Transcript
  • REGIMENTO ESCOLAR DA REDE

    PBLICA DE ENSINO DO

    DISTRITO FEDERAL

    2015

  • Governo do Distrito Federal

    Secretaria de Estado de Educao do Distrito Federal

    Governador do Distrito Federal

    Rodrigo Rollemberg

    Secretrio de Estado de Educao

    Jlio Gregrio Filho

    Subsecretrio de Planejamento, Acompanhamento e

    Avaliao Educacional

    Fbio Pereira de Sousa

    Equipe de Elaborao:

    Grupo de Trabalho Institudo pela Portaria n. 131/SEEDF, de 09 de junho de 2014: ANA JOS MARQUES;

    NGELA PATRCIA VERAS MUNIZ; BERENICE DARC JACINTO; CRISTHIAN SPNDOLA FERREIRA; CYNTHIA CIBELE VIEIRA; EDIRAM JOS OLIVEIRA SILVA; GUILHERME PAMPLONA

    BELTRO LUNA; JEOVANY MACHADO DOS ANJOS; JSSICA LAWANE RODRIGUES; JORGE

    AUGUSTO BORGES SERIQUE; LELLIANE TEREZINHA CHAVES PEDROSA; LEONARDO MATEUS

    DE SOUSA; LCIA CRISTINA DA SILVA PINHO; MRCIA CASTILHO DE SALES; MARIA ANDREZA

    COSTA BARBOSA; MAURO GLEISSON DE CASTRO EVANGELISTA; MICHELLE ABREU FURTADO;

    PATRCIA JANE ROCHA LACERDA; RAPHAELLA ROSINHA CANTARINO;VICENTE LOPES DA

    SILVA; ROSANA CSAR DE ARRUDA FERNANDES; SANDRA AMLIA CARDOSO; SANDRA DE

    CASTRO FRES OLIVEIRA; SEBASTIO JOS DE ABREU NETO.

    Colaboradores: LVARO RIBEIRO; AMANDA DE CASTRO RIBEIRO; ANITA AYRES DA FONSECA;

    CSAR AUGUSTO DE S. OLIVEIRA; CLAUDIA DENIS ALVES DA PAZ; DANIELA S. SILVA; DEBORAH

    MOEMA C. RIBEIRO; ERISEVELTON SILVA LIMA; GILMAR DE SOUZA RIBEIRO; JAIRO

    GONALVES CARLOS; JOO DONIZETE DE OLIVEIRA; JOO FELIPE DE SOUZA; JUSCELINO DA

    SILVA SANTANA; JULIANA CLEMENTE; KELLY CRISTINA DE A. MOREIRA; LEILA MARIA JESES; LVIA SOUZA;MAIRA SOUSA; MARCIA CRISTINA LIMA PEREIRA; MARCOS SLVIO PINHEIRO;

    MARIA ANDREZA COSTA BARBOSA; MRCIA GARCIA; MARCOS CHAVELLI; MARIA DE FTIMA

    DE S. ROCHA; MARIANA AMADA; OSLANJEDOU DE SANTANA OLIVEIRA; PAULA SOARES

    MARQUES ZILLER; RAQUEL DE ALCNTARA; REGINA CLIA PINHEIRO; REGINA LCIA PEREIRA

    DELGADO; RONALDO PACHECO DE OLIVEIRA FILHO; ROSANE SIMES DE ALMEIDA; SAMARA

    NERY ALMEIDA; SONIA MARIA SOARES DOS REIS; SUELY DIVINA SANTOS; VANIA LEILA DE

    CASTRO; WDINA PEREIRA.

  • Ficha Catalogrfica

    Distrito Federal (Brasil). Secretaria de Estado de Educao.

    Regimento Escolar da Rede Pblica de Ensino do Distrito Federal, 6 Ed Braslia, 2015.

    126 pginas

  • Apresentao

    A Secretaria de Estado de Educao do DF apresenta o Regimento Escolar da Rede Pblica

    de Ensino do Distrito Federal, revisado e atualizado em conformidade com a legislao

    vigente.

    O presente documento foi elaborado com a participao de representantes das vrias

    Subsecretarias que compem esta casa, bem como de representantes de rgos colegiados e,

    portanto, sua reedio, em acordo com os demais documentos norteadores produzidos neste

    perodo 2011-2014, confere a necessria unidade e identidade ao Sistema Pblico de Ensino

    do Distrito Federal.

    O Regimento subsidiar o planejamento e o adequado desenvolvimento do trabalho realizado

    pelas Unidades Escolares, considerando as normas e regulamentaes aqui discutidas.

    Destaca-se, que este Regimento contempla os princpios da Gesto Democrtica, ou seja, as

    aes que devem permear a Gesto Educacional Pblica, garantindo a participao ativa e

    consciente de toda a comunidade escolar, em especial, a dos estudantes, sujeitos valorosos

    desse processo; bem como constitui mais um canal de comunicao e manifestao do

    comprometimento desta Secretaria com a qualidade da Educao Pblica.

    JLIO GREGRIO FILHO

  • No importa se o que temos para fazer hoje fcil ou difcil.

    O que importa que temos a maravilhosa

    oportunidade de faz-lo.

  • ndice

    TTULO I

    DA ORGANIZAO DAS UNIDADES ESCOLARES 9

    CAPTULO I

    Da Estrutura Organizacional 9

    CAPTULO II

    Dos Fins e dos Princpios 10

    CAPTULO III

    Da Gesto Democrtica nas Unidades Escolares 11

    SEO I Dos Fins e dos Princpios da Gesto Democrtica 11

    SEO II Da Equipe Gestora 12

    Subseo I Da Direo e da Vice Direo 14

    Subseo II Da Superviso Escolar 15

    Subseo III Da Secretaria Escolar 16

    Subseo IV Da Escriturao Escolar 18

    SEO III Dos rgos Colegiados 20

    Subseo I Da Assembleia Geral Escolar 20

    Subseo II Do Conselho Escolar 22

    Subseo III Do Conselho de Classe 24

    Subseo IV Do Grmio Estudantil 25

    SEO IV Das Unidades Executoras 26

    TITULO II

    DO NVEL DAS ETAPAS E DAS MODALIDADES DE EDUCAO E ENSINO 27

    CAPTULO I

    Da Educao Bsica 27

    SEO I Da Educao Infantil 27

    SEO II Do Ensino Fundamental 27

    SEO III Do Ensino Mdio 29

    CAPTULO II

    Das Modalidades da Educao 30

    SEO I Da Educao de Jovens e Adultos 30

    SEO II Da Educao Especial 31

    SEO III Da Educao Profissional 34

    SEO IV Da Educao do Campo 39

    SEO V Da Educao a Distncia 42

    Subseo I Da Educao de Jovens e Adultos 42

    Subseo II Da Educao Profissional 43

    Subseo III Do Polo de Apoio Aprendizagem Presencial 44

    CAPTULO III

    Dos Estgios 46

    TITULO III

    DA ORGANIZAO PEDAGGICA, DAS EQUIPES DE APOIO E DOS RECURSOS 48

    CAPTULO I

    Da Organizao Pedaggica 48

  • SEO I Da Coordenao Pedaggica 49

    SEO II Da Equipe de Apoio 50

    Subseo I Da Equipe Especializada de Apoio Aprendizagem 50

    Subseo II Da Orientao Educacional 51

    Subseo III Do Atendimento Educacional Especializado/Sala de Recursos 53

    CAPTULO II

    Dos Espaos Essenciais e dos Recursos de Apoio ao Processo de Ensino e Aprendizagem 55

    CAPTULO III

    Dos Centros de Iniciao Desportiva CID 57

    TTULO IV

    DO PLANEJAMENTO, DA EXECUO E DA AVALIAO DO TRABALHO 59

    CAPTULO I

    Do Projeto Poltico Pedaggico 59

    SEO I Da Organizao Curricular 61

    SEO II Do Acompanhamento 64

    TITULO V

    DO PROCESSO DE AVALIAO INSTITUCIONAL E DO TRABALHO PEDAGGICO E DO

    ESTUDANTE

    CAPTULO I

    Do Sistema Permanente de Avaliao Educacional do Distrito Federal 65

    CAPTULO II

    Da Avaliao na Organizao do Trabalho Pedaggico 65

    SEO I Da Avaliao nas etapas da Educao Bsica 67

    Subseo I Na Educao Infantil 67

    Subseo II No Ensino Fundamental anos iniciais 67

    Subseo III No Ensino Fundamental anos finais e no Ensino Mdio 68

    SEO II Da Avaliao nas modalidades da Educao 71

    Subseo I Na Educao de Jovens e Adultos 71

    Subseo II Na Educao Especial 72

    Subseo III Na Educao Profissional 74

    Subseo IV Na Educao a Distncia 75

    CAPTULO III

    Dos Estudos de Recuperao 76

    CAPTULO IV

    Dos Processos Especiais de Avaliao 78

    SEO I Da Progresso Parcial em Regime de Dependncia 78

    SEO II Do Avano de Estudos 80

    TTULO VI

    DO REGIME ESCOLAR

    CAPTULO I

    Do Ano ou do Semestre Letivo 80

    CAPTULO II

    Da Matrcula 83

    CAPTULO III

    Da Transferncia, do Aproveitamento, da Adaptao e da Equivalncia de Estudos 87

  • SEO I Da Transferncia 87

    SEO II Do Aproveitamento, da Adaptao e da Equivalncia de Estudos 89

    CAPTULO IV

    Da Frequncia do Estudante 92

    SEO I Da Frequncia do Estudante Atleta 95

    SEO II Do Abandono de Estudo 95

    CAPTULO V

    Da Certificao 96

    TITULO VII

    DO CORPO DOCENTE E DO CORPO DISCENTE 98

    CAPTULO I

    Do Corpo Docente 98

    CAPTULO II

    Do Corpo Discente 101

    SEO I Das Normas de Convivncia Escolar 104

    SEO II Do Regime Disciplinar de Carter Pedaggico 104

    CAPTULO III

    Da Assistncia ao Estudante 107

    TTULO VIII

    DA INTERCOMPLEMENTARIDADE E DA COMPLEMENTARIDADE 108

    CAPTULO I

    Das Escolas de Natureza Especial 108

    SEO I Do Centro Interescolar de Lnguas - CIL 108

    SEO II Da Escola Parque 114

    Subseo I Do Atendimento Intercomplementar 115

    Subseo II Do Atendimento Complementar 116

    Subseo III Dos Cursos de Formao Inicial e Continuada 117

    SEO III Da Escola da Natureza 118

    SEO IV Da Escola Meninos e Meninas do Parque - EMMP 120

    SEO V Da Escola do Parque da Cidade - PROEM 122

    TTULO IX

    DAS POLTICAS PBLICAS PARA ESCOLARIZAO NAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS E

    NO SISTEMA CAUTELAR

    123

    CAPTULO I Das Unidades de Internao Socioeducativas e de Internao Provisria

    123

    CAPTULO II Da Educao no Sistema Prisional

    124

    TITULO X

    DAS DISPOSIES GERAIS E TRANSITRIAS 124

  • 9

    RREEGGIIMMEENNTTOO EESSCCOOLLAARR DDAA RREEDDEE PPBBLLIICCAA DDEE EENNSSIINNOO DDOO DDIISSTTRRIITTOO

    FFEEDDEERRAALL

    Art. 1 O presente Regimento regulamenta a organizao pedaggico-administrativa das

    unidades escolares da Rede Pblica de Ensino do Distrito Federal, nos termos da legislao

    vigente e dos dispositivos normativos do Sistema de Ensino do Distrito Federal.

    TTULO I

    DA ORGANIZAO DAS UNIDADES ESCOLARES

    CAPTULO I

    Da Estrutura Organizacional

    Art. 2 As unidades escolares da Rede Pblica de Ensino integram a estrutura da Secretaria de

    Estado de Educao, identificada por SEEDF, unidade integrante do Governo do Distrito

    Federal, e so vinculadas pedaggica e administrativamente s respectivas Coordenaes

    Regionais de Ensino.

    Art. 3 As unidades escolares, de acordo com suas caractersticas organizacionais de oferta e

    de atendimento, classificam-se em:

    I. Centro de Educao Infantil destinado a oferecer, exclusivamente, a Educao

    Infantil: Creche e Pr-Escola.

    II. Jardim de Infncia destinado a oferecer, exclusivamente, a Educao Infantil:

    Creche e Pr-Escola.

    III. Centro de Educao da Primeira Infncia CEPI destinado a oferecer,

    exclusivamente, a Educao Infantil: Creche e Pr-Escola.

    IV. Escola Classe destinada a oferecer os anos iniciais do Ensino Fundamental,

    podendo, excepcionalmente, oferecer a Educao Infantil: creche e pr-escola; os

    6. e 7. anos do Ensino Fundamental e o 1. e o 2. segmento de Educao De

    Jovens e Adultos, de acordo com as necessidades da Rede Pblica de Ensino do

    Distrito Federal.

    V. Centro de Ensino Fundamental destinado a oferecer o Ensino Fundamental e

    o 1. e 2. segmentos da Educao de Jovens e Adultos, podendo,

    excepcionalmente, ofertar o 3. segmento da Educao de Jovens e Adultos.

    VI. Centro Educacional destinado a oferecer as sries/ os anos finais do Ensino

    Fundamental, o Ensino Mdio, a Educao de Jovens e Adultos, bem como o

  • 10

    Ensino Mdio e a Educao de Jovens e Adultos Integrados.

    VII. Centro de Ensino Mdio destinado a oferecer o Ensino Mdio e/ou o Ensino

    Mdio Integrado Educao Profissional e o 3. Segmento da Educao De

    Jovens e Adultos e/ou o 3. Segmento da Educao de Jovens e Adultos Integrado.

    VIII. Centro de Educao de Jovens e Adultos destinado a oferecer,

    exclusivamente, a Educao de Jovens e Adultos presencial e na modalidade a

    distncia.

    IX. Centro de Ensino Especial destinado a oferecer atendimento aos estudantes,

    pblico alvo da educao especial, sob a forma complementar, suplementar ou

    substitutiva ao ensino regular.

    X. Centro de Ateno Integral Criana e ao Adolescente - CAIC destinado a

    oferecer a Educao Infantil: Creche e Pr-Escola e o Ensino Fundamental anos

    iniciais.

    XI. Escola Parque destinada a oferecer atividades complementares e/ou

    intercomplementares ao currculo.

    XII. Centro Interescolar de Lnguas destinado a oferecer Lngua Estrangeira

    moderna, em carter de formao complementar exclusivamente aos estudantes da

    Rede Pblica de Ensino do Distrito Federal, matriculados no Ensino Fundamental,

    no Ensino Mdio e na Educao de Jovens e Adultos.

    XIII. Centro de Educao Profissional - destinado a oferecer a Educao Profissional

    por meio de cursos e programas de formao inicial e continuada e a Educao

    Profissional Tcnica de Nvel Mdio.

    XIV. Escola Bilngue Libras e Portugus Escrito destinada a oferecer a educao

    bilngue em todas as etapas e modalidades da Educao Bsica.

    Pargrafo nico. Toda unidade escolar poder oferecer as etapas da Educao Bsica e

    modalidades fora de sua tipologia, em carter excepcional e provisrio, quando autorizada por

    ato prprio do titular da SEEDF.

    CAPTULO II

    Dos Fins e dos Princpios

    Art. 4o As unidades escolares, fundamentadas nos princpios de liberdade, participao,

    autonomia, respeito laicidade, pluralidade e diversidade da escola e do Sistema Pblico de

    Ensino devem assegurar, democraticamente:

  • 11

    I. o desenvolvimento integral do estudante;

    II. a formao para a cidadania com garantia de direitos humanos com vistas ao

    mundo do trabalho;

    III. o aprimoramento da criatividade, do senso crtico e reflexivo e das demais

    potencialidades humanas a servio de um projeto social sustentvel.

    CAPTULO III

    Da Gesto Democrtica nas Unidades Escolares

    SEO I

    Dos Fins e dos Princpios da Gesto Democrtica

    Art. 5 A Gesto Democrtica da Rede Pblica de Ensino do Distrito Federal, cuja finalidade

    garantir a centralidade da unidade escolar no sistema e o carter pblico quanto ao

    financiamento, gesto e destinao, observar os seguintes princpios:

    I. participao da comunidade escolar na definio, na implementao e no

    acompanhamento de decises pedaggicas, administrativas e financeiras, por

    meio de rgos colegiados, e participao na eleio de Diretor e Vice-Diretor da

    unidade escolar;

    II. respeito pluralidade, diversidade, laicidade da escola pblica e aos direitos

    humanos em todas as instncias da Rede Pblica de Ensino do Distrito Federal;

    III. autonomia das unidades escolares, nos aspectos pedaggico, administrativo e da

    gesto financeira nos termos da legislao;

    IV. transparncia da gesto da Rede Pblica de Ensino do Distrito Federal, em todos

    os seus nveis, nos aspectos pedaggico, administrativo e financeiro;

    V. garantia de qualidade social, traduzida pela busca constante do pleno

    desenvolvimento da pessoa, da formao para o exerccio da cidadania e da

    qualificao para o mundo do trabalho;

    VI. democratizao das relaes pedaggicas e de trabalho e criao de ambiente

    seguro e propcio ao aprendizado e construo do conhecimento;

    VII. valorizao do profissional da educao.

    Art.6 A Gesto Democrtica ser efetivada por intermdio dos seguintes mecanismos de

    participao:

    I. Direo e Vice Direo

  • 12

    II. rgos Colegiados:

    a) Assembleia Geral Escolar

    b) Conselho Escolar

    c) Conselho de Classe

    d) Grmio Estudantil

    SEO II

    Da Equipe Gestora

    Art. 7 A equipe gestora composta por Diretor e Vice-Diretor, Supervisores e Chefe de

    Secretaria, conforme a modulao de cada unidade escolar, em consonncia com as

    deliberaes do Conselho Escolar, respeitadas as disposies legais.

    Art. 8 So atribuies da equipe gestora:

    I. elaborar e avaliar coletiva e continuamente o Projeto Poltico Pedaggico - PPP da

    unidade escolar, durante a sua gesto;

    II. elaborar o Plano de Ao Anual plenamente aliado e integrado ao respectivo

    Projeto Poltico Pedaggico - PPP da unidade escolar;

    III. fortalecer o Conselho Escolar da unidade escolar, em conformidade com a

    legislao vigente;

    IV. garantir o cumprimento da carga horria, de acordo com as Matrizes Curriculares,

    aprovadas para todas as etapas e modalidades da Educao Bsica;

    V. fazer cumprir os dias letivos e as horas estabelecidas por turma, separadamente,

    conforme legislao vigente;

    VI. garantir o acesso e a permanncia do estudante na unidade escolar visando a

    qualidade social da educao, de acordo com as normas estabelecidas pela

    SEEDF;

    VII. garantir a lisura, a transparncia e a regularidade da prestao de contas dos

    recursos repassados unidade escolar, e daqueles por ela diretamente arrecadados;

    VIII. distribuir a carga horria dos professores, segundo as normas estabelecidas pela

    SEEDF;

    IX. garantir a qualificao das informaes declaradas anualmente ao Censo Escolar

    nos termos da legislao vigente;

    X. assegurar a qualidade das informaes educacionais declaradas e atualiz-las,

    continuamente, por meio do sistema informatizado, conforme Diretrizes da

  • 13

    SEEDF;

    XI. garantir a prestao de informaes, quando solicitadas de maneira tempestiva,

    pela Coordenao Regional de Ensino e pelos rgos prprios da SEEDF;

    XII. zelar pelo patrimnio, pela limpeza e pela conservao do ambiente escolar, das

    instalaes, dos equipamentos e dos materiais existentes na unidade escolar;

    XIII. zelar pelo cumprimento do plano de ensino dos docentes;

    XIV. promover e fortalecer a participao das famlias e da comunidade escolar, nos

    processos de planejamento e execuo da avaliao do trabalho pedaggico, na

    perspectiva da corresponsabilidade pelo processo educativo;

    XV. informar ao estudante, quando maior de idade, s famlias e/ ou responsveis

    legais sobre a frequncia e o desempenho dos estudantes e sobre a execuo do

    Projeto Poltico Pedaggico - PPP da unidade escolar;

    XVI. notificar o Conselho Tutelar do Distrito Federal e Coordenao Regional de

    Ensino casos de:

    a) maus tratos, envolvendo os estudantes da sua unidade escolar;

    b) reiterao de faltas injustificadas e de evaso escolar, uma vez esgotados os

    recursos escolares;

    c) elevados nveis de repetncia.

    XVII. acompanhar sistematicamente o processo de ensino-aprendizagem na unidade

    escolar;

    XVIII. zelar para que as tarefas pedaggicas de registro da vida escolar do estudante,

    sejam rigorosamente atualizadas, no sofrendo interrupo em casos de

    movimentao, aposentadoria, licena-prmio ou outras ausncias do professor;

    XIX. assegurar o cumprimento da legislao que dispe sobre a universalizao das

    Bibliotecas Escolares;

    XX. viabilizar a escolha dos livros didticos com efetiva participao de seu corpo

    docente e dirigente, registrando os ttulos escolhidos (em primeira e segunda

    opo) e as demais informaes requeridas no sistema disponibilizado pelo Fundo

    Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE;

    XXI. atuar para que os livros escolhidos estejam de acordo com o Projeto Poltico

    Pedaggico - PPP da unidade escolar e sejam aproveitados por professores e

    estudantes durante todo o trinio de atendimento;

    XXII. zelar pelo controle e recebimento das remessas de correspondncias

    XXIII. acompanhar, com vistas proposio de intervenes necessrias, os resultados

    das avaliaes educacionais realizadas na Rede Pblica de Ensino do Distrito

    Federal, a saber:

  • 14

    a) da aprendizagem;

    b) institucional;

    c) em larga escala.

    XXIV. zelar pelo cumprimento das disposies contidas neste Regimento.

    Subseo I

    Da Direo e da Vice Direo

    Art. 9 Direo e Vice Direo, compete cumprir o Termo de Compromisso assinado no ato

    da posse, que contemplar as competncias da Gesto Democrtica nos aspectos

    administrativo, pedaggico e financeiro, alm daquelas decorrentes do cargo, bem como as

    atribuies a serem definidas pela SEEDF.

    Art. 10. A escolha do Diretor e do Vice-Diretor ser feita mediante eleio, segundo a

    legislao vigente.

    Art. 11. Os cargos em comisso de Diretor e Vice-Diretor da unidade escolar sero providos

    por ato do Governador, aps processo seletivo e escolha feita pela comunidade escolar, nos

    termos da legislao vigente.

    Art. 12. So obrigaes e responsabilidades do Diretor e Vice-Diretor, em articulao com os

    rgos colegiados:

    I. conhecer, cumprir e divulgar os princpios e as diretrizes da administrao

    pblica, a legislao e as normas vigentes, incorporando-as prtica gestora no

    cotidiano da gesto escolar;

    II. liderar e executar polticas educacionais, na qualidade de mediador entre essas e o

    Projeto Poltico Pedaggico - PPP da unidade escolar em consonncia com o

    Currculo em Movimento da Educao Bsica, identificado por Currculo da

    Educao Bsica, Diretrizes e as Orientaes Pedaggicas desta SEEDF;

    III. utilizar os resultados das avaliaes nos nveis previstos nas Diretrizes de

    Avaliao da SEEDF como subsdio construo do Projeto Poltico Pedaggico

    - PPP da unidade escolar;

    IV. promover a integrao e a participao da comunidade escolar, estabelecendo

    relaes de cooperao que favoream a formao de redes de apoio e de

    aprendizagem recproca;

  • 15

    V. propor e planejar aes que, voltadas para o contexto socioeconmico, ambiental

    e cultural em que a unidade escolar esteja inserida, incorporem as demandas e os

    anseios da comunidade local aos propsitos pedaggicos da unidade escolar;

    VI. fomentar a Gesto Democrtica como forma de garantir o fortalecimento da

    unidade escolar e a promoo dos direitos de aprendizagem dos estudantes;

    VII. estimular a formao continuada para o aprimoramento dos profissionais que

    atuam na unidade escolar por meio de aes pedaggicas que favoream o seu

    desenvolvimento;

    VIII. garantir que as aes de formao continuada contribuam efetivamente para a

    aquisio das aprendizagens;

    IX. atender a comunidade escolar com cordialidade, presteza e eficincia;

    X. acompanhar, sistematicamente, o preenchimento dos Dirios de Classe;

    XI. acompanhar e garantir o cumprimento do Calendrio Escolar, bem como o

    cumprimento da carga horria estabelecida na Matriz Curricular aprovada pelo

    Conselho de Educao do Distrito Federal - CEDF;

    XII. zelar pelo patrimnio, pela limpeza e pela conservao do ambiente escolar, das

    instalaes, dos equipamentos e dos materiais existentes na unidade escolar;

    XIII. zelar para que o trabalho dos profissionais da unidade escolar seja realizado de

    maneira articulada;

    XIV. zelar pelo cumprimento das disposies contidas neste Regimento.

    Pargrafo nico. Em seus impedimentos legais, o Diretor ser substitudo pelo Vice-

    Diretor.

    Subseo II

    Da Superviso Escolar

    Art. 13. O Supervisor, em articulao com os demais profissionais da equipe gestora, ser

    responsvel pela superviso pedaggica, administrativa e financeira da unidade escolar em

    consonncia com as deliberaes do Conselho Escolar, respeitadas as disposies legais.

    Art. 14. So atribuies do Supervisor:

    II. coordenar o planejamento, a execuo e a avaliao das aes pedaggicas,

    administrativas e financeiras;

    III. conhecer, cumprir e divulgar os princpios e as diretrizes da administrao

  • 16

    pblica, a legislao e as normas vigentes, incorporando-as prtica gestora no

    cotidiano da gesto escolar;

    IV. assessorar a execuo dos recursos financeiros repassados unidade escolar

    garantindo a lisura, a transparncia e a regularidade da prestao de contas;

    V. acompanhar e prestar informaes relativas situao funcional dos servidores e

    funcionrios em exerccio na unidade escolar;

    VI. mediar a elaborao, a implementao, o acompanhamento e a avaliao do

    Projeto Poltico Pedaggico - PPP da unidade escolar;

    VII. divulgar e incentivar a participao dos professores em todas as aes

    pedaggicas e de formao continuada promovidas pela SEEDF;

    VIII. orientar e acompanhar o trabalho docente na implementao do Currculo da

    Educao Bsica;

    IX. coordenar a elaborao peridica de relatrios das atividades pedaggicas,

    administrativas e financeiras e encaminh-los sempre que solicitado;

    X. coordenar, acompanhar e avaliar a execuo dos servios de apoio disponveis na

    unidade escolar, com vistas aquisio das aprendizagens;

    XI. acompanhar sistematicamente o preenchimento dos Dirios de Classe;

    XII. acompanhar o cumprimento do Calendrio Escolar, bem como o cumprimento da

    carga horria estabelecida na Matriz Curricular aprovada pelo Conselho de

    Educao do Distrito Federal - CEDF;

    XIII. acompanhar sistematicamente as atividades realizadas pelos profissionais de

    apoio, adotando aes que visem ao fortalecimento do trabalho articulado;

    XIV. zelar pelo cumprimento das disposies contidas neste Regimento.

    Subseo III

    Da Secretaria Escolar

    Art. 15. Secretaria Escolar, em articulao com os demais profissionais da equipe gestora,

    compete o planejamento e a execuo de atividades de escriturao escolar, de arquivo, de

    expediente e de atendimento a estudantes, a professores, s famlias e/ou responsveis legais

    em assuntos relativos sua rea de atuao.

    1 A Secretaria Escolar dirigida pelo Chefe de Secretaria Escolar, nomeado e

    legalmente habilitado ou devidamente autorizado pelo rgo competente da SEEDF para o

    exerccio da funo.

  • 17

    2 A Secretaria Escolar dever contar com Apoios Tcnico-administrativos necessrios

    ao cumprimento de suas competncias.

    Art. 16. So atribuies do Chefe de Secretaria Escolar:

    I. assistir Direo em servios tcnico-administrativos, especialmente, os

    referentes vida escolar dos estudantes da unidade escolar;

    II. planejar, coordenar, controlar e supervisionar as atividades da Secretaria Escolar;

    III. organizar e manter atualizados a escriturao escolar, as normas, as diretrizes,

    legislaes e demais documentos relativos organizao e ao funcionamento da

    unidade escolar;

    IV. analisar documentos para efetivao de matrcula, submetendo-os apreciao da

    Direo e da Coordenao Pedaggica;

    V. atender s solicitaes dos rgos competentes da SEEDF no que se refere ao

    fornecimento de informaes relativas unidade escolar, vida escolar dos

    estudantes e dos profissionais que ali atuam;

    VI. preparar processos e elaborar relatrios a serem encaminhados aos rgos

    prprios da SEEDF;

    VII. instruir processos sobre assuntos pertinentes s atividades da Secretaria Escolar;

    VIII. atender aos pedidos de informao sobre processos relativos Secretaria Escolar e

    demais documentos, respeitando o sigilo profissional;

    IX. articular-se com os setores tcnico-pedaggicos da unidade escolar para que, nos

    prazos previstos, sejam fornecidos todos os resultados escolares dos estudantes;

    X. manter atualizados, no arquivo corrente, as pastas e os registros individuais dos

    estudantes e dos profissionais da unidade escolar;

    XI. manter todo o arquivo permanente da unidade escolar organizado e conservado,

    em razo de seu valor probatrio;

    XII. participar de reunies de planejamento geral, incluindo a elaborao do Plano de

    Ao Anual, do Projeto Poltico Pedaggico PPP da unidade escolar e demais

    reunies;

    XIII. adotar medidas que garantam a preservao de toda a documentao sob sua

    responsabilidade;

    XIV. lavrar atas e anotaes de resultados finais, de estudos de recuperao, de exames

    especiais e outros processos de avaliao, cujo registro de resultado for

    necessrio;

  • 18

    XV. coordenar os processos de remanejamento escolar, de renovao de matrculas e

    de matrculas novas, observando os critrios estabelecidos na Estratgia de

    Matrcula vigente;

    XVI. participar do planejamento e formao de turmas de acordo com a Estratgia de

    Matrcula sob superviso da equipe pedaggica da unidade escolar;

    XVII. emitir e assinar documentos escolares, juntamente com o Diretor, de acordo com a

    legislao vigente, sendo ambos corresponsveis pela veracidade do fato escolar;

    XVIII. incinerar documentos escolares, de acordo com a legislao vigente;

    XIX. atender a comunidade escolar com cordialidade, presteza e eficincia;

    XX. utilizar o Sistema de Informao, definido para a Rede Pblica de Ensino do

    Distrito Federal, para registro da escriturao escolar;

    XXI. manter atualizadas as informaes no Sistema de Informao, para registro da

    escriturao e emisso de documentao escolar;

    XXII. executar rotinas de segurana das informaes por meio dos recursos de

    informtica;

    XXIII. inserir a indicao da necessidade educacional especial e/ou deficincias TGD e

    Altas Habilidades dos estudantes no Sistema de Informao, em articulao com

    os profissionais do Servio Especializado de Apoio Aprendizagem - SEAA e

    Sala de Recursos, quando houver;

    XXIV. inserir, no Sistema Nacional de Informaes da Educao Profissional e

    Tecnolgica - SISTEC, os Planos de Cursos aprovados pelo Conselho de

    Educao do Distrito Federal - CEDF;

    XXV. prestar, anualmente, as informaes relativas ao Censo Escolar, solicitadas pela

    SEEDF, nos termos da legislao vigente;

    XXVI. acompanhar, sistematicamente, o preenchimento dos Dirios de Classe;

    XXVII. acompanhar, o cumprimento do Calendrio Escolar, bem como o cumprimento

    da carga horria estabelecida na Matriz Curricular aprovada pelo Conselho de

    Educao do Distrito Federal - CEDF;

    XXVIII. praticar os demais atos necessrios ao desenvolvimento das atividades da

    Secretaria Escolar;

    XXIX. zelar pelo cumprimento das disposies contidas neste Regimento.

    Pargrafo nico. O Chefe de Secretaria Escolar, em seus impedimentos ou ausncias,

    substitudo por um servidor, indicado pelo Diretor, devidamente habilitado ou autorizado para

    o exerccio da funo pelo rgo competente da SEEDF.

  • 19

    Subseo IV

    Da Escriturao Escolar

    Art. 17. A escriturao escolar o registro sistemtico dos fatos relativos vida escolar do

    estudante, de forma a assegurar, a qualquer tempo, a verificao da identidade, da

    autenticidade de sua vida escolar e da regularidade de seus estudos, bem como do

    funcionamento da unidade escolar.

    Pargrafo nico. Da escriturao escolar constam, dentre outros, os seguintes registros:

    I. abertura e encerramento do perodo letivo;

    II. ocorrncias dirias;

    III. aprovao e reprovao;

    IV. processos especiais de avaliao: aproveitamento de estudos, adaptao de

    estudos, avano de estudos, classificao, reclassificao, progresso parcial em

    regime de dependncia; exames da educao de jovens e adultos; equivalncia de

    estudos;

    V. resultados parciais e finais de avaliao, de estudos de recuperao, e a frequncia

    dos estudantes;

    VI. expedio e registro de Certificados e Diplomas;

    VII. investidura e exonerao de Diretor, Vice-Diretor, Supervisores e Chefe de

    Secretaria Escolar;

    VIII. visitas do rgo de Inspeo de Ensino da SEEDF;

    IX. incinerao de documentos;

    X. decises do Conselho de Classe.

    Art. 18. Para registro da vida escolar do estudante e da unidade escolar, so utilizados os

    seguintes instrumentos, dentre outros:

    I. Ficha de Matrcula SOME

    II. Ficha Individual do Estudante

    III. Dirios de Classe

    IV. Histricos Escolares

    V. Certificados

    VI. Diplomas

    VII. Atas

  • 20

    VIII. Requerimentos

    IX. Declaraes

    X. Relatrios de desenvolvimento dos estudantes: RDIA, RAv, RFA e Relatrio de

    Avaliao e Interveno Educacional

    XI. Relatrios prprios da Educao Especial

    Art. 19. A Secretaria Escolar dever utilizar o Sistema de Informao adotado para a Rede

    Pblica de Ensino do Distrito Federal.

    1 Compete ao Secretrio Escolar cumprir os prazos estabelecidos pelo setor prprio

    da SEEDF, no que se refere atualizao do Sistema de Informao, especialmente os dados

    relativos abertura e ao encerramento dos perodos letivos.

    2 O lanamento dos resultados dos estudantes no Sistema de Informao dever ser

    concludo no prazo mximo de 10 (dez) dias teis aps o trmino do perodo letivo.

    3 A Secretaria Escolar somente expede e entrega documentaes referentes vida

    escolar do estudante famlia e aos responsveis legais pela matrcula ou ao estudante, se

    maior.

    4 O Secretrio Escolar responsvel pelo Ncleo de Ensino - NuEN da Unidade de

    Internao Socioeducativa - UIS na qual o estudante cumpre medida ou se encontra em

    internao cautelar dever requisitar oficialmente, unidade escolar de origem, a

    documentao escolar do mesmo para fins de matrcula na escola vinculante, nos termos da

    legislao vigente.

    SEO III

    Dos rgos Colegiados

    Subseo I

    Da Assembleia Geral Escolar

    Art. 20. A Assembleia Geral Escolar, instncia mxima de participao direta da comunidade

    escolar, abrange todos os segmentos escolares e responsvel por acompanhar o

    desenvolvimento das aes da unidade escolar.

  • 21

    Art. 21. A Assembleia Geral Escolar se reunir ordinariamente a cada seis meses, ou

    extraordinariamente, sempre que a comunidade escolar indicar a necessidade de ampla

    consulta sobre temas relevantes, mediante convocao:

    I. de integrantes da comunidade escolar, na proporo de dez por cento da

    composio de cada segmento;

    II. do Conselho Escolar;

    III. do Diretor da unidade escolar.

    1 O edital de convocao da Assembleia Geral Escolar ser elaborado e divulgado

    amplamente pelo Conselho Escolar, com antecedncia mnima de trs dias teis no caso das

    reunies extraordinrias, e de quinze dias no caso das ordinrias.

    2 As normas gerais de funcionamento da Assembleia Escolar Geral, inclusive o

    qurum de abertura dos trabalhos e o de deliberao, sero estabelecidas pela SEEDF.

    3 Na ausncia, excepcional ou eventual, de Conselho Escolar constitudo, as

    competncias previstas no pargrafo primeiro recairo sobre a Direo da unidade escolar.

    Art.22. Compete Assembleia Geral Escolar:

    I. conhecer do balano financeiro e do relatrio findo e deliberar sobre eles;

    II. avaliar semestralmente os resultados alcanados pela unidade escolar;

    III. discutir e aprovar, motivadamente, a proposta de exonerao de Diretor ou Vice-

    Diretor da unidade escolar, obedecidas as competncias e a legislao vigente;

    IV. participar da elaborao do Projeto Poltico Pedaggico - PPP da unidade escolar;

    V. aprovar ou reprovar a prestao de contas dos recursos repassados unidade escolar,

    previamente ao encaminhamento devido aos rgos de controle;

    VI. resolver, em grau de recurso, as decises das demais instncias deliberativas da

    unidade escolar;

    VII. convocar o presidente do Conselho Escolar e a equipe gestora, quando se fizer

    necessrio;

    VIII. apreciar o conjunto de Normas de Convivncia Escolar da unidade escolar e

    deliberar sobre elas, em assembleia especificamente convocada para este fim;

    IX. decidir sobre outras questes a ela remetidas.

  • 22

    Pargrafo nico. As decises e os resultados da Assembleia Geral Escolar sero

    registrados em ata, e os encaminhamentos decorrentes sero efetivados pelo Conselho

    Escolar, salvo disposio em contrrio.

    Subseo II

    Do Conselho Escolar

    Art. 23. Em cada unidade escolar pblica do Distrito Federal, funcionar um Conselho

    Escolar, rgo de natureza consultiva, fiscalizadora, mobilizadora, deliberativa e

    representativa da comunidade escolar, regulamentado pela SEEDF.

    Pargrafo nico. O Conselho Escolar ser composto por, no mnimo, cinco e, no

    mximo, vinte e um conselheiros, conforme quantidade de estudantes da unidade escolar

    prevista em legislao vigente.

    Art. 24. Compete ao Conselho Escolar, alm de outras atribuies definidas pelo Conselho de

    Educao do Distrito Federal - CEDF:

    I. elaborar o seu Regimento Interno;

    II. analisar, modificar e aprovar o Plano Administrativo Anual elaborado pela equipe

    gestora da unidade escolar sobre a programao e a aplicao dos recursos

    necessrios sua manuteno e sua conservao;

    III. garantir mecanismos de participao efetiva e democrtica da comunidade escolar

    na elaborao do Projeto Poltico Pedaggico - PPP da unidade escolar;

    IV. divulgar, peridica e sistematicamente, informaes referentes ao uso dos recursos

    financeiros, qualidade dos servios prestados e aos resultados obtidos;

    V. atuar como instncia recursal das decises do Conselho de Classe, nos recursos

    interpostos por estudantes, famlias e/ou representantes legalmente constitudos e

    por profissionais da educao;

    VI. estabelecer normas de funcionamento da Assembleia Geral e convoc-la nos

    termos deste Regimento;

    VII. participar da elaborao de proposta de Calendrio Escolar, a ser encaminhada ao

    nvel central da SEEDF, observada a legislao vigente;

    VIII. fiscalizar a gesto da unidade escolar;

  • 23

    IX. participar, periodicamente, da avaliao da unidade escolar nos aspectos tcnico,

    administrativo e pedaggico, considerando, inclusive os indicadores escolares de

    rendimento;

    X. analisar e avaliar projetos elaborados ou em execuo por quaisquer dos

    segmentos que compem a comunidade escolar;

    XI. intermediar conflitos de natureza administrativa ou pedaggica, esgotadas as

    possibilidades de soluo pela equipe gestora e pelo Servio de Orientao

    Educacional;

    XII. propor aes na perspectiva educacional inclusiva, no mbito de todas as etapas e

    modalidades da educao bsica;

    XIII. debater indicadores escolares de rendimento, evaso e repetncia e propor

    estratgias que assegurem aprendizagem significativa para todos os estudantes.

    1 Em relao aos aspectos pedaggicos, sero observados os princpios e as

    disposies constitucionais, os Pareceres e as Resolues dos rgos normativos federal e

    distrital e a legislao do Sistema de Ensino do Distrito Federal.

    2 Quando se tratar de deliberao que exija responsabilidade civil ou criminal, os

    estudantes no exerccio da funo de conselheiro escolar sero representados, no caso dos

    menores de dezesseis anos, ou assistidos, em se tratando de menores de dezoito anos e

    maiores de dezesseis anos, por seus pais ou responsveis, devendo comparecer s reunies

    tanto os representados ou assistidos como os representantes ou assistentes.

    Art. 25. Os membros do Conselho Escolar sero eleitos por todos os membros da comunidade

    escolar habilitados, em voto direto, secreto e facultativo.

    Art. 26. O Diretor da unidade escolar integrar o Conselho Escolar como membro nato.

    Pargrafo nico. Nas ausncias e impedimentos no Conselho Escolar, o Diretor ser

    substitudo, com as mesmas prerrogativas, pelo Vice-Diretor ou, no sendo possvel, por outro

    membro indicado pela equipe gestora.

    Art.27. O mandato de Conselheiro Escolar ser de trs anos, permitida uma reeleio

    consecutiva.

  • 24

    Art. 28. O exerccio do mandato de Conselheiro Escolar ser considerado servio pblico

    relevante e no ser remunerado.

    Subseo III

    Do Conselho de Classe

    Art. 29. O Conselho de Classe rgo colegiado integrante da Gesto Democrtica e se

    destina a acompanhar e avaliar o processo de educao, de ensino e das aprendizagens,

    havendo tantos Conselhos de Classe quantas forem as turmas existentes na unidade escolar.

    Pargrafo nico. O Conselho de Classe ser composto por:

    I. todos os docentes de cada turma e representante da equipe gestora, na condio de

    conselheiros natos;

    II. Pedagogo Orientador Educacional;

    III. representante da carreira Assistncia Educao;

    IV. representante das famlias e/ou responsveis legais;

    V. representante dos estudantes a partir do 6. ano do ensino fundamental ou do

    primeiro segmento da educao de jovens e adultos, escolhidos por seus pares,

    garantida a representatividade dos estudantes de cada uma das turmas;

    VI. representantes dos servios de apoio especializado.

    Art. 30. O Conselho de Classe pode ser participativo, com a presena de todos os estudantes e

    professores de uma mesma turma, assim como das famlias e/ou dos responsveis legais.

    Art. 31. Compete ao Conselho de Classe:

    I. implementar e avaliar a execuo do Projeto Poltico Pedaggico - PPP na

    perspectiva da avaliao formativa;

    II. elaborar o seu Plano de Ao Anual;

    III. analisar, de forma tica, aspectos relativos aprendizagem dos estudantes,

    considerando:

    a) as necessidades individuais;

    b) as intervenes realizadas;

    c) os avanos alcanados;

    d) as estratgias pedaggicas adotadas;

    e) projetos interventivos;

  • 25

    f) os reagrupamentos.

    IV. identificar e propor elementos e aes que promovam as aprendizagens, inclusive

    mediante a anlise dos ndices de desempenho;

    V. discutir e deliberar sobre aes pedaggicas interventivas;

    VI. discutir e deliberar sobre a aplicao do regime disciplinar de carter pedaggico

    e de recursos interpostos;

    VII. deliberar sobre os casos de aprovao, reprovao e avano de estudos .

    1 As deliberaes emanadas do Conselho de Classe devem estar de acordo com este

    Regimento Escolar e demais dispositivos legais.

    2 O Conselho de Classe se reunir, ordinariamente, uma vez a cada bimestre ou de

    acordo com a organizao das diferentes etapas e modalidades e, extraordinariamente, a

    qualquer tempo, por solicitao do Diretor da unidade escolar ou de um tero dos membros

    desse colegiado.

    3 Cada unidade escolar organizar o funcionamento do Conselho de Classe em

    conformidade com as Diretrizes da SEEDF.

    4 O Conselho de Classe poder ser precedido de encontros, para que os grupos

    possam dialogar com seus pares e auto avaliar-se.

    Art. 32. O Conselho de Classe, presidido pelo Diretor ou seu representante, secretariado por

    um de seus membros, indicado por seus pares, que registrar ata em documento prprio.

    Pargrafo nico. A deciso de promoo do estudante pelo Conselho de Classe,

    discordante do parecer do professor regente de determinado componente curricular, deve ser

    registrada em ata e no Dirio de Classe, no campo Informaes Complementares,

    preservando-se nesse documento o registro anteriormente efetuado pelo professor.

    Subseo IV

    Do Grmio Estudantil

    Art. 33. As unidades escolares devem estimular e favorecer a implementao e o

    fortalecimento de grmios estudantis, como forma de desenvolvimento da cidadania e da

    autonomia dos estudantes.

  • 26

    1 O grmio estudantil configura-se como espao de participao dos estudantes na

    gesto escolar.

    2 A organizao e o funcionamento do grmio estudantil sero estabelecidos em

    estatuto, a ser aprovado pelo segmento dos estudantes da respectiva unidade escolar.

    SEO IV

    Das Unidades Executoras

    Art. 34. As Unidades Executoras, como Caixa Escolar, Associao de Pais e Mestres,

    Associao de Pais, Alunos e Mestres, Grmio Estudantil, Conselho Comunitrio e Conselho

    Comunitrio de Segurana Escolar, so instituies de direito privado criadas com o objetivo

    especfico de apoiar a unidade escolar em sua gesto pedaggica, administrativa e financeira,

    sem carter lucrativo.

    Pargrafo nico. A organizao e o funcionamento de cada uma dessas unidades devem

    estar de acordo com as normas legais vigentes e estabelecidas em estatuto prprio ou em seu

    Regimento.

    Art. 35. So finalidades das unidades executoras:

    I. interagir com a unidade escolar na busca de maior eficincia e eficcia dos

    processos pedaggico, administrativo e financeiro;

    II. promover a participao de pais, professores e estudantes nas atividades da

    unidade escolar, garantindo a acessibilidade, quando necessrio;

    III. gerir recursos financeiros oriundos do poder pblico ou da comunidade escolar, de

    forma a garantir a transparncia e o controle social, conforme o caso;

    IV. promover a integrao entre a comunidade, o poder pblico, a unidade escolar e a

    famlia, buscando o desempenho mais eficiente dos processos pedaggico,

    administrativo e financeiro;

    V. estabelecer parcerias com rgos no governamentais e entidades civis, visando

    enriquecer a ao educativa da unidade escolar;

    VI. promover aes de natureza educativa, cultural, comunitria, artstica, assistencial,

    recreativa, desportiva, cientfica e outras.

  • 27

    Art. 36. Cada unidade executora prevista nesta Seo supervisionada e/ou fiscalizada por

    rgo competente.

    Art. 37. Cabe unidade escolar proporcionar condies para a organizao e o funcionamento

    das unidades executoras.

    TTULO II

    DO NVEL, DAS ETAPAS E DAS MODALIDADES DE EDUCAO E ENSINO

    CAPTLO I

    Da Educao Bsica

    Art. 38. A Educao Bsica tem por objetivo proporcionar o desenvolvimento integral do

    estudante, promover e assegurar formao comum indispensvel para o exerccio da cidadania

    e fornecer os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

    Pargrafo nico. Para o alcance deste objetivo, a SEEDF ampliar progressivamente a

    oferta da Educao Integral em jornada de tempo integral.

    SEO I

    Da Educao Infantil

    Art. 39. A Educao Infantil, primeira etapa da Educao Bsica, tem por objetivo favorecer o

    desenvolvimento integral das crianas em seus aspectos fsico, afetivo, intelectual, lingustico

    e social, respeitando seus interesses e suas necessidades, cumprindo as funes indispensveis

    e indissociveis de educar, cuidar, brincar e interagir.

    1 Compete Educao Infantil garantir a cada uma das crianas o acesso construo

    de conhecimento e a aprendizagem de diferentes linguagens.

    2 A Educao Infantil constitui-se no Primeiro Ciclo para as Aprendizagens e

    compreende a faixa etria de 0 (zero) at 5 (cinco) anos de idade.

    Art. 40. A Educao Infantil, em regime anual, ser ofertada em jornada de tempo parcial de 5

    horas ou em jornada de tempo integral de 7 (sete) a 10 (dez) horas, oferecidas em:

  • 28

    I. Creche, para crianas de at 3 (trs) anos de idade, organizada em Berrio I,

    Berrio II, Maternal I e Maternal II;

    II. Pr-Escola, para crianas de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade, organizada em

    1 e 2 perodos, respectivamente.

    1 Nos casos expressos nos incisos deste artigo, devero ser observadas as datas

    limites previstas na legislao vigente.

    2 A Educao Infantil poder organizar-se em ciclos, em grupos multietrios ou por

    forma diversa de organizao, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o

    recomendar, devidamente respaldada pelo Projeto Poltico Pedaggico - PPP da unidade

    escolar e aps anlise da Coordenao Regional de Ensino e aprovao dos setores

    competentes da SEEDF.

    SEO II

    Do Ensino Fundamental

    Art. 41. O Ensino Fundamental, em regime anual, tem por objetivo a formao integral do

    estudante, mediante:

    I. a garantia das aprendizagens a partir da democratizao de saberes em uma

    perspectiva de incluso educacional e social;

    II. a promoo de experincias pessoais e coletivas com o objetivo de formao de

    estudantes colaborativos, pesquisadores, crticos e corresponsveis por suas

    aprendizagens;

    III. o desenvolvimento da capacidade de simbolizar, perceber e compreender o mundo

    e suas diversidades, por meio de relaes socioculturais, possibilitando a

    estruturao de seu modo de pensar e agir e, portanto, a construo de sua

    autonomia e identidade.

    Art. 42. O Ensino Fundamental com durao de nove anos estrutura-se em cinco anos iniciais

    e quatro anos finais.

    1 Os Anos Iniciais organizam-se em um Ciclo para as Aprendizagens do 1 ao 5 ano

    com dois Blocos ou Seriao, conforme descrito a seguir:

  • 29

    I. 2 Ciclo para as Aprendizagens:

    a) 1 Bloco Bloco Inicial de Alfabetizao (BIA) (1, 2 e 3 anos do Ensino

    Fundamental), com incio aos 6 (seis) anos de idade, com durao de 3 (trs)

    anos.

    b) 2 Bloco - 4 e 5 anos do Ensino Fundamental, com durao de 2 (dois) anos.

    II. Ciclo e Seriao:

    a) 1 Bloco Bloco Inicial de Alfabetizao (BIA) (1, 2 e 3 anos do Ensino

    Fundamental), com incio aos 6 (seis) anos de idade, com durao de 3 (trs)

    anos.

    b) 4 e 5 anos do Ensino Fundamental (Seriao), com durao de 2 (dois) anos.

    2 Os Anos Finais organizam-se no 3. Ciclo para as Aprendizagens do 6 ao 9 ano ou

    na Seriao, conforme descrito a seguir:

    I. a organizao curricular do 3 ciclo para as aprendizagens estrutura-se em 1

    bloco 6 e 7 anos e 2 bloco 8 e 9 anos;

    II. Organizao seriada: 6 ano, 7 ano, 8 ano e 9 ano/8 srie.

    3 A Matriz Curricular do Ensino Fundamental de 8 (oito) anos ser extinta at 2016,

    assegurando a concluso de estudos aos estudantes que ingressaram antes da ampliao do

    Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

    4 O Ensino Fundamental, em regime anual, ser ofertado em jornada de tempo

    parcial de 5 horas ou em jornada de tempo integral de 7 (sete) a 10 (dez) horas.

    SEO III

    Do Ensino Mdio

    Art. 43. O Ensino Mdio, em regime anual, estruturado em 3 (trs) sries e tem como

    objetivo desenvolver o senso crtico e a autonomia intelectual, em conformidade com as

    seguintes finalidades estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional:

    I. a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

    Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

    II. a preparao bsica para o mundo do trabalho e para o exerccio da cidadania,

    bem como para a continuidade da aprendizagem , de modo a ser capaz de se

  • 30

    adaptar com flexibilidade s novas condies de ocupao e/ou aperfeioamentos

    posteriores;

    III. o aprimoramento do estudante como pessoa humana, incluindo a formao tica e

    o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico;

    IV. a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos

    produtivos, relacionando a teoria com a prtica no ensino de cada componente

    curricular;

    V. a promoo dos estudantes, a constante autoavaliao, a autonomia e a

    responsabilidade pelas aprendizagens.

    Pargrafo nico. O Ensino Mdio, em regime anual, ser ofertado em jornada de tempo

    parcial de 5 horas ou em jornada de tempo integral de 7 (sete) a 10 (dez) horas.

    Art. 44. O Ensino Mdio, com Organizao do Trabalho Pedaggico em Semestres, tambm

    estruturado em 3 (trs) sries.

    Pargrafo nico. Divide-se em 2 (dois) blocos, ofertados concomitantemente na mesma

    unidade escolar, em conformidade com as Diretrizes Pedaggicas da Organizao do

    Trabalho Pedaggico em Semestres.

    Art. 45. O Ensino Mdio Integrado Educao Profissional, estruturado em regime anual,

    conforme o Plano de Curso especfico, e tem como objetivo assegurar, simultaneamente, o

    cumprimento das finalidades estabelecidas para a formao geral e das condies de

    formao e qualificao para o trabalho.

    CAPTULO II

    Das Modalidades da Educao

    SEO I

    Da Educao de Jovens e Adultos

    Art. 46. A Educao de Jovens e Adultos uma modalidade da educao bsica destinada ao

    atendimento a pessoas jovens e adultas que, ao longo da sua histria no iniciaram ou mesmo

    interromperam a sua trajetria escolar em algum, ou em diferentes momentos de sua vida.

    Art. 47. A idade mnima para ingresso na Educao de Jovens e Adultos da Rede Pblica de

    Ensino do Distrito Federal de:

  • 31

    I. 15 (quinze) anos completos para o 1 e 2 segmentos

    II. 18 (dezoito) anos completos para o 3 segmento

    Art. 48. A organizao curricular e os componentes curriculares obrigatrios da Educao de

    Jovens e Adultos so regidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educao Bsica.

    Art. 49. A Educao de Jovens e Adultos integrada Educao Profissional e Tecnolgica

    ofertada em conformidade com o Currculo da Educao Bsica - Educao Profissional e a

    Distncia e as Orientaes Pedaggicas da Integrao da Educao Profissional com o Ensino

    Mdio e a Educao de Jovens e Adultos.

    Art. 50. A Educao de Jovens e Adultos, ofertada da seguinte forma:

    I. em curso presencial;

    II. na modalidade de educao a distncia, identificada por EJA/EaD;

    III. Educao de Jovens e Adultos integrada Educao Profissional em curso de

    Formao Inicial e Continuada - FIC ou de formao tcnica de nvel mdio.

    Art. 51. A Educao de Jovens e Adultos organiza-se em regime semestral, em Segmentos e

    Etapas, da seguinte forma:

    I. 1 Segmento corresponde aos anos iniciais do Ensino Fundamental dividido

    em quatro Etapas semestrais 1, 2, 3 e 4, totalizando 1600 horas.

    II. 2 Segmento corresponde aos anos finais do Ensino Fundamental dividido

    em quatro Etapas semestrais 5, 6, 7 e 8, totalizando 1600 horas.

    III. 3 Segmento corresponde ao Ensino Mdio dividido em trs Etapas

    semestrais 1, 2 e 3, totalizando 1200 horas.

    SEO II

    Da Educao Especial

    Art. 52. A Educao Especial tem por finalidade proporcionar aos estudantes com deficincia,

    com Transtorno Global do Desenvolvimento e com Altas Habilidades/Superdotao, recursos

    e atendimentos especializados que complementem ou suplementem o atendimento

  • 32

    educacional realizado nas classes comuns inclusivas e, extraordinariamente, nas classes

    especiais e nos Centros de Ensino Especial.

    Pargrafo nico. O atendimento especializado de que trata este artigo assume carter de

    complementaridade nos casos de estudantes com deficincia e com Transtorno Global do

    Desenvolvimento e, de suplementaridade, nos casos de estudantes com Altas

    Habilidades/Superdotao.

    Art. 53. A Educao Especial tem por objetivo:

    I. atendimento educacional, preferencialmente em classes comuns nas diversas

    etapas e modalidades da Educao Bsica;

    II. apoio incluso dos estudantes com deficincia, Transtorno Global do

    Desenvolvimento e com Altas Habilidades/Superdotao, por meio do

    atendimento educacional especializado em Salas de Recursos na prpria unidade

    escolar, em polos ou por meio de professor itinerante em situaes extraordinrias

    que otimizem o atendimento;

    III. atendimento educacional em classes especiais, em carter temporrio e transitrio

    para os estudantes que ainda no obtiveram indicao para incluso;

    IV. atendimento educacional em instituies especializadas de Educao Especial,

    onde ofertado atendimento exclusivo e complementar.

    Art. 54. Os estudantes da Educao Especial podem ser enturmados, nas unidades escolares

    da Educao Bsica, de acordo com as Orientaes Pedaggicas da Educao Especial da

    SEEDF, da seguinte forma:

    I. classe comum, prioritariamente, visando ao desenvolvimento de suas habilidades

    e incluso no processo educacional;

    II. turmas de integrao inversa, alternativa classe comum com significativa

    reduo do nmero de estudantes, de carter transitrio, constitudas por

    estudantes sem e com deficincias ou Transtorno Global do Desenvolvimento,

    voltadas aos processos de socializao, alfabetizao e aquisio de

    comportamentos adaptativos;

    III. classes especiais, quando, em decorrncia de dificuldades de comunicao ou

    socializao, o estudante necessitar de atendimento diferenciado, em carter

    temporrio e transitrio.

  • 33

    Art. 55. Os Centros de Ensino Especial so mantidos para:

    I. estudantes que necessitam do currculo funcional;

    II. estudantes cuja gravidade do quadro clnico ou de suas manifestaes

    comportamentais no permita sua permanncia ou imediata incluso na unidade

    escolar comum;

    III. estudantes que tiveram terminalidade especfica;

    IV. estudantes matriculados em outras unidades escolares que demandem

    Atendimento Educacional Especializado complementar.

    Pargrafo nico. O Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais - CEEDV e o

    Centro de Capacitao de Profissionais e de Atendimento s Pessoas com Surdez - CAS

    oferecem Atendimento Curricular Especfico tambm comunidade.

    Art. 56. A Educao Especial oferece os seguintes atendimentos especializados:

    I. avaliao e apoio aprendizagem, destinado aos estudantes com deficincia,

    Transtorno Global de Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotao

    atendidos em Centros de Ensino Especial e includos nas demais unidades

    escolares;

    II. educao precoce, destinada promoo do desenvolvimento biopsicossocial da

    criana com deficincia, de risco ou atraso em seu desenvolvimento, na faixa

    etria de at 4 (quatro) anos incompletos de idade;

    III. oficinas destinadas a oferecer aos estudantes maiores de 14 (quatorze) anos

    preparao para o trabalho e/ou atividade sociomotivacional de insero social;

    IV. educao profissional em unidades escolares da Rede Pblica de Ensino do

    Distrito Federal, em instituies conveniadas e outras disponveis na comunidade;

    V. atendimento educacional especializado complementar, como suporte para incluso

    de estudantes com deficincia e Transtorno Global de Desenvolvimento - TGD;

    VI. atendimento s necessidades especificas dos estudantes com deficincia visual no

    Centro de Apoio Pedaggico - CAP;

    VII. atendimento no Centro de Capacitao de Profissionais de Educao e de

    Atendimento s Pessoas com Surdez - CAS aos estudantes com deficincia

    auditiva.

  • 34

    Art. 57. Os estudantes com Altas Habilidades/Superdotao so atendidos em Salas de

    Recursos de acordo com seus interesses especficos, nas unidades escolares em que estudam

    ou em outras, via suplementao curricular para o desenvolvimento de suas potencialidades.

    SEO III

    Da Educao Profissional

    Art. 58. A Educao Profissional tem por objetivos qualificar, habilitar e/ou especializar o

    educando para o exerccio de funes requeridas pelo mundo do trabalho, por meio do

    desenvolvimento de habilidades e competncias especficas.

    Art. 59. Os objetivos da Educao Profissional so pautados pelos princpios da tica, da

    cidadania e dos direitos humanos de forma a promover a apropriao dos fundamentos

    sociais, cientficos e tecnolgicos necessrios ao exerccio profissional para compreenso e

    insero do mundo social e do mundo do trabalho.

    Art. 60. A Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio ofertada nos Centros de Educao

    Profissional Escola Tcnica, nos Centros de Ensino Mdio Integrado e em outras unidades

    escolares que integram a estrutura da SEEDF.

    Pargrafo nico: Os Cursos de Formao Inicial - FIC e Continuada podem ser

    oferecidos em unidades escolares que integram a estrutura da Rede Pblica de Ensino do

    Distrito Federal, devidamente autorizadas por setor prprio da SEEDF, constituindo-se como

    Unidades Remotas de Ensino.

    Art. 61. A Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio, fundamentada nas Diretrizes

    Curriculares Nacionais, organizada por eixos tecnolgicos definidos no Catlogo Nacional

    de Cursos Tcnicos de Nvel Mdio.

    Pargrafo nico. Os Cursos de Formao Inicial e Continuada so definidos pelo Guia

    Nacional de Cursos - FIC.

    Art. 62. A Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio e de Especializao exige o

    respectivo Plano de Curso por Habilitao Profissional ou especializao, coerente com o

    Projeto Poltico Pedaggico - PPP da unidade escolar, contendo:

  • 35

    I. justificativa para oferta do curso;

    II. objetivos do curso e metodologia adotada;

    III. requisitos para ingresso no curso;

    IV. perfil profissional de concluso do curso;

    V. organizao curricular e respectiva matriz, com a durao e a carga horria do

    curso;

    VI. critrios de avaliao;

    VII. processo de acompanhamento, controle e avaliao do ensino, da aprendizagem e

    do curso;

    VIII. especificao da infraestrutura adequada ao curso: instalaes fsicas,

    equipamentos, mobilirio, recursos didtico-pedaggicos, biblioteca, laboratrio;

    IX. critrios de certificao de estudos e diplomao;

    X. relao de professores e especialistas, incluindo o diretor, com as respectivas

    habilitaes e funes, contratados ou a serem contratados, antes do incio de

    funcionamento do curso;

    XI. relao de pessoal tcnico, administrativo e de apoio, com as respectivas

    qualificaes e funes, contratados ou a serem contratados, antes do incio de

    funcionamento do curso;

    XII. plano de estgio curricular supervisionado, quando for o caso;

    XIII. critrios de aproveitamento de estudos, de conhecimentos e de experincias

    anteriores.

    Art. 63. A Educao Profissional tem por finalidade garantir o permanente desenvolvimento e

    a formao integral do cidado para o exerccio pleno da atividade profissional.

    Art. 64. As unidades escolares, aps aprovao dos Planos de Curso da Educao Profissional

    Tcnica de Nvel Mdio pelo Conselho de Educao do Distrito Federal, devem inseri-los no

    Sistema Nacional de Informaes da Educao Profissional e Tecnolgica - SISTEC para

    divulgao em mbito nacional, nos termos da legislao e normas vigentes.

    Art. 65. A Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio pode ser desenvolvida nas

    seguintes formas:

    I. Articulada com o Ensino Mdio e/ou com o Ensino Fundamental sob duas formas:

    a) Integrada

    b) Concomitante

  • 36

    II. Subsequente

    Art. 66. A Educao Profissional Tcnica Articulada / Integrada com o Ensino Mdio e/ou

    com o Ensino Fundamental ofertada mediante:

    I. Cursos Tcnicos Integrados ao Ensino Mdio Regular, na mesma unidade escolar,

    ofertados a estudantes na idade prpria.

    II. Cursos Tcnicos Integrados ao Ensino Mdio na modalidade de Educao de

    Jovens e Adultos, na mesma unidade escolar, ofertados a jovens e adultos maiores

    de 18 (dezoito) anos e que no tenham concludo o ensino mdio.

    III. Cursos Tcnicos Integrados ao Ensino Mdio na modalidade de Educao de

    Jovens e Adultos, ofertados em unidades escolares diferentes, mas com um

    Projeto Poltico Pedaggico - PPP unificado, a jovens e adultos maiores de 18

    (dezoito) anos e que no tenham concludo o ensino mdio.

    IV. Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC, integrados ao Ensino Mdio.

    V. Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC Integrados ao 3 Segmento da

    modalidade de Educao de Jovens e Adultos, oferecidos aos jovens e adultos

    maiores de 15 anos e que tenham concludo o ensino fundamental e estejam

    cursando o ensino mdio.

    VI. Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC Integrados ao 2 Segmento da

    modalidade de Educao de Jovens e Adultos, oferecidos aos jovens e adultos

    maiores de 15 anos e que no tenham concludo o ensino fundamental.

    Art. 67. A Educao Profissional Tcnica Articulada / Concomitante com o ensino mdio e/ou

    com o ensino fundamental ofertada mediante:

    I. Curso Tcnico Concomitante com o Ensino Mdio regular, a estudantes na idade

    prpria, em unidades escolares distintas, mas com Projeto Poltico Pedaggico -

    PPP unificado, mediante convnio ou acordo de intercomplementaridade.

    II. Curso Tcnico concomitante com o ensino mdio regular, na mesma unidade

    escolar ou em unidades escolares distintas, aproveitando-se as oportunidades

    educacionais disponveis, oferecidos aos jovens e adultos maiores de 18 anos e

    que no tenham concludo o ensino mdio.

    III. Cursos Tcnicos concomitantes com o Ensino Mdio na modalidade de Educao

    de Jovens e Adultos, na mesma unidade escolar ou em unidades escolares

    distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponveis, oferecidos

  • 37

    aos jovens e adultos maiores de 18 (dezoito) anos e que no tenham concludo o

    ensino mdio.

    IV. Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC concomitantes ao 3 Segmento da

    modalidade de Educao de Jovens e Adultos, em unidades escolares distintas,

    aproveitando-se as oportunidades educacionais disponveis, oferecidos aos jovens

    e adultos maiores de 15 (quinze) anos e que tenham concludo o 2 Segmento da

    modalidade de Educao de Jovens e Adultos.

    V. Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC concomitantes ao 2 Segmento da

    modalidade de Educao de Jovens e Adultos, em unidades escolares distintas

    aproveitando-se as oportunidades educacionais disponveis, oferecidos aos jovens

    e adultos maiores de 15 (quinze) anos e que no tenham concludo o Ensino

    Fundamental.

    Art. 68. A Educao Profissional Tcnica Subsequente ofertada somente a quem j tenha

    concludo o Ensino Mdio.

    Art. 69. Os cursos e os programas de Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio, na

    forma articulada concomitante e na subsequente, quando estruturados e organizados em

    etapas com terminalidade, devem incluir sadas intermedirias que possibilitem a obteno de

    certificados de qualificao para o trabalho.

    Art. 70. As unidades escolares que ofertam cursos tcnicos de nvel mdio devem garantir,

    nos Planos de Curso, o estgio supervisionado e viabilizar a sua execuo, por meio de

    convnios com instituies especializadas pblicas ou privadas.

    Art. 71. Na oferta da Educao Profissional Tcnica Articulada / Integrada com o ensino

    mdio e de Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC com a modalidade Educao de

    Jovens e Adultos, devem ser observadas as seguintes cargas horrias:

    I. Cursos Tcnicos integrados ao Ensino Mdio na modalidade de Educao de

    Jovens e Adultos (EJA): mnima de 800, ou 1.000 ou 1.200 horas, conforme a

    habilitao profissional ofertada, acrescida de mais 1.200 horas destinadas

    formao geral, totalizando o mnimo de 2.000, ou 2.200, ou 2.400 horas.

    II. Cursos Tcnicos integrados ao Ensino Mdio na modalidade de Educao de

    Jovens e Adultos (EJA): mnima de 800, ou 1.000 ou 1.200 horas, conforme a

    habilitao profissional ofertada, acrescidas de mais 1.200 horas para a formao

  • 38

    geral, devendo sempre totalizar 2.400 horas.

    III. Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC integrados ao Ensino Mdio:

    mnima de 200 horas e mxima de 800 horas.

    IV. Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC integrados ao 3 Segmento da

    modalidade de Educao de Jovens e Adultos: mnima de 200 horas e mxima de

    800 horas.

    V. Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC integrados ao 2 Segmento da

    modalidade de Educao de Jovens e Adultos: mnima de 200 horas e a mxima

    de 800 horas.

    Art. 72. Na oferta da Educao Profissional Tcnica Articulada / Concomitante com o ensino

    mdio e Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC com a modalidade de educao de

    jovens e de adultos devem ser observadas as seguintes cargas horrias:

    I. Curso Tcnico Concomitante com o Ensino Mdio regular: mnima de 3.000,

    3.100 ou 3.200 horas.

    II. Curso Tcnico Concomitante com o Ensino Mdio regular: mnima de 800, 1.000

    ou 1.200 horas, conforme habilitao profissional ofertada, na unidade escolar de

    Educao Profissional, acrescida de 2.400 horas na unidade escolar de Ensino

    Mdio, totalizando os mnimos de 3.200, 3.400 ou 3.600 horas para o estudante.

    III. Cursos Tcnicos concomitantes com o Ensino Mdio na modalidade de Educao

    de Jovens e de Adultos: mnima de 800, 1.000 ou 1.200 horas, conforme

    habilitao profissional ofertada, na unidade escolar de Educao Profissional,

    acrescidas de 1.200 horas na unidade escolar de Ensino Mdio na modalidade de

    Educao de Jovens e Adultos, totalizando 2.000, 2.200 ou 2.400 horas.

    IV. Cursos de Formao Inicial e Continuada - FIC concomitantes ao 2 e 3

    Segmentos da modalidade de Educao de Jovens e Adultos: mnima de 200 horas

    e mxima de 800 horas.

    Art. 73. Na Educao Profissional Tcnica subsequente, a carga horria mnima de 800,

    1.000 ou 1.200 horas, conforme habilitao profissional ofertada nos Centros de Educao

    Profissional - CEP.

  • 39

    SEO IV

    Da Educao do Campo

    Art. 74. A modalidade de ensino Educao do Campo compreende a Educao Bsica em

    suas etapas de Educao Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Mdio, assim como as

    modalidades de Educao de Jovens, Adultos e Educao Profissional Tcnica de Nvel

    Mdio integrada com o Ensino Mdio.

    1 A Educao do Campo destina-se ao atendimento s populaes rurais em suas

    mais variadas formas de produo da vida agricultores familiares, trabalhadores rurais

    assalariados, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da

    Reforma Agrria, quilombolas, caiaras, indgenas e outros.

    2 Escola do Campo aquela situada em rea rural, conforme definida pela Fundao

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, ou aquela situada em rea urbana, desde

    que atenda predominantemente a populaes do campo.

    Art. 75. O Projeto Poltico Pedaggico - PPP da escola do campo, formulados no mbito da

    autonomia das unidades escolares em dilogo com as comunidades escolar e local, a ser

    elaborado, desenvolvido e avaliado sob a orientao dos princpios da Educao do Campo,

    com contedos curriculares e metodologias adequadas s reais necessidades dos estudantes do

    campo.

    Art. 76. So Princpios da Educao do Campo:

    I. o respeito diversidade do campo em seus aspectos sociais, culturais, ambientais,

    polticos, econmicos, de gnero, geracional e de raa e etnia;

    II. o desenvolvimento das unidades escolares como espaos pblicos de investigao

    e articulao de experincias e estudos direcionados para o desenvolvimento

    social, economicamente justo e ambientalmente sustentvel, em articulao com o

    mundo do trabalho;

    III. a valorizao da identidade da escola do campo por meio de projetos pedaggicos

    com contedos curriculares e metodologias adequadas s reais necessidades dos

    estudantes do campo, bem como flexibilidade na organizao escolar, incluindo

    adequao do calendrio escolar s fases do ciclo agrcola, aos fatores

    geogrficos, culturais e ambientais locais, superando a fragmentao do currculo

  • 40

    e respeitando as diferentes metodologias que consideram os sujeitos com suas

    histrias e vivncias;

    IV. o controle social da qualidade da educao escolar, mediante a efetiva

    participao da comunidade e dos movimentos sociais do campo;

    V. o desenvolvimento pedaggico e curricular a partir da vinculao s matrizes

    formativas das populaes do campo, identificados por meio de um inventrio da

    unidade escolar e da comunidade, como atividade de pesquisa a ser realizada por

    docentes, estudantes e comunidade, de forma que os saberes e os fazeres do povo

    campons constituam referncia para a prxis pedaggica;

    VI. a organizao do trabalho pedaggico pautada no trabalho como princpio

    educativo, na ligao do contedo escolar com a vida, na formao para a

    coletividade por meio de processos democrticos participativos, e na alternncia,

    como princpio e como mtodo, quando se aplicar.

    Art. 77. So objetivos precpuos da Educao do Campo:

    I. reduzir os indicadores de analfabetismo com a oferta de polticas de Educao de

    Jovens e Adultos, nas localidades onde vivem e trabalham, respeitando suas

    especificidades quanto o horrio e calendrio escolar;

    II. fomentar Educao Bsica na modalidade Educao de Jovens e Adultos,

    integrando qualificao social e profissional ao ensino fundamental, articulada

    promoo do desenvolvimento sustentvel do campo;

    III. contribuir para a incluso digital por meio da ampliao do acesso a

    computadores, conexo rede mundial de computadores e a outras tecnologias

    digitais, beneficiando a comunidade escolar e a populao prxima s escolas do

    campo.

    IV. facilitar acesso Educao Profissional e Tecnolgica, integrada, concomitante ou

    sucessiva ao Ensino Mdio, com perfis adequados s caractersticas

    socioeconmicas das regies onde ser ofertada.

    Art. 78. No desenvolvimento e na manuteno da modalidade de ensino Educao do Campo

    nas escolas do campo, sempre que o cumprimento do direito educao escolar assim exigir,

    sero assegurados:

  • 41

    I. a organizao e o funcionamento de turmas formadas por estudantes de diferentes

    idades e graus de conhecimento de uma mesma etapa de ensino, especialmente

    nos anos iniciais do ensino fundamental;

    II. a oferta de educao bsica, sobretudo no Ensino Mdio e nas etapas dos anos

    finais do Ensino Fundamental, de acordo com os princpios da metodologia da

    pedagogia da alternncia.

    Art. 79. A oferta de Educao do Campo, com padres de qualidade, est subordinada ao

    cumprimento da legislao educacional e das Diretrizes Operacionais para a Educao Bsica

    nas Escolas do Campo e dos marcos legais para a Educao do Campo constantes nos

    documentos da SEEDF.

    Art. 80. A organizao e o funcionamento das unidades escolares do campo respeitaro as

    diferenas entre as populaes atendidas quanto sua atividade econmica, seu estilo de vida,

    sua cultura e suas tradies, podendo ter calendrio escolar prprio, desde que previamente

    aprovado pela SEEDF.

    Art. 81. A Educao do Campo pode ser organizada em classes multisseriadas e, para atingir a

    qualidade referenciada no sujeito social, contaro com professores com formao pedaggica,

    inicial e continuada, instalaes fsicas e equipamentos adequados, materiais didticos

    apropriados e superviso pedaggica permanente.

    Art. 82. Os recursos didticos, pedaggicos, tecnolgicos, culturais e literrios destinados

    educao do campo devero atender s especificidades e apresentar contedos relacionados

    aos conhecimentos das populaes do campo, considerando os saberes prprios das

    comunidades, em dilogo com os saberes acadmicos e a construo de propostas de

    Educao do Campo contextualizadas.

    Art. 83. Em cumprimento aos dispositivos legais, a SEEDF garantir alimentao escolar aos

    estudantes, de acordo com os hbitos alimentares do contexto socioeconmico-cultural-

    tradicional predominante em que a unidade escolar est inserida.

    Art. 84. A Educao do Campo dever garantir aos estudantes com deficincia ou Transtornos

    Funcionais Especficos, inclusive queles da Educao de Jovens e Adultos e do ensino

    regular noturno, servio especializado de apoio aprendizagem, com profissionais especficos

  • 42

    e sala de recursos, na prpria unidade escolar, conforme os marcos legais em vigor no Distrito

    Federal.

    SEO V

    Da Educao a Distncia

    Subseo I

    Da Educao de Jovens e Adultos

    Art. 85. A Educao de Jovens e Adultos na modalidade Educao a Distncia, intitulada por

    EJA/EaD considera a mediao pedaggica nos processos de ensino e aprendizagem, em que

    estudantes e professores desenvolvem as atividades pedaggicas em espaos ou tempos

    diversos, possibilitando que o estudante organize sua dinmica de estudos a partir de suas

    necessidades da vida cotidiana, conforme legislao vigente.

    Pargrafo nico. A carga horria do 2 Segmento/Ensino Fundamental Etapas Finais

    de 1.600 (mil e seiscentas) horas, e a do 3 Segmento/Ensino Mdio de 1.200 (mil e

    duzentas) horas.

    Art. 86. A EJA/EaD poder ser ofertada somente nos 2 e 3 Segmentos, observada a

    legislao vigentes.

    Art. 87. A Matriz Curricular da EJA/ EaD organizada de forma a preservar e indicar a

    correspondncia com a Matriz Curricular da Educao de Jovens e Adultos em curso

    presencial.

    1 A EJA/ EaD organizada em Segmentos e Etapas.

    2 O 2 Segmento/ensino fundamental anos finais est organizado em quatro Etapas

    (5, 6, 7 e 8 etapas)

    3 O 3 Segmento/ensino mdio est organizado em trs etapas (1, 2 e 3etapas).

    Art. 88. A EJA/ EaD desenvolvida a partir da utilizao dos recursos tecnolgicos

    disponibilizados pelas Tecnologias da Informao e Comunicao TIC, por meio de um

    Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA).

  • 43

    Art. 89. As unidades escolares da Rede Pblica de Ensino do Distrito Federal podem ofertar a

    EJA/ EaD, desde que autorizadas pelo Conselho de Educao do Distrito Federal - CEDF.

    Art. 90. A constituio de turmas obedecer ao estabelecido no documento Estratgia de

    Matrcula da SEEDF.

    1 O professor dever planejar o desenvolvimento do seu componente curricular,

    relativo ao perodo letivo, conforme a matriz instrucional constante no Caderno de Educao

    a Distncia do Currculo da Educao Bsica.

    2 Dever ser assegurada aos estudantes a participao no processo de ambientao

    virtual do curso, objetivando garantir a navegao segura nas ferramentas de interao

    (fruns, mensagens) e nos recursos da sala virtual (tarefas, enquetes, dirio reflexivo, outros).

    Art. 91. Aos estudantes da Educao de Jovens e Adultos permitida a circulao de estudos

    da Educao a Distncia para o presencial ou do presencial para a Educao a Distncia,

    desde que observadas as disposies legais vigentes.

    Art. 92. A unidade escolar dever elaborar o Guia do Estudante, contendo informaes sobre

    a estrutura e o funcionamento do curso; o funcionamento dos polos; o atendimento aos

    estudantes pela Secretaria Escolar; os prazos; os encontros presenciais; as rotinas e os

    cronogramas, disponibilizando-o aos estudantes no incio do perodo letivo.

    Art. 93. O material didtico-pedaggico para estudantes da EJA/EaD ser elaborado pelos

    professores e disponibilizado em formato digital, por meio de Ambiente Virtual de Ensino e

    Aprendizagem - AVEA, e/ou mdia, e/ou material impresso, em consonncia com o Currculo

    da Educao Bsica da SEEDF.

    Art. 94. Os livros didticos ofertados na Educao de Jovens e Adultos em curso presencial

    podero ser utilizados para os estudantes da EJA/EaD.

    Subseo II

    Da Educao Profissional

    Art. 95. Os Cursos Tcnicos a Distncia so ofertados pelos Centros de Educao

    Profissional, a partir da Rede e-Tec Brasil, sendo seu funcionamento aprovado pelo Conselho

  • 44

    de Educao do Distrito Federal.

    Art. 96. Os Cursos Tcnicos so oferecidos por meio do Ambiente Virtual de Ensino e

    Aprendizagem - AVEA e mediados por materiais didticos virtuais, impressos e mdias.

    Pargrafo nico. O material didtico fornecido ao estudante deve estar em consonncia

    com o curso, podendo ser oferecido na forma de mdia ou impresso e em linguagem dialgica

    com os estudantes.

    Art. 97. O estudante dever cumprir, no mnimo 20% (vinte por cento) da carga horria

    presencial, em atendimento ao estabelecido nos Planos dos Cursos Tcnicos aprovados pelo

    Conselho de Educao do Distrito Federal - CEDF.

    Art. 98. O professor dever planejar o desenvolvimento do seu componente curricular,

    relativo ao perodo letivo, conforme a matriz instrucional constante no Caderno de Educao

    a Distncia do Currculo da Educao Bsica.

    Art. 99. O Centro de Educao Profissional dever elaborar o Guia do Estudante, contendo

    informaes sobre a estrutura e o funcionamento do curso; os polos; o atendimento aos

    estudantes pela Secretaria Escolar; os prazos; os encontros presenciais; as rotinas e os

    cronogramas, disponibilizando-os aos estudantes no incio do perodo letivo.

    Art. 100. A Coordenao do Curso dever informar ao estudante, no incio de cada perodo

    letivo, o programa de cada Componente Curricular, informando objetivos, unidades didticas,

    atividades e avaliaes.

    Art. 101. Dever ser assegurada aos estudantes a participao no processo de ambientao

    virtual do curso, objetivando garantir a navegao segura nas ferramentas de interao

    (fruns, mensagens) e nos recursos da sala virtual (tarefas, enquetes, dirio reflexivo, outros).

    Subseo III

    Do Polo de Apoio Aprendizagem Presencial

    Art. 102. O Polo de Apoio Aprendizagem Presencial uma unidade operacional para o

    desenvolvimento descentralizado de atividades pedaggicas e administrativas a cursos e

    programas ofertados a distncia.

  • 45

    Pargrafo nico. O Polo de Apoio Aprendizagem Presencial tem como objetivos:

    I. possibilitar o acesso dos estudantes aos estudos oferecidos no Ambiente Virtual de

    Ensino e Aprendizagem - AVEA durante o perodo do curso, conforme

    cronograma escolar;

    II. oferecer apoio aprendizagem das atividades pedaggicas oferecidas no

    Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem - AVEA, como participao em

    fruns, edio de textos, pesquisas na internet, envio de tarefas, respostas a

    questionrios, visualizao e envio de mensagens, entre outras;

    III. oferecer apoio escolar ao estudante sobre tarefas pedaggicas como elaborao de

    textos, redao de mensagens, leitura e interpretao de textos didticos,

    interpretao de comandos do professor formador e outros;

    IV. apoiar o estudante na apropriao da linguagem digital e dos recursos

    tecnolgicos.

    Art. 103. A unidade escolar que abriga o Polo de Apoio Aprendizagem Presencial ser

    responsvel pela manuteno adequada de equipamentos do laboratrio, assegurando aos

    estudantes o acesso s salas de aula e biblioteca, sob superviso do Coordenador de Polo.

    Art. 104. A unidade escolar autorizada para a oferta de Educao de Jovens e Adultos poder

    propor a criao de Polo de Apoio Aprendizagem Presencial, observadas as exigncias

    legais, desde que estejam previstos em seu Projeto Poltico Pedaggico - PPP.

    Pargrafo nico. O Polo de Apoio Aprendizagem Presencial constitui-se em unidade

    operacional destinada ao desenvolvimento descentralizado de atividades:

    I. Pedaggicas:

    a) de acompanhamento;

    b) de orientao quanto participao no curso;

    c) de atendimento presencial;

    d) de prtica laboratorial;

    e) de atividades de estudo individual ou em grupo;

    f) de avaliao presencial.

    II. Administrativas:

    a) de secretaria escolar;

  • 46

    b) de banco de dados dos estudantes;

    c) de arquivo e documentao.

    CAPTULO III

    Dos Estgios

    Art. 105. O estgio curricular atividade de aprendizagem social, profissional e cultural

    devidamente supervisionado, que visa a preparao para o trabalho.

    Art. 106. O estgio curricular destina-se aos estudantes da Rede Pblica de Ensino do Distrito

    Federal regularmente matriculados em cursos de Educao Profissional Tcnica de Nvel

    Mdio, no Ensino Mdio, no Ensino Mdio Integrado, na Educao de Jovens e Adultos, na

    Educao Especial e na Educao do Campo.

    Art. 107. O estgio curricular na educao profissional deve ser oferecido de acordo com a

    Organizao Curricular e com o Plano de Curso correspondente.

    Pargrafo nico. O estudante encaminhado instituio conveniada, conforme

    critrios previamente definidos, consideradas as peculiaridades do curso e podendo ser

    submetido a processo seletivo.

    Art. 108. O estgio curricular no Ensino Mdio Integrado iniciado a partir da 1 srie ou

    conforme a organizao curricular contida no Plano de Curso.

    Art. 109. O estgio no obrigatrio para estudantes do Ensino Mdio poder ser iniciado a

    partir da 1 srie, desde que o estudante tenha a idade mnima de 16 (dezesseis) anos, e esteja

    efetivamente matriculado e frequente.

    Art. 110. O estgio no obrigatrio para estudantes da Educao de Jovens e Adultos, poder

    ser iniciado no 3 Segmento, desde que o estudante esteja efetivamente matriculado e

    frequente.

    Art. 111. Aos estudantes da Educao Especial, os estgios seguem o previsto para os demais

    estudantes, realizadas as devidas adequaes.

  • 47

    1 As estratgias devem ser articuladas entre as unidades gestoras responsveis pela

    Educao Especial, pelo Ensino Mdio, pela Educao de Jovens e Adultos e pela Educao

    do Campo, em nvel central, tendo por objetivo propiciar ao estudante condies de

    orientao para o mundo do trabalho, por meio de acompanhamento e superviso das

    atividades que viabilizem o desenvolvimento de habilidades especficas.

    2 O acompanhamento e a superviso do estgio dos estudantes da Educao Especial,

    devero ser realizados pelo Coordenador do Servio de Orientao ao Trabalho - SOT, lotado

    nos Centros de Ensino Especial, em articulao com as unidades escolares.

    Art. 112. A realizao do estgio curricular depende de prvia formalizao, por meio de

    Termo de Compromisso entre a unidade escolar, a instituio conveniada e o estudante,

    contendo:

    I. carga horria;

    II. durao;

    III. jornada;

    IV. aplice de seguro obrigatrio;

    V. plano de atividades do estagirio;

    VI. demais condies pertinentes ao estgio.

    Art. 113. A realizao do estgio no obrigatrio depende de prvia formalizao, por meio

    de Termo de Compromisso entre a unidade escolar, instituio conveniada e o estudante,

    contendo:

    I. carga horria;

    II. durao;

    III. jornada;

    IV. aplice de seguro obrigatrio;

    V. valor da bolsa de estgio mensal, quando for o caso;

    VI. plano de atividades do estagirio;

    VII. demais condies pertinentes ao estgio.

    1 No caso de renovao do estgio, deve ser formalizado novo Termo de

    Compromisso ou pode ser efetuado aditamento ao existente.

  • 48

    2 O estagirio obrigado, mediante o Termo de Compromisso, a cumprir as

    condies fixadas para o estgio.

    Art. 114. Os estgios realizados pelos estudantes no estabelecem vnculo empregatcio.

    Art. 115. A responsabilidade do planejamento e o efetivo acompanhamento dos estgios so

    de competncia da unidade escolar em que o estudante estiver matriculado.

    Pargrafo nico. Para o estgio no obrigatrio, caber equipe gestora indicar

    profissional da Carreira Magistrio como responsvel pelo acompanhamento e pela avaliao

    das atividades do estagirio, por meio de relatrio peridico e no superior a seis meses de

    atividades.

    Art. 116. vedada a cobrana de qualquer taxa referente s providncias administrativas para

    obteno e realizao dos estgios, sob qualquer pretexto.

    Art. 117. Os estgios previstos neste Regimento so realizados de acordo com a legislao

    vigente.

    TTULO III

    DA ORGANIZAO PEDAGGICA, DAS EQUIPES DE APOIO E DOS RECURSOS

    CAPTULO I

    Da Organizao Pedaggica

    Art. 118. A Organizao Pedaggica das unidades escolares parte indissocivel do seu

    Projeto Poltico Pedaggico - PPP.

    1 A Organizao Pedaggica caracteriza-se por servios que competem, em primeira

    instncia, equipe gestora e, complementarmente, aos demais profissionais da unidade

    escolar, a saber:

    I. Servio de Coordenao Pedaggica;

    II. Equipe de Apoio:

    a) Equipe Especializada de Apoio Aprendizagem

    b) Orientao Educacional

    c) Atendimento Educacional Especializado/Sala de Recur


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