SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE JACAREZINHO
COLÉGIO ESTADUAL “ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE”- EFM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
JACAREZINHO – PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE JACAREZINHO
COLÉGIO ESTADUAL “ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE”- EFM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto Político Pedagógico apresentado
ao NRE, em atendimento à determinação
do mesmo, para entrar em vigor no ano
de 2011, após aprovação do mesmo.
JACAREZINHO – PARANÁ
2
1. SUMÁRIO
2. APRESENTAÇÃO...........................................................................................................08
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.................................................................10
3.1 Colégio..................................................................................................................10
3.2 Endereço...............................................................................................................10
3.3 Fone......................................................................................................................10
3.4 Fax........................................................................................................................10
3.5 Município...............................................................................................................10
3.6 Dependência Administrativa.................................................................................10
3.7 NRE.......................................................................................................................10
3.8 Entidade Mantenedora.........................................................................................10
3.9 Ato de Autorização...............................................................................................10
3.10 Ato de Reconhecimento......................................................................................10
3.11 Ato de Renovação de Reconhecimento.............................................................10
3.12 Regimento Escolar .............................................................................................10
3.13 Distância da Instituição Escolar do NRE............................................................10
3.14 Localização.........................................................................................................10
3.15 site.......................................................................................................................10
3.16 email....................................................................................................................10
4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO................................10
5. MARCO SITUACIONAL..................................................................................................11
5.1 Organização da Entidade Escolar........................................................................14
5.1.1 Modalidade de Ensino........................................................................................14
5.1.2 Dados Quantitativos...........................................................................................14
5.1.3 Turnos de Funcionamento.................................................................................15
5.1.4 Ambientes Pedagógicos....................................................................................16
5.2 Histórico da Realidade..........................................................................................16
5.3 Histórico da Instituição Escolar.............................................................................27
5.4 Caracterização da Comunidade Escolar..............................................................28
5.5 Escola de Superação............................................................................................28
5.6 PDE Escola...........................................................................................................29
5.7 Porte da Escola.....................................................................................................29
5.8 Regime Escolar.....................................................................................................29
3
5.9 Classificação.........................................................................................................29
5.10 Promoção............................................................................................................31
5.11 Dependência.......................................................................................................31
5.12 Regime de Progressão Parcial...........................................................................31
5.13 Quantidade de profissionais em cada setor.......................................................32
5.14 Formação dos Profissionais de Educação.........................................................32
5.15 Análise Crítica.....................................................................................................33
5.15.1 Índice de Aproveitamento Escolar...................................................................33
5.15.2 Contradição e conflitos presentes na prática docente.....................................34
5.15.3 Formação Inicial e Continuada........................................................................34
5.15.4 Organização do Tempo e do Espaço..............................................................37
5.15.5 Equipamentos Físicos e Pedagógicos.............................................................38
5.15.6 Relações humanas de trabalho na escola.......................................................39
5.15.7 Organização da hora atividade........................................................................39
5.15.8 Inclusão............................................................................................................40
5.16 Gestão Democrática...........................................................................................41
5.16.1 Conselho de Classe.........................................................................................41
5.16.2 Conselho Escolar.............................................................................................42
5.16.3 Grêmio Estudantil.............................................................................................43
5.16.4 APMF..............................................................................................................43
5.16.5 Participação dos Pais.....................................................................................44
5.16.6 Critérios de Organização e Distribuição de Turmas........................................45
5.17 Desafios Educacionais Contemporâneos ( Cidadania e Educação Fiscal,
Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso
indevido de drogas, História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena,
Sexualidade)...............................................................................................................52
5.18 Diversidade ( Paraná Alfabetizado, Educação Escolar Indígena, Educação do
Campo, Relações Étnicos-Racial e Afrodescendência, Gênero e Diversidade
Sexual).......................................................................................................................53
5.19 CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna).........................53
5.20 PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)...........................................53
5.21 Equipe Multidisciplinar........................................................................................54
6. MARCO CONCEITUAL...................................................................................................54
4
6.1 Fundamentação Teórica do Colégio.....................................................................54
6.1.1 Filosofia do Colégio............................................................................................58
6.1.2 Concepção Educacional....................................................................................60
6.1.3 Princípios Norteadores da Educação................................................................60
6.1.4 Objetivos da Escola...........................................................................................61
6.1.5 Fins Educativos..................................................................................................62
6.1.6 Concepções norteadas pela Lei de Diretrizes de Bases da Educação
Nacional.....................................................................................................................63
6.1.7 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação do colégio....................................63
6.1.8 Concepção do Estatuto da Criança e do Adolescente......................................64
6.1.9 Concepção das Capacitações Continuadas......................................................64
6.1.10 Concepção de homem, sociedade, cultura, mundo, educação, escola,
conhecimento, tecnologia, ensino aprendizagem, cidadania/cidadão.......................64
6.1.11 Concepção de Escola de Superação..............................................................66
6.1.12 PDE Escola......................................................................................................67
6.1.13 Concepção de Tempo e Espaço na Escola....................................................67
6.1.14 Concepção e princípios da Gestão Democrática............................................68
6.1.15 Administração Colegiada.................................................................................68
6.1.16 Concepção de Formação Continuada.............................................................68
6.1.17 Concepção da Hora-Atividade.........................................................................69
6.1.18 Concepção de Plano de Trabalho Docente.....................................................69
6.1.19 Concepção da Reunião Pedagógica...............................................................70
6.1.20 Concepção de Conselho de Classe................................................................70
6.2 Concepção de Tempo Escolar.............................................................................70
6.3 Organização Curricular.........................................................................................71
6.4 Matriz Curricular....................................................................................................72
6.5 Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação das relações étnicos
raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena....77
6.6 Ensino da História do Paraná...............................................................................77
6.7 Lei do Estágio não obrigatória..............................................................................77
6.8 Ensino de Filosofia e Sociologia...........................................................................78
6.9 Concepções de Ações Didático Pedagógicas......................................................78
6.10 Concepção de Complementação Curricular: Instrução n° 010/2009- Programa
Viva Escola..................................................................................................................79
5
6.11 Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos..................................79
6.12 Concepção de Diversidade (Paraná Alfabetizado, Educação Escolar Indígena,
Educação do Campo, Relações Etnicos-racial e Afrodescendência, Gênero e
Diversidade Sexual)....................................................................................................79
6.13 Concepção Curricular / de Currículo..................................................................81
6.13.1 Relação entre conteúdo, método, contexto sócio-cultural e fins da educação
.....................................................................................................................................84
6.13.2 Relações entre as concepções de homem, sociedade, mundo, educação,
aprendizagem e finalidade dos conteúdos.................................................................84
6.13.3 Respeito à identidade do aluno na perspectiva da diversidade cultural.........85
6.13.4 Articulação desses saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do
contexto histórico-social e a mediação de mediação do professor............................85
6.13.5 Relação professor / aluno................................................................................86
6.13.6 Recursos didáticos-pedagógicos facilitadores da aprendizagem...................87
6.13.7 Intervenção constante do professor no processo ensino aprendizagem........87
6.13.8 Relação entre a formação continuada do professor e sua prática..................87
6.13.9 Interdisciplinaridade e Contextualização.........................................................88
6.14 Concepção de Avaliação....................................................................................88
6.14.1 Conceito...........................................................................................................88
6.14.2 Indicadores da Aprendizagem.........................................................................90
6.14.3 Critérios de Promoção.....................................................................................90
6.14.4 Periodicidade do Registro da Avaliação..........................................................91
6.14.5 Resultado da Avaliação...................................................................................91
6.14.6 Encaminhamentos e ações concretas.............................................................91
6.14.7 Procedimento de Recuperação de Estudos....................................................92
6.15 Plano de Avaliação.............................................................................................92
6.15.1 Adaptação Curricular.......................................................................................92
6.15.2 Dependência....................................................................................................93
6.15.3 Progressão Parcial...........................................................................................94
6.15.4 Recuperação....................................................................................................94
6.15.5 Classificação....................................................................................................96
6.15.6 Reclassificação................................................................................................97
6.15.7 Avaliação Final.................................................................................................97
6.15. 8 Procedimento de informação aos pais...........................................................98
6
6.16 PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)...........................................99
6.17 Equipe Multidisciplinar........................................................................................99
7. MARCO OPERACIONAL.............................................................................................100
7.1 Plano de Ação....................................................................................................100
7.1.1 Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e políticas pedagógicas
..................................................................................................................................100
7.1.2 Facilitadores da aprendizagem.......................................................................104
7.1.3 Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica....................104
7.1.4 Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do aluno
..................................................................................................................................105
7.1.5 Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática
em sala de aula........................................................................................................105
7.1.6 Mudanças significativas a serem alcançadas.................................................105
7.1.7 Organização da Hora Atividade, Reuniões Pedagógicas e Conselho de Classe
..................................................................................................................................106
7.1.8 Recuperação de Estudos e Recuperação parcial...........................................107
7.1.9 Plano de Trabalho Docente.............................................................................107
7.1.10 Diretrizes para avaliação geral de desempenho...........................................108
7.1.11 Ações envolvendo outras instituições...........................................................109
7.1.12 Recursos Financeiros....................................................................................109
7.1.13 Funções Específicas (Organização Interna do Colégio)...............................109
7.1.14 Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos.............................125
7.1.15 Qualificação dos equipamentos pedagógicos (salas, biblioteca, laboratório,
pátio).........................................................................................................................125
7.1.16 Família e Comunidade..................................................................................126
7.1.17 Organização do trabalho pedagógico e a prática docente (a partir do currículo
enquanto núcleo do PPP).........................................................................................127
7.2 Redimensionamento da Gestão Democrática...................................................127
7.2.1 Conselho Escolar............................................................................................127
7.2.2 Conselho de Classe........................................................................................128
7.2.3 Grêmio Estudantil............................................................................................130
7.2.4 Eleição do aluno representante de turma.......................................................130
7.2.5 APMF...............................................................................................................131
7.3 Formação Continuada........................................................................................134
7
7.4 Atividades escolares em geral, e as ações didático-pedagógicos a serem
desenvolvidas durante o tempo escolar...................................................................135
7.5 Desafios Educacionais Contemporâneos..........................................................135
7.6 Diversidade.........................................................................................................135
7.7 PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)..........................................135
7.8 Equipe Multidisciplinar........................................................................................137
8. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR................................................137
9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...............140
10. REFERÊNCIAS...........................................................................................................140
11. ANEXOS.....................................................................................................................143
11.1 PPC DE ARTE..................................................................................................156
11.2 PPC DE BIOLOGIA..........................................................................................156
11.3 PPC DE CELEM...............................................................................................160
11.4 PPC DE CIÊNCIAS..........................................................................................173
11.5 PPC DE EDUCAÇÃO FÍSICA..........................................................................211
11.6 PPC DE ENSINO RELIGIOSO........................................................................219
11.7 PPC DE FILOSOFIA........................................................................................225
11.8 PPC DE FÍSICA................................................................................................232
11.9 PPC DE GEOGRAFIA......................................................................................237
11.10 PPC DE HISTÓRIA........................................................................................259
11.11 PPC DE INGLÊS............................................................................................273
11.12 PPC DE MATEMÁTICA..................................................................................283
11.13 PPC DE PORTUGUÊS..................................................................................290
11.14 PPC DE QUÍMICA..........................................................................................310
11.15 PPC DE SOCIOLOGIA...................................................................................316
11.16 Modalidade: Ensino Fundamental (Sala de Apoio) Língua Portuguesa........326
11.17 Modalidade: Ensino Fundamental (Sala de Apoio) Matemática....................331
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2. APRESENTAÇÃO
Este Projeto, respaldado e no cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, 9394/96 artigos - 12, 13 e 14 e no Estatuto da Criança e do
Adolescente representa o conjunto de esforços e o empenho de todos os segmentos de
nossa escola, na construção de um mundo mais justo e humano.
No desenvolvimento do P.P.P. a escola vai adquirindo sua identidade, pois é
nesse momento que ela irá pensar e repensar sua filosofia, sua política, suas regras,
seus objetivos e metodologias, suas utopias, é quando vai discernir o que deseja e
espera de seus alunos, pais, professores e todo o colegiado. Neste momento a escola irá
diagnosticar a sua realidade, suas condições físicas, materiais, financeiras e humanas.
Identificará seus limites para traçar seus sonhos e metas.
Ao elaborar a Projeto Político Pedagógico a escola dispõe: de forma clara os
valores coletivos, delimita prioridades, define os resultados desejados e incorpora a auto-
avaliação em seu trabalho. Em função do conhecimento da comunidade em que atua e de
sua responsabilidade para com ela, precisamos conhecer que cada escola possui e
desenvolve uma cultura própria permeada por valores, expectativas, costumes,
tradições, condições, historicamente construídos a partir de contribuições individuais e
coletivas, vemos assim que no interior das escolas, diferentes realidades econômicas,
sociais e características culturais estão presentes e lhe conferem uma identidade
absolutamente peculiar.
Como iniciamos em nossa apresentação, a LDB em seu artigo 12, inciso primeiro,
diz que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua “proposta pedagógica”
vemos assim que a instituição escolar tem nesse momento histórico a oportunidade de
refletir sobre sua intencionalidade educativa, planejando e executando mudanças que
melhor respondam ás suas necessidades colaborando tanto para a educação geral
quanto para a educação em cada instituição com suas realidades e especificidades.
O contexto educacional inserido no meio sócio-econômico, político e cultural
determina a construção de um projeto político pedagógico que atinja as finalidades da
9
escola, definindo seu papel de forma clara, suas formas operacionais e os caminhos que
pretende seguir.
Seu processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da
comunidade escolar, do contexto social e científico, constituindo-se em compromisso
político e pedagógico coletivo. Ele precisa ser concebido com base nas diferenças
existentes entre seus autores, sejam eles professores, equipe técnico-administrativa, pais,
alunos e representantes da comunidade local. É portanto, fruto de reflexão e investigação.
(VEIGA, 1998, p. 9-32).
O mundo está em processo de contínua mudança. De modo geral pode-se dizer
há contínua transformação no padrão tecnológico, nas informações e na organização do
trabalho. As escolas devem modernizar-se na mesma velocidade destas transformações
e adaptarem-se as mudanças.
Sendo assim, para um resultado mais eficaz a ser alcançado a comunidade
escolar necessita planejar seus desejos e suas idéias para que suas ações sejam
interrelacionadas e/ou integradas na direção de um objetivo maior que será o projeto
político-pedagógico da escola.
GANDIN (1999, p. 38) ressalta que "o planejamento é uma ferramenta. Não
devemos dar-lhe mais importância do que damos a um martelo". Entretanto, a seguir
(p.39) afirma que "investir no planejamento traz como resultado um crescimento da
instituição [...] em termos de ideais , mormente se o instrumento utilizado for o
planejamento participativo". Afirma que “para as instituições que tem como propósito mais
importante a participação na construção da sociedade” (p. 44) o planejamento
participativo é o mais indicado. Concordando com GANDIN, escolhemos o planejamento
participativo como referência.
10
3 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
3.1 Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – EF - Código n° 0050-5
3.2 Rua Fernando Botarelli, 100 – Bairro Aeroporto
3.3 Fone: 43 3525 0290
3.4 Fax: 43 3525 0290
3.5 Jacarezinho / Paraná - Código nº 1190
3.6 Dependência Administrativa Estadual - Código 00430
3.7 Núcleo Regional de Educação de Jacarezinho - Código nº 17
3.8 Governo do Estado do Paraná
3.9 Ato de Autorização/Resolução nº 298/1993
3.10 Ato de Reconhecimento/Resolução nº 3627 de 25/09/1987
3.11 Ato de Renovação de Reconhecimento
Ensino Fundamental/Resolução nº 4308 de 06 de novembro de 2006
Ensino Médio/Resolução nº 5328/2008 de 02/02/2009
3.12 Regimento Escolar – Ato Administrativo n° 029/08 de 13/02/2008
3.13 Distanciamento do NRE: 4,5 K
3.14 Zona Urbana
3.15 site: [email protected]
3.16 email: [email protected]
4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O projeto político pedagógico objetiva a construção de um referencial norteador,
elaborado na escola como um instrumento para consolidar as novas diretrizes da nova
legislação da educação. (LDB 9394/96, DCN, DCEs, ECA...)
Também numa construção coletiva, objetiva propiciar condições de todos os
segmentos escolares pensarem e repensarem o “fazer escolar”. Um auto conhecer
importantíssimo para uma prática democrática.
Ao elaborar o Projeto a escola confere a si uma identidade única formada por uma
reflexão conjunta do que se deseja e se espera da instituição.
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Portanto objetiva:
• Auto conhecimento
• Organizar e sistematizar os processos escolares
• Fundamentar a proposta pedagógica da escola
• Democratização da gestão escolar
• Estar em constante reflexão da prática escolar
Tudo em prol de uma escola de qualidade em busca da transformação social por
iniciativa de um sujeito, crítico, atuante e politizado.
5. MARCO SITUACIONAL
Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o
desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país
cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha
avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. A escola
torna-se local de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem
investido muito neste setor.
Pesquisas na área educacional apontam que houve um crescimento no nível de
escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a melhoria do nível de
desenvolvimento de nosso país.
No entanto, é preciso que se redefina claramente o papel da escola na sociedade
brasileira, e que os objetivos devem ser buscados nos nove anos do Ensino Fundamental
como ficou estruturado a partir da reformulação da Lei 11.275/06 e de acordo com o
Artigo 23 da LDB 9394/96, o qual indica a organização da organização básica.
Portanto, o relacionamento entre funcionários, professores, equipe pedagógica e
direção é de constante debate numa evolução de comportamentos tanto em equipe como
na equivalência dos trabalhos pertinentes a cada um, tentando formar um todo o que na
realidade é muito difícil.
12
Nas reuniões bimestrais de entrega de boletins contamos com a participação dos
pais, assim como nas reuniões da APMF e toda ação que necessitamos convocá-los.
Devido ao número de alunos reprovados e evadidos apresentados em nossos
levantamentos, anterior a 2007, este estabelecimento esteve inserido no PDE Escola em
2008/2009, como escola de superação de defasagem educativa. A partir destas datas
apresentamos melhoras significativas em nossos índices de aprovação.
Acrescentamos que tais problemas surgiram frente a grande dificuldade da
realidade de nosso município, estado e país. Temos a consciência de que devemos
resgatar o valor dos conteúdos científicos no ensino-aprendizagem de nossa comunidade,
no qual já obtivemos algum êxito, visto a importância dos mesmos para a vida acadêmica
e cotidiana dos nossos educandos.
A avaliação é bimestral, serve como diagnóstico para a ação pedagógica e efetiva
construção de conhecimento.
Os conselhos de classe são realizados em nosso colégio como deliberam os
artigos que compõem a Seção IV – do Conselho de Classe do Regimento Escolar em
vigor.
O Grêmio Estudantil “Show de Educação” foi empossado em 12 de fevereiro de
2010, sendo uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos
estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.
O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite E.F.M. localizado no bairro
Aeroporto, a comunidade em que o colégio está inserido é de baixa renda, situada num
bairro de periferia. Observamos que a organização social não ocorre de forma justa pois o
índice de desemprego e sub-emprego é alto. Temos, em uma maioria significativa,
famílias organizadas de diferentes formas. A má distribuição de renda gera o domínio de
poucos sobre a grande maioria oprimida – tema em grande destaque nos discursos de
Paulo Freire. Esse estado em que se encontra, de uma forma geral, a nossa sociedade,
serve apenas para aumentar o desemprego, a violência, desestruturar as famílias, o que
torna o indivíduo sem perspectiva de vida. O analfabetismo, a gravidez precoce, a
13
violência, as drogas são problemas de índices consideráveis no bairro. Muitos são os
indivíduos da comunidade , ex-alunos, familiares de alunos, vizinhos e até mesmo alunos,
envolvidos em roubos, assassinatos, tráfico e outros.
A faixa etária de atendimento está entre 10 (dez) e 44 (quarenta e quatro) anos de
idade, a maioria vindo de famílias de pouca escolaridade.
A escola tem como prioridade diminuir a evasão e a repetência orientando os
alunos no comportamento social, no lazer, na religiosidade, na conduta familiar, na
educação sexual através de debates, palestras, vídeos educativos em parceria com
profissionais especializados, direção, equipe técnico pedagógica e docentes.
Nossa escola também considera a educação como processo de interagir para o
desenvolvimento integral do ser humano, respeitando a individualidade, as crenças, os
valores morais, culturais e éticos, os princípios que regem a dignidade humana,
propiciando atitudes reflexivas que possibilitem a transformação da realidade. No entanto
é preciso manter nas aulas os limites e cientificidade da educação para que tenhamos
avanço em nosso trabalho.
Nesse propósito, pretende-se uma escola que contribua, não só para leitura
crítica de mundo, mas que eduque para a reflexão, a ação e a transformação, a partir do
entendimento dos acontecimentos sociais, econômicos, culturais e políticos, tendo como
base os princípios éticos e políticos, expressos nas Diretrizes Curriculares Nacionais.
Dessa forma, as diretrizes, objetivos e metas aqui apresentadas têm o propósito
de contribuir para a efetivação desse princípio, assegurando a qualidade na oferta do
ensino.
Os problemas estruturais aparecem também em grande escala como por
exemplo, a estrutura física das salas de aula onde o ruído de uma sala prejudica as
atividades da outra; espaço inadequado para hora-atividade dos professores, já que o
mesmo encontra-se junto com o laboratório de informática.
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De um modo geral, no que se refere as relações de trabalho todos buscam o
equilíbrio do não conflito, respeitando as opiniões alheias, mantendo a cordialidade
sempre. Tudo com vistas a uma boa convivência.
O desafio é aprender a lidar com as diferenças, que são muitas: gênero, raça,
classe social, maneira de pensar... Olhando para o nosso país, vemos tantas maneiras
diferentes de viver e que precisam ser respeitadas. A riqueza não está em um indivíduo
saber muito, mas em saber partilhar e também aprender com o outro. Ou seja, o saber
relacionar-se. É nesse aprender com o outro que a nossa Escola vem praticando o
exercício da cidadania e da democracia.
5.1 Organização da Entidade Escolar
5.1.1 Modalidade de Ensino
O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – EFM oferece o Ensino
Fundamental dos anos finais e Ensino Médio.
5.1.2 Dados Quantitativos
Tal organização está baseada na Lei 9394/96, nos seus artigos 25 e 26 referentes
ao Ensino Fundamental, suas finalidades, seu Currículo e Diretrizes. A flexibilidade é a
garantia para alcançar os objetivos da Educação Básica.
Para isso, o Ensino Fundamental será organizado em séries, áreas e disciplinas.
Número de turmas (total): 26
Número de alunos (total): 685
Número de professores (total): 50
Número de Pedagogos (total): 04
Número de Funcionários (total): 19
Diretor: 01
Diretor Auxiliar: 01
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5.1.3 Turnos de funcionamento
O Colégio funciona em três turnos:
Matutino: das 07:20 às 11:45 h
Vespertino: das 13:00 às 17:20 h
Noturno: das 19:00 às 23:10
No turno matutino oferece-se o segundo segmento do Ensino Fundamental e
Ensino Médio, distribuído no total de 10 turmas.
6ª série – 02 turmas – 54 alunos
7ª série – 02 turmas – 67 alunos
8ª série – 01 série – 35 alunos
1º EM – 02 turmas – 53 alunos
2º EM – 02 turmas – 48 alunos
3º EM – 01 turma – 23 alunos
Número de alunos: 280
No turno vespertino oferecemos o segundo segmento do Ensino Fundamental
distribuído no total de 09 turmas.
5ª série – 05 turmas – 114 alunos
6ª série – 02 turmas – 65 alunos
7ª série – 01 turma – 31 alunos
8ª série – 01 turma – 24 alunos
Número de alunos: 234
No turno noturno oferecemos o segundo segmento do Ensino Fundamental e
Ensino Médio, distribuído no total de 07 turmas.
5ª série – 01 turma – 13 alunos
6ª série – 01 turma – 25 alunos
7ª série – 01 turma – 27 alunos
8ª série – 01 turma – 22 alunos
1º EM – 01 turma – 25 alunos
2º EM – 01 turma – 32 alunos
3º EM – 01 turma – 27 alunos
16
Número de alunos: 171
Total Geral: 685 alunos
5.1.4 Ambientes Pedagógicos
Total de salas de aula: 11
Número de salas de aula por turno:
Manhã: 10
Tarde: 09
Noite: 07
Sala de Apoio: 02
Biblioteca: 01
Laboratório de Ciências: 01
Laboratório de Informática: 20 computadores com rede de internet
Quadra: coberta 01
5.2 Histórico da Realidade
Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o
desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país
cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha
avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. A escola
torna-se local de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem
investido muito neste setor.
No entanto dados apontam queda no índice de analfabetismo, este fato deve-se,
principalmente aos maiores investimentos feitos em educação no Brasil nos últimos anos.
Governos municipais, estaduais e federais tem dedicado uma atenção especial a esta
área. Programas de bolsa educação tem tirado milhares de crianças do trabalho infantil
para ingressarem nos bancos escolares. Programas de Educação de Jovens e Adultos
(EJAs), Paraná Alfabetizados também têm favorecido este avanço educacional.
17
Outro dado importante é a queda no índice de repetência escolar, que tem
diminuído nos últimos anos. A repetência acaba tirando muitos jovens da escola, pois
estes desistem.
Este quadro tem mudado com reformas no sistema de ensino, que está
valorizando cada vez mais o aluno e dando oportunidades de recuperação.
A LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação ), aprovada em 1996,
trouxe um grande avanço no sistema de educação de nosso país. Esta lei visa tornar a
escola um espaço de participação social, valorizando a democracia, o respeito, a
pluralidade cultural e a formação do cidadão. A escola ganhou vida e mais significado
para os estudantes.
No início do século XXI, toda a sociedade brasileira se depara com a urgente
necessidade de mudar a realidade da educação no país. Fato que explicita essa
necessidade é a persistência do analfabetismo. Isso expressa o atraso do Brasil
marginalizando milhões de cidadãos.
Como explicar que um país que se coloca entre as maiores economias do mundo,
não consegue resolver esta problemática?
Em todo o mundo, o desempenho da educação/ escolaridade depende, em parte,
das características da escola, dos professores, do ensino que os alunos recebem, das
condições econômicas, sociais, históricas e culturais. Há uma interdependência entre o
processo educativo e o desenvolvimento social de um país, pois este implica na melhoria
da qualidade de vida para a população, independentemente do desenvolvimento
econômico. O país pode ser uma grande economia e não ser desenvolvido socialmente.
Nesse caso, sua população não desfruta dos direitos que deveriam ser assegurados pelo
Estado, como saúde, moradia, transporte, segurança, e é claro, educação.
Tal situação se constata no Brasil: temos uma economia consolidada, aberta para
o mercado internacional, com um grande parque industrial e uma fabulosa produtividade
no campo (com super-safra), mas, contraditoriamente, existem milhões de miseráveis; os
18
desprovidos de políticas públicas sociais resultado da absurda concentração de renda no
país.
A preocupação com as políticas educacionais trouxeram mudanças na forma de
gestão, na formação de professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação
centralizada nos resultados, de programas de educação à distância e de distribuição do
livro didático para o nível fundamental e médio, bem como mudanças na forma de
financiamento da educação.
As políticas educacionais até então adotadas, induziram os Sistemas Estaduais à
municipalização e à nuclearização do ensino.
Educação no Paraná
Ensino Fundamental
O Ensino Fundamental, segunda etapa da Educação Básica, conforme a LDB nº.
9394/96:
- terá a duração mínima de nove anos, sendo de oferta obrigatória e gratuita na
escola pública, inclusive para os que não tiveram acesso na idade própria.
- será de responsabilidade dos Estados e Municípios, os quais deverão definir
formas de colaboração que garantam a sua oferta;
- incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo
progressivamente ampliado o período de permanência dos estudantes na escola,
ressalvados os casos do ensino noturno;
- será ministrado progressivamente em tempo integral.
Este nível de ensino tem como princípio fundamental o desenvolvimento integral
do educando, voltando-se à sua inserção social e ao atendimento da diversidade cultural,
o multiculturalismo e a solidariedade humana, citados na referida Lei:
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I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista
a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Os preceitos legais expressam a importância do Ensino Fundamental no processo
de escolarização da população brasileira, exigindo dos Estados e Municípios a definição
de políticas educacionais que tenham o compromisso com a qualidade do ensino, de
forma a contribuir com a redução das profundas desigualdades sociais e da melhoria das
condições de vida da população brasileira.
É no espaço escolar que se legitimam esses princípios, à medida que o
comprometimento político educacional reconhece a educação como direito de todo
cidadão, valorizando os professores e todos os profissionais da educação, garantindo
possibilidades de trabalho coletivo pautado nos princípios da gestão democrática. Nesse
processo a reflexão, a criação e o reconhecimento da diversidade cultural no espaço
escolar devem tornar-se elementos fundamentais do seu objeto: o conhecimento.
As especificidades de cada espaço de escolarização, o respeito à diversidade de
atendimento, com suas metodologias específicas e as orientações político-pedagógicas
devem voltar-se para mudanças pedagógicas e estruturais, necessitando reconhecer, em
seus encaminhamentos, o dispositivo da Constituição Federal para o Ensino Fundamental
(Art. 208) que garante, a esse nível de ensino, a gratuidade e a obrigatoriedade como
dever do Estado.
Assim sendo, no processo de ensino e de aprendizagem há que se ter como
princípio o conhecimento sobre o educando, em seus aspectos biológicos, psicológicos,
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culturais, emocionais, espirituais e sociais, a partir do reconhecimento de que o indivíduo
é múltiplo; todos são aprendentes em potencial e se diferenciam nas formas e tempos da
aprendizagem, que ocorre de forma processual, contínua e sistêmica.
Dessa forma, as diretrizes, objetivos e metas aqui apresentadas têm o propósito
de contribuir para a efetivação desse princípio, assegurando a qualidade na oferta do
Ensino Fundamental.
Com isso, a formação continuada, a valorização dos trabalhadores em educação,
as condições pedagógicas e de infra-estrutura foram contempladas, tendo em vista:
- a necessidade de redução de número de alunos em sala de aula, respeitando-se
as especificidades do primeiro e segundo segmento do Ensino Fundamental;
- a relevância do processo de construção coletiva do Projeto Pedagógico, de
acordo com as características da comunidade atendida;
- a importância de espaços físicos adequados à realização de atividades
pedagógicas, artístico-culturais e esportivas;
- a relevância das bibliotecas escolares como espaços privilegiados de acesso
aos bens culturais;
- a criação e manutenção de equipamentos culturais em todos os municípios
paranaenses que permitam a ampliação dos espaços de aprendizagem e de acesso aos
bens e equipamentos culturais.
Para que se possa responder as demandas apontadas, é importante pensar a
escola que se quer ter, que se quer oferecer, ou que se precisa ter, e, a partir daí definir o
que é necessário de fato, para criá-las, mantê-las e qualificá-las.
Assim, faz-se necessário apontar caminhos para que se objetive uma escola
comprometida com a socialização do conhecimento historicamente produzido, em que as
contradições de uma prática social excludente sejam enfrentadas, a fim de que se possa
21
vislumbrar uma sociedade mais justa. Para tanto, é preciso que os diferentes segmentos
sociais estejam engajados nas discussões e no processo de implantação do Plano
Estadual de Educação.
Cabe, portanto, a toda sociedade, às gestões públicas e aos trabalhadores da
educação, o compromisso em garantir o Ensino Fundamental público, obrigatório e
gratuito com qualidade para todos.
O Paraná, um dos pioneiros a assumir as reformas propostas pelo governo
federal, induziu a que os municípios se responsabilizassem pela Educação Infantil e
Ensino de 1ª a 4ª série, hoje devido reformas do 1º ao 5º ano. Por outro lado, os
municípios não dispunham de infra-estrutura suficiente para dar suporte a uma educação
de qualidade. O processo de municipalização incluiu, como medida administrativa de
economia, a nuclearização das escolas. Isso descaracterizou as comunidades rurais
estimulando a migração, da população do campo para a cidade.
Como a reforma educacional, priorizou pela autonomia de currículo utilizando–se
de Parâmetros Curriculares Nacionais, esta não atendeu a diversidade sócio-cultural
brasileira. Quanto mais se falou em qualidade de ensino, mais se fragilizaram as
aprendizagens. As novidades organizacionais, curriculares e pedagógicas não atenderam
aos objetivos prioritários da escola.
Pelas pesquisas, ou pela observação direta do que acontece nas escolas, vêem
crianças e jovens concluindo as várias fases da escolarização, sem uma mudança
perceptível na qualidade das aprendizagens escolares e na sua formação geral.
Alunos do Ensino Fundamental ainda chegam à 5ª série sem os conhecimentos
básicos de leitura, escrita e cálculos. Essa realidade se faz presente devido a um conjunto
complexo de fatores, entre eles: as condições de trabalho, a formação e remuneração dos
professores, a difusão de teorias e práticas pedagógicas com precário vínculo com as
necessidades e demandas da realidade escolar e a flexibilidade das práticas avaliativas.
Índices apontam melhoria no ensino fundamental, em relação ao ensino médio os
resultados ainda são insatisfatórios.
22
Ensino Médio
Desde a consolidação do modelo agrário-comercial exportador dependente, que
sequer estendeu a instrução primária a toda a população, a ascensão social era buscada
na educação, pois esta representava uma oportunidade de ingresso nos poucos cursos
superiores que existiam, concretizando uma forte dualidade estrutural que ainda hoje se
apresenta entre formação humana e propedêutica.
Para que se entenda essa dualidade estrutural, presente na educação escolar
brasileira, do qual o Ensino Médio é a sua maior expressão, faz-se necessário que se
tenha uma visão global do contexto social do qual ela faz parte, enquanto fenômeno
social, e suas relações permanentes com a sociedade brasileira e as relações desta com
os sistemas: econômico, político e social capitalista mundial.
Na verdade, essa situação é um reflexo da organização da sociedade brasileira,
de origem escravocrata, formalizada numa educação para a classe dominante (educação
secundária e educação superior), e outra para o povo (escola primária ou profissional).
Estas duas possibilidades determinavam, para os diferentes indivíduos, a posição a eles
reservada, na divisão social e técnica do trabalho. Aquela dualidade, portanto, vem
identificando historicamente o Ensino Médio, mantendo-o atrelado com a organização e a
permanência da sociedade de classes.
O dualismo toma um caráter estrutural mais acentuado especialmente a partir dos
anos 40, quando a educação nacional foi organizada pelas leis orgânicas e o ensino
técnico foi regulamentado como um sistema paralelo ao ensino clássico, não havendo
nenhuma equivalência entre os dois sistemas. O ingresso na universidade só era possível
àqueles que tivessem concluído os cursos propedêuticos, geralmente alunos não
trabalhadores.
Entre os anos 1940 e 1960 o contexto político brasileiro era dominado por um
nacionalismo liberal, em que os diversos setores nacionais queriam a industrialização do
Brasil e cujas orientações se dividiam entre duas posições políticas: a defesa da
industrialização pela substituição das importações e a defesa da industrialização pela
desnacionalização da economia. Neste contexto, foi discutida e aprovada a primeira Lei
23
de Diretrizes e Bases da Educação, lei 4.024/61, que garante a equivalência entre os
cursos técnicos e os secundários propedêuticos, para efeitos de ingresso nos cursos
superiores, embora mantenha a dualidade.
Após 1964, com a tomada do poder pelos militares e intenção dos mesmos de
internacionalizar a economia, o Brasil tem um rápido crescimento, especialmente entre
1968 e 1973, período chamado por muitos de milagre econômico.
No plano educacional, o governo brasileiro passa a moldar a educação brasileira
segundo acordos firmados com a Agência de Desenvolvimento Internacional, acordos
MEC/USAID, objetivando adequar o sistema educacional ao modelo de desenvolvimento
implantado no País, quando são adotadas políticas educacionais voltadas para a
formação de mão-de-obra qualificada e acelerada, visando aumentar a produtividade e
mantendo a divisão técnica e social do trabalho.
Com o aumento pela procura de empregos, acarretada, inclusive, pela rápida
urbanização, os empregadores passaram a exigir o nível de escolaridade cada vez maior
como modo de seleção preliminar, aumentando a demanda também pela educação
superior. Neste contexto é aprovada a Lei 5.692/71 que institui a profissionalização
compulsória para a educação secundária que passa a ser “Ensino de 2º Grau”,
independentemente da classe social, surgindo com um duplo propósito: o de atender à
demanda por técnicos de nível médio e o de conter a pressão sobre o ensino superior.
Na verdade, o país conseguiu instalar um parque industrial considerável, sem que
fosse preciso recorrer à escola unitária de qualidade para todos, sendo necessária,
apenas, uma base estreita de mão-de-obra qualificada, acrescida de um contingente
enorme de trabalhadores pouco educados e mal preparados para enfrentar os desafios
impostos por sistemas mais complexos.
Por outro lado, as resistências da classe média, que desejava para seus filhos o
acesso à universidade, pressionam mudanças na lei. Diante das pressões, o Parecer
76/75 dá nova orientação, flexibilizando a lei e, finalmente, a Lei 7.044/82 põe fim a
compulsoriedade obrigatória no 2º Grau sem, no entanto acabar com a dualidade.
24
Nos anos de 1980, a mobilização pela reconquista das liberdades políticas, num
contexto de mudanças com a instalação da Nova República, leva a promulgação da
Constituição de 1988, que incorpora o direito à educação pública e democrática, e cujas
diretrizes fundamentais estão expostas no artigo 205.
Na década de 1990, as mudanças na política educacional evidenciaram outra
orientação política e econômica para o Brasil. A LDB 9394/96 incorpora o Ensino Médio à
educação básica, generalizando o propedêutico, considerado mais adequado e menos
dispendioso diante da rapidez com que o desenvolvimento tecnológico defasava os
cursos técnicos específicos. Assim, todos teriam uma formação geral, de no mínimo 2400
horas,
No Paraná, antecipando-se às reformas, é criado o Programa Expansão, Melhoria
e Inovação do Ensino Médio no Paraná - PROEM, financiado pelo Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) através do contrato nº. 950/OC-BR, assinado em dezembro de
1997, na paridade 60% para o Estado e 40% para o Banco. As negociações com o Banco
iniciaram-se em 1994 e os acertos finais aconteceram em agosto de 1996, antes,
portanto, da promulgação da LDBEN 9394/96 em 20 de dezembro de 1996. Por este
Programa são, praticamente, suprimidos os cursos profissionalizantes em nível médio,
que têm sua oferta reorganizada. A Rede passa a oferecer o Ensino Médio regular, de
natureza propedêutica, e o ensino profissional, subseqüente ao regular, denominado de
Ensino Pós-Médio.
A partir do Decreto 2.208/97, novas orientações são postas para a educação
profissional e o PROEM passa a financiar apenas o ensino médio regular, uma vez que os
cursos profissionais passam a ser financiados pelo Programa de Expansão da Educação
Profissional - PROEP, também com financiamento parcial do BID.
O Decreto 2.208/97, assim como a política adotada para a educação profissional
no Estado, contraria a proposta de Ensino Médio da LDB 9.394/96, uma vez que a
profissionalização poderia ser desenvolvida paralelamente ou posteriormente ao Ensino
Médio, rompendo qualquer perspectiva de integração entre formação geral e formação
para o trabalho, contrariando a concepção de escola unitária, tecnológica ou politécnica e
pública. Assim, constituí-se uma regressão, uma oficialização da dualidade, que mantém
25
duas redes bem diferenciadas de ensino: a propedêutica e a profissional, destruindo a
equivalência e a integração entre elas.
O projeto de Ensino Médio, apresentado nas reformas estadual e nacional,
centrou-se no mercado de trabalho e não na pessoa humana, naturalizando o que
chamamos de dualismo, pois integra.
“(...) os princípios da perspectiva produtivista, baseada numa concepção prática de ensino dualista e fragmentário. A profissionalização se resume ao processo de escolarização necessário ao trabalho, de qualificação para o emprego e o desenvolvimento de habilidades e competências, em função de resultados esperados pelo mercado. Por isso ele [O Projeto de Ensino Médio] pode ser reduzido a um ensino modular, uma vez que tem como perspectiva não a formação humana, mas a obtenção do lucro" (APP-Sindicato. Em defesa da Escola Pública).
No período de 1985 a 1995, o número de matrículas praticamente dobrou no
Estado. Esse acréscimo é absorvido pela Rede Estadual Pública, que passa de 135.675
estudantes, em 1985, para 302.017, em 1995, correspondendo a um aumento de
122,60%, aumentando sua participação percentual no total estadual, enquanto as redes
particular e federal diminuem essa participação quase pela metade, e a municipal
mantém-se praticamente estável.
No período de 1995 a 1999, continua a tendência de expansão, porém, agora,
mais modesta. Nesse período, acentua-se a participação percentual no total estadual, a
rede particular mantém-se estável, apesar de um aumento considerável no número de
matrículas. A Rede Federal mantém a tendência de queda na participação e, a Rede
Municipal, vai deixando de ter participação, nesse nível de ensino.
A partir de 1999, inicia-se uma tendência de queda no total estadual, mas a Rede
Pública mantém sua participação percentual em torno de 88%. Percebe-se, ainda, um
ligeiro aumento na participação da rede particular.
Neste contexto da educação brasileira e paranaense localiza-se a educação no
município de Jacarezinho.
26
O município está situado no extremo norte do Estado do Paraná, na faixa de
transição entre o 2º e o 3º planalto paranaense, ocupando uma área de 587,679 Km²
segundo o IAP.
Historicamente, Jacarezinho, foi um município que teve uma atuação forte na área
da educação, motivo de ter sido considerado a “capital estudantil do Paraná”, a exemplo
do extinto Colégio Cristo Rei (alugado atualmente para o Colégio Dinâmico, uma escola
particular) inaugurado em 14 de maio de 1933 em cujas dependências estudaram várias
pessoas ilustres, dentre elas Dom Luiz Gastom de Orleans e Bragança, descendente
direto de D. Pedro I. Outra escola histórica é a Escola Imaculada Conceição, inaugurada
em 14 de junho de 1930.
Hoje a Educação em Jacarezinho conta com sete Colégios Estaduais, que
atendem alunos do 2º segmento do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Pós Médio,
Ensino Técnico e EJA. Na rede Municipal a cidade conta com nove Escolas que oferecem
atendimento do 1º segmento do Ensino Fundamental e as creches que atendem crianças
de 0 a 4 anos. E na rede privada conta com três escolas que ofertam educação infantil e
o 1° segmento do Ensino Fundamental e um Colégio: Elo – Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio.
Embora a Educação Especial, por ser uma modalidade da Educação Básica,
permeie todos os graus de ensino e seja contemplada em todas as instituições, a cidade
de Jacarezinho conta ainda com duas instituições privadas especializadas que atendem
as pessoas deficientes, sendo a APAE (Deficiência Mental), e AJADAVI (deficiência
auditiva e visual).
O município ainda conta com a Universidade (UENP): Filosofia, Educação Física
e Fisioterapia e Direito.
Jacarezinho é sede do Núcleo Regional de Educação, vinculado à Secretaria de
Estado da Educação, que é responsável pela Assessoria Pedagógica dos
Estabelecimentos de 13 municípios da região.
27
5.3 Histórico da Instituição Escolar
O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – Ensino Fundamental e Médio foi
criado e autorizado a funcionar em 18 de fevereiro de 1983, conforme Resolução
Secretarial nº 298/83, publicado no Diário oficial n 1478 de 18 de fevereiro de 1983
ofertando as quatro primeiras séries do Ensino de 1º grau, com o nome de Escola
Estadual “Anésio de Almeida leite”, para atender a comunidade do Conjunto Habitacional
Aeroporto, onde está localizado às margens da BR 153, do município de Jacarezinho.
O Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná, e a partir de 21 de
fevereiro de 1984, conforme Resolução Secretaria nº. 572/84 de 21 de fevereiro de 1984
publicado no Diário Oficial de 11 de maio de 1985, fica autorizado o funcionamento
gradativo de 6ª a 8ª séries do Ensino de 1º grau regular a partir de 1985.
Em 18 de setembro, foi reconhecido o curso de 1º Grau Regular conforme
Resolução Secretaria nº. 3.627/87 de 25 de setembro de 19877, publicada no Diário
Oficial nº. 2616 de 25 de setembro de 1987.
Foi autorizado o funcionamento de Classe Especial para portadores de
Deficientes Mentais a partir de 06 de julho de 1987.
Em 12 de novembro de 1990 é implantado o Ensino de 2º Grau Regular com
habilitação em Assistente de Administração e o Colégio passa a chamar-se “Colégio
Estadual Anésio de Almeida Leite” Ensino de 1º e 2º Grau Regular.
Em 1994 foi implantado o curso técnico de Administração, cessando a habilitação
em Assistente de Administração. Ainda em 1994 fica autorizada a implantação de
habilitação em Magistério no período noturno.
Em 1997 foi autorizada a implantação do curso de 2º grau – Educação Geral.
O Colégio fundado em 1983 teve como primeira diretora a Professora Maria das
Graças Figueiredo Saad e atualmente tem como diretor o Professor Antonio César de
Souza.
28
O Colégio funciona nos três períodos e atende 673 alunos ofertando o ensino das
Séries Finais do Ensino Fundamental , Ensino Médio e CELEM.
A partir da municipalização do ensino das Séries Iniciais do Ensino Fundamental,
no ano de 2000, o Colégio foi desmembrado passando a acolher a “Escola Municipal
Professor Johan Probst” que atende os alunos de 1ª a 4ª séries, no mesmo prédio. Em
2009 a escola desocupou as dependências do colégio, alojando-se em prédio próprio
(municipal).
5.4 Caracterização da Comunidade Escolar
A comunidade em que o colégio está inserido é de baixa renda, situada num
bairro de periferia. Observamos que a organização social não ocorre de forma justa, pois
o índice de desemprego e subemprego é alto. Temos, em uma maioria significativa,
famílias organizadas de diferentes formas. A má distribuição de renda gera o domínio de
poucos sobre a grande maioria oprimida – tema em grande destaque nos discursos de
Paulo Freire. Esse estado em que se encontra, de uma forma geral, a nossa sociedade,
serve apenas para aumentar o desemprego, a violência, desestruturar as famílias, o que
torna o indivíduo sem perspectiva de vida.
O analfabetismo, a gravidez precoce, a violência, as drogas são problemas de
índices consideráveis no bairro. Muitos são os indivíduos da comunidade , ex-alunos,
familiares de alunos, vizinhos e até mesmo alunos, envolvidos em roubos, assassinatos,
tráfico e outros.
5.5 Escola de Superação
Devido a realidade social em que a escola está inserida, o grande número de
evasão e repetências repercutiu de forma negativa em nossos relatórios finais nos anos
anteriores a 2007 motivo pelo qual o Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – EFM
esteve entre as escolas de superação, ou seja recebeu uma maior atenção do Governo
na busca de resolver os problemas apresentados.
Vale a pena acrescentar que tivemos uma melhora qualitativa do desempenho
pedagógico de nossos educandos nos anos 2008/2009 e 2010.
29
5.6 PDE Escola
O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite contou com apoio de recursos do
PDE Escola nos anos 2008/2009 com o objetivo de melhor desenvolver a ação
pedagógica.
Este Programa (PDE Escola) surgiu devido ao baixo índice apresentados em
anos anteriores em escolas públicas visando melhoria na qualidade de ensino, o qual
dispõe de recursos financeiros e ações pedagógicas para investimento em materiais
didáticos e demais materiais que visem facilitar e enriquecer a ação educativa.
5.7 Porte da Escola
De acordo com a Resolução nº 3651/2000 que estabelece porte de XI e
Resolução nº 1.150/2002 (em vigor) o estabelecimento Colégio Estadual Anésio de
Almeida Leite – EFM enquadra-se no porte IV.
5.8 Regime Escolar
O Colégio estadual Anésio de Almeida Leite possui um conjunto de normas e
regras que regulam a sua atividade, estabelecendo direitos e deveres. Tal documento
denomina-se Regimento Escolar e reúne as normas básicas descrevendo as regras de
funcionamento da instituição para convivência das pessoas que nela atuam.
Enquanto documento administrativo e normativo, fundamenta-se nos propósitos,
princípios e diretrizes definidos na legislação geral do País e, especificamente, na
Legislação Educacional.
5.9 Classificação
Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota segundo critérios
próprios, para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com a
idade, experiência e desempenho adquiridos por meios formais ou informais.
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A classificação pode ser realizada:
I- por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, etapa,
ciclo, período ou etapa anterior na própria escola;
II- por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do
exterior considerando a classificação da escola de origem;
III- independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola que destina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inserção na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada a sua idade.
Fica vetada a classificação para o ingresso na 1ª série do Ensino Fundamental,
conforme Artigo 24, Inciso II da LDB 9394/96.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e
dos profissionais.
I- proceder a avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
II- comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para
obter deste o respectivo consentimento;
III- organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para
efetivar o processo;
IV- arquivar Atas, Provas, Trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V- registrar resultados no histórico escolar do aluno.
O aluno que ingressar no estabelecimento por meio de classificação, terá seu
controle de freqüência computado a partir da data efetiva de sua matrícula.
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Reclassificar é o processo pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento,
experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim
de encaminhá-lo ao período de estudos compatíveis com sua experiência e desempenho,
independentemente do que registra o seu histórico escolar.
Fica vedada a classificação e/ou reclassificação para etapa, ciclo, fase ou período
inferior a anteriormente cursada.
5.10 Promoção
Quanto à promoção adotada pela escola serão considerados os resultados
obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a
incorporá-los expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomada na melhor
forma.
Serão expressas através de notas numa escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0
(dez vírgula zero) obedecendo à escala de 0,5 (zero vírgula cinco). Ou seja; de meio em
meio ponto, somente a nota final que poderá ser decimal diferente de 0,5 (zero vírgula
cinco). Para obtenção da nota as atividades constarão de instrumentos diversificados com
a somatória de 4,0 (quatro vírgula zero) e 6,0 (seis vírgula zero) avaliação. E uma
freqüência mínima de 75% da carga horária anual.
5.11 Dependência
Conforme o Artigo 94, do Regimento Escolar não ofertamos progressão parcial,
somente serão aceitas transferências recebidas de alunos com dependências em até 3
(três) disciplinas.
5.12 Regime de Progressão Parcial
Conforme o Artigo 94, do Regimento Escolar não ofertamos progressão parcial,
somente serão aceitas transferências recebidas de alunos com dependências em até 3
(três) disciplinas.
32
Quando ficar comprovada a impossibilidade do aluno cursar a disciplina em
horário compatível ao da série que o aluno estiver cursando, será estabelecido um plano
especial de estudo registrado em relatório que deverá integrar a pasta individual do aluno.
O plano especial de estudo a que se refere o parágrafo anterior, deverá ser
elaborado pelo respectivo professor da disciplina juntamente com a equipe pedagógica,
bem como todo acompanhamento necessário para que seja realizado com êxito, o
referido plano de estudo será realizado através de estudos de pesquisas sobre a
disciplina em que o aluno ficou retido e uma avaliação referente ao assunto que foi
pesquisado.
Fica vetada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência no
Ensino Fundamental.
A expedição de certificado ( ou diploma) de conclusão de curso, só se dará após
o atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os
mínimos exigidos por lei e eliminadas as dependências ocorridas ao longo do curso.
5.13 Quantidade de profissionais em cada setor
Serviços gerais: 10
Apoio Técnico Administrativo: 05
Biblioteca: 03
5.14 Formação dos Profissionais de Educação
Profissionais total Graduação Especialização PDEPedagogos 04 04 04Docentes 50 15 35 6Direção/Vice 2 2 2
33
5.15 Análise Crítica
5.15.1 Índice de Aproveitamento Escolar
Número de AlunosAno 2008 2009 2010
turma Total de alunos Total de alunos Total de alunos
5ª 172 135 132
6ª 117 122 134
7ª 92 99 104
8ª 64 73 86
1º 77 72 89
2º 55 73 51
3º 35 49 52
Índices de EvasãoAno 2008 2009 2010
turma Total de alunos Total de alunos Total de alunos
5ª 21 9 11
6ª 20 12 20
7ª 8 13 13
8ª 9 9 13
1º 18 14 17
2º 10 11 8
3º 6 3 10
Índices de RepetênciaAno 2008 2009 2010
turma Total de alunos Total de alunos Total de alunos
5ª 41 32 18
6ª 16 27 30
7ª 14 22 30
8ª 6 5 7
1º 9 7 8
2º 3 8 6
3º 2 5 4
34
5.15.2 Contradição e conflitos presentes na prática docente
Por mais que nos esforcemos, sempre haverá certa distância entre teoria e
prática, (práxis pedagógica), num ir e vir necessário e benéfico, pois um não pode existir
sem o outro.
Nossos professores buscam, ao máximo propiciar condições para que seus
alunos realmente aprendam. A realidade dos professores: carga horária sobrecarregada,
grande número de alunos por sala, prestação de serviços em várias instituições escolares
e outros, colaboram para a prevalência em estratégias de aulas mais expositivas.
5.15.3 Formação Inicial e Continuada
Adjetivar como "continuado" um processo educacional é já admitir certa
concepção de educação. Para aqueles que compreendem – e reduzem – a educação à
formação intelectual, e concebem esta como o domínio do conjunto de conhecimentos –
ou ao menos parte dele – relativo a uma área, trata-se de estar sempre a atualizar os
sujeitos, informando-os sobre os novos descobrimentos da ciência e suas conseqüências
para a ação no mundo do trabalho (no caso dos professores, no seu mundo de trabalho,
aquele do ensino).
Radicalizando a divisão social do trabalho, aprofundada a distância entre a
produção de conhecimentos, sua transmissão e sua transformação em senso comum no
mundo do trabalho e da vida, tratam-se, no mundo da ciência, de produzir e acumular
conhecimentos sobre a natureza das coisas. Por outro lado, trata-se de transferir esse
"corpo sólido" àqueles que usam esses conhecimentos e os transformam em
instrumentos de produção de outros bens, aí incluídos os bens culturais.
A essa separação corresponde outra: aquela entre conhecimentos e saberes, que
graficamente elege a barra como símbolo de tal separação [conhecimentos/saberes]. No
universo simbólico do exercício de qualquer profissão, há um conjunto de conceitos,
referências, signos que resultam da prática transformadora do trabalho em busca de
soluções para as questões postas pelo cotidiano. Considerando esse conjunto de
respostas como saberes produzidos na prática, a educação continuada que mantém a
35
separação entre produção e utilização de conhecimentos, entre sujeitos e conhecimentos,
não só desvaloriza os saberes, mas também os sujeitos que os produzem.
No caso da "capacitação" ou "qualificação" de profissionais do ensino, a história
de numerosos programas, sustentados em tais perspectivas, mostra que acabam agindo
como se o exercício da docência fosse sempre um tempo de desgaste, de esvaziamento.
A prática da capacitação está ligada à concepção da própria prática docente.
Essa concepção, hoje, de que o docente é aquele que tem uma série de conhecimentos
ou que, pelo menos, deveria ter, e tem como função passar esses conhecimentos para o
aluno. Então, a prática de capacitação vem a ser você passar, para esse docente, esses
conhecimentos, o que equivale a "encher a cabeça" dele desses conhecimentos, para que
ele os repasse ao aluno. Essa concepção tem o conceito de “educação bancária”, para o
educador Paulo Freire. O professor é uma vasilha onde o capacitador deposita o
conhecimento. Quando o professor passa esse conhecimento para o aluno, é como se ele
estivesse esvaziando a cabeça. Então, ele tem de voltar à capacitação para receber,
encher a cabeça de novo, para depois despejar o que ele já aprendeu em cima do aluno.
Embora a expressão "continuada" recoloque a questão do tempo – e nesse
sentido poderia enganosamente remeter à irreversibilidade e à história –, pratica-se uma
educação continuada em que o tempo de vida e de trabalho é concebido como um "tempo
zero". Zero porque se substitui o conhecimento obsoleto pelo novo conhecimento e
recomeça-se o mesmo processo como se não houvesse história; zero porque o tempo
transcorrido de exercício profissional parece nada ensinar. A cada ano letivo, uma nova
turma, um novo livro didático, um novo caderno intacto. Zerado o tempo, está-se
condenado à eterna repetição, recomeçando sempre do mesmo marco inicial.
No entanto, são os saberes produzidos na escola, junto com outros colegas e
alunos, que iluminam e dirigem as práticas mais significativas do processo de formação
social e intelectual a que se dedicam professores e alunos.
É aproximando conhecimentos apreendidos – na formação inicial ou ao longo do
exercício profissional – às experiências e saberes construídos na prática pedagógica que
o professor produz rupturas. Se à noção de recomeço ou repetição, determinada pelo
36
tempo zero, contra-pusermos o tempo de vida como a irreversibilidade de um fluir
constante em que nos acontecem experiências, podemos romper com o passado sem
que o tempo anterior deixe de existir e informar o novo que se constrói. Se aparentemente
a noção de "educação continuada", inclui o tempo, de fato reafirma a exclusão do tempo
real. Em contraste, o sentido que queremos dar a tempo é de tempo de produção, tempo
de vida – o que inclui, na continuidade, a ruptura. A estabilidade superficial do viver é
produto da desordem entre continuidades e rupturas. Sem estas não existe aquela.
Em geral se crê que a formação inicial opera com conhecimentos (teoria) e a
educação continuada extrai da experiência profissional saberes (prática), quando
efetivamente conhecimentos e saberes são concomitantes a ambos os momentos da vida
dos sujeitos. A separação comumente posta entre esses momentos é conseqüência do
fato de se imaginar que, na formação inicial, nos cursos de graduação, os sujeitos
envolvidos – professores e alunos – não produzem saberes, quando pesquisas sobre o
ensino superior vêm apontando os inúmeros saberes que perpassam a formação
universitária.
É preciso cobrar dos estudos pedagógicos que não limitem seu objeto de
pesquisa à atividade do aluno e do professor, sem um sólido quadro teórico que leve em
conta qual é e qual deve ser o conteúdo do ensino e, portanto, o conteúdo da formação
do professor e da aprendizagem do aluno. Esse viés, responsável por um ativismo
pedagogista que ilusoriamente induz a pensar que o ensino é moderno porque "ativo",
baseia-se num conceito limitado da didática. De fato, desde Erasmo na Idade Média,
didática não é a escolha do método ou técnica de ensino, ainda que essa etapa final seja
muito importante, mas o que a antecede: o estudo da relação entre aquilo que o professor
sabe ou deve saber e aquilo que precisa ser aprendido pelo aluno.
No Brasil, está bastante disseminada a concepção de que o conhecimento se
constrói, e se constrói em situações socialmente determinadas. Essa teoria, que é em
princípio benéfica para a educação, não deve, no entanto, substituir os estudos sobre
como se organiza a situação de aprendizagem para que o aluno construa ou reconstrua o
conhecimento. A ausência dessa segunda parte leva à falsa noção de que a situação de
ensino precisa ser desestruturada para ser construtivista, o que seria a negação da
didática.
37
A escola deve oferecer ao professor e como colorário aos seus alunos a
oportunidade de discutirem sobre essas teorias que a didática trás à tona nesta época em
que vivemos.
O governo do Paraná, através da SEED, oferece momentos aos professores e
funcionários, para que, durante o ano letivo se organizem para estudos e discussões
coletivas. Muitas vezes acontece fora da escola, no próprio município ou em outros
espaços de capacitação.
Acreditamos que o melhor espaço para a formação continuada seja a própria
escola. Ela deveria ser um centro de capacitação dos educandos, dos professores e dos
funcionários.
Temos encontros no início e no meio do ano letivo. Além destes trabalhos
coletivos o professor, dentro de sua jornada de trabalho, tem a hora atividade. Neste
momento ele deve ser agrupado por disciplina e com orientação do pedagogo da escola,
desenvolver estudos pertinentes à sua necessidade.
A realidade particular de cada estabelecimento de ensino permite organizar
processos diferentes de formação continuada. O Colégio Estadual Anésio de Almeida
Leite desenvolve seus trabalhos coletivos de início e meio de ano de acordo com o
proposto pela SEED. Alguns professores e funcionários participam isoladamente de
encontros promovidos pela SEED.
5.15.4 Organização do Tempo e do Espaço
O tempo e o espaço pedagógico não podem ser desperdiçados, sob pena de se
assistir ao esvaziamento da prática pedagógica que impulsiona o estudante para atingir
novos patamares de aprendizagem.
O Colégio Estadual "Anésio de Almeida Leite" Ensino Fundamental e Médio,
funciona em três turnos: matutino, vespertino e noturno.
38
Nossa organização se dá por séries no Ensino Fundamental e, por anos (três) no
Ensino Médio, contamos ainda com o CELEM - Francês. Em contraturno temos as salas
de apoio de Português e Matemática que atendem alunos com defasagem das 5ª séries.
Devido ao georeferenciamento chegamos a contar com turmas de 39 (trinta e
nove) alunos, mas em uma média geral não ultrapassa 35 (trinta e cinco) alunos.
Cabe a equipe pedagógica orientar as atividades pedagógicas em conjunto com
os professores.
5.15.5 Equipamentos Físicos e Pedagógicos
O espaço físico do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite necessita de
reformas: uma nova construção da cozinha e refeitório, pois este encontra-se em local
destinado a pátio coberto o qual tem as saídas dos banheiros. Estes, por sua vez não
estão adaptados para o recebimento de pessoas portadoras de necessidades especiais.
O espaço é insuficiente para realização da hora-atividade do professor; ao
deslocarem-se da sala de aula para a quadra os alunos não contam com cobertura no
trajeto para os dias de chuva.
Quanto aos materiais necessitamos de carteiras e cadeiras para alunos, visto as
que usamos já estarem bastante danificadas.
Quanto ao material pedagógico, em vista da verba recebida pelo projeto PDE
Escola buscamos suprir as necessidades.
No que se refere ao laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia necessita
de adequações principalmente no que se refere a materiais pedagógicos e armários para
organização dos mesmos.
39
5.15.6 Relações humanas de trabalho na escola
De um modo geral todos buscam o equilíbrio do não conflito, respeitando as
opiniões alheias, mantendo a cordialidade sempre. Tudo com vistas a uma boa
convivência.
O desafio é aprender a lidar com as diferenças, que são muitas: gênero, raça,
classe social, maneira de pensar... Olhando para o nosso país, vemos tantas maneiras
diferentes de viver e que precisam ser respeitadas. A riqueza não está em um indivíduo
saber muito, mas em saber partilhar e também aprender com o outro. Ou seja, o saber
relacionar-se. É nesse aprender com o outro que a nossa Escola vem praticando o
exercício da cidadania e da democracia.
5.15.7 Organização da hora atividade
Segundo a Instrução Nº 02/2004 – SUED, a Resolução nº 305/2004 – SEED, que
regulamenta a distribuição de aulas nos estabelecimentos de ensino da rede Estadual de
Educação Básica do Estado do Paraná, estabelece normas para a atribuição da hora
atividade, baseada na Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002 que institui os 20% de hora
atividade.
Seguindo instruções do NRE, deverá ser realizada no mesmo turno, obedecendo
a um cronograma elaborado pela Equipe Pedagógica com colaboração do Corpo Docente
na Semana Pedagógica.
Devido as diferentes jornadas de trabalhos de nossos docentes, os quais prestam
serviços em outros estabelecimentos de ensino não foi possível organizar a hora atividade
utilizando os critérios por disciplina.
Os docentes realizam a hora atividade na sala dos professores, no laboratório de
informática ou na biblioteca, pois não contamos com espaço adequado para tal.
40
5.15.8 Inclusão
Quando nos referimos à inclusão, de uma forma mais ampla: respeito às
diferenças étnico-raciais e culturais, respeito as diferentes condições socioeconômicas,
que interferem no processo ensino-aprendizagem é claro que estamos promovendo-a em
nossa escola.
Não recebemos ainda nenhum aluno com deficiência física, motora, auditiva,
visual ou mental grave, mas temos alunos que apresentam um atraso no desenvolvimento
da aprendizagem, com atraso série/idade que requerem atendimento especial que nossa
escola tem se esforçado para oferecer. Para as quintas séries, temos as salas de apoio,
mas quanto às outras séries o número de alunos por turma é grande, o que gera certa
ansiedade dos docentes por não poder atendê-los conforme precisam ser atendidos.
Entendemos que não é o simples fato da ocupação do espaço “sala de aula” que
faz da inclusão uma realidade. Precisamos de mudanças no aspecto físico da escola para
estarmos preparados para recebê-los de acordo com as normas de acessibilidade.
A inclusão é com certeza um grande desafio, pois seria ideal que todas as idéias
se fundissem entre todas as disciplinas no caminho de um mesmo objetivo o de dar
atendimento a todas as pessoas com necessidades educacionais especiais. Com certeza,
sabemos dessa responsabilidade, mas, estamos longe de atingir este objetivo, pois temos
carência de uma estrutura física adequada, de um preparo maior nas questões científicas
no que se refere às várias necessidades especiais, de cada caso em particular.
Sabemos que a escola deve se organizar dentro de sua própria estrutura e nos
vários segmentos, no que diz respeito a atender as necessidades especiais de seus
alunos, seja de caráter transitório ou permanente, mas, para que isto seja
verdadeiramente efetuado, não basta só a boa vontade dos profissionais que atuam nos
estabelecimentos de ensino, o apoio maciço e interessado nestas questões, terá de ser
prioridade da política governamental.
Portanto, precisamos nos adequar para cumprir os princípios dos seguintes
documentos: Lei Federal nº 7853/89 (dispõe sobre a Política Nacional para a Integração
41
da Pessoa Portadora de Deficiência); Lei nº 9394/96 (LDB); Decreto Federal nº 3298/99
(regulamenta a Lei 7853/89 e institui a Política Nacional para a Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência); Lei nº10172 de 09 de janeiro de 2001 (aprova o Plano Nacional
de Educação); Resolução CNE nº 02 de 11 de setembro de 2001 (institui as Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica).
5.16 Gestão Democrática
A Gestão Democrática é o processo que rege o funcionamento da Escola,
compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a
participação de todos os segmentos da comunidade escolar.
A gestão democrática, como decorrência do princípio constitucional da
democracia e colegialidade, que envolve toda a comunidade escolar que é o conjunto
constituído pelos profissionais da educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários
que protagonizam a ação educativa da escola, terá como órgão máximo de direção o
Conselho Escolar.
Falando propriamente sobre o processo de gestão democrática, em nossa
Escola, é uma utopia que temos conquistado pouco a pouco, entendendo utopia, como
nos diz Vítor Henrique Paro em seu livro “Gestão Democrática da Escola Pública”, não
como algo impossível de se conseguir, mas como algo que almejamos conquistar.
5.16.1 Conselho de Classe
O conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino,
tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e
os procedimentos adequados a cada caso, assim como reflexão sobre a prática
pedagógica.
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pelo Supervisor de Ensino, pelo
Orientador Educacional, pelo Secretário(a) e por todos os professores que atuam numa
mesma classe, assim como representantes de turmas e pais de alunos.
42
Tal momento permite uma análise individual de cada educando, seus progressos
e dificuldades na busca de medidas que visem sanar os problemas detectados.
5.16.2 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é o órgão que representa a Comunidade Escolar, ele delibera
consulta e avalia sobre concretização dos trabalhos pedagógicos e administrativos dentro
da instituição escolar para que tudo fique de acordo com as Políticas Educacionais,
levando em conta sempre: A Constituição Federal, Estadual ou Municipal, a LDB 9394/96,
o ECA e o Regimento Escolar para cumprir a principal função específica da escola que é
o Social. Tem como objetivo, realizar democraticamente a gestão escolar, presenteando a
coletividade em conformidade com o Projeto-Político Pedagógico, promover a
participação da Comunidade Escolar nas decisões específicas do trabalho pedagógico
escolar. Promover desafios de cidadania fazendo com que a escola pública tenha apesar
de gratuita, boa qualidade no seu propósito. Também organiza trabalhos pedagógicos na
Escola de acordo com interesses específicos e legais. Avalia trabalhos pedagógicos
elaborados pela escola junto à Comunidade Escolar. Garante a função social na qual a
Escola se propõe pautados nos ideais do mandato democrático.
Adota-se a expressão Conselho Escolar seguindo a tradição educacional. No
setor educacional, a tradição consagrou o termo conselho seguido da especificação da
área institucional de abrangência – no caso, conselho nacional, estadual e municipal de
educação – para distinguir das demais áreas de ação governamental. Seguindo essa
tradição, a LDB 9394/96 e a maioria dos sistemas de ensino adotaram o termo Conselho
Escolar, simplesmente. O acréscimo da especificidade – conselho escolar de educação
ou de ensino – seria redundante, uma vez que esta é a especificidade da instituição
escola.
O conselho tem um significado próprio, inerente à própria natureza da escola. Em
certo sentido, é retomada a concepção original dos conselhos, que se constituíam em
instrumentos de tomada de decisões coletivas e era a própria expressão do Estado e da
comunidade. Ou seja: o Conselho Escolar se constitui na própria expressão da escola,
como seu instrumento de tomada de decisão. O Conselho escolar representa a própria
43
escola, sendo a expressão e o veículo do poder da cidadania, da comunidade a quem a
escola efetivamente pertence.
Os Conselhos Escolares na educação básica, concebidos pela LDB 9394/96
como uma das estratégias de gestão democrática da escola pública, tem como
pressuposto o exercício de poder, pela participação, das “comunidades escolar e local”
(LDB 9394/96, art.14).
5.16.3 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é uma representação do corpo discente da escola, deve ser
visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes. Tem um papel importante
na formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude,
representam os primeiros passos na vida social, cultural e política.
A Lei Federal nº 7.398 de 04 /11/1985, no seu artigo 1º, assegura a organização
de Grêmio Estudantil como entidade autônoma de representação dos estudantes. A
organização, o funcionamento e as atividades dos grêmios serão estabelecidos nos seus
estatutos, aprovados em assembléia geral do corpo discente de cada estabelecimento de
ensino particular ou público, para esse fim.
Os conselhos da escola deverão providenciar a divulgação da Lei nº 7398/85,
para que todos tenham conhecimento do direito dos alunos de organizar e construir o
grêmio como entidade autônoma e representativa de seus interesses.
O mesmo terá a colaboração da direção do colégio para a realização de suas
atividades, assim como será parte integrante do Conselho Escolar.
5.16.4 APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, pessoa jurídica de direito privado,
é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários deste estabelecimento de
ensino, não tendo caráter partidário, racial nem fins lucrativos, cuja finalidade é a
44
integração entre a escola, família e a comunidade para o aprimoramento do processo
ensino-aprendizagem, através de aproximação entre os educadores, pais e educandos.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual Anésio de
Almeida Leite – Ensino Fundamental foi fundada em 17/09/1984 foi registrada no Serviço
Social Escolar sob n.º 1869, n.º 62 livro A/01 fls. 193.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários deste estabelecimento possui
estatuto próprio, onde estão explicitados sua organização, funcionamento e atribuições
dos responsáveis.
Tem o papel de promover integração entre família, escola e comunidade, prestar
auxílio aos professores, educandos e funcionários assegurando a total eficiência da
Escola.
Promover integração dos diversos segmentos da sociedade organizada visando
sempre à realidade da Comunidade Escolar. Facilita ao educando condições de participar
dos processos decisórios na escola, representar interesses da comunidade, fazer ou
promover entrosamento entre os segmentos escolares. Administrar finanças, acompanhar
o cumprimento da Proposta Pedagógica, promover encontros onde envolva professores,
alunos, funcionários e comunidade escolar, promovendo uma real integração com a
finalidade de melhorar a união entre os vários segmentos da Escola Pública.
5.16.5 Participação dos Pais
A escola é aberta a comunidade escolar, os pais ou responsáveis têm direito ao
conhecimento do processo pedagógico, bem como de participar da definição das
propostas educacionais; por si mesmos ou por seus representantes do Conselho Escolar
e de requerer cancelamento de matrícula ou transferência nos termos do Regimento
Escolar.
As informações referentes a aprendizagem escolar é feita bimestralmente através
dos boletins escolares e reuniões pedagógicas.
45
5.16.6 Critérios de Organização e Distribuição de Turmas
MATUTINO
6ª Série “A”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ALEXANDRA MARIA CASSETARIMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA PATRICIA BENCKCIÊNCIAS VÂNIA MARIA DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA
6ª Série “B”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ALEXANDRA MARIA CASSETARIMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSCIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA
7ª Série “A”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS SILVANA BRAGA FERRAZMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA PATRICIA BENCKCIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSO
46
7ª Série “B”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS SILVANA BRAGA FERRAZMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARLI ANDRADEGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS ERIC DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSO
8ª Série “A”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ELAINE REGINA GUIMARÃESMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA MARLI ANDRADEGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS ERIC DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLI
1° EM “A”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ELAINE CRISTINA R. TORRESMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA PATRICIA BENCKBIOLOGIA ELAINE MARIA DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA EDINEIA C. DE MELO GOMES
1° EM “B”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ELAINE CRISTINA R. TORRESMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRABIOLOGIA ELAINE MARIA DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTO
47
EDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA EDINEIA C. DE MELO GOMES
2° EM “A”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS FRANCISCA DE ANDRADEMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRABIOLOGIA Mª PASCOALINA CORREA DE SOUZAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLIQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES
2° EM “B”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS FRANCISCA DE ANDRADEMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRABIOLOGIA Mª PASCOALINA CORREA DE SOUZAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLIQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES
3° EM “A”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS FRANCISCA DE ANDRADEMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRABIOLOGIA HELENA PEREZ GARCIA
48
INGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA EDINEIA C. DE MELO GOMES
VESPERTINO
5ª Série “A”DISCIPLINA PROFESSOR
PORTUGUÊS MARIA DE FÁTIMA INOCENTEMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA ROBERT HUSSEIN FAWAZCIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTAARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA
5ª Série “B”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARIA DE FÁTIMA INOCENTEMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSGEOGRAFIA ROBERT HUSSEIN FAWAZCIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA
5ª Série “C”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARIA AUGUSTA C. DE A. LEITEMATEMÁTICA MICHELLE ARON GONÇALVESHISTÓRIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA DIRCEU DE CARVALHO CRESPOARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA
49
5ª Série “D”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARGARIDA PAULINO DE C. PINTOMATEMÁTICA MICHELLE ARON GONÇALVESHISTÓRIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSGEOGRAFIA ROBERT HUSSEIN FAWAZCIÊNCIAS ERIC DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA DIRCEU DE CARVALHO CRESPOARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO CLISLENE APARECIDA DOS SANTOS
5ª Série “E”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARGARIDA PAULINO DE C. PINTOMATEMÁTICA ROOSEVELT R. MENDONÇAHISTÓRIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSGEOGRAFIA ROBERT HUSSEIN FAWAZCIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA DIRCEU DE CARVALHO CRESPOARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO CLISLENE APARECIDA DOS SANTOS
6ª Série “C”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARGARIDA PAULINO DE C. PINTOMATEMÁTICA MICHELLE ARON GONÇALVESHISTÓRIA LUCIANA MARTINS DE SOUZAGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS VÂNIA MARIA DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTAARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOENSINO RELIGIOSO CLISLENE APARECIDA DOS SANTOS
6ª Série “D”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARGARIDA PAULINO DE C. PINTOMATEMÁTICA MICHELLE ARON GONÇALVESHISTÓRIA DULCE ROMANO M. DA SILVAGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS VÂNIA MARIA DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTA
50
ARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOENSINO RELIGIOSO CLISLENE APARECIDA DOS SANTOS
7ª Série “C”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS SILVANA BRAGA FERRAZMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA LUCIANA MARTINS DE SOUZAGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTAARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLI
8ª Série “B”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS SILVANA BRAGA FERRAZMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA LUCIANA MARTINS DE SOUZAGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTAARTE GISELI DE OLIVEIRA RAMOS TIDRE
NOTURNO
5ª Série “F”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARIA DE FÁTIMA INOCENTEMATEMÁTICA ROOSEVELT R. MENDONÇAHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA ANGELA BARBOSACIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GISELI DE O. RAMOS TIDRE
6ª Série “E”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARIA DE FÁTIMA INOCENTEMATEMÁTICA ROOSEVELT R. MENDONÇAHISTÓRIA APARECIDA SANTOS POSSETTIGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIA
51
CIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLI
7ª Série “D”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ALEXANDRA MARIA CASSETARIMATEMÁTICA SÔNIA MARLI FREDERICOHISTÓRIA APARECIDA SANTOS POSSETTIGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIACIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLI
8ª Série “C”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ALEXANDRA MARIA CASSETARIMATEMÁTICA WENDELL SANTOS POSSETTIHISTÓRIA APARECIDA SANTOS POSSETTIGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIACIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GISELI DE O. RAMOS TIDRE
1° EM “C”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS LUCIANA AMBRÓSIOMATEMÁTICA LUCAS BRAZHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIABIOLOGIA ELAINE Mª DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLIQUÍMICA PRISCILA DE ALMEIDA DOS SANTOSFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA MARIA L. MASSERA FERNANDESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES
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2° EM “C”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS LUCIANA AMBRÓSIOMATEMÁTICA LUCAS BRAZHISTÓRIA APARECIDA SANTOS POSSETTIGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIABIOLOGIA ELAINE Mª DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLIQUÍMICA PRISCILA DE ALMEIDA DOS SANTOSFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA MARIA L. MASSERA FERNANDESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES
3° EM “B”
DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS LUCIANA AMBRÓSIOMATEMÁTICA LUCAS BRAZHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIABIOLOGIA ELAINE Mª DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIQUÍMICA ELAINE Mª DE GODOYFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA MARIA L. MASSERA FERNANDESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES
5.17 Desafios Educacionais Contemporâneos ( Cidadania e Educação
Fiscal, Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao
uso indevido de drogas, História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena,
Sexualidade)
Um dos maiores desafios contemporâneos da educação talvez seja o trato com
as diferenças e com os problemas enfrentados na sociedade atual.
Os desafios educacionais contemporâneos visam trabalhar com os problemas
contemporâneos de forma a desenvolvermos valores de solidariedade, ética, informações
e novos saberes. Trata-se de buscar a preocupação com o companheiro, com a
humanidade em si.
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A escola, numa nova perspectiva passa a ter um papel muito mais forte, um papel
significativo na formação de parte da personalidade do individuo enquanto ser social.
5.18 Diversidade ( Paraná Alfabetizado, Educação Escolar Indígena,
Educação do Campo, Relações Étnicos-Racial e Afrodescendência, Gênero e
Diversidade Sexual)
Devido as diferenças de raças , condições sócio econômica e cultural do Brasil e
conseqüentemente do Paraná a Secretaria de Estado da Educação na busca de suprir as
necessidades de tal heterogeneidade criou meios de atingir essa clientela respeitando a
individualidade e a riqueza proporcionada pela diversidade.
5.19 CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna)
O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite oferta e vem adaptando-se ao
CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna) conforme necessidades e
solicitações da comunidade escolar.
Em 2007, ofertou CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna)
Francês Básico no período intermediário (vespertino) com duração de dois anos. Em 2010
abriu uma turma CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna) Francês
Aprimoramento – com duração de um ano.
Em 2011, o Colégio passou a ofertar somente o CELEM (Centro de Estudos de
Língua Estrangeira Moderna) Espanhol, curso este que terá a duração de dois anos, com
carga horária de 160 h/a e a carga horária semanal será de 04 (quatro) h/a de 50
(cinqüenta) minutos. O cumprimento da carga horária estabelecida para o curso é
obrigatória.
5.20 PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional
O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE do Paraná. Trata-se de uma
política educacional de formação continuada de professoras e professores da rede pública
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de educação do Estado. Para executar esta política, o PDE do Paraná promove uma
interlocução entre a escola pública e a universidade visando à melhoria da qualidade da
Educação Básica no Estado.
O Programa propõe materializar o plano de carreira do magistério, aprovado no
ano de 2004, e abre inscrições para selecionar professores/as a ingressar no PDE a fim
de progredir na carreira. Entretanto, o PDE vai além da simples progressão, porque visa a
realização de uma ampla melhoria na qualidade da educação oferecida as crianças, aos
jovens e aos adultos das escolas públicas do Estado.
5.21 Equipe Multidisciplinar
Vivemos em uma sociedade injusta, organizada em classes desiguais,
acreditamos que a escola é um local onde essas desigualdades podem ser discutidas e
até mesmo superadas por meio de um trabalho coletivo que venha valorizar e respeitar
tanto a cultura que o aluno traz, bem com, outras culturas, incluindo a diversidade.
As Equipes Multidisciplinares no Estado do Paraná foram criadas com o intuito de
orientar o desenvolvimento, no espaço escolar e nos Núcleos Regionais de Educação, de
ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao ensino de História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Com total seriedade e compromisso que a Coordenação da Educação das
Relações da Diversidade Étnico-racial (CERDE), o Departamento da Diversidade (DEDI)
e a Secretaria de Estado da Educação do Paraná entendem que o real trabalho das
Equipes Multidisciplinares, equipes estas que buscam conhecer profundamente as leis e
outros textos que contribuam para disseminar práticas racistas, preconceituosas e
excludentes para com a diversidade.
6. MARCO CONCEITUAL
6.1 Fundamentação Teórica do Colégio
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O Marco Conceitual é a referência para a construção de um ideário que norteia o
caminho para onde vamos e o que pretendemos em relação ao ideal de ser humano, de
sociedade, de educação e sustentado em princípios éticos.
A construção do Ato Conceitual possibilita vislumbrar a utopia do ser humano e
da sociedade. A visão ideal de ser humano é aquela que o vê como um ser singular com
capacidade de amar, questionar, refletir, aprender, transformar e interagir com a realidade
que o rodeia. Um ser humano, com possibilidades para desenvolver as suas capacidades
e superar seus próprios limites numa vida em harmonia com a natureza, família e
sociedade. O seu desenvolvimento acontece alicerçado em valores de justiça, lealdade,
dignidade, bondade e solidariedade, tornando-o um ser ético.
Queremos formar sujeitos compromissados com a comunidade em que vivem,
capazes de refletir sobre os conflitos que enfrentam na busca de soluções e dialogar de
maneira respeitosa e crítica; pessoas conscientes e capazes de resolver problemas do
dia-a-dia, desenvolvendo o espírito crÍtico de cidadania. Uma formação mais humana.
Queremos esta sociedade justa e coerente com a realidade, para que o nosso
trabalho tenha êxito, visto que nossos educandos são frutos de uma sociedade
problemática, portanto, é de extrema importância que a mesma venha refletir sobre o
futuro de nossos jovens e adultos. Desejamos um ambiente mais fraterno, cooperativo,
com igualdade de oportunidades e que tenha sempre incentivo coletivo. Nosso sonho é
uma sociedade mais justa, democrática, solidária, inclusiva e consciente.
Vivemos em uma época em que novos temas devem ser abordados, oriundos de
uma necessidade social global. Nas últimas décadas presenciamos o surgimento de
discussões sobre o meio ambiente, ética, orientação sexual, pluralidade cultural e trabalho
e consumo. Ao discutirmos os saberes necessários prevemos a sociedade que queremos
para viver.
Quando falamos que a ética seria o saber necessário, entendemos que seus
conteúdos ditam uma sociedade ideal, com justiça, solidariedade, diálogo e respeito
mútuo. São saberes aplicáveis as práticas do cotidiano, construídos historicamente pela
humanidade e/ou pela comunidade local. Observamos que temos conhecimentos
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essenciais à formação do indivíduo que aliados aos conhecimentos já existentes façam
diferença em sua vida. Assim educando passa do não domínio ao domínio do saber
sistematizado. E que, esses saberes sejam relevantes ao seu desenvolvimento.
E que papel específico a escola precisa exercer em relação ao saber? O de
incorporar as diferenças combatendo a desigualdade; o de assegurar – no plano social e
cultural – a posse do conhecimento, como defendo no plano econômico e político social a
posse da terra, pois o que possibilita a superação da particularidade é o conhecimento
universal e sobretudo, a compreensão da história. Vejam vocês que, ao falar de
conhecimento, acabo falando de cidadania e esse é um ponto básico a ser reafirmado,
[...] o trabalho básico da escola – de ensinar, de assegurar a reapropriação do
conhecimento – é um serviço que ela presta na (e para a) construção da cidadania.
(KRAMER, 1997, p. 17)
Precisamos de uma escola, cuja educação priorize os valores culturais de sua
clientela, como preconiza a Deliberação nº 04/06, que institui normas complementares às
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana e Lei nº 11645 de 10 de março de
2008 que altera a Lei 9394/96 modificada pela Lei nº 10639 de 09 de janeiro de 2003 que
trata da obrigatoriedade da temática “ História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e
Indígena, presença concreta em nossa sociedade sendo esta o ponto de partida para o
desenvolvimento das atividades curriculares. Trabalhando com estes conhecimentos
podemos prever mecanismos que estimulem a participação de todos no processo de
tomada de decisão; sem autoritarismo, rigidez hierárquica, individualismo e comodismo e
estimulando o respeito às diversidades. Assim como os temas abordados como Desafios
Educacionais Contemporâneos, visto tratar de assuntos que afligem claramente nossa
clientela. Fragilidades essas já contempladas nas páginas anteriores.
Uma escola assim, de qualidade, com participação ativa da comunidade poderá
acompanhar melhor as mudanças de informações e valores. Quem sabe pode até
conseguir sua autonomia emancipadora. Para sair do pensamento e se tornar realidade, a
escola precisa de condições básicas para atender, de maneira eficiente, as necessidades
peculiares de seus educandos.
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[...] a primeira ação que me parece fundamental para nortear a organização do trabalho da escola é a construção do projeto político pedagógico Assentado na concepção de sociedade, educação e escola que vise a emancipação humana. Ao ser claramente delineado, discutido e assumido coletivamente ele se constitui como processo. E, ao se constituir como processo, o projeto político-pedagógico reforça o trabalho integrado e a organização da equipe escolar, enaltecendo a sua função primordial de coordenar a ação educativa da escola para que ela atinja o seu objetivo político-pedagógico (VEIGA, 1996 p. 157)
Sendo fundamental para a ação educativa, o projeto político-pedagógico revela
qual processo interativo deverá existir entre professores e alunos. Auxiliando este
trabalho, temos como apoio o livro de Paulo Freire, Pedagogia da autonomia – saberes
necessários à prática educativa (1996). No Capítulo 1 “Não há docência sem discência”
observa que:
É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado formar-se-a ao ser formado. [...] Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. (FREIRE, 1996, p.25)
No cotidiano da escola, o professor deve perceber o aluno como possuidor de
valores e de necessidades que podem ser muito diferentes das suas. Ajudá-lo,
considerando em si mesmo as limitações de conhecimentos e da sua visão de mundo,
requer desse professor uma postura de aprendiz desejoso de conhecer e compreender o
universo do outro.
A comunidade escolar buscará a motivação para o compromisso ético e social
com os usuários do com o serviço público, assumindo o papel de protagonista na
transformação social. Neste sentido, a formação de professores na e para a escola,
poderá influenciar decisivamente no modelo dos serviços educacionais prestados a
população.
Ancorado nas discussões de grupo, norteada no processo educativo em
desenvolvimento, (DCES) e fundamentada na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação), ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e Constituição Brasileira, o
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Colégio Anésio de Almeida Leite – Ensino Fundamental e Médio considera a educação
como o processo do viver humano de forma subjetiva e objetiva nos indivíduos e na
comunidade, na harmonia com a natureza, na livre expressão do pensamento e no bem-
estar físico-psico-social-espiritual.
6.1.1 Filosofia do Colégio
O Colégio Anésio de Almeida Leite – Ensino Fundamental e Médio, tem em sua
base filosófica uma concepção de ser humano que possui consciência de si mesmo, que
se caracteriza como um ser crítico, com auto-estima elevada, justo e leal aos princípios da
ética e da moral que delineiam a conduta humana. O homem é capaz de pensar sobre
seu existir, fazer uma análise do passado e projetar seu futuro.
A liberdade é inerente ao ser humano e permeia suas ações quando não
impedida por atitudes externas que, no seu pleno gozo, faz prevalecer o direito ao
exercício da cidadania.
Enfim, o modelo de sociedade que se pretende é aquela que tenha uma atuação
participativa, menos alienada, capaz de fazer reflexões críticas, e de apontar soluções
para os problemas. Que seja igualitária e ofereça oportunidade a todos. Pautada em
valores de igualdade, liberdade, solidariedade, respeito, lealdade e justiça.
A construção de uma sociedade ética, participativa e atuante em que a população
seja verdadeiramente o ator do palco social, tem por base o envolvimento e o
comprometimento de todos os segmentos da sociedade num efetivo exercício de
cidadania.
É filosofia de nossa Escola promover a Inclusão de todo e qualquer cidadão. O
acesso, como garante a lei, de todos os cidadãos que a ela recorrerem. E não pensamos
a inclusão apenas como direito de acesso à educação, mas, como falamos anteriormente,
um direito verdadeiro, do acesso e também da permanência do indivíduo, em uma escola
de qualidade. Isso para pessoas advindas das mais diversas condições de aprendizagem
e das diferentes situações socioeconômicas, pois acreditamos ser essa uma das grandes
riquezas da escola: a possibilidade de conviver e aprender com as diferenças, no
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exercício do amor, da tolerância e do respeito uns com os outros. Uma riqueza social
enorme que deve ser explorada para o bem comum.
A Inclusão Educacional que queremos não é só do indivíduo deficiente, mas
também de todos os indivíduos com necessidades educacionais especiais. Isso quer
dizer, tanto as pessoas com alguma deficiência: física, auditiva, visual, da fala ou mental;
(em cumprimento a lei 9394/96 Art. 4o), como também aquelas com necessidades
educacionais especiais, de caráter transitório ou permanente, que qualquer indivíduo
pode ter em decorrência de um acidente, cirurgia, doença, instabilidade emocional,
mudança de escola, dificuldade em aprender um conceito ou ainda devido a condições
socioeconômicas e culturais.
Precisamos promover a inclusão também dos alunos pertencentes as mais
diferentes culturas, etnias e raças, valorizando-as e respeitando-as, para que essas
diferenças não sejam motivos de repetências, evasões, discriminações e sim de riquezas
a serem trabalhadas. Desta forma, a participação dos eventos propostos pela SEED, no
qual envolve educandos do nosso Estado, torna-se enriquecedor, permitindo a interação
entre culturas diferentes, ampliação de conhecimentos, a socialização.
Dentro dessa perspectiva é que a nossa escola faz opção por uma pedagogia
progressista, acreditando na construção de uma sociedade justa e democrática. “A
pedagogia Histórico-Crítica” da qual nos fala Gasparin, em seu livro “Uma Didática para a
Pedagogia Histórico-Crítica”, e Saviani no livro” Escola e Democracia”. Ela não
desconsidera nenhuma outra pedagogia, mas as incorpora a si, construindo
conhecimento. O principal fundamento dessa pedagogia é a teoria da Curvatura da Vara,
da qual nos fala Saviani, também em seu livro, “Escola e Democracia”, (1994, p. 48),
teoria que consiste na idéia de viajar entre todas as pedagogias para então incorporar a
si, tudo aquilo que foi válido e deu certo no processo ensino-aprendizagem ao longo dos
tempos e nas diferentes abordagens pedagógicas. Assim respeita todas as diferenças,
inclusive os diferentes tempos em que o indivíduo aprende.
Diante dessa busca a Escola concebe Educação como um direito de todos,
garantido em lei, que visa o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho. (Constituição Federal, 1988, Art. 205). Assim procura
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desenvolver um trabalho que de condições às diferentes camadas socioeconômicas de se
apossarem do conhecimento científico, que lhes permitirão proceder à crítica dos
mecanismos sociais de dominação com intenção de desmascarar as desigualdades
sociais, explicitando a ligação entre educação e realidade social com o papel da escola na
sociedade. Cumprindo nossa função social e atendendo a determinação da SEED no
interesse de alfabetizar os cidadãos que não foram contemplados na idade devida, abre-
se espaço para o Paraná Alfabetizado, atendendo assim o anseio de muitos.
Concluindo este texto, fica registrado aqui o que Paulo Freire observa:
A professora democrática, coerente, competente, que testemunha seu gosto pela vida, sua esperança no mundo melhor, que atesta sua capacidade de luta, seu respeito às diferenças, sabe cada vez mais o valor que tem para a modificação da realidade, a maneira consistente com que vive sua presença no mundo, de que sua experiência na escola é apenas um momento importante que precisa de ser autenticamente vivido.” (FREIRE, 1996, p.127)
6.1.2 Concepção Educacional
Todo bom ensino começa, caminha e termina com a avaliação da aprendizagem,
sem a qual não se constrói uma boa escola e, sem uma boa escola não se constrói bons
cidadãos.
A avaliação deve ser contínua e permear todo o processo ensino aprendizagem.
Não com caráter de mera constatação ou classificação, mas com caráter transformador,
comprometida com a promoção da aprendizagem e desenvolvimento abrangendo todos
os alunos.
6.1.3 Princípios Norteadores da Educação
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, em seu artigo
segundo e terceiro, a Educação, dever da família e do Estado, inspiradas nos princípios
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
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desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho e será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e
o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – valorização do profissional da educação escolar;
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX – garantia de padrão de qualidade;
X – valorização da experiência extra-escolar;
XI – vinculação entre a experiência escolar, o trabalho e as práticas sociais.
6.1.4 Objetivos da Escola
Expressos na LDB e nas Diretrizes Curriculares, o Ensino Fundamental no Brasil
tem por objetivo, no texto da Lei, no seu artigo 32, de modo geral, que este nível de
ensino deva dar ao cidadão a formação básica. Os objetivos se definem em termos de
capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social,
ética e estética, tendo em vista uma formação ampla.
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“O Objetivo Geral do Ensino Fundamental é utilizar diferentes linguagens – verbal,
matemática, gráfica, plástica, corporal – como meio para expressar suas idéias,
interpretar e usufruir das produções da cultura.”
Os objetivos mencionados abaixo, concretizam as intenções educativas:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidade e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social” .
6.1.5 Fins Educativos
A missão da Escola é criar condições físicas, materiais, afetivas, psicológicas e
sociais para que os indivíduos adquiram instrumentos culturais necessários para a
garantia e o desenvolvimento da luta por uma sociedade igualitária para todos os seres
humanos. A Escola precisa propiciar situações onde os seus alunos adquiram bons,
adequados e saudáveis hábitos de convivência, de luta, de trabalho, de aprendizagem, de
conquista, tanto individual quanto coletiva.
Sabemos ser necessário dar novo significado à unidade entre aprendizagem-
ensino, uma vez que, em última instância, sem aprendizagem o ensino não se realiza.
Nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir
significados sobre os conteúdos da aprendizagem. O aluno deve construir seu próprio
conhecimento, sendo o professor o mediador desse processo.
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Assim assentada nos princípios de uma gestão democrática: participação,
autonomia e liberdade e desenvolvida na relação dialógica, da qual nos fala Paulo Freire,
é que a instituição escolar Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite, pretende numa
ação conjunta lutar por uma sociedade mais justa e humana, que ofereça condições a
todos de se desenvolver e tomar posse de seu papel de cidadão, usufruindo de todos os
direitos e comprometendo-se com seus deveres.
6.1.6 Concepções norteadas pela Lei de Diretrizes de Bases da Educação
Nacional
Todo bom ensino começa, caminha e termina com a avaliação da aprendizagem,
sem a qual não se constrói uma boa escola, e sem uma boa escola não se constrói bons
cidadãos.
A avaliação deve ser contínua e permear todo o processo ensino-aprendizagem.
Não com caráter de mera constatação ou classificação, mas com caráter transformador,
comprometida com a promoção da aprendizagem e desenvolvimento abrangendo todos
os alunos.
6.1.7 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação do colégio
Assumir um currículo disciplinar, significa dar ênfase à escola como lugar de
socialização de conhecimento, pois essa função da instituição escolar é essencialmente
importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma
oportunidade, algumas vezes a única de acesso ao mundo letrado, do conhecimento
científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte.
Desta forma, o Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – EFM utilizam para
nortear seu trabalho pedagógico as Diretrizes Curriculares Estaduais com o objetivo de
recuperar a função da escola favorecendo aos alunos um projeto de futuro, cidadania e
uma vida digna.
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6.1.8 Concepção do Estatuto da Criança e do Adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069 de 13/07/1990, tem por
objetivo legitimar e fazer valer os direitos das crianças e adolescentes dentro das normas
da lei, em obediência à Constituição Federal.
Em nossa escola, a maioria dos alunos pertencem a faixa etária que os
classificam como crianças e/ou adolescentes, portanto trata-se de um recurso a mais que
ampara nossa ação.
6.1.9 Concepção das Capacitações Continuadas
Segundo Libâneo a formação teórica e prática dos professores envolve
obviamente a formação inicial, mas será necessário um investimento maciço na formação
continuada através de um programa de requalificação profissional.
O professor, assim como os demais funcionários da escola, devem estar em
constante capacitação.
Ser culto hoje é dispor de ferramentas conceituais para lidar com as coisas, tomar
decisões, resolver problemas sociais e profissionais. Partindo dessa concepção,
estabelecemos para 2010 as seguintes metas e ações: dos 200 dias letivos destinar dias
para o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas através de grupos de estudos (SEED),
reuniões, planejamentos, elaboração de projetos e avaliações dos trabalhos realizados.
6.1.10 Concepção de homem, sociedade, cultura, mundo, educação, escola,
conhecimento, tecnologia, ensino aprendizagem, cidadania/cidadão.
Dando início a este aporte teórico:
A dimensão política contida em toda a ação educacional é resultado de uma
conseqüência lógica expressa pela imagem de Homem e Mundo que fundamenta
toda a teoria educacional (Ibid, p. 136). (...) Para a superação (de uma educação
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através de um sistema ‘bancário’, citado por Freire) é necessário uma leitura
crítica da Realidade Social, que no campo pedagógico é possível pelo processo
dialético da Ação Comunicativa entre Educador/educando, na medida em que a
Compreensão de Mundo dos participantes passa a ser analisada e entendida
como objeto de conhecimento da ação educativa (Ibid, p. 145). (...) Uma formação
de consciência no sentido crítico e dialético, o que quer dizer: Consciência e
Mundo como Subjetividade de Objetividade são inseparáveis (Ibid, p. 154-155).
(...) “A consciência e o Mundo se dão ao mesmo tempo: exterior por essência à
consciência, o Mundo é por essência, relativo a ela” (SARTE apud KUNZ, 2001a,
p. 155).
O homem por sua própria natureza é um ser em constante transformação. Está
constantemente envolvido na sociedade, buscando sempre algo para completá-lo,
recriando seu futuro e suas razões de existência. Só ele é capaz de enfrentar angústias e
as diversidades na construção de sua própria vida, como escola estaremos buscando
desenvolver o senso critico do aluno para que ele possa interagir com autonomia na
sociedade transformando-a para melhor, que seja capaz de conviver em harmonia com a
natureza e o seu semelhante.
Aquilo que mais difere na escola atual em relação a outros tempos é a forma de
olhar para o educando. Ao conceito de escola que apenas deposita conhecimentos opõe-
se, o conceito de escola que ensina o que fazer com tais conhecimentos. Portanto, o
objetivo da escola é transmitir conhecimentos como forma de perpetuar cultura,
desenvolver a personalidade e estimular a sociedade.
O conhecimento é construído através das relações sociais, em suprimento das
necessidades individuais pensadas coletivamente e revestidas de intencionalidade. Uma
atitude interdisciplinar estabelece uma nova relação entre currículo, conteúdos e
realidade. Desta forma o processo de ensino e aprendizagem pode ser definido como
modo, como os indivíduos adquirem seus conhecimentos e mudam comportamento.
Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada através de
recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de
pressupostos políticos-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e
saber.
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A educação preconizada na escola deve ser coerente com as concepções de
homem, mundo e sociedade. É preciso definia ações educacionais, defendendo a idéia de
que a escola não é um lugar para domesticar, mas um espaço especial para a construção
da cidadania, esta por sua vez não tem um fim, mas é uma forma contínua, pois novos
desafios na vida social surgem a cada dia. Vivemos numa sociedade em que os homens
privilegiam alguns princípios e idéias que nos desafiam a constantemente refletir e
repensar o cotidiano.
O mundo enquanto uma dimensão histórica-cultural e, portanto inacabado,
encontra-se em uma relação permanente com o ser humano, igualmente inacabado que
transformando e sendo transformado pelo mundo, sofre os efeitos de sua própria
transformação.
Cada indivíduo, em seu respectivo mundo vivido, pertence a um determinado
grupo social, no qual um processo de interações se desenvolve, ou seja, se
estruturam a intensidade e a regularidade das experiências interacionais, que se
vão estabilizando por condicionamentos de antecipações recíprocas. Assim se
forma a ‘Identidade Social’ para cada indivíduo. Pedagogicamente são
extremamente, neste processo, as instâncias da Primeira Socialização, que são
base para a formação desta identidade social do Educando (KUNZ, 2001a, p.
141).
É preciso desenvolver no educando uma postura de engajamento, compromisso e
participação que os sensibilize para a sua dimensão humana.
6.1.11 Concepção de Escola de Superação
Supera-se aquilo que está em defasagem, o termo Escola de Superação surgiu
devido aos baixos índices de aprovação e altos índices de reprovação e evasão
apresentado em várias entidades escolares. Desta forma espera-se que as escolas
classificadas enquanto Escola de Superação consigam avanços positivos e significativos
em seu processo educativo, contando com o apoio de políticas educacionais.
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6.1.12 PDE Escola
O Plano de Desenvolvimento da Escola, PDE Escola faz parte de um leque de
programas originalmente ligado a um fundo especial de financiamento gerido pelo FNDE
(Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) ,a partir de recursos do BIRD,
denominado Fundescola (Fundo de Fortalecimento da Escola).
O programa está em fase final de execução e, em face das mudanças da
orientação político institucional do Governo Brasileiro, o MEC vem tratando o PDE Escola
como parte integrante do rol de ações do Plano de Desenvolvimento de Educação (PDE)
Nacional.
6.1.13 Concepção de Tempo e Espaço na Escola
O Tempo e o Espaço Escolar, é um local em dado momento da vida do indivíduo
que ele deveria ter a oportunidade de compreender a relação dialética entre o homem e a
natureza e a cultura de seu tempo. Para que isso se efetive faz-se necessário um pensar
pedagógico consciente por parte da Escola. O tempo escolar compreendido é a vivência
pedagógica dos alunos no ambiente escolar que servirá de base de aprendizagem para
toda a vida.
A Escola funciona como mediadora entre o aluno e o conhecimento científico, isso
quer dizer que ela não pode achar-se dona do conhecimento mas de uma forma
interdisciplinar e contextualizada, aproveitando as experiências dos alunos, e respeitando
suas individualidades: ritmo, tempo de aprendizagem, conhecimento que traz consigo,
cultura...etc., promover condições para a aprendizagem dos conteúdos historicamente
acumulados pela sociedade e principalmente para o exercício da democracia.
Exigir que todos aprendam como se fossem iguais é um dos pontos de
ancoragem da exclusão na Escola pois aprendemos de acordo com as experiências
individuais. Segundo Freitas (2004), além de ser respeitado o ritmo e o tempo de cada
aluno é preciso que ele tenha ajuda diferenciada para compreender um conteúdo.
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A Escola precisa atentar para uma organização curricular que privilegie as
relações recíprocas entre vivência, conteúdo e realidade.
6.1.14 Concepção e princípios da Gestão Democrática
A Gestão Democrática é o processo que rege o funcionamento da Escola,
compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a
participação de todos os segmentos da comunidade escolar.
A gestão democrática, como decorrência do princípio constitucional da
democracia e colegialidade, que envolve toda a comunidade escolar que é o conjunto
constituído pelos profissionais da educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários
que protagonizam a ação educativa da escola, terá como órgão máximo de direção o
Conselho Escolar.
Falando propriamente sobre o processo de gestão democrática, em nossa Escola,
é uma utopia que temos conquistado pouco a pouco, entendendo utopia, como nos diz
Vítor Henrique Paro em seu livro “Gestão Democrática da Escola Pública”, não como algo
impossível de se conseguir, mas como algo que almejamos conquistar.
6.1.15 Administração Colegiada
O plano de avaliação do Projeto Político Pedagógico será feito através de
pesquisas, questionários, respondidos por todos os segmentos do espaço escolar. Desta
forma, Direção, Equipe Pedagógica, Professores, funcionários e colegiados: Conselho
Escolar, Grêmio Estudantil e APMF poderão criar condições para realimentar o Projeto
Político Pedagógico do Colégio, sempre que assim for necessário.
6.1.16 Concepção de Formação Continuada
Umas das funções primordial de uma escola, é qualificar não apenas os que nela
estudam, mas também os que nela ensinam. Aperfeiçoamento, estudo e reflexão é tarefa
de todos.
69
A formação continuada é uma estratégia que visa qualificação pedagógica,
estimula o profissional a sair da acomodação para ir em buscas de novos caminhos. É de
dupla responsabilidade: do profissional que não pode acomodar-se e estacionar no tempo
e da mantenedora, que precisa ampliar o seu campo de ação e encarar como missão que
lhe é própria as formações continuadas, gerando mecanismos que facilitem a capacitação
dos profissionais em atividade.
Buscamos desenvolver em nosso estabelecimento de ensino, um projeto
sistemático de formação continuada de professores e funcionários como ação estratégica,
visando, além da qualificação pedagógica o estímulo e busca do profissionalismo.
6.1.17 Concepção da Hora-Atividade
A hora-atividade foi uma reivindicação da comunidade escolar para que o
docente pudesse refletir, replanejar e encaminhar sua prática.
Um momento que deve ser de estudos reflexivos em busca de aprimoramento. É
a oportunidade de o pedagogo intervir junto ao professor dando-lhe subsídios e avaliando
se as metodologias empregadas estão em consonância com o projeto da escola e seu
plano de trabalho docente.
Nesses horários os professores ainda fazem estudos individuais, correções de
avaliações, planejamentos e registro de classe.
6.1.18 Concepção de Plano de Trabalho Docente
O Plano de Trabalho Docente faz parte da Proposta Pedagógica Curricular;
organiza o ensino aprendizagem em sala de aula; é apresentação sistematizada e
justificada das decisões tomadas; orienta/direciona o trabalho docente; pressupõe a
reflexão sistemática da prática educativa; registra o que se pensa fazer, como fazer,
quando fazer, com que fazer e com quem fazer; antecipação do professor, organizando
tempo e material de forma adequada.
70
6.1.19 Concepção da Reunião Pedagógica
Na medida do possível e nas datas previstas em calendário escolar a escola se
reúne para discutir textos encaminhados pelo NRE e outros que a Equipe Pedagógica,
juntamente com a direção e o conjunto de professores, julga necessários.
Ela é um momento extremamente importante para o corpo docente e equipe
pedagógica se reunirem para estudos, reflexões e análise da prática em sala de aula a fim
de avaliar o sistema de aprendizagem e aprimorá-lo atendendo da melhor forma possível
as necessidades dos alunos. Portanto ela deve acontecer pelo menos ao fim de cada
semestre.
A escola não quer deixar de exercer o seu papel, quanto à formação contínua de
seus professores, mas ao mesmo tempo não tem condições para executá-la totalmente,
da forma prevista pelo estado.
6.1.20 Concepção de Conselho de Classe
O Conselho de Classe, enquanto mecanismo previsto na organização da escola,
reflete em realidade, como vem sendo concebida e vivenciada a educação escolar,
suscitando, portanto, diversas e complexas dimensões que podem ser tomadas como
foco de análise.
O Conselho de Classe apresenta como características principais, a forma de
participação direta de todos os profissionais que atuam no processo pedagógico, assim
como pais e alunos; uma organização interdisciplinar e apresenta como centro do trabalho
os resultados da ação pedagógica.
6.2 Concepção de Tempo Escolar
O Tempo e o Espaço Escolar, é um local em dado momento da vida do indivíduo
que ele deveria ter a oportunidade de compreender a relação dialética entre o homem e a
natureza e a cultura de seu tempo. Para que isso se efetive faz-se necessário um pensar
71
pedagógico consciente por parte da Escola. O tempo escolar compreendido é a vivência
pedagógica dos alunos no ambiente escolar que servirá de base de aprendizagem para
toda a vida.
A Escola funciona como mediadora entre o aluno e o conhecimento científico, isso
quer dizer que ela não pode achar-se dona do conhecimento mas de uma forma
interdisciplinar e contextualizada, aproveitando as experiências dos alunos, e respeitando
suas individualidades: ritmo, tempo de aprendizagem, conhecimento que traz consigo,
cultura...etc., promover condições para a aprendizagem dos conteúdos historicamente
acumulados pela sociedade e principalmente para o exercício da democracia.
Exigir que todos aprendam como se fossem iguais é um dos pontos de
ancoragem da exclusão na Escola pois aprendemos de acordo com as experiências
individuais. Segundo Freitas (2004), além de ser respeitado o ritmo e o tempo de cada
aluno é preciso que ele tenha ajuda diferenciada para compreender um conteúdo.
A Escola precisa atentar para uma organização curricular que privilegie as
relações recíprocas entre vivência, conteúdo e realidade.
6.3 Organização Curricular
A organização curricular de nosso Estabelecimento de Ensino se dá através de
disciplinas, onde o professor de forma contextualizada procura atender as
individualidades, as diferenças étnico-raciais, (deliberação 04/06) e necessidades
educacionais especiais de seus alunos, com aulas de 50 minutos distribuídas de acordo
com a Matriz Curricular proposta pelo Colégio respeitando tanto a base comum quanto a
parte diversificada.
O Conselho Estadual de Educação, por meio da deliberação N.º4 de 1999,
determina: base comum 75% da carga horária, parte diversificada 25% da carga horária
de escolha do estabelecimento de ensino.
72
6.4 Matriz Curricular
ENSINO FUNDAMENTAL DIURNO
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO
ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIABASE
NACIONAL
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 266
Ciências (301) 3 3 3 3 480 400
Educação Física (601) 2 2 2 2 320 266
Ensino Religioso (7502) 1 1 - - 80 66
Geografia (401) 3 4 4 4 600 500
História (501) 4 3 4 4 600 500
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 266
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
73
ENSINO FUNDAMENTAL VESPERTINO
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO
ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO:TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIABASE
NACIONAL
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 266
Ciências (301) 3 3 3 3 480 400
Educação Física (601) 2 2 2 2 320 266
Ensino Religioso (7502) 1 1 - - 80 66
Geografia (401) 3 4 4 4 600 500
História (501) 4 3 4 4 600 500
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 266
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
74
ENSINO FUNDAMENTAL NOTURNO
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO
ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: NOTURNO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIABASE
NACIONAL
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 266
Ciências (301) 3 3 3 3 480 400
Educação Física (601) 3 3 2 2 400 366
* Ensino Religioso (7502) 1 1 - - 80 66
Geografia (401) 3 4 4 4 600 500
História (501) 4 3 4 4 600 500
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 2 266
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
* Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativo para o aluno.Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
75
ENSINO MÉDIO
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO
ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM
CURSO: 0009–ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES
BASE
NACIONA
COMUM
1ª 2ª 3ª
Arte 2 2 -
Biologia 2 2 2
Educação Física 2 2 2
Filosofia 2 2 2
Física 2 2 2
Geografia 2 2 3
História 2 2 2
Língua Portuguesa 3 2 3
Matemática 2 3 3
Química 2 2 2
Sociologia 2 2 2
SUB TOTAL 23 23 23
P. D. * L.E.M Espanhol *4 *4 *4
L.E.M Inglês 2 2 2
SUB TOTAL 6 6 6
TOTAL 29 29 29
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
Obs.: * Disciplina de matrícula facultativa no CELEM, ministrada em turno contrário.
76
ENSINO MÉDIO
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO
ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM
CURSO: 0009–ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES
BASE
NACIONA
COMUM
1ª 2ª 3ª
Arte 2 2 -
Biologia 2 2 2
Educação Física 2 2 2
Filosofia 2 2 2
Física 2 2 2
Geografia 2 2 3
História 2 2 2
Língua Portuguesa 3 2 3
Matemática 2 3 3
Química 2 2 2
Sociologia 2 2 2
SUB TOTAL 23 23 23
P. D. * L.E.M Espanhol *4 *4 *4
L.E.M Inglês 2 2 2
SUB TOTAL 6 6 6
TOTAL 29 29 29
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.* Disciplina de matrícula facultativa no CELEM, ministrada em turno contrário.
77
6.5 Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação das relações
étnicos raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena
Sobre uma perspectiva de inclusão social as Diretrizes Curriculares Estaduais
consideram a diversidade cultural: o cumprimento da Lei nº 10.639/03 que inclui no
currículo Oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguida das
Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Educação das relações étnico-raciais e para o
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; o cumprimento da Lei nº 11.645/08
que inclui no Currículo Oficial a obrigatoriedade do ensino da História e cultura dos povos
Indígenas do Brasil.
6.6 Ensino da História do Paraná
Com o objetivo de preservar a memória paranaense, assim como os seus
movimentos sociais organizados a Lei nº 13.381/01 torna obrigatório no Ensino
fundamental e Médio da Rede Pública da Rede Estadual os conteúdos de História do
Paraná.
6.7 Lei do Estágio não obrigatória
Segundo a Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008, Artigo 1º “Estágio e Ato
Educativo Escolar Supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o Ensino
Regular em instituições de Educação Superior, de Educação Profissional, de Ensino
Médio, da Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na modalidade
profissional de Jovens e Adultos”.
O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das
Diretrizes Curriculares da etapa, modalidade e área de ensino da Proposta Pedagógica do
Curso.
78
Não oferecemos cursos onde nossos alunos devam cumprir a obrigatoriedade do
estágio, no entanto recebemos acadêmicos estagiários da Universidade.
6.8 Ensino de Filosofia e Sociologia
O Ensino de Filosofia e Sociologia no Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite –
EFM é ministrado em disciplinas específicas no Ensino Médio e tem como referência as
Diretrizes Curriculares na sua aplicação, sendo assim, optou –se por um currículo
disciplinar, o qual significa dar ênfase à escola como lugar de socialização do
conhecimento, pois essa função da instituição escolar é especialmente importante para os
estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas
vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão
filosófica e do contato com a arte.
Caso o estabelecimento de ensino receba alunos que não tenham sido
contemplados com conteúdos das disciplinas de Filosofia e Sociologia, os professores
juntamente com a equipe pedagógica realizarão projetos de complementação de
conteúdos para que os alunos não sejam prejudicados em seu conhecimento.
6.9 Concepções de Ações Didático Pedagógicas
A proposta das atividades e ações didático pedagógica desenvolvidas consta com
a colaboração de Diretores, equipe pedagógica, professores e funcionários em geral.
Faz-se necessário propiciar aos educandos a liberdade de criar e desenvolver suas
aptidões:
CELEM
Jogos Colegiais
História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
Fera / Comciência
79
6.10 Concepção de Complementação Curricular: Instrução n° 010/2009-
Programa Viva Escola
O Programa Viva Escola, assume como Política Pública Atividades Pedagógicas
e complementação curricular e desenvolvido em grande parte das escolas da Rede
Pública Estadual do Paraná.
Tais atividades são organizadas a partir de quatro núcleos de conhecimentos:
expressivo-corporal, científico-cultural, apoio à aprendizagem e integração comunidade
escola.
6.11 Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos
Os Desafios educacionais serão trabalhados à medida que forem necessários.
Na medida em que os conteúdos oportunizem serão problematizados os desafios
Educacionais Contemporâneos. Tais desafios podem ser abordados sob diversas
maneiras, como leitura de reportagem de jornais, revistas, livros, vídeos, filmes,
pesquisas, entrevistas, palestras e debates, etc.
Será proposto aos alunos a reflexão e a análise sobre a Diversidade Cultural
Nacional, evidenciando diferenças e refletindo sobre seus contrastes e contradições.
6.12 Concepção de Diversidade ( Paraná Alfabetizado, Educação Escolar
Indígena, Educação do Campo, Relações Etnicos-racial e Afrodescendência,
Gênero e Diversidade Sexual )
A Diversidade é percebida, com freqüência, uma disparidade, uma variação, uma
pluralidade, o contrário da uniformidade e da homogeneidade. Nos dias de hoje ela é
sinônimo de diálogo e de valores compartilhados.
O conceito de Diversidade Cultural vai mais além naquilo que a multiplicidade de
culturas contempla, em uma perspectiva sistêmica na qual cada cultura se desenvolve e
evolui em contato com outras culturas.
80
Tendo em vista temos:
Programa Paraná Alfabetizado – Mobilizou a sociedade e tem por objetivo
promover a alfabetização e resgatar a cidadania de milhares de Paranaenses.
Educação Escolar Indígena – A Constituição Federal assegura às comunidades
indígenas o direito de uma educação escolar diferenciada e a utilização de suas línguas
maternas e processos próprios de aprendizagem. Os indígenas deixaram de ser
considerados uma categoria social em vias de extinção e passaram a ser respeitados
como grupos étnicos diferenciados. Também a LDB 9394/96 garantiu aos povos
indígenas a oferta de educação escolar intercultural e bilíngüe.
Educação do Campo - Trata-se de uma política pública nacional, que na última
década se concretizou no Paraná assim como em todo país com o objetivo de resgatar a
dívida histórica aos sujeitos do campo com uma educação de qualidade, vinculada à sua
cultura e necessidades.
Relações Étnicos-Racial e Afrodescendência – A Lei 10.639/03, traz a tona os
debates sobre o multiculturalismo e suas implicações num cenário social brasileiro, numa
tentativa de tornar a discriminação racial e o preconceito mais amenos em nossa
sociedade. Focalizar então as dimensões multiculturais num contexto educacional,
juntamente com as leis de combate ao racismo e promoção da consciência racial, vem
contribuir para a construção da identidade e promoção das relações étnicos-raciais.
Gênero e Diversidade Sexual – As preocupações em torno das sexualidades, das
homosexualidades e das identidades e expressões de gênero também não são novas no
espaço escolar. No entanto, no Brasil, só a partir da segunda metade dos anos de 1980,
elas começaram a ser discutidas mais abertamente no interior de diversos espaços
sociais – entre eles, a escola e a universidade.
Segundo a perspectiva adotada hoje pela Secretaria de Educação Básica/MEC, o
conceito de qualidade social da educação guarda vínculos com o desenvolvimento
integrado do país e com o campo dos Direitos Humanos. A Secad/MEC entende que a
legitimidade da pluralidade de gênero, das identidades de gêneros e da livre expressão
81
afetiva e sexual integram os direitos humanos. Assim, a função social da escola volta-se a
inclusão social.
6.13 Concepção Curricular / de Currículo
Currículo é muito mais do que o conteúdo a ser aprendido, significa todos os
processos da vida escolar. Tudo aquilo que contribui para a construção de melhores
comunidades e um futuro melhor.
O currículo existe na vivência das pessoas: As relações humanas na sala de aula,
os métodos de ensino, as relações entre os
conteúdos/contextualização/interdisciplinaridade e as avaliações que permeiam o
processo, constroem o currículo. Ele deve visar à melhoria na vida do indivíduo e da
comunidade.
Faz parte da construção e desenvolvimento do currículo definir que conteúdos
serão abordados, mas imprescindível que se avalie em que esses ajudarão o aluno, qual
sua implicância prática e social. E importante ainda, através dos conteúdos abordar
questões éticas, raciais, sociais, econômicas, respaldado e em cumprimento às leis que
regem a Educação, desenvolvendo o senso crítico, a consciência dos alunos e
respeitando seu ritmo, prevenindo a exclusão e a repetência.
Com essa abordagem asseguramos o respeito e a tolerância às diferenças
individuais. Tomando então por desafio a luta pelas desigualdades e o reconhecimento
das diferenças. E centralizando nossos esforços, não na deficiência, mas nas
possibilidades de aprendizagens do educando e nas estratégias que vamos lançar mão
para alcançar nossos objetivos, como nos diz CARVALHO,
“É importante destacar que ‘especiais’ devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e a participação de todos os alunos”. (2000, p17).
82
O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças sistêmicas,
político-administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação de
recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula,
conforme é preceituado na Deliberação n.º 02/03, os seguintes artigos.
Art. 11. Para assegurar o atendimento educacional especializado os
estabelecimentos de ensino deverão prever e prover:
I. flexibilização e adaptação curricular, em consonância com a proposta
pedagógica da escola.
II. Art. 22. A organização da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino
deverá tomar como base as normas e diretrizes curriculares nacionais e
estaduais atendendo ao princípio da flexibilização.
& 1O. As escolas devem garantir na proposta pedagógica a flexibilização curricular
e o atendimento pedagógico especializado para atender as necessidades educacionais
especiais de seus alunos.
O currículo deve ser entendido como instrumento de compreensão do mundo, de
transformação social e de cunho político pedagógico, ou seja, a cultura e o saber da
comunidade fazem parte da vida do estudante a ponto de constituírem a educação com a
qual ele chega à escola. Falar em conhecimento, cultura e educação é também refletir
sobre qual a concepção de currículo dentro da nova proposta que iremos trabalhar.
O currículo deverá ser descrito como um projeto educacional planejado e
desenvolvido a partir de uma seleção da cultura e das experiências das quais deseja-se
que as novas gerações participem, a fim de socializá-las e capacitá-las para ser cidadãos
solidários, responsáveis e democráticos. Toda instituição escolar quer estimular e ajudar
os alunos a compreender e comprometer-se com a experiência acumulada pela
humanidade e, mais concretamente, com a sociedade na qual vivem.
Alguns princípios que poderão embasar nossas reflexões na construção
curricular são os seguintes:
83
- propiciar ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das diversas
áreas do conhecimento, que capacitem não apenas os educandos como também os
demais sujeitos escolares (docentes, funcionários, comunidade) a ler a realidade,
interpretar, se posicionar e influenciar sobre ela, respeitar e incentivar a liberdade de
pensamento, a discussão, a capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da
importância do debate no interior da escola,
- organizar os programas através de conteúdos socialmente significativos,
permitindo compreender a dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos
da realidade, numa interpretação dialética, com base nos estudos marxistas, atentando
para as diferenças vertentes herdeira da tradição marxista, que abriram diferentes formas
de compreender o mundo, tendo em vista a construção de uma sociedade socialista, que
possibilite praticar a resistência à sociedade capitalista e aos seus valores
desumanizadores de consumo, competição, desrespeito à vida e à natureza. Que
possibilite reconhecer e praticar a resistência aos valores dos países imperialistas e
hegemônicos, colocando os sujeitos escolares em movimento, mostrando a necessidade
de participar dos movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares, criando
o entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação contínua e
atualizada - o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender - para desenvolver a
autonomia intelectual e superar a dependência das informações e das elaborações da
dominação cultural burguesa, permitindo aos sujeitos escolares o domínio do
conhecimento,
- o acesso e a fruição das conquistas da humanidade, no campo das artes, das
ciências, das letras e da tecnologia, permitindo aos sujeitos escolares conhecerem,
valorizarem e vivenciarem as manifestações populares, compreendendo as relações de
interdependência entre as culturas e sem qualificar uma delas como superior, trazendo
para a sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas, que possibilite ao aluno a
prática da solidariedade, respeitando e incentivando a diversidade cultural, para lutar
contra a discriminação de raça, gênero, geração, orientação sexual, contra as pessoas
com necessidades especiais, entre outras,
- incentivar também a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a
participação coletiva nos processos de estudo, trabalho e gestão da escola, incentivando
84
os órgãos de representação e a participação efetiva de todos, assegurando assim as
alegrias do presente ( e não apenas pensar a promessas do futuro) pois quando a
escola consegue proporcionar o prazer de se aprender no momento atual, as crianças e
os jovens irão pressentir o prazer de aprender sempre.
6.13.1 Relação entre conteúdo, método, contexto sócio-cultural e fins da
educação
Segundo as DCE's o currículo é o configurador da prática, produto de ampla
discussão entre os sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e como
organização disciplinar, e assim priorizem diferentes formas de ensinar, de aprender e de
avaliar. Considera-se também várias dimensões do conhecimento: científica, filosófica e
artística.
Para a seleção do conhecimento concorrem tanto fatores ditos externos, como
aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho quanto as
características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do
sistema como os níveis de ensino, entre outros. Além desses fatores, estão os saberes
acadêmicos, trazidos para os currículos escolares e neles tomando diferentes formas e
abordagens em função de suas permanências e transformações.
Todo o desenvolvimento dos conteúdos devem estar embasados numa
concepção de escola pública que tenha o objetivo de construir uma sociedade justa, onde
as oportunidades sejam iguais para todos.
6.13.2 Relações entre as concepções de homem, sociedade, mundo,
educação, aprendizagem e finalidade dos conteúdos.
Como já dito anteriormente o mundo enquanto uma dimensão histórico cultural,
encontra-se em uma relação permanente com o homem, e este por sua própria natureza
é um ser em constante transformação. Enquanto ser social, ao transformar busca o
conhecimento construído através das relações sociais desde os primórdios. Tais
conhecimentos culturais são transmitidos de geração a geração através da educação
formal e informal, esta por sua vez define suas ações educacionais buscando em seus
85
conteúdos disciplinares a mediação entre o saber científico adquirido no decorres de anos
possibilitando então ema constante transformação.
6.13.3 Respeito à identidade do aluno na perspectiva da diversidade
cultural
No Brasil existe “um mito da democracia social” que tem como objetivo propagar
que não existem diferenças raciais no país e que todos aqui vivem de forma harmoniosa,
sem conflito. A disseminação desse mito permitiu esconder as desigualdades que é
constatada nas práticas discriminatórias de acesso ao emprego, por exemplo.
O nosso cotidiano escolar traz vários exemplos do mito da democracia social. O
aspecto da cultura da classe dominante não deve ser privilegiada nas escolas pois reflete
apenas uma parte e não a totalidade da população.
Nós como educadores devemos ter uma proposta educacional voltada para a
diversidade junto as variações de cultura, temos a obrigação não só de conhecer os
mecanismos e os conceitos da dominação cultural, econômica, social e política, mas
também de perceber as diferenças etno culturais sobre essa realidade cruel e desumana.
A educação escolar é o espaço privilegiado para que as camadas populares
possam ter acesso ao conhecimento cientifico e cultural em geral.
6.13.4 Articulação desses saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do
contexto histórico-social e a mediação de mediação do professor
Na sociedade do conhecimento da tecnologia, torna-se necessária repensar o
papel da escola, mais especificamente as questões relacionadas ao ensino e a
aprendizagem. O ensino organizado de forma fragmentada não atende as exigências
deste novo paradigma, o momento requer uma nova forma de pensar e agir, criando
situações que exijam um posicionamento critico e reflexivo do individuo para fazer suas
escolhas e definir suas prioridades.
O envolvimento do aluno no processo de aprendizagem é fundamental. Para isso,
a escola deve encontrar sentido e funcionalidade naquilo que constitui como foco dos
86
estudos em cada situação em sala de aula. O ensino contextualizado permite ao aluno
relacionar aspectos presentes da vida pessoal, social e cultural.
O conhecimento da tecnologia é o que permite ao professor integrá-la a sua
prática pedagógica, já que a mesma se faz presente em praticamente em todos os
ambientes sociais. Cabe ao professor conhecer as especificidades dos recursos utilizados
para que possa enriquecer a aprendizagem do aluno. A possibilidade de o aluno poder
diversificar a representação do conhecimento, a aplicação de conceitos e estratégias e de
utilizar diferentes formas de linguagens e estruturas de pensamentos redimensiona o
papel da escola e de seus protagonistas.
6.13.5 Relação professor / aluno
As relações humanas, embora complexas são fundamentais na realização
comportamental e profissional de um individuo. Desta forma o relacionamento entre
professor/aluno envolve interesses e intenções, pois a educação é uma das fontes mais
importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores em membros da
espécie humana.
Segundo Freire (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala,
trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um
desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque
acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas
dúvidas, suas incertezas.”
Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor
competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida
e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio,
burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
Apesar da importância da existência de afetividade, confiança, empatia e respeito
entre professores e alunos para que haja o processo de aprendizagem tais sentimentos
não devem interferir no cumprimento ético do professor.
87
Buscamos então mudanças para autonomia, para assimilação dos
conhecimentos, não permitindo que sentimentos interfiram no processo ensino e
aprendizagem de forma subjetiva. O papel do professor consiste em agir como mediador
entre os conteúdos de aprendizagem e atividade construtiva para assimilação.
6.13.6 Recursos didáticos-pedagógicos facilitadores da aprendizagem
Com objetivo de que o processo ensino/aprendizagem realmente se efetive,
torna-se necessário a busca de vários recursos didáticos, como por exemplo: os vínculos
afetivos, multimídia, ilustrações, charges, jornais, revistas, dvds, livros didáticos, todo e
qualquer material que busque acrescentar a ação pedagógica.
6.13.7 Intervenção constante do professor no processo ensino
aprendizagem
O processo de intervenção se dá durante toda a ação pedagógica. No
desenvolvimento das aulas, durante as atividades realizadas pelos alunos acontece de
forma voluntária a avaliação diagnóstica, desta forma, o docente busca intervir nas
dificuldades apresentadas pelo educando, assim como observação dos progressos
alcançados que favorecem rever sua prática.
6.13.8 Relação entre a formação continuada do professor e sua prática
Segundo Sacristán (1998), o plano de formação continuada significa
profissionalmente um tempo para dar oportunidade de pensar a prática, representando-a
antes de realizá-la num esquema que inclua os elementos mais importantes para
intervirem nas mesmas.
Mediante tal conceito torna-se importante levarmos em conta a evolução do
mundo moderno, torna-se imprescindível a qualificação do profissional em educação.
Através dos conhecimentos adquiridos as formações continuadas o professor
estará sempre renovando sua prática, pois a interação com outros profissionais e a
88
fundamentação teórica recebida o habilita a promover mudanças qualitativas no
desenvolvimento de suas funções.
6.13.9 Interdisciplinaridade e Contextualização
A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio-
histórica como princípio integrador do currículo. O processo de ensino/aprendizagem
contextualizado é um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança
do aluno.
É preciso ter claro que esse processo de ensino fundamenta-se em uma cognição
situada, ou seja, as ideias prévias dos estudantes e dos professores advindas do contexto
de suas experiências e de seus valores culturais. O contexto dá significado ao conteúdo e
deve basear-se na vida social, no cotidiano, na convivência do aluno.
Desta forma a interdisciplinaridade torna-se um saber útil, é a integração de
saberes, o que gera um maior interesse para a aprendizagem tornando-a mais
significativa.
Em nossa escola procuramos uma prática interdisciplinar e contextualizada
adequado ao mundo globalizado e que exige que o professor seja atualizado, criativo,
orientador e facilitador da aprendizagem.
6.14 Concepção de Avaliação
6.14.1 Conceito
A avaliação é considerada uma orientação do processo educativo devido a sua
importância no aperfeiçoamento da ação pedagógica e das interações dos envolvidos.
A avaliação será feita, continuamente, é uma ação permanente e seus resultados
cumulativos. Dando prevalência aos aspectos qualitativos e não aos quantitativos.
89
A avaliação é o termômetro do processo escolar. Não pode ser o momento de
simplesmente classificar o aluno e acusar os seus erros, mas sim a oportunidade de
detectar onde o aluno ainda não compreendeu para que o professor possa modificar seu
plano, suas estratégias para melhor ajudar o aluno a reconstruir o conhecimento.
É necessário que a escola, retome com mais clareza e atenção o princípio da
avaliação que é o de contribuir para melhorar as condições de natureza escolar: ensino,
aprendizagem, planejamento, desenvolvimento curricular... Etc.
A avaliação é o conjunto das várias sínteses embasando a tomada de decisões
quanto à promoção do aluno; é o instrumento que permite visão geral do trabalho
desenvolvido. Norteia a escolha de procedimentos favoráveis ao avanço dos alunos ao
mesmo tempo permite acompanhar a aprendizagem, organizar, estimular, sistematizar,
facilitar a aprendizagem do aluno e também permite acompanhar o trabalho do professor.
Comumente a avaliação é entendida como resultado de testes, provas e trabalhos
ou pesquisas dadas aos alunos e aos quais se atribui uma nota ou conceito, que aprova
ou reprova, é um instrumento didático-pedagógico utilizado para reflexão da prática dos
professores e alunos num processo contínuo e dinâmico.
As primeiras idéias de avaliação da aprendizagem estavam vinculadas ao
conceito de verificação e de medidas. A necessidade de medir surgiu tão cedo, que é no
corpo que o homem foi buscar as primeiras unidades de comparação como no pé, no
palmo etc. Todos os instrumentos de medida e avaliação são eficientes quando usados
criteriosamente e de acordo com os objetivos previstos.
Até o século XIX com uso da prova escrita tornou-se possível registrar os
aspectos e economizar tempo, pois todos eram avaliados simultaneamente.
Hoje a avaliação é objeto de constantes pesquisas como: político, filosófico,
tecnológico e sociológico.
Luckesi se refere à avaliação como juízo de valores sobre dados relevantes para
uma tomada de decisão.
90
Portanto, "O sentido da avaliação está em fornecer informações ao aluno que o
ajudem a progredir até a auto-aprendizagem, oferecendo-lhe notícias do estado em que
se encontra e as razões do mesmo, para que utilize esse dado como guia de auto-
direção, meta da educação".
Avaliar é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho do docente,
que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem e com isso
ter como indicadores dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões
quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, proporcionando dados que
permitam ao Estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com
adequação dos conteúdos e métodos de ensino, deve-se incidir sobre o desempenho do
aluno em diferentes situações de aprendizagem, utilizando procedimentos que assegurem
a comparação dos alunos entre si, devendo preponderar os aspectos qualitativos da
aprendizagem e a capacidade de elaboração pessoal com a finalidade educativa que
deverá ser contínua, permanente e cumulativa.
6.14.2 Indicadores da Aprendizagem
A avaliação consta de provas bimestrais sendo um total de duas com a somatória
6,0 (seis vírgula zero), e trabalhos diversos como pesquisas, debates, trabalhos em
grupo, individuais, painel aberto, etc., com a somatória de 4,0 (quatro virgula zero).
Em todas as avaliações são realizadas recuperação concomitante.
6.14.3 Critérios de Promoção
Quanto à promoção adotada pela escola serão considerados os resultados
obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a
incorporá-los expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomada na melhor
forma.
Serão expressas através de notas numa escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0
(dez vírgula zero) obedecendo à escala de 0,5 (zero vírgula cinco). Ou seja; de meio em
91
meio ponto, somente a nota final que poderá ser decimal diferente de 0,5 (zero vírgula
cinco). E uma freqüência mínima de 75% da carga horária anual.
6.14.4 Periodicidade do Registro da Avaliação
A avaliação acontece durante todo o bimestre, pois o professor utiliza de vários
instrumentos durante todo o processo de ensino/aprendizagem, atribuindo valores nestes
instrumentos o qual resultam da média bimestral.
6.14.5 Resultado da Avaliação
Uso do resultado da avaliação e encaminhamento permeia todo o processo
ensino-aprendizagem, é um instrumento de pesquisa que não terá um fim em si mesmo,
mas será um meio de obter dados sobre o que o aluno já sabe para então planejar
partindo do seu real. Também é um meio de observar até onde alcançamos nossos
objetivos para então detectando as falhas intervir com uma nova metodologia, se
necessário encaminhá-lo para o reforço na sala de apoio.
O uso dos resultados da avaliação para reformular e aperfeiçoar o Ensino é
necessário. E um dos procedimentos adquiridos é a recuperação de estudos
concomitantes, ou seja, as ações paralelas que são concomitantes de retomada ao longo
do período letivo. Os estudos de recuperação são inerentes a uma prática avaliativa
mediadora com intenção de subsidiar, provocar e promover a evolução do aluno em todas
as áreas de seu desenvolvimento quer seja em forma de trabalho, pesquisas, relatórios,
exercícios diversos, jogos, estudos em grupo, testes, sempre que forem constatadas
dificuldades na aprendizagem.
Todo processo deverá ser registrado no Livro Diário de Classe ou nas fichas de
todos os alunos procurando recuperá-los durante todo o ano letivo não existindo assim
recuperação final.
6.14.6 Encaminhamentos e ações concretas
O processo ensino-aprendizagem, é um instrumento de pesquisa que não terá um
fim em si mesmo, mas será um meio de obter dados sobre o que o aluno já sabe para
92
então planejar partindo do seu real. Também é um meio de observar até onde
alcançamos nossos objetivos para então detectando as falhas intervir com uma nova
metodologia, se necessário encaminhá-lo para o reforço no contra-turno, sala de recurso,
ou de apoio, o que tiver disponível na escola, fazendo a recuperação paralela, ou ainda
encaminhando para outros profissionais aqueles alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagens e necessitam de atendimentos específicos.
6.14.7 Procedimento de Recuperação de Estudos
Nosso estabelecimento de ensino conta com sala de apoio para recuperação de
alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem das 5ª séries. Os demais
educandos incluindo os das 5ª séries realizam recuperação concomitante.
6.15 Plano de Avaliação
6.15.1 Adaptação Curricular
Adaptação é o conjunto de atividades didático-pedagógica desenvolvidas sem
prejuízo das atividades normais da série ou período em que o aluno se matricular, para
que possa seguir, com proveito o novo currículo.
A adaptação far-se-á pela Base Nacional Comum.
A adaptação de Estudos poderá ser realizada durante os períodos letivos ou entre
eles através de programa especial ministrado pelo professor da disciplina.
Para efetivação do processo de Adaptação, o setor pedagógico do
estabelecimento de ensino, deverá comparar o currículo, especificar as Adaptações a que
o aluno estará sujeito, elaborar um plano próprio, flexível e com a participação do
professor da disciplina, adequando a cada caso e, ao final do processo, elaborar a Ata de
resultados e registrá-los no histórico do aluno e no Relatório Final que será encaminhado
à SEED.
93
A adaptação poderá ser feita por compromisso, caso o aluno esteja
impossibilitado de cursá-la em outro turno.
O terno de compromisso deverá ser assinado pelo aluno tomando ciência da
adaptação e comprometendo-se em realizá-la.
No processo da adaptação por compromisso, o aluno cumprirá atividades
elaboradas pelo professor da disciplina, que lhe serão atribuídas, tendo por base o
conteúdo programático do planejamento da série em que a disciplina constar.
As atividades serão elaboradas pelo próprio professor e poderão compreender
em roteiro de tarefas realizadas pelo aluno: leitura de livros, pesquisas de determinados
assuntos, resolução de exercícios, estudo de módulos e outras atividades julgadas
necessárias pelo professor da disciplina.
As atividades quanto ao conteúdo, deverão dar ênfase a pré-requisitos
necessários nas séries posteriores.
As atividades serão acompanhadas pelo professor da disciplina, no caso de
impedimento deste, deverá ser pela Equipe Técnico-Pedagógica do estabelecimento.
6.15.2 Dependência
Conforme o Artigo 94 de nosso Regimento Escolar, não ofertamos progressão
parcial, somente serão aceitas transferências recebidas de alunos com dependências em
até 3 (três) disciplinas.
Quando ficar comprovada a impossibilidade do aluno cursar a disciplina em
horário compatível ao da série que o aluno estiver cursando, será estabelecido um plano
especial de estudo registrado em relatório que deverá integrar a pasta individual do aluno.
O plano especial de estudo a que se refere ao parágrafo anterior, deverá ser
elaborado pelo respectivo professor da disciplina juntamente com a equipe pedagógica,
bem como todo acompanhamento necessário para que seja realizado com êxito, o
94
referido plano de estudo será realizado através de estudos de pesquisas sobre a
disciplina em que o aluno ficou retido e uma avaliação referente ao assunto que foi
pesquisado.
Fica vetada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência no
Ensino Fundamental.
A expedição de certificado ( ou diploma) de conclusão de curso, só se dará após
o atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os
mínimos exigidos por lei e eliminadas as dependências ocorridas ao longo do curso.
6.15.3 Progressão Parcial
Nosso estabelecimento de ensino não oferece progressão parcial, apenas nos
casos de recebermos alunos transferidos com dependência.
6.15.4 Recuperação
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento
contínuo pela qual todos os alunos dispõem de condições que lhes possibilitem a
apreensão de conteúdos básicos.
A recuperação de Estudos, encaminhamento de caráter pedagógico, destinada a
todos os alunos é ofertada obrigatoriamente por este Estabelecimento, de forma
contínua e progressiva durante o período letivo, visando melhoria do aproveitamento
escolar e aperfeiçoamento do currículo.
A recuperação de estudos deve constituir um conjunto integrado ao processo de
ensino, além de adequar as dificuldades dos alunos possibilitando a apreensão dos
conteúdos básicos;
O processo de recuperação será desenvolvido juntamente às atividades regulares
do aluno, à medida que forem constatadas dificuldades ou falhas na aprendizagem,
95
mediante o acompanhamento contínuo do aluno, oportunizando-lhe reforço para atingir os
objetivos propostos;
Para que conteúdos sejam recuperados, os professores deverão utilizar técnicas
e estratégias pedagógicas adequadas as dificuldades de aprendizagem demonstradas
pelos alunos.
Na Recuperação de Estudos, o professor deverá considerar a aprendizagem do
aluno no decorrer do processo e para aferição do bimestre, entre a nota da Avaliação e da
Recuperação, prevalecerá sempre a maior.
O processo de recuperação deverá ser registrada no Diário de Classe ou em
fichas próprias elaboradas pelo professor e/ou equipe pedagógica.
A Recuperação poderá assumir várias formas como:
a) revisão de conteúdos trabalhados, fixando mais aqueles de menor
aproveitamento;
b) trabalho ao final de cada bimestre, relacionados aos conteúdos em que os
alunos tiveram mais dificuldades.
c) debates;
d) pesquisas programadas e orientadas;
e) estudos com monitorias;
f) relatórios;
g) pesquisas em laboratório;
h) atividades em sala de aula, exercícios diversos;
i) jogos didáticos;
j) dramatização;
l) elaboração de painéis ou cartazes.
Não haverá Recuperação Final devido o aluno ser recuperado paralelamente aos
bimestres durante o ano letivo (ou semestre) conforme Calendário Escolar Homologado.
96
6.15.5 Classificação
Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota segundo critérios
próprios, para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com a
idade, experiência e desempenho adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação pode ser realizada:
I- por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, etapa,
ciclo, período ou etapa anterior na própria escola;
II- por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do
exterior considerando a classificação da escola de origem;
III- independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola que destina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inserção na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada a sua idade.
Fica vetada a classificação para o ingresso na 1ª série do Ensino Fundamental,
conforme Artigo 24, Inciso II da LDB 9394/96.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos da escolas e
dos profissionais.
I- proceder a avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
II- comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado
para obter deste o respectivo consentimento;
II- organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para
efetivar o processo;
97
III- arquivar Atas, Provas, Trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
IV- registrar resultados no histórico escolar do aluno.
O aluno que ingressar no estabelecimento por meio de classificação, terá seu
controle de freqüência computado a partir da data efetiva de sua matrícula.
6.15.6 Reclassificação
Reclassificar é o processo pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento,
experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim
de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho,
independentemente do que registra o seu histórico escolar.
Ficam vedadas a classificação e/ou reclassificação para etapa, ciclo, fase ou
período inferior a anteriormente cursada.
6.15.7 Avaliação Final
Para a avaliação final serão considerados os resultados obtidos durante o período
letivo, cujo o resultado final venha incorporá-los, expressando a totalidade do
aproveitamento escolar, tomado a sua melhor forma, sendo ela, diagnóstica, formativa e
somativa, dando preponderância aos aspectos qualitativos da aprendizagem realizada.
Serão considerados aprovados os alunos com freqüência superior a 75 % de
freqüência e média igual ou superior a 6,0, seguindo a seguinte fórmula:
MA =1º B + 2º B + 3º B + 4º B = 6,0
4
98
6.15.8 Procedimento de informação aos pais
Os pais ou responsáveis têm direito ao conhecimento do processo pedagógico,
bem como de participar da definição das propostas educacionais; por si mesmos ou por
seus representantes do Conselho Escolar e de requerer cancelamento de matrícula ou
transferência nos termos do Regimento Escolar.
As informações referentes a aprendizagem escolar é feita bimestralmente através
dos boletins escolares e reuniões pedagógicas.
Tendo em vista a educação dos filhos, visando ao pleno desenvolvimento de suas
pessoas, preparo para a cidadania e qualificação para o trabalho, constitui deveres dos
pais ou responsáveis impostos na lei:
I. matricular o aluno no estabelecimento de ensino, de acordo com a
legislação vigente;
II. exigir que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função;
III. manter relações cooperativas no âmbito escolar;
IV. assumir junto à escola ações de co-responsabilidade que assegurem a
formação educativa do aluno;
V. propiciar condições para o comparecimento e a permanência do aluno no
estabelecimento de ensino;
VI. respeitar os horários estabelecidos pelo estabelecimento de ensino para o
bom andamento das atividades escolares;
VII. requerer transferência ou cancelamento de matrícula quando responsável
pelo aluno menor;
VIII. identificar-se na secretaria do estabelecimento de ensino, para que seja
encaminhado ao setor competente, o qual tomará as devidas providências;
IX. comparecer às reuniões e demais convocações do setor pedagógico e
administrativo da escola, sempre que se fizer necessário;
X. comparecer às reuniões do Conselho Escolar de que, por força do
Regimento Escolar, for membro inerente;
XI. acompanhar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é responsável;
99
XII. encaminhar e acompanhar o aluno pelo qual é responsável aos
atendimentos especializados solicitados pela escola e ofertados pelas instituições
públicas;
XIII. respeitar e fazer cumprir as decisões tomadas nas assembléias de pais ou
responsáveis para as quais for convocado;
XIV. cumprir as disposições do Regimento Escolar, no que lhe couber.
6.16 PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional
Resultado de parceria entre a Secretaria da Educação (SEED) e a Secretaria da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), o PDE – Programa de Desenvolvimento
Educacional é uma política educacional pioneira de formação continuada para os
professores com duração de dois anos.
No primeiro ano, os professores se dedicam exclusivamente aos trabalhos
acadêmicos. No segundo, eles ficam afastados em 25% da carga horária de suas
atividades. Cada professor do PDE elabora um Plano de Trabalho, uma proposta de
intervenção prática na realidade escolar. Além da elaboração e aplicação do projeto de
intervenção pedagógica, o programa proporciona interação entre o professor PDE e os
demais professores por meio do Grupo de Trabalho em Rede (GTR) que acontece em
ambiente virtual.
No Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite, os docentes participantes do PDE -
Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná, com o diagnostico da realidade do
estabelecimento, atuam de forma clara com o roteiro detalhado de suas ações para que
se consiga atingir os objetivos propostos de modo a melhorar a ação pedagógica.
6.17 Equipe Multidisciplinar
A escola é responsável pelo processo de socialização desde a infância no qual
se estabelecem relações com crianças de diferentes núcleos familiares. Esse contato
diversificado poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. A
exclusão simbólica pode ser manifestada pelo discurso do outro, tomando forma a partir
da observação do cotidiano escolar. Este poderá ser uma via de disseminação do
100
preconceito por meio da linguagem, na qual estão contidos termos pejorativos que em
geral desvalorizam a imagem.
Dessa forma, compreendemos que a escola tanto pode ser um espaço de
disseminação quanto um meio eficaz de prevenção e diminuição do preconceito.
Acreditamos que não há raças superiores ou inferiores.
Desde a aprovação da Lei no 10639/03 que obriga a inclusão no currículo da
Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com objetivo de tratar da Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-brasileira e Africana,
que o colégio vem buscando desenvolver ações que combatam a discriminação de
origem racial, de superação das desigualdades sócio-econômicas que atingem a
população negra e comunidades indígenas. Estas ações buscam caminhar em direção ao
enfrentamento do racismo e demais formas de preconceitos que se fazem presentes na
sociedade e acabam sendo difundidos no espaço da escola, que luta pela concretização
da democracia e respeito a diversidade. Tornou-se comum e natural, tratar a história do
negro apenas na perspectiva da escravidão e aceitar padrões culturais e estéticos que
colocam a raça branca como supostamente superior.
Os professores que atuam neste Colégio procuram aproveitar acontecimentos
que ocorrem no dia-a-dia para serem trabalhados nas diferentes disciplinas, incluindo
sempre que possível em suas aulas, os temas contemporâneos, a história e a cultura
afro-brasileira, africana, indígena e seus respectivos estudos. Assim, todas as turmas são
contempladas.
7. MARCO OPERACIONAL
7.1 Plano de Ação
7.1.1 Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e políticas
pedagógicas
A Direção e equipe pedagógica da Escola terá sua atuação voltada para:
101
- Mediação entre o corpo docente e o discente, para que as propostas
pedagógicas e curriculares possam ser desenvolvidas de forma eficaz;
- Fornecer os meios de para o entrosamento entre a Escola e a comunidade;
- Trabalhar na criação de condições para que haja um processo de
ensino/aprendizagem adequado à realidade do educando, bem como adequá-lo às suas
necessidades;
- Atuar junto aos Conselhos de Classe , detectando problemas e auxiliando em
possíveis soluções;
- Reuniões pedagógicas voltadas para a troca de experiências e informações,
onde os docentes possam aproveitar a teoria, aplicando-a no exercício do cotidiano;
- Verificar a regularidade, variedade e quantidade de merenda fornecida aos
alunos;
- Elaboração dos planos de trabalho docente de acordo com a Proposta
Pedagógica;
- Dar cumprimento a Proposta Pedagógica da escola tendo em vista a finalidade
do Ensino Fundamental e Médio, oferecendo conhecimentos necessários que permitam a
continuidade de estudos e efetiva inserção na sociedade;
- Usufruir dos recursos financeiros de modo a buscar melhorias e manutenção da
escola;
Em síntese: desenvolver atividades que garantam o bom funcionamento da
Escola, em todos os segmentos: zelando pela melhor consecução possível da tarefa de
toda a equipe escolar.
Metas
102
-Diminuição dos itens de evasão escolar;
-Aumento nos índices de promoção;
-Conscientização e implantação da cidadania e da dimensão política;
-Envolvimento e interação da comunidade, com vistas a uma participação ativa;
-Adequação da elevação da qualidade de ensino;
-Unificação de linguagens didáticas;
-Envolvimento dos docentes com as normas regimentais e disciplinares;
-Diminuição da evasão nos primeiros anos do Ensino Médio;
-Preparar para a construção do conhecimento;
-Saber respeitar o "próximo", em seus bens materiais e morais;
-Formar e não apenas informar;
-Dominar os conteúdos básicos programáticos;
-Internalizar seu papel como cidadão do mundo;
-Conscientizar sobre a importância da sua contribuição para o bem estar da
comunidade;
-Conscientização sobre a importância do estudo para o crescimento interior e
auto-realização;
-Formar cidadãos críticos e conscientes;
103
-Aplicar os recursos de forma a buscar resultados satisfatórios.
Ações
-Capacitação profissional dos docentes através de palestras, dinâmicas de grupo,
troca de experiências, além de estimulá-los a estar sempre em busca de novos
conhecimentos;
-Projeto recuperação/reforço;
-Implantação de projetos;
-Através de reuniões pedagógicas, conscientizar os professores da necessidade
de encontrar caminhos adequados e prazerosos para a concretização do processo
ensino-aprendizagem, construindo, dessa forma, um ambiente estimulador e agradável;
-Conscientizar os docentes da importância do trabalho em equipe para obtenção
de um funcionamento integral da Escola, estimulando uma relação de igualdade, respeito
e consideração mútuos;
-Conscientizar os docentes do valor da avaliação como parâmetro diário para um
replanejar constante e não como medida de valor inexorável;
-Através de reuniões, manter contato direto e transparente com a comunidade,
construindo um relacionamento harmonioso de forma a que os pais percebam a
importância de sua participação para a concretização de uma Escola de qualidade;
-Utilização da biblioteca (estímulo à leitura) e do laboratório de informática;
-Estudo detalhado dos temas pertinentes aos desafios educacionais
contemporâneos;
-Avaliar e controlar a qualidade do ensino-aprendizagem;
104
-Revitalização das atividades do Grêmio Estudantil;
-Palestras dirigidas aos alunos do período noturno para que os mesmos possam,
através de informações atuais, sentir-se estimulados a freqüentar as aulas, percebendo
que os conhecimentos adquiridos na Escola serão necessários para que possam
enfrentar um mundo globalizado onde a mudança se faz diariamente;
-Administrar, com a participação de professores, pais, funcionários e direção, as
verbas recebidas, de forma a atingir o objetivo maior que é a construção de uma escola
pública de qualidade.
-Adquirir dentro do possível o material necessário para bom desempenho
escolar.
7.1.2 Facilitadores da aprendizagem
Quando o professor ministra uma aula, na verdade, facilitando a aprendizagem
dos alunos estimula-os na busca de dados, informações e conteúdos, na expectativa de
que eles próprios os utilizem na construção de seu conhecimento. A disciplina deve ser
contextualizada com exemplos de tal forma que o aluno perceba seu significado, pois é
natural que ele rejeite as informações que julgue sem utilidades.
Todo aluno aprende quando percebe o significado de determinado assunto. É
importante que todo corpo docente motive os alunos para não estudarem apenas com
avaliações mas com aquisições do conhecimento.
7.1.3 Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica
É indispensável, para que tenhamos um resultado satisfatório da prática
pedagógica a organização de reuniões pedagógicas mensais, para exposição de
problemas enfrentados, apresentação de atividades práticas que deram resultados
positivos, promoção da união do grupo de professores.
105
7.1.4 Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do
aluno
O principal papel do professor na promoção de uma aprendizagem significativa é
desafiar os conceitos já aprendidos, para que eles se reconstruam mais ampliados e
consistentes, tornando-se assim mais inclusivos com relação a novos conceitos.
O papel docente de desafiar deve ser insistentemente aperfeiçoado: buscar
diferentes formas de provocar instabilidade cognitiva.
Quando problematizamos, abrimos as possibilidades de aprendizagens, uma vez
que os conteúdos não são tidos como fins em si mesmos mas como meios essenciais na
busca de respostas.
7.1.5 Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de
sua prática em sala de aula
Para Shon (2000, p.65) e Perrenoud (2001, p.18), “ Através da experiência o
profissional constrói o seu conhecimento, definido como conjunto de esquemas de
pensamento e de ação de que dispõe um ator”.
Esse processo determinará suas percepções, interpretações e as direcionará nas
tomadas de decisão que lhe permitirão enfrentar os problemas encontrados no cotidiano
do trabalho. Para que o conhecimento gere competências, é necessário que os saberes
sejam mobilizados através de esquemas de ação, decorrentes de esquemas de
percepção, avaliação e decisão, e desenvolvidos na prática.
7.1.6 Mudanças significativas a serem alcançadas
Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2003), democracia quer dizer
“governo do povo; soberania popular. Doutrina ou regime político baseado nos princípios
da soberania popular e na distribuição equitativa do poder.” A partir desse conceito
entende-se que a escola democrática vem romper os paradigmas de uma educação
106
tradicional que não foi construída para participar das decisões coletivas e respeitar as
diversidades de opiniões.
Assim, nos dias atuais a educação tem um papel fundamental na vida dos sujeitos
e necessita tornar-se verdadeiramente democrática, quer dizer, formar cidadãos
preparados para assumir seu papel em uma sociedade em toda sua plenitude, ou seja, o
Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite tem por objetivo oferecer cada vez mais um
ensino de qualidade que respeita o individuo em suas diferenças e limitações.
7.1.7 Organização da Hora Atividade, Reuniões Pedagógicas e Conselho de
Classe
Conforme a Instrução Nº 02/2004 – SUED, a Resolução nº 305/2004 – SEED, que
regulamenta a distribuição de aulas nos estabelecimentos de ensino da rede Estadual de
Educação Básica do Estado do Paraná, estabelece normas para a atribuição da hora
atividade, baseada na Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002 que institui os 20% de hora
atividade.
Seguindo instruções do NRE, deverá ser realizada no mesmo turno, obedecendo
a um cronograma elaborado pela Equipe Pedagógica com colaboração do Corpo Docente
na Semana Pedagógica.
As diferentes jornadas de trabalhos de nossos docentes, os quais prestam
serviços em outros estabelecimentos de ensino não foi possível organizar a hora atividade
utilizando os critérios por disciplina.
Os docentes realizam a hora atividade na sala dos professores, no laboratório de
informática ou na biblioteca, pois não contamos com espaço adequado para tal.
Na medida do possível e nas datas previstas em calendário escolar a escola se
reúne para discutir textos encaminhados pelo NRE e outros que a Equipe Pedagógica,
juntamente com a direção e o conjunto de professores, julga necessários.
107
Ela é um momento extremamente importante para o corpo docente e equipe
pedagógica se reunirem para estudos, reflexões e análise da prática em sala de aula a fim
de avaliar o sistema de aprendizagem e aprimorá-lo atendendo da melhor forma possível
as necessidades dos alunos. Portanto ela deve acontecer pelo menos ao fim de cada
semestre.
A escola não quer deixar de exercer o seu papel, quanto à formação contínua de
seus professores, mas ao mesmo tempo não tem condições para executá-la totalmente,
da forma prevista pelo estado.
O Conselho de Classe, enquanto mecanismo previsto na organização da escola,
reflete em realidade, como vem sendo concebida e vivenciada a educação escolar,
suscitando, portanto, diversas e complexas dimensões que podem ser tomadas como
foco de análise.
O Conselho de Classe apresenta como características principais, a forma de
participação direta de todos os profissionais que atuam no processo pedagógico, assim
como pais e alunos; uma organização interdisciplinar e apresenta como centro do trabalho
os resultados da ação pedagógica.
7.1.8 Recuperação de Estudos e Recuperação parcial
Nosso estabelecimento de ensino conta com sala de apoio para recuperação de
alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem das 5ª séries. Os demais
educandos incluindo os das 5ª séries realizam recuperação concomitante.
Nosso estabelecimento de ensino não oferece progressão parcial, apenas nos
casos de recebermos alunos transferidos com dependência.
7.1.9 Plano de Trabalho Docente
O Plano de Trabalho Docente deve ser realizado de acordo com as Diretrizes
Curriculares Estaduais, a Proposta Política Pedagógica Curricular e Proposta Pedagógica
Curricular.
108
Trata-se de um documento indispensável e obrigatório em nossa escola devido
sua grande importância:
-Organiza o ensino-aprendizagem em sala de aula;
-É a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas;
-Permite uma avaliação do processo de ensino aprendizagem;
-Possibilita compreender a concepção de ensino e aprendizagem e avaliação do
professor;
-Orienta/direciona o trabalho docente.;
-Pressupõe a reflexão sistemática da prática educativa;
-É um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer
com que fazer e com quem fazer;
-Implica no registro escrito e sistematizado do planejamento do professor;
-Antecipa a ação do professor, organizando o tempo e o material de forma
adequada.
7.1.10 Diretrizes para avaliação geral de desempenho
Neste processo, será acompanhado e avaliado o desempenho dos docentes,
Pedagogos e Funcionários , para que todos compreendam que é coletivamente, que se
constroem ações significativas na escola, cabendo a gestão informar à comunidade sobre
o que foi proposto e que está sendo implementada, para este trabalho deverá contar com
participação das instâncias colegiadas da escola.
109
7.1.11 Ações envolvendo outras instituições
Nos anos de 2009/2010 contávamos com a colaboração dos estagiários da
Universidade Sem Fronteiras, dos projetos “Ler e escrever é da hora” e “Diálogos
Sociais”. No corrente ano não contamos mais com essas ações.
7.1.12 Recursos Financeiros
A entrada e saída de dinheiro será acompanhada por toda a comunidade escolar,
pois a prestação de contas, conforme determina a lei, ficará a disposição para
conferências dos documentos comprobatórios das despesas.
Os recursos financeiros destinados ao estabelecimento (FUNDEPAR,
PDDE/FNDE, PDE Escola) são aplicados de acordo com as necessidades e orientações
recebidas, com o gerenciamento da Direção e Presidente da APMF mediante aprovação
do Conselho Escolar.
7.1.13 Funções Específicas (Organização Interna do Colégio)
Direção
A direção cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de garantir o alcance
dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidos no Projeto Político
Pedagógico.
Compete ao diretor:
I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da
posse;
III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto
Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho
Escolar;
IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
110
V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância
com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,
encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com
os órgãos da administração estadual;
XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
XIII. deferir os requerimentos de matrícula;
XIV. elaborar, juntamente com a Equipe Pedagógica, o calendário Escolar, de
acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e
encaminhá-lo ao NRE para homologação;
XV. acompanhar juntamente com a Equipe Pedagógica o trabalho docente e o
cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária, conteúdos aos discentes e
estágios;
XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-
administrativa no âmbito escolar;
XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e
abertura ou fechamento de cursos;
XIX. participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e
encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
111
XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto
ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a
exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e
equipe auxiliar operacional;
XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade;
XXIV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários
e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;
XXV. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a
50% (cinqüenta por cento) da carga horária da Prática Profissional Supervisionada,
conforme orientação da SEED, contida no Plano de Curso;
XXVI. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente
com a comunidade escolar;
XXVII. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância
sanitária e epidemiológica;
XXVIII. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular
plurilingüístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas – CELEM;
XXIX. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e
Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
XXX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
XXXI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XXXII.manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXXIII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
112
Equipe Pedagógica
A equipe pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e
implementação no estabelecimento de ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação.
A equipe pedagógica, mencionada é composta pelo Supervisor de Ensino,
Orientador Educacional e Corpo Docente.
Compete aos Professores Pedagogos:
I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,
em uma perspectiva democrática;
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;
IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e
das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos
discentes;
VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à
elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o
trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
113
X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores
do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência,
debates e oficinas pedagógicas;
XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar,
com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da
organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de
ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e
projetos de incentivo à leitura;
XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,
Física e Biologia e de Informática;
XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da
SEED;
XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,
a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às
atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
114
XXIV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização
dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto
no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da
escola e/ou de outras unidades escolares;
XXV.promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas
as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
XXVI. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XXVII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
XXVIII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
XXIX. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos
didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme
legislação em vigor;
XXX.organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as
reposições de dias, horas e conteúdos aos discentes;
XXXI. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de
Classe;
XXXII. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
XXXIII. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
XXXIV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da
Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especiais;
XXXV. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no
Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se
necessário;
XXXVI. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu
desenvolvimento integral;
115
XXXVII.acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
XXXVIII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que
houver necessidade de encaminhamentos;
XXXIX. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e
curriculares e no processo de inclusão na escola;
XL. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de
alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e
trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação
Especial e ensino regular;
XLI. assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o
estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico de Língua
Estrangeira Moderna;
XLII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
XLIII.manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,
alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
XLIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XLV. elaborar seu Plano de Ação;
XLVI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
XLVII. Avaliar as instalações da parte concedente do estágio não obrigatório e
sua adequação à formação cultural e profissional do aluno;
XLVIII. exigir do aluno a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis)
meses, de relatório das atividades;
XLIX. zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o
estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas;
L. elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios
de seus educandos;
LI. comunicar a parte concedente do estágio no início do período letivo, as
datas de realização das atividades escolares.
Corpo Docente
116
Compete ao Corpo Docente:
I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo
Conselho Escolar;
II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,
dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão
crítica do conhecimento pelo aluno;
VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos
alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando
prioritariamente o direito do aluno;
VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os
alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer
do período letivo;
IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos
alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades
educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados
da Educação Especial, se necessário;
X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
117
XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,
ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no
processo de ensino e aprendizagem;
XIV. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,
junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à
Aprendizagem, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção
educativa;
XV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e
criação artística;
XVI. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca
de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão
registradas e assinadas em Ata;
XVII. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
XVIII. zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade à equipe pedagógica;
XIX. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-
atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
XX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica,
conforme determinações da SEED;
XXI. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;
XXII. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação
da escola com as famílias e a comunidade;
XXIII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
118
XXIV. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional
em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
profissional e educativa;
XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XXVI. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho
ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
XXVII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XXVIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
XXX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Secretaria
A Secretaria é o setor que tem o seu encargo todo o serviço de escrituração
escolar e correspondência do estabelecimento.
Os serviços da secretaria são coordenados e supervisionados pela direção,
ficando a ela subordinados.
O cargo de secretário deverá ser exercido por um profissional devidamente
qualificado para o exercício dessa função, indicado pelo diretor do Estabelecimento de
acordo com as normas da SEED, em ato específico.
Compete ao secretario:
I. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED,
que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;
II. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais
técnicos administrativos;
III. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
IV. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,
119
instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
V. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de curso;
VI. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem
encaminhados às autoridades competentes;
VII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
VIII. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo,
de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da
vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
IX. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do
aluno, respondendo por qualquer irregularidade;
X. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema
informatizado;
XI. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da
escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
XII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do
estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;
XIII. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da
secretaria;
XIV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de
Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;
XV. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades
administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à
documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão
parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
XVI. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao
setor competente a sua freqüência, em formulário próprio;
XVII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas
Atas;
XVIII. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
XIX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer
na secretaria da escola;
120
XX. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
XXI. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular
(CELEM), quando desta oferta no estabelecimento de ensino;
XXII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros
Didáticos;
XXIII. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,
quando solicitado;
XXIV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XXV.zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XXVI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXVII.participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
Técnicos Administrativos
Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos
estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):
I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria,
quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,
necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando
informações e orientações;
III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando
informações sobre os mesmos a quem de direito;
121
VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do
seu setor;
VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo
da escola;
IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências,
registrando a movimentação de expedientes;
X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial
do estabelecimento, sempre que solicitado;
XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
Serviços Gerais
Os Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, prevenção,
segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.
Os funcionários dos Serviços Gerais / Serventes devem:
I. zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as
normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;
II. utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com
antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
III. zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer
122
irregularidade à direção;
IV. auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de
início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes,
quando solicitado pela direção;
V. atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais
especiais temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e
de alimentação;
VI. auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas,
andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação
no ambiente escolar;
VII. auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a
alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as
correspondentes ao uso do banheiro;
VIII. auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas
atividades escolares;
IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,
respeitado o seu período de férias;
X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
XI. coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o
devido destino, conforme exigências sanitárias;
XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XV.exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
Compete à merendeira:
I. zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo
as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
123
II. selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de
qualidade nutricional;
III. servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e
segurança;
IV. informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de
reposição do estoque da merenda escolar;
V. conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda
escolar, conforme legislação sanitária em vigor;
VI. zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da
merenda escolar;
VII. receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a
cozinha e da merenda escolar;
VIII. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,
respeitado o seu período de férias;
IX. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
X. auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer
necessário;
XI. respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de
preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
Vigia / Caseiro
Compete ao vigia e/ou caseiro:
I. coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o
124
término dos períodos de atividades escolares;
II. zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as
normas disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de
ensino;
III. comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à
segurança dos alunos;
IV. percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os
alunos quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;
V. encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos
que necessitarem de orientação ou atendimento;
VI. observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e
irregularidades;
VII. acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando
se fizer necessário;
VIII. auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação
de comunicados no âmbito escolar;
IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,
respeitado o seu período de férias;
X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
XI. zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e
materiais didático-pedagógicos;
XII. auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação
de equipamentos e materiais didático-pedagógicos;
XIII. atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto
à estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;
XIV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XVI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XVII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
125
7.1.14 Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos
Cabe ao gestor escolar assegurar que a escola realize sua missão: ser um local
de educação, entendida como elaboração do conhecimento, aquisição de habilidades e
formação de valores. O gestor deverá animar e articular a comunidade educativa na
execução do projeto educacional, incrementando a gestão participativa da ação
pedagógico-administrativa, conduzindo a administração da escola em seus aspectos
administrativos, econômicos, jurídicos e sociais.
Considera-se a gestão pedagógica o lado mais importante e significativo da
gestão escolar. Estabelece objetivos gerais e específicos para o ensino; define as linhas
de atuação de acordo com os objetivos e perfil da comunidade dos alunos; propõe metas
a serem atingidas e elabora os conteúdos curriculares.
A escola é o local de centralizar profissionais que tenham capacidade para
coordenar esforços coletivos.
7.1.15 Qualificação dos equipamentos pedagógicos (salas, biblioteca,
laboratório, pátio)
O espaço físico do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite necessita de
reformas: uma nova construção da cozinha e refeitório, pois este encontra-se em local
destinado a pátio coberto o qual tem as saídas dos banheiros. Estes, por sua vez não
estão adaptados para o recebimento de pessoas portadoras de necessidades especiais.
O espaço é insuficiente para realização da hora-atividade do professor; ao
deslocarem-se da sala de aula para a quadra os alunos não contam com cobertura no
trajeto para os dias de chuva.
Quanto aos materiais necessitamos de carteiras e cadeiras para alunos, visto as
que usamos já estarem bastante danificadas.
126
Quanto ao material pedagógico, em vista da verba recebida pelo projeto PDE
Escola buscamos suprir as necessidades.
No que se refere ao laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia necessita
de adequações principalmente no que se refere a materiais pedagógicos e armários para
organização dos mesmos.
7.1.16 Família e Comunidade
Para que haja a participação dos pais e para estreitar relações de parceria com a
tríade Escola X Família X Comunidade realizaremos:
Reuniões de pais.
Eventos sociais promovidos pela escola.
Entrega de boletins.
Confraternização com os pais com objetivo de divulgar as atividades escolares.
Projetos envolvendo alunos e comunidade: Projeto Festa Junina, Projeto
Halloween, Universidade Sem Fronteiras: “Ler e escrever é da hora”.
Jogos inter-séries.
Reuniões da APMF.
Reuniões com o Grêmio Estudantil.
Eu acompanho a avaliação do meu filho na escola. E você? – Reuniões com os
pais bimestralmente para verificação da ficha de acompanhamento do aluno.
Visitas a segmentos sociais.
127
7.1.17 Organização do trabalho pedagógico e a prática docente (a partir do
currículo enquanto núcleo do PPP)
Compreendido numa perspectiva democrática, o trabalho pedagógico consiste no
coletivo da comunidade escolar, conforme a LDB 9394/96 e Legislação do Sistema
Estadual de Ensino, pois fundamenta-se no processo de participação e co-
responsabilidade da comunidade escolar na tomada de decisões coletivas, para
elaboração, implementação e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico. E
compreende também as atividades teórico práticas desenvolvidas pelos profissionais do
estabelecimento de ensino para a realização do processo educativo escolar.
Constitui-se por: Conselho Escolar, Direção, Instâncias Colegiadas, Conselho de
Classe, Equipe Pedagógica e Docente, Equipe Técnico-Administrativa, Assistente de
Execução e Equipe Auxiliar Operacional.
O Currículo Escolar se organiza a partir do PPP e se legitima no Regimento
Escolar e se expressa no plano do trabalho docente. Sendo organizado de acordo com
tais princípios tem-se uma gestão democrática, onde todos expressam suas necessidades
e identidades o que é indispensável para que se de a socialização do conhecimento.
7.1 Redimensionamento da Gestão Democrática
7.2.1 Conselho Escolar
Consta de um Estatuto com base e amparos legais, sendo um órgão colegiado,
representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa,
sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição
escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando
a Constituição, a LDB, o ECA e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função
social e específica da escola.
O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada e
de participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola
pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.
128
E, enquanto órgão colegiado deverá ser constituído pelos princípios da
representatividade democrática, da legitimidade e da coletividade, sem os quais o
conselho perde sua finalidade e função político-pedagógica na gestão escolar.
A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes
pressupostos:
1. Educação é um direito inalienável de todo cidadão;
2. A escola deve garantir acesso e permanência a todos que pretendem
ingressar no ensino público;
3. A universalização e a gratuidade do ensino nos seus diferentes níveis e
modalidades é um dever constitucional;
4. A construção contínua e permanente da qualidade da educação e
competência político-pedagógica.
5. A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos
que constituem a comunidade escolar, bem como privilegia a legitimidade, a
transparência, a cooperação, a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação, em
todos os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da organização do trabalho
escolar.
As reuniões serão lavradas em livro próprio para divulgação.
7.2.2 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do
estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na
relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
129
Será constituído pelo Professor Pedagogo, pelo Secretário e por todos os
professores que atuam numa mesma classe e deverá ser presidido pelo Diretor do
Estabelecimento.
São muitas as finalidades do Conselho de Classe:
a) tem a finalidade de estudar e interpretar a aprendizagem na sua relação com o
trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposta pelo plano
curricular; para ter embasamento para emitir parecer sobre assuntos referentes ao
processo ensino-aprendizagem, respondendo as consultas feitas pelo Diretor e pela
Equipe Pedagógica;
b) realizar Pré-Conselho de classe com o objetivo de diagnosticar problemas
previamente detectados;
c) acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem
como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valores;
d)- analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da
turma com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
e)- utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros
indicados pelos conteúdos necessários de ensino evitando a comparação dos alunos
entre si;
f) realizar pós conselho com objetivo de informar pais de alunos dos progressos,
dificuldades e resultados averiguados bimestralmente.
O Conselho de Classe tem inúmeras atribuições tais como:
a) analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;
130
b) propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, visando a
integração e relacionamento com alunos na classe;
c) estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, como forma de
colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação
de alunos transferidos, quando se fizer necessário;
d) decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno, levando-se em
consideração o desenvolvimento do aluno.
e) haverá tantos Conselhos de Classe quantas turmas existirem no
estabelecimento;
f) as reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Ata pelo secretário do
estabelecimento e em livro próprio para registro, divulgação ou comunicação aos
interessados.
7.2.3 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil sendo uma representação do corpo discente o qual expressa
a vontade coletiva dos estudantes tem como função realizar campanhas estudantis,
projetos junto à escola e comunidade, incentivar a participação dos demais educandos em
projetos e em jogos colegiais, participar de todas as atividades escolares, inclusive no
Conselho de Classe e promover a conscientização de todos no que se refere a
valorização dos direitos humanos.
7.2.4 Eleição do aluno representante de turma
Buscando atuar junto à Direção, à Equipe Pedagógica, ao Professor e ao
Conselho Escolar deste estabelecimento de ensino na organização, participação e
representando o pensamento da maioria dos alunos da turma, o representante de sala é o
aluno que, eleito democraticamente por sua turma cumpre com suas atribuições:
131
• Acolher e levar sugestões votadas pela maioria dos alunos da sala para o o
Conselho Escolar, o Professores, Direção e Equipe Pedagógica, de acordo com o teor da
questão votada;
• Manter o bom relacionamento com todos os alunos de sua turma;
• Participar das reuniões de Representantes de Turma sempre que convocado
pela Direção, pela Equipe Pedagógica.
7.2.5 APMF
A APMF do Colégio será regido por Estatuto e dispositivos legais aprovados pelo
N.R.E. de Jacarezinho-PR Esta associação não tem caráter político-partidário, religioso,
racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros,
sendo constituído por prazo determinado.
O quadro social da APMF será constituído com número ilimitado das seguintes
categorias de integrantes: efetivos, colaboradores e honorários:
- Serão integrantes efetivos todos os Pais, ou responsáveis legais, Mestres e
Funcionários da Unidade Escolar;
- Serão integrantes honorários, por indicação dos integrantes efetivos, com a
aprovação da Assembléia Geral, todos aqueles que tenham prestado relevantes serviços
à Educação e à APMF;
Serão integrantes colaboradores, ex - alunos, pais de ex - alunos, ex -
professores, ex - funcionários e membros da comunidade que manifestarem o desejo de
participar;
- Como toda e qualquer associação ou Instituição alguns objetivos são
necessários, tais como:
- Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando sugestões
132
em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e
equipe pedagógica administrativa;
- Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando -
lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta
Pedagógica do Colégio, assim como buscar a integração dos vários segmentos da
sociedade organizada , no contexto escolar, discutindo a política educacional visando
sempre à realidade dessa comunidade;
- Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e do
Conselho Escolar, como forma de atender os reais interesses da comunidade escolar,
contribuindo, dessa forma, para a melhoria da qualidade de ensino e transparência de
todo processo educacional visando sempre uma escola pública , gratuita e universal;
- Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas
coletivamente com o Conselho Escolar com registro em livro ata;
- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância da ação e da
preservação do bem público.
É de suma importância a APMF não só pelos objetivos já elencados, mas suas
atribuições e competências:
- Acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica sugerindo as
alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento para
deferimento ou não;
- Observar as disposições legais e regulamentadas vigentes, inclusive
Resoluções emanadas da Secretaria de Estrado e Educação, no que concerne à
utilização das dependências da Unidade Escolar para a realização de eventos próprios do
estabelecimento de Ensino;
133
- Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,
professores, funcionários, assim como para a comunidade após a análise do Conselho
Escolar, bem como promover palestras, conferências e grupos de estudos envolvendo
pais, professores, funcionários e comunidade, assim que surgir necessidades apontadas
por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado de acordo com os critérios
da SEED;
- Colaborar de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as
necessidades dos alunos comprovadamente carentes;
- Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da
comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a
Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a assembléia Geral
Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com
pauta claramente definida na convocatória;
- Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos
de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como reunir-
se para a prestação de contas desses recursos, com registro em Ata;
- Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através
de editais e em Assembléia Geral;
- Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas presentes, as reuniões de
Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do
Conselho Escolar, também deverão ser registradas as Assembléias Gerais Ordinárias e
Extraordinárias, em livro ata próprio e com as assinaturas dos parentes, no livro de
presença (ambos livros da APMF).
- Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo
preenchido em 02 vias; assim como enviar cópia da prestação de contas da Associação
Direção do Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e
Fiscal e, em seguida, torná-la pública, assim como apresentar, para aprovação, em
Assembléia Geral Extraordinária, atividades com ônus para os pais, alunos, professores,
134
funcionários e demais membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento
de Ensino.
Para que se efetive verdadeiramente a gestão democrática em nossa escola,
para o ano de 2010, estaremos prevendo em calendário escolar:
- Momentos para trabalharmos e despertarmos em nossos alunos o senso de
participação;
- Na seqüência, e após estarem conscientes da importância de sua
representação e participação, faremos as eleições para representante de classe;
- Estudos sobre o funcionamento do grêmio escolar e sua implementação;
− Dar continuidade a que todos os segmentos possam estar representados no
conselho de classe e demais instâncias colegiadas.
7.3 Formação Continuada
Implica numa reflexão sobre o significado do processo educativo, no
desenvolvimento do ser humano.
A rede pública estadual de ensino do Paraná oferece a todos os profissionais
formação continuada, sob as formas centralizada e descentralizada, presencial e a
distância, por meio de cursos, simpósios, seminários, grupos de estudos, com a utilização
de diferentes recursos tecnológicos e com apoio de materiais impressos, uso de mídias
como a WEB, TV Paulo Freire, Portal Dia-a-dia Educação, etc.
Cabe a Direção divulgar e incentivar professores e funcionários para participar
das capacitações. Podemos perceber uma melhora significativa na realização do trabalho
docente e dos demais funcionários.
135
7.4 Atividades escolares em geral, e as ações didático-pedagógicos a serem
desenvolvidas durante o tempo escolar:
Os encaminhamentos didático-pedagógicos são fundamentais para se pensar a
escola em sua dimensão includente. Devemos considera-la como local de ensino e
aprendizagem a todos os seus alunos, vinculando os recursos didático-pedagógicos à
intencionalidade da formação, às necessidades dos sujeitos e às condições
estruturais e pedagógicas disponibilizadas pela e para a escola.
As atividades escolares devem proporcionar aos educandos a liberdade de criar e
desenvolver suas aptidões nas Artes, Esporte e Ciências.
7.5 Desafios Educacionais Contemporâneos
Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão trabalhados nas diversas
disciplinas, utilizando como material de apoio as sugestões contidas nos cadernos
Temáticos, e também o desenvolvimento de atividades.
7.6 Diversidade
A questão da diversidade, leva a reflexão sobre quem são os sujeitos educandos
e educadores, suas origens e suas expectativas, bem como os mesmos têm se
expressado no ambiente escolar.
Cabe ao processo educativo provocar a libertação e a emancipação do sujeitos
em respeito à sua cultura, gênero e sexo. Permitir que a heterogeneidade e complexidade
do ser humano sejam vistos como meios enriquecedores do processo ensino
aprendizagem.
7.7 PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional
Os professores que concluíram o Programa de Desenvolvimento Educacional –
PDE, desenvolveram as atividades previstas de acordo com o cronograma definido para
as execuções das ações do Projeto. Nesta etapa foi fundamental o envolvimento da
136
Direção e Equipe Pedagógica da escola para que as intenções do professor fossem
legitimadas desde o seu início.
Período: 2008/2009
Wilson José Siqueira
Tema do Projeto: Estudo do Meio Urbano
Título: O estudo do meio urbano e a questão da segregação sócio espacial no ensino da
Geografia.
Período: 2009/2011
Acácio Teodoro Frutuoso
Tema do Projeto: Modelagem matemática
Título: A modelagem como estratégia de ensino e de aprendizagem numa investigação
quantitativa.
Reginaldo Antonio Viana Franco
Tema do Projeto: Tendências em Educação Matemática
Título: A modelagem como estratégia pedagógica de fazer matemática: uma experiência
da uma utilização da modelagem matemática aplicada ao ensino de PA e PG.
Sidnei Dias Cruz
Tema do Projeto: Tecnologia Educacional
Título: O uso do SOFTWARE BROFFICE CALC no processo de ensino de aprendizagem
de matemática.
Silvia da Silva Queiroz
Tema do Projeto: Leitura e produção de texto através de poesia.
Título: Poesia e argumentação: diálogo possível.
Período: 2010/2012
José Carlos Bomfim
Tema do Projeto: Aprender também é uma questão de postura em ambiente escolar.
Título do projeto: A Educação Física Escolar na sala de aula.
137
Edna Valderrama Martins
Tema: História e Historiografia do Paraná
Título do Projeto: Aspectos importantes sobre o processo de povoamento e colonização
do Norte Pioneiro do Paraná.
Antonio Jorge da Rosa
Tema: Tecnologia Educacional
Título do Projeto: O uso de ferramentas do portal diaadiaeducação por diretores e
pedagogos visando melhorias das intervenções escolares.
7.8 Equipe Multidisciplinar
De acordo com a Instrução n° 010/2010 da SUED/SEED o qual estabelece a
obrigatoriedade das equipes multidisciplinares para tratar da Educação Étnico-raciais e
para o ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena o Colégio Estadual
Anésio de Almeida Leite, a partir da composição de sua equipe multidisciplinar no ano de
2010 e na elaboração de seu Plano de Ação, foca suas ações que visam lançar um novo
olhar para as questões étnico-raciais.
- Composição da Equipe Multidisciplinar do Colégio Estadual Anésio de Almeida
Leite, conforme Termo de Homologação de 25 de outubro de 2010:
- Silvana Siqueira Lima – Pedagoga.
- Naif Aparecida Nassar Ferreira – Representante da Instancia Colegiada.
- Ester Severino de Almeida – Agente Educacional.
- Reginaldo Antonio Viana Franco – Professor da área de Exatas.
- Acácio Teodoro Frutuoso – Professor da área Biológica.
- Wilson José Siqueira e Maria Luiza Massera Fernandes - Professores da área
de Humanas.
- Naif Aparecida Nassar Ferreira – Representante da Instancia Colegiada.
138
8. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2010/2011/2012
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoWebconferência Tomar conhecimento da
formação e função da Equipe multidisciplinar.
Diagnóstico Gráfico do número de pretos, pardos e brancos (docentes, funcionários e educandos). Contexto em que está inserido a escola
NOVEMBRO/2010
Legislação da Cultura Afro Brasileira
Estudo da Lei 10.639/03; Deliberação 04/06 – Indicação 06/06
Preconceito Filme “ A hora do show “Pesquisa: conhecimento dos alunos sobre a cultura Afro Brasileira e Africana.
Palestra com Mestre SalomãoApresentação de Capoeira.
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoLegislação da Cultura Indígena
Estudo da Lei 11.645/08
FUNAI Estudo dos objetivos e ações da FUNAI MARÇO/2011
Preconceito e dominação
Filme “Apocalypto”
Expectativa de vida indígena
Estudo: Gráficos, localizações, causas.
Violência (atualidade) contra o indígena e a impunidade.
Painel de reportagens da violência e injustiça sofrida pelo indígena.
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoEstudo das populações indígenas remanescentes no Brasil.
Pesquisa
Troncos lingüísticos atuais.
Identificar troncos lingüísticos dessas nações.
ABRIL/2011
139
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoAfro descendentes em destaque no mundo
Pesquisa e painel dos negros que se destacam na história.
Trabalho negro Leitura de imagens da Literatura didática e da atualidade.
MAIO/2011
A situação do negro hoje, mercado de trabalho.
Pesquisa;Exposição de reportagens.
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoRacismo e Direitos Humanos
Estudo do Amparo Legal
A presença do negro na mídia
Identificar se: positiva ou negativa.
JUNHO/2011
Sistema de cotas Debates
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoO Folclore e a Cultura Afro Brasileira
Traçar um paralelo entre as lendas e a cultura Afro brasileira.
O Folclore e a Cultura Indígena
Traçar um paralelo entre as lendas e a cultura indígena.
AGOSTO/2011
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoA beleza Negra Oficina de tranças Afro
(salão de beleza)Desfile de beleza (masculino e feminino)
SETEMBRO/2011
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoReligiosidade Afro Brasileira e Africana
A herança religiosa no Brasil de hoje
OUTUBRO/2011
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoFechamento: Oficina Cultural
Exposição: culinária, vocabulários, canções e danças afro brasileiras e africanas.
NOVEMBRO/2011
140
No ano letivo de 2012 as atividades realizadas seguirão o mesmo cronograma de
atividades realizadas em 2011, tendo como fechamento a realização do seminário.
Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoSeminário: Síntese das atividades realizadas pela Equipe Multidisciplinar.
Apresentação dos estudos, materiais, registros dos trabalhos realizados.
DEZEMBRO/2012
9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Considerando que o Projeto Político Pedagógico é um plano em contínuo
processo de construção e que deve ser revisto, reestruturado e realimentado
constantemente, faremos observações, juntamente com todos os colegiados, se as
medidas propostas e postas em ação surtiram os efeitos desejados e se ouve o
envolvimento dos alunos, professores, funcionários, familiares e comunidade em geral.
Colocando todos a par dos acontecimentos.
Essa avaliação será feita em reuniões bimestrais e/ou semestrais, nas reuniões,
de pais, alunos, professores, equipe técnica, contando com o Grêmio Estudantil,
Conselho Escolar, APMF, enfim, toda a comunidade escolar, onde buscaremos
momentos de reflexão para análise do cumprimento do projeto.
10. REFERÊNCIAS
APP – Sindicato, Em defesa da Escola Pública.
CARVALHO, R. E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000.
CONSTITUIÇÃO, República Federativa do Brasil, 1988.
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS.
ESTATUTO DA APMF/SEED
141
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – Aspectos relevantes – Trabalho
elaborado por Ana Maria Guimarães Travagin.
Deliberação n° 007/99 – Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar,
Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos do Sistema Estadual de Ensino – Ensino
Fundamental e Médio.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica.
PARO, Vítor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3ª edição. São Paulo
Ática, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 23ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra 1997.
GASPARIM, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3 edição.
Autores Associados, 2005.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, Lei 9394/96.
LEI Nº 11.645 DE 10 DE MARÇO DE 2008. Estabelece as diretrizes e base da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Brasília: Presidência da República, 2008.
LEI Nº 11.788 DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Estágio não obrigatório para alunos
do Ensino Médio. Brasília: Presidência da República, 2008.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1991.
MONROE, Paul. História da Educação. 3ª edição. São Paulo: Nacional, 1983.
NAVARRO, Ignez Pinto. Conselho Escolar e a Aprendizagem na Escola. Brasília:
MEC, SEED, 2004, cadernos 2, 3, 4 e 5.
142
NÉRICE, Imídeo Giuseppe. Didática Geral – Dinâmica na Escola.3 ed. Fundo de
Cultura S. A., 1965.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre:
ArtMed Editora, 2000.
PILETTI, Claudino. Filosofia e História da Educação. 10 edição. São Paulo: Ática, 1989.
REGIMENTO ESCOLAR/2008
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras,
1994.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica. Primeiras aproximações. 2 ed.
Cortez, 1991.
VEIGA, I. P. A. e REZENDE, L. M. G. De (orgs). Escola: espaço do projeto político-
pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
143
11. ANEXOS
11.1 PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Arte sempre teve um sentido transformador, desde a pré-história. O homem
busca algo a mais. Se vivemos num mundo complexo, a Arte não pode ser diferente, pois
dá um sentido à vida. Ela captura os dramas humanos e sociais,expressa-os numa obra
e os devolve para essa mesma sociedade,que muitas vezes não aceita essa
interpretação.
A fruição é, portanto, individual. A emoção, a sensação e o pensar que ela
provoca em nós são ressonâncias internas provocadas pelas sutilezas da própria
linguagem.
Quando estamos diante de uma obra de arte, a recriamos em nós. A
contemplação de uma produção artística nunca é passiva, algo de nós penetra na obra ao
mesmo tempo em que somos por ela invadidos e despertados para novas sensibilidades.
O que uma determinada geração de artistas expressa está intrinsecamente ligada
às condições sociais, históricas, políticas e estéticas da época em que vivem. Pode
acontecer de o artista ir além do que se faz em seu tempo, trazendo novos
questionamentos por meio de sua obra. Nenhuma forma de Arte existe no vácuo: parte
do significado que qualquer obra depende do entendimento de seu contexto.
A estética esclarece as bases teóricas para julgar a qualidade do que é visto.
A arte é para todos?
Pela arte, o ser humano torna-se consciente da sua existência individual e
social,ele percebe e se interroga,sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo.
144
Torna-se necessário estar em constantes discussões sobre o papel dos arte-
educadores na atualidade, visto que marcos teóricos e curriculares vêm reorientando a
prática de toda a comunidade escolar, chegando também à área das Artes,ajudando-nos
a compreender que técnicas e temas não devem ocupar o lugar dos conteúdos,métodos
e objetivos e tampouco, mover-se apenas no espaço psicológico.
A prática que se manifesta hoje,no ensino da Arte,requer que levemos em
consideração que tanto os modos como os alunos constroem conhecimento,quanto a
importância de pontuarmos objetos de estudo da nossa área garantem a contribuição
específica da Arte na formação do sujeito cultural.
Para isso,uma metodologia que privilegia o acesso aos processos e produtos
artísticos do patrimônio cultural da humanidade deve,como parâmetro,ser ponto de
partida para nossas ações educativas em Arte. As Diretrizes Curriculares em Arte
reorientam o currículo,defendendo as Artes Visuais,o Teatro,a Dança,a Música como
componentes do currículo de Arte,considerando o estudo destes no plano prático e
reflexivo,articulando três eixos:teorizar,sentir e perceber e o trabalho artístico.
Assim como nas outras disciplinas do currículo escolar, o processo de
conhecimento na área artística se dá essencialmente com a resolução de problemas.
Quais conteúdos devem ser propostos para o aluno, durante sua aprendizagem
artística?
O que é resolver problemas em Arte?
Podemos destacar duas classes de problemas que fazem parte do conjunto de
atividades da área artística.
1º- Problemas inerentes ao percurso criador do aluno, ligados à construção,
envolvendo questões relativas às técnicas, aos materiais e aos modos pessoais de
articular sua possibilidade expressiva às técnicas e aos materiais disponíveis,
organizados em uma forma que realize sua intenção criadora.
145
2º- Problemas inerentes às propostas feitas pelo professor e que caracterizam
uma intervenção fundamentada em questionamentos, como parte da atividade didática.
Tal intervenção pode ocorrer em vários aspectos dessa atividade, antes e durante todo o
processo de criação artística dos alunos, e também durante as atividades de apreciação
de obras de Arte e de investigação sobre artistas e outras questões relativas aos produtos
artísticos.
A Arte é um grande desafio pois, nos coloca questões que nos permite utilizar
diversas áreas do conhecimento, ela desafia, questiona e levanta hipóteses.
A Arte Contemporânea é discutida por vários estudiosos e especialistas. Ela é
complexa e conseqüentemente seu ensino também. É necessário investimentos na
significação da Arte,do artesanato e do design nas escolas,nas pesquisas,no artista e no
educador juntos,e rejeição da segregação cultural na educação como afirma Paulo
Freire.
No transcorrer do ensino fundamental, o aluno poderá desenvolver diversas
linguagens da área da Arte (Artes Visuais,Dança,Música, Dança,Teatro), tanto para
produzir trabalhos pessoais e grupais,como para que possa,progressivamente,apreciar,
desfrutar,valorizar e julgar os bens artísticos de distintos povos e culturas,produzidos ao
longo da história e na contemporaneidade.
Nesse sentido,o ensino de Arte deverá organizar-se de modo que , ao longo do
Ensino Fundamental,os alunos possam:
-Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
-Expressar e comunicar em Arte,mantendo uma atitude de busca pessoal/ou
coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a
sensibilidade e a reflexão, ao realizar e fruir produções artísticas;
-Experimentar e conhecer materiais,instrumentos e procedimentos variados em
Artes (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de modo a utilizá-los nos trabalhos
pessoais, identificá-los na apreciação e contextualizá-los culturalmente;
146
-Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e
conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo receber
e elaborar críticas;
-Compreender e apreciar a Arte como importante meio de expressão e
comunicação;
-Desenvolver a Arte como uma atividade enriquecedora e construtiva e como
importante instrumento de transmissão de valores culturais;
-Analisar a descendência Afro-brasileira e sua importância na contribuição
cultural, como na arte, costumes, culinária e a contribuição do Afro-descendente e
indígena para o crescimento e formação da cidadania brasileira;
-Tomar conhecimento da Cultura Africana, da qual descendemos;
-Perceber a significação da Arte nos processos de humanização do homem,como
um ser criador que se transforma e transforma a natureza por meio do trabalho;
- Desenvolver os temas relacionados aos Desafios Educacionais
Contemporâneos: Educação Ambiental, Educação Fiscal, História e Cultura Afro
Brasileira, Africana e Indígena, Sexualidade, Enfrentamento à Violência, Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas concomitante aos demais conteúdos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
Metodologicamente ,de acordo com as Diretrizes Curriculares o Ensino de
Arte,deverá se dar de forma a articular três eixos metodológicos, a saber: a arte como
forma de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador.
O desenvolvimento dos conteúdos está pautado no conteúdo estruturante
”Composição” e seus desdobramentos. Este conteúdo, como eixo central,direciona o
olhar para determinados “elementos formais” e “ movimentos e períodos”, que ao
147
serem abordados e estudados,aprofundam a compreensão e a apropriação do
conhecimento em Arte.
Ressalta-se, ainda, que o trabalho com os “movimentos e períodos”, apesar de
ser abordado em alguns momentos a partir de uma leitura linear ou cronológica da
História, será desenvolvido de modo a destacar as permanências e mudanças dos
elementos formais e de composição presentes em seus diversos períodos.
O estudo das produções artísticas colocará o aluno em contato com a
singularidade do modo de produção da linguagem da arte; seja para compreensão da
passagem, por exemplo, de um período para outro, como para perceber e compreender
as diferentes singularidades da linguagem da obra de determinado artista.
Conteúdos Estruturantes
Elementos Formais
Composição Movimentos e Períodos
MÚSICA
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaTonalModalContemporâneaEscalasSonoplastiaEstrutura Gêneros: Erudita, Folclórica...Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...
Arte greco-romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Classicismo, Romantismo,Vanguardas Artísticas, Arte Engajada, Música Serial, Música Eletrônica, Música Minimalista, Música Popular Brasileira, Arte Popular, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Word Musica, Arte Latino Americana...
ARTES
Ponto
Linha
Superfície
FigurativaAbstrataFigura-fundoBidimensionalTridimensionalSemelhançasContrastesRitmo Visual
Arte Pré-Histórica, arte no Antigo Egito, Arte Greco-romana, Arte Pré-colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Arte Românica, Arte Gótica, Renascimento,
148
VISUAIS Textura
Volume
Luz
Cor
Gêneros: Paisagem, Retrato, Natureza-Morta...Técnicas: Pintura,Gravura, Escultura, Arquitetura, Fotografia,Vídeo...
Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Construtivismo, Surrealismo, Op-Art, Pop-Art, Arte Näif, Vanguardas Artísticas,Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústra Cultural, Arte Latino-americana, Muralismo...
Conteúdos Estruturantes
Elementos Formais
Composição Movimentos e Períodos
TEATRO
Personagem(expressões corporais,vocaisgestuais e faciais)
Ação
Espaço
Composição
RepresentaçãoTexto DramáticoDramaturgiaRoteiroEspaço CênicoSonoplastia, iluminação,cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e maquiagemGêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etcTécnicas: Jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto(Manipulação, bonecos, sombras...), improvisação, Monólogo, Jogos dramáticos, direção, Produção
Arte Greco-romana, Arte Oriental,Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Teatro Dialético, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Essencial, Teatro do Absurdo, Arte Engajada,Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino-americana...
Movimento Corporal
EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotação
Arte Pré-Histórica, Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo,
149
DANÇATempo
Espaço
FormaçãoDeslocamentoSonoplastiaCoreografiaGêneros: Folclóricas, de salão, étnica...Técnicas: improvisação,coreografia...
Romantismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Dança Circular, Indústria Cultural, Dança Clássica, Dança Moderna, Dança Contemporânea, Hip Hop, Arte Latino-americana ...
CAMINHOS METODOLÓGICOS
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento ,as
práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática
pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,
como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de
conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na Metodologia do ensino da Arte,
três momentos da organização pedagógica:
TEORIZAR: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;
SENTIR E PERCEBER: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte;
TRABALHO ARTÍSTICO: é a prática criativa, ação do domínio da prática
artística, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:
150
As sugestões de encaminhamentos metodológicos para a prática pedagógica no
ensino da Arte, aborda, além da produção pictórica de conhecimento universal e artistas
consagrados, também formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas
sociedades contemporâneas.
Além de situar historicamente a produção artística, compreendendo-a no contexto
em que está inserida, destaca as razões que nos levam a estudá-la e contempla os três
momentos desejáveis para uma educação significativa:
1º - Fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,
bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;
2º - Propicia aos alunos a experimentação da Arte como ARTE,a leitura e acesso
à obra de Arte;
3º - Possibilita a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma
obra de arte.
Portanto o conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são
trabalhados e postos em prática.
O papel do professor como mediador dessa construção, é insubstituível.
Nós professores podemos nos colocar, frente às mudanças na transformação da
prática docente assumindo a condição de comando,como estudiosos e eternos
pesquisadores.
Considerando todas as reflexões propostas ao longo de nossos estudos desejo
ressaltar uma tese defendida por Newton Duarte: “para superarmos as pedagogias
relativistas e o esfacelamento do currículo escolar precisamos admitir que a questão
central da pedagogia reside nas relações que professores e alunos estabelecem com o
conhecimento objetivado nos produtos intelectuais da prática social humana em sua
totalidade.”
151
Bem como o efetivo resgate de conteúdos que se configuram como a base para a
leitura, compreensão e fixação dos conceitos necessários para que o aluno possa ler e
interpretar a riqueza cultural humana, materializada em diversas formas de manifestação
artística.
Acreditamos ser esse o detalhe que se configura no elemento que detém o poder
de seduzir o aluno para o estudo, desvenda os mistérios da Arte, estimula à pesquisa e o
desejo de experimentar e criar.
Quando apreciamos qualquer forma de manifestação artística, é impossível
interpretá-los desvinculados da nossa história de vida e do momento no qual vivemos a
experiência estética. Nós vemos a obra de acordo com a nossa ótica ou,de acordo com
nossas referências pessoais e culturais.
AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, processual e contínua , e principalmente embasada
no desempenho do aluno, ressaltando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e
favorecendo ao aluno uma recuperação paralela.
A avaliação é um procedimento complexo ,uma tarefa sensível e cognitiva que
requer ainda mais cuidados por se tratar de uma área na qual os produtos do fazer
artístico do aluno expressam sua cultura e subjetividade. O professor precisa saber
ensinar a fazer arte. Se o aluno não se dedicou o quanto podia a uma tarefa e por isso
alcançou baixos resultados, talvez valha a pena avaliar com um conceito correspondente
ao nível do trabalho para pontuar sua atitude, e não para puni-lo.
É preciso que o professor saiba quais os objetivos e conteúdos de ensino em
arte, que leve em conta os processos de construção desses saberes e das aprendizagens
do fazer e do ler imagens em arte,para se orientar na avaliação.
Aprender deve ser responsabilidade compartilhada por alunos e professores, ou
seja, uns com os outros devem desenvolver instrumentos de regulação das
aprendizagens.
152
Se os critérios e orientações de avaliação forem compartilhados, os alunos
poderão auxiliar e acompanhar o percurso das próprias aprendizagens.
A avaliação deve contemplar os conteúdos que foram ensinados ou promovidos
pela escola, e não saberes adquiridos em situação extra-escolares.
A avaliação não é um instrumento de controle do professor,de constatação pura e
simples das aprendizagens, mas um instrumento de aprendizagem e reorientação do
planejamento das situações de ensino.
Avaliação é reflexão e tomada de consciência.
Para avaliar em arte são necessários critérios e orientações. As novas
orientações consideram que os alunos não estudam simplesmente para ser aprovados
em testes e exames. Os resultados das avaliações devem expressar suas conquistas e
esforços, a persistência, a dedicação à aprendizagem e a postura criadora. A avaliação
não pode ser sanção de caráter expiatório, mas uma maneira de informar estudantes e
professores sobre o desenvolvimento da aprendizagem, para que possam ajustar seus
processos.Nesse sentido, avaliar tem caráter formativo e informativo.
Instrumentos de avaliação ou uma questão de criação didática: como destacar
produtos cujos conteúdos podem ser avaliados.
Para avaliar os trabalhos práticos, é preciso documentá-los, datá-los e retomá-los
de tempos em tempos com os estudantes. Os critérios, nesse caso, podem ser orientados
para a observação dos processos de criação e dos progressos de cada aluno. A análise
de conjuntos de trabalhos impede que o aluno se fixe em um ou em outro trabalho e
permite que visualize sua produção em um percurso de criação pessoal. Vale reforçar
aqui as falas sobre a própria produção e sua socialização entre os pares. Deve-se evitar
juízos estéticos de bonito e feio, mas observar a adequação no uso dos materiais, as
características expressivas e a dedicação aos trabalhos apresentados, em vez de
procurar virtuosismo técnico e imagens realistas.
153
No fazer artístico do aluno, os trabalhos práticos representam a tarefa mais
delicada na avaliação do professor. Acompanhar o processo de criação dos alunos é mais
importante que exigir resultados em produções isoladas.
O aluno pode fazer exercícios práticos de assimilação de conteúdos de arte,
como releituras, desenhos de observação, pesquisa de cores, trabalhos com luz e
sombra, transposição estilística de imagens (transformar uma imagem impressionista em
cubista), passagem de um trabalho bidimensional para tridimensional ou vice-
versa,exercícios que também podem ser avaliados. A avaliação precisa estar relacionada
com o objetivo que se deseja atingir e com os conteúdos que se pretende ensinar.
Cada conteúdo exige um instrumento de avaliação adequado.Nem sempre
podemos avaliar um conteúdo teórico com base em um trabalho prático.
Seguem-se algumas sugestões de instrumentos e procedimentos para avaliar o
fazer e o ver arte. Essas ações só farão sentido se relacionadas aos conteúdos que
estão sendo ensinados ou trabalhados: portfólio,prova de arte;
Ações específicas para avaliar o fazer arte: exposição dos trabalhos;discussão
dos trabalhos em roda de leitura;
Ações para avaliar o “ver arte”: Essa avaliação pode ser feita por múltiplas
estratégias que envolvam a palavra falada e escrita. O professor pode organizar registros
(gravações,arquivo de textos) dessas ações para perceber com maior clareza os avanços
dos alunos.
Conversas dirigidas sobre obras-leituras coletivas de obra de arte,incentivam os
alunos a ouvir os colegas;Debates;Cartas para artistas ou instituições culturais; textos
individuais escritos pelos alunos;textos coletivos escritos pelos alunos;Seleções de obras
seguindo coordenadas do professor.
A avaliação pode resultar em uma ação posterior: é sempre importante deixar
claro que os trabalhos produzidos possuem real importância e continuam a tê-la após
serem avaliados.As pinturas podem ser expostas em algum espaço visível da escola: no
corredor,saguão.Os alunos podem fazer monitoria da exposição para os alunos menores.
154
Os desenhos podem ser arquivados na biblioteca da escola ou no laboratório de
informática,escaneados e colocados em alguma página da internet,que seria uma forma
de documentação.
Aprender Arte é desenvolver,progressivamente,um percurso de criação pessoal
cultivado,ou seja,mobilizado pelas interações significativas que o aluno realiza.
-com pessoas que trazem informações pertinentes para o processo de
aprendizagem (outros alunos,professores,artistas,especialistas);
-com obras de Arte (acervos, mostras, apresentações, espetáculos);
-com fontes de informação e comunicação (reproduções, textos, vídeos,
gravações, rádio, televisão, discos, internet);
-como os próprios trabalhos e os dos colegas.
Aprender Arte envolve não apenas uma atividade de produção artística pelos
alunos,mas também a conquista da significação do que fazem e do que outros fazem,pelo
desenvolvimento da percepção estética,nos contatos com o fenômeno artístico,visto como
objeto de cultura,ao longo da história humana,e como conjunto organizado de relações.
É importante que os alunos compreendam o sentido do fazer artístico,ou seja,
entendam que suas experiências desenhar, cantar dançar,filmar ou dramatizar não são
atividades que visam a distraí-los da seriedade das outras disciplinas.Sabe-se que,ao
fazer e conhecer arte,os alunos percorrem trajetos de aprendizagem que propiciam
conhecimentos específicos sobre sua relação com o mundo.Além disso,desenvolvem
potencialidades(percepção,observação,imaginação e sensibilidade) que podem alicerçar
a consciência do seu lugar no mundo e que,também,contribuem inegavelmente para sua
apreensão significativa dos conteúdos das outras disciplinas do currículo.
REFERÊNCIAS:
Diretrizes Curriculares para o Ensino de Arte – Ensino Médio e Fundamental;
155
BUORO, Anamélia Bueno. O olhar em construção – Uma experiência de ensino e
aprendizagem da arte na escola. Editora Cortez;
FUSARI, Maria F. de Rezende e Fusari; FERRAZ, Maria Heloísa C.de T.Ferraz. Arte na
Educação Escolar. Editora Cortez;
ROSA, Nereide Sclilaro Santa; SCALÉA, Neusa Sclilaro. Arte-Educação para
professores,teorias e práticas na visitação escolar, PediçõesPinakotheke.
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
156
11.2 PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA. Os
conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não
representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos
teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que representam o esforço para
entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais.
A ciência presente em cada contexto sempre esteve sujeita à interferências,
determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias, as
necessidades materiais do homem em cada momento histórico. Ao mesmo tempo que
sofre a sua interferência, nelas interfere (ARAÚJO, 2002, ANDERY, 1988).
E o conhecimento, como construção, é sempre um processo inacabado. Assim a
uma idéia atribui-se valor quando ela pode ser freqüentemente usado como resposta às
questões postas. Entretanto essa idéia, quando conservada em detrimento do
questionamento formativo pode constituir-se em um obstáculo ao desenvolvimento do
conhecimento científico bem como à aprendizagem científica.
A disciplina de Biologia deverá oportunizar ao aluno uma visão mais realista e
inteligível da ciência, podendo ajudá-lo modificar as idéias com relação ao meio e a tudo
que nele esteja envolvido, propiciando ao educando questionamentos, organizando e
elaborando informações e idéias sobre os seres vivos.
A Biologia, como construção do processo de construção cientifica deve ser
entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento
humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim, é mais uma das formas de
conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas
necessidades materiais desde em cada momento histórico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
157
Organização dos seres vivos;
Mecanismos Biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
- Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
- Teorias evolutivas.
- Transmissão das características hereditárias.
- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente.
- Organismos geneticamente modificados
METODOLOGIA
Com relação à abordagem metodológica, é importante que o professor de
Biologia, ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei n.
10.639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e cultura
afro-brasileira e africana. Igualmente deve ser resguardado o espaço para abordagem da
história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08.
A proposição dos conteúdos estruturantes na disciplina de Biologia sugere,
inicialmente, a possibilidade de selecionar conteúdos específicos que farão parte da
proposta curricular da escola. Outra possibilidade, igualmente importante, é relacionar os
diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento,
propiciando reflexão constante sobre as mudanças conceituais em decorrência de
questões emergentes.
Como recurso para diagnosticar as idéias primeiras do aluno é recomendável
favorecer o debate em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a
158
formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a
realidade.
A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana, bem
como, sobre a cultura indígena, poderá ser desenvolvida por meio de análises que
envolvam a constituição genética da população brasileira. Os conteúdos específicos a
serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos estruturantes quanto
aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada, favorecendo a
compreensão da diversidade biológica e cultural.
Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância com Lei
n. 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, este deverá ser uma
prática educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos
específicos.
Portanto, é necessário trabalhar com propostas diferenciadas e de acordo com as
necessidades sociais dos alunos como textos didáticos, trabalhos individuais e em equipe,
entrevistas, aulas expositivas, partindo sempre da realidade dos alunos (contexto) numa
relação dialógica, reflexiva que permite ao aluno expressar suas idéias, compartilhando
conhecimento.
Trabalhando com a metodologia histórico-crítica divulgada por Saviani in
Gasparim (2002).
AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos escolares e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96,
deve ser continua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,
construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes
estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos.
159
A prova pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do
estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos
por ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível
real (VYGOTSKY, 1991b). Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas e
considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de aula.
A ação docente concomitantemente será avaliada e exigirá observação, investigação
e reorientação do seu trabalho. Na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.
Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos
resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
Portanto, avaliar no ensino de Biologia implica intervir no processo ensino-
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos
científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem
realmente significativa para sua vida.
REFERÊNCIAS:
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para o
ensino médio. Curitiba: SEED, 2008
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
160
11.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CELEM
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Segundo Meurer, no texto da proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná da Língua Estrangeira, existe a necessidade de desenvolver formas de incentivar
práticas pedagógicas que contestem “ou quebrem” o círculo do senso comum daquilo que
parece natural, não problemático, mas que recria e reforça formas de desigualdade e
discriminação”. (Meurer, 2000).
Entendemos também segundo o mesmo autor, que as práticas pedagógicas
decorrem de concepções teórico-metodológicas, e estão carregadas de ideologias que
caracterizam relações de poder, o que precisa de problematização para ser aplicada em
nossa realidade cotidiana.
Compreendendo que tanto a opção teórico-metodológica quanto o idioma a ser
ensinado na escola não são neutros, mas profundamente marcados por questões político-
econômicas e ideológicas, que resultam muitas vezes no imperialismo de uma língua,
identificamos o ensino da língua estrangeira como pedagogia crítica, que sustenta todo
referencial teórico das DCES do nosso Estado.
A escola fica com o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não
apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas.
A aula de língua estrangeira deve constituir um espaço para que o aluno
reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje
discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao
mundo em que vive.
A Língua Estrangeira Moderna explorará aspectos textuais fundamentais para o
conhecimento e organização dos diferentes gêneros e funções da linguagem enfatizando
as quatro habilidades na comunicação (falar, ler, escrever e ouvir). Pois, a oralidade, a
leitura e a escrita como práticas significativas do discurso possibilitam a visão e o
entendimento do mundo confrontando as formas discursivas da língua materna à língua
161
que se está aprendendo a partir dos temas sociais contemporâneos para que ocorra um
aperfeiçoamento da competência comunicativa.
A aprendizagem de uma Língua Estrangeira é fundamental na Educação Básica
por ser uma exigência do mundo globalizado e também por oportunizar condições do
indivíduo interpretar a realidade que o cerca podendo este interagir com ela. Ela é ainda
uma forma de inclusão social.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Contribuir e oportunizar ao educando a compreensão crítica e produção de
diversos tipos de textos.
Propiciar a integração a outras culturas e, ainda fazer com que o alunado
compreenda essa integração cultural nos contextos atuais, de uma forma crítica.
Refletir de modo crítico sobre a importância da língua estrangeira como
instrumento de comunicação universal.
Promover a Inclusão escolar, social e a inserção no mercado de trabalho,
considerando que atualmente vivemos em um mundo globalizado, onde o conhecimento
de uma língua estrangeira é fundamental e muitas vezes pré-requisito para essa inserção.
Apresentar a língua estrangeira como espaço para ampliar o contato com outras
formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da
realidade.
Compreender os significados da língua, como significados sócio e historicamente
construídos, e, portanto, passíveis de transformação social.
Vivenciar na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.
Conscientizar-se de que o conhecimento da Língua Estrangeira é uma
ferramenta importante para ele interagir com o mundo.
Ser capaz de usar a língua em situações de oralidade e escrita.
METODOLOGIA
O ensino da Língua Estrangeira se orientará numa produção construída nas
interações sociais, considerando as experiências prévias dos alunos, possibilitando-se a
162
escolha de temas de seu interesse e utilizando-se de materiais autênticos como músicas,
anúncios publicitários... etc, fazendo uma inter-relação entre os conteúdos e a prática da
língua... Sempre instigando a reflexão e a criticidade, exercitando uma relação dialógica
entre professor e aluno onde o primeiro irá propiciar situações de resolução de problemas
com vista ao aluno perceber as implicações sociais históricas e ideológicas presentes em
todo discurso.
O trabalho com a língua estrangeira será entendido como uma nova possibilidade
do aluno ver e entender o mundo e de criar novos significados.
Tanto a gramática como vocabulário não será trabalhado isoladamente, serão
contextualizados, favorecendo sua compreensão, reflexão e discussão, uma vez que
terá relação com o conhecimento de mundo do educando. E antes de selecionar os
conteúdos deve-se levar em consideração as necessidades do educando e a importância
de tais assuntos para o seu desenvolvimento pessoa e intelectual assim como para o
desenvolvimento do ser humano e do seu meio social, e sempre voltando-os para a
prática dos conteúdos que estruturam e permeiam todo o ensino da Língua Estrangeira.
Oralidade, leitura e escrita.
Torna-se enriquecedor tomar como base seguinte citação da Diretriz Curricular
“... para cada texto escolhido verbal/ou não verbal, o professor poderá trabalhar levando
em conta os itens abaixo sugeridos:
a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada
atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero.
b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no
texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras
leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado.
c) Análise Lingüística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a
diferença entre ensino de gramática e a prática da análise lingüistica.”
ENSINO DE GRAMÁTICA PRÁTICA DE ANÁLISE LINGÜISTICA
Concepção de língua como sistema, estrutura inflexível e invariável
Concepção de língua como ação interlocutivas situada, sujeita às
163
interferências dos falantes.
Unidade privilegiada: a palavra, a frase e o período.
Unidade privilegiada: o texto
Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções morfossintáticas e correção.
Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos sentidos.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA – P1
- Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
- Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
- Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
- Preparar apresentações que explorem as marcas lingüisticas típicas da
oralidade em uso formal e informal;
- Estimular a expressão oral ( contação de histórias) comentários, opiniões sobre
os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos estralingüisticos,
como:entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
- Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens entre outros;
- Pŕaticas de leituras de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de
circulação;
- Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
- Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
- pré-leitura ( ativar conhecimentos prévios, discutir e antecipar elementos do
texto, antes mesmo da leitura);
- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);
- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita
objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto).
- Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
- Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
- Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
- Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como:
164
gráficos, fotos, imagens, mapas;
- Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;
- Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de
diferentes gêneros;
- temáticas ( o que é dito nesses gêneros);
- estilísticas ( o registro das marcas enunciativas do produtor e
os recursos lingüísticos);
- composicionais ( a organização, as características e a seqüência tipológica);
- Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, interlocutor, do
gênero, da finalidade;
- Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
- Acompanhar a produção do texto;
- Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (idéias),
dos elementos que compõem o gênero;
- Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática,
à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
- Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos;
- Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
- Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
- Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA – P2
- Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
- Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
- Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
- Preparar apresentações que explorem as marcas lingüisticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
- Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre
os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como
entonação, expressões facial, corporal e outros;
165
- Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programa infanto-juvenis, entrevistas, reportagens entre outros;
- Práticas de leitura de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;
- Utilizar estratégias de leitura que possibilite a compreensão textual significativa
de acordo com o objetivo proposto no trabalho com o gênero textual selecionado;
- Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a
temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);
- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);
- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita
objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto);
- Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
- Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, finalidade, intertextualidade;
- Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como:
gráficos, fotos, imagens, mapas;
- Relacionar o tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual;
- Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de
diferentes gêneros:
- temáticas (o que é dito nesses gêneros);
- estilísticas ( o registro das marcas enunciativas do produtor e os
recursos lingüísticos);
- composicionais ( a organização, as características e a seqüência tipológica).
- Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
- Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
- Acompanhar a produção de texto;
- Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias),
dos elementos que compõem o gênero;
- Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade,
temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
- Conduzir à reflexão dos elementos discursivo, textuais, estruturais e normativos;
- Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
- Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
166
- Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A Diretriz Curricular de Língua Estrangeira explica que os saberes são concebidos
como conteúdos, estruturantes e a partir destes abordam-se os conteúdos específicos,
estes por sua vez, contemplam diferentes gêneros discursivos.
“O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao
tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se
um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo
Estrangeiro de Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A língua será
tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as
práticas que efetivam o discurso.” (DCE-LEM)
O texto deve ser o ponto de partida para o desencadeamento de reflexões e de
tomada de atitudes, portanto ele deve ser selecionado juntamente com os alunos e de
preferência deve contemplar os temas sociais contemporâneos e ainda estar relacionado
a outras disciplinas para que ocorra uma interdisciplinaridade entre as diversas áreas do
conhecimento. Com isso os conteúdos tornam-se mais flexíveis e não precisam seguir
uma ordem fixa.
Dessa forma estabelecem-se como elementos integradores e que estarão
presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja em
que prática for: conhecimentos, lingüísticos, discursivo, culturais e sócio-
pragmáticos.
Assim os conteúdos abaixo especificados deve ser trabalhados em todas as
séries do Ensino Básico. Para que se efetive a Prática Discursiva torna-se necessário
expor os alunos a textos orais pertencentes aos diferentes discursos, promover a leitura
de diferentes discursos e quanto à escrita ela deve ser vista como uma atividade sócio-
interativa, pois quem escreva, escreve para alguém real ou imaginável.
CONTEÚDOS BÁSICOS- P1
167
Prática discursiva: oralidade;
Fatores de textualidade centrados no leitor:
III. Tema do texto;
IV. Aceitabilidade do texto;
V. Finalidade do texto;
VI. Informatividade do texto;
VII. Intencionalidade do texto;
VIII. Situacionalidade do texto;
IX. Papel do locutor e interlocutor;
X. Conhecimento de mundo;
XI. Elementos extralingüisticos: entonação, gestos;
XII. Adequação do discurso ao gênero;
XIII. Turnos da fala;
XIV. Variações lingüísticas;
Fatores de textualidade centradas no texto:
a) Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos;
b) Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como
conectivos, gírias, expressões, repetições);
c) Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Prática Discursiva: leitura
Fatores de textualidade centrados no leitor:
XV. Tema do texto;
XVI. Conteúdo temático do gênero;
XVII. Elementos composicionais do gênero;
XVIII. Propriedades estilísticas do gênero;
XIX. Aceitabilidade do texto;
XX. Finalidade do texto;
XXI. Informatividade do texto;
XXII. Situacionalidade do texto;
XXIII. Papel do locutor e interlocutor;
XXIV.Conhecimento de mundo;
XXV. Temporalidade;
168
XXVI.Referência textual.
Fatores de textualidade centrados no texto:
XXXIV. Intertextualidade;
XXXV. Partículas consecutivas básicas do texto;
XXXVI. Vozes do discurso: direto e indireto;
XXXVII. Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,
formação das palavras, figuras de linguagem;
XXXVIII. Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e
explícitas;
XXXIX. Marcas lingüísticas; coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
XL. Acentuação gráfica;
XLI. Ortografia;
XLII. Concordância verbal e nominal.
CONTEÚDOS BÁSICOS P2
Prática discursiva: oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
XXXI. Tema do texto;
XXXII. Conteúdo temático do texto;
XXXIII. Aceitabilidade do texto;
XXXIV. Finalidade do texto;
XXXV. Informatividade do texto;
XXXVI. Intencionalidade do texto;
XXXVII. Situacionalidade do texto;
XXXVIII. Papel do locutor e interlocutor;
XXXIX. Conhecimento de mundo;
XL. Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos;
XLI. Adequação do discurso ao gênero;
XLII. Turnos da fala;
XLIII.Variações lingüísticas.
169
Fatores de textualidade centrados no texto:
XXVIII. Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos;
XXIX. Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais
como conectivos, gírias, expressões, repetições);
XXX.Diferença e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Prática discursiva: leitura
Fatores de textualidade centrados no leitor:
XVII. Tema do texto;
XVIII. Conteúdo temático do texto;
XIX. Aceitabilidade do texto;
XX. Finalidade do texto;
XXI. Informatividade do texto;
XXII. Intencionalidade do texto;
XXIII. Situacionalidade do texto;
XXIV. Papel do locutor e interlocutor;
XXV. Conhecimento de mundo;
XXVI. Temporalidade;
XXVII. Referência textual;
Fatores de textualidade centradas no texto:
XVI. Intertextualidade;
XVII. Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia; formação das
palavras, figuras de linguagem;
XVIII. Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e
explícitas;
XIX. Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
XX. Acentuação gráfica;
XXI. Ortografia;
XXII. Concordância verbal e nominal.
170
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação fará parte integrante do processo de aprendizagem na contribuição
da construção de saberes. Será contínua e cumulativa, prevalecendo os aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Embora ela seja eficiente para a verificação da aprendizagem dos alunos, a
avaliação servirá principalmente para um momento de reflexão das práticas do professor,
para ele perceber quais conhecimentos não foram suficientemente trabalhados e assim
reorientar suas ações para a melhoria do aprendizado.
A avaliação envolverá diversas atividades tais como: exercícios orais e escritos;
atenção/empenho/acerto e compreensão de texto; trabalho individual e em grupo; práticas
das habilidades orais e escritas, sendo a ênfase maior dirigida à habilidade de
compreensão através da oralidade, leitura e escrita em pesquisas, debates, discussões,
avaliações diárias, testes, observação e participação em atividades de sala de aula de
forma contínua, cumulativa e permanente.
De acordo com a Proposta Político Pedagógica: “A educação deve ser contínua e
permear todo o processo ensino-aprendizagem. Não com caráter de mera constatação ou
classificação, mas com caráter transformador, comprometida com a promoção da
aprendizagem e desenvolvimento abrangendo todos os alunos”.
Acrescentando ainda que, seguindo o estabelecido no Regimento Escolar,
Art.110, “O sistema de avaliação bimestral será composto pela somatória da nota 4,0
(quatro vírgula zero) referente as atividades diversificadas mais a nota 6,0 ( seis vírgula
zero) resultante de no mínimo duas avaliações (instrumentos diversificados) totalizando
nota final de 10,0 (dez vírgula zero).”
Espera-se que o aluno:
XVI. Utilize o discurso de acordo com a situação de produção ( formal e/ ou
informal);
XVII. Apresente suas idéias com clareza, coerência;
XVIII. Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
171
XIX. Organize a seqüência de sua fala;
XX. Respeite os turnos de fala;
XXI. Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
XXII. Exponha seus argumentos;
XXIII. Compreenda os argumentos no discurso do outro;
XXIV. Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quanto
necessário em língua materna);
XXV. Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos que julgar necessário.
XXVI. Realize leitura compreensiva do texto;
XXVII. Identifique o conteúdo temático;
XXVIII. Identifique a idéia principal do texto;
XXIX. Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do
contexto;
XXX. Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
XXXI. Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo;
XXXII. Análise as intenções do autor;
XXXIII. Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
XXXIV. Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que
estabelecem a referência textual;
XXXV. Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos
gramaticais) e elementos culturais;
XXXVI. Expressões as idéias com clareza;
XXXVII. Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do
professor, atendendo:
-às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
-à continuidade temática;
XVIII. Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
XIX. Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
XX. Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.
XXI. Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
em conformidade com o gênero proposto;
172
XXII. Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos atrelados aos gêneros trabalhados;
XXIII. Reconheça palavras e/ou expressões que estabeleçam a referência
textual.
REFERÊNCIAS:
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
173
11.4 PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza
o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua
complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na
Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
De acordo com as DCEs; a Natureza legitima, então, os objetos de estudo das
ciências naturais e da disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de
natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação. Chauí (DCEs) corrobora tal
afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos franceses e alemães,
dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto estudado,
tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas ciências
naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das
ciências sociais e das ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos,
artísticos e do saber cotidiano. As relações entre os seres humanos com os demais seres
vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de condições favoravéis de sobrevivência.
Contudo, a interferência do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a
elaboração e a circulação do conhecimento cientifíco, estabelecem novas formas de
pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos.
Segundo KNELLER, a historicidade da ciência está ligada não somente ao
conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é
produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam.
Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa
identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e compreendê-
la, nos diversos momentos históricos.
174
Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962)
contribuiu de forma significativa com reflexões voltadas à produção do
conhecimentocientífico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência,
rompe-se com modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para
determinados fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do
desenvolvimento do conhecimento científico: estado pré-científico, estado científico e
novo espiríto científico.
No estado pré-científico, esse pensamento representa, segundo Bachelard
(1996), um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento
científico.
Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com base
em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza,
além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do
séc. XVIII.
RONAN afirma, com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a
divindade dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. Pelo mito e pelas
divindades o ser humano expressava o entendimento do mundo natural sob o ponto de
vista “de um mundo divino operando no mundo da natureza” .
Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de
modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da
Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.
A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo natural e do
seu relacionamento com o homem.
Modelo construídos a partir de observações realizadas diretamente sobre os
fenômenos da natureza, permitiram ao ser humano afastar-se do mythos e aproximar-se
da physis.
175
Contrapondo-se à idéia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a
partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material porções imutáveis
e indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover e se
combinar no espaço vazio e, assim, construir uma multiplicidade de sistemas maiores
que, por sua vez, evoluem por meio de recombinações atômicas.
Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de Universo único, finito e
eterno, composto por esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à
Terra, descrevendo movimentos circulares perfeitos,formulou as bases para o modelo
geocêntrico. A explicação para a dinâmica do Universo, sistematizada por Aristóteles,
pressupunha a existência de um quinto elemento da Natureza, o éter, constituinte da lua,
dos planetas e das estrelas fixas; essas esferas consideradas superiores à esfera da
Terra, referência imóvel e central (modelo geocêntrico).
Contemporâneos de Aristóteles, como por exemplo, Aristarco de Samos (século
III a.C.), posicionavam-se com outras possibilidades de entendimento dos movimentos
dos corpos celestes (RONAN, 1997a). Neste modelo, propunha-se o Sol como centro do
Universo, regido por movimentos circulares (modelo heliocêntrico).
Provenientes das sistematizações dos pensadores gregos dizem respeito à
descrição das partes anatômicas, ao modo indutivo de atribuir funções aos órgãos
(modelo organicista) e à organização dos seres vivos presentes na natureza. Tais
tradições preocupavam-se em identificar e organizar os seres da Escala Natural 1,
privilegiando a sua perfeição e tendo como critérios a descrição das estruturas
anatômicas e comportamentais.
Os critérios para identificação e organização permaneceram como base do
sistema de classificação dos seres vivos até os séculos XVII e XVIII, quando a grande
diversidade de espécies coletadas em diferentes regiões do planeta não permitia mais tal
organização com base somente nesses critérios. Nesse sentido, os seres vivos passaram
a ser vistos não mais como imutáveis e integrantes de uma natureza estática (modelo
1 Escala Natural corresponde à classificação dos seres vivos com base num gradiente de perfeição entre coisas inanimadas, plantas, animais inferiores, humanos, anjos e seres espirituais (FUTUYMA, 1993).
176
fixista), mas mutáveis, evolutivos, integrantes de uma natureza dinâmica (modelo
evolutivo).
O pensamento grego também influenciou na descrição das funções dos órgãos
do corpo humano (modelo organicista) Aristóteles, por exemplo, acreditava no coração
como sendo o centro da consciência e no cérebro como o centro de refrigeração do
sangue.Esse modelo organicista passou a sofrer interferências das relações provenientes
do período renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a
ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do organismo (modelo
mecanicista). Tal modelo foi sistematizado pelos anatomistas do século XVI, entre eles, o
médico Willian Harvey (1578-1657).
O modelo mecanicista, utilizado pela ciência até os dias atuais para explicar o
funcionamento dos sistemas do organismo, superou o modelo organicista, pois
comparava, por analogias, o corpo humano às máquinas. Por exemplo, a analogia do
coração com uma bomba hidráulica e o funcionamento do sistema respiratório com a idéia
de combustão.
Relacionado à idéia de combustão, partia-se do princípio que o ar era necessário
para manter o “fogo da vida”. Posteriormente, dentre as novas idéias sobre o assunto,
surgiu a do flogisto ou o “princípio do fogo”, que se relacionava a uma vasta gama de
fenômenos dentre eles a combustão e a respiração.
As sistematizações de Lavoisier (1743-1794), no final do século XVIII, marcaram
um importante momento para a ciência porque contribuíram para superar as idéias do
flogisto que levaram a novas pesquisas científicas, culminando com a reorganização de
toda nomenclatura à luz dos estudos voltados à nova teorização dos átomos e à química
orgânica, no século XIX.
A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava,
principalmente, a transmutação dos metais e a busca pelo elixir da vida eterna, com a
cura de todas as doenças (RONAN, 1997c). Outra interpretação da finalidade da alquimia
relacionava-a com uma prática de investigação a respeito da constituição da matéria para
177
dividir os compostos em elementos e estudar sua recombinação. Tal interpretação foi
superada no século XVIII.
No estado científico, o século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período
histórico marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído
para a compreensão da Natureza.
No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano
de investigação dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento
científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.
No estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo
como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências
de mudanças na crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a transformação da
matéria e a conservação de energia.
Além dos conhecimentos produzidos a partir das pesquisas sobre a constituição
da matéria, desenvolveram-se estudos sobre a transformação e a conservação dessa
matéria na Natureza. Tais estudos, associados aos conhecimentos relativos à lei da
conservação da energia, contribuíram para o entendimento de que na Natureza ocorrem
ciclos de energia, o que se contrapôs à idéia de criação e destruição e estabeleceu
modelos de transformação da energia na Natureza.
Nesse mesmo contexto, a mecânica clássica e o modelo “newtoniano-cartesiano”
influenciaram fortemente o pensamento científico que se apropriou das “verdades”
mecanicistas para explicar o funcionamento dos seres vivos, a dinâmica da natureza, o
movimento dos corpos celestes e os fenômenos ligados à gravitação.
O período do estado científico foi marcado, também, por publicações de cunho
científico não-literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma
elite intelectual que as acessava por meio dos cursos universitários.
178
No estado do novo espírito científico configura-se também, como um período
fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de
divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços científicos.
A preocupação crescente com a educação científica vem sendo defendida não só
por educadores em ciências, mas por diferentes profissionais; seus objetivos têm tido uma
grande abrangência. Nesse sentido, torna-se importante discutir os diferentes significados
e funções que se têm atribuído à educação científica com o intuito de levantar referenciais
para estudos na área de currículo, filosofia e política educacional que visem analisar o
papel da educação científica na formação do cidadão.
Devemos estar centrados no compreender o conteúdo científico e no
compreender a função social da ciência. Pela natureza do conhecimento científico, não se
pode pensar no ensino de seus conteúdos de forma neutra, sem que se contextualize o
seu caráter social, nem há como discutir a função social do conhecimento científico sem
uma compreensão do seu conteúdo.
Adota-se a diferenciação entre alfabetização e letramento, pois na tradição
escolar a alfabetização científica tem sido considerada na acepção do domínio da
linguagem científica, enquanto o letramento científico, no sentido do uso da prática social,
parece ser um mito distante da prática de sala de aula. Ao empregar o termo letramento,
busca-se enfatizar a função social da educação científica contrapondo-se ao restrito
significado de alfabetização escolar.
Letramento científico, nessa perspectiva, consiste na formação técnica do
domínio das linguagens e ferramentas mentais usadas em ciência para o
desenvolvimento científico. Para isso, os estudantes deveriam ter amplo conhecimento
das teorias científicas e ser capazes de propor modelos em ciência. Isso exige não só o
domínio vocabular mas a compreensão de seu significado conceitual e o desenvolvimento
de processos cognitivos de alto nível de elaboração mental de modelos explicativos para
processos e fenômenos.
Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes
ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras. O
179
ensino de Ciências deve promover inter-relações entre os conteúdos selecionados, de
modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências. Essas
inter-relações devem ser fundamentar nos Conteúdos Estruturantes (ciência atividade
humana).
É necessário ensinar ciências para contribuir para a formação do aluno quanto:
conhecimento do conteúdo científico e habilidade em distinguir ciência de não-ciência;
compreensão da ciência e de suas aplicações; conhecimento do que vem a ser ciência;
independência no aprendizado de ciência; habilidade para pensar cientificamente;
habilidade de usar conhecimento científico na solução de problemas; conhecimento
necessário para participação inteligente em questões sociais relativas à ciência;
compreensão da natureza da ciência, incluindo as suas relações com a cultura;
apreciação do conforto da ciência, incluindo apreciação e curiosidade por ela;
conhecimento dos riscos e benefícios da ciência.
A disciplina de ciências tem como objetivos gerais:
• Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico.
• Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles tem origem
nos modelos construídos a partir da investigação da Natureza.
• Propiciar o acesso ao conhecimento da história da ciência, associando os
conhecimentos científicos com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que
originaram sua construção.
• Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção
científica não deve ser entendida como uma verdade absoluta.
• Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos,
as questões sociais e ambientais.
• Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com
obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações
180
conceituais, interdisciplinares e contextuais.
• Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa
fazer da aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
• Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados
para estabelecer relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de
aprendizagem anteriores e o que aprende de novo.
• Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais; superando a construção fragmentada do conhecimento.
• Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos
corpos (Matéria); a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas
Biológicos); a conservação e transformação de energia (Energia); o conceito de
biodiversidade (Biodiversidade).
CONTEÚDOS
5ª série – Ensino Fundamental
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Universo – Galáxias, Movimento do Universo.
Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.
Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas
atmosféricas, solos, rochas, minerais, água.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
181
Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular,
pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.
Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.
Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Diversidade das espécies, extinção de espécies,
comunidade, populações.
Sistemática – Classificação dos seres vivos.
Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características)
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas (introdução).
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida,
fósseis, efeito estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, gases,
fontes de energia renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de
diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de
grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os
casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,
localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,
crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,
representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de
comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos
musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
182
RELAÇÕES DE CONTEXTO: instrumentos astronômicos, história da astronomia,
contaminação da água, desertificação, minerais e a tecnologia: jóias, relógios e outros,
mineração, sismógrafos, poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento,
manejo do solo para agricultura, compostagem, contaminação do solo, conservação dos
aqüíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global, biotecnologia, plástico
biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, coleta seletiva de lixo,
reservas ambientais – APA, código florestal brasileiro, fauna brasileira ameaçada de
extinção, ação humana nos ecossistemas, desmatamento, poluição do ar, balões e
aviões, instrumentos de vôo , aquecimento global, saneamento básico, questões de
higiene, alimentos transgênicos, aterro sanitário, coleta seletiva e reciclagem, usinas
geradoras de energia, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia
elétrica residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas,
tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito –
acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia,
entre outras.
6ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua,
constelações, dias e noites.
Astros – Constituição físico-química dos astros.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do
surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto terrestre,núcleo
terrestre, estrutura química da célula.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular,
fotossíntese, reserva energética.
183
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos,
órgãos e sistemas animais e vegetais,
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica
Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas
ectotérmicos, sistemas endotérmicos.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, diversidade das espécies, extinção
de espécies.
Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,
populações.
Ecossistemas – Eras geológicas.
Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia alimentar,
seres autótrofos e heterótrofos.
Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento da
vida, geração espontânea.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio,
a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energia renováveis e não
renováveis, Ilhas de calor, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de
diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de
grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os
casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,
localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,
crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,
representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de
comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
184
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos
musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: Inovação tecnológica, fermentação, contaminação da água,
poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para
agricultura, contaminação do solo, tratamento da água, lixo tóxico, elevadores hidráulicos,
lixo e o ambiente, unidades de conservação, ocupação da mata atlântica, exploração da
Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das araucárias, tráfico de
animais, ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas, desenvolvimento industrial,
impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e pesca, tráfico de animais e
vegetais, poluição do ar , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, uso de
agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e ONG, tecnologia na produção
vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil,
vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos,
polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção
de frutos de comercialização, comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, raças
e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes
diagnósticos, saneamento básico, medicamentos, influência da alimentação na saúde
, aterro sanitário, corantes e tingimento de tecidos, projeto Genoma Humano, gravidez
precoce, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de
trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
7ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de coordenadas,
a esfera celeste e seu coordenadas.
Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo ( Teorias
Cosmogônicas).
2. Conteúdos Básicos de Matéria
185
Constituição da matéria - Conceito de matéria.
Propriedades da matéria –Massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade,
divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade,
flexibilidade, elasticidade, permeabilidade, condutibilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho,
sabor, textura, odor.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva
energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais,
estrutura e funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de
diferentes seres vivos, sistemas comparados (aspectos evolutivos), sistemas exclusivos
de algumas espécies, diversidade de estruturas e sistemas de acordo com os diferentes
grupos de seres vivos e suas particularidades, como por exemplo, sistema digestório,
sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia
nuclear, energia elétrica, energia química, energia eólica.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases,
fontes de energia renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de
diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de
grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os
186
casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,
localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,
crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,
representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de
comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos
musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e
degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica,
biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo
homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de
comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes exóticas, vacinas e
soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e
testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia, melhoramento
genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sangüíneos, transfusões e
doações sangüíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia gênica,
CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos
contraceptivos, Organização Mundial da Saúde, reprodução humana assistida, projeto
Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais,
Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do campo,
agricultura e tecnologia, entre outras.
8ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros,
meteoritos, cometas.
Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.
187
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria – Átomos, modelos atômicos, elementos químicos, íons,
ligações químicas das substancias, reações químicas, funções químicas inorgânicas,
ácidos, sais, bases, óxidos, lei da conservação da massa, compostos orgânicos.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – sistema sensorial , sistema reprodutor
, sistema endócrino, sistema nervoso.
Mecanismos de Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos, gene,
DNA, RNA, mitose, meiose.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Conversão de Energia – Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria,
eletromagnetismo, conversão de energia potencial em cinética, movimentos, velocidade,
aceleração, colisões, trabalho, potência,
Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão
de energia, leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações
intraespecíficas.
Os conteúdos específicos de 5ª a 8ª séries estão presentes nos conceitos
fundamentais de Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um
conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor,
garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo
a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico,
químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais, interdisciplinares
e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
188
RELAÇÕES CONCEITUAIS: gases, fontes de energia renováveis e não renováveis,
Ilhas de calor, máquinas simples - alavancas, polia, engrenagens, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de
diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de
grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os
casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,
localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,
crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,
representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de
comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos
musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico biodegradável,
elevadores hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica, óculos,
telescópios , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na produção
vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, influência da alimentação na
saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde,
instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica, dessanilização, panela
de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel, corantes e tingimento de tecidos,
estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e fertilizantes químicos, coleta seletiva
e reciclagem, usinas geradoras de energia, instrumentos e escalas termométricas,
acidentes, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica
residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas, tecnologia da
comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de
trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –história
e cultura afro-brasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas,
Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental.
189
Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,
ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na
perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , lei 11.645/03/08 que integra a
História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e Médio.
METODOLOGIA
Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem de
Ausubel que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para
que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que
permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma
aprendizagem prazerosa e eficaz.
A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é
incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a
partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou
repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado,
e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações
arbitrárias na estrutura cognitiva. Quando o conteúdo escolar a ser aprendido não
consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Ausubel chama de aprendizagem
mecânica, ou seja, quando as novas informações são aprendidas sem interagir com
conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa decora fórmulas,
leis, mas esquece após a avaliação.
Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em
primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser
memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em
segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou
seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o significado lógico depende
somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma experiência que
cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que têm significado
ou não para si próprio.
190
Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso
trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico
(horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os interesses da
realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica dos livros didáticos
de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os avanços da produção
científica.
Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das
relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos
disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de
aprendizagem para um bom resultado final.
Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais
tanto para a nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos,
assim três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a
atividade experimental.
Assim, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos
instrucionais, dentre outros critérios, levaremos em consideração o desenvolvimento
cognitivo dos estudantes.
Entretanto, sabemos e consideraremos outras variáveis que interferem no
processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das
concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de
ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino.
Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de
forma bem articulada os seguintes itens:
·recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:
livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música,
quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo
191
didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),
microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;
·de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
·de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios,
exposições de ciência, seminários e debates.
As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais
são fundamentais para nossa prática docente. Além disso, contribuem de forma
significativa para melhorar as condições de aprendizagem aos estudantes.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos
metodológicos que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a
problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura
científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos
instrucionais e o lúdico.
ABORDAGEM PROBLEMATIZADORA
A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo
conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos
estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A
problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas
dimensões: na primeira, levaremos em conta o conhecimento de situações significativas
apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, realizaremos a
problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento
científico escolar para resolver os problemas apresentados.
RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento
científico com o contexto histórico e geográfico do nosso aluno, com outros momentos
históricos, com os interesses políticos e econômicos que levaram à sua produção para
que o conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A contextualização pode
ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e próximo
à realidade do nosso aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A
192
contextualização pode, também, ser utilizada como ponto de chegada caso façamos a
opção por iniciar a nossa prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos. Nesse caso,
contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas
sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no
âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que fazem uso,
necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para a abordagem das
experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: A abordagem interdisciplinar como pressuposto
metodológico considera que muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam
permanentemente com outros conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre
eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações
interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada
disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as
relações interdisciplinares podem ocorrer quando buscamos nos conteúdos específicos
de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o
conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.
PESQUISA
A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento.
Essa estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação
desse material e chega à construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada na
forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam atingidos, se
faz necessário que seja construída com redação do próprio aluno, pois ao organizar o
texto escrito ele precisará sistematizar idéias e explicitar seu entendimento sobre o
conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral o aluno deve
superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo
pesquisado e explicitando a sua interpretação.
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre alunos e
nós, professores, pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior
193
aprofundamento de conceitos. Cabe analisarmos o material a ser trabalhado, levando em
conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem
utilizada. Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser utilizados como
recursos pedagógicos, sugerem-se:
1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br
2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional – Disponível em
www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).
3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da Editora
Duetto – Disponível em www.sciam.com.br
4. Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas – Disponível em
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação – Disponível
em www.mec.gov.br
ATIVIDADE EM GRUPO
No trabalho em grupo, o aluno tem a oportunidade de trocar experiências,
apresentar suas proposições aos outros alunos, confrontar idéias, desenvolver espírito de
equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos
problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento
pelo estudante.
OBSERVAÇÃO
A estratégia da observação estimula nosso aluno, a capacidade de observar
fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por
outro lado, permite que nós, professores, perceber as dificuldades individuais de
interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a lacunas teórico-conceituais. Esta
estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina, pois o
aluno pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados,
passando para construção de hipóteses que a própria observação possibilita.
ATIVIDADE EXPERIMENTAL
194
A inserção de atividades experimentais em nossa prática docente apresenta-se
como uma importante estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada por nós,
professores, de forma a desenvolver o interesse nos alunos e criar situações de
investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm como único espaço
possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços
pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais.
Entretanto, é importante que nossas práticas proporcionem discussões, interpretações e
se coadunem com os conteúdos trabalhados na sala. Não devemos, portanto, propiciar
apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou meras ilustrações das aulas
teóricas.
RECURSOS INSTRUCIONAIS
Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações,
diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na
análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação
da aprendizagem. Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos para
sala de aula porque se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam nosso
trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos
extraídos da observação, da experimentação, da contextualização, da
interdisciplinaridade, entre outros. Assim, ampliam a possibilidade do nosso aluno criar
sentido para o que está aprendendo e tornam a aprendizagem significativa, seja no
momento da aula, seja no momento da avaliação.
Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a
serem utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter
estruturas diversas, pois ultrapassam a idéia de serem apenas sínteses conceituais.
LÚDICO
O lúdico é uma forma de interação do aluno com o mundo, podendo utilizar-se de
instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais
como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente por nós,
195
professores. O lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordados e, quanto
mais intensa for esta interação, maior será o nível de percepções e reestruturações
cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico será considerado nas estratégias de ensino
independentemente da série e da faixa etária do aluno, porém, adequaremos a elas
quanto ao encaminhamento, à linguagem e aos recursos utilizados como apoio.
AVALIAÇÂO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser
contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
INSTRUMENTOS
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à
concepção de avaliação contínua e formativa. Se a avaliação contínua e formativa visa a
aprendizagem, a formação do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de
fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.
INSTRUMENTO 1
ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos a
compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do
aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, devemos considerar algumas
situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os
critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual
apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa
etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do
196
conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a ampliação dos
horizontes de conhecimento.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Neste contexto são utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os
conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada
disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar:
- houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com
o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
- o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e
sistematizou o conhecimento de forma adequada;
- foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de
aula.
INSTRUMENTO 2
PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-
se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato
com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse
contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse
conhecimento e, para isso, não é suficiente apenas o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso
requer que tenhamos conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros
quanto periódicos ou outros materiais, para podemos fazer indicações de leituras para
nossos alunos. Além da Biblioteca Escolar, podemos e devemos indicar artigos ou textos,
e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que nosso aluno tenha
subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto. A solicitação de uma
pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno.
197
Passos para uma consulta bibliográfica:
1.Contextualização
Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço /
temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.
2. Problema
Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de
forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o
problema.
3. Justificativa
Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e
professores encontram-se inseridos.
4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica
É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve
remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os
adequadamente.
Critérios de avaliação:
Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão
atendendo as orientações.
INSTRUMENTO 3
PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e
interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a
linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de
linguagem que se concretizam nas atividades humanas. Qualquer texto produzido é
sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico.
Consideraremos, então, as circunstâncias de produção dos textos que
solicitaremos aos nossos alunos para que eles possam assumir-se como locutor e, desta
198
forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer,
interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade,
se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social
determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”.
Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem
e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorarmos a prática de escrita numa
abrangência maior de esferas de atividade.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
• planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
• escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
• revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade
definida.
Critérios de avaliação:
-Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
finalidade, etc.);
-Expressar as idéias com clareza (coerência e coesão);
-Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina
em termos de léxico, de estrutura;
-Elaborar argumentos consistentes;
-Produzir textos respeitando o tema;
-Estabelecer relações entre as partes do texto;
-Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
INSTRUMENTO 4
PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL
199
A apresentação oral é uma atividade que nos possibilita avaliar a compreensão
do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização
e exposição das idéias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito
como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo
de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que pronuncie uma palestra
de grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo).
Os critérios de avaliação que utilizaremos nessa atividade são:
-Conhecimento do conteúdo;
-Argumentos selecionados;
-Adequação da linguagem;
-Seqüência lógica e clareza na apresentação;
-Produção e uso de recursos;
INSTRUMENTO 5
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São
práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está
ocorrendo.
Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro,
o acaso, a intuição. Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados
ou os próprios caminhos da observação, uma vez que, na construção do conhecimento, o
processo que ocorre é tão importante quanto o produto.
É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele
conhecimento com o qual nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta
significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito
mais do que com a sofisticação dos equipamentos.
200
A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua
compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído,
a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras
possibilidades. Ressaltaremos que o uso adequado e conveniente dos materiais, só
poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas. Não
conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas
atividades forem apenas eventuais.
A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para
que o aluno compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar. O registro das
hipóteses e dos passos seguidos no procedimento são importantes para avaliarmos
juntos a atividade.
Critérios de avaliação:
- quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado,
- do conceito a ser construído ou já construído,
- a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras
possibilidades.
INSTRUMENTO 6
PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO
O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas
alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a
construção de conhecimentos e para a formação dos nossos alunos como agentes
sociais. Silva (Texto Grupo de Estudos – 2º encontro) descreve o trabalho de campo
como: a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação
investigativa proporciona, paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica que
possibilita a formulação de noções ou conceitos; a realização das ações, notadamente no
trabalho docente, insere na dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a
reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo de nós,
201
professores, (ou do livro didático) que coloca nosso aluno no papel de protagonista da
própria aprendizagem.
Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca
de informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência
educacional insubstituível.
Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo:
Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante
como o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os
interesses do alunos e suas expectativas;
Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;
Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias,
questionamentos ou problematização;
Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;
Definir o material necessário para a pesquisa de campo;
Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;
Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado,
concluindo assim o trabalho prático.
O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos alunos
durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao
tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar.
A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis,
produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos
avaliaram sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de
análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.
Critérios de avaliação:
- Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de campo.
202
INSTRUMENTO 7
RELATÓRIO
O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os
relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação
escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao aluno a reflexão sobre o
que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de
campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou
desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-
se extrair deles.
Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades
desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem.
O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou
procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados obtivemos.
São elementos do relatório:
1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao
relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do
conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente se
deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode
omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que
se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.
3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos
resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações
203
interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar
tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos resultados. É
importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os
procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram
origem à atividade em questão.
Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a
atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o
aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os
objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar ao
estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem
alcançada.
Critérios de avaliação:
- Avaliaremos analisando os elementos do relatório.
INSTRUMENTO 8
SEMINÁRIO
O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa,
a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, onde cada
um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados.
A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as
explicações feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o aluno em contato
direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.
Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se
fossem aulas expositivas dadas pelos alunos, onde relatam sobre assuntos estudados em
livros. Os seminários devem trazer, também, o relato de atividades realizadas pela
equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados, entrevista com
especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o aluno fale em
204
público, ordene as idéias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e
fale aos colegas com seriedade.
Essa forma de avaliação em seminário merece atenção especial por nossa parte,
pois podemos cometer erros em relação aos alunos que têm dificuldade em se expressar.
É importante que a a avaliação do seminário seja dividida em itens, com valores
específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades, é importante que
avaliemos: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; a
compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); a
adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos trazidos para
enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intervenções dos integrantes
do grupo que assiste a apresentação.
O aluno precisa saber como foi realizada essa avaliação, para que veja onde
falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os
alunos na ocasião em que o seminário for proposto.
Critérios de avaliação:
-A consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;
-A compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);
-A adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;
-Os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;
-A adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a
apresentação.
INSTRUMENTO 9
DEBATE
É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos
tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso
garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do
205
debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que constituem-se em
possíveis critérios de avaliação:
1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos
divergentes;
2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua
posição;
4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da
superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação
possível entre as posições dos participantes;
6. Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate.
Além disso, o debate nos possibilita avaliar:
-O uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
-O conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
-A compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da
disciplina.
INSTRUMENTO 10
ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS
Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem poderemos, entre
várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo
discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como
metáfora do que está sendo exposto.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua
efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões,
seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.
206
Na escolha do texto, devemos nos atentar para adequação do mesmo, tanto no
que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a
linguagem utilizada.
Na elaboração da atividade, devemos considerar a especificidade da nossa
disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou
expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc.
A atividade com o texto literário possibilita avaliarmos:
- a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
- a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido;
- o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.
INSTRUMENTO 11
ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que
podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. O trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a nossa pesquisa sobre o recurso
a ser levado para os alunos.
Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo
abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica
e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo
cabe a nós, professores.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilita avaliar,
entre outros critérios:
- a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
- a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual;
- o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;
207
INSTRUMENTO 12
TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos,
na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas
envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes
que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o conduzem
a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua
aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas ações são as de um orientador que
acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as
atividades.
Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de formas
e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se como
ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além
disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam para nós, são
socializadas no grupo. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes
atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes,
painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e
científicos.
Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:
-Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula,
na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
-Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua
relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
INSTRUMENTO 13
208
QUESTÕES DISCURSIVAS
Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam
verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula.
Uma questão discursiva nos possibilita avaliar o processo de investigação e reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além
disso, a resposta a uma questão discursiva permite que identifiquemos com maior clareza
o erro do aluno, para que possamos dar a ele a importância pedagógica que tem no
processo de construção do conhecimento.
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas
características decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado
pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não
garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados:
- Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta
compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o
próprio enunciado carece de clareza e objetividade.
- Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa
foi adequada.
- Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da
norma padrão da língua portuguesa.
- Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma
clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de
dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que
constituem o processo de avaliação.
INSTRUMENTO 14
QUESTÕES OBJETIVAS
209
Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação,
nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal
objetivo é a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do
que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão devemos definir o grau de
dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer
injustiças.
A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do enunciado; a
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de
conhecimentos adquiridos.
REFERÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro,
Avaliação – um processo Intencional e Planejado
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da
Educação - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental - 2008
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de
Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação em
Ensino de Ciências; Educação científica na perspectiva de letramento como prática
social: funções, princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira dos Santos.
Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl, Márcia
Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.
210
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
211
11.5 PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física é uma disciplina muito importante para a formação do cidadão,
equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. O objeto da área de
conhecimento da Educação Física é a Cultura Corporal, concretizando-se nos seus
diferentes conteúdos, quais sejam: o esporte, a ginástica, os jogos e brincadeiras, as
lutas e a dança. O conhecimento é sistematizado em ciclos e propõe que este seja tratado
de forma historizada e espiralada, considerando o grau de complexidade. Partindo de
uma concepção de movimento denominada de dialógica.
Na tentativa de situar historicamente a trajetória da disciplina de Educação Física,
optou-se por retratar os fatos ocorridos a partir do século XIX. Rui Barbosa, deputado
geral do império, no ano de 1882, afirmou a importância da ginástica para a formação do
cidadão, equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. A partir de
então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares. Por
não existir um plano nacional de Educação Física, a prática nas escolas se dava pelo
Método Francês de ginástica adotado pelas Forças Armadas e tornado obrigatório a partir
de 1931. A Educação Física se consolidou, especialmente no contexto escolar, a partir da
Constituição de 1937. Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar
confundindo-se com a Educação Física. Houve um incentivo as práticas desportivas com
o intuito de promover políticas nacionalistas pensadas para o país.
Com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Secundário, em 1942, também
conhecida como Reforma Capanema, ampliou-se a obrigatoriedade da Educação Física
até os 21 anos de idade, objetivando formar mão-de-obra fisicamente adestrada e
capacitada para o mercado de trabalho. A partir de 1964, o esporte consolidou sua
hegemonia no interior da Educação Física, quando os currículos passaram a tratá-lo com
maior ênfase, através do método tecnicista centrado na competição e no desempenho.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da
Lei 5692/71 através de seu artigo 7º e, pelo Decreto 69450/71 a disciplina passou a ter
legislação específica.
212
A disciplina de Educação Física tem a função social de contribuir para que os
alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais e
também contribuir para que ampliem sua consciência corporal e alcancem novos
horizontes, como sujeitos singulares e coletivos.
Foi elaborado um importante documento intitulado Reestruturação da Proposta
Curricular do Ensino de Segundo Grau, também para a disciplina de Educação Física.
Assim como antes, a proposta foi fundamentada na concepção histórico-crítica de
educação para resgatar o compromisso social da ação pedagógica da Educação Física.
Vislumbrava-se a transformação de uma sociedade fundada em valores individualistas,
em uma sociedade com menor desigualdade social.
Essa proposta representou um marco para a disciplina, destacou a dimensão
social da Educação Física e possibilitou a consolidação de um novo entendimento em
relação ao movimento humano, como expressão da identidade corporal, como prática
social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo.
Os avanços teóricos da Educação Física sofreram retrocesso na década de 1990
quando, após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB n. 9394/96), o Ministério da Educação (MEC) apresentou os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) para a disciplina de Educação Física, que passaram a
subsidiar propostas curriculares nos Estados e Municípios brasileiros. O que deveria ser
um referencial curricular tornou-se um currículo mínimo, para além da idéia de
parâmetros, e propôs objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e temas
transversais(esvaziamento dos conteúdos da disciplina).
A Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e
à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente
produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de
formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é
produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
213
CONTEÚDOS
5ª Séries
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol
HandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaFutsalXadrez
Jogos e brincadeiras Brincadeiras de rua / popularesBrinquedosBrincadeiras de rodaJogos de tabuleiroJogos de estafetasJogos dramáticos e de interpretação
Dança Danças folclóricasAtividades de expressão corporalCantigas de roda
Ginástica Ginástica artísticaAtividades circensesGinástica natural
Lutas JudôKarateTaekwondoCapoeira
6ª Séries
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol
HandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaFutsalXadrez
Jogos e brincadeiras Brincadeiras de rua Jogos dramáticos e de interpretaçãoJogos de raquete e petecaJogos cooperativos.Jogos de estafetasJogos de tabuleiro
214
Dança Hip Hop: BreakDança folclóricaDança criativa
Ginástica Atividades circensesGinástica rítmicaGinástica artísticaGinástica natural
Lutas CapoeiraJudôKaratêTaekwondo
7ª Séries
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol
HandebolVoleibolBasquetebolAtletismoFutsalXadrezTênis de mesa
Jogos e brincadeiras Jogos cooperativosJogos intelectivosJogos de raquete e petecaJogos de tabuleiro
Dança Hip HopDanças folclóricasDança de ruaDança de salão
Ginástica Ginástica artísticaGinástica rítmicaGinástica geralAtividades circenses
Lutas CapoeiraJudôKaratêTaekwondo
215
8ª Séries
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol
HandebolVoleibolBasquetebolAtletismoFutsalTênis de mesaXadrez
Jogos e brincadeiras Jogos cooperativosJogos de tabuleiro
Dança Dança de salãoDança Folclórica
Ginástica Ginástica artísticaGinástica rítmicaGinástica de academia
Lutas TaekwondoCapoeiraKaratêJudo
Ensino Médio
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol
FutsalHandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaXadrez
Jogos e brincadeiras Jogos popularesJogos competitivosJogos cooperativosJogos de tabuleiroJogos intelectivos
Dança Dança folclóricaDança de salão
Ginástica Ginástica geral;Ginástica de academia;Ginástica rítmica.
Lutas Taekwondo
216
KaratêKung fuMuay thaiBoxeGreco romanaCapoeiraJiu-jitsuJudôSumo
No Ensino Fundamental e Médio, de acordo com as Leis nº 10.639/03, referente
à História e Cultura Afro-brasileira e Africana e nº 11.645/08, referente à História e Cultura
Afro-brasileira e Indígena e temas referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos
serão trabalhadas nas aulas sob o enfoque do processo de marginalização e exclusão
dos povos afro-brasileira africana e indígena, como era antigamente e como esta na
atualidade dentro dos conteúdos.
Mostrar para que os alunos compreendam que a capoeira é uma prática corporal
da cultura afro-brasileira.
Qual a influência da Cultura Afro-brasileira africana e indígena no esporte, em
Jogos e Brincadeiras, na Dança, na Ginástica e na Luta
METODOLOGIA
A aprendizagem da Educação Física aponta para uma perspectiva metodológica de
ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a par-
ticipação social, a afirmação de valores e princípios democráticos. O materialismo históri-
co cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crítica a respeito da estruturas
sociais e suas desigualdades, inerente ao funcionamento da sociedade, buscam superar
as concepções fundadas nas lógicas instrumentais, anátomo funcional e esportivizada.
Para o desenvolvimento das aulas precisamos de uma reorientação nas formas e
conceber o papel da Educação Física na formação do aluno no Ensino Fundamental,
identificando as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a corporalidade que surge
no cotidiano de cada cultura escolar, trabalhando de quinta a oitava série com o mesmo
conteúdo mais aprofundado nas últimas séries, tendo cuidado com a composição das au-
217
las, a proposição do que vai ser executado. Executando o que foi proposto e refletindo so-
bre o que foi executado. Enquanto no Ensino Médio com a metodologia crítica superado-
ra, esta que permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da cultura corpo-
ral, superando a perspectiva anterior, pautada no tecnicismo e na esportivização das prá-
ticas corporais, podemos
trabalhar a prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à práti -
ca social.
- RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS UTILIZADOS
Livros, vídeos, revistas, apostilas, textos, aparelho de som, DVD, CD, bolas,
redes, cordas, tabuleiros de xadrez, dama e tria, sucatas, quadra, giz, quadro, mesa de
ping pong, internet, TV multimídia e pendrive.
AVALIAÇÃO
Avaliar, segundo a concepção de Educação Física adotada nas Diretrizes, busca
uma coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o
processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem
ser vistos como integrantes de um mesmo sistema.
A avaliação deve estar vinculada ao PPP da Escola, com critérios estabelecidos
de forma clara, sendo contínua, permanente e cumulativa.
Sendo assim, cabe ao professor a partir da avaliação diagnóstica, planejar e
propor encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas. O
professor organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações
corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das
lutas.
As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas
de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e
classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva,
também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica.
218
Os professores precisam ter clareza de que a avaliação não deve ser pensada à
parte do processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dialogando com
as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas, compreendendo esse
processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Física
para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Curitiba:SEED,2008
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
219
11.6 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O conhecimento religioso é um patrimônio da humanidade. Refletir sobre esse
fenômeno é pensar criticamente sobre a nossa condição existencial, o que não passa,
necessariamente, pela prática de uma crença em particular. Antes, esse pensar está
marcado pela busca incansável do entendimento das questões ligadas à própria vida, à
transcendência e à orientação ética que dá sentido às realizações pessoais e sociais.
A dimensão religiosa, por constituir uma propriedade humana, deve ser abordada
com seriedade no espaço escolar, de modo que crianças e jovens estudantes possam
estabelecer posições autênticas e referenciadas eticamente diante das expressões e
manifestações religiosas. Há muito essa discussão deixou de ser privilégio de poucos
esclarecidos e transposição para a escola de dogmas e sacramentos utilizados pela
Igreja. Hoje, a liberdade de crença e de exercício religioso, garantida constitucionalmente,
permite a leitura e o debate crítico dos lugares sagrados, dos textos sagrados orais e
escritos, das organizações religiosas, do universo simbólico que reúne ritos e festas,
danças e músicas, forças sociais que sustentam as tradições religiosas.
A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se concretizou
legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua
respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o
Ensino Religioso recebeu a seguinte caracterização:
Art. 33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação
básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de
Educação Básica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas
quaisquer formas de proselitismo.
§1º – Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos
conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão
de professores.
220
§2º – Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação
brasileira, foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer
forma de prática catequética nas escolas públicas.
A perda do aspecto confessional rompeu com o modelo de ensino dos assuntos
religiosos, vigente desde as primeiras formas de consideração da religião na educação
brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela disciplina de Ensino Religioso a
tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se apoiar, os conteúdos a serem
trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada no ensino, etc. Surgiram, desde então,
dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas pedagógicas que pretendiam,
cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o Ensino Religioso laico
previsto nas leis supracitadas. O documento que o leitor tem em mãos é uma dessas
propostas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O trabalho pedagógico da disciplina de Ensino Religioso será organizado a partir
de seus conteúdos estruturantes. Entende-se por conteúdos estruturantes os
conhecimentos de grande amplitude que envolvem conceitos, teorias e práticas de uma
disciplina escolar, identificam e organizam seus campos de estudos e se vinculam ao seu
objeto de estudo.
Para a disciplina de Ensino Religioso, três são os conteúdos estruturantes, a
saber: Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado.
Segundo Gil e Alves (2005) esses conteúdos estruturantes referem-se,
respectivamente:
Toda forma de sacralização de um objeto depende, integralmente, da experiência
do sentimento religioso. Ele constitui a manifestação religiosa por excelência, que escapa
à razão conceitual e é reconhecida através de seus efeitos. As paisagens, os símbolos, os
221
textos são frutos dessa experiência e, por essa razão, ela atravessa todos os conteúdos
da disciplina de Ensino Religioso.
CONTEUDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos para a disciplina de Ensino Religioso têm como referência
os conteúdos estruturantes já apresentados. Ao analisar os conteúdos básicos para a 5.ª
e 6.ª séries (6O e 7O anos), pode-se identificar sua proximidade e mesmo sua recorrência
em outras disciplinas. Tal constatação não deve constituir um problema; apenas explicita
que, na escola, o conhecimento é organizado de modo a favorecer a sua abordagem por
meio de diferentes disciplinas, conforme as prioridades de cada uma. No caso do Ensino
Religioso, o Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos
estará sempre a ele relacionado.
A organização dos conteúdos deve partir do estudo das diversas manifestações
religiosas a fim de ampliar o universo cultural dos educandos. Por exemplo, no conteúdo
básico da 5ª série/6º ano, Lugares Sagrados devem ser apresentados e analisados com
os alunos a composição e o significado atribuído a esses lugares pelos adeptos da
manifestação religiosa que os consideram Sagrados.
Assim, os alunos terão mais elementos para analisar as configurações e
significados dos espaços Sagrados tanto desconhecidos quanto conhecidos e próximos.
Tais ações devem perpassar os conteúdos apresentados da seguinte maneira:
5ªsérie 6ºano 6ªsérie 7ºano
*Organizações Religiosas *Temporalidade Sagrada
*Lugares Sagrados *Festas Religiosas
*Textos Orais ou escritos *Ritos
*Símbolos Religiosos *Vida e Morte
METODOLOGIA
Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso, mais
do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de
222
aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse trabalho, pois,
uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a novos métodos de
investigação, análise e ensino.
Nas aulas baseadas na pedagogia tradicional os conteúdos eram trabalhados
com ênfase no estudo confessional. A transmissão desse conhecimento era feita a partir
da exposição de conteúdos sem oportunidade para análises ou questionamentos. A
aprendizagem se dava de forma receptiva, passiva, sem um contexto reflexivo, de modo
que ao aluno restava a memorização e a aceitação.
O trabalho pedagógico proposto nestas diretrizes para a disciplina de Ensino
Religioso ancora-se na perspectiva da superação dessas práticas tradicionais que
marcaram o ensino escolar. Propõe-se um encaminhamento metodológico baseado na
aula dialogada, isto é, partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos
prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado.
Freqüentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por uma
visão de senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece como natural,
como afirma Saviani (1991, p. 80). O professor, por sua vez, deve posicionar-se de forma
clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-
cultural. Assim, exercerá o papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os
conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.
Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e
dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse
conhecimento em sua prática social cotidiana. Sugere-se que o professor faça um
levantamento de questões ou problemas envolvendo essa temática para que os alunos
identifiquem o quanto já conhecem a respeito do conteúdo, ainda que de forma caótica.
Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido em aula está, de alguma
forma, presente na prática social dos alunos.
Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo.
Trata-se da “identificação dos principais problemas postos pela prática social. [...] de
detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da Prática Social e, em
223
conseqüência, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1991, 80). Essa etapa
pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à vida do
educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do conhecimento.
A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua contextualização,
pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto histórico, político e
social. Ou seja, estabelecem-se relações entre o que ocorre na sociedade, o objeto de
estudo da disciplina, nesse caso, o Sagrado, e os conteúdos estruturantes. A
interdisciplinaridade é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois
articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo,
assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos
reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade sociocultural.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do
Ensino Religioso. Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e construir
instrumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o processo de
apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a intencionalidade do
ensino explicitada no Plano de Trabalho Docente. O que se busca, em última instância,
com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser
referenciais para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos.
Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá elementos
para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como para
retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno. Terá também elementos
indicativos dos níveis de aprofundamento a serem adotados em conteúdos que
desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de reorganização do trabalho com o
objeto de estudo e os conteúdos estruturantes.
224
Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se
levar em conta as especificidades de oferta e freqüência dos alunos nesta disciplina que
todo professor ao ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de
implementação nas escolas e, por isso, a avaliação pode contribuir para sua legitimação
como componente curricular.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou
reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o processo avaliativo por
meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a
identificação dos progressos obtidos na disciplina.
A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,
como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da
realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de
estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e
profundidade.
REFERÊNCIAS
DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO
CADERNO PEDAGÓGICO DE ENSINO RELIGIOSO
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA/SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO.
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. DEPARTAMENTO DE ENSINO
FUNDAMENTAL. COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA. - CURITIBA:
SEED – PR., 2006.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA AS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS/PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.
SUPERINTÊNDENCIA DA EDUCAÇÃO. DEPARTAMENTO DE ENSINO
FUNDAMENTAL. - CURITIBA: SEED-PR,2006. (CADERNOS TEMÁTICOS).
225
11.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Filosofia no ensino médio esteve oficialmente fora dos currículos
escolares de educação básica desde 1971 quando em plena ditadura militar, no governo
do general Emílio Garrastazu Médici, a Lei 5692/71 substituiu essa disciplina por outras
que interessavam o sistema vigente; nesta substituição se pretendia a formação de
cidadãos não questionadores, ou seja, cidadãos meramente repetidores da ideologia
oficial.
O fim do regime de ditadura no Brasil e o clima de abertura política e
redemocratização que embalou o povo brasileiro na década de 1980 não conseguiu
reconduzir a disciplina de Filosofia à grade curricular de nível básico, apesar da
compreensão por parte da maioria dos intelectuais, de que na reconstrução da
democracia era necessária uma reforma educacional. Segundo Maria Lúcia de Arruda
Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A Filosofia)... é importante para a formação
integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a elaboração do pensamento abstrato, a
filosofia ajuda a promover a passagem do mundo infantil ao mundo adulto. Se a condição
do amadurecimento esta na conquista da autonomia no pensar e no agir, muitos adultos
permanecem infantilizados quando não exercitam desde cedo o olhar crítico sobre si
mesmo e sobre o mundo.(ARANHA,2002, pg 01)
A discussão sobre a contribuição que a Filosofia podia dar à construção do Brasil
do século XXI começa oficialmente em 1997 quando o deputado federal Roque
Zimmerman propôs pela primeira vez um projeto de lei no sentido da sua obrigatoriedade,
proposta que estranhamente foi vetada em 2001, pelo então presidente Fernando
Henrique Cardoso. Aos governantes parecia cômodo “silenciar a crítica dos pensadores,
a fim de garantir a obediência passiva dos cidadãos”. Em 2003 o senador Ribamar Alves
reapresentou o projeto, com algumas alterações, ao Congresso nacional, como medida
paliativa, o CNE publicou em 2006 resolução orientando as redes estaduais de educação
a oferecer Filosofia no ensino médio, enquanto a LDB , no art. 36, determina que, no final
do Ensino Médio, o estudante deverá “dominar os conhecimentos de filosofia (...)
226
necessários ao exercício da cidadania” , na pratica no entanto, a filosofia é tratada como
tema transversal retirando-lhe o caráter de disciplina.
Uma luz no fim do túnel parece reconduzir a filosofia ao espaço que nunca
deveria ter perdido, e hoje vemos a falência dos valores éticos que o ensino tecnicista não
conseguiu garantir, a sociedade clama por uma reestruturação educacional que dê conta
de resgatar tais valores e eis que surge de um ostracismo de 37 anos, a Filosofia como
disciplina obrigatória para todas as séries do Ensino Médio; no dia 02 de Junho de 2008 o
presidente em exercício, José Alencar, sancionou a lei 11684, que alterou o inciso III do
parágrafo 1º do artigo 36 da LDB. Onde se lia antes que, ao final do ensino médio, o
aluno deveria demonstrar “domínio dos conhecimentos de filosofia (...) necessários ao
exercício da cidadania”, agora se lê “IV – serão incluídas a Filosofia e a (...) como
disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.” Conferindo obrigatoriedade
legal aquilo que o CNE apenas regulamentava em caráter de parecer. Entendemos ser
esta uma grande conquista para a educação brasileira que precisa urgentemente ser
repensada para atender as lacunas que se verifica na formação humana. A Filosofia
contribuirá decisivamente neste resgate, pois qualquer que seja a atividade profissional
futura ou projeto de vida, enquanto pessoa e cidadão, o aluno precisa da reflexão
filosófica para o alargamento da consciência crítica, para o exercício da capacidade
humana de se interrogar e para a participação mais ativa na comunidade em que vive,
além de um posicionamento fundamentado, diante dos novos problemas que o mundo
tecnológico apresenta. É necessário dar a reflexão ética a mesma velocidade que as
transformações cientificas impuseram a humanidade, também considerar os problemas
da convivência e tolerância imposta por um mundo globalizado que aproxima diferenças e
integra diversidades.
O grande desafio da disciplina de Filosofia é superar as eventuais dificuldades
deste momento de transição, como carência de material didático e dificuldades na
formação acadêmica e recuperar 37 anos de descaso e abandono oferecendo ao sistema
educacional um filosofar de qualidade, pois, “Quando uma civilização atinge seu auge
sem coordena-la com uma filosofia, difunde-se por toda a comunidade períodos de
decadência e monotonia, seguidos pela estagnação de todos os esforços. O caráter de
uma civilização é enormemente influenciado por sua concepção geral da vida e da
realidade.
227
O ensino de filosofia em nível médio deve oportunizar ao educando
fundamentação teórica para reflexão critica sobre os grandes temas que inquietam a
humanidade e proporcionando a apropriação de conceitos que fundamentam a sua leitura
de mundo como sujeito e agente de transformação.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Mito e Filosofia
- Teoria do Conhecimento.
- Ética
- Filosofia Política.
- Filosofia da Ciência (ou epistemoslogia)
- Estética (ou Filosofia da Arte)
CONTEÚDOS BÁSICOS
- O que é Filosofia
- Importância do Estudo da Filosofia
- A Mitologia e o aparecimento da Filosofia
- Mitologia e Religião
- Nascimento da Filosofia
- Períodos históricos da Filosofia Ocidental
- Filosofia Antiga
- Filosofia no Período Medieval
- Filosofia da Renascença
- Filosofia Moderna
- Filosofia Iluminista
- Filosofia Contemporânea
- Grandes Temas da Filosofia
• Ontologia ou Metafísica
• Lógica
228
• Epistemologia ou Filosofia da Ciência
• Teoria do Conhecimento
• Ética
• Filosofia Política
• Filosofia da História
• Filosofia da Arte ou Estética
• Filosofia da Linguagem
• Filosofia da Religião
- TEORIA DO CONHECIMENTO
- Possibilidade do conhecimento
- O conhecimento e os primeiros filósofos
- O problema do conhecimento no período Moderno.
- Racionalismo
- Descartes
- Empirismo
- John Locke
- David Hume
- Kant e a teoria do conhecimento
- A METAFÍSICA
- Cosmogonia e metafísica
- Nascimento do problema Metafísico
a) Pré-socráticos
b) Platão
c) Aristóteles
- Metafísica no Mundo Cristão
* Santo Agostinho
* Santo Tomas de Aquino
- Decadência do Problema Metafísico
- Metafísica na filosofia contemporânea
229
- LÓGICA
* O Nascimento da Lógica
* Elementos da Lógica
* A lógica simbólica
- FILOSOFIA DA CIÊNCIA
- Atitude científica
- A ciência na História
- O Ideal científico e a razão instrumental
- FILOSOFIA DA ARTE OU ESTÉTICA
- Arte entre os Gregos
- Arte na Idade Média
- Arte no Renascimento
- Arte no mundo contemporâneo
- ÉTICA
* Senso moral e consciência moral
* Ética e violência
* Moralidade No Período Clássico Da Filosofia Grega
* Moral Iluminista
* A liberdade em Jean Sartre
* Bioética
- O PROBLEMA POLÍTICO
- Política Na Grécia Clássica
* Sofistas
* Platão
* Aristóteles
- O Problema Político Na Idade Moderna
* Tomás Hobbes (1588 – 1679)
* Pensamento Político de John Locke
* Nicolau Maquiavel
230
METODOLOGIA
Diante do desafio de regatar uma proposta de ensino de filosofia para o Ensino
Médio propomos uma abordagem metodológica que proporcione ao educando, ao mesmo
tempo domínio do saber filosófico acumulado na história da humanidade e uma reflexão
sobre os problemas que perpassam sua própria existência. Para tanto entendemos que
se faz necessário abordar os grandes temas da filosofia numa perspectiva histórica,
primeiro compreendendo os temas em seu tempo para posteriormente contextualiza-lo; é
necessário ir ao texto filosófico ou à história da filosofia sem contudo tratar os conteúdos
como a única preocupação do ensino de filosofia.
Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositiva com a
utilização de variados instrumentos tecnológicos, como internet, multimídia, tv etc, garantir
o domínio conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação
do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação da
analise e da re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos.
Entendemos que o trabalho do professor é o de propor problematizações, leituras
filosóficas e analise de textos, tomando o cuidado de não interferir na construção de
autonomia de pensamento ao educando. Ao educador é necessário compreender que ele
não esta criando discípulos, mas sim livres pensadores com capacidade argumentativa e
domínio dos pressupostos metodológicos e lógicos.
AVALIAÇÃO
Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com funções
diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica quando
fornece subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino aprendizagem
e também classificatória quando em função da legislação vigente o educador necessita
quantificar o resultado obtido pelo educando.
Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos. Para
tanto não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as mudanças
quantitativas e qualitativas verificadas no educando. Esta diversidade de instrumentos é
231
representada por seminários, debates, painéis, entre outro, e, conforme estabelecido no
projeto político pedagógico da escola, corresponderá a um percentual de avaliação
formal, avaliação escrita bimestral e outro percentual através de trabalhos de pesquisa,
seminários, debates, relatórios, murais etc. sendo que todos os critérios avaliativos devem
estar claros ao educando no inicio de cada período bimestral.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2ª Edição SP. ed
Moderna, 1993.
CHAUÍ, M. 2000. Convite à filosofia. São Paulo, Ática.
CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio. Brasília: UnB,
1999.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva, 1996.
Diretrizes Curriculares de Filosofia para Educação Básica.
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em dicussão(I): Platão, Maquiavel,
Descartes e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.
MODIM, Battista, Introdução à Filosofia, 2ª Edição Edições Paulinas São Paulo, 1980.
232
11.8 PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Entende-se que o ensino da Física deve estruturar os conhecimentos que permite
a compreensão dos fenômenos físicos, com redução da ênfase na formulação
Matemática, sem perder a consistência teórica. Vendo a importância da compreensão da
evolução dos sistemas físicos, e suas aplicações na sociedade contemporânea,
lembrando que a física é uma ciência em processo de construção e tem como objeto de
estudo o universo, em toda a sua complexidade. Por isso a disciplina de Física propõe
aos estudantes o estudo da natureza que permite elaborar modelos de evolução cósmica,
investigar os mistérios do mundo macroscópico e microscópico das partículas que
compõe a matéria, ao mesmo tempo permitindo desenvolver novas fontes de energia e
criar novos materiais, produtos e tecnologias com suas transformações, evoluções e
interações.
Os conteúdos e conceitos abordados nesta proposta tem como finalidade fazer
com que o aluno compreenda a produção do conhecimento cientifico que é parte da
cultura humana.
Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento de Física e faz parte
do cotidiano do aluno. Por isso, é importante buscar-se o entendimento das possíveis
relações entre o desenvolvimento da ciência e da tecnologia as diversas transformações
culturais, sociais e econômicas.
Abordar o uso da história da ciência pode ajudar os professores a encontrar
estruturas das concepções espontâneas de seus alunos. O conhecimento do passado, as
idéias e suas relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência como
parte da realidade que se relaciona com outras atividades humanas e transformar a Física
em algo compreensível, fazendo uma ponte entre as idéias espontâneas e o
conhecimento científico. Abordando cada tema a partir do pré-conhecimento do aluno e
enfatizando todo seu contexto histórico para maior compreensão, na profundidade que
cada turma demonstrar maturidade para tal assimilação de conteúdo e perspectiva de
pesquisa.
233
Justificando os conteúdos e conceitos nessa proposta tem-se por finalidade fazer
com que o aluno compreenda que a produção do conhecimento cientifico é parte da
cultura humana. Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento cientifico, e
faz parte do cotidiano do aluno. Por isso, é importante no conhecimento de Física buscar-
se o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da ciência e da
tecnologia as diversas transformações culturais, sociais e econômicas.
Construir um conhecimento centrado em conteúdos e metodologias capazes de
levar os estudantes a refletir sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que a
ciência não é algo pronto ou acabado e sim fruto de muitos estudos, pesquisas de
conceitos, leis, teorias e modelos já antes vistos por outros cientistas precursores e agora
dando continuidade aos seus trabalhos e análises.
Desenvolver uns sujeitos críticos, capazes de admirar a produção científica e
compreender a necessidade desse conhecimento para entender o universo de fenômenos
que o cerca, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dessa
disciplina.
CONTEÚDOS
Abordando cada tema a partir do pré-conhecimento do aluno e enfatizando todo
seu contexto histórico para maior compreensão, na profundidade em que cada turma
demonstrar maturidade para tal assimilação de conteúdo e perspectiva de pesquisa.
Dentro dessa abordagem observamos que esses conteúdos podem ser trabalhados nas
diferentes séries de Ensino Médio alterando a sua amplitude, profundidade e contexto.
MOVIMENTOS:
Momentum e inércia
Conservação da quantidade de movimento (momentum)
Variação da quantidade de movimento = impulso
2a. Lei de Newton
3a. Lei de Newton e condições de equilíbrio
234
Gravidade
A energia e o principio da conservação da energia
Variação/transformação da energia de parte de um sistema-trabalho e potencia
Fluidos
Oscilações
TERMODINÂMICA:
Leis da Termodinâmica: Lei Zero da Termodinâmica
ELETROMAGNETISMO:
Carga, corrente elétrica, campo.
Força eletromagnética
Equações de Maxuwell:( lei de Gauss (lei de Coulomb para eletrostática), lei de Ampére ,
lei de Gauss magnética, lei de faraday)
Óptica
Será contemplada junto aos conteúdos a lei 11.645, março de 2008 que integra a
historia e cultura Afro-Brasileira e Indígena ao currículo do ensino fundamental e do
ensino médio.
A Educação do campo será contemplada de acordo com os cadernos temáticos
existentes nos estabelecimentos estaduais enviados pela SEED.
METODOLOGIA
O processo de ensino aprendizagem de Física deve partir do conhecimento
prévio e contexto social dos alunos, a dialética e a construção do conhecimento cientifico
a partir do conhecimento prévio dos alunos, deve se dar de maneira contextualizada,
utilizando a pesquisa e investigação como instrumentos de aprendizagem,
acompanhando a evolução das idéias e conceitos dos mesmos, reconhecendo assim que
235
a Física é uma ciência em construção, propriamente uma construção histórica da
humanidade, e assumindo que esse conhecimento cientifico é um objeto construído e
produzido nas relações sociais e econômica e no cotidiano, contribuindo para o
desenvolvimento tecnológico. Para isso os conteúdos serão abordados de acordo com a
capacidade cognitiva do aluno possibilitando que se aproprie do conhecimento cientifico
relacionando Senso comum – teoria, leituras de texto complementares; leituras de textos
científicos e produção de textos, pesquisas.
Experimentos com materiais de laboratório e materiais trazidos pelos alunos –
jornais, revistas e materiais recicláveis que possam ser utilizados para experimentos, pois
a experimentação no ensino da Física é uma importante metodologia de ensino que
contribui para fazer a ligação entre a teoria e a prática auxiliando na construção de
conceito e conhecimento cientifico.
Utilização da TV multimídia, filmes, musicas, e materiais gráficos diversos e
relatórios de experiências.
O saber matemático não pode ser um pré-requisito para o ensino de Física, é
uma ferramenta importante, mas não um método de ensino. É preciso localizar os
conteúdos a serem trabalhados num contexto social, econômico, cultural e histórico
usando a interdisciplinaridade.
AVALIAÇÃO
Avaliação processual e formativa de maneira continua, utilizando questões que
fazem parte do cotidiano do aluno facilitando ao professor uma avaliação detalhada do
processo de construção do conhecimento, pois possibilita que o professor verifique a
integração do aluno com o conteúdo , os erros conceituais, a capacidade de reflexão e
clareza ao expor suas idéias buscando a construção do conhecimento cientifico e
raciocínios argumentativos.
No ensino de Física ao avaliar deve-se considerar a apropriação do conteúdo
pelos estudantes, considerar o progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos,
conceituais e culturais, a evolução das idéias e a não neutralidade da ciência.
236
REFERÊNCIAS
Diretrizes curriculares de Física para o Ensino Médio-2008.
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
237
11.9 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A relevância da Geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo
têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.
Portanto há de se empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos
específicos de Geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço,
sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes
formas de abordagem, refletindo sobre o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito
local até os âmbitos nacional e planetário, sendo a Geografia um instrumento
indispensável para essa reflexão.
Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos. O
campo de preocupação de Geografia é o espaço da sociedade humana, em que homens
e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem modificações que o (re) constroem
permanentemente.
A Geografia tem como objeto de estudo o “Espaço Geográfico”, entendido como o
espaço produzido (Lefebrere, 1974) e apropriado pela sociedade composta por objetos
(naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas)
inter-relacionadas (Santos, 1996). Desta perspectiva, os objetos geográficos são
indissociáveis das ações humanas, mesmo sendo eles objetos naturais.
É no Espaço Geográfico que se realizam as manifestações da natureza e as
atividades humanas. Para nos posicionarmos inteligentemente diante desse espaço,
temos de conhecê-lo bem.
Há muito tempo o homem vem transformando o espaço natural em seu benefício.
Ser cidadão pleno em nossa época significa, antes de tudo estar integrado criticamente
na sociedade, participando ativamente de suas transformações.
Considerando, então, que cada conceito geográfico se constituiu em diferentes
momentos históricos em função das transformações sociais, políticas e econômicas, que
238
alteram maneiras e ritmos de produzir e organizar o espaço, para a formação de um aluno
consciente das relações sócio-espaçiais de seu tempo, assume-se, nesta Proposta
Pedagógica Curricular o quadro conceitual das teorias críticas da Geografia, que
incorporam, em suas construções conceituais, os conflitos e as contradições sociais,
econômicas, culturais e políticas que constituem o espaço geográfico.
Cabe salientar, ainda, que os conteúdos específicos, os grandes conceitos
geográficos (sociedade, natureza, território, região, paisagem lugar, etc) somente inter-
relacionados tornam-se significativos e contribuem para a compreensão do espaço
geográfico.
A disciplina de Geografia é muito importante por que:
-Contribui para a formação do cidadão participante dos movimentos promovidos
pela sociedade, tendo uma visão mais ampla e profunda do mundo, sendo capaz de dialo-
gar com o espaço geográfico para compreender como os diferentes elementos se relacio-
nam.
-Leva o aluno a conhecer a dinâmica do meio físico frente às intervenções huma-
nas para que ele possa conhecer e contribuir para preservar aquilo que ainda resta, com-
preendendo as relações entre a preservação ou degradação da natureza em função do
conhecimento de sua dinâmica e a integração de seus elementos biofísicos.
-Leva o aluno a distinguir as várias representações sociais da realidade vivida,
realizando a leitura das construções humanas como um documento importante que as
sociedades, em diferentes momentos, imprimiram sobre uma base natural.
-Subsidia os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes, para que
sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca.
Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Lei 11645/08 – História Cultura Afro- Brasileira e
Indígena.
No Ensino Fundamental e Médio, de acordo com a Lei 10.639/03, referente à
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e sendo a Geografia a ciência cujo objeto é o
239
espaço geográfico e suas inter-relações, caberá ao professor tratar os seguintes
contextos:
• A população brasileira: miscigenação de povos;
• A distribuição espacial da população afrodescendente do Brasil;
• A contribuição do negro na construção da nação brasileira;
• O movimento do povo africano no tempo e no espaço;
• A política de imigração e a teoria de embranquecimento no mundo;
• Estudo de como o continente africano se configurou espacialmente: as (re)divi-
sões territoriais;
• Análise de dados do IBGE sobre a composição da cor, renda e escolaridade no
país e no município em uma perspectiva geográfica;
• Discussões a respeito de práticas de segregação racial, como as acontecidas,
por exemplo na África do Sul, e nos Estados Unidos da América.
Dessa forma, serão inseridos conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,
ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na
perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , lei 11.645/03/08 que integra a
História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e Médio.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA
De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos
Estruturantes da Geografia para Educação Básica, considerando que seu objeto de
estudo/ensino é o espaço geográfico. Entende-se, por conteúdo estruturantes, os
conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos
de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto
240
de estudo/ensino. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a partir das quais
os conteúdos específicos devem ser abordados.
Os Conteúdos Estruturantes estão em permanente relação uns com os outros e
na realidade concreta eles nunca se separam. Os conteúdos específicos estão
organizados a partir de cada Conteúdo Estruturante apenas como estratégia de ensino,
enfatizando ora a abordagem de um deles, ora de outro. Porém, a articulação entre eles
deve ser sempre mencionada pelo professor para evitar a compreensão equivocada de
que esses conteúdos não dialogam.
Os Conteúdos Estruturantes são considerados basilares e fundamentais para a
compreensão do Espaço Geográfico no ambiente da educação Básica. A partir destes,
derivam-se os conteúdos específicos que compõem o trabalho e a relação de ensino e
aprendizagem no cotidiano escolar, sendo os mesmos flexíveis e abordáveis em todas as
séries.
A abordagem pedagógica em Geografia deve desenvolver um ou mais conceitos
básicos da disciplina – região, paisagem, território, lugar, sociedade, rede e natureza – e
as categorias de análise do espaço geográfico – relações espaço-temporais e relações
sociedade-natureza.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de geografia para o Ensino Fundamental
e Médio são:
- Dimensão econômica da produção do/no espaço
- Geopolítica
- Dimensão socioambiental
- Dinâmica cultural e demográfica
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Este Conteúdo Estruturante articula-se com os demais, pois a apropriação da
natureza e sua transformação em produto para o consumo humano envolvem as
sociedades em relações geopolíticas, ambientais e culturais.
241
O professor deve enfatizar a apropriação do meio - natural/artificial - pela
sociedade criando uma rede de transformação e circulação de mercadorias, pessoas,
informações e capitais, discutindo como as sociedades produzem o espaço geográfico
sob a perspectiva da produção de objetos (fixos e móveis) necessários para a
manutenção da dinâmica da sociedade (capitalista).
Pode enfatizar ainda as desigualdades econômicas, na produção de
necessidades, nas diferentes classes sociais e na configuração sócio-espacial.
Os conceitos de paisagem, lugar, território, natureza, sociedade e região podem
ser desenvolvidos, mas o conceito de rede na atualidade recebe ênfase.
GEOPOLÍTICA
Neste Conteúdo Estruturante as relações de poder e domínio sobre os territórios,
bem como as instâncias e instituições, oficiais ou não, que governam os territórios devem
ser abordadas.
O professor deverá enfatizar as relações de poder sobre territórios da escala
micro (rua, bairro) até a escala macro (país, instituições internacionais) e o papel do
Estado e das forças políticas não estatais (ONG, narcotráfico, crime organizado,
associações). As redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais,
sociais, são fundamentais para a discussão dos conteúdos específicos e merecem
destaque.
Os conceitos de território e lugar ganham destaque neste Conteúdo Estruturante.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
A lógica das relações sociedade-capital-natureza balizam as discussões deste
conteúdo estruturante. Pode se destacar ainda a produção do espaço geográfico, a
criação de necessidades e a mobilização de "recursos" naturais para satisfazê-las, no
modelo econômico do capitalismo.
242
Os conceitos de modo de produção, classes sociais, consumo, sustentabilidade,
dinâmica da natureza e tempo são discutidos da perspectiva da produção espacial e da
paisagem, bem como discutir a gênese da dinâmica da natureza, quanto as alterações
nela causadas pela sociedade, como efeito de participar da constituição da fisicidade do
espaço geográfico.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais
neste conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das
especificidades culturais, a ocupação e distribuição da população no espaço geográfico e
suas conseqüências econômicas, culturais, sociais.
Merece destaque os grupos sociais e étnicos em sua configuração espacial
urbana, rural e regional, assim como os estudos da formação demográfica das diferentes
sociedades, as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem novas
territorialidades, e as relações políticas e econômicas que influenciam esta dinâmica.
ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE/6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTU-
RANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão política
do espaçogeográfico
Dimensão cultural
e demográfica do
espaço
Formação etransformação
daspaisagens naturais eculturais.
Dinâmica da natureza
e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
A formação, localização,exploração eutilização dos
recursos
Os conteúdosestruturantes
deverãofundamentar a
abordagemdos conteúdos
básicos.
Os conceitos fundamentaisda Geografia -
paisagem,lugar, região,
território,natureza e
sociedade –serão
apresentados numa
perspectiva crítica.
Espera-se que o aluno:•Reconheça o Processo de formação e Transformação das paisagens Geográficas.
•Entenda que o espaçogeográfico é composto pela
materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas.
•Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura
cartográfica.
• Identifique as formas deapropriação da natureza,a partir do trabalho e suas
conseqüências Econômicas,
243
geográfico
Dimensãosocioambiental
doespaço
geográfico
naturais.
A distribuiçãoespacial dasatividades produtivas
e a (re)organização
do espaçogeográfico.
As relações entre
campo e a cidade nasociedade capitalista.
A transformaçãodemográfica, a
distribuição espacial
e os indicadores
estatísticos dapopulação.
A mobilidadepopulacional e
as manifestaçõessocioespaciais
dadiversidade
cultural.
As diversasregionalizações
doespaço
geográfico.
A compreensão do objeto
da Geografia – espaço
geográfico – é a finalidade
do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da
Geografia, as relações
Sociedade-Natureza e as
relações Espaço-Temporais
são fundamentais para a
compreensão dos conteúdos.
As realidades local e
paranaense deverão ser
consideradas, sempre que
possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalasgeográficas, com uso da linguagem
cartográfica- signos, escala e
orientação.
As culturas afro-brasileira
e indígena deverão
ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos,
socioambientais e políticas.
•Entenda o processo detransformação de recursos
naturais em fontes de energia.
•Forme e signifique osconceitos de paisagem, lugar,região, território, natureza e sociedade.
• Identifique as relaçõesexistentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais,
políticas, culturais,movimentos demográficos,
atividades produtivas.
•Entenda a transformaçãoe a distribuição espacial da população, como resultado
de fatores históricos, naturais e
econômicos.
•Entenda o significado dosindicadores demográficosrefletindo a organização
espacial.
• Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.
•Reconheça as diferentesformas de regionalização do
espaço geográfico
244
bem como a Educação Ambiental.
ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE / 7º ANO
CONTEÚDOSESTRUTU-RANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEMTEÓRICO-
METODOLÓGICA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Dimensãoeconômica do
espaço geográfico
Dimensão política
do espaçogeográfico
Dimensão cultural
e demográfica do
espaço geográfico
Dimensãosocioambienta
l doespaço
geográfico
A formação, mobilidade
das fronteiras e a
reconfiguração do
território brasileiro.
A dinâmica da natureza
e sua alteração pelo
emprego de tecnologias
de exploração e produção.
As diversas regionalizações
do espaço brasileiro.
As
manifestações socioespaciais
da diversidade
cultural.
A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.Movimentos migratórios e
Os conteúdosestruturantes
deverãofundamentar a
abordagemdos conteúdos
básicos.
Os conceitos fundamentaisda Geografia -
paisagem,lugar, região,
território,natureza e
sociedade –serão
apresentados numa
perspectiva crítica.
A compreensão do objeto
da Geografia – espaço
geográfico – é a finalidade
do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise
da Geografia, as relações
Sociedade-Natureza e as
relações Espaço-Temporais
são fundamentais
Espera-se que o aluno:•Aproprie-se dos onceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar.
• Localize-se e oriente-se no território brasileiro,
utilizando a linguagem cartográfica.
• Identifique o processo de formação do território
brasileiro e as diferentes formas de regionalização do
espaço geográfico.
•Entenda o processo de formação das fronteiras
agrícolas e a apropriação do território.
•Entenda o espaço brasileiro dentro do
contexto mundial, compreendendo suas relações econômicas, culturais e políticas com outros países.
•Verifique o aproveitamento econômico
das bacias hidrográficas e do relevo.
• Identifique as áreas de proteção ambiental e sua
importância para a preservação dos recursos
245
suas motivações.
O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
A formação, o crescimento das
cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a urbanização.
A distribuição espacial dasatividades
produtivas, a (re)organização
do espaçogeográfico.
A circulação de mão-de
obra, das mercadorias e
das informações.
paraa compreensão
dosconteúdos.
As realidades local e
paranaense deverão ser
consideradas, sempre que
possível.
Os conteúdos devem ser
espacializados e tratados
em diferentes escalas
geográficas, com uso da
linguagem cartográfica
- signos, escala eorientação.
As culturas afro-brasileira
e indígena deverão
ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos,
bem como a Educação Ambiental.
naturais.
• Identifique a diversidade cultural e regional no Brasil
construída pelos diferentes povos.
•Compreenda o processo de crescimento da população e sua obilidade no território.
•Relacione as migrações e a ocupação do território
brasileiro.•Identifique a importância
dos fatores naturais e o uso de novas
tecnologias na agropecuária brasileira.
• Estabeleça relações entre a estrutura
fundiária e os movimentos sociais no campo
•Entenda o processo de formação e localização dos
microterritórios urbanos.
•Compreenda como a industrialização
influenciou o processo de urbanização brasileira.
•Entenda o processo de transformação das
paisagens brasileiras, levando em
consideração as formas de ocupação, as
atividades econômicas desenvolvidas, a
dinâmica populacional e a diversidade cultural.
•Entenda como a industrialização aceleroua exploração dos elementos
da natureza e trouxe consequências
ambientais.
246
•Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades
econômicas e as consequentes mudanças
nas relações sócio-espaciais e ambientais.
Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão-de-obra, mercadorias e sua relação com os espaços
produtivos brasileiros.
ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE / 8ºANO
CONTEÚDOS
ESTRUTU-
RANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO
Dimensãoeconômica do
espaço geográfico
Dimensão política
do espaçogeográfico
Dimensão cultural
e demográfica do
espaço
As diversasregionalizações
do espaçogeográfico.
A formação, mobilidade
das fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios do continenteamericano.
A nova ordem mundial, osterritórios
supranacionaise o papel do
Estado.
O comércio emsuas
implicações
Os conteúdosestruturantes
deverãofundamentar aabordagem dos
conteúdos básicos.
Os conceitosfundamentais da
Geografia - paisagem,
lugar, região,território, natureza
e sociedade – serão
apresentados numa
perspectiva crítica.
A compreensão doobjeto da
Geografia –espaço geográfico
– é
Espera-se que o aluno:•Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem,
natureza, sociedade e lugar.
•Identifique a configuração socioespacial da América por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.
•Diferencie as formas de regionalização do
Continente Americano nos diversos critérios adotados.
•Compreenda o processo de formação, transformação e
diferenciação daspaisagens mundiais.
•Compreenda a formação dos territórios e a
reconfiguração das fronteiras do
247
geográfico
Dimensãosocioambienta
l doespaço
geográfico
socioespaciais.
A circulação da mão-
de-obra, do capital,
das mercadorias e das
informações.
A distribuição espacial dasatividades
produtivas, a(re)organização
do espaçogeográfico.
As relações entre o campoe a cidade na
sociedadecapitalista.
O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
A transformaçãodemográfica, a
distribuição espacial e osindicadores
estatísticos dapopulação.
Os movimentosmigratórios e
suasmotivações.
As manifestações
sociespaciais dadiversidade
cultural.
Formação,
a finalidade do ensino
dessa disciplina.
As categorias deanálise da Geografia,as relações Sociedade-
Natureza e as relações
Espaço-Temporal, são
fundamentais paraa compreensão
dosconteúdos.
As realidades local e
paranaense deverão
ser consideradassempre que
possível.
Os conteúdos devem
ser espacializadose tratados em
diferentes escalasgeográficas com
uso da linguagemcartográfica -
signos,escala eorientação.
As culturas afro-brasileira e indígena
deverão serconsideradas nodesenvolvimentodos conteúdos,
bemcomo a Educação
Ambiental.
Continente Americano.
•Reconheça a constituição dos blocos econômicos,
considerando a influênciapolítica e econômica na
regionalização doContinente Americano.
• Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua
exploração econômica no continente Americano.
•Reconheça a importância da rede de transporte,
comunicação e circulação das mercadorias , pessoas e
informações naeconomia regional.
•Entenda como as atividades produtivas
interferem na organização espacial e nas questões
ambientais.
•Estabeleça a relação entre o processo de
industrialização e a urbanização.
•Compreenda as inovações tecnológicas,
sua relação com as atividades produtivas
industriais e agrícolas e suas consequências
ambientais e sociais.
•Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua relação
com a apropriação dos recursos naturais.
•Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas
implicações socioespaciais.
248
localização,exploração e
utilizaçãodos recursos
naturais.
•Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição
espacial.
•Reconheça as configurações espaciaisdos diferentes grupos
étnicos americanosem suas manifestações
culturais e em seusconflitos étnicos e políticos.
• Compreenda a formação, localização
e importância estratégica dos recursos naturais para a
sociedade contemporânea.•Relacione as questões
ambientais com a utilização dos recursos naturais no Continente Americano.
ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE / 9ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTU-RANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Dimensãoeconômica do
espaço geográficoDimensão
As diversas regionalizações
do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, osterritórios
supranacionais e
o papel do Estado.
A revolução tecnico-
científico-informacional e
os novos arranjos no
Os conteúdosestruturantes
deverão fundamentar
a abordagem dosconteúdos básicos.
Os conceitosfundamentaisda Geografia -
paisagem, lugar,região, território,
natureza e sociedade
– serão apresentados
numa perspectiva
Espera-se que o aluno:•Forme e signifique os conceitos geográficos
de lugar, território, natureza, sociedades,
região e paisagem.
•Identifique a configuração socioespacial
mundial por meio da leitura dos mapas,
gráficos, tabelas e imagens.
•Reconheça a constituição dos blocos econômicos
considerando a influência política e econômica na regionalização mundial.
249
políticado espaçogeográficoDimensão
culturale demográfica
doespaço
geográficoDimensão
socioambiental do
espaço geográfico
espaçoda produção.
O comércio mundial e asimplicações
socioespaciais.
A formação, mobilidade
das fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios.
A transformaçãodemográfica, a
distribuiçãoespacial e os indicadores
estatísticos da população.
As manifestaçõessocioespaciais
dadiversidade
cultural.
Os movimentos migratórios
mundiais e suasmotivações.
A distribuição das
atividades produtivas, a
transformação da paisagem e a (re)organização
do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração peloemprego de
crítica.
A compreensão doobjeto da Geografia– espaço
geográfico– é a finalidadedo ensino dessa
disciplina.
As categorias deanálise da Geografia,as relaçõesSociedade-Natureza
e as relações Espaço-
Temporal, sãofundamentais para
a compreensão dos
conteúdos.
As realidades local e
paranaense deverão
ser consideradassempre que
possível.
Os conteúdos devem ser
espacializadose tratados em
diferentes escalasgeográficas com
uso da linguagemcartográfica -
signos,escala eorientação.
As culturas afro-brasileira e indígena
deverão serconsideradas nodesenvolvimento
•Compreenda a atual configuração do
espaço mundial em suas implicações sociais,
econômicas e políticas.
•Entenda as relações entre países e regiõesno processo de mundialização.
•Compreenda que os espaços estão inseridos
numa ordem econômica e política global, mas
também apresentam particularidades.
•Relacione as diferentes formas de apropriação
espacial com a diversidadecultural.
•Compreenda como ocorreram os problemassociais e as mudanças demográficas geradas
no processo de industrialização.
•Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas
consequências no espaço geográfico.
•Entenda a importância econômica, política
e cultural do comércio mundial.
•Identifique as implicações socioespaciais na atuação
das organizações econômicas
internacionais.
•Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos
250
tecnologias deexploração e
produção.
O espaço em rede: produção,
transporte ecomunicações
na atual configuração
territorial.
dos conteúdos, bem
como a EducaçãoAmbiental.l.
territórios nacionais.
•Faça a leitura dos indicadores sociais
e econômicos e compreenda a desigual
distribuição de renda.
•Identifique a estrutura da população mundial e
relacione com as políticasdemográficas adotadas nos
diferentes espaços.
•Reconheça as motivações dos fluxos
migratórios mundiais.
•Relacione o desenvolvimento das
inovações tecnológicas nas atividades produtivas.
•Entenda as consequências ambientais
geradas pelas atividades produtivas.
•Analise as transformações na dinâmica da natureza
decorrentes do emprego de tecnologias de exploração e
produção.
•Reconheça a importância estratégica
dos recursos naturais para as atividades produtivas.
•Compreenda o processo de transformação
dos recursos naturais em fontes de energia.
•Entenda a importância das redes de
transporte e comunicação no desenvolvimento
das atividades produtivas.
251
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTU-RANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Dimensãoeconômica do
espaço geográfico
Dimensão política
do espaçogeográfico
Dimensão cultura
e demográfica do
espaço geográfico
Dimensãosociambiental
doespaço
geográfico
A formação etransformação
daspaisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração peloemprego de tecnologias
de exploração e
produção.
A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.
A formação, localização,exploração e
utilizaçãodos recursos
naturais.
A revolução técnico-
científica-informacional
e os novos arranjos noespaço da produção.
O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
Os conteúdosestruturantes
deverãofundamentar aabordagem dos
conteúdos básicos.
Os conceitosfundamentais da
Geografia - paisagem,
lugar, região,território, natureza
e sociedade – serão
apresentados numa
perspectiva crítica.
A compreensão doobjeto da
Geografia –espaço geográfico
– éa finalidade do
ensinodessa disciplina.
As categorias deanálise da Geografia,as relações Sociedade-
Natureza e as relações
Espaço-Temporal, são
fundamentais paraa compreensão
dosconteúdos.
As realidades local
Espera-se que o aluno:•Aproprie-se dos conceitos de região, sociedade, território,
paisagem, natureza elugar.
•Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da
cartografia - mapas,tabelas, gráficos e imagens.
•Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela
ação humana e sua utilização em
diferentes escalas na sociedade capitalista.
•Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.
•Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas
atividades produtivas em sua espacialidade.
•Estabeleça relação entre a exploração dos recursos
naturais e o uso de fontes deenergia na sociedade
industrializada.
•Identifique os problemas ambientais globais
decorrentes da forma de exploração
e uso dos recursos naturais.
•Evidencie a importância das atividades extrativistas para a
252
O espaço em rede:
produção, transporte ecomunicação
na atual configuração
territorial.
A circulação de mão-
de-obra, do capital,
das mercadorias e
dasinformações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A formação, ocrescimento
das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a urbanização
recente.
A transformaçãodemográfica, a
distribuição espacial
e os indicadores
estatísticos dapopulação.
Os
eparanaense
deverãoser consideradas
sempre que possível.
Os conteúdos devem
ser espacializadose tratados em
diferentes escalasgeográficas com
uso da linguagemcartográfica -
signos,escala e
orientação.
As culturas afro-brasileira e indígena
deverão serconsideradas nodesenvolvimentodos conteúdos,
bemcomo a Educação
Ambiental.
produção de matérias-primas e a organização
espacial.
•Reconheça as influências dasmanifestações culturais dos diferentes grupos étnicos no processo de configuração do
espaço geográfico.
•Compreenda as ações internacionais de proteção aos recursos naturais frente a sua
importância estratégica.•Compreenda o processo de
formação dos recursos minerais e sua importância
política, estratégica e econômica.
•Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades
produtivas, nos deslocamentos de população
e na distribuição da população.
•Compreenda a importância da revolução técnico-científica
informacional e suarelação com os espaços de
produção,
•Compreenda a importância da revolução técnico-científica
informacional e suarelação com os espaços de
produção, circulação de mercadorias e nas formas de
consumo.
• Entenda como as guerras fiscais atuam na
reorganização espacial das regiões onde
as indústrias se instalam.
•Compreenda a importância
253
movimentosmigratórios e
suas motivações.
As manifestaçõessocioespaciais da diversidade
cultural.
O comércio eas implicaçõessocioespaciais
.
As diversasregionalizações do espaço geográfico.
As implicaçõessocioespaciaisdo processo
demundialização.
A nova ordemmundial, osterritórios
supranacionais e o papel do
Estado.
datecnologia na produção
econômica, nas comunicações, nas relações
de trabalho ena transformação do espaço
geográfico.
•Analise as novas tecnologias na produção industrial e
agropecuária como fator detransformação do espaço.
•Identifique a concentração fundiária resultante do sistema
produtivo agropecuário moderno.
•Entenda a importância das redes de comunicação e de informação na formação dos
espaços mundiais.
•Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão-de-obra, capital e dasinformações na organização
do espaço mundial.
•Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das
técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão
ambiental e social.
•Identifique a relação entre a produção industrial e
agropecuária e os problemas sociais e ambientais.
•Reconheça as interdependências
econômicas e culturais entre campo e cidade e suas
implicaçõessocioespaciais.
•Compreenda as relações de trabalho presentes nos
espaços produtivos rural e
254
urbano.
•Relacione o processo de urbanização com as
atividades econômicas.
•Compreenda o processo de urbanização
considerando as áreas de segregação, os espaços de
consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.
•Entenda o processo de crescimento urbano e as
implicações socioambientais.
•Compreenda que os espaços de lazer são também
espaços de trabalho, consumo e de produção.
•Compreenda a espacialização das
desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores
sociais.
•Entenda como se constitui a dinâmica populacional em
diferentes países.
•Estabeleça a relação entre impactos culturais,
demográficos e econômicos no processo de expansão das
fronteiras agrícolas.
•Reconheça o caráter das políticas migratórias
internacionais referentes aos fatores de estímulo dos
deslocamentos populacionais.
•Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos
estabelecem com o espaço geográfico, na organização
das atividades sociais e
255
produtivas.
• Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes
e sua repercussão na configuração doespaço mundial.
•Entenda a importância das ações protecionistas, da
abertura econômica e da OMC para o comércio mundial.
•Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais, FMI e Banco Mundial, em
suas implicações na organização
do espaço geográfico mundial.
•Diferencie as formas de regionalização do espaçomundial, considerando a
divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos.•Analise a formação dos territórios supranacionaisdecorrentes das relações econômicas e de poder na
nova ordem mundial.•Compreenda a regionalização
do espaço mundial e a importância das relações de poder na configuração das
fronteiras e territórios.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para desenvolver os conteúdos específicos, propões-se que sejam trabalhados
de forma crítica e dinâmica, abordando-os a partir do enfoque de cada Conteúdo
Estruturante, possibilitando ao aluno compreender os diversos desdobramentos que um
mesmo conteúdo específico pode sofrer.
256
Durante o processo, o professor deve estar atento para a formação de conceitos
geográficos básicos (região, paisagem, espaço, lugar, território, sociedade) utilizando para
tal, todos os recursos disponíveis (aula de campo, recursos audiovisuais, aulas
expositivas, pesquisas, debates, seminários, recursos cartográficos, leitura e interpretação
de textos, produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas
e mapas, etc.)
A metodologia de ensino proposta nesta PPC deve permitir que os alunos se
apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de
produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia
devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade
próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos
neste documento.
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do
conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente,
mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação
(CAVALCANTI, 1998). No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o
conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento científico no
sentido de superar o senso comum.
Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em sala de
aula é a contextualização do conteúdo. Na perspectiva teórica desta Proposta,
contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é,
principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas,
culturais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas.
Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações interdisciplinares
dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a especificidade da
Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas teóricas próprias de cada
disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do conteúdo em estudo, de modo que
o aluno perceba que o conhecimento sobre esse assunto ultrapassa os campos de estudo
das diversas disciplinas, mas que cada uma delas tem um foco de análise próprio.
257
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a
compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse
procedimento tem por finalidade que o ensino de Geografia contribua para a
formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica.
AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a
avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e
processual.
Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes
ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção
pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar caminhos para que todos
os alunos aprendam e participem das aulas.
Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a
definição de uma nota ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao
longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e
posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais.
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude
do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de
ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e
a participação dos alunos
A prática docente, sob os fundamentos teórico-metodológicos discutidos nas
Diretrizes Curriculares, contribui para a formação de um aluno crítico, que atua em
seu meio natural e cultural e, portanto, é capaz de aceitar, rejeitar ou mesmo transformar
esse meio. É esse resultado que se espera constatar no processo de avaliação do
ensino de Geografia. Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade. O professor
258
deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações
Espaço ↔ Temporais e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço nas diversas
escalas geográficas.
No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que o
professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos do
processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços obtidos
pelos alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter processual e
continuado da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas.
Para diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação, ao invés de avaliar
apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e instrumentos que
possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:
• interpretação e produção de textos de Geografia;
• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• pesquisas bibliográficas;
• relatórios de aulas de campo;
• apresentação e discussão de temas em seminários;
• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre
outros.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento. Campinas:
Papirus, 1998.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
Hucitec, 1996.
Diretrizes Curriculares de Geografia, SEED, 2008.
Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
259
11.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR –HISTÓRIA
A Proposta Pedagógica Curricular integrada ao Projeto Político Pedagógico visa
organizar conhecimentos básicos que permita ao aluno uma aprendizagem permanente,
priorizando a formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento
crítico. Está articulada em torno de conteúdos estruturantes que orientam a seleção dos
básicos e específicos.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de História passou a ser obrigatório no Brasil a partir da criação do
Colégio D. Pedro II, em 1837 com as bases filosóficas do positivismo, orientada pela
linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais escritos como fontes de
verdades.
Este modelo foi mantido até 1901, quando o corpo docente do Colégio D.Pedro II
alterou o currículo do Colégio, propondo que a História do Brasil passasse a compor a
cadeira de História Universal. Este fato relegou o ensino de historia a um restrito espaço.
A História, enquanto disciplina, somente retomou sua significação por meio da Lei
Orgânica do Ensino Secundário em 1942 cujos conteúdos objetivavam a legitimidade do
projeto nacionalista de Getulio Vargas, portando o ensino de História se ocupava em
reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.
Durante o regime militar com a pretensão de ampliar o controle sobre o espaço e
a sociedade, o Estado efetuou um amplo programa de reorganização educacional, o que
conferiu à Historia um caráter estritamente político pautado no estudo de fontes oficiais e
narrado apenas do ponto de vista factual.
Por força da Lei 5692/71, após a implantação do Regime Militar (1964) o ensino
de história manteve seu caráter estritamente político, narrado apenas sob o ponto de vista
factual. Mantiveram-se os grandes heróis como sujeitos da História narrada, exemplos a
serem seguidos sem serem questionados pelas novas gerações.
260
Dessa forma, a partir da Lei no5692/71, o ensino centrou-se numa formação
tecnicista, visando preparar mão-de-obra para o mercado de trabalho. Nesse contexto a
Historia, juntamente com a Geografia, passa a compor a disciplina de Estudos Sociais. O
Estado objetivava, assim, exercer um maior controle ideológico, levando o aluno a cumprir
seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a adaptação à
realidade.
A partir da década de 1980, paralelamente ao processo de redemocratização do
país afloram as criticas sobre os Estudos Sociais e se propõe o retorno da disciplina de
Historia, que se concretiza na década seguinte, fundamentada na pedagogia historico-
critica, que propunha uma renovação do ensino de historia voltada para a historiografia
social. Assim, na década de 1980, com o fim da Ditadura Militar, o ensino de História
adquire um novo conceito, mais ligado à historiografia.
Na segunda metade da década de 1980 e no início dos os 1990, como resultado
da restauração das liberdades individuais e coletivas no país, ampliou-se os debates
acerca do ensino da disciplina, o que acabou por dar origem a novas propostas para o
ensino de História. Isso resultou tanto numa produção diferenciada de materiais didáticos
e paradidáticos, que buscaram incorporar novas historiografias, quanto na elaboração de
novas propostas curriculares, em vários Estados.
Nesse contexto, o estado do Paraná, numa tentativa de aproximar a produção
acadêmica de História ao ensino da disciplina no Primeiro Grau, criou-se o Currículo
Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná (1990), que tinha como pressuposto a
historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético, e indicava alguns
elementos da Nova História. Uma opção teórica que valorizava as ações dos sujeitos, em
relação às estruturas em mudança, que demarcam o processo histórico das sociedades.
O referido documento também fundamentado na pedagogia histórico-crítica dos
conteúdos, apresentava uma proposta curricular de História que apontava a organização
dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e a
inserção do Brasil nesse quadro pela retomada da historiografia social ligada ao
materialismo histórico dialético.
261
Apesar do avanço das propostas naquele contexto histórico, os documentos
apresentaram limitações, principalmente devido à definição de uma listagem de
conteúdos que se contrapunha, em vários aspectos, à proposta apresentada nos
pressupostos teóricos e metodológicos.
A ausência de oferta de formação continuada dificultou a implementação dessas
propostas para o ensino de História, pois, desde os anos de 1970, os professores
ministravam aulas de Estudos Sociais, Organização Social e Política do Brasil, Educação
Moral e Cívica. Devido a isso, estavam afastados da especificidade do conhecimento
histórico.
A orientação para que essas propostas fossem adotadas simultaneamente em
todas as séries desconsiderou a necessidade de discussões teórico-metodológicas, o que
limitou sua compreensão.
Durante as reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da Educação
divulgou, entre os anos de 1997 e 1999, os PCN para o Ensino Fundamental e Médio.
Destaca-se que, devido a pouca apropriação do Currículo Básico no ensino da
disciplina, o professor se viu na iminência de submeter-se aos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) e à orientação dos livros didáticos. Assim, o Estado do Paraná
incorporou, no final da década de 1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais como
referência para a organização curricular da Rede Pública Estadual. Tal implementação se
deu de modo autoritário, apesar de ser garantida na LDB/96 a autonomia das escolas
para elaborar suas propostas curriculares.
Os PCN foram referências para os programas educacionais, os procedimentos
de avaliação institucionais destinados ao Ensino Fundamental (Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica – SAEB) e ao Ensino Médio (Exame Nacional do Ensino
Médio – ENEM), bem como para a definição de critérios para a seleção do livro didático
(Programa Nacional do Livro Didático – PNLD).
262
Nos PCN, a disciplina de História foi apresentada de forma pragmática, com a
função de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno. Ressaltou-se a relação que
o conhecimento deve ter com a vivência do educando, sobretudo no contexto do trabalho
e do exercício da cidadania.
Essa perspectiva abriu espaço para uma visão presentista da História, porque não
se ocupava em contextualizar os períodos históricos estudados. Além disso, muitos
conceitos referenciais da disciplina foram preteridos em nome da aquisição de
competências.
Apesar dos PCN proporem uma valorização do ensino humanístico, a
preocupação maior era de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, cada vez
mais competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio.
A complexidade da proposta dificultou uma apropriação mais efetiva pelos
professores. Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública
Estadual até o ano de 2002.
A partir do ano de 2003 a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, organiza
um novo projeto de Educação, e surge as Diretrizes Curriculares como documento
orientador de um ensino que atenda às demandas dos movimentos sociais organizados.
A Lei 9394/96 sofre alterações pela Lei 10.639/03, e o Ensino de História passa
também a contemplar obrigatoriamente a temática História Afro e Cultura Afro-Brasileira e
Africana nos currículos escolares.
Mais recentemente, corrigindo a omissão em relação aos indígenas, veio a Lei
11.645/2008. Ambas restabelecem o diálogo e rompem com a linha de ensino
fundamentada em apenas uma civilização em um país formado por expressiva pluralidade
étnica. Essa legislação veio alterar a Lei 9.394/96 que estabelece que o conteúdo
programático deve incluir aspectos da história e da cultura que formaram a população
brasileira, levando em consideração os Índios e Africanos.
263
Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a
diversidade sob uma perspectiva de inclusão social de modo que buscam contemplar
demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e destacam os
seguintes aspectos.
O cumprimento da lei no 13.381/01, que torna obrigatória no Ensino Fundamental
e Médio da Rede Publica Estadual os conteúdos de historia do Paraná.
O cumprimento da Lei no 10.639/03, que inclui no currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade da temática Historia e Cultura Afro-Brasileira, seguida das
diretrizes curriculares nacionais para a Educação das relações etnico-raciais e para o
ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira, Africana e indígena.
A analise histórica da disciplina e as novas demandas sociais para o ensino de
Historia se apresentam como indicativos para as atuais diretrizes curriculares por que
possibilitam reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram
produzidos e repercutiram na organização do currículo da disciplina.
Neste documento, a organização do currículo para o ensino de Historia tem como
referencia os conteúdos estruturantes, entendidos como saberes que aproximam e
organizam os campos da historia e seus objetos.
Os conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico da
constituição da disciplina e no referencial teórico que sustenta a investigação da historia
política, sócio econômico e cultural, à luz da nova Esquerda Inglesa e da Nova Historia
Cultural, que inserem conceitos relativos à consciência histórica.
Nessa perspectiva os objetos de estudo da Historia são os processos históricos
pertinentes a interpelações humanas praticadas no tempo, onde gerações buscam um ou
outro elemento para compor suas novas criações. A Historia e a maior depositaria de
exemplos que marcaram a evolução humana através dos tempos, pois um povo sem
Historia e sem o historiador é um povo sem memória. O Ensino de história é assim,
concebido, como a compreensão da trajetória, humana ao longo do tempo.
264
A História, pois, enquanto ciência social busca localizar no contexto da sociedade,
a matéria prima para compor o seu trabalho com o objetivo de levar os alunos ao
conhecimento de que os homens estão inseridos em um espaço e tempo no qual se
reproduzem as relações sociais.
Assim, pensado, a presente proposta do ensino de História foi concebida para
proporcionar reflexões e debates sobre a importância do conhecimento histórico na
formação dos estudantes.
Conhecer a História, facilita a compreensão dos fatos e auxilia a intervenção do
homem na realidade para se produzir as transformações sociais, políticas e econômicas
que o momento exige.
Compreender como a sociedade se organiza e tece suas engrenagens, o
significado de direitos e deveres, a relação econômica, os fatos que determinam a vida
dos povos e das nações é de fundamental importância para o educando.
Cabe ao ensino de Historia levar o aluno a ampliar o conceito de cidadania, sua
diversidade e amplitude por meio do estudo das formas com que se organizaram e se
organizam as classes sociais, os grupos populares, grupos de minorias, os direitos à
cidadania e a igualdade social, para possibilitar a compreensão de sua origem e de suas
transformações temporais e conjunturais.
Sendo assim compreende-se que a História é construída no espaço e no tempo,
que se modificam a partir do trabalho do homem, e a interferência do seu trabalho no
meio onde nem sempre esta voltada para o interesse da coletividade.
Por meio do conhecimento histórico o aluno poderá assumir a sua condição de
sujeito histórico e participar das transformações da realidade atual fugindo de todas as
abstrações vazias e buscando o concreto, pois só se pode saber o que é história fazendo
história.
Para analisar o mundo em sua temporalidade o ensino de Historia será
organizado de forma que o aluno possa adquirir a capacidade de transcender os
265
referencias presentes na historiografia tradicional que considera prioritariamente a divisão
do tempo histórico com base nos marcos do poder e da dominação havendo a
preocupação em trabalhar com a idéia da simultaneidade histórica para mostrar a
existência de vários povos vivendo em lugares diferentes de modo de vida diferentes,
num mesmo tempo histórico.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
Espera-se que, por meio da disciplina de História se instrumentalize o aluno para
compreender sua realidade, posicionar-se, fazer escolhas e agir criteriosamente.
Nesse sentido, os alunos deverão ser capazes de:
- Estimular a formação da visão critica, levando o educando a interpretar a
realidade em que vive, percebendo que a mesma não e eterna e tampouco imutável, mas
conseqüência das ações de pessoas como ele, que viveram em tempos e espaços
diferentes.
- Desenvolver a consciência histórica e o espírito participativo, levando-o a
perceber que a participação coletiva constrói e caracteriza a vida em sociedade.
- Propiciar Construir seus próprios conceitos históricos ao longo de seu processo
de ensino e aprendizagem.
- Compreender não só a compreensão da própria realidade e a formação da
identidade, mas também a concepção e compreensão da diferença da alteridade, tanto
por se inteirar na sociedade multicultural atual quanto para julgar o próprio sistema político
e social em que vive.
- Reconhecer relações sociais, econômicas, políticas e culturais que a sua
coletividade estabelece ou estabeleceu com outras localidades, no presente e no
passado;
- Identificar o próprio grupo de convívio, as ascendências e descendências das
pessoas que pertencem à sua localidade, quanto à nacionalidade, etnia, língua, religião e
266
costumes, contextualizando seus deslocamentos e confrontos culturais e étnicos, em
diversos momentos históricos nacionais;
- Perceber as relações de poder estabelecidas entre a sua localidade e os demais
centros políticos, econômicos e culturais, em diferentes tempos;
- Viabilizar ações coletivas que repercutem na melhoria das condições de vida
das pessoas e das localidades.
- Organizar repertórios histórico-culturais que lhes permita localizar
acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a formular explicações para
algumas questões do presente e do passado;
- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos
tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,
reconhecendo semelhanças e diferenças, mudanças e permanência nas vivências
humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes
no tempo e no espaço.
- Questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e refletindo
sobre algumas de suas possíveis soluções, reconhecendo formas de atuação política
institucionais e organizações coletivas da sociedade civil;
- Utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de conteúdo histórico,
aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros;
- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a
como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da
democracia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
267
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude
que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,
considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
Como construções atreladas a uma concepção crítica de educação, os Conteúdos
Estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do pensamento
histórico. Deles derivam os conteúdos básicos (temas históricos), conhecimentos
fundamentais a serem trabalhados em cada ano/série da Educação Básica.
Os conteúdos básicos devem ser tomados como ponto de partida para a
organização da proposta pedagógica curricular devem articular-se com os conteúdos
estruturantes da disciplina. No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão
abordagens diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo
estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre
considerando-se o aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino.
Seguindo o postulado pelas diretrizes, nesta proposta consideram-se Conteúdos
Estruturantes da disciplina de História no ensino Fundamental e Médio, as Relações de
trabalho, Relações de poder e Relações culturais.
ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE - Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas,
Suas Histórias
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO
RELAÇÕES DE PODER
RELAÇÕES CULTURAIS
A experiência humana no tempo.Os sujeitos e suas Relações com o outro no tempo.As culturas locais e a cultura comum.
ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO
RELAÇÕES DE PODER
RELAÇÕES CULTURAIS
As relações de propriedade.A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.A relações entre o campo e a cidade.
268
Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.
ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO
RELAÇÕES DE PODER
RELAÇÕES CULTURAIS
História das relações da humanidade com o trabalho.O trabalho e a vida em sociedade.O trabalho e as Contradições da modernidade.O trabalhadores e as conquistas de direito.
ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO
RELAÇÕES DE PODER
RELAÇÕES CULTURAIS
A constituição das instituições sociais.A formação do Estado.Sujeitos, Guerras e revoluções.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO
RELAÇÕES DE PODER
RELAÇÕES CULTURAIS
Tema 1Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
Tema 2Urbanização e industrialização
Tema 3O Estado e as relações de poder
Tema 4Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Tema 5Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
Tema 6Cultura e religiosidade
269
METODOLOGIA
Na disciplina de História propõe-se uma metodologia que contribua para que os
alunos possam se apropriar dos fundamentos teóricos necessários para pensar
historicamente. Para que o pensamento histórico seja investigado nas aulas de História.
O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as idéias
históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de
comunicação. Estas idéias dos alunos costumam ter um caráter de pertencimento, porque
é por meio delas que os sujeitos estabelecem comunicação com o grupo ao qual
pertence. Nas narrativas históricas produzidas pelos alunos estão necessariamente
presentes as concepções históricas da comunidade em que eles pertencem, seja na
forma de adesão a essas idéias, seja na sua crítica. As idéias históricas são
conhecimentos que estão em processo de constante transformação. O professor, ao
considerar estas idéias, pode definir os conteúdos específicos e temas a serem
trabalhados em sala de aula, bem como problematiza-los. Ao lançar a problematização,
aliada a historiografia e ao trabalho com documentos, permite-se ao aluno a compreensão
da construção do conhecimento histórico.
O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento histórico
e sua apropriação, pelos alunos, é processual, e, deste modo, é necessário que a
construção do conhecimento histórico em questão seja constantemente retomado.
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes, músicas são documentos que podem ser transformados em
materiais didáticos de grande valia na constituição do conhecimento histórico podem ser
aproveitados de diferentes maneiras em aula.
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações interdisciplinares
considerando que é na disciplina de História que ocorre a articulação dos conceitos e
metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.
270
Assim, narrativas, imagens, sons de outras disciplinas devem ser tratados como
documentos a ser abordados historiograficamente.
A metodologia aplicada na disciplina de História é objeto de estudo acrescido de
temáticas contemporâneas. Ela é destacada por um conjunto de princípios que precisam
ser observados pelo professor no tratamento desses conteúdos.
É necessário enfatizar e selecionar alguns temas gerais:
Discussão da historicidade dos conteúdos, do contexto de sua criação, fontes e
métodos utilizados;
Relatividade cultural e respeito a ela, o que se diferencia do relativismo para o
qual não existe consenso possível sobre o conhecimento e a ética;
Postura investigativa do professor e do aluno, preferindo a busca de informações,
discussão e síntese à simples exposição dos conteúdos;
Explicação simples dos conceitos fundamentais; eles devem explicar o objeto sem
pretensão de esgotar toda a discussão teórica sobre o conceito de modo que estes
possam ser contemplados nas séries e estudos subsequentes;
Explicação do passado em função dos problemas postos pelo presente;
Partindo dessas premissas a organização dos conteúdos está disposta por série,
seguidos de tema geral, comentários e conceitos.
Para o desenvolvimento do trabalho o professor deverá se valer de exposição
dos temas, debates, pesquisas bibliográficas, relatórios, análises de textos, jornais, filmes,
histórias em quadrinhos, músicas, paródias, charges, acrósticos, maquetes.
AVALIAÇÃO
A avaliação do ensino de História nas Diretrizes Curriculares considera três
aspectos importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos
conteúdos estruturantes e dos conteúdos específicos. Esses três aspectos são
entendidos como complementares e indissociáveis. Para tanto, o professor deve utilizar
diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos,
mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas
bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre
271
outras. Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados
em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica.
Para realizar uma avaliação que tenha coerência com as concepções ora
vigentes, precisa-se ter claro que ela é um processo, ou seja, tem caráter de
continuidade, vai acontecendo gradativamente. Para bem avaliar, é necessário ter noções
de como se dá o processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno, quais as
estratégias mais adequadas para tratar os diferentes conteúdos, quais as variáveis que
podem interferir na avaliação.
Assim considerada, a avaliação é realizada continuamente por meio de
instrumentos variados, inclusive da observação de situações de ensino-aprendizagem.
Destacamos que a avaliação formativa está no centro do processo de ensino e
aprendizagem, tendo função informativa e corretiva, deve ser um processo que aponte
caminhos, valorizando o conhecimento do aluno.
A avaliação só tem sentido se puder contribuir para o desenvolvimento cognitivo
dos alunos, convertendo-os em uma ferramenta pedagógica, elemento que tem influência
na aprendizagem do aluno e na qualidade de ensino.
Toda avaliação deve fazer parte do processo do profissional da educação sendo
respaldado pela Deliberação nº 007/99 que garante a avaliação como aspecto legal,
sendo entendida e interpretada, diagnosticando resultados e atribuindo-lhes valores
qualitativo. e quantitativo, dando condição para o professor tomar decisão quanto ao
aperfeiçoamento e situações de aprendizagem.
A avaliação, assim entendida deve ser realizada com sensibilidade, não se
perdendo de vista seu caráter processual, reflexiva, formativa e cumulativa, acontecendo
de forma contínua, interativa, participativa e diagnóstica permitindo a construção da
aprendizagem, sendo considerado o histórico de cada aluno e sua relação com as
atividades desenvolvidas na escola.
272
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2004.
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
PARANÁ. DCE – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de História. Secretaria e
Estado da Educação. Curitiba: SEED, 2008.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo: Scipione,
2004. (Pensamento e ação no magistério).
SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos; GARCIA, Tânia Maria F. Braga. A
formação da consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de
história. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n. 67, p. 297-308, set./dez., 2005.
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
273
11.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está ligado à organização social e
histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às comunidades
indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo.
Com a chegada da família real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio o
ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento. Os currículos passaram a oferecer
o Inglês e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi fundado o Colégio
Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas ensinadas ali eram o
francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi ofertada neste
colégio.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e da
gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco
Campos, a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua materna perdia a função de
mediadora no processo de aprendizagem, o professor se comunicava exclusivamente em
língua estrangeira durante as aulas.
No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em relação ao
inglês. O espanhol começou a ser ensinado em detrimento ao alemão, o italiano e o
japonês por motivo da 2ª Guerra Mundial, e o latim permaneceu como língua clássica. A
língua espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque representava um modelo
de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do povo espanhol às suas
tradições.
Com o tempo, o ensino de língua inglesa foi fortalecido e se deu pela
dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos. O inglês teve
garantia curricular por ser o idioma mais utilizado no comércio internacional.
274
Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a
direcionar o foco para a profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o
desenvolvimento econômico do país. Com a promulgação da LDB nº 4024, em 1961, os
estados ficaram desobrigados a manter nos currículos o ensino de LE. Este, por sua vez,
ficou ainda mais desprestigiado com a ascensão dos militares ao comando do Brasil. Os
militares alegavam que as línguas estrangeiras eram prejudiciais à cultura brasileira e
ainda, que a escola não deveria ser porta de entrada de meios anticulturais. Em 1976, o
ensino de LE voltou a ser prestigiado e obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º grau.
No Paraná houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo de
currículo para LE e dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas Estrangeiras no
Colégio Estadual do Paraná. Com a mobilização de professores organizados em
associações, a Secretaria de Estado da Educação oficializou a criação dos Centros de
Línguas Estrangeiras Modernas (CELEMs) em 1986.
Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e
conseqüentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no princípio de
que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas essenciais ao
processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e oralidade. No entanto,
é preciso que esse processo supere, segundo as Diretrizes, “a visão de ensino apenas
como meio para atingir fins comunicativos que restringem sua aprendizagem como
experiência de identificação social e cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça
possibilidades para que o aluno perceba e compreenda a diversidade cultural e lingüística
presente na aprendizagem da língua e, conseqüentemente construa significados em
relação ao mundo em que vive.
Sabendo-se assim, que a língua é construída histórica e culturalmente e está em
constante transformação, tem-se a clareza que é pelo discurso que os educandos
percebem as diferentes ideologias e as condições sociais e culturais, possibilitando o
desenvolvimento de seu pensamento crítico, assim, percebemos a importância das aulas
de Língua Estrangeira como um espaço de construção de identidades dos alunos como
cidadãos, oportunizando o desenvolvimento de sua consciência, através de sua interação
com os outros indivíduos e com os textos trabalhados, contribuindo assim para formar
alunos críticos e transformadores, através de discussões realizadas, práticas de leitura,
275
escrita e oralidade, levando-os a compreenderem o papel exercido por essa língua na
comunidade local e planetária, além de incentivá-los à pesquisa e reflexão.
Ainda, possibilita a construção de significados que vão além da mera
aprendizagem da língua, uma vez que ao aprender outra língua, o aluno adquire as
percepções de mundo, pois está inserido num mundo globalizado e encontra-se exposto
às diversas manifestações de uma Língua Estrangeira, assim ao estudar essa Língua
espera-se que o aluno a use em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, na
aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados são sociais
e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país; além de aprender a atribuir significados e estabelecer
entendimentos possíveis, contemplando as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito,
desenvolvendo, desta forma, uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na
sociedade.
Dessa maneira, os educandos do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite
poderão integrar-se ao mundo em evolução, compreendendo que a construção de
sentidos se faz coletivamente e, uma vez que os significados são sociais e historicamente
construídos são, portanto, passíveis de transformação na prática social.
Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o trabalho
pedagógico com a Língua Inglesa, com o objetivo de levar o educando à “apropriação
crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações
sociais e para transformação da realidade.” (DCE, 2009, p. 52).
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao
tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se
um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo
Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A língua será
276
tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as
práticas que efetivam o discurso.
Sendo assim, a Língua Estrangeira propõe ensinar não apenas a língua em si,
mas a prática discursiva que a compõe na sociedade, por isso o conteúdo estruturante
Discurso como prática social, envolverá também as práticas da oralidade, leitura e escrita,
bem como a diversidade de gêneros textuais, os quais sejam condizentes com a realidade
e perfil dos educandos para que se tornem significativos, permitindo o desenvolvimento
crítico e facilitando o trabalho das estruturas linguístico-discursivas de modo
contextualizado, usando-se para isto, textos orais, escritos e visuais.
No decorrer das práticas discursivas, observar-se-á o princípio da continuidade,
mantendo-se assim, uma progressão entre as séries, de modo que o educando
desenvolva-se gradativamente durante o curso, adquirindo conhecimentos significativos e
interagindo discursivamente durante as aulas.
Por sua vez, a ênfase no trabalho pedagógico está voltada para a interação dos
alunos com o discurso, levando-se em conta a abordagem crítica de leitura, materializada
nos variados gêneros textuais, os quais abordarão diferentes gêneros discursivos e
temáticos, adequados à sua faixa etária, e que se referem ao objeto ou finalidade
discursiva, abordando temas polêmicos, culturais, sociais, étnico-raciais, econômicos,
esportivos, científicos, etc. incluindo os que se referem à diversidade étnico-racial africana
e indígena e sua contribuição histórica e cultural, contemplando os interesses dos alunos,
porém visando fins educativos. É por meio dos textos que os conteúdos serão
trabalhados, apresentando os diferentes graus de complexidade da estrutura linguística
presentes em cada texto estudado, bem como observando a sua progressão através das
séries.
Nesta perspectiva, o estudo de Língua Estrangeira realizar-se-á levando em conta
os elementos integradores-conhecimentos discursivos, sócio-pragmáticos, culturais e
linguísticos, os quais estarão presentes em toda a situação de interação do aluno com a
Língua Estrangeira, sendo através da escrita, leitura e oralidade, realizando a abordagem
do discurso em sua totalidade enquanto interagem entre si e constituem uma prática
sócio-cultural.
277
CONTEÚDOS BÁSICOS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
A respeito dos conteúdos básicos, é importante ressaltar que, como o foco está
na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos
sujeitos com o discurso, o que dá ao aluno condições de construir sentidos para os textos.
Assim, para o desenvolvimento da leitura trabalhar -se -á com a identificação do tema
abordado, a intertextualidade e intencionalidade dos textos, vozes sociais presentes nos
textos, o léxico, coesão e coerência, as funções das classes gramaticais nos textos, os
elementos semânticos, discurso direto e indireto, emprego de sentido denotativo e
conotativo nos textos, recursos estilísticos, marcas e variedades linguísticas, acentuação
e ortografia.
Por sua vez o trabalho com a escrita estará voltado para o tema do texto, o
interlocutor, a finalidade, intencionalidade e intertextualidade do texto, condições de
produção, informatividade, vozes sociais presentes nos textos, discurso direto e indireto,
emprego de sentido denotativo e conotativo no texto, léxico, coesão e coerência, função
das classes gramaticais no texto, elementos semânticos, recursos estilísticos, marcas e
variedades linguísticas, ortografia e acentuação.
Quanto à oralidade desenvolver-se-á os elementos extralinguísticos como
entonação, pausas, gestos, etc. turnos da fala, vozes sociais presentes nos textos,
adequação do discurso ao gênero, variações e marcas linguísticas, diferenças e
semelhanças entre o discurso oral e o escrito, adequação da fala ao contexto, bem como
a pronúncia.
Considerando as disposições das Leis Nº 10639/03 e Nº 11645/08, os conteúdos
a que estas se referem serão inclusos por meio de textos, considerando a abordagem
crítica prevista para a disciplina. Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos
pertinentes as temáticas relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como:
Enfrentamento à violência, Sexualidade e outros.
METODOLOGIA
278
A aula de Língua Estrangeira Moderna deve ser um espaço em que se
desenvolvam atividades significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a
fim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca. As atividades serão
abordadas a partir de textos e envolverão, simultaneamente, práticas e conhecimentos
mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude
crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados.
O encaminhamento metodológico a ser usado, no decorrer das atividades, leva
em conta o desenvolvimento da criticidade do educando, através do contato com variados
gêneros textuais e as problematizações levantadas por meio deles.
De acordo com a DCE( p. 67, 2008), para cada texto escolhido verbal e/ou não-
verbal, o professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:
a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada
atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;
b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no tex-
to, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras pode-
rão ser feitas a partir do texto apresentado;
c) Variedade Linguística: formal ou informal;
d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a
diferença entre o ensino de gramática e a prática da análise lingüística;
e) Atividades:
• Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.
Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o
assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma
conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também
serão consideradas pesquisas.
• Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as
pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade
poderá ser feita em Língua Materna.
• Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a
ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.
279
A partir desta proposta metodológica, verifica-se que as aulas de Língua
Estrangeira propiciam um espaço para que o aluno construa significados, crie identidades,
emita opiniões e entenda o mundo ao qual está inserido. Para intensificar isso, cabe ao
professor propor debates e discussões acerca dos temas abordados nos textos e levá-los
a interagir com os mesmos através da leitura, analisando a função do gênero estudado,
sua composição, distribuição de informações, o grau de informações presentes ali, a
intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência, observando a linguagem escrita e
visual, utilizando materiais diversos como gráficos, fotos, figuras, quadrinhos, etc. E, ainda
localizando informações explícitas e implícitas nos textos, ampliando o vocabulário,
considerando assim, os usos heterogêneos da língua como prática sócio-cultural,
respeitando as diferenças entre culturas, crenças e valores.
Já no trabalho com textos literários, serão propostas atividades que colaborem
para que os alunos analisem os textos e os percebam como prática social de uma
sociedade num determinado contexto sociocultural, proporcionando ao aluno condições
para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos
apresentados relacionando os vários conhecimentos interdisciplinares.
Para auxiliar os alunos durante a prática pedagógica é essencial o uso de
recursos pedagógicos como livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, TV
multimídia, internet, cartazes, figuras, jogos gêneros textuais variados, etc., oferecendo
aos alunos elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais para que
melhorem a compreensão do assunto abordado durante as aulas.
A metodologia acima explicitada será adaptada aos alunos com necessidades
educacionais especiais respeitando assim a inclusão e a diversidade, buscando superar
as diferenças sociais existentes na escola pública.
AVALIAÇÃO
A avaliação objetiva-se favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, ou
seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma
dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
280
A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, formativa, reflexiva e somatória
oferecendo uma interpretação qualitativa do conhecimento construído. Nesse sentido,
constitui-se como um instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções
pedagógicas, não se prendendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas às vivências
praticadas ao longo do processo, de modo que os objetivos apresentados sejam
alcançados.
Reconhecendo a avaliação como parte integrante do processo educacional, é
fundamental, que o aluno esteja envolvido neste processo, uma vez que é construtor do
conhecimento, pois seu envolvimento na construção do significado nas práticas
discursivas propiciará a base para o método avaliativo.
Espera-se ainda, que a avaliação deixe de ser apenas um mero instrumento de medição
de apreensão de conteúdos e que subsidie discussões acerca das dificuldades e avanços
dos alunos a partir de suas produções. A respeito disto Luckesi afirma que:
“a avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento( DCE, p. 69, 2008).
Sendo assim, a avaliação deve assumir o papel de auxiliar o crescimento do
aluno e não se limita apenas à sala de aula. Não se trata, portanto de observar apenas
conhecimentos linguístico-discursivos (de ordem gramatical dos gêneros textuais, etc.),
mas sim verificar se há construção dos significados na interação com textos e nas
produções textuais dos alunos.
É preciso construir uma avaliação com critérios de entendimento reflexivo,
conectado, compartilhado e autonimizado no processo ensino/aprendizagem, que nos
permita formar cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos. Abaixo
alguns critérios que devem ser considerados no processo de verificação da
aprendizagem:
1 diálogos, discussões e debates;
2 elaboração de pequenos textos;
281
3 pesquisas individuais e coletivas;
4 entrevistas;
5 confecção de cartazes e murais;
6 participação em jogos;
7 apresentações, encenações e dramatizações;
8 testes escritos objetivos.
A partir dos itens acima mencionados, os alunos serão avaliados através de sua
participação em diálogos, discussões e debates acerca dos temas abordados,
considerando critérios como engajamento discursivo, apresentação das ideias com
clareza e coerência, mesmo na língua materna, leitura compreensiva de variados gêneros
textuais, inferindo, servindo-se de conhecimentos prévios, identificando a idéia principal e
o tema do texto, percebendo a intencionalidade, localizando informações explícitas e
implícitas nos textos, ampliando assim o seu léxico.
Serão avaliados também considerando-se a elaboração de pequenos textos
atendendo às circunstâncias de produção, expressando suas ideias com clareza e
coerência, utilizando adequadamente os recursos textuais e linguísticos. Nas pesquisas,
levar-se-á em consideração empenho, compreensão do tema pesquisado, organização e
elaboração coerente do texto, nas entrevistas a coerência, a coesão e a clareza de
idéias; a confecção de cartazes e murais, deverá expressar clareza e objetividade em
relação ao tema proposto, utilizando adequadamente os recursos gráficos, textuais e
linguísticos. Na participação em jogos, considerar-se-á a promoção da sociabilização e
engajamento do grupo, o respeito às regras, bem como o desenvolvimento habilidades
cognitivas.
Quando de apresentações, encenações e dramatizações, será considerado a
participação ativa, utilização consciente de expressões faciais, corporais e gestuais,
pausas e entonações entre outros elementos extralinguísticos, respeitando os turnos da
fala, assim como valorizando as apresentações dos demais grupos, uso de instrumentos
como testes e avaliações escritas, utilizando a língua materna e a Língua Estrangeira
estudada a partir de textos, promovendo assim, o desenvolvimento dos pensamentos e
idéias.
282
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Cadernos Temáticos. Curitiba: SEED.
______________ . Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira
Moderna. Curitiba, 2008.
______________. Educando para as Relações Étnico-Raciais II Superintendência da
Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. – Curitiba, 2008.
283
11.12 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História da Matemática dá-nos a oportunidade de compreender a Ciência
Matemática como disciplina matemática. Ela nos revela como as antigas civilizações
conseguiram desenvolver os conhecimentos matemáticos que compõem a matemática de
hoje.
O nascimento da matemática deu-se por volta de 2000 a.C. de onde apareceram
os primeiros registros que podem ser classificados álgebra elementar.
Como ciência, a matemática, emergiu mais tarde em solo grego e vem se
desenvolvendo ao longo dos séculos, caracterizando-se de acordo com as necessidades
da época: formação das pessoas, caráter religioso, avanço das navegações, atividades
comerciais e industriais, surgimento das escolas, etc.
No Brasil os jesuítas instalaram os colégios católicos, mas a matemática não
alcançou destaque nas práticas pedagógicas. Mais tarde passou-se a ministrar
matemática para preparar estudantes de academia militar.
O início da modernização do ensino da matemática no Brasil aconteceu após a I
Guerra Mundial, e vem sendo repensado e reorganizado até hoje.
Embora o objeto do estudo da matemática, ainda se encontre em processo de
construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da matemática, de
forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático. Portanto, a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante
compreenda e se aproprie dos conceitos matemáticos concebidos como um conjunto de
resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc., e construa, por intermédio do
conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação
integral do ser humano e principalmente do cidadão, isto é, do homem reflexivo, crítico,
conhecedor de seus direitos e cumpridor de seus deveres.
284
Assim, como as demais áreas do conhecimento, colaboram para a formação
integral do indivíduo o conhecimento matemático, desenvolve o pensamento, o raciocínio,
estimativas, o exercício de levantamento de hipóteses, (aspectos necessários para
resolução de problemas). Desenvolvendo essas habilidades o indivíduo as incorporará na
sua prática do dia a dia, deixando de ser passivo e aceitar as coisas como são postas
pela classe dominante, pois, quanto mais conhecimento científico o indivíduo tem, mais
liberdade de ação e condições de agir, criticar questões sociais, políticas, econômicas,
históricas e intervir nelas, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade ele terá.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Proporcionar ao aluno uma visão geral do conhecimento matemático necessário
à formação do cidadão.
• Criar no aluno o hábito do estudo, fornecendo-lhe uma base sólida e abrangente
de conhecimentos básicos de matemática, que, aliados ao raciocínio lógico, irão facilitar a
aprendizagem em qualquer outra área do ensino e também a resolução de problemas da
vida prática.
• Levar o aluno a compreender o elemento afro-descendente, sua contribuição
para a formação da cidadania brasileira, dentro da disciplina de matemática.
“aprender Matemática é mais que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber esses mesmos problemas na vida cotidiana, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível” (PARANÁ, 1990, P.66)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos no ensino de Matemática do Ensino Fundamental são organizados
em Conteúdos estruturantes, pois o trabalho em sala de aula se dará de modo articulado,
de forma que estes sejam dinâmicos e interrelacionados, não apresentados de forma
estanque.
285
Os Conteúdos Estruturantes para a Educação Básica são: Números e Álgebra,
Grandezas e Medidas, Geometria, Funções e Tratamento da Informação.
Desdobramentos:
ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
NÚMEROS E ÁLGEBRA • Sistemas de Numeração;• Números Naturais;• Múltiplos e Divisores• Potenciação e Radiciação;• Números Fracionários;• Números Decimais;• Números Inteiros;• Números Racionais;• Equação e Inequação do 1º grau;• Razão e Proporção;• Regra de Três Simples;• Números Racionais e Irracionais;• Sistemas de Equações do 1º
grau;• Potências;• Monômios e Polinômios;• Produtos Notáveis;• Números Reais;• Propriedades dos Radicais;• Equação do 2º grau;• Teorema de Pitágoras;• Equações Irracionais;• Equações Biquadradas;• Regra de Três Composta;
GRANDEZAS E MEDIDAS - Medidas de Comprimento;- Medidas de Massa;- Medidas de Área;- Medidas de Volume;- Medidas de Tempo;- Medidas de Ângulos;- Sistema Monetário;- Medidas de Temperaturas;- Relações Métricas no Triângulo
Retângulo;- Trigonometria no Triângulo
Retângulo.
GEOMETRIAS - Geometria Plana;
286
- Geometria Espacial;- Geometria não Euclidiana;- Geometria Analítica.
FUNÇÕES - Noção Intuitiva de Função Afim;- Noção Intuitiva de Função Quadrática.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO -Dados, tabelas e gráficos;-Porcentagem;-Pesquisa Estatística;-Média Aritmética;-Moda e mediana;-Juro Simples-Gráfico e Informação;-População e Amostra;-Noções de Analise Combinatória;-Noções de Probabilidade;-Estatística;-Juros Compostos.
ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
NÚMEROS E ÁLGEBRA -Números Reais;-Números Complexos;-Sistemas Lineares;-Matrizes e Determinantes;-Polinômios;-Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares;
GRANDEZAS E MEDIDAS -Medidas de Área;-Medidas de Volume;-Medidas de Grandezas Vetoriais;-Medidas de Informática;-Medidas de Energia;-Trigonometria.
FUNÇÕES -Função Afim;-Função Quadrática;-Função Polinomial;-Função Exponencial;-Função Logarítmica;-Função Trigonométrica;-Função Modular;-Progressão Aritmética;-Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS -Geometria Plana;
287
-Geometria Espacial;-Geometria Analítica;-Geometria não Euclidiana
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO -Analise Combinatória;-Binômio de Newton;-Estudo das Probabilidades;-Estatística;-Matemática Financeira.
No Ensino Fundamental e Médio, de acordo com a Lei nº 11.645/08, referente à
História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena e temas referentes aos Desafios
Educacionais Contemporâneos serão trabalhadas as seguintes atividades:
• Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por
raça, renda e escolaridade e no município.
• Análise de pesquisas relacionadas ao negro e o índio e mercado de trabalho no
país;
• Realização com os alunos, pesquisas de dados no município e no estado com
relação à população negra e indígena.
• Gráficos que informem questões relativas ao meio ambiente, gravidez precoce,
doenças sexualmente transmissíveis, índices de drogaditos entre jovens e adolescentes,
educação fiscal (analisando tributos do município, normalmente publicados no jornal).
METODOLOGIA
O Ensino da Matemática será realizada a partir de situações do cotidiano dos
alunos, ou seja, de forma contextualizada, procurando fazer uma conexão entre os
conteúdos clássicos da disciplina e as informações do mundo moderno (leituras que
exigem o conhecimento matemático, ex. gráficos). Propiciar condições de o aluno passar
do conhecimento espontâneo para o conhecimento científico, através da problematização/
instrumentalização dos conteúdos. Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve
ser estimulado a:
• partir de situações problema internas ou externas à matemática;
• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
288
• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares,
• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
• argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006,
p. 29).
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,
ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e
discussão. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas
oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho,
bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).
É necessário que se faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades
dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu
conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de
demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais
manipuláveis, computador e calculadora.
A Avaliação será também realizada, de forma somatória, lembrando sempre que
não serve simplesmente para atribuir um valor numérico ao conhecimento adquirido pelo
aluno, mas é um instrumento mediador do processo ensino-aprendizagem que deve servir
como um reorientador das práticas em sala de aula, tanto para o professor quanto para o
aluno.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio
Livro Público Didático – Matemática
289
ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática . Série reflexões em educação
matemática. Rio de Janeiro: MEC/USU/GEPEM,1994.
Diretrizes Curriculares Estaduais de Matemática e Ciências para o Ensino Fundamental.
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
290
11.13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se
com a educação jesuítica. Nesse período, não havia uma educação institucionalizada,
partia-se de praticas pedagógicas restritas a alfabetização, tendo em vista manter os dis-
cursos hegemônicos da metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico de ensino organizava-
se, então, a partir de dois objetivos: a expansão católica e a submissão a um modelo eco-
nômico de subsistência da comunidade.
As primeiras praticas pedagógicas limitavam-se ao ensino do latim, para os pou-
cos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Quanto ao ensino da lín-
gua portuguesa, limitava-se, nessa época, as escolas de ler e escrever, mantidas pelos
jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram de gramática latina e retórica,
alem do estudo de grandes autores clássicos.
Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos es-
colares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito or -
ganizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor
dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino mol-
davam-se ao ensino do latim para os poucos que tinham acesso a uma escolarização
mais prolongada.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o ensino
da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa
foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, retórica e Poética,
abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ga-
nhou a denominação de Português.
291
A partir de 1967, iniciou-se, no Brasil, “um processo de 'democratização' do ensi -
no, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre ou-
tros fatores.”
A Lei nº 5692/71 ampliaria e aprofundaria a vinculação da educação com a indus-
trialização, ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho.
Com a Lei nº 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no pri-
meiro grau, Comunicação e Expressão, passou a pautar, então, em exercícios estruturais,
técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
A partir de 1970, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com
abordagens estruturalistas ou historigráficas do texto literário.
A partir da década de 1980, os estudos lingüísticos mobilizaram os professores
para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o
trabalho realizado nas salas de aula.
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-se
em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem, delineada
a partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para fazer frente ao ensino
tradicional.
No caso do Currículo do Paraná, pretendia-se uma prática pedagógica que en-
frentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise
mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com me-
nos ênfase nA conotação moralista.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 1990, também fun-
damentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacio-
nistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escri -
ta. No entanto, até hoje, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a introdução
de conceitos pouco reconhecidos pelos professores, como por exemplo, habilidades e
competências, termos que vincula o currículo ao mercado de trabalho.
292
Durante muito tempo, o ensino da Língua Portuguesa foi ministrado por meio de
conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social influente e pela tradição acadêmi-
ca/escolar.
As Diretrizes propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa esteja
sob o pilar dos processos discursivos, numa dimensão histórica e social. Por Conteúdo
Estruturante entende-se o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os
quais identificam e organizam uma disciplina escolar, A partir deles, advém os conteúdos
básicos e específicos, a serem trabalhados no cotidiano escolar.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes
instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o conteúdo estruturante é
o discurso como prática social.
A língua, sistema de representação do mundo, está presente em todas as áreas
de conhecimento. A tarefa de formar leitores e usuários competentes da escrita não se
restringe, portanto, à área de Língua Portuguesa, já que todo professor depende da lin-
guagem para desenvolver os aspectos conceituais de sua disciplina.
O trabalho com a língua no Ensino Fundamental focaliza a necessidade de dar ao
aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem funda-
mental para o exercício da cidadania.
Considerando que as práticas da linguagem são uma totalidade e que o sujeito
expande sua capacidade de uso da linguagem e de reflexo sobre ela em situações signifi-
cativas de interlocução, as propostas didáticas de ensino da língua portuguesa devem or-
ganizar-se tomando o texto (oral ou escrito) como unidade básica de trabalho, consideran-
do a diversidade de textos que circulam socialmente.
A prática reflexiva constante a partir de leituras variadas, associada a atividade
que permitam a compreensão e utilização de recursos da oralidade, libra e identificando
aspectos relevantes e analisando-os criticamente.
293
O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea, precisa estar com-
preendido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo da enunciação e do dis-
curso, e sua pratica deve estar relacionada a situação reais de comunicação.
Não é possível esperar que todos os textos que subsidiam o trabalho nas diversas
disciplinas sejam auto-explicativos. Sua compreensão depende necessariamente do co-
nhecimento prévio que o leitor tiver sobre o tema e da familiaridade que tiver construído
com a leitura de textos do gênero.
É tarefa de todo professor, ensinar, também, os procedimentos de que o aluno
precisa dispor para acessar os conteúdos da disciplina que estuda. Produzir esquemas,
resumos que orientem o processo de compreensão dos textos, bem como apresentar ro-
teiros que indiquem os objetivos e expectativas que cercam o texto que se espera ver
analisado ou produzido não pode ser tarefa delegada a outro professor que não o da pró-
pria área.
O trabalho desenvolvido demanda participação efetiva e responsável tanto na ca-
pacidade de análise crítica e reflexão sobre os valores e concepções veiculadas tanto na
possibilidade de participação e da transformação das questões envolvidas.
A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre sujeitos; as ativida-
des de leitura e produção devem ser significativas, respondendo às questões: Para quê?
Importa ensinar o aluno a usar a língua e não a gramática?
A aprendizagem desses aspectos, esta inserida em situações reais de interven-
ção no âmbito da escola.
OBJETIVOS
• Compreender a leitura; estabelecendo relações entre os textos. Formando
alunos – escritores capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes.
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos
do cotidiano e posicionando diante dos mesmos.
294
• Utilizar as várias formas de representações da comunicação criadas pelo ho-
mem, bem como seus objetivos de interpretação verbal, isto é, entre os sujeitos que inte-
ragem.
• Proporcionar situações de contato de leitura de mundo, para que o aluno de-
senvolva cada vez melhor um controle sobre as situações que se apresentam.
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.
• Utilizar a linguagem oral, libra, escrita e braille de modo a atender a deman-
da social, respondendo a diferentes propósitos comunicativos e expressivos.
• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise lingüística
para expandir sua capacidade de monitoração das possibilidades de uso da linguagem,
ampliando a capacidade de analise critica.
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamen-
tos críticos e a sensibilidade estéticas dos alunos, propiciando através da literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as
praticas da oratória, da leitura e da escrita.
A Proposta Pedagógica Curricular de Língua Portuguesa deve ter nas DCE do
Estado do Paraná a sua concepção de educação. Por isso, é importante saber qual é o
objeto de estudos da Língua Portuguesa, qual é o conteúdo estruturante e qual é o
básico, bem como a importância da disciplina na Educação Básica.
OBJETO DE ESTUDO: A proposta de ensino de Língua Portuguesa dá ênfase à
língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e
produtiva. Dessa forma, o objeto de estudo de Língua Portuguesa não pode ser outro
senão a própria língua. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como
ponto central do trabalho pedagógico.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.
Conteúdos Básicos: o conteúdo básico da disciplina de Língua Portuguesa é o
gênero textual visto a partir das práticas de LEITURA, ESCRITA, ORALIDADE que são
perpassadas pela ANÁLISE LINGUISTICA. Compreende-se por:
295
• LEITURA: identificação do tema e do argumento principal; interpretação
observando conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade, intertextualidade;
linguagem não-verbal; estética do texto literário, leitura não linear do texto, entre
outros.
• ORALIDADE: variedades lingüísticas, intencionalidade do texto, exemplos
de pronúncias e vocábulos estudados em diferentes países; finalidade do texto
oral, elementos extralingüísticos, entre outros.
• ESCRITA: adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e
marcas lingüísticas, clareza de idéias, paragrafação, adequação do conhecimento
adquirido à norma padrão, entre outros.
• ANÁLISE LINGUÍSTICA
Coesão e coerência. Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos,
palavras interrogativas, substantivos, preposições, verbos,concordância verbal e
nominal e outras categorias como elementos do texto. Pontuação e seus efeitos
de sentido no texto. Acentuação. Vocabulário, entre outros.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL • LEITURA• Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático- interlocutores- fonte- ideologia- papéis sociais representados- intertextualidade- intencionalidade- informatividade- marcas lingüísticas
296
Identificação do argumento principal edos argumentos secundáriosAs particularidades (lexicais,sintáticas e textuais) do texto emregistro formal e informal.Texto verbal e não-verbalORALIDADE
• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas
• Procedimentos e marcas lingüísticastípicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)
• Variedades lingüísticas• Intencionalidade do texto• Papel do locutor e do interlocutor:
- participação e cooperação• Particularidades de pronúncia de
algumas palavrasESCRITA
• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas
• Linguagem formal/informal• Argumentação• Coerência e coesão textual• Organização das idéias/parágrafos• Finalidade do texto
Refacção textualANÁLISE LINGUISTICAperpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
• Discurso direto, indireto e indiretolivre na manifestação das vozes que falam no texto
• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão,negrito, itálico, parênteses, hífen
• Acentuação gráfica• Valor sintático e estilístico dos modos
e tempos verbais• A representação do sujeito no texto
(expressivo/elíptico;
297
determinado/indeterminado; ativo/passivo)• Neologismo• Figuras de pensamento (hipérbole,
ironia, eufemismo, antítese).• Alguns procedimentos de
concordância verbal e nominal• Linguagem digital• Semântica• Particularidades de grafia de
algumas palavrasGÊNEROS DISCURSIVOS:história em quadrinho, piadas, adivinhas,lendas, fábulas, contos de fadas,poemas, narrativa de enigma, narrativa deaventura, dramatização, exposição oral,comercial para TV, causos, carta pessoal,carta de solicitação, email, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo, anedotas, entreoutros.
6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL LEITURA• Identificação do tema• Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático- interlocutores- fonte- intertextualidade- informatividade- intencionalidade- marcas lingüísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
• InferênciasORALIDADE
• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas
298
• Variedades lingüísticas• Intencionalidade do texto• Papel do locutor e do interlocutor: -
participação e cooperação• Particularidades de pronúncia de
algumas palavras• Elementos extralingüísticos:
entonação, pausas, gestos...ESCRITA
• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas linguísticas
• Argumentação• Paragrafação• Clareza de idéias• Refacção textual
ANÁLISE LINGUISTICA perpassando aspráticas de leitura, escrita e oralidade:
• Coesão e coerência do texto lido ouproduzido pelo aluno Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto.
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, acentuação gráfica
• Processo de formação de palavras• Gírias• Algumas figuras de pensamento
(prosopopéia, ironia ...)• Alguns procedimentos de
concordância verbal e nominal • Particularidades de grafia de algumas
palavrasGÊNEROS DISCURSIVOS:entrevista (oral e escrita), crônica de ficção,música, notícia, estatutos, narrativamítica, tiras, propaganda, exposição oral,mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos,álbum de família, literatura de cordel, cartade reclamação,diário, carta ao leitor, instruções de uso,cartum, história em quadrinhos, placas,pinturas, provérbios, entre outros.
299
7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL LEITURA• Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático- interlocutores- fonte- ideologia- intencionalidade- informatividade- marcas lingüísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
• As diferentes vozes sociais representadas no texto
• Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.
• Relações dialógicas entre textosORALIDADE
• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas
• Coerência global do discurso oral• Variedades lingüísticas • Papel do locutor e do interlocutor:
- participação e cooperação- turnos de fala
• Particularidades dos textos orais• Elementos extralingüísticos:
entonação, pausas, gestos... • Finalidade do texto oral
ESCRITA• Adequação ao gênero:
- conteúdo temático- elementos composicionais
• marcas lingüísticas• Argumentação • Coerência e coesão textual• Paráfrase de textos • Paragrafação • Refacção textual
ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando aspráticas de leitura, escrita e oralidade:
300
• Semelhanças e diferenças entre odiscurso escrito e oralConotação e denotação
A função das conjunções na conexão de sentido do texto
• Progressão referencial (locuçõesadjetivas, pronomes, substantivos...)
• Função do adjetivo, advérbio,pronome, artigo e de outras categoriascomo elementos do texto
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão,negrito, hífen, itálico
• Acentuação gráfica• Figuras de linguagem • Procedimentos de concordância
verbal e nominal • A elipse na seqüência do texto• Estrangeirismos • As irregularidades e regularidades da
conjugação verbal • A função do advérbio: modificador e
Circunstanciador Complementação do verbo e de outras palavrasGÊNEROS DISCURSIVOS:regimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística,paródia, resumo, anúncio publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura, entre outros.
8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS• Interpretação textual, observando:- conteúdo temático- interlocutores
301
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
- fonte- intencionalidade- intertextualidade- ideologia- informatividade- marcas lingüísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
• Informações implícitas em textos• As vozes sociais presentes no texto• Estética do texto literário
ORALIDADE• Adequação ao gênero:
- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas
• Variedades lingüísticas• Intencionalidade do texto oral• Argumentação• Papel do locutor e do interlocutor:
- turnos de fala• Elementos extralingüísticos:
entonação, pausas, gestos...ESCRITA
• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas
• Argumentação• Resumo de textos• Paragrafação• Paráfrase • Intertextualidade• Refacção textual
ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando aspráticas de leitura, escrita e oralidade:
• Conotação e denotação• Coesão e coerência textual• Vícios de linguagem• Operadores argumentativos e os
efeitos de sentidoExpressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...)
• Semântica• Expressividade dos substantivos e
sua função referencial no texto • Função do adjetivo, advérbio,
302
pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão,negrito, hífen, itálico
• Acentuação gráfica • Estrangeirismos, neologismos, gírias• Procedimentos de concordância
verbal e nominal • Valor sintático e estilístico dos modos
e tempos verbais• A função das conjunções e
preposições na conexão das partes do texto
• Coordenação e subordinação nasorações do texto GÊNEROS DISCURSIVOS:artigo de opinião, debate, reportagem oral eescrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, música, charges, editorial, curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembléia, agenda cultural, reality show, novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, entre outros.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURAInterpretação textual, observando:- conteúdo temático- interlocutores- fonte- intencionalidade- ideologia- informatividade- situacionalidade- marcas lingüísticasIdentificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
• Inferências
303
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL -As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e informal- As vozes sociais presentes no texto-Relações dialógicas entre textos- Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.- Estética do texto literário- Contexto de produção da obra literária- Diálogo da literatura com outras áreasORALIDADE
• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas
• Variedades lingüísticasIntencionalidade do texto
Papel do locutor e do interlocutor: - participação e cooperação- turnos de fala
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras
• Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)
• Finalidade do texto oral• Materialidade fônica dos textos
poéticos.ESCRITA
• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas
• Argumentação• Coesão e coerência textual• Finalidade do texto• Paragrafação• Paráfrase de textos• Resumos • Diálogos textuais• Refacção textual
ANÁLISE LINGÜÍSTICA PERMEADA NAS PRÁTICASANTERIORES
• Conotação e denotação • Figuras de pensamento e linguagem• Vícios de linguagem• Operadores argumentativos e os
efeitos de sentido
304
• Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...)
• Semântica• Discurso direto, indireto e indireto
livre na manifestação das vozes que falam no texto
• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
• Progressão referencial no texto • Função do adjetivo, advérbio,
pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto
• Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto
• Coordenação e subordinação nas orações do texto
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
• Acentuação gráfica • Gírias, neologismos, estrangeirismos• Procedimentos de concordância
verbal e nominal • Particularidades de grafia de
algumas palavrasGÊNEROS DISCURSIVOStextos dramáticos, romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada contemporâneo, fábulas, diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigos de opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta de reclamação, tomada de notas, resumo, resenha, relatório científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, pesquisa e defesa de trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia, propagandas, placas,outdoor, chats, e-mail, folder, blogs, fotoblog, orkut, fotos, pinturas, esculturas, debate, depoimento, folhetos, mapas, croqui, explicação, horóscopo, provérbios, e
305
outros...
METODOLOGIA
As aulas serão trabalhadas de forma variada, procurando despertar o interesse
dos alunos pelos assuntos abordados, garantindo a participação dos mesmos no proces-
so de construção do conhecimento.
O ensino da Língua Portuguesa hoje deve abordar a leitura, a produção de textos
e a produção gramatical sobre uma mesma perspectiva da língua como instrumento de
comunicação e interação social. Para isso propõem-se:
· Retomar os temas anteriormente, sob outros enfoques e linguagens;
· Propiciar momentos de vivência, bem como desenvolver outras formas de ex-
pressão e ampliar de forma sistematizado e gradual suas habilidades orais de leitura e es-
crita;
· Trabalhando em grupo aprendendo a ouvir a voz dos colegas, ouvir criticas e de-
las tirar o melhor proveito, a reconsiderar seus pontos de vista, a pensar da melhor manei-
ra e obter sucesso no conjunto;
· Trabalhar diferentes tipos de texto;
· Ampliar seus referenciais e suas leituras de mundo;
· Realizar com alunos estudos e pesquisar de países que falam a língua portugue-
sa. Qual a composição étnica? Apurar as diferenças entre o português falado e o escrito
entre eles: alimentação, música, religião...
· Oferecer um conjunto de atividades aos alunos para utilizá-los de forma efetiva e
criativa;
· Realizar e exercitar determinadas operações como: antecipações a partir do
contexto e do conhecimento prévio que possui;
· Trabalhar levantamentos de hipótese, captando o que não está explícito: rela-
ções entre forma e conteúdo;
As práticas discursivas subdividem-se em:
306
PRÁTICA DA ORALIDADE
Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho
precisa pautar-se em situações reais de uso de fala, valorizando-se a produção de discur-
sos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do processo interativo.
Compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como
ponto de partida os conhecimentos lingüísticos dos alunos, promovendo situações que os
incentivem a falar, ainda do “seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade de linguagem
que eles empregam suas interações familiares, no cotidiano.
PRÁTICA DA LEITURA
A leitura como um processo de produção de sentido que se dá a partir de intera-
ções sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor com a intersec-
ção dos textos midiáticos com os literários, por meio das transposições que a linguagem
cinematográfica, por exemplo, exige podem constituir bons motivos para aprimorar a refle-
xão e fazer proliferar o pensamento.
O professor pode planejar uma ação pedagógica que permita ao aluno não só a
leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência, como também a lei-
tura de textos mais difíceis, que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias com a
devida mediação do professor.
PRÁTICA DA ESCRITA
Em relação à escrita, resulta-se que as condições em que a produção acontece
(quem escreve, o que, para quem, para quem, por que, quando, onde e como se escreve)
é que determinam o texto. Cada gênero textual tem suas peculiaridades: a composição, a
estrutura e o estilo do texto variam conforme se produza uma história, um poema, um bi -
lhete, uma receita, um texto de opinião, ou outro tipo de texto.
O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que aconte-
ce em vários momentos: o da motivação para produção do texto; o da reflexão, reestrutu-
307
ração e reescrita do texto, que acaba se constituindo, também, em um produtivo momento
de reflexão.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um pro-
cesso de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno
ao longo do ano letivo.
A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a
chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;”),
vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em rela-
ção à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório.
Realizada geralmente ao final de um programa ou de um determinado período, a
avaliação somativa é usada para definir uma nota ou estabelecer um conceito. Não se
quer dizer com isso que ela deva ser excluída do sistema escolar, mas que as duas for -
mas de avaliação – a formativa e a somativa – servem para diferentes finalidades.
Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve usar a
observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo
e/ou objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibili -
tando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao
aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para
que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refle-
308
tem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoa-
mento lingüístico constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada
que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na
condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagó-
gica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamen-
to teórico.
Portanto, a avaliação será diagnóstica, contínua, cumulativa e formativa.
Através da avaliação formativa, o professor pode perceber que os alunos pos-
suem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica,
aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.
Informando o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajudando-os a
refletir. Faz, ainda, com que o professor procure caminhos para que todos os alunos
aprendam e participem mais das aulas.
Todas as atividades podem e devem ser permanentemente avaliadas, conside-
rando que o caráter da avaliação consiste em verificando se as atividades propostas atin-
giram o objetivo.
O aluno será avaliado através de debates, apresentação oral, atividades diárias,
apresentação de trabalhos individuais e em equipe, exposição de painéis, provas, produ-
ção e interpretação oral e escrita, leitura com fluência, entonação, postura e expressivida-
de.
REFERÊNCIAS
GARCIA, Regina L. No Cotidiano da escola: pistas para o novo. Caderno CEDES,Cam-
pinas, SP: Mercado de Letras, 2000.
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA/SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO.
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Departamento de Ensino Fundamental.
Coordenação da Educação Escolar Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
309
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: educando para as relações
étnico-raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
KOCH, Ingedore. A coesão textual. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1991. MURRIE, Zuleika.
O ensino de português: do 1° grau à universidade. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1994.
PARANÁ. DCE – Diretrizes Curriculares da Língua Portuguesa. 2008. Disponível em:
www.diaadiaeducação. /acesso:11/08/2010.
POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4. ed. Campinas, SP: Mercado de Le-
tras, 1999.
SUASSUNA, Lívia. Ensino da língua portuguesa: uma abordagem pragmática. Campi-
nas, SP: Papirus, 1995.
310
11.14 PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Química tem papel essencial na formação do sujeito , pois , ligada diretamente
à vida , é uma ciência que leva ao estudo das substâncias materiais e suas
transformações , portanto deve ser apresentado ao estudante no sentido de possibilitar o
entendimento do mundo , levando–o a pensar criticamente e refletir sobre as razões dos
problemas despertando assim a curiosidade e o interesse pela descoberta.
Levar o estudante a compreender o processo de criação científica , conduzí-lo a
entender os princípios , as leis , as teorias , e analisar os conhecimentos adquiridos ,
sua aplicação prática , sua relevância social e suas implicações ambientais . Além
disso , utilizar os conhecimentos para interpretar os fenômenos relacionados a essa e
reconhecê-la como criação humana , compreendendo os aspectos históricos e suas
relações com o contexto cultural , sócio-econômico e político .
CONTEÚDO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: . Matéria e sua natureza. . Biogeoquímica
. Química Sintética.
CONTEÚDOS BÁSICOS: MATÉRIA
. Constituição da matéria;
. Estados de agregação;
. Natureza elétrica da matéria ;
. Modelos atômicos ( Rutherford , Thomson , Dalton, Bohr ).
. Tabela periódica .
311
SOLUÇÃO
. Substância : simples e compostas;
. Misturas;
. Métodos de separação;
. Solubilidade ;
. Concentração;
. Forças intermoleculares ;
. Temperatura e pressão;
. Densidade ;
. Dispersão e suspensão;
. Tabela Periódica.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
. Reações químicas ;
. Lei das reações químicas;
. Representação das reações químicas ;
. Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas .( natureza dos
reagentes , contato entre os reagentes ,teoria de colisão );
. Fatores que interferem na velocidade das reações ( superfície de contato ,
temperatura, catalisador , concentração dos reagentes , inibidores );
. Lei da velocidade das reações químicas ;
. Tabela Periódica .
EQUILÍBRIO QUÍMICO
. Reações químicas reversíveis;
. Concentração;
. Relações matemáticas e o equilíbrio químico ( constante de equilíbrio );
. Deslocamento de equilíbrio ( princípio de Le Chatelier ) : concentração ,
pressão , temperatura e efeito dos catalisadores ;
. Equilíbrio químico em meio aquoso ( pH, constante de ionização , Ks );
312
. Tabela Periódica .
LIGAÇÃO QUÍMICA
. Tabela Periódica ;
. Propriedade dos materiais ;
. Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais ;
. Solubilidade e as ligações químicas ;
. Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;
. Ligações de hidrogênio ;
. Ligação metálica ;
. Ligação sigma e pi ;
. Ligações polares e apolares ;
. Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS
. Reações de oxi- redução
. Reações exotérmicas e endotérmicas;
. Diagrama das reações exotérmicas e endotérmicas;
. Variação de entalpia;
. Calorias;
. Equações termoquímicas ;
. Princípios da termodinâmica ;
. Lei de Hess ;
. Entropia e energia livre
. Calorimetria ;
. Tabela Periódica .
RADIOATIVIDADE
. Modelos Atômicos ( Rutherford ) ;
. Elementos químicos ( radioativos );
. Tabela Periódica ;
313
. Reações químicas ;
. Velocidades das reações;
. Emissões radioativas ;
. Leis da radioatividade ;
. Cinética das reações químicas ;
. Fenômenos radiativos ( fusão e fissão nuclear ) ;
GASES
. Estados físicos da matéria ;
. Tabela Periódica ;
. Propriedades dos gases ( densidade / difusão e fusão, pressão x temperatura,
pressão x volume e temperatura x volume);
. Modelo de partículas para os materiais gasosos;
. Misturas gasosas;
. Diferença entre gás e vapor ;
. Lei dos gases.
FUNÇÕES QUÍMICAS
. Funções orgânicas ;
. Funções inorgânicas ;
. Tabela Periódica .
Serão ainda inseridos como conteúdos a cultura e história afro-brasileira ( Lei nº
10.639/03 , sendo obrigatória a abordagem de conteúdos que envolvam a temática de
história e cultura afro-brasileira e africana ) , história e cultura dos povos indígenas
respaldado pela Lei nº 11.645/08 e educação ambiental com base na lei 9795/99 , que
institui a Política Nacional de Educação Ambiental, relacionando–os aos conteúdos
estruturantes de modo contextualizado .
METODOLOGIA
314
Os conteúdos serão abordados levando em conta a capacidade cognitiva do
estudante , proporcionando ao mesmo , condições de compreensão do processo de
criação científica.
Serão utilizados textos extraídos de jornais e revistas , para instigar a
curiosidade do estudante , despertar o desejo de aprender e mostra que a Química é
uma ciência extremamente vinculada a realidade ,e sempre que possível , lançaremos
mão de observações presentes no dia a dia dos estudantes para ilustrar os conteúdos
estruturantes , utilizando uma linguagem simples e acessível que provoque a
observação dos fatos , e discussão de suas causas e conseqüências .
Em momentos oportunos serão realizados experimentos de laboratórios que
auxiliem na construção dos conceitos e torne mais fácil , eficiente e agradável o
aprendizado de Química.
AVALIAÇÃO
Se o objetivo da proposta é garantir o estudo da química, então ao avaliar
deve-se considerar a apropriação do conteúdo pelos estudantes. Considerar o
progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais e culturais, a
evolução das idéias e não neutralidade da ciência.
Deve-se buscar sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem como um
todo, não só para verificar o aprendizado, mas para à partir dela, o professor encontrar
subsídios para intervir.
Partir da avaliação Formativa e Processual .
O estudante será avaliado ao longo do processo ensino aprendizagem através
de observação constante quanto à participação, raciocínio, expressão oral e escrita,
pesquisas diversas individual e em grupos.
315
REFERÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA/SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO.
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Departamento de Ensino Fundamental.
Coordenação da Educação Escolar Indígena. – Curitiba: SEED – Pr., 2006.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA AS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS/PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.
Superintêndencia da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. – Curitiba: SEED-
PR,2006. (Cadernos Temáticos).
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - DIRETRIZES
CURRICULARES DE QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO , 2008.
316
11.15 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais
que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta
encruzilhada da ciência, reconhecida como o saber legítimo e verdadeiro e da sociedade
a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia.
Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência
disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua
pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo
para digeri-los.
Este contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica forma um
quadro amplo marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a
Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial, em processo desde o
século XVII, e uma revolução na ciência, que se firma com o iluminismo, com sua fé na
razão e no progresso da civilização.
A Sociologia como uma disciplina no conjunto dos demais ramos da ciência,
especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma independente do trabalho
pedagógico em traduzi-la como parte curricular nas escolas de níveis médio e superior.
São intercomunicantes os caminhos dos estudos e pesquisas acadêmicas e as atividades
curriculares no magistério. Fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com base na
pesquisa científica e esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo são faces de
um mesmo problema. É pensando uma e outra que se realiza a dimensão histórica da
ciência e, desse modo, é aqui situada a Sociologia no Brasil.
No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva,
paralelamente à divulgação da obra de Comte, na Europa do último quartel do século XIX.
Florestan Fernandes (1977), ao traçar três épocas de desenvolvimento da
reflexão sociológica na sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma
317
conexão episódica entre o direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A
segunda é caracterizada pelo pensamento racional como forma de consciência social das
condições da sociedade, nas primeiras décadas do século XX; a terceira época, em
meados do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos sociais
aos padrões de cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências
metodológicas em países europeus e nos Estados Unidos.
Os anos 1930 foram de plena efervescência da Sociologia que se
institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no
campo da pesquisa e editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão
sobre as peculiaridades da cultura e sociedades brasileiras.
A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui
disciplina no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a
questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso, não está livre de
contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a vitória de uma estratégia
de afirmação quando o quadro social e político do país era adverso, apontam Vianna,
Carvalho e Melo (1995).
A Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de democracia para
uma ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso não foram
decisórias, pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos anos trinta
e a dos anos sessenta.
Como em outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular é
parte do seu processo de institucionalização, ampliando e conformando a comunidade
científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos pedagógicos, que
promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em nível escolar.
De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase humanística
nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva transformadora que possa
inspirar projetos de sociedade e visões políticas avançadas. Esta é uma forma de
resposta das sociedades no horizonte da modernidade instalada.
318
Os cursos secundários abrigaram a disciplina antes de a Sociologia ser
considerada disciplina acadêmica em cursos do ensino superior. Numa sequência,
durante a década de 1930 surgem os cursos de Ciências Sociais, no país: em 1933, na
Escola Livre de Sociologia e Política (SP), em 1934, na Universidade de São Paulo, em
1935, na Universidade do Distrito Federal (RJ) e em 1938, na Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras do Paraná. Esse lócus institucional da Sociologia acadêmica é estímulo
para a produção do conhecimento e ampliam-se compêndios didáticos elaborados nesse
período, num esforço de sistematização da nova ciência.
Em meados da década de 1920, a disciplina sociológica integrou o currículo para
a formação de educadores primários e secundários dos estados do Rio de Janeiro e
Pernambuco. A centralização do sistema educacional no país e a reforma do ensino
levam a Sociologia aos chamados cursos complementares, de preparação dos estudantes
para estudos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas, Engenharia e
Arquitetura.
Com a Reforma Capanema, em 1942, desaparece essa participação, que
repercutiu sobre a alta produção de livros didáticos à época. Todas as vezes que a
Sociologia deixa de ser disciplina obrigatória, ausenta-se da formação educacional básica
e evidencia-se a desconsideração para com essa área de conhecimento e forma de
interpretação da realidade social.
O ambiente democrático da política nacional durante a década de 1950 e parte
dos anos 60 colocou a Sociologia presente nos cursos superiores de Ciências Sociais, e
também no currículo de outros cursos graças à expansão das Faculdades de Filosofia,
Ciências e Letras. No ensino médio, entretanto, sua inserção não se fez permanente;
continuou uma disciplina opcional e intermitente nos currículos.
No período da chamada transição democrática, a partir de 1982, houve
movimentação social de professores e estudantes em alguns estados brasileiros e São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Pernambuco e Distrito
Federal clamaram pela inclusão da Sociologia no Ensino Médio.
Havia expectativa com a Constituição de 1988, mas a partir de 1989, com a
promulgação das novas Constituições Estaduais, frustraram-se as possibilidades e
iniciativas de a disciplina vir a ser obrigatória nos currículos escolares.
319
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas
para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art.36, §1º,
inciso III, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia
necessários ao exercício da cidadania”. Contudo, durante a sua regulamentação, o seu
sentido foi alterado.
Em 2001, o retorno da disciplina Sociologia foi vetado pelo então presidente
Fernando Henrique Cardoso, justificando-o pela insuficiência de profissionais para suprir a
demanda de professores.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio apresentaram como
proposta o tratamento interdisciplinar dos conteúdos de Sociologia, esvaziando sua
especificidade e o caráter de obrigatoriedade. Esta nova derrota para o ensino da
Sociologia impulsionou uma série de discussões e propostas de ações para reverter a
situação em diferentes estados, visto que a obrigatoriedade da disciplina no Ensino Médio
não estava garantida.
A partir do segundo semestre de 2007, todas as escolas têm de oferecer as
disciplinas em duas aulas por semana durante pelo menos um dos três anos do curso,
porque em 7 de julho de 2006, o Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na
Lei 9.394/96, a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio. A obrigatoriedade
do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo Conselho Nacional de
Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de Ensino Médio do
estado.
Em função de sua história intercalar como disciplina escolar, a Sociologia não
desenvolveu ainda uma tradição pedagógica, havendo insuficiências na elaboração de
reflexões sobre como ensinar as teorias e os conceitos sociológicos, bem como
dificuldades na delimitação dos conteúdos pertinentes ao Ensino Médio. Por ter se
mantido como disciplina acadêmica nos currículos de Ensino Superior, a tendência tem
sido a reprodução desses métodos, sem a adequação necessária à oferta da Sociologia
para jovens estudantes do Ensino Médio.
320
A sociologia, disciplina curricular do Ensino Médio, de acordo com a instrução
01/2004, sendo esta pautada nos documentos oficiais: LDB, DCN e PCNs. A importância
de trabalhar a disciplina com os educandos tem como finalidade, segundo a LDB:
“Desenvolver no educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício
da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores.”
Quando a lei trata do exercício da cidadania, é necessário definir o espaço da
disciplina perante o Ensino Médio, definindo qualquer concepção de cidadania deve
estar implícita em todos professores e alunos. Ainda de acordo com o que
preconiza a LDB 9394/96, art. 36 &1º, inciso III, o aluno tem que ter o domínio dos
conhecimentos filosóficos e sociológicos necessários ao exercício da cidadania.
Partindo deste princípio, é preciso que a sociologia garanta ao educando do
Ensino Médio que, a partir do senso comum e de situações vivenciadas no cotidiano,
busque superar esse nível de compreensão de mundo, desenvolvendo assim
uma concepção científica qualquer atenda às exigências do homem contemporâneo,
crítico e transformador, por meio do qual se possa analisar a complexidade da sociedade
contemporânea. Os conteúdos devem ser abordados de modo claro,dialógico,
diferenciado do senso comum, tendo, por parte do aluno, a incorporação de uma
linguagem sociológica permitindo perceber a realidade e através de conceitos explicar tal
realidade. Permitindo ao educando agir como indivíduo ativo, participante das dinâmicas
sociais, fornecendo, para isto, elementos necessários para a formação de um cidadão
consciente de um mundo social, econômico, político, de suas potencialidades, capaz de
agir e reagir diante desse mundo.
OBJETIVOS
· Identificar, analisar, comparar os diferentes discursos sobre a realidade e as
teorias sociais;
· Desenvolver a criatividade relacionada a cultura;
· Compreender o papel da Sociologia relacionada às questões históricas, políticas
e sociais;
321
· Analisar e constatar as origens do estado e de sua reorganização frente ao
mundo globalizado.
CONTEÚDOS
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO1.O Surgimento da Sociologia e Teorias
Sociológicas
* Formação e consolidação da sociedade
capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte,
Durkheim, Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da sociologia no
Brasil.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO2. Processo de Socialização e as
Instituições Sociais
- Processo de Socialização;
- Instituições sociais: Familiares;
Escolares; Religiosas;
· Instituições de Reinserção (prisões,
manicômios, educandários, asilos, etc).3. Cultura e Indústria Cultural - Desenvolvimento antropológico do conceito
de cultura e sua contribuição
na análise das diferentes sociedades;
- Diversidade cultural;
- Identidade;
- Indústria cultural;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de consumo;
- Indústria cultural no Brasil;
- Questões de gênero;
- Cultura afro-brasileira e africana;
Culturas indígenas.
322
4. Trabalho, Produção e Classes
Sociais.
- O conceito de trabalho e o trabalho nas
diferentes sociedades;
- Desigualdades sociais: castas, classes
sociais
- Organização do trabalho nas sociedades
capitalistas e suas contradições;
- Globalização e Neoliberalismo;
- Relações de trabalho no Brasil.
METODOLOGIA
O aluno do Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária e em
sua diversidade cultural, além de importantes aspectos como a linguagem, interesses
pessoais e profissionais, necessidades materiais, deve se ter em vista as peculiaridades
da região em que a escola está inserida e a origem social do aluno, para que a
metodologia utilizada possa responder as necessidades desse grupo social.
O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloque como sujeito de seu
aprendizado, não importa que seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, ou análise
de filmes, mas importa que o aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria
com o vivido, a rever conhecimentos e reconstruir coletivamente conhecimentos.
O livro didático público, ou outro material didático, não esgota ou supre todas as
necessidades de ensino de Sociologia.
AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de Sociologia, conforme proposta nas Diretrizes, pauta-se
numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados
com os critérios de avaliação propostos em sala de aula.
Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-
a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise
323
“desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o
melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.
Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a
avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da
percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.
De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram
dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.
Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como instrumento docente para
a reformulação da prática através das informações colhidas.
Nesse sentido, a avaliação também se pretende continuada, processual, por estar
presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante
intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os
textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que
demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática.
Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-
las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,
compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita
da sua percepção de mundo.
Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da
situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva
aprendizagem.
As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias
práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates,
324
que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a
produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática,
enfim várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-
las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da
apreensão//compreensão//reflexão dos conteúdos pelo aluno. Por fim, entendemos que
não só o aluno, mas também professores e a instituição escolar devem constantemente
ser avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e principalmente em seus
princípios políticos com a qualidade e a democracia.
· De forma contínua e participativa;
· Através de trabalho de pesquisa;
· Avaliação escrita;
· Apresentação de trabalho.
REFERÊNCIAS
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.
CHAUI, M. S. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.
COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
DURKHEIM, É. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar
Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).
325
PARANÁ. DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado
do Paraná. – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Sociologia.
Secretaria e Estado da Educação. Curitiba: SEED, 2008.
IANNI, Octávio. Sociologia e sociedade no Brasil. São Paulo: Editora Alfa-Omega,
1975.
MORIN, Edgar. Sociologia; a sociologia do microssocial ao macroplanetário.
Apartado 8: Publicações Europa-América,
326
11.16 Modalidade: Ensino Fundamental (Sala de Apoio)
Disciplina: Língua Portuguesa
Série:5ª séries Turmas: A ,B , C, D e E
1.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
2.CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
LEITURA
Espera-se que o aluno:
♦Realize leitura compreensiva do texto;
♦Localize de informações explícitas e implícitas no texto;
♦Posicione-se argumentativamente;
♦Perceba do ambiente no qual circula o gênero;
♦Identifique a idéia principal do texto;
♦Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
♦Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
♦Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre as partes e
elementos do texto.
♦Domínio da mecânica da leitura (fluência, entonação e ritmo) ;
♦Leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema, o mesmo tema em linguagens
diferentes, o mesmo tema tratado em épocas diferentes;
♦Prática de leitura de textos informativos e ficcionais;
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
♦Expresse suas idéias com clareza;
♦Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas
(gênero, interlocutor, finalidade...);
♦Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
327
♦Marcas lingüísticas: coesão,coerência, gírias, repetição;
♦Elementos semânticos;
♦Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,repetições, etc);
♦Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
♦Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito);
♦Análise da argumentação;
♦Reconhecer as especificidades dos textos informativos e ficcionais;
♦Produzir textos com clareza, coerência, unidade temática e estrutural, bom nível
argumentativo e adequação vocabular.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
♦Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
♦Apresente idéias com clareza;
♦Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
♦Compreenda os argumentos no discurso do outro;
♦Exponha objetivamente seus argumentos;
♦Organize a seqüência da fala;
♦Respeite os turnos de fala;
♦Analise os argumentos apresentados.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
♦ Interpretação de texto, tipologias textuais, leitura e produção textual.
♦ Exercícios para troca de letras surdas/sonoras
♦ Língua e linguagem
♦ Variedades e registro
♦ Fonema /S/ - regras gerais – s , s, c, ç, x, xc, z, sc, sç.
♦ Fonema /Z/ - s , z ou x – regras gerais OSO.
♦ S e Z nas terminações ÊS, EZ e ESA , EZA.
328
♦ Separação de sílabas
♦Ortografia
♦Dificuldades ortográficas
♦Pontuação
♦Caça palavras
♦Cruzadinha
♦Diagrama
♦Reorganização de fragmento de texto
♦Frases com erros ortográficos
♦Ordenação de frases
♦Eliminação de repetição de termos na produção textual
♦Jogos diversos: qual é a letra, quebra cabeça, qual é a palavras, advinhas, qual é a
música, jogo de memória- antônimo,sinônimo; jogo alfabeto silábico, jogo de associação
de idéias, dominó, dama.
♦Gramática contextualizada
♦Produção textual
♦Reestruturação textual
♦Reescrita de histórias
♦Ficha de leitura
♦Linguagem formal e informal
♦Emprego do tempo presente, passado e futuro
♦Sílabas travadas pelas consoantes r/s/l/n/z/
♦Plural das palavras
3. JUSTIFICATIVA
O presente Plano de Trabalho Docente justifica-se pela necessidade em
defasagem de estudo, bem como atender e aprimorar o seu processo de ensino
aprendizagem, sanando as dificuldades detectadas.
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
329
-Aulas expositivas e dialogadas
- Pesquisa em sala de aula e na biblioteca
-Trabalho em duplas
-Leitura de textos diversificados (A hora do conto – pelos alunos)
- Música
5.RECURSOS DIDÁTICOS
♦ Livros didáticos e paradidáticos
♦Textos xerocopiados
♦Rádio
♦Sulfites
♦Revistas
♦Gibis
♦Tiras
♦Apagador
♦Jogos
♦TV Multimídia
♦DVD
♦Caderno, lápis, borracha, lápis-de-cor
♦Pendrive e computador
♦Fantoches
♦Quadro de giz
6. AVALIAÇÃO
Tem como princípios acompanhar, analisar, planejar e intervir, sendo orientadora
do processo de ensino e aprendizagem de cada criança. Assume, portanto, a dimensão
formativa ou continuada tendo função diagnóstica, processual, descritiva e qualitativa,
indicando os níveis consolidados pela criança, suas necessidades e as estratégias de
intervenção, sendo assim o aluno frequentará a sala de apoio pelo tempo necessário
para a superação das dificuldades e obtenção de êxito no processo de aprendizagem na
classe comum.
330
7. REFERÊNCIAS
COLETÂNEA DE TEXTOS – LÍNGUA PORTUGUESA –SALA DE APOIO À
APRENDIZAGEM- SEED- DEPARTAMENTO DE E.F.
SEED.DIRETRIZES CURRICULARES DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA OS ANOS
FINAIS DO E.F E PARA O E.M. CURITIBA: SEED 2008.
SCHNEUWLY, Bernard & DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na
escola.Campinas: Mercado de Letras, 2004.
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento
SOUZA, Lusinete Vasconcelos de. As proezas das crianças em textos de opinião.
Campinas: Mercado de Letras, 2003.
BRITTO, Luiz Percival. Contra o consenso. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003.
331
11. 17 Modalidade: Ensino Fundamental (Sala de Apoio)
Disciplina: Matemática
Série: 5ª séries Turmas: A ,B , C, D e E
1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
2.1. Números e Álgebra
. Sistema de Numeração
. Números Naturais
. Múltiplos e Divisores
. Potenciação e Radiciação
. Números Fracionários
. Números Decimais
2.2.Grandezas e Medidas
. Medidas de comprimento
. Medidas de Massa
. Medidas de Áreas
. Medidas de Volume
. Medidas de Tempo
. Medidas de Ângulos
. Sistema Monetário
2.3. Geometrias
. Geometria Plana; Geometria Espacial
2.4. Tratamento da Informação
. Dados , Tabelas e Gráficos; Porcentagem
332
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
. Um pouco de História dos Números
. Criando símbolos e regras
. Sistema de Numeração Decimal
. Leitura e escrita de números no Sistema de Numeração Decimal
. Os Números Naturais e os processos de contagem
. A Reta Numérica e os Números Naturais
. Adição e Subtração de Números Naturais
. Multiplicação e Divisão de Números Naturais
. Resolução de Problemas
.Sequência dos múltiplos de um número
. Critérios de divisibilidade
. MMC e MDC entre dois ou mais números naturais
. Potenciação
. Quadrados , cubos e Potências
. O expoente 0 e o expoente 1
. Raiz Quadrada
. Inteiro e partes do inteiro
. Números mistos e frações impróprias
. Frações Equivalentes
. Comparação de frações
. Operações de frações
. Inversa de uma fração
. Potenciação e raiz quadrada de frações
. A notação decimal
. Números decimais na forma de fração
. Comparação de números decimais
. Adição subtração divisão e multiplicação de números decimais
. Divisão de números decimais com quociente decimal
. O que é Medir
. Comprimento no Sistema Métrico Decimal
. Medindo perímetros
. Trabalhando com quilograma: seus múltiplos e submúltiplos
333
. Medindo superfícies com unidades padronizadas
. Cálculo de áreas usando o metro quadrado como padrão de medida
. O metro cúbico como padrão de medida de volume
. Como medir o tempo
. Transformação de unidades de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos
. Falando um pouco de Ângulo
. Ângulos – elementos e representação
. Medidas de ângulos
. Utilizando o transferidor
. Retas perpendiculares e retas paralelas
. O que é sistema monetário?
. O Sistema Monetário Brasileiro e sua evolução
. Reconhecer e estabelecer relação entre Ponto, Reta, Semi-Reta e Segmento de Reta
. Conceituar e classificar Polígonos
. Diferenciar Círculos e Circunferência , identificando seus elementos
. Reconhecer os sólidos geométricos bem como os poliedros, identificando suas
particularidades
. Identificar diferentes tipos de gráficos bem como a leitura e compreensão dos mesmos
. Resolver situações-problemas que envolvam porcentagem, bem como estabelecer
relação entre
porcentagem e números fracionários e decimais
3. JUSTIFICATIVA
O presente Plano de Trabalho Docente justifica-se pela necessidade em
defasagem de estudo, bem como atender e aprimorar o seu processo de ensino
aprendizagem , sanando as dificuldades detectadas.
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
. Estimular o aluno para que pense, crie, relacione ideias, descubra e tenha autonomia de
pensamento para tal é necessário fazer uso de atividades que envolvam desafios, jogos,
problemas curiosos
. Realizar dinâmicas criativas que despertem o interesse pela aprendizagem matemática
334
. Trabalhar por meio de situações-problema da vivência do aluno, assim como
informações
audiovisuais que tratam de assuntos de atualidade
. Desenvolver o conteúdo com significado
. Enfatizar igualmente os conteúdos estruturantes da Matemática
. Propiciar atividades que permitam ao aluno condições de solucionar exercícios básicos e
complementares e ainda, exposições para apresentações dos conteúdos
5. RECURSOS DIDÁTICOS
. Materiais didáticos, necessários para dinâmicas
. Textos xerocopiados
. Quadro de giz
. Réguas , transferidor, esquadros e compassos
. Calculadoras
. Material gráfico
. Recursos áudio visuais
. Textos diversos
. Exercícios de apoio , utilizando-se de microcomputador com impressora; pendrive
. Aproveitamento do espaço físico da escola
6. AVALIAÇÃO
Tem como princípio acompanhar , analisar, planejar e intervir, sendo orientadora
do processo de ensino e aprendizagem de cada criança.
Assume, portanto a dimensão formativa ou continuada tendo função diagnóstica ,
processual , descritiva e qualitativa, indicando os níveis consolidados pela criança, suas
necessidades e as estratégias de intervenção , sendo assim o aluno frequentará a sala de
apoio pelo tempo necessário para a superação das dificuldades e obtenção de êxito no
processo de aprendizagem na classe comum.
7. REFERÊNCIAS
335
ANDRINI, Álvaro, VASCONCELOS, Maria José. Novo Praticando Matemática , 1ª ed. São
Paulo: Editora do Brasil,2002.
BONGIOVANNI, VISSOTO, LAUREANO . Matemática e Vida, São Paulo: Ática, 2002.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. São Paulo: Ática , 2009.
GIOVANNI, CASTRUCCI, GIOVANI JR. A Conquista da Matemática. São Paulo: FTD
S.A. 1998.
PARANÁ. DIRETRIZES Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. SEED,
2008.