EDUCAÇÃO E SAÚDE
Professora: Janine
É o mais poderoso instrumento para a promoção da
saúde coletiva. Além do processo educativo promover
modificações comportamentais preventivos e
terapêuticos diante dos problemas de saúde, também
instrui e motiva o cidadão a exigir melhor desempenho
dos serviços públicos e privados de saúde para o
atendimento de suas necessidades.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A educação em saúde se sobrepõe o conceito de
promoção da saúde, como uma definição mais
ampla de um processo que abrange a
participação de toda a população no contexto de
sua vida cotidiana e não apenas das pessoas sob
risco de adoecer.
Educação em Saúde é um processo de trocas de saberes
e experiências entre a população como um todo, incluindo
usuários, profissionais e gestores de saúde. Cada pessoa
é valorizada como dono de um saber, um aprendiz e um
educador. Esta prática visa a prevenção de doenças, a
promoção da saúde e promove a autonomia dos sujeitos
envolvidos, tornando-os sujeitos ativos e transformadores
de sua própria vida ou até mesmo da sua sociedade.
Conceito
Essa noção está baseada em um conceito de
saúde ampliada, considerado como um estado
positivo e dinâmico de busca de bem-estar, que
integra os aspectos físico e mental (ausência de
doença), ambiental (ajustamento ao ambiente),
pessoal/emocional(auto-realização pessoal e
afetiva) e sócio-ecológico.
Uma educação em saúde ampliada inclui políticas
públicas, ambientes apropriados e reorientação dos
serviços de saúde para além dos tratamentos clínicos
e curativos, assim como propostas pedagógicas
libertadoras, comprometidas com o desenvolvimento
da solidariedade e da cidadania, orientando-se para
ações cuja essência está na melhoria da qualidade
de vida e na “promoção do homem”.
É a resultante do entrelaçamento de disciplinas
das ciências sociais e das ciências da saúde,
compreendido como um conjunto de saberes e
práticas diversas, mais ou menos formalizadas,
oficiais ou não, que se dão no interior do setor
saúde.
Educação em Saúde
Os objetivos da educação em saúde são :
desenvolver nas pessoas o senso da
responsabilidade pela sua própria saúde e pela
saúde da comunidade a qual pertençam e a
capacidade de participar da vida comunitária de
uma maneira construtiva.
Pesquisa emEducação e Saúde – OMS
Estimular as pessoas a:
Adotar e manter padrões de vida sadios;
Usar de forma judiciosa e cuidadosa os serviços
de saúde colocados à sua disposição.
Educação e Saúde - Objetivos
Podemos classificar a educação em saúde como primária,
secundária e terciária, na luz do que se faz com a
medicina preventiva em geral.
A educação em saúde primária: visa instruir o cidadão
saudável a manter sua saúde evitando os fatores de riscos
patogênicos, por exemplo, nesta classe, a educação
elementar, de higiene básica e de exercícios físicos.
Classificação
A educação em saúde secundária: tem o objetivo de
instruir o cidadão nos manuseios básicos das doenças
já instaladas, como exemplo, na educação em diabetes,
em hipertensão arterial e na obesidade, etc;
A educação em saúde terciária: visa instruir o cidadão a
atender pessoas com seqüelas, incapacitadas ou
inválidas.
Cada um dos três níveis de educação em saúde tem
públicos alvos diferentes que são:
Nível primário, o público alvo é a coletividade em geral,
sem especificação de idade, sexo ou classe social;
Nível secundário o público alvo é o próprio doente e sua
família;
Nível terciário, o público alvo é também o próprio doente,
a sua família, e estende-se aos recursos de recuperação
ou de compensação das sequelas que causam a
incapacidade.
Em sua origem, a Educação em saúde foi fortemente
marcada pelo desenvolvimento das doutrinas higienistas
que se difundiram na Europa no século XIX.
A revolução bacteriana e a necessidade de
consolidação do estado burguês inspiraram uma
concepção de educação higiênica que marca fortemente
as instituições de saúde e da educação.
Aspectos Históricos
O Brasil assolado por epidemias e graves problemas
sociais decorrentes da intensa urbanização e rápido
crescimento populacional, o País intervém de forma
autoritária e disciplinadora.
A educação em Saúde então constituída caracterizava-
se como uma estratégia de controle social por parte das
elites e do Estado, no sentido de adaptar os indivíduos á
ordem vigente.
1930 - a ação estatal no setor de saúde se concentra na
construção de um sistema previdenciário destinado ás
categorias de trabalhadores mais organizados
politicamente, em que as ações de caráter coletivo são
esvaziadas em favor da expansão da assistência
médica individual.
A ES assume papel relevante nos anos 50, no contexto
do projeto populista e da ideologia de participação e
desenvolvimento comunitário. Parte-se do princípio de
que era necessário integrar as populações rurais e das
periferias urbanas ao processo de desenvolvimento,
tirando-se de seu atraso cultural.
Nos anos 70, nos movimentos sociais emergentes,
começam a surgir experiências de serviços comunitários
de saúde desvinculados do Estado, em que
profissionais de saúde aprendem a se relacionar com os
grupos populares, começando a esboçar tentativas de
organização de ações de saúde integradas à dinâmica
social e local.
Na década de 80 com a conquista da democracia
política e a construção do Sistema Único de Saúde, tais
experiências localizadas de trabalho comunitário em
saúde perderam importância. Os movimentos sociais
passaram a lutar por mudanças mais globais nas
políticas sociais.
No início dos anos 90, profissionais de saúde envolvidos
em práticas de Educação Popular organizaram a Rede
de Educação Popular em Saúde, com o intuito de
fortalecer o debate sobre as relações educativas nos
serviços sanitários.
Em 1994, o Ministério da Saúde criou o Programa
Saúde da Família (PSF). Seu principal propósito:
reorganizar a prática da atenção à saúde para mais
perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de
vida dos brasileiros.
A estratégia do PSF prioriza as ações de prevenção,
promoção e recuperação da saúde das pessoas, de
forma integral e contínua. O atendimento é prestado na
unidade básica de saúde ou no domicílio, por uma
equipe profissionais da saúde e agentes comunitários.
A ES encontram-se vinculada ao exercício da cidadania
na busca por melhores condições de vida e saúde da
população principalmente quando perpassam todas as
fases do atendimento, promovendo espaços de troca de
informação, permitindo identificar as demandas de
saúde dos usuários e as escolhas mais adequadas e
diminuindo a distância habitual entre profissionais de
saúde e a população.