uma série de dificuldades comuns. O ensino excessivamente voltado para os aspectos técnico-científicos da profissão, com ênfase para as especialidades, tem formado profissionais inadequados para atender às necessidades reais da maioria da população, e justifica a qualificação de “elitistas” que médicos e cirurgiões – dentistas, dentre outros, geralmente recebem. A superação dessas dificuldades, acredita-se, passa pelo desafio de implantar e de tornar efetivas algumas modificações profundas nos planos curriculares dessas áreas do Ensino Superior. Tais modificações envolvem a adoção das práticas interdisciplinares e da integração de conteúdos, minimizando os enfoques por especialidades e viabilizando a formação de profissionais generalistas.
136. SANTOS, Tereza Josefa Cruz dos NEGRO, EDUCAÇÃO E ASCENSÃO SOCIAL GT: Relações Raciais/ Étnicas e Educação Este trabalho é o resultado de minha pesquisa de mestrado. Busco investigar as trajetórias de vida de professores universitários negros que atuam nos cursos de licenciaturas, tendo como objeto de investigação a ascensão social do negro no Brasil, visando contribuir para a ampliação dos estudos sobre a educação do negro, da visibilidade ao fenômeno de ascensão social do negro pela via da educação, e mais, dar voz aos sujeitos que reconstituírem suas histórias de vida vêem nelas significados muitas vezes ignorados pelos que estão fora do processo. 137. SILVA, Regina Coeli da Silveira UM ESTUDO DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA GT: Movimentos Sociais e Educação Muitas foram as lutas pela emancipação feminina no Brasil, uma vez que não era permitido às mulheres o acesso aos cursos superiores ou a qualquer atividade política, ou intelectual até fins do Século XIX. Enfrentando todo tipo de discriminação, a mulher brasileira conseguiu vencer dois grandes desafios: o acesso à educação em todos os níveis e o direito ao voto nas mesmas condições que os homens. Entretanto, na sociedade brasileira, a situação feminina repousa ainda sob o estigma de minoria. Este trabalho apresenta um breve histórico da trajetória da busca da mulher brasileira por sua cidadania e um exame da mulher no Ensino Superior no Brasil face a seus pares do sexo masculino. O estudo demonstrou que utilizando suas potencialidades, e em comparação com os homens no Ensino Superior, as mulheres já se equiparam aos homens, tendo até mesmo, em algumas faixas etárias, alcançado resultados superiores a seus pares do sexo masculino. Em contrapartida, a maioria das mulheres, sem as mesmas oportunidades de desenvolvimento educacional, permanecem em patamar claramente inferior ao dos homens. 138. XAVIER, Giseli Pereli de Moura O CONTEXTO E OS PRESSUPOSTOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM UM INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO: POTENCIAIS MULTICULTURAIS? GT: Formação de Professores O presente estudo que tem como linha teórica o Multiculturalismo Crítico, é parte de um estudo de caso de cunho etnográfico realizado em curso normal superior de um instituto
superior de educação. Esta etapa do trabalho teve como objetivo realizar uma análise da cultura institucional a partir do contexto e do projeto político pedagógico do curso em questão, de modo que estes pudessem demonstrar, por meio das situações observadas e das finalidades, pressupostos e fundamentos escritos, em que medida são evidenciados referenciais ou potenciais multiculturais críticos para formação d professores. Os resultados revelaram a presença de posicionamentos mais críticos e de alguns indícios multiculturais que futuramente, podem vir a favorecer o desenvolvimento de uma identidade docente multicultural crítica.
2003 - 26ª REUNIÃO 139. ALMEIDA, Patrícia C. Albieri de; AZZI, Roberta Gurgel; MERCURI, Elisabeth N. G. Silva; PEREIRA, Marli A . Lucas EM BUSCA DE UM ENSINO DE PSICOLOGIA SIGNIFICATIVO PARA FUTUROS PROFESSORES GT: Psicologia da Educação O trabalho foi realizado na atividade de ensino da disciplina Psicologia Educacional Aprendizagem em cursos de licenciatura de uma universidade pública que pretendia aproximar os alunos da prática cotidiana do professor por meio de entrevistas. O objetivo era identificar como os professores percebem as contribuições da Psicologia para a atuação docente e quais fatores ou condições identificam como facilitadoras e dificultadoras da aprendizagem. Os resultados confirmam o que a literatura disponível tem anunciado: que a Psicologia tem-se configurado como disciplina teórica, descontextualizada e distante da realidade educacional. Nos resultados há duas dimensões: os professores adotam uma postura espontaneísta, baseada no senso comum, embora reconheça m a importância da psicologia da educação; e a presença de dificuldades de uso dos conhecimentos psicológicos numa perspectiva útil. 140. ALVES, Leonir Pessate PORTOFÓLIOS COMO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINAGEM GT: Didática Pretende-se aqui registrar uma pesquisa sobre o uso do portfólio como instrumento de avaliação do processo de ensinagem e relatar uma experiência efetivada junto a 77 estudantes dos Cursos de Administração e Pedagogia, entre os anos 2000 e 2001. O interesse pela problemática da avaliação surgiu da necessidade de se buscar alternativas avaliativas capazes de superar as formas tradicionais, excludentes em qualquer nível e modalidade de ensino. A metodologia de pesquisa utilizada para coleta de dados foi a bibliográfica e a realização de experimentação. A expectativa foi de se colocar o estudante como responsável pelo processo de aprendizagem, favorecendo a análise de singularidade e peculiaridade do desenvolvimento de cada um. A experiência realizada possibilitou uma reflexão sobre a necessidade de se criar novas formas de registro do desempenho dos estudantes (boletins, históricos escolares, certificados) com pareceres descritivos, com base em critérios definidos nos contratos pedagógicos, ao invés de se continuar com o referencial quantitativo da “nota”.
141. ALVES, Lynn; LAGO, Andréa; NOVA, Cristiane NOS BASTIDORES DO ENSINO ON LINE: DO PLANEJAMENTO À AVALIAÇÃO GT: Educação e Comunicação O artigo analisa a concepção de educação a distância a partir da necessidade de criação de uma comunidade virtual de aprendizagem, observando os aspectos positivos de sentir-se incluído, estar intensivamente em comunicação e a categoria de interatividade como fundamental para a efetivação satisfatória da EAD. Para tanto o texto relata a experiência de realização de um curso semi-presencial, para professores e pesquisadores universitários interessados na problemática do ensino a distância. O curso foi planejado a partir da vivência e análise de outros cursos on line, com o objetivo de experimentar alternativas e recursos que acreditamos fazer parte do escopo dessa modalidade. Salienta-se no texto, os aspectos relacionados ao planejamento e avaliação processual da arquitetura do curso a partir das falas dos sujeitos envolvidos no processo, a constituição da equipe de elaboração e efetivação do curso, como contribuições importantes para a análise dos cursos de EAD. Utilizamos a mediação do ambiente TelEduc desenvolvido por pesquisadores da UNICAMP, bem hipermídias e hipertextos, que serviram de material de apoio e foram construídos pela equipe dos professores. 142. BALZAN, Newton Cesar; JUNIOR, João Baptista de Almeida O ENSINO SUPERIOR NAS ÁREAS DE CIÊNCIAS HUMANAS E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS: INDICADORES DE QUALIDADE EM QUESTÃO GT: Didática O presente estudo está direcionado à questão da qualidade de ensino nas Áreas de Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas; resulta da análise de entrevistas realizadas junto a 20 profissionais de renome nacional e internacional em ambas as áreas. Utilizou-se, para fins de coletas de dados, um roteiro de entrevistas composto por 8 itens que abordam problemas do ensino vigente na maioria das IES. Destes foram privilegiados os seguintes itens: qualidades básicas do perfil do profissional formado nas Áreas; suposto despreparo do estudante frente às exigências universitárias; propostas que enfatizam o aprender a aprender, exigindo a corresponsabilidade do processo de ensino aprendizagem entre professor e aluno; pontos críticos dos Cursos e sugestões de alterações necessárias. Os resultados foram submetidos a uma série de análises, sendo sistematizados em grandes categorias. 143. BREGLIA, Vera Lucia Alves GRADUAÇÃO, FORMAÇÃO E PESQUISA: ENTRE O DISCURSO E AS PRÁTICAS
GT: Políticas de Educação Superior Texto com origem em tese de doutorado centrada na relação entre graduação, formação e pesquisa. A hipótese é de que a pesquisa pode ter uma função pedagógica no processo formativo dos graduandos. Identifica a necessidade de repensar o trabalho pedagógico e buscar novos instrumentos e metodologias para atender às exigências de um formação que se equilibre entre as demandas do mundo do trabalho e a manutenção de um caráter humanista. Trabalha a formação na graduação à luz de um modelo que alia ensino e pesquisa – o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). O campo empírico foi construído pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – RJ) e a população-alvo pelos professores orientadores, bolsistas e ex-bolsistas (formados de três áreas do conhecimento: Física, Economia e Psicologia). Do conjunto de dados que compuseram os resultados destaca aqueles que podem servir para futuras reflexões e problematizações acerca da formação dos graduandos e para observar as relações entre o discurso e as práticas. 144. COLETA, José Augusto Dela; NETO, Henrique Carivaldo de Miranda O REBAIXAMENTO COGNITIVO, A AGRESSÃO VERBAL E OUTROS CONSTRANGIMENTOS E HUMILHAÇÕES: O ASSÉDIO MORAL NA EDUCAÇÃO SUPERIOR GT: Psicologia da Educação Um expressivo conjunto de textos publicados nos últimos anos sob a forma de livros, artigos científicos e de divulgação, sobre o tema do assédio moral nas organizações dirigiu à atenção de pesquisadores para assuntos voltados ao constrangimento e humilhação em situação de trabalho, com um importante incremento no nível de conhecimento sobre o assunto. Tomando as Instituições de Educação Superior – IES como organizações formais e considerando o pequeno volume de comunicações científicas sobre o tema, em nosso meio, realizou-se o presente estudo, recolhendo dados junto a 1.132 alunos de diversas IES públicas e privadas do Estado de Minas Gerais, com o objetivo de determinar a existência e a topologia de situações de assédio moral no meio universitário. Os dados coletados mostram o relato de 1.014 casos objetivos de humilhação e constrangimento dos alunos por parte dos docentes universitários que, uma vez analisados, revelarem 12 diferentes categorias desse tema. O trabalho mostra ainda algumas diferenças entre IES públicas e privadas, bem como conclui pela pertinência da metodologia aplicada ao estudo dessas situações. 145. CUNHA, Maria Isabel da PESQUISA E PROCESSOS DE FORMAÇÃO: MÚLTIPLOS DESAFIOS E IMPASSES PARA A PÓS – GRADUAÇÃO
GT: Didática A pesquisa, para além da sua função social de produtora do conhecimento com vistas às demandas da sociedade, tem um significativo papel formador, especialmente quando se compreende formação numa dimensão reflexiva e permanente. Seu sentido pedagógico situa-se na capacidade de estimular o pensamento dos sujeitos, de mantê- los em constante estado de aprender e a saber pensar para poder intervir no mundo de forma responsável. Esses referenciais estimularam uma reflexão sobre o tema, a partir de vivência nos Programas de Pós – Graduação em Educação, explicitando impasses e desafios. Para análise desses últimos, utilizou-se a classificação de Larrosa (1990) quando alerta que é preciso olhar essas considerações como um processo de fabricação. Tomando essa direção, o autor reafirma a importância de tomarmos os efeitos dessas construções que ele identifica como efeito científico, efeito interdisciplinar e efeito prático. O texto procura explicar os impasses que a área da educação vem vivenciando, dentro da qual se situa o campo do conhecimento didático. 146. FERNANDES, Cleoni Maria Barbosa REFLETINDO SOBRE UMA TRAVESSIA DE PESQUISA-PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM MOVIMENTO GT: Didática Este trabalho faz um recorte de pesquisa cujo objeto de estudo está centrado na sala de aula universitária e nos sujeitos que a produzem – professores e alunos – da Universidade Federal de Pelotas, tematizando práticas pedagógicas em movimento a partir de três categorias básicas: ruptura, memória educativa e territorialidade, que sustentam a leitura da construção do conhecimento nessas salas de aula, demarcando referências, posições e relações em uma possibilidade de diálogo epistemológico. A metodologia utilizada para realizar esse estudo configurou-se como estudo de caso do tipo etnográfico. 147. FRANGELLA, Rita de Cássia Prazeres COLÉGIO DE APLICAÇÃO COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO: NOTAS SOBRE CURRÍCULO E IDENTIDADE GT: Currículo Este estudo, que integra pesquisa histórica desenvolvida sobre o currículo proposto para a formação de professores na Universidade do Brasil através da prática no Colégio de Aplicação (1948-1968) desta instituição, toma para análise as atividades desenvolvidas pelos alunos-mestres, no interior do Cap interrogando-as a partir dos significados que estas fazem emergir e que engendra a produção de identidades docentes determinadas. Entendendo-o como prática de significação, espaço articulador de saberes, poderes e identidade, argumento que ao educar e formar os futuros professores mais que
conhecimentos teóricos necessários para atuação profissional significava-se a própria atuação formando condutas, valores, normas e sentidos sobre a prática a ser exercida e que orientam a mesma, num processo constitutivo da identidade profissional dos professores, através da experiência de estar na escola propiciada pela Prática de ensino, núcleo central do currículo da formação docente. A prática propiciada constitui- se elemento de construção de uma identidade profissional, estabelecendo padrões de atuação para profissão docente. 148. FROTA, Maria Clara Rezende CONCEPÇÕES DE MATEMÁTICA E APRENDIZAGEM MATEMÁTICA DE ALUNOS DE ENGENHARIA GT: Educação Matemática Este trabalho relata resultados de uma pesquisa que investigou as concepções de aprendizagem matemática, de matemática e do pensar matemático de alunos de Cálculo, de cursos de engenharia, de uma universidade particular, indagando sobre as correlações entre tais concepções e sobre a possibilidade da influência de tais concepções nas estratégias de aprendizagem desses alunos. A análise de entrevistas conduzidas com 19 alunos e análises estatísticas multivariadas, empregadas no tratamento das respostas a um questionário aplicado a 529 estudantes permitiram determinar indicadores de concepções de aprendizagem matemática instrumental ou relacional; de concepções de matemática fragmentada ou coesa; de concepções de pensar matematicamente como um pensar exato ou especulativo. Os resultados obtidos permitiram coletar evidências de que as concepções, entre outros fatores como motivações, expectativas e atitudes metacognitivas, podem influenciar as estratégias de aprendizagem da matemática e do Cálculo. 149. GUIMARAES, Simone Sendim Moreira; TOMAZELLO, Maria Guiomar Carneiro A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA PARA O AMBIENTE: EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE GT: Grupo de Estudos em Educação Ambiental Este trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado que teve como objetivos verificar as noções de alunos formandos em Biologia sobre sustentabilidade. A pesquisa indicou a ausência de discussão do conceito de sustentabilidade nos meios acadêmicos. Os alunos, de maneira geral, têm uma visão ingênua e ambígua de sustentabilidade, pois, ao mesmo tempo em que aceitam a existência de limites ao modo de vida ainda mantêm a crença no crescimento econômico ilimitado. Os resultados nos remetem ao papel da universidade na formação “ambiental” dos profissionais. A organização por departamentos tende a valorizar as especificidades e deixar de lado as posições pluralistas. Assim sendo, como pode um professor da universidade trabalhar com seus alunos problemas ambientais de uma maneira
holística, sistêmica e crítica da realidade se a formação que ele recebeu não lhe dá condições para tanto? Este texto tem esta dimensão de interesse e preocupação. 150. HOSTINS, Regina Célia Linhares PARADIGMAS DA “SOCIEDADE DO CONHECIMENTO” E POLÍTICAS PARA O ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO GT: Políticas de Educação Superior O ensino superior brasileiro, notadamente na década de 90, sofre as influências da “sociedade do conhecimento” que, em decorrência do processo de globalização, do fortalecimento das redes de informação e das revoluções tecnológicas, tem assumido a dimensão de um fenômeno abrangente que se expressa em todas atividades da vida social. O presente estudo tem o propósito de discutir a manifestação desse fenômeno na universidade, mediante a análise das orientações expressas nas políticas para o ensino superior, especialmente as que se referem à avaliação da pós – graduação nesse período. Institucionaliza-se, desde então, um modelo universitário lastreado na lógica do mercado, que contribui para a descaracterização das funções do docente e do pesquisador, transformando-os em gerentes competitivos, pressionados a alimentar estatísticas por meio da produção científica. Nesse paradigma, o conhecimento produzido justifica-se por sua adequação empírica e por sua utilidade instrumental. Logo, do conhecimento anunciado importa seus conteúdos mais superficiais e imediatamente disponíveis para o consumo, um tipo de fast-food gnosiológico, no qual as possibilidades de crítica e de compreensão das relações que engendram a sociedade são diminuídas e o agir humano imobilizado. 151. LIMA, Claudia Maria de; BARROS, Helena Faria de; GRIGOLI, Josefa Aparecida Gonçalves A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E O DESAFIO DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR REFLEXIVO: UM ESTUDO SOBRE AS POSSIBILIDADES DA EAD NA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS GT: Educação e Comunicação O presente trabalho relata os resultados de um estudo sobre o uso da educação a distância para a formação pedagógica de professores universitários. O estudo envolveu 25 professores de diferentes áreas do conhecimento, docentes de cursos de graduação de uma universidade comunitária do Centro-Oeste que participaram de um curso na modalidade a distância sobre a temática da avaliação da aprendizagem. As atividades do curso enfatizaram a formação do professor reflexivo. Ao término do curso foram utilizados procedimentos diversificados para avaliar os resultados da intervenção. Os docentes consideram que a educação a distância é um meio valioso para a aprendizagem no campo da formação pedagógica. É importante assinalar que a concepção de educação a distância expressa pelos professores não se distancia da idéia de “ensino como transmissão”.
152. LIMA, Kátia Regina de Souza ORGANISMOS INTERNACIONAIS E POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NA PERIFERIA DO CAPITALISMO GT: Políticas de Educação Superior O presente trabalho constitui parte do projeto de pesquisa “Política Educacional e Utilização das Novas Tecnologias na Educação Superior” vinculado ao Programa de Pós – Graduação em Educação da UFF e ao “Coletivo de Estudos sobre Política Educacional”. Tem como objetivo analisar alguns dos principais elementos das políticas promovidas pelos organismos internacionais, principalmente, UNESCO, BM e OMC, e apresentar os principais desafios colocados pela possibilidade de efetivação da ALCA para a educação superior na periferia do capitalismo. Construímos como hipótese orientadora que o crescente processo de mercantilização da educação superior na América Latina se efetiva através das parcerias entre empresas norte – americanas e européias com as universidades latino – americanas, da expansão do número das universidades corporativas e da ampliação dos cursos de educação superior à distância. 153. LOPES, Jairo de Araújo; ARAÚJO, Elizabeth Adorno de PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES: UM ESTUDO SOBRE A FALA DE PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR E DA EDUCAÇÃO BÁSICA GT: Formação de Professores A Universidade tem se preocupado, nos últimos anos, com o desenvolvimento de pesquisas sobre práticas interdisciplinares, tendo em vista o grande esforço se superar uma visão acera da ciência, do homem e do mundo, marcada pela fragmentação do conhecimento. Na escola de ensino básico, os professores esforçam-se para atender às diretrizes oficiais que recomendam estas práticas. Este trabalho faz um estudo das concepções de interdisciplinaridade e da forma de conceber práticas interdisciplinares no universo escolar, tendo como base as informações coletadas em entrevistas com professores do ensino superior, das áreas de Ciências Humanas e de Ciências Sociais Aplicadas, mais propícias à ocorrência de tais práticas, e com professores da educação básica da área de Matemática. O estudo proporcionou a verificação de pontos de distanciamento entre os dois universos e sinaliza caminhos para solucionar problemas que afetam os dois segmentos da educação formal. 154. MENDES, Cleyde Regina UMA ANÁLISE SOBRE A ATITUDE EM RELAÇÃO À ESTATÍSITCA, A CONFIABILIDADE E A IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDAS A ESSA CIÊNCIA
GT: Educação Matemática Buscou-se verificar a atitude, a importância, a confiabilidade e a auto-percepção de conhecimento atribuídas à Estatística. Foram pesquisados 119 alunos da Licenciatura em Matemática de uma Universidade particular do interior do Estado de São Paulo, os quais já haviam cursado pelo menos uma disciplina de Estatística durante sua graduação. Coletou-se os dados através do preenchimento de dois instrumentos tipo lápis e papel e os resultados indicaram que a atitude em relação à Estatística dessa grupo é positiva, com média 55, 45 desvio padrão 8,70 e valores mínimo e máximo de 23 e 78 pontos, respectivamente. A nota auto-atribuída aos conhecimentos mostrou-se correlacionada com a atitude de forma positiva e moderada. Os sujeitos que consideram a Estatística importante ou muito importante apresentaram atitude idêntica, sendo a mesma superior a daqueles que atribuíram pouca importância a essa Ciência. Também houve uma tendência de aumento da pontuação da atitude conforme aumentava a confiabilidade atribuída à Estatística. 155. MENDONÇA, Sueli Guadalupe de Lima EXPANSÃO DO ENSINO PÚBLICO SUPERIOR PAULISTA: UM NOVO MODELO DE UNIVERSIDADE? GT: Políticas de Educação Superior O presente artigo visa analisar a expansão do ensino público superior no estado de São Paulo, desencadeada pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) em 2001. O interessante é que tal iniciativa se manifesta de modo mais veemente na UNESP e no CEETPS e depois de uma das mais fortes greves em defesa da universidade pública, realizada em 2000, envolvendo UNESP, UNICAMP, USP e o CEETPS. Entender o que mudou na política universitária no estado de São Paulo, não é uma questão menor, pois se trata de um centro de produção científico – tecnológico de reconhecimento internacional e cumpre papel estratégico no próprio desenvolvimento do país. Portanto, desvendar as novas diretrizes de polít icas públicas e suas conseqüências para o ensino superior paulista se faz necessário e crucial para o momento de definição de novos rumos para a sociedade brasileira. 156. MOREIRA, Plínio C.; DAVID, Maria Manuela O CONHECIMENTO MATEMÁTICO DO PROFESSOR: FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE NA ESCOLA BÁSICA GT: Educação Matemática Desenvolvemos um estudo a respeito da formação matemática na licenciatura, confrontando o conhecimento veiculado nesse processo com as questões que se colocam para o professor na sua prática docente na escola básica. O estudo se restringe aos números naturais e ao curso de licenciatura em matemática da UFMG. Trabalhando com fontes
como livros didáticos, documentos do curso de licenciatura e a literatura da área de Educação Matemática, o estudo faz um levantamento extensivo de questões referentes ao conhecimento matemático (relativas ao tema selecionado) com as quais o professor se depara no seu trabalho docente na escola básica e que não são discutidas no processo de formação inicial. Descrevemos parte do conhecimento matemático envolvido nas questões que se colocam para o professor em sua prática, explicitando formas concretas com que se expressa a desarticulação – reiteradamente apontada nos estudos sobre as licenciaturas, mas quase sempre em termos genéricos – entre a formação matemática inicial e a prática docente. 157. PICANÇO, Alessandra de Assis EDUCAÇÃO SUPERIOR PARA PROFESSORES EM EXERCÍCIO: FORMANDO OU IMPROVISANDO GT: Políticas de Educação Superior Esse texto está voltado pa ra a análise da efervescente demanda por educação superior entre os professores em exercício no sistema de educação básica do Brasil. Essa demanda, iniciada após as exigências legais indicadas pela Lei 9.394/96 (LDB), tem mobilizado discussões em vários se tores sociais e governamentais. Na busca de atendimento da formação de milhares de professores a reflexão sobre a reestruturação em curso das instituições de ensino superior precisa ser reconsiderada. Tais instituições se envolvem cada vez mais com os desafios da contemporaneidade, seja pelo uso instrumental das tecnologias da comunicação e informação, seja pela reorganização de suas práticas diante das novas dinâmicas provocadas pela presença dessas mesmas tecnologias na sociedade. O objetivo é discutir a complexidade da democratização da Educação Superior tomando o campo da formação de professores em exercício como lócus repleto de entrecruzamentos políticos e pedagógicos a serem ressignificados pelos atore sociais. 158. QUEIROZ, Delcele Mascarenhas DESIGUALDADE NO ENSINO SUPERIOR: COR, STATUS E DESEMPENHO GT: Relações Raciais/Étnicas e Educação O trabalho apresenta os resultados da pesquisa que, entre outros aspectos, buscou compreender como a cor, e o status socioeconômico, associadas a outras variáveis como o tipo de escola de segundo grau e a escolaridade do pai, condicionam o desempenho do estudante, examinando dois momentos do seu trajeto escolar: o resultado do vestibular e o rendimento num determinado ponto do curso. A pesquisa teve como espaço empírico a Universidade Federal da Bahia – UFBA, e investigou o contingente que ingressou na Universidade entre 1993 e 1997. Os resultados da análise dão conta de que à UFBA tem acesso um contingente de elevado status, no qual se situam predominantemente os estudantes brancos e morenos. O desempenho dos estudantes, em ambos os momentos
investigados, acompanha o gradiente de cor. No entanto, os estudantes claros têm medias de ingresso mais elevadas num maior número de carreiras, mas quando se trata do rendimento, são os escuros que atingem as médias mais elevadas, no maior número delas. 159. SANTIAGO, Mylene Cristina A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A DIVERSIDADE NAS IFES MINEIRAS GT: Educação Especial Este estudo trata da formação de professores para a diversidade nos Cursos de Pedagogia das IFES Mineiras, tendo como foco a questão da deficiência. Como recurso metodológico, utilizou-se a análise de discurso. Esta pesquisa busca desvelar os sentidos cristalizados por cada professor a respeito das concepções de deficiência, para, então, compreendermos o funcionamento de seus discursos em relação à formação de professores para a diversidade nos/dos cursos de Pedagogia das IFES Mineiras. A questão da diversidade ainda é um assunto incipiente nos cursos de Pedagogia nos cursos de Pedagogia das IFES Mineiras, contribuindo pouco para a ruptura da exclusão, que constitui a formação ideológica ainda predominante em nossa sociedade. Esse trabalho demonstra ser imprescindível uma revisão dos cursos de Pedagogia para que os professores sejam capazes de lidar com a diversidade. 160. SANTOS, Tereza Josefa Cruz dos TRAJETÓRIA DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS GT: Relações Raciais/Étnicas e Educação Esta pesquisa buscou investigar as trajetórias de vida de professores universitários negros que residem em Cuiabá, Mato Grosso, tendo como objetivos conhecer qual e como foi o processo vivenciado por esses professores desde sua formação escolar até tornarem-se professores de nível superior. Vejo nesse trabalho a possibilidade de contribuir para a ampliação dos estudos sobre educação do negro no Brasil com um olhar voltado para as conquistas alcançadas. As constatações que a pesquisa possibilitou orientam para a compreensão de que se faz necessário dar voz aos sujeitos que ao construir sua história vê nela significados que são desconhecidos por aqueles que não estão no contexto em que estes vivem e convivem. 161. SGUISSARDI, Valdemar A UNIVERSIDADE NEOPROFISSIONAL, HETERÔNOMA E COMPETITIVA GT: Políticas de Educação Superior
Este texto visou demonstrar a hipótese de que ocorre hoje, no Brasil, uma contraditória superposição de modelos universitários, e, ao mesmo tempo, o trânsito para uma universidade – “pública” e privada – neoprofissional, heterônoma e competitiva. A consistência desta hipótese de trabalho é buscada mediante um diagnóstico da educação superior no Brasil e das mudanças por que passou na última década. Com isto tenta –se compreender não apenas a trajetória recente da organização do subsistema no país mas, também, como, hoje, sua atual configuração se funda em específicas concepções de universidade (e de suas funções); como se ancora em conceitos e teses a respeito do ethos acadêmico, do valor agregado do conhecimento, do papel do Estado e do mercado na alocação de recursos no campo dos direitos e da cidadania ou dos serviços sociais, entre outros, que se encaixam nos próprios fundamentos do atual ajuste neoliberal da produção e do Estado. 162. TOSCHI, Mirza Seabra; RODRIGUES, Maria Emilia de Castro INFOVIAS E EDUCAÇÃO GT: Educação e Comunicação O trabalho expõe o processo de uso de infovias entre cidades, visando estabelecer conexões em projetos de pesquisa educacional, visando a incorporação prazerosa do uso da tecnologias por professores e alunos e integração entre graduação e pós-graduação. Cinco planos de pesquisa de iniciação científica; dois sub-projetos de professores; capacitação tecnológica de professores, alunos e funcionários; elaboração e publicação de homepages; jornadas e seminários; produção de CDRom foram os resultados da pesquisa-intervenção, além da elaboração e publicação de um Museu Virtual da Educação, (www.fe.ufg.br/museu), que inclui fotos digitalizadas de três cidades. Evidenciou-se no estudo a falta de articulação nas ações educativas entre gestores, técnicos e a dimensão acadêmica. Apesar dessa ausência houve um trabalho integrado entre graduação e pós-graduação. Merece relevo o link Memória Viva do Museu Virtual da Educação que resgata a memória dos movimentos populares da década de 60, em especial o Movimento de Educação de Base (MEB). 163. TOZONI – REIS, Marilia Freitas de Campos NATUREZA, RAZÃO E HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL GT: Grupo de Estudos em Educação Ambiental Este artigo trata dos pressupostos teóricos presentes na formação dos educadores ambientais nos cursos de graduação das universidades públicas do Estado de São Paulo, analisados a partir do referencial metodológico do materialismo histórico-dialético. A análise desses pressupostos no campo do conhecimento pedagógico, identificados pelos núcleos das representações dos professores sobre educação e educação ambiental, busca
relaciona-los com os principais representantes das teorias pedagógicas para espera contribuir no processo permanente de construção de uma pedagogia da educação ambiental, em especial no que se refere a formação dos educadores ambientais.
TRABALHOS APRESENTADOS EM 1996 – 19ª REUNIÃO AUTOR - TÍTULO DO TRABALHO – GT - INSTITUIÇÃO - INSTÂNCIA - TEMA (dentro do qual menciona ensino e pesquisa) – ENSINO – PESQUISA - FONTES
AUTOR
TÍTULO DO TRABALHO
GT
INST
ITU
IÇÃ
O
INSTÂNCIA
TEMA (dentro do qual
menciona ensino e pesquisa)
ENSINO
PESQUISA
FONTES
1 AMARAL, Ana Lúcia
Perspectivas para a didática no atual contexto político pedagógico
4 - Didática UFMG Licenciatura Didática. Disciplina de didática no ensino superior. Rumos da didática.
Aborda o campo de estudo da didática. Experiência como professora de didática. Valorização da macro-dimensão da educação: relacionada co descaracterização histórica da didática (micro-dimensão da educação). Didática pensada como disciplina investigadora dos processos de ensino e aprendizagem. Capacidades cientifica e tecnológica frente à globalização são desafios para a educação: ensino com pesquisa significa construção e transmissão de conhecimento.
Relato de experiência. Literatura pedagógica
2 BEHRENS, Marilda Aparecida
A prática pedagógica dos professores universitários: perspectivas e desafios
4 - Didática PUC-PR Instituição Formação continuada do professor de ensino superior (formação reflexiva). Metodologia do ensino superior. Inovações no ensino.
Prática pedagógica do professor de Ensino Superior. Na universidade predomina ensino tradicional centrado na memorização. Novas propostas são desafios: ensino com pesquisa; instrumentalização com multimídias e recursos das novas tecnologias da informação e da comunicação. Ensino com pesquisa. Paradigmas educacionais.
Bibliografia
3 FÁVERO, Maria de Lourdes Albuquerque
A UDF: uma utopia vetada? 11- Política da Educação Superior
UFRJ Instituição História de instituição universitária. Modelos universitários.
Concorrem dois modelos: 1) Ensino profissional de caráter utilitário; competência em ofícios úteis. 2)função do ensino: formação intelectual; saber desinteressado; ênfase na ciência básica.
A universidade (segundo modelo de Anísio Teixeira) engloba os dois e tem como características: a produção de conhecimento. Investigação e pesquisa científica, literária e artística.
Documentos
4 MANCEBO, Deise Estratégias discursivas neoliberais: uma contribuição para a análise de suas repercussões na educação e na universidade
11- Política da Educação Superior
UERJ Instituição Discurso e políticas neoliberais do Estado para a Educação Superior.
Repercussão e sentidos na universidade. 1- Discurso neoliberal articula/ subordina ensino e pesquisa às lógicas do mercado e do trabalho. 2- Produtividade, competitividade e excelência: significam qualidade do ensino. Nessa lógica: ensino e pesquisa – os processos educativos em geral, perdem autonomia e a reflexão abrangente e crítica sobre a sociedade, a ciência e a tecnologia.
Bibliografia
5 MOROSINI, Marília Costa; FRANCO Maria Estela Dal Pai
Escola de Engenharia de Porto Alegre (1896- 1934). Hegemonia, política e construção da Universidade.
11- Política da Educação Superior
UFRGS Instituição História da UFRGS. Modelos institucionais que concorriam: 1) formação de bacharéis predomina na maioria do ensino superior brasileiro: bacharéis, eruditos, profissionais. 2) Produção e divulgação de conhecimento. Modelo alemão/ USA/ RGS. Ensino se refere à área técnica e não à área de Humanas. Interligava os diferentes níveis de ensino superior, além de variedade e amplitude de cursos. Produção e divulgação de conhecimento interligados ao ensino – pesquisa. Incentivo aos alunos para publicações e trabalho de fim de curso que aliava extensão e pesquisa. Investimento em qualificação docente, articulações internacionais e extensão.
Documentos
6 PIMENTA, Selma Garrido
Para uma re-significação da didática – Ciências da Educação, Pedagogia e didática (uma revisão conceitual e uma síntese)
4 - Didática USP Licenciatura Ciências da Educação. Estatuto epistemológico da Didática, da Pedagogia e das Ciências da Educação.
O ponto de partida e de chegada do ensino é a prática social, a realidade pedagógica. A investigação da realidade fornece questionamentos e problemáticas diversas para a ciência. Pesquisa institucional e ensino (universidade e escola) trabalho em conjunto de práticos e pesquisadores.
Pesquisa bibliográfica
7 RIBEIRO, Marlene Dilema da universidade brasileira “pós-moderna”: entrea democratização e a competência
11- Política da Educação Superior
Instituição Funções históricas da universidade. Modernidade, pós-modernidade. Discute as idéias de democratização do ensino superior versus competência
Ensino como formador de elites contraposto à ampliação do acesso ao ensino superior aliado a permanência das camadas subalternas da população (democratização). Pesquisa básica para subsidiar processos produtivos - o fazer acadêmico tradicional relacionado à pesquisa pura (competência) contraposto à saberes e interesses das camadas subalternas - formação/ produção e comunicação do conhecimento (democratização).
Bibliografia
8 ROSSO, Ademir José; ETGES, Norberto Jacob
O que pensam os professores de ciências e matemática sobre educação
8 - Formação do Professor
UFSC Licenciatura
Disciplina: teorias da educação Relação entre fazer pedagógico e correntes teóricas que fundamentam a educação
A partir do conhecimento da realidade reflete e compara teorias trabalhadas no curso Pesquisa com valor formativo. Instrumento para o conhecimento da realidade - subsidia o ensino. Alunos pesquisam concepções de professores de ciências e matemática
Trabalhos dos alunos e dados de entrevistas com professores de ciências e de matemática
9 SEGENREICH, Stella Cecília
Crise e mudança na construção de um projeto institucional: o caso da PUC – Rio de Janeiro
11- Política da Educação Superior
PUC-Rio Instituição Trajetória histórica da Instituição. Projeto institucional. Participação no cotidiano
Inicialmente, ensino pautado pelos objetivos de renascimento filosófico e pedagógico católico e de formação das elites, mais tarde prevalecendo a excelência acadêmica.. Década de 60, preocupação em atender em atender exigências da LDB. Financiamento da pesquisa, incentivo, restringia -se às áreas tecnológicas.As ciências básicas e ciências sociais e humanas, sem financiamento, sofrem defasagem.
Entrevistas com professores
10 TAVARES, Maria das Graças Medeiros
Extensão universitária: novo paradigma da universidade?
11- Política da Educação Superior
Instituição Extensão. Articulação ensino, pesquisa e extensão. Reestruturação das IES. Financiamento. Extensão é prática acadêmica que interliga a universidade (ensino e pesquisa) com as demandas da sociedade.
Nova concepção de sala de aula: espaços dentro e fora da universidade onde se realiza o processo histórico social. Estágio curricular obrigatório para todos os cursos integrado aos currículos e projetos dos departamentos. Pesquisa voltada à criação e recriação de conhecimento que possibilite transformação social. A questão é política: identificar o que deve ser pesquisado e os fins e interesses dos novos conhecimentos. Ensino e pesquisa articulados às demandas e necessidade dos setores populares da sociedade.
Documentos
11 ZACCUR, Edwiges; GARCIA, Regina Leite
Uma experiência de rompimento com a divisão disciplinar.
12 - Currículo UFF -Angra dos Reis
Licenciatura Formação de professores. Curso de Pedagogia. Prática docente/ avaliação participativa. Transdisciplinaridade. Ruptura com estrutura disciplinar do curso.
Ensino por temas e não por disciplinas. Junta três disciplinas: discussão de temas em seminários a partir de diferentes pontos de vista. Grupo de estudos dirigido. Participam vários professores e alunos na orientação e na avaliação do curso.
Professores e alunos. Relato de experiência.
12 XAVIER, Libânia Nacif
O campo educacional entre a prática social e a legitimação científica
14 – Sociologia da Educação
PUC - Rio Licenciatura Formação de professores. Campo de estudo e de pesquisa educacional. Constituição histórica.
Formação de professores no ensino médio e no superior. Campo educacional como objeto de estudo e pesquisa. Desvalorização campo educacional no ensino superior. História das instituições de ensino médio e superior, constituição da área de ciências humanas no Brasil. Educação se profissionaliza antes de tornar-se área de estudo e pesquisa. produção de conhecimento na área educacional. Produção de conhecimento autônomo e desinteressado como modelo de universidade UDF e USP. UDF à formação de professores, educação como campo de estudo e pesquisa = produção de conhecimento educacional. Morre com a extinção da UDF
Bibliografia
TRABALHOS APRESENTADOS EM 1997 – 20ª REUNIÃO AUTOR - TÍTULO DO TRABALHO – GT - INSTITUIÇÃO - INSTÂNCIA - TEMA (dentro do qual menciona ensino e pesquisa) – ENSINO – PESQUISA - FONTES
AUTOR TÍTULO DO TRABALHO GT INSTITUIÇÃO INSTÂNCIA TEMA (dentro do qual menciona ensino e
pesquisa)
ENSINO PESQUISA
FONTES
13 ALBUQUERQUE, Maria Betânia B.
Filosofia da educação: uma disciplina entre a dispersão de conteúdos e a ausência de uma identidade
17 – Filosofia da Educação
UFMG Licenciatura Disciplina Filosofia da educação. Currículo.
Contribuição da Filosofia da Educação para a formação. Critica o ensino de Filosofia da Educação que se restringe a discussões da Filosofia teórica não considerando que a educação e o ensino são atividades essencialmente práticas. As questões práticas do ensino de filosofia também são desconsideradas.
Documentos legislação, literatura educacional e entrevistas com professores
14 BAROLLI, Elisabeth; VILLANI, Alberto
Contribuições da Psicologia para a interpretação do laboratório didático
4 - Didática USP Bacharelado Ensino-aprendizagem de ciências (física).
Laboratório didático. Representações dos alunos sobre processos de medição. Ensino com trabalho experimental Trabalho experimental tem função didática
Entrevistas com os alunos do laboratório de física
17 FOERSTE, Erineu Universidade e formação de professores: um estudo sobre o Fórum de Licenciatura da Universidade Federal de Goiás – 1992 a 1994
8 – Formação de Professores
UFES / UFG Licenciatura Formação de professores. Política de formação.
Projeto institucional de formação de professores - histórico. Produção de conhecimento educacional.
Documentos
15 CUNHA, Maria Isabel da
A construção do conhecimento na prática pedagógica do ensino superior.
4 - Didática Graduação Prática pedagógica no ensino superior. Formação do docente do ensino superior.
Concepções de conhecimento. Contrapõe ensino tradicional ao ensino com pesquisa Ensino com pesquisa: pesquisa como princípio pedagógico. Pequenas investigações; história pedagógica.
Professores e alunos de diversos cursos de graduação
18 GAMBOA, Silvio Sánchez; Nunes, César Aparecido
Crises, ações e reações na história da Universidade: PUCCAMP 1942-1992
2 – História da Educação
Instituição História da universidade.
Projeto pedagógico. Memória da instituição Década de 60 – institucionalização das funções de ensino, pesquisa e extensão. Produção de conhecimento. Característica de não neutralidade e subjetividade. Contextos de produção com diferentes representações
Documentos. Depoimentos de dirigentes, professores, ex-professores e ex-alunos
19 MANCEBO, Deise Autonomia Universitária: reformas, propostas e resistência
11 – Políticas de educação superior
Instituição Autonomia universitária. Reforma do Estado e do Ensino Superior. Financiamento do ensino e da pesquisa.
Ensino, pesquisa e extensão: funções sociais da Universidade e sua razão de existir. Diversificação do ES (LDBN/96): instituições de ensino (maioria) e universidades de ensino, pesquisa e extensão (minoria) Ensino e pesquisa subordinados à lógica privada: perda de capacidade crítica e reflexiva
Documentos
20 NOSIGLIA, Maria Catalina; MARQUINA, Mónica
A dos años de la sanción de la ley de educación superior en la Argentina
11 – Políticas de educação superior
Instituição Reforma do ensino superior. Diferenciação institucional. Controle e financiamento do ES.
Tendência mundial - ensino e pesquisa respondem às demandas do mercado e às necessidades regionais Controle de qualidade tanto do ensino quanto da pesquisa é quantitativo
Documentos
21 NUÑEZ, Isauro Beltrán; RAMALHO, Betânia Leite
Um “modelo profissional”: uma necessidade para a formação do profissional?
8 – Formação de professores
Licenciatura Formação de professores.
Formação inicial e profissionalisação docente Papel da formação inicial no processo de profissionalização docente
Bibliografia. Reflexão teórica
23 PEREIRA, Júlio Emílio Diniz
Representações sobre ensino na Universidade e sua implicações para as licenciaturas
8 – Formação de professores
UFMG Licenciatura Formação de professores. Ensino e pesquisa papel na formação do licenciado em ciências biológicas.
Licenciatura voltada para o ensino. Bacharelado voltado para a iniciação à pesquisa. Licenciatura desvalorizada e com menor prestígio acadêmico. Propõe alem de transferir e passar conhecimento, desenvolver senso crítico, atitudes, habilidades e treinamento para investigação. Pesquisa papel de intermediar a relação com o objeto de conhecimento: aluno desenvolve criatividade e conhecimento além de consciência crítica e preocupação com a sua atuação na sociedade
Representações sobre ensino e pesquisa de alunos e professores de curso de ciências biológicas
22 PEIXOTO, Maria do Carmo Lacerda
Organização da Universidade e autonomia
11 – Políticas de educação superior
Graduação e Pós-Graduação
Reforma universitária/ 68. Institucionalização da pesquisa nas universidades: pós-graduação.
Dissociação ensino/ pesquisa Organização dos cursos, elaboração de currículos: departamentos não preservam unidade ensino/pesquisa na RU/ 68 Política de ciência e tecnologia - valorização da pesquisa: conseqüências negativas para o ensino à graduação ( que só expande)
Documentos, bibliografia.
25 SEGENREICH, Stella Cecilia Duarte
Institucionalização da pesquisa nas universidades emergentes: novos arranjos e parcerias para uma questão mal resolvida.
11 – Políticas de educação superior
Instituição Funções da universidade. Histórico da discussão sobre a relação ensino superior e pesquisa.
Aborda diferentes concepções de pesquisa na literatura educacional e na legislação para o ensino superior. Instituições públicas e privadas. Universidades emergentes Indissociabilidade ensino e pesquisa e ensino com pesquisa são questões há mais de trinta anos mal resolvidas. Definição restrita de pesquisa científica: defendida por quem questiona princípio da união ensino-pesquisa. Função: produzir conhecimento de nível internacional e de ponta. Definiçãoampla de pesquisa: sem adjetivos, inerente ao ensino superior. “Pesquisa pela pesquisa” à Florestan Fernandez: a pesquisa na rotina do trabalho didático como ilustração e como formação de habilidades intelectuais de pesquisador e de aproveitamento de dados.
Documentos e literatura educacional
26 TAVARES, Maria das Graças Medeiros
Reformas da educação superior no Brasil pós-85: desafios à extensão e a autonomia universitária
11 – Políticas de educação superior
UFRJ Instituição Extensão universitária. Funções básicas da universidade: perspectiva histórica.
Relação entre ensino pesquisa e extensão e papéis atribuídos nas propostas atuais de reestruturação da universidade. Discute visão de ensino como capacitação de recursos humanos; pesquisa definida pela comunidade e as empresas e extensão como prestação de serviços e o sentido mercantil que assumem.
Documentos
24 PORTES, Écio Antônio
O universitário de camadas populares no espaço do herdeiro
14 – Sociologia da Educação
UFMG Instituição Aluno univ. de camadas populares.
Inserção sócio-cultural. Trajetória escolar, experiências e estratégias escolares Dificuldades na relação com professores, colegas e conhecimento. Bolsas trabalho, monitoria e iniciação científica: complementação de renda.
Entrevistas com alunos de todos os cursos
16 DURAN, Marília Claret Geraes; JÚLIO, Maria Lúcia Monteiro
Repensando o curso (noturno) de Pedagogia de uma instituição
12 – Currículo UMESP Licenciatura Curso de Pedagogia. Reformulação curricular.
Interligação ensino, pesquisa e extensão. Ensino investiga e problematiza a realidade. Pesquisa como princípio educativo. Projetos de pesquisa no cotidiano e no estágio
Documentos do curso. Questionários para alunos, professores e ex-alunos.
TRABALHOS APRESENTADOS EM 1998 – 21ª REUNIÃO - AUTOR - TÍTULO DO TRABALHO – GT - INSTITUIÇÃO - INSTÂNCIA - TEMA (dentro do qual menciona ensino e pesquisa) – ENSINO – PESQUISA – FONTES
AUTOR TÍTULO DO TRABALHO
GT
INST
ITU
IÇÃ
O INSTÂNCIA TEMA (dentro do qual
menciona ensino e pesquisa)
ENSINO PESQUISA
FONTES
27 GRILLO, Marlene; AZAMBUJA, Carmen; CARNEIRO, Vera Clotilde; COSTA, Regina; FERREIRA, Glória Isabel; LIMA, Valderez; PAAZ, Aneli; SILVA, Vera Regina; TEIXEIRA, Luciana
Transposição didática: uma prática reflexiva
8 – Formação de professores
PUCRS Graduação Professores reflexivos no ensino superior.
Disciplina prática de Pesquisa. Transposição didática e construção de conhecimento prático. Integração ensino e pesquisa. Reflexão ao planejar aulas. Professores ensino superior: maioria bacharéis e não licenciados. Aula é transmissão pura e simples de conteúdos. Alguns professores entrevistados demonstram preocupação com conhecimento assimilável e que possa ser apropriado pelo aluno. Professor ES definido como cientista/ pesquisador. Professores entrevistados mencionam pesquisa bibliográfica e reflexão para o planejamento da aula. Porém suas pesquisas realizadas na instituição e os eventos que participam não são fonte para a aula e não mencionam se o que pesquisam leva a refletir sobre o ensino ou vice-versa.
Entrevistas com 10 professores de ES
41 SOBREIRA, Henrique Garcia
Imagens de família e prática docente: anotações preliminares
8 – Formação de professores
EURJ/ UNIVERSO
Licenciatura Formação de professores.
Teoria dialética. Representações sobre família. Pesquisa representações de alunos Pesquisa como subsidio para reflexão em aula
Entrevistas e questionários com alunos do curso de Pedagogia e Magistério Séries Iniciais.
28 IGLORI, Sonia Barbosa Camargo; SILVA, Benedito Antonio da
Conhecimento de concepções prévias dos estudantes sobre números reais: um suporte para a melhoria do ensino-aprendizagem
19 – Educação matemática
PUCSP Graduação Ensino-aprendizagem de matemática. .
Números reais. Concepções dos alunos Pesquisa de concepções dos alunos subsidia novas abordagens e metodologias de ensino Pesquisa cognitiva. Concepções dos alunos sobre conteúdo de disciplina
Alunos iniciantes e de ultimo ano de curso de matemática
29 KENSKI, Vani Moreira Memórias em movimento: a angústia do (des)conhecimento na sociedade da informação
16 – Educação e comunicação
USP Instituição Professor/ pesquisador de Ensino Superior.
Lógica que preside uso das novas tecnologias de informação e comunicação. Identidade, angústia e exclusão. Uso de tecnologias eletrônicas para aquisição e manutenção de conhecimentos
Professores/ pesquisadores de Ensino Superior
30 KIPNIS, Bernardo Autonomia e a pesquisa em Educação Superior no Brasil. As possibilidades da pesquisa institucional
11 – Política de Educação Superior
UnB Instituição Agenda de pesquisa em educação superior.
Autonomia e educação superior de massa. Pesquisa sobre autonomia universitária. Pesquisa institucional. Expansão, diversificação, gestão e financiamento do ES. Acesso e permanência no ES. Evasão do Es. Pesquisa institucional como base para tomada de decisões
Documentos e literatura educacional
31 LEITE, Denise B. C.; FERNANDES, Cleoni B.; BRAGA, Ana M. S.; GENRO, Maria E. H; FERLA, Alcindo A.; CAMPANI, Adriana; CAMPOS, Márcia M. C.; ALVES, Evandro; NOLASCO, Luciane S.; CUNHA, Maria Isabel da; LUCARELLI, Elisa; VEIGA, Ilma Alencastro
Inovação na Universidade: a pesquisa em parceria
11 – Política da Educação Superior
UFRGS – UFPel – UBA - UnB
Graduação Inovação no ensino e na pesquisa
Ensino e aprendizagem. Paradigmas de ensino. Rupturas com práticas de ensino tradicional Pesquisa interinstitucional sobre ensino e aprendizagem na graduação
Documentos e relatórios de pesquisa, literatura educacional
32 LEITE, Maria Cecília Lôrea Avaliação da Universidade: a concepção e o desenvolvimento de projetos avaliativos em questão
11 – Política da Educação Superior
Graduação Curso de direito. Práticas de avaliação na educação superior.
Relaciona qualidade do ensino à formação de homens críticos, livres e criativos e a interligação de conhecimento menos teórico e dogmático com a sociedade. Incentivo à pesquisa e à extensão integradas ao ensino Avaliação institucional.
Documentos, literatura educacional, entrevistas com alunos
33 MANCEBO, Deise Políticas para a Educação Superior e cultura universitária: o exercício da solidão no ideário neoliberal
11 – Política da Educação Superior
UERJ Instituição Modelos institucionais de administração e gestão. Políticas neoliberais.
Política neoliberal implica em escolarização da graduação pois desvaloriza a produção de conhecimento, a análise crítica e a destinação social do trabalho universitário Pesquisa direcionada pela relevância econômica e o lucro
Documentos e literatura educacional
36 MICHELOTTO, Regina Maria
Universidade – sociedade: a democratização da universidade pública
11 – Política da Educação Superior
UFPR Instituição Relação universidade e sociedade. Democratização da universidade: fomento ao acesso e programas de inclusão
Ensino, pesquisa e extensão voltados para a população que não têm acesso já que a idéia de mercado só repete o elitismo anterior. A extensão é a fonte e o objetivo tanto do ensino quanto da pesquisa (atitude de dupla via)
37 PEIXOTO, Maria do Carmo Lacerda; BRAGA, Mauro Mendes
A evasão no ciclo básico da UFMG
11 – Política da Educação Superior
UFMG Bacharelado/ licenciatura
Evasão no ensino superior.
Acesso e permanência no ES. Causas da Evasão. Políticas voltadas para o ensino superior na década de 80 não enfatizaram nem investiram na graduação com a mesma ênfase que na pós-graduação. Exemplo área de exatas que apresenta alto índice de evasão. Considera evasão nos diversos cursos noturnos com reduzido acesso à pesquisa e voltados mais para formação técnico-profissional.
39 SETTON, Maria da Graça Jacinto
Os projetos de profissionalização dos estudantes da FFCH-USP: algumas considerações
11 – Política da Educação Superior
USP Bacharelado/ licenciatura
FFLCH-USP Caracterização dos alunos
Cursos objetivam formação de cientistas e professores para todos os níveis de ensino. Alguns alunos têm pouca experiência e conhecem pouco a área de trabalho que os cursos oferecem. Muitos alunos mais maduros e com experiência de vida associam dois cursos universitários. Aspirações de alguns alunos: seguir carreira docente ou de pesquisador. Parte significativa procura formação humanística utilizada de forma indireta em outras profissões: distinção e adequação ao mercado de trabalho; formação cultural além de conhecimentos especializados e técnicos; demandas de novas categorias profissionais como Direito ambiental (Geografia e Direito) ou Analista Político na mídia (Jornalismo e Ciências Sociais) ou Gestão de instituições de caráter cultural (História e Administração).
44 SUASNABAR, Cláudio; SEDANE, Viviana; DELDIVEDRO, Vanesa
Modelos de articulación académica. Cultura e identidad de los docentes – investigadores de la Universidad Nacional de La Plata
11 – Política da Educação Superior
UNLP - Argentina
Instituição Professores universitários. Cursos de Economia, História e Física. Identidade acadêmica.
Modelos de articulação com a comunidade acadêmica interna e externa Diferenças na relação estabelecida entre atividade profissional e acadêmica e entre pesquisa e ensino. Fatores como prestígio profissional, verbas e recursos, legitimidade e autonomia influenciam o espaço profissional. Pesquisa caracteriza-se pela individualidade, campos definidos, hierarquia entre investigadores e bolsistas.
Professores e alunos
38 SANTOS, Akiko Técnica e técnicas 4 – Didática UFRRJ Graduação/ licenciaturas
Técnicas didáticas – validade e uso. Pedagogia científica.
Década de 60 – supervalorização das técnicas didáticas que poderiam resolver todos os problemas do ensino. Recupera histórico do uso da técnica no ensino.
Revisão de literatura
45 VILLANI, Alberto; CABRAL, Tânia Cristina Baptista
Ensino de ciências e educação matemática: qual o futuro?
19 – Educação matemática
USP/ UNESP - Bauru
Graduação Ensino de matemática. Enfoque para o ensino de matemática. Modelos e experiências de ensino de ciências e matemática . Relação dos alunos com o conhecimento. Concepções dos alunos sobre modelos de ensino em matemática e ciências. Pesquisa subsidia intervenção pedagógica que objetiva mudar a expectativa dos alunos em relação à aprendizagem A finalidade da educação científica é promover o contato do aluno com a ciência
Experiência de sala de aula
35 MENDES, Cláudio Lúcio Reforma curricular de um curso superior: relações de poder e busca de legitimidade.
12 – Currículo
UFMG Bacharelado/ licenciatura
Histórico da reforma curricular do Curso de Educação Física. Relações poder- conhecimento
Bacharelado e licenciatura diferentes campos de atuação. No entanto, dificuldades ao definir diferenças na formação. Bacharelado campo de ensino não-formal. Licenciatura campo de ensino formal. Pesquisa estaria restrita ao bacharelado
Documentos e resoluções. Entrevista com professores e alunos
34 MAZZOTTI, Tarso Bonilha Filosofia da educação, uma outra filosofia?
17 – Filosofia da educação
UFRJ Licenciatura Disciplina Filosofia da educação
Ensino de Filosofia X ensino de Filosofia da educação Literatura
40 SILVA, Waldeck Carneiro da A universitarização da formação do professor das séries iniciais do ensino fundamental: análise sociológica da experiência desenvolvida na UERJ
14 – Sociologia da educação
UFF Licenciatura Formação do professor das séries inicias.
Convênio de formação continuada de professores de escolas municipais – graduação plena na Universidade X Curso de Pedagogia. Politização do campo escolar no Brasil. Educação à distância na formação do professor. Formação em nível superior permite visão mais crítica e ampla da política educacional, da escola e do papel social do professor. Representações do professor pesquisador são diferentes daquelas do professor não pesquisador. O professor que ensinava no CPM pouco pesquisava e publicava alem de ter menos prestígio acadêmico e poder. No entanto, aproximava a Universidade da escola, pois o eixo principal do curso era ação-reflexão-ação, isto é ação refletida.
Entrevistas com professores da universidade. Relato de experiência. Documentos.
42 SOUTHWELL, Myriam La fundación del campo pedagógico en la Universidad Nacional de La Plata. Pedagogía, Ciencias de la Educación y positivismo (1906-1920)
2 – História da Educação
UNLP/ UBA Argentina
Graduação História da Instituição e da formação de professores. Ciências da Educação. .
Instrumentalização do saber pedagógico. Concepções e discursos pedagógicos Transformação do discurso (conteúdo) científico em conteúdo pedagógico. UNLP historicamente assume modelo de universidade humboltiana que prioriza a investigação do conhecimento e a formação do individuo em e para o desenvolvimento científico. Ênfase na pedagogia experimental e na biologia social com objetivos de conhecer o aluno, predição e controle social.
Documentos e literatura
43 SOUZA, Marilene Proença Rebello de
Repensando a formação de psicólogos a partir da queixa escolar
20 – Psicologia da educação
Bacharelado Formação de psicólogos
Disciplinas do Curso de Psicologia (Filosofia Escolar, Psicologia Clinica) e dos estágios de Escolar e Clinica. Ensino na clínica escola. Relação teoria- prática. Concepções e ações frente à queixa escolar implementadas no atendimento por alunos em formação clínica. Atendimentos realizados por alunos em estágio. Pesquisa subsidia prática à aponta equívocos nas avaliações.
Entrevistas com professores . Prontuários de atendimento. Programa geral dos cursos e das disciplinas. Anotações de encontros de supervisão.
TRABALHOS APRESENTADOS EM 1999 – 21ª REUNIÃO AUTOR - TÍTULO DO TRABALHO – GT - INSTITUIÇÃO - INSTÂNCIA - TEMA (dentro do qual menciona ensino e pesquisa) – ENSINO – PESQUISA - FONTES
AUTOR TÍTULO DO TRABALHO
GT
INST
ITU
IÇÃ
O INSTÂNCIA TEMA (dentro do qua l
menciona ensino e pesquisa)
ENSINO PESQUISA
FONTES
48 DURAN, Marília Claret Geraes; NASCIMENTO, Dalva Rachel Coelho do
Formação do educador – uma discussão dos saberes que integram o processo
8 – Formação do professor
UMESP Licenciatura Formação do professor. Curso de pedagogia. Reflexão na formação inicial.
Ensino visa desenvolver capacidade de articular conhecimento científico (teoria) e saberes do senso comum. Alunos analisam situação da realidade e refletem sobre a análise. Professor investiga saberes e conhecimentos dos alunos. Essa pesquisa subsidia o ensino e a reflexão sobre o ensino.
Alunos de último período de cursos de Pedagogia
57 PERLO, Rosana Carina La influencia de los mandatos institucionales en la construcción y resignificación de la identidad docente
8 – Formação do professor
UNLP - Argentina
Instituição Formação de professores. Instituições de formação. Mandatos institucionais.
Saberes na construção da identidade docente. Historicamente o conceito de “mãe educadora” foi aplicado à professora. Implicava contato íntimo e prolongado com o aluno. Ensino reprodutor, ênfase na vigilância moral e socializadora.
Documentos, relatos de docentes, entrevistas com professores administradores e alunos de três instituições
59 SILVA, Waldeck Carneiro da
A criação dos Institutos Superiores de Educação no Brasil: alternativa superior para a formação de professores?
8 – Formação do professor
UFF Licenciatura Formação de professores. Universidades e Institutos Superiores de educação. Pesquisa na formação do professor
Defende a Universidade como lugar ideal para a formação de profissionais com características – atitudes - de pesquisador. Pesquisa é considerada componente curricular e princípio formativo nuclear. Questiona a formação do professor que dá aula em ISE que não teve formação como pesquisador e, portanto, não pode orientar.
Documentos
49 FREITAS, Denise; VILLANI, Alberto
Análise e interpretação de uma experiência de formação inicial de professores.
8 – Formação do professor
Licenciatura Formação inicial do professor. Área biologia e ciências. Disciplina Prática pedagógica/ estágio supervisionado.
Processo ensino-aprendizagem. Ensino com pesquisa. Alunos realizam reflexão sistematizada e investigação no estágio aliado ao incentivo à participação em congressos
Anotações da professora responsável pelo estágio. Registro em vídeo das aulas dos alunos. Discussões em grupo e questionários com os alunos. Planejamentos e diários de estágio
50 GERALDI, Corinta Maria Grisolia
A escola e a outra: estudo das leituras da escola
8 – Formação do professor
UNICAMP
Licenciatura Formação do professor – curso de Pedagogia. Disciplina Prática pedagógica-estágio.
Ensino com pesquisa. Alunos realizam pesquisa exploratória sobre a própria prática e relatório analítico-descritivo Professora da disciplina investiga representações dos alunos como subsídio para reflexão sobre a formação do professor Representações sociais sobre a escola
Relatórios de estágio das alunas de 4º ano de Pedagogia
53 LIMA Filho, Domingos Leite
Universidade tecnológica e cursos superiores de tecnologia: a racionalidade financeira da reforma educativa
9 – Trabalho e educação
CEFET-PR
Instituição Cursos superiores de tecnologia X universidade tecnológica. Ensino técnico-profissional
Diversificação do ensino médio, pós-médio e superior. Flexibilização de currículos conforme demandas empresariais. Questiona-se o ensino tradicional em favor de ensino mais prático e intensivo. Pesquisa restrita à graduação enquanto que ao tecnólogo são reservadas tarefas de execução. Pesquisa e produção de conhecimento limitadas aos interesses do capital: verificável, mensurável e aplicável.
Documentos
47 CORRÊA, Carlos Humberto Alves
Entre práticas e representações: uma incursão em alguns aspectos da leitura na universidade
10 – Alfabetização, leitura e escrita
Licenciatura Leitura na universidade. Curso de Pedagogia.
Aluno leitor. Representações e práticas de leitura. Trabalho docente é prática que organiza um mundo de leitura para ser oferecido a uma determinada comunidade de leitores. Professores; escolhem autores, textos e seqüências. Alunos; recepção e apropriação do proposto e também produção de leitura.
Alunos ingressantes no curso e professores
58 SGUISSARDI, Valdemar SILVA Jr., João dos Reis
A educação superior privada: novos traços de identidade.
11 – Política da educação superior
Instituição Educação superior. Universidade privada. Expansão do ensino.
Ensino não atrelado à pesquisa e à extensão torna-se reprodutivo e acrítico. Analisam duas perspectivas: a que considera capacitação docente e pesquisa desnecessária para o ensino privado. E a que considera que as formas de produção do ensino, da pesquisa e da extensão são fundamentais para a identidade institucional de universidade.
Documentos. Depoimentos e entrevistas de dirigentes do ensino privado
52 KIPNIS, Bernardo A pesquisa institucional e a educação superior brasileira: um estudo de caso longitudinal de evasão.
11 – Política da educação superior
UnB Instituição Evasão no ensino superior. Pesquisa institucional
“Fracasso escolar” no ensino superior. Dados preliminares sobre diplomação, retenção, evasão nas IFES Pesquisa institucional visa compreender o que ocorre dentro de uma instituição de ES
Documentos, relatórios, questionários para amostra de alunos
54 MARÇAL, Juliane Corrêa
Avaliação do ensino e organização do trabalho docente
11 – Política da educação superior
UFMG Graduação Avaliação do decente do ES. Curso de pedagogia. Medidas educacionais. Estágio probatório.
Avaliação do ensino e de disciplinas ainda não são recursos institucionais para repensar a prática de ensino e a formação em serviço dos decentes das IES. Professores envolvem-se com pesquisas dos alunos mas não articulam o ensino com suas pesquisas individuais. Relatam dificuldades para desenvolver projetos de pesquisa
Relatório de estágio probatório de professores iniciantes, pareceres sobre esses relatórios. Documentos.
55 MONACO, Fabíola Maria
A prática de ensino e estágio supervisionado: o confronto entre a ex-aluna e a futura professora.
13 – educação fundamental
Licenciatura
Pedagogia Disciplina prática de ensino e estágio supervisionado
Ensino com pesquisa. Aluna desenvolve projeto de pesquisa na disciplina. Elabora relatório de observação.
Entrevistas com alunos, funcionários, professores, estagiários e comunidade de escola. Relato de experiência de aluna.
56 MOREIRA, Plínio Cavalcanti; SOARES, Eliana Farias; FERREIRA, Maria Cristina Costa
Algumas concepções de licenciados em matemática sobre o sistema de números reais
19 – educação matemática
UFMG UFSC
Licenciatura Formação de professores de matemática.
Números reais. Concepções e saberes de licenciados e professores de escola básica. Conhecer concepções e saberes dos alunos sobre números reais Pesquisa subsidia ação didático-pedagógica eficaz que leve à aprendizagem
Questionário para alunos de licenciatura em matemática
51 KESSLER, Maria Cristina; FISCHER, Maria Cecília Bueno
Desenvolvendo habilidades cognitivas através da matemática
19 – Educação matemática
Bacharelado e licenciatura
Ciclo básico do curso de Matemática.
Ensino de matemática fundamental. Habilidades cognitivas dos alunos. Ensino enfatiza habilidades cognitivas dos alunos relacionadas à organização e uso do conhecimento Pesquisa subsidia ensino pelo conhecimento do aluno. Concepções e habilidades do aluno complementam o conteúdo trabalhado em sala de aula (além de bibliografia e exercícios). Ambiente de sala é propício à descoberta. Professora considera-se professora pesquisadora.
Testes, entrevistas e seleção de alunos com dificuldades de matemática
46 BELLONI, Isaura A GED e a política de educação superior
11 – Política de educação Superior
UnB Instituição Avaliação institucional Avaliação docente GED
Atividade acadêmica, avaliação e gratificação docente. Análise documental
TRABALHOS APRESENTADOS EM 2000 – 23ª REUNIÃO AUTOR - TÍTULO DO TRABALHO – GT - INSTITUIÇÃO - INSTÂNCIA - TEMA (dentro do qual menciona ensino e pesquisa) – ENSINO – PESQUISA - FONTES
AUTOR TÍTULO DO TRABALHO
GT
INST
ITU
IÇÃ
O INSTÂNCIA TEMA (dentro do
qual menciona ensino e pesquisa)
ENSINO PESQUISA
SUJEITOS – FONTES DE
DADOS
63 CUNHA, Maria Isabel da
Aprendizagens significativas na formação inicial de professores. Um estudo no espaço dos cursos de licenciatura
4 - Didática UFPel / UNISINOS
Licenciatura Formação de professores. Experiências de ensino-aprendizagem inovadoras.
Memória de práticas acadêmicas e escolares dos alunos. Prática didática dos professores parte do conhecimento do aluno. Trabalho docente promove experiências significativas de ensino-aprendizagem. Pesquisa subsidia o ensino. Parte da idéia de que lembranças e experiências na formação escolar dos alunos influencia escolhas e concepções.
Entrevistas com professores. Depoimentos de estudantes de licenciatura.
62 CATANI, Afrânio Mendes; OLIVEIRA, João Ferreira de; DOURADO, Luiz Fernandes
Mudanças no mundo do trabalho e reforma curricular dos cursos de graduação no Brasil
5 – Estado, Política e educação
USP/ UFG Graduação Graduação. Currículo. Formação profissional. Políticas de educação.
Política do currículo para cursos de graduação em articulação com as alterações no mercado de trabalho: flexibilização curricular. Ensino voltado para formação de profissionais polivalentes, dinâmicos e adaptáveis às demandas do mercado e aptos a aprender a aprender. Ensino-aprendizagem de habilidades cognitivas e de competências sociais. Articulação graduação, pós-graduação e campo de atuação profissional em atividades de estágio e centradas na criatividade. Duas interpretações distintas para a flexibilização dos currículos: para a primeira, é aligeiramento da formação; para a segunda, é adaptação às necessidades dos alunos e dos alunos trabalhadores, evita evasão e viabiliza a vida dos alunos.
Documentos e lit.
71 PAIVA, Jane; MACIEL, Ira Maria
Redes cooperativas virtuais e formação continuada de professores: estudos para a graduação
16 – Educação e comunicação
UERJ Licenciatura Graduação à distância. Formação continuada de professores.
Interiorização do ensino universitário. Redes cooperativas virtuais. Ambientes de aprendizagem presencial e não presencial. Espaço do hipertexto como alternativa de ruptura do discurso pedagógico circular Pesquisa e produção de conhecimento em rede. A produção de conhecimento em rede determina uma sistemática atitude de investigação da realidade, incorporando a prática e sua análise crítica permanente, o que significa assumir a pesquisa como componente organizador de qualquer proposta curricular
Literatura área educacional
79 TOMAZETTI, Elisete Filosofia da educação e formação de professores em algumas universidades brasileiras entre os anos 40 e os anos 60
17 – Filosofia da educação
UFSM Licenciatura Formação de professores. Disciplina História da constituição da disciplina Filosofia da educação.
Anos 30, a essência da formação de professores discurso filosófico/ pedagógico: fundamentação moral; natureza do homem. A Filosofia da educação define fins e valores da educação. O discurso pedagógico é inicialmente filosófico (quando nem havia discurso pedagógico), passa pelo discurso sociológico e, mais tarde, quando quer ser científico, é psicológico .
Documentos
69 MARTÍNEZ, Silvia Alicia
Ensaio de construção de uma universidade crítica: a “Oficina total” de Arquitetura de Córdoba. (Argentina, 1970-1976)
2 – História da educação
UNEF (Argentina)
Graduação Curso de Arquitetura. História década 60-70. Memória, narrativa oral. Inovações teórico-práticas no ensino.
Ensino clássico de arquitetura era organizado em oficinas e disciplinas práticas dirigidas verticalmente por um arquiteto (catedrático) e tinha como preocupação o status profissional da Arquitetura. A inovação das oficinas totais da década de 60-70 estava na preocupação com o ensino: proposta interdisciplinar integrava docentes e alunos, gestão democrático-participativa centrada na aprendizagem e co-gestão construtiva de conhecimento. O ensino partia da investigação, reflexão e análise da sociedade e suas necessidades.
Entrevistas e relatos de professores envolvidos
66 GIESTA, Nágila Caporlíngua
Professores de licenciaturas: concepções sobre aprender
8 – Formação do professor
FURG Licenciatura Licenciaturas. Pensamento e ações de professores universitários
Concepções sobre aluno que aprende e sobre qualidade de ensino, conhecimentos e ações de professores de licenciatura. Investigação objetiva o aperfeiçoamento dos cursos de licenciatura
Questionário para administradores, membros de comissões e professores de licenciatura
68 LAUDARES,João Bosco; LACHINI, Jaras
Uso do computador no ensino de matemática na graduação
19 – educação matemática
PUC -Minas Graduação Curso de Engenharia. Ensino de matemática – cálculo.
Metodologia do ensino. Inovação. Informática educativa. Laboratório de cálculo diferencial e integral – Labcal - alternativa para a aula tradicional. Proposta de uso do computador como instrumento metodológico de ensino e investigação. Mesmo com essa metodologia os problemas de ensino-aprendizagem de aula normal permanecem. Professor age como orientador de múltiplas atividades e de pesquisa em redes cooperativas de investigação.
Entrevistas com professores e alunos e observação em sala de aula
61 CASTANHO, Sérgio E. M.
Educação superior no século XXI: discussão de uma proposta
11 – Política da educação superior
UNICAMP Instituição Modelos de universidade contemporâneos. Proposta UNESCO - Universidade XXI
Três modelos. 1) Democrático-racional-participativo: ensino como crítica do conhecimento existente aliado à produção de conhecimento. Pesquisa da realidade para subsídio do conhecimento e solução de problemas sociais (saber pela pesquisa; formação pelo ensino e serviço pela extensão). Regido pela lógica da nação. Aluno busca servir à sociedade. Período pós-guerra – Welfare state. 2) Neoliberal-globalista-plurimodal: emergente no Brasil mas, já constituído em outros países. Em sintonia com as mudanças produtivas é regido pela lógica do mercado. Quem busca a universidade busca antes ter sucesso nela do que servi- la. Pesquisa busca informação na rede informatizada. Diversidade de instituições (universidade do hambúrguer – Mc donalds). 3) Universidade crítica-cultural-popular: ensino e pesquisa voltados para a transformação social. Universidade XXI: diversas modalidades de ensino todas aliadas à pesquisa considerada essencial para todos os sistemas de ensino e todas as disciplinas. Respeito às diferenças. Ênfase no aluno como centro do processo de ensino-aprendizagem, na tecnologia educacional (redes de ensino e pesquisa) e na internacionalização do saber.
Documentos , lit. educ.
77 SILVA, Maria das Graças Martins
Universidade e sociedade: cenário da extensão universitária?
11 – Política da educação superior
UFMT Instituição Extensão universitária. Relação ensino, pesquisa e extensão
Contrapõe uma visão de ensino e pesquisa comprometidos com a realidade social de maneira tal que a extensão efetiva-se de maneira indissociável no exercício dessas funções às visões que consideram a extensão como função autônoma efetivada em tempos e espaços diferentes daqueles do ensino e da pesquisa, embora possa estar a eles relacionada. Na primeira visão, a extensão compõe o currículo. Implica em ensino e pesquisa contextualizados e não fragmentados da realidade. As outras visões, bastante presentes na universidade, resultam em modelos assistencialistas (muitas vezes considerados pela comunidade receptora como pouco efetivos) e ensino e pesquisa também experimentados como desligados da realidade social.
Entrevistas e questionários com professores com projetos de extensão; dirigentes de ensino, pesquisa e extensão; representantes da comunidade (local da extensão)
60 ANDRADE, Luiz Antônio Botelho; LONGO, Waldimir Pirró; PASSOS, Eduardo
Autonomia: um modelo explicativo da antologia da universidade
11 – Política da educação superior
UFF Instituição Autonomia universitária. Definições de universidade. Universidade como sistema
As funções de ensino, pesquisa e extensão isoladas podem ser praticadas em outras instituições. Em conjunto, geram uma potencialização de competências e eficiência social que são a essência e a razão da existência da universidade. A rede de conversações acadêmico-científicas que acontecem na universidade tem como objetivo a formação da juventude e do pensamento crítico.
Lit. científ. E da área educacional
80 VELÁZQUEZ, Gabriela Elizabeth; ZAMORA, Maria de los Ángeles; GARCIA, Silvia Emilce
El componente da la investigación en los Institutos de formación docente. ¿Formar docentes investigadores o investigar con los docentes?
8 – Formação do professor
UNLP/ ENSFD Argentina
Instituição Formação de professores. Pesquisa na formação do professor.
Objetivo das propostas oficiais de pesquisa no ensino é a melhoria da qualidade da formação do professor. Discute a necessidade de gerar condições institucionais e modelos de funcionamento adequados às novas funções e efetivação da proposta. Pesquisa na formação docente não é formar pesquisadores e sim desenvolver atitude analítica e investigadora da própria realidade profissional, institucional e social. A pesquisa provoca ruptura epistemológica no pensamento docente e desnaturalização das práticas curriculares via articulação teoria e prática. Sugere formação de comunidades investigativas em colaboração com a universidade (professores, alunos e professores do ensino escolar)
Documentos e literatura educacional
75 ROSENBERG, Dulcineia Sarmento
O processo de formação continuada de professores universitários: do instituído ao instituinte.
8 – Formação do professor
UFES Instituição Formação continuada de professores do ensino superior. Professores universitários.
Professor universitário apropria-se do conhecimento objeto das funções de ensino, pesquisa e extensão. Esse trabalho é desenvolvido, geralmente, de maneira isolada. A reflexão sobre a prÓpria prática, sobre a prática docente e na ação docente – ação reflexiva – é difícil em função desse isolamento.
Documentos, bibliografia e questionários para professores
67 GUERRA, Miriam Darlete Seade
Reflexões sobre um processo vivido em estágio supervisionado: dos limites às possibilidades
8 – Formação do professor
UFMS Licenciatura Formação do professor. Curso de Pedagogia. Disciplina de Estágio supervisionado. Cooperação universidade – escola fundamental
Professora da disciplina reflete sobre a sua prática de ensino e sobre o papel da pesquisa na formação das alunas. Questiona o papel e contribuição do estagiário para a escola receptora. Estágio é concebido como unidade indissociável entre ensino e pesquisa. Proposta assume formato de ensino - aprendizagem reflexiva
Depoimentos de alunos, professoras e administradores das escolas receptoras e dos professores do curso de Pedagogia. Literatura Educacional
64 FÁVERO, Maria de Lourdes Albuquerque
Da cátedra universitária ao departamento: subsídios para discussão
11 – Política da educação superior
UFRJ Instituição Estrutura didática e administrativa das instituições de ensino superior. Ensino, pesquisa e extensão
Cátedras à centralização e poder no catedrático. Mudança para departamentos muda a estrutura de poder mas não necessariamente possibilita a integração das funções de ensino, pesquisa e extensão Pesquisa tem sido trabalho mais individual
Literatura e documentos
65 FONSECA, Maria da Conceição F. Reis; PEREIRA, Julio E. Diniz; JANNES, Cinthia Elim; SILVA, Laura Portugal da
O significado de um projeto de extensão universitária na formação inicial de educadores de jovens e adultos
18 – Educação de pessoas jovens e adultas
UFMG UNICAMP
Licenciatura Formação de professores, Cursos de licenciatura
Prática pedagógica/ extensão. Avalia repercussão na formação dos alunos, de participação em projetos de extensão em educação de jovens e adultos. Reflexão de ex-alunos leva professores a refletir sobre a prática pedagógica que sai da aula expositiva, amplia a perspectiva didático- pedagógica e de relação na prática pedagógica para um trabalho menos fragmentado e interdisciplinar . Pesquisa com ex-alunos além de suscitar reflexão dos professores sobre a prática pedagógica é esforço de articulação ensino, pesquisa e extensão.
Ex-alunos de licenciatura que atuam como professores de educação de jovens e adultos
70 MARTINS, Maria Inês
Impactos do exame nacional de cursos e da qualificação do corpo docente sobre o curso de odontologia da PUC Minas
11 – Política da educação superior
UCMG PUC Minas Unicamp
Bacharelado Políticas públicas Avaliação de cursos Curso de odontologia
Analisa impacto da avaliação do curso na estrutura curricular e didático-pedagógica do curso e no direcionamento. Antes: ensino voltado para a saúde pública – comunitária. Enfoque menos cientificista, generalista (em contraposição à Federal que era voltado para especialização), massa crítica, atuação comunitária, população + carente. Articulação interdisciplinar, inicia pela prática (diagnóstico do quadro epidemiológico da população local) , prática antecedia o aprofundamento teórico à disciplinas eram montadas a partir das tarefas à programas de inovação no ensino. Prestação de serviço à comunidade à instrumento de ensino, objeto de estudo e elaboração de modelos para a prática. Década de 80 à neoliberalismo, prática deixa de ser atrelada às políticas de saúde pública e passa a ser privatizada (planos). Curso: competitividade frente à comunidade internacional à parâmetros científicos e tecnológicos à terceira revolução industrial : venda de serviços. Da avaliação do curso depende a reestruturação da comunidade acadêmica e do aparato governamental: a partir daí que recebe mais ou menos verbas. Avaliação impõe padrão e não considera contexto histórico do curso, evolução do projeto pedagógico (exame padroniza os cursos), nem contribuição efetiva na formação social e profissional do aluno e não só a quantificação.
Documentos; lit. da área
73 PALOMO, Charlie Educación superior en la América Latina: la vereda de la esperanza
11 – Política da educação superior
Instituição Mercado educativo para o ensino superior Globalização
Analisa impacto da globalização: no ensino superior no mundo à expansão quantitativa à diversificação de estruturas, de programas e de formas de estudo à restrições financeiras. Contradição do mercado: valoriza o conhecimento e ao mesmo tempo investe menos nele. Comunidade universitária na América Latina, força considerável na sociedade à consciência crítica da sociedade à missão: formar homens e mulheres e não só profissionais. Pobreza à aportes para solução, análise a médio e longo prazo.
Literatura
74 QUEIROZ, Delcele Mascarenhas
Mulheres no Ensino Superior no Brasil
3 – movimentos sociais e educação
UNEB UFBa
Graduação Cursos de graduação Caracterização dos alunos
Caracterização dos alunos quanto a gênero, raça, tipos de carreira, cursos, estratificação sexual. Homens: carreiras masculinas medicina e direito, técnicas e de produção à mais valorizadas e com mais prestígio. Mulheres carreiras menos valorizadas, não mando, magistério, maternagem, cuidado (enfermagem, nutrição, psicologia) e lazer. Desempenho menor no vestibular. Mulheres negras e brancas à guetização em alguns cursos ditos femininos.
Alunos e documentos
72 PALHARINI, Francisco de Assis
O PAIUB em universidades federais da região sul e sudeste: tormento ou paixão
11 – Política da educação superior
UFF Graduação Avaliação institucional IFES PAIUB
Investiga repercussão do PAIUB nos projetos pedagógicos das instituições e nos cursos e no planejamento institucional, com ênfase no ens ino de graduação. Pressuposto: identificação e resolução de problemas na área de ensino da graduação gera impacto imediato nas instituições e conseqüentemente na sociedade. Centra em projeto pedagógico, plano de metas e revisão curricular. Ifes não têm projetos pedagógicos???
Entrevistas com coordenadores locais das avaliação, documentos
76 SEGENREICH, Stella Cecília Duarte
O significado da atual avaliação externa do MEC para as universidades brasileiras
11 – Política da educação superior
USU UFRJ
Graduação Avaliação Universidade à representante do sistema do ensino superior MEC – SESU à representante das políticas governamentais. à Experiência de avaliação dec. 80-90: nas universidades chega à proposta do PAIUB = Proposta Nacional de avaliação das unive rsidades brasileiras. à pós 98 (LDB) = Sistema de avaliação do ensino de graduação. Avaliação do ensino de graduação à quem? SeSu / MEC. 3 procedimentos para . Exame nacional de cursos . avaliação das condições de oferta de cursos de graduação . avaliação dos cursos de graduação pelas comissões de Ensino da SeSu. Repercussão em instituições diferentes: USP à divulgação inadequada de dados sobre professores improdutivos gerou resistência PUCCAMP à avaliação via pesquisa ação: reformulação dos cursos, formação professores UNESP à elaboração de programa de qualidade na graduação e desenvolvimento de projeto pedagógico para os cursos àavcaliação e intervenção
Bibliografia e documentos
78 SOUZA, Orlando nobre Bezerra de
Os modelos institucionais de Universidade no Brasil: marcos de tensão
11 - Política da educação superior
Instituição Modelos organizacionais
3 modelos: (ou 4?) 1) Tecnoburocrático (50-60). Processo desenvolvimentista. Educação, ajuste às nec. de industrialização. ES explosão de vagas, ensino gratuito. 39 Universidades criadas ≈ 70% públicas. Ensino; cátedra vitalícia dificulta democratização e participação e limita projeto de modernização. Modelo à laços estreitos com formação social brasileira e aparato legal. Modelo mais forte na ditadura, justificado pela lei de segurança nacional = racionalidade técnica e heterônoma à corolário regime de créditos – separar para controlar, representa também a fragmentação do princípio de indissociabilidade entre EPE. Regime militar: eixos do currículo atrelados à segurança nacional, desenvolvimento econômico e integração nacional (diretrizes). Pensamento conservador treina e adestra mão de obra e fornece força de trabalho. 2) Modelo gerencial - contratualista dec. 70? 90. Aumenta qualidade e eficiência dos serviços públicos – modelo empresarial. Reforma do Estado – organismos multilaterais – orientações; diferenciação das instituições, inclusive privadas. Diferenciação nas fontes de financiamento das IFES, indefinição da função do governo no ensino superior. Adoção de políticas que priorizam qualidade e igualdade. Arcabouço jurídico-institucional Constituição 88, LDBEN 96 e PNE 99. eficácia e sucesso – competição entre pares. 3)Modelo democrático participativo. A universidade instituinte: PNE / sociedade à fórum nacional em defesa da escola pública: caracterização da Educação Superior à oferta majoritária em universidades públicas da união ; organizando-se com o princípio de indis. entre EPE; de acordo com mecanismos democráticos; formação de quadros na graduação e pós-graduação para atividade cultural, científica, artística e tecnológica, originada e fundada no trabalho social , na reflexão crítica. à articular-se com a sociedade para construção da justiça e da pluralidade democrática. Universidade mobilizadas para auto-avaliar-se.
Documentos e bib.
TRABALHOS APRESENTADOS EM 2001 – 24ª REUNIÃO AUTOR - TÍTULO DO TRABALHO – GT - INSTITUIÇÃO - INSTÂNCIA - TEMA (dentro do qual menciona ensino e pesquisa) – ENSINO – PESQUISA - FONTES
AUTOR TÍTULO DO TRABALHO
GT
INST
ITU
IÇÃ
O INSTÂNCIA TEMA (dentro do qual
menciona ensino e pesquisa)
ENSINO PESQUISA
FONTES
85 BITTENCOURT, Neide Arrias
Avaliação formativa de aprendizagem no ensino superior: um processo construído e vivenciado
4 - Didática UEM Bacharelado Formação continuada do professor de ensino superior
Avaliação formativa da aprendizagem no terceiro grau. Aprender e ensinar em sala de aula é foco da formação continuada do professor. Disciplina de zootecnia. Professor doutor porem sem formação pedagógica – reflete sobre sua prática e aprende metodologia da avaliação formativa com a intervenção da pesquisadora. Pesquisa subsidia ensino - aprendizagem de prática pedagógica e de avaliação pelo professor
Reflexão do professor e da pesquisadora e observação em sala de aula
90 FROTA, Maria Clara Rezende
Estratégias metacognitivas de aprendizagem matemática
19 – Educação matemática
PUC - Minas
Bacharelado Curso de Engenharia. Disciplina de cálculo diferencial.
Desenvolvimento cognitivo e meta-cognitivo. Estratégias e ensino-aprendizagem de matemática. Concepções dos alunos sobre o que é aprender matemática. Estratégias de aprendizagem e métodos de estudo Pesquisa sobre os alunos subsidia planejamento do ensino
Entrevistas com alunos e estudo de um caso
92 HARDT, Lúcia Scheneider
A docência e a vontade de verdade
8 – Formação do professor
IELUSC Graduação Docência no ensino superior. Discursos pedagógicos. Currículo. Pedagogia universitária
Cursos de Enfermagem, Comunicação social e turismo. Docência – contexto operacional. Conteúdos programáticos das discip linas. Discursos pedagógicos, interesses, defesas de saberes e poderes por trás das escolhas curriculares e programas de disciplinas.
Literatura acadêmica
96 MELO, Márcia Maria de Oliveira
A influência da dispersão da pedagogia no currículo dos cursos de licenciatura e a construção do saber docente
8 – Formação do professor
UFPE Licenciatura Formação de professores
. Curso de pedagogia e licenciaturas. Disciplinas pedagógicas. Discurso pedagógico. Disciplinas pedagógicas. Articulação teoria-prática e ensino e pesquisa Pesquisa visa conhecer concepções e discursos dos alunos sobre articulação teoria e prática e ensino e pesquisa. Apreciação das disciplinas pelos estudantes.
Discursos e depoimentos dos estudantes
93 LUIS, Suzana Barrios; SANTIAGO, Maria Eliete
Formação docente e avaliação: um olhar sobre a prática profissional de professores e suas experiências formativas
8 – Formação do professor
UnB UFPE
Licenciatura Formação inicial e continuada de professores. Práticas avaliativas. Prática reflexiva
Disciplina avaliação da aprendizagem – papel da disciplina na prática dos alunos em formação. Prática avaliativa. Pesquisa sobre a disciplina – aprendizagem e aplicação. Prática reflexiva: requer do professor a investigação contínua de seu fazer pedagógico
Documentos: planos de ensino da disciplina; planos da prática dos alunos. Observação do ensino em sala de aula na universidade e observação da prática dos alunos
101 RIVERO, Andréa Simões
Da educação pré-escolar à educação infantil: um estudo das concepções presentes na formação dos professores no curso de pedagogia
7 – Educação infantil
UFSC Licenciatura Formação de professores de educação infantil. Curso de pedagogia
A necessidade de formar profissionais qualificados decorre da precariedade do sistema e do aumento da demanda Pesquisa visa conhecer as disciplinas, o curso, as concepções presentes sobre educação infantil
Alunos e professores do curso de pedagogia – habilitação educação infantil. Documentos do curso: currículo, ementas, planos de ensino e programas
82 ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos
Profissionalização continuada do docente da educação superior: um estudo de caso
4 - Didática UNERJ Instituição Docentes ensino superior. Formação – profissionalização continuada.
Projeto político pedagógico da instituição. Programa de formação pedagógica (didática) de professores com formação profissional. Reflexão sobre papel docente com memoriais histórias de vida e vivência de pesquisa Pesquisa-ação. Pesquisa coletiva dos professores envolvidos. Pesquisa integrada institucional
Professores e corpo administrativo dos cursos
105 SOUZA Jr., Arlindo José de
Educação matemática: o singular e o coletivo na produção de saberes docentes
19 – Educação matemática
UFU Graduação Disciplina Cálculo diferencial e integral.
Ensino com pesquisa – projetos. Produção coletiva de conhecimento – inteligência coletiva – por alunos e professores, utilizando o computador como ferramenta. Ensino com pesquisa (pesquisa-ação) visa melhorar o processo de ensinar e aprender cálculo. Produção e socialização do conhecimento
Grupo de alunos e professores da graduação e da pós-graduação da UNICAMP. Reuniões, entrevistas, relatórios artigos, projetos, material de ensino, documentos
110 ZASSO, Silvana Maria Bellé; DIAS, Cleuza Maria Sobral; PEREIRA, Fernanda da Silva
A formação da professora na vivência de um processo de alfabetização
18 – Educação de pessoas jovens e adultas
FURG Licenciatura Articulação ensino, pesquisa e extensão. Extensão com espaço de formação do professor.
Professores da licenciatura refletem sobre sua prática como formadores e sobre a formação de aluna que participa de projeto de extensão. Transformação do aluno-professor em pesquisador via processo de reflexão da prática-teoria-prática, reflexão e teorização.
Relatórios de aluna participante de projeto de extensão e dados de observação participante
81 ALCÂNTARA, Paulo Roberto
Pesquisa em aprendizagem colaborativa com tecnologias interativas (Projeto Pacto)
16 – Educação e comunicação
PUC-PR Graduação Tecnologias da comunicação. Metodologia do ensino.
Prática e pesquisa pedagógica com uso de computador. Aprendizagem colaborativa baseada em projetos com uso de multimídias. Ensino com pesquisa. ensino presencial e semi-presencial. Pesquisas pedagógicas com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem priorizando novos procedimentos metodológicos que levem à produção de conhecimento.
Professores e alunos da disciplina Sistemas estruturais do curso de Arquitetura e urbanismo e alunos com dependência e regulares da graduação
108 VERMELHO, Sônia Cristina; VARELLA, périclea Gomes; HESKETH, Camile Gonçalves; SILVA, Ana C. C. da
Aprendizagem colaborativa em ambientes virtuais de aprendizagem: a experiência inédita da PUC-PR
16 – Educação e comunicação
PUC-PR Graduação Projeto político pedagógico da PUC-PR. Mudança curricular.
Metodologias de ensino-aprendizagem. Ambientes virtuais. O eixo norteador das atividades educativas é o ensino com pesquisa. Aprendizagem colaborativa em ambientes virtuais (ampliação da noção de sala de aula) e estrutura de rede. Avaliação da proposta – problemas, limites para a aprendizagem via Internet. Adotar metodologia de ensino com pesquisa visa melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem.
Professores e alunos - depoimentos
99 OLIVEIRA, Lindamir Cardoso Vieira
Iniciação à pesquisa no ensino superior: o novo e o velho espírito científico nas atividades
11 – Política da educação superior
UMESP Graduação Pesquisa na graduação. Iniciação científica - histórico. Trabalhos de conclusão de curso
Avaliação mostra que a Iniciação científica repercute positivamente na aprendizagem e no desempenho do aluno bolsista de iniciação científica. Iniciação científica é proposta de iniciação à pesquisa restrita aos poucos alunos bolsistas. Outro acesso à pesquisa no ensino de graduação seria o trabalho de conclusão de curso. Sugere pesquisa perpassando todas as atividades acadêmicas com o objetivo de formar espírito científico em todos os alunos
Lit. e documentos
97 MORAES, Silvia Pereira G. de
Do debate no interior da área de prática de ensino às questões centrais do processo de formação de professores
8 – Formação do professor
UEM Licenciatura ENDIPE Curso de pedagogia. Disciplina prática de ensino.
Fundamentação teórica para a disciplina de prática de ensino em curso de formação de professores. Representações e concepções de professores sobre a disciplina Pesquisa da prática e prática reflexiva subsidiam o ensino na formação do professorà visão da década de 90. Pela metodologia da pesquisa o aluno pode refletir sobre a prática pedagógica e sobre os condicionantes do trabalho escolar. Investiga como a literatura produzida no Fórum (ENDIPE) aborda as questões relacionadas com a unidade da prática de ensino
Textos do ENDIPE e literatura pedagógica
88 FERNANDES, Cleoni Maria Barbosa
Sala de aula universitária: caso da Nutrição – teia da administração saúde pública
4 - Didática ULBRA Bacharelado Curso de Nutrição. Construção de conhecimento em sala de aula. Disciplina de Administração em saúde pública
Sala de aula espaço de produção, disseminação e reconstrução de conhecimento. Ensino com pesquisa. Alunos em curso de formação de profissionais valorizados pela prática social. Semiprofissões são cursos mais voltados para aliar ensino, pesquisa e extensão.
Estudo de caso com professora da disciplina de saúde Pública. Entrevistas, análise documental, lit.
83 AZEVEDO, Mário Luiz Neves
Estudantes e professores na Universidade Argentina em tempos menenistas (1989-1999): formas de ingresso, evasão, incentivo à pesquisa e dedicação exclusiva à docência
11 – Política da educação superior
UEM Graduação Ensino superior na Argentina
Mais de 80% público; + - 15%-20% taxa de conclusão;Autonomia institucional de ingresso aberto a todos os portadores de diploma de 2º grau, com variações institucionais. Univ. nacionais são gratuitas. Particulares têm exame de ingresso. Ciclo básico. Evasão à alto índice: dificuldades do trabalhador estudante; mobilidade interna; seleção no ciclo básico. ES na Argentina = 39% dos jovens; Brasil = 11%. 10% a 13% professores DE à condições necessárias para um ambiente de desenvolvimento de EPE, mesmo com bolsas de incentivo à pesquisa não aumentou muito essa % - restrições regulamentação não incentiva professor-pesquisador à limitação orçamentária; programas de incentivo à docência (DE) e à pesquisa (bolsas) não aumentaram DE, mas aumentam rendimento geralmente dos professores com currículo consolidado e excelência internacional, mas não os outros.
Documentos Lit.
95 MAZZONI; José Rafael
A reforma universitária e o ciclo básico
11 – Política da educação superior
USC Graduação Ciclo básico Definição, caracterização, implantação e avaliação do 1º ciclo ou ciclo básico (inovação produzida pela RU/ 68 que não deu certo. Outras : ass. EP, extinção das cátedras e os departamentos foram melhor sucedidas): concepção de estudos básicos ou ensino e pesquisa básicos contrapondo-se a ensino profissional e pesquisa aplicada. Divergências quanto ao significado e divergências quanto aos resultados e avaliação. Estudos sobre EB aparecem até +- 92 à pesquisas mostram fracasso, mas que ainda é necessário.
Documentos, literatura, dissertações, produção acadêmica, seminários e comunicações
98 OLIVEIRA, João Ferreira
A reestruturação da educação superior no Brasil e o processo de metamorfose das universidades federais: o caso da Universidade Federal de Goiás (UFG)
11 – Política da educação superior
UFG instituição Mudanças estruturais. Natureza e identidade institucional. Produção do trabalho acadêmico Diversificação e diferenciação das instituições
Mudança nas universidade federais brasileiras (natureza, identidade institucional, papel da universidade, gestão decorrentes das atuais políticas para esse nível e das tensões e desafios contemporâneos. Na UFG entre outras mudançasà aumento de cursos de graduação – diminuição de professores e funcionários – ensino voltado para formação profissional. à flexibilização curricular. Formação acadêmica ajustada à s exigências do mercado de trabalho para cada área profissional. à não facilita atuação dos professores qualificados (M E D) na consolidação dos cursos e na ampliação da pesquisa; mudanças na organização do espaço-tempo acadêmico- lógica de eficiência administrativa e produtividade ajustamento aos parâmetros de avaliação)
Bibliografia e documentos
100 PAGOTTI, Antonio Wilson; PAGOTTI, Sueli Assis
O ensino superior no Brasil entre o público e o privado
11 – Política da educação superior
UNIT Instituição Repercussão das políticas governamentais no ensino superior
Relação ensino- pesquisa no ensino público e privado e nos modelos alemão, americano e brasileiro. Simplificação do ensino de graduação à ênfase na profissionalização utilitária regida pelo mercado de trabalho.Modelo alemão: ensino e pesquisa são indissociáveis à conhecimento é busca da verdade. Modelo americano indissociabilidade – disseminação do conhecimento para progresso da sociedade. Brasil à indissociabilidade ensino e pesquisa na prática nunca vingou. Pesquisa como busca de novos conhecimentos quase que só nas públicas especialmente na pós-graduação e muitas vezes dissociado da graduação. Universidade autonomia para ensino e pesquisa mas não verbas para desenvolvimento científico. Atrelada à reforma do estado a universidade deixa de ser centro de formação, reflexão, criação e crítica para ser operacional, produtiva e flexível para atender mercados – avaliação é o instrumento.
Bibliografia
103 ROTHEN, José Carlos
Avaliação e política institucional: estudo dos indicadores “Qualificação docente” na avaliação das “condições de oferta de cursos”.
11 – Política da educação superior
IMI Graduação
Avaliação do ensino de graduação
Avaliação do ensino de graduação por curso: 1) Avaliação do ensino de graduação por curso à análise das condições de oferta e análise do rsultado deo Exame Nacional de Cursos e 2) avaliação de desempenho individual da instituição em todas as modalidades de ensino, pesquisa e extensão. Ambos, ao serem operacionalizados reduzem-se à avaliação dos cursos de graduação . Autor conclui que essa redução é estratégia deimplantação de um sistema de avaliação sem discutir o modelo “ideal” de universidade. Indicadores na avaliação das condições de oferta: qualificação docente; organização didático-pedagógica; instalações. Qualificação do corpo docente: exigência varia entre os cursos. Experiência docente no ES X experiência profissional, divergências entre os cursos. Outros indicadores também divergem entre os cursos, por exemplo, quantos docentes DE (30% - 40%) ou quanto a considerar tempo na produção científica (períodos de 2-5 anos)
Documentos
107 VELOSO, Tereza Christina M. A.; ALMEIDA, Edson Pacheco de
Evasão nos cursos de graduação da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Cuiabá – Um processo de exclusão
11 – Política da educação superior
UFMT Graduação Evasão e exclusão no ES
Evasão à responsabilidade do aluno; exclusão à responsabilidade da instituição. Evasão é diferente de exclusão. Exclusão inclui evasão (abandono dos estudos de ES) e mobilidade (migração para outro curso) Fatores relacionados: ao aluno: de natureza sócio-econômica e de mercado de trabalho. À instituição: faltam instrumentos de acompanhamento de desempenho, faltam projetos de acompanhamento psico-pedagógicos, falta de orientação acadêmica, estruturas física e do curso, docentes. Evasão fenômeno universal, fatores que interferem no processo educacional e na trajetória e que levam a abandonar o curso ou a instituição. Exclusão pela instituição à vence o prazo da integralização do curso; exclusão pelo aluno à outro vestibular (aluno tenta outro curso mais fácil ou tenta transferência e não dá. Pesquisas mais freqüentes a partir de 95. Portaria da SeSu/ MEC – Estudos sobre desempenho das IFES – índices de diplomação, retenção e evasão nos cursos de graduação = referencia nacional, quantitativo.
Coordenadores de curso (questionário); pró-reitoria acadêmica (entrevista); sistema de informação acadêmica – dados sobre alunos.
84 BERBEL, Neusi Aparecida Navas
A dimensão pedagógica da avaliação de aprendizagem em cursos de licenciatura
4 - Didática UEL Licenciatura Avaliação da aprendizagem, práticas avaliativas
Ensino superior público. Avaliação da aprendizagem. Dimensões da avaliação: pedagógica; instrumental; emocional; ética; ritual/ corporal. Focaliza no texto a dimensão pedagógica : significados e conseqüências para os alunos. Conseqüências para formação de professores do EF e do ES. Relação com objetivos e conteúdos, metodologia. A pesquisa é mencionada como um dos meios de aproximação entre o fazer propriamente dito e a teoria, meio de elaboração dos conteúdos – de dar significado ao trabalho disciplinar
Observação da realidade; relatos dos alunos
86 CASTANHO, Maria Eugênia de Lima e Montes
A qualidade do ensino superior numa sociedade em processo de mudança acelerada: docência e inovação através de história oral temática.
4 - Didática PUCCamp Instituição Graduação
Professores de ES Trabalho docente
Qualidade e desenvolvimento do ensino superior. Área Ciências exatas e tecnológicas. Trabalho docente, técnicas didáticas, inovação no ensino. Ensino com pesquisa. professores à trabalho docente, história pessoal. Pesquisa institucional para subsidiar desenvolvimento e melhoria do ensino. Resultado da pesquisa à entre os professores predomina o ensino tradicional, transmissão de conteúdo, memorização e reprodução de conhecimento. Lado anárquico do mercado vai forçar a trabalhar a concepção do conhecimento de forma diferente do que estamos fazendo. A pesquisa é saída para relação professor aluno com mais envolvimento --. Ensino com pesquisa também pois o professor cria e o aluno cria. Pesquisa espaço de mediação entre ensinar e aprender – espaço de auto-formação
Diretores e coordenadores de cursos, faculdades e institutos
94 MARTÍNEZ, Silvia Alícia
Lições do passado que ressignificam o presente. Ou pela reafirmação de uma didática do ensino superior.
4 - Didática UNEF Argentina
Graduação Didática do ensino superior Práticas pedagógicas
Sala de aula universitária. Experiências didático-pedagógicas na Argentina 68-76. Oficina total da UNC – Un. Nac. de Córdoba Sistema de áreas curriculares da UN de Mendoza Dinâmica de grupos da Um. Nac. de Rosário. Variedade de experiências didático- pedagógicas inovadoras. Pesquisa recupera memória pedagógica em três universidades. Propostas eram reação à tecnologia educacional. Em todas as três ressalta caráter coletivo da produção de conhecimento (professores e alunos); contribuição da abordagem interdisciplinar e participação dos estudantes como atores e colaboradores (monitores). Os professores envolveram-se com questões da pedagogia universitária, os problemas de ensino, e as provocações dos estudantes. Trabalha questões de pedagogia universitária e da docência na universidade desde a falta de formação inicial e continuada do professor, desvalorização do ensino como produção de conhecimento à ensino não é visto como produção de conhecimento. A produção, apropriação e circulação de conhecimento ficam restritas à pesquisa isolada como atividade na pós-graduação. Modelo pedagógico mais usado = tradicional
Depoimentos de 17 professores universitários; documentos
109 VILLANI, Alberto; FREITAS, Denise de
Estrutura disciplinar, estratégias didáticas e estilo docente: categorias para interpretar a sala de aula.
4 - Didática USP Licenciatura Prática de ensino e estágio supervisionado. Ensino de ciências
Análise do processo de ensino-aprendizagem. Categorias utilizadas para a análise: estrutura disciplinar, estratégias didáticas, estilo docente. Base para análise conexão entre psicologia e educação (Kupfer-Lacan). Analisa influencia direta ou indireta do professor no processo de aprendizagem. Discurso construtivista e do professor reflexivo onde a reflexão sobre a prática é meio para perspectiva construtivista. Pesquisa pode fazer parte do estágio junto com outras estratégias
Professores e alunos, observação
87 CEPPAS, Felipe Uma visão crítica sobre as relações entre a Filosofia da Educação e as Ciências da educação
17 – Filosofia da |educação
PUC Rio Licenciatura Formação de professores Relação filosofia da educação e pedagogia disciplinas
Papel didático e formativo da filosofia. Filosofia como atividade pedagógica – pensamento que se aproxima das verdades fundamentais da vida à paradoxo a escola e a universidade negam a oportunidade de se aproximar desse pensamento. Como? à escola e universidade lugares onde esse saber pode ser mais valorizado, preservado e transmitido; a negação se dá através da institucionalização do conhecimento que obedece a dinâmicas próprias de poder e de prestígio historicamente determinadas. Valorização, preservação e transmissão não são neutras à O modo correto de se apropriar é selecionado (pelo professor) e tb quem pode ter acesso. à aquisição de habilidades e competências.
Bibliografia
91 GHIGGI, Gumercindo
A autoridade a serviço da liberdade: diálogos com Paulo Freire e professores em formação
17 – Filosofia da educação
UFPel Licenciatura Formação de professores disciplinas
Filosofia da educação. Discute idéias de Paulo Freire sobre autoridade e liberdade e a utilização de memória e narrativas na formação do professor reflexivo.
Alunas/ professoras do curso de pedagogia. Memórias, autobiografias e narrativas
102 ROS, Silvia Zanatta Da; WILL, Daniela E. Monteiro; CERNY, roseli Zen; Bazzo, Vera Lucia
Fala Pedagogia: um estudo sobre o perfil acadêmico dos estudantes e suas opiniões sobre este curso da UFSC
8 – Formação do professor
UFSC Licenciatura Curso de pedagogia Caracterização dos estudantes
Trajetória social e acadêmica dos alunos como subsídio para compreender como o processo de ensino aprendizagem é produzido na instituição e qual é o papel dela nessa produção. Pesquisa e conhecimento dos alunos como subsídio para melhoria de qualidade do curso
138 estudantes, no ingresso e depois 88 quando na 5ª e na 6ª fase.
89 FONSECA, Selva Guimarães
A formação do professor de história no Brasil: novas diretrizes, velhos problemas
8 – Formação do professor
UFU Bacharelado/ licenciatura
Formação docente Curso de história
Práticas de ensino de história formação inicial de professores X formação do bacharel- historiador. Historiador à produção e disseminação do conhecimento histórico. Diretrizes de história não falam em formação de professores. Simplificação da formação do professor à modelos de formação de professores (3+10 desvalorização da prática frente a teoria
Literatura, documentos
106 TRISTÃO, Martha Os sentidos da educação ambiental nos contextos de formação de professores/as
8 – Formação do professor
UFES Bacharelado/ licenciatura
Formação docente Educação ambiental. Formação do profissional-especialista X do professor à crise de identidade – concepção dualista do profissional de educação que é rebaixada na dicotomia: bacharelado X licenciatura. Crise aparece já nos alunos de licenciatura) Pesquisa da realidade profissional subsidia reflexão sobre formação de professores e a concepção de ensino nos cursos de licenciatura
Membros das Secretarias Mun. de Ed. e do Meio Ambiente ; Dir. de escolas e professores egressos de licenciaturas
104 SOBREIRA, Henrique Garcia
Auto-reflexão e educação do educador: um estudo da disciplina avaliação
20 – Psicologia da educação
UERJ Licenciatura Curso de pedagogia Disciplina Avaliação
Conteúdo disciplinar- avaliação e reformulação. Processo emancipatório de educação do educador. Processos de formação à destinatários reelaboram conteúdo a partir de suas experiências de vida e de trabalho à processo de auto-reflexão. Discute a importância e a função das práticas avaliativas à luz da perspectiva Psicanalítica e Escola de Frankfurt
96 estudantes de três turmas do 6º período do curso noturno de pedagogia
TRABALHOS APRESENTADOS EM 2002 – 25ª REUNIÃO AUTOR - TÍTULO DO TRABALHO – GT - INSTITUIÇÃO - INSTÂNCIA - TEMA (dentro do qual menciona ensino e pesquisa) – ENSINO – PESQUISA - FONTES
AUTOR TÍTULO DO TRABALHO
GT
INST
ITU
IÇÃ
O INSTÂNCIA TEMA (dentro do qual
menciona ensino e pesquisa) ENSINO
PESQUISA SUJEITOS – FONTES DE DADOS
124 LAUDARES, João Bosco
Alguns equívocos docentes no uso da matemática em cursos de Engenharia
19 – Educação matemática
PUC - Minas Bacharelado Matemática na formação profissional. Curso de Engenharia.
Descreve duas possibilidades de uso da matemática no ensino: como instrumento e receituário (com ou sem computador) – forma mais tradicional que utiliza metodologia expositiva ou, como método de pesquisa (modelagem) que implica o uso do modelo matemático para descrever um fenômeno. Este último é atividade heurística que desenvolve raciocínio e reconstrói conhecimento.
Entrevistas com professores de disciplinas técnicas do curso de engenharia
128 MELO, Márcia Maria de Oliveira
A construção do saber docente: entre a formação e o trabalho
4 - Didática UFPE Licenciatura Formação de professores. Relação teoria – prática. Saberes docentes
Relação entre os discursos de alunos-professores sobre sua prática e as disciplinas pedagógicas da formação inicial. Formação vivida e efetivada na prática Pesquisa concepções dos alunos sobre ensinar e aprender e a forma de apropriação de formas de organização metodológica, os princípios e normas.
Entrevistas com alunos - professores que cursam licenciatura
117 COSTA, José Fernandez; BITTENCOURT, Jane; MEYER, Lucila Mareli; SILVA, Carla Regina da
Problemática do bacharelado e da licenciatura: o sentido da pesquisa e da formação para a docência.
8 – Formação do professor
UFSC Bacharelado e licenciatura.
Curso de história (perfil) – UFSC. Bacharelado X licenciatura. Currículo (prescrito e vivido). Reestruturação dos cursos
Bacharelado: formação do profissional fundamentada no exercício da pesquisa (domínio da natureza do conhecimento histórico e sua prátic a de produção e difusão). Licenciatura: conteúdos complementares, instrumentação mínima, atende demanda social por professores da área. Apresenta diversos níveis de desarticulação entre ensino/pesquisa e teoria/prática e disciplinas pedagógicas/ disciplinas específicas, comuns aos cursos de licenciatura (estrutura dos cursos, ordenação disciplinar, dinâmica do trabalho acadêmico – departamentos/ centros). Vivência e trajetória dos alunos nos dois cursos (com as histórias e expectativas pessoais): pesquisador não é visto como professor; poucas atividades de pesquisa, mesmo no bacharelado, onde ficam restritas a alunos bolsistas. A forma de abordar os conteúdos é acadêmica: o professor é pesquisador, não os alunos. Ensino aparece claramente dissociado da pesquisa. Pesquisa é sobre conteúdo específico e não sobre processos pedagógicos.
Documentos, materiais curriculares, entrevistas com alunos
126 MAGNANI, Ivetti Ensino, pesquisa e extensão e a nova tipologia do ensino superior.
11 – Política da Educação superior
UNIFAI Instituição Diversificação de instituições. Legislação educacional: ruptura do princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Predomina no modelo de ensino superior brasileiro história de estabelecimentos isolados que exercem apenas função de ensino. A Reforma universitária de 1968, que formalizava a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, ratificada na Constituição de 88, não se concretizou. Legislação posterior LDBN/96 rompe com a indissociabilidade. Isto cria novas condições de discriminação e exclusão social pela manutenção e acirramento da desigualdade e elitização das instituições.
Documentos legais, investigação bibliográfica
135 RODRIGUES, Marilúcia de Menezes; REIS, Simone Maria Ávila Silva
O ensino superior e a formação de recursos humanos em áreas da saúde: os desafios e tendências atuais de integração e de interdisciplinareidade
11 – Política da Educação superior
UFU/ UNIT Bacharelado Formação profissional e do professor de cursos de Medicina, Odontologia, Farmácia.
Ensino nos cursos de saúde está voltado para formação de alto padrão científico e tecnológico, mas não para atender às necessidades de saúde geral da população. Filosofia emergente com ênfase na Clínica geral atende essa demanda, porém requer mudanças curriculares, práticas integrativas e interdisciplinares, formação ética e humanística – desafio para os docentes dessas áreas. Padrão da prática docente é de aulas teóricas - expositivas e informativo-descritivas com pouca ênfase em atividades práticas, investigativas, que propiciem contato com a comunidade e permitam apropriação crítica, inteligente - e de produção – do conhecimento
Literatura acadêmica
125 LEITE, Márcia Costa Rodrigues
Onde está a tecnologia no curso de pedagogia?
16 – Educação e comunicação
UERJ Licenciatura Formação de professores. Curso de Pedagogia. Tecnologias educacionais.
Disciplina tecnologias educacionais. Ensino com pesquisa. Produção coletiva dos alunos e professores sobre meios de comunicação e formas de pensamento e construção de conhecimento: papel das imagens no conhecimento. Professores e alunos investigam uso cotidiano de tecnologia na universidade. Ensino pautado sobre reflexão sobre a prática. Professora reflete sobre seu ensino.
Relato de investigação feito pela professora
115 CARVALHO, Dione Lucchesi de; OLIVEIRA, Paulo César
Quatro concepções de probabilidade manifestadas por alunos ingressantes na licenciatura em matemática: clássica, freqüentista, subjetiva e formal.
19 – Educação matemática
UNICAMP Licenciatura Formação de professores. Licenciatura em Matemática. Disciplina Fundamentos da metodologia do ensino da Matemática.
Ensino de probabilidade. Reflexão sobre as idéias dos alunos (concepções) com fins pedagógicos.
Alunos da disciplina, professor, monitor
123 GUIMARÃES, Oswaldo Luiz Cobra
Cálculo diferencial e integral: do algebrismo às representações múltiplas
19 – Educação matemática
FAENQUIL Bacharelado Curso de Engenharia. Disciplina Cálculo diferencia e integral
Uso do computador no processo de ensino e aprendizagem de Matemática não apenas como instrumento de cálculo, mas como meio de incentivar o pensamento matemático. Ensino de cálculo retira caráter experimental . Metodologia de ensino-aprendizagem com base em ambiente informatizado incentiva investigação e generalização de conceitos.
Observação de atividade em sala de aula. Depoimentos alunos
129 MENEGHEL, Stela Maria
A crise na Universidade Moderna no Brasil
11 – Política da Educação superior
FURB Instituição Concepções de Universidade no Brasil. Discursos sobre a Universidade
Expansão do ensino, principalmente privado e de escolas isoladas, não incentiva investigação científica. A universidade moderna associa ensino e pesquisa - reforma Universitária de 68 no Brasil. Investimento em pesquisa nas universidades esteve, historicamente, atrelado à política de desenvolvimento nacional.
Documentos legislação oficial e de entidades representativas das instituições de educação superior, literatura acadêmica
114 BUONICONTRO, Célia Mara Sales
O processo de construção da prática pedagógica do engenheiro-professor
11 – Política da Educação superior
PUC - Minas Bacharelado Formação do professor de ensino superior. Curso de Engenharia mecatrônica
Prática docente do professor que não teve formação pedagógica: engenheiro professor. Pesquisa sobre professores de ensino superior resgata trajetória acadêmica e profissional. Em formação pedagógica continuada foi incentivada reflexão sobre papel do docente no processo de formação dos profissionais, história pregressa, trajetórias e modelos docentes.
Engenheiros professores
120 FERREIRA, Zélia Miranda
Investigando o saber docente do professor do curso de pedagogia
8 – Formação do professor
UNIPAM Licenciatura Formação de professores de ensino superior
Pesquisa prática pedagógica de professores de ensino superior iniciantes e egressos dos cursos de Pedagogia. Objetivo da investigação é verificar a influencia da formação inicial na prática como docente profissional. Estudo com base em modelo de professor reflexivo.
Observação participante e sala de aula, questionários e entrevistas com professores e seus alunos, documentos curso
119 FERNANDES, Sônia Regina de Souza
A experiência da formação na formação de professores: um olhar a partir da reflexão da professora alfabetizadora.
8 – Formação do professor
UNIPLAC Licenciatura Formação de professores. Disciplina Prática pedagógica – estágio
Reflexão sobre o ensino a partir da observação do cotidiano. Abordagem professor reflexivo – reflexão na ação. Articulação entre saberes da prática e saberes da formação. Pesquisa-ação subsidia aprendizagem dos alunos e reflexão sobre o ensino da professora formadora
Diários de campo, documentos individuais e coletivos produzidos pela alunas, textos, artigos e relatórios de conclusão de estágio aliada a observação participante
113 BARROS, Simone; SMITH, Patrícia
Interação social e interatividade: navegando para novos paradigmas em educação à distância
16 – Educação e comunicação
UFPE Graduação Educação à distância. Comunicação professor – alunos. Novas tecnologias da informação e da comunicação.
Pesquisa, em diversas turmas da graduação, situações reais de ensino-aprendizagem utilizando ambiente virtual –chats – de comunicação. Observação da interação professor-alunos via chats.
Observação de professores e alunos em sala de aula
121 FOERSTE, Gerda Margit Schütz
A leitura da imagem nos cursos de formação de professores em arte.
16 – Educação e comunicação
UFES Licenciatura Formação de professores. Disciplina prátic a de ensino
Referenciais teórico-metodológicos para a leitura (ensino) de imagens em sala de aula. Pesquisa da prática com leitura de imagens
Documentos e observação de professores e alunos
127 MAIA, Lícia de Souza Leão
Analisando a aula de matemática: um estudo a partir das representações sociais da geometria
19 – Educação matemática
UFPE Bacharelado e licenciatura
Prática pedagógica Prática pedagógica com conteúdo de geometria. Representações sobre geometria de alunos e professores na graduação. Análise do ensino à luz das teorias psicológicas
Questionário para alunos seguido de análise fatorial e questionário para professores de matemática
122 GUERIÓS, Ettiène Espaços oficiais e intersticiais da formação docente; histórias de um grupo de professores na área de ciências e matemática
19 – Educação matemática
UFPR Licenciatura Formação de professores. Laboratório de matemática e ciências.
Como inovação no ensino, o laboratório de matemática e ciências integra ensino, pesquisa e extensão, através da formação inicial e continuada e o treinamento de professores na produção de materiais instrucionais e do clube de ciências, aliados a projetos de pesquisa e de investigação da formação.
Depoimentos de professores, documentos sobre o laboratório e histórias de formação
118 CUNHA, Maria Isabel da; FOERSTER, Mari Margarete FERNANDES, Cleoni Maria
Avaliação externa e os cursos de graduação: implicações políticas na prática pedagógica e na docência
11 – Política da Educação superior
UNISINOS Bacharelado e licenciatura
Formação de professores de ensino superior. Saberes e identidade do professor. Política de avaliação dos cursos de graduação
Estuda o impacto das políticas de avaliação externa (Provão) na construção da docência universitária. No conceito de avaliação vem implícito um conceito de qualidade de ensino que vem delineando o que é ser um professor de sucesso
Entrevista com alunos depois do Provão e com coordenadores de cursos
116 CORRÊA, Paulo Sergio de Almeida
Educação superior e o mercantilismo nos cursos de formação de professores: um estudo das propostas formuladas pelas IES do estado do Pará
11 – Política da Educação superior
UFPA Licenciatura Formação de professores para a educação básica.
Propostas institucionais e estruturais dos cursos e propostas curriculares diversificadas. Lógica que rege a diversificação é a da concorrência do mercado
Documentos de legislação e das IES
130 MONTEIRO, Silas Borges
Filosofia e didática: implicações para o conhecimento
4 - Didática UFMT / USP Licenciatura Formação de professores. Curso de pedagogia. Disciplina Didática
Possibilidades conceituais da didática. A busca do conhecimento é a busca da sabedoria conforme princípio de Heráclito. Produção do ensino na prática docente. Reflexão na ação, sobre a prática do professor re-configura a formação docente. Papel desempenhado pelo uso de procedimentos investigativos e de interpretação qualitativa dos dados na relação teoria e prática.
Literatura acadêmica
131 MOROSINI, Marília Costa FRANCO, Maria Estela Dal Pai
Políticas públicas de qualidade universitária e construção de espaços de participação
11 – Política da Educação superior
ULBRA/ UFRGS
Bacharelado licenciatura
Políticas públicas Avaliação institucional Avaliação de cursos
Papel – função da avaliação para a qualidade do ensino de graduação – últimas décadas. Padrões e critérios de avaliação da graduação. Analisa atuação das comissões avaliadoras e a repercussão das avaliações à desempenho e atuação das IES na avaliação do ensino de graduação e de pós-graduação à níveis de avaliação são interligados. Avaliação de ensino e de cursos à modalidades e níveis diferenciados = avaliação docente, bibliotecas, laboratórios, infra-estrutura, projeto acadêmico à mesmo assim questiona concepção de qualidade do ensino.
111 ANDRADE, Luiz Antônio Botelho; SILVA, Edson Pereira da LONGO, Waldimir Pirró e PASSOS, Eduardo
Universidade e sociedade: uma co-deriva histórica
11 – Política da Educação superior
UFF Instituição
EPE Autonomia universitária Produção de conhecimento
Autonomia universitária à relação universidade / estado e relação universidade/ mercado X funções da universidade e seu papel na sociedade. Modelos universitários. Produção de conhecimento e de significados na relação com a sociedade à funções da U EPE
Bibliografia
132 OTRANTO, Célia Regina
Os desafios da autonomia universitária
11 – Política da Educação superior
UFRuralRJ Instituição
Autonomia universitária EPE. Impacto das políticas publicas na universidade
Autonomia universitária IES, IFES. Histórico das propostas, complexidade, variáveis, problemas e desafios conceituais. Concretização no interior das Univ. públicas à autonomia outorgada X conquistada X comprometida X imposta. à outorgada: desde 1911 não foram bem sucedidas. Implicações financeiras e de gestão, além de didático-científicas. Dificuldades nas tomadas de decisão internas no dia-a-dia. à autonomia não é dada apenas é fruto de conquista, assumida de forma competente nas funções de EPE. Diferença entre as instituições na conquista , i é, maior ou menos envolvimento da comunidade acadêmica com os problemas e as soluções da instituição. Professores descompromisso – participação. à comprometida. Envolvimento com o processo de organização interna e decisório: aut. Administrativa, gestão e financeira e patrimonial. Mas, outra face na maioria das vezes não considerada, mas com complicadores internos é a autonomia didático científica = objetivo estabelecer, organizar ensino e pesquisa, definir linhas de pesquisa = envolve embate com o estabelecido. à imposta. Globalização. Exigências para autonomia didático-pedagógica mais exigências de organizações internacionais – lógica empresarial. Autonomia financeira é = a lógica do mercado.
Documentos e bibliografia
133 PAULA, Maria de Fátima Costa de
Influência das concepções alemã e francesa sobre a universidade de São Paulo e a universidade do rio de janeiro quando de suas fundações.
11 – Política da Educação superior
UFF Instituição
Univesidades - IES História Modelos institucionais Relação EPE
Modelos de IES francês (napoleônico). Alemão (humboltiano). Americano (pragmatismo utilitário). História da USP e da UERJ. Ensino e pesquisa em cada modelo. Francês: dissociação E e Pà ensino em IES profissionalizantes e pesquisa em institutos. Alemão associação ensino e pesquisa, formação humanista. Americano ensino profissional à mercado de trabalho, pesquisa idem à desenvolvimento econômico e industrial.
Documentos e bibliografia
112 BARBOSA, Jonei Cerqueira
Modelagem matemática e os futuros professores
19 – Educação matemática
UCSal Graduação/ licenciatura
Formação de professores Pratica de ensino de matemática
Curso de extensão em Modelagem e Educação matemática.Prática de ensino de matemática. Ensino de modelagem para professores. Modelagem à ambiente de aprendizagem. Futuros professores = acham que experiência é interessante mas não para ensinar na escola. Investiga concepções de modelagem na prática futura de ensino de alunos de mat. Lic. Mat. Pesquisa subsidia ensino
Alunos de Lic. em Matemática; entrevistas; registros; vídeo; produção dos alunos – três estudos de caso
138 XAVIER, Giseli Pereli de Moura
O contexto e os pressupostos para formação de professores em um instituto superior de educação: potenciais multiculturais?
8 – Formação do professor
UFRJ Instituição Formação de professores Institutos superiores de educação
Discute a formação de professores de perspectiva multicultural. Estrutura e duração dos cursos. Confronta modelos propostos à acadêmico científico com ênfase em postura reflexiva- crítica X modelo pragmático economicista. O modelo do ISE discutido visa formar professor como pesquisador, proposta pedagógica alicerçada em atividades de ensino e pesquisa aliada a perspectiva interdisciplinar = profissional reflexivo e crítico. A perspectiva multicultural não está explícita no projeto.
Contexto institucional; reuniões pedagógicas; documentos (PPP)
134 PAVÃO, Andréa A fotocópia como instituição pedagógica
10 – Alfabetização, leitura e escrita
PUC Rio Instituição Alunos universitários Práticas de leitura
Uso de fotocópias como prática de leitura. Fotocópia como instrumento pedagógico. Democratização do acesso à cultura escrita Pesquisa institucional
Observação participante; entrevistas com professores, estudantes e funcionários
136 SANTOS, Tereza Josefa Cruz dos
Negro, educação e ascensão social
GE 21 – Relações raciais/ étnicas e educação
UFMT Licenciatura Professores universitários Curso de licenciatura Educação do negro no Brasil
Trajetória educacional, projetos de vida, escolhas profissionais e prática docente. Questões étnicas e raciais na prática docente Pesquisa institucional?
Professores universitários negros, histórias de vida
137 SILVA, Regina Coeli da Silveira e
Um estudo de gênero na educação brasileira
3 – Movimentos sociais e educação
U. Salgado de Oliveira
Instituição Gênero e educação Participação feminina como discente, docente e pesquisadora no ensino superior brasileiro, compara com participação masculina
Documentos oficiais, literatura
TRABALHOS APRESENTADOS EM 2003 – 26ª REUNIÃO AUTOR - TÍTULO DO TRABALHO – GT - INSTITUIÇÃO - INSTÂNCIA - TEMA (dentro do qual menciona ensino e pesquisa) – ENSINO – PESQUISA - FONTES
AUTOR TÍTULO DO TRABALHO
GT
INST
ITU
IÇÃ
O INSTÂNCIA TEMA (dentro do qua l
menciona ensino e pesquisa)
ENSINO PESQUISA
SUJEITOS – FONTES DE
DADOS
161 SGUISSARDI, Valdemar
A universidade neoprofissional, heterônoma e competitiva
11 – Política da educação superior
UNIMEP Instituição Concepções e modelos de universidade. História das universidades brasileiras.
Dois modelos originais: o napoleônico, voltado para formação profissional e o humboltiano, voltado para pesquisa – busca e crítica do saber desinteressado. No Brasil, há dualidade e superposição de modelos. Predomina modelo de escolas profissionais cuja prioridade é o ensino. A associação entre ensino e pesquisa representa busca de síntese entre os dois modelos. Mesmo naquelas instituições que, supostamente, associam ensino, pesquisa e extensão e têm corpo docente e estrutura que permite pesquisa, e até alem dos programas de pós-graduação, pode haver superposição de modelos. A tendência nos últimos anos é de ênfase no modelo profissional e reforço da superposição.
Documentos de legislação, literatura acadêmica.
145 CUNHA, Maria Isabel da
Pesquisa e processo de formação: múltiplos desafios e impasses para a pós-graduação
4- Didática UNISINOS Graduação e Pós-Graduação
Formação no ensino superior. Papel da pesquisa na formação
Ensino com pesquisa. O papel da pesquisa é de instrumento para a formação. Um modelo de ensino com pesquisa na graduação exige que se altere tanto a concepção de conhecimento quanto as formas tradicionais de organização escolar e universitária. Na graduação, pesquisa deve ser princípio educativo que perpassa a lógica curricular e as práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula.
Literatura acadêmica
142 BALZAN, Newton César; ALMEIDA, João Baptista
O ensino superior nas áreas de ciências humanas e ciências sociais aplicadas: indicadores de qualidade em questão
4- Didática PUC -Minas PUCCAMP
Graduação – bacharelado e licenciatura
Qualidade do ensino superior. Formação profissional. Cursos de Ciências humanas e sociais aplicadas
Prática educativa – ações e inovações. Formação cognitiva, ética e política ao mesmo tempo humanística e específica. Prática da pesquisa é alternativa de ensino e construção de conhecimento para buscar soluções aos problemas sociais detectados. Atmosfera de aprender e ensinar, isto é, postura investigativa que envolva professor e alunos, implica professor comprometido e instigante e alunos interessados e criativos.
Entrevistas com profissionais de renome que atuam em IES
143 BREGLIA, Vera Lúcia Alves
Graduação, formação e pesquisa: entre o discurso e as práticas.
11 – Política da educação superior
UFF Graduação Formação na graduação. Iniciação à pesquisa – PIBIC.
Os objetivo de formação implícito no programa de iniciação científica e, as repercussões na vida acadêmicas dos alunos bolsistas podem ser benefícios que, se estendidos para todos os alunos de graduação significam ruptura com abordagem predominante no ensino. Pesquisa - com função pedagógica na formação - significa inovação no ensino. A iniciação científica pode ser processo de inclusão, de formação de recursos humanos e não apenas de pesquisadores.
Questionários para bolsistas (bolsa renovada) e ex-bolsistas do PIBIC. Entrevistas com professores orientadores
150 HOSTINS, Regina Célia Linhares
Paradigmas da “Sociedade do conhecimento” e políticas para o ensino superior.
11 – Política da educação superior
UNIVALI/ UFSC
Instituição Universidade. Funções de ensino, pesquisa. Sociedade do conhecimento.
Questiona o paradigma da “Sociedade do conhecimento” entendido como modelo no qual os valores do ensino dependem da lógica do mercado. O conhecimento não seria compreensão da lógica interna dos fenômenos sociais. A conhecimento considerado imprescindível seria mais superficial e fútil; seria ciência que descarta a necessidade de reflexão, de crítica, de enfrentamento com o instituído, de interpretação ou apreensão concreta da realidade.
Documentos e literatura acadêmica
140 ALVES, Leonir Passate
Portfólios como instrumentos de avaliação dos processos de ensinagem
4 - Didática UNERJ Bacharelado licenciatura
Avaliação do ensino. Cursos de Administração e Pedagogia
Modalidades de avaliação instrumental do ensino. Portfólio e webfólio elaborados por professores e por alunos. Reflexão no ensino e na aprendizagem. Reflexão sobre a prática avaliativa dos professores
Alunos e professores
154 MENDES, Clayde Regina
Uma análise sobre a atitude em relação à estatística, a confiabilidade e a importância atribuídas a essa ciência.
19 – Educação matemática
PUCCAMP
Graduação - licenciatura
Curso de matemática. Disciplina Probabilidade e estatística
Levantamento de conceitos dos alunos sobre estatística. Pesquisa subsidia ensino e, como método de ensino, promove atitude positiva para a aprendizagem.
Questionário e escala de atitude para alunos de matemática
146 FERNANDES, Cleoni Maria Barbosa
Refletindo sobre uma travessia de pesquisa. Práticas pedagógicas em movimento
4 - Didática UNISINOS Graduação Prática pedagógica. Produção de conhecimento na graduação
Inovação na prática pedagógica em sala de aula do ensino superior: modelo do professor-pesquisador de sua prática. Construção pedagógica do conhecimento: pensar como se aprende para pensar como se ensina. Produção de conhecimento por alunos e professores em conjunto. Modelo de ensino com pesquisa no qual a pesquisa é princípio educativo. Como recursos utiliza memória educativa e a investigação das formas de estudar e aprender dos alunos.
Investiga em 5 salas de aula de cursos diferentes
148 FROTA, Maria Clara Rezende
Concepções de matemática de alunos de Engenharia
19 – Educação matemática
PUC Minas
Graduação - bacharelado
Curso de Engenharia. Ensino de matemática. Disciplina de Cálculo
Pesquisa as concepções dos alunos sobre aprendizagem matemática e sobre pensamento matemático. Pesquisa subsidia o ensino transformador
Questionários para o universo dos alunos e entrevistas clínicas com amostra
149 GUIMARÃES, Simone Sendin Moreira; TOMAZELLO, Maria Guiomar Carneiro
A formação universitária para o ambiente: educação para a sustentabilidade
GE 22 – Educação ambiental
UNIMEP Graduação – bacharelado e licenciatura.
Curso de Biologia. Formação de professores e formação profissional. Questões ambientais na Universidade
Prática de ensino. Concepções dos alunos sobre sustentabilidade e educação ambiental. Conflito entre conteúdo discip linar e ensino fragmentado e uma questão que é sistêmica. Didática de projetos oferece visão interdisciplinar/ transdisciplinar. Pesquisa subsidia pensar o ensino
Questionário para alunos de Biologia
139 ALMEIDA, Patrícia C. Albieri de; AZZI, Roberta Gurgel; MERCURI, Elisabeth N. G. Silva; PEREIRA, Marli A. Lucas
Em busca de um ensino de Psicologia significativo para futuros professores
20 – Psicologia da Educação
UNICAMP / UNITAU
Graduação - licenciatura
Formação de professores. Ensino de psicologia
Ensino de psicologia objetiva aproximação teoria e prática ao problematizar a realidade observada pelos alunos numa dialética de ação-reflexão Alunos entrevistam professores de ensino fundamental e médio. Pesquisa subsidia ensino e reflexão sobre o ensino
Reflexão sobre entrevista dos alunos
156 MOREIRA, Plínio Cavalcanti; DAVID, Maria Manuela Martins Soares
O conhecimento matemático do professor: formação e prática docente na escola básica
19 – Educação matemática
UFMG Graduação - licenciatura
Formação de professores de matemática.
Pesquisa sobre conteúdo específico subsidia reflexão sobre desarticulação entre formação específica e formação pedagógica e entre formação inicial e prática na escola. O objetivo é propor alternativas de formação que superem essa situação.
Livros didáticos destinados a alunos e a professores do ensino básico; documentos do curso de licenciatura em matemática; entrevistas com professores das disciplinas da licenciatura, textos referentes às disciplinas e literatura da área.
162 TOSCHI, Mirza Seabra, RODRIGUES, Maria Emília de Castro
Infovias e educação 16 – Educação e comunicação
UFG Graduação - licenciatura
Formação de professores. Tecnologias de informação e comunicação - redes
Curso de pedagogia. Professores da disciplina História da educação. Intercâmbio entre grupos de professores/ pesquisadores via rede informatizada de comunicação – discussão e intermediação de experiências de ensino, iniciação científica, investigação pedagógica, produção de materiais para o ensino. Pesquisa permitiu formar pessoas, conhecer processos, desvelar dificuldades e suscitar criação de videoteca, laboratório de informática, etc.
Dados de programa desenvolvido em cidades com curso de pedagogia e rede informatizada
141 ALVES, Lynn Rosalina Gama; NOVA, Cristiane Carvalho da; LAGO, Andréa
Nos bastidores do ensino on- line: do planejamento à avaliação
16 – Educação e comunicação
UNEB Instituição Formação continuada do professor de ensino superior. Metodologias de ensino on- line
Avaliação de curso de formação para professores/ pesquisadores sobre metodologias de ensino e de avaliação com tecnologia informatizada. Avalia curso e prática dos professores.
Professores e alunos de curso da UFBA
155 MENDONÇA, Sueli Guadalupe de Lima
Expansão do ensino público superior paulista: um novo modelo de universidade?
11 – Política da educação superior
UNESP Instituição Instituições de ensino superior. Políticas públicas para o ensino superior. Diversificação e expansão. Qualidade do ensino e da formação.
Questiona a qualidade do ensino diminuída em cursos cujo tempo de formação e conteúdos foram aligeirados como conseqüência da diversificação e expansão de instituições estaduais. Expansão do ensino significa quebra do princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão
Documentos e literatura da área
152 LIMA, Kátia Regina de Souza
Organismos internacionais e política de educação superior na periferia do capitalismo
11 – Política da educação superior
UFF Instituição Políticas de ensino superior. Instituições de ensino superior
Anos 90 – políticas promovidas pelos organismos internacionais do Capital. Financiamento do ensino superior. Expansão e diversificação de instituições: ensino e pesquisa atendem necessidades do setor econômico. Adequação ao mercado é a medida para a qualidade no ensino.
Documentos
153 LOPES, Jairo de Araújo; Araújo, Elizabeth adorno de
Práticas interdisciplinares: um estudo sobre a fala de professores do ensino superior e da educação básica
8 – formação de professores
PUCCamp Graduação Bacharelado licenciatura
Concepções e práticas docentes
Conceito de interdisciplinaridade conceito e concretização na prática. Como prof. vêem trabalho interdisciplinar. à prof. univ. vários sentidos; projetos pedagógicos dos cursos de ES não são interdiscip. ES ensino fragmentado tanto estrutural quanto pedagógico = áreas de conhecimento. Projetos coletivos interdisc. não fazem parte do cotidiano universitário. Falta clareza sobre paradigma educacional Levanta hipóteses para as dificuldades de conhecimento e de estrutura.
Quest. e entrevista com 7 professores universitários de C. Humanas e de C. Sociais Aplicadas – 8 prof de mat. do Ens.Básico e 5 alunos ES mat
157 PICANÇO, Alessandra de Assis
Educação superior para professores em exercício
11 – Política da educação superior
UNEB Campus XVI
Graduação licenciatura
Formação de professores em serviço
Demanda de formação superior para professores de EB em serviço. Repercussões, significados, articulações na dinâmica do EB e mudança estrutural e funcional do ES. EAD, diversificação de instituições, institutos superioresde educação. Questiona grupos de interesse, aligeiramento da formação., relação com novas tecnologias de inf. E com. Ausência de relação ensino/ pesquisa à formação não seria universitária?
Documentos oficiais, lit
147 FRANGELLA, Rita de Cássia Prazeres
Colégio de aplicação como espaço de formação: notas sobre currículo e identidade
12 - Currículo UERJ Graduação licenciatura
Formação de professores Prática de ensino
Colégio de aplicação. Currículo UB antes da RU- 68 (1948-1968) Prática de ensino (no nível médio) era no Colégio de aplicação. Alunos mestres à produção de identidades docentes. Relação currículo/ identidade. Concepção de formação centralizada na experiência vivida, enfatizando o desenvolvimento de técnicas e procedimentos adequados ao trabalho docente. Prática era intercalada com as aulas teóricas das disciplinas do currículo. Descreve um modelo de ensino e uma concepção de ensino e de aluno ideal Disciplina de didática parte teórica e parte prática de pesquisa e análise crítica e elaboração de materiais, programas, livros, planejamento etc. constante referencia aos estágios. Tentativa de ligar o que é (discip. Ped. De caráter científico) com o que deve ser (discip.ped de caráter filosófico)
Documentos, entrevistas, depoimentos de professores
159 SANTIAGO, Mylene Cristina
A formação de professores para a diversidade nas IFES mineiras.
15 – educação especial
UFJF Graduação licenciatura
Formação de professores Curso de pedagogia
Diversidade cultural. Discursos sobre atendimento à clientela com deficiência à formação mais discursiva. Processos de significação em relação ao sujeito com deficiência. Três formas de discurso: sentido de exclusão; sentido de integração; sentido de inclusão Pesquisa concepções de deficiência e discursos e ações consideradas necessárias para promoção de professores na direção da diversidade na prática pedagógica. Espaços reflexivos nas disciplinas
5 entrevistas com professores de 5 IFES mineiras e análise de currículos
151 LIMA, Claudia Maria de; GRIGOLI, Josefa Aparecida Gonçalves; BARROS, Helena Faria de
A educação à distância e o desafio da formação do professor reflexivo: um estudo sobre as possibilidades da educação à distância na formação pedagógica de professores universitários
16 – Educação e comunicação
UCDB Graduação Formação de professores de ES Educação à distância
Analisa curso de formação pedagógica à distância para professores de ES. Discute carência de estudos sobre professores e EAD mais ainda quando é formação pedagógica. Tema do curso formação de professores reflexivos no ES à reflexão e revisão da pratica avaliativa. Preocupação com formação pedagógica do professor universitário à estudos mostram que quase inexiste. Estudo mostrou dificuldades no uso dos meios informatizados.
Professores de graduação participantes em curso de formação continuada.
144 COLETA, José Augusto Dela; MIRANDA, Henrique Carivaldo Neto de
O rebaixamento cognitivo, a agressão verbal e outros constrangimentos e humilhações: o assédio moral na educação superior
20 – Psicologia da Educação
UNIPAM graduação Ensino superior relação professor alunos Assédio moral
Cursos de das Ciências Humanas, exatas e biológicas. Situações na prática do ensino superior consideradas como assédio moral pelos alunos. Pesquisa institucional
1132 alunos de graduação
158 QUEIROZ, Delcele Mascarenhas
Desigualdade no ensino superior: coe, status e desempenho
GE 21 – Afro-brasileirros e educação
UNEB/ UFBA
Graduação Acesso ao ensino superior Caracterização dos estudantes Seletividade
Análise do acesso e desempenho dos estudantes considerando status sócio-econômico e cor. Compara pontuação no vestibular com coeficientes de rendimento em universidades públicas e privadas e as diferenças entre cursos. Estudos sobre seletividade focalizam determinantes econômicos, outros elementos como cor e gênero têm sido menos levados em conta.
Alunos dos cursos de graduação. Dados sobre pontuação no vestibular e coeficientes de rendimento no 3º período
160 SANTOS, Tereza Josefa cruz dos
Trajetórias de professores negros em Mato Grosso
GE 21 – Afro-brasileirros e educação
UFMT Graduação licenciatura
Professores de ensino superior Relações raciais
Professores universitários negros trajetórias de vida, identidade e prática profissional.
Professores negros, histórias de vida
163 TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos
Natureza, razão e história: contribuições para uma pedagogia da educação ambiental.
GE – Educação ambiental
UNESP Graduação Educação ambiental Representações dos professores sobre educação ambiental para identificar pressupostos teóricos do campo do conhecimento pedagógico (concepções sobre educação, dimensão epistemológica, pedagógica e metodológica) da educação ambiental. Influencia do pensamento pedagógico na educação ambiental. Nesse sentido vão de ensino tradicional ao conhecimento científico como princípio educativo
Professores dos cursos de biologia, química, e geografia das IES públicas do Estado de São Paulo 78 entrevistas