PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
COLÉGIO ESTADUAL ALFREDO MOISÉS MALUFENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Arlindo Marquezine Nº 654 – CEP 87023180Conjunto Hermann Moraes de Barros – Maringá Pr
[email protected]: (44) 32636867 / 32639677
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
MARINGÁ2011
1
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................5
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...........................................................5
1.1. Escola..............................................................................................................5
1.2. Localização......................................................................................................5
1.3. Dependência Administrativa ..........................................................................6
1.4. NRE.................................................................................................................6
1.5. Entidade Mantenedora....................................................................................6
1.6. Aspectos Históricos.........................................................................................6
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR...........................................................7
2.1. Modalidade de Ensino, número de turmas e turno.........................................7
2.2. Implantação do ensino de nove anos do ensino fundamental........................9
2.3. Ambientes Pedagógicos...................................................................................9
2.4. Regime Escolar..............................................................................................11
2.5. Critérios de Organização de Turma...............................................................12
2.6. Organização curricular utilizada...................................................................12
3. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR ............................................12
3.1. Diagnóstico e perfil da comunidade..............................................................13
3.2. Identificação dos problemas relativos à aprendizagem e aos índices de
aproveitamento escolar........................................................................................49
3.3. Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino e probabilidades e avanços da
prática pedagógica...............................................................................................49
3.4. Identificação dos problemas relativos à gestão escolar................................52
3.5. Formação Inicial e Continuada dos profissionais da educação.....................53
3.6. Relação entre os profissionais da escola e discentes....................................54
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................55
4.1. Filosofia da Escola.........................................................................................55
4.2. Objetivos do Colégio ...................................................................................57
4.3. Concepção de infância e adolescência..........................................................58
4.4. Currículo.......................................................................................................60
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
4.5. Trabalho como princípio educativo e tecnologias.........................................61
4.6. Ensino, aprendizagem e avaliação................................................................62
4.7. Conselho de classe participativo...................................................................65
4.8. Propostas de trabalho pertinentes à organização escolar.............................66
4.9. História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena.................................68
4.9.1. Inclusão Educacional.................................................................................69
4.9.2.Gênero e Diversidade Sexual......................................................................71
4.9.3. História e Cultura Indígena (Lei 11645/08)..............................................74
4.9.4. Música (Lei 11769/08)...............................................................................75
4.9.5. Prevenção ao uso indevido de drogas .......................................................76
4.9.6. Sexualidade humana .................................................................................76
4.9.7. Educação Ambiental (Lei 9795/99)...........................................................77
4.9.8. Educação Fiscal e Tributária (Decreto 1143/99)........................................77
4.9.9. Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente (direito das
crianças e adolescentes) (Lei federal 11525/07) ................................................78
5. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS.......................................................................79
5.1. Sala de Apoio e Aprendizagem......................................................................79
5.2. Monitoria......................................................................................................80
5.3. Sala de Recursos...........................................................................................81
6. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR...................................................................83
6.1. Segundo Tempo.............................................................................................83
6.2. CELEM...........................................................................................................84
6.3. ACCC – ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR EM
CONTRATURNO....................................................................................................84
7. CALENDÁRIO ESCOLAR ..................................................................................86
8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA...........................................................................88
9. PLANO DE TRABALHO DOCENTE (FORMA/ESTRUTURA DEFINIDA NO
COLETIVO ESCOLAR)...........................................................................................91
10. FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP...91
11. MATRIZ CURRICULAR....................................................................................92
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
12. DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DA ESCOLA ............94
ENSINO FUNDAMENTAL.......................................................................................94
Arte......................................................................................................................94
Ciências..............................................................................................................105
Educação Física..................................................................................................116
Ensino Religioso.................................................................................................124
Geografia............................................................................................................128
História..............................................................................................................136
Língua Portuguesa..............................................................................................162
Matemática........................................................................................................179
Inglês..................................................................................................................189
ENSINO MÉDIO..................................................................................................199
Arte....................................................................................................................199
Biologia..............................................................................................................211
Educação Física..................................................................................................226
Filosofia..............................................................................................................231
Física..................................................................................................................240
Geografia ...........................................................................................................244
História..............................................................................................................253
Língua Portuguesa e Literatura..........................................................................260
Matemática........................................................................................................280
Química..............................................................................................................289
Sociologia ..........................................................................................................294
Inglês (LEM).......................................................................................................302
REFERÊNCIAS GERAIS.......................................................................................307
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
INTRODUÇÃO
O documento a seguir consiste na apresentação do Projeto Político Pedagógico
do Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf. É fruto das observações realizadas pela
comunidade escolar, sobre o funcionamento do colégio, onde se detectaram novas
necessidades a serem supridas, para um novo direcionamento das atividades do
colégio em questão.
A elaboração foi participativa, contando com a participação de professores,
funcionários, direção, equipe pedagógica e pais (com o preenchimento dos
diagnósticos sobre o perfil da comunidade escolar), através de discussões que se
fizeram necessárias durante o desenvolvimento das atividades e estudos. Pretendese
com este Projeto Político Pedagógico nortear as ações pedagógicas e administrativas
do colégio em todas as suas instâncias, além de definir suas relações com o espaço
exterior.
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1.1. Escola
Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf – Ensino Fundamental e Médio
1.2. Localização
Rua Arlindo Marquezine – Nº 654
Conjunto Hermann Moraes de Barros
Maringá – PR
CEP: 87023180
Fone/fax: (44)2636867 / 32639677
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
1.3. Dependência Administrativa
Estadual
1.4. NRE
Núcleo Regional de Educação de Maringá
1.5. Entidade Mantenedora
Governo do Estado do Paraná
1.6. Aspectos Históricos
O Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf foi criado no ano de 1981,
atendendo inicialmente o 1º Grau. Seu funcionamento foi autorizado pela Resolução
01/82 de 19.03.82, com o nome de Escola Alfredo Moisés Maluf, passando a se
denominar Escola Estadual Alfredo Moisés Maluf Ensino de 1º grau, no ano de 1983.
Em 1987 foi criado o curso de 2º Grau Educação Geral, no período noturno,
através da Resolução 4569/87 de 15.12.87, passando assim a ser chamado de Colégio
Estadual Alfredo Moisés Maluf Ensino de 1º e 2º grau. Seu reconhecimento se deu
pela Resolução 4569/87 de 15.12.87. A partir do ano de 1998, conforme a LDB,
passou a adotar a nomenclatura de Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf – Ensino
Fundamental e Médio, atendendo a instrução da Resolução 3120/98 – D.O.E. De
11.09.98.
Atualmente o Colégio tem porte 7 e atende 28 turmas do Ensino fundamental –
5ª a 8ª séries e 16 turmas do Ensino Médio, nos períodos diurno e noturno. O Ensino
Fundamental é ofertado no período da manhã, tarde e noite e o Ensino Médio no
período da manhã e noite.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Um pouco sobre o patrono da escola...
Alfredo Moisés Maluf veio para Maringá aos 48 anos. Aqui viveu entre os anos
1948 e 1983, quando faleceu. Cidadão empreendedor, apesar de ter concluído apenas
o Ginasial, foi fundador do bem sucedido Posto Maluf e juntamente com outros
cidadãos, foi fundador do Lar dos Velhinhos. Constituiu família de quatro filhos e,
ligado à vida social, participou de muitos eventos sociais, mantendo boa relação com
o povo maringaense. Sua casa era ponto de encontro de amigos da cidade e região.
Em 10 de maio de 1964 foi intitulado cidadão honorário de Maringá. Homenageado
como pioneiro da cidade, seu nome foi dado ao nosso Estabelecimento de Ensino.
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O tempo em nosso colégio é distribuído em três períodos: manhã, tarde e noite,
com atividades complementares em contraturno, tendo em seus espaços o serviço de
apoio pedagógico, apoio administrativo e serviços gerais.
2.1. Modalidade de Ensino, número de turmas e turno
A partir de 2012 o Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf atenderá na
modalidade de Ensino Fundamental II, na forma seriada de 9 anos, de 5º a 9º ano e
no Ensino Médio também na forma seriada. No corrente ano letivo de 2011, atende
aproximadamente 1700 alunos, distribuídos em 47 turmas. No quadro abaixo, a
distribuição dos alunos por modalidade e série:
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIE TURNOQUANTITADE
DE ALUNOS
QUANTIDADE
DE TURMAS
5ª TARDE 315 9
6ª TARDE 210 7
7ª MANHÃ 140 4
7ª TARDE 70 2
7ª NOITE 35 1
8ª MANHÃ 140 4
8ª NOITE 35 1
ENSINO MÉDIO
1ª MANHÃ 175 5
1ª NOITE 70 2
2ª MANHÃ 105 3
2ª NOITE 70 2
3ª MANHÃ 70 2
3ª NOITE 70 2
CELEM – ESPANHOL BÁSICO
1ª INTERMED. TARDE 49 2
1ª NOITE 22 1
SALA DE RECURSO
1ª MANHÃ 17 1
ATIVIDADE COMPLEMENTAR PROJETO 2º TEMPO
SEM SERIAÇÃO MANHÃ 107 2
TOTAL GERAL 1700 ALUNOS
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2.2. Implantação do ensino de nove anos do ensino fundamental
Com a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos propõese o aumento
do número de alunos incluídos no sistema educacional, isto porque pode contribuir
para uma mudança na estrutura e na cultura escolar. O objetivo é assegurar a todas
as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades de
aprender e, com isso, uma aprendizagem mais ampla.
O amparo legal para a ampliação do Ensino Fundamental constituise dos
seguintes dispositivos:
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – admite a matrícula no Ensino
Fundamental de nove anos, a iniciarse aos seis anos de idade.
Lei no 10.172, de 9 de janeiro de 2001 – estabelece o ensino fundamental de
nove anos como meta da educação nacional.
Lei no 11.114, de 16 de maio de 2005 – altera a LDB e torna obrigatória a
matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental.
Lei no 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 – altera a LDB e amplia o Ensino
Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis anos de
idade e estabelece prazo de implantação, pelos sistemas, até 2010.
Instrução N 008/2011 – SUED/SEED – instrui sobre a implantação do Ensino
Fundamental de nove anos no Estado do Paraná.
O colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, atenderá a partir de 2012 alunos de
6º ano do Ensino Fundamental de nove anos.
2.3. Ambientes Pedagógicos
Com relação à sua estrutura física, o Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf
EFM conta com:
✔ Um (01) Laboratório de Informática com 20 computadores (Paraná Digital),
em boas condições, ambiente bem iluminado e arejado, espaço que os professores
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
podem utilizar para pesquisa, para preparar aulas e ministrar aula. Neste local há uma
funcionária para o diurno e outra para o período noturno. Ao final de 2010, o colégio
recebeu mais 16 computadores do programa Proinfo (projeto do Governo Federal),
sendo que todos os computadores ficam disponíveis para que os alunos e professores
possam fazer pesquisas e aulas.
✔ Um (01) laboratório de ciências, química e biologia: com boa estrutura física,
mas com carência de alguns equipamentos e materiais (Anexo 2), que fazem falta
para a aula prática satisfatória. As funcionárias que atendem o laboratório de
informática prestam também o atendimento necessário neste.
✔ Uma (01) Sala de Recurso: onde são atendidos os alunos com dificuldade de
aprendizagem, utilizando métodos, estratégias e atividades diversificadas, ministrada
pela professora Rosimar Domingues, formada em Pedagogia e Especialista em
Educação Especial.
✔ Uma (01) sala dos professores: utilizada para cumprir as tarefas de hora
atividade e como espaço para lanche dos professores durante os intervalos.
✔ Dezoito (18) salas de aula com a capacidade de 45 alunos, todas as salas com
cortinas, ventiladores e Tv”s pendrive.
✔ Uma (01) biblioteca, cuja estrutura física tem sido dividida para diferentes
funções, entre elas uma sala de horaatividade utilizada pelos professores, espaço
para os alunos realizarem pesquisas e trabalhos, e um espaço para atender o
Programa Leite das Crianças. Seu acervo bibliográfico tem melhorado com os
exemplares recebidos, porém ainda não é o ideal. Nesse espaço trabalham três
funcionárias que atendem neste local nos períodos manhã e tarde e uma funcionária
no período noturno. Ao início do ano, os alunos dos períodos matutino e vespertino
recebem todos os livros de sua série. Os alunos do período noturno utilizam os livros
em formas de kits, que são levados para as salas de aula ao início da aula e devolvidos
ao término do período. Observação: no período noturno trabalhamos dom kits devido
ao fato de atendermos alunos que são trabalhadores e geralmente vem para o colégio
direto do trabalho.
✔ Um (01) auditório: que tem um espaço físico para atender apenas 100
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
pessoas, pois foi dividido para atender alunos da Sala de Apoio. É utilizado para
reuniões com pais, palestras com alunos, professores e funcionários, principalmente
nos encontros de capacitação pedagógica e também para o Projeto 2º Tempo.l
✔ Uma (01) quadra de esportes coberta onde os professores de educação física
ministram suas aulas, além de ser utilizada, nos finais de semana, por alunos e a
comunidade local, conforme sua necessidade.
✔ Uma (01) cozinha, local onde as merendeiras preparam as refeições dos
alunos. Tratase de um ambiente em condições precárias, pouco adequado ao que se
propõe, pois necessita de urgente reforma. Nesse ambiente duas cozinheiras prestam
serviço durante o dia.
✔ Uma (01) cantina terceirizada onde se vende lanches assados, sucos e
sorvetes de fruta.
✔ Dois (02) banheiros (feminino e masculino), com dez (10) sanitários,
reformados, para o uso exclusivo dos alunos e três (03) banheiros para uso dos
professores e funcionários, com cinco sanitários.
O setor administrativo do colégio reúne:
✔ Uma (01) sala da Direção e Direção Auxiliar;
✔ Uma (01) Sala da Equipe Pedagógica;
✔ Uma (01) Secretaria e Arquivo Morto anexo.
As salas do setor administrativo são pequenas. Portanto, são necessárias
ampliações urgentes para o melhor atendimento à comunidade escolar.
2.4. Regime Escolar
Atualmente o Colégio funciona em regime anual, organizado em trimestres,
conforme definido por votação. O Colégio, de acordo com o Regimento Escolar,
promove processo de classificação e reclassificação, sempre que necessário, sendo
vedada a progressão parcial.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2.5. Critérios de Organização de Turma
A princípio as turmas são formadas de acordo com a ordem de matrícula. No
entanto, no início e eventualmente no decorrer do período podem ser feitas mudanças
de turmas , se o objetivo for propiciar melhores condições de estudo e aprendizagem.
2.6. Organização curricular utilizada
O Colégio Maluf organiza seu currículo por disciplinas respaldandose nas
Diretrizes Curriculares Estaduais, na LDB e na Constituição Federal.
3. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Em nosso colégio o corpo docente, administrativo e de apoio, de acordo com a
distribuição de suas funções, tem como vínculos funcionais:
✔ QFEB – Quadro de Funcionários da Educação Básica;
✔ QPPE – Quadro Próprio de Funcionários Poder Executivo;
✔ CLAD – Contrato Regido pela CLT;
✔ QPM – Quadro Próprio do Magistério;
✔ SCO2 – Aulas Extraordinárias;
✔ REPR – Contrato Temporário.
Os quais são assim distribuídos:
Equipe Diretiva:
✔ Uma (01) Diretora Geral com formação em Letras/Português e Inglês, com
Especialização em Administração Escolar;
✔ Uma (01) Vicediretora com formação em matemática e especialização na
mesma área.
Equipe Administrativa:
✔ Uma (01) Secretária com formação em Ciências Contábeis e Pedagogia.
✔ Oito (08) Agentes Educacionais II, sendo dois (02) agentes profissional com
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
especialização, um (01) agente II com especialização, quatro (04) agentes têm ensino
médio e dois (02) agentes têm formação superior, todos com Carga Horária de 40h.
✔ Dois (02) assistentes de execução – 01 com formação superior (carga horária
de 40h) e 1 com mestrado (carga horária de 20h). As cargas horárias citadas acima
são semanais.
Equipe pedagógica:
✔ Oito (08) professoras pedagogas – todas com formação em pedagogia e
especialização – sete (07) com Carga Horária 20 h e uma (01) com 40h semanais.
Docentes:
✔ Oitenta e quatro (84) professores em regência – todos com licenciatura plena
e especialização – Carga Horária variada nos períodos da manhã, tarde e noite.
Equipe de apoio:
✔ Doze (12) Agentes Educacionais I, sendo cinco (05) com Ensino
Fundamental completo, seis (06) com Ensino médio e um (01) com formação superior
– Carga Horária 40h semanais.
No total, são cento e dois (102) funcionários.
Corpo Discente:
✔ São atendidos 1554 alunos, distribuídos nos períodos da manhã, tarde e
noite.
3.1. Diagnóstico e perfil da comunidade
É a compreensão do contexto histórico, no qual a escola está inserida, que leva
a comunidade escolar ao entendimento mais profundo e crítico dos aspectos que
envolvem o processo ensino aprendizagem. Como o Colégio Estadual Alfredo Moisés
Maluf atende os alunos em três turnos, caracterizamos, de forma resumida, o perfil
desta comunidade, considerando a divisão por turnos, no que diz respeito a seu
histórico de aprovação; reprovação, instituição de origem, condições de moradia,
acompanhamento dos responsáveis na vida escolar dos alunos, constituição e renda
familiar, meios de transporte usado e formação acadêmica dos responsáveis. A
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
pesquisa foi realizada por meio de um questionário junto aos pais ou responsáveis
durante o 2º bimestre do ano letivo de 2010.
No turno matutino, o Ensino Fundamental, que compreende as turmas de 7ª e
8ª séries, apresentou, na média, os seguintes resultados: 90,5% dos alunos são novos
nas séries, ou seja, não são repetentes na série, enquanto 9,5% são repetentes. Já no
Ensino Médio, 87% são novos na série e 10% reprovaram, 3 % não informaram. Os
índices, por série, podem ser observados nas figuras abaixo:
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 1: Distribuição do índice de repetentes da série que frequentam, do período da
manhã
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
Mesmo entre os alunos promovidos às séries correspondentes ao ano de 2010,
verificouse que, em média 22% dos alunos do Ensino Fundamental e 31% do Ensino
Médio já reprovaram em séries anteriores.
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SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 2: Distribuição do índice de repetentes em séries anteriores, do período da manhã
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
Visto que este estabelecimento de ensino não oferece as séries iniciais do
Ensino Fundamental, a maioria dos alunos de 7ª e 8ª séries vieram de outras escolas,
na maioria, municipais: Nadyr Maria Alegretti, Piveni Piassi Moraes, Midufo Vada e
Milton Santos, todas situadas em bairros vizinhos.
No Ensino Fundamental 19% dos alunos moram no mesmo bairro da escola e
68,5% moram em outros bairros, 12,5% dos participantes da pesquisa não
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
responderam; no Ensino Médio 24% moram no mesmo bairro da escola, 67% em
bairros mais distantes e 9% não responderam. Portanto, e a maioria dos alunos deste
colégio são moradores de bairros próximos à escola, como: Quebec, Grevílea, Jardim
Vitória, Jardim Copacabana e Jardim Paris, Palmeiras, Jardim Diamante, Império do
Sol, Monte Rey, Jardim Imperial, Parque Avenida, Jardim Dias, Parque das Bandeiras,
Portal das Torres, Jardim Lice, Eldorado, Estrada Miosótis, Jardim Kakogawa e Cidade
Campo.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 3: Distribuição do número de alunos por proximidade da escola, do período da
manhã
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
Constatouse ainda que, das famílias dos alunos do Ensino Fundamental,
59,5% residem em casa própria, 27% em casa alugada e 13,5% em casa cedida1. Do
Ensino Médio, 71% moram em casa própria; 26% em casa alugada; 16% em
residências cedidas e 1,4% não responderam. Já a porcentagem de alunos do Ensino
1 Termo usado na comunidade para se referir a casas emprestadas por ONGs, instituições religiosas ou governamentais.
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SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Fundamental que moram com o pai e mãe é de 65,5%; aqueles que moram apenas
com a mãe é de 16%; aqueles que moram com o pai é de 1,25%, e há ainda 4% de
alunos que moram com os avós e 13,5% moram com outros. O Ensino Médio
apresenta um percentual de 69,6% de alunos que moram com pai e mãe, 18% com a
mãe, 2% com o pai, 4,6% com avós, 4% com outros e 1,8% não responderam.
Figura 4: Distribuição dos resultados quanto à posse de moradia, dos alunos da manhã
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
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2%
ALUGADA PRÓPRIA OUTRAS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 5: Distribuição dos resultados quanto a com quem moram os alunos do período
da manhã
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
Considerando o nível de escolaridade dos pais dos alunos do Ensino
Fundamental, 8% cursaram apenas de 1ª a 4ª série; 34% de 5ª a 8ªsérie, 33%
concluíram o Ensino Médio, 8% terminaram o Ensino Superior e 17% fizeram outros
cursos. No Ensino Médio, 15% cursaram de 1ª a 4ª série e 26,6 %, de 5ª a 8ª do
Ensino Fundamental; 42 % concluíram o Ensino Médio, apenas 9,6% finalizaram o
Ensino Superior; 6,8% dos entrevistados não responderam à questão. A baixa
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10
20
30
40
50
60
70
8072%
17%
2% 3%6%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
77%
13%
2%7%
1%0
10
20
30
40
50
60
70
8072%
20%
1%4% 3%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
70%
20%
3% 3% 4%
PAI/MÃE SÓ MÃE SÓ PAI AVÓS OUTROS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
escolaridade dos pais dos alunos é preocupante, pois eles têm pouco conhecimento
formal para auxiliar os filhos em seus estudos. Entretanto, segundo a pesquisa, no
Ensino Fundamental 83%, no Ensino Médio 89% dos pais acompanham a vida escolar
do filho, enquanto no Ensino Fundamental 6% e 8% no Ensino Médio não o fazem.
Sobre a escolaridade dos cuidadores, 14% não responderam.
Figura 6: Distribuição dos resultados quanto ao grau de instrução do responsável pelo aluno do período da manhã
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
21
0
5
10
15
20
25
30
35
40
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42%
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9%11%
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
16%
34%
41%
9%
0%
0
5
10
15
20
25
30
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45
50
16%
25%
45%
3%
11%
0
5
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20
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35
40
45
19%
33%
41%
4% 3%
0
5
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15
20
25
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45
11%
22%
40%
22%
5%
1ª A 4ª SÉRIE 5ª A 8ª SÉRIE ENSINO MÉDIO ENSINO SUPERIOR NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 7: Distribuição dos resultados quanto ao grau de acompanhamento da vida
escolar dos alunos pelos responsáveis do período da manhã
7ª Série 8ª Série
1ºs Anos 2ºs Anos 3ºs Anos
Em relação à situação econômica, 17,5% dos pais dos alunos do Ensino
Fundamental e 14,6% do Ensino Médio recebem até um salário mínimo; 28% dos pais
do Ensino Fundamental e 27,6% do Ensino Médio recebem até 2 salários mínimos;
19,5% dos pais do Ensino Fundamental e 31% dos pais do Ensino Médio até 3 salários
22
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10091%
6% 3%
0
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20
30
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6%
19%
0
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30
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50
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7% 4%0
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30
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50
60
70
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90
100
87%
10%3%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10091%
7%2%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
mínimos; 21% e 23% respectivamente recebem 4 ou mais salários mínimos 14% não
definiram renda e 3,8% não responderam. Observase que a maioria das famílias que
compõe a comunidade escolar tem renda abaixo de três salários mínimos o que indica
a dificuldade dessas famílias de garantir boa qualidade de vida aos seus.
Figura 8: Distribuição dos resultados quanto à renda familiar dos alunos do colégio do
período da manhã
7ª Série 8ª Série
1ºs Anos 2ºs Anos 3ºs Anos
23
0
5
10
15
20
25
30
35
25%
30%
22%20%
3%
0
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10
15
20
25
30
11%
27%
21%
14%
27%
0
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15
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25
30
35
13%
25%
33%
20%
9%
0
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20
25
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22%
35%
27%
13%
3%
0
5
10
15
20
25
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35
40
11%
25%27%
37%
0%
ATÉ 01 SALÁRIO ATÉ 02 SALÁRIOS ATÉ 03 SALÁRIOS 04 OU MAIS SALÁRIOS NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Percebeuse que é a grande maioria dos nossos alunos se dirigem a escola vindo
a pé, não que suas respectivas residências sejam próximas da escola, pois alguns
fazem uma longa caminhada de alguns minutos. Em particular, enfrentamos a
construção de uma rodovia, o Contorno Norte, que cortou alguns bairros, separando
os alunos da escola e dificultando a utilização de transporte coletivo e o percurso até à
escola.
Figura 9: Distribuição dos resultados quanto ao uso de veículos no trajeto até a escola
7ª Série 8ª Série
1ºs Anos 2ºs Anos 3ºs Anos
24
0
10
20
30
40
50
60
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14%
85%
1%0
10
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30
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9%
71%
20%
0
10
20
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19%
78%
3%
0
10
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30
40
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90
16%
82%
2%0
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30
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50
60
70
80
90
100
11%
89%
0%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
No período vespertino 24% dos alunos matriculados são repetentes e 76%
estão cursando a primeira vez a 5ª, 6ª ou 7ª série. Destes são repetentes 20% na 5ª e
6ª série, assim como, 32% dos alunos de 7ª série são repetentes. Entre os alunos
promovidos nas séries correspondentes ao ano de 2010, verificouse que 34% já
reprovaram em séries anteriores. Apenas 17% dos alunos matriculados neste período
fazem outros cursos além do Fundamental ou Médio do ensino regular.
Figura 10: Distribuição do índice de repetentes da série que frequentam, dos alunos do período da tarde
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
25
0
10
20
30
40
50
60
70
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80%
0%
0
10
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30
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20%
80%
0%
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70
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24%
76%
0%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 11: Distribuição do índice de repetentes em séries anteriores, do período da tarde
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
26
0
10
20
30
40
50
60
70
80
31%
69%
0%
0
10
20
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46%
54%
0%0
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34%
66%
0%
0
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30
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50
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80
24%
74%
2%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 12: Distribuição dos resultados quanto ao número de alunos, da tarde, que
frequentam cursos extracurriculares
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
Como são oferecidas vagas para 5ª a 7ª séries no período vespertino, observou
se que 11% dos alunos, do total, moram no bairro onde está inserida a escola, 29% de
5ª série, 20% de 6ª série e 12% de 7ª série. Os demais alunos moram em bairros da
região, os quais são: Parque Avenida, Jardim Brasil, Diamante, Grevílea II, Palmeiras,
27
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
17%
78%
5%
0
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20%
79%
1%
0
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11%
87%
2%0
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60
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80
90
17%
81%
2%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Jardim das Torres, Quebec, São Judas Tadeu, Miosótis, Santa Maria, Santa Helena,
Copacabana, Filomena, Parque das Bandeiras, Ana Rosa, Morada do Sol, Paris III,
Jardim Vitória, Copacabana II, Cidade Campos, Jardim Dias, Bela Vista, Paris II, Sítio,
Caetano Penati.
Figura 13: Distribuição do número de alunos por proximidade da escola, do período da
tarde
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
28
0
10
20
30
40
50
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29%
64%
7%
0
10
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30
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20%
77%
3%
0
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90
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12%
88%
0%0
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60
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80
90
12%
85%
3%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Verificouse que, 63% das famílias dos alunos de 5ª a 7ª série e 69% das
famílias dos alunos de 6ª série residem em casa própria. 37% das famílias dos alunos
de 5ª e 7ª série e 26% das famílias dos alunos de 6ª série residem em casa alugada.
Totalizando assim as moradias: 65% em casa própria, 32% em casa alugada e 3% em
casa cedida.
Figura 14: Distribuição dos resultados quanto à posse de moradia dos alunos da tarde
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
29
0
10
20
30
40
50
60
70
35%
60%
5%
0
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30
40
50
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80
26%
69%
5%
0
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30
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37%
63%
0%0
10
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30
40
50
60
70
32%
65%
3%
ALUGADA PRÓPRIA OUTRAS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Já a porcentagem de alunos que moram com o pai e mãe é de 67% na 5ª série,
71% na 6ª e 66% na 7ª série; aqueles que moram apenas com a mãe são de 20% na
5ª, 16% na 6ª e 19% na 7ª série; aqueles que moram com o pai é de 2% na 5ª e na 6ª
série e 5% na 7ª série, e há ainda 6% de alunos da 5ª e 6ª e 10% da 7ª série que
moram com os avôs e 5% de alunos da 5ª e 6ª série que moram com outros.
Figura 15: Distribuição dos resultados quanto a com quem moram os alunos do período da
tarde
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
30
0
10
20
30
40
50
60
70
80
67%
20%
2%6% 5%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
71%
16%
2%6% 5%
0
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20
30
40
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68%
19%
3%7%
3%
0
10
20
30
40
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68%
19%
3%7%
3%
PAI/MÃE SÓ MÃE SÓ PAI AVÓS OUTROS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Em relação ao grau de instrução dos pais ou responsáveis, constatouse que
15% de 5ª série, 21% de 6ª e 6% de 7ª série cursaram apenas de 1ª a 4ª série; 41%
dos pais de 5ª série, 35% de 6ª e 28% de 7ª série estudaram de 5ª a 8ª séries; 37%
dos responsáveis de 5ª e 6ª séries e 21% de 7ª série concluíram o Ensino Médio; 7%
dos pais de 5ª série, 6% de 6ª e 3% de 7ª série terminaram o Ensino Superior. Dando
um resultado geral segundo a pesquisa, de 14% dos pais com 1ª a 4ª série, 34% com
5ª a 8ª série, 31% com ensino médio e 21% com ensino superior.
31
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 16: Distribuição dos resultados quanto ao grau de instrução do responsável pelo
aluno do período da tarde
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
Questionados sobre o necessário acompanhamento da vida escolar do filho,
94% dos entrevistados, com filhos na 5ª série, 91% na 6ª série, e 95% na 7ª série,
afirmaram acompanhar a vida escolar do filho. Portanto, em média, 93% dos
responsáveis que acompanham a vida escolar de seus filhos, enquanto 5% não o
fazem e 2% não responderam.
32
0
5
10
15
20
25
30
35
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41%
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35%37%
6%
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0
5
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14%
34%
31%
21%
0%
1ª A 4ª SÉRIE 5ª A 8ª SÉRIE ENSINO MÉDIO ENSINO SUPERIOR NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 17: Distribuição dos resultados quanto ao grau de acompanhamento da vida escolar
dos alunos pelos responsáveis do período da manhã
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
Sobre a situação econômica, recebem até um salário mínimo 28% dos pais de
5ª série, 22% de 6ª série e 29% dos pais de 7ª série; recebem até 2 salários mínimos,
36% dos pais de 5ª série, 31% de 6ª série e 32% dos pais de 7ª série; 3 salários
mínimos recebem 20% dos pais de 5ª série, 16% de 6ª série e 19% dos pais de 7ª
33
0
10
20
30
40
50
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70
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100 94%
3% 3%
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8%1%
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0
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60
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80
90
100 93%
5% 2%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
série; recebem 4 ou mais salários mínimos 16% de pais de 5ª série, 14% de 6ª série e
13% dos pais de 7ª série, sendo que no geral 26% dos pais recebem até um salário,
33% recebem dois salários, 18% recebem três salários, 11% recebem quatro ou mais
salários mínimos e 12% dos pais têm outro nível salarial. Como ocorre no turno da
manhã, o resultado indica a dificuldade das famílias de garantir aos seus membros,
melhor qualidade de vida.
34
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 18: Distribuição dos resultados quanto à renda familiar dos alunos do colégio do
período da tarde
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
Em relação à natureza, ou a situação de trabalho dos pais, observouse que em
geral 6% dos pais trabalham fora, 91% não trabalham fora e 3% dos participantes não
responderam. Do total de alunos que frequentam a escola nesse período, 21% utiliza
transporte para vir à escola, 78% não utilizam. Apenas 1% não respondeu a essa
questão.
35
0
5
10
15
20
25
30
35
40
28%
36%
20%
16%
0%0
5
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15
20
25
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22%
31%
16%14%
16%
0
5
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15
20
25
30
35
29%
32%
19%
13%
7%
0
5
10
15
20
25
30
35
26%
33%
18%
11%12%
ATÉ 01 SALÁRIO ATÉ 02 SALÁRIOS ATÉ 03 SALÁRIOS 04 OU MAIS SALÁRIOS NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 19: Distribuição de resultados quanto à empregabilidade dos responsáveis pelos
alunos da tarde
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
36
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100 92%
3% 5%
0
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100 93%
3% 4%
0
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30
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10089%
11%
0%0
10
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30
40
50
60
70
80
90
10091%
6% 3%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 20: Distribuição de resultados quanto à necessidade de transporte, pelos alunos
do período da tarde
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
No período noturno, constatouse que 62% são repetentes e 37% não são
repetentes, ou seja, são alunos novos na série. No Ensino Médio noturno, 48% não são
repetentes na série, enquanto que 37% são repetentes.
Observou se que 70% dos alunos do Ensino Fundamental e 53% do Ensino
37
0
10
20
30
40
50
60
70
80
9082%
16%
2%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10091%
8%1%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100 95%
5%0%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100 93%
5% 2%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Médio já reprovaram em outras séries, enquanto 22% do Fundamental e 46% do
Médio não reprovaram.
Figura 21: Distribuição do índice de repetentes nas séries que estudam, de alunos do
período da noite
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
38
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
17%
83%
0%0
10
20
30
40
50
60
70
42%
58%
0%
0
10
20
30
40
50
60 56%
44%
0%0
10
20
30
40
50
60
70
40%
60%
0%0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
16%
84%
0%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 22: Distribuição do índice de repetentes em séries anteriores, do período da noite
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
39
0
10
20
30
40
50
60
70
80
9079%
16%
5%
0
10
20
30
40
50
60
70 65%
28%
7%
0
10
20
30
40
50
60 56%
44%
0%0
10
20
30
40
50
60
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10
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30
40
50
60
46%
54%
0%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 23: Distribuição dos resultados quanto ao número de alunos, da noite, que
frequentam cursos extracurriculares
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
Antes de matricular se nesta escola os alunos estudaram nas seguintes
instituições: Midufo Vada, Milton Santos, Diderot Rocha Loures, Nadyr Maria
Alegretti, Piveni Piassi Moraes.
Quanto ao local de moradia 24% do Fundamental e 31% do Médio moram no
40
0
10
20
30
40
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79%
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70
36%
61%
3%
0
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25%
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24%
72%
4%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Hermann M. De Barros e 73% do Fundamental e 63% do Médio moram nos bairros
Grevílea I, II e III, Copacabana, Parque Avenida, Vitória, Palmeiras, Quebec, Bandeiras
e Diamante. Cinquenta e dois por cento (52%) dos alunos do Fundamental e 59% do
Médio, que residem em casa própria; enquanto que 42% residem em casa alugada.
Figura 24: Distribuição do número de alunos por proximidade da escola, do período da
noite
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
41
0
10
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31%
54%
15%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 25: Distribuição dos resultados quanto à posse de moradia, dos alunos da noite
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
Dos alunos do Ensino Fundamental, 50% moram com pai e mãe, 1% mora com
o pai, 30% moram com a mãe, 1% moram com avós, 11% moram com outros e 2%
não responderam. Já o percentual dos alunos do Ensino Médio, 65% moram com pai e
mãe, 2% mora só com o pai, 20% moram com a mãe, 2% moram com avós, 8%
moram com outros e 1% não respondeu.
42
0
10
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60
44%
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0
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7063%
29%
8%
ALUGADA PRÓPRIA OUTRAS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 26: Distribuição dos resultados quanto a com quem moram os alunos do período
noturno
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
Em torno de 19% dos pais dos alunos do Ensino Fundamental cursaram de 1ª a
4ª série, 28% estudaram de 5ª a 8ª série, 26% têm formação de ensino médio, 11%
completaram o ensino superior e 10% não responderam. Sobre os pais dos alunos do
Ensino Médio: 17% cursaram de 1ª a 4ª série; 25% estudaram de 5ª a 8ª série; 49%
têm formação de ensino médio; 6% completaram o ensino superior e 1% não
43
0
10
20
30
40
50
60
40%
50%
5% 5%
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58%
20%
2%
17%
3%
PAI/MÃE SÓ MÃE SÓ PAI AVÓS OUTROS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
respondeu.
Figura 27: Distribuição dos resultados quanto ao grau de instrução do responsável pelo
aluno do período da noite
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
Percebese que 87% dos pais ou responsáveis dos alunos do Ensino
Fundamental e 75% do Ensino Médio acompanham a vida escolar do aluno.
44
0
5
10
15
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36%
7%
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25%
47%
8%5%
1ª A 4ª SÉRIE 5ª A 8ª SÉRIE ENSINO MÉDIO ENSINO SUPERIOR NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Figura 28: Distribuição dos resultados quanto ao grau de acompanhamento da vida
escolar dos alunos, pelos responsáveis,do período da tarde
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
Com relação à renda familiar, 15% recebem até um salário mínimo, 14%
recebem até 2 salários mínimos, 30% recebem 3 salários mínimos,28% recebem 4 ou
mais salários mínimos e 4% não responderam. Dos pais dos alunos do Ensino Médio
17% recebem entre um salário mínimo, 25% recebem até 2 salários mínimos, 49%
45
0
10
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30
40
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5% 5%
0
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67%
33%
0%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
recebem 3 salários mínimos, 6% recebem 4 ou mais salários mínimos e 1% não
respondeu.
Figura 29: Distribuição dos resultados quanto à renda familiar dos alunos do colégio
do, período da manhã
5ª Série 6ª Série
7ª Série Geral
Constatouse que, dos alunos do Ensino Fundamental 12% utilizam transporte
46
0
5
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15
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28%
36%
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22%
31%
16%14%
16%
0
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29%
32%
19%
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7%
0
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26%
33%
18%
11%12%
ATÉ 01 SALÁRIO ATÉ 02 SALÁRIOS ATÉ 03 SALÁRIOS 04 OU MAIS SALÁRIOS NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
escolar para se dirigir à escola (bicicleta, carro, ônibus e transporte coletivo), 79% não
utilizam transporte para irem à escola e 7% dos alunos não responderam. Já do
Ensino Médio 17% utilizam transporte e 82% não utilizam. 1% não respondeu.
Figura 30: Distribuição dos resultados quanto ao uso de veículos no trajeto até a
escola, pelos alunos do noturno
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
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78%
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13%
87%
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23%
77%
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80
90
16%
84%
0%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Verificouse que 52% dos alunos do Ensino Fundamental e 68% do Ensino
Médio possuem trabalho na indústria, na construção civil, no comércio, na prestação
de serviços, no transporte e outros.
Figura 31: Distribuição de resultados quanto à empregabilidade do responsável pelo
aluno
7ª Série 8ª Série
1º Ano 2º Ano 3º Ano
48
0
5
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5045% 45%
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60
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8071%
29%
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30
40
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60
70
8071%
26%
3%
SIM NÃO NÃO RESPONDERAM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
3.2. Identificação dos problemas relativos à aprendizagem e aos índices de
aproveitamento escolar.
Nos últimos tempos o governo federal adotou medidas de avaliação nacional
do desempenho acadêmico de estudantes do país, atendendo a exigências de
instituições internacionais: a Prova Brasil e Saeb (Sistema de Avaliação da Educação
Básica).
De acordo com os resultados da Prova Brasil/Saeb em 2005 alcançamos a casa
dos 3,5%, em 2007 subimos para 3,8% e em 2009 avançamos para 4,0%, superando a
meta que para 2011 é de 3,9%. Quanto à taxa de aprovação, em 2005 era de 7,2%,
em 2007 foi de 7,9% e desceu para 7,5 % em 2009.
Apesar dos resultados aparentarem melhora no desempenho acadêmico dos
alunos do Colégio, ao observar os dados estatísticos dos índices por turmas constatase
que 21% a 40% dos alunos matriculados em cada série têm sua aprovação por
conselho de classe, considerando que no máximo 5% destes são alunos de inclusão,
com isso, o nosso desafio para os próximos anos é fazer com que o aproveitamento
escolar dos nossos educandos seja maior.
Na Semana de Capacitação de Julho/2011, a partir da análise dos gráficos do
rendimento referente ao 1º trimestre, por séries e turnos, foi realizado junto aos
professores discussões e apontamentos para a proposição de ações tais como: resgate
à leitura em todas disciplinas, trabalho diferenciado e individualizado com alunos,
avaliações diferenciadas e mediadas, alunos monitores, revisão constante das
metodologias, utilização de recursos diferenciados e estímulo ao trabalho em grupo.
3.3. Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino e probabilidades e avanços da
prática pedagógica
No decorrer da história se intensificaram as lutas sociais, se alteraram as
tendências pedagógicas e hoje se tem a garantia legal de uma escola universal,
democrática, gratuita, obrigatória, de qualidade e mantida pelo Governo. Na lei se
49
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
garante o acesso à escolaridade e a permanência no sistema escolar, para todas as
crianças e adolescentes, criaramse mecanismos de controle da obrigatoriedade de
frequentar a escola durante a educação fundamental. No entanto, apesar das
tentativas de manter o aluno escola, muitos continuam excluídos da apropriação dos
conhecimentos acumulados pela humanidade.
Para que a escola efetive sua função pressupõese envolvimento coletivo e
interativo de diretores, pedagogos, professores, inspetores e demais funcionários da
educação, pais de alunos, alunos e, sobretudo, dos órgãos governamentais, tais como
ministérios, secretarias, de estados e municípios, comprometidos a realizar o projeto
de educação democrática e emancipadora.
É possível inferir que as instituições de ensino, em geral, apresentam condições
limitadas para a concretização desse projeto. No Colégio Maluf as instalações físicas,
os recursos materiais, pedagógicos, tecnológicos, a biblioteca, os laboratórios e o
mobiliário existem. No entanto, não se apresentam em condições adequadas ou
suficientes.
Aspectos como o elevado número de alunos nas turmas, a excessiva carga
horária de intenso trabalho diminui a possibilidade de reflexão sobre o mesmo, de
estudo e de planejamento. Também compromete a qualidade de vida, a saúde e,
consequentemente, a qualidade de trabalho. O pouco investimento na formação dos
professores, apesar dos avanços que já se teve, e a contínua desvalorização desses
profissionais da educação só faz ampliar o quadro de dificuldades.
A escola constitui o espaço privilegiado para a concretização da ação educativa,
para tanto necessita de condições físicas, materiais, equipamentos adequados e
suficientes, bem como de profissionais bem formados, continuamente capacitados e
valorizados para o desenvolvimento de todas as atividades pedagógicas expressas no
projeto da escola.
3.3.1. A articulação entre escola, família e comunidade
O papel da família é de igual modo importante para que a escola desempenhe
50
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
sua função. A educação das crianças que tradicionalmente cabia aos pais, hoje é
dividida com a escola e, muitas vezes, a ela atribuída. Uma parcela muito significativa
dos responsáveis pelos alunos do nosso Colégio não acompanham a vida escolar do
aluno, olhando caderno, perguntando sobre o que aprendeu, organizando hora de
estudo em casa, etc.
Para Vigotski (1993, p. 28), “o homem é um ser histórico, que se constrói por
meio de suas relações com o mundo natural e social...”. As interações e mediações
realizadas no contexto familiar são muito significativas. Considerando o indivíduo
como um sujeito sociocultural, que não pode ser compreendido separado da sociedade
em que vive, ou seja, ele é resultado das relações familiares e sociais e isso tudo
interfere nos processos psicológicos do indivíduo.
Em geral, as consequências da falta, ou da má qualidade dessas mediações
podem gerar a perda de referencial cultural, de autoridade e respeito dentro de casa.
Essa condição se estende ao âmbito escolar onde os alunos não apresentam
comportamento de estudo e são indisciplinados.
No nosso colégio a equipe pedagógica, a direção e os professores, em todas as
oportunidades, orientam as famílias acerca dos estudos de seus filhos. Os alunos são
frequentemente orientados pela equipe pedagógica em relação à organização dos
cadernos e acompanhamento dos mesmos, assim como, no acompanhamento do
rendimento escolar em todas as disciplinas, por meio do registro de seus rendimentos.
É fixado mensalmente, em cada sala de aula, um calendário onde os professores
agendam provas e trabalhos.
Os casos de indisciplina que implicam em maiores consequências ou indicam
excessos, os alunos são advertidos, orientados e seus pais são convocados para tomar
ciência. Para promover o bom relacionamento interpessoal, a disciplina e motivação,
são proporcionadas à comunidade escolar atividades recreativas e esportivas
periodicamente.
Em relação ao trabalho pedagógico houve um avanço, considerando o
envolvimento de todos os profissionais da educação, no que diz respeito a uma
reflexão sobre as ações dos funcionários em seu trabalho cotidiano, de cada setor com
51
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
um olhar pedagógico, objetivando sempre o aluno e a sua aprendizagem.
3.4. Identificação dos problemas relativos à gestão escolar
O diretor é o grande articulador da Gestão Democrática cabendo a ele propor,
juntamente com a Equipe Pedagógica, estratégias de atuação que possam efetivála.
Gestão Democrática é algo que está sendo construído a cada dia dentro da nossa
escola, por isso estamos sempre revendo posturas, repensando o papel de cada um na
construção da coletividade. Segundo Araújo (2000), são quatro aos elementos
indispensáveis a uma gestão democrática: participação, pluralismo, autonomia e
transparência.
Apesar de ser algo tão fundamental dentro da escola, não podemos negar que,
efetivar a Gestão Democrática não é uma tarefa fácil, pois isso não ocorre sem que se
envolva toda a comunidade na sua execução, planejamento, programação e avaliação.
Estamos constantemente estimulando a participação da comunidade escolar visando a
realização de um trabalho integrado, voltado para a organização de um ambiente
escolar que garanta uma melhoria da qualidade de ensino é uma batalha a ser vencida
a cada dia.
Outro problema diz respeito à rotatividade dos professores. Uma parte
significativa deles não fica na nossa escola tempo suficiente para conhecer nosso
Projeto Político Pedagógico. Iniciam e terminam um período de trabalho sem ter
condições de atender minimamente as necessidades pedagógicas do Colégio. Ainda, os
professores se dedicam a várias instituições escolares, com sobrecarga de trabalho,
para garantir a sua subsistência e de sua família.
As instâncias colegiadas fortalecem a gestão democrática. O Conselho Escolar,
entre outros mecanismos, tem papel decisivo na gestão democrática da escola, se for
utilizado como instrumento comprometido com a construção de uma escola cidadã.
Sendo assim, é o órgão máximo da gestão escolar porque tem como função discutir,
aconselhar, deliberar e normalizar as questões mais relevantes do cotidiano escolar. É
no conselho que os representantes dos diferentes segmentos pais, professores,
52
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
funcionários, alunos, direção e também equipe pedagógica se reúne para discutir as
questões pedagógicas, administrativas e financeiras, definindo a política de ação da
escola.
A APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários é considerada uma pessoa
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que gere recursos públicos e por vezes
obter e gerenciar outros recursos para a escola. A APMF tem também papel
significativo na definição das políticas escolares e não só simplesmente se preocupar
em gerenciar recursos.
Outra instancia colegiada é o Grêmio Estudantil, uma organização sem fins
lucrativos composta apenas por estudantes, com o intuito de defender seis interesses
na escola, tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais. O Grêmio
Estudantil deve estar sempre preocupado em tornar realidade às aspirações da
maioria daqueles que estudam num estabelecimento de ensino.
Sabemos que efetivar a Gestão Democrática, seus limites e suas possibilidades
não são tarefas fáceis. Porém, a natureza da profissão de trabalhadores da educação,
nos impõe uma condição de não sermos meros reprodutores, mas continuarmos
buscando alternativas práticas que tragam bons resultados.
Em nosso colégio estamos percorrendo vários caminhos, dentre os quais
podemos elencar: incentivo ao envolvimento dos pais, participação dos alunos, dos
órgãos colegiados, comprometimento dos profissionais da educação, e transparência
na administração. Enfim, entendemos que sozinhos não podemos nada e que a
educação é um processo amplo que envolve a formação para a cidadania, mas para
isso é preciso contar com o envolvimento de toda comunidade interna e externa.
3.5. Formação Inicial e Continuada dos profissionais da educação
O professor é um agente ativo, seus conhecimentos contribuem para a prática
pedagógica, porém, o professor é produto da construção e reconstrução do seu
próprio conhecimento. Isso implica dizer que ainda que o professor busque leituras,
informações e pesquisas, precisa da formação inicial e continuada para a construção
53
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
das suas próprias concepções e fundamentação das práticas através da consolidação
das idéias, e mais importante que isso, o profissional terá disciplinas de formação
específica e de formação básica necessária para a compreensão da realidade.
A formação de professores deve estimular os futuros profissionais da educação
a se engajarem na construção do ato educativo, para serem capazes de enfrentar
situações de ensino aprendizagem mais complexas na sua prática pedagógica, pois tal
prática requer competência docente e um conhecimento aprofundado, não só sobre
questões de âmbito educacional, mas também de questões externas que influenciam o
seu funcionamento.
Conforme Mello (2000/p.), "Ninguém facilita o desenvolvimento daquilo que
não teve oportunidade de aprimorar em si mesmo. Ninguém promove a aprendizagem
daquilo que não domina, a constituição de significados que não compreende e nem a
autonomia que não pôde construir". No quadro de trabalhadores da educação, que
prestam serviço no Colégio Maluf, temos profissionais com diferentes níveis de
formação, no entanto, todos são motivados a participar de formação continuada
oferecidas no decorrer do ano, pela SEED e por outras instituições.
A mantenedora promove, via Secretaria da Educação, e os profissionais desta
escola participam especialmente dos cursos em Grupos de estudos, Grupos de trabalho
em rede, PDE/PR (O programa de desenvolvimento educacional), Encontros
Itinerantes, Semanas e Jornadas Pedagógicas, Profuncionário e EADs. Para
participação em outros cursos pertinentes à área de atuação os professores dessa
escola contam com o apoio da direção.
3.6. Relação entre os profissionais da escola e discentes
Conflitos de base ética, de gerações, de origem ideológica, e tantos outros são
desafios a vencer em todos os grupos sociais. No âmbito escolar, onde as relações
interpessoais são necessárias e obrigatórias esses problemas se intensificam. Em
relação ao Colégio Maluf os profissionais, em geral, demonstram boa vontade em
colaborar no atendimento aos alunos. Entretanto, essa prática precisa ser aprimorada.
54
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Novamente, podemos citar a carga horária, o número excessivo de alunos,
questões de educação e ausência de limites dos alunos como condições que
agravam os problemas nas relações escolares; o despreparo dos profissionais da
educação para lidar com essa diversidade gera, muitas vezes, situações de descontrole
emocional, tanto por parte dos profissionais como dos discentes.
A dinâmica das relações interpessoais é diversa e intensa, fazse necessário
investir na melhoria dessas condições. O Estado com políticas educacionais que
melhorem as condições de trabalho e os profissionais do Colégio, mediando essas
relações.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1. Filosofia da Escola
“Desde que o homem é homem ele vive em sociedade e se desenvolve pela mediação
da educação”. (Demerval Saviani)
O contexto sóciopolítico e econômico de uma sociedade é condição
determinante de sua forma de pensar, explicar e agir sobre sua própria condição. No
decorrer de sua história, o homem tem concebido diferentes formas de interpretar a
natureza, a sociedade, o homem e a educação.
Na atualidade, é consenso dizer que o desenvolvimento de um país está
diretamente ligado à qualidade da sua educação. Outro aspecto em ampla discussão é
a pertinência da prática pedagógica, ou seja: O que pertence à escola ensinar? Para
responder às necessidades de Educação de uma sociedade recorrese ao método.
Para Behrens (2005), a atual organização histórica do processo metodológico
se delineia em duas dimensões:
“Uma dimensão assentada no paradigma newtonianocartesiano, que caracterizou um
ensino fragmentado e conservador, que tem como foco central a reprodução do
conhecimento... A outra dimensão, caracterizada como inovadora, tem como eixo
55
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
central a produção do conhecimento. Denominada de paradigma emergente, tem se
baseado na visão sistêmica, propondo uma ciência que supere a fragmentação em busca
do todo e que contemple as conexões, o contexto, e as interrelações dos sistemas que
integram o planeta...”(p.14)
Segundo Behrens, o paradigma emergente em educação é formado pela aliança
entre a visão sistêmica, que prevê a formação humana em sua totalidade, a
abordagem progressista e o ensino por pesquisa (mais voltado ao Ensino Superior).
Atualmente, a escola pública do Estado do Paraná está pautada nos
pressupostos da abordagem progressista. Embora as mudanças estruturais e filosóficas
não sejam lineares, é possível inferir que pensamos e almejamos uma Educação
humanizadora, ética, crítica e transformadora.
A educação escolar tem como função social promover a reflexão sobre seu
contexto histórico por meio do conhecimento, do diálogo e do enriquecimento de
ideias que proporcionem a possibilidade de transformação social. Nessa perspectiva, a
escola é uma instituição libertadora, democrática, dialógica e crítica, politizadora e
politizada. (Behrens, 2005).
O Colégio Maluf, acordado com uma abordagem progressista, na perspectiva
Histórico Cultural, tem como característica a busca pela transformação social por meio
de uma prática pedagógica crítica e transformadora.
Conhecimento, Educação, Homem, Mundo, Sociedade e Cultura
É de consenso que a sociedade vive hoje um momento de profundas
transformações, que se refletem no cotidiano das pessoas e nas instituições clássicas
da sociedade – família, escola, igreja – pela ruptura de papéis e funções, onde se
questionam seus desvios, a desorganização de seus valores, o arcaísmo de ideias,
ações.
Nesse contexto, e como não poderia deixar de ser, a escola e seu fazer
pedagógico também são colocados em questão. Currículo, pedagogia, didática,
avaliação, qualidade de ensino, são reavaliados, uma vez que evidenciam sérios
56
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
problemas – evasão, repetência, indisciplina, insatisfação profissional... – que apontam
a necessidade de mudar.
Para Saviani (2003), a especificidade da educação é que ela é fundamental
para produzir a humanidade que não é inata aos homens. Com efeito, as ideias,
hábitos, conceitos, valores, que pertencem ao âmbito educacional, não interessam em
si mesmos, como algo exterior ao homem. Eles só adquirem importância na medida
em que são necessários para assegurar a constituição de sua segunda natureza, a
cultural, que não é garantida pela natureza, mas, pelo contrário, tem que ser
produzida historicamente pelos indivíduos.
[...] Podemos, pois, dizer que a natureza humana não é dada ao homem, mas é por
ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, o trabalho
educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular,
a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.
[...] (SAVIANI, 2003, p. 13).
Cabe assim à educação identificar os elementos culturais que precisam ser
assimilados pelos homens, o que é principal e o que é secundário, para tornálos
humanos e, de outro lado e concomitantemente, descobrir as formas mais adequadas
para atingir esse objetivo, para desenvolver o trabalho pedagógico, que são os
conteúdos, espaços, tempo e procedimentos através dos quais cada homem realiza a
humanidade historicamente produzida.
Para tanto nosso colégio trabalha com o objetivo de formar homens que
tenham conhecimento sejam críticos e transformadores, mas que também tenham
limites e valores familiares, sejam responsáveis, organizados, sensíveis e humanos,
que valorizem e respeitem o ambiente e a coletividade.
4.2. Objetivos do Colégio
A educação escolar deve constituirse em uma intervenção intencional,
sistemática, planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens durante um
período contínuo e extensivo de tempo. Com isso, objetivos, o Colégio Estadual
57
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Alfredo Moisés Maluf são:
✔ Promover maior interação entre a escola e a comunidade, buscando parceria
para melhor desempenho dos trabalhos da instituição escolar.
✔ Desenvolver no aluno suas habilidades intelectuais, através de práticas
previamente planejadas, com o propósito de promover apropriação de conteúdos
sociais e culturais de maneira crítica e construtiva.
✔ Despertar no aluno a sua capacidade crítica levandoo a refletir e agir no
contexto das relações humanas.
✔ Dar condições ao professor de participar de formação continuada na forma
de grupo de estudos e sessões de planejamento, para maior qualificação do trabalho
pedagógico.
✔ Estabelecer relação entre diversas áreas do conhecimento (sempre que
possível).
✔ Dar condições para que haja relação entre teoria e prática através da
concretização dos conteúdos curriculares em situações mais próxima e familiar do
aluno, nas quais se incluem as do trabalho e do exercício da cidadania.
4.3. Concepção de infância e adolescência
A regulamentação do Ensino Fundamental para nove anos, objetiva ampliar a
escolarização de uma parcela da população brasileira, que até então não estava sendo
atendida no ensino obrigatório. Assim, com essa inclusão, as escolas recebem crianças
que entram em contato com uma cultura da qual elas devem se apropriar.
De acordo com Ariès (1981), a infância é o resultado de uma construção
paulatina das sociedades moderna e contemporânea. Entendese que a infância é
tributária do contexto histórico, social e cultural, onde o ser se desenvolve, admitindo
a como uma das fases da vida humana, e não tão somente uma pré etapa da fase
adulta. As crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres
que sentem e pensam o mundo de um jeito próprio. Sendo assim, durante o processo
de construção do conhecimento elas utilizamse das mais diferentes linguagens e
58
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses sobre o que procuram
conhecer.
De acordo com o autor, somente a partir dos séculos XIX e XX, a família passa
a se preocupar com a educação dos seus filhos, com os seus estudos e os
acompanhavam com um certo interesse, além de iniciar a preocupação com o cuidar
e educar de suas crianças. O que pode se perceber até aqui é que a civilização
medieval não tinha ideia da educação, mas hoje nossa sociedade sabe que seu sucesso
depende também, muitas vezes,de uma boa educação
Já a adolescência é, sem dúvida, um período difícil da vida, tanto para o
próprio adolescente como para quem convive com ele. Nessa idade, começam a se
romper os laços de dependência com os pais, é o momento em que surgem condições
para que ele possa buscar respostas para seus conflitos. É nessa fase que o
adolescente necessita constantemente do apoio e compreensão de pais e professores.
Ser jovem, portanto, é uma fase da vida que se constitui em referência a um
estado próprio e diferenciado da infância e da adultez. Não é possível encontrar “a
juventude” em estado puro, não há uma juventude em si e que apenas possa ser
nomeada conceitualmente, sem referências a um conjunto situacional de fenômenos
que a concretizem.
Sabese que o contexto sóciohistórico em que a criança está inserida, é de
revelável importância no entendimento sobre a infância e posteriormente o
entendimento das relações entre cuidado e educação, visto que a idade escolar é de
extrema importância o desenvolvimento dos aspectos físico, cognitivo, afetivo e
emocional.
No Brasil, com a promulgação da Carta Magna de 1988, temse um momento
de grande participação da sociedade civil e de organismos governamentais na
afirmação dos direitos das crianças, e entre eles, o direito à Educação Infantil, incluído
no Inciso IV do artigo 208 da Constituição Federal do Brasil(1988), o qual explicita
que: "O dever do Estado com a Educação será efetivado(...)mediante garantia de
atendimento em creches e préescolas às crianças de zero a seis anos". Este direito é
reafirmado no ECA[5], em seu artigo 53. A criança é vista com sujeito de direito
59
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
social. A criança não é apenas uma promessa de futuro, temse que pensar na criança
no presente, na sua condição de criança, pois estas são peças fundamentais no
processo de troca, interação e transformação da sociedade, são atores sociais. A
infância é fruto da construção histórico, social e cultural das sociedades e de um
determinado tempo e lugar. A criança como ser social de direitos recebe a garantia de
um desenvolvimento integral assegurado por lei.
A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se
desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades (RCNEI, MEC/SEF, 1998). Educar significa propiciar situações de
aprendizagem que de forma integrada possa contribuir para o desenvolvimento das
capacidades de relação interpessoal, intelectual, do desenvolvimento das capacidades
de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais,
estéticas e éticas e do acesso pelos educandos aos conhecimentos mais amplos da
realidade social e cultural.
Assim cuidar e educar envolve estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e,
principalmente, envolvimento de todos os responsáveis pelo processo, que se mostra
dinâmico e em constante evolução.
4.4. Currículo
O termo currículo provém da palavra latina currere, que se refere à carreira, a
um percurso que deve ser realizado. Com isso, a escolaridade, por meio dos conteúdos
expressos no currículo, propicia ao aluno a apropriação de conteúdos significativos, de
forma progressiva, até a conclusão de sua escolarização.
A partir do currículo visamos concretizar as intenções dos sistemas
educacionais e o plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de escola
defendido pela sociedade. Portanto, podemos dizer que a concepção de currículo
inclui desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e
sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos
que a concretizam na sala de aula.
60
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A questão fundamental sobre “o quê ensinar?” na escola é uma das questões
mais complexas se vista nos seus aspectos políticos, ideológicos e epistemológicos. E,
conforme Forquin, “... a escola não ensina senão uma parte extremamente restrita de
tudo o que constitui a experiência coletiva, a cultura viva de uma comunidade
humana”. ( 1993, p. 15)
No decorrer da história da educação foram desenvolvidas Teorias Curriculares
Tradicionais,Teorias Curriculares Críticas e Teorias Curriculares Pós Críticas. A
principal diferença entre a teoria tradicional e as teorias críticas está no
reconhecimento de que não existe currículo neutro, ou seja, desprovido de
intencionalidade. O currículo sempre privilegia aquilo que é considerado ideal para
uma sociedade ou classe social, num determinado contexto histórico e cultural. (Silva,
2004)
A escola pública, universal, atende a um grande contingente de alunos com
currículo pautado em conteúdos historicamente produzidos o que garante, em algum
grau, ao conjunto dos cidadãos estudantes, a apropriação de conteúdos mínimos. Para
SAVIANI (2000) a socialização do saber para o conjunto da população, torna o
conhecimento um bem comum, ou seja, ele deixa de ser propriedade privada das
classes dominantes, o que é fundamental para a superação dos problemas decorrentes
do capitalismo.
No Colégio Maluf, acordados com as Teorias Curriculares Críticas, os
profissionais da educação têm procurado por atualização, capacitação, e discutido a
intencionalidade do currículo a cada planejamento, com o intuito de minimizar os
riscos de um currículo que privilegia a classe dominante em detrimento dos menos
favorecidos econômica e socialmente.
4.5. Trabalho como princípio educativo e tecnologias
O trabalho modifica a constituição biológica e psíquica do homem toda vez que
este cria ou usa instrumentos materiais ou psicológicos. Com isso, no Colégio Maluf
buscamos promover ações educativas que constituem situações de trabalho
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
essencialmente humano, ou seja, atividades que promovam a humanização.
Hoje em dia as escolas estaduais dispõem de algumas tecnologias que podem
enriquecer o processo de ensinoaprendizagem. No Colégio temos a TV Pendrive e
Paraná Digital. Em breve serão instalados novos computadores, disponibilizados pelo
MEC (Proinfo). Com recursos da APMF foi adquirido um equipamento de multimídia.
Alguns professores já fazem uso desses recursos. Outros estão em capacitação para
fazêlo.
Os discentes, familiarizados com as novas tecnologias têm exigido a inclusão
das mesmas no seu cotidiano escolar. Entretanto, muitos professores resistem ao seu
uso, por desacreditar na possibilidade de real aprendizagem, vendo a internet, por
exemplo, apenas como fonte de informação.
Cabe à escola compreender que a mídia e todos os recursos tecnológicos
trabalham apenas com informações, ficando sobre a restrita responsabilidade das
instituições educativas trabalhar o conhecimento científico encontrado ou extraído em
cada informação, mas também se faz necessário continuar implementando e
enriquecendo tecnologicamente a estrutura escolar.
Não é possível ficar alheio aos avanços tecnológicos. Cabe aos professores
adequar metodologias ao trabalhar seu conteúdo específico, aproveitando ao máximo
tudo o que a mídia e a tecnologia nos oferece.
4.6. Ensino, aprendizagem e avaliação
Segundo Luria (apud Silva e Eidt, 2010), o desenvolvimento humano se dá por
meio do “processo de apropriação da experiência de toda a humanidade, acumulada
no processo da história social e transmissível no processo de aprendizagem”. Em nossa
sociedade, a escola se constitui no espaço propício para tal.
Em uma pedagogia pautada na abordagem Histórico Cultural, a escola e o
professor são fundamentais no processo de aprendizagem e desenvolvimento do
aluno. Nessa concepção a escola planeja e executa ações capazes de intervir
significativamente no processo de ensinoaprendizagem. O professor sabe que pode
62
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
fazer a diferença na vida do aluno e promove a mediação, capaz de alavancar o
processo de desenvolvimento por meio da aprendizagem. Essa perspectiva possibilita,
de fato, garantir a universalização da educação, ou seja, a educação para todos, no
que diz respeito ao processo de ensinoaprendizagem.
Com isso, não é possível pensar a aprendizagem com resultado exclusivamente
das condições individuais do sujeito, ou seja, seus condicionantes biológicos e suas
interações. Para garantir as condições mínimas de aprendizagem e desenvolvimento,
assim como para garantir o desenvolvimento máximo de seu potencial e suas
aprendizagens o homem necessita tanto do arsenal de instrumentos e conhecimentos
produzidos pela humanidade em milênios, quanto da mediação de humanos para se
apropriar historicamente da cultura.
A educação escolar, especialmente no âmbito da escola pública, é um espaço
rico de possibilidades de mediação. Pautada nos estudos de Vigotski e seus
colaboradores, o nosso Colégio tem buscado se aprimorar em meios de pensar a
educação para formar cidadãos críticos e transformadores, por meio do conhecimento
científico. Para desenvolver ensino nessa perspectiva é necessário muito estudo e
planejamento, portanto, a cada reunião de estudo ou de tomada de decisões, se tem
em vista esses pressupostos.
Na escola, o aluno está sujeito as mediações promovidas pelos professores e,
eventualmente, por colegas e outros agentes educacionais, ou seja, todos são
responsáveis pela educação e todos podem aprender. Ninguém espera, todos ensinam.
E, embora não tenhamos atingido esse nível de desempenho, o temos como meta a ser
atingida.
O professor, em especial, deve conhecer seus alunos, em termos daquilo que
eles conseguem fazer, daquilo que eles têm potencial para aprender e planejar
mediações, “ajudas ajustadas” de modo a intervir na Zona de Desenvolvimento
Próximo de cada aluno, promovendo novas aprendizagens e subsequente
desenvolvimento, num processo contínuo de ensino avaliação ensino. Para tanto,
temos um longo caminho a percorrer, pois avaliar é uma tarefa complexa e delicada.
A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre
63
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
como está se realizando o processo ensino aprendizagem como um todo. Essa
instituição escolar propõe avaliação diagnóstica, somativa, processual, qualitativa e
formativa, priorizando o conhecimento. As avaliações de aprendizagem só podem
ocorrer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, o que requer que esta
aconteça sistematicamente durante o processo de ensino e não somente após o
fechamento de etapas do trabalho.
Ensinar e avaliar envolve valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e
opiniões. Nesses momentos o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem
e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo
de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar resultados e estabelecerlhes
valor.
Em nosso Colégio, o professor deve utilizar procedimentos que assegurem a
comparação com os parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino,
evitandose a comparação dos alunos entre si. Deve considerar os aspectos
qualitativos da aprendizagem, dar maior importância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal.
Embora ocorram algumas dificuldades de unificar a compreensão de
professores, pedagogos e direção, no que diz respeito à avaliação contínua e
cumulativa, no Colégio Maluf há um trabalho constante de discussão entre os mesmos
e de proposição de soluções às nossas dificuldades, no sentido de superálas.
De acordo com o Regimento Escolar do Colégio Alfredo Moisés Maluf a
avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento
global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos
componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos.
A avaliação da aprendizagem nos anos finais do Ensino fundamental e no
Ensino Médio terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero).
A avaliação nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, será
trimestral, prevalecendo a qualidade dos conteúdos trabalhados e, para cálculo da
64
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
média anual será usada a seguinte fórmula:
M.A.= 1° Trim. + 2º Trim. + 3º Trim.
3
4.7. Conselho de classe participativo
O conselho de classe acontece através de um trabalho colaborativo entre todos
os sujeitos que compõe o espaço escolar. “O conselho de classe deve oferecer
possibilidades de um juízo sobre a evolução do processo educativo na pessoa do
aluno, através da análise de suas manifestações de comportamento”. (Penin1992)
O Conselho de Classe Participativo busca a maior qualidade no processo
educacional, tornandose um espaço de reflexão pedagógica entre pais, alunos e
professores, onde constróise coletivamente estratégias que visem o maior sucesso
educacional e consequentemente a transformação dos envolvidos.
Nessa perspectiva, o Conselho de Classe tem por objetivo avaliar não só o
rendimento escolar do aluno, mas também o processo ensinoaprendizagem como um
todo: conteúdo, metodologia, disciplina, organização, gestão escolar.
Para Paulo Freire (1997) “A prática de pensar a prática é a melhor maneira de
pensar certo”. Assim, O conhecer e avaliar a prática da escola, a história de vida do
aluno, a ética, a política do professor, o comprometimento dos pais, a articulação da
equipe diretiva, a metodologia e o currículo, tornase o ponto fundamental para o
desenvolvimento da gestão democrática.
Neste Colégio temos então, através do Conselho de Classe um único objetivo: a
melhoria do ensino aprendizagem, através da dinamização do coletivo escolar. Nesse
espaço temos a oportunidade de re O definir práticas pedagógicas que superem a
fragmentação do trabalho escolar, oportunizando a busca de metodologias que
garantam a aprendizagem.
O Conselho de Classe nessa instituição é constituído pela diretora e/ou diretora
auxiliar, equipe pedagógica, por todos os docentes, alunos representantes que atuam
numa mesma turma.
65
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Em nossa escola é dividido em:
✔ Pré Conselho: com toda a turma, em sala de aula, sob a coordenação do
professor monitor, ou outro professor que ministre aulas a turma, juntamente com a
pedagoga responsável pela mesma, sendo esse o momento que permite o
levantamento de dados, um espaço diagnóstico do processo ensino aprendizagem.
✔ Conselho de Classe Integrado: com a participação da equipe de direção, da
equipe pedagógica, da equipe docente, da representação de três alunos por turma,
que acompanham o primeiro momento para a avaliação específica da turma, onde
são discutidos os diagnósticos e proposições levantadas no préconselho.
Posteriormente os alunos se retiram e dáse em sequência a avaliação individual de
cada aluno da turma.
✔ Pós conselho: retomase com toda a turma, em sala de aula, sob a
coordenação do professor representante de turma, juntamente com a pedagoga
responsável pela turma. Traduzse nos encaminhamentos e ações previstas no
Conselho de Classe.
É importante ressaltar que as discussões no Conselho de Classe final, as quais
são mediadas pela equipe pedagógica, bem como respaldadas e presididas pela
direção escolar devem, por sua vez, se sustentar sobre alguns parâmetros (critérios
qualitativos):
✔ Os Avanços obtidos na aprendizagem;
✔ Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;
✔ Desempenho do aluno em todas as disciplinas;
✔ Acompanhamento do aluno no ano seguinte;
✔ Situações de inclusão;
✔ Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex: faltas de professores).
4.8. Propostas de trabalho pertinentes à organização escolar
Segundo a Constituição Federal, a educação é direito de todos e dever do Estado e da
família, e tem como objetivo o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
66
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
No art. 10 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, consta que cada Estado
deve elaborar, executar políticas e planos educacionais em consonância com as
diretrizes e planos nacionais de educação.
Assim sendo, as diretrizes curriculares do Estado do Paraná asseguram
formação básica comum e parte diversificada: “os currículos do ensino fundamental e
médio dever ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de
ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.”
No nosso colégio, na parte diversificada trabalhase a geografia e a história do
Paraná, os desafios educacionais contemporâneos, História e Cultura Afro Brasileira ,
Africana e Indígena (Lei 11645/08), Gênero e diversidade sexual, História do Paraná
(Lei 13381/01), Música (Lei 11645/08), Prevenção ao uso indevido de drogas ,
Sexualidade humana, Educação Ambiental (Lei 9795/99), Educação Fiscal e
Tributária (Decreto 1143/99), Enfrentamento a violência contra a criança e o
adolescente (Lei federal 11525/07).
O Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf em harmonia com o Departamento da
Diversidade SEED compreende que os processos educativos e a educação escolar se
constituem de sujeitos, espaços, tempos e de ferramentas pedagógicas que podem
contribuir para a superação das desigualdades sociais e do preconceito. Entende
também que o desenvolvimento de processos de escolarização que compreendam,
respeitem e atendam às especificidades dos diferentes sujeitos é fundamental para
garantir seu ingresso e sua permanência na escola e para o fortalecimento de suas
lutas coletivas.
Entretanto, falar sobre diversidade não pode ser só um exercício de perceber os
diferentes, de tolerar o “outro”. Antes de tolerar, respeitar e admitir a diferença é
preciso explicar como essa diferença é produzida e quais são os jogos de poder
estabelecidos por ela. A ação pedagógica do Colégio Alfredo Moisés Maluf para
trabalhar questões relacionadas a gênero e diversidade, tem como atitudes práticas o
diálogo sempre aberto entre professores e alunos, entre equipe pedagógica e
67
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
professores e/ou alunos e suas respectivas famílias e viceversa, sempre que se fizer
necessário ou for oportuno.
4.9. História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena
Em 2003 foi promulgada a Lei 10.639/03, que instituía a obrigatoriedade da
inserção no currículo da Educação Básica, discussões sobre as Relações ÉtnicoRaciais,
Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. Em 2008, a Lei 10.639/03
foi alterada pela Lei 11.645/08, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temática "História e Cultura AfroBrasileira e Indígena".
Sobre a Cultura Afrodescendente, Africana e indígena podemos constatar que
vivenciamos nos últimos anos um importante debate acerca do ensino da “História da
Cultura Africana”e das “Relações Étnicas Raciais”, no país. E sabendo que para viver
democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e valorizar esta
diversidade étnica e cultural que constitui nosso Brasil.
Por sua formação histórica a sociedade brasileira é marcada pela presença de
diferentes etnias, grupos culturais descendentes de imigrantes de diversas
nacionalidades, religiões e línguas. Contudo ao longo da nossa história o preconceito e
as relações de discriminação e exclusão social impedem muitos brasileiros da vivência
plena da sua cidadania.
A temática no Colégio Alfredo Moisés Maluf é trabalhada no âmbito de todo
currículo escolar, em especial nas disciplinas de História, Literatura, Educação
Artística, Educação Física, Sociologia e Filosofia com o intuito de promover
oportunidades de diálogo em que se conheça se ponham em comunicação diferentes
sistemas simbólicos e estruturas conceituais, bem como se busquem formas de
convivência respeitosa, além da construção de projetos de sociedade em que todos se
sintam encorajados a expor, defender sua especificidade étnicoracial e a buscar
garantia para que todos o façam.
Em consonância com esta temática, o colégio Alfredo Moisés Maluf conta com a
68
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, constituída por Instrução da SUED/SEED, de acordo
com o disposto no artigo 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de
orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações
ÉtnicoRaciais e ao Ensino de História e Cultura AfroBrasileira, Africana e Indígena,
ao longo do período letivo.
Em relação ao estudo da História do Paraná a Lei 13381/01, torna obrigatório
que o mesmo ocorra no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública, sendo que os
conteúdos deverão ser trabalhados de forma contextualizada, utilizando de recursos
como livros, jornais, gravuras, filmes, música, leitura e interpretação e analise de
textos assim como de documentos como mapas e documentos históricos que resgatem
a importância e valorização do nosso Estado.
4.9.1. Inclusão Educacional
A democratização do ensino pressupõe garantir a todos o direito de participar
do processo de escolarização. Para democratizar a educação, há que se democratizar a
oferta na escola, atendendo à diversidade das demandas populares. Garantir
escolarização de qualidade para todos implica aceitar e valorizar a diversidade das
classes sociais e do estilo de cada indivíduo para aprender.
O poder público necessita fundamentarse em pressupostos democráticos que
norteiem suas ações e garantam aos seus cidadãos o direito à educação. Entendese
que, no âmbito da rede pública de ensino, são inúmeros os desafios à efetivação de
educação de qualidade para todos, independente da diversidade em geral. Neste
Colégio, há um processo de inclusão de pessoas com necessidades educacionais
especiais. Aparentemente mais complexo, o processo de inclusão de pessoas
deficientes tem gerado também mais dedicação dos profissionais envolvidos,
especialmente na sensibilização
dos profissionais do ensino regular.
O surgimento das propostas inclusivas para os alunos portadores de
necessidades educacionais especiais ingressarem na rede regular de ensino tem
69
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
provocado mudanças na compreensão e aceitação dos problemas das deficiências e
mobilizado a escola para se organizar diferentemente. Essas mudanças abrangem a
estrutura funcional, os princípios filosóficos e o projeto políticopedagógico.
A ideia da educação inclusiva traz implícita uma série de mudanças na maneira
de conceber as pessoas com necessidades educacionais especiais. Essas mudanças
devem ocorrer tanto no âmbito da organização e estruturação dos serviços
educacionais como da ação educativa propriamente dita. O atendimento à pessoa com
necessidades especiais tem sido discutido e implementado no decorrer de nossa
história. No entanto, a abrangência, a forma e a intenção desse atendimento têm
mudado no decorrer dos anos.
A inclusão é considerada como possível no projeto político pedagógico. No
entanto, tratase de um processo complexo, sujeito a uma série de variáveis, em
especial à mudança de concepções que atingem os envolvidos no processo em tempos
e espaços diferentes. O Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, neste projeto, pretende
reafirmar esforços em sair do plano teórico para a prática, coerente com os princípios
que o regem, ou seja, a garantia de acesso e permanência do aluno na escola,
qualidade de ensino e democratização do saber.
Com isso, se pretende identificar os mecanismos de ação com vistas à remoção
de barreiras à aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais,
assim como, subsidiar aos professores do ensino regular e acompanhar os alunos que
necessitam de recursos pedagógicos diferenciados para aprender. De acordo com a
Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), o currículo para alunos com necessidades
educacionais especiais em classes mais adiantadas devem incluir programas
transacionais específicos, apoio para ingressarem no ensino superior sempre que
possível e subsequente treinamento profissional que os preparar para atuar como
membros contribuintes independentes após terminarem os estudos.
A inclusão é considerada como possível no projeto político pedagógico. No
entanto, tratase de um processo complexo, sujeito a uma série de variáveis, em
especial à mudança de concepções que atingem os envolvidos no processo em tempos
e espaços diferentes. O Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, neste projeto, pretende
70
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
reafirmar esforços em sair do plano teórico para a prática, coerente com os princípios
que o regem, ou seja, a garantia de acesso e permanência do aluno na escola,
qualidade de ensino e democratização do saber.
Com isso, se pretende identificar os mecanismos de ação com vistas à remoção
de barreiras à aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais,
assim como, subsidiar aos professores do ensino regular e acompanhar os alunos que
necessitam de recursos pedagógicos diferenciados para aprender. De acordo com a
Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), o currículo para alunos com necessidades
educacionais especiais em classes mais adiantadas devem incluir programas
transacionais específicos, apoio para ingressarem no ensino superior sempre que
possível e subsequente treinamento profissional que os preparar para atuar como
membros contribuintes independentes após terminarem os estudos.
4.9.2.Gênero e Diversidade Sexual
Tem sido crescente a mobilização de diversos setores sociais em favor do
reconhecimento da legitimidade da diversidade sexual. Ela é vista como fator
essencial para garantir inclusão, promover igualdade de oportunidades e enfrentar
toda sorte de preconceito, discriminação e violência, especialmente no que se refere a
questões de gênero e sexualidade. O Colégio Alfredo Moisés Maluf, considera a escola
e, em particular, a sala de aula, é um lugar privilegiado para se promover a cultura de
reconhecimento da pluralidade das identidades e dos comportamentos relativos a
diferenças. Questões essas que precisam ser discutidas a partir de uma perspectiva
crítica e problematizadora,. Para (SILVA, 1996, 2000 e 2001), devese questionar
relações de poder, hierarquias sociais opressivas e processos de subalternização ou de
exclusão, que as concepções curriculares e as rotinas escolares tendem a preservar. Da
mesma maneira, como espaço de construção de conhecimento e de desenvolvimento
do espírito crítico, onde se formam sujeitos, corpos e identidades, a escola tornase
uma referência para o reconhecimento, respeito, acolhimento, diálogo e convívio. A
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da
71
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Educação (Secad/MEC) entende que, em uma perspectiva inclusiva, políticas
educacionais que correlacionam gênero, orientação sexual e sexualidade não devem
se restringir à dimensão, de todo modo importante, dos direitos à saúdesexual e
reprodutiva.É preciso ir além e, ao mesmo tempo, partir de outros pressupostos.
Dessa forma, ao falar em diversidade sexual, a Secad/MEC procura, antes,
situar questões relativas a gênero, orientação sexual e sexualidade no terreno da ética
e dos direitos humanos, vistos a partir de uma perspectiva emancipadora. Assim
fazendo, evita discursos que, simplesmente, relacionam tais questões a doenças ou a
ameaças a uma suposta normalidade. Ao mesmo tempo, afasta tanto posturas
naturalizantes quanto atitudes em que o cultural passa a ser acolhido ou recusado de
forma simplista e acrítica.
A SEED tem disponibilizado capacitação de profissionais de educação e
profissionais da rede de proteção para atuação na prevenção, atenção e reinserção
social e educacional da criança e do adolescente em situação de vulnerabilidade, na
área específica da atenção à Violência física, psicológica, negligência/abandono,
Violência Sexual e Exploração Sexual. Comercial de Crianças e Adolescentes e
Exploração do Trabalho Infantil. Tais temáticas fazem parte do cotidiano escolar sendo
necessário incluílas nos planos docentes, também Poder Executivo autoriza implantar
campanhas sobre Educação Sexual, a serem veiculadas nos estabelecimentos de
ensino estadual de 1º e 2º Graus do Estado do Paraná.
A escola é um instrumento para uma educação universal, livre de preconceitos,
com base, nesta realidade, órgãos como: Secretaria de Políticas para Mulher,
Secretaria de Políticas de Igualdade Racial, Unicef, ONU (Organização das Nações
Unidas), elaboraram formas de discutir a diversidade de maneira mais completa,
tendo em vista a formação de nossos educandos e educadores. No entanto, notamos
que a discriminação esta vinculada ao nosso dia a dia.
Fica necessário, coibir as ações discriminatórias, não para que muitos se sintam
ultrajados em detrimento de uma minoria. Mas,para que seja garantido o direito de ir
e vir de qualquer cidadão(ã) de nossa sociedade. A pergunta que se faz é como
superar o risco de manutenção de práticas discriminatórias diante da tendência de
72
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
naturalizar preconceitos relativos à sexualidade? Neste caso cabe a escola levar ao
conhecimento dos alunos, materiais didáticos pedagógicos, capazes de trazer a
reflexão do individuo, enquanto ser social e transformador da realidade objetiva. O
importante é não sentirse proibido (a) de ser quem é, por causa, do preconceito
estabelecido, não apenas pela escola, mas também pela sociedade em geral.
A mudança, quanto ao tratamento dessas pessoas precisa passar por uma
profunda transformação social. Contudo, o ambiente escolar é extremamente
relevante para uma mudança. E para isso as discussões pautadas pelos órgãos
supracitados, é necessária para a construção de uma sociedade, democrática, justa e
equilibrada. O PROJETO DE LEI N° 168/11 Deputada Rejane Pitanga determina aos
órgãos da Administração Pública Direta e Indireta, Autarquias e Iniciativa Privada que
observem e respeitem o nome social de travestis e transexuais e dá outras
providências.
Art.1º Fica assegurado às pessoas transexuais e travestis, nos termos desta lei,
direito à escolha de tratamento nominal nos atos e procedimentos promovidos no
âmbito da Administração Pública Direta, Indireta, Autarquia, Empresas Públicas do
Distrito Federal e Escolas Públicas e Privadas.
A escola é ambiente para a inclusão e discussão sobre diversidade de Gênero,
Transgêneros, Transexis, travestis. Sabemos que a humanidade é formada por seres
plurais e diversos quanto à maneira de ser, sentir, raciocinar, agir e perceber a vida.
Essas pluralidades e diversidades também se aplicam à forma como nos relacionamos
afetivamente e/ou sexualmente com outras pessoas. Isso significa que não existe um
modo único de relação, que supostamente seja “natural”, “certo” ou “normal”, mas, ao
contrário, as possibilidades são inúmeras. Os significados sociais negativos atribuídos
a essas características são utilizados para justificar o tratamento desigual. Essas
pessoas têm muita dificuldade em conviver democrática e respeitosamente com a
diversidade e de reconhecer que quem é diferente tem os mesmos direitos e deveres,
na vida pessoal e em coletividade. Situações como essas podem ocorrer em relação à
orientação sexual, religião, identidade de gênero, raça, cor da pele ou etnia, condição
física, estilo de vida ou outra situação. Cabe, então, chamar a atenção para o conceito
73
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
de que o respeito à diversidade é, justamente, o que caracteriza a democracia. Quando
todas e todos têm acesso ao exercício do poder, o resultado não é uma massa
uniforme, mas um mosaico colorido e multifacetado de uma rica contribuição
humana.
Diante do anseio de construirmos uma sociedade e uma escola mais justas,
solidárias, livres de preconceito e discriminação, é necessário identificar e enfrentar as
dificuldades que temos tido para promover os direitos humanos e, especialmente,
problematizar, desestabilizar e subverter a homofobia. São dificuldades que se tramam
e se alimentam, radicadas em nossas realidades sociais, culturais, institucionais,
históricas e em cada nível da experiência cotidiana, merecedor da atenção das
políticas públicas. A influência heterossexista é visível, ao discutirmos as questões
acima, porém a escola deve ficar acima de qualquer juízo de valor, para que a
equidade entre, raça, gênero, transgêneros, transexis, travestis, seja de fato
respeitada.
A proposta do Colégio Alfredo Moisés Maluf é trabalhar no currículo escolar,
em especial nas disciplinas de Educação Artística, Educação Física, Biologia, História,
Literatura, Filosofia e Sociologia, uma referencia político pedagógico, para melhor
fazer a reflexão, sobre a diversidade de maneira geral. Com a inclusão desses assuntos
nas matérias acima citadas, podemos possibilitar a construção de uma sociedade
heterogênea, porém, livre de preconceito, sexista, homofóbico e racial.
4.9.3. História e Cultura Indígena (Lei 11645/08)
Em 2003 foi promulgada a Lei 10.639/03, que instituía a obrigatoriedade da
inserção no currículo da Educação Básica, discussões sobre as Relações ÉtnicoRaciais,
Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. Em 2008, a Lei 10.639/03 foi
alterada pela Lei 11.645/08, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temática "História e Cultura AfroBrasileira e Indígena".
Sobre a Cultura Afrodescendente, Africana e indígena podemos constatar que
vivenciamos nos últimos anos um importante debate acerca do ensino da “História da
74
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Cultura Africana”e das “Relações Étnicas Raciais”, no país. E sabendo que para viver
democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e valorizar esta
diversidade étnica e cultural que constitui nosso Brasil.
Por sua formação histórica a sociedade brasileira é marcada pela presença de
diferentes etnias, grupos culturais descendentes de imigrantes de diversas
nacionalidades, religiões e línguas. Contudo ao longo da nossa história o preconceito e
as relações de discriminação e exclusão social impedem muitos brasileiros da vivência
plena da sua cidadania.
A temática no Colégio Alfredo Moisés Maluf é trabalhada no âmbito de todo
currículo escolar, em especial nas disciplinas de História, Literatura, Educação
Artística, Educação Física, Sociologia e Filosofia com o intuito de promover
oportunidades de diálogo em que se conheça se ponham em comunicação diferentes
sistemas simbólicos e estruturas conceituais, bem como se busquem formas de
convivência respeitosa, além da construção de projetos de sociedade em que todos se
sintam encorajados a expor, defender sua especificidade étnicoracial e a buscar
garantia para que todos o façam.
4.9.4. Música (Lei 11769/08)
A lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, determina que a música deve
ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica. "O objetivo não é formar
músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos",
diz a professora Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE
(Conselho Nacional de Educação).
O trabalho com música se dá desde a audição e apreciação, assim como
produções musicais. Os alunos também vivenciam a música, por meio de trabalhos
corporais que desenvolvem a atenção e a coordenação motora.
O objetivo não é formar músicos , mas desenvolver o espírito crítico, conhecer
as raízes da música brasileira, despertar o gosto musical, preservar nosso patrimônio e
aumentar o repertório musical nacional e internacional.
75
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
4.9.5. Prevenção ao uso indevido de drogas
É preciso retomar o papel educador da família e dos professores. O papel dos
pais não pode restringirse a fornecer os meios econômicos para que outros ensinem e
eduquem seus filhos, nem o papel dos professores pode reduzirse a ensinar técnicas
ou habilidades que permitam aos adolescentes continuar estudando ou encontrar um
trabalho. Temos de educar os jovens para viver em sociedade de acordo com os
valores de esforço, solidariedade, liberdade, etc., ensinandolhes de fato o que
historicamente os homens aprenderam de sua convivência em grupo.
O uso indevido e abuso das drogas representa um problema grave, capaz de
produzir importantes alterações de saúde e problemas sociais. O fenômeno do
consumo de drogas tem algumas características que o tornam muito preocupante. O
tipo de substâncias consumidas, a frequência de seu uso, o aumento do número de
consumidores e a redução da idade de iniciação acentuam a necessidade de uma ação
preventiva eficaz e de uma formulação de estratégias de tratamento adequadas.
O problema da dependência de drogas exige medidas preventivas eficazes que
incidam diretamente sobre os fatores que propiciam a iniciação ao consumo das
diferentes drogas.
O importante, e o que se busca, é que a família e a escola, assim como qualquer
outra instituição com função educativa, formem, eduquem, no sentido mais pleno da
palavra. Amplitude e a complexidade do “problema das drogas” tornam necessárias
atuações amplas no contexto familiar, escolar e social.
Neste sentido é que o Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf desenvolve
Projetos de Prevenção ao uso indevido de drogas, através de Projetos em parceria com
Instituições especializadas em tratamento e recuperação de usuários de diferentes
tipos de drogas.
4.9.6. Sexualidade humana
76
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A SEED tem disponibilizado capacitação de profissionais de educação e
profissionais da rede de proteção para atuação na prevenção, atenção e reinserção
social e educacional da criança e do adolescente em situação de vulnerabilidade, na
área específica da atenção à Violência física, psicológica, negligência/abandono,
Violência Sexual e Exploração Sexual. Comercial de Crianças e Adolescentes e
Exploração do Trabalho Infantil. Tais temáticas fazem parte do cotidiano escolar
sendo necessário incluilas nos planos docentes , também Poder Executivo autoriza
implantar campanhas sobre Educação Sexual, a serem veiculadas nos
estabelecimentos de ensino estadual de 1º e 2º Graus do Estado do Paraná.
4.9.7. Educação Ambiental (Lei 9795/99)
A Secretaria de Estado de Educação do Estado do Paraná desde 1999 visa
implementar a Lei 9.795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental
em um processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a
preservação do equilíbrio ambiental, tendo como intento a qualidade de vida a
compreensão das relações entre o homem e o meio biofísico, minimizando assim os
problemas relacionados a estes fatores . Entendese que todas as disciplinas que
compõe a matriz curricular estão inseridas nessas questões. Sendo assim a Lei visa
subsidiar os educadores para que, a partir de uma compreensão crítica e histórica das
questões relacionadas ao meio ambiente, possam por meio do tratamento pedagógico
e orientados pelas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná, construir a identidade da Educação Ambiental na escola.
4.9.8. Educação Fiscal e Tributária (Decreto 1143/99)
A SEED define que a proposta da Educação Fiscal é instigar o cidadão a refletir
sobre a função socioeconômica dos tributos, permitir aos cidadãos o conhecimento
sobre administração pública, estimular o acompanhamento, pela sociedade, da
aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre
77
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
o Estado e o cidadão. O Colégio Alfredo Moisés Maluf considera interessante que essa
questão não seja tratada de forma assim tão simples pois conforme a citação a seguir
“Cada um lê como os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de
vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como
são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre uma releitura.
Sendo assim, fica evidente que cada leitor é coautor.” (Leonardo Boff). Desta
forma considerase importante que as disciplinas inclua em seus planos de ação tais
discussões instrumentalizando os alunos com os conhecimentos de que grande parte
da população não sabe que paga tributos, desconhecendo sua própria contribuição
para o financiamento dos serviços públicos. Alguns sequer sabem que a escola e o
hospital que estão a seu serviço são frutos dos tributos pagos por eles – que tudo o que
é público foi construído com os tributos que cada um paga.
4.9.9. Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente (direito das
crianças e adolescentes) (Lei federal 11525/07)
Em 1990, fruto do desdobramento da Constituição Federal de 1988 (em
especial de seu artigo 227), da Convenção Internacional de 1989, bem como da
reivindicação de inúmeras entidades, movimentos e atores sociais, surge o Estatuto da
Criança e do Adolescente. O ECA traz a doutrina jurídica da proteção integral. A
criança deixa de ser vista como objeto de intervenção da família, da sociedade e do
estado e passa a ser entendida como um sujeito de direito e em desenvolvimento.
No dia 25 de Setembro de 2007 é promulgada pelo presidente em exercício,
José Alencar Gomes da Silva, a Lei 11.525/07 que acrescenta § 5o ao art. 32 da Lei no
9.394/96 – LDB:
“§ 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático adequado.”
Assim no trabalho com enfrentamento a violência no Colégio Maluf, as ações
precisam ser multidisciplinares, intersetoriais, multissecretariais. Há intervenções que
78
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
podem ser feitas a partir dos recursos próprios, dos recursos pessoais, de cada um de
nós. Há ações que só são possíveis a partir da construção de um coletivo, outras que
dependem de ações governamentais.
Quando a escola assume o seu objetivo, o da educação como um direito de todos, a violência se esvai. Passa a ser uma escola respeitada, vista como um bem comum, como um bem público a ser defendido. O instrumento para a transformação da escola em uma escola não violenta é o trabalho com o conhecimento, a gestão democrática, o trabalho em conjunto escolabairro. (SEED, 2010, p. 16)
5. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
5.1. Sala de Apoio e Aprendizagem
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná SEED implementou o
Programa Salas de Apoio à Aprendizagem no ano de 2004, com o objetivo de atender
às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam a 5ª
série/6º ano e 8ª série/9ºano do Ensino Fundamental.
O programa prevê o atendimento aos alunos, no contra turno, nas disciplinas
de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades
referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às
formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. Com isso, o
Programa antecipa possível abandono e reprovação devidos a dificuldades de
aprendizagem apresentadas pelos alunos que entram na 5ª série do Ensino
Fundamental.
A partir de sua criação, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná tem
promovido ações e eventos de capacitação aos professores que atuam nessa
modalidade de ensino, bem como aos diretores e às equipes pedagógicas das escolas,
buscando esclarecer a todos quais são os objetivos das Salas de Apoio e promovendo
discussões sobre quais devem ser os encaminhamentos metodológicos que façam com
que os alunos que ingressam nas 5ª séries com dificuldades de aprendizagem possam
– por meio de atividades diferenciadas e significativas oferecidas no contra turno –
79
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
superar essas dificuldades e acompanhar seus colegas do turno regular, diminuindo
assim a repetência e melhorando a qualidade da educação ofertada pela rede pública.
Visando possibilitar aperfeiçoamento do Programa, ocorre avaliação
permanente por parte do Departamento de Educação Básica, dos Núcleos Regionais de
Educação e de todo o coletivo escolar, objetivando seu melhor funcionamento e
eficiência. Devido a essa avaliação, o Programa passou por mudanças em sua
regulamentação, que promoveram o aumento do número de aberturas automáticas de
demandas e a diminuição do número de alunos por Sala de Apoio, possibilitando
assim um maior e melhor atendimento aos alunos.
No Colégio Alfredo Moisés Maluf, atualmente, existe duas Salas de Apoio à
Aprendizagem de Língua Portuguesa e duas de Matemática, que atendem alunos de 5ª
e 8ª séries. Neste colégio o funcionamento ocorre em conformidade com a Instrução
022/2008, que estabelece critérios de abertura de demanda e suprimento e trata das
atribuições dos profissionais a Sala de Apoio à Aprendizagem, conforme a Resolução
371/2008, que regulamenta a criação e abertura de Salas de Apoio e a
Resolução196/1010, que regulamenta a distribuição de aulas.
5.2. Monitoria
No Colégio existe monitoria na disciplina de Matemática, com estagiários do
curso de matemática, em parceria com a UEM, e também com alunos do Colégio,
como auxílio aos alunos com defasagem de aprendizagem e na tentativa de superar
tais dificuldades.
A proposta de monitoria na disciplina de Matemática surgiu da preocupação
com o baixo rendimento obtido por vários alunos de 8ª série, do período matutino
desse Colégio. As aulas acontecem no contra turno, com horário combinado, sempre
que necessário.
Os monitores são alunos da mesma série que dominam o conteúdo. Os alunos
com dificuldades têm a oportunidade de rever os conteúdos trabalhados em sala,
fazem listas de exercícios, tiram dúvidas com os colegas, que são coordenados pela
80
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
professora regente e equipe pedagógica.
Esse procedimento tem por objetivo melhor a aprendizagem, resgatando a
autoestima e promovendo aprovações. Os monitores, por sua vez, se sentem
valorizados e isso estimula os alunos, de modo geral. Quem melhora o rendimento
também poderá ser convidado para auxiliar os colegas.
Os pais dos alunos que precisam dessa ajuda são comunicados sobre a
existência das aulas de monitoria e são avisados também sobre as faltas. Os resultados
já são positivos, porque vários alunos que participam da monitoria conseguiram
demonstrar melhoria do seu desempenho.
5.3. Sala de Recursos
O Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, atende às diretrizes curriculares para
a Educação Especial, na construção de culturas inclusivas, na elaboração de políticas
inclusivas e na dimensão das práticas inclusivas, ou seja, na organização do processo
de aprendizagem. Isso tudo, por meio da flexibilização e adaptações curriculares (de
conteúdos, métodos e de avaliação) de modo a contemplar a participação de todos os
alunos, considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas
diferenciadas e o contexto social. Para tanto, o Colégio oferece a modalidade Sala de
Recursos.
Conforme amparo legal (Instrução 05/04), “Sala de Recursos é um serviço
especializado de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento
educacional realizado em Classes Comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries”.
Nessa modalidade, são atendidos alunos egressos da Educação Especial ou aqueles
que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo,
distúrbios de aprendizagem com, ou sem, deficiência mental, que necessitam de apoio
especializado complementar para ter bom desempenho no processo de ensino
aprendizagem na Classe Comum. Esses alunos são regularmente matriculados no
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª. Neste colégio, além dos alunos aqui matriculados,
eventualmente são atendidos, em Sala de Recursos, alunos matriculados em classe
81
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
comum de outros colégios, conforme suas necessidades.
O processo de avaliação para ingresso em sala de recursos é minucioso. Trata
se de uma avaliação pedagógica, realizada inicialmente no contexto do Ensino
Regular, pelo professor da Classe Comum e equipe técnico pedagógica da Escola. Essa
avaliação é seguida de avaliação de equipe multidisciplinar (psicólogos, médicos e
fonoaudiólogos). Esse processo é lento e sua conclusão tem sido demorada. Neste
colégio, dispomos de vagas e temos alunos em processo de avaliação.
Acordada com a referida instrução, a Sala de Recursos do Colégio Maluf
oferece 20 horas semanais, seguindo um cronograma que prevê no mínimo dois (2)
atendimentos semanais de aproximadamente uma hora e quarenta minutos, em
período contrário ao turno da classe comum, no período matutino. Os alunos são
atendidos individualmente ou em pequenos grupos, considerando especialmente a
faixa etária, a série que cursa e as suas necessidades pedagógicas.
Na Sala de Recursos há controle de frequência. O serviço está disponível, mas
não há obrigatoriedade legal para o aluno e sua família, em termos de matricula e
frequência. Neste colégio, alguns alunos têm baixa frequência e constantemente as
famílias são alertadas por meio de avisos escrito e por telefone, a respeito das faltas e
sobre a necessidade do referido atendimento especializado.
A professora da Sala de Recursos tem contato com a equipe técnico pedagógica
da Escola, sempre que possível ou se fizer necessário. O contato também ocorre junto
aos professores da Classe Comum para o acompanhamento do desenvolvimento do
aluno. Esse encontro é mais frequente com professores que trabalham no colégio por
40 horas. A professora também participa de Conselhos de Classe, reuniões e vem à
escola no período de estudo regular dos alunos sempre que possível.
Em termos pedagógicos, o trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos
parte das necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno com
o intuito de promover o desenvolvimento das áreas cognitiva, motora, sócio afetiva
emocional e a aprendizagem de conteúdos da disciplinas da Classe Comum. Primase
também, pela aprendizagem de comportamentos de estudo.
82
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
6. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
6.1. Segundo Tempo
O programa Segundo Tempo foi idealizado pelo Ministério do Esporte com a
finalidade de colaborar com a inclusão social, o bemestar físico, a promoção da
saúde, o desenvolvimento intelectual e humano, e assegurar o exercício da cidadania
através do acesso à prática esportiva por meio de atividades esportivas e lazer,
realizados no contra turno escolar.
O programa caracterizase pelo acesso a diversas atividades e modalidades
esportivas, desenvolvidas em espaços físicos da escola ou em espaços comunitários sob
a orientação de professores e estagiários de Educação Física devidamente habilitados
e capacitados para a função e tem como público alvo crianças e adolescentes expostos
aos riscos sociais.
O núcleo implantado no Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, atende alunos
da periferia de Maringá do Ensino Fundamental II, mais especificamente dos bairros:
Conjunto Habitacional Herman Moraes de Barros, Residencial Copacabana, Jardim
Quebec, Parque das Grevíleas I, II e III, Jardim Imperial, Parque das Palmeiras, Jardim
Diamante, Jardim Paris I, II e III, Jardim Santa Helena, Jardim Monte Rei, Jardim
Império do Sol, Jardim Vitória e Parque das Laranjeiras. Atende ainda alunos
provenientes da Zona Rural, próxima a esses bairros. Apesar de termos uma
infraestrutura no bairro como escolas, saneamento básico, posto de saúde e biblioteca
municipal há um grande número de adolescentes que fazem uso de drogas e um
grande número de homicídios decorrentes disso, além do vandalismo ao patrimônio
público.
O desenvolvimento das atividades esportivas, culturais e de lazer são realizadas
no Centro Esportivo, bosque local, Associação de Moradores e na Academia para a
Terceira Idade.
O programa Segundo Tempo implantado nesse colégio tem como proposta
inserir nossas crianças na escola, e a escola na sociedade. Apesar do enfrentamento
83
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
com essa realidade cheia de adversidades, o programa pretende ser uma esperança,
não uma esperança ingênua, nem tampouco o imobilismo de quem desistiu de
acreditar na mudança, perdendo o endereço na história. Enquanto núcleo dentro de
uma instituição, o programa Segundo Tempo, pretende consolidar um ambiente
esportivo e educativo que gere aprendizagem, reconfigure saberes e poderes e crie
espaços de reflexão.
6.2. CELEM
O CELEM, Centros de Línguas Estrangeiras Modernas, criado em 1986 e
regulamentado pela Resolução nº 3.546/86, passou por várias restruturações e
atualmente, seu funcionamento é regulamentado pela Resolução 3904/2008 e pela
Instrução Normativa nº 019/2008 – SUED/SEED.
O CELEM se faz presente em 32 Núcleos Regionais de Educação perfazendo um
total de 473 estabelecimentos de ensino e oportuniza a esses estabelecimentos de
ensino da Educação Básica do estado do Paraná a oferta de ensino de outros idiomas
diferentes daqueles constantes na Matriz Curricular.
Quando criado, os cursos eram ofertados apenas a alunos. No entanto, desde
2004, no Art. 1º da Resolução nº 2.137/2004, estendeuse a oferta de vagas aos
professores e funcionários da SEED, bem como, abriu 20% das vagas à comunidade,
desde que comprovado o término da 1ª fase do Ensino Fundamental e o não
preenchimento das vagas ofertadas.
No Colégio Alfredo Moisés Maluf o CELEM teve início em 2010, ofertando o
curso de Espanhol. Esse curso tem carga horária de 3 horas semanais com duração de
dois anos.
6.3. ACCC – ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR EM
CONTRATURNO
Em nosso colégio temos três professores desenvolvendo ACCC tendo como
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
MACROCAMPOS: Aprofundamento da Aprendizagem, pela professora de geografia
Luciana Andrea Calvi com os alunos do ensino médio; Cultura e Arte pela professora
de arte Kattlleya Vitória Andrian Amaral com os alunos de 5ª séries e Esporte e Lazer
pelo professor de educação física Custódio Ribeiro Vieira com os alunos de 5ª a 8ª
série.
6.4. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
O estágio não obrigatório é amparado pelas leis:
• Lei nº 9.394/1996 que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
• Lei nº 11.788/2008, que dispõe sobre estágio do estudantes.
• Lei nº 8.069/1990, que dispõe do Estatuto da Criança e do Adolescente.
• Deliberação nº 02/2009 do Conselho Estadual de Educação.
• Instrução nº 006/2009 – SUED/SEED
O estágio é um ato educativo escolar, não obrigatório, que visa à preparação
para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o Ensino Médio
com idade mínima de16 anos; não interfere na aprovação ou reprovação do aluno e
não é computado como componente curricular.
O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza embora seja
remunerado. Estagiário do Ensino Médio poderá ter uma carga horária diária de até 6
horas ou até 30 horas semanais.
A instituição de ensino é responsável pelo desenvolvimento do estágio,
observados:
• Termo de Convênio para estágio com o ente público ou privado
e concedente de estágio, nas Instituições de Ensino da Rede
Pública Estadual, de acordo com o Decreto nº 897/07 de
31/05/07, para a formalização do Termo de Convênio, será
necessário a prévia e expressa autorização do Governador do
Estado do Paraná.
• Termo de Compromisso firmado com o educando ou com seu
85
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
representante ou assistente legal e com a parte concedente,
indicando as condições adequadas do estágio à proposta
pedagógica do curso e modalidade da formação escolar do
estudante e ao horário de modo que não prejudique a carga
horária do curso.
• Plano de Estágio que deverá ser submetido à análise do NRE,
juntamente com o Projeto PolíticoPedagógico.
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor orientador
(pedagogo) especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades. O professor orientador, afere mediante
relatório, as condições para a realização do estágio firmadas no Plano de Estágio e no
Termo de Convênio e quando solicitado envia relatórios de desempenho escolar e
frequência do aluno na escola.
A jornada de estágio não poderá ultrapassar seis (6) horas diárias e trinta (30)
horas semanais, no caso de estudantes de Educação Profissional Técnica de Nível
Médio e do Ensino Médio; a carga horária do estágio não pode comprometer a
frequência às aulas e o cumprimento dos demais compromissos escolares.
No Colégio Maluf , temos vários alunos que participam de programas de
estágio em instituições que firmam convênio com empresas onde os alunos
desenvolvem atividades remuneradas.
7. CALENDÁRIO ESCOLAR
Para cada ano letivo a SEED emite Resolução própria que normatiza o processo
de elaboração do Calendário Escolar para o ano seguinte. Tal Resolução é elaborada
seguindo os princípios legais da Lei N. 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional e suas alterações e da Deliberação N. 02/02 – CEE, que
incluiu, no período letivo, dias destinados às atividades pedagógicas.
A elaboração do Calendário Escolar é importante para a rede pública estadual
de Educação Básica e rede conveniada porque garante o mínimo de oitocentas horas,
86
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar. Estabelece
também, períodos destinados para atividades escolares dos professores: planejamento,
reuniões pedagógicas, formação continuada e replanejamento.
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8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
COLÉGIO ESTADUAL ALFREDO MOISÉS MALUF – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PLANO DE AÇÃO PARA 2011
TEMA AÇÃO RESPONSABILIDADE CRONOGRAMA
GESTÃOOrganizar pastas por turma para registro de ocorrências. Equipe Pedagógica.
Fevereiro2011
Comunicar faltas de alunos e afastamento (atestados, licenças e transferência), de forma mais rápida entre professores, equipe e
secretaria.
Direção, Equipe Pedagógica, Docentes e Agentes
Educacionais.
Fevereiro2011
Avaliar e atualizar o Projeto Político Pedagógico.Direção, Equipe Pedagógica,
Docentes e Agentes Educacionais.
Agosto, Setembro e Outubro
Realizar pesquisa sócio econômica da comunidade escolar. Direção, Equipe Pedagógica, Docentes. Maio
Aumentar a participação da comunidade, de pais e alunos promovendo eventos, palestras e outros.
Direção, Equipe Pedagógica, Docentes.
Durante todo ano letivo.
Divulgar para a comunidade escolar o Projeto Político. Pedagógico e Estatuto da Criança e do adolescente. Equipe Pedagógica e Direção
Fevereiro e sempre que necessário
Dar ciência ao aluno do conteúdo do regimento escolar. ProfessoresFevereiro e sempre que necessário
Promover ações sobre a importância do cumprimento das disposições Equipe Pedagógica, Direção, Durante todo ano
do regimento escolar, por parte de alunos e profissionais da educação. Docentes e Agentes. letivo.
Colocar em ação projetos que levem a diminuição da violência e da indisciplina.
Equipe Pedagógica, Direção e docentes.
Durante todo ano letivo.
Renovar o “carômetro” e organizar mapas de sala nas turmas onde se fizer necessário.
Funcionários e Professor monitor, respectivamente.
Fevereiro e sempre que necessário
Proporcionar interações entre os profissionais da educação, por meio de reuniões diversas.
Equipe Pedagógica, Direção, Docentes e Agentes.
Durante todoano letivo.
CONSELHO DE CLASSE
Realizar PréConselho com a turma com o objetivo de obter a análise feita pelos alunos sobre os encaminhamentos propostos para cada disciplina, bem como o desempenho dos alunos e as sugestões sobre as metodologias que mais contribuíram para
aprendizagem.
Equipe Pedagógica, Professor monitor e alunos.
A cada trimestre.
Realiza préconselho com professores com o objetivo de levantar dados para serem submetidos a análise do colegiado no Conselho
de Classe.
Equipe Pedagógica e Docentes de cada disciplina.
A cada trimestre.
Realizar Conselho de Classe :Primeira parte (com a participação dos alunos)
– os alunos apresentam a análise feita pela turma a respeito de cada disciplina;
– os professores traçam o perfil da turma juntamente com os alunos e definem as ações que serão tomadas;
– os alunos fazem a devolutiva do conselho para a turmaSegunda parte (colegiado) discutir os diagnósticos e proposições levantados no préconselho; definir quais metodologias devem ser revistas e que ações devem
Equipe Pedagógica, Direção, Docentes e Alunos
A cada trimestre.
ser realizadas, utilizando estratégias que levem em consideração as necessidades dos alunos.
Realizar PósConselho de Classe com a turma onde os alunos participantes do conselho de classe fazem a devolutiva sobre as discussões e encaminhamentos definidos.
Equipe Pedagógica, Docentes e alunos.
A cada trimestre.
Realizar PósConselho individual para que cada aluno tenha ciência da sua situação referente a notas e faltas e receba orientações necessárias para evoluir no processo de ensino e aprendizagem.
Equipe Pedagógica e alunos. A cada trimestre.
AVALIAÇÃO
Rever aspectos pedagógicos didáticos e legais da avaliação.Equipe Pedagógica, Direção
e Docentes.
Reunião Pedagógica1º Semestre
Rever sistema de avaliação, atualmente pautado em pesos progressivos bimestrais.
Equipe Pedagógica, Direção e Docentes.
2ª Reunião Pedagógica
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
9. PLANO DE TRABALHO DOCENTE (FORMA/ESTRUTURA DEFINIDA NO
COLETIVO ESCOLAR)
A estrutura definida pelo coletivo escolar quanto ao Plano de Trabalho Docente
do nosso colégio é trimestral e composta por ementa, justificativa, objetivo geral,
objetivos específicos, conteúdos, metodologia, recursos didáticos, avaliação e
referências bibliográficas.
10. FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP
As formas de acompanhamento e avaliação institucional do PPP do Colégio
Estadual Alfredo Moisés Maluf, será feita nas reuniões pedagógicas, nas capacitações
do início e meados do ano e sempre que se fizer necessário, durante o ano letivo.
91
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
11. MATRIZ CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
TURNOS: MANHÃ E TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012
BASENACIONAL COMUM
DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 4 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2
ENSINO RELIGIOSO* 1 1
GEOGRAFIA 3 4 4 3
HISTÓRIA 4 3 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB TOTAL 23 23 23 23
PARTEDIVERSIFICADA
L.E.M. INGLÊS 2 2 2 2
SUB TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
ENSINO FUNDAMENTAL
TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012
BASENACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º
ARTE 3 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 4 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2
ENSINO RELIGIOSO* 1 1
GEOGRAFIA 3 4 4 3
HISTÓRIA 4 3 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB TOTAL 24 23 23 23
PARTEDIVERSIFICADA
L.E.M. INGLÊS 2 3 2 2
SUB TOTAL 2 3 2 2
TOTAL GERAL 26 26 25 25
92
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ENSINO MÉDIO
TURNOS: MANHÃ E NOITE 1º 2º 3º
BASENACIONAL COMUM
ARTE 3
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 3
MATEMÁTICA 4 3 3
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB TOTAL 23 23 25
PARTE DIVERSIFICADAL.E.M. ESPANHOL 4 4 4
L.E.M. INGLÊS 2 2
SUB TOTAL 6 6 4
TOTAL GERAL 29 29 29
93
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
12. DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DA ESCOLA
ENSINO FUNDAMENTAL
Arte
Apresentação da Disciplina
Durante muito tempo arte foi considerada uma atividade de entretenimento,
uma pausa necessária em meio às demais disciplinas. Hoje, no entanto, ela tem status
de um valioso recurso para reflexão, compreensão e exercício da cidadania,
posicionamento crítico e valorização da pluralidade cultural do País, conteúdos
próprios ligados à cultura artística e não apenas as atividades.
Essa disciplina ainda hoje exige reflexão que contemplem Arte como área de
conhecimento e não meramente como meio de destaque de dons inatos. O ensino da
arte deixa de ser entretenimento no sistema educacional e passa a se preocupar com o
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade constituída historicamente e em
constante transformação, contribuindo para um cidadão reflexivo.
A partir das concepções da arte e de seu ensino, estas diretrizes consideram
alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões e respeito do objeto de
estudo desta disciplina:
O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em
seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção
articulamse numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sobre
a forma de representações artísticas como por exemplo, palavras na poesia, sons
melódicos na música; expressões corporais na dança ou teatro; cores, linhas e formas
nas artes visuais.
O conhecimento artístico esta relacionado com o fazer e com o processo
criativo considera desde o imaginário, a elaboração e a formulação do objeto artístico
até o contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses
94
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
emocionais e cognitivas expressam saberes específicos a partir da experiênciação com
materiais, técnicas e com os elementos básicos constituídos das Artes Visuais, Dança,
Música e do Teatro.
O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico dos objetos
artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos,
possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto. Norteada pelo
conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento em arte se efetiva
na interrelação de saberes que se concretiza na experiência estética por meio da
percepção da análise, da criação/produção e da contextualização histórica, apesar de
suas especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e articulados
entre si, abrangem todos os aspectos do objeto de estudo.
As formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão
ampliada, enfatizando a associação da arte coma a cultura e da arte com a linguagem.
Dessa forma, o aluno da educação básica, terá acesso ao conhecimento presente
nessas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a
proximidade da mesma com o seu universo.
Objetivo
A disciplina de Artes tem como objetivos:
✔ Interpretar a função da arte como um dos instrumentos transformadores da
história da humanidade;
✔ Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens desenvolvidas tanto na
fruição quanto a análise estética, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo;
✔ Valorizar as diversidades culturais, em seus vários aspectos, como meio de
preservação das tradições populares e de nossas raízes;
✔ Realizar produções artísticas, individual ou coletiva, nas linguagens da arte
(música, artes visuais, teatro, audiovisual) analisando, refletindo e compreendendo os
diferentes processos produtivos, com seus diferentes métodos materiais como
manifestações sociocultural e históricos;
95
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que permitam
utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.
A arte é mais do que realizar pinturas ou esculturas, mais do que a criação do
nosso ambiente, planejamento e urbanização de espaços abertos. Arte é também
atitude em relação à existência, um modo de formular nossos sentimentos e nossas
emoções; é o meio pelo qual nossa sensibilidade, em relação às experiências
vivenciadas é intensificada e refinada; é a conscientização sensível das coisas que nos
cercam e que se desenvolve através de um sistema de atitudes e experiências até se
converter em novas formas.
Nesse sentido, o ensino da arte é fundamental na formação da percepção e da
sensibilidade do aluno, por meio do trabalho criador, da apropriação do conhecimento
artístico e do contato com a produção cultural; que, como ser criador, se transforma e
transforma a natureza, produzindo novas maneiras de ver, sentir e refletir sobre as
relações sociais.
Dessa forma, a aprendizagem de arte mobiliza a expressão e a comunicação
pessoal e amplia a formação do estudante, principalmente por intensificar as relações
dos indivíduos tanto como o seu mundo interior como o exterior. Assim, o aluno
desenvolve sua cultura de arte fazendo, conhecendo e apreciando produções
artísticas, que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o recordar, o
imaginar, o sentir, o expressar, o comunicar.
Ao produzir trabalhos artísticos e conhecendo a produção de outras culturas, o
aluno poderá compreender a diversidade de valores que orientam tanto seus modos
de pensar e agir como os da sociedade.
Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos de arte estão organizados de maneira que contemple as
linguagens das artes visuais, dança, música e teatro. Os conteúdos estruturantes
selecionados por esta disciplina vêm constituir a base para a prática pedagógica. Neste
sentido foram definidos com conteúdos estruturantes os elementos formais, a
96
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
composição, movimentos e períodos. Os conteúdos serão desenvolvidos visando
atender todos os alunos levandose em consideração suas limitações e necessidades de
encaminhamentos especiais.
5ª Série
Artes Visuais
Elementos Formais Composição Movimento
CorPontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeLuz
Desenho Bidimensional Figurativa Geométrica, simétricaPinturaPintura pontilhadaEsculturaDobraduraRecorte e colagem
Arte GrecoRomanaArte AfricanaArte Oriental
Dança
TempoMovimento CorporalEspaço
ImprovisaçãoCoreografia Kinesfera Eixo Ponto de apoio Formação níveis Deslocamento Dimensões Gênero: CircularTécnicasRápido e lento
PréhistóricaGrecoRomanaRenascimentoDança Clássica
TeatroPersonagem
Expressão corporalExpressão gestualExpressões vocais e faciaisAção/Espaço
FantochesMímicasImprovisaçãoCênicaDramatizaçãoMáscaras
Arte GrecoRomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento
Música
IntensidadeDuraçãoAltura/timbreDensidade
ImprovisaçõesMusicais/melodiasRitmosEscalas: diatônica, pentatônica, cromática
GrecoRomanaOrientalOcidentalAfricana
Técnicas Pintura, escultura, modelagem, gravura
Gêneros Paisagem, retrato, natureza morta
97
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
6ª Série
Artes Visuais
Elementos Formais
ComposiçãoMovimentoBrasileiro e Paranaense
CorLuzLinhaFormaVolumeSuperfícieTexturaPonto
ProporçãoDesenhoPinturaTridimensionalFiguras e fundo abstratoPerspectiva
Arte popularArte indígenaRenascimentoArte BizantinaBarroco
Dança
Movimento corporalTempoEspaço
ComposiçõesCoreografiaFigurinoIluminaçãoSomPonto de apoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompida e conduzido)Lento, rápido e moderado
DançaDança Popular, Paranaense, Indígena
Teatro
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais, gestuais e faciaisEspaço
Representação teatralLeitura dramáticaCenografiaTécnicas: jogos teatrais, mímicas, improvisação
Arte GrecoRomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento
Música
IntensidadeDuraçãoAltura/timbreDensidade
RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e etnicoTécnicas: vocal, instrumental e mista improvisação
Música popular e étnicaOcidental e oriental
98
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
7ª Série
Artes Visuais
Elementos Formais Composição Movimento
PontoSuperfícieTexturaVolumeLuzCor
Ritmo visualEstilizaçãoDeformaçãoSemelhançasTécnicas: desenho, fotografia, áudio, visual
Indústria culturalArte contemporâneaArte século XX
Dança
Movimento corporalTempoEspaço
SonoplastiaCoreografiaGêneros: indústria, cultura e espetáculoAceleração e desacelaraçãoDireção (frente, atrás, esquerdo, direito)
Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria cultural e dança moderna
Teatro
Expressões corporais, gestuais, e faciaisAçãoEspaço
MaquiagemTexto dramáticoRepresentação no cinema e mídiasSonoplastiaRoteiroTécnicas
Indústria culturalRealismoExpressõesCinema novo
Música
IalturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, modal e a fusão de ambos
Indústria Cultural EletrônicaPop, Rock, Tecno
99
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
8ª Série
Artes Visuais
Elementos Formais ComposiçãoBi e Tridimensional
Movimento
CorLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeLuz
ReleituraRecorte e ColagemDesenho e PinturaEsculturaGêneros: Paisagens, cenas do cotidiano
RealismoVanguardaMuralismo e arte latina americanaHip Hop
Dança
Movimento corporalTempo e espaço
SonoplastiaCoreografiaTécnicas
VanguardasDança modernaDança contemporânea
Teatro OPersonagem
PersonagemExpressões corporais, vocais e gestuaisExpressões faciaisAçãoEspaço cênico
Teatro engajadoTeatro pobreTeatro do oprimidoTeatro do absurdoVanguardas
Música
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTécnica: vocal, estrutural e mistaGêneros: popular, folclórico e étnico
Música: engajado popular brasileiroMúsica contemporânea
Técnicas Vocal Instrumental Mista
Gêneros Popular Folclórico Etnico
Metodologia
O Ensino da arte tem como pretensão analisar o espaço de arte na escola (artes
visuais, música, teatro e dança) a partir de uma perspectiva histórica. Para isso
precisamos explicitar as relações da prática artística com tese econômica . As relações
100
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
sociais de produção determinam as representações, sistemas de ideias e imagens
geradas na mesma sociedade.
Dentro do sistema educacional, buscamos valores estéticos que possibilitam a
democratização do saber artístico, visando criar no aluno uma percepção exigente,
ativa, critica em relação à realidade humanosocial. A proposta de arte tem dupla
função de um lado, analisar o seu papel na formação da percepção e da sociedade do
aluno, de outro lado, colher a significação da arte no processo de humanização do
homem.
A arte propõe novas formas de refletir sobre as relações sociais e consiste numa
apropriação da realidade e essencial, possível quando se colocamos em estado
humano, as figuras reais através da humanização dos objetos e dos sentidos.
No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma
devemos contemplar na metodologia do ensino da arte três momentos da organização
pedagógica: o sentir perceber, que são as formas de apreciação: o trabalho artístico,
que é a pratica criativa, o conhecimento, que fundamenta e possibilita o aluno um
sentir/ perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o
aluno à formação de conceitos artísticos.
A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como
aula teórica e sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o
conhecimento em arte se efetiva somente quando esses três momentos são
trabalhados.
A prática artística (trabalho criador) é expressão privilegiada do aluno e
momento do exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola
encontra para desenvolver estas práticas, elas são fundamentais, pois a arte pode ser
apreendida somente de forma abstrata. O processo de produção do aluno acontece
quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza os
sentidos.
Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensinoaprendizagem em
arte. Estes três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de
aula, pois apesar de serem interdependentes, é preciso planejar as aulas com recursos
101
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
e metodologia específica para cada um desses momentos.
O encaminhamento pode se iniciar por qualquer desses momentos, mas o
fundamental é que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir
e perceber, ao conhecimento e ao trabalho artístico.
Avaliação
A avaliação da disciplina de Arte será diagnóstica e processual. Diagnóstica por
ser a referência do professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos.
Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento
será constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da classe
sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto avaliação dos alunos.
É importante neste processo ter em vista que os alunos do ensino médio têm
um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente apreende
em outros espaços (família, grupos associações, religião e outros) e um percurso
escolar também distinto entre os mesmos, pois pela amplitude do conhecimento
artístico (música, artes visuais, teatro e dança) e as condições humanas e materiais na
escola, inviabiliza uma certa unidade na aprendizagem de arte em todas as escolas
públicas.
Neste sentido, é fundamental que nos primeiros dias de aula seja realizado um
levantamento das formas artísticas que o aluno já tem conhecimento e habilidade,
como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar.
Também durante o ano letivo, poderemos observar tendências e habilidades
dos alunos para uma ou mais dimensões da arte. Estes diagnósticos são a base para o
planejamento das aulas, pois mesmo que já estejam definidos os conteúdos que serão
trabalhados a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento
que os alunos possuem.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação tais como:
✔ trabalhos artísticos individuais e em grupo;
102
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ pesquisas bibliográfica e de campo;
✔ debates em forma de seminários e simpósios;
✔ provas teóricas e práticas;
✔ registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros .
Os critérios de avaliação são organizados com uma prova escrita no valor de
6,0 pontos e atividades artísticas e práticas no valor de 4,0 pontos, tanto para o
Ensino Fundamental como para o Ensino Médio.
103
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
PARANÁ . Diretrizes Curriculares de Artes para o Ensino Fundamental. SEED, 2008.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática. 2003
FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. RJ.1979
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo, 1991
BERTELHO, Maria augusta. Minimanual de pesquisa de arte. Ed. Claranto. 2004.
104
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Ciências
Apresentação da Disciplina
A abordagem no ensino da ciência será norteada pela construção, reconstrução
de significados vinculada aos contextos históricos. A ciência tem vasta abrangências
que passa todas as dimensões da existência humana em nossa sociedade envolvendo
problemas éticos, filosóficos, tecnológicos, econômico e social, dando o desafio de
oportunizar a todos por meio de conteúdos, noções que propiciem uma crítica de fatos
e fenômenos relacionados a vida, a compreensão das interrelações com o meio
ambiente. A ciência não pode ser considerada conhecimentos prontos e acabados, mas
em constantes transformações.
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento cientifico
que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista o conjunto de elementos
integrados que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe
interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das
relações entre elementos das relações fundamentais como tempo, espaço, força,
campo, energia e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência
do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas,
conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente.
Sendo assim, a cultura o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e
a circulação do conhecimento, estabelecem novas de formas de pensar, de dominar a
Natureza, de compreendêla e se apropriar dos seus recursos.
Diante disso, a história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do
conhecimento cientifico evolui pela observação de regularidades percebidas na
Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos
que nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura
cientifica com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.
105
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,
culturais, éticas e políticas. (KNELLER, 1980; ET AL., 1998).
A ciência não revela verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a
partir da aplicabilidade de método(s). De acordo com Kneller (1980) e Fourez (1995),
modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito
de fenômenos resultantes entre os elementos fundamentais que compões a Natureza.
Muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias.
Por isso, conceituar ciência exige cuidado epistemológico, pois para conhecer a
real natureza da ciência fazse necessário investigar a história da construção do
conhecimento cientifico (KNELLER, 1980).
Objetivos
✔ Investigar a curiosidade, a criatividade e a observação do aluno.
✔ Considerar o desenvolvimento cognitivo e a diversidade cultural.
✔ Possibilitar situações de aprendizagem sobre os conteúdos abordados
✔ Incentivar uma postura critica e participativa face [as novas tecnologias.
✔ Desenvolver a responsabilidade, a solidariedade e o respeito ao bem.
✔ Contribuir os conhecimentos prévios dos alunos, sua produção intelectual.
Conteúdos
5ª série
1. Biodiversidade
✔ Interrelações entre os seres vivos e o ambiente;
✔ Conhecimento físico;
✔ População: fatores que influenciam a distribuição;
✔ Conhecimentos químicos;
✔ Ciclos biogeoquímicos;
✔ Teias e cadeias, alimentações;
106
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Fotossínteses;
✔ Conhecimento biológico;
✔ Biosfera, ecossistema, comunidade, população, habitat e nicho ecológico;
✔ Teias e cadeias alimentares, produtores consumidores e decompositores.
2. Água no Ecossistema
✔ Conhecimentos físicos;
✔ Estados físicos e mudança de estado da água;
✔ Pressão e temperatura, densidade e empuxo;
✔ Água como fonte de energia;
✔ Conhecimentos químicos;
✔ Composição da água;
✔ Água como solvente universal;
✔ Pureza;
✔ Conhecimentos biológicos;
✔ Ciclos da água;
✔ Disponibilidade na natureza;
✔ Água e os seres vivos;
✔ Preservação e contaminação da água.
3. Ar no Ecossistema
✔ Conhecimentos físicos;
✔ Existência do ar;
✔ Camadas da atmosfera;
✔ Pressão atmosfera;
✔ Formação dos ventos;
✔ Meteorologia;
✔ Energia eólica;
✔ Conhecimentos químicos;
✔ Composição do ar;
107
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Átomos e moléculas;
✔ Poluição do ar;
✔ Gases nobres e suas aplicações;
✔ Conhecimentos biológicos
✔ O ar e os seres vivos
✔ Pressão atmosférica
✔ Contaminação do ar e as doenças
✔ Combate a poluição
4. Solo no Ecossistema
✔ Conhecimentos físicos;
✔ Tecnologia e manejo do solo para o cultivo;
✔ Conhecimentos químicos;
✔ Composição do solo;
✔ Tipos de solo;
✔ Adubação orgânica e inorgânica;
✔ Queimadas, desmatamento, poluição;
5. Poluição e contaminação da água, ar e solo.
✔ Conhecimentos físicos
✔ Poluição térmica
✔ Fontes alternativas de energia
✔ Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada
de ozônio e poluentes responsáveis.
✔ Conhecimento biológico
✔ Chuva ácida
✔ Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada
de ozônio e poluentes responsáveis.
✔ Prevenção e tratamento de doenças.
✔ Saneamento básico (ETA e ETE)
108
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Doença pela falta de saneamento básico.
6. Astronomia e astronauta (Noções de Astronomia)
✔ Conhecimento físico
✔ Instrumentos construídos para estudar os astros, astrolábios, lunetas,
telescópio, satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio.
✔ Movimento de rotação e translação do planeta terra.
✔ Conhecimento químico
✔ Sol: composição química
✔ Composição da terra.
✔ Conhecimento biológico
✔ Movimentos do planeta terra e suas consequências.
✔ Ritmos biológicos
✔ Influencia sobre a biosfera, marés.
✔ A lua como satélite natural do planeta terra.
6ª série
1. Biodiversidade – Classificação e adaptações morfofisiológicas
✔ Conhecimento físico;
✔ Capilaridade;
✔ Fototropismo;
✔ Geotropismo;
✔ Locomoção;
✔ Conhecimento químico;
• Osmose;
• Absorção;
• Fotossíntese;
• Respiração;
• Transpiração, gustação;
• Fermentação;
109
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Conhecimento biológico;
• Classificação dos cinco reinos;
• Vírus;
• Adaptação dos seres vivos;
• Biotecnologia;
• Organismo geneticamente modificado;
• Partes dos vegetais (reprodução, fecundação e formação do fruto,
disseminação das sementes);
• Animais: relação com o ambiente, evolução dos grupos, principais
sistemas;
• Doenças causadas por: animais, microorganismo, vírus.
2. Biodiversidade – Características Básicas dos Seres Vivos – Organização
celular
✔ Conhecimentos físicos;
• Microscopia: descrição da célula e vegetal.
✔ Conhecimento químico;
• Substância orgânica e inorgânica.
✔ Conhecimento biológico;
• Célula animal e vegetal;
• Aspecto morfológico básicos dos tecidos animais e vegetais;
• Níveis de organização atmosfera;
7ª série
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e energia – Tecnologia
1. Corpo humano como um todo integrado
✔ Conhecimentos físicos;
• Ação mecânica da digestão;
• Transporte de nutrientes;
110
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Pressão arterial;
• Inspiração e expiração;
• Hemodiálise;
• Som e audição;
• Tecnologia associada ao diagnóstico;
• Instrumentos e aparelhos que substituem para corrigir deficiências físicas
(próteses).
✔ Conhecimento químico;
• Nutrição: hábitos alimentares;
• Alimentos diet. e light;
• Ação química da digestão, transformação dos alimentos;
• Imunização artificial: soros, vacinas e medicamentos;
• Tratamento: quimioterapia, intoxicações, agentes químicos, metais
pesados;
• Liberação neuromônios como a adrenalina;
✔ Conhecimentos biológicos;
• Anatomia e fisiologia dos sistemas;
• Digestão;
• Cardiovascular;
• Respiratório;
• Excretor;
• Nervoso;
• Endócrino;
• Reprodutor;
• Sensorial;
• Sistema imunológico e preservação de doenças;
• DST;
• Métodos anticoncepcionais;
• Gravidez;
• Clonagem;
111
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Células tronco;
• Aspectos éticos;
• Diferença entre calor e temperatura;
• Propagação de calor;
2 Segurança no trânsito
✔ Conhecimento físico;
• Movimento, deslocamento, trajetória e referencial;
• Velocidade, velocidade média e aceleração;
• Magnetismo e eletricidade;
• Máquinas simples;
✔ Conhecimento químico;
• Teor alcoólico das bebidas e suas consequências no trânsito;
• Composição química do álcool;
✔ Conhecimento biológico;
• Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas (álcool);
• Causas e consequência tempo de reação e reflexo comparado entre um
organismo que não ingeriu álcool e um embriagado;
• Efeitos do álcool e outras drogas no organismo;
• Prevenção de acidentes;
• Radioterapia e quimioterapia;
8ª série
Ser humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia o tecnologia
1 Astronomia e Astronáutica
✔ Conhecimentos físicos;
• Sol: fonte de luz e calor;
• Força gravitacional;
• Medidas de tempo: (instrumentos construídos pelo corpo humano)
112
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
relógio do sol, ampulhetas, relógio analógico, digital e calendários;
• Telecomunicação, satélites, internet, ondas, fibra ópticas;
• Propagação, retilínea da luz e a formação de sombras;
• Reflexão da luz e as cores dos objetos;
• Espelhos, lentes e refração;
• Reflexos sonoros e eco, poluição sonora;
✔ Conhecimento químico;
• Matéria e energia;
• Estrutura do átomo;
• Elemento químico;
• Ligações químicas;
• Reação química;
• Funções químicas;
• Substâncias básicas de uso agrícola: agrotóxico, fertilizantes e inseticidas.
• Substâncias tóxicas de uso doméstico;
✔ Conhecimento biológico;
• Produção de vitamina D pelo sol;
• Radiações do sol sob o corpo humano;
• Queimaduras, insolação e câncer de pele;
• Adaptações ao homem, as viagens espaciais;
• Contaminação do meio ambiente, por agentes químicos.
Encaminhamento metodológico
De acordo com a proposta das Diretrizes Curriculares de Ciências é necessário
tratar os conceitos da ciência através de seu significado e seu contexto tecnológico e
social.
Terá que ocorrer de forma que os conteúdos específicos de ciências sejam
entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de
conhecimento físico, químico e biológico,
113
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O professor deve preparar atividades de forma que contemple várias
possibilidades de abordagens com o uso de múltiplas estratégias e recursos, de modo
que o processo ensinoaprendizagem em ciências resulte de uma rede de interações
sociais entre estudantes, professores e o conhecimento escolar selecionado para o
trabalho do ano letivo.
A elaboração das aulas deve ser feita abordando três aspectos importantes
como: a história da ciência, a divulgação cientifica e a atividade experimental.
Os conteúdos serão explorados fazendo uso de problematizações, contextualizações,
interdisciplinaridade, pesquisas, leituras cientificas, atividades experimentais, recursos
instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
Avaliação
A avaliação deverá ser entendida como ação, movimento, provocação, na
tentativa de reciprocidade intelectual entre elementos da ação educativa, onde
professor e aluno buscam seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizandoas.
Deve propiciar momentos de interação e construção de significados no qual o
estudante aprende.
A avaliação deverá ser um processo continuo constante, planejada, integral
estimulante através de técnicas adequadas respeitando o amadurecimento
correspondente a cada faixa etária, e deve trazer informações preciosas para a
condução da aprendizagem onde o aluno possa participar da construção do
conhecimento cientifico, escolar, adquirindo compreensão do real significado dos
conteúdos e do objeto de estudo de ciências, visando uma aprendizagem significativa
para sua vida.
Terá que ocorrer ao longo do processo aprendizagem com múltiplas
possibilidades.
114
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
Barro, Carlos. Ciência. 5ª ed. Ática, 1997, São Paulo, volume2.
ALVARENGA, Jenner P. Ciências Naturais no diaadia. Ed. Positivo, Curitiba, 2004.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências. A vida na terra. 2005.
CRUZ, Daniel. O corpo humano. S ao Paulo, ed, Ática, 1ª ed. 2001.
PARANÁ.Diretrizes Curriculares de Ciências. SEED,2008.
115
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Educação Física
Apresentação da disciplina
A educação física é a área do conhecimento que introduz e integra os alunos na
cultura corporal do movimento, com finalidade de manutenção e melhoria da saúde,
lazer, expressão de sentimento, afetos emoções, evitando favorecer alunos que já
tenham duas aptidões, adotando como eixo estrutural da ação pedagógica o princípio
da inclusão, apontando para perspectivas metodológicas de ensino aprendizagem, que
busquem o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da
afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse sentido, garante a todos a
possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas em benefício da
saúde e do lazer, proporcionando o exercício crítico da cidadania e o bem estar físico,
social e mental, garantindo integralmente a saúde do indivíduo.
Atualmente, quando falamos sobre a Educação Física escolar sempre há algum
fator que reforça a sua importância como um processo permanente de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida. Reconhecese também que ela é
uma disciplina capaz de influir direta e favoravelmente na formação integral do
individuo. Com o objetivo de educar, aprimorar e melhorar os movimentos, bem como
desenvolver a inteligência e personalidade. Tornase, portanto, importante o seu
conhecimento como saber escolar, pois contribui para a formação e transformação do
estudante nos aspectos acima mencionados.
Objetivos Gerais
✔ Participar das atividades corporais, estabelecendo relações construtivas com
os outros, reconhecendo e respeitando características físicas, o desempenho de si
mesmo e dos outros sem discriminar por fatores pessoais, físico, sexuais ou sociais.
✔ Transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando
formas já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das diversas praticas e
116
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
manifestações corporais.
✔ Priorizar a construção do conhecimento sistematizado como oportunidade
impar de reelaboração de idéias e praticas que por meio de ações pedagógicas
intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos produtivos
pela humanidade e suas implicações pela vida.
✔ Ampliar a visão biológica, democratizando, humanizando, problematizando e
diversificando a pratica pedagógica para as dimensões afetivas, cognitivas,
socioculturais e interdisciplinares. Incorporando de forma organizada os conteúdos
estruturantes onde são incluídas: a ginástica, esporte, jogos, danças, lutas, que
interagem com os elementos articuladores como a desportivização, mídia, saúde,
corpo, tática e técnica, o lazer e a adversidade.
117
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos Estruturantes
Ensino Fundamental
5ª Série/6º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte ColetivosIndividuais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiroJogos cooperativos
DançaDanças folclóricas
Danças de ruaDanças criativas
GinásticaGinástica rítmicaGinástica circense
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximaçãoCapoeira
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
6ª Série/7º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
EsporteColetivos
Individuais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos
Dança
Danças folclóricas Danças de rua
Danças criativas Danças circulares
GinásticaGinástica rítmica Ginástica circense
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação Capoeira
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
7ª Série/8º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos
Dança Danças criativas Danças circulares
GinásticaGinástica rítmica Ginástica circense
Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira
8ª Série/9º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos
Jogos e BrincadeirasJogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos
DançaDanças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira
120
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Metodologia
A Educação Física terá como eixo não a educação física tradicional, renovada,
mas uma educação física com abordagem histórica e crítica, valorizando a ação
pedagógica enquanto inserida na prática social concreta, entendido como escola como
mediação entre o indivíduo e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão
dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto, e com articulação
do saber criticamente reelaborado não bastando que os conteúdos sejam apenas
inseridos, ainda que bem ensinados; é preciso que se liguem, de forma indissociável, a
sua significação humana e social, introduzindo, portanto a possibilidade de uma
reavaliação critica frente a esses conteúdos.
O conhecimento, nessa forma de pensar educação física, é a reflexão, a critica e
a reconstrução sobre a cultura corporal. Os alunos aprendem a praticar e refletir sobre
os jogos, as danças, as ginásticas, as lutas, as acrobacias, as mímicas, e outras
manifestações que compõem a cultura corporal. Podemos dizer que o objeto de estudo
da educação física, nessa perspectiva é a cultura corporal como linguagem e como
saber histórico.
Essa cultura corporal no ambiente escolar pode ser expressa enquanto
elementos articulantes e conteúdos estruturantes. Os conteúdos técnicos serão
trabalhados a partir do entendimento da técnica enquanto um meio que permite ao
homem vivenciar e se apropriar de uma dada pratica. Também, enquanto um
conhecimento específico, socialmente produzido e historicamente sistematizado pela
humanidade. Por isso, um conhecimento a que os seres humanos têm o direito a ter
acesso. Mediar à técnica dos elementos da cultura corporal significa permitir que os
alunos se apropriem de um conhecimento necessário a sua participação ativa e leitura
critica do mesmo.
Essa visão se contrapõe àquela da técnica como um meio que permite ao atleta
atingir seu rendimento máximo no gesto motor, em um fundamento. O motivo da
técnica, na visão do trabalho desenvolvido e aqui relatado, se desloca do resultado
esportivo, da busca desmedida da vitória, para a apreensão da expressão corporal
121
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
como forma de linguagem, para a compreensão das relações humanas.
Os conteúdos específicos de educação física são abordados por intermédio dos
elementos articuladores, visando um maior aprofundamento (com grau de
complexidade superior a serie anterior) e diálogo com as diferentes expressões do
corpo.
Para analise critica dos alunos será proposto o estudo dos elementos
articuladores: mídia, desportização, saúde (aspectos individuais e sociais), corpo e
sociedade, lazer, diversidade, tática e técnica, inovações tecnológica se o mundo do
trabalho, legislações relativas à educação, educação física, esporte e lazer,
acontecimentos atuais (mundiais, nacionais e locais).
Avaliação
Para a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento de forma participativa e
consciente, será utilizada avaliação diagnóstica, que alem de ser continua é no
processo que ela tem a característica de retomada dos conteúdos, usando o avanço e o
crescimento do aluno que será de forma global durante todas as aulas através dos
critérios: interesse, participação, organização para o trabalho cooperativo, respeito aos
materiais, colegas e professores, disciplina, conhecimento, integridade, socialização
onde ampliara a compreensão dos alunos para alcançar responsabilidade na trajetória
a ser percorrida.
122
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
BORSARI, José Roberto (org). Educação Física da préescola a universidade. São Paulo; EPU, 1980.
BREGOLATO, Roseli A. Textos de Educação Física para a Sala de Aula. 2ª ed., Cascavel, Assoeste, 1994.
Diretrizes Curriculares do Paraná. Educação Física/Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: Governo do Estado do Paraná. 2008.
GONÇALVES, Maria C. et alli. Aprendendo a Educação Física da Pré escola até a 8ª série do 1º grau. Curitiba, Bolsa Nacional do Livro, 1996.
MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo E “Mente”. Campinas, Papirus, 1985.
MONTE, José J. O. Promoção da Qualidade de Vida. Curitiba, Editora Letras, 1997.
TEIXEIRA, Hudson V. Educação Física e Desportos. São Paulo, Saraiva, 2ª ed. 1996.
SILVA, João Bosco. Educação Física: Aprender a aprender fazendo. Londrina, LIDO editora, 1995.
123
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Ensino Religioso
Apresentação da Disciplina
O Ensino Religioso que foi introduzido nas séries iniciais do ensino
fundamental considera que o indivíduo se manifesta pelos valores construídos pelos
valores éticos, sociais e historicamente nas relações que estabelecem nos seus
diferentes espaços de vivência social.
A disciplina de Ensino Religioso visa dar aos alunos a oportunidade de
identificação, atendimento, conhecimento e aprendizagem nas diferentes
manifestações religiosas que estão inseridas na sociedade ocidental, assim sendo os
alunos devem perceber que estão inseridos numa cultura que possui uma múltipla
diversidade cultural e religiosa. Este ato de apropriar deste conhecimento visa
fornecer os alunos o respeito às relações religiosas, para que tenha uma sociedade
mais humana e fraternal nos dias atuais. O Ensino Religioso na escola permitirá que
os educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se constitui
culturalmente e se relacionam com os espaços sagrados. E ainda tentar compreender
as trajetórias, suas manifestações no espaço escolar estabelecendo relações entre as
culturas, espaços e diferenças, para que no entendimento destes elementos, o
educando possa elaborar o seu saber, passando a entender a diversidade da cultura e
pela religiosidade.
Objetivos gerais da disciplina
O objetivo do ensino religioso é o estudo do sagrado e dos fenômenos
religiosos, é o estudo das diferentes manifestações do sagrado no coletivo. Com a
finalidade de compreender a história dos elementos religiosos como cerne de
experiência religiosa do cotidiano que contextualiza no universo multicultural.
Conteúdos 5ª série e 6ª série
✔ Conteúdos estruturantes:
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Paisagem religiosa
• Universo simbólico religioso
• Textos sagrados orais e escritos
✔ Conteúdos Básicos:
• Organizações religiosas
• Lugares Sagrados
• Textos Sagrados: orais ou escritos.
• Símbolos religiosos Respeito à diversidade religiosa.
Metodologia
Os conteúdos básicos devem ser tratados sob os três conteúdos estruturantes. A
linguagem utilizada deve ser científica e não a religiosa. Ensinamentos sagrados pelas
diferentes culturas religiosas.
Avaliação
Esperase que o aluno desenvolva uma cultura de respeito à diversidade
religiosa e cultural.
Conteúdos de 6ª série e 7ª série
✔ Conteúdos estruturantes:
• Paisagem religiosa
• Universo Simbólico religioso
• Texto Sagrado
✔ Conteúdos básicos:
• Temporalidade sagrada
125
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Ritos
• Festas Religiosas
• Vida e Morte
Metodologia
É vedada qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo que os
conteúdos devem ser trabalhados enquanto conhecimento da diversidade sócio
cultural. O encaminhamento deve ter a preocupação de se aproximar das demais
áreas de conhecimento, tendo como objetivo estudo do sagrado.
Os conteúdos estruturantes foram organizados com a intenção de contribuir
para superar o preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa.
Essas questões serão discutidas a partir do dialogo fundamentado nos conteúdos que
contemplam as diversas manifestações sagradas intencionando construir, analisar e
socializar o conhecimento religioso para favorecer a formação integral dos professores
e o convívio mútuo com o diferente. O principio do dialogo será o respeito a liberdade
de consciência e a opção religiosa dos alunos.
Critérios de Avaliação
O ensino religioso não é de caráter de reprovação, assim não tem registro de
notas, isto se justifica pelo caráter facultativo da matriculando na disciplina. Contudo,
cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar
o processo de apropriação de conhecimentos pelos alunos. Isso para identificar em
que medida os conteúdos passam a ser referência para a compreensão da
manifestação do universo sagrado e religioso pelos alunos.
126
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
• Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental Ensino Religioso, 2005.
• DIRETRIZES Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Versão
Preliminar. SEED, Superintendência da Educação, julho – 2
• GUILOUSKI, Borres; COSTA, Diná D.; SCHOGL, Ermile. Ensino Religioso:
Sugestões Pedagógicas, ASSINTEC. Curitiba/Pr, 2002.
• Informativos da ASSINTEC, Associação Interconfessional de Educação, 2004.
• JORDAK, Dora M. Coleção Religiões do Mundo, Ed. Brasileitura, 2003.
• SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica, Ed. Nova Geração, 2003.
127
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Geografia
Apresentação da Disciplina
As relações entre a sociedade e a natureza sempre permearam os estudos
geográficos, pois a compreensão desses fenômenos eram e são essenciais para garantir
a sobrevivência humana. Nos primórdios da sociedade, o homem apenas descrevia os
fenômenos naturais, as informações sobre a localização e as características físicas das
regiões conquistadas. Tais conhecimentos eram fundamentais para se organizarem
politicamente e economicamente.
Diante da necessidade de ampliar o seu domínio, o homem passou a buscar
explicações para os fenômenos naturais, mapear todas as áreas conquistadas, surgindo
desta forma, os primeiros registros geográficos e cartográficas. Somente no século XIX
é que os conhecimentos geográficos passaram a ser sistematizado. Neste período,
surgiram as sociedades geográficos que através de expedições buscavam conhecer
novas áreas continentais. Os conhecimentos eram utilizados pelas classes dominantes
para conquistar novas possessões territoriais.
No Brasil, a institucionalização da geografia se consolidou a partir de 1930, era
uma geografia descritiva, decorativa, conhecida como geografia tradicional. As
transformações políticas, econômicas e sociais após a Segunda Guerra Mundial,
interferiram no pensamento geográfico sobre diversos aspectos. Essas transformações
se intensificaram no decorrer do século XX, promovendo a reformulação do ensino da
geografia e nas novas abordagens para os campos de estudo desta ciência.
No Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos
anos 60, que levaram as modificações do ensino da Geografia.
Com o fim do militarismo no Brasil, na década de 80, a renovação do
pensamento geográfico fortaleceu e as discussões teóricas centraramse em torno da
Geografia Crítica.
Essa nova concepção geográfica propôs uma análise social, política e econômica
sobre o espaço geográfico trazendo para as discussões geográficas, assuntos ligados: à
128
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
degradação da natureza, intensa exploração dos recursos naturais, as desigualdades
sociais e injustiças da produção e organização do espaço, bem como, as questões
culturais, políticas e econômicas mundiais com o objetivo de desenvolver no educando
uma visão crítica do mundo que o cerca.
Objetivos
Para se tornar cidadão é necessário conhecer o meio em que se vive, e portanto
fazse necessário estudar o espaço geográfico.
Nesta perspectiva, os principais objetivos da disciplina são:
✔ Conhecer o funcionamento da natureza e suas múltiplas relações na
formação do espaço geográfico, analisando o papel da sociedade na construção desse
espaço geográfico.
✔ Avaliar as ações da sociedade e suas consequências ao longo do tempo de
modo a construir uma participação ativa nas questões socioambientais locais.
✔ Compreender os fenômenos geográficos suas dinâmicas e interações no
tempo e espaço.
✔ Compreender que as desigualdades sociais, os direitos políticos, os avanços
técnicos e tecnológicos são decorrentes de conflitos e acordos, porém não são
usufruídos por todos os seres humanos, sendo necessário democratizálos.
✔ Utilizar meios de pesquisa da geografia para conhecer o espaço geográfico.
✔ Interpretar, analisar, relacionar informações sobre o espaço geográfico e
diferentes paisagens através da leitura de imagens, dados e documentos de diferentes
fontes de informações.
✔ Utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e interpretar os
fenômenos geográficos.
✔ Respeitar as diferenças sociais e culturais, reconhecendo o direito dos povos e
indivíduos.
Conteúdos
129
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
5ª Série
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
A dimensão
econômica do/no
Espaço
O homem, as paisagens e o espaço geográfico
A orientação e a localização do espaço geográfico
A sociedade e cidadania
A sociedade e o trabalho (trabalho rural)
Atividade industrial (tipos de indústria)
Comércio, transportes e a comunicação
A dimensão sócio
ambiental
Os movimentos da Terra
Atmosfera: condições naturais e ação humana
Os climas e as formações vegetais da Terra
A hidrosfera e a importância da água para a sociedade
A litosfera e o relevo terrestre (rochas)
Geopolítica Organização do espaço geográfico (local e global)
A dinâmica cultural
demográfico
Consumo, consumismo e cultura
Mobilidade populacional e as manifestações sócioespacial da
diversidade cultural
6ª Série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
A dimensão
econômica do/no
Espaço
A formação do território brasileiro e paranaense
A sociedade e a economia do Brasil
Brasil de país agrário a industrial
As desigualdades sociais no Brasil e dependência tecnológica
O espaço socieconômico das regiões geoeconômicas
brasileiras
A dimensão sócio
ambiental
A paisagem natural e ação humana
A paisagem natural do Paraná
As condições naturais das regiões geoeconômicas brasileiras
Sistema de energia e a degradação ambiental
130
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Geopolítica
Poder político, Estado e organização do espaço
Movimentos sociais
Estado, Nação e Território
A dinâmica cultural
demográfico
As desigualdades sociais no Brasil e no espaço paranaense
Urbanização brasileira e favelização (êxodo rural)
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população
7ª Série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
A dimensão
econômica do/no
Espaço
O capitalismo e a formação do espaço mundial
A Revolução TécnicoCientífica e a Globalização
Economia e desigualdade social
Acordos e blocos econômicos
A dimensão sócio
ambiental
As eras geológicas
O relevo e a hidrografia no Continente Americano
O clima e as paisagens naturais na América
Problemas ambientais no espaço urbano e rural na América
Geopolítica
Globalização
Blocos econômicos
Subdesenvolvimento
Desigualdades dos países Norte X Sul
Meio ambiente e desenvolvimento
A integração da América (organizações internacionais)
A geopolítica dos Estados Unidos, Canadá, América Latina e
de Cuba
A dinâmica cultural
demográfico
A urbanização e as cidades globais
Fluxos migratórios (nacionais e internacionais)
Características gerais da população americana
Conflitos étnicoreligiosos e raciais na América
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
8ª Série
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
A dimensão
econômica do/no
Espaço
A globalização e a formação dos blocos econômicos
O espaço econômico da Europa, Rússia, Ásia, Oriente Médio,
Japão, Tigres Asiáticos, China, África e Oceania
Dependência tecnológica
Desigualdades sociais
A dimensão sócio
ambiental
O espaço natural da: Europa, Rússia, Ásia, Oriente Médio,
Japão e Tigres Ásiáticos, China, África e Oceania
Desigualdades sociais e problemas ambientais
Geopolítica
O século XX – geopolítica e economia mundial
(neoliberalismo)
Blocos econômicos
Globalização
Guerra fria e suas influências mundiais
Conflitos mundiais
Terrorismo
Movimentos sociais
Órgãos internacionais
A dinâmica cultural
demográfico
Formação e conflito étnicos, religiosos e raciais
Fatores e tipos de imigração e emigração, suas influências no
espaço geográfico
A identidade nacional e o processo de globalização
Formação e conflito étnicos, religiosos e raciais
Metodologia
Os conteúdos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica interligando
a teoria, a prática e a realidade. Fazse necessário que os conteúdos estruturantes
estejam inter–relacionados, garantindo uma totalidade de abordagem dos
conhecimentos específicos.
132
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O ensino da Geografia tem buscado práticas pedagógicas que permitem
apresentar aos alunos diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes
momentos da escolaridade de modo que possam construir compreensões novas e mais
complexas a seu respeito. Esperase que eles desenvolvam a capacidade de identificar
e refletir sobre diferentes aspectos da realidade compreendendo a relação
sociedade/natureza.
Essas práticas envolvem procedimentos de problematização, observação,
registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais,
culturais ou naturais que compõe a paisagem e o espaço geográfico, na busca e
formação de hipóteses e explicações da relação permanência e transformações que ai
se encontram em interação.
O estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma conjunta, pois
constituem a base material ou física sobre a qual o espaço geográfico é constituído. A
realização do trabalho escolar deve ser essencialmente formativa, buscando a
mudança qualitativa da situação, preservando o trabalho com a informação. Nesses
trabalhos devese considerar que as informações recolhidas possam ser analisadas
através de comparações com os conhecimentos acumulados abrindo espaço para a
interdisciplinaridade.
Avaliação
A avaliação está inserida no processo de ensinoaprendizagem. Diante disso,
devese evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de comunicação
dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, porém não podemos
abandonar totalmente está prática, pois o nosso aluno encontrará esse tipo de
situação na sociedade capitalista na qual está inserido.
Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os
conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias
espaçotempo, às relações de poder, contemplando a escala local e global e viceversa.
Que essa avaliação seja diagnóstica e contínua e que contemple diferentes práticas
133
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos,
leitura e interpretações de fotos, imagens, tabelas, mapas, gráficos, relatórios de
experiências práticas de aulas de campo, construção de maquetes, produção de mapas
mentais, apresentação de seminários, pesquisas bibliográficas.
Por tudo que foi exposto, destacase ainda que a proposta avaliativa deve estar
bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em cada
atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um processo nãolinear de
construções e reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que
acontece entre os sujeitos do processo professor/aluno.
Os critérios de avaliação do Ensino Fundamental, serão através de trabalhos
diversos no valor de 4,0 e provas escritas, podendo ser uma no valor de 6,0 ou duas
no valor de 3,0 cada. A Recuperação Paralela além dos conteúdos será avaliada no
valor de 10,0.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia. Estado do Paraná, 2008.
MARINA, Lúcia; RIGOLIN, Tércio. Geografia Novo Ensino Médio. Ed. Ática, 2006.
Geografia Ensino Médio, Livro Didático Público. governo do Paraná, 2006.
ADAS, Melhen. Geografia. vol I, II, III, IV. Ed. Moderna. 2006.
VESENTINI, José W. Geografia. Série Brasil. Ensino Médio. Ed. Ática. 2003.
135
História
5ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
A experiência humana no tempo:
a memória local e memória da humanidade – conceito de
história e fontes históricas.Construção da história do
aluno relacionado a História do município, do estado e do
Brasil e do mundo.
A formação da sociedade brasileira – elementos étnicos
e culturais dos povos indígenas, africanos e
europeus. A imigração espontânea do
europeu x a imigração forçada do africano.
As relações política, social, econômica e cultural nas
sociedades tribais africanas. A transformação do espaço
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino
fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local,
da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das
temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos
básicos e estruturantes;
confronto de interpretações historiográficas e documentos
históricos permitem aos estudantes
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as
estruturas que simultaneamente inibem e
possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos
promovem numa relação com o outro instituída por um
processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a
experiência humana, os sujeitos e suas relações com o
outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;
Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a
natural em espaço socialmente construído.
O tempo (as temporalidades e as periodizações):
O tempo e a História
O tempo, as unidades de medida, instrumentos de
medição e contagem.
formularem ideias históricas próprias e expressálas por meio de
narrativas históricas.
relação passado/presente;
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar
diferentes instrumentos avaliativos capazes de
sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e
documentos históricos, inclusive os produzidos pelos
alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes
naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas
de representação humana; oralidade e a escrita e formas
de narrar a história etc.
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Os sujeitos e suas relações com o outro no
tempo:
A evolução do ser humano
Teorias da origem do homem e do mundo Povos coletores e
caçadores em diferentes lugares – os indígenas da América, Brasil e Paraná
A religiosidade dos primeiros habitantes da
América
O surgimento da agricultura e da pecuária
e as mudanças na organização social e na
organização do trabalho.
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América
Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressálas por meio
de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações
culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo
histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a
experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no
tempo; a cultura local e a cultura comum;
Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula,
propiciando reflexões sobre a relação passado/presente;
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes
instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas
produzidas pelos estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e
documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes
naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e
religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a
história etc.
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.• A ocupação do espaço
americano pelos portugueses e espanhóis.
• Conquistas: violência e exploração.
• Explorando o trabalho indígena.
• A Igreja e o trabalho indígena.
• Missões, Bandeiras e invasões estrangeiras.
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressálas por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;
Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/presente;
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.
6ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de
Trabalho
Relações de
Poder
Relações
Culturais
As relações de propriedade: coletiva, a propriedade pública e a propriedade privada.
a) A relação com o mundo: Conceito de
propriedade pública, coletiva e privada
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
Conceito de Estado, nação, governo e regime
Elementos, função e poder do estado.
A construção da cidadania – conceito e exercício.
A propriedade coletiva nas sociedades pré
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
o confronto de interpretações historiográficas e documentos
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;
Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/presente; Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os
colombianasb) O local e o Brasil:
A propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas e ribeirinhas no Brasil e no Paraná.
A constituição dos latifúndios na América Portuguesa
A Reforma Agrária no Brasil e a propriedade da terra nos assentamentos
Movimentos Sociais pela Terra.
históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressálas por meio de narrativas históricas.
mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de
Trabalho
Relações de
Poder
Relações
Culturais
a) A relação com o mundo.
A constituição das primeiras cidades na história.
As relações econômicas, sociais e culturais entre o campo e a cidade
A infraestrutura das cidades e do campo necessárias para o bemestar social.
b) O local e o Brasil: As primeiras cidades
brasileiras e a formação das vilas e das câmaras municipais.
O Engenho colonial – unidade de produção
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;
Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/presente;
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do
e organização rural da colônia portuguesa
As Manifestações culturais e de religiosidade dos trabalhadores escravos
As cidades e o tropeirismo no Paraná.
las por meio de narrativas históricas.
pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de
Trabalho
Relações de
Poder
Relações
Culturais
Conflitos e resistência e produção cultural campo/cidade:
a) A Relação com o mundo: As revoltas dos
escravos na Roma Antiga.
b) O local e o Brasil4) As relações de
trabalho no Brasil Colonial.
1) Os movimentos de resistência no Brasil Colonial – A formação dos quilombos no Brasil e no Paraná.
• Inconfidência Mineira
• Revolta da Cachaça
• Revolta do Maneta
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;
Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/presente;
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade;
• Guerra dos Mascates las por meio de narrativas históricas.
constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.
7ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de
Trabalho
Relações de
Poder
Relações
Culturais
História das relações da Humanidade com o Trabalho:a) A relação com o mundo:
Conceito de trabalho
História do trabalho nas primeiras sociedades humanas
O trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas
b) O local e o Brasil: O trabalho nas
sociedades indígenas
A organização política, econômica e social do Brasil Colonial.
Sistema colonia
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
o confronto de interpretações historiográficas e documentos
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras; fim da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade e, as classes trabalhadora/capitalista no campo e na cidade, a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte (…);
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;
históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressálas por meio de narrativas históricas.
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de
Trabalho
Relações de
Poder
Relações
Culturais
História das relações da Humanidade com o Trabalho:
a) A relação com o mundo: O trabalho na Idade
Média
Transição do trabalho servil para o trabalho assalariado
O nascimento das fábricas e as corporações de ofício
A produção e a organização social capitalista
O comércio e as indústrias (Revolução Industrial).
O trabalho assalariado
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras; fim da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade e, as classes trabalhadora/capitalista no campo e na cidade, a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte (…);
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos
b) O local e o Brasil: Movimentos pró
independência: Conjuração Mineira e Conjuração Baiana
A emancipação política do Brasil.
Emancipação política do Paraná.
las por meio de narrativas históricas.
estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de
Trabalho
Relações de
Poder
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Culturais
História das relações da Humanidade com o poder:a) A relação com o mundo:• A Guerra do Paraguai
b) O local e o Brasil:
• O império, e o Período Regencial Brasileiro.
• Os Movimentos de resistência à ordem estabelecida no Brasil independente: Balaiada, Cabanagem, Revolta dos Males, Sabinada, Guerra dos Farrapos.
• Início da Imigração europeia.
• Os imigrantes no Paraná.
• A Lei de Terr4as e Lei Euzébio de Queiroz – 1850.
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras; fim da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade e, as classes trabalhadora/capitalista no campo e na cidade, a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte (…);
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos
• Os movimentos Abolicionistas e a Abolição da escravatura.
As comunidades remanescentes de Quilombolas no Brasil e no Paraná
las por meio de narrativas históricas.
estudantes; No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
8ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de
Trabalho
Relações de
Poder
Relações
Culturais
a) A relação com o mundo: A Segunda Revolução
Industrial
O Imperialismo Econômico e o Neocolonialismo.
A primeira Guerra Mundial.
b) O local e o Brasil: A Primeira República
Brasileira e a construção dos símbolos nacionais
Industrialização do Paraná.
Ditadura e democracia.
Os movimentos Sociais da Primeira República:
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a formação do Estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos sociais políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais (…)
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
Revolta da Vacina, Canudos, Contestado, Movimento Operário.
A Semana de 1922.A Construção do Partido Comunista Brasileiro e a coluna Prestes
estudantes formularem ideias históricas próprias e expressálas por meio de narrativas históricas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA AVALIAÇÃO
História Política, econômica, Social e Cultural das diferentes sociedadesa) A relação com o Mundo:• O Período entre guerras:
ascensão dos regimes totalitários na Europa e as medidas de recuperação dos países participantes da Primeira guerra.
• Populismo na América Latina
b) O local e o Brasil:• A Revolução de 1930 e o
Período Vargas (1930 a 1945)
• O Integralismo e os Movimentos de Contestação à Ordem estabelecida.
• Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial.
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressálas por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a formação do Estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos sociais políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais (…)
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA AVALIAÇÃO
Relações de
Trabalho
Relações de
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Culturais
História Política, econômica, social e cultural das diferentes sociedades.a) A Relação com o mundo:Reorganização mundial pós 2ª Guerra e criação de organismos para a manutenção da ordem.
a) Movimentos de contestação à ordem mundial estabelecida pós 2ª Guerra: juventude transviada, movimento hipie, movimento estudantil.
As relações sociais, culturais e econômicas do mundo contemporâneo
b) O local e o Brasil:• A reorganização política,
social e econômica da República Brasileira pós Estado Novo (1945 a 1964).
• Movimentos sociais no campo e na cidade: Reforma agrária e
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressálas por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a formação do Estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos sociais políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais (…)
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;
No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
movimento estudantil.• O golpe de 1964 O Regime Militar A música de
contestação O movimento
operário
A organização política, econômica e cultural da sociedade brasileira contemporânea.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Avaliação
A Avaliação deverá ser realizada em diversos momentos e de diversas maneiras.
A avaliação não deve ser classificatória e deverá ser feita a partir de critérios
decorrentes da forma pela qual o ser humano aprende a realidade e de como age
sobre ela. Assim entendemos que o critério de avaliação é o conteúdo, no seu papel de
mediador entre o sujeito que aprende e a realidade vivida.
Não se trata de qualquer conteúdo, mas daqueles cuja relevância é
fundamental para a compreensão da prática social, possibilitando ao aluno a re
elaboração da sua visão de mundo.
Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram
tratados em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência
histórica, o professor deverá observar alguns apontamentos e analisar se:
✔ os alunos se apropriaram dos conteúdos e dos conceitos históricos propostos
e os utilizam para analisar diferentes contextos explicitando o respeito à diversidade
étnico, social, religiosa e econômica.
✔ os alunos compreendem que a produção do conhecimento histórico pode
validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente e que a
mesma é o registro da prática social da qual participam como sujeitos históricos do
seu tempo.
Para tanto, a verificação da apropriação do conhecimento deve acontecer
diariamente, de forma processual e contínua a partir de todas as atividades
desenvolvidas pelos alunos, sendo elas individual ou coletivas, escritas e orais,
comparativas e/ou conclusivas, etc.
160
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.
BURKE, Peter. A escrita e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Versão preliminar. Julho/2006.
GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.Revista Brasileira de História. São Paulo, ANPUH, 1980.
Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Curitiba, SEED, 1990.
161
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Língua Portuguesa
Apresentação da disciplina
“A função chave da prática educativa é desenvolver na infância e na juventude a reflexão crítica sobre o mundo natural e social em que vivemos, enquanto se adquirem os recursos básicos que lhe permitam incorporarse com mais possibilidades à vida pública e privada em sociedade”. (CONTRERAS, 1995, p.37)
O conteúdo estruturante para o ensino de Língua Portuguesa é o discurso como
prática social, concretizado nos mais diversos gêneros textuais que circulam
socialmente e suas especificidades gramaticais, estilísticas e contextuais. A concepção
de linguagem como forma de interação entre os sujeitos deve nortear, portanto, as
práticas de leitura, oralidade, produção textual e análise linguística, de modo a
ampliar as interações sociais dos alunos por meio da linguagem.
Objetivo Geral
Formar o aluno proficiente no uso da língua na oralidade, na leitura e na
escrita, saberes linguísticos necessários para a sua participação social efetiva,
garantindolhe o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.
Objetivos Específicos
✔ Compreender e usar adequadamente a Língua Portuguesa como língua
materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da
própria identidade.
✔ Formar o aluno que saiba utilizar adequadamente a linguagem oral e os seus
recursos em situação de comunicação diversa, considerando a variação linguística, o
grau de formalidade, o contexto, o interlocutor e a intenção para alcançar diferentes
finalidades.
✔ Desenvolver no aluno a capacidade de interpretar e compreender textos
162
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
(verbais / não verbais) e utilizar as diferentes estratégias na leitura para formar
alunosleitores fluentes e competentes que constroem significados a partir dos
elementos discursivos, considerando os objetivos desses, o conhecimento sobre o
assunto, sobre o autor, a sua bagagem linguística (gênero textual/discursivo, suporte
textual), sua história de vida/ história de leitor (dimensão social, cultural, econômica)
e que compreenda também o subentendido que atravessa a dimensão do simbólico
implícito.
✔ Formar alunos escritores/produtores competentes de textos coesos,
coerentes, de gêneros diversos, aqueles de circulação social, compreendendo as
condições de produção (de quem quem, por quê, como, onde, quando).
✔ Compreender a natureza da língua como código/sistema de escrita
(alfabética e aspectos notacionais) e o funcionamento da linguagem (aspectos
discursivos).
✔ Aprimorar a capacidade de compreender e praticar reflexões sobre os usos
das convenções da língua formal (gramática, léxico, ortografia, sintaxe) e sua
organização para ampliar as possibilidades de seu uso.
✔ Valerse dos textos literários para formar aluno que sugere ininterruptamente
os seus horizontes de expectativas (atitude receptiva emancipatória)
a) atualizando o sentido desses;
b) dialogando com outros textos no momento da recepção
(intertextualidade/interdiscursividade);
c) compreendendo o contexto histórico, social ideológico, linguístico,
literário, da sua produção;
d) rompendo com os caminhos não percorridos pelo aluno;
e) ampliando os níveis estéticos (reconhecendo os recursos estilísticos).
✔ Desenvolver a capacidade do aluno de reconhecer os usos da língua como
forma de veicular, questionar e construir valores comprometidos com a promoção de
uma sociedade brasileira multicultural e pluriétnica, respeitando as diferenças e
melhorando a qualidade de suas relações pessoais e rejeitando atitudes
preconceituosas e discriminatórias de toda sorte.
163
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Fortalecer o rompimento de imagens negativas contra negros e os povos
indígenas e desencadear o processo de afirmação de identidade, de historicidade
negada/distorcida, destacando a história e cultura afrobrasileira local e nacional.
✔ Valorizar a cultura afrobrasileira resgatando seus costumes através do
contato com autores e obras de nossa literatura (Machado de Assis, Cruz e Souza).
Fundamentação Teórica
Estamos em plena Era Digital, época em que a divulgação da informação
alcançou uma velocidade antes inimaginável, devido à revolução tecnológica das
últimas décadas. No entanto, grande parte da população ainda permanece excluída
desse universo, pois não têm acesso às várias mídias criadas. Assim, a escola pública
colocase no centro dessa contradição e tem o papel de socializar o conhecimento e o
acesso dos alunos oriundos das classes populares ao mundo da informatização e do
conhecimento.
Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008), cabe à escola
conhecer os sujeitos da escola pública, de modo a organizar um currículo para a
Educação Básica que busque atender a todos, independentemente de sua condição
social e econômica e de sua formação étnico cultural. Para tanto, o documento sugere
que as escolas incentivem a prática pedagógica voltada a diferentes metodologias,
valorizando concepções de ensinoaprendizagem e de avaliação, condizentes com uma
educação que se diz democrática e emancipadora.
A fim de configurar a prática pedagógica, as diretrizes apostam em um
currículo que leve em consideração a seleção dos conhecimentos baseada em dois
fatores: os externos, advindos das experiências sociais, políticas e culturais dos alunos,
e os específicos, que constituem os saberes acadêmicos, historicamente constituídos e
acumulados. Dessa forma, o currículo promoveria a divulgação do conhecimento
científico, filosófico e artístico, subsidiando a formação tanto tecnológica quanto
humanística dos alunos.
O conteúdo estruturante do currículo deste estabelecimento de ensino tem,
164
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
conforme dito anteriormente, o discurso como prática social, visto sob uma
perspectiva dialógica, como preconizou Bakhtin (1997):
Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão sempre relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da atividade humana, o que não contradiz a unidade nacional de uma língua. A utilização da língua efetuase em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua — recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais —, mas também, e sobretudo, por sua construção composicional. Estes três elementos (conteúdo temático, estilo e construção composicional) fundemse indissoluvelmente no todo do enunciado, e todos eles são marcados pela especificidade de uma esfera de comunicação. (p. 280)
A enunciação, portanto, está fundada em um contexto concreto, no qual a
língua se disponibiliza às necessidades do locutor. Esse, por sua vez, apropriase dela
para atingir suas finalidades, considerando os seus interlocutores e ajustandoa ao
tema selecionado bem como à estrutura composicional que melhor se encaixe ao
contexto sociocultural e às intenções comunicativas que estão em jogo. Assim,
Qualquer enunciado considerado isoladamente é, claro, individual, mas cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que denominamos gêneros do discurso. (op. cit)
É justamente essa estabilidade relativa dos gêneros discursivos que permite à
escola fazer um trabalho sistemático com eles, levando em conta os três elementos
mencionados por Bakhtin: conteúdo temático, estilo e construção composicional.
Assim, as DCEs compactuam com o autor no sentido de se contextualizar a produção,
investigando os aspectos referentes ao gênero a ser trabalhado, como o suporte, a
finalidade, os interlocutores, a época e, no caso dos textos literários, de explorar os
estilos do autor e o momento em que o texto foi escrito, contrastando com produções
literárias atuais.
Vale lembrar que os gêneros só ocorrem em situações concretas, envolvendo
uma finalidade e um interlocutor, ainda que virtual, para quem o tema tem um papel
165
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
relevante. O estilo e a estrutura composicional, da mesma forma, têm de estar em
harmonia com a situação sócio comunicativa, a fim de que se possa efetivar o uso
funcional do gênero.
Reconhecer que os gêneros discursivos emanam das variadas esferas sociais que
envolvem a atividade humana, significa reconhecer também as variantes linguísticas
como legítimas, cada uma de acordo com a finalidade de cada esfera e com os
interlocutores envolvidos.
As Diretrizes afirmam que a norma padrão deve ser entendida além de seu
status de variante de prestígio social, sendo também fator de agregação social e
cultural e que, portanto, deve ser ensinada, para suprir as necessidades de uso dessa
variante em determinados contextos sociais.
De acordo com Bakhtin (2003), os gêneros discursivos circulam em mais de
uma esfera, podendo ser de linguagem mais simples, como é o caso dos gêneros
cotidianos, (como exemplos, citamos receita de alimentos; talão de luz, água,
telefone, bilhete, cartas pessoais), ou nas produções de linguagem de estilo mais
formal, como no caso dos gêneros da esfera burocrática (tais como ofício,
memorando), e na esfera científica (teses, artigos científicos), e ainda na esfera
jornalística (notícias, reportagens, charges).
Segundo Marcushi (2001, p. 55), vivenciamos uma “explosão de novos gêneros
e novas formas de comunicação” na oralidade e na escrita, sobretudo na atual fase da
cultura eletrônica. Imersos em um universo textual, não podemos ficar alheios a esse
processo. Assim, o aluno, melhor ainda, o cidadão precisa conhecer esse universo
textual e interagir nele e com ele; precisa saber que existem gêneros que emanam das
esferas jornalísticas, escolares, religiosas, literárias, cientificas, publicitárias,
burocráticas, cotidianas e artísticoculturais, cada um com suas especificidades,
atendendo às atividades socioculturais repletas de intenções, não muito raras,
sutilmente proferidas nos discursos.
166
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade
Leitura
De acordo com a concepção sóciointeracionista da linguagem, a leitura é
compreendida como um ato dialógico, interlocutivo que envolve demandas sociais,
históricas, políticas, econômicas e ideológicas. Ao ler , o indivíduo contribui com os
seus conhecimentos prévios, suas experiências e sua formação familiar, religiosa,
cultural.
Ler, portanto, é atribuir significado ao texto, o que é, então, feito pelo leitor, a
partir da sua experiência prévia; por essa razão, o mesmo texto pode despertar visões
diferentes em cada leitor e a cada leitura. O significado não está na mensagem do
texto, mas nos acontecimentos que este desencadeia no leitor. Isso acontece porque o
texto não contém a realidade, mas segmentos dela, entremeados por lacunas que
devem ser preenchidas com as experiências prévias do leitor. Assim, o procedimento
de leitura baseiase no levantamento de hipóteses e não na construção linear de
palavra por palavra. A instituição da língua como forma de interação desencadeia o
que Lefa (1996) chama de definição conciliatória de leitura: ler é interagir com o
texto, resultado de uma negociação de sentidos entre leitor, texto e autor. Nesse caso,
a compreensão só ocorre se houver afinidade entre o leitor e o texto, se houver uma
intenção de ler a fim de atingir a um determinado objetivo, confirmando a tese de que
“ o leitor é um sujeito ativo que processa o texto e lhe proporciona seus
conhecimentos, experiências e esquemas prévios" (SOLÉ, 1998: 18).
Neste sentido, para aprender a ler é preciso interagir com os Gêneros
Discursivos, é preciso negociar o conhecimento que já se tem (conhecimento prévio) e
receber incentivo e ajuda de leitores experientes. Quanto mais o desempenho
linguístico do indivíduo é estimulado por meio de práticas interativas, maior é a sua
autonomia em aprender e maiores as possibilidades de interação social
167
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Escrita
O ato de escrever deve ser visto com uma atividade sociointeracional em que
os(a) alunos(a) precisam dominar práticas de escrita que são indispensáveis para a
vida cidadã.
Gerald (1993) afirma que, para efetuar a produção de textos na escola, é
preciso que haja um processo de interação, no qual: a) se tenha o que dizer; b) se
tenha uma razão para dizer; c) se tenha para quem dizer; d) o locutor se constitua
como tal; e) escolhamse as estratégias adequadas. Quando assim procede, a escola
apresentase como espaço de interação, onde o sujeito se desvela com sua própria
produção de textos. O trabalho com a escrita não é um produto acabado, mas
um processo, em que se fazem necessárias atividades de reflexão e reelaboração dos
textos produzidos para que se alcancem as finalidades decorrentes de uma dada
situação sociocomunicativa.
Oralidade
Com a Lei 9.394/96 e a ênfase na participação do educando nas mais diversas
situações de interação social, concebeuse a língua como fenômeno interativo e
dinâmico, voltado para a prática social. Diante disso, tanto a escrita como também a
fala (antes `a margem no processo de ensinoaprendizagem) passaram a ser vistas
dentro de uma perspectiva dialógica. Essa perspectiva apresenta como características,
tanto para a fala quanto para a escrita, a dialogicidade, usos estratégicos, funções
interacionais, envolvimento, negociação, situacionalidade, coerência e dinamicidade.
A escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com
segurança e fluência em situações formais. A linguagem oral pode ser estimulada
através de representação teatral, exposição oral, individual e debates que são
oportunidades especiais para o amadurecimento do convívio democrático e o exercício
do direito à livre expressão.
168
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos Estruturantes
✔ Oralidade;
✔ Leitura;
✔ Escrita;
Conteúdos para o ensino de oito anos
Conteúdos BásicosEnsino Fundamental
Ensino de oito anos
5ª 6ª 7ª 8ª ORALIDADETema do texto X X Finalidade X X X XArgumento X X XPapel do locutor e interlocutor X X X XElementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... X X X XAdequação do discurso ao gênero X X X XTurnos de fala X X X XVariações linguísticas X X X Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticosX X X X
Semântica X X XAdequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições e etc) X X
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito X X LEITURATema do texto X X X XInterlocutor X X X XFinalidade do texto X X X XArgumentos do texto X X X XDiscurso direto e indireto X X X XElementos composicionais do gênero X X X XLéxico X X X XMarcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem
X X X X
Conto X X X XReportagem e notícia X X Crônica X X X Relato X
169
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Poema X X XArtigo X X XRomance X XPublicidade e propaganda X Seminário X Debate X Entrevista XEditorial XManifesto X XESCRITAContexto de produção X X Conteúdo temático X XInterlocutor X X X XFinalidade do texto X X Intencionalidade do texto X XInformatividade X X X XArgumentatividade X Discurso direto e indireto X X Contexto de produção X X X XElementos composicionais do gênero X XDivisão do texto em parágrafos X Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem
X X X
Processo de formação de palavras X X Intertextualidade X XVozes sociais presentes no texto X XProcesso de formação de palavras X X Acentuação gráfica X X Ortografia X X Concordância verbal/nominal X X X Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto X
Partículas conectivas do texto XProgressão referencial no texto XConto X X X XReportagem e notícia X X Crônica X X X Relato X Poema X X XArtigo X X XRomance X XPublicidade e propaganda X X
170
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Seminário X Debate X Entrevista XEditorial XManifesto X
Conteúdos para o ensino de nove anos
Conteúdos Básicos Ensino Fundamental
Ensino de nove anos
6º 7º 8º 9ºORALIDADETema do texto X X Finalidade X X X XArgumento X X XPapel do locutor e interlocutor X X X XElementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... X X X XAdequação do discurso ao gênero X X X XTurnos de fala X X X XVariações linguísticas X X XMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticosX X X X
Semântica X X XAdequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições e etc) X X
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito X X LEITURATema do texto X X X XInterlocutor X X X XFinalidade do texto X X X XArgumentos do texto X X X XDiscurso direto e indireto X X X XElementos composicionais do gênero X X X XLéxico X X X XMarcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem
X X X X
Conto X X X XReportagem e notícia X X Crônica X X X Relato X
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Poema X X XArtigo X X XRomance X XPublicidade e propaganda X Seminário X Debate X Entrevista XEditorial XManifesto X XESCRITAContexto de produção X X Conteúdo temático X XInterlocutor X X X XFinalidade do texto X X Intencionalidade do texto X XInformatividade X X X XArgumentatividade X Discurso direto e indireto X X Contexto de produção X X X XElementos composicionais do gênero X XDivisão do texto em parágrafos X Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem
X X X
Processo de formação de palavras X X Intertextualidade X XVozes sociais presentes no texto X XProcesso de formação de palavras X X Acentuação gráfica X X Ortografia X X Concordância verbal/nominal X X X Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto X
Partículas conectivas do texto XProgressão referencial no texto XConto X X X XReportagem e notícia X X Crônica X X X Relato X Poema X X XArtigo X X XRomance X X
172
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Publicidade e propaganda X XSeminário X Debate X Entrevista XEditorial XManifesto X
Encaminhamento Metodológico
A concepção de linguagem como interação pressupõe uma metodologia ativa e
diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho em duplas ou em
pequenos grupos e o trabalho coletivo, além de atividades expositivas do professor.
Tendo em vista o discurso como prática social, a disciplina de Língua
Portuguesa visa promover o domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita,
possibilitando que o aluno aprimore o uso da linguagem em suas interações sociais.
Oralidade
Lembrando Bakhtin (1997), a utilização da língua ocorre em todas as esferas
da atividade humana, de onde decorrem os enunciados orais e escritos, a partir da
finalidade de cada uma dessas esferas. Portanto, o trabalho com o gênero discursivo
oral em sala de aula deve partir das esferas sociais e não dos aspectos composicionais
do gênero.
Embora a prática da oralidade na escola esteja, muitas vezes, associada à vida
cotidiana do aluno, ela deve vislumbrar os gêneros orais que Bakhtin chama de
secundários (complexos), indo além dos gêneros primários (simples), gerados na
comunicação verbal espontânea. Muitos dos gêneros simples, relacionados a situações
informais de comunicação, já são usados pelos alunos em suas esferas sociais, cabendo
à escola “oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais;
adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções);
aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e
aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir” (DCE, 2008, p. 65),
173
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
tanto no que diz respeito aos gêneros simples (discurso cotidiano, político, etc.),
quanto aos gêneros orais complexos (discurso artístico, discurso científico, ideológico,
etc.), uma vez que ambos se interrelacionam no ato de interlocução (BAKHTIN,
1997).
O trabalho com os gêneros orais, conforme preconiza Bakhtin (1997), deve
partir da finalidade das esferas sociais de onde eles decorrem. Assim, quando se
propõe um seminário, um debate, uma dramatização ou a narração de um fato (real
ou fictício), “é preciso orientar os alunos sobre o contexto social de uso desses
gêneros; definir a postura diante dos colegas; refletir a respeito das características
textuais (composição do gênero, as marcas linguísticoenunciativos); organizar a
sequência da apresentação”. (DCE, p. 66).
As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas, como debates,
discussões, seminários, transmissão de informações, de troca de opiniões, de defesa de
ponto de vista, contação de histórias em seus diversos usos nos meios de
comunicação.
No que concerne à literatura oral, cabe considerar seus estatutos, suas
dimensões estéticas, suas forças políticas particulares.
As aulas com a oralidade deve levar o aluno a falar com fluência em situações
formais adequando a linguagem às circunstâncias, praticando e aprendendo a
convivência democrática, embora todas as variantes linguísticas devam ser
consideradas como legítimas.
Leitura
A leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de gêneros
textuais, segundo uma perspectiva dialógica. É importante lembrar que o leitor tem,
então, um papel ativo no processo de leitura e atua como coprodutor, procurando
pistas formais, formulando e reformulando hipóteses, usando estratégias baseadas no
seu conhecimento linguístico e nas suas experiências sócioculturais, conforme
preconizam as Diretrizes Curriculares (2008).
174
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O ato de ler pressupõe o contato com textos produzidos nas mais diversas
esferas sociais, como: notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios,
reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos, fábulas, narrativas
de ficção, etc., percebendo as condições de produção, a finalidade, os interlocutores e
o gênero de cada um. Além disso, a atividade de leitura deve proporcionar o contato
com textos não verbais ou mistos, por meio da leitura de imagens, tais como: fotos,
outdoors, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras), que povoam nosso
universo cotidiano.
Escrita
As atividades com a escrita, segundo as DCEs (2008), devem realizarse de
modo interlocutivo, relacionando a produção escrita às circunstâncias de sua
produção.
Assim, para a produção do texto escrito, Menegassi (2003) recomenda que o
autor passe pelas seguintes etapas: planejamento – execução do texto escrito – revisão
– reescrita. Nesse processo, o professor auxilia como coautor do texto, orientando a
finalidade, o interlocutor e o gênero a ser produzido, bem como o meio de circulação
social da versão definitiva do texto.
No trabalho de planejamento, as atividades prévias são relacionadas e
orientadas para a execução da escrita, em que se consideram as contribuições de
Bakhtin (2003) a respeito da finalidade, do interlocutor eleito e do gênero textual
escolhido, a organização composicional e do estilo de língua na produção textual.
Finalmente, a revisão encaminha para a reescrita, modificandose a versão inicial.
A prática da escrita constitui uma ação com a linguagem, uma forma de atuar
no mundo, convencendo, vendendo, informando, instruindo, etc. Nesse processo, o
aluno procura no seu universo referencial os recursos linguísticos e os demais recursos
necessários para atender a sua intenção comunicativa, a qual nasce da esfera social
vigente, levando em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua.
Editoriais, artigos de opinião, notícias, relatos, narrativas ficcionais, cartas,
175
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
convites, diários, bilhetes, memorandos, resumos, poemas, crônicas, assim como
textos da esfera digital, tais como email, blog, chat, fórum de discussão, são alguns
exemplos de gêneros textuais que podem ser trabalhados em sala de aula, levando
sempre em conta o ter o que dizer, a razão para dizer, o como dizer e o para quem
dizer (Geraldi, 1997).
Literatura
A leitura do texto literário será experiência que desvelará ao aluno as
especificidades desse texto na sua criação de mundo, nos recursos de linguagem
presentes em cada obra, invocando outros temas, outros gêneros, hipertextos e
virtualidades.
A literatura será um elemento fixo na composição com outros elementos
móveis que o professor determinará por si e pelas necessidades na interação dos
alunos com os textos literários. Ex.: Literatura e Arte, entre tantas outras
possibilidades.
O trabalho com a literatura potencializa uma prática diferenciada com os
conteúdos estruturantes (oralidade, leitura e escrita) e se constitui num forte influxo
capaz de fazer e aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.
Análise Linguística
A análise linguística deve estar presente no ensino de línguas como ferramenta
que perpasse as atividades de leitura, oralidade e escrita. A fala, leitura e escrita são
atos de interação que constroem a vida social envolvendo a construção de significados
de conhecimentos de identidade dos sujeitos.
Uma reflexão permanente sobre a linguagem abre espaço para os alunos serem
operadores textuais, abordando as variações linguísticas e possibilitando a reflexão
sobre a organização estrutural da linguagem verbal, não colocando a gramática como
centro de ensino.
176
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O aluno precisa ampliar suas capacidades discursivas em atividades de uso de
língua explorando os aspectos textuais e as exigências específicas de adequação da
linguagem (ex.: operadores argumentativos, coerência, coesão, situacionalidade,
intertextualidade, informalidade, concordância, regência, formalidade/informalidade,
entre outros).
Avaliação
Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico e discursivo, a
avaliação dará ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando
para aprimorar sua capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade,
leitura e escrita.
A avaliação formativa possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a
tempo, informando os sujeitos dos processos, ajudandoos a refletirem e tomarem
decisões.
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Em seminário, debates, troca informal de ideias,
entrevistas, contação de histórias, as exigências de adequação da fala são diferentes e
isso deve ser considerado numa análise da produção dos estudantes.
A avaliação de leitura deve considerar as estratégias que os estudantes
empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído
para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto, considerando as diferenças de
leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.
Quanto à escrita, o que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação e é a partir daí que o texto
será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais.
O sistema de avaliação deste estabelecimento de ensino ocorre no regime
trimestral, de forma somatória com a média aritmética simples.
A recuperação de estudos será realizada de forma paralela ao processo de
ensinoaprendizagem, após a retomada do conteúdo, para que o aluno tenha uma
177
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
nova oportunidade de compreender assuntos não assimilados até o momento e de
buscar melhorar a média trimestral.
Referências
BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2008.
FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria linguística que fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: Educar, nº 15, Curitiba: UFPR, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica educativa. 30. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
LEFA, V. J. Aspectos de leitura: uma perspectiva psicolinguística. Porto Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1996.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
178
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Matemática
Apresentação da disciplina
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que
apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são
considerados suficientes par atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO, 2001),
pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou diretamente, sobre os
processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem
e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001). e envolve o
estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da
própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos
procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p.70). Investiga, também,
como aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e
atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o
conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do
pensamento do aluno.
Pela Educação Matemática, almejase um ensino que possibilite aos estudantes
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.
Aprendese Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas
teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por
conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o
estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação
de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de
outras áreas do conhecimento.
179
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos Estruturantes
A disciplina de matemática pretende abordar conteúdos que permitam ao aluno
desenvolver e articular ideias quantitativas/qualitativas, relacionandose nas questões
do diaadia para formular e reformular pensamentos e atitudes matemáticas, para
tanto fará estudos que abordem os seguintes conteúdos estruturantes:
✔ Números e álgebras;
✔ Grandezas e medidas;
✔ Geometrias;
✔ Funções;
✔ Tratamento de informação.
Objetivos Gerais
✔ Possibilitar aos alunos posicionarse de maneira crítica, responsável e
construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando a matemática como forma de
mediar conflitos e de tomar decisões coletivas, através de informações e recursos
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos, para que possam ter condições
de prosseguir em seus estudos.
Abordagem teóricometodológica
Os conteúdos Básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados de forma
articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos
pertinentes à disciplina de Matemática. As tendências metodológicas apontadas nas
Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e
servem de aporte teórico para as abordagens dos conteúdos propostos neste nível de
ensino, numa perspectiva de intuitiva. Estes conhecimentos e experiências
provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados,
ampliandose e generalizandoos. É importante a utilização de recursos didáticos
180
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
5ª Série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Número e Álgebra
Sistema de numeração
Números Naturais
Múltiplos e divisores
Potenciação e radiciação
Números fracionários
Números decimais
Grandezase Medidas
Medidas de comprimento
Medidas de massa
Medidas de área
Medidas de tempo
Medidas de ângulos
Sistema monetário
GeometriasGeometria Plana
Geometria Espacial
Tratamento da Informação
Dados, tabelas e gráficos
Porcentagem
181
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
6ª Série
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Númerose
Álgebra
Números inteiros
Números racionais
Equação e inequação do 1º grau
Razão e proporção
Regra de três simples
Grandezas e Medidas
Medidas de temperatura
Medidas de ângulos
Geometrias
Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometrias nãoeuclidianas
Tratamentoda
Informação
Pesquisa Estatística
Média Aritmética
Moda e mediana
Juros simples
182
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
7ª Série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Númerose
Álgebra
Números Racionais e Irracionais
Sistemas de Equação do 1º grau
Potências
Monômios e polinômios
Produtos notáveis
Grandezase
medidas
Medidas de comprimento
Medidas de área
Medidas de volume
Medidas de ângulos
Geometrias
Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria Analítica
Geometrias nãoeuclidianas
Tratamento da Informação
Gráfico e informação
População e amostra
183
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
8ª Série
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Números
e
Álgebras
Números Reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2º Grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de Três Composta.
Grandezas
e Medidas
Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo
FunçõesNoção intuitiva de Função Afim.
Noção intuitiva de Função Quadrática.
Geometrias
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometria nãoeuclidianas.
Tratamento
da Informação
Noções de Análise Combinatória;
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos
Encaminhamentos Metodológicos
Propõese articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos
em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a
abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em
patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular de cada
184
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do
modo como se articulam” (MACHADO, 1993, p 28). Os conteúdos propostos devem
ser abordados por meio do:
✔ Desenvolvimento de atividades individuais e/ou em grupos;
✔ Apresentação dos conteúdos por meio de aulas expositivas;
✔ Estimulação do aluno para que pense, raciocine, crie, relacione
ideias,descubra e tenha autonomia de pensamentos;
✔ Trabalho com a matemática por meios de situaçõesproblema próprias da
vivência do aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir pela
melhor solução;
✔ Trabalho com conteúdos significativos com o intuito de levar o aluno a sentir
que é importante saber aquilo para a sua vida em sociedade ou que o conteúdo
trabalhado será útil para entender o mundo em que vive;
✔ Valorização da experiência acumulada pelo aluno dentro e fora da escola;
✔ Utilização da história da matemática como um excelente recurso didático.
Comparando a matemática de diferentes períodos da história ou de diferentes
culturas (etnomatemática);
✔ Utilização de jogos matemáticos que levem o aluno a desempenhar um papel
ativo na construção de seu conhecimento;
✔ Inserção do uso de novas tecnologias (calculadoras, calculadoras, softwares
específicos) de forma a estimular o uso correto, bem como mostrar que tais
instrumentos tornamse essenciais na resolução de alguns problemas.
Considerase também como parte integrante da metodologia o relacionamento
de respeito entre os alunos, onde todos possam se sentir elementos participantes no
processo de aprendizagem, sem distinção alguma, através da promoção da
potencialidade de cada um.
Avaliação
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação
185
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades
devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de
ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e
calculadora.
O objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo ensino
aprendizagem e de coletar informações para corrigir possíveis distorções observadas.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
✔ Comunicase matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
✔ Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
✔ Elabora um plano que possibilite a solução do problema;
✔ Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
✔ Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Portanto, a avaliação é parte integrante do processo ensinoaprendizagem,
abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e também os objetivos, a
estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino. Assim, é preciso que os
instrumentos de avaliação utilizados pelo professor (a) abranjam o mais amplamente
possível, todo trabalho realizado, não ficando restrito a um só momento a uma única
forma. É preciso decidir também qual a melhor forma de avaliar determinado
conteúdo ou atividade.
A observação contínua, as discussões, a produção de trabalhosproblemas ou
relatórios de atividades e pesquisas, trabalho em grupo, tarefas individuais e provas,
os quais constituem elementos importantes no processo de avaliação de aprendizagem
do aluno(a).
Para realizar esse trabalho, consideremos que a avaliação deve:
✔ Gerar, ela própria, novas situações de aprendizagem;
✔ Ser coerente com os objetivos, métodos e principais tipos de atividades do
currículo.
✔ Ter um caráter positivo, isto é, considerar que o(a) aluno(a) é capaz de fazer,
186
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
em vez daquilo que ele(a) ainda não sabe, não exigindo, necessariamente, o mesmo
nível de desenvolvimento de todos os(as) alunos(as);
✔ Ocorrer num ambiente de transparência e confiança no qual as críticas e
sugestões sejam encaradas como naturais;
✔ Finalmente, consideremos essencial que os(as) alunos(as) tenham
consciência quanto ao processo, aos resultados da avaliação e ao modo como podem
contribuir para superar suas dificuldades.
Assim sendo, no final de cada etapa de avaliação, ela deve ser apresentada aos
alunos e alunas não apenas como conceito ou nota, mas, essencialmente orientações
sobre como eles e elas podem agir para aperfeiçoar seu desempenho e avançar em
direção do conhecimento matemático, com vistas a superar a pedagogia do exame e
contemplar uma prática significativa que priorize o processo ensinoaprendizagem.
187
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Matemática do Estado do Paraná, Curitiba, 2008.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2008.
BERLOQUIN, Pierre. 100 jogos geométricos. São Paulo: Gradativa, 1991.
GIOVANNI, José Ruy; Benedito CASTRUCCI, Benedito. A conquista da matemática: a mais nova. São Paulo: FTD, 2002.
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JÚNIOR, José Ruy. Matemática completa. São Paulo: FTD, 2002.
GOMIDE, Elza F. História da Matemática. 2. ed. São Paulo: FTD., 1996.
IMENES, Luiz Marcio e LELLIS, Marcelo. Matemática para todos. São Paulo: Scipione, 2006.
KRULIK, S. & REYS, R. E. A resolução de problemas na matemática Escolar. São Paulo: Atual, 1997.
MARCONDES, Entil & G. Sérgio. Matemática: série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2003.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MATEMÁTICA. Revista do professor. São Paulo: email: [email protected]
188
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Inglês
Apresentação da Disciplina
O ensino de língua estrangeira, em foco a língua inglesa, é uma necessidade na
escola, especialmente na escola pública, onde os alunos vêm de classes sociais em que
há necessidade de prepararse melhor para enfrentar a concorrência. A proliferação de
cursos e escolas particulares, mostra a necessidade de mais atenção ao ensino de mais
uma língua, ou seja, mais um instrumento de conhecimento e edificação do aluno
como ser crítico, ser social e participativo nas decisões do mundo globalizado.
O objetivo da inclusão de uma língua estrangeira no currículo escolar,
notadamente o inglês, passa por vários aspectos: primeiro, a função social da língua,
que deve ancorar nos parâmetros sóciointeracionais da linguagem e da
aprendizagem, bem como nos aspectos cognitivos.
O aluno necessita aprender a ler em língua estrangeira, para que sejam
atendidas as necessidades da educação formal e técnica que possa tornar o aluno um
agente transformador da realidade. A habilidade da leitura não exclui a possibilidade
do desenvolvimento escrito, oral e a interdisciplinaridade de outros conhecimentos e
disciplinas.
Há necessidade de adquirir o conhecimento e o domínio de uma língua
estrangeira, visto as exigências do mundo moderno e globalizado. O inglês como
língua, tem relevância e hegemonia nas trocas internacionais, gerando implicações
nos campos da cultura, da educação, da ciência, do trabalho, etc.
O inglês, especialmente exerce influência tanto na língua, como nas relações
internacionais. Exemplo disso é que hoje o inglês é a língua mais usada no mundo dos
negócios, e em alguns países, nas universidades, é universal a sua prática.
A língua estrangeira há de ser fator de libertação, não de exclusão social. Deve
abrir a porta para o conhecimento, desenvolvimento, mas não deve tolher a cidadania
e o espírito crítico equilibrado do indivíduo como ser social, pensante e livre. Assume
a função de veículos de comunicação, funcionando como meio de acesso ao
conhecimento, as diferentes formas de pensar, criar, sentir, agir e de conceber a
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
realidade.
Assim, é essencial um trabalho interdisciplinar, relacionado com contextos
reais, de forma que o processo de ensinoaprendizagem possa colocar em prática
alguns princípios fundamentais que proporcionem condições para que o aluno tenha
capacidade de compreender e produzir enunciados corretos no novo idioma, bem
como possibilitar um nível de competência que lhe permita acesso à informação de
vários tipos, contribuindo para sua formação enquanto cidadão.
Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos estruturantes entendidos como saberes mais amplos da disciplina
poderão ser abordados através de atividades significativas em práticas de leitura,
escrita e oralidade.
Essas atividades serão trabalhadas a partir de textos que circulam socialmente,
os quais possibilitarão diversos tratamentos em sala de aula, como discussão de
assuntos polêmicos que serão adequados à cada faixa etária e proporcionarão estudos
de diferentes graus de complexidade da estrutura linguística. Os textos de diversos
gêneros, darão condições de trabalhar com a língua em situações de comunicação oral
e escrita, favorecendo as relações e ações individuais e coletivas, abrangendo
significados sociais historicamente construídos, refletindo sobre as diversidades
linguísticas e culturais.
Conteúdos Específicos
5ª Série
✔ Leitura
• Identificação do tema;
• Intertextualidade:
• Intencionalidade;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções semânticos;
✔ Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência textual);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Particularidades da língua: verbo to be (afirmative form, negative,
interrogative). Cardinal numbers de 1 a 100, nacionalities, “how many”,
“How much”, “There to be” (afirmative, negative, interrogative). Articles;
Plural of nouns, demonstrative form, prepositions, possessives adjectives).
6ª Série
✔ Leitura
• Identificação do tema;
• Intertextualidade:
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções semânticas;
191
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Particularidades da língua: present continuous; plural of nouns, adjective;
interrogative words, question tags, numbers (1 a 900).
7ª Série
✔ Leitura
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
✔ Escrita
• Tema do texto;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Particularidades da Língua: Simple Past, Past Continuous, adjectives,
uncountable nouns (review) comparisons, superlatives; simple future
(afirmative, interrogative, negative); ordinal numbers.
8ª Série
✔ Leitura
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
✔ Escrita
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Gênero do discurso
5ª série
✔ Bilhete, cartão,cartazes;
✔ Textos publicitários, folders, tiras;
✔ Parlendas, receitas, frases;
✔ Filmes, desenho animado, email;
✔ História em quadrinhos, fotos;
✔ Figuras, imagens, anúncio;
✔ Texto expositivo em LD2;
✔ Exposição oral, conto, poema;
✔ Textos descritivos, informativos, instrucionais;
✔ Biografias, notícias;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
6ª série
✔ Carta pessoal, cartão, email, diálogos;
✔ Panfletos (outdoor), regras de jogo, mapas;
✔ Filmes, desenho animado, músicas, fotos;
✔ Música, adivinhas, textos informativos;
✔ Diário, cartazes, tiras ilustrativas, cartoon;
✔ Receitas, piadas, ofício(profissões).
✔ História em quadrinhos, fotos;
✔ Figuras, imagens, anúncio;
✔ Texto expositivo em LD2;
✔ Exposição oral, conto, poesia;
✔ Balões, tipos de letras, desenhos;
✔ Resumos, resenhas, textos enciclopédicos;
7ª série
✔ Música, mapas, placas, diálogos, roteiro de viagem;
✔ Propaganda, textos informativos, regras de jogo;
✔ Textos de divulgação científica, letras de músicas;
✔ Fábula, desenho animado, blog, biografia/personalidades;
✔ Filmes, emails., artigo, cardápio, cartoon;
✔ Debates, texto argumentativo, canção, exposição oral;
✔ Texto expositivo em LD; verbete, ficha de leitura;
8ª série
✔ Sinopse de filmes;
✔ Filmes (descrição);
✔ Seminários;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Música, teatro;
✔ Tag questions (past);
✔ Textos literários (ficção);
✔ Texto argumentativo , editorial, cartas de opinião;
✔ Cartas de leitor, entrevistas, narrastivas literárias;
✔ Texto coloquial, Regra de jogo, Reportagem;
✔ Tira, texto expositivo em LD, brincadeiras;
Metodologia
Para que os objetivos propostos no ensino da língua estrangeira sejam
atingidos, o professor deverá levar em conta os conhecimentos prévios, observando
que as escolhas de atividades deverão estar de acordo com o número de alunos em
sala de aula, tempo, materiais disponíveis e ambiente físico, coerentes com os
objetivos e princípios delineados.
No ensino da língua estrangeira é necessário o desenvolvimento de atividades
que estimulem a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir, interpretar
situações, pensar de forma criativa, fazer suposições, interferências, além abstrair
elementos comuns a várias situações.
O desenvolvimento de atividades em grupo propiciará ao aluno confiança na
própria capacidade de aprender e interagir com os colegas, compreendendo e
respeitando opiniões, conhecimentos e ritmos diferenciados de aprendizagem. Ao
desenvolver estas atividades o papel do professor será o mediador.
A importância da variedade linguística deverá ser apresentada ao aluno para o
mesmo tenha uma visão mais ampla e crítica em relação à pluralidade cultural.
Para que o aluno adquira as competências e habilidades sóciolinguísticas, discursivas
e estratégicas, além de gramatical, o ensino da língua estrangeira será pautado em
situações reais na leitura e compreensão de texto, de forma contextualizada, visando à
aproximação do aluno às várias culturas e sua integração no mundo globalizado.
Com o objetivo do uso efetivo da língua e a interação do aluno ao meio em que
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
vive as habilidades de ler, ouvir, falar e escrever serão interligados no trabalho.
Avaliação
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribui
para a construção de saberes. Portanto, ela deve ser contínua e cumulativa, onde
prevaleça os aspectos qualitativos.
Além de ser útil para a verificação de aprendizagem dos alunos, a avaliação
servirá, principalmente para que o professor repense a sua metodologia e planeje suas
aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. Através dela que é possível
perceber quais são os conhecimentos – linguísticos, discursivos, sóciopragmáticos – e
as práticas leituraescritaoralidade que ainda não foram suficientemente trabalhados
e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação
do aluno com os discursos em língua estrangeira.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do ParanáLíngua Estrangeira Moderna – 2008
Porque ensinar língua estrangeira na escola de 1º grau – 1987
Revista do Professor – 1996
Revista Nova Escola – 1999
Revista Interação – 1986
Currículo Básico do Paraná
Proposta de Língua Estrangeira
REFERENCIAR ADEQUADAMENTE
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ENSINO MÉDIO
Arte
Apresentação da Disciplina
Durante muito tempo arte foi considerada uma atividade de entretenimento,
uma pausa necessária em meio às demais disciplinas. Hoje, no entanto, ela tem status
de um valioso recurso para reflexão, compreensão e exercício da cidadania,
posicionamento crítico e valorização da pluralidade cultural do País, conteúdos
próprios ligados à cultura artística e não apenas as atividades.
Essa disciplina ainda hoje exige reflexão que contemplem Arte como área de
conhecimento e não meramente como meio de destaque de dons inatos. O ensino da
arte deixa de ser entretenimento no sistema educacional e passa a se preocupar com o
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade constituída historicamente e em
constante transformação, contribuindo para um cidadão reflexivo.
A partir das concepções da arte e de seu ensino, estas diretrizes consideram
alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões e respeito do objeto de
estudo desta disciplina:
O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em
seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção
articulamse numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sobre
a forma de representações artísticas como por exemplo, palavras na poesia, sons
melódicos na música; expressões corporais na dança ou teatro; cores, linhas e formas
nas artes visuais.
O conhecimento artístico esta relacionado com o fazer e com o processo
criativo considera desde o imaginário, a elaboração e a formulação do objeto artístico
até o contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses
emocionais e cognitivas expressam saberes específicos a partir da experiênciação com
materiais, técnicas e com os elementos básicos constituídos das Artes Visuais, Dança,
Música e do Teatro.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico dos objetos
artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos,
possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto. Norteada pelo
conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento em arte se efetiva
na interrelação de saberes que se concretiza na experiência estética por meio da
percepção da análise, da criação/produção e da contextualização histórica, apesar de
suas especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e articulados
entre si, abrangem todos os aspectos do objeto de estudo.
As formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão
ampliada, enfatizando a associação da arte coma a cultura e da arte com a linguagem.
Dessa forma, o aluno da educação básica, terá acesso ao conhecimento presente
nessas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a
proximidade da mesma com o seu universo.
Objetivos da disciplina:
✔ Interpretar a função da arte como um dos instrumentos transformadores da
história da humanidade;
✔ Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens desenvolvidas tanto na
fruição quanto a análise estética, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo;
✔ Valorizar as diversidades culturais, em seus vários aspectos, como meio de
preservação das tradições populares e de nossas raízes;
✔ Realizar produções artísticas, individual ou coletiva, nas linguagens da arte
(música, artes visuais, teatro, audiovisual) analisando, refletindo e compreendendo os
diferentes processos produtivos, com seus diferentes métodos materiais como
manifestações sociocultural e históricos;
✔ Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que permitam
utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.
200
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos de arte estão organizados de maneira que contemple as
linguagens das artes visuais, dança, música e teatro. Os conteúdos estruturantes
selecionados por esta disciplina vêm constituir a base para a prática pedagógica.
Neste sentido foram definidos com conteúdos estruturantes os elementos
formais, a composição, movimentos e períodos, o tempo e o espaço. Os conteúdos
serão desenvolvidos visando atender todos os alunos levandose em consideração suas
limitações e necessidades de encaminhamentos especiais.
1º Ano
Arte visuais
✔ Elementos formais;
• ponto;
• linha;
• superfície;
• textura;
• volume;
• luz;
• cor.
✔ Composição;
• figurativa;
• abstrata;
• figura/fundo;
• bidimensional/tridimensional;
• contraste ritmo visual;
• gênero;
• técnica.
✔ Movimentos e Períodos;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• arte no Egito;
• arte GrecoRomana;
• arte Africana;
• Renascimento;
• Barroco;
• Arte Brasileira;
• Arte Paranaense;
• Vanguardas artísticas;
• Tempo espaço – trabalhando de maneira a articular os conteúdos
estruturantes na contextura ligação histórica de cada período.
Música
✔ Elementos formais;
• altura;
• duração;
• timbre;
• intensidade;
• densidade;
✔ Composição;
• ritmo;
• melodia;
• harmonia;
• intervalo metódico;
• intervalo harmônico;
• improvisação.
✔ Movimentos e períodos;
• descoberta do som;
• sons primitivos;
• evolução da música;
• música eletrônica;
202
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Rap, Funk.
Teatro
✔ Elementos formais;
• personagem;
• expressão corporal;
• vocal;
• gestual;
• facial;
• ação;
• espaço cênico.
✔ Composição;
• representação;
• sonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/caracterização/maquiagem/
adereços;
• jogos teatrais;
• roteiro;
• enredo;
• gênero.
✔ Movimentos e períodos
• origem do teatro.
Dança
✔ Elementos formais;
• movimento corporal;
• tempo;
• espaço.
✔ Composição;
• formação;
• sonoplastia;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• coreografia;
• técnica.
✔ Movimentos e períodos;
• a dança como manifestação cultural.
2º Ano
Artes visuais
✔ Elementos formais;
• ponto;
• linha;
• superfície;
• textura;
• volume;
• luz;
• cor.
✔ Composição;
• figurativa;
• abstrata;
• figura/fundo;
• bidimensional/tridimensional;
• contrastes;
• ritmo visual;
• gênero;
• técnica.
✔ Movimentos e períodos;
• neoclassicismo;
• romantismo;
• realismo;
• impressionismo;
• expressionismo;
204
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• fauvismo;
• cubismo;
• abstracionismo.
✔ Tempo espaço – trabalhando ou maneira a articular os conteúdos
estruturantes na contextualização histórica de cada período.
• dadaísmo;
• surrealismo;
• popart;
• arte brasileira;
• arte paranaense.
Música
✔ Elementos formais;
• altura;
• duração;
• timbre;
• intensidade.
✔ Composição;
• tonal;
• modal;
• contemporânea;
• gêneros;
• improvisação.
✔ Movimentos e períodos;
• evolução da música;
• música serial;
• música minimalista;
• hiphop;
• hap, funk.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Teatro
✔ Elementos formais;
• personagem;
• expressão corporal;
• vocal;
• gestual;
• facial;
• ação;
• espaço cênico;
✔ Composição;
• representação;
• sonoplastia/ iluminação/;
• cenografia figurino;
• maquiagem/ adereços;
• caracterização;
• jogos teatrais;
• roteiro;
• enredo;
• gênero;
• técnica.
✔ Movimentos e períodos:
• origem do teatro.
• momentos da história do teatro
Dança
✔ Elementos formais;
• movimento corporal;
• tempo;
• espaço.
✔ Composição;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• formação;
• sonoplastia;
• coreografia;
• improvisação;
• técnica.
✔ Movimentos e períodos:
• história da dança;
• a dança como manifestação cultural;
• a dança moderna;
Metodologia
O Ensino da arte tem como pretensão analisar o espaço de arte na escola (artes
visuais, música, teatro e dança) a partir de uma perspectiva histórica. Para isso
precisamos explicitar as relações da prática artística com tese econômica . As relações
sociais de produção determinam as representações, sistemas de idéias e imagens
geradas na mesma sociedade.
Dentro do sistema educacional, buscamos valores estéticos que possibilitam a
democratização do saber artístico, visando criar no aluno uma percepção exigente,
ativa, critica em relação à realidade humanosocial
A proposta de arte tem dupla função de um lado, analisar o seu papel na
formação da percepção e da sociedade do aluno, de outro lado, colher a significação
da arte no processo de humanização do homem.
A arte propõe novas formas de refletir sobre as relações sociais e consiste numa
apropriação da realidade e essencial, possível quando se colocamos em estado
humano, as figuras reais através da humanização dos objetos e dos sentidos.
No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma
devemos contemplar na metodologia do ensino da arte três momentos da organização
pedagógica: o sentir perceber, que são as formas de apreciação: o trabalho artística,
que é a pratica criativa, o conhecimento, que fundamenta e possibilita o aluno um
207
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
sentir/ perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o
aluno à formação de conceitos artísticos.
A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como
aula teórica e sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o
conhecimento em arte se efetiva somente quando esses três momentos são
trabalhados.
A prática artística (trabalho criador) é expressão privilegiada do aluno e
momento do exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola
encontra para desenvolver estas práticas, elas são fundamentais, pois a arte pode ser
apreendida somente de forma abstrata. O processo de produção do aluno acontece
quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza os
sentidos.
Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensinoaprendizagem em
arte. Estes três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de
aula, pois apesar de serem interdependentes, é preciso planejar as aulas com recursos
e metodologia específica para cada um desses momentos.
O encaminhamento pode se iniciar por qualquer desses momentos, mas o
fundamental é que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir
e perceber, ao conhecimento e ao trabalho artístico.
Critérios de Avaliação
A avaliação da disciplina de Arte será diagnóstica e processual. Diagnóstica por
ser a referência do professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos.
Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento
será constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da classe
sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto avaliação dos alunos.
É importante neste processo ter em vista que os alunos do ensino médio têm
um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente apreende
em outros espaços (família, grupos associações, religião e outros) e um percurso
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
escolar também distinto entre os mesmos, pois pela amplitude do conhecimento
artístico (música, artes visuais, teatro e dança) e as condições humanas e materiais na
escola, inviabiliza uma certa unidade na aprendizagem de arte em todas as escolas
públicas.
Neste sentido, é fundamental que nos primeiros dias de aula seja realizado um
levantamento das formas artísticas que o aluno já tem conhecimento e habilidade,
como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar.
Também durante o ano letivo, poderemos observar tendências e habilidades
dos alunos para uma ou mais dimensões da arte. Estes diagnósticos são a base para o
planejamento das aulas, pois mesmo que já estejam definidos os conteúdos que serão
trabalhados a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento
que os alunos possuem.
209
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
PARANÁ . Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio.SEED, 2006.
FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. RJ.1979.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo, 1991.
BARBOSA,A. .M. Inquietações e mudanças no ensino da arte. S.P. 1993.
OSTOWER, Fayga. Universo da Arte. 1991.
PARANÁ. Diretrizes curriculares para o ensino médio. SEED 2006.
FAYGA, A..M. Inquietações e mudanças no ensino da arte. S.P. 1993.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Biologia
Apresentação da disciplina
A Biologia como Ciência ao longo da história da humanidade vem construindo
modelo para tentar explicar e compreender o fenômeno vida. Assim, os
conhecimentos apresentados pela disciplina não implicam o resultado da apreensão
contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem
que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Nesse sentido os conhecimentos científicos do ensino de Biologia contribuem para a
compreensão da construção do pensamento biológico.
Como as diferentes formas de vida estão sujeitos às transformações que
ocorrem no tempo e no espaço, são ao mesmo tempo propiciadoras transformações no
ambiente. O próprio conhecimento sobre o surgimento e a evolução da vida demanda
uma compreensão que a Ciência não tem respostas definitivas para tudo. Tendo como
característica a possibilidade de ser questionada e de ser transformada.
O conhecimento é a construção inacabada e a Biologia como parte do processo
dessa construção científica, deve ser entendida e compreendida como processo de
produção do próprio desenvolvimento humano, sendo uma das formas de
conhecimento produzido pelo homem determinado por suas necessidades materiais
de cada momento histórico, sofrendo influencia do meio social e da economia por ele
gerado.
O ensino de Biologia tenta, de maneira geral, compreender a natureza como
uma intricada rede de relações, um todo dinâmico, do qual o ser humano é parte
integrante, com ela interage, dela dependo e nela interfere, reduzindo seu grau de
dependência, mas jamais sendo independente. Identificar a condição do ser humano
de agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas é também
objetivo desta disciplina.
Mais do que fornecer informações, o ensino e aprendizagem da Biologia, se
volta para o desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
informações, compreendêlas, elaborálas, e até mesmo refutálas, enfim compreender
o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da
Biologia e de outros campos do conhecimento como: Física Química, Geografia,
História, Filosofia entre outras.
No ensino da Biologia, é de extrema relevância para o desenvolvimento de
posturas e valores pertinentes às relações entre seres humanos, entre eles e o meio,
entre o ser humano e o conhecimento para que se possam formar cidadãos capazes de
pensar seu mundo e com ele interagir.
A Biologia contribui para compreender a Ciência com um processo de produção
de conhecimentos, um sistema explicativo que opera como modelos, tendo como
critério de legitimação a realidade, formando sujeitos críticos, reflexivos e atuantes,
por meio de conteúdos que proporcione o “entendimento do objeto de estudo – o
fenômeno VIDA, em toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos
seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da diversidade
no âmbito dos processos biológicos da variabilidade genética, hereditária e relações
ecológicas e das implicações dos avanços biológicos do fenômeno VIDA” (DIRETRIZES
CURRICULARES DE BIOLOGIA).
O conteúdo estruturante articulados aos conteúdos específicos proporcionará
aos alunos um saber estruturado, diversificado e integrado com as outras áreas de
conhecimentos, este por sua vez deixará de ser o agente passivo e passa a ser o agente
ativo. Com os conhecimentos elaborados reforçados com os conceitos científicos dos
conteúdos específicos e estruturados com os estruturantes; organização dos seres
vivos, mecanismos biológicos, biodiversidades, implicações dos avanços biológicos no
fenômeno vida, auxiliará na construção do conhecimento biológico, promovendo a
formação de um sujeito crítico, reflexivo, aos avanços da ciência e tecnologia
disponíveis na sociedade atual.
Sendo histórica, a ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos
contexto social, político, econômico e cultural dos diferentes momentos históricos.
Neste sentido histórico da Biologia novos paradigmas do pensamento biológicos
emergiram, e que revolucionaram a Ciência, são eles que vão compor os conteúdos
212
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
estruturantes dos quais desmembram os conteúdos específicos a serem ensinados em
Biologia. A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e
atuantes no meio em que vive.
Aspectos históricos
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno de vida e suas implicações para o ensino,
buscaram–se na história das Ciências os contatos históricos nos quais pressões
religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no
modo como o homem passou a compreender a natureza.
Foi através do ensino religioso que houve a necessidade do surgimento das
primeiras universidades medievais. Sobre a influência, ocorreram divergências
relativas aos estudos dos fenômenos naturais, que passaram a ter uma nova trajetória
na história da humanidade.
Com o rompimento de visão Teocêntrica e a concepção filosófica – teológica
medieval houve o abandono de idéias antigas e preferência por novos modelos. Vários
fatores contribuíram para a mudança do pensamento em relação às Ciências, os
avanços na navegação e consequentemente o desenvolvimento econômico e político, a
quebra do poder arbitrário de Igreja, revoluções industriais do século XVIII.
Ainda nos séculos (XV e XVI) ocorreram modificações de L. da Vinci introduziu
o pensamento matemático, como instrumento para interpretar a ordem mecânica de
natureza. Houve mudanças na Zoologia, Botânica; se a classificação científica dos
organismos (Carl Von Linné), mas manteve o princípio da criação divina.
O pensamento biológico descritivo marca com o uso do Empirismo na
observação e descrição tornou possível a organização da Biologia pela comparação das
espécies nos diversos ambientes. No mecanicista Francis Bacon (15611626) –
introduziu idéias sobre aplicação prática do conhecimento propondo o método
indutivo baseado no controle metódico e sistemático da observação relacionando a
forma descritiva e o método cientifica. Descartes (1596 – 1650) o pensamento
213
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
biológico mecanicista foi introduzido utilizando um modelo sobre circulação
sanguínea além das idéias sobre biogênese e a invenção e aperfeiçoamento do
microscópio. No século XVIII com modificações na astronomia, objeto central de
estudo na época com Newton, Descartes; já Kant e Laplace, no final do século
introduziram a possibilidade de expansão de transformação do Universo, da Terra e
dos Seres Vivos. As extinções de espécies forjaram no pensamento cientifico européias
propostas para a teoria da evolução. A instabilidade da vida no século XVIII e inicio do
século XIX, foi questionada com evidencias do processo evolutivo dos seres vivos
Erasmus Darwin e Jean Baptista de Monet, apresentaram estudos sobre a mutação
das espécies, ao longo do tempo.
Darwin acreditava na herança de características adquiridas. Para Lamarck, a
classificação era importante, mas artificial. Lamarck criou o sistema evolutivo em
constantes mudanças, para ele, formas de vida inferiores surgem a partir da matéria
inanimada.
No inicio do século XIX, Charles Darwin, apresentou suas idéias sobre evolução
das espécies, mantendose fiel a doutrina da igreja. A teoria da evolução das espécies
foi criada a partir de modificação da ação da seleção natural sobre a ação individual.
A construção do pensamento Biológico ocorreu em movimento não lineares
com momentos de crise, de mudanças de paradigmas de questionamentos
conflitantes, na busca constante por aplicações sobre o fenômeno vida.
No Brasil, a primeira tentativa de organização de ensino correspondente ao
atual Ensino Médio foi à criação do Colégio D. Pedro II, Rio de Janeiro, em janeiro,
em 1838, com poucas atividades didáticas nas Ciências como História Natural,
Química e Física, com adoção de livros didáticos importados da França.
Com o surgimento das primeiras instituições nacionais no Brasil, criou – se o
Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura (IBECA) em 1946, cujo objetivo
era promover a melhoria da formação cientifica dos alunos que ingressariam no
ensino superior.
Na década de 60, por influência de materiais didáticos norte americano deuse
a ênfase ao ensino do método cientifico; a preocupação em criar e manter uma elite
214
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
intelectual científica e tecnológica.
Conforme Krasilchik, a escola secundaria deve servir não mais à formação do
futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente ao trabalhador, peça
essencial para responder às demandas do desenvolvimento.
Os conteúdos eram aprendidos com base na observação, a partir da qual
poderiam ser explicados por raciocínios lógicos comprovados pela experimentação.
Em 1980 surgiu no Brasil um movimento pedagógico que reconheceria a análise do
processo de produção de conhecimento na Ciência já na década de 1990 surgiu outro
campo de pesquisa, o de mudança conceitual.
Em 1998 com a promulgação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio, para normalizar a LDB 9394/96, o ensino passou a ser organizado por
áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na área de Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias.
Estas Diretrizes Curriculares, portanto, consideram a concepção histórica da
Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência. Ao partir da dimensão
histórica da disciplina de Biologia, foi identificado o marcos conceitual da construção
do pensamento biológico. Esse marcos foi adotado como critérios para a escolha dos
conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos.
Objetivos Gerais
O objetivo do Ensino de biologia visa propiciar um conhecimento útil à vida e
ao trabalho, nos quais as informações transmitidas se transformem em instrumentos
de compreensão, interpretação, julgamento, mudança e previsão da realidade,
preparando o aluno para o exercício consciente da cidadania no sentido universal e
não apenas profissionalizantes, aprimorandoo como serem humanos sensíveis,
solidários e conscientes.
Com esses objetivos vamos retirar o aluno da condição de espectador passivo,
estabelecendo relação entre o que ele aprende na escola e a sua vida, propiciando que
se interrelacionem conhecimentos e que estes produzam um novo conhecimento,
215
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
mais amplo e dinâmico sem, entretanto dispensar a especificidade de cada disciplina.
É fundamental que o ensino da Biologia se volte para o desenvolvimento de
habilidades que permitam ao aluno lidar com o conhecimento, compreendendo e
reelaborando e refutando quando for o caso. Esses são os verdadeiros objetivos do
Ensino da Biologia.
Conteúdos estruturantes
1º ano
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS
Composição química da célula Estrutura celularDivisão celular
Organização dos tecidos
Os Genes e a Síntese de Proteínas (estruturas celulares: membrana celular, citoplasma e núcleo).MutaçõesCâncerFunções CelularesSeres Autótrofos e Heterótrofos Fotossíntese
IMPLICACÕES DOS AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA BIODIVERSIDADE
Envelhecimentos Radicais livres e vitaminas
Valorização da Vida (sexualidade tabagismo),
(Alcoolismo, drogas)Colesterol
Água potável desafio para a humanidade
Vacinas Produção de Celulose e Ecologia
BiosferaNíveis de Organização dos Seres VivosEquilíbrio Ecológico Seres Produtores, Consumidores e Decompositores
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2º ano
ORGANIZAÇÃO DOSSERES VIVOS
MECANISMOS BIOLÓGICOS
Classificação dos Seres VivosOs Cinco Reinos: Monera, Protista, Fungi, Animal e
Vegetaiscaracterísticas gerais;Biomas: Aquáticos e Terrestres
Taxonomia
Processos de Produção de Energia: Respiração Aeróbia e AnaeróbiaFisiologia Animal Comparada;Fisiologia Vegetal;Efeitos negativos das Drogas no Organismo.
BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOSNO FENOMENO DA VIDA
Cadeia e Teia Alimentar, Relações Ecológicas;
Origem da Vida;Equilíbrio e Desequilíbrio
Ecológico (extinção de espécies).
Produção de RemédiosHomeopatia e Fitoterapia;Armamento Biológico;Saúde e Doenças; (alcoolismo e tabagismo)Controle Biológico de Pragas;Hidroponia.
3º ano
ORGANIZAÇAO DOSSERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS
Evolução da Vida;Origem das Espécies;Núcleo e o Material Genético (estrutura e função), Cariótipo.
Tipos de Reprodução;Reprodução Humana;Embriologia;Genética.
BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOSNO FENÔMENO DA VIDA
EcologiaPirâmide;Desequilíbrios Ambientais;
Clonagem;Manipulação Genética e Bioética;Célulatronco;Projeto Genoma;Terapia Gênica;Transgênicos.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos Específicos
1º ano
I – Introdução à Biologia
✔ História da Biologia;
✔ Origem da Vida: (noções: abiogênese e biogênese);
✔ Noções: Sistema Nervoso (stress, esclerose múltipla);
• Sistema Endócrino;
• Sexualidade;
II – Níveis de organização e ecologia
✔ Nível Celular; (célula à biosfera);
✔ Nível Ecológico;
✔ Ecossistema: (relações ecológicas);
✔ Ciclos Biogeoquímicos.
III Organização celular e molecular
✔ Composição química;
✔ Estruturas celulares;
✔ Metabolismos Energéticos;
✔ Membranas celulares;
✔ Citoplasma;
✔ Núcleo;
✔ Divisão celular.
VI Organização dos tecidos
✔ Animal e Vegetal: caracterização
✔ Função
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2º ano
I – Estudos dos reinos
✔ Sistemas de Classificação;
✔ Vírus;
II – Divisão dos reinos (fisiologia comparada)
✔ Reino Monera;
✔ Reino Fungi;
✔ Reino Plantae;
✔ Reino Animália.
III Biomas e biodiversidade
✔ Aquáticos;
✔ Terrestres;
✔ Ecossistema;
✔ Relações ecológicas;
✔ Componentes abióticos e bióticos;
✔ Cadeia alimentar.
IV Desequilíbrio ambiental urbano
3º ano
I – Reprodução
✔ Gametogênese;
II– Embriologia
III – Genética
✔ Histórico;
✔ Conceitos Básicos;
219
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ A primeira Lei de Mendel;
✔ A segunda Lei de Mendel;
✔ Interação Gênica;
✔ Alelos múltiplos;
✔ Heredogramas;
✔ Herança e Sexo;
✔ Aberrações e Anomalias.
IV– Origem e evolução da vida
✔ Teorias do surgimento do universo, da terra e da vida;
✔ Lamarck x Darwin;
✔ Mutação;
V– Origem das espécies
✔ Conquista dos ambientes pelos seres vivos;
✔ Especiação;
✔ Arvore filogenética.
VI Biotecnologia
Metodologia
A Biologia é uma. Quer quando estudam, em seus aspectos mais abrangentes,
os ecossistemas, as populações, os indivíduos ou os seus órgãos, quer quando enfocam
os mecanismos, em seus menores e mais complexos detalhes, em nível celular ou
molecular, o biólogo está sempre voltado à compreensão de um único e mesmo
fenômeno: a vida.
O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes do ensino de Biologia deve
ocorrer de forma integrada, ou seja,sofre a influência do contexto social, histórico e
econômico em que o aluno está inserido.
220
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Nesse sentido, deve se considerar que a pedagogia históricocrítica valorizar o
saber historicamente acumulado pelos homens. Sendo assim o professor deve
contribuir com subsídios para que o aluno construa o seu conhecimento. É importante
conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias primeiras do aluno, como
elementos que também constitui obstáculos á aprendizagem dos conceitos científicos
que levam à compreensão do conceito vida.
Sendo que os conteúdos e temas deverão ser problematizados e o professor a
partir da problematização utilizará o método dialético com aula expositiva, onde o
professor provoca e mobiliza o aluno na busca da construção do conhecimento
necessário para a resolução de problemas. Considerando articulações entre
conhecimentos físicos, químicos e biológicos. Tendo como subsídios:
✔ Aula introdutória, destinada a apresentar temas fornecendo uma visão geral;
✔ Aula expositiva com esquemas no quadro, com a metodologia dialética;
✔ Aulas que socializa a pesquisa: conferência, preleção e comunicação, o
professor exercendo o papel de mediador entre o conhecimento já construído;
✔ Aulas desenvolvidas junto à comunidade, na participação da discussão dos
problemas que envolvem a comunidade;
✔ Projetos interdisciplinares, ou possibilidade de relação interdisciplinar –
relações possíveis com outras disciplinas: (quando uma disciplina oferece subsídio
para uma outra disciplina contribuindo na construção do conhecimento, diálogo entre
as disciplinas);
✔ Leitura e discussões de textos complementares (interpretação de textos
científicos);
✔ Discussão de problemas;
✔ Produção de textos sobre temas específicos, por partes dos alunos;
✔ Pesquisas em: livros, revistas, internet, televisão, jornais etc;
✔ Estudo dirigido e trabalho em grupo, tanto para atividades práticas como
pesquisa;
✔ Aula prática utilizando materiais alternativos, equipamentos construídos
pelos próprios alunos (material alternativo de laboratório) ou equipamentos mais
221
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
sofisticados (de laboratório) – elaboração de relatórios de aulas práticas e
demonstrações;
✔ Filmes com a elaboração de questionamentos para promover a discussão e o
entendimento de tema abordado.
Concepção de avaliação
Para que a avaliação escolar tenha função relevante e significativa na prática
escolar é imprescindível entendêla como instrumento de análise permanente do pro
cesso pedagógico que revela ao professor em que medida os alunos estão ou não se
apropriando dos conteúdos trabalhados.
Desse modo a avaliação terá a tração diagnóstica, possibilitando ao professor
novas ações e ajustes no planejamento, respeitando os limites e as especificidades dos
alunos. Para tanto, é necessário ter pressente que a finalidade da avaliação é ajudar os
educadores a planejar a continuidade de seu trabalho, ajustandoo ao processo educa
cional de seus alunos, buscando oferecerlhes condições de superar obstáculos e de
senvolver o autoconhecimento, a autonomia e jamais qualificálos.
Nesse sentido, fazse necessário que a escola tenha como prioridade os valores
humanos, éticos e os princípios escolhidos pela escola _ respeito, responsabilidade e
cooperação, para nortear a sua caminhada na educação, sempre voltados para a sua
emancipação, construção do sucesso escolar e inclusão como princípio e compromisso
social.
A avaliação deve ser concebida como um instrumento para ajudar o aluno a
aprender e faz parte integrante do trabalho realizado em sala de aula para, a partir
dela, o professor rever os procedimentos que vem utilizando e replanejar o seu traba
lho. Para o aluno ela permite ver os avanços e as dificuldades, tem a tração permanen
te de diagnostico e acompanhamento do processo ensino aprendizagem.
O professor assume um papel de pesquisador que investiga quais os problemas
enfrentados pelos alunos por quê, estudando com cuidado as produções realizadas,
conversando com os alunos sobre estas, considerando as razões que levaram a produ
222
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
zilas de uma determinada maneira e não de outra, ouvindo suas justificativas, detec
tando o nó que emperra o processo.
Só assim a avaliação é um instrumento de aprendizagem quando o professor
utiliza as informações conseguidas para planejar suas intervenções, propondo procedi
mentos que levem os alunos a atingir novos patamares e conhecimento.
Ao avaliar cada produção do aluno, o professor faz uma comparação: compara
o que o aluno fez ou faz com o que ele esperava que ele fizesse, soubesse, ousasse...
ou seja, em qualquer situação de avaliação, todos temos em mente um ou mais parâ
metros que servem de medida para apreciar o que está sendo avaliado.
A avaliação acontece vinculada às atividades do diaadia da sala de aula, possi
bilitando a reflexão contínua sobre o processo de aprendizagem. Porém, são necessá
rios também momentos específicos, previstos em calendário, para fazer um balanço
geral do trabalho, uma síntese do desempenho dos alunos e do professor. Após esse
balanço, percebe se que enfrentou dificuldades, mas também fez muitas conquistas e
isso deve ser registrado como um fator relevante pois leva o aluno e o professor a per
ceberem a evolução e a melhorar sua autoestima.
Devemos salientar que a avaliação deve ser realizada com sensibilidade e inteli
gência. O educador deve ter a consciência da própria visão do mundo, da sua ideolo
gia, dos sentimentos e hábitos _ não para eliminálos ou impedir que interfiram no seu
julgamento mas, para, conhecendoos melhor, controlar a sua influência.
Não podemos esquecer também a função social da escola que é a de resignificar
conceitos e ajudar o aluno a adquirir informações e não a ser um mero acumulador de
dados, ajudandoo a desenvolver sua autonomia, enfim, a formar cidadãos que exer
çam seus direitos e deveres.
Critérios e Instrumentos de Avaliação
A avaliação é um elemento integrante e regulador das práticas pedagógicas,
mas assume também uma função de certificação das aprendizagens realizadas e das
competências desenvolvidas.
223
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O domínio das Competências/Procedimentos, constantes nos programas e
planificações, terá como instrumentos de avaliação: testes formativos e somativos,
relatórios, trabalhos e outros considerados pertinentes, produzidos pelos alunos
individualmente ou em grupo.
No domínio da Comunicação/Comportamentos serão tidos em conta os
seguintes parâmetros:
13.Participação oportuna – intervenção frequente e pertinente; colocação
de dúvidas e opiniões;
14.Empenho – envolvimento na concretização das tarefas propostas pelo
professor e pelos colegas do grupo de trabalho em que se integre;
15.Realização dos trabalhos para casa ;
Embora a avaliação seja intimamente relacionada aos objetivos visados, o nível
de alcance desses objetivos nem sempre se realiza plenamente para todos os alunos.
Sendo assim, o aluno não atingindo o conhecimento é necessário reforçar em forma
de revisão cada tópico, que seja de real significado para os alunos e propondo novas
avaliações.
A recuperação deve ser considerada como uma etapa em que o diagnóstico
possibilita a revisão e reelaboração de conhecimentos não apreendidos, sendo
possível, revisar, reforçar ou reorganizar esses conhecimentos.
Pesquisa de assuntos e debates sobre os temas onde o professor mediador
verificou maior dificuldade por parte de alunos.
224
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC,
2004.
CHASSOT, A. A Ciência através do tempo. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
KRASIKCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. 2006.
DE ROBERTIS, E.D.P., DE ROBERTIS JR., E. M. F. Bases da Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.
225
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Educação Física
Apresentação da disciplina
A educação física é a área do conhecimento que introduz e integra os alunos na
cultura corporal do movimento, com finalidade de manutenção e melhoria da saúde,
lazer, expressão de sentimento, afetos emoções, evitando favorecer alunos que já
tenham aptidões, adotando como eixo estrutural da ação pedagógica o princípio da
inclusão, apontando para perspectivas metodológicas de ensino aprendizagem, que
busquem o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da
afirmação de valores e princípios democráticos.
Nesse sentido, garante a todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes,
danças, lutas e ginásticas em benefício da saúde e do lazer, proporcionando o
exercício crítico da cidadania e o bem estar físico, social e mental, garantindo
integralmente a saúde do indivíduo. Atualmente, quando falamos sobre a Educação
Física escolar sempre há algum fator que reforça a sua importância como um processo
permanente de desenvolvimento humano e de qualidade de vida. Reconhecese
também que ela é uma disciplina capaz de influir direta e favoravelmente na formação
integral do individuo.
Com o objetivo de educar, aprimorar e melhorar os movimentos, bem como
desenvolver a inteligência e personalidade. Tornase, portanto, importante o seu
conhecimento como saber escolar, pois contribui para a formação e transformação do
estudante nos aspectos acima mencionados.
Objetivos Gerais
✔ Participar das atividades corporais, estabelecendo relações construtivas com
os outros, reconhecendo e respeitando características físicas, o desempenho de si
mesmo e dos outros sem discriminar por fatores pessoais, físico, sexuais ou sociais.
✔ Transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando
226
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
formas já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das diversas praticas e
manifestações corporais.
✔ Priorizar a construção do conhecimento sistematizado como oportunidade
impar de reelaboração de ideias e praticas que por meio de ações pedagógicas
intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos produtivos
pela humanidade e suas implicações pela vida.
✔ Ampliar a visão biológica, democratizando, humanizando, problematizando e
diversificando a pratica pedagógica para as dimensões afetivas, cognitivas,
socioculturais e interdisciplinares. Incorporando de forma organizada os conteúdos
estruturantes onde são incluídas: a ginástica, esporte, jogos, danças, lutas, que
interagem com os elementos articuladores como a desportivização, mídia, saúde,
corpo, tática e técnica, o lazer e a adversidade.
Conteúdos Estruturantes
Jogos e brincadeiras – ginástica – dança esporte e lutas
Conteúdos Específicos
✔ Jogos Populares;
✔ Jogos Cooperativos;
✔ Alongamento;
✔ Caminhada;
✔ Manifestações Ginásticas;
✔ Conceitos e características dos diferentes tipos de ginásticas;
✔ Aprimoramento técnico e tático das modalidades esportivas;
✔ danças atuais (Street dance, dança de rua, axé, funk, sertanejas, hip hop,
reagge, samba, discoteca, music dance);
✔ Reflexão e discussão em relação à banalização do corpo e empobrecimentos
das letras das musicas vulgarizando e tratando o corpo enquanto mercadoria;
227
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Capoeira (lutas) conceitos e características;
✔ Valores étnico raciais: Valorização do corpo e respeito as individualidades
étnicoraciais, de gênero e de pessoas com necessidades especiais (inclusão);
✔ Qualidade de vida (alimentação saudável, controle do estresse, ansiedade,
atividade física, relacionamentos saudáveis, satisfação no trabalho e segurança);
Metodologia
A Educação Física terá como eixo não a educação física tradicional, renovada,
mas uma educação física com abordagem histórica e crítica, valorizando a ação
pedagógica enquanto inserida na prática social concreta, entendido como escola como
mediação entre o indivíduo e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão
dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto, e com articulação
do saber criticamente reelaborado não bastando que os conteúdos sejam apenas
inseridos, ainda que bem ensinados; é preciso que se liguem, de forma indissociável,
‘a sua significação humana e social, introduzindo, portanto a possibilidade de uma
reavaliação critica frente a esses conteúdos.
O conhecimento, nessa forma de pensar educação física, é a reflexão, a critica e
a reconstrução sobre a cultura corporal. Os alunos aprendem a praticar e refletir sobre
os jogos, as danças, as ginásticas, as lutas, as acrobacias, as mímicas, e outras
manifestações que compõem a cultura corporal.
Podemos dizer que o objeto de estudo da educação física, nessa perspectiva é a
cultura corporal como linguagem e como saber histórico. Essa cultura corporal no
ambiente escolar pode ser expressa enquanto elementos articulantes e conteúdos
estruturantes. Os conteúdos técnicos serão trabalhados a partir do entendimento da
técnica enquanto um meio que permite ao homem vivenciar e se apropriar de uma
dada pratica.
Também, enquanto um conhecimento específico, socialmente produzido e
historicamente sistematizado pela humanidade. Por isso, um conhecimento a que os
seres humanos têm o direito a ter acesso. Mediar à técnica dos elementos da cultura
228
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
corporal significa permitir que os alunos se apropriem de um conhecimento necessário
a sua participação ativa e leitura critica do mesmo.
Essa visão se contrapõe àquela da técnica como um meio que permite ao atleta
atingir seu rendimento máximo no gesto motor, em um fundamento. O motivo da
técnica, na visão do trabalho desenvolvido e aqui relatado, se desloca do resultado
esportivo, da busca desmedida da vitória, para a apreensão da expressão corporal
como forma de linguagem, para a compreensão das relações humanas.
Os conteúdos específicos de educação física são abordados por intermédio dos
elementos articuladores, visando um maior aprofundamento (com grau de
complexidade superior a serie anterior) e diálogo com as diferentes expressões do
corpo.
Para analise critica dos alunos será proposto o estudo dos elementos
articuladores: mídia, desportização, saúde (aspectos individuais e sociais), corpo e
sociedade, lazer, diversidade, tática e técnica, inovações tecnológica se o mundo do
trabalho, legislações relativas à educação, educação física, esporte e lazer,
acontecimentos atuais (mundiais, nacionais e locais).
Avaliação
Para a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento de forma participativa e
consciente, será utilizada avaliação diagnóstica, que alem de ser continua é no
processo que ela tem a característica de retomada dos conteúdos, usando o avanço e o
crescimento do aluno que será de forma global durante todas as aulas através dos
critérios: interesse, participação, organização para o trabalho cooperativo, respeito aos
materiais, colegas e professores, disciplina, conhecimento, integridade, socialização
onde ampliara a compreensão dos alunos para alcançar responsabilidade na trajetória
a ser percorrida.
229
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
BREGOLATO, Roseli A. Textos de Educação Física para a Sala de Aula. 2ª ed., Cascavel, ASSOESTE, 1994.
Diretrizes Curriculares do Paraná. Educação Física/Secretaria de Estado da Educação. Curitiba: Governo do Estado do Paraná. 2007.
GONÇALVES, Maria C. et al. Aprendendo a Educação Física da Pré Escola até a 8ª série do 1º grau. Curitiba, Bolsa Nacional do Livro, 1996.
MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo. E “Mente”. Campinas, Papirus, 1985.
MONTE, José J. O. Promoção da Qualidade de Vida. Curitiba, Editora Letras, 1997.
TEIXEIRA, Hudson V. Educação Física e Desportos. São Paulo, Saraiva, 2ª ed. 1996.
SILVA, João Bosco. Educação Física: Aprender a aprender fazendo. Londrina, Lido editora, 1995.
230
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Filosofia
DIMENSÕES HISTÓRICAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL
No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o
ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum documento
publicado em 1599, que segundo Ribeiro (1978) objetivava a organização e o
planejamento do ensino dos jesuítas, com base em elementos da cultura européia,
ignorando a realidade, as necessidades e interesses do índio, do negro e do colono.
Tais estudos (...) se compunham de quatro séries de gramática (assegurar a expressão
clara e exata), uma de humanidades (assegurar expressão rica e elegante) e uma de
retórica (assegurar expressão poderosa e convincente). A escola de ler e escrever
existia excepcionalmente nos colégios como ocasião para que alguns alunos fossem
introduzidos nessas técnicas indispensáveis ao acompanhamento no curso de
humanidades (RIBEIRO, 1978, p. 09). Nessa perspectiva, a educação em geral e,
consequentemente a Filosofia, eram entendidas como instrumentos de formação
moral e intelectual sob os cânones da Igreja Católica, dos interesses das elites
coloniais e do poder cartorial local.
Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos
currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. Essa presença não
significou, porém, um movimento de crítica à configuração social e política brasileira,
que oscilou entre a democracia formal, o populismo e a ditadura. A partir de um dos
documentos educacionais mais importantes de então – o Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova de 1932 –, que pretendia reconstruir a educação no Brasil, percebese
que os currículos escolares sofreram uma queda significativa da participação das
humanidades. A nova política educacional da era Vargas, especialmente após a
constituição de 1937, previa o desenvolvimento da educação técnica profissional, de
nível secundário e superior, como base da economia nacional, com a necessária
variedade de tipos de escola. Esse padrão predominou até 1961.
A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a
Lei n. 5.692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
do Segundo Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e
ideológicos do período.
A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de
redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia ao
Ensino Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreram em vários estados do
Brasil. Na Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram
um movimento que contava com articulações políticas e organização de eventos na
defesa da retomada do espaço da Filosofia, em contestação à educação tecnicista,
oficializada pela Lei n. 5.692/71.
Somente em 1994, por iniciativa do Departamento de Ensino Médio,
(denominado à época Departamento de Ensino de Segundo Grau), e dos professores
da rede pública, iniciaramse discussões e estudos voltados para elaborar uma
proposta curricular para a disciplina de Filosofia no Ensino Médio, que resultaram na
Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo Grau.
Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia para o
Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser aplicada nas escolas do
Estado do Paraná. A partir desse momento, uma opção neoliberal passou a orientar a
reestruturação do sistema público de ensino.
A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a
ser discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais fosse a de manter
a Filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do currículo. Essa posição
está expressa no veto de 2001 do então presidente Fernando Henrique Cardoso ao
projeto de lei que propunha o retorno da Filosofia e da Sociologia como disciplinas
obrigatórias no Ensino Médio.
O veto apoiavase em três argumentos constantemente identificáveis no
discurso contrário à Filosofia como disciplina obrigatória:
precariedade na formação de professores;
elevação dos gastos dos Estados com a contratação de professores;
redução da Filosofia a um discurso puramente pedagógico, o que
descaracterizaria suas peculiaridades.
232
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Ao examinar mais atentamente tais argumentos, observase que nem sempre
eles procedem. Por exemplo, os dados do concurso para professores de Filosofia
promovido em 2004 pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná demonstram
que o número de inscritos foi muito superior ao número de vagas disponíveis;
portanto, o número de profissionais formados em Filosofia é significativo. Existe no
Estado do Paraná um número expressivo e crescente de cursos de graduação de
Filosofia, formando profissionais habilitados à docência.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava
que, ao final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de
Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. O caráter transversal
dos conteúdos filosóficos aparecia com clareza nos documentos o cumprindo a
exigência da Lei quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, mas,
sem a exigência da introdução efetiva da disciplina na matriz curricular das escolas de
Ensino Médio.
Na perspectiva da transversalidade, presente na LDB, a Filosofia perdia seu
estatuto de disciplina e era reduzida a uma ferramenta virtual, útil ao exercício de
uma cidadania com baixa exigência de participação. Se antes ela tinha estatuto de
disciplina, mas era vista como complementar e não tinha espaço nos currículos
escolares – notadamente tecnicistas –, agora seus conhecimentos são reconhecidos
como necessários ao exercício da cidadania. Porém, com a manutenção da condição
de conhecimento meramente transversal, ela perdia seu estatuto de disciplina escolar,
ficando sem espaço na matriz curricular.
A Resolução n. 03/98 do Conselho Nacional de Educação apresentava de forma
equivocada a Filosofia na transversalidade do currículo, porque omitia seu caráter
historicamente disciplinar. Tal posição foi revista nas Orientações Curriculares do
Ensino Médio MEC (2004), que analisa os Parâmetros Curriculares Nacionais de
Filosofia do Ensino Médio. Esse documento teve a colaboração da Associação Nacional
de PósGraduação em Filosofia (Anpof), a pedido do Departamento de Políticas do
Ensino Médio do Ministério da Educação: [...] a legislação parece prestigiar a Filosofia
concedendolhe até alguma centralidade. Como sabemos, essa aparência é
233
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
enganadora. A tese da centralidade traduziuse na não integração obrigatória e
especificidades de conteúdos [...] (BRASIL, 2004, p. 375).
A não indicação da obrigatoriedade da disciplina e dos conteúdos que
tradicionalmente constituem seu estudo, pelos Parâmetros Curriculares Nacionais,
deixou inócua qualquer discussão curricular sobre o ensino de Filosofia. Esse foi o
consenso dos professores de Filosofia de todo o país, convocados em 2004 pelo MEC
para discutir em cinco seminários regionais e um seminário nacional os Parâmetros
Curriculares Nacionais do Ensino Médio. O coletivo de professores sugeriu diversas
mudanças na legislação, que foram acatadas pelo MEC e enviadas ao Conselho
Nacional de Educação, em fins de 2005, com o objetivo de subsidiar discussões sobre
a alteração da Resolução n. 03/98:
O tratamento disciplinar da Filosofia no Ensino Médio é condição elementar e
prévia para que ela possa intervir com sucesso também em projetos transversais e,
nesse nível de ensino, juntamente com as outras disciplinas, possa contribuir para o
pleno desenvolvimento do educando, tanto em seu preparo para o exercício da
cidadania como em sua qualificação para o trabalho, como reza a LDB. Sendo assim, a
necessidade da Filosofia no Ensino Médio é evidente, devendo ser doravante
contemplada pelo requisito de obrigatoriedade, com a concomitante e contínua
atenção dos responsáveis pelo ensino às condições materiais e acadêmicas, de modo
que a disciplina, com profissionais formados em Filosofia seja ministrada de maneira
competente, enriquecedora e mesmo prazerosa (BRASIL, 2006, p.15).
A proposta de mudança da Resolução CNE/CEB n. 03/98, no seu artigo 10o,
§2o, enviada ao CNE, foi discutida em fevereiro e junho de 2006, sendo aprovada
por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação em julho do mesmo ano. Em
agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia
disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação
pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.
No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, em julho de 2006, tornando
a Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.
O cumprimento da exigência intrínseca a qualquer disciplina de figurar na
234
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
matriz curricular faz surgir uma série de questões e problemas a serem discutidos. Daí
que, da década de 1980 até hoje, os professores de filosofia vêm manifestando uma
preocupação com o conteúdo e a metodologia, em outras palavras, a necessidade de
pensar a relação entre os textos filosóficos e a experiência filosófica no ensino médio.
Segundo Gallo (2000), observase hoje no Brasil um movimento de pensar
filosoficamente o ensino de Filosofia, no qual os filósofos têm tomado para si a
responsabilidade de pensar a prática docente nos vários níveis.
Em meio a esse movimento, está a construção destas Diretrizes para o ensino
de Filosofia. Para tanto, fazse necessário revisitar a história do ensino de Filosofia no
Brasil e no Paraná. Nesse processo identificamse as filosofias ensinadas, com seus
recortes distintos de conteúdos, em cada momento histórico: por um lado, as filosofias
que muitas vezes eram legitimadas, ou até mesmo coniventes com a sociedade em que
estavam inseridas e, por outro lado, as filosofias que se dispunham a questionar,
criticar, opor resistência e, portanto, propor mudanças.
No Brasil, em linhas gerais, quando tomamos contato com a história da
disciplina de Filosofia, percebemos um movimento de afirmação e busca do seu
espaço, com a necessidade de justificarse perante as demais disciplinas diante da
insistente, porém pertinente pergunta: para que Filosofia?
Entendendo, assim, que existem concepções filosóficas diversas, cabe a cada
professor o desafio constante de definir para si mesmo o lugar de onde pensa e fala.
Para resolver esse problema sugerese o seguinte procedimento: definir o local onde o
ensino se realiza e a qual sujeitos ele se dirige. Isso permitirá pensar qual Filosofia
será ensinada.
Identificase o local onde se pensa e fala a partir do resgate histórico da
disciplina e da militância por sua inclusão e permanência na escola. Ensinar Filosofia
no Ensino Médio, no Paraná, no Brasil, na América Latina, não é o mesmo que ensiná
la em outro lugar. Isso exige do professor claro posicionamento em relação aos
sujeitos desse ensino e das questões históricas atuais que lhes são colocadas como
cidadãos de um país. Nesse sentido, é preciso levar em conta as contradições próprias
da nossa sociedade que é, ao mesmo tempo, capitalista e dependente, rica e
235
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
explorada, consciente e alienada.
A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem
compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma
contradição insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a
Filosofia desenvolve as potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação
e crítica; qualidades de sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate
a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas
questões, para repensar, imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da
emancipação humana, do pensamento e da ação, livres de qualquer forma de
dominação. Não se pode deixar de observar que tais características desautorizam
qualquer aproximação entre a Filosofia e certas perspectivas messiânicas ou salvíficas,
por mais sedutoras que possam parecer.
OBJETIVOS
Provocar a reflexão filosófica, inerente a todo ser humano, sabendo que todos
de certa forma somos filósofos, na medida em que nos propomos questões de natureza
filosófica.
Desvendar os mistérios e histórias da nossa existência, compreender o porquê
e a razão fundamental para tudo o que existe.
Despertar um senso crítico para que possamos ter uma visão de conjunto dos
fatos da vida e dos extremos da natureza humana.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1ª Série
Mito e Filosofia;
Teoria do Conhecimento.
2ª Série
Ética
236
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Filosofia Política
3ª Série
Filosofia e Ciência;
Estética.
METODOLOGIA
Essa disciplina deve favorecer a reflexão, a análise e a investigação, de modo a
exercitar as habilidades de raciocínio, através do dialogo e da pesquisa, suscitando o
questionamento, a argumentação e a construção de novos conhecimentos.
É necessário que o educador estimule os educandos na busca de leis e
estruturas presentes nos vários discursos por eles elaborados através de leituras,
pesquisas, críticas, debates, reflexões e sistematizações de assuntos relacionados ao
cotidiano dos mesmos.
O ensino de filosofia pressupõe a atividade de leitura, produção de textos e
debates para que o diálogo direcione a aula. O professor também pode fazer uso de
outros recursos, tais como: filmes jornais, gibis, revistas, música e gravuras, sem
perder a essência filosófica.
A disciplina de filosofia deve proporcionar o desenvolvimento do raciocínio
lógico e coerente, trabalhando os conteúdos sempre associados à realidade, com isso
desenvolvese a ética nas relações dos indivíduos principalmente no que concerne ao
exercício de sua cidadania.
O respeito à individualidade e à diversidade de culturas assim como os níveis
de desenvolvimento intelectual dos alunos serão a base do desenvolvimento de
técnicas de raciocínio e argumentação, de questionamento e problematização.
Como dizia G. Lebrum, “os alunos através da leitura e reflexão de textos,
conceitos e doutrinas, aprendem a marcar de todas as palavras, educandose para a
inteligibilidade, pois onde os ingênuos só vem os fatos diversos, acontecimentos
amontoados, a filosofia permite discernir uma significação, uma estrutura.”
237
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
AVALIAÇÃO
Como a disciplina de filosofia possui características próprias baseadas na
análise de reflexão, problematização e sistematização de conceitos, a avaliação será
realizada através de atividades práticas e escritas, apresentações orais, discussões,
debates, leituras e pesquisas, onde serão considerados a criatividade, interesse,
desempenho, capacidade de argumentação, de análise crítica e domínio de conceitos.
Ao avaliar o professor deve respeitar as posições dos educandos mesmo não
concordando com elas. O importante é o exercício filosófico e os limites do educando.
Na avaliação, o educando deve demonstrar entendimento sobre o pensamento
filosófico no processo histórico assim como deve se posicionar como sujeito ativo do
processo para a construção de uma sociedade melhor.
238
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia – SEED – Estado do Paraná
2008
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda Aranha e MARTINS, Maria H. pires. Filosofando. Ed. Moderna, 1993.
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, nº 64.
A filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004.
CHAUAÍ, M. Convite à filosofia. 13 edição. São Paulo. Ática. 2003.
CORDI, Cassiano et al. Para filosofar. Ed. Scipione 2003.
GALLO, S; KOHAN, W.O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
HOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In: FÁVERO.
A A; KOHANN, W.O; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Juí: editora da UNUJUÍ, 2002.
ANTOLOGIA DE TEXTOS FILOSÓFICOS – Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 1996.”
BUZZI,Arcangêlo R.. Introdução ao Pensar. Ed. Vozes, Petrópolis 1972
239
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Física
Apresentação da disciplina
A física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua complexidade e
por isso a disciplina propõe o estudo da natureza, através de modelos de elaborações
humanas. A compreensão dessa ciência nos habilita a explicar diversos assuntos que
instigam a nossa curiosidade de compreensão do mundo e mesmo de fenômenos que
nos passam desapercebidos. É também elemento crucial para a compreensão da
tecnologia que cada vez mais se faz presente no diaadia do cidadão.
Dessa forma, cresce a importância do ensino da física dentro do ensino médio
no sentido de prover aos estudantes condições que lhes permitam não só contemplar a
beleza do mundo que nos cerca, mas como também compreender que a ciência é
resultado da construção humana e em razão disso, não é uma ciência acabada, ou
seja, está em constante modificação podendo essa ser falível.
O paradigma Newtoncartesiano há décadas subjulga as ciências e o seu ensino,
levando a humanidade a um desenvolvimento tecnológico que avança em progressão
geométrica. No entanto, Hiroshima e Nagasaki mostram que a física também pode ser
usada para o mal e para a destruição, assim a humanidade começa a perceber que o
progresso sem ética pode levar a sua própria destruição.
Cabe, então a física como disciplina, contribuir para a formação de sujeitos,
porém através de conteúdos que dêem conta do entendimento do objeto de estudo da
física, ou seja, a compreensão do universo, a sua evolução, suas transformações e as
interações que nele se apresentam. A disciplina deve ainda levar o aluno a perceber
que a atividade científica não é uma produção de alguns “gênios”, mas sim uma
atividade humana com acertos, virtudes, falhas e limitações e acessível a qualquer
pessoa.
240
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos estruturantes
1º Ano
✔ Movimento:
• Momento e inércia;
• Conservação da quantidade de movimento;
• Segunda lei de Newton;
• Terceira lei de Newton e condições de equilíbrio;
• Energia e Princípio da Conservação da energia;
• Gravitação.
2º Ano
✔ Termodinâmica:
• Leis da termodinâmica: Lei zero, 1º lei e 2º lei.
✔ Eletromagnetismo:
• A natureza da luz e suas propriedades.
3º Ano
✔ Eletromagnetismo:
• Carga elétrica;
• Corrente elétrica;
• Campo e ondas eletromagnéticas;
• Força eletromagnética;
• Equações de Maxwell: Lei de guss para eletrostática/Lei de Coulumb, lei
de Ampère, Lei de Gauss magnética, lei de Faraday.
Metodologia
Devese partir do conhecimento prévio do aluno, não deixando de lado a
localização e importância histórica de cada conteúdo trabalhado. Por isso será
241
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
realizada a exposição interrogada a todo momento, de forma a estimular os alunos a
refletirem sobre o objeto de estudo sempre buscando transformar informação em
conhecimento científico e conhecimento em experiência.
No entanto, como nos deparamos com alunos de diferentes costumes,
tradições, preconceitos e ideias, é importante oferecer uma diversidade de métodos de
encaminhamento de conteúdos entre eles: atividades que relacionem teoria e
realidade, trabalho de pesquisa, sempre que possível aulas experimentais, resolução
de exercícios individuais e em grupo, de modo a promover o debate de idéias
almejando que se alcance uma educação participativa.
Avaliação
A avaliação não pode ser encarada como mero instrumento de medida da
quantidade de conhecimento absorvido pelo aprendiz, e sim ter como objetivo
fundamental fornecer informações não só ao aluno sobre se desempenho, mas
também, ao professor sobre sua prática pedagógica. Nesse sentido a avaliação deve ter
um caráter diversificado e contínuo, levandose em consideração alguns aspectos, tais
como: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto seja
ele literário ou científico, emitindo opinião sobre o mesmo com base científica; a
capacidade de elaborar relatórios sobre um experimento ou qualquer outro evento
que envolva a física.
Dessa forma a avaliação será diagnóstica e contínua, podendo esta ser escrita
ou meramente pelas anotações do professor em função das suas observações no
decorrer de um debate em sala de aula ou ainda pelo desempenho do aluno em
realizar trabalhos individuais ou em grupo e finalizando poderão ocorrer avaliações
escritas. Com base em todos esses elementos será possível identificar os progressos e
as dificuldades dos alunos, levandoos a buscar caminhos para solucionalas e também
propiciando ao professor informações que lhe permita modificar sua prática
pedagógica, afinal avaliar só faz sentido quando esta for utilizada para intervir no
processo de aprendizagem do estudante, visando o seu crescimento.
242
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
Física – edição compacta: Paraná – série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2003.
GONÇALVES, A. F.; TOSCANO, C. Física para o Ensino Médio: Volume Único. São Paulo: Scipione, 2005.
GASPAR, A Volumes 1, 2 e 3. São Paulo: Ática, 2000.
Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. 2006.
243
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Geografia
Apresentação da Disciplina
As relações entre a sociedade e a natureza sempre permearam os estudos
geográficos, pois a compreensão desses fenômenos eram e são essenciais para garantir
a sobrevivência humana. O espaço pode ser entendido como um produto social em
permanente transformação.
Nos primórdios da sociedade, o homem apenas descrevia os fenômenos
naturais, as informações sobre a localização e as características físicas das regiões
conquistadas. Tais conhecimentos eram fundamentais para se organizarem
politicamente e economicamente.
Diante da necessidade de ampliar o seu domínio, o homem passou a buscar
explicações para os fenômenos naturais, mapear todas as áreas conquistadas, surgindo
desta forma, os primeiros registros geográficos e cartográficos. Somente no século XIX
é que os conhecimentos geográficos passaram a ser sistematizado. Neste período,
surgiram as sociedades geográficos que através de expedições buscavam conhecer
novas áreas continentais. Os conhecimentos eram utilizados pelas classes dominantes
para conquistar novas possessões territoriais.
No Brasil, a institucionalização da geografia se consolidou a partir de 1930, era
uma geografia descritiva, decorativa, conhecida como geografia tradicional. As
transformações políticas, econômicas e sociais após a Segunda Guerra Mundial,
interferiram no pensamento geográfico sobre diversos aspectos. Essas transformações
se intensificaram no decorrer do século XX, promovendo a reformulação do ensino da
geografia e nas novas abordagens para os campos de estudo desta ciência. No Brasil, o
percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60, que levaram
as modificações do ensino da Geografia.
Com o fim do militarismo no Brasil, na década de 80, a renovação do
pensamento geográfico fortaleceu e as discussões teóricas centraramse em torno da
Geografia Crítica.
244
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Essa nova concepção geográfica propôs uma análise social, política e econômica
sobre o espaço geográfico trazendo para as discussões geográficas, assuntos ligados: à
degradação da natureza, intensa exploração dos recursos naturais, as desigualdades
sociais e injustiças da produção e organização do espaço, bem como, as questões
culturais, políticas e econômicas mundiais, com o objetivo de desenvolver no
educando uma visão crítica do mundo que o cerca.
Objetivos
Para se tornar cidadão é necessário conhecer o meio em que se vive, e portanto
fazse necessário estudar o espaço geográfico.
Nesta perspectiva, os principais objetivos da disciplina são:
✔ Conhecer o funcionamento da natureza e suas múltiplas relações na
formação do espaço geográfico, analisando o papel da sociedade na construção desse
espaço geográfico;
✔ Avaliar as ações da sociedade e suas consequências ao longo do tempo de
modo a construir uma participação ativa nas questões socioambiental locais;
✔ Compreender os fenômenos geográficos suas dinâmicas e interações no
tempo e espaço;
✔ Compreender que as desigualdades sociais, os direitos políticos, os avanços
técnicos e tecnológicos são decorrentes de conflitos e acordos, porém não são
usufruídos por todos os seres humanos, sendo necessário democratizálos;
✔ Utilizar meios de pesquisa da geografia para conhecer o espaço geográfico;
✔ Interpretar, analisar, relacionar informações sobre o espaço geográfico e
diferentes paisagens através da leitura de imagens, dados e documentos de diferentes
fontes de informações;
✔ Utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e interpretar os
fenômenos geográficos;
✔ Respeitar as diferenças sociais e culturais, reconhecendo o direito dos povos e
indivíduos.
245
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos
1° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURAL CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão políticado espaço geográfico;
Dimensão cultural doespaço geográfico;
Dimensão socioambientaldo espaço geográfico.
A formação e a transformação das paisagens• Os conceitos geográficos fundamentais;• Localização e orientação;• Movimento da Terra e fusos horários.A dinâmica da natureza e as transformações geradas pela ação antrópica
Estrutura geológica Estrutura da Terra Tectônica de palcas Rochas O relevo As estruturas e as formas do relevo Os agentes internos e externos5) O clima2) Fatores e elementos do clima3) Circulação atmosférica4) Fenômenos climáticos5) Tipos climáticos • Biomas• Solos• Hidrografia
Formação, localização, exploração dos recursos naturais• Os recursos naturais, tipos e formas de
ocorrência• As fontes de energia• Os impactos ambientais gerados pela
exploração e pelo uso dos recursos naturais
246
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURAL CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
As bases físicas do Brasil• Estrutura geológica e as formas do relevo
(classificação do relevo)• Circulação atmosférica e os climas do Brasil.• As bacias hidrográficas• Os biomas• Os domínios morfoclimáticosFormação, localização, exploração dos recursos naturais• Recursos naturais – tipos, formas de ocorrência e
aplicações• Impactos ambientais decorrentes da exploração e
do uso dos recursos naturais.Industrialização e organização do espaço
• Indústria e industrialização no Brasil• Distribuição espacial das indústrias• Matriz energéticaA dinâmica do espaço rural• Colonização e estrutura fundiária• Relações de trabalho no campo• Reforma agrária e conflitos rurais• Transformação tecnológicas no campo• Sistemas de produção• Cooperativas e agroindústrias• Fronteiras agrícolas• Impactos ambientais no espaço ruralAs relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista• Urbanização brasileira• Hierarquia das cidades e rede urbana• Exodo rural• Problemas sociambientais urbanosO espaço em rede• Produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial brasileira• A circulação de maão de obra, do capital, das
mercadoria e das informaçõesA evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos• Composição étnica da população
247
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Dinâmica populacional: taxas de natalidade, mortalidade geral e infantil, densidade demográfica, pirâmides etárias, população econômica ativa e inativa, IDH
• Os movimentos migratórios e suas motivaçõesAs manifestações socioespaciais da diversidade culturalRegionalização do Brasil• Critérios adotados de regionalização• As divisões regionais• A realidade local e paranaense no contexto geral
do Brasil.
248
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURAL CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
A revolução técnicocientíficoinformacional e os novos arranjos no espaço da produção• Revolução industrial• Revolução tecnocientífica e informacional.O espaço em redeProdução, transporte e comunicação na atual configuração territorial.Circulação de mãodeobra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
b) Geopolítica da globalização.A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recenteMegacidadesCidades globaisA formação das cidadesOs tecnopólos.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos
• Teorias demográficas.• Dinâmica da população mundial –
indicadores estatísticos.• Os movimentos migratórios e suas
motivações.As manifestações sociespaciais da diversidade culturalO comércio e as implicações sociespaciaisAs diversas regionalizações do espaço geográfico
• A regionalização mundial: NorteSul, DIT (divisão internacional do trabalho).
As implicações sociespaciais do processo de mundialização
• Desigualdades socieconômicas.A nova ordem mundial, os territórios supracionais e o papel do Estado
Blocos econômicos Globalização e mundialização
249
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Metodologia
Os conteúdos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica interligando
a teoria, a prática e a realidade. Fazse necessário que os conteúdos estruturantes
estejam inter–relacionados, garantindo uma totalidade de abordagem dos
conhecimentos específicos.
O ensino da Geografia tem buscado práticas pedagógicas que permitem
apresentar aos alunos diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes
momentos da escolaridade de modo que possam construir compreensões novas e mais
complexas a seu respeito. Esperase que eles desenvolvam a capacidade de identificar
e refletir sobre diferentes aspectos da realidade compreendendo a relação
sociedade/natureza.
Essas práticas envolvem procedimentos de problematização, observação,
registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais,
culturais ou naturais que compõe a paisagem e o espaço geográfico, na busca e
formação de hipóteses e explicações da relação permanência e transformações que ai
se encontram em interação.
O estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma conjunta, pois
constituem a base material ou física sobre a qual o espaço geográfico é constituído.
A realização do trabalho escolar deve ser essencialmente formativa, buscando a
mudança qualitativa da situação, preservando o trabalho com a informação. Nesses
trabalhos devese considerar que as informações recolhidas possam ser analisadas
através de comparações com os conhecimentos acumulados abrindo espaço para a
interdisciplinaridade.
Avaliação
A avaliação está inserida dentro do processo de ensinoaprendizagem. Diante
disso, devese evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de
comunicação dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, porém
250
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
não podemos abandonar totalmente está prática, pois o nosso aluno encontrará esse
tipo de situação na sociedade capitalista na qual está inserido.
Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os
conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias
espaçotempo, a relações de poder, contemplando a escala local e global e viceversa.
Que essa avaliação seja diagnóstica e contínua e que contemple diferentes práticas
pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos,
leitura e interpretações de fotos, imagens, tabelas, mapas, gráficos, relatórios de
experiências práticas de aulas de campo, construção de maquetes, produção de mapas
mentais, apresentação de seminários, pesquisas bibliográficas.
Por tudo que foi exposto, destacase ainda que a proposta avaliativa deve estar
bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em cada
atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um processo nãolinear de
construções e reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que
acontece entre os sujeitos do processo professor/aluno.
Os critérios de avaliação, será através de: trabalhos diversos no valor de 4,0 e
provas escritas no valor de 6,0, podendo ser duas no valor de 3,0 por trimestre. A
Recuperação Paralela além dos conteúdos será no valor de 10,0.
251
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia. Estado do Paraná, 2006.
MARINA, Lúcia; RIGOLIN, Tércio. Geografia Novo Ensino Médio. Ed. Ática, 2006.
Geografia Ensino Médio, Livro Didático Público. governo do Paraná, 2006.
ADAS, Melhen. Geografia. vol I, II, III, IV. Ed. Moderna. 2006.
VESENTINI, José W. Geografia. Série Brasil. Ensino Médio. Ed. Ática. 2003.
252
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
História
Apresentação da disciplina
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações
e às relações humanas praticadas no tempo e no espaço, bem como, os sentidos que os
sujeitos deram às mesmas tendo ou não consciência dessas ações. Sendo assim, tem
como finalidade expressar o processo de produção do conhecimento humano sob a
forma da consciência histórica dos sujeitos interpretando o modo de agir e pensar dos
mesmos e compreendendo através da investigação, a provisoriedade deste
conhecimento ou sua validade historiograficamente.
Neste sentido, a disciplina propõese ao estudo do conhecimento socialmente
produzido no tempo, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes de seu
papel na sociedade enquanto sujeitos históricos. Bem como, entender as relações
humanas do processo histórico, por meio do estudo de relações culturais, de trabalho
e de poder presentes em diferentes sociedades.
O conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de
investigação, construídas a partir da experiência dos sujeitos. Algumas correntes
teóricas tornaramse importantes para compreendermos melhor os processos e
fenômenos da História. A concepção intitulada Nova Esquerda Inglesa figura como
apropriada para nortear esta proposta pedagógica. A mesma tem buscado superar a
visão mecânica e reducionista que prescrevia uma História Tradicional, de forma
linear, calcada em fatos históricos determinados e aliados às figuras dos heróis e dos
grandes acontecimentos, ou da História Marxista ortodoxa, que valorizava
primordialmente o sujeito universal e a razão cartesiana dos fatos.
Em meados da década de 1950, a Nova Esquerda Inglesa, identificada com a
vinculação ao Partido Comunista Inglês, descontentes romperam com o partido,
influenciando a historiografia britânica, entre os quais, surgiram deste movimento
historiadores como: Raymond Willians, Eric Hobsbawn, Cristopher Hill, Perry
Anderson, Edward Thompson e outros. Estes historiadores passaram a fazer uma
revisão critica do Marxismo, contribuindo para os estudos de História Social, a qual
253
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
não tem significado um rompimento com o Marxismo, mas tem buscado atender as
novas demandas do mundo contemporâneo, sem cair nos modismos de tendências
historiográficas atuais, dando maior atenção às práticas culturais e as experiências de
vida dos variados segmentos sociais.
Sem entrar em contradições, outra corrente historiográfica que não pode ser
desconsiderada atualmente é a Nova História Cultural. Despontada no final da década
de 1980, trazendo a tona novos sujeitos, novos objetos e novas abordagens teóricas e
metodológicas, utilizandose principalmente da interdisciplinaridade. Destacamse
neste grupo historiadores como Roger Chartier e Carlo Ginzburg. Esta corrente
caracterizase por uma proposta de micro análise (Microhistória), com recortes que
valorizam sujeitos pouco valorizados pela história tradicional como: as mulheres,
operários, camponeses entre outros.
Conteúdos Estruturantes e Específicos
1º Ano
RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS
TEMAO MUNDO DO TRABALHO
NAS DIFERENTES SOCIEDADES DA PRÉ
HISTÓRIA A IDADE MÉDIA
TEMADO ESTADO ANTIGO À
DESCENTRALIZAÇÃO DO PODER NO FEUDALISMO
TEMARELAÇÕES CULTURAIS E
MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA PRESENTES NA SOCIEDADE ANTIGA E
MEDIEVALConteúdos específicos
O mundo do trabalho na Préhistória;• O mundo do trabalho no Egito Antigo;• O mundo do trabalho na antiguidade clássica grecoromana; • O mundo do trabalho nas Sociedades Pré Colombianas;• O mundo do trabalho
Conteúdos específicos• Estado na antiguidade Greco Romana e Egito; As transformações do Estado na Idade Média e a formação do Feudalismo;
Conteúdos específicos Revoltas dos escravos em Roma; A luta dos plebeus contra os patrícios em Roma; A mulher na sociedade grecoromana e egípcia; Revolta dos camponeses na Idade Média; A organização das
254
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
no Feudalismo; cidades na antiguidade e Idade Média; As Cruzadas;
2º Ano
RELAÇÕES DE TRABALHO
RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS
TEMARELAÇÕES DE
TRABALHO NA IDADE MODERNA
TEMAO ESTADO NA IDADE
MODERNA E SUAS RELAÇÕES DE PODER
TEMAMOVIMENTOS
CULTURAIS E DE RESISTÊNCIA NA IDADE
MODERNA (Europa e Brasil colônia)
Conteúdos específicosTrabalho escravo e Trabalho livre no Brasil;Surgimento do Trabalho assalariado;
Conteúdos específicos• Monarquias nacionais e
o absolutismo;• Revolução
Francesa e o surgimento do EstadoNação;
• Independência dos Estados da América e a formação do Estado Nacional Brasileiro;
Conteúdos específicos• Renascimento;
• Iluminismo;• Reformas religiosas
protestantes e Contra Reforma Católica;
• As revoltas indígenas e africanas na América portuguesa
• Os quilombos e as comunidades quilombolas no Paraná e no Brasil
• As revoltas sociais na América portuguesa
• etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
3ª Ano
RELAÇÕES DE TRABALHO
RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS
TEMA: O TRABALHO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
TEMA: O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER NO SÉCULO XX
TEMA: RELAÇÕES CULTURAIS E MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA NO SÉCULO XX
Conteúdos específicos
• Trabalho no Paraná: escravos, tropeiros, colonos e operários;
• As transformações do Trabalho na contemporaneidade
Conteúdos específicos
• Estado Imperialista
• Estado Totalitário: Nazismo/Fascismo;
• A formação da República Brasileira e os Movimentos de Contestação.
• Estado em tempo de globalização;
• Conflitos na atualidade;
Conteúdos específicos
• Movimento Operário: Cartismo, Ludismo e Comunismo;
• Movimentos Contemporâneos da mulher, negro,semterra, movimento estudantil;
• As guerras mundiais no século XX
• As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina
• Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina
• Os Estados africanos e as guerras étnicas
Metodologia
A produção do conhecimento histórico possui um método específico, baseado
na explicação e interpretação de fatos do passado. Um dos instrumentos
metodológicos mais importantes no ensino de História tem sido a problematização,
que é elaborada a partir dos problemas enfrentados pelos jovens da atualidade, ou
seja, é o elo entre questões do presente e o passado, por esta razão tem como desafio
contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos alunos e
suas relações.
No Ensino Médio, o ensino de História estuda os objetos históricos como as
256
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ações e relações humanas, articulados aos conteúdos estruturantes: relações de
trabalho, relações de poder e relações culturais, os quais propõem recortes de espaço
e tempo historiográfico que constituem os conteúdos específicos.
O professor pode elaborar o problema e relacionar o conteúdo estruturante que
melhor responde à problemática, o qual constitui o tema, sendo estes desdobrados em
conteúdos específicos, para responder à problemática. Assim os conteúdos
estruturantes da disciplina de história devem ser abordados através de temas, pois não
é possível representar o passado em toda a sua complexidade, portanto, os conteúdos
estruturantes devem estar articulados as categorias de análise espaço e tempo.
Depois da seleção de temas o professor poderá utilizar três formas para a
construção de uma narrativa histórica do aluno, as quais são:
✔ Narração: forma de discurso na qual o professor e o aluno ordenam os fatos
históricos que se sucederam em um período de tempo, relativo as transformações dos
acontecimentos que levem de um contexto inicial a um final.
✔ Descrição: Ela é utilizada para representar as permanências que ocorreram
entre diferentes contextos históricos.
✔ Argumentação, Explicação e Problematização: a problematização
fundamenta a explicação e a argumentação histórica, mediante a isto, a narrativa
histórica é a construção de uma resposta para a problemática. Já a explicação busca
as causas e origens de determinadas ações e relações humanas e a argumentação é a
resposta dada a problemática, construída através da narração e da descrição.
O uso de documentos em sala de aula proporciona a produção de
conhecimento histórico, usado como fonte, buscando respostas para as
problematizações formuladas. Neste caso o documento pode ser: imagens, objetos
materiais, oralidade, documentos escritos, livros, jornais, histórias em quadrinhos,
fotografias, pinturas, gravuras, filmes, músicas, etc. Todos esses documentos podem
ser utilizados para que os alunos façam leituras por meio de questionamentos como:
O que é capaz de dizer? Qual a finalidade? Como e por que foi produzido? Que ação
de pensamento está contida em seu significado?
257
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Critérios de avaliação
Avaliação, na disciplina de História deve ser formal, processual, continuada e
diagnóstica, contemplada no planejamento do professor e registrada de maneira
formal e criteriosa. Assim, o professor deve acompanhar o processo, percebendo o
quanto cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.
Ao longo do Ensino Médio o aluno deverá entender que as relações de
trabalho, as relações de poder e as relações culturais estão articuladas entre si e
constituem o processo histórico. Deverá também compreender que o estudo do
passado se realiza a partir de questionamentos feitos no presente por meio da análise
de diferentes documentos históricos.
Neste contexto, a avaliação no ensino de História considera três aspectos
importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e específicos, como aspectos complementares e indissociáveis. Para isso,
o professor poderá utilizar diferentes atividades para avaliar como: leitura e
interpretação de textos historiográficos; análise de mapas e documentos históricos;
produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de
conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras.
258
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.
BURKE, Peter. A escrita e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Versão preliminar. Julho/2006.
GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Revista Brasileira de História. São Paulo, ANPUH, 1980.
Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Curitiba, SEED, 1990.
259
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Língua Portuguesa e Literatura
Apresentação da Disciplina
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os
currículos escolares somente nas últimas décadas do século XIX, mas a preocupação
com a formação do professor dessa disciplina iniciouse nos anos 30 do século XX.
Após a institucionalidade da Língua Portuguesa como disciplinas, as primeiras
práticas de ensino se limitavam ao ensino do latim; tratavase de um ensino
eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental voltado para um passado
patriarcal e colonial que priorizava uma nãopedagogia.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino
de Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil.. Em 1837, o seu estudo foi incluído no
currículo como disciplina de Gramática, Retórica e Poética. A Gramática ganhou a
denominação de português somente no século XIX.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a característica elitista até 1967,
quando iniciouse no Brasil um processo de democratização do ensino, que contava
com a ampliação de vagas, a eliminação dos exames de admissão. Com isso a
multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as
exigências culturais passam a ser outras. Passavam a frequentar a escola um número
maior de falantes de variedades do português distantes do modelo tradicional
cultivado pela escola. Houve um grande choque entre modelos e valores escolares e a
realidade dos falantes.
Nesse contexto o ensino da Língua Portuguesa procura novas propostas
pedagógicas que suprissem as necessidades trazidas por esses alunos, a presença de
registros linguísticos e padrões culturais diferentes do até então admitidos na escola.
Surge a Lei 5692/71 que aprofunda a vinculação da educação com a
industrialização – o ensino voltado para a qualificação para o trabalho, a instituição
de uma pedagogia tecnicista, que não se preocupava em aprimorar as capacidades
linguísticas do falante.
260
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa e Literatura no Ensino Médio,
é um processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na
constituição social de linguagem quanto dos sujeitos que por meio delas interagem.
A língua é vista como ação entre os sujeitos históricos e socialmente situados
que se constituem uns aos outros e em suas reações dialógicas.
Relações dialógicas são possíveis não só entre enunciados completos (relativamente completos), uma abordagem dialógica é possível em relação a qualquer parte de um enunciado, mesmo em relação a uma só palavra, caso aquela palavra seja percebida não como uma impessoal da língua, mas como um signo da posição semântica de outro alguém, como o enunciado de outra pessoa, isto é, se ouvirmos nela a voz de outro alguém. (BAKHTIN, p. 67)
O conteúdo estruturante para o ensino de Língua Portuguesa é o discurso como
prática social, concretizado nos mais diversos gêneros textuais que circulam
socialmente e suas especificidades gramaticais, estilísticas e contextuais. A concepção
de linguagem como forma de interação entre os sujeitos deve nortear, portanto, as
práticas de leitura, oralidade, produção textual e análise linguística, de modo a
ampliar as interações sociais dos alunos por meio da linguagem.
Objetivo geral
Formar o aluno do Ensino Médio proficiente no uso da língua na oralidade, na
leitura e na escrita, saberes linguísticos necessários para a sua participação social efe
tiva, garantindolhe o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.
Objetivos Específicos
✔ Compreender e usar adequadamente a Língua Portuguesa como língua
materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da
própria identidade.
✔ Formar o aluno do Ensino Médio para que saiba utilizar adequadamente a
261
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
linguagem oral e os seus recursos em situação de comunicação diversa, considerando
a variação linguística, o grau de formalidade, o contexto, o interlocutor e a intenção
para alcançar diferentes finalidades.
✔ Desenvolver no aluno a capacidade de interpretar e compreender textos
(verbais / não verbais) e utilizar as diferentes estratégias na leitura para formar
alunosleitores fluentes e competentes que constroem significados a partir dos
elementos discursivos, considerando os objetivos desses, o conhecimento sobre o
assunto, sobre o autor, a sua bagagem linguística (gênero textual/discursivo, suporte
textual), sua história de vida/ história de leitor (dimensão social, cultural, econômica)
e que compreenda também o subentendido que atravessa a dimensão do simbólico
implícito.
✔ Formar alunos escritores/produtores competentes de textos coesos,
coerentes, de gêneros diversos, aqueles de circulação social, compreendendo as
condições de produção (de quem quem, por quê, como, onde, quando).
✔ Compreender a natureza da língua como código/sistema de escrita
(alfabética e aspectos notacionais) e o funcionamento da linguagem (aspectos
discursivos).
✔ Aprimorar a capacidade de compreender e praticar reflexões sobre os usos
das convenções da língua formal (gramática, léxico, ortografia, sintaxe) e sua
organização para ampliar as possibilidades de seu uso.
✔ Valerse dos textos literários para formar aluno que sugere ininterruptamente
os seus horizontes de expectativas (atitude receptiva emancipatória)
• atualizando o sentido desses;
• dialogando com outros textos no momento da recepção
(intertextualidade/interdiscursividade);
• compreendendo o contexto histórico, social ideológico, linguístico,
literário, da sua produção;
• rompendo com os caminhos não percorridos pelo aluno;
• ampliando os níveis estéticos (reconhecendo os recursos estilísticos).
✔ Desenvolver a capacidade do aluno de reconhecer os usos da língua como
262
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
forma de veicular, questionar e construir valores comprometidos com a promoção de
uma sociedade brasileira multicultural e pluriétnica, respeitando as diferenças e
melhorando a qualidade de suas relações pessoais e rejeitando atitudes
preconceituosas e discriminatórias de toda sorte.
✔ Fortalecer o rompimento de imagens negativas contra negros e os povos
indígenas e desencadear o processo de afirmação de identidade, de historicidade
negada/distorcida, destacando a história e cultura afrobrasileira local e nacional.
✔ Valorizar a cultura afrobrasileira resgatando seus costumes através do
contato com autores e obras de nossa literatura (Machado de Assis, Cruz e Souza).
Fundamentação Teórica
Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008), cabe à escola
conhecer os sujeitos da escola pública, de modo a organizar um currículo para a
Educação Básica que busque atender a todos, independentemente de sua condição
social e econômica e de sua formação étnicocultural. Para tanto, o documento sugere
que as escolas incentivem a prática pedagógica voltada a diferentes metodologias,
valorizando concepções de ensinoaprendizagem e de avaliação, condizentes com uma
educação que se diz democrática e emancipadora.
A fim de configurar a prática pedagógica, as diretrizes apostam em um
currículo que leve em consideração a seleção dos conhecimentos baseada em dois
fatores: os externos, advindos das experiências sociais, políticas e culturais dos alunos,
e os específicos, que constituem os saberes acadêmicos, historicamente constituídos e
acumulados. Dessa forma, o currículo promoveria a divulgação do conhecimento
científico, filosófico e artístico, subsidiando a formação tanto tecnológica quanto
humanística dos alunos.
O conteúdo estruturante do currículo deste estabelecimento de ensino tem,
conforme dito anteriormente, o discurso como prática social, visto sob uma
perspectiva dialógica, como preconizou Bakhtin (1997):
263
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão sempre relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da atividade humana, o que não contradiz a unidade nacional de uma língua. A utilização da língua efetuase em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua — recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais —, mas também, e sobretudo, por sua construção composicional. Estes três elementos (conteúdo temático, estilo e construção composicional) fundemse indissoluvelmente no todo do enunciado, e todos eles são marcados pela especificidade de uma esfera de comunicação. (p. 280)
Para Bakhtin, a linguagem permeia toda a vida social, exercendo um papel
central na formação sociopolítica e nos sistemas ideológicos. Entre as categorias
centrais na obra bakhtiniana estão as noções de linguagem, interação, dialogismo e
ideologia. Principalmente na obra Marxismo e Filosofia da Linguagem (BAKHTIN,
1997), a posição bakhtiniana é clara ao rebater a noção de língua sustentada no
objetivismo ou no subjetivismo.
A linguagem é de natureza socioideológica e tudo “que é ideológico possui um
significado e remete a algo situado fora de si mesmo” (BAKHTIN, 1997: 31). A
ideologia é um reflexo das estruturas sociais e entre linguagem e sociedade existem
relações dinâmicas e complexas que se materializam nos discursos ou, melhor, nos
gêneros do discurso.
Assim, a língua constitui um processo e, como tal, apresenta uma evolução
ininterrupta, que se concretiza como interação verbosocial dos locutores. Por isso, é
que se pode afirmar que as leis da evolução da língua são leis sociológicas.
Categoria relevante, nesse contexto teórico, é a noção de dialogismo como
princípio fundador da linguagem: toda linguagem é dialógica, isto é, todo enunciado é
sempre um enunciado de um locutor para seu interlocutor. Daí, a concepção de
gênero textual de Bakhtin (2000) como enunciado responsivo, o que está de acordo
com a ideia de linguagem como atividade interativa, e não como forma ou sistema.
O enunciado concreto (e não a abstração linguística) nasce, vive e morre no
processo da interação social entre os participantes da enunciação. Sua forma e
significado são determinados basicamente pela forma e caráter desta interação.
264
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
(Bakhtin/Volochinov, 1926:9)
O gênero e o enunciado mantêm uma relação bastante excêntrica, na medida
em que o enunciado é nãorepetível e individual, enquanto o gênero é relativamente
estável, histórico e nãoindividual. Assim se consolida a já tão conhecida e repetida
definição de gênero:
“Qualquer enunciado considerado isoladamente é, claro, individual, mas cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que denominamos gêneros do discurso” (BAKTHIN, 2000: 279).
Bakhtin defende uma relação muito estreita entre os vários processos de
formação dos gêneros e as ações humanas, tanto as individuais como as coletivas, o
que envolve um historicismo necessário. Língua e vida humana interpenetramse de
tal modo que um gênero não será, nunca, mero ato individual, porém, uma forma de
inserção social.
o enunciado é a unidade real da comunicação verbal, a fala só existe na realização concreta dos enunciados de um indivíduo em situação de comunicação, portanto, o “enunciado não é uma unidade convencional, mas uma unidade real, estritamente delimitada pela alternância dos falantes” (BAKHTIN, 2000: 294).
Bakhtin vê os gêneros como resultado de um uso comunicativo da língua em
sua realização dialógica, de forma que os indivíduos, quando se comunicam, não
trocam orações nem palavras, porém trocam enunciados que se constituem com os
recursos formais da língua (gramática e léxico). Um outro fator constitutivo do gênero
que tem relevância é a questão de ele não ser decidido ad hoc pelos interlocutores,
mas adquirido e investido como uma forma estável. O próprio quererdizer (intuito
discursivo) de um locutor realizase, fundamentalmente, na escolha de certo gênero
que se acha acessível.
“Se não existissem os gêneros do discurso e se não os dominássemos, se tivéssemos de criálos pela primeira vez no processo da fala, se tivéssemos de construir cada um de nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível.” (BAKHTIN, 2000: 302).
Os enunciados e seus tipos, isto é, os gêneros discursivos, são correias de
transmissão entre a história da sociedade e a história da linguagem.
Além do mais, o estudo do enunciado como unidade real da comunicação
265
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
discursiva permite compreender de modo mais correto também a natureza das
unidades da língua (enquanto sistema) – as palavras e orações.
A língua como sistema possui, evidentemente, um rico arsenal de recursos
linguísticos – lexicais, morfológicos e sintáticos – para exprimir a posição
emocionalmente valorativa do falante, mas todos esses recursos enquanto recursos da
língua são absolutamente neutros em relação a qualquer avaliação real determinada.
A palavra “amorzinho” – hipocorística tanto pelo significado do radical quanto pelo
sufixo – em si mesma, como unidade da língua, é tão neutra quanto a palavra “longe”.
Ela é apenas um recurso linguístico para uma possível expressão de relação
emocionalmente valorativa com a realidade, no entanto não se refere a nenhuma
realidade determinada; essa referência, isto é, esse real juízo de valor, só pode ser
realizado pelo falante em seu enunciado concreto. As palavras não são de ninguém,
em si mesmas nada valorizam, mas podem abastecer qualquer falante e os juízos de
valor mais diversos e diametralmente opostos dos falantes.
Quando escolhemos as palavras, partimos do conjunto projetado do enunciado,
e esse conjunto que projetamos e criamos é sempre expressivo e é ele que irradia a sua
expressão (ou melhor, a nossa expressão) a cada palavra que escolhemos; por assim
dizer, contagia essa palavra com a expressão do conjunto. E escolhemos a palavra pelo
significado que em si mesmo não é expressivo, mas pode ou não corresponder aos
nossos objetivos expressivos em face de outras palavras, isto é, em face do conjunto do
nosso enunciado.
É justamente essa estabilidade relativa dos gêneros discursivos que permite à
escola fazer um trabalho sistemático com eles, levando em conta os três elementos
mencionados por Bakhtin: conteúdo temático, estilo e construção composicional.
Assim, as DCEs compactuam com o autor no sentido de se contextualizar a produção,
investigando os aspectos referentes ao gênero a ser trabalhado, como o suporte, a
finalidade, os interlocutores, a época e, no caso dos textos literários, de explorar os
estilos do autor e o momento em que o texto foi escrito, contrastando com produções
literárias atuais.
Vale lembrar que os gêneros só ocorrem em situações concretas, envolvendo
266
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
uma finalidade e um interlocutor, ainda que virtual, para quem o tema tem um papel
relevante. O estilo e a estrutura composicional, da mesma forma, têm de estar em
harmonia com a situação sociocomunicativa, a fim de que se possa efetivar o uso
funcional do gênero.
De acordo com Bakhtin (2000), os gêneros discursivos circulam em mais de
uma esfera, podendo ser de linguagem mais simples, como é o caso dos gêneros
cotidianos, (como exemplos citamos, receita de alimentos; talão de luz, água,
telefone, bilhete, cartas pessoais), ou nas produções de linguagem de estilo mais
formal nas quais, a linguagem não varia, como no caso dos gêneros da esfera
burocrática (tais como ofício, memorando), e na esfera científica (teses, livros), e
ainda na esfera jornalística (jornal, charge).
Segundo Marcushi (2001, p. 55), vivenciamos uma “explosão de novos gêneros
e novas formas de comunicação” na oralidade e na escrita, sobretudo na atual fase da
cultura eletrônica. Imersos em um universo textual, não podemos ficar alheios a esse
processo. Assim, o aluno, melhor ainda, o cidadão precisa conhecer esse universo
textual e interagir nele e com ele; precisa saber que existem gêneros que emanam das
esferas jornalísticas, escolares, religiosas, literárias, cientifica, publicitária, burocrática,
cotidiana e artísticocultural, cada um com suas especificidades, atendendo a
necessidade, a atividades socioculturais repletas de intenções, não muito raras,
sutilmente proferidas nos discursos.
Portanto, é necessário conscientizar o leitor de que atualmente a importância
de produzir textos é bastante visível em provas de vestibular, testes para empregos e
outras produções. Devemos levar nosso aluno à reflexão: já parou para pensar quantas
críticas produzimos em nosso diaadia? Já percebeu quantas vezes utilizamos
informações de jornais, artigos ou revistas para falar mal ou bem dos nossos
governantes ou de um time de futebol? Já parou para pensar em quantos momentos
de nossas vidas nos armamos de piadas para desacatar a imagem da nossa tão gentil
sogra? Pois bem, estamos argumentando.
267
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade
Leitura
A leitura é considerada como um processo em que o leitor participa com uma
aptidão que não depende basicamente de sua capacidade de decifrar sinais, mas sim
de sua capacidade de dar sentido a eles, compreendêlos. Mesmo em se tratando da
escrita, o procedimento está mais ligado à experiência pessoal, à vivência de cada um
do que ao conhecimento sistemático da língua.
Neste sentido, para aprender a ler é preciso interagir com os Gêneros
Discursivos, é preciso negociar o conhecimento que já se tem (conhecimento prévio) e
receber incentivo e ajuda de leitores experientes.
De acordo com a concepção sóciointeracionista da linguagem, a leitura é
compreendida como um ato dialógico, interlocutivo que envolve demandas sociais,
históricas, políticas, econômicas e ideológicas. Ao ler , o indivíduo contribui com os
seus conhecimentos prévios, suas experiências e sua formação familiar, religiosa,
cultural.
Ler, portanto, é atribuir significado ao texto, o que é, então, feito pelo leitor, a
partir da sua experiência prévia; por essa razão, o mesmo texto pode despertar visões
diferentes em cada leitor e a cada leitura. O significado não está na mensagem do
texto, mas nos acontecimentos que este desencadeia no leitor. Isso acontece porque o
texto não contém a realidade, mas segmentos dela, entremeados por lacunas que
devem ser preenchidas com as experiências prévias do leitor. Assim, o procedimento
de leitura baseiase no levantamento de hipóteses e não mais na construção linear de
palavra por palavra. A instituição da língua como forma de interação desencadeia o
que Lefa (1996) chama de definição conciliatória de leitura: ler é interagir com o
texto, resultado de uma negociação de sentidos entre leitor, texto e autor. Nesse caso,
a compreensão só ocorre se houver afinidade entre o leitor e o texto, se houver uma
intenção de ler a fim de atingir a um determinado objetivo, confirmando a tese de que
“ o leitor é um sujeito ativo que processa o texto e lhe proporciona seus
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
conhecimentos, experiências e esquemas prévios" (SOLÉ, 1998: 18).
Quanto mais o desempenho linguístico do indivíduo é estimulado por meio de
práticas interativas, maior é a sua autonomia em aprender e maiores as possibilidades
de interação social.
Escrita
O ato de escrever deve ser visto com uma atividade sociointeracional em que
os(a) alunos(a) precisam dominar práticas de escrita que são indispensáveis para a
vida cidadã.
Geraldi (2001) afirma que, para efetuar a produção de textos na escola, é
preciso que haja um processo de interação, no qual: a) se tenha o que dizer; b) se
tenha uma razão para dizer; c) se tenha para quem dizer; d) o locutor se constitua
como tal; e) escolhamse as estratégias adequadas. Quando assim procede, a escola
apresentase como espaço de interação, onde o sujeito se desvela com sua própria
produção de textos.
Oralidade
Com a Lei 9.394/96 e a ênfase na participação do educando nas mais diversas
situações de interação social, concebeuse a língua como fenômeno interativo e
dinâmico, voltado para a prática social. Diante disso, fala e escrita passaram a ser
vistas dentro de uma perspectiva dialógica. Essa perspectiva apresenta como
características, tanto para a fala quanto para a escrita, a dialogicidade, usos
estratégicos, funções interacionais, envolvimento, negociação, situacionalidade,
coerência e dinamicidade.
A escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com
segurança e fluência em situações formais. A linguagem oral pode ser estimulada
através de representação teatral, exposição oral, individual e debates que são
oportunidades especiais para o amadurecimento do convívio democrático e o exercício
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
do direito à livre expressão.
Conteúdos Estruturantes do Ensino Médio
✔ Oralidade;
✔ Leitura;
✔ Escrita;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
ENSINO MÉDIO
1º 2º 3ºPRÁTICA DA ORALIDADE
Relato de experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras.
X
Relato de acontecimentos, entrevistas, causos, apresentação de pesquisas oralmente. X X
Relato de fatos do diaadia, ouvidos ou presenciados. Debates de assuntos lidos, situações presenciadas, situações polêmicas, filmes, propaganda, seminários.
X X X
Criações de quadrinhas, charadas, piadas, adivinhações, declamação de poesias, dramatizações, recados, avisos.
X X
Clareza e coerência de concordância verbal e nominal na expressão oral. X X X
Diferentes possibilidades do uso da língua oral X X X
Grau de formalidade em relação a fala e a escrita X X X
PRÁTICA DA LEITURA
Leitura de textos narrativos, informativos, instrucionais, poéticos, descritivos, científicos, publicitários, não verbais, textos de sites, biografias, jornalísticos, editorial, relatos, argumentativos.
X X X
Textos de opinião X X X
Textos de cartas, correspondências, emails. X X X
Textos instrucionais X X X
Histórias em quadrinhos, Cartum, charges X X X
270
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Textos lúdicos X X X
Textos curtos e longos (obras literárias, crônicas, contos
X X X
Interpretação oral e escrita, relação semântica X X X
Identificação de ideias centrais X X X
Identificação de tipos de textos X X X
Processo e contexto de produção X X X
Confronto de ideias dos textos com a realidade e outros textos lidos X X X
Leitura contrastiva, inferência X X X
Avaliação da argumentação X X X
Unidade temática X X X
Unidade estrutural: pontuação, parágrafos, elementos coesivos X X X
PRÁTICA DA ESCRITA
Produção de textos narrativos, narrativas escolares, contos e crônicas
X X X
Produção de textos argumentativos X X X
Produção de textos ficcionais X X X
Produção de textos informativos (notícias, entrevistas, manchetes, reportagens, divulgação) X X X
Produção de textos poéticos X X X
Produção de textos publicitários, de opinião, tiras, Cartum, charges X X X
Produção de textos científicos X X X
Textos em quadrinhos X X X
Produção de textos argumentativos X X X
Textos da mídia X X X
Email X X X
Conteúdo do texto: clareza e organização das ideias X X X
Clareza, coerência e argumentação X X X
Estrutura do texto: coordenação e subordinação na construção da oração X X X
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Parágrafos, pontuação: utilização como recursos sintático e estilístico, uso de recursos coesivos, conjunções, advérbios, pronomes, sinônimos, antônimos, etc.
X X X
Adequação a norma e padrão – ortografia, linguagem X X X
Concordância verbal e nominal no texto X X X
Regência verbal X X X
Conjugação verbal X X X
Organização gráfica do texto: ortografia, acentuação, recursos gráficos visuais, margem, título, autor. X X X
Reestruturação dos textos X X X
Reescrita de textos X X X
Análise e reflexão linguística: a importância dos recursos coesivos na estruturação do texto e seus efeitos de sentido
X X X
Progressão da estrutura temática dos textos lidos ou produzidos X X X
Exploração do vocábulo do texto X X X
Reconhecer e utilizar os recursos sintáticos dentro do texto progressivamente: sujeito, predicado X X X
Categorias sintáticas relacionadas às orações e textos X X X
Posição do sujeito, verbo e objeto e possibilidades de inversão dentro das orações e seus significados X X X
Estrutura da oração com verbos auxiliares X X X
Sintagma verbal e nominal e sua flexão nas orações X X X
Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo
X X X
Reconhecimento das estruturas de períodos simples e complexos para organizar os parágrafos X X X
Identificação da coordenação e subordinação para a estruturação adequada do texto X X X
Expressividade dos nomes e função referencial no texto: substantivo, adjetivo, advérbio e efeitos de sentido
X X X
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da sentencionalidade do conteúdo textual
X X X
Relações semânticas que as classes de palavras estabelecem num texto
X X X
Variação linguística, geográfica, social, estrangeirismo, contextual e língua padrão, processo de formação de palavras
X X X
Fator estilístico da estrutura das palavras, bem como dos processos de formação delas para identificação do seu significado
X
Análise da estrutura do texto poético, ritmo, metrificação, escanção, formas fixas e livres X X X
LITERATURA
Fábulas X
Poesias, formas fixas e versos livres X
Romance de gêneros variados (narrativa longa) X X
Peças teatrais X
Crônicas em prosa, verso e letra de música X
Textos jornalísticos (notícias, editorial, reportagem...) X X X
Regionalismo X X
Entrevistas tipo discursos X
Transformar textos poéticos em narrativos e viceversa X X X
Periodização literária, através da leitura das obras e textos para contextualização e desvendar ideologias de época, para comparar quando possível com fatos da realidade do educando e ampliação da cultura através de alguns autores representantes de: Trovadorismo, Humanismo, Literatura informativa, Barroco, Arcadismo
X
Estilos de época, através da leitura das obras e textos para contextualização e desvendar ideologia da época para comparar quando possível com fatos da realidade do educando e ampliação da cultura através de alguns autores representantes do: Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo
X
273
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Literatura africana em língua portuguesa do século XX X
Valorização da cultura afro através da leitura de textos jornalísticos, informativos e literários
X X X
Modernismo, Pósmodernismo e literatura contemporâneas para contextualização para desvendar ideologias da época e contextualizar quando possível com fatos da realidade do educando
X
Encaminhamento Metodológico
A concepção de linguagem como interação pressupõe uma metodologia ativa e
diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho em duplas ou em
pequenos grupos e o trabalho coletivo, além de atividades expositivas do professor.
Tendo em vista o discurso como prática social, a disciplina de Língua
Portuguesa visa promover o domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita,
possibilitando que o aluno aprimore o uso da linguagem em suas interações sociais.
Oralidade
As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas, como debates,
discussões, seminários, transmissão de informações, de troca de opiniões, de defesa de
ponto de vista, contação de histórias em seus diversos usos nos meios de
comunicação.
No que concerne à literatura oral, cabe considerar seus estatutos, suas
dimensões estéticas, suas forças políticas particulares.
As aulas com a oralidade deve levar o aluno a falar com fluência em situações
formais adequando a linguagem às circunstâncias, praticando e aprendendo a
convivência democrática.
274
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Leitura
De fato, a leitura é a atividade mais fundamental desenvolvida pela escola para
a formação dos alunos, posto que é mais importante saber ler do que escrever e que os
maiores problemas aos longos dos anos de estudo são decorrentes pelo fato dos
alunos não serem bons leitores. Porque, esse ato envolve agravantes semânticos,
culturais, filosóficos e fonéticos. É através da habilidade de leitura que se realiza a
escrita, primeiro pelo seu poder de transformação diante das demais atividades
escolares, a outra é pelo fato da aquisição de cultura em que o aluno percebe a
multiface das informações que são veiculadas pelos textos de diversos meios de
comunicação.
É nesse ínterim que Bakhtin (2002) discute que “toda e qualquer atividade
humana está relacionada com o uso da língua através de enunciados, orais ou escritos,
emanados de todo ser humano, independentemente de sua classe social”. A palavra
escrita permite uma organização pessoal das palavras do mundo e da experiência da
vida. O que corresponde à indução de que a investigação das práticas de leitura e
escrita nos espaços de formação continuada é essencial, porque os professores lidam
com seus pares, com a palavra alheia expressa pela experiência vivida enquanto
sujeitos socialmente situados.
O que se problematiza é que muito embora a questão da variação lingüística no
contexto escolar seja um problema teoricamente reconhecido como categórica para a
alfabetização, ela parece ser negligenciada, quer na elaboração de programas de
alfabetização, quer na formação de professores. Nessa perspectiva, fazse necessária a
busca de maior compreensão da natureza do processo de alfabetização, visando
especialmente chamar a atenção para a necessidade de à escola assumir a existência
de tipos de língua falada e de compreender estas variações levando em conta a
linguagem apresentada pelo alfabetizando, para assim introduzilo no mundo da
escrita.
A leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de textos,
buscando o desenvolvimento de atitudes críticas e responsivas diante dos textos. O ato
275
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
de ler é familiarizado com diferentes textos como: notícias, crônicas, piadas, poemas,
artigos científicos, ensaios, reportagens, propagandas, informações, charges,
romances, contos, fábulas, narrativas de ficção, etc., percebendo a intencionalidade de
cada um. Não deixando as linguagens não verbais – a leitura de imagens (fotos,
outdoors, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras) que povoam nosso
universo cotidiano. A leitura crítica e a reflexão dos problemas estéticos ou sociais dos
textos mediáticos apresentados pela mídia.
A formação de leitores convocaos ao ato de pensar, a intersubjetividade, a
interpretação, à fruição e intertextualidade.
Escrita
A prática da escrita constitui uma ação com a linguagem onde o aluno procura
no seu universo referencial os recursos linguísticos e os demais recursos necessários
para atender.
Produzir textos argumentativos, descritivos, de noticias, narrativos, cartas,
convites, diários, bilhetes, memorandos, poemas, abaixo assinados, crônicas, textos de
humor, informativo ou literários ficcionais, percebendo que em quaisquer que possam
ser os gêneros deve constituir uma resposta a uma intenção e a uma situação.
É necessário que a inclusão da diversidade textual dê conta de relacionar
gêneros com as atividades sociais onde eles se constituem e se tornam elementos
eficazes no alavancamento das relações inter e multidisciplinares.
O trabalho com a escrita não é um processo acabado, são necessárias atividades
de reflexão e reelaboração.
Literatura
A leitura do texto literário será experiência que desvelará ao aluno as
especificidades desse texto na sua criação de mundo, nos recursos de linguagem
presentes em cada obra, invocando outros temas, outros gêneros, hipertextos e
276
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
virtualidades.
A literatura será um elemento fixo na composição com outros elementos
móveis que o professor determinará por si e pelas necessidades na interação dos
alunos com os textos literários. Ex.: Literatura e Arte, entre tantas outras
possibilidades.
O trabalho com a literatura potencializa uma prática diferenciada com os
conteúdos estruturantes (oralidade, leitura e escrita) e se constitui num forte influxo
capaz de fazer e aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.
Análise Linguística
A análise linguística deve estar presente no ensino de línguas como ferramenta
que perpasse as atividades de leitura, oralidade e escrita. A fala, leitura e escrita são
atos de interação que constroem a vida social envolvendo a construção de significados
de conhecimentos de identidade dos sujeitos.
Uma reflexão permanente sobre a linguagem abre espaço para os alunos serem
operadores textuais, abordando as variações linguísticas e possibilitando a reflexão
sobre a organização estrutural da linguagem verbal, não colocando a gramática como
centro de ensino.
O aluno precisa ampliar suas capacidades discursivas em atividades de uso de
língua explorando os aspectos textuais e as exigências específicas de adequação da
linguagem (ex.: operadores argumentativos, coerência, coesão, situacionalidade,
intertextualidade, informalidade, concordância, regência, formalidade/informalidade,
entre outros).
Avaliação
Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico e discursivo, a
avaliação dará ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando
para aprimorar sua capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade,
277
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
leitura e escrita.
A avaliação formativa possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a
tempo, informando os sujeitos dos processos, ajudandoos a refletirem e tomarem
decisões.
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Em seminário, debates, troca informal de ideias,
entrevistas, contação de histórias, as exigências de adequação da fala são diferentes e
isso deve ser considerado numa análise da produção dos estudantes.
A avaliação de leitura deve considerar as estratégias que os estudantes
empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído
para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto, considerando as diferenças de
leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.
Quanto à escrita, o que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação e é a partir daí que o texto
será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais.
O sistema de avaliação deste estabelecimento de ensino ocorre no regime
trimestral, de forma somatória com a média aritmética simples.
A recuperação de estudos será realizada de forma paralela ao processo de
ensinoaprendizagem, após a retomada do conteúdo, para que o aluno tenha uma
nova oportunidade de compreender assuntos não assimilados até o momento e de
buscar melhorar a média trimestral.
278
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
DOMINGUES, José Juiz. A reforma do ensino médio: a nova formulação curricular e a realidade da escola pública. In Educação e Sociedade,São Paulo, ano XXI, n.º 70, abril de 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica educativa. 30. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.
KAUFMAN, A M. & RODRIGUES, M. E. Escola, leitura e produção de texto. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1995.
KOCH, Ingedore, G. Villaça. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo.Editora Cortez, 2003.
LEFA, V. J. Aspectos de leitura: uma perspectiva psicolinguística. Porto Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1996.
MARCUSCHI, L. A. (2001). “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” In DIONÍSIO, Â. et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. revista de acordo com a ABNT e ampliada. São Paulo: Cortez, 2003.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
279
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Matemática
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Matemática engloba inúmeros saberes, em que apenas o conhecimento da
Matemática e a experiência de magistério não são considerados suficientes para
atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), pois envolve o estudo dos
fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre os processos de ensino e de
aprendizagem em Matemática (CARVALHO,1991).
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem
e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e envolve o
estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da
própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algortimos, etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p.70). Investiga,
também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve
valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão.
Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica de modo que os conceitos
são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação
do pensamento do aluno.
A efetivação desta proposta requer um professor interessado em desenvolverse
intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática para tornarse um
educador matemático e um pesquisador em contínua formação. Interessalhe,
portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as ideias centrais que articulam a
pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meios para superar desafios pedagógicos.
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o
estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação
de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de
outras áreas do conhecimento.
A educação matemática tem como meta a incorporação do conhecimento
objetivando que o aluno seja capaz de superar o senso comum. Assim a matemática
como processo educativo, tem como função desenvolver a consciência crítica,
280
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do
mundo e a compreensão das relações sociais. Para que isso ocorra é fundamental
integrar e relacionar os conceitos fundamentais e a prática do cotidiano do educando.
Os conhecimentos são ferramentas para a transformação da natureza, nas relações de
trabalho, políticas econômicas sociais e culturais e como base científica, dando
suporte para outras ciências.
Através da matemática é que o aluno quantifica e mede organizando suas
atividades e seus espaços. Assim é importante ressaltar o valor educativo dessa ciência
para resolução de diversas situações do cotidiano, desde uma simples compra de
supermercado até o mais complexo projeto de desenvolvimento econômico.
Por viver numa sociedade de extremos, na qual, por um lado há um
crescimento tecnológico em velocidade crescente e por outro, precariedades cabe à
matemática enquanto construção humana, contribuir na aproximação dessas
realidades para que as diferenças sejam minimizadas.
A matemática é fundamental pois esta auxilia a utilização das tecnologias
existentes e propicia a criação de novas tecnologias. Pretendese, que a matemática
seja recebida como mais um passo para o encontro dos recursos que acrescentem aos
nossos alunos maior possibilidade de autonomia, e que eles possam viabilizar suas
histórias através de uma lógica que contemple nos exercícios da cidadania, meios
concretos para a solução de seus problemas.
O ensino da matemática tem como função de atender a grandes metas a que se
propõe:
✔ Construção do conhecimento matemático pelo aluno;
✔ Instrumentalização para as demais ciências;
✔ Aplicação na vida cotidiana.
Propõese, assim, o estudo dos conteúdos estruturantes de: Números e
Álgebras, Geometrias, Grandezas e Medidas, Funções, Tratamento da Informação,
bem como o estudo da História da Matemática e seus teóricos, para que possamos
conceber a matemática como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para
atender às necessidades sociais e teóricas, onde a aprendizagem da Matemática não
281
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
consiste apenas em desenvolver habilidades, mas criar estratégias que possibilitam ao
aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar
se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.
Objetivo Geral
Possibilitar aos alunos posicionarse de maneira crítica, responsável e
construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando a matemática como forma de
mediar conflitos e de tomar decisões coletivas, através de informações e recursos
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos, para que possam ter condições
de prosseguir em seus estudos.
Objetivos Específicos
• Compreender os conceitos , procedimentos e estratégias matemáticas que
permitam adquirir uma formação científica geral e avançar em estudos
posteriores;
• aplicar seus conhecimentos matemáticos nas atividades cotidianas, na atividade
tecnológica e na interpretação da ciência;
• desenvolver a capacidade de raciocínio, de resolver problemas, de
comunicação, bem como sua criatividade;
• estabelecer conexões e integração entre diferentes temas matemáticos e entre
esses temas e outras áreas do currículo e de conhecimento;
• expressarse em linguagem oral, escrita e gráfica diante de situações
matemáticas;
• usar e reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito;
• analisar e interpretar dados provenientes de problemas matemáticos, de outras
áreas do conhecimento e do cotidiano;
• desenvolver atitudes positivas na construção do seu conhecimento matemático.
Conteúdos estruturantes
A disciplina de matemática pretende abordar conteúdos que permitam ao aluno
282
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
desenvolver e articular idéias quantitativas/qualitativas, relacionandose nas questões
do diaadia para formular e reformular pensamentos e atitudes matemáticas, para
tanto fará estudos que abordem os seguintes conteúdos estruturantes:
✔ Números e álgebras que se desdobra nos seguintes conteúdos: números reais,
números complexos, sistemas lineares, matrizes e determinantes, equações e
inequações exponenciais, logarítmicas e modulares e polinômios;
✔ Grandezas e Medidas que se desdobra nos seguintes conteúdos: medidas de
massa, medidas derivadas de área e volume, medidas de informática, medidas de
energia, medidas de grandezas vetoriais, trigonometria com relações métricas e
trigonométricas no triângulo retângulo e a trigonometria na circunferência;
✔ Geometrias que se desdobra nos seguintes conteúdos: geometria plana,
espacial, analítica e noções básicas de geometria nãoeuclidianas;
✔ Funções que se desdobra nos seguintes conteúdos: função afim, quadrática,
polinomial, exponencial, logarítmica, trigonométrica, modular e progressão aritmética
e geométrica;
✔ Tratamento da informação que se desdobra nos seguintes conteúdos: análise
combinatória, binômio de Newton, estatística, probabilidade e matemática financeira.
Conteúdos
1º ano
✔ Números e Álgebra
• Conjuntos dos Números Reais
✔ Funções;
• Função Afim;
• Função Quadrática;
• Função Modular;
• Função Exponencial;
• Função Logarítmica;
• Progressão Aritmética e Geométrica;
2º ano
✔ Números e Álgebra
283
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Matrizes;
• Determinantes;
• Sistemas Lineares;
• Trigonometria;
✔ Funções;
• Função trigonométrica;
✔ Tratamento da informação;
• Análise Combinatória;
• Probabilidade.
3º ano
✔ Números e Álgebra
• Polinômios;
• Números Complexos;
✔ Geometrias;
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Noções de Geometria Não Euclidiana;
✔ Tratamento da informação;
• Estatística;
• Matemática Financeira.
Metodologia
Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam
garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores na aplicação dos conhecimentos
matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência
da matemática.
Trabalhar a matemática por meios de situaçõesproblema próprias da vivência
do aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir pela melhor
284
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
solução.
Trabalhar o conteúdo com significado, levando o aluno a sentir que é
importante saber aquilo para a sua vida em sociedade ou que o conteúdo trabalhado
será útil para entender o mundo em que vive.
Valorizar a experiência acumulada pelo aluno dentro e fora da escola.
Utilizar a história da matemática como um excelente recurso didático.
Comparar a matemática de diferentes períodos da história ou de diferentes culturas.
Utilizar jogos matemáticos que levem o aluno a desempenhar um papel ativo
na construção de seu conhecimento.
Permitir o uso adequado de calculadora e computadores, pois o aluno pode
concentrar mais nos métodos, nas estratégias, nas descobertas, no relacionar
logicamente ideias matemáticas e na generalização do problema, deixando os cálculos
para que a máquina execute.
É importante destacar que, na educação matemática, priorizado um ensino
etnomatemático que valorize a cultura dos estudantes através de atividades que
reconheçam e respeitem suas raízes, dessa forma transformando problemas reais em
problemas matemáticos, resolvendoos e interpretando suas soluções na linguagem do
mundo real, como nos orienta a modelagem matemática.
Sabemos que através de aplicativos de informática presentes nas tendência
tecnológicas, a educação matemática se dinamiza, por isso a utilização dessa
tecnologia favorece as experimentações matemáticas e serão utilizadas pelos
professores de forma a adaptarse à realidade da escola.
Destacase ainda, dentro da metodologia a ser utilizada, a história da
matemática com a elaboração de atividades vinculadas às descobertas matemáticas,
aos fatos sociais e políticos para que se possa determinar o avanço científico dentro de
circunstâncias históricas e filosóficas que determinam o pensamento de cada época. É
possível dizer que a ideia de conhecer assemelhase a uma teia, interligando os
conhecimentos e não os trabalhando de forma linear, articulandoos aos conteúdos
estruturantes: números e álgebra, grandezas e medidas, geometrias, funções e
tratamento da informação numa relação dialética.
285
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Para que essa metodologia flua, é preciso que ela seja desenvolvida segundo
todo o procedimento descrito acima e, ainda, que se utilize os jogos que vise o
trabalho em grupo e o sistema de monitoria entre os estudantes. Considerase também
como parte integrante da metodologia o relacionamento de respeito entre os alunos,
onde todos possam se sentir elementos participantes no processo de aprendizagem,
sem distinção alguma, através da promoção da potencialidade de cada um.
Avaliação
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades
devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de
ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e
calculadora.
O objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo ensino
aprendizagem e de coletar informações para corrigir possíveis distorções observadas.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
✔ Comunicase matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
✔ Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
✔ Elabora um plano que possibilite a solução do problema;
✔ Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
✔ Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Portanto, a avaliação é parte integrante do processo ensinoaprendizagem,
abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e também os objetivos, a
estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino. Assim, é preciso que os
instrumentos de avaliação utilizados pelo professor (a) abranjam o mais amplamente
possível, todo trabalho realizado, não ficando restrito a um só momento a uma única
forma. É preciso decidir também qual a melhor forma de avaliar determinado
286
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
conteúdo ou atividade.
A observação contínua, as discussões, a produção de trabalhosproblemas ou
relatórios de atividades e pesquisas, trabalho em grupo, tarefas individuais e provas,
os quais constituem elementos importantes no processo de avaliação de aprendizagem
do aluno(a).
Para realizar esse trabalho, consideremos que a avaliação deve:
✔ Gerar, ela própria, novas situações de aprendizagem;
✔ Ser coerente com os objetivos, métodos e principais tipos de atividades do
currículo.
✔ Ter um caráter positivo, isto é, considerar que o(a) aluno(a) é capaz de fazer,
em vez daquilo que ele(a) ainda não sabe, não exigindo, necessariamente, o mesmo
nível de desenvolvimento de todos os(as) alunos(as);
✔ Ocorrer num ambiente de transparência e confiança no qual as críticas e
sugestões sejam encaradas como naturais;
Finalmente, consideremos essencial que os(as) alunos(as) tenham consciência
quanto ao processo, aos resultados da avaliação e ao modo como podem contribuir
para superar suas dificuldades.
Assim sendo, no final de cada etapa de avaliação, ela deve ser apresentada aos
alunos e alunas não apenas como conceito ou nota, mas, essencialmente orientações
sobre como eles e elas podem agir para aperfeiçoar seu desempenho e avançar em
direção do conhecimento matemático, com vistas a superar a pedagogia do exame e
contemplar uma prática significativa que priorize o processo ensinoaprendizagem.
287
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
PARANÁ, DCEs Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática. 2008.
BERLOQUIN, Pierre. 100 jogos geométricos. São Paulo: Gradativa, 1991.
GIOVANNI, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito. A conquista da matemática: a mais nova. São Paulo: FTD, 2002.
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JÚNIOR, José Ruy. Matemática completa. São Paulo: FTD, 2002.
GOMIDE, Elza F. História da Matemática. 2. ed. São Paulo: FTD., 1996.
IMENES, Luiz Marcio e LELLIS, Marcelo. Matemática para todos. São Paulo: Scipione, 2006.
KRULIK, S. & REYS, R. E. A resolução de problemas na matemática Escolar. São Paulo: Atual, 1997.
MARCONDES, Entil & G. Sérgio. Matemática: série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2003.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MATEMÁTICA. Revista do professor. São Paulo: email: [email protected]
288
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Química
Apresentação da Disciplina
Dos objetivos propostos para o ensino da química, sobressai o referente ao
desenvolvimento da capacidade de participar e tomar decisões criticamente, o qual
caracteriza o objetivo central do ensino para formar o cidadão. Entendese o termo
“criticamente”, como sendo a capacidade de tomar decisões fundamentadas em
informações e ponderadas as diversas consequências decorrentes de tal
posicionamento.
Nesse sentido, há necessidade de o aluno adquirir conhecimento mínimo de
química para poder participar com maior fundamentação na sociedade atual. Assim o
objetivo básico do ensino da química para formar o cidadão compreende a abordagem
de informações químicas fundamentais que permitam ao aluno participar ativamente
da sociedade, tomando decisões com consciência de sua consequência. Isso implica
que o conhecimento químico aparece não como um fim em si mesmo, mas com
objetivo maior de desenvolver habilidades básicas que caracterizam o cidadão:
participação e julgamento. Daí a necessidade de vinculação entre conteúdo trabalhado
e o contexto social em que o aluno está inserido.
Em termos gerais, as informações químicas para o cidadão são aquelas
relacionadas com o manuseio e utilização de substâncias; o consumo de produtos
industrializados; a segurança do trabalhador; os efeitos da química no meio ambiente;
a interpretação de informações químicas vinculadas pelos meios de comunicação; a
avaliação de programas de ciência e tecnologia e a compreensão do papel da química
e da ciência em sociedade.
Um outro objetivo importante é apresentar ao aluno uma concepção de ciência
como processo em construção. Tal concepção enfatiza o papel social da ciência, o qual
é melhor compreendido quando se eleva em conta seu caráter histórico.
OBJETIVOS GERAIS
O aprendizado de química pelos alunos de ensino médio implica que eles
compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma
289
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamentos as informações
advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões
autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos. Esse aprendizado deve possibilitar
ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de
um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas
implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Descrever transformações químicas em linguagens discursivas;
• compreender a simbologia e códigos da química;
• traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica e em outras
linguagens usadas em química: gráficos, tabelas e relações matemáticas;
• compreender e utilizar conceitos e fatos químicos dentro de uma visão
macroscópico;
• selecionar, reconhecer procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para a
resolução de problemas qualitativos e quantitativos em química;
• reconhecer o papel da química no sistema produtivo, industrial e rural;
• reconhecer os limites éticos e morais envolvidos no desenvolvimento da
química e tecnologia, assim como na interação individual e coletiva do ser
humano com o meio ambiente.
Conteúdos Estruturantes
1º Ano
✔ Matéria e sua natureza
• Estrutura da matéria;
• Propriedades gerais e específicas da matéria;
• Substância; misturas; método de separação;
• Fenômenos físicos e químicos;
• Estrutura atômica;
• Distribuição eletrônica;
290
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Tabela periódica;
• Ligações químicas;
• Interações intermoleculares;
• Funções químicas;
• Seotropia;
• Radiotividade.
2º ano
✔ Biogeoquímica
• Soluções;
• Cinética química;
• Termoquímica;
• Eletroquímica;
• Equilíbrio químico.
3º Ano
✔ Química Sintética
• Química do carbono;
• Funções oxigenadas;
• Funções nitrogenadas;
• Nomenclatura oficial;
• Propriedades físicas dos compostos orgânicos;
• Isomeria;
• Polímeros;
• Carboidratos, lipídeos, proteínas;
• Radioatividade: leis de desintegração radioativa.
Metodologia
A metodologia a ser empregada buscará valorizar uma ação pedagógica que
considera os conhecimentos anteriores dos alunos e a interação da dinâmica dos
fenômenos naturais por meio de conceitos químicos.
Serão utilizados instrumentos buscando dar subsídios aos alunos no
291
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
desenvolvimento crítico, articulando o conhecimento químico às questões sociais,
econômicas e políticas, não ignorando também que o ensino da química esta sob o
foco da atividade humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.
Avaliação
A avaliação será concebida de forma diagnóstica e contínua. Essa ocorrerá no
transcorrer das aulas e não apenas de modo pontual. A mesma terá a finalidade de
subsidiar e redirecionar a ação do professor em busca de assegurar a qualidade do
processo educacional.
Em química buscase a construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos. Por isso ao invés de avaliar apenas por meio de provas serão utilizados
instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos,
como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, pesquisas bibliográficas,
relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários. Na prática criativa
será considerada a participação de desempenho dos alunos nas atividades
desenvolvidas em sala de aula, considerando as estratégias empregadas pelos mesmos
na sua articulação e análise entre teoria, prática e o mundo em que vivem.
292
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Referências
PARANÁ, DCEs Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Química. 2010.
SARDELLA, Antonio . Química série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2002.
BAIRD, Colin. Química ambiental. 2. ed. Porto Alegre: FTD, 2002.
COVRE, Geraldo José. Química total. São Paulo: FTD, 2001.
MATEUS, Alfredo Luis. Química na cabeça. Belo Horizonte: Ed. Da UFMG, 2001.
MORTIMER, Eduardo Fleury. Química para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2002.
FONSECA, Martha R. Maruwes da. Química integral. São Paulo: FTD, 1983.
HARTWIG, Souza Mota. Química geral e inorgânica. São Paulo: Scipione, 1999.
Físicoquímica. São Paulo: Scipione, 1999.
Química orgânica. São Paulo: Scipione, 1999.
Revista Química Nova na Escola.
Revista Nova Escola.
293
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Sociologia
Apresentação da disciplina
As vertentes das Ciências Sociais serão estudadas no Ensino Médio são:
Antropologia, Ciência Política e Sociologia. Mas a considerável massa de dados
oferecida por essas ciências deve ser ordenada pos uma disciplina central que possua
método e objetivo próprio. Mannheim observa que “a sociologia é de um lado, uma
disciplina sintética que unifica a partir de um ponto de vista básico o resultado isolado
das demais disciplinas, e por outro lado, é uma disciplina analítica e especifica com
um campo próprio de investigação.”.
Os grandes problemas que vivemos hoje advindo do acirramento das forças do
capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado, entre outras
causas, exigem sujeitos capazes de refutar a lógica neoliberal da destruição social. A
formação de novos valores de uma ética e de novas praticas que indiquem a
possibilidade de construção de novas relações sociais é essencial e tarefa inadiável da
escola e da sociologia. O objeto de estudo dessa disciplina é a o conhecimento e a
explicação da sociedade pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres
humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses
diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências dessas relações para
indivíduos e coletividades.
Para que a proposta se concretize, a disciplina de sociologia está embasada em
conteúdos estruturantes que são conhecimentos de grande amplitude, conceitos,
praticas que identificam e organizam campos de estudos considerados centrais e
básicos para a compreensão dos processos de construção social. Assim para que o
trabalho a ser desenvolvido possa satisfazer o que proposto acima, são elencados
adiante objetivos a fim de evidenciar tal proposta, proporcionando condições para o
aluno:
✔ Estudar fenômenos que são tratados por outras, como os problemas sociais,
com a especificidade da sociologia.
294
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Compreender que a violência, a drogadição, os problemas na área da saúde,
da educação, da moradia, desigualdade social e econômica são causados pelo modo
de produção capitalista, fatores que “desnaturalizados” por conta da pretensão da
disciplina em ser uma Ciência.
Conteúdos Estruturantes
✔ O surgimento da sociologia e as Teorias sociológicas;
✔ O processo de socialização e as instituições sociais;
✔ Trabalho, produção e classes sociais;
✔ Poder, política e ideologia;
✔ Direitos, cidadania e movimentos sociais;
✔ Cultura e Indústria Cultural;
Conteúdos Básicos – Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
✔ O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas clássicas;
✔ Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social.
Conteúdos Básicos – O processo de socialização e as instituições sociais
✔ Processo de Socialização;
✔ Instituições familiares;
✔ Instituições escolares;
✔ Instituições religiosas;
✔ Instituições de reinserção.
295
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos Básicos Trabalho, produção e classes sociais
✔ O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
✔ Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais;
✔ Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
✔ Globalização e Neoliberalismo;
✔ Trabalho no Brasil;
✔ Relações de trabalho.
Conteúdos Básicos Poder, política e ideologia
✔ Formação e Desenvolvimento do Estado moderno;
✔ As teorias sociológicas clássicas e os diversos:
✔ Conceitos de poder;
✔ Conceitos de ideologia,
✔ Conceitos de dominação e legitimidade.
✔ Estado no Brasil;
✔ Desenvolvimento da sociologia no Brasil;
✔ Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
✔ As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
Conteúdos Básicos Direitos, cidadania e movimentos sociais
✔ Conceitos de cidadania;
✔ Direitos civis, políticos e sociais;
✔ Direitos humanos;
✔ Movimentos sociais;
✔ Movimentos sociais no Brasil;
✔ Questões ambientais e movimentos ambientalistas;
✔ Questão das ONG's.
296
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos Básicos Cultura e Indústria Cultural
✔ Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas;
✔ Antropologia brasileira;
✔ Diversidade e diferença cultural;
✔ Relativismo, etnocentrismo, alteridade;
✔ Culturas indígenas;
✔ Roteiro para pesquisa de campo;
✔ Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização;
✔ “Minorias”, preconceito, hierarquia e desigualdades;
✔ Questões de gênero e a construção social do gênero;
✔ Cultura afrobrasileira e a construção social da cor. Identidades e movimentos
sociais; dominação, hegemonia e contramovimentos;
✔ Indústria Cultural;
✔ Meios de comunicação de massa;
✔ Sociedade de consumo, Indústria Cultural no Brasil.
Metodologia
Conforme as Diretrizes Curriculares “Em Sociologia, devemos atentar
especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações,
investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de
diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos
jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão
de recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para
que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção
coletiva dos novos saberes.” (Diretrizes Curriculares p.107108)
297
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
“Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo
trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, fazse necessária a
articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e
contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos
estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o
conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras
disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.” (Diretrizes Curriculares
p.111)
Avaliação
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de
diagnóstico do processo ensinoaprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão
formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação
dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa
dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se
estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no
presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas
insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir
novas práticas educativas (LIMA, 2002). No cotidiano escolar, a avaliação é parte do
trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionarlhes subsídios para as
decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e
aluno no acesso ao conhecimento. É importante ressaltar que a avaliação se concretiza
de acordo com o que se estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político
Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de
Trabalho Docente, documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes
298
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Curriculares. Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e
de sociedade com que se trabalha e indicam que sujeitos se quer formar para a
sociedade que se quer construir. Nestas Diretrizes Curriculares para a Educação
Básica, propõese formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que
compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo
acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para
que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade,
da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos
estão inseridos. Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que
o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas
como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que
se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas
contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula
precisa contribuir para essa formação.
Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de
futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente,
num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da
aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola. Nas salas de aula, o
professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto intencional e
planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do aluno como
referência uma aprendizagem continuada. No cotidiano das aulas, isso significa que:
✔ é importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situase
entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque
ambas têm o intuito de ensinar;
✔ no Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos
trabalhados naquele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e
instrumentos de avaliação, para que professor e alunos conheçam os avanços e as
dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho docente;
299
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o
ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são
um elemento de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as
etapas da ação pedagógica;
✔ os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma
resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante
não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi
perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas
sim compreender o que se pede;
✔ os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com
as possibilidades teóricometodológicas que oferecem para avaliar os critérios
estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a
realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que
uma prova objetiva;
✔ a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de
avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos
alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação,
análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros;
✔ uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento
e não todo processo de ensinoaprendizagem;
✔ a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,
então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele
aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo. Assim, a avaliação do processo ensino
aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do
professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de
conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação
300
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e
técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de
expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus
alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. Por fim, destacase que a
concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária do
professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que
todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize
um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos. Diretrizes Curriculares
p 31 a 33
Referências
Paraná. Secretaria de Estado e Educação. Superintendecia da Educação. Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Sociologia. Curitiba, 2008.
301
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Inglês (LEM)
Apresentação da disciplina
Ao figurarem inseridas numa grande área – linagens, Códigos e sua
Tecnologias, as Línguas Estrangeiras assumem a sua função intrínseca que durante
muito tempo esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação
entre os homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem,
elas funcionam como meios para se ter acesso ao conhecimento e, portanto, às
diferentes formas de pensar, criar, sentir, agir e conhecer a realidade, propiciando ao
indivíduo uma formação mais abrangente e, a mesmo tempo sólida.
Aprender uma língua estrangeira hoje é tão importante como aprender uma
profissão. O ensino de LEM oportuniza aos alunos da escola pública a vivência de
valores ligados à cidadania, democratizando assim, o acesso à aprendizagem de língua
inglesa para a comunicação e interação com grupos e culturas diferentes.
O ensino de LEM tem como principal objetivo à formação de um sujeito
consciente, crítico e reflexivo, capaz de interagir com o mundo a sua volta. O ensino
aprendizagem da língua estrangeira deverá ultrapassar as questões técnicas e
instrumentais e se centrar na educação, pois para que o aluno seja um agente
transformador da realidade em que está inserido é preciso que entenda essa realidade,
seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais. Cabe ao
professor de LEM ensinar ao aluno maneiras de construir significados, elaborar
procedimentos interpretativos para construir sentidos do (e no) mundo, pois a
linguagem é uma das possibilidades de perceber, entender e construir a realidade.
Essa aprendizagem permitirá ao aluno uma análise das questões da nova
ordem global, conscientizandoo das principais implicações que essa nova ordem traz
para a sociedade. Proporcionando ao aluno a consciência sobre o que é língua e suas
potencialidades na interação humana, alargando horizontes e expandindo suas
capacidades interpretativas e cognitivas.
302
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Conteúdos estruturantes
Consistirá em conteúdo estruturante para o ensino de LEM o discurso,
entendido como prática social sob os seus vários gêneros. Os níveis de organização
lingüística (fonéticofonológico, léxicosemântico e de sintaxe) devem servir ao uso da
linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não verbal.
Os conteúdos estruturantes entendidos como saberes mais amplos da disciplina
poderão ser abordados através de atividades significativas em prática de leitura,
escrita e oralidade.
Essas atividades serão trabalhadas a partir de textos que circulam socialmente,
os quais possibilitarão diversos tratamentos em sala de aula, como discussão de
assuntos polêmicos que serão adequados a cada faixa etária e proporcionarão estudos
de diferentes gruas de complexidade da estrutura linguística. Os textos de diversos
gêneros, darão condições de trabalhar com a língua em situações de comunicação oral
e escrita, favorecendo as relações e ações individuais e coletivas, abrangendo
significados sociais historicamente construídos, refletindo sobre as diversidade
linguísticas e culturais.
Conteúdos
1º Ano
✔ Gêneros textuais variados ou textos com gêneros diversos que fazem parte
das esferas (cotidiano, literário e midiática – PAS);
✔ To be;
✔ Simple present;
✔ Simple past;
✔ Past continuous;
✔ Simple future;
✔ To be + going to;
✔ Present perfect;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
✔ Modal verbs;
✔ Pronouns (personal and possessive);
✔ Countable and uncountable nouns;
✔ Plural of nouns;
✔ Adjetives.
2º Ano
✔ Gêneros textuais variados ou textos com gêneros diversos que fazem parte
das esferas (midiático, escolar e publicitário – PAS);
✔ Present perfect continuous;
✔ Past perfect;
✔ Past perfect continuous;
✔ Interrogative pronouns;
✔ Relative pronouns;
✔ Reflexive pronouns;
✔ Imperative;
✔ The comparative and superlative degrees.
3º Ano
✔ Gêneros textuais variados ou textos com gêneros diversos que fazem parte
das esferas (política, jurídica e científica – PAS);
✔ Reported speech;
✔ Passive voice;
✔ Conditional sentences (first, second and third);
✔ Tag question;
✔ Infinitive and gerund.
Metodologia
O professor trabalhará com textos do Livro Didático Público LEM –
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Espanhol/Inglês – ensino médio, pois este apresenta um grande número de palavras
transparentes que auxiliam o aluno a perceber que é possível ler um texto em língua
estrangeira sem muito conhecimento da língua. No entanto, é preciso conscientizar os
alunos da complexidade do ato de ler e que o texto não é portador de um único e
fechado sentido.
O professor deverá incentivar o aluno a pensar e interagir na línguaalvo de
modo que ele aprenda e sistematize conscientemente aspectos escolhidos da nova
língua. O ensino da língua estrangeira visa oportunizar noções de outra língua que
não seja a materna, proporcionando noções de estrutura, de oralidade (conversação)
e escrita da língua alvo. Assim como o ensino da língua materna, o ensino da língua
estrangeira em seu dia a dia por meio da música, propaganda, etc. Os diálogos, filmes,
músicas, charges, poemas, cartoons são fontes ricas de aprendizagem, fornecendo
assim as mais variadas formas de expressão (oral, visual, escrita, gestual).
Em todas as séries o professor, por meio dos diferentes discursos e recursos,
ampliará o conhecimento da língua estrangeira proporcionando ao aluno uma visão
ampla, aumentando assim a sua auto percepção como ser humano e cidadão.
Os níveis de organização linguística serão trabalhados a partir de textos com
fins educativos, apresentando possibilidades de tratamento, em sala de aula, de
assuntos polêmicos adequados à faixa etária e com diferentes graus de complexidade
da estrutura linguística.
Avaliação
A avaliação da aprendizagem de língua estrangeira precisa superar a concepção
de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se
configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das
dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções no processo
ensino e aprendizagem.
Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que
o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da interação verbal, a
305
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
partir dos textos e de diferentes formas entre os alunos e o professor, entre os alunos e
a turma, na interação dos alunos com o material didático, nas conversas em língua
materna e na língua estrangeira estudada. Nesse sentido, a avaliação servirá de
instrumento para reflexão do professor sobre sua prática.
Referências
ORIENTAÇÕES CURRICULARES. Departamento de ensino médio. Língua estrangeira moderna – LEM. fevereiro de 2006.
FERRARI, M e RUBINS, S.G. Inglês de olho no mundo do trabalho. São Paulo: Scipione, 2003.
306
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, Brasília, Senado
Federal.
BRASIL. Estatuto da Criança e do adolescente. Lei nº 8.069/1990, de 13 de julho
de 1990. São Paulo: CBIASP, 1991.
BRASIL. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Federal 9.394/1996. Brasília, Congresso Nacional: 1996.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Volume 1: Introdução.
GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação. São Paulo em Perspectiva.vol.14, nº.2. São Paulo, abril/junho de 2
MELO,Guiomar Nemo. Formação Inicial de Professores para Educação Básica: uma (re)visão radical. São Paulo em Perspectiva, vol 14, nº 1. São Paulo: SEAD, Jan/Mar de 2000.
ROMANOSWSKI Paulin Joana. Formação e profissionalização docente. Editora Ibpex. Curitiba, 2007.
FORQUIN, Jean Claude. Escola e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia históricocrítica: primeiras aproximações. 7 ed. Campinas : Autores Associados, 2000. 122 p.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: Uma introdução às teorias do currículo 2a ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
SEED/PR. Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos. In
Enfrentamento à violência na escola / Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Curitiba:SEED/PR:p.
172, 2010.
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