Quinta-feira, 13 de Agosto de 2009 I SÉRIE - Número 32,BOLETIM· DA· REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
SUPLEMENTOIMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE
AVISO,. - ':
A matéria a publicar no "Boletim da República» deve ser remetida em' cópiadevidamente autenticada, ,uma por cada assunto, donde conste, ,além dasindicações necessárias para ~sse efeito,:.oaverbamento seguinte, assinadQ eautenticado: Para publicação no "Boletim da 'República»,' ,
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SUMÁRIO
Conselho de Ministros:
Decreto n.o 36/2009:
Aprova o Regulamento de Radiocomunicações e revoga o Decreton.o 23/93, de 5 de Outubro, e tod!\ a legislação Çjuecontrarie odi'spost~ no Regulamento. ' ,
Decreto n.o 37/2009:
Aprova o Regulamento de Homologações de Equipamentos de,Telecomunicações e Radiocomunicações,
•••••••••••••••••••••••••••••••
CONSELHO DE MINISTROS
Decreto n.O 36/2009
de 13 de Agosto
Havendo. necessidade de sé -actualizar o. regime aplicável àregulação., gestão. e fiscalização. da utilização. do. espectro.radio.eléctrico., ao. abrigo. do. dispo.sto.na alínea b) do. artigo. 9 daLei n.o 812004, de 21 de Julho., Lei das Teleco.municações, o.Co.nselho. de Ministros decreta:
Artigo. 1. É aprovado. o.Regulamento. de Radio.co.municações,em anexo., que é parte integrante do. presente Decreto..
Art. 2. É revo.gado. o. Decreto. n.o 23/93, de 5 de Outubro,e to.da a legislação. que co.ntrarie o. dispo.sto. no. presenteRegularilento..
Art. 3. O presente Decreto. entra imediatamente em vigo.r.
Aprovado. pelo. Co.nselho. de Ministro.s, ao.s 30 de Junho.de 2009.
Publique-se.
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
'Regulamento de RadiocomunicaçõesCAPÍTULO I
Disposições Gerais
ARTIGO I. Objeáo
O presente Regulamento. estabelece o. regime jurídico.aplicável à g~stão. e mo.nitorização. do espectro tadioeléctrico.,bem-como as'condições'de licenCiamento, instalação, exploraçãoe fiscalização de estações e redes de radio.co.tnui:ücações.
ARTIGO. 2 '
. Definições . ' .
O significado dos termos e expressqes utilizados nesteRegulaménto, consta do. glossário, em anexo., 'de que faz parteintegrante. '.. .
ARTIGo. 3
. Âmbito
1. 0 presente Regulamento. aplica-se aas seguintes Serviçosde Radiocomunicações:
a) Serviço. fixa;b) Serviço. fixo. por satélite;c) Serviço móvel;á) Serviço. móvel aeronáutica;,e) Serviço. móvel aeronáutico (r);f) Serviço móvel aeronáutica (or);g) Serviço. móvel aeronáutica por satélite,;h) Serviço. móvel aeronáutica (r) por satélite;i) Serviço. móvel aero.náutica (or) por satélite;j) Serviço móvel marítimo.;k) Serviço móvel marítimo. por satélite;l) Serviço. de mavimenta de barcas;m) Serviço. móvel por satélite;
,n) Serviço. móvel terrestre;, o) Serviço. móvel terrestre por satélite;p) Serviço. de o.perações portuárias;q) Serviço. de radio.amadar;r) Serviço. de radio.amador par satélite;s) Serviço de radioqstronamia;t) Serviço de rádiodeterminação.;u) Serviço. de radiadeterminação. par satélite.v) Serviço. de radio.difusão.;w) Serviço. de radio.difusãa'par satélite;x) Serviço. de radio.localização.;y) Serviço. de radialacalizaçãa por satélite;z) Serviço. de radio.navegação.;
22ü-{2) o/SÉRIE - NÚMERO 32
Potência de transmissão
SECÇÃO II
ARTIGO 8
ARTIGO 6---
ARTIGO 9
Alteraçio e replanlflcação 'da conslgnaçio
1. A Autoridade Reguladora, quando julgue necessário, podealterar ou replanificar a cO,nsignação de frequências, emdeterminada área geográfica, visando o seguinte:
a) Adequação técnica e 'operacional dos sistemas;b) Modificação na canalização;c) Modificação das características técnicas ou condições
de uso das frequências;li) Modificação do Plano Nacional de Atribuição de
Frequências.2. Nos casos previstos no número anterior, a Autoridade
Reguladora dá conhecimento da decisão aos titulares daslicenças.-
ARTIGO 7
Frequências não planificadas
1. A Autoridade Reguladora pode autorizar o uso defrequências não planificadas para projectos de curta duração oude emergência. .
2. As frequências autorizadas nos termos do número anterior,não devem causar interferências prejudiciais aos serviços quefuncionam no âmbito do Plano Nacional de Atribuição deFrequências.
Condições para a conslgnaçio de frequinclas
No processo de consignação de frequências, a AutoridadeReguladora deve compatibilizar a actividade ou serviço a serexplorado relativamente à potência, largura de faixa ocupada,técnica empregue para evitar interferências prejudiciais.
1. A potência de transmissão a utilizar nos equiparpentos deradiocomunicações, não deve ser superior ao valor máximodeterminado e autorizado pela Autoridade Reguladora.
2. O valor máximo da potência de transmissão, referido nonúmero anterior, é determinado em função das especificidades
. de cada tipo de serviço.
ARTIGO 4
Objectivos
São objectivos do presente Regulamento:
a) Facilitar o acesso equitativo e transparente ao espectroradioelectrico;
b) Assegurar o uso racional e eficiente do-espeçftoradioeléctrico;
c) Assegurar a disponibilidade de frequências utilizadaspara emergência e segurança e sua protecção contra
interferências. prejudiciais;
li) Prevenir e/ou proceder à eliminação de interferências
prejudiciais que ocorram entre serviços de teleco
municações de várias entidades;
e) Assegurar a prestação de serviços de telecomunicações
de qualidade:
00) Serviço de radionavegação aeronáutica;bb) Serviço deradionavegação aeronáutica por satélite;
cc)Serviço de radionavegação marítima;dá) Serviço de radionavegação marítima por satélite.
ee) Serviço de radionavegação por satélite;fi) Serviço de ajuda à meteorologia;gg) Serviço espacial;
hh) Serviço experimental;ii) Serviço de exploração da terra por satélite;
jj) Serviço de frequências padrão e de sinais horários;
kk) Serviço de frequências padrão e de sinais horários porsatélite;
li) Serviço de investigação espacial;
mm) Serviço de meteorologia por satélite;nn) Serviço de segurança.
2. Exceptuam-se do âmbito de aplicação do presente
Regulamento, as estações e redes de radiocomunicações afectas
para fins de defesa e segurança do Estado.
CAPÍfULOIl
Gestão de frequências
SECÇÃO I
Generalidades Plano Nacional de Atribuição de Frequências
ARTIGO 5ARTIGO 10
Consignação de frequências
1. Sem prejuízo do estabelecido na Lei das Telecomu
nicações, a Autoridade Reguladora deve consignar asfrequências necessárias ao funcionamento e utilização dasestações e redes de radiocomunicações, tendo em conta o PlanoNacional de Atribuição de Frequências - PNAF, designadamente:
a) Frequências exclusivas; •b) Frequências comuns;c) Frequências colectivas.
2. Em casos especiais, a Autoridade Reguladora podeconsignar frequências ou determinadas faixas de· frequências,para efeito de experiências, ensaios ou para demonstração dofuncionamento de equipamentos de radiocomunicações.
Conteúdo
1. Sem prejuízo do estabelecido na Lei das Telecomunicações,o Plano Nacional de Atribuição de Frequências deve conter aseguinte informação:
a) Termos e definições;b) Atribuição de bandas de frequências;c) Notas nacionais e internacionais de atribuição das bandas
de frequências.
2. A atribuição de bandas de frequências deve conter aseguinté informação:
a) Faixa de frequências;b) Atribuições do plano internacional ·de frequências
aplicáveis à República de Moçambique;c) Aplicações nacionais;á) Notas e recomendações.
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13 DE AGOSTO DE 2009
3. O Plano Nacional de Atribuição de Frequências éactualizado de dois em dois anos e é objecto de publicação no
Boletim da República.
ARTIGO 11
Registo nacional e internacional de frequências
1. A Autoridade Reguladora mantém um registo nacional
actualizado·de todas as consignações de frequências feitas para
cada um dos serviços de radiocomunicações estabelecidos no
país.
2. A Autoridade Reguladora deve inscrever as consignações
nacionais no registo internacional de frequências, em
conformidade com os procedimentos estabelecidos ,no
Regulamento de Radiocomunicações da UIT.3. As características técnicas e os procedimentos necessários
para a inscrição das consignações nacionais, referida no númeroanterior, são estabelecidos pela Autoridade Reguladora.
ARTIG61~
Monitorização do espectro radioeléctrico
1. A Autoridade Reguladora controla o uso correcto do
espectro radioeléctrico por todas as estações dos diferentes
serviços de radiocomunic,!ções estabelecidas no país.
2. A Autoridade Regulado;~ p~ocede à monitorizaçãp e
comprovação técnica do funcionamento dos emissores
radioeléctricos instalados no país, pelo menos uma vez em cadadóis anos.
ARTIGO 13
Coordenação de frequências
1. A coordenação do uso de frequências obedece às normasestabelecidas na Lei das Telecomunicações, no presente
Regulamento e, supletivamente, no regulamento de radioco
municações,da UIT.2. A coordenaç~o do uso de frequências é realizada tendo em
. conta os seguintes níveis:
a) Nacional, quando se tratar do uso das frequências
partilhadas dentro do território nacional, por forma a
evitar interferências prejudiciais entre as estações de
radiocomunicações internas;
b) Regional, quando. se tratar do uso das frequênciaspartilhadas nas zonas fronteiriças por forma a evitarprovocar ou sofrer interferências prejudiciais com
estações de. radiocomunicações dos países vizinhos;c) Internacional, quando se tratar da harmonização do uso
de frequências para um determinado serviço, porforma a garantir a conexão internacional dos serviços.
SECÇÃO III
Interferências prejudiciais
ARTIGO 14
Princípio geral
As estações de radiocomunicações não devem causar
interferências prejudiciais entre si.
22ü-(3)
ARTIGO 15
Identificação de interferências'
1. A entidade interferida deve imediatamente comunicar porescrito à Autoridade Reguladora a existência de interferênciasprejudiciais, fornecendo informação referente à suaidentificação, bem como os parâmetros técnicos da estaçãointerferi da e a natureza da interferência. ~
2. A Autoridade Reguladora pode interromper provisória oudefinitivamente o funcionamento de estações ou redes deradiocomunicações que estejam a causar interferênciasprejudiciais.
ARTIGO 16
Resolução de interferência
1. A resolução de interferências prejudiciais entre estações
de r(idiocomunicações obed~ce às seguintes fases:
a) Verificação - fase na qual a entidade interferida procedeà comprovação da existência de interferênciaprejudicial.no sistema de radiocomunicações;
b) Comunicação - fase na.qual se dá a conhecer aAutoridade Reguladora, por escrito, a existência deinterferência prejudicial no seu sistema;
c) Conciliação =-- fase na qual os interessados devemestabelecer o entendimento necessário de forma a
possibilitar o uso comum da frequência, faixa oucanal;
d) Decisão - medida proferida pela Autoridade Reguladoranas situações de impossibilidade de se alcançaracordo entre as partes na fase de conciliação;
2. Os consensos alcançados na conciliação e as decisõestomadas devem ser registados pela Autoridade Reguladora.
ARTIGO 17
Procedimentos de resolução de interferências
Na resolução de interferências prejudiciais entre duas ou maisestações observar-se-ão os segllintes procedimentos:
a) A estação interferente que opera em serviço secundárioe a estação ou estações interferidas operando emserviço primário, a interferente deverá interromperimediatamente a sua transmissão e proceder aosajustes necessários para eliminar a interferência;
b) A interferência prejudicial quando causada por umaestação a funcionar em serviço primário e a estaçãointerferida a operar em serviço secundário, estaúltima, deve .sujeitar-se à interferência ou àdisponibilidade de frequências noutras faixas, deacordo com. a atribuição feita pela AutoridadeReguladora;
c) A interferência prejudicial quando causada entreestações a operar em serviço primário, os interessadosdevem proceder à coordenação do uso das frequênciasde forma a eliminar as interferências;
d) A interferência prejudicial quando caus(ida entreestações a operar em serviço secundário, osinteressados devem proceder à coordenação do usodas frequências de forma a eliminar as interferências;
e) A interferência prejudicial quando causada por estaçõeslocalizadas fora do território nacional, a coordenaçãoserá da responsabilidade da Autoridade Reguladorae da entidade congénere, do respectivo país.
22o:-{4) I SÉRIE - NÚMERO 32
ARTIoo18
Critérios de decisão na resolução de interferências
Nos casos previstos nas alíneas c) e d) do artigo 17 e nãohavendo acordo entre as partes Ínteressadas, a AutoridadeReguladora observará os seguintes critérios de decisão:
a) Preferência dos serviços deuso público sobre os de usoprivativo;
b) Preferência do uso de equipamentos que propiciemmelhor aproveitamento do espectro -radioeléctrico;
c) Antiguidade da licença, com boa prestação.
CAPÍTULO III
Licenciamento e registo de radiocomunicações
SECÇÃO I
Licenças
ARTIGO 19
Acesso ao espectro radioeléctrico
1. A utilização do espectro radioeléctrico, bem como aexploração de estações de radiocomunicações estão- sujeitas àemissão de uma licença, nos termos do presente Regulamênto.
2. A atribuição da licença pode ser precedida de concursopúblico, nos termos da legislação aplicável.
ARTIGO 20
Licenciamento
O regime de licenciamento de -radiocomunicações, previstono presente Regulamento, não prejudica <> cumprimento dasdisposições legais aplicáveis à exploração de redes e de serviçosde telecomunicações de uso público, nem ao estabelecimento e -utilizaçãn de redes privativas de telecomunicações.
ARTIGO 21
Requisitos para atribuição de licenças
A entidade que pretenda obter uma licença de radiocomunicações deve ser pessoa singular ou colectiva registada emMoçambique e deve apresentar à Autoridade Reguladora osseguintes documentos:
a) Requerimento a solicitar a obtenção da licença;b) Formulário apropriado ao serviço devidamente
preenchido;c) Projecto técnico da estação ou rede;d)Manual técnico com as especificações dos equipa
mentos a instalar;e) Documento de identificação pesspal do requerente,
tratando-se de pessoa singular;f) Certidão de quitação da instituição que superintende a
actividade das Finanças e da Segurança Social;g) Pacto social devidamente actualizado e publicado no
Boletim da República, tratando-se de pessoacolectivá;
h)Alvará da actividade comercial.
ARTIGO 22
Formulário do Iicenciamento
LOs elementos principais do formulário do licenciamentosão os seguintes:
a) Identificação do órgão competente para emissão dalicença;
b) Dados de identificação da pessoa do requerente; -c) Dados de identificação do responsável pela estação ou
rede;d) Tipo de serviço de radiocomunicações;e) Finalidade da rede;
f) Data de entrada do formulário, do despacho e de saída;g) Local de cobrança das taxas;h) Estrutura da rede;i) Quantidade de estações, tratando-se de \.lmá-rede;j) Localização da estação ou rede;k) Código de homologação do equipamento utilizado;1) Instruções para o preenchimento do formulário.
2. Autoridade Reguladora poderá solicitar outra informaçãoque considerar relevante para a função regulatória.
3. Os modelos de formulário para o licenciamento dosdiversos serviços são fornecidos pela Autoridade Reguladora.
ARTIGO 23
Licenças temporárias
1. Poderão ser concedidas licenças de estação ou de rede deradiocomunicações, a título temporário, por período não superiora 90 dias, as quais podem ser renovadas uma vez e por igualperíodo.
. 2. Nos casos a que se refere o número anterior, o pedido delicenciamento deve ser apresentado à Autoridade Reguladoracom uma antecedência mínima de 30 dias relativamente à data
pretendida para o início de vigência da licença.
ARTIGO 24
Transmisslbilidade das licenças
1. As licenças de estações e redes são transmissÍveis mediante
aut~rização prévia da Autoridade Regúladora.2. O indeferimento do pedido de transmissão deve ser
devidamente fundamentado, nomeadamente em razões de
interesse público.3. A entidade à qual for transmitida alicença deve, sob pena
de nulidade da transmissão, estar legalmente habilitada, nosmesmos termos do transmitente, para o uso de estações ou redede radiocomunicações, assumindo todos os direitos e obrigaçõesinerentes à licença.
4. As licenças temporárias são intransmissÍveis.
ARTIGO 25
Alteração da licença
1. As licenças podem ser alteradas nos seguintes casos:
a) Por iniciativa da Autoridade Reguladora, a todo o tempo,de acordo com os princípios da prossecução dointeresse público e da proporcionalidade; e
b) A requerimento do titular da licença.
2. Para efeitos do disposto na alínea a) do número anterior, aAutoridade Reguladora notifica ao titular da licença e procedeà sua reemissão.
3. Nos casos referidos no presente artigo, o titular devedevolver à Autoridade Reguladora a licença objecto de alteração.
ARTIGO 26
Validade e renovação
1. As licenças têm validade de 5 anos, podendo ser renovadaspor iguais períodos.
2. As licenças podem ser renovadas, depois de verificadas as
condições do cumprime?to das obrigações decorrentes dos seustermos e condições.
13DE AGOSTO DE 2009
3. Os registos têm a validade de 3 anos, podendo ser renovadaspor iguais períodos.
4. Os registos podem ser renovados, depois de verificadas ascondições do cumprimento das obrigações decorrentes dos seus
termos e condições.
ARTIGO 27
Revogação
1. A licença ou registo pode ser revogada nos casos de violação das obrigações previstas nos termos e condições atendendo
às situações específicas de cada caso.2. Sem prejuízo do disposto no número anterior do presente
artigo, a licença de radiocomunicações pode ser revogada nos,seguintes casos:
a) Não utilização das mesmas durante um período de seismeses consecutivos;
b) Uso indevido das frequências atribuídas.
3. A revogação prevista nos termos do n.o 1, não dá direito à
atribuição de novo título de licenciamento antes de decorrido oprazo de um ano a contar da data da comunicação da decisão.
4. A revogação de uma l,icença não dá lugar à indemnização
nem ao reembolso das taxas eventualmente liquidadas.5, A licença ou registo revogados devem ser devolvidos, pelos
titulares, à Autoridade Reguladora no prazo de 10 dias.
ARTIGO 28
Cancelámento
1. A licença ou registo' de radiocomunicações podem ser
cancelados nos seguintes casos:
a) A pedido do titular da mesma; oub) Por incllmprirnento das obriga,ções decorrel).tes da
licença ..
2. Opedido de canct;lamento da lic~nça de radiocomunicaçõesdeve ser solicitado à Autoridade Reguladora, ~té 3 t' 'de Outubro
de cada ano, sob .pena do titular da mesma estar sujeita aopagamento da taxa do espectro no ano seguinte.
SECÇÃO li
Registo
ARTIGO 29
Atribuição 'do registo
1. A utilização do espectro radioeléctrico bem como a
exploração de estaçõ~s de radiocomunicações estão sujeitas a. registo, nos termos do presente regulamento.
2. Estão sujeitos a registo de radiocomunicações: .
a) Os sistemas' de radiocomunicações com potência radiada
aparente correspondente a uma antena vertical curta,menor ou igual a 100 mw;
b) As aplicações industriais, científicas e médicas queutilizem frequências radioelçctricas contidas nasbandas atribuídas para o efeito no plano nacional deatribuição de frequências;
c) A utilização de espectro de frequências para a realizaçãode ensaios técnicos e de estudos científicos;
22045)
d) A utilização do espectro electromagnético utilizandoradiação óptica através dos meios não guiados,quando destinada a serviços de telecomunicações deuso' público.
3. Outros serviços que a Autoridade Reguladora consideraraplicáveis para efeito de registo ,.
4. Os meios a que se refere a alínea d) do n.o 1 do presenteartigo não beneficiam de protecção contra interferências
. prejudiciais.
ARTIGQ30
Instrução do processo de registo
1. O requerimento para a obtenção do registo a ser apresentado
. à Autoridade Reguladora é instruído com os seguintesdocumentos:
a) Formulário apropriado ao serviço devidamentepreenchido;
b) Projecto técnico da estação ou rede;c) Manual técnico com as especificações dos
equipamentos 'a instalar;d) Docurpento de identificação pessoal do requerente,
tratando-se de pessoa singular;
.e) Pacto social devidamente actualizado e pllblicado noBoletim da República, tratandõ-se de pessoacolectiva;
f) Alvará, de actividade comercial.
2. Outra informação que a Autoridade Reguladora considerarrelevante para a função regulatória.
," ARTIGo31
Conteúdo do registo de 'estação óU rede
O registo deve conter os seguintes elementos:
a) Identifiçação do requerente;b) Tipo de serviço; .
,(O) Fiin para o qualé ,conc,ediçlo;, d) Data de emissão;
e) Prazo de validade;f) Identificação e localização da estação ou rede de .
radiocomunicações; _g) Outros elementos que a autoridade reguladora-julgar
necessários. '
CAPÍTULO IV
Instalação e remoção de estação ou redede radiocomunicações
ARTIGO 32
Instalação de uma estação ou rede de ra~iocomunicações
1. A instalação de uma estação ou rede de radiocomunicaçãee respectivos acessórios, designadamente antenas, torres e ouinfra-estruturas similares carece do comprovatiyo daAutoridades Competentes.
2. O disposto no número anterior não dispensa quaisqueroutros actos de licenciamento ou autorização previstos na ~ 'designadamente os da competência dos Órgãos Autárquicos ;:das Auto'ridade Marítima e Aeronáutica,
3. Sem prejuízo de outras disposições legais aplicáveis. oproprietário ou detentor de uma estação de radiocomunicaçõese respectivos acessórios é responsável pelos danos que causar
-terceiros.
"
'22ü-{6)
4. Para efeitos do 'presente Regulamento, presume-se a
utilização de meios ~e radiocomunicações sempre que existamantenas exteriores e outras infra-estruturas similares.
ARTIGO 33
. Remoção de uma estação ou r.edede radiocomunic~ções
1. A remoção de uma estação ou rede de radiocomunicaçõese respectivos acessórios, designadamente antenas, torres e outrasinfra-estruturas complementares deve ser realizada no prazo de
90 dias, contados a partir da da!a da notificação de cancelamentoou revogação da licença.
2. Findo O prazo referido no número anterior, a AutoridadeReguladora reserva-se ao direito de tomàr as medidas que acharpertinentes.
3. Em caso de cancelamento temporário da licença, a
Autoridade Reguladora procede à selagem do equipamento. ,
ARTIGO 34
Restrições à instalação de estação ou rede deradiocomunicações
I,sÉRlE -NÚMERO 32
2. A altura das antenas em relação ao solo das estações de
base deve ser limitada ao mínimo indispensável capaz de garantir
a cobertura radioeléctrica da área de serviço pretendida, ou da
fixada pela Autoridade Reguladora.
ARTIGO 37
Instalação de estações móveis
1. Compete à Autoridade Reguladora fixar a potência máxima
das estações móveis,.em função das necessidades previstas, tendo
em conta os princípios de p-lanificação adoptado e as
pertUrbações que o funcionamento destas estações poderá
provocar na.s outras radiocomunicações.
2. Os veículos equipados com estações móveis devempertencer ao titular -da licença ou a um terceiro que
contratualmente esteja vinculado a.o referido titular dentro da
actividade por ele desenvolvida, salvo autorização emitida pela
Autoridade Reguladora.
ARTIGO 38
1. A instalação de uma estação ou rede de radiocomunicaçõese respectivos acessórios, designadamente antenas, torres e outrasinfra-estruturas complementares, para além de óutras restriçõeslegalmente estabelecidas, não deve:
a) Dificultar o acesso às ch~minés, bem como a realização. de eventuais trabalhos de reparação n~ cobertura dos.edifícios;
b)Causar interferências prejudiciais em estações quetenham direito à protecção e/ou à recepção deemissões de radiodifusão;
c) Colidir com servidões radioeléctricas existentes.
2. Nos locais de instalação de estações fixas deradiocomunicações e respectivos acessórios, designadamenteantenas, torres e outras infra-estruturas complementares, éobrigatória a afixação de sinalização informativa que alerte sobre
os riscos da referida instalação.
ARTIGO 35
Instalação de estações fixas
Para o estabelecimento de uma ligação radioeléctrica entre
pontos fixos, compete à Autoridade Reguladora autorizar oseguinte:
a) O número de estações fixas necessárias para assegurar a
ligação radioeléctrica desejada; _b) A potência máxima de cada emissor das estações;c) As especificações técnicas de funcionamento das
estações fixas.
ARTIGO 36
Instalação de estações de base
1. Compete à Autoridade Reguladora, tendo em consideraçãoa área de serviço a cobrir pela rede de racliocomunicaçõespretend~da, fixar o seguinte:
a) O número de estações de base;b) A potência máxima de cada emissor;c) As. especificações técnicas e condições de funciona
mento de cada estação.
Instalação de outro tipo de estações
Para a instalação de outros tipos de estações de
radiocomunicações para fins fora do âmbito referido nOs artigos
precedentes, compete à Autoridade Reguladora autorizar o
seguinte:
a) A potêncià máxima de cada emissor da estação;
b) As frequências de funcionamento;c) As especificações técnicas e de funcionamento da
estação.
ARTIGO 39
Técnico respons~vel da estação ou rede
de radiocomunicações
1. A Autoridade Reguladora poderá condicionar a.atribuição
de licença de radiocomunicações à indicação, pelo requerente,
de um técnico responsável pelo projecto, instalação emanutenção da estação ou rede.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, compete àAutoridade Reguladora:
a) Determinar os serviços de radiocomunicações cujas redes
ou estações requeiram a existência de técnicosresponsáveis;
b) Estabelecer as qualificações técnicas exigidas aos
técnicos responsáveis.
ARTIGO 40
Radiocomunicações proibidas
Sem prejuízo do previsto na Lei das Telecomunicações, aos
utilizadores de estações d~ radiocomunicações é proibida aprática dos seguintes actos:
a) Efectuar ou permitir radiocomunicações ilícitas;b) Emitir sinais-de alarme, emergência ou perigo, bem como
chamadas de socorro-falsas ou enganosas;
c) Utilizar frequências de emergências para fins diferentedos autorizados.
13DE A GOSTO DE 2009 220-(7)
CAPÍTULO V
Fiscalização e regime sancionatário
ARTIGO 41
2. Compete exclusivamente a Autoridade Reguladora retiraros selos colocados nos equipamentos, mediante o pagamentode uma taxa por ela determinada.
Fiscalização
Compete à Autoridade Reguladora a fiscalização documprimento do disposto no presente Regulamento através dosseus agentes de fiscalização ou de mandatários devidamentecredenciados pela Autoridade Reguladora.
ARTIGO 42
ARTIGO 48
Instauração de processo
Compete ao Director-Geral da Autoridade Reguladora, sempreque tiver conhecimento da infracção, determinar a instauraçãodo competente processo-crime e remetê-lo à entidade
competente.
VistoriaCAPÍTULO VI
1. As estações e redes de radiocomunicações estão sujeitas àvistoria da Autoridade Reguladora a fim de verificar se a suainstalação e funcionamento obedecem às condições aplicáveis.
2. As medições das radiações efectuadas pela AutoridadeReguladora, quando devidamente identificadas e registadas,constituem elementos de prova para determinação das condiçõesde utilização do espectro radioeléctrico pelas estações e redesde radiocomunicações.
ARTIGO 43
Sanções
As infracções cometidas à luz do presente regulamento estãosujeitas às sanções previstas na Lei das Telecomunicações.
Disposições finais
ARTIGO 49
Regularização das licenças
1. As licenças radioeléctricas emitidas à data de entrada emvigor do presente regulamento mantêm-se válidas, cabendo à
Autoridade Reguladora proceder à sua adequação ou emitirnovos títulos de licenças ou registo.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, devem asentidades titulares de licenças facultar à Autoridade Reguladoratodas as informações e documentos que lhes sejam solicitados.
ARTIGO 50
Regimes específicos
ARTIGO 44
Penas acessórias
Além das sanções previstas no presente capítulo aplicar-se-ão as seguintes penas acessó11as:
a) Encerramento definitivo do estabelecimento;
b) Revogação da licença.
'1. Compete à Autoridade Reguladora o estabelecimento dos
regimes específicos complementares necessários para osdiferentes serviços previstos nos termos do artigo 3 do presenteRegulamento.
2. As frequências não planificadas atribuídas devem serunicamente usadas para o serviço consignado.
Glossário
Medidas cautelares
ARTIGO 47
Para efeitos do presente Regulamento, entende-se por:
1. Autoridade Reguladora- Instituição designada peloGoverno para regulamentar e controlar odesenvolvimento da actividade no, âmbito postal edas telecomunicações, em todos os seus aspectostécnicos operacionais económicos;
2. Adjudicação de Frequências - Registo de uma frequênciaou faixa de frequências num plano adoptado por umaconferência competente, tendo em vista a suautilização por um ou várias administrações paIa um
de raclio(:ornuJtli de terra ou eSIJac:lalnum ou vários ou zonas _ _determinadas e se~;urldo especificadas;
3. Administração - QUlalclue:r departan1erlto ouinstituição responsável pela tomada de medidas paraexecução das obrigações da Convenção Internacionaldas Telecomunicações e seus regulamentos;
4. Atribuição de Frequência - Registo no Plano Nacionalde Atribuição de Frequências (PNAF) de umadeterminada faixa de frequências, tendo em vista asua utilização por um ou vários serviços deradiocomunicações de terra ou espacial, ou peloserviço de radioastronomia, em condiçõesespecificadas;
"'v'O
todas as esta'çõ'esdos infractores ao presente
RICõgulacioraaeve
.~preensão do équipamento
até à conclusão do
a) Apreensão do equipaI)1ento;b) Selagem do equipamento.
ARTIGO 46
Selagem do equipamento
ARTIGO 45
2. As es'taç:õe:se redes de radiocomunicaçõesrevertem a favor do Estado, podendo ser destruídos quando oseu uso se mostrar incompatível na República de Moçambique.
Sem prejuízo do disposto nos artigos anteriores, a AutoridadeReguladora pode aplicar as seguintes medidas cautelares:
administrati'lO.
1. A Autoridade Reguladora procede à selagem deequipamento sempre que não for possível realizar a suaapreensão.
220---(8)
5. Consignação de Frequências - Autorização dada por umaadministração a uma estação de radiocomunicaçõespara a utilização de frequências radioeléctricas ou faixa
de frequências em condições específicas;6. Correspondência Pública - Qualquer serviço de
telecomunicações, serviços e estacões a disposição dopúblico;
7. Equipamento de Radiocomunicações - Qualquerequipamento ou aparelho concebido paracomunicações via rádio;
8. Equipamento Terminal - Equipamento que se ligadirectamente ou indirectamente às redes de
telecomunicações que serve para emitir, transmitir oureceber sinais de serviços de telecomunicações;
9. Espectro Electromagnético - Intervalo completo daradiação electromagnética que contém as ondas derádio, os microondas, o infravermelho, a luz visível,
os raios ultravioleta, os raios X e até a radiação gama;10. Espectro Radioeléctrico - Conjunto de ondas
electromagnéticas que se propagam pelo espaço semguia artificial e cujos limites se fixamconvencionalmente entre os 3kHz até 3000 GHz;
11. Estação - Um ou vários emissores ou receptores ouconjunto de emissores e receptores, incluindo osaparelhos acessórios, necessários para assegurar umserviço de radiocomunicações ou para o serviço deradioastronomia, num dado local;
12. Estação Base - Estação terrestre do serviço móvelterrestre instalada num determinado ponto fixo;
13. Estação de Radiocomunicações - Um ou váriosemissores ou receptores ou um conjunto de emissorese receptores, incluindo os acessórios, em condições defuncionamento por forma assegurar um serviço de
radiocomunicações num dado local;
14. Estação Experimental - Estação de radiocomunicaçõespara uso experimental com o intuito de contribuir parao progresso da ciência e da tecnologia;
15. Estação Fixa - Estação de radiocomunicações destinadaa ligações de pontos fixos determinados;
16. Estação Móvel - Estação cuja característica baseia-sena recepção ou transmissão do sinal em movimentoou durante paragens em pontos não determinados;
17. Estação Móvel Terrestre - Estação do serviço móvelterrestre que pode mudar de lugar, dentro dos limitesgeográficos de um pais ou de um continente;
18. Estação Terrena - Estação do serviço por satélite situadana superfície terrestre destinada à recepção etransmissão de sinais radioeléctricos via satélite;
19. Frequência - Valor expresso em hertz (Hz) querepresenta o número de cíclos realizados por uma ondaelectromagnética por um período de tempo;
20. Frequência Colectiva - Frequência consignada para ofuncionamento de estações de radiocomunicações devários titulares de licenças em qualquer zona do país,sem se ter em atenção à densidade de ocupação e aqualidade de serviço a obter;
21. Frequência Comum - Frequência consignada para ofuncionamento de estações de radiocomunicações devários titulares de licenças, numa mesma zona do país,tendo em atenção a densidade de ocupação e aqualidade de serviço a obter;
1 SÉRIE - NÚMERO 32
22. Frequência Exclusiva - Frequência consignada parao funcionamento de estações de radiocomunicaçõesde um só titular de licença, numa determinada zona
do País, tendo em atenção a densidade de ocupaçãoe a qualidade de serviço a obter;
23. Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique(INCM) - Autoridade Reguladora dos Sectores
Postal e de Telecomunicações;24. Interferência Prejudicial - Interferência que degrada
gravemente, interrompe ou impede o funcionamentode um ou mais serviços de radiocomunicações e detelecomunicações;
25. Licença de Radiocomunicações - Autorizaçãoconcedida pela Autoridade Reguladora que confereao respectivo titular o direito de utilizar uma estaçãoou uma rede de radiocomunicações nas condiçõesnela fixadas, no âmbito de um serviço deradiocomunicações;
26. Onda electromagnética - Combinação de camposeléctrico e magnético que se propagamperpendicularmente em simultâneo na direcção daenergia produzida pelo equipamento emissor, semum guia artificial e que se classifica de acordo coma sua frequência;
27. Radioastronomia - Ramo da astronomia que estudaas radiações electromagnéticas emitidas oureflectidas pelos corpos celestes cujas radiações sãorecebidas por intermédio de radiotelescópios;
28. Radiobaliza - Emissor do serviço de radionavegaçãoaeronáutico que raia um feixe no sentido vertical auma aeronave para indicar a sua posição;
29. Radiodeterminação - Processo pelo qual édeterminada a posição, velocidade e outrascaracterísticas de um objecto, ou obtenção deinformação sobre parâmetros deste, mediante aspropriedades de propagação das ondasradioeléctricas;
30. Radionavegação - Radiodeterminação utilizada parafins de navegação, inclusive para sinalizar a presençade obstáculos;
31. Radiogonometria - Radiodeterminação que utiliza arecepção das ondas radioeléctricas a fim dedeterminar a direcção de uma estação ou de umobjecto emitindo um sinal de rádio;
32. Radiolocalização - Radiodeterminação utilizada parafins diferentes da navegação e sinalizar a presençade obstáculos;
33. Radiação Óptica - Radiação electromagnética comcomprimento de onda compreendido entre o limitesuperior das ondas radioeléctricas e o raio X, isto é,entre os 300Ghz e os 3.106 GHz;
34. Radiocomunicações - Transmissão, emissão ourecepção de mensagens, sons, imagens visuais ousinais usando ondas electromagnéticas, que sãopropagadas no espaço sem o uso de guia artificial ecom frequências inferiores à 3000 GHz;
35. Rede de Radiocomunicações - Conjunto formadopor várias estações de radiocomunicações que secomunicam entre si, dentro dos limites de uma
autorização concedida a pessoas singulares oucolectivas;
13 DE AGOSTO DE 2009
36. Registo de Radiocomunicações - Acto de inscriçãono cadastro de utilizadores de radiocomunicaçõespara efeitos estatísticos e de compatibilidadeelectromagnética;
37. Regulamento de Radiocomunicações da UIT Regulamento Internacional de Radiocomunicações,incluindo todos os apêndices, resoluções erecomendações incorporados por referência;.
38. Serviço Fixo - Serviço de Radiocomunicação entrepontos fixos determinados;
39.Serviço Fixo por Satélite - Serviço de Radiocomunicação entre estações terrenas instaladas numdeterminado local, utilizando um ou vários satélites,
podendo incluir ligações entre satélites que podemprestar serviço entre satélites ou a outros serviços deRadiocomunicação espacial;
40. Serviço Móvel - Serviço de Radiocomunicação entreestação móvel e uma estação terrestre ou entre duasou mais estações móveis;
41. Serviço Móvel Aeronáutico - Serviço de radiocomunicações entre estações aeronáuticas e estaçõesde aeronave, ou entre estações de aeronave, bem comoas estações de embarcação ou dispositivo desalvamento. Pode se incluir neste serviço as estaçõesde radiobaliza de localização de sinistros que operemnas faixas de frequências de socorro e emergências.
42. Serviço Móvel Aeronáutico (R) - Serviço móvelaeronáu-tico reservado às comunicações aeronáuticasrelativas a segurança e operações de voosprincipalmente nas rotas nacionais ou internacionaisda aviação civil;
43. Serviço Móvel Aeronáutico (OR) - Serviço móvelaeronáutico destinado a assegurar as comunicações,incluindo à coordenação de operação de voos, foradas rotas nacionais e internacionais da aviação civil;
44. Serviço Móvel Aeronáutico por Satélite - Serviçomóvel por satélite em que as estações terrenas móveisestão situadas a bordo de aeronaves, podendo incluirneste serviço estações de embarcação ou dispositivode salvamento e estações de radiobaliza delocalização de sinistros;
45. Serviço Móvel Aeronáutico (R) por Satélite - Serviçomóvel aeronáutico por satélite reservado ascomunicações de segurança e operações de voos nasrotas nacionais ou internacionais da aviação civil;
46. Serviço Móvel Aeronáutico (OR) por Satélite - Serviçomóvel aeronáutico por satélite destinado a asseguraras comunicações de coordenação de operações devoos fora das rotas nacionais e internacionais da
aviação civil;47.Serviço Móvel Marítimo - Serviço móvel entre
estações costeiras e de barco, ou entre estações debarco, ou entre estações de comunicações associadasa bordo. Pode se incluir neste serviço as estações deembarcação ou dispositivo de salvamento e estaçõesde radiobaliza de localização de sinistros;
48.Serviço Móvel Marítimo por Satélite - Serviço móvelpor satélite em que as estações terrenas móveis estãosituadas a bordo de barcos, podendo se incluir nesteserviço as estações de embarcações ou dispositivo desalvamento e estações de radiobaliza de localizaçãode sinistros;
220-(9)
49.Serviço de Movimento de Barcos - Serviço desegurança, dentro do serviço móvel marítimo, distintodo Serviço de operações portuárias, entre estaçõescosteiras e estações de barco, ou entre estações debarco, cujos mensagens se referem unicamente aosmovimentos dos barcos. Estão excluídos deste serviçoas mensagens de correspondência pública;
50. Serviço Móvel por Satélite - Serviço de radiocomunicações entre estações terrenas móveis e uma ouvárias estações espaciais ou entre estações espaciais.Pode se incluir neste serviço os enlaces de conexãonecessários para sua exploração;
51. Serviço Móvel Terrestre - Serviço móvel entre estaçõesde base e estações móveis terrestres ou entre estaçõesmóveis operados na superfície terrestre;
52. Serviço Móvel Terrestre por Satélite - Serviço móvelentre estações de base ou móveis situadas na superfícieterrestre e estações móveis do serviço móvel porsatélite em que as estações na terra comunicam comas estações espaciais;
53. Serviço de Operações Portuárias - Serviço decomunicação marítimo, dentro de um porto e suasredondezas, entre estações costeiras e estações debarco, ou entre estações de barco, cujas mensagens sereferem unicamente as operações, movimento esegurança dos barcos e em caso de emergência. Estãoexcluídas deste Serviço as mensagens decorrespondência pública;
54. Serviço de Radioamador - Serviço de Radiocomunicação que tem por objecto o estabelecimento decomunicações, efectuado por pessoas devidamenteautorizadas e/ou dedicadas à investigação na área deradiotécnica, com carácter exclusivamente pessoal esem fins lucrativos;
55. Serviços de Radioamador por Satélite - Serviço deRadiocomunicação que utiliza estações espaciaissituadas em satélites para os mesmos fins que oserviço de radioamador;
56. Serviço de Radioastronomia - Serviço de radiocomunicações destinado à Radioastronomia;
57. Serviço de Radiodeterminação - Serviço deRadiocomunicação para fins de Radiodeterminação;
58. Serviço de Radiodeterminação por Satélite - Serviçode Radiocomunicação para fins de Radiodeterminação que implica a utilização de uma o maisestações espaciais, podendo incluir os enlaces deconexão necessários para seu funcionamento;
59. Serviço de Radiodifusão - Serviço de Radiocomunicações cujas emissões se destinam a serem recebidasdirectamente pelo público em geral e inclui emissões·sonoras, televisivas ou qualquer outro género deemissões;
60. Serviço de Radiodifusão por Satélite - Serviço deRadiodifusão no qual os sinais emitidos pelasestações da terra são retransmitidos por estaçõesespaciais, destinando-se à recepção directa pelopúblico em geral;
61. Serviço de Radiolocalização - Serviço de Radiocomunicações destinadas a fins de Radiolocalização.
62. Serviço de Radiolocalização por Satélite. - Serviço deRadiodeterminação por satélite utilizado para aRadiolocalização podendo incluir os enlaces deconexão necessários para sua exploração;
220--(10) I SÉRIE ~ NÚMERO 32
63. Serviço de Radionavegação - Serviço deRádiodeterminação destinados a Radionavegação;
64. Serviço de Radionavegação por Satélite - Serviço deRadiodeterminação por satélite destinados aRadionavegação, podendo se incluir nestes serviçosos feixes necessários para o seu funcionamento;
65. Serviço de Radionavegação Aeronáutica - Serviço deRadionavegação destinado a aeronáuticas a suaexploração em condições de segurança;
66. Serviço de Radionavegação Aeronáutica Por Satélite- Serviço de Radionavegação por satélite em que asestações terrenas estão situadas a bordo de aeronaves;
67. Serviço de Radionavegação Marítima - Serviço deRadionavegação destinado a comunicações nasoperações marítima para satisfazer as necessidadesem comunicações dos barcos e a sua exploração emcondiciones de segurança;
68. Serviço de Radionavegação Marítima Por Satélite Serviço de Radionavegação por satélite em que asestações terrenas estão situadas a bordo de barcos;
69. Serviço de Ajudas a Meteorologia - Serviço deRadiocomunicação destinado a observações esondagens meteorológicas, incluindo a hidrologia;
70. Serviço Especial - Serviço de Radiocomunicaçãodestinado exclusivamente a satisfazer determinadas
necessidades de interesse geral ou específico;
71. Serviço Experimental- Serviço de radiocomunicaçõesno qual as ondas radioeléctricas são usadas paraefeitos de experiências;
72. Serviço de Exploração da Terra por Satélite - Serviçode Radiocomunicação entre estações terrenas e umaou várias estações espaciais, podendo incluir enlacesentre as estações espaciais;
73. Serviço de Frequências Padrão e de Sinais HoráriosServiço de Radiocomunicação para a transmissão defrequências específicas e de sinais horários, ou deambos, de reconhecida e elevada precisão, para finscientíficos, tecnológicos, entre outros;
74. Serviço de Frequências Padrão e de Sinais HoráriasPor Satélite - Serviço de Radiocomunicação queutiliza estações espaciais situadas em satélites daTerra para os mesmos fins que o do serviço defrequências padrão e de sinais horárias. Este serviçopode incluir também os enlaces de conexãonecessários para sua exploração;
75. Serviço de Espacial -- Serviço deadio(;ornunic:açào que utiliza veículos ou
outroscientífica ou
para fins de
de
s2:.téUte para fins
79. Serviço de Radiocomunicações - Serviço de usopúblico ou privativo, endereçado ou de difusão, queimplica a transmissão, a emissão ou a recepção deondas radioeléctricas para fins específicos detelecomunicações.
80. Serviço de Radionavegação por Satélite - Serviço deRadiodeterminação por satélite para fins deRadionavegação podendo incluir os enlaces deconexão necessários para sua exploração.
81. Serviço Primário - Serviço cuja estações gozam deprioridade e de protecção contra interferênciasprejudiciais, em relação à estações da classe de serviçosecundário.
82. Serviço Secundário - Serviço cujas estações nãogozam de prioridade, não devem causar interferênciasprejudiciais e nem podem reclamar protecção contrainterferências prejudiciais em relação às estações daclasse do serviço primário.
83. Telecomunicações - Transmissão, emissão ou recepçãode sinais, representando símbolos, escrita, imagens,sons ou informações de qualquer natureza, por fios,meios radioeléctricos, ópticos ou outros sistemas
electromagnéticos.
Decreto n.O 37/2009
de 13 de Agosto
Havendo necessidade de se adequar o quadro regulamentarexistente em matérias de homologação de equipamentos detelecomunicações e de radiocomunicações, face aos recentesdesenvolvimentos tecnológicos bem como as normas da UniãoInternacional das Telecomunicações (UIT), o Conselho deMinistro, ao abrigo da alínea b) do artigo 9 da Lei n.o 8/2004, de21 de Julho, Lei das Telecomunicações, decreta:
Artigo 1. É aprovado o Regulamento de Homologação deEquipamentos de Telecomunicações e de Radiocomunicações,em anexo, que é parte integrante do presente Decreto.
Art. 2. O presente Regulamento entra imediatamente em vigor.Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 30 de Junho de
2009.
Publique-se.A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo
77. Serviço de Se.gUJ'ança- Todo radioeléctricoque se explore de maneira permanente ou temporalpara garantir a segurança da' vida humana e asalvaguarda dos bens materiais;
78. Serviço de Operações Espaciais - Serviço deradiocomunicação déstinado exclusivamente àexploração de engenhos espaciais, particularmenteao seguimento espacial, à telemedida espacial e aotelecomando espacial, normalmente asseguradas peloserviço de estação espacial.
ARTIGOl
Objecto
O presente Regulamento estabelece o regime jurídico dehomologação de equipamentos de telecomunicações e deradiocomunicações, de forma a garantir a interoperabilidade,fiabilidade e compatibilidade electromagnética das redes desuporte dos serviços de telecomunicações, de radiocomunicações e da segurança eléctrica.