Quotidianos, media, jovens e saúde na
Sociedade em RedeGustavo Cardoso, Rita Espanha,
Maria do Carmo Gomes
Fórum de Pesquisas 2006
6 de Dezembro
Quotidianos, media, jovens e saúde na Sociedade em Rede
• A) Do ISCTE ao CIES 1998-2006.
• B) Do Ciberfaces ao New Roommate.
• C) Media: telemóveis e cinema.
• D) Jovens.
• E) Saúde.
• F) Sociedade em Rede e Network Society.
The New Roommate
A Google Promo
Tiago Lapa, Pedro Puga, Rita Mendes, Emanuel Cameira, Jorge Vieira, Pedro Neto,
Vera Araújo….
Media
• As mudanças são várias e visíveis no nosso dia a dia.
• Vivemos cada vez mais por e com os media.
• Mais difícil é responder ao porquê, ao quanto, ao quando e ao como (e outras perguntas mais).
• Mas é para tentar fazê-lo que aqui estamos.
Media
• Telemóveis
74,4% dos portugueses afirma ter pelo menos um telemóvel (11,3% tem dois ou mais)
... tendo em conta esta elevada taxa de penetração, há ainda algumas diferenças no interior dos grupos etários (as maiores verficam-se no grupo dos 25-44 anos – 40% tem contra 10% que nao tem) e na dos acima dos 65 anos (8,5% tem contra 45% que não tem) – relação inversamente proporcional com a posse de telefone fixo
Media
• TelemóveisA relação da posse de telemóvel com a
escolaridade é directamente proporcional: quanto mais escolaridade se tem maior o número de pessoas com telemóvel (91,1% dos que não sabem ler nem escrever não têm telemóvel, 1% dentro dos que detem um curso superior ou mais)
São os activos (54,3%) em detrimento dos inactivos (30%) quem afirma possuir telemóvel em maior proporção.
Media
• Telemóveis e frequência de usoSão os indivíduos com idades entre 8-17
anos e os que têm mais de 65 anos que realizam menos chamadas de voz (os mais jovens utilizam esmagadoramente o SMS)
35% dos portugueses com telemóvel, supondo que não o tinham, afirmou que não realizaria o mesmo número de chamadas que efectua actualmente (sobe para 43,5% no grupo dos 8-17 anos e no dos solteiros – 40,5%)
Media
• Telemóveis, media e sociabilidades
- Quem possui telemóvel, assiste com mais frequência a filmes, passa mais tempo a ouvir rádio, e lê jornais por mais de duas horas por dia (práticas de consumos de media de forte intensidade)
- o telemóvel na sociedade portuguesa é um instrumento essencialmente utilizado e percepcionado como facilitador da gestão da vida pessoal, familiar e social – 60% utiliza-o para saber como estão amigos e familiares ou as pessoas do agregado doméstico
- utilização do telemóvel para a gestão da vida pessoal, familiar e social depende das origens e perfis sociais dos inquiridos.
Media
• Cinema– Um terço dos inquiridos afirma não assistir habitualmente a
filmes (36,7%).
– dois terços (63,3%) que afirmam assistir habitualmente a filmes, a prática cinéfila tende a espacializar-se na esfera endo-domiciliária (em casa própria, de amigos, familiares) 69,9%.
– das plataformas de mediação destes consumos observamos que a grande parte (46,3%) afirma visionar filmes que dão na televisão.
Media
• Cinema– seguem-se os filmes alugados (21,7%), os filmes comprados
(12,8%) e os filmes originais emprestados (10,8%). – A quota das cópias ilegais perfaz os 9% – sendo desdobrada
nas réplicas a partir de DVD’s originais (5,1%) e downloads da Internet (2,9%).
– A prática de downloads da Internet afigura-se como uma prática de jovens e jovens adultos (até aos 34 anos acumula 77,4%).
Media
• Cinema– No que diz respeito à posse de equipamento, 68,6% afirma
possuir leitor de DVD’s. Desses, 19,1% não assistiram a qualquer filme em DVD no último mês.
– Dos que possuem um computador pessoal e o usam para ver filmes 40,6% utiliza a Internet para descarregar filmes. O mercado do aluguer assegura 32% de share e o da aquisição 23,4%. – os emprestados asseguram 3,9%.
– Quanto à possibilidade de subscrição mensal via Internet para aceder a filmes, 74% dos entrevistados considera que não se deve pagar por esse tipo de conteúdos. A grande parte dos que consideram pagar fica-se por um montante até 5 € (14%).
Media
• Cinema– O mercado dos filmes no computador passa sobretudo pelo
usufruto do conteúdo em detrimento da posse do artefacto cultural legal.
– Interpelando a frequência mensal dos que dizem ir ao cinema vemos que no mês do inquérito a média foi de 1,24 e a mediana 1. 27,3% afirmou mesmo não ter ido ao cinema.
– A dieta mediática passa sobretudo pela TV – até no consumo de cinema. Com efeito, quando há um filme novo que interessa ver a tendência é esperar que dê na TV que se sobrepõem à ida ao cinema
Media
• Cinema– A prática cultural de Cinema, sobretudo
quando outdoors, passa pela configuração de uma série de atributos:
• agentes sociais mais jovens, escolarizados, utilizadores da Internet.
• Há ainda indícios de novas formas de consumo de cinema mediadas pelo uso de Internet, por esses mesmos agentes, onde se denota ainda o peso acrescido do público masculino.
Jovens
• Diferenças entre sexos quanto ao preferências em relação aos media
• OS Rapazes:– Se tivessem que optar entre a Internet e televisão, 78,9% dos
rapazes escolheria a Internet, enquanto que essa percentagem desce para 64,9% para as raparigas.
– Quanto à escolha entre Internet e telemóvel, os internautas do sexo masculino continuam claramente a preferir a Internet (62,6%) ao telemóvel (31,1%).
Os Jovens
• As Raparigas:
– - Todavia, no que respeita às internautas do sexo feminino, os números invertem-se, visto que apenas 40,5% têm preferência pela internet enquanto que 50,4% optaria pelo telemóvel.
– Por outro lado, 36,6% das raparigas acha que a sua vida mudaria para pior se ficassem duas semanas sem telemóvel contra 22,5% dos rapazes.
Os Jovens
• Os Rapazes, as Raparigas e os Jogos:– Quanto aos rapazes também há uma clara preferência dos
jogos de consola ou computador (74,4%) sobre a televisão (19,4%).
– Há 41,6% das raparigas que preferem os jogos de consola ou computador à televisão (50,2%).
– - Também há mais rapazes que costumam jogar (90%) do que raparigas (68,5%) e são os rapazes que tendem a passar mais horas a jogar, durante a semana e ao fim-de-semana.
– Por outro lado, as raparigas parecem ser menos “piratas” visto que 83% disseram que não tinham jogos pirateados contra 59% dos rapazes.
Os Jovens
• Os Telemóveis e as Televisões deles:
- Quanto à escolha entre telemóvel e televisão, pouco menos de metade dos rapazes e 56% das raparigas prefere o telemóvel à televisão (47,2% e 35,8% respectivamente).
- Parece haver uma tendência de as raparigas ficarem um pouco mais de tempo à frente do televisor que os rapazes e há mais raparigas (37,7%) do que rapazes (26,7%) a admitirem que são elas quem mais vê televisão em casa.
Saúde
• A Internet e os Médicos:
– Em relação ao uso da Internet na prática profissional, encontramos cerca de 92,4 % de utilizadores de Internet .
– Áreas profissionais em que utilizam a Internet, cerca de 45 % afirmam a sua utilização exclusivamente em prática clínica e 47 % utilizam em prática clínica e investigação, são apenas 6,3 % exclusivamente na investigação.
– Entre os médicos, 81 % afirmaram o não uso da Internet/correio electrónico para comunicar com os seus pacientes. Dos 18 % que afirmam usar, na sua maioria afirmaram fazê-lo apenas
“raramente”.
Saúde
• A Internet e os Médicos:
– prescrição electrónica de receituário não é usada por cerca de
69,4 % dos médicos. – 59,2 % dos casos afirmaram disponibilizar o seu número de
telemóvel aos pacientes. – Entre esses, 93 % dos que revelaram como agiam, “atende, por
norma, os telefonemas dos seus pacientes”; – e 5,9 % “ouve as mensagens e responde em função da
descrição que lhe é feita”.
Saúde
• A Internet e os Médicos:– O estabelecimento de uma base de remuneração para interagir
com os seus pacientes para fins clínicos através de telefone, telemóvel, mensagens SMS e mensagens instantâneas, não encontra eco positivo na maior parte dos médicos.
– Telefone: 39,5 % concordam e 45,6 % não concordam;
– Telemóvel: 38,2 % concordam e 47,7 % não concordam;
– Mensagens SMS: 31,8% concordam e 52 % não concordam;
– IMP (chat): 23 % concordam e 54 % não concordam
Saúde
• A Internet e os Médicos:• Já em, relação ao correio electrónico a
maior parte das respostas são afirmativas. – 46 % estão de acordo com o estabelecimento de uma
base de remuneração para interagir com os pacientes por essa via (39 % não concordam).
– Há uma maior relutância em aceitar uma base de remuneração para as vias de contacto “instantâneo” (telefone, telemóvel, mensagens SMS e mensagens instantâneas), sendo que o contacto não instantâneo recolhe maiores concordâncias.
Saúde
• Instituições de Saúde e TIC
– Seleccionamos 6 experiências diferenciadas de implementação de sistemas de informação na área da saúde, em diferentes fases de desenvolvimento e em contextos regionais diferenciados, em 4 regiões ilustrativas da realidade portuguesa.
– Os Estudos de caso estão a ser desenvolvidos através da realização de entrevistas em profundidade aos diversos intervenientes na implementação dos sistemas de informação em saúde, tanto na área da decisão, área clínica e área administrativa, em diversos níveis de responsabilidade e envolvimento.
A Saúde
• As Instituições de Saúde e as Tecnologias de Informação:
– Tendência/necessidade crescente de aplicações e sistemas de
informação que optimizem os processos de cuidados prestados à
comunidade, sejam eles de ordem clínica ou administrativa.
– Inexistência do conceito de rede e de uma cultura de informatização
de dados no Serviço Nacional de Saúde.
– Descontinuidades de projectos e programas motivados por constantes
reorientações políticas.
A Saúde
• As Instituições de Saúde e as Tecnologias de Informação:
– De um modo geral as aplicações electrónicas são mais orientadas
para funções administrativas que clínicas.
– De todos os grupos profissionais são os médicos que se mostram
mais resistentes no uso das aplicações/sistemas de informação.
– Fraca ou inexistente articulação (interface) entre sistemas
operativos (entre centros de saúde e hospitais ou entre hospitais).
Network Society and
Digital DividePortugal, U.K. and Bulgaria
Digital Divide in Portugal
MaleFemaleVillage + farmBellow secondary No home Internet
Do not use computerSmall city
31-5021-30
Mobile phone
51+
Big city + suburban
SecondaryHome InternetUse computer
University
up to 20
No Mobile phone
-0,2
-0,1
0
0,1
0,2
-2 -1 0 1 2
λ=0.957
λ=0.
037
Sm all cityup to 20
31-50Mobile phone
Lower educationFem ale
£12,500 to £25,000
21-30
MaleOver £50,000
Village + Farm
£25,000 to £37,500
£37,500 to £50,000
Secondary education
PC
Hom e Internet
Univers ity education
Big city + Suburban
51+
Up to £12,500
No Hom e Internet
No PC
No Mobile phone
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
λ = 0.953
λ =
0.03
8
Digital Divide in UK
Source: OxIS, 2005, Oxford Internet Institute
Digital Divide in Bulgaria
up to 150 BGN
No Cell PhoneUniversity Education51+
up to 20
SofiaBellow secondary Education
Home InternetUse Internet
No Home Internet801 BGN and over
Big city Female
21-30Male
151-350 BGN
Small town
No Internet
Rural/village
601-800 BGN
31-50Secondary Education
351-600 BGN
Cell Phone
-0,3
-0,2
-0,1
0
0,1
0,2
0,3
-2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2
λ=0.906
λ=0.
08 8
Source: eBulgaria survey, 2005, Vitosha Research£1 = 2,63 BGN