Região Metropolitana de Belo Horizonte(RMBH)
Violência contra a mulher é um sintoma trágico da discriminação de gênero, e é um problema endêmico enraizado em aspectos sócio-culturais e econômicos de uma sociedade baseada no modelo masculino de dominação. Como a violência de gênero não é limitada a uma área, classe social ou raça, um mecanismo abrangente que lide com esse assunto não pode ser limitado a uma área geográfica ou o limites territoriais políticos.
OUTUBRO 2006
FEVEREIRO 2007
JUNHO 2007
OUTUBRO 2007
MARÇO 2008
AGOSTO 2008
» Outubro a Dezembro de 2006
- Oficinas de capacitação sobre a Lei dos Consórcios 11.107/05 envolvendo todos os atores - Planejamento estratégico para criar um Plano de Ação para 2007
» Fevereiro a Abril 2007
- Um Grupo Gerenciador Local ( GGL) formado em cada município- Grupo Gerenciador Inter-municipal (GGI) formado, constituído por membros dos GGL- Cartas de compromisso assinadas por prefeitos dos quatro municípios designando o Grupo Gerenciador, o Grupo Técnico e o Grupo Jurídico do GGI.
» Abril a Junho 2007
- Planejamento de uma metodologia deconsorciamento
» Junho a Agosto 2007
- Oficinas técnicas sobre a Lei Federal com o Grupo Gerenciador, o Grupo Jurídico e convidados- Esboço do Protocolo de Intenções
» Agosto a Outubro 2007
- Oficinas de capacitação sobre Consenso- Orçamento preliminar para o Consórcio preparado» Outubro 2007 a Fevereiro 2008
- Assinatura do Protocolo de Intenções pelos municípios consorciados- Protocolo de Intenções definido e ratificado como lei municipal por cada Conselho Municipal
» Março 2008
- Inauguração do Consórcio
» Maio 2008
- Um dos prefeitos eleito como Presidente do Consórcio- Esboço da Lei Estatutária Municipal do Consórcio apresentado pelo Grupo Jurídico
» Agosto 2008
- Lei Estatutária Municipal do Consórcio e orçamento de 2009 aprovados pelos prefeitos
» Dezembro 2008 a Fevereiro 2009
- Contrato Programático desenvolvido
MARÇO 2009
Betim
Belo
Hor
izon
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SabaráContagem
Promovendo Igualdade de Gênero e Combatendo a Violência Contra a Mulher: Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais
Como criar um mecanismo interinstitucional de sustentável em uma região urbana que estimuler uma mudança positiva no comportamento social e nas instituições públicas
Impacto
O objetivo não é somente intervir diretamente na vida de um grupo de mulheres e produzir um resultado concreto como por exemplo uma cooperativa de costura. O Consórcio foi planejado para ter um impacto de longo prazo por meio da 1) provisão de assistência imediata e programas específicos para mulheres mais necessitadas, e 2) montagem de mecanismos institucionais que abordem problemas que perpetuam a desigualdade.
Estrutura Jurídica
Um componente-chave é uma estrutura jurídica sólida. A natureza jurídica do Consórcio cria condições para que se aproveite das economias de escala na prestação de serviços, se otimize a aplicação de recursos públicos, e se obter ha transferências intergovernamentais além de arrecadar fundos de agências não-governamentais. A natureza contratual do Consórcio assegura que os municípios consorciados serão encarregados de suas responsabilidades administrativas, técnicas e orça-mentárias transformando e eclarecendo o compromisso e responsabilidade dos prefeitos e suas administrações.
ConsórcioMulheres das Gerais N P C
A formação do Consórcio Regional Mulheres das Gerais é um dos resultados do Projeto Novos Consórcios Públicos para Governança Metropolitana (NPC), um projeto conjunto de quatro anos (2006-2010) do Ministro das Cidades do Brasil e a Universidade de British Columbia, Canadá.
Políticas e Ações
Duas estratégias separadas foram adotadas: ‘ações preventivas’ e ‘ações relativas à prestação de serviços’. Essas estratégias têm como objetivos a execução de ações mais amblas e abrangentes para a melhoria das condições dos mulheres, e para o estabelecimento de uma base sólida para uma estrutura de governança metropolitana mais avançada. Isso levou à distinção entre políticas para ações que podem ser melhor desenvolvidas a nível municipal, a nível regional, ou em conjunto. As ações foram categoriza-das como ‘políticas consorciadas’: as ações governamentais executadas somente pelo Consórcio Regional; e ‘políticas compartilhadas: as ações governamentais executadas pelo Consórcio em conjunto com as municipalidades.
Ações de Prevenção Ações de Atendimento
Campanhaseducativas e
educaçãonão sexista
Diagnóstico, monitoramentoe indicadores
PromotorasLegais
Populares
Casa Abrigopara mulheres
vítimas deviolência, emsituação derisco de vida
Casa de Passagem
para mulheresvítimas deviolência
Política Compartilhada:ações que poderão ser desenvolvidastanto no âmbito do Consórcio quanto
no âmbito dos municípios
Política Consorciada:ações que poderão ser desenvolvidas
somente no âmbito do Consórcio
+
Abordagem Regional
Quatro cidades da RMBH—Belo Horizonte, Sabará, Betim e Contagem—formaram o Consórcio Regional para a Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais para promover igualdade de gênero e combater a violência contra a mulher. O Consórcio lidera o desenvolvimento de uma política regional de abrigos para mulheres vítimas de violência assim como políticas que tratam da educação não sexista, e o melhoramento das condições de trabalho e renda para mulheres.
A abordagem regional é crucial para a implantação e fortalecimento de ‘políticas transversais, como equidade de gênero, que geralmente são vistas como complexas demais para serem priorizadas tendo em vista os recursos munici-pais limitados. O desafio do Consórcio era: é estabelecer de forma sustentável apoio dentro da administração pública considerando-se que um consórcio regional, representa um processo muito recente para municípios. Esse apoio deve ser claramente vinculado à promoção da equidade social. A determinação política significa comprometimento com a intervenção direta e freqüente em relação às ações necessárias, assim como para assegurar os fundos para empreender as mesmas. A abordagem consorciada dos quatro municípios também oferece mais espaço para a execução de ações conjuntas, fortalecendo acordos de cooperação intermunicipal, manutenção das responsabili-dades de cada município e a definição das contribuições financeiras anuais.
metodologias, estudos, experiências e recursos humanos, de um modo sistemático e abrangente.• Fortaler as agências que providenciam apoio legal e institucional para mulheres.• Diferenciar ações que podem ser implantadas à nível municipal ou nível regional, respitando característi cas locais, custos de implantação, e população-alvo.• Promover o treinamento profissional de mulheres, incluindo oportunidades para geração de renda e criação de empregos.• Estar atento ao calendário político e antecipar obstácu los que possam surgir.
Aprendizados
• Definir ações necessárias para executar planos factíveis requer objetivos claros que sejam sensíveis à necessi- dades específicas como educação inclusiva e não- sexista, promoção de igualdade nas condições de trabalho oferecimento de oportunidades e melhores salário assim como eficiente combate contra violência contra a mulher.• Deve ser permitido bastante tempo – construção de consórcios é um processo de longo prazo.• Estabeler uma base de conhecimento comum entre os municípios através do compartilhamento de
Visão
Uma sociedade que promove a igualdade de gênero e que é livre de
todas as formas de violência contra a mulher.
Missão
Planejar, adotar e implantar ações e programas que promovam a
prevenção e eliminação de todas as formas de violência contra a
mulher, de forma emancipatória e inclusiva e sustentável e que
respeite a diversidade de todos os atores envolvidos.
Princípios
1. Reconhecer a igualdade de direitos para todos;
2. Garantir transparência, responsabilidade fiscal e reconhecer
responsabilidades compartilhadas;
3. Respeitar a autonomia das entidades públicas consorciadas;
4. Respeitar os tratados, as leis, os acordos, e as convenções
existentes que se referem a gênero e aos direitos universais;
5. Garantir a sustentabilidade do Consórcio por meio de
monitoramento e avaliação contínua;
6. Adotar esforços coordenados para encontrar soluções regionais
relevantes ao objetivo do Consórcio;
7. Incorporar processos de tomada de decisões que sejam bem
informados e abertos.