Transcript
Page 1: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC

Ano 30 - nº 267 - São Paulo/SP - Janeiro/16

w w w. s i n d i c o m i s . c o m . b r

A

Câmara Setorial doS agenteS de Carga enCerrou 2015

Com balanço poSitivoCâmara criada pela ACTC na Associação Comercial de Santos foi a que mais reuniões manteve durante o ano passado

Câmara Setorial dos Agentes de Carga da ACTC na Asso-ciação Comercial de Santos

encerrou suas atividades em 2015, com reunião em 9 de dezembro, apresentando um balanço de sua atuação em seu primeiro ano de trabalho.

Darcy Franzese, Coordenador da Câmara e Diretor do SINDICOMIS/ACTC, agradeceu à Associação Co-mercial por ter acreditado na impor-tância dos agentes de carga e con-cordado com a criação da Câmara, ressaltando que, somente neste ano, foram discutidos mais de 30 assuntos diferentes em 12 reuniões mensais.

Márcio Calves, Diretor Executivo da Associação Comercial, elogiou a atuação da Câmara, que foi a mais atuante da Associação, em 2015. Ressaltou que a Câmara dos Agentes de Carga foi a única que formalizou entrega de relatório de atividades para a presidência da As-sociação Comercial e afirmou que em 2016 a Associação deve fortale-cer sua atuação institucional a partir da atuação das câmaras setoriais.

Pedro Veras, Diretor do Conselho Fiscal da Associação Comercial de Santos, que foi um dos responsáveis pela criação da Câmara, mostrou sua satisfação por ter se confirma-do a necessidade de sua existência para apoiar a categoria tão impor-tante para o comércio internacional.

Aguinaldo Rodrigues, Diretor Exe-cutivo da Câmara e do SINDICO-MIS/ACTC, apresentou o balanço dos assuntos discutidos em 2015. Entre os mais de 30 temas discuti-dos, alguns são de grande impacto para os agentes de carga, como: Trânsito Aduaneiro para Cargas de Exportação, Aprovação de Carga

Darcy Franzese, Coordenador da Câmara e Diretor do SINDICOMIS/ACTC, ressaltou a importância do trabalho realizado em 2015

IMO com Armadores, Operador Econômico Autorizado, Entrega de Cargas sem Liberação do Conheci-mento. Também foram recebidos representantes dos intervenientes do Porto de Santos e realizadas au-diências com a Receita Federal.

Além dos representantes das em-presas, da Associação Comercial e do SINDICOMIS/ACTC, a reunião teve a presença de Madeleine On-clinx, Presidente do Clube da Ânco-ra, que veio aproximar a entidade que preside da Câmara.

Após a reunião foi oferecido um co-quetel a todos os presentes.

Page 2: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/162

Palavra do PresidentePalavra do Presidente

Esperança sempre

N

2

mos reencontrar o caminho. Boa parte do ajuste fiscal foi realizada, com pelo menos um resultado positivo, que foi o da balança comercial.

A condução da política econômica voltou a mudar, mas alguns processos iniciados não podem ser interrompidos. Não será um ano maravilhoso, mas terá de ser melhor que 2015. Temos que lutar por isso.

Lutar é a palavra de ordem. O SINDICOMIS/ACTC se compromete com seus associados de se manter na vanguarda contra desman-dos dos diversos setores governamentais que balizam nossas atividades. Nosso tra-balho será intensificado em 2016, para que possamos desempenhar nossa função den-tro da normalidade.

Precisamos abraçar outras lutas, como con-tra a volta da CPMF e do aumento do PIS/COFINS.

Não é possível que continuemos a pagar pelas bobagens que os governos praticam. Outras soluções devem ser criadas, porque a lógica de aumento de tributação causa o encolhimento da economia com o au-mento do desemprego, o mesmo círculo vicioso que sempre criticamos em políticas econômicas.

Vamos dizer NÃO a estes tributos!

Vamos unir todas as nossas entidades para que possamos tomar ações fortes contra a CPMF e o aumento do PIS/COFINS!

Só lutando poderemos manter a esperança.

Feliz 2016 a todos!

este início de ano minha mensagem só pode ser de esperança.

Após assistirmos o Brasil sucumbir diante de uma disputa política insana pelo poder, as instituições estão esgarçadas e a credibili-dade do brasileiro em nosso País despen-cou de vez.

Nunca foi tão clara a guerra entre os três poderes da República; um jogo de denún-cias, conchavos e perseguições, patrocina-do por enormes somas de dinheiro que se movimentam de um lado para outro, indo e vindo de paraísos fiscais para financiar cam-panhas políticas, em um jogo de compra e venda de favorecimentos milionários.

A verdade se escancarou diante de todos: este talvez seja o pior Congresso que já houve, comprometido apenas com ele mesmo. Em um ano de votação de impe-achment, pode-se imaginar que quase ne-nhum outro assunto tenha sido discutido, que nenhum Projeto de Lei importante te-nha sido votado, que quase nada aconte-ceu que pudesse atender às necessidades dos setores que ainda lutam para manter a economia funcionando.

A grande esperança para 2016 é que a crise política seja, ao menos, contornada para desemperrar a economia, travada pela pa-ralisação geral criada pelo cenário político adverso.

O Brasil não pode mais esperar para voltar a trabalhar. Todo o negativismo deve ser dei-xado em 2015, porque temos que acreditar em nossa força de trabalho, que sempre ajudou o País a passar pelas crises. Os anos de prosperidade não acabaram, precisa-

Presidente: Haroldo Silveira Piccina; Vice-Presidente: Luiz Antonio Silva Ramos; 1º Diretor Tesoureiro: Regynaldo Mollica; 2º Diretor Tesoureiro: Sérgio Ricardo Giraldo; 1º Diretor Secretário: José Emygdio Costa; 2º Diretor Secretário: Laércio Anjos Fernandes; Diretores Suplentes: Milton Lourenço Dias Filho, Mauris Gabriel, Fernando Manuel Ferreira Gomes dos Reis, Ricardo Messias Sapag, Marco Antonio Guerra, Nelson Masaaki Yamamoto. Membros do Conselho Fiscal: Darcy Franzese, André Gobersztejn, Francisco Catharino Uceda; Suplente do Conselho Fiscal: Reinaldo Braz Postigo; Representantes Junto à FECOMERCIO SP: 1º Delegado Efetivo: Haroldo Silveira Piccina; 2º Delegado Efetivo: Luiz Antonio Silva Ramos; 1º Delegado Suplente: Regynaldo Mollica; 2º Delegado Suplente: José Emygdio Costa; Diretor Executivo: Aguinaldo Rodrigues; Assessora Jurídica e Parlamentar: Maristela Noronha Gonçalves Moreira. SINDICOMIS ACONTECE: Publicação Mensal Órgão do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo e da Associação Nacional das Empresas Transitárias, Agentes de Carga Aérea, Comissárias de Despachos e Operadores Intermodais. Sede: Rua Avanhandava, 126, 6º andar - Conj. 60 e 61 - Bela Vista - São Paulo - CEP 01306-901 - Tel.: (11) 3255-2599 / Fax: (11) 3255-2310. Internet: www.sindicomis.com.br - e-mail: [email protected]. Jornalista Responsável Álvaro C. Prado - MTb nº 26.269. Reportagens Álvaro C. Prado. Revisão Gisele E. Prado. Impressão Artgraphic. As opiniões expressas nos artigos dos articulistas convidados podem não coincidir com as opiniões do SINDICOMIS/ACTC.

Page 3: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/16 3

Notícias do comitêNotícias do comitê

uiz Ramos, Coordenador do Comitê e Vice-Pre-sidente do SINDICOMIS/ACTC, agradeceu aos associados presentes pela participação efetiva

em todas as reuniões realizadas pelo Comitê em 2015 e solicitou aos presentes que continuem participando, trazendo sugestões e temas para o próximo ano. Ra-mos aproveitou para fazer um agradecimento especial a Haroldo Piccina, Presidente do SINDICOMIS/ACTC, pelo importante apoio nas demandas que o Comitê gerou durante o ano, destacando a importante vitória na Ação Coletiva promovida contra a Receita Federal, relativa às multas da IN 800.

“É muito gratificante verificar os resultados alcançados pelo Comitê neste ano tão difícil para empresas. Mas, estamos felizes e motivados para continuar nossa luta em defesa da nossa categoria”, disse Luiz Ramos.

Oswaldo de Castro, advogado convidado, esclare-ceu aos participantes sobre a importância do envio de Autos de Infração que as empresas possam estar recebendo, mesmo depois da Antecipação de Tutela, para que a ACTC possa tomar medidas cabíveis para que as mesmas sejam anuladas.

Outro tema importante debatido na reunião foi a Resolução ANTAQ Nº 4271/2015 e Notas Técnicas, relativas à Demurrage e às atuais propostas de mu-danças na legislação via ANTAQ. O Diretor Executivo do SINDICOMIS/ACTC, Aguinaldo Rodrigues, expôs aos presentes sua participação em reunião com técni-cos da ANTAQ, em Brasília. Aguinaldo disse que foi muito importante a participação das Entidades como representante do segmento de Agentes de Cargas,

L

pois foi possível esclarecer vários aspectos da referida Resolução que afetam diretamente o setor.

Aguinaldo aproveitou para fazer uma comunicação importante: RBAC 107 e 110 – Regulamento Brasilei-ro da Aviação Civil – Normas de Segurança para os Operadores de Aeródromos. Impactos nos Agentes de Carga e demais prestadores de serviços em aeropor-tos. Este curso está sendo realizado no Rio de Janeiro e em breve deverá ser realizado em São Paulo.

Comitê Técnico de Comércio Exterior e Fiscal fez um balanço

das atividades em 2015

Associados participaram ativamente das reuniões do Comitê em 2015

Aguinaldo Rodrigues (esq.), Luiz Ramos, Vice-Presidente do SINDICOMIS/ACTC; e Oswaldo de Castro tiveram muito trabalho em 2015, o que deve se manter agora em 2016

Page 4: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/164

aroldo Piccina, Presidente do SINDICOMIS/ACTC, representou a FECOMER-

CIO SP na reunião da Câmara Brasileira de Serviços Terceiriza-dos – CBST, na sede da CNC, em Brasília.

Piccina destacou os principais te-mas discutidos na reunião:

- MP 680/2015 – Programa de Proteção ao Emprego. Em ofício à Câmara dos Deputados, a CNC

H

Notícias CNCNotícias CNC

Reunião da CBSTCâmara Brasileira de Serviços Terceirizados discutiu temas importantes para o Setor de Serviços

Haroldo Piccina, Presidente do SINDICOMIS/ACTC, mais uma vez esteve presente à reunião da CBST continua na pág. 5

Page 5: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/16 5

posicionou-se de forma divergen-te à MP, ressaltando a necessi-dade de correções e que sejam respeitadas as Convenções ou Acordos Coletivos firmados en-tre empregadores e empregados.

- Lei 9.249/1995 – Atualização do Valor Usado para Cálculo da Adicional do IRPJ. Em parecer a CNC manifestou-se, por se tratar de assunto de interesse do em-presariado, julgando adequado apoiar proposição de atualização no IRPJ, nos moldes apresenta-dos pela Fecomercio RS.

- Súmula 444 do TST – Solicita-

ção de pedido de representação junto ao STF. A CNC entende ser pertinente a solicitação da Fena-vist para racionalizar os impactos trazidos pela edição da Súmula, que extrapolou a competência do TST, resultando em impactos financeiros negativos no setor de vigilância com regime de 12 por 36 horas. A CNC está estudando ação conjunta com outras Entida-des Patronais para retirar a eficá-cia da Súmula 444.

- PL 4330 – Parecer da CNC sobre o substitutivo a este Projeto de Lei. A CNC, por meio da CBST, tem trabalhado fortemente pela

aprovação deste projeto que dará segurança jurídica para as empre-sas prestadoras de serviços do País.

- PL 1.572/2011 – Novo Código Comercial Brasileiro, Emenda 56/201: Introdução ao Capítulo relativo ao Direito Marítimo.

- Juntas Comerciais – Manuten-ção de exigência de autorização da ANAC (revogada desde 2010) para registro de empregados de agenciamento de carga e dos agentes de carga aérea. CNC ofi-ciará a ANAC para que cumpra o que prevê a norma de 2013.

conclusão

Notícias CNCNotícias CNC

Page 6: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/166

Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-

cia na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na qual foi discutido o Projeto de Lei Com-plementar 123/2015, que altera as tabelas do Simples Nacional.

Estiveram presentes na audiência a Senadora Marta Suplicy, relato-ra do projeto; Guilherme Afif Do-mingos, presidente do SEBRAE; e Alvaro Furtado, Diretor da FE-COMERCIO SP representando o Presidente Abram Szajman. Parti-ciparam também o Deputado Fe-deral Jorginho Mello, Presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa na Câma-ra Federal; os deputados Itamar Borges e Caio França, Presidente e Vice-Presidente da Frente Par-lamentar do Empreendedorismo da Assembleia Legislativa de São Paulo; Marcos Monti, Prefeito de São Manuel e Presidente da As-sociação Paulista de Municípios.

O objetivo da audiência, conforme citou o Presidente da Assembleia, Fernando Capez, é o espírito em-preendedor girando em torno da simplificação tributária para os pe-quenos negócios, estimulando a criatividade, o empreendedorismo e o crescimento de produção. A Senadora Marta Suplicy afirmou que o grande desafio é fazer com que as empresas superem o medo de crescer e pagar mais impos-tos, pois a mudança de faixa de faturamento bruto anual tem um

A cimento da contribuição sindical patronal para as MPEs optantes pelo Simples Nacional, bem como na aprovação da Emenda nº 2, apresentada pelo Senador Flexa Ribeiro, que contempla a obrigato-riedade do recolhimento das con-tribuições relativas ao sistema S.

Novo filiado

Haroldo Piccina deu boas-vindas ao Presidente do Sinaenco – Sin-dicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consul-tiva, José Roberto Bernasconi; e a seu Diretor Executivo, Antonio Othon Pires Rolim, agradecendo por terem filiado o Sinaenco à Fe-deração do Comércio.

MoMeNto SiNdicato

Luciano Tadeu Damiani, Presi-dente do Sindemvideo, falou ao Conselho sobre seu Sindicato. Da-miani relatou que o Sindicato foi fundado em 1988, mas que em decorrência da evolução tecno-lógica o segmento está gradati-vamente desaparecendo. Ciente desta evolução, está buscando al-ternativas, como ampliar sua base territorial com a prospecção de outros setores que trabalham com a locação de bens de consumo, que atualmente não tenham re-presentação, ou que estejam pas-sando pelos mesmos problemas que o Sindemvideo.

O mercado de locação de vídeo até 2007 era glamoroso, com cerca

aumento significativo e despro-porcional. As micro e pequenas empresas são as grandes gerado-ras de emprego e renda no País. Afif Domingos disse que a propos-ta aprovada neste ano tramita no Senado e que os municípios não perderão a arrecadação, porque haverá um crescimento da base de empresas formalizadas. Alvaro Furtado, que representou a FECOMERCIO SP, considera que as medidas apresentadas no pro-jeto são um grande avanço para as micros e pequenas empresas. Fur-tado fez uma ressalva quanto às novas tabelas e considera impor-tante a aprovação da expressão “das relações de consumo”, no artigo 55 do projeto, que trata da fiscalização orientadora das micros e pequenas empresas, a chamada “dupla visita”.

Furtado destacou também a ne-cessidade de reativação das con-tribuições patronais em relação às micros e pequenas empresas, tendo em vista o desequilíbrio que tal sistema provocou na re-presentação sindical, ao desone-rar as pessoas jurídicas optantes pelo Simples do recolhimento da contribuição, ao arrepio das dis-posições constitucionais vigentes. O Sistema S também foi objeto da Federação, que adverte sobre a redução de recursos, que pode agravar ainda mais a crise eco-nômica atual. Furtado encerrou afirmando que a entidade espera contar com o apoio no restabele-

Notícias FecomercioNotícias Fecomercio

Conselho de Serviços da FECOMERCIO SP recebeu explicações sobre as alterações nas

tabelas do Simples Nacional

As alterações propostas visam incentivar o empreendedorismo e au-mentar a criação de novas empresas

Page 7: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/16 7

de quatro mil empresas locadoras, das quais mais da metade contri-buía com o Sindicato. Hoje, em decorrência da internet, a entida-de está menor e sem recuperação. Damiani, que é presidente do Sin-dicato há dez anos, mas dedicado à entidade desde a fundação em 1988, disse que não vai desanimar e que pretende, com sua diretoria, mudar a nomenclatura de locação de filmes para locação de bens.

Piccina elogiou Damiani pela co-ragem de expor as dificuldades pelas quais seu Sindicato está pas-sando e parabenizou pela incia-tiva em recuperar sua Entidade, cedendo inclusive a sua casa para abrigar o Sindemvideo.

PaNoraMa Político

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados terá nova denominação, incluindo em

seu nome o Setor de Serviços. A iniciativa foi do Deputado Laércio Oliveira, Vice-Presidente da CNC, que vem trabalhando nesta con-quista há anos, disse Piccina.

Setor de ServiçoSceNário e teNdêNciaS

Dados do IBGE mostram que as atividades do Setor de Serviços estão em queda desde agosto de 2015, com desaquecimento da atividade econômica. Para a As-sessoria Econômica da FECOMER-CIO SP, os juros elevados e a falta de crédito no mercado afetam di-retamente este cenário, agravado pelo aumento do desemprego. Os serviços mais afetados são: con-sultorias, escritórios de advoca-cia, arquitetura, contabilidade e engenharia. A análise mostra um represamento de gastos e investi-mentos por causa das incertezas e seus efeitos na economia real têm sido devastadores.

Piccina encerrou a reunião citan-do a Moção do Deputado Esta-dual Itamar Borges, sobre o re-passe de recursos do “Sistema S”: “O governo ameaça diminuir em 30% o repasse, colocando em risco o fechamento das escolas que fazem parte deste sistema, que é formado por organizações e instituições ligadas ao setor produtivo, tais como indústria, comércio, agricultura, transpor-te e cooperativa, que têm como objetivo melhorar e promover o bem estar de seus funcionários e disponibilizar uma boa educação profissional”.

“Precisamos nos mobilizar con-tra essa medida do governo. Di-vulguem junto aos seus repre-sentados, pois está em jogo a manutenção do sistema que ao longo dos anos vem qualifican-do e requalificando dos trabalha-dores do nosso Brasil”, finalizou Piccina.

Notícias FecomercioNotícias Fecomercio

Page 8: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/168

SiNdicomiS/AcTc nos PORTOS E AEROPORTOS

terMiNal de cargaS do aeroPorto iNterNacioNal de São Paulo - guarulhoS, teca gru,

iNveStirá eM exPaNSão e iNfraeStrutura

BriNk’S e viracoPoS iNiciaraM oBraS de terMiNal de alta SeguraNça

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), e a empresa de segurança Brink´s começaram as obras

da construção do primeiro terminal de cargas de alta segurança.

A área de alta segurança tem previsão de entrega para fevereiro de 2016. Localizada dentro do terminal de car-gas de Viracopos, a área exclusiva de 1.560 m² será des-tinada a abrigar a mais completa estrutura de segurança especial para cargas de alto valor em aeroportos da América Latina. O espaço contará com toda a infraes-trutura física e tecnológica de segurança utilizadas em operações similares nos mais importantes terminais do mundo, incluindo área especial com temperatura con-trolada, que abrigue cargas de produtos farmacêuticos e outras que demandem esse ambiente. Com a implantação da filial Brink’s Viracopos, os órgãos anuentes passarão a ter mais uma área de conferência segregada, completando o ciclo de segurança da carga. Vale destacar que o terminal de carga do Aeroporto Internacional de Viracopos é um dos terminais mais im-portantes e movimentados do nosso país. Além de

Localizado a 20 km de São Paulo, o TECA GRU é o maior complexo logístico aeroportuário da América Latina e desempenha um importante papel na logística brasileira, interligando 29 países, todas as capitais e as principais cidades brasileiras por meio de mais de 750 voos diários operados por 46 empresas aéreas nacionais e internacionais.

Com área de 97 mil m², o TECA GRU movimenta produtos de diversos segmentos, entre eles: eletrônico, farmacêutico, têxtil, alimentos, peças e acessórios automotivos. Os investimentos no TECA GRU, já iniciados, somarão R$ 45 milhões especialmente em expansão e melhoria da infraestrutura aeroportuária, incluindo o aumento da capacidade e a eficiência no transporte de cargas para clientes.

Os sistemas informatizados permitem o gerenciamento total do processo de recepção, triagem, armazenagem, mo-vimentação, liberação da carga e faturamento dos serviços, e está de acordo com os diversos regimes aduaneiros da Receita Federal do Brasil. Os volumes armazenados nesse sistema recebem uma etiqueta adesiva contendo código de barras onde constam suas principais informações. Essa ferramenta tem como objetivo a automação e a atualização do endereçamento das cargas, tornando o processo de movimentação e localização muito mais ágil.

Dentre os investimentos em tecnologia planejados pela nova administração estão a duplicação da quantidade de saídas de carga dos transelevadores (Nove saídas na liberação local - DI e uma no trânsito aduaneiro - DTA), au-mentando a sua capacidade e a velocidade de movimentação, a instalação de novos equipamentos de Raio-X e a implantação de um novo sistema operacional para o armazém.

contar com uma ampla e moderna estrutura para mo-vimentação das cargas, é responsável por movimentar cerca de 40% de toda carga aérea importada no País. Com acesso aos principais hubs internacionais e à malha rodoviária mais moderna e importante do País.

O projeto da Aeroportos Brasil Viracopos prioriza o de-senvolvimento, modernização constante de máquinas e sistemas para tornar a operação de cargas cada vez mais eficiente e sob medida para cada cliente. Somos hoje uma referencia mundial de qualidade, satisfação e eficiência, afirma Adan Cunha – Assessor de Negócios de Carga no Aeroporto de Viracopos.

Page 9: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/16 9

EMPRESÁRIO:DIGA NÃO AO AUMENTO DO PIS/COFINS

O governo prepara mudanças que altera a cobrança do PIS/COFINS.

O aumento deverá elevar em 5% a tributação sobre as empresas prestadoras de serviços, agravando ainda mais um cenário preocupante de estagnação econômica em nosso país.

Representantes de associações empresariais vão discutir a proposta do governo que altera a cobrança do PIS/COFINS, no dia 8/12, às 14h no auditório da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC.

Vale lembrar que o PIS/COFINS é pago pelas empresas de todos os setores e ajudam a financiar a previdência social e o seguro-desemprego. Pela proposta do governo o setor da construção civil, educação e serviços, migrariam para a alíquota maior de 9,25% do faturamento, havendo um sistema de compensação.

Só que para compensar mais, é preciso ter um produto que possa ir para a prateleira, o que não é o caso do setor de serviços. O IBPT diz quanto maior o peso da folha de pagamento nas contas de cada empresa, mais serão prejudicadas. A previsão é que mais de 1,5 milhão de empresas seriam afetadas com estas alterações.

Claro que o governo vai se beneficiar em muito pois, a previsão é de um aumento na arrecadação de 50 bilhões por ano. Se essa alteração prosperar haverá um aumento no preço dos serviços e essa mudança inviabilizaria milhares de empresas e aceleraria o crescimento do desemprego que, hoje já está muito alto.

Precisamos nos unir e dizer NÃO ao aumento do PIS/COFINS

Page 10: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/1610

Notícias do SindicatoNotícias do Sindicato

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça confirmou condenação de uma empre-

sa aérea ressarcir integralmente outra empresa por danos no transporte de mercadorias. Os ministros seguiram voto do relator, Ministro Marco Auré-lio Bellizze, para quem é inaplicável a indenização tarifada contemplada na Convenção de Varsóvia, inclusive na hipótese em que a relação jurídica estabelecida entre as partes não se qualifique como de consumo.

A interpretação vale especialmente no caso em que os danos advindos da falha de transporte em nada se re-lacionam com os riscos inerentes ao transporte aéreo e o transportador tem plena e prévia ciência do conteúdo da mercadoria transportada.

O Ministro entendeu que a limitação tarifária prevista na Convenção de Varsóvia, afasta-se do direito à repa-ração integral pelos danos materiais

injustamente sofridos, concebido pela Constituição Federal como direito fun-damental (artigo 5º, V e X). A limitação também se distancia do Código Civil que, em processo de afirmação de sua viabilidade econômica e tecnológica. Contudo, tal fato não se verifica mais, uma vez que atualmente se trata de meio de transporte dos mais seguros estatisticamente.

Na hipótese, uma sociedade empre-sária contratou serviço de transporte aéreo de componentes eletrônicos e equipamentos de informática, devida-mente declarados, de Nova Zelândia para o Brasil. Houve extravio do pro-duto, já no seu destino.

Como a mercadoria estava segura-da, a seguradora ressarciu o cliente, mas ajuizou ação de regresso contra a empresa aérea. Em primeiro grau, a empresa para ressarcir integralmente o prejuízo, visto que a relação jurídica seria de consumo. O Tribunal de Jus-

tiça de São Paulo manteve a sentença.

Ao julgar o recurso da empresa aé-rea, a turma afastou a incidência da legislação consumerista no caso, mas manteve a condenação da transporta-dora aérea a ressarcir integralmente os danos concretamente sofridos.

O colegiado definiu, ainda, que a re-paração integral não seria o condão de violar o artigo 750 do CC. Entendeu que o regramento legal tem por pro-pósito justamente propiciar a efetiva indenização da mercadoria que se per-deu, de forma a evitar que a reparação tenha por lastro a declaração unilateral do contratante do serviço de transporte que, eventualmente de má-fé, possa superdimensionar o prejuízo sofrido. Essa circunstância, a qual a norma bus-ca evitar, não se encontra presente na espécie. A mercadoria foi devida e pre-viamente declarada, contando, portan-to, com a absoluta ciência do transpor-tador acerca de seu conteú do.

Ressarcimento em Transporte Aéreo de Mercadoria deve ser integral, mesmo

que não haja relação de consumo

Page 11: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/16 11

Notícias do SindicatoNotícias do Sindicato

Page 12: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Câmara Setorial ...site).pdf · 6 Janeiro/16 Assessoria Jurídica da Fe-deração do Comércio co-municou sobre a audiên-cia na Assembleia

Janeiro/1612

esumo de artigo do advogado Igor Mauler Santiago, sócio do Sacha Calmon - Misabel Derzi Consultores e Advogados, mestre e doutor em Direito Tributário pela

UFMG. Membro da Comissão de Direito Tributário do Conselho Federal da OAB.

O PIS/Cofins não incide sobre a receita dos serviços de trans-porte internacional prestados, em qualquer sentido – daqui para o exterior, ou do exterior para cá –, por empresa residente no Brasil (MP 2.158-35/2001). O PIS/Cofins-Importação incide sobre serviços prestados por residentes no exterior, se executados aqui ou se aqui tiverem o seu resultado (Lei 10.865/2004).

O transporte internacional inicia-se em um país e completa-se em outro, o que impede a formulação de juízos definitivos so-bre os locais de sua execução (parte no país de origem, parte no de destino e também por onde o veículo transita) e de seu resultado. No comércio internacional, o princípio do destino orienta que nenhum país exporte tributos. Pelo princípio da neutralidade, uma operação ou prestação feita por não residente sofra carga fiscal idêntica à que incidiria caso fosse praticada por um residente.

Entendemos que há importação de serviço quando um trans-portador estrangeiro contratado por empresa brasileira traz mercadorias do exterior para o Brasil. Se o transportador fosse brasileiro, a incidência do PIS/Cofins interno seria certa, não fosse a isenção da MP 2.158-35/2001.

Essa isenção, porém, não representa benefício para o importa-dor, não tendo caráter protecionista dos transportadores brasi-leiros. O artigo 77, inciso I, do Regulamento Aduaneiro (Decreto 6.759/2009), integra o valor aduaneiro – base de cálculo do PIS/Cofins importação sobre mercadorias (Lei 10.865/2004) – “o custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro”.

Ou seja, o frete, não importa quem o tenha feito ou pago, é tributado de forma englobada na mercadoria, não sendo mesmo razoável que o fosse de novo sob a forma de receita do trans-portador brasileiro. O mesmo vale para o prestador estrangeiro (importação), porque a cobrança do PIS/Cofins-Importação também não se dá em separado.

Entendemos não haver importação de serviço, nem PIS/Co-fins, quando o transportador não residente é contratado pela empresa brasileira para levar as suas mercadorias daqui para o exterior. Isso traria ao adquirente estrangeiro dos bens o ônus destes mesmos tributos, naquilo em que incidem sobre o frete. Assim, estendemos a não incidência ao transportador brasileiro em igual situação, debate que fica prejudicado pela isenção da MP 2.158-35/2001.

Em suma: seja o transportador brasileiro ou estrangeiro, há PIS/Cofins (embutido naquele das mercadorias) no frete que entra, mas não no que sai. A conclusão é confirmada, ainda que nem sempre pelos mesmos fundamentos, na jurisprudência do Carf.A outra questão refere-se ao direito de crédito do contratante do transporte.

Quanto ao frete que entra de transportador estrangeiro, o direito de crédito seguirá a sorte dos bens importados. Essa é a posição da Receita Federal do Brasil (Solução de Consulta 75 – SRRF08/

ArtigoArtigo

Disit – 2013). Há três correntes sobre a extensão da não cumula-tividade em relação às mercadorias adquiridas pelo contribuinte:

a do Fisco: só há crédito de PIS/Cofins para os bens expres-samente listados na legislação; intermediária: dá crédito a todas as mercadorias imprescindí-

veis ao processo produtivo do adquirente; e ampliativa: dá crédito a todas as mercadorias necessárias ao

bom funcionamento do tomador, inclusive aquelas ligadas às suas funções administrativas, aproximando-se da ideia de de-dutibilidade para efeito de IRPJ e CSLL.

O frete que sai de transportador estrangeiro não dá direito a crédito de qualquer natureza. No frete internacional contratado no Brasil, pelas Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, é vedado o cre-ditamento pelo valor “da aquisição de (...) serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição”

A RFB entende que, como o exportador brasileiro não revende o frete nem o emprega como insumo, tem direito de crédito, apesar da isenção do transportador (Solução de Consulta 89 – SRRF08/Disit; Solução de Consulta 98/2012).

Este crédito do exportador não se justifica, pois não há incidên-cia na etapa anterior, e o transportador tem direito de crédito quanto aos dispêndios necessários à prestação do serviço isento, nos termos do artigo 17 da Lei 11.033/2004, podendo utilizá-lo na forma do artigo 16 da Lei 11.116/2005 – o que bastaria para desonerar inteiramente a venda internacional. A lei garante o crédito também quanto ao transporte internacional contratado internamente para a importação de insumos, desde que os produtos finais fabricados pelo importador não sejam isentos, sujeitos à alíquota zero ou por qualquer outro motivo alheios ao PIS/Cofins.

Mais uma vez, o crédito presumido parece-nos injustificado e protecionista dos prestadores brasileiros – que, únicos a ge-rarem o benefício, tenderão a ser preferidos em detrimento dos estrangeiros. O frete é tributado no preço da mercadoria importada e dá direito de crédito ao adquirente junto com ela, constituindo a autorização em tela duplo crédito relativo a uma única incidência. Mas, reiteramos, isso é o que decorre da lei, cabendo a sua impugnação a eventuais prejudicados.

A contratação, por empresa brasileira, de transportadora na-cional para a importação de produtos acabados destinados à revenda, como não trata de insumos, não há porque falar em enquadramento no permissivo legal em análise. Porém, a boa in-terpretação da não cumulatividade garante o direito nesse caso. A 1ª Seção do STJ reconheceu, quanto ao frete interno, o direito ao crédito em operação de compra de produtos destinados à revenda (aquisição de veículos da fábrica pelas concessionárias), mesmo que a letra da lei o limite às operações de venda.

Conclui-se que o sistema de tributação do transporte interna-cional pelo PIS/Cofins é coerente no lado da incidência. No que toca a geração de créditos, vincula-se ao debate sobre a não cumulatividade na aquisição de mercadorias e padece — como tem sido comum nos últimos tempos — de um mal disfarçado protecionismo.

Fonte: Revista Consultor Jurídico, 9 de dezembro de 2015

PIS/Cofins sobre transporte internacional tem feições protecionistas

R


Recommended