Punçoamento de Lajes Fungiformes em Betão de
Elevada Resistência
Micael M. G. Inácio
Relatório 10
FLAT - Comportamento de Lajes Fungiformes Sujeitas a Ações Cíclicas e Sísmicas
(PTDC/ECM/114492/2009)
Julho de 2014
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Índice de Matérias
1 Introdução ............................................................................................................................. 1
2 Estudo Experimental ............................................................................................................. 2
2.1 Descrição dos Modelos ................................................................................................. 2
2.2 Condições de Fronteira e Carregamento ....................................................................... 4
2.3 Materiais ........................................................................................................................ 6
2.4 Instrumentação dos Ensaios .......................................................................................... 7
3 Resultados Experimentais ..................................................................................................... 8
3.1 Deslocamentos Verticais ............................................................................................... 8
3.2 Extensões nas Armaduras Longitudinais .................................................................... 12
3.3 Capacidade de Carga e Modo de Rotura ..................................................................... 16
4 Conclusões .......................................................................................................................... 19
5 Agradecimentos ................................................................................................................... 20
6 Bibliografia ......................................................................................................................... 20
Índice de Figuras
Figura 1 – Vista geral dos modelos ensaiados e sistema de ensaio. .............................................. 2
Figura 2 – Vista geral do modelo MI1 antes da betonagem. ......................................................... 3
Figura 3 – Betonagem do modelo MI1. ........................................................................................ 3
Figura 4 – Modelo MI1 após betonagem. ..................................................................................... 4
Figura 5 – Vista geral do modelo e sistema de ensaio. ................................................................. 5
Figura 6 – Vista de perfil RHS apoiado em duas chapas metálicas assentes sobre gesso. ............ 5
Figura 7 – Macaco hidráulico e placa de aço que simula pilar centrado. ...................................... 5
Figura 8 – Posicionamento dos defletómetros e dos pontos de aplicação de carga. ..................... 7
Figura 9 – Posicionamento dos extensómetros da armadura superior. ......................................... 8
Figura 10 – Gráfico carga-deformação do modelo MI1. ............................................................... 9
Figura 11 – Gráfico carga-deformação do modelo MI2. ............................................................... 9
Figura 12 – Gráfico carga-deformação do modelo MI3. ............................................................. 10
Figura 13 – Gráfico carga-deformação do modelo MI4. ............................................................. 10
Figura 14 – Gráfico carga-deformação do modelo MI5. ............................................................. 10
Figura 15 – Gráfico carga-deformação do modelo MI6. ............................................................. 10
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Figura 16 – Gráfico carga-deformação do modelo MI7. ............................................................. 11
Figura 17 – Gráfico carga-deformação do modelo MI8. ............................................................. 11
Figura 18 – Gráfico carga-deformação do modelo MI9. ............................................................. 11
Figura 19 – Gráfico carga-deformação do modelo MI10. ........................................................... 12
Figura 20 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI1. ............................... 13
Figura 21 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI2. ............................... 13
Figura 22 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI3. ............................... 14
Figura 23 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI4. ............................... 14
Figura 24 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI5. ............................... 14
Figura 25 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI6. ............................... 15
Figura 26 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI7. ............................... 15
Figura 27 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI8. ............................... 15
Figura 28 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI9. ............................... 16
Figura 29 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI10. ............................. 16
Figura 30 – Cargas de rotura dos modelos de betão de elevada resistência. ............................... 17
Figura 31 – Cargas de rotura dos modelos com utilização localizada de betão de elevada
resistência e dos modelos em betão de resistência normal. ......................................................... 17
Figura 32 – Vista superior dos modelos MI1, MI2, MI3, MI8, M9 e MI10, após ensaio. .......... 19
Figura 33 – Vista em corte transversal de alguns modelos após ensaio. ..................................... 19
Índice de Quadros
Quadro 1 – Principais características dos modelos ensaiados. ...................................................... 2
Quadro 2 – Composição dos betões utilizados (kg/m3) ................................................................. 6
Quadro 3 - Propriedades dos materiais usados no fabrico dos modelos. ...................................... 6
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1 Introdução
A tecnologia da produção do betão tem evoluído continuamente nas últimas décadas. A
utilização de betão de elevada resistência em diferentes aplicações estruturais como pontes,
edifícios e estruturas “offshore” cresceu significativamente. Apesar da crescente utilização do
betão de elevada resistência, a informação disponível sobre a sua performance estrutural é ainda
reduzida, em particular para betões com resistência à compressão superior a 90 MPa.
As estruturas em laje fungiforme são correntemente utilizadas em edifícios para os mais
variados fins. O uso deste tipo de estruturas permite, de facto, grande versatilidade no que diz
respeito à divisão dos espaços e maior facilidade na execução das instalações técnicas. Além
disso, esta técnica apresenta ainda as vantagens da simplicidade, economia e rapidez de
execução.
O comportamento estrutural das lajes fungiformes é bastante complexo, particularmente nas
zonas de ligação pilar-laje, devido à concentração de esforços de flexão e corte. A resistência ao
punçoamento é na maioria das vezes o fator preponderante no dimensionamento da espessura
deste tipo de lajes, optando-se por vezes pela utilização de capitéis.
Há alguns estudos sobre o comportamento ao punçoamento de lajes fungiformes em betão de
elevada resistência mas na maioria deles foi usado betão com resistência à compressão abaixo
de 90 MPa [1-12]. Nesses trabalhos apenas 9 modelos apresentaram resistência à compressão
superior a 90 MPa e apenas 5 deles foram em betão com resistência à compressão superior a
100MPa.
As principais conclusões foram que a capacidade resistente ao punçoamento aumenta com o
incremento da resistência à compressão do betão. Também a rigidez dos modelos em betão de
elevada resistência foi superior aos modelos em betão convencional [13]. As roturas dos
modelos em betão de elevada resistência foram em geral mais frágeis do que as dos modelos em
betão de resistência normal.
O presente relatório apresenta o trabalho realizado com vista ao estudo do comportamento ao
punçoamento de lajes fungiformes em betão de elevada resistência. Sendo o betão de elevada
resistência um material mais dispendioso, pretende-se também estudar o seu uso racional e
localizado nas estruturas em laje fungiforme, de forma a usufruir das suas características
mecânicas elevadas para melhorar o comportamento estrutural da ligação pilar-laje. Foram
ensaiados alguns modelos fabricados integralmente em betão de elevada resistência, modelos
em que foi utilizado betão de elevada resistência localmente e modelos de referência, fabricados
integralmente em betão de elevada resistência.
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2 Estudo Experimental
O programa experimental consistiu no ensaio de 10 modelos de laje fungiforme, sendo 3 deles
construídos integralmente em betão de elevada resistência, 5 com a utilização localizada de
betão de elevadas resistência e o restante volume em betão de resistência normal e ainda 2
modelos totalmente em betão normal que servem como modelos de comparação.
2.1 Descrição dos Modelos
Os modelos utilizados são painéis quadrados de laje de betão armado com 1650 mm de lado e
125 mm de espessura, ilustrados na Figura 1. As principais características dos modelos e a
designação que lhes foi atribuída são apresentadas no Quadro 1.
[mm]
100
0
200
200
165
0
Zero moment'sline
1000
1650
500
293
293
500
500 293 293 500
A A'
TOP VIEW SECTION A-A'
Load Cell
Strong Floor
Prestress Strand
Hydraulic Jack
Steel PlateSteel Beam RHS
Anchorage
Anchorage
Steel plate
Steel Plate
125
Figura 1 – Vista geral dos modelos ensaiados e sistema de ensaio.
Quadro 1 – Principais características dos modelos ensaiados.
Modelo d (mm) Armadura Longitudinal
(%) % de BER utilizadoInferior Superior
MI1 104.2 8 varões 8//200mm 21 varões 10//80mm 0.94 100
MI2 101.6 8 varões 8//200mm 17 varões 12//90mm 1.24 100
MI3 101.7 8 varões 8//200mm 21 varões 12//75mm 1.48 100
MI4 100.6 8 varões 8//200mm 17 varões 12//90mm 1.25 11
MI5 100.2 8 varões 8//200mm 17 varões 12//90mm 1.25 0
MI6 100.5 8 varões 8//200mm 17 varões 12//90mm 1.25 11
MI7 100.0 8 varões 8//200mm 17 varões 12//90mm 1.26 4
MI8 100.8 8 varões 8//200mm 17 varões 12//90mm 1.25 4
MI9 100.9 8 varões 8//200mm 17 varões 12//90mm 1.25 11
MI10 100.7 8 varões 8//200mm 17 varões 12//90mm 1.25 0
FLAT
PTDC
Os m
longi
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eleva
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T - Comporta
C/ECM/1144
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492/2009
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- 3 -
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FLAT
PTDC
2.2
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C/ECM/1144
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- 4 -
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PTDC
T - Comporta
C/ECM/1144
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492/2009
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- 5 -
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2.3 Materiais
Para a produção do betão de elevada resistência foi usado cimento Portland CEM I 52.5 R
enquanto para o betão normal foi usado cimento Portland CEM II/B-L 32.5 N. Foram usados
agregados grossos e médios de basalto e areias fina e média na produção do betão de elevada
resistência. O betão normal foi produzido através de agregados de calcário. A composição dos
betões usados na produção dos modelos experimentais é apresentada no Quadro 3.
Quadro 2 – Composição dos betões utilizados (kg/m3)
Modelos MI1 a MI4 e MI6 a MI9
MI4 MI5 a MI7 MI8 a MI10
Cimento 500 450 280 320
Sílica de fumo 50 - - -
Agregado grosso (10/16) 138 - - -
Agregado médio (8/12.5) 913 871 880 906
Areia média (2/4) 618 655 597 626
Areia fina (0/2) 162 117 311 285
Superplastificante 8.4 - - -
Água 134.5 208.2 208.2 184.3
Quadro 3 - Propriedades dos materiais usados no fabrico dos modelos.
Modelo
Betão Armadura Superior
Armadura Inferior
fc (MPa fct,sp
(MPa) Ec (MPa)
fy (MPa)
ft (MPa)
fy (MPa)
ft (MPa)
MI1 125.6 7.7 54.4 493.5 643.9 549.7 697.3
MI2 130.1 8.4 55.5 523.4 671.4 549.7 697.3
MI3 129.6 8.3 54.4 523.4 671.4 549.7 697.3
MI4 118.5/58.0* 8.0/4.0* 53.3/42.2* 523.4 671.4 549.7 697.3
MI5 23.0 2.5 32.7 523.4 671.4 549.7 697.3
MI6 125.3/23.5* 7.3/2.6* 53.4/28.8* 523.4 671.4 549.7 697.3
MI7 127.3/27.7* 7.2/2.6* 52.6/35.3* 523.4 671.4 549.7 697.3
MI8 125.2/38.9* 7.5/3.1* 53.9/35.8* 523.4 671.4 549.7 697.3
MI9 123.8/39.1* 7.9/2.8* 52.5/37.2* 532.3 642.6 549.7 697.3
MI10 35.9 2.6 32.8 532.3 642.6 549.7 697.3 * Valor correspondente ao betão de resistência normal.
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A resistência à compressão em cilindros com 150x300 mm2 (fc) e a resistência à tração
determinada através de ensaios de compressão diametral em provetes cilíndricos com
150x300 mm2 foram determinadas de acordo com a EN 12390-3 [14] e EN 12390-6 [15] e são
apresentados no Quadro 3, em conjunto com o módulo de elasticidade do betão, as tensões de
cedência (fy) e rotura (ft) do aço das armaduras longitudinais.
2.4 Instrumentação dos Ensaios
Na elaboração de ensaios experimentais é necessário definir quais os parâmetros que interessa
monitorizar para posterior análise do comportamento dos modelos ensaiados. Quanto mais
completa e detalhada for a monotorização dos modelos ensaiados mais assertivas serão as
análises de resultados e compreensão do comportamento observado.
A carga vertical aplicada foi monitorizada através de quatro células de carga, uma por cada viga
metálica. Para a medição dos deslocamentos verticais da laje, instalaram-se onze defletómetros
elétricos da TML com 100 mm de curso, cujo posicionamento é apresentado na Figura 8. Os
defletómetros foram fixos a uma viga metálica colocada sobre o modelo ensaiado através de
bases magnéticas. Nos pontos de medição de deslocamentos foram coladas placas de acrílico de
forma que a rugosidade do betão da face superior da laje não influenciasse a precisão dos
deslocamentos medidos.
[mm]131 131403 200 131 131 403
262
403
200
262
403
1650
1650D1D2 D3 D4 D5 D6 D7
D8
D9
D10
D11
262
131
131
Line of zeromoments
Loadingplates
Figura 8 – Posicionamento dos defletómetros e dos pontos de aplicação de carga.
Para quantificar as extensões da armadura longitudinal superior, foram instrumentados quatro
varões orientados na direção da maior altura útil, cada um com dois extensómetros elétricos da
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TML do tipo FLA-5-11-5L, colocados em posição diametralmente oposta e a meio vão do
varão. O posicionamento dos varões instrumentados está esquematizado na Figura 9.
1 2
Modelos MI1 e MI3 Restantes modelos
3 4 5 6 7 8 7 85 63 41 2
Figura 9 – Posicionamento dos extensómetros da armadura superior.
3 Resultados Experimentais
3.1 Deslocamentos Verticais
Durante os ensaios foram registados os deslocamentos verticais em 11 pontos da face
tracionada, de acordo com o esquematizado na Figura 8. As Figuras 10 a 19 mostram a
evolução dos deslocamentos ao longo do carregamento vertical, calculados em relação ao
defletómetro central (D1) e usando a média dos deslocamentos medidos em pontos opostos. A
força inicial corresponde ao peso próprio do modelo e do sistema de ensaio. Os defletómetros
D2 a D7 correspondem à direção em que a armadura superior tem maior altura útil.
Em todos os modelos é evidente o efeito da variação da altura útil observando-se maior
deformação da laje na direção da armadura superior com menor altura útil. Nos modelos
fabricados integralmente em betão de elevada resistência (MI1, MI2 e MI3) observa-se a perda
de rigidez correspondente à formação de fendas de flexão na face superior da laje, para cargas
verticais aplicadas entre os 130 e 180 kN. Quanto aos modelos fabricados integralmente em
betão de resistência normal (MI5 e MI10) e aos modelos com utilização parcial de betão de
elevada resistência, verifica-se o decréscimo da rigidez para uma carga vertical entre os 50 e
100 kN.
Comparando os modelos em betão de elevada resistência, em que se variou a percentagem de
armadura longitudinal entre 0.94 e 1.48, verifica-se que o incremento da percentagem de
armadura longitudinal superior levou à redução da deformação dos modelos na rotura, levando
também a um ligeiro incremento na rigidez. Também nos modelos com utilização localizada de
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betão de elevada resistência se verificou o ligeiro aumento da rigidez dos modelos,
essencialmente no troço da curva após fendilhação por flexão.
Figura 10 – Gráfico carga-deformação do modelo MI1.
Figura 11 – Gráfico carga-deformação do modelo MI2.
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
Força (kN)
Deslocamento (mm)
MI1
D4 - D5 D3 - D6 D9 - D10 D2 - D7 D8 - D11
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
Força (kN)
Deslocamento (mm)
MI2
D4 - D5 D3 - D6 D9 - D10 D2 - D7D8 - D11
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
Força (kN)
Deslocamento (mm)
MI3D4 - D5 D3 - D6
D9 - D10D2 - D7
D8 - D11
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Figura 12 – Gráfico carga-deformação do modelo MI3.
Figura 13 – Gráfico carga-deformação do modelo MI4.
Figura 14 – Gráfico carga-deformação do modelo MI5.
Figura 15 – Gráfico carga-deformação do modelo MI6.
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
Força (kN)
Deslocamento (mm)
MI4
D4 - D5 D3 - D6 D9 - D10 D2 - D7 D8 - D11
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
F (kN)
Deslocamento (mm)
MI5
D4 - D5 D3 - D6
D9 - D10
D2 - D7
D8 - D11
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
Força (kN)
Deslocamento (mm)
MI6
D4 - D5
D3 - D6 D9 - D10
D2 - D7 D8 - D11
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Figura 16 – Gráfico carga-deformação do modelo MI7.
Figura 17 – Gráfico carga-deformação do modelo MI8.
Figura 18 – Gráfico carga-deformação do modelo MI9.
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
Força (kN)
Deslocamento (mm)
MI7
D4 - D5D3 - D6
D9 - D10 D2 - D7
D8 - D11
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
Força (kN)
Deslocamento (mm)
MI8
D4 - D5 D3 - D6 D9 - D10 D2 - D7 D8 - D11
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
Força (kN)
Deslocamento (mm)
MI9
D4 - D5 D3 - D6
D9 - D10
D2 - D7 D8 - D11
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Figura 19 – Gráfico carga-deformação do modelo MI10.
3.2 Extensões nas Armaduras Longitudinais
As Figura 20 a Figura 29 apresentam a evolução das extensões em alguns varões da armadura
longitudinal da face tracionada. A localização dos varões instrumentados com extensómetros
está representada na Figura 9. As extensões apresentadas nos gráficos força-extensão foram
calculadas como o valor médio das extensões medidas pelo par de extensómetros colado em
cada ponto. De acordo com as características do aço da armadura longitudinal superior dos
modelos apresentadas no Quadro 3 e considerando o módulo de elasticidade do aço igual a 200
GPa, a extensão de cedência (εy) é de 2.46‰ no modelo MI1, 2.62‰ nos modelos MI2 a MI8 e
2.66‰ nos modelos MI9 e MI10.
No modelo MI o par de extensómetros Ext. 1 – Ext. 2 ficou danificado quando a carga vertical
aplicada atingiu cerca de 350 kN. Além disso, foram danificados alguns extensómetros durante
a fase de produção ou montagem do sistema de ensaio, pelo que em alguns modelos não se
apresentam esses dados.
Nos modelos fabricados inteiramente em betão de elevada resistência, observa-se um aumento
repentino das extensões na armadura para uma carga vertical correspondente aproximadamente
ao início da fendilhação por flexão. Este comportamento está relacionado com a transferência de
tensões entre o betão tracionado e os varões da armadura superior que ocorre no momento da
formação da fendilhação. As elevadas tensões de tração instaladas no betão de elevada
resistência no momento da abertura de fendas de flexão provocam o alongamento instantâneo
dos varões.
0
100
200
300
400
500
0,0 4,0 8,0 12,0 16,0
Força (kN)
Deslocamento (mm)
MI10
D4 - D5 D3 - D6
D9 - D10
D2 - D7
D8 - D11
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PTDC/ECM/114492/2009
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Considerando os valores apresentados para a extensão de cedência, nos modelos MI1 e MI2 três
dos quatros varões instrumentados entraram em cedência enquanto no modelo MI3apenas dois
varões instrumentados mostraram atingiram a tensão de cedência do aço. Nos restantes modelos
apenas se verificou a cedência de 1 varão instrumentado no modelo MI4 e 2 varões
instrumentados no modelo MI8, ambos os modelos com uso localizado de betão de elevada
resistência.
Figura 20 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI1.
Figura 21 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI2.
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI1
Ext.7 - Ext.8 Ext.5 - Ext.6 Ext.3 - Ext.4
Ext.1 - Ext.2
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI2
Ext.7 - Ext.8 Ext.5 - Ext.6 Ext.3 - Ext.4
Ext.1 - Ext.2
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Figura 22 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI3.
Figura 23 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI4.
Figura 24 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI5.
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI3
Ext.7 - Ext.8Ext.5 - Ext.6
Ext.3 - Ext.4
Ext.1 - Ext.2
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI4
Ext.7 - Ext.8
Ext.5 - Ext.6
Ext.3 - Ext.4
Ext.1 - Ext.2
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI5
Ext.7 - Ext.8
Ext.5 - Ext.6
Ext.4
FLAT - Comportamento de Lajes Fungiformes Sujeitas a Ações Cíclicas e Sísmicas
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Figura 25 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI6.
Figura 26 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI7.
Figura 27 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI8.
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI6
Ext.7 - Ext.8
Ext.5 - Ext.6
Ext.4
Ext.2
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI7
Ext.7 - Ext.8
Ext.5
Ext.3
Ext.2
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI8
Ext.7 - Ext.8
Ext.5 - Ext.6 Ext.3 - Ext.4
Ext.1 - Ext.2
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Figura 28 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI9.
Figura 29 – Extensões na armadura longitudinal superior do modelo MI10.
3.3 Capacidade de Carga e Modo de Rotura
Em todos os modelos foi observada rotura por punçoamento. A Figura 30 mostra a comparação
das cargas de rotura obtidas nos modelos produzidos integralmente em betão de elevada
resistência. O parâmetro que variou entre os modelos apresentados na Figura 30 foi a
percentagem de armadura longitudinal. A Figura 31 faz a comparação da capacidade de carga
dos modelos produzidos com utilização localizada de betão de elevada resistência, com os
respetivos modelos de referência, produzidos integralmente em betão de elevada resistência e
em betão de resistência normal. Todos os modelos apresentados na Figura 31 tem a mesma
percentagem de armadura longitudinal superior.
Comparando os modelos betonados completamente em betão de elevada resistência verifica-se
que o incremento da quantidade de armadura longitudinal superior de 0.94% para 1.48 % levou
ao aumento da capacidade de carga em 13%. O modelo MI2, fabricado totalmente em betão
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI9
Ext.7 - Ext.8
Ext.5 - Ext.6
Ext.3 - Ext.4
Ext.1 - Ext.2
0
100
200
300
400
500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Força (kN)
Extensão (x10‐6)
MI10
Ext.7 - Ext.8
Ext.5 - Ext.6
Ext.3 - Ext.4
Ext.1
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com resistência média à compressão de 130.1 MPa, registou uma carga de rotura 42% e 44%
superior à dos modelos MI5 e MI10, com similar percentagem de armadura longitudinal, mas
produzidas com betão com resistência média à compressão de 23% e 35.9%, respetivamente.
Figura 30 – Cargas de rotura dos modelos de betão de elevada resistência.
Figura 31 – Cargas de rotura dos modelos com utilização localizada de betão de elevada resistência e dos
modelos em betão de resistência normal.
Os ensaios experimentais dos modelos produzidos com utilização parcial e localizada de betão
de elevada resistência mostraram que o uso racional deste material com características
mecânicas superiores consegue melhorar substancialmente o comportamento estrutural da
416439
472
0
100
200
300
400
500
MI1 MI2 MI3
VE
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N)
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Pa ρ=0.94%
f c=130.1 M
Pa ρ=1.24%
f c=129.6 M
Pa ρ=1.48%
439417
304
345
394
428396
310
0
100
200
300
400
500
MI2 MI4 MI5 MI6 MI7 MI8 MI9 MI10
VE
xp (k
N)
f c=58,0/118.5 M
Pa 11% BER
f c=130.1 M
Pa100% BER
f c=23,0MPa
f c=23,5/125,3 M
Pa 11% BER
f c=27,7/127,3 M
Pa 4% BER
f c=38,8/125,2 M
Pa 4% BER
f c=39,1/123,8 M
Pa 11% BER
f c=35,9MPa
FLAT
PTDC
ligaçã
volum
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referê
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C/ECM/1144
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- 18 -
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C/ECM/1144
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- 19 -
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PTDC/ECM/114492/2009
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Os ensaios experimentais dos modelos produzidos com utilização parcial e localizada de betão
de elevada resistência mostraram que o uso racional deste material com características
mecânicas superiores consegue melhorar substancialmente o comportamento estrutural da
ligação pilar-laje. De facto, a utilização de betão de elevada resistência na proporção de 4% do
volume total do modelo, levou ao incremento da resistência ao punçoamento em 38%, em
relação ao modelo totalmente fabricado em betão de resistência normal.
5 Agradecimentos
Este trabalho foi elaborado no âmbito do projeto FLAT - Comportamento de Lajes Fungiformes
Sujeitas a Ações Cíclicas e Sísmicas (PTDC/ECM/114492/2009), com o apoio da Fundação
para a Ciência e Tecnologia - Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Este projeto sobre o comportamento de lajes fungiformes sob a ação de cargas gravíticas e
sísmicas deu já origem a várias publicações [16-40], servindo estas de meio de divulgação da
investigação realizada.
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