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Fatores bióticos
Fatores bióticos – Relações que se estabelecem entre os seres vivos de uma comunidade.
As relações bióticas podem ser:
Interespecíficas – se ocorrem
entre seres de espécies
diferentes.
Intraespecíficas – se ocorrem
entre indivíduos da mesma
espécie.
Descobre nas descrições ao
lado relações intraespecíficas
e interespecíficas.
Os leões caçam, normalmente em grupo, girafas,
zebras e outros herbívoros. Os restos que deixam
são depois devorados por hienas e abutres que
disputam entre si o alimento.
Os gaios constroem o ninho em árvores ou em arbustos. Frequentemente,
a fêmea do cuco põe os seus ovos nos ninhos de gaio, que deste modo
choca e cuida das crias de cuco como se fossem suas.
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Fatores bióticos - Predação
Predação – relação em que um indivíduo (predador) se alimenta de outro (presa) de espécie diferente.
Identifica, nas figuras, o predador e a presa.
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Fatores bióticos - Predação
Exemplos de características e estratégias dos predadores
Dentes, bicos e
garras fortes.
Visão, audição e
olfato apurados.
Grande velocidade e estratégias
de caça.
Produção de
venenos.
Produção de armadilhas,
como teias.
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Fatores bióticos - Predação
Exemplos de características e mecanismos de defesa das presas
Presença de
espinhos
Produção de venenos
(as cores vivas são
geralmente sinal de veneno)
Presença de
carapaça
Capacidade de fuga
Sistemas de
vigilância
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Fatores bióticos - Predação
Exemplos de características e mecanismos de defesa das presas
As osgas e algumas lagartixas perdem a cauda
quando perseguidas (autotomia da cauda). A
cauda movimenta-se distraindo o predador
enquanto o animal foge.
Alguns predadores apenas capturam animais vivos.
Por isso certos animais fingem-se mortos para que
os predadores percam interesse na sua captura.
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Fatores bióticos - Predação
Exemplos de características e mecanismos de defesa das presas
Mimetismo – quando uma espécie se assemelha a outra, normalmente perigosa, tirando daí vantagem.
Cobra-coral – produz um veneno forte que
afasta os seus possíveis predadores
Falsa cobra-coral – não produz veneno mas assemelha-se
à cobra-coral para dissuadir os predadores.
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Fatores bióticos - Predação
Exemplos de características e mecanismos de defesa das presas
Mariposa
Camuflagem – capacidade que alguns animais têm de se confundirem com o meio que os rodeia.
Lagarta Bicho-folha Aranha
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Fatores bióticos - Predação
Alguns predadores utilizam também a camuflagem para surpreenderem as suas presas e aumentarem
assim a possibilidade de captura
Peixe-escorpião Víbora-do-Gabão Sapo-musgo
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Fatores bióticos - Predação
O louva-a-deus orquídea alimenta-se de insetos. Alia
a camuflagem e o mimetismo: com o seu padrão de
cor e forma que lembra as pétalas das orquídeas,
confunde-se facilmente com estas flores. Ficando
imóvel, e aparentando ser uma flor atrai as suas
presas que o confundem com uma flor real,
capturando desta forma os polinizadores.
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Fatores bióticos - Predação
Descobre a estratégia
Os predadores evitam predar a borboleta monarca por possuir um sabor desagradável. A borboleta
vice-rei não tem sabor desagradável.
Borboleta vice-rei Borboleta monarca
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Fatores bióticos - Predação
Descobre a estratégia
Borboleta-folha Borboleta-coruja Leopardo
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Fatores bióticos - Parasitismo
Parasitas, como as carraças ou as pulgas, que vivem
sobre o corpo do hospedeiro, são chamados
ectoparasitas.
Parasitismo – relação interespecífica em que um indivíduo (parasita) vive à custa de outro (hospedeiro)
prejudicando-o mas sem lhe causar a morte imediata.
Parasitas, como as ténias ou algumas
bactérias, que vivem no interior do corpo do
hospedeiro, são chamados endoparasitas.
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Fatores bióticos - Parasitismo
Alguns insetos alimentam-se do
sangue que absorvem dos animais
que parasitam.
Alguns fungos parasitam plantas
retirando delas a matéria
orgânica de que se alimentam.
Pulgões e outros insetos são
parasitas de algumas plantas,
alimentando-se das substâncias
que lhes retiram da seiva.
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Fatores bióticos - Parasitismo
A raflésia não realiza fotossíntese. As suas
raízes penetram no caule e raiz da planta
hospedeira, extraindo dela os nutrientes de
que necessita para o seu desenvolvimento.
A erva-de-passarinho absorve da planta hospedeira
apenas água e sais minerais, que utiliza para produzir,
através da fotossíntese, a matéria orgânica.
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Fatores bióticos
Os cães podem ser infestados por pulgas e carraças que
perfuram a pele e se alimentam do seu sangue. Para além do
incómodo e comichão que provocam, as pulgas e carraças
podem originar queda de pelo, feridas devido ao cão coçar-se e
transmitirem doenças.
Os cães podem ser infestados ainda por vermes como as
lombrigas. Uma infestação de lombrigas provoca um aumento do
abdómen, diarreias, vómitos e atraso de crescimento, podendo
mesmo levar à morte do animal por obstrução intestinal. Os
vermes são também responsáveis pela depressão do sistema
imunitário dos animais, tornando-os mais suscetíveis a infeções
virais e /ou bacterianas.
Alguns vermes alimentam-se do conteúdo existente no intestino
do cão, outros sugam sangue das paredes do intestino.
Identifica no texto:
- Hospedeiro; endoparasita; ectoparasita; vantagens da relação;
desvantagens da relação
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Fatores bióticos
Descobre:
- Quais são os parasitas do Homem.
- Qual dos parasitas do Homem é endoparasita.
- Por que a fêmea do mosquito Anopheles é
simultaneamente hospedeiro e parasita.
- Os benefícios e os prejuízos que o Homem e o protozoário
causador da doença retiram da relação.
Malária ou paludismo é uma doença transmitida pela fêmea do
mosquito Anopheles. Pela picada, o mosquito infetado introduz no
sistema circulatório do Homem o protozoário, microrganismo
causador da doença, presente na sua saliva. Os protozoários
alojam-se no fígado, onde maturam e se reproduzem. Alguns dias
depois abandonam o fígado e invadem os glóbulos vermelhos,
multiplicando-se e fazendo com que estes rebentem.
Além da febre, a malária, muitas vezes mortal, provoca apatia,
dores de cabeça periódicas, falta de apetite, dores nas
articulações entre outros sintomas.
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Fatores bióticos - comensalismo
Comensalismo – relação interespecífica em que um dos indivíduos é beneficiado e o outro não é beneficiado
nem prejudicado.
A rémora fixa-se por uma espécie de ventosa ao tubarão,
sendo transportada por ele enquanto se alimenta dos restos
de comida. O tubarão não é prejudicado pois a rémora só se
alimenta dos seus restos e o seu peso é insignificante.
O microrganismo Entamoeba coli vive
no intestino humano, onde se alimenta
dos restos da digestão sem prejudicar
o Homem.
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As cracas usam as conchas dos mexilhões para se
fixarem, não os prejudicando nem os beneficiando.
Algumas plantas desenvolvem-se sobre as árvores,
beneficiando de uma posição favorável para a
captação de luz, sem prejudicar nem beneficiar as
árvores.
Fatores bióticos - comensalismo
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Mutualismo – relação interespecífica em que ambos os indivíduos intervenientes são beneficiados.
O caranguejo-ermita ocupa conchas vazias e estabelece com
a anémona-do-mar uma relação de mutualismo. A anémona
“ganha” uma superfície para se fixar (concha), um meio de
transporte e acesso mais fácil ao alimento. O caranguejo
recebe proteção contra os predadores quer devido à
camuflagem que a anémona proporciona quer pela
ação dos tentáculos desta.
Muitos insetos estabelecem uma relação de
mutualismo com as plantas. Recebem delas
alimento e em troca transportam o pólen de flor
em flor fazendo a polinização, processo
importante da reprodução das plantas.
Fatores bióticos - mutualismo
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Fatores bióticos
Algumas aves, como o carraceiro,
também chamado garça-boieira
alimentam-se de insetos parasitas
que retiram da superfície do corpo de
animais herbívoros como o búfalo, a
vaca ou a ovelha.
Identifica a relação que se
estabelece entre:
- O inseto e o animal herbívoro.
- A ave e o inseto.
- A ave e o animal herbívoro.
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Fatores bióticos - simbiose
Simbiose – relação interespecífica obrigatória em que ambas as espécies intervenientes são beneficiadas. Nesse
caso, os indivíduos mantêm uma relação permanente, sendo impossível que cada um viva sem o outro.
As térmitas, ao alimentarem-se da
madeira, ingerem celulose, que não
conseguem digerir. No entanto, no seu
intestino, vivem microrganismos que
realizam esse processo de digestão.
As térmitas obtêm os compostos
resultantes da digestão e os
microrganismos abrigo e alimento.
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Fatores bióticos - simbiose
Os líquenes são associações simbióticas entre um fungo e uma alga. O
fungo absorve água e sais minerais e disponibiliza-os à alga, dando-lhe
também suporte e proteção contra a dissecação. A alga, por sua vez
produz matéria orgânica através da fotossíntese que disponibiliza ao
fungo.
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Fatores bióticos - competição
A competição pode ocorrer entre indivíduos de espécies diferentes (competição interespecífica).
Competição – relação em que dois ou mais seres vivos disputam um recurso escasso (alimento, espaço, luz,
água). Todos os indivíduos que intervêm nesta relação são prejudicados uma vez que perdem o recurso disputado
ou ganhando-o gastam energia para o conseguirem.
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Fatores bióticos - competição
A competição pode ainda ocorrer entre indivíduos da mesma espécie (competição intraespecífica). No
caso dos animais, a competição intraespecífica pode ocorrer pela fêmea ou pelo alimento, por exemplo.
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Fatores bióticos
Descobre as
relações
descritas
Nos casos de
competição, ela
é intra ou
interespecífica?
Sobretudo quando o alimento é
escasso, verifica-se, nos ninhos, uma
disputa feroz pela comida, entre
irmãos. É frequente os mais fracos
não sobreviverem.
As carcaças de búfalo deixadas pelos leões são
devoradas por hienas. No entanto, o banquete das
hienas não é pacífico, uma vez que os abutres
esfomeados são atraídos pelo cheiro e lutam com
elas pela comida.
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Fatores bióticos - canibalismo
Quando as populações de ratos-almiscarados
aumenta a ponto de faltarem locais para a
construção de ninhos, os machos matam e
alimentam-se de fêmeas e filhotes indefesos.
Canibalismo – relação em que um ser vivo mata e se alimenta de outro da mesma espécie.
A fêmea de louva-a-deus devora o macho após o
acasalamento, conseguindo assim uma fonte extra de
proteínas para produzir ovos. Deste modo diminui
ainda a competição pelo alimento disponível.
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Fatores bióticos - Cooperação
Relações de cooperação
Sociedades Colónias
Cooperação – relações de entreajuda estabelecidas entre indivíduos da mesma espécie.
Incluem
Agrupamentos cooperativos em que há divisão
de tarefas e uma hierarquia entre os membros.
Agrupamentos temporários ou permanentes em que não
há divisão de tarefas nem hierarquia entre os membros.
Têm como objetivo a obtenção de um benefício para todos.
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Fatores bióticos - Sociedade
Na colmeia, as operárias são responsáveis por colher o
néctar das flores, por limpar e defender a colmeia e por
alimentar a rainhas e as larvas (as futuras abelhas) com
o mel, que é produzido a partir do néctar. A rainha é a
única fêmea fértil da colmeia, produzindo os ovos que
irão originar outras operárias e também os zangãos (os
machos), cuja única função é fecundar a rainha.
Os gorilas são animais sociais. Apesar da divisão de
tarefas não ser tão rigorosa como nas abelhas, existe
uma hierarquização dos membros do grupo, com um
macho dominante e tarefas distribuídas pelos outros
membros de modo a conseguir quatro benefícios para
todos: proteção contra predadores, defesa dos recursos,
acesso a parceiros para a reprodução e a assistência no
cuidado das crias.
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Fatores bióticos - Colónia
Os leões-marinhos formam colónias para se
reproduzirem e defenderem as crias dos predadores.
Os bois-almiscarados agrupam-se com o
objetivo de se defenderem dos predadores. Os
machos alinham-se em volta das fêmeas e das
crias a fim de afastar predadores.
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Fatores bióticos
Os pinguim-imperador forma grupos com milhares de
indivíduos. A proximidade entre eles protege-os das
baixas temperaturas.
Os lobos vivem normalmente em grupos organizados
hierarquicamente – as alcateias, o que é uma vantagem
para a caça. As alcateias são compostas por três
a sete lobos, liderados por um macho alfa e uma
fêmea alfa.
Descobre o tipo de relação de cooperação descrita e os benefícios que em cada caso traz para o grupo.
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Fatores bióticos
Por exemplo, número de presas determina o tamanho
da população de predadores e vice-versa. A predação
contribui ainda para o controle de doenças da população
das presas, uma vez que os indivíduos mais fracos e
doentes tendem a ser mais facilmente caçados.
A competição, tal como a predação, favorece os
indivíduos mais aptos e elimina os mais fracos,
contribuindo assim para a regulação do tamanho
das populações e para a evolução das
espécies.
As relações bióticas, para além de vitais para os indivíduos que participam nelas, têm grande importância
ecológica