Transcript

Prof. Nogueira

Biografia

1) Família-> tradicional de médicos.

2) Interesse-> filosofia e história. Apoiado pela mãe.

3) Personalidade-> introspectivo; homossexual;

agressivo; irônico.

4) Suicídio-> foi internado pela primeira vez em

1948.

Biografia

1954 - Doença mental e psicologia

1961 - História da Loucura

1963 - O nascimento da clínica

1965 - Brasil - Gerard Lebrun

Biografia

1966 - As palavras e as coisas

1969 - A arqueologia do saber

1973 - A verdade e as formas jurídicas (conferências

na PUC)

1975 - Vigiar e punir

1976 - História da sexualidade

Edital

5.2 – Michel Foucault e o problema da historicidade

do direito.

5.2.1 – O modelo do poder soberano e as penas

físicas (Primeira Parte).

5.2.2 – A reforma humanista do direito penal e a

generalização das penas (Segunda Parte).

5.2.3 – Ilegalidade e ilegalismo.

Edital

5.3 – O direito e as instituições disciplinares

(Terceira parte).

5.3.1 – Norma jurídica e normalização disciplinar.

5.3.2 – As funções da disciplina.

5.3.3 – Os instrumentos do poder.

5.3.4 – Panoptismo e sociedade disciplinar.

Estrutura do Livro

Suplício (5.2.1)

Punição (5.2.2 e 5.2.3)

Disciplina (5.3)

Metodologia5.2 – o problema da historicidade do direito

História VS Arqueologia / Genealogia

a) uso paródico e destruidor da realidade

b) uso dissociativo e destruidor da identidade

c) uso sacrifical e destruidor da verdade

Suplício

5.2.1

O corpo dos condenados

a) Damiens-> suplício

b) Casa dos Jovens detentos em Paris-> utilização e

controle do tempo

Suplício

O corpo dos condenados

Por que supliciar o corpo?

• Ataque pessoal ao Soberano – vingança real

• Exemplo

Suplício

O corpo dos condenados

Desaparecimento do espetáculo punitivo

• Igualava ou ultrapassava o ato criminoso em

selvageria

• Mostrava a frequência dos crimes

Suplício

O corpo dos condenados

Desaparecimento do espetáculo punitivo

• Aproximava juízes e carrascos dos criminosos

• Invertia os papéis

• Destruía inutilizando o corpo do condenado

Suplício

A ostentação dos suplícios

O que é um suplício?

• Pena

• Corporal

• Dolorosa

• Atroz / bárbara

Suplício

A ostentação dos suplícios

Critérios:

• Quantidade de sofrimento mensurável

• Hierarquia – decapitação <-> esquartejamento

• Arte de reter a vida no sofrimento

• Correlacionar a gravidade do crime com a intensidade do

sofrimento

Suplício

A ostentação dos suplícios

Critérios:

• Público

• Ritualístico

• Marcante

• Poder absoluto e exclusivo do Soberano

Suplício

A ostentação dos suplícios

Processo Inquisitorial:

• Secreto

• Hierarquia entre as provas

• Tortura – duelo

• Confissão – ato de aceitação e reconhecimento;

torna a coisa notória e manifesta

Suplício

A ostentação dos suplícios

Execução pública:

• Faz do condenado arauto de sua própria

condenação

• Reprodução pública da cena da confissão

• Relacionar o suplício ao próprio crime

estabelecendo relações entre ambos

Suplício

A ostentação dos suplícios

“O suplício é revelador da verdade e agente do poder”

Suplício

A ostentação dos suplícios

“O Iluminismo desqualificou os suplícios reprovando-

lhes a atrocidade ”

Punição

5.2.2 e 5.2.3

A punição generalizada

A mitigação das penas

Punição

A punição generalizada

Protestos contra o suplício:

• Segunda metade do século XVIII

• A justiça criminal deve punir em vez de se vingar

• O castigo deve ter a humanidade como medida

Punição

A punição generalizada

Causas:

• Desenvolvimento econômico

• Elevação geral do nível de vida

• Criminalidade de massa <-> criminalidade de margem

• Ilegalidade dos direitos <-> ilegalidade dos bens

Punição

A punição generalizada

Causas:

• Suavização dos crimes antes da suavização das leis

• O castigo deve ter a humanidade como medida

Punição

A punição generalizada

Problemas / entraves:

• Irregularidade da justiça penal

• Multiplicidade, sobreposição e descontinuidade das

instâncias que se neutralizavam

• Não havia uma pirâmide única e contínua

Punição

A punição generalizada

Crítica dos reformadores:

• Má economia do poder oriunda do excesso central: o

superpoder monárquico

• O infrapoder de camadas sociais oriundo das

ilegalidades conquistadas e toleradas

Punição

A punição generalizada

Reforma do direito criminal

• Estratégia de redistribuição dos poderes punitivos

• Preparada de dentro por um grande número de

magistrados

• Objetivava fazer com que o poder de julgar não

dependesse mais de privilégios, mas do poder público

Punição

A punição generalizada

A reforma do direito criminal se operou na junção

entre a luta contra o superpoder do soberano e

contra o infrapoder das ilegalidades

conquistadas e toleradas que deslocou o direito

de punir da vingança do soberano à defesa da

sociedade

Punição

A punição generalizada

A (semio)técnica do poder de punir

• Regra da quantidade mínima e da idealidade suficiente->

a punição deve garantir uma desvantagem maior do que

a vantagem aferida através do cometimento do delito.

Punição

A punição generalizada

A (semio)técnica do poder de punir

• Regra dos efeitos laterais-> representação. A pena deve

ter efeitos mais intensos naqueles que não cometeram o

delito – prevenção geral.

• Regra da certeza perfeita-> nenhum crime deve ficar

impune.

Punição

A punição generalizada

A (semio)técnica do poder de punir

• Regra da verdade comum-> a verificação do crime deve

obedecer a critérios gerais de estabelecimentos de

verdades – comprovação da autoria e da materialidade.

• Regra da especificação ideal-> codificação / precisão.

Punição

A mitigação das penas

Regras para o funcionamento das penas

• Ser tão pouco arbitrária quanto possível

• A partir da punição, reforçar a própria lei

• Ser capaz de diminuir o desejo que torna o crime

atraente e aumentar o temor quanto à pena.

Punição

A mitigação das penas

Regras para o funcionamento das penas

• Ser finita

• Atingir a todos os culpados em potencial (prevenção

geral)

• Tornar o crime uma desgraça e o malfeitor, o inimigo

Punição

A mitigação das penas

A prisão nunca foi pensada como modelo universal de pena

pelos reformadores, antes era tida como inútil à

sociedade

• Cara

• Mantém os condenados na ociosidade

• Multiplica seus vícios pelo contato

Punição

A mitigação das penas

A prisão nunca foi pensada como modelo universal de pena

pelos reformadores, antes era tida como inútil à

sociedade

• Difícil de controlar o cumprimento

• Não guarda relação com o crime

• Privar um homem da liberdade e vigiá-lo é tirania

Contato

professornogueira.wordpress.com

[email protected]


Recommended