FUNDAÇÃO LUIZ ENGLERT
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE EXTRAÇÃO DE CARVÃO DO
ESTADO DE SANTA CATARINA
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Parcial - 2009
Rodrigo Luis Karas
Prof. Dr. Andre Zingano
FLE / SIECESC
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Sumário
LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................4
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................5
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................6
2. OBJETIVOS ........................................................................................................6
3. CRONOGRAMA E ATIVIDADES PREVISTAS ..............................................6
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................7
4.1. Tipos de Backfill ........................................................................................11
4.1.1. Hydraulic Fill ..............................................................................................11
4.1.2. Pastefill .......................................................................................................12
4.1.3. Rockfill .......................................................................................................12
4.2. Utilização de cinza no tratamento de Drenagem Ácida de mina ................13
4.3. Efeito do tempo sobre a resistência do backfill ..........................................14
5. BACKFILL CARBONÍFERA CATARINENSE ..............................................14
5.1. Preenchimento hidráulico ...........................................................................16
5.2. Rockfill .......................................................................................................20
6. BACKFILL RIO DESERTO .............................................................................22
6.1. Estudo de caso....................................................................................................23
7. TRACTEBEL ENERGIA ..................................................................................25
8. QUANTIDADE E DISPONIBILIDADE DE MATERIAL PARA SER
UTILIZADO COMO BACKFILL ..........................................................................................28
9. ANÁLISE DE DADOS .....................................................................................29
9.1. Definição dos materiais a serem utilizados ........................................................30
9.2. Caracterização física, química e mineralógica ...................................................30
9.3. Ensaios de Permeabilidade e Porosidade ...........................................................32
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9.4. Composição das Misturas e Tempo de Cura ......................................................32
9.5. Ensaios Geomecânicos.......................................................................................33
9.6. Modelos Físicos e Numéricos ............................................................................33
10. SEQUENCIA DE TRABALHO ........................................................................34
11. Anexos ...............................................................................................................35
Bibliografia ..................................................................................................................39
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Esquema e funcionalidade do backfill ................................................................... 8
Figura 2: Resistências alcançadas com determinados tempos de cura e % de de cimento.
......................................................................................................................................................... 12
Figura 3 : Distribuição granulométrica tipica de paste fill, cemented hydraulic fill e
Australian hydraulic fills. Fonte: (11). ............................................................................................ 13
Figura 4 : Perfil da forma assumida pelo pilar com o passar do tempo. ............................. 15
Figura 5: Planta de localização da Mina Bonito I. 1-região onde o preenchimento
hidráulico foi efetuado. 2- Região onde a disposição de rejeito esta ocorrendo. 3- Região inundada
onde o colapso de pilares já aconteceu. .......................................................................................... 16
Figura 6: Local onde o preenchimento hidráulico foi realizado. ........................................ 18
Figura 7: Foto do local onde o preenchimento hidráulico foi realizado. ............................ 19
Figura 8 : Perfil da situação atual no local ondeo prenchimento hidráulico foi aplicado. .. 19
Figura 9 : Foto do material aguardando ser espalhado e acumulado na galeria. ................ 21
Figura 10 : Dados sobre a operação de rockfill. ................................................................. 21
Figura 11 : Perfil das galerias onde o rockfill é aplicado ................................................... 22
Figura 12 : Foto das caixas. 1 caixa seca em condições de pouca ventilação. 2 caixa com
água e condições de pouca ventilação. 3 caixa seca em condições de boa ventilação. 4 caixa com
água em condições de boa ventilação. ............................................................................................ 24
Figura 13 : Foto do local de construção do poço. ............................................................... 25
Figura 14 : Fluxograma de geração da cinza ...................................................................... 27
Figura 15: A Cilo de estocagem de cinza leve. B bacia de decantação da cinza pesada .... 28
Figura 16 : Dados físicos referentes a cinza pesada ........................................................... 28
Figura 17 : produção anual de carvão em SC. Fonte SIECESC ......................................... 29
Figura 18: Relaçõe sentre os índices físicos ....................................................................... 31
Figura 19: Funcionalidade e formula de calaculo do ensaio de permeabilidade por carga
fixa (A) e carga variavel (B). .......................................................................................................... 32
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 : Composição dos rejeitos gerado no Lavador Boa Vista. Fonte: Carbonífera
Catarinense ...................................................................................................................................... 15
Tabela 2 : Características características físicas do local onde o preenchimento hidráulico
foi aplicado bem como as características físicas da polpa. ............................................................. 16
Tabela 3 : Características físicas do local e material de rockfill. ........................................ 20
Tabela 4 : Análise fisico-quimica ca camada total lavrada. Fonte : banco de dados da
empresa rio deserto. ........................................................................................................................ 23
Tabela 5 : Fórmulas para cálculo dos índices físicos .......................................................... 31
Tabela 6 : Resumo dos ensaios, materiais e justificativas. ................................................. 34
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1. INTRODUÇÃO
O trabalho foi desenvolvido nas dependências do SIECESC durante o mês de janeiro de
2009. Esse estudo faz parte do projeto de pesquisa denominado Projeto Backfill, desenvolvido
pela Fundação Luiz Englert e SIECESC.
Estão previstas as seguintes atividades no Projeto Backfill:
• Realizar caracterização de materiais e misturas para enchimento;
• Classificar o maciço rochoso e determinar as propriedades geomecânicas do maciço
rochoso que forma o sistema piso-pilar-teto para as minas que farão parte da pesquisa;
• Estimar o comportamento de longo prazo do maciço rochoso e do backfill durante e
após o enchimento das galerias;
• Determinar qual o processo de enchimento mais adequado para as condições das
minas em estudo;
• Estudar a longevidade de pilares nas camadas Barro Branco, Bonito e Irapuá com e
sem os enchimentos;
Este relatório faz referência a caracterização de materiais e misturas para enchimento
abordando a revisão bibliográfica do assunto.
2. OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivos: verificar a existência de textos publicados relacionados
ao assunto; conhecer a forma como esse assunto foi abordado e analisado em estudos anteriores;
saber quais são as variáveis do problema em questão. Além de conhecer os locais onde o método
foi ou esta sendo utilizado.
3. ATIVIDADES PREVISTAS
O tempo de desenvolvimento do trabalho é de seis semanas (início 12/01/2009 à
20/02/2009) podendo sofrer alterações.
As atividades previstas são:
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• Busca de informações sobre trabalhos anteriores realizados nas minas de carvão de
SC.
• Leitura e análise do banco de dados existente no SIECESC e busca de artigos
técnico-científicos.
• Visita a Empresa Rio deserto.
• Visita a Carbonífera Catarinense.
• Visita a Tractebel Energia
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Backfilling é conhecido como a técnica de disposição de materiais em cavas a céu aberto
ou subsolo a fim de preencher os espaços vazios deixados pela mineração.
A utilização de backfill é comum em muitos países. A Polônia, África do Sul, Canadá,
Estados Unidos, entre outros utilizam essa técnica há muitos anos. No Brasil temos históricos da
utilização dessa técnica nas minerações de fluorita (Santa Catarina), mineração de ouro (Goiás),
mineração de potássio (Alagoas), mineração de cobre (Bahia) além da mineração de carvão (Santa
Catarina).
A crescente utilização da tecnologia de backfilling está correlacionada a necessidade de se
minerar com normas mais rígidas, em relação a danos estruturais no solo, meio ambiente, além de
recuperações de lavra maiores. Tradicionalmente, backfill é uma técnica de sustentação passiva do
maciço rochoso, usada principalmente no método de lavra Cut-and-fill. A utilização dessa técnica
é crescente em outros métodos de lavra como, por exemplo, room and Pillar e long wall.
Cuidadosamente projetados e executados de forma eficiente, sistemas de backfill podem
melhorar significativamente a exploração mineira. Por outro lado, se mal projetados e executados,
os sistemas de backfill podem ser um sério problema para a exploração e segurança da mina (1).
O backfill impede que o maciço sofra grandes deformações, confinando o material e
transmitindo as pressões ao maciço. A
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Figura 1 demonstra esquematicamente funcionalidade do método.
Figura 1: Esquema e funcionalidade do backfill
Grande parte das jazidas de carvão são mineradas pelo método de câmaras e pilares. Esse
método não proporciona grandes recuperações de lavra chegando a 50 % em condições
geológicas e geomecânicas excelentes.
Dentre as principais vantagens da utilização da tecnologia de preenchimento mineral
(backfilling) em minas subsolo de carvão destacam-se: i) redução significativa da deposição de
rejeitos em superfície, ii) confinamento dos pilares de carvão evitando a perda de área devido a
queda progressiva de laterais, iii) minimização dos riscos e efeitos de subsidência em superfície
aumentando a estabilidade em subsolo (2). Além disso, é possível utilizar rejeitos dispostos em
superfície colocando-os em subsolo auxiliando na recuperação de áreas degradadas.
Estudos realizados em minas da Austrália (3) demonstram que, se o fluxo do
Equação 1:
Equação 1:
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preenchimento hidráulico for feito em bateladas, ele se espalhará formando lâminas, facilitando a
drenagem. Após a cura, o material apresenta-se estratificado.
Na escolha do tipo de backfill muitos fatores devem ser levados em conta, entre eles:
disponibilidade de matéria prima; custo operacional; distâncias entre a fonte e o local de
aplicação; propriedades químicas e físicas. Para cada tipo de material utilizado como backfill,
diferentes métodos de transporte estão disponíveis (3).
Existem estudos (3) que demonstram que as utilizações de técnicas de backfilling podem
prolongar a vida da mina além do projetado inicialmente.
Outro fator importante a ser levado em consideração na aplicação do método é o sistema
de drenagem. Geralmente, a água excedente resultante da cura do backfill é rebombeada à
superfície para receber tratamento adequado. Na mineração de carvão, esse fator é ainda mais
crítico, uma vez que existe o risco de geração de drenagem ácida de mina.
A permeabilidade do material é outro parâmetro crítico no projeto. Quanto maior a
permeabilidade, mais facilmente a água sairá e mais rapidamente o material oferecerá resistência.
Para facilitar o entendimento do sistema de distribuição do hydraulicfill e pastefill
devemos separar as partículas sólidas em dois: 1 - As partículas finas (menores que 75 µm)
misturam-se com a água para formar o meio de transporte. A polpa formada pode seguir as leis de
fluxo Newtonianas ou não, sendo função da concentração e características físico-químicas. 2 – As
partículas grossas (maiores que 75 µm) são transportadas em suspensão pela polpa, devido a
turbulência, contato entre as partículas e a tensão de escoamento da polpa (4).
Inúmeros tipos de matérias podem ser utilizados na composição do material de
enchimento.
Segundo (5) os principais materiais utilizados são: areias, cascalhos, rejeitos do processo
de beneficiamento de minério, rochas estéreis oriundas do desenvolvimento da mina, rochas
provenientes de pedreiras, escórias de fundição metalúrgica e cinzas geradas em termoelétricas a
carvão.
Materiais podem ser utilizados com os sem a adição de cimento ou aglutinantes. Podem
ser resultado da mistura de um ou mais tipos de materiais.
O valor da deformação do estrato superior é reduzido proporcionalmente com a
quantidade de vazios do material de backfill. “The packing density and fill ratio of the material
can vary significantly for any given particle-size distribution, and depend on the amount of water
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in the backfill mixture, the drainage technique, and the manner of placement” (6).
A resistência do backfill depende basicamente do tipo de material e sua granulometria, do
cimento e da quantidade de água utilizada. Ensaios feitos (Palarski, 1994) demonstram que
misturas com baixa porosidade, contendo o mínimo de água e um aglutinante adequado
produzem backfill de altíssima resistência. A porosidade influencia também na dissolução de íons.
Quanto maior a porosidade maior será a condutividade hidráulica do material, maior será sua
degradação e lixiviação. Aumentando assim a probabilidade de contaminação do lençol freático.
Estruturalmente, a porosidade afeta no acomodamento no tempo de drenagem e cura.
As propriedades exigidas do material utilizado como backfill dependem da geologia e
condições de mineração (6). Antes da escolha do material a ser utilizado como enchimento deve-
se ter um excelente conhecimento sobre as condições geomecânicas e hidrogeológicas do
depósito.
Existem estudos (7) que comprovam que é possivel utilizar, na composição do backfill,
subprodutos do carvão mineral (cinzas provenientes da queima e rejeito fino ou grosso
proveniente da beneficiamento de carvão). Estes estudos demostram que a utilização da técnica de
backfilling proporcionou o confinamento dos pilares de carvão, minimizou os deslocamentos
verticais em superfície e subsolo, além de não existir registros de contaminação ambiental. Os
resultados obtidos até o momento mostram que as cinzas leves, juntamete com o rejeito grosso do
beneficiamento, formam uma boa opção para backfill.
Vários pesquisadores têm realizado operações de backfill em minas abandonadas para
reduzir a subsidência em superfície (Whaite e Allen, 1975; Maser et al., 1975; Petulanas, 1988)
(7).
O desgaste das tubulações é um importante fator no custo de operação do backfill. O
desgaste é a perda de material das tubulações devido a erosão e corrosão. A erosão decresce com
o tamanho das particulas e o crescimento da concetração de sólidos. Corrosão é um processo
eletro-químico dependente das propriedades químicas do backfill e da água (4).
O conhecimento da composição mineralógica do material a ser utilizado como enchimento
é importante, pois influencia em: desgaste excessivo das tubulações por abrasão; degradação
química do cimento; geometria plana pode aumentar o tempo de sedimentação e minerais
portadores de enxofre podem reagir com água e oxigênio gerando DAM (principalmente em
minas de carvão).
O comportamento e iteração do backfill e o maciço rochoso não são lineares, as equações
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lineares que descrevem a iteração são não-lineares. Por outro lado, existem poderosos métodos
numéricos capazes de resolver essas complexidasdes, por exemplo o aplicativo computacional
FLAC (Fast Lagrangian Analysis of Continua) (8).
4.1. Tipos de Backfill
Existem muitos tipos de materiais que possam ser usados como preenchimento. A
classificação dos diferentes preenchimentos minerais leva em consideração o tipo de material
utilizado e sua função.
4.1.1. Hydraulic Fill
É tipicamente uma suspensão hidráulica contendo 70 a 80 % de sólidos de granulometria
areia fina (granulometria menor que essa costuma ser prejudicial para o escoamento e drenagem
(0,037 mm)). Transportado através de tubulação com ou sem a utilização de bombeamento. A
permeabilidade do enchimento determina as condições de drenagem. Estudos realizados por
McNay and Corson (1975) indicam sucesso preenchimentos hidráulicos que tem permeabilidade
entre 7 × 10−8 7.8 × 10−5 ms−1 (9). Existem relatos na literatura de valores utilizados menores que
o recomendado, baseado no fato de que a permeabilidade medida em laboratório sob condições
controladas é maior que a ocorrida em campo. Essa técnica de backfilling não exige grande infra-
estrutura, não necessitando a construção de uma planta de preparação.
O enchimento hidráulico tem o inconveniente de se ter obrigatoriamente uma boa
drenagem dentro do realce durante o enchimento e ainda ter que bombear de volta a água captada
na parte inferior do mesmo. Além disso é mais indicado nos métodos de corte e enchimento, onde
serve como piso para o próximo corte, mas não têm exposição das paredes do enchimento (10).
A estabilidade do preenchimento hidráulico durante e após o período de drenagem
depende de vários parâmetros que determinam a força e a rigidez da massa de preenchimento
hidráulico. Estes parâmetros podem ser medidos em laboratório utilizando amostras ou em
campo, utilizando ensaios in situ. A resistência e a rigidez estão diretamente relacionadas com a
densidade aparente do preenchimento (11).
Barricadas são, normalmente pontos críticos na implantação do método. Além de
promoverem a drenagem elas precisam ser resistentes a pressão exercida pelo enchimento.
Existem casos onde a convergência do teto destruiu a barricada, provocando vazamento e
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causando risco de acidente no local. Na construção são utilizados tijolos de alta porosidade,
argila, cascalho, etc.
Ao longo da última década tem havido um aumento constante no teor de sólidos do
preenchimento hidráulico disposto em minas, na tentativa de reduzir a quantidade de água que
deve ser drenada e aumentar a proporção de sólidos (11). Em contra partida a isso esta a maior
dificuldade em realizar o transporte, uma vez que a polpa tem propriedades reológica superiores.
4.1.2. Pastefill
Surgiu devido a necessidade de se aumentar a coesão do preenchimento hidráulico. Nessa
técnica são adicionados cimentos e/ou aglutinantes ao preenchimento. Geralmente utilizam-se
cimentos portland (proporciona maior coesão que os demais cimentos) e cinza leve (proveniente
da queima do carvão em termoelétricas) como aglutinante. A quantidade de cimento adicionada
geralmente é de 3 a 5% em peso. A concentração de sólidos geralmente é alta, 80% em média. O
tempo de cura varia de acordo com a composição (% de sólidos, cimento, água e aglutinante) do
preenchimento, sendo de 7 a 24 dias. A Figura 2 apresenta valores de coesão e ângulo de atrito
alcançado com determinados tempos de cura e % de cimento.
Figura 2: Valores de coesão e ângulo de atrito alcançado com determinados tempos de cura e % de cimento.
4.1.3. Rockfill
Nessa técnica são utilizados materiais provenientes do desenvolvimento da lavra ou até
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mesmo rejeito proveniente do processo de beneficiamento do minério. A granulometria do
material geralmente é grosseira, 40 mm. Pode-se utilizar cimento na composição do rockfill a fim
de aumentar a coesão. O transporte do material é realizado por carregadeiras, caminhões, não
sendo possível seu bombeamento. A grande vantagem do rockfill é a facilidade operacional. Não
é necessário construção de barricadas.
O enchimento com rocha tem um custo de investimento menor que com pasta, mas o custo
operacional é cerca de 50% maior, o que não recomendou sua adoção após análise do fluxo de
caixa (Golder, 1996). Outras desvantagens seriam a necessidade do aumento da frota de
caminhões circulando na mina para transporte do enchimento, o que demandaria um incremento
na necessidade de ventilação e um maior trânsito de equipamentos, interferindo na produtividade
dos equipamentos de produção (10).
A distribuição granulométrica do material é variável, a Figura 3 apresenta as distribuições
granulométricas típicas da maioria dos backfilling.
Figura 3 : Distribuição granulométrica tipica de paste fill, cemented hydraulic fill e Australian hydraulic fills. Fonte: (11).
4.2. Utilização de cinza no tratamento de Drenagem Ácida de mina
Drenagem ácida de mina (DAM), além de ser altamente ácida
freqüentemente contém altas concentrações de metais pesados, tais como Fe, Mn, Al e ânions
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como SO42-, além de elementos como Zn, Co, Pb, Cr,Cu, nas concentrações traço (12). Muitos
autores vêm estudando a utilização de materiais alcalinos (Hidróxido de Sódio, Cal, Argilas
Alcalinas, etc) como neutralizantes das DAMs.
Cinzas é o material residual proveniente da queima do carvão. São divididas em cinzas
leves e pesadas: cinza leve é composta por matéria mineral e matéria orgânica residual da queima,
cinza pesada é composta por matéria mineral.
Existem muitos trabalhos na área de tratamento de DAMs utilizando cinza como
neutralizante. A cinza atua impedindo a lixiviação ácida e reduz significativamente os
contaminantes inorgânicos. A eficácia do processo de tratamento vai depender da qualidade das
cinzas utilizadas (12).
Além da utilização de cinzas, no tratamento de DAMs, outros materiais também estão
sendo estudados. Lama vermelha (gerada pelo processo Bayer no beneficiamento da bauxita)
também tem sido investigada como material aditivo do backfill (13).
4.3. Efeito do tempo sobre a resistência do backfill
A ação do tempo em backfill compostos por materiais portadores de enxofre é no sentido
de diminuir a resistência. Dependendo da cinética química envolvida nos processos de degradação
essas ação pode demorar meses. Estudos realizados (14) com rejeitos e cimentos de diferente
composição mineralógica demonstram que após 180 dias de cura as amostras contendo mais
enxofre tiveram um maior declínio na resistência.
5. BACKFILL CARBONÍFERA CATARINENSE
Os trabalhos envolvendo a disposição de rejeito em subsolo iniciaram em 2002, na mina
denominada Mina Bonito I, com interesse de estabilizar colapsos de pilares em fase inicial. Esta
disponível no Anexo 1 os dados camada bonito inferior (bruto e rejeitos).
Foram realizados inúmeros testes com diferentes tipos de backfill. Testou-se a utilização
de pastefill, preenchimento hidráulico e rockfill. Os testes foram realizados com ou sem a adição
de cimento e aglutinantes. Avaliando parâmetros de abatimento, tempo de cura, resistência e
impacto ambiental.
Os ensaios de compressão uniaxial de alguns corpos de prova estão disponíveis no Anexo
2e Erro! Fonte de referência não encontrada.. Os corpos de prova foram feitos com diferentes
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quantidades de cimento, cinza leve e tipos de rejeito. As composições de alguns corpos de prova
podem ser visualizadas no Anexo 3.
Em termos de resistência, testes executados na Mina Bonito I, em pastas minerais
cimentadas contendo 77% de rejeitos, 3% de fly ash, com abatimentos de 175 mm e 250 mm e
conteúdo 5% de cimento em relação ao peso de rejeitos sólidos secos atingiram resistências UCS
de 1.2-19.5 Mpa (2).
Os principais problemas geomecânicos encontrados na mina são devido a fragmentação
dos pilares. Após um tempo os pilares apresentam um perfil cônico, além de grande fraturamento
e baixa resistência. Cerca de 50% da área superior original do pilar é perdida, acumulando-se
material no piso da galeria. Dessa forma, o pilar não apresenta capacidade de sustentação e entra
em colapso provocando subsidência em superfície, afetando aqüíferos e construções civis. Além
de dificultar, e muitas vezes inviabilizar a lavra em regiões próximas. Técnicas de contenção (uso
de telas, madeira e parafuso) não se mostraram eficientes. A Figura 4 apresenta um perfil da
forma assumida pelo pilar com o passar do tempo.
Figura 4 : Perfil da forma assumida pelo pilar com o passar do tempo.
As causas desse comportamento devem ser estudas. Podem estar associadas ao uso
incorreto de explosivos, problemas geológicos e geotécnicos, baixa resistência da camada ou a
soma destes.
O lavador da empresa opera 20 horas por dia, processa 80 t/h, recuperando 33-35%. Gera
15% de finos, espessados em bacia de decantação. O restante, cerca de 50% do rejeito (R1, R2 e
R3, a Tabela 1 apresenta a composição de cada um deles), é disposto em depósitos de rejeito na
superfície ou subsolo. O R3 não é disposto em subsolo.
Tabela 1 : Composição dos rejeitos gerado no Lavador Boa Vista. Fonte: Carbonífera Catarinense
Rejeito Característica Média % Variação % R1 Piritoso 40 30-45 R2 Misto 45 40-60
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R3 Carbonoso 15 5-20
5.1. Preenchimento hidráulico
A Mina Bonito I apresenta grandes problemas geomecânicos, apesar da sua baixa
cobertura. A Figura 5 apresenta a planta de localização da Mina Bonito I. Em destaque estão as
regiões: 1-região onde o preenchimento hidráulico foi efetuado; 2- Região onde a disposição de
rejeito esta ocorrendo e 3- Região inundada onde o colapso de pilares já ocorreu.
Figura 5: Planta de localização da Mina Bonito I. 1-região onde o preenchimento hidráulico foi efetuado. 2- Região onde a disposição de rejeito esta ocorrendo. 3- Região inundada onde o colapso de pilares já
aconteceu.
As características físicas do local onde o preenchimento hidráulico foi aplicado bem como
as características físicas da polpa podem ser vistas na Tabela 2.
Tabela 2 : Características características físicas do local onde o preenchimento hidráulico foi aplicado bem como as características físicas da polpa.
Características físicas do local e da polpa utilizada no estudo
Cobertura, m 60
Linha de ExtensOmetros
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Largura de pilar, m 14
Largura de galeria, m 4
Altura total da camada, m 3,4
% sólidos da polpa 70
Granulometria da Polpa, mm Finos
Densidade da polpa ?
Tubulação, mm 76,2
Vazão, m³/h 40
Horas de operação, h 10
Potência das bombas, CV 15
O preenchimento hidráulico bombeado foi aplicado em dois locais diferentes. A área foi
isolada por barricadas construídas com argila, rejeito e alvenaria. A drenagem foi feita por
diferença de nível. A pasta foi bombeada até o momento em que a drenagem apresentou partículas
sólidas (devido a não sedimentação), cerca de 2 anos após o início. A água da drenagem era
retornada para a bacia de sedimentação.
O painel selecionado para a aplicação do preenchimento mineral (P2-SE) situa-se próximo
à boca da mina e à usina de beneficiamento Lavador Boa Vista. O painel foi minerado entre os
meses de outubro e novembro de 2000 e abrange uma área total de 10.890m². O volume livre
estimado para o preenchimento mineral é de 32.700m³, considerando uma altura média de camada
total (C.T) de carvão de 3,05m e pilares com dimensões originais de 12m x 12m e 15m x 12m. A
camada de carvão possui mergulho suave (1°- 2°) no sentido sudoeste. O rejeito de carvão
utilizado como material de preenchimento mineral percorre distâncias de 200m a 1000m até o
ponto de descarga e estocagem pré-estabelecidos (2).
A Figura 6 ilustra o local onde o preenchimento hidráulico foi realizado.
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Figura 6: Local onde o preenchimento hidráulico foi realizado.
Atualmente o preenchimento encontra-se a 1,6 metros do teto da galeria, pelas condições
de degradação dos pilares e pelas leituras dos extensômetros (não ouve diminuição ou mudanças
nos padrões de leitura) o confinamento dos pilares não foi alcançado. Algumas barricadas
vazaram, espalhando material e dificultando, hoje, as atividades mineiras naquela região. A
Figura 7 apresenta uma foto do local onde a pasta esta depositada. Atualmente a pasta esta com
umidade de 80%.
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Figura 7: Foto do local onde o preenchimento hidráulico foi realizado.
Um perfil da situação atual do local é apresentado na Figura 8.
Figura 8 : Perfil da situação atual no local ondeo prenchimento hidráulico foi aplicado.
Durante o tempo de drenagem coletou-se amostras que foram analisadas em laboratório,
além da realização de ensaios de lixiviação. Os resultados obtidos não estão disponíveis para
consulta.
Segundo o corpo técnico da empresa, até o momento não foi encontrado indícios de
contaminação ambiental provocado pelo enchimento.
O projeto previa inicialmente o enchimento por completo, sem espaços vazios entre o teto
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e o enchimento.
Freqüentemente na área do enchimento hidráulico são verificados as quantidades de gases
e também a temperatura do local. Uma vez que são áreas de pouca ventilação e apresentam riscos.
Não existe registro de geração de gases.
5.2. Rockfill
Devido a grande dificuldade de liberação de novas áreas para serem usadas como depósito
de rejeito a empresa esta usando como alternativa crescente a disposição de rejeitos em subsolo
(rockfill). Essa operação, da forma que é realizada, não necessita de grandes investimentos, bem
como não há necessidade de mão de obra qualificada.
A área escolhida para essa atividade é vizinha a área do preenchimento hidráulico.
As características físicas do local onde o rockfill esta sendo aplicado bem como
características físicas do material utilizado são apresentados na Tabela 3.
Tabela 3 : Características físicas do local e material de rockfill.
Características físicas do local e matérial de rockfill
Cobertura, m 65
Largura de pilar, m 12
Largura de galeria, m 4
Altura total da camada, m 3,1
Tamanho máximo das partículas, mm 25,4
Parte do rejeito gerado no beneficiamento do carvão (R1 e R2) é transportado para o
subsolo utilizando-se um veiculo de transporte de fabricação própia com capacidade de 6,5 t.
Após o transporte o material é descarregado, formando pilhas para posteriormente, com o auxilio
de um trator esteira, ser espalhado e acumulado nas galerias. A Figura 9 apresenta uma foto do
material aguardando ser espalhado e acumulado.
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Figura 9 : Foto do material aguardando ser espalhado e acumulado na galeria.
Este trabalho é realizado por apenas um funcionário. A Figura 10 apresenta alguns dados
sobre a operação.
Figura 10 : Dados sobre a operação de rockfill.
Dados de disponibilidade mecânica e utilização são inexistentes, porém, sabe-se que são
baixos devido ao equipamento ser bastante desgastado.
O material acumulado nas galerias fica a uma distância de 20–30 cm do teto da galeria,
favorecendo o confinamento dos pilares. A Figura 11 apresenta um perfil.
Volume por viajem, m³ 7,9Tempo de trajeto, min 15Média de viajens, dia 10Volume diário depositado, m³ 79Volume diário necessário, m³ 1000
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Figura 11 : Perfil das galerias onde o rockfill é aplicado
Não existem dados que comprovem a eficiência mecânica do método na mina bonito 1.
Para isto seria necessário realizar ensaios in-situ, locar extensometros e simular por métodos
numéricos.
Visualmente o método não esta sendo eficiente, isto pode estar ocorrendo devido a região
já estar comprometida. A eficiência do método depende do confinamento, uma vez existindo
grandes espaços vazios (fraturas, poros e distância entre o enchimento e o teto) a deformação vai
ocorrer sem impedimento, não confinando o material.
Devido a região ser vizinha ao local onde foi realizado o preenchimento hidráulico existe
uma grande quantidade de pasta espalhada pelas galerias (pasta proveniente do vazamento)
dificultando a operação do trator esteira.
Não existem relatos de ensaios realizados com material coletado nessa região a fim de
verificar possíveis danos ao meio ambiente.
6. BACKFILL RIO DESERTO
Os estudos de backfill na Carbonífera Rio Deserto estão sendo realizados na Mina Barro
Branco, localizada no município de Lauro Miller.
Nessa unidade a produção de ROM é cerca de 900 X 10³ ton/ano, gera 55% de rejeito que
atualmente são dispostos em depósitos a céu aberto.
Com a necessidade de aquisição de novas áreas para disposição de rejeito e maiores
restrições ambientais a empresa esta desenvolvendo estudos a fim de viabilizar a disposição de
rejeito em subsolo. Os estudos contemplam analisar o impacto ambiental que a disposição de
rejeito em subsolo pode causar ao meio ambiente.
A empresa minera a camada Bonito, a Tabela 4 apresenta a análise físico química da
camada total lavrada. (15).
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Tabela 4 : Análise fisico-quimica ca camada total lavrada. Fonte : banco de dados da empresa rio deserto.
Cinzas (%) Matéria Volátil (%) Carbono Fixo (%) Enxofre (%) Poder Calorífico (%)
62-63 15-16 2,1-2,3 5-6 2600-2800
A lavra realizada no local utiliza mineradores contínuos e conjunto mecanizado. As
condições dos pilares são boas, uma vez que o minerador contínuo não afeta a estrutura do pilar e
o conjunto mecanizado utiliza explosivo de forma controlada. Os pilares tem dimensões em
média de 14 X 14 m.
6.1. Estudo de caso
Para avaliar a possível contaminação do meio ambiente pela disposição de rejeito em
subsolo a empresa desenvolveu um estudo onde foi realizada a caracterização completa do carvão
e rejeito, construção de um modelo físico (simular a degradação do rejeito em subsolo), e
monitoramento.
A área escolhida para o estudo simula as situações mais críticas encontradas em subsolo.
O modelo físico construído consiste em caixas de alvenaria com dimensões de 60 cm x 80
cm x 170 cm ou 100 cm x 80 cm x 170 cm, as quais foram preenchidas com 1 e 1,6 ton de rejeito
R1 e R2. As caixas estão localizadas da seguinte forma: 2 caixas em galeria fundo de saco
(ventilação precária) e 2 caixas em galeria com ventilação. Em cada local as caixas foram
dispostas de forma que apenas uma sofra infiltração de água.
As quatro caixas são apresentadas na Figura 12.
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Figura 12 : Foto das caixas. 1 caixa seca em condições de pouca ventilação. 2 caixa com água e condições de pouca ventilação. 3 caixa seca em condições de boa ventilação. 4 caixa com água em
condições de boa ventilação.
Após a construção e adição de rejeito as caixas estão sendo monitoradas. São realizadas
coletas freqüentes da água antes e depois de circular pelas caixas. Além disso é monitorado a
temperatura local e a quantidade de oxigênio disponível.
Segundo o corpo técnico da empresa, os resultados obtidos até o momento mostram
redução significativa na quantidade dos íons análisados após a passagem pela material. Isso
acontece devido as propriedades de adsorção que o carvão possui.
Comprovada a não contaminação ambiental, a empresa dará inicio a disposição de rejeito
em subsolo. O material, rockfill, será transportado em superfície até um poço (ligação com o
subsolo, 17”). Nesse local será construído um silo que será ligado ao poço através de correia
transportadora que irá evitar possíveis entupimentos. A Figura 13 apresenta uma foto do local
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onde será construído o poço.
Figura 13 : Foto do local de construção do poço.
O material descarregado no poço será redistribuído em subsolo com auxilio de
carregadeiras e caminhões. Anexo 4 apresenta um croqui de funcionamento do poço.
7. TRACTEBEL ENERGIA
A visita a usina termoelétrica Jorge Lacerda, pertencente a empresa Tractebel Energia teve
como objetivo conhecer o processo de transformação do carvão mineral em energia elétrica. Entre
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os resíduos gerados no processo de transformação a cinza é o mais abundante. A usina processa
mensalmente 220 X 10³ toneladas de carvão mineral tipo energético, gerando 43% desse valor em
cinzas.
O processo de transformação inicia-se com o transporte do carvão estocado no pátio para
uma plataforma. Junto a plataforma existe um equipamento denominado Dosadora, esse
equipamento é responsável por dosar quantidades exatas de carvão dependendo da necessidade de
geração de calor. A dosadora repassa o carvão para um moinho, de onde sai com granulometria
inferior a 200 mesh. Após o processo de moagem o carvão é secado a temperatura de 90° para
então ser pulverizado na câmara de queima. No processo de queima a cinza mais pesada desce
para uma calha com água de onde ela sai do processo e é transportada hidraulicamente para as
bacias de decantação. A cinza leve, suspensa no ar, é sugada forçando sua passagem por placas
eletrostáticas onde 98% do material é retido e transportados para cilos. A Figura 14 apresenta um
fluxograma resumido do processo de geração de cinza.
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Figura 14 : Fluxograma de geração da cinza
A cinza leve gerada é armazenada em silos e repassada a indústria do cimento. A cinza
pesada é desaguada em bacias de sedimentação e atualmente esta sendo utilizada na recuperação
de áreas degradadas. A Figura 15 apresenta 2 fotos, silo de estocagem da cinza leve e bacia de
decantação da cinza pesada.
Cinza Leve70%, 66220
t/mes
Consumo Mensal de carvão220 X 10³ t/mes
Resíduo da Queima, 43%94600 t/mês Cinza
57% Matéria Orgânica
e Voláteis
Cinza Pesada30%,
28380t/mes
Indústria do Cimento
Possível Utilização
Como Backfill
FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE GERAÇÃO DE CINZA
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Figura 15: A Cilo de estocagem de cinza leve. B bacia de decantação da cinza pesada
Devido a comercialização e a utilização da cinza leve na indústria cimenteira (base do
cimento pozzolâmico) e cerâmica essa matéria é indisponível para outra finalidade.
A cinza pesada pode ser usada como componente do backfill. Atualmente ela é utilizada
na recuperação ambiental de áreas degradadas. A disponibilidade da cinza é em média 28 X 10³
toneladas por mês. A Figura 16 apresenta alguns dados físicos sobre a cinza pesada fornecido pela
empresa.
Figura 16 : Dados físicos referentes a cinza pesada
8. QUANTIDADE E DISPONIBILIDADE DE MATERIAL PARA SER
UTILIZADO COMO BACKFILL
Um dos fatores decisivos para utilizar a tecnologia de backfilling é a quantidade e
disponibilidade de matéria prima para a técnica. Isso afeta diretamente os custos operacionais.
A B
Densidade Relativa, g/cm³ 1,80Peso Específico Compactada, g/cm³ 0,91
DADOS FÍSICOS SOBRE A CINZA PESADA, FONTE: TRACTEBEL
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Na região do estado de Santa Catarina os materiais de maior disponibilidade e interesse de
utilização são: rejeito grosseiro gerado no beneficiamento do carvão; lamas geradas no
beneficiamento do carvão; cinza pesada gerada na queima do carvão para geração de energia.
A Figura 17 apresenta dados sobre a produção de carvão no estado de SC no ano de 2007.
Figura 17 : produção anual de carvão em SC. Fonte SIECESC
Dependendo do processo de beneficiamento e da qualidade do carvão a geração de finos
será maior ou menor. Além disso, as quantidades referentes a qualidade do rejeito também
variam.
Considerando o rejeito pesado da queima na Tractebel e o rejeito gerado pelo
beneficiamento do carvão nas mineradoras, a produção total de material que estaria disponível
para utilização em enchimento é 5.400.000 ton/ano, aproximadamente. Assumindo uma
densidade média de 1,8, o volume de galerias que poderiam ser preenchidas por ano é de
3.000.000 m³ (ou 1.200.000 m² para galerias com 2,5 m de altura). Esse é um número
aproximado, apenas para mostrar a importância desse projeto para os assuntos de meio ambiente e
de mecânica de rochas na indústria carbonífera de Santa Catarina.
9. ANÁLISE DE DADOS
A partir da revisão bibliográfica foi possível obter informações necessárias para o
entendimento das experiências de backfill já realizadas.
As empresas visitadas, Carbonífera Catarinense e Indústria Carbonífera Rio Deserto,
proporcionaram o conhecimento das atividades que foram e estão sendo realizadas. Os objetivos
das empresas no emprego do backfill são distintos.
Na Industria Carbonífera Rio Deserto a técnica de backfilling é uma alternativa de
disposição de rejeito, não havendo até o momento a necessidade ou a intenção de que a técnica
sirva de auxilio na sustentação da mina.
Produção anual de ROM, t 7.228.895Carvão Energético, t 2.584.783Finos, t 193.719Rejeito Gerado no Beneficiamento, t 5.060.227
Produção Anual de Carvão em SC, 2007 Fonte: Dados Siecesc
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Na Carbonífera Catarinense, devido a problemas estruturais e ambientais, a técnica é uma
alternativa de sustentação da mina e também como disposição de rejeitos em subsolo.
A visita a Tractebel Energia proporcionou conhecer o processo de transformação do
carvão mineral e energia elétrica. Além disso, proporcionou obter conhecimento sobre o processo
de geração de cinzas.
Compilando todas as informações podemos traçar um plano de ação, identificando os
ensaios a serem feitos.
9.1. Definição dos materiais a serem utilizados
Os materiais passíveis de utilização são: Rejeito grosseiro gerado no processo de
beneficiamento; rejeito fino (polpa) gerado no processo de beneficiamento; cinza pesada gerada
na queima do carvão.
Os ensaios de composição de misturas devem ser guiados pela proporção disponível de
cada material.
9.2. Caracterização física, química e mineralógica
As primeiras informações necessárias são relacionadas ao conhecimento físico, químico e
mineralógico.
É necessário realizar ensaios físicos a fim de se saber: densidade, peso específico, índice
de vazios, grau de saturação e umidade. Esses ensaios podem ser baseados em ensaios de
mecânica dos solos.
A seguir são listadas as equações necessárias para os cálculos.
• V = volume total
• Vv = volume de vazios
• Va = volume de ar
• Vw = volume de água
• Vs = volume de sólidos
• P = peso total
• Pw = peso da água
• Ps = peso de sólidos
• γw = peso específico da água,
considerado igual a 10 kN/m³
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Tabela 5 : Fórmulas para cálculo dos índices físicos
Nome Símbolo Equação
Índice de vazios e e = Vv / Vs
Porosidade n n = Vv / V
Grau de saturação s s = Vw / Vv
Umidade w w = Ps / Ps
Peso específico aparente úmido γ γ = P / V
Peso específico aparente saturado γsat Idem, para S = 100%
Peso específico aparente submerso γsub γsub = γsat – γw
Peso específico aparente seco γd γd = Ps / V
Densidade dos grãos Gs Gs = γs / γw
Figura 18: Relaçõe sentre os índices físicos
Ensaio de distribuição granulométrica é necessário realizar, encontrando a curva
de distribuição granulométrica para cada material. Esse ensaio é normatizado pele NBR
8629.
Análise química do material pode ser feita pelas técnicas de fluorescência de
raios-X ou por Espectroscopia de Massas. Fluorescência de raios-X é mais utilizada
devido a ser uma técnica não só qualitativa, mas também quantitativa.
A análise mineralógica pode ser feita por análise microscópica.
Relação entre os índices físicos. Fonte Mec Solos dos Estados Críticos, JA R Ortigão
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Nas cinzas é importante se ter o conhecimento da quantidade de argila presente
além do pH.
9.3. Ensaios de Permeabilidade e Porosidade
O coeficiente de permeabilidade depende: do tamanho e arranjo dos grãos
(portanto varia para os diferentes materiais); da temperatura (que determina a
viscosidade da água) e índices de vazios.
A sua determinação pode ser feita: por meio de fórmulas que o relacionam com
a granulometria ou no laboratório, utilizando-se permeametros (de nível constante ou
variável). A Figura 19 demonstra a funcionalidade do ensaio de carga fixa.
Figura 19: Funcionalidade e formula de calaculo do ensaio de permeabilidade por carga fixa (A) e carga variavel (B).
Determinação de porosidade total por imersão em água pode ser realizado
segundo a norma NBR9779/93 - Determinação de absorção de água por imersão, do
índice de vazios e massa específica.
Os ensaios de permeabilidade e porosidade devem ser feitos para todos os
materiais e suas misturas.
9.4. Composição das Misturas e Tempo de Cura
As misturas deverão ser dosadas de acordo com a disponibilidade de cada
material. De acordo com a produção anual de Carvão Mineral em SC (fonte SIECESC)
o volume disponível para preenchimento é de 14 milhões de metros cúbicos. Dessa
forma, avaliando o material disponível podemos iniciar os ensaios variando as
quantidades de cada um dos componentes da seguinte forma:
Rejeito – 70 a 80%
Cinza – até 5%
A B
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Cimento – até 5%
Água – proporção para alcançar o percentual de sólidos em polpa desejado.
Como já visto anteriormente o tempo de cura influencia diretamente na
resistência do backfill. Tipicamente são utilizados tempos de cura de 28 dias. Estudos
demonstram que em tempos mais longos (180 a 360 dias) misturas contendo materiais
oxidáveis sofrem variações consideráveis. Dessa forma devemos realizar ensaios de
curto e longo prazo.
9.5. Ensaios Geomecânicos
Os ensaios geomecânicos realizados com as misturas devem ser separados em
cimentados e não cimentados.
Ensaios cimentados seguem as normas de ensaios de construção civil com
agregados cimentados. As normas possíveis de utilização são: ASTM 2004 Volume
04.09 Soil and Rock (II) D 5714 e ASTM 2004 Volume 04.02 Concrete and
Aggregates.
Ensaios com misturas não cimentadas seguem o mesmo princípio dos ensaios de
solos (cisalhamento direto, triaxial e compressão uniaxial). Apenas deve respeitar a
regra onde o diâmetro do corpo de prova deve ter mais de dez vezes o tamanho da maior
partícula que compõe a mistura. Isso exige equipamentos (células, prensa, etc) de
grande médio a porte.
9.6. Modelos Físicos e Numéricos
Além dos ensaios citados acima é necessário a construção de modelos físicos a
fim de complementar e melhorar as informações relativas ao comportamento mecânico
e reológico dos materiais e misturas para enchimento. Modelos físicos simulam em
laboratório o comportamento in situ. O tipo de modelo deve ser estudado, ele deve se
aproximar o mais próximo da situação real da mineração.
Os modelos numéricos nos dão uma resposta melhor e mais detalhada do que as
técnicas empíricas. Softwares como FLAC serão utilizados para simular o
comportamento do material de enchimento em subsolo e, também auxiliarão no projeto
e calibração de aparatos de laboratório.
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9.7. Resumo de ensaios a serem realizados
A Tabela 6 abaixo resume os ensaios a serem realizados bem como os materiais
envolvidos.
Tabela 6 : Resumo dos ensaios, materiais e justificativas.
Ensaio Materiais Justificativa
Análise
Granulométrica
Matérias
primas
Conhecimento básico e muito necessário.
Influência em todos os demais ensaios.
Índices físicos Matéria
Prima e
Mistura
Definem parâmetros importantes para o
conhecimento do comportamento dos materiais.
Análise Química e
Petrográfica
Matérias
Primas
Vem da necessidade de se conhecer os
componentes químicos e mineralógicos das
matérias primas.
Permeabilidade e
Porosidade
Misturas Parâmetro importante para o conhecimento do
comportamento das misturas. Influencia na
resistência, percolação de fluidos, dissolução de
minerais
Ensaios
Geomecânicos
Misturas Conhecer o comportamento geomecânico.
10. SEQUÊNCIA DE TRABALHO
Continuação da revisão bibliográfica (enfatizar normas e modelos físicos).
Início da caracterização dos materiais e misturas.
Definição dos laboratórios que realizarão os ensaios.
Coleta dos materiais para realização dos ensaios de laboratório.
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11. Anexos
Anexo 1
DE: JOSE CARLOS PARA: ROBERTO DATA: 16.02.2007
REF.: DADOS CAMADA BONITO INFERIOR (BRUTO E REJEITOS) Segue tabela:
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ENSAIO ROM BRITADO
REJEITO PRIMARIO
REJEITO SECUNDÁRIO
REJEITO TERCIÁRIO
UMIDADE TOTAL
6,42 % 5,21 % 7,28 % 6,43 %
UMIDADE HIGROSCÓPICA
1,86 % 1,45 % 2,26 % 2,12 %
CINZAS (b.s.)
62,42 % 79,53 % 86,43 % 79,10 %
MATÉRIA VOLÁTIL (b.s.)
15,18 % 11,45 % 8,46 % 10,04 %
CARBONO FIXO (b.s.)
22,40 % 9,02 % 5,11 % 10,86 %
ENXOFRE TOTAL (b.s.)
2,22 % 8,60 % 2,93 % 1,64 %
ENXOFRE PIRÍTICO (b.s.)
2,14 % 8,54 % 2,93 % 1,61 %
ENXOFRE SULFÁTICO (b.s.)
0,08 % 0,06 % n.d. 0,03 %
ENXOFRE ORGÂNICO (b.s.)
n.d. n.d. n.d. n.d.
CARBONO (b.s.)
28,94 % 7,87 % 6,16 % 13,64 %
HIDROGÊNIO (b.s.)
1,80 % 0,68 % 0,65 % 1,01 %
NITROGÊNIO (b.s.)
0,59 % 0,16 % 0,19 % 0,34 %
CLORO (b.s.)
0,17 % 0,30 % 0,02 % 0,09 %
OXIGÊNIO + HALOGÊNIOS
(b.s.)
3,86 %
2,86 %
3,62 %
4,18 %
PODER CALORÍFICO SUPERIOR (b.s.)
2850 (b.s.)
kcal/kg
1030 (b.s.)
kcal/kg
595 (b.s.)
kcal/kg
1335 (b.s.)
kcal/kg PODER CALORÍFICO
INFERIOR (b.s.) 2755 (b.s.)
kcal/kg
995 (b.s.)
kcal/kg
560 (b.s.)
kcal/kg
1280 (b.s.)
kcal/kg F.S.I. 0,5 0,5 0,5 0,5
ANALISE DE CINZAS FUSIBILIDADE DE
CINZAS TEMPERATURA DEFORMAÇÃO
INICIAL
1.320
1.260
1.260
1.320
FUSIBILIDADE DE CINZAS
TEMPERATURA DE AMOLECIMENTO
1.400 °C
1.380 °C
1.380 °C
1.420 °C
FUSIBILIDADE DE CINZAS
TEMPERATURA DE HEMISFERA
1.460 °C
1.440 °C
1.440 °C
1.540 °C
FUSIBILIDADE DE CINZAS
TEMPERATURA DE FUSÃO
1.500 °C
1.440 °C
1.440 °C
1.560 °C
SiO2 57,92 % 46,20 % 56,86 % 60,29 % Al2O3 22,76 % 19,41 % 23,91 % 24,70 % Fe2O3 10,13 % 24,90 % 10,72 % 5,66 %
TiO2 0,83 % 0,90 % 0,90 % 0,87 % P2O5 < 0,03 % < 0,03 % < 0,03 % < 0,03 % CaO 1,02 % 1,26 % 0,89 % 0,84 %
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Anexo 1: Dados da camada bonito inferior (bruto e rejeitos). Fonte: Carbonífera Catarinense
Anexo 2
Resultados dos ensaios de Resistência à Compressão Simples (NBR 5739/94).
Fonte IPAT
Anexo 2: Resultados dos ensaios de Resistência à Compressão Simples (NBR 5739/94). Fonte IPAT
N° Largura, mm Diâmetro,mm Resistência, Mpa N° Largura, mm Diâmetro, mm Resistência, Mpa57 195,3 208 9,11 112-C 26 19,69 2,7358 194,1 210 11,84 112-D 25,35 19,43 1,9459 194,7 209 9,24 113-C 26,3 19,67 14,6360 194,1 210 16,09 113-D 26,7 19,67 7,2161 194,8 205 6,49 114-C 26,4 19,37 10,6762 194,9 206 9,51 114-D 26,1 19,61 8,1563 194,4 207 11,87 115-C 26,1 19,54 9,6864 196,2 208 12,93 115-D 26,4 19,47 8,9265 195,2 218 10,75 116-C 26,15 19,37 10,0366 195 207 13,16 116-D 25,5 19,48 9,9367 194,8 213 10,41 117-C 26,2 19,6 3,1868 195,2 209 5,17 117-D 26,2 19,37 3,7369 196,9 207 4,34 118-C 27,4 19,35 0,970 195 205 7,03 118-D 27,5 19,51 0,8871 194,3 207 5,11 119-C 26,35 19,4 14,4272 195,2 215 5,58 119-D 25,7 19,62 13,4873 195,1 210 5,43 120-C 26,5 19,42 8,8374 195,2 205 6,63 120-D 25,7 19,55 12,2475 194,9 215 6,09 121-C 26,97 19,48 9,376 194,6 205 5,71 121-D 26,5 19,5 8,1477 194,3 213 3,11 122-C 26,52 19,58 7,1478 194,6 210 3,77 122-D 27 19,82 7,6179 194,5 210 5,84 123-C 27,1 19,42 3,9580 195,1 208 6,03 123-D81 195,5 213 6,13 124-C 28,05 19,36 0,7382 193,2 213 2,78 124-D83 192,2 209 4,23 125-C 25,9 19,45 14,4984 194,6 215 4,88 125-D
101-D 26,3 19,45 13,38 126-C 26 19,49 16,41101-B 25,6 19,49 13,31 126-D 24 19,49 15,24102-C 26,7 19,49 12,53 127-C 25,8 19,49 9,93102-D 26,8 19,39 8,28 127-D 25,2 19,52 8,1103-C 26,2 19,54 10,36 128-C 25,5 19,53 6,79103-D 28,1 19,64 9,75 128-D 26,9 19,55 5,05104-C 26,25 19,56 6,84 129-C 27,3 19,53 1,53104-D 26,2 19,35 3,3 129-D 28,9 19,31 1,57105-C 26,5 19,67 2,86 130-C105-D 27,5 19,31 0,79 130-D 27 19,45 0,5106-C 26,13 19,14 0,96 131C 24,8 19,44 16,38106-D 25,5 19,81 0,8 131-D 27,2 19,56 15,18107-C 26 19,58 17,29 132-C 25,7 19,62 16,71107-D 26,2 19,51 10,75 132-D 27,1 19,58 16,75108-C 25,7 19,66 19,75 133-C 23,15 19,5 10,85108-D 25,3 19,66 9,24 133-D 24,5 19,55 10,24109-C 25,8 19,72 11,94 134-C 27,05 19,53 7,45109-D 25 19,57 16,62 134-D 26,9 19,38 6,2110-C 24,7 19,64 13,6 135-C 24,95 19,47 1,8110-D 26,1 19,44 12,51 135-D 25,1 19,45 1,73111-C 25,82 19,48 7,77 136-C 27,6 19,21 0,64111-D 25,5 19,35 6,48 136-D 28 19,51 0,7
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Anexo 3
Anexo 3:Composição de alguns corpos de prova
Amostra *Polpa % % R1 % R2 % R3 %Cimento NPC Fly-ash Botton % Total101 C H2O "N" 50,00 50,00 100,00101 D H2O LBV 50,00 50,00102 C H2O "N" 60,00 40,00 100,00102 D H2O LBV 60,00 40,00103 C H2O "N" 70,00 30,00 100,00103 D H2O LBV 70,00 30,00104 C H2O "N" 80,00 20,00 100,00104 D H2O LBV 80,00 20,00105 C H2O "N" 90,00 10,00 100,00105 D H2O LBV 90,00 10,00106 C H2O "N" 95,00 5,00 100,00106 D H2O LBV 95,00 5,00107 C H2O "N" 50,00 50,00 100,00107 D H2O LBV 50,00 50,00108 C H2O "N" 60,00 40,00 100,00108 D H2O LBV 60,00 40,00109 C H2O "N" 70,00 30,00 100,00109 D H2O LBV 70,00 30,00110 C H2O "N" 80,00 20,00 100,00110 D H2O LBV 80,00 20,00111 C H2O "N" 90,00 10,00 100,00111 D H2O LBV 90,00 10,00112 C H2O "N" 95,00 5,00 100,00112 D H2O LBV 95,00 5,00113 C H2O "N" 50,00 50,00 100,00113 D H2O LBV 50,00 50,00114 C H2O "N" 60,00 40,00 100,00114 D H2O LBV 60,00 40,00115 C H2O "N" 70,00 30,00 100,00115 D H2O LBV 70,00 30,00116 C H2O "N" 80,00 20,00 100,00116 D H2O LBV 80,00 20,00117 C H2O "N" 90,00 10,00 100,00117 D H2O LBV 90,00 10,00118 C H2O "N" 95,00 5,00 100,00118 D H2O LBV 95,00 5,00119 C H2O "N" 25 25 50 100,00119 D H2O LBV 25 25 50120 C H2O "N" 30 30 40 100,00120 D H2O LBV 30 30 40121 C H2O "N" 35 35 30 100,00
Amostra *Polpa % % R1 % R2 % R3 %Cimento NPC Fly-ash Botton % Total121 D H2O LBV 35 35 30122 C H2O "N" 40 40 20 100,00122 D H2O LBV 40 40 20123 C H2O "N" 45 45 10 100,00123 D H2O LBV 45 45 10124 C H2O "N" 45 50 5 100,00124 D H2O LBV 45 50 5125 C H2O "N" 25 25 50 100,00125 D H2O LBV 25 25 50126 C H2O "N" 30 30 40 100,00126 D H2O LBV 30 30 40127 C H2O "N" 35 35 30 100,00127 D H2O LBV 35 35 30128 C H2O "N" 40 40 20 100,00128 D H2O LBV 40 40 20129 C H2O "N" 45 45 10 100,00129 D H2O LBV 45 45 10130 C H2O "N" 45 50 5 100,00130 D H2O LBV 45 50 5131 C H2O "N" 25 25 50 100,00131 D H2O LBV 25 25 50132 C H2O "N" 30 30 40 100,00132 D H2O LBV 30 30 40133 C H2O "N" 35 35 30 100,00133 D H2O LBV 35 35 30134 C H2O "N" 40 40 20 100,00134 D H2O LBV 40 40 20135 C H2O "N" 45 45 10 100,00135 D H2O LBV 45 45 10136 C H2O "N" 45 50 5 100,00136 D H2O LBV 45 50 5
Amostras Rejeito Lavador Boa Vista LOTE II - IPAT - Camada Bonito Inferior - Bacia n°04 - Retorno Back fill / 36 ton/h 1,7t/m3
Amostras Rejeito Lavador Coa Vista - Camada Conito Inferior - Cacia n°04 - Retorno Cackfill / 36 ton/h 1,7t/m3
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