PROJETO DE ATER EM BOVINOCULTURA DE LEITE –
NOVA PRATA DO IGUAÇU / PR
AUTOR: RAFAEL FLAVIO DIAS CAVALLIERI
REGIÃO: DOIS VIZINHOS
NOVA PRATA DO IGUAÇU
2015
CATEGORIA:
- Dinamização das economias locais e aumento da produção de alimentos seguros
NOME DO PROJETO: - Gestão da produção leiteira na agricultura familiar AUTOR: Rafael Flavio Dias Cavallieri
LOTAÇÃO: Nova Prata do Iguaçu
LOCAL DE APLICAÇÃO: Propriedade de Silmar Vanazi
A propriedade objeto deste projeto está localizada na comunidade de Nova
Gaucha, em Nova Prata do Iguaçu, região Sudoeste do Paraná, tem 25 hectares de
latossolo roxo eutrófico de alta fertilidade, com teor de argila acima de 60%, ocupados
com produção de grãos, pastagem, mata ciliar, instalações e moradia. Os outros 10
hectares são formados por neossolo eutrófico, com afloramento de rocha, onde se
encontra o plantio de eucalipto e pastagens de estrela africana, sendo esta limitada ao
cultivo de culturas anuais.
O clima em Nova Prata do Iguaçu é temperado cfa, com estações do ano bem
definidas, sendo um verão com temperatura média de 28oC e índice pluviométrico
aproximado de 700 mm, porém ocorrem alguns períodos de estiagem. Já na primavera
e no outono a temperatura média é de 22oC e o regime de chuva gira em torno de 700
mm na soma das duas estações. Já o inverno é caracterizado por períodos curtos de
baixas temperaturas, perfazendo uma média de 15oC, ocorrendo geadas nas áreas
mais baixas. A pluviosidade neste período é menor, registrando-se 250 mm.
INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO):
O presente trabalho será descrito à partir de janeiro de 2011até janeiro de 2014,
período descrito como atual durante a redação deste, sendo apresentado dados da
propriedade na data início e na data final, porém com descrição das ações no decorrer
destes três anos de intenso trabalho de ATER de resultado.
SITUAÇÃO ANTERIOR:
No inicio do trabalho de ATER, foi realizado o diagnóstico da realidade de
produção da em relação aos capitais humanos, naturais, físicos, financeiros e sociais,
tendo como base a formação do projeto Tecendo Redes de Referência e Programa
Empreendor Rural/Senar e estes encontram-se descritos nas tabelas e parágrafos a
seguir.
Tabela 1. Capital humano – família em janeiro de 2011 Nome Idade Atuação Silmar Vanazi 41 100% Sandra Grassi Vanazi 36 100% Ana Caroline Grassi Vanazi 13 5%* Jean Lucas Grassi Vanazi 9 0% *Os filhos atuavam em atividades simples, como fornecer e leite às bezerras
O uso do solo, à época (janeiro de 2011), era no cultivo de lavouras, pastagens,
florestas, conservação de áreas de preservação permanente e benfeitorias. Conforme
apresentado na tabela 2.
Tabela 2. Uso do solo em janeiro de 2011 e o respectivo valor da área
ÁREA UNIDADE DESCRIÇÃO VALOR TOTAL (R$)*
16,7 ha LAVOURAS 200.400,00
8,0 ha PASTAGENS (ESTRELA) 48.000,00
3,8 ha MATAS 7.600,00
0,5 ha BENFEITORIAS 9.000,00
4,0 ha PASTAGENS (PIONEIRO E CANA) 48.000,00
2,0 ha REFLORESTAMENTO 14.000,00
35,0 ha TOTAL 327.000,00
*Valor por área baseado na avaliação do DERAL.
A área descrita como lavoura, já era utilizada na integração lavoura e pecuária e
na produção de silagem. A mesma está contabilizada no valor de produtividade e renda
líquida anual e na apresentação da evolução produtiva apresentada nos resultados
obtidos.
Existia e ainda existe uma estrada pública que corta a propriedade e um
pequeno acesso a residência e a estrebaria que hoje é a sala de ordenha conforme
imagem in anexo.
O relevo da propriedade é ondulado, sendo as áreas de latossolos com declive
aproximado de 10%, já na área de neossolo a declividade é maior, atingindo até 40%.
Relativo aos recursos hídricos, a propriedade tem duas nascentes, sendo uma
constante, com vazão aproximada de 8 Litros por segundo, usada na irrigação de
pastagem e uma sazonal com baixa vazão em épocas de estiagem. Além disto, existe
um rio que corta a propriedade com uma vazão de 300 Litros por segundo. Para o
consumo na residência existe água encanada, de uma rede comunitária de água,
captada de poço semi-artesiano.
O Capital físico desta propriedade é composto pelas construções, benfeitorias e
equipamentos existentes em janeiro de 2011, sendo este um dos pontos de destaque
ao sucesso da proposta de ATER. A tabela 3 e 4, a seguir, apresenta os dados
referente a realidade neste período.
Tabela 3. Construções da propriedade sua área, cobertura, conservação e o seu valor.
UNIDADE DESCRIÇÃO ÁREA COBERTURA CONSERV. VALOR VENAL
2 GALPOES DE MADEIRA 159 m² Fibroamianto RAZOAVEL R$ 4.500,00
1 CASA DE ALVENARIA 80 m² Telha de barro OTIMA R$ 40.000,00
- CERCAS ELÉTRICAS 4560 m --- OTIMA R$ 9.200,00
TOTAL R$ 53.700,00
Tabela 4. Máquinas e equipamentos, condições e valor venal
UNIDADE DESCRIÇÃO CONSERV. VALOR VENAL(R$)
1 TRATOR DE PNEU MASSEY FERG. BOM 29.000,00
1 COLHEDORA DE FORRAGEM OTIMA 2.400,00
1 PLANTADORAS BOA 5.000,00
1 PULVERIZADORES RAZOAVEL 1.500,00
1 CARRETA AGRICOLA BOA 1.800,00
1 DISTRIBUIDOR DE UREIA RAZOAVEL 800,00
1 ROÇADEIRAS OTIMA 1.200,00
1 TRITURADOR DE MILHO BOM 600,00
1 ORDENHA BOA 900,00
1 RESFRIADOR OTIMO 3.000,00
1 CJ IRRIGAÇAO OTIMO 12.000,00
TOTAL 58.200,00
Relativo ao rebanho em janeiro de 2011, o produtor possuía a seguinte
configuração, descrita na tabela abaixo.
Tabela 5. Relação de animais, categoria, idade e valor.
UNIDADE DESCRICAO RAÇA
IDADE
(meses) APTIDA
O VALOR
VENAL (R$) TOTAL(R$)
20 VACAS MEST > 30 LEITE 2.800,00 56.000,00
5 NOVILHAS MEST 21 a 30 LEITE 2.000,00 10.000,00
7 NOVILHAS MEST 13 a 20 LEITE 1.700,00 11.900,00
7 BEZERRAS MEST 4 a 12 LEITE 900,00 6.300,00
3 BEZERRAS MEST 0 a 3 LEITE 400,00 1.200,00
1 TOURO JERSEY 70 LEITE 2.000,00 2.000,00
87.400,00
Com os valores apresentados, é possível notar que, no inicio do trabalho, o
produtor já havia um bom capital investido relativo aos animais de produção.
Para finalizar as informações relativas aos capitais, serão apresentados os
dados de capital financeiro em janeiro de 2011
Tabela 6. Créditos
REFERENCIA VALOR (R$) DISPONIBILIDADE DATA SAQUE
CONTA CORRENTE BB 3.000,00 IMEDIATA IMEDIATA
Tabela 7. Estoques
DESCRICAO REFERENCIA QUANTIDADE VALOR (R$) TOTAL (R$)
SOJA SACAS 60 KG 150,00 41,00 6.150,00
MILHO SACAS 60 KG 50,00 23,00 1.150,00
Tabela 8. Dívidas
REFERENCIA VALOR (R$)
PARCELAS
VENCIMENTO
PRONAF INVESTIMENTO 2.500,00 2 2012 A 2013
Após verificar a realidade dos capitais em janeiro de 2011, chega-se a conclusão
que o produtor tem grande potencial de aumentar a produção e a produtividade, bem
como a renda da família.
JUSTIFICATIVA: O interesse da família no aumento da receita, a vontade de organizar e
aproveitar melhor as condições de produção da propriedade, com gerenciamento da
produção através da anotação de dados, controle leiteiro, adequação de manejo do
rebanho e manejo nutricional.
OBJETIVO DA PROPOSTA: Aumentar a produtividade por área, através da produção leiteira
ESTRATÉGIA DA PROPOSTA:
Focar na produção de forragens de alto valor nutricional, balanceamento de
dieta, reduzindo custos e controlando a qualidade do leite através da coleta e análise
mensal, ofertando leite de qualidade, buscando o preço justo, para melhorar a vida na
propriedade e proporcionar condições de manutenção dos filhos na propriedade.
PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: Diagnóstico da realidade, inserção e participação dos familiares no processo de
definição de objetivos, planejamento, metas, responsabilidades e ganhos durante o
período destacado, implantação do controle leiteiro, GPL e outras ferramentas para
gestão da atividade.
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: O início desta história acontece quando o produtor procurou o Instituto Emater,
em Nova Prata do Iguaçu para organizar a documentação de encaminhamento do PIN
(Programa de Irrigação Noturna), durante a visita, realizada em junho de 2010, para
avaliar as condições ambientais referentes a implantação da irrigação surge o primeiro
diálogo sobre produção de forrageiras. Na mesma conversa o produtor se interessou
no assunto e me indagou sobre as mudanças que gostaria de fazer na propriedade, já
que a produção de grãos não estava sendo suficiente para gerar renda digna à sua
família.
Na segunda visita, nesta ocasião com interesse de organizar documentação
para financiar a irrigação, definiu-se o agente financeiro a ser encaminhado o projeto,
neste caso o Banco do Brasil, sendo que esta ação passa a fazer parte da proposta de
Desenvolvimento Rural Sustentável do banco e o produtor teve o crédito aprovado,
tendo em vista o processo de assistência que estava sendo implantado e o seu bom
histórico adimplente.
Nesta visita, eu, passei a conhecer os familiares do produtor e procurei
informalmente saber mais informações como nome, idade, atuação no sistema
produtivo de cada membro da família.
Nestas primeiras conversas o produtor me solicitou informações de uma
forrageira de hábito cespitoso para implantar na área que pretendia irrigar, apresentei
algumas espécies de alta produtividade e alto valor nutritivo, ficando definido que nesta
proposta o capim que melhor se adaptaria, seria o capim elefante pioneiro.
Em seguida o produtor, através do instituto emater, encaminha uma amostra de
solo, da área a ser implantada a pastagem, para análise. O resultado serviu de base
para orientar a aplicação de corretivos.
Em agosto de 2010 o produtor providencia as mudas, de um banco existente na
propriedade e inicia a preparação da área para implantar a forrageira.
Até então a base de alimentação do rebanho existente era de forragens anuais
de verão, de inverno, silagem e concentrado.
Com o pasto plantado e a irrigação implantada, rapidamente o capim brotou e
em dezembro de 2010, já foi possível o uso do pasto para fornecimento aos animais
em pastejo.
Nesta época foi implantado um processo de controle, onde o produtor anotaria
as despesas e passaria a trabalhar com inseminação artificial.
Outra ação relevante foi o início do controle leiteiro, onde mensalmente o leite
seria pesado e amostrado para encaminhar à Associacao paranaense de criadores de
bovinos da raça holandesa, a qual analisaria o leite, fornecendo dados dos teores de
gordura, proteína, células somáticas e sólidos totais. Além disso, com as coberturas
conhecidas, pelo manejo reprodutivo, com o programa Web+leite foi possível
determinar muitos índices da propriedade, tanto em quesito reprodutivo, produtivo,
nutricional e sanitário, sendo fundamentais às tomadas de decisões pelo técnico e pelo
produtor.
O sistema de produção implantado foi intensivo, baseado na produção de
forragem de alta qualidade, focando a conservação e a fertilidade do solo, com a
reforma das curvas de nível, proteção da água e conforto animal. Foram implantados
na propriedade, 30 piquetes com capim pioneiro, de 1500 m², sendo 24 destes
irrigados e com sombreamento de eucalipto.
Além disso, o produtor dispõe de 1 ha de cana de açúcar, 12 ha no sistema
integração lavoura pecuária e 4,4 ha são destinados ao cultivo do milho para produção
de silagem, sendo esta em áreas alternadas, onde é plantado milho em um ano, no ano
seguinte é plantado soja.
O trabalho foi realizado, conforme programado, acompanhando cada passo da
propriedade, gerando dados para mostrar que a atividade é rentável e que era
fundamental na busca de qualidade de vida familiar, conservação ambiental e
envolvimento familiar no cotidiano produtivo.
Além dos objetivos da família, eu, técnico da extensão, preconizei os
aprendizados durante este período, para transmitir através de métodos grupais, como
tardes de campo, reuniões técnicas, os resultados obtidos, tornando a propriedade uma
unidade de referência.
RESULTADOS Os resultados obtidos em todos os campos de produção foram muito
significativos, passo a descrever a evolução dos capitais anteriormente apresentados.
Relativo ao capital natural, o mesmo continua semelhante, porém com a
evolução dos preços da terra, os investimentos em conservação e correção de solos,
tanto na área de pastagem como na integração lavoura e pecuária e a evolução dos
eucaliptos na área de reflorestamento, o imóvel sem as benfeitorias está avaliado em R$ 520.000,00.
Com relação a infra-estrutura, os dois galpões de madeira não existem mais, o
capital referente a este bem, foi transformado em uma sala de ordenha com ante-sala
coberta de zinco, com piso de concreto, sala de resfriador, depósito, silo para ração,
sala de trato, totalizando 400 m², em ótimas condições e com valor venal de R$
100.000,00. Sobre os equipamentos, destacam-se o conjunto de ordenha e o resfriador que
foram substituídos, cabe citar que a ordenha existente em 2011 era no sistema balde
ao pé, com dois conjuntos e o resfriador para quatro ordenhas de 600 L. Hoje o
produtor conta com uma ordenha canalizada de 4 conjuntos com medidor, para realizar o controle leiteiro mensal, no valor de R$ 6.500,00 e o resfriador hoje é de 1400 L no
valor de R$ 12.000,00. Para facilitar o trabalho o produtor adquiriu uma desensiladeira,
no valor de R$ 25.000,00. Demais bens, como trator, irrigação, plantadeira, etc.
continuam na propriedade, todos funcionando em bom estado, porém já depreciados
proporcionalmente ao seu uso, fato considerado para avaliação financeira da atividade
no período.
Os animais atualmente também merecem destaque, pois com o trabalho de
melhoramento genético, seleção de animais seu valor foi aumentado além do número
também, conforme os dados a seguir:
Tabela 9. Descriçao do rebanho em janeiro de 2014.
UNIDADE DESCRICAO RAÇA
IDADE
(meses) APTIDAO VALOR VENAL (R$) TOTAL(R$)
34 VACAS HOL > 30 LEITE 3.500,00 119.000,00
6 NOVILHAS HOL 21 a 30 LEITE 2.500,00 15.000,00
7 NOVILHAS HOL 13 a 20 LEITE 1.700,00 11.900,00
7 BEZERRAS HOL 4 a 12 LEITE 900,00 6.300,00
2 BEZERRAS HOL 0 a 3 LEITE 500,00 1.000,00
1 TOURO HOL 30 LEITE 3.000,00 3.000,00
156.200,00
Houve melhora no rebanho, o que proporciona maior barganha de preço de
comercialização dos animais, outro fato importante é que o produtor passa a ter um
aumento de renda com a comercialização de excedentes de animais jovens, porém em
pequena escala, por enquanto.
Do ponto de vista financeiro em dezembro de 2014 o produtor tinha a seguinte configuração:
Tabela 10. Créditos em janeiro de 2014.
REFERENCIA VALOR (R$) DISPONIBILIDADE DATA SAQUE
CONTA CORRENTE BB 12.000,00 IMEDIATA IMEDIATA
Tabela 11. Dívidas em janeiro de 2014
REFERENCIA VALOR (R$) PARCELAS VENCIMENTO
PRONAF INVESTIMENTO
7.500 5 2015 A 2020
18.000 8 2015 A 2023
Nota-se desta forma que o produtor aumentou seu capital em infraestrutura,
melhorou o seu plantel, porém as dívidas não foram aumentadas na mesma proporção,
o que permite estimar a liquidez das atividades, gerando renda e melhor qualidade de vida, conforto e facilidade no trabalho.
Deixei para apresentar os resultados de produção por último, porém, a meu ver, foram os resultados de maior destaque na busca dos objetivos.
Tabela 12. Produção, produtividade, receita Bruta, Renda Liquida da atividade
leite para o período de janeiro de 2011 a dezembro de 2013.
Ano Produçao (L) Produtividade (L/ha)
Receita Bruta (R$)
Renda Liquida (R$)
2011 95.703 14.326 73.490,81 43.444,20 2012 109.249 16.552 85.568,45 54.461,24 2013 133.152 17.753 124.698,57 70.847,77
Dados referentes a produção e renda em 2014, estão em processo de
conclusão, por isso os dados apresentados referem-se até 2013, mas estima-se um
crescimento de produção de 35%.
O produtor não obteve rendas com venda de animais no período, já que o
mesmo estava em composição do rebanho e teve baixa de 5 animais.
Sobre o capital humano, atualmente, todos atuam no processo produtivo,
principalmente o Silmar e a Sandra, somados a eles, o Jean e a Ana também ajudam
no dia-a-dia da propriedade, uma vez que já estão maiores do que a época em que
iniciamos o trabalho de ATER.
O casal e os filhos mostram facilidade e a motivação para adquirir novos
conhecimentos e assimilar novas técnicas de produção de grãos e leite.
No campo ambiental, o produtor avançou significativamente, isolando as áreas
de preservação permanente, recuperando principalmente as matas ciliares e os
animais não tem acesso às nascentes, rios e reservatório da irrigação, tendo água
disponível nos bebedouros distribuídos na propriedade e em todos os piquetes.
As instalações construídas foram planejadas para coletar água da chuva e
reservá-la, porém ainda não está sendo realizada esta prática, além disso, num futuro
próximo, existe o planejamento da instalação de um biodigestor, associado a
fertirrigação.
Outro fator importante foi a instalação do sistema silvipastoril, com foco no
conforto animal, porém as árvores tem papel fundamental no equilíbrio da emissão de
gases de efeito estufa, principalmente o metano.
PARCERIAS DO PROJETO:
Já na implantação da irrigação a parceria mostra sua força, pois devido a
propriedade estar integrada no processo de assistência técnica, a prefeitura municipal
dentro do programa porteira adentro, encaminhou à propriedade a retroescavadeira
para abertura das valetas destinadas a implantação da irrigação, que foi adquirida de
empresa local, valorizando assim o comércio pratense.
E em 2013 esta parceria, novamente proporcionou, dentro do programa porteira
adentro, a terraplenagem para construção das novas instalações de sala de ordenha e
tratamento, reforma de silos, readequação de estradas e nivelamento de terreno para
plantio de cana.
Além da secretaria municipal de agricultura, banco do Brasil e emater, cabe
destaque a parceria com a coopafi, cooperativa de comercialização, e coasul, onde o
produtor comercializa a sua safra de grãos, tendo abono junto ao programa do
biodiesel.
Os resultados anualmente são divulgados em tardes de campo realizados na
propriedade e desde o ano de 2012, aumentou significativamente o número de
produtores solicitando a visita do técnico. Somado a isso, a idéia implantada tem sido
trabalhada em mais uma unidade de referência no município desde janeiro de 2013 e
em 2014, está sendo irradiada para outras cinco numa parceria direta com a secretaria
municipal de agricultura, no projeto leite sudoeste.
Este trabalho realizado junto a esta família tem gerado ótimos frutos dentro de
Nova Prata do Iguaçu, pois esta experiência tem sido aplicada em outras propriedades
com sucesso.
CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO FUTURO”: O tema escolhido reflete diretamento os objetivos estratégicos do projeto Emater
do futuro.
Todo aprendizado destes anos trabalhados nesta unidade de referência,
aumentou significativamente o conhecimento técnico dos envolvidos, o que melhora a
qualidade do serviço de ATER prestado à comunidade.
Este trabalho foi realizado continuamente, com visitas mensais e presença direta
na vida produtiva da família e permitiu ao produtor acessar o crédito rural sem custo
adicional de assitência técnica e com o aumento da renda a família passou a ter maior
qualidade de vida e principalmente melhoraram as condições de trabalho.
O produtor cada vez mais se sente responsável em organizar a propriedade,
aproveitando os recursos naturais de forma sustentável, preservando o meio ambiente
e sempre pensando em melhorar a conservação, desde a proteção dos mananciais e
no projeto para execução em 2015 da coleta de dejetos para fertirrigação. AGRADECIMENTOS: Agradeço a Deus pela saúde e toda riqueza natural ofertada sem cobrar nada
em troca.
Agradeço imensamente a oportunidade de trabalho proporcionado pelo Instituto
Emater, pela formação continuada que nos é concedida.
Ao produtor e sua família que acreditam no seu potencial e não medem esforços
para atingir os objetivos traçados no planejamento.
A minha família que por muitos dias teve a paciência e a compreensão sobre o
trabalho fora dos horários de expediente e a força e carinho diários a mim ofertados,
reforçando a ligação das nossas famílias que além da relação profissional, hoje temos
uma relação de amizade.
REFERÊNCIAS CARVALHO, L. de A. ZOCCAL, R. MARTINS, P. do C. ARCURI, P. B. MOREIRA, M. S. de P. Tecnologia e gestão na atividade leiteira. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2005. CHAPAVAL, L. PIEKARSKI, P. R. B. Leite de qualidade: manejo reprodutivo, nutricional e sanitário. Viçosa:Aprenda Fácil, 2000. MEDEIROS, F. de P. FERRO, H. L. OLIVEIRA, S. S. R. Instalações para gado leiteiro. Curitiba:Instituto Emater, 2009. PERES, F. C. HIRONAKA, G. M. F. N. CANZIANI, J. R. GUIMARÃES, V. D. A.; OLIVEIRA, M. M. C. Elaboração e Análise de Projetos. O Programa Empreendedor Rural. Curitiba: SEBRAE/PR e SENAR/PR, 2010.
PIMENTEL, A. Curso de empreendedorismo. São Paulo:Digerati Books, 2008.
YAMAGUCHI, L. C. T. CÓSER, A. C. MARTINS, C. E. DERESZ, F. CARNEIRO, A. V. Pastejo rotativo: viabilidade econômica na produção de leite. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2002.
ANEXOS
1. REPORTAGEM PUBLICADA NO BOLETIM INFORMATIVO FAEP, 1282 DE 03 A 9/11/2014.
2. FOTO DO CONTROLE LEITEIRO REALIZADO EM 25/05/2011 3. FOTO DA ÁREA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA E PECUÁRIA TIRADA EM
25/05/2011. 4. DIA DE CAMPO SOBRE SISTEMA SILVIPASTORIL COM PRODUTORES
BENEFICIÁRIOS DA CHAMADA PÚBLICA DE SUSTENTABILIDADE 04/02/2015
5. VISITA ÀS NOVAS INSTALAÇÕES COM PRODUTORES BENEFICIÁRIOS DA CHAMADA PÚBLICA DE SUSTENTABILIDADE 04/05/2015