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QUANTIFICAÇÃO E CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
Após a definição dos serviços a serem executados (utilizar o memorial descritivo e as especificações)
é necessário a quantificação dos mesmos. Um projeto bem definido é suficiente para o cálculo dos
elementos construtivos. Alguns serviços, contudo, não têm critérios da forma tradicional de
aquisição dos materiais ou de contratação dos serviços.
Por exemplo: os pisos e forros são medidos por sua área real. Já as esquadrias de madeira são
medidas em unidades e as metálicas pela área. As pinturas e os revestimentos, internos e externos,
devem ser medidos de acordo com a área das peças a que se adaptam. Porém, existem casos mais
complexos, como as medições de aterros, taludes, escavações e de alvenarias, por exemplo.
As quantidades calculadas para as escavações dependem do tipo de solo (ver tópico sobre
empolamento ao final do texto) e da tecnologia empregada. Se o solo é firme, pode-se utilizar
escoramento, e as escavações podem ser realizadas com taludes verticais, com pequeno
espaçamento a mais para as formas. Se o solo não é firme, o tipo de solo indicará a inclinação do
talude.
Escavações: Para escavação de um volume ou vala de largura B, comprimento L e profundidade H, a
escavação deve conter uma folga de 20 cm para cada lado e 10cm na profundidade, para garantir
trabalhabilidade. Logo: Volume de escavação = (B+40 cm) x (L+40 cm) x (H+10 cm)
As alvenarias de tijolos contêm inúmeros detalhes, tais como os vãos
deixados para as esquadrias ou os rasgos para as tubulações hidráulicas e elétricas. Não é
possível simplesmente descontar os vazios, pois estes detalhes implicam em gasto extra de
mão-de-obra, nos acabamentos. A consideração destes vazios implica em várias formas de
medir as alvenarias. (Gonzáles, 2008)
a) Critério “Pini”: descontar 2m2 em vãos maiores que esta. O método busca compensar trabalhos
extras necessários para executar os arremates. O problema é que as quantidades de serviço medidas
em obra não coincidem com as medidas no projeto, provocando dificuldades com sub-empreiteiros,
bem como, com o pessoal que elabora o orçamento.
b) O Critério mais adequado para integração com planejamento e compras: descontar exatamente a
medida do vão, considerando os serviços de arremate na composição da esquadria ou em uma
composição especial (por unidade ou por perímetro desenvolvido). Neste caso, não há problemas
nas medições de sub-empreiteiros.
CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
A seguir apresenta-se uma tabela elabora por Gonzáles em seu trabalho sobre orçamento de obras,
em que são apresentados critérios genéricos para alguns serviços e composições.
(Gonzáles, 2008)
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EMPOLAMENTO:
Depende do tipo de solo, a saber:
Quando da escavação, o solo assume volume solto maior do que em seu estado natural,
conseqüentemente sua massa específica solta é menor que a massa específica “in natura”
Por exemplo, se o fator de empolamento de um solo for de 20%, significa que 1m3 desse solo no
estado natural torna-se 1,20m3 no estado solto (após a escavação). Neste caso o volume a ser
transportado é maior.
Exemplo: O volume da caçamba do caminhão de transporte é de 5 m3 , o volume calculado no corte
(escavação) é de 40 m3 e o empolamento do tipo de solo é de 25% (terra seca), logo teremos que:
O volume a ser transportado será de 50m3, ou seja, 10 caminhões serão utilizados para o transporte
de terra do local.
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