Download pdf - Relatório 01 06 mp

Transcript

Relatório 01/06/2015

Resumo 3

Varejo 7

Consumo 22

Crédito 25

Economia 41

Móveis 53

Resumo

- As vendas reais do comércio varejista brasileiro ficaram estáveis em abril na comparação anual, descontando efeitos de calendário, segundo índice ICVA da empresa de meios de pagamentos eletrônicos Cielo, apontando para um ano que tende a ser o pior para o setor desde 2003.

- A intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 6,3% em maio, em relação ao mês anterior, informou a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta terça-feira (19). Na comparação com o mesmo mês em 2014, a queda foi de 21,2%.

- O ritmo de crescimento do crédito no país diminuiu. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (27), o saldo das operações de crédito no país chegou a R$ 3,061 trilhões, em abril, com crescimento de 0,1% no mês e 10,5% em 12 meses.

- O ciclo de alta da Selic completou dois anos em abril e, apesar de o juro estar mais caro no cheque especial e no cartão de crédito, o consumidor elevou o uso desses empréstimos. Segundo dados do Banco Central, o volume emprestado no cartão de crédito subiu 35% entre abril de 2013 e março deste ano, enquanto no cheque especial avançou 28%. O aumento de gastos fixos e a queda da renda são alguns dos motivos que fazem o brasileiro recorrer a estas modalidades.

- O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse que a política fiscal adotada desde 2008 e no segundo mandato de Dilma foi ineficaz para gerar crescimento nos últimos dois anos e acabou comprometendo fundamentos da economia do País. Ele afirmou que será visto ao longo dos próximos meses uma queda na inflação, com redução significativa do índice no início do ano que vem. Para Tombini, a expectativa do mercado de que a inflação termine 2016 em 5,5% é positiva, "porém não suficiente para o cumprimento do nosso objetivo", que é atingir o centro da meta, de 4,5%.

- O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira, 25, que os benefícios do ajuste fiscal virão quando o declínio da inflação ficar claro. "Primeiro, precisamos completar o ajuste para depois consolidar as condições e capturar o bônus do ajuste", afirmou durante palestra no Seminário sobre o Financiamento Internacional. Coutinho ressaltou a solidez e as qualidades estruturais da economia brasileira na abertura de sua fala. "A economia brasileira é sólida e com muitas qualidades estruturais relevantes, com fronteira significativa de crescimento".

- De acordo com o pós-doutor em Administração e Economia, docente do Câmpus

- De acordo com o pós-doutor em Administração e Economia, docente do CâmpusPalmas do Instituto Federal do Paraná, Edmundo Pozes, o Brasil passa por um ciclo de restrições e desabastecimento que deve se encerrar somente a partir do 2º semestre de 2016.

Futuro

Em 2025, a mente humana será a principal ferramenta utilizada no controle de dispositivos do dia a dia, de acordo com uma pesquisa global desenvolvida pela IEEE. O levantamento também aponta os carros autônomos como meio de transporte favorito do futuro.

E-commerce

Mesmo diante da instabilidade econômica no Brasil, o ano de 2015 promete manter o comércio eletrônico aquecido. O relatório anual da E-bit, WebShoppers, aponta que o faturamento do e-commerce brasileiro chegará aos R$ 43 bilhões até dezembro, 20% maior se comparado ao ano anterior.

Estudo mostra que uma parcela significativa do comércio eletrônico global envolve transferências entre fronteiras. Os resultados de um estudo encomendado pela FedEx Corp e conduzido pela Forrester Consulting sobre as prioridades e preferências dos consumidores que compram on-line de sites estrangeiros apontam as tendências do comércio eletrônico no mundo, em um esforço para entender melhor o comportamento de compra global e como as pequenas e médias empresas podem se beneficiar esse cenário.

As vendas do comércio varejista restrito (que exclui automóveis e materiais de construção) nas lojas físicas caíram 2,1% em abril ante o mesmo mês do ano passado, mostra o SpendingPulse, relatório mensal sobre o comércio varejista da MasterCard. No sentido oposto, a pesquisa mostra que as vendas online do varejo cresceram 8,1% no período, aquecidas por promoções.

O relatório aponta ainda que, em abril, as vendas nas lojas físicas de cinco dos sete setores analisados foram maiores do que a média total: farmácia, artigos pessoais, materiais de construção, móveis e eletrônicos e vestuário. Supermercados e combustíveis ficaram abaixo da média. Já no e-commerce, o crescimento das vendas de móveis e vestuários ficou acima do crescimento total das vendas online, enquanto as de eletrônicos ficaram abaixo da média.

Varejo

- A GS&MD – Gouvêa de Souza promoverá entre os dias 24 e 27 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo, o Latam Retail Show 2015, que adotará o conceito One Stop Shopping, no qual os participantes do mega evento terão a oportunidade de experimentar, por quatro dias ininterruptos, em uma só área, conteúdos exclusivos dos cinco congressos que são referência no Brasil e América Latina: o 18º Fórum de Varejo da América Latina, 6º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios (curadoria do Grupo Bittencourt), 5º Digitailing – Fórum Internacional de Varejo Digital, 4º Redesign – Fórum deDesign no Varejo e 3º Retail Real Estate (curadoria da BG&H Real Estate).

Não deixe de ler

A matéria ‘Como fugir da temida crise no varejo’, em que o economista diz que o momento é delicado e, por isso mesmo, é importante não deixar de investir no seu negócio. Em momentos de retração da economia muitas empresas deixam de investir na divulgação, o que deixa o consumidor mais sensível aos que insistem na mídia. Por essa razão, olhe o seu mercado e veja como ele está se comportando, mantenha a divulgação. Ofereça soluções para o cliente voltar a comprar.

Varejo

Maior evento de varejo da América Latina deve reunir 15 mil pessoas em SPA GS&MD – Gouvêa de Souza promoverá entre os dias 24 e 27 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo, o Latam Retail Show 2015, que adotará o conceito One Stop Shopping, no qual os participantes do mega evento terão a oportunidade de experimentar, por quatro dias ininterruptos, em uma só área, conteúdos exclusivos dos cinco congressos que são referência no Brasil e América Latina: o 18º Fórum de Varejo da América Latina, 6º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios (curadoria do Grupo Bittencourt), 5º Digitailing – Fórum Internacional de Varejo Digital, 4º Redesign – Fórum deDesign no Varejo e 3º Retail Real Estate (curadoria da BG&H Real Estate).Em mais de 25 anos de mercado, este evento marca a primeira vez que a GS&MD – Gouvêa de Souza cria, em volta de um congresso, uma grande área de exposição. Com os maiores fornecedores de produtos e serviços do varejo apresentando suas soluções para o mercado varejista, o mega evento torna-se o mais completo do setor.Com o objetivo de unificar os maiores e melhores varejistas da América Latina, o Latam Retail Show 2015 contará com mais de 3000 congressistas, sendo 90% presidentes, diretorese gerentes, fortalecendo a possibilidade de grandes negócios e networking. A área de exposições, com mais de 14.000m², terá mais de 280 marcas expositoras, movimentando mais de 15 mil pessoas em toda a América Latina.Entre os palestrantes já confirmados estão Sherri Wu, headinternacional de desenvolvimento nas américas do Grupo Alibaba; Nicola Faoro, diretor de operações da Calzedonia Brasil, empresa controladora das marcas Tezenis, Falconeri e Intimissimi; Patrick Hruby, diretor para Pequenas e Médias Empresas do Facebook no Brasil; Paulo Correa, vice presidente da C&A; Sylvio Teixeira, diretor executivo da New Balance; Diederick van Gelder, sócio da Bilder & de Clercq; ElleThompson, vice-presidente de Operações de Produtos e Processos da Marc Jacobs; Flavia Bittencourt, diretora geral da Sephora do Brasil;

Hebe Schecter, presidente da Kaltex; Jon Wolske, da Zappos; Antonio Salvador, vice residente de Gente e Gestão do GPA; Paulo Roberto Leitner, diretor de Gente e Gestão da Atento; Jeronimo Santos, diretor de Marketing e Varejo do Ipiranga; Ricardo Ruiz Rodrigues, diretor de logística do Magazine Luiza; João Mariano, gerente de Projetos do Minuto Pão de Açúcar; Elcio Arfelli, diretor geral da Ikesaki; Gilberto Kassab, Ministro das Cidades; Manuel Rezende Correa, CEO do Telhanorte; Nathan Reynolds, VP de operações da ICM International; entre outros.O evento também está sendo apoiado por doze instituições de grande expressão no varejo nacional, entre elas a ABF - Associação Brasileira de Franchising, ABIESV - Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo, ABVTEX - Associação Brasileira do Varejo Têxtil, ANAMACO - Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção, APAS - Associação Paulista de Supermercados, CNDL - Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, IBEVAR - Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo, IDV -Instituto para Desenvolvimento do Varejo, ABEDesign - Associação Brasileira de Empresas de Design, ABRE - Associação Brasileira de Embalagens, IFB - Instituto Foodservice Brasil e ABMAPRO - Associação Brasileira de Marcas Próprias.Além disso, numa parceria da GS&MD com a Revista FORBES Brasil, serão premiados os melhores executivos do varejo, de oito categorias diferentes: CEO, Marketing, Tecnologia, Recursos Humanos, Finanças, e-Commerce, Comercial e Logística. Já a premiação promovida pelo Grupo Bittencourt elegerá os 25 melhores do Franchising Brasileiro que reconhecerá as redes de franquias brasileiras que mais engajam seus franqueados. O prêmio de Inovação no Design de Varejo focará no apoio de novos talentos do setor e movimentará as principais universidades por meio da apresentação de soluções inovadoras e inspiradoras para pontos de venda.Para Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD, “a expectativa de crescimento do varejo para 2015 é de 8%, sendo que o varejo brasileiro responde por aproximadamente 26% do PIB nacional.

brasileiro responde por aproximadamente 26% do PIB nacional. Mesmo em um ano tido como difícil para a economia nacional, nove entre dez varejistas manterão o ritmo de abertura de lojas de 2014 e 60% aumentarão ritmo de abertura de lojas em 2015”.

SERVIÇO - Latam Retail Show 2015

Local: Expo Center Norte

Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme, São Paulo.

E-commerce deve faturar R$ 43 bilhões em 2015Mesmo diante da instabilidade econômica no Brasil, o ano de 2015 promete manter o comércio eletrônico aquecido. O relatório anual da E-bit, WebShoppers, aponta que o faturamento do e-commerce brasileiro chegará aos R$ 43 bilhões até dezembro, 20% maior se comparado ao ano anterior.O diretor-executivo da E-bit, Pedro Guasti, afirma que a cada ano, o comércio eletrônico ganha maturidade no País. “Tanto as lojas estão melhorando a experiência de navegação e compra em seus sites, como os consumidores estão confiando mais e aproveitando esta praticidade com as diversas vantagens que a compra online oferece, como descontos, variedade de produtos e entrega em casa”, explica o executivo.Esse tema será amplamente debatido durante o Congresso e Exposição TI & Varejo, que acontece nos dias 10 e 11 de junho, em São Paulo. O evento contará com dez painéis de debates e líderes do e-commerce das maiores redes varejistas para falar sobre os desafios e oportunidades no universo online.A pesquisa do E-bit destaca ainda que o Brasil soma 61,6 milhões de e-consumidores únicos, aqueles que já fizeram ao menos uma compra online. Em 2014, 51,5 milhões estiveram ativos e, destes, os entrantes, aqueles que tiveram sua primeira experiência, eram 10,2 milhões. O tíquete médio foi de R$ 347, valor 6% acima do registrado em 2013.Nesse cenário favorável, o varejista que decidir apostar no e-commerce precisa estar atento a uma série de fatores como desenvolvimento e apresentação de sua marca na web, plataforma tecnológica e sistema de gerenciamento. Atrelado a isso, os especialistas que farão parte dos painéis do TI & Varejo falarão também sobre a experiência do cliente no comércio eletrônico e a integração entre lojas físicas e online.O Congresso TI & Varejo espera reunir toda a comunidade de Tecnologia da Informação e Varejo, além da participação dos principais fornecedores de soluções tecnológicas para este mercado. A TVDecisionfará a transmissão ao vivo de toda a programação interagindo com os expectadores online por meio de perguntas e comentários.

Varejo on-line registrou receitas de US$ 19 bilhões no Brasil em 2014

Estudo mostra que uma parcela significativa do comércio eletrônico global envolve transferências entre fronteiras.Os resultados de um estudo encomendado pela FedEx Corp e conduzido pela Forrester Consulting sobre as prioridades e preferências dos consumidores que compram on-line de sites estrangeiros apontam as tendências do comércio eletrônico no mundo. Em um esforço para entender melhor o comportamento de compra global e como as pequenas e médias empresas podem se beneficiar do comércio eletrônico, os pesquisadores entrevistaram mais de nove mil pessoas em 17 países e territórios, incluindo o Brasil, além de pequenas e médias empresas com operações internacionais. Segundo estimativas dos pesquisadores, o faturamento do comércio eletrônico nos países estudados deve exceder US$ 1 trilhão em 2014 e esse volume deve dobrar nos próximos quatro anos. No Brasil, o varejo on-line registrou receitas de US$ 19 bilhões no ano passado e tem expectativa de alcançar vendas de US$ 35 bilhões em 2018, o que representa um aumento de 84,2%.O estudo mostra que uma parcela significativa do comércio eletrônico global envolve transferências entre fronteiras. O levantamento aponta que quase 68% dos brasileiros que compram pela internet escolhem produtos dos Estados Unidos. A China aparece como segunda opção, com 63% dos pedidos vindos do Brasil. Os eletrônicos são os itens mais pedidos, juntamente com artigos de vestuário, roupas, livros e calçados.Quando se trata de compras on-line, as principais preocupações dos consumidores globais são os custos de transporte (51%) e o prazo de entrega longo (47%). No Brasil, 52% dos entrevistados apontaram o tempo de entrega como um dos principais problemas das compras on-line, tendo em vista sua experiência pessoal. Na América Latina, as maiores preocupações dos compradores on-line, mesmo entre os que nunca enfrentaram problemas do gênero, são a segurança da transação (50%) e a possibilidade de os produtos chegarem danificados (50%).

O que constitui um prazo de entrega longo depende das expectativas dos clientes, mas a maioria dos compradores espera que a entrega aconteça entre uma e duas semanas. Já entre os brasileiros entrevistados, 45% disseram esperar que a entrega ocorra em duas semanas ou mais; 36% dos australianos e 33% dos americanos entrevistados compartilham dessa opinião.A pesquisa revelou, também, que o mercado internacional oferece oportunidade para as pequenas e médias empresas expandirem seus negócios. Para atuarem internacionalmente, as PMEs precisam se diferenciar, oferecendo mercadorias singulares e serviço de alto padrão.

ICVA mostra varejo estável, mas prevê pior ano desde 2003

As vendas reais do comércio varejista brasileiro ficaram estáveis em abril na comparação anual, descontando efeitos de calendário, segundo índice ICVA da empresa de meios de pagamentos eletrônicos Cielo, apontando para um ano que tende a ser o pior para o setor desde 2003.Considerando os efeitos de calendário, as vendas reais subiram 1,1 por cento sobre um ano antes. "Os resultados mostram, portanto, que a tendência de desaceleração do varejo ampliado, observada nos últimos meses, foi mantida em abril", disse a Cielo.Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) divulgou que as vendas no varejo brasileiro encerraram o primeiro trimestre com o resultado mais fraco em 12 anos, num sinal do peso que a fraqueza econômica vem tendo sobre o setor.De acordo com Rodrigo Baggi, economista da Tendências Consultoria, 2015 deverá ser um dos piores anos para o varejo e para o consumo das famílias desde 2003, ano a partir do qual o setor passou a crescer em ritmo mais acelerado que a economia."Vários fatores motivam chegar a um cenário pessimista para 2015. Em primeiro lugar, há ajuste da renda das famílias considerável, houve realinhamento de preços administrados no começo do ano", disse Baggidurante a apresentação dos números do ICVA."Isso teve efeito no poder de compra dos consumidores, há aperto do crédito e aumento da taxa de juros que encarece financiamentos", completou.Segundo o economista, não há perspectiva de que esse cenário irá mudar no curto prazo. "Ainda veremos alguns meses de varejo estagnado e mesmo caindo."Os setores relacionados a bens não duráveis, que vinham apresentando mais fôlego nos últimos meses, mostraram sinais de deterioração no ICVA deflacionado com ajustes de calendário em abril.Supermercados e hipermercados e varejo alimentício especializado tiveram um desempenho mais fraco do que em março.

O destaque positivo foi mais uma vez Drogarias e Farmácias, que teve crescimento de dois dígitos mesmo depois de descontada a inflação, disse a Cielo.Já o bloco de setores de bens duráveis e semiduráveis apresentou, na média, retração no ICVA deflacionado em abril, com desaceleração na receita de vendas, como foi o caso de vestuário, eletroeletrônicos, móveis e decoração e lojas de departamento.Em serviços, o grupo de turismo, composto por aluguel de veículos, hotéis e agências e operadoras de viagem (excluindo companhias aéreas), cresceu em ritmo mais lento que em março.Alimentação em bares e restaurantes desacelerou em relação ao mês anterior e caiu na comparação anual.O índice da Cielo é calculado a partir da base de 1,6 milhão de pontos de venda ativos credenciados à empresa em todo o Brasil.

Os sete erros que as marcas não podem cometer no varejo

Em época de crise econômica, o varejo não pode ter gargalosGerenciar estoques, controlar a fabricação de produtos, liberar caminhões, traçar rotas, incluir lojistas e distribuidores em sua rede de vendas: tudo isso faz parte do dia a dia das marcas, precisam controlar todo o caminho de seus produtos até os pontos de venda.“Uma vez nas prateleiras, os produtos estão à disposição do consumidor e passa a gerar receita de vendas”, diz Rogério Lima, diretor de marketing da IPDV, empresa de tecnologia para gestão das marcas no ponto de venda. “É neste momento em que ocorrem erros graves, que geram prejuízo para as marcas, e que poderiam ser evitados –principalmente em tempos de crise, onde cada venda não revertida conta muito”, afirma. Veja os erros:

1. Estoque virtualO sistema diz que tem uma determinada quantidade de produtos no estoque da loja, quando na verdade tem menos. Essa falha de atualização de informação no estoque gera a falta de reposição de produtos. A grave consequência: falta do produto no ponto de venda. “É simples: o consumidor que não encontra, não compra”, diz Rogerio. “Vai escolher outra marca, vai desistir e pode desvincular um interesse perene naquele produto só por ele ter faltado uma vez, já que a oferta é grande”.

2. Preços erradosMuitas vezes, uma promoção relâmpago – que só acontece em um fim de semana, por exemplo – termina na 2ª feira, mas os representantes de vendas não atualizam o preço, que permanece abaixo do padrão. Com isso, o produto acaba rapidamente e a industria não tem tempo hábil de repor as prateleiras, chegando novamente, na grave consequencia da falta do produto.

3. Falta de cumprimento de roteiroOs representantes de vendas são profissionais que vivem em trânsito, de loja em loja, com roteiros previamente estabelecidos e que precisam ser cumpridos. Esses vendedores, quando não são controlados via sistemas de check-in, por exemplo, podem deixar de comparecer a alguns pontos de venda estratégicos para as marcas. “Os promotores negociam espaços, checam o merchandising, verificam estoque, apresentação, entre outras funções”, explica Rogério. “Essas visitas são fundamentais para as marcas que, ao não terem esse processo feito corretamente, perdem espaços em pontos de venda chave”.

4. Implementação ruim de material no PDVA forma como um produto e suas propagandas são colocadas no PDV pode ser determinante para o sucesso das vendas. É preciso ter informação nas mãos dos promotores que saberão quais são as melhores zonas de cada loja, e portanto, colocarão os produtos nas prateleiras da melhor forma possível. “Quando essas informações não chegam ao promotor, ele fará a disposição do material sem critérios pré-definidos e portanto coloca em risco a eficácia da exposição”,dizRogério.

5. Apresentação desatualizada do produto para o varejistaA relação da marca com o varejista precisa ser constantemente renovada, sempre colocando a loja a par das novidades e dos produtos das marcas. Essa apresentação é feita pelos representantes de vendas, que precisam ter em mãos materiais atualizados. “Se um vendedor vai mostrar os produtos para o varejista e possui materiais ultrapassados, ele não conquista o PDV e não mostra a vantagem que o varejista vai ter em obter os seus produtos”, conta Rogério. “O ideal, é ter catálogos digitais, em dispositivos móveis, de fácil e instantânea atualização”. Esse erro gera falta de exposição do produto no PDV.

6. Falta de controle do merchandisingDe nada adianta fazer merchandising no ponto de venda se não controlar a efetividade das ações.

“É um investimento alto que a marca faz no PDV para não saber se foi feito corretamente, no tempo combinado, e principalmente, se deu resultado”. Sem saber se o investimento valeu a pena, o investimento foi jogado fora.

7. Informações erradas de sell-outQuantos produtos foram vendidos, em quanto tempo, preços a que foram vendidos. Todas essas informações do sell-out (ou seja, das vendas), são fundamentais para reposição de estoque e precificação correta. Um erro facilmente corrigido com uma coleta organizada de informações do PDV. A ocorrência desse problema gera falta de produto na loja.

Mastercard vendeu 2,1% menos no varejo físico e 8,1% mais no eletrônicoAs vendas do comércio varejista restrito (que exclui automóveis e materiais de construção) nas lojas físicas caíram 2,1% em abril ante o mesmo mês do ano passado, mostra o SpendingPulse, relatório mensal sobre o comércio varejista da MasterCard. No sentido oposto, a pesquisa mostra que as vendas online do varejo cresceram 8,1% no período, aquecidas por promoções.O relatório aponta ainda que, em abril, as vendas nas lojas físicas de cinco dos sete setores analisados foram maiores do que a média total: farmácia, artigos pessoais, materiais de construção, móveis e eletrônicos e vestuário. Supermercados e combustíveis ficaram abaixo da média. Já no e-commerce, o crescimento das vendas de móveis e vestuários ficou acima do crescimento total das vendas online, enquanto as de eletrônicos ficaram abaixo da média."As vendas foram impactadas pela Páscoa, que foi antecipada este ano, fazendo com que uma parte das vendas acontecesse em março e reduzindo os números em abril", avaliou o diretor de pesquisas econômicas da MasterCard Advisors, Kamalesh Rao. Ele acrescenta que o feriado de Tiradentes, que caiu no meio da semana (uma terça-feira), também influenciou, ao impulsionar uma antecipação de vendas nos dias anteriores.Economistas da MasterCard destacam que o desempenho fraco do varejo restrito nas lojas físicas é reflexo ainda da baixa confiança dos consumidores, que, mesmo após registrar a primeira alta neste ano em abril (3,3%), ainda se mantém em níveis baixos. Essa confiança fraca, junto com aumento do desemprego e da inflação e com incertezas no ambiente econômico, apontam para um "ambiente hostil" para as vendas no País, preveem.

IBGENa quinta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará números oficiais do desempenho do comércio varejista de março. Segundo estimativas de 44 instituições do mercado financeiro coletadas pelo AE Projeções, as vendas no varejo restrito em março ante fevereiro devem variar entre queda de 1,8% a crescimento de 0,3%, com mediana negativa de 0,4%.

Como fugir da temida crise do varejo

O texto fala do momento econômico e como nós gestores de grandes cias e mesmo das pequenas devemos agir.Enfim, chegamos onde não queríamos. Mas de nada adianta relembrar a sucessão de fatos que nos levaram a este momento, o que vale a pensar agora é correr atrás do prejuízo e se ele não chegou, afastá-lo. Para o varejo online, seria pessimista e cedo para afirmar que teremos problemas, porém já sabemos que o crescimento que estávamos apostando talvez não seja tão rápido como nos outros anos, mas sabemos ainda que os setores de nicho continuam crescendo na média de dois dígitos.É importante não deixar de investir no seu negócio, pense na divulgação, sabemos que em momentos de retração da economia muitas empresas deixam de investir na divulgação, o que deixa o consumidor mais sensível aos que insistem na mídia. Por essa razão, olhe o seu mercado e veja como ele está se comportando, mantenha a divulgação e se o negócio for online compare os custos entre canais para aquisição de clientes e force a mão no remarketing. Ofereça soluções para o cliente voltar a comprar. Sabemos que temos novas tecnologias (exemplo Adsense) que abrem as portas para os pequenos e médios lojistas com baixo custo e altamente clusterizado. Então, o que podemos fazer?Pense Pricing. O consumidor nesse momento está mais racional, então, faça comparação de preço, verifique seu posicionamento e analise se está se posicionando como seu consumidor é. Note que você pode estar oferecendo promoções erradas que não atrairiam um consumidor racional, nessa hora a compra por impulso é bem retraída. Olhe racionalmente o seu produto e crie promoções que tragam ao seu cliente a sensação de ter feito a melhor escolha. Pode ser a hora de pensar em um programa de fidelidade para o seu consumidor.Veja o retorno sobre as suas ações de marketing

Muitas ações de marketing possuem maior ROI quando veiculadas por mais tempo, isso faz com que seu consumidor crie uma relação de confiança (veja e-mail marketing, há cases interessantes de vários varejistas), avalie os relatórios de desempenho e esprema os números, eles sempre confessam. Você vai entender que as ações de longa duração acabam trazendo um ROI mais consistente e levando a volta do consumidor que priorizar uma ação de curto prazo com custo mais alto.

Consumo

Intenção de consumo das Famílias cai 6,3% em maio, diz CNC

Em relação a maior de 2014, queda foi de 21,2%. Pela primeira vez desde 2010, indicador cai para zona negativa.A intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 6,3% em maio, em relação ao mês anterior, informou a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta terça-feira (19). Na comparação com o mesmo mês em 2014, a queda foi de 21,2%.“Já há quatro meses, só em janeiro teve subida, que vem registrando os menores níveis na série. É só mais um resultado ruim dentro de um cenário complicado esse ano”, afirmou a assessora econômica da CNC, Juliana Serapio.Segundo a entidade, pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2010, o ICF registrou 96,4 pontos e entrou para a zona negativa, abaixo dos 100 pontos.“É um olhar pessimista, as pessoas estão vendo o cenário de uma maneira pessimista. Acima dos 100 seria ainda um olhar de possível otimismo, satisfação. É um indicador que é formado por perguntas, e cada pergunta tem uma pontuação e fazemos uma média [de pontos]”, explicou Serapio.Ainda de acordo com a entidade, todos os quesitos ligados ao consumo estão na zona negativa. O item que mede o momento para bens duráveis foi o que apresentou a maior queda, 10,7% na comparação mensal e 36,6% em relação a 2014.“Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da nossa economia, acreditamos que o volume de vendas do varejo sofra retração de 0,4% este ano”, afirmou Juliana Serapio, assessora econômica da CNC, em nota.“Dado que a inflação tende a aumentar por conta dos preços administrados, e por conta disso os juros não tendem a diminuir no curto prazo então, é possível que aceitação de consumo mantenha essa ritmo de queda”, concluiu.

Emprego

A CNC analisou que apenas os itens relacionados ao emprego registraram mais de 100 pontos, no entanto, com tendência de queda tanto na comparação mensal quanto anual, informou a entidade.“O percentual de famílias que se sentem mais seguro em relação ao emprego atual é de 37,2%. No mês passado, o percentual era de 40%”.As famílias também acreditam em piora nas perspectivas em relação ao mercado de trabalho. Houve queda de 9,3% desse indicador em relação a abril, e 9,5% na comparação com 2014.A maior parte das famílias, 50,8% − ante 53,7% em abril −, no entanto, ainda considera o cenário favorável de mercado de trabalho para os próximos seis meses. O índice Perspectiva profissional registrou 110,6 pontos

Crédito

Ciclo de alta do juro completa 2 anos com consumidor recorrendo ao crédito caro

O ciclo de alta da Selic completou dois anos em abril e, apesar de o juro estar mais caro no cheque especial e no cartão de crédito, o consumidor elevou o uso desses empréstimos. Segundo dados do Banco Central, o volume emprestado no cartão de crédito subiu 35% entre abril de 2013 e março deste ano, enquanto no cheque especial avançou 28%. O aumento de gastos fixos e a queda da renda são alguns dos motivos que fazem o brasileiro recorrer a estas modalidades.Além da situação da economia, especialistas apontam outros motivos para o crescimento. "Estas são as duas linhas de crédito pré-aprovado mais facilmente disponíveis no mercado", diz o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel de Oliveira.No caso do cartão, o uso pode ser benéfico. O consumidor pode concentrar gastos e parcelar a compra de bens que não poderia pagar à vista. O problema começa quando ele não paga a fatura e entra no crédito rotativo. "O rotativo é algo emergencial, para ser utilizado já esperando receber um dinheiro para cobrir a conta", diz o diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Ricardo Vieira.O mesmo pensamento de crédito de curto prazo deveria ser utilizado para o cheque especial, mas isso não ocorre. "As pessoas tendem a achar que a dívida é algo momentâneo, que no mês seguinte irão regularizar a situação", diz o sócio do Guia Bolso, Thiago Alvarez. O juro alto, porém, faz com que quanto mais tempo se passa, maior vai se torne a conta.Outro erro comum é ter mais de um cartão de crédito, o que implica em mais tarifas e maior dificuldade em controlar as contas. O coordenador do Núcleo de Superendividamento do Procon-SP, Diógenes Donizete, diz que houve um caso no qual a pessoa possuía 26 cartões.

Dívida

Um dos problemas destas duas linhas de crédito é que, diferentemente do financiamento imobiliário, não há um controle rigoroso do limite de gastos. Alvarez recomenda que, no total, as dívidas do consumidor não ultrapassem 15% da renda, pois, caso contrário, sobe o risco dele virar um devedor. O Guia Bolso também indica que o consumidor tenha uma reserva de seis meses para que, em uma emergência, não precise recorrer ao crédito caro.Outra sugestão é entender melhor como as modalidades funcionam e não achar que o crédito faz parte da renda. "O consumidor incorpora o limite do cartão e do cheque à renda. Ou seja, fica com a capacidade de comprar três e pagar um", diz o professor do Instituo Educacional da BM&FBovespa, José Alberto Netto Filho.Os especialistas são unânimes em dizer que o devedor precisa substituir o cartão de crédito e cheque especial por algo mais barato, como empréstimo pessoal e consignado. No crédito pessoal, por exemplo, o juro anual é de cerca de 100%, ou seja, um terço menor do cartão.O segundo passo é cortar a fonte da dívida. "É um erro pegar um empréstimo pessoal, mas continuar com as linhas de cheque especial e cartão de crédito abertas, pois em algum momento o devedor vai cair de novo nelas", diz Donizete.Para aqueles que perderam o controle dos gastos e chegaram à situação crítica de não conseguir pagar itens de subsistência, como aluguel e comida, há o Programa de Apoio ao Superendividado do Procon-SP. Nele, especialistas fazem uma análise completa da situação financeira e ajudam o devedor a negociar a dívida. Já no Instituto Educacional da Bolsa há palestras gratuitas sobre orçamento.

Diminui ritmo de expansão do crédito, diz BC

O ritmo de crescimento do crédito no país diminuiu. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (27), o saldo das operações de crédito no país chegou a R$ 3,061 trilhões, em abril, com crescimento de 0,1% no mês e 10,5% em 12 meses.O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destacou que, até março, o crescimento em 12 meses apresentava uma expansão maior, 11,2%. E o crescimento do crédito em abril do ano passado (0,7%) era maior do que no mesmo mês deste ano (0,1%).No ano, a expansão ficou em 1,4%. No total, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro correspondeu a 54,5% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), queda de 0,3 ponto percentual em relação a março.Segundo Maciel, o menor ritmo de crescimento está “em linha” com o ciclo de aumento da taxa básica de juros, a Selic. Essa taxa, que serve de referência para os juros na economia, chegou a 13,25% ao ano, no final do mês passado, após a quinta alta seguida. Quando os juros estão mais caros, a procura por crédito diminui.Maciel também destacou que os bancos estão ofertando menos crédito. Ele lembrou que pesquisa do BC indicava o segundo trimestre do ano “mais restritivo para novas concessões [de crédito] tanto do lado da oferta quanto da demanda”.O saldo das operações de crédito também foi influenciado pelo efeito da variação do dólar. Isso porque há operações de crédito, como financiamento a exportações e importações e operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ligados ao dólar. Quando o dólar tem queda, há uma redução do saldo dessas operações de crédito em reais. Se não fosse esse efeito do câmbio, segundo Maciel, o crédito teria crescido entre 0,3% a 0,4% em abril.No mês passado, o saldo das operações do crédito com recursos livres (os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros) ficou estável para as famílias, em R$ 785,7 bilhões. No caso das empresas, houve queda de 0,3% (R$ 789,3 bilhões).

O saldo do crédito com recursos direcionados totalizou R$ 825 bilhões para as empresas, com queda de 0,6%, no mês. Para as pessoas físicas, houve alta de 1,4% (R$ 661 bilhões).

Demanda das empresas por crédito cai em abril, aponta Serasa Experian

A demanda das empresas por crédito caiu 12,3% em abril ante março, na série sem ajuste sazonal, segundo informou a Serasa Experian. Na comparação com abril de 2014, houve retração de 1,2% no Indicador de Demanda das Empresas por Crédito. Apesar das queda em abril, a busca das companhias por fontes de financiamento ainda apresenta expansão de 6,9% no acumulado dos quatro primeiros meses do ano ante igual período do ano passado.A queda na procura empresarial por crédito reflete, segundo economistas da Serasa, "o atual quadro recessivo da economia brasileira, marcado por altas taxas de juros e baixo grau de confiança de consumidores e empresários".Na passagem de março para abril, as micro e pequenas empresas (MPEs) foram as que apresentaram a maior queda, de 12,5%, enquanto entre as de médio porte, o recuo foi de 8,7%, e de 7,5% entre as grandes companhias. Na comparação interanual, o cenário é outro: a expansão da procura por crédito foi positiva apenas entre as MPEs, com ligeira alta de 0,2%. Entre as médias a queda foi de 21,0% e entre as grandes, de 16,4%. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a demanda das empresas por crédito aumentou 8,4% entre as MPEs, mas caiu 14,2% entre as companhias de médio porte e 7,7% entre as grandes.Na análise por segmento de atividade, houve decréscimo na demanda por crédito na indústria (-10,6%), no comércio (-13,0%) e nos serviços (-11,9%) entre março e abril. Em relação a abril do ano passado, os recuos foram de 2,6% na indústria, 1,4% no comércio, e de 0,6% nos serviços. Apenas no acumulado do ano foram registradas altas no comércio (8,5%) e nos serviços (8,8%). Na indústria, o recuo foi de 5,7% na comparação com os quatro primeiros meses de 2014.Sob a ótica geográfica, a busca das empresas por crédito caiu em quatro das cinco regiões nas duas bases comparativas:

No Centro-Oeste, as quedas foram de 23,1% na margem e de 5,6% na comparação interanual. No Nordeste, o recuo foi de 15,7% ante março e de 6,6% na comparação com abril de 2014. No Sul, as retrações foram de 16,5% e de 2,2%, respectivamente. No Sudeste, caiu 16,1% na margem e 7,6% na base interanual. Apenas a região Norte registrou aumento na demanda por crédito, de 9,0% em abril sobre março e de 15,2% ante abril de 2014. No acumulado do ano, ainda há aumentos em todas as regiões: Centro-Oeste (6,4%), Nordeste (11,0%), Nordeste (4,7%), Sul (8,4%) e Sudeste (3,7%).

Metodologia

O indicador da Serasa é construído a partir de uma amostra de cerca de 1,2 milhão de CNPJs consultados mensalmente na base de dados da empresa. A quantidade de CNPJs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre as empresas e as instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100).

Bancos dificultam crédito e procura por financeiras disparaOperações de empréstimos fora das instituições bancárias crescem 145% neste ano no Estado

Com o aumento das restrições ao crédito, os consumidores têm procurado cada vez mais as financeiras. Levantamento da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG) revela que, em relação ao ano passado, enquanto o total de pessoas que apontam os bancos e cartões como principal compromisso financeiro caiu, o volume de consumidores com a renda comprometida com as financeiras mais do que dobrou em 2015.No primeiro quadrimestre deste ano, 2,7% dos pesquisados tiveram as financeiras como principal dívida. No mesmo período de 2014, a fatia era de apenas 1,1%. Um aumento de 145%. No mesmo período, a fatia de banco caiu de 4,4% para 3,5%, e a dos cartões recuou de 72,1% para 69,2%.“Além de estar mais difícil conseguir crédito nos bancos, que estão reduzindo os limites de empréstimos, as financeiras oferecem prazos maiores e, muitas vezes, nem sequer consultam se o nome da pessoa está negativado”, explica a supervisora de estudos econômicos da Fecomércio, Luana Oliveira.A pensionista Kátia de Oliveira Chaves, 49, já recorreu a empréstimos em bancos. No entanto, depois de ter restrições de crédito, ela procurou uma financeira. “No banco, eu parcelei em 24 vezes e na financeira pude dividir em até 72 meses. As parcelas são menores e não pesam no orçamento”, justifica a pensionista.O servidor público Anderson Lopes, 39, ainda está na fase da pesquisa, mas já sabe que as condições das financeiras são mais atrativas no momento. “O prazo é bem maior. Se o banco oferece um empréstimo em 12 vezes, na financeira chega a 80 meses”, destaca.A pedido do jornal O TEMPO, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) simulou quanto sairia um empréstimo de R$ 5.000 em 72 meses.

As financeiras têm juros maiores do que o empréstimo pessoal e o consignando, mas menores do que o cartão de crédito e cheque especial.Nas financeiras, com juros mensais de 7,54%, a prestação seria de R$ 379,02 e, ao fim do prazo, os R$ 5.000 subiriam para R$ 27.289,44. . No empréstimo pessoal, os juros médios são de 4% e, ao fim do prazo, o consumidor pagaria R$ 15.308. No cartão de crédito, que tem juros mensais de 12,14%, a parcela seria de R$ 607,16 e, ao fim de seis anos, a dívida chegaria a R$ 43.715,52.“Os juros das financeiras são menores do que os do cartão e do cheque especial porque são linhas pré-aprovadas”, justifica o diretor executivo da Anefac, José Miguel Ribeiro. O dono da financeira Cred Fácil, Flávio Vieira, observa que o que tem atraído a clientela são os juros menores, principalmente os do consignado. Segundo ele, a grande maioria que chega em busca de crédito está com o nome sujo. “De dez clientes que batem aqui, sete estão com alguma restrição. No banco, eles não conseguiriam liberação”, diz.ConsignadoSegundo o Banco Central, os juros do consignado variam de 1,77% a 2,23% para o INSS; de 1,18% a 6,38% para público; e de 1,62% a 5,54% para privado.

Bancos privados decidem aumentar os juros do crédito imobiliárioEm maio, as taxas subiram para a faixa entre 9% e 11%. Já no sistemafinanceiro imobiliário, os juros agora variam de 10,3% a 11,6% ao ano.

Os bancos privados seguiram a Caixa Econômica Federal e também aumentaram os juros do crédito imobiliário. O levantamento da Proteste mostra que todos os bancos que financiam a casa própria aumentaram os juros para empréstimos.As taxas do sistema financeiro de habitação variavam entre 8,7% e 9,8% em março. Agora, em maio, subiram para a faixa entre 9% e 11%. Já no sistema financeiro imobiliário, os juros ficavam entre 9,4% e 11% e agora variam de 10,3% a 11,6% ao ano.A única taxa que não mudou foi a do programa Minha Casa Minha Vida. Está em 6,86% ao ano, de acordo com a pesquisa. As taxas mudam conforme a instituição financeira e o grau de relacionamento entre o cliente e o banco.Mas o consumidor que tem conta corrente ou conta-salário pode tentar negociar juros mais baixos com a instituição financeira.Só que não basta olhar para as taxas, é preciso também prestar atenção no custo efetivo total do empréstimo, que inclui cobranças administrativas e seguros além dos juros. É o que recomenda a coordenadora da pesquisa."Se ela olhar os juros do financiamento imobiliario somente,ela pode ter um problema porque não necessariamente o juros vai dizer o qual total vai ser o custo no final. O custo efetivo total é o principal a ser olhado. Ele que vai dizer realmente o quanto você está gastando", afirma Renata Pedro, da estatística da Proteste.

Caixa minimiza desaceleração no crédito imobiliário em cenário de ajuste

A desaceleração do crédito imobiliário é natural em um cenário de ajustes, de acordo com o consultor da vice-presidência de Habitação da Caixa Econômica Federal, Fernando Magesty. "O momento é de ajustes, mas não vejo estragos maiores no crédito imobiliário. A desaceleração é natural, mas a maioria dos distratos ocorreu por fatores especulativos da venda de imóveis e não na mudança de política de análise de risco", explicou ele, em evento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).No primeiro trimestre, o volume de crédito imobiliário contratado na Caixa ficou estacionado, impactado pela redução dos depósitos na poupança, principal fonte de recursos para o segmento. O banco registrou expansão de somente 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado e tem o desafio de repetir o mesmo volume de desembolsos de 2014, que chegou a R$ 129 bilhões.Com falta de funding, a Caixa passou a financiar um menor porcentual do valor dos imóveis usados e restringiu a oferta de crédito com recursos da poupança. Além disso, já aumentou os juros do crédito imobiliário por duas vezes. Para este ano, a Caixa espera que a carteira de crédito imobiliário cresça entre 12% e 15% neste ano. Tal intervalo é bem mais tímido que a taxa de expansão de 25,7% vista no ano passado.

Crédito pela internet estreia no país com taxa de juros elevada

Febre nos EUA, as empresas de crédito on-line estão chegando no Brasil com a promessa de liberar dinheiro com facilidade, sem precisar dar garantia, para quem já não consegue financiamento nos bancos de varejo.São empréstimos concedidos pela internet e sem que o consumidor precise sair de casa para assinar o contrato. Os juros, porém, podem ser mais elevados do que nas principais modalidades tradicionais de crédito. A análise de crédito é feita por algoritmos, que simulam cálculos, para definir o risco do empréstimo.A financeira Sorocred oferece crédito on-line por meio da Simplic, correspondente bancário, desde o ano passado. Não há exigência de garantia, mas é preciso ter conta-corrente no Bradesco, Caixa, Itaú ou Santander.No site (www.simplic.com.br), o cliente pode selecionar o valor e definir a forma de pagamento -até três vezes."O processo de aprovação é feito por algoritmos, mas a instituição financeira [a Sorocred, no caso] faz a análise do cliente", disse Rafael Pereira, diretor da Simplic.Na plataforma de empréstimo on-line Geru (www.geru.com.br), que começou a operar em março deste ano, o valor varia de R$ 2.000 a R$ 35 mil, e o prazo para pagamento é mais elástico: de 12 a 36 meses. Geru quer dizer dinheiro em japonês.Nas duas, as propostas de crédito são preenchidas on-line, com dados como CPF e nome completo da mãe. Uma assinatura eletrônica confere autenticidade ao contrato. Se o crédito for aprovado, o dinheiro é transferido para a conta do cliente. "É conveniente. Ele faz o pedido de empréstimo de casa, sem qualquer tipo de constrangimento. Ninguém precisa saber que o crédito foi negado ou aprovado", afirma Sandro Reiss, fundador da Geru.

A facilidade pode ter seu preço. Segundo simulação da Simplic, se o consumidor tomar emprestados R$ 500 para pagar em uma única parcela, o custo efetivo total é de 24,68% ao mês -o que eleva o valor pago a R$ 623,39. Se parcelar em três vezes, o valor sobe para R$ 712,50 (custo de 42,50% ao mês). No cartão de crédito, os R$ 500 virariam R$ 566,35 em um mês.Na Geru, ao contratar R$ 10.000 por 24 meses o cliente pagaria R$ 14.499,06 (custo efetivo total de 3,7% ao mês ou de 44,6% ao ano).A incerteza sobre o perfil do cliente é o que faz com que os juros fiquem mais altos na modalidade on-line, diz o planejador financeiro Valter Police Junior. "O banco não sabe quem é o cliente, mas sabe que uma parte deles vai dar calote. Como recuperar esse dinheiro é mais difícil, a instituição joga essa incerteza nos juros, que sobem".

Acesso a crédito imobiliário da CEF fica mais difícilBanco perdeu neste ano R$ 8,9 bilhões aplicados na poupança

A vida de quem sonha com a casa própria vai ficar mais difícil porque a Caixa Econômica Federal está sem dinheiro para bancar os empréstimos de compra de imóveis, isso após o aumento de juros e do corte no limite de financiamento para imóvel já em vigor. Oficialmente o banco nega, mas A Tribuna foi à agência bancária e um correspondente Caixa Aqui confirmou a situação.Os funcionários informaram que os financiamentos estavam lentos e o motivo eram os saques da poupança. Com menos dinheiro nos cofres, falta recurso para o crédito imobiliário. De acordo com dados apurados pela Agência Estado, apenas nos quatro primeiros meses do ano, R$ 8,9 bilhões foram retirados da poupança da Caixa – 37,5% dos saques totais do sistema (R$ 23,7 bilhões).É um duro golpe para o setor imobiliário, que ocorre às vésperas da realização do Feirão de Imóveis marcado para o final de semana na Baixada Santista, dizem especialistas.“Eles estão dificultando. Percebemos isso com alguns contratos que demoraram mais que o normal para serem aprovados. Isso traz prejuízo porque o banco responde por cerca de 65% dos contratos de imóveis usados”, diz o diretor regional do Secovi, Carlos Meschini.Esse acumulado de problemas bate de frente com o mercado imobiliário, que ainda não estimou o percentual de queda nas vendas, mas prevê dias mais complicados."O mercado gira mais devagar com essas alterações e toda essa negatividade preocupa, sim”, acrescenta Meschini. A esperança é que o mercado se adapte à nova situação e reaja.Porém, um outro componente pode agravar o cenário, na avaliação do professor-doutor da Universidade Federal do Paraná, Mauro Halfeld. A inadimplência começa a dar as caras. “São tempos difíceis.

O elástico esticou demais e agora não se sabe com que velocidade ele voltará para o lugar. A inadimplência está bastante alta, esvaziando a euforia e reduzindo a força do setor”. O Creci-SP, o conselho dos corretores imobiliários, prefere apostar na concorrência para espantar uma crise. “Acho que os bancos privados vão ocupar essa fatia que está perdendo espaço com as mudanças feitas pela Caixa”, diz o presidente José Vianna Neto.

Resposta

A Caixa disse, em nota, que não há suspensão de financiamento e que fez ajustes nos juros e no percentual de financiamento por conta da redução da captação da poupança e da elevação da taxa Selic, mas vai focar em empréstimos com recursos do FGTS.O superintendente da Caixa na região, José Paulo Gomes do Amorim, está otimista com a realização do 11º Feirão de Imóveis, que começa na sexta-feira e vai até domingo na Baixada Santista.“Nossa expectativa é de, no mínimo, manter os números do ano passado”, afirma ele. Serão oferecidos 15 mil imóveis entre novos, usados e na planta.O Feirão será realizado no Mendes Convention Center, na Av. Francisco Glicério, 206, em Santos, das 10 às 22 horas.

Juros do cartão de crédito sobem e se aproximam dos 300% ao anoEssa é a modalidade de crédito mais cara para a pessoa física

O cenário de maior inflação, aumento de juros e expectativa de maior inadimplência levou a um novo aumento dos juros do cartão de crédito. A alta de abril, a terceira seguida nesse segmento, fez a taxa chegar a 12,14% ao mês, ou 295,48% ao ano, o que significa dizer que uma dívida de R$ 1 mil no cartão, 12 meses depois se transforma em R$ 3.954,89.Essa é a modalidade de crédito mais cara para a pessoa física, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Das seis linhas de crédito pesquisadas, todas tiveram suas taxas de juros elevadas no mês: crediário; cartão de crédito rotativo; cheque especial, CDC financiamento de veículos; empréstimo pessoal em bancos; e empréstimo pessoal em financeiras. Com todas essas altas, a taxa de juros média da pessoa física passou de 6,71% ao mês (118,00% ao ano) em março para 6,77% ao mês (119,48% ao ano) em abril, o maior valor desde julho de 2011.Na avaliação do diretor-executivo da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, o cenário econômico faz com que os bancos fiquem mais criteriosos e, por isso, elevam a taxa. Esse cenário tem como pano de fundo a redução da renda das famílias, que estão com menos verba disponível para o pagamento de dívida. Além disso, há a expectativa de aumento das taxas de desemprego. Para Oliveira, como o Banco Central (BC) deve continuar elevando a Selic, atualmente em 13,25% ao ano, os juros para o consumidor continuarão em trajetória de alta.

Economia

Política de estímulos de Dilma afetou economia do País, diz TombiniPela primeira vez, presidente do BC criticou a política fiscal adotada pelo governo a partir de 2008 e disse que medidas foram ineficazes para gerar crescimento nos últimos dois anos

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira, 26, que a política fiscal adotada desde 2008 e no segundo mandato de foi ineficaz para gerar crescimento nos últimos dois anos e acabou comprometendo fundamentos da economia do País. Tombiniparticipa de audiência pública na Câmara dos Deputados.Segundo o presidente do BC, "as políticas que funcionaram em 2008, os estímulos, não produziram crescimento nos últimos dois anos, mas acabaram por, digamos assim, afetar os fundamentos macroeconômicos, em particular os colchões de contenção que nós tínhamos na área fiscal". Ele ressaltou que o que o Brasil faz neste momento é restabelecer os fluxos fiscais, com o objetivo de se preparar para "um novo ciclo fiscal". "Temos que enfrentar esse período de desaceleração da economia. Ter um sistema saudável capaz de enfrentar esse período", disse.Ele afirmou que será visto ao longo dos próximos meses uma queda na inflação, com redução significativa do índice no início do ano que vem. Os dados no início de 2015, entretanto, dificilmente serão piores que os primeiros meses deste ano, quando o governo realinhou os preços administrados. Para Tombini, a expectativa do mercado de que a inflação termine 2016 em 5,5% é positiva, "porém não suficiente para o cumprimento do nosso objetivo", que é atingir o centro da meta, de 4,5%.Segundo Tombini, há um evento importante neste ano, que é a normalização das condições monetárias da economia americana. "Deve ser mais para o fim do ano", ponderou.

Ajustes

Tombini disse que a economia brasileira passa por sérios ajustes, importantes e necessários. De acordo com ele, 2015 será um ano de construção de base mais sólida para crescimento mais à frente. O presidente do BC afirmou também que os investimentos devem retrair¬se influenciados por eventos não¬econômicos, o que os agentes têm interpretado como eventos relacionados à corrupção, e menor atividade econômica, mas, mesmo assim, a confiança retomará.Segundo Tombini, deve¬se evitar que a reprecificação abrupta dos ativos do Brasil atinja o crescimento do País. "Temos que evitar que reprecificação abrupta dos nossos ativos traga implicância ao crescimento", ressaltou. O presidente do BC reconheceu a importância do programa de swap cambial e afirmou que a ação cumpriu bem o seu papel.Sobre a economia americana, Tombini também falou sobre a expectativa para a próxima decisão do Federal Reserve (Banco Central Americano). "Temos que ter a economia em ordem no Brasil para esperar a próxima decisão do Fed, que é a mais preparada e esperada da história", afirmou Tombini. "A tendência (de alta) do dólar americano tem chamado atenção", continuou. De acordo com ele, é preciso reconhecer ainda que o processo de normalização da economia americana é complexo. "O preço das commodities apresentou tendência de retração desde 2011", completou.JurosTombini afirmou que alta do juros é "um remédio que infelizmente tem que ser aplicado neste momento". Segundo o presidente do BC, a alta dos juros é um instrumento da política monetária e vem sendo usado pelo Banco Central. "Este ano é um ano de transição", afirmou o presidente.A taxa Selic está em 13,25, após alta de 0,50 na última reunião do Comitê de Política Monetária. A próxima reunião está marcada para os dias 2 e 3 junho, com aposta por parte do mercado de mais um acréscimo de 0,5.

BNDES

Na avaliação do presidente do BC, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda tem fatia grande no mercado de crédito de longo prazo. Ele lembrou que o banco, seguindo orientação dos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, irá atuar com recursos escassos, estimulando o mercado de capitais."É importante fazer com que os recursos escassos do BNDES sirvam para alavancar o mercado de capitais brasileiro, que avançou bastante nas últimas décadas, mas que precisa avançar nos instrumentos de dívidas do setor privado", disse. Ele ressaltou que a medida deve incentivar a emissão de debêntures de infraestrutura, que têm como objetivo fazer com que o crescimento não fique dependente do BNDES.Questionado por um parlamentar como via os lucros "exuberantes" dos bancos, Tombini citou em sua resposta a alta nos últimos dias da Contribuição Social sobre Lucro Líquido, que atinge o setor.

Economia brasileira é sólida e tem qualidades estruturais, diz Coutinho

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira, 25, que os benefícios do ajuste fiscal virão quando o declínio da inflação ficar claro. "Primeiro, precisamos completar o ajuste para depois consolidar as condições e capturar o bônus do ajuste", afirmou durante palestra no Seminário sobre o Financiamento Internacional. Coutinho ressaltou a solidez e as qualidades estruturais da economia brasileira na abertura de sua fala. "A economia brasileira é sólida e com muitas qualidades estruturais relevantes, com fronteira significativa de crescimento".Coutinho afirmou que o potencial do mercado de capitais é visível mas depende de avanços. "Temos o desafio de desenvolver o financiamento privado de longo prazo, precisamos que o funding seja facilitado", disse. Ainda sobre os investimentos, mas desta vez os de curto prazo, Luciano Coutinho ressaltou as altas taxas de juros de curto prazo. "A convergência da taxa de juros é fundamental para o desenvolvimento do mercado brasileiro". Coutinho disse ainda que é preciso voltar a investir em indústria e serviços.O presidente do BNDES afirmou ainda que a perspectiva de investimento em infraestrutura até 2018 é de R$ 611 bilhões e que já inclui o pacote de concessões a ser anunciado pelo governo no próximo mês. De acordo com ele, investimentos nesse setor permitem ganho para todo o sistema. "Logística mais eficiente gera mais competitividade", afirmou.

DebênturesCoutinho disse também que a instituição tem discutido incentivos adicionais à emissão de debêntures de projetos de infraestrutura. A adoção do novo instrumento já havia sido anunciada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.De acordo com Coutinho, o modelo está pronto e prevê que o BNDES dê incentivo quando há emissão de debêntures em projetos de infraestrutura.

"A gente dá condição favorecida quando o projeto emite debêntures", explicou. "Quando não emite, vai tomar em condições padrão. É um incentivo de 150 a 200 pontos básicos no custo final de financiamento".Segundo Coutinho, está em estudo uma ferramenta para assegurar liquidez das debêntures. "Durante o período de construção, (queremos) assegurar que o debenturista tenha maior proteção de forma que se, por exemplo, acontecer uma indesejável interrupção de um projeto por alguma razão, que nós possamos ter uma cobertura de liquidez durante aquele período e ter um tipo de suporte de liquidez para que o projeto se complete", disse. Ele não detalhou como seriam dadas essas garantias, mas afirmou que seguradoras privadas são um dos componentes. "Estamos conversando pra sensibilizá-las para desenhar apólices mais adequadas ao tipo de risco na construção de projetos de infraestrutura", afirmou.Coutinho disse ainda que é necessário alongar prazos das debêntures. "Estamos trabalhando num esforço com debêntures de infraestrutura com prazo de quatro anos", afirmou, ressaltando que dez anos seria o prazo ideal.Segundo o presidente do BNDES, o potencial do mercado de capitais para investimentos em infraestrutura é visível, mas depende de avanços.

Economia brasileira só deve se recuperar em 2016Para o economista Edmundo Pozes, o atual quadro é delicado e deve persistir até o próximo ano.“Governo precisa traçar metas para pagamento de dívidas e crescimento econômico”, defende Pozes – Foto:CesumarEstabilizar a economia e ajustar suas finanças, a expectativa do mercado e de economistas é de que 2015 será “um ano para esquecer”. De acordo com o pós-doutor em Administração e Economia, docente do Câmpus Palmas do Instituto Federal do Paraná, Edmundo Pozes, o Brasil passa por um ciclo de restrições e desabastecimento que deve se encerrar somente a partir do 2º semestre de 2016.Criticou as últimas medidas adotadas em relação à setores essenciais, como a educação, por exemplo, que sofreu um corte de R$ 7 bilhões em seu orçamento, além da restrição ao crédito e elevação dos juros. Na sua avaliação, Pozes defende que a presidente Dilma trace um plano para se resolver, primeiramente a crise política que o Governo enfrenta, principalmente com relação ao PMDB e aos escândalos de corrupção envolvendo estatais brasileiras. Sobre esse ponto, ressaltou que a corrupção no Governo Federal não “começou ontem”, pois “já viu coisas de arrepiar na época do Fernando Henrique Cardoso” quando atuava como gerente nacional do Sebrae na década de 90.Com relação aos números da economia brasileira e o atual cenário, que análise pode ser feita?Eu sei que muitas pessoas da imprensa gostam de falar sobre catástrofe, Teoria do Caos, essas coisas todas, e realmente o mundo econômico é cíclico. Dentro da Economia estuda-se que, mais ou menos, são 13 anos cada ciclo de desabastecimento, de restrições, de crescimento, e nós estamos passando um pedaço do ciclo agora. Nós tivemos uma euforia de 2001 até 2008, que foi um “boom” na economia, e graças aos norte-americanos, aqueles bancos falidos que eles roubaram do mundo inteiro acabaram causando um grande problema e todo mundo encolheu, inclusive a China.

O Brasil optou por não preservar o mercado norte americano e ficou mais no mercado sul-americano e no chinês, mas quem está crescendo agora é mercado norte-americano e nós não temos espaço pra vender nossas mercadorias. O nosso grande potencial são as commodities, os grãos, o minério de ferro, o petróleo, e não tem comprador pra isso em fase de crescimento. Então, a economia do Brasil está estagnada, o Governo Federal gastou muito dinheiro em programas de ajuda à população.Esses programas implantados foram muito importantes, mas também tem que dar condições de trabalho para essas pessoas. Então, nós estamos passando por uma fase negativa na economia brasileira, de restrições, temos que compreender que a situação não vai melhorar esse ano. Muitas pessoas estão endividadas, porque houve uma oferta muito grande de crédito e o Governo incentivou para que a gente comprasse e investisse, e agora o crédito tá sendo diminuído, os juros foram elevados. Nós temos a taxa SELIC que está em 13,25% e a tendência é que se eleve mais ainda, então os juros estão muitos altos e as pessoas, endividadas, estão deixando de comprar.Na sua visão, o Governo Federal está no caminho certo, elevando juros, cortando gastos em áreas essenciais, como a educação e outros campos?Eu tenho uma outra visão sobre economia nesse ponto, porque o caminho que o Brasil está tomando é totalmente o contrário do qual toma o Japão, os EUA, a Europa. A abertura de crédito, o financiamento para as pessoas nesses países centrais, ricos, têm juros quase zero, para que as pessoas tomem o crédito e invistam. Já o Brasil faz o contrário, ele aumenta a taxa de juros, justamente para captar recursos do exterior para cá, para que invistam no Brasil e a gente possa mexer nesse dinheiro vazio, porque esse dinheiro não é nosso, é um dinheiro falso, pra pagar as contas do próprio governo que tenta investir, mas as contas são muito grandes.A gente vê essa corrupção, que não é de agora, não fique pensando que é só do PT. Eu não faço parte do Partido dos Trabalhadores, mas também não o culpo por isso, é uma coisa endêmica, de muito tempo.

Eu já trabalhei no Governo, nos anos 1990, fui gerente nacional de educação e cultura empreendedora do Sebrae e já vi coisas de arrepiar, época do Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Então, essa filosofia do Governo ter que pagar os deputados e senadores para que eles possam aprovar os projetos é vexatória. O Governo está em conflito com deputados e senadores, com o PMDB, a situação da presidente é ruim nessa fase da sua administração, mas dá pra dar uma levantada, uma melhorada.Na minha opinião, restrição de crédito não é bom. Eu acho que a gente tem que abrir pra incentivar as pessoas a empreenderem, a construir, ampliar empresas, porque só assim vamos ter uma economia de verdade. Você pode analisar que os países europeus, o Japão, os EUA, estão saindo da crise fazendo o contrário do que o Brasil está fazendo.O senador Roberto Requião (PMDB), é um dos que questionam as últimas decisões tomadas pelo Governo Federal, desde a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, até as últimas medidas econômicas que entraram em vigor. Segundo o ex-governador do Paraná, “o Brasil está entrando na mesma porta do neoliberalismo que derrubou a Grécia”. Na sua opinião, é esse o rumo que o nosso país está tomando?Justamente, a Grécia se afundou em dívidas, o Governo, assim como o Brasil está fazendo, está pagando tudo. Então, a conta é muito grande. Tem muita gente pobre, que deve ser ajudada realmente, mas nós temos que incentivar os empresários para que eles possam empreender, ampliar empresas, trazer empresas pequenas e médias para que possam gerar emprego. Assim como a Grécia fez, com o seu Governo se transformando em um grande patrão, um grande pai de todo mundo, o Brasil também está fazendo. E esse neoliberalismo significa isso, o Governo fica fazendo esse trabalho, que deveria ser dos empresários, apadrinhando as pessoas, ajudando, mas a conta não pode ser paga pelo Governo.Nós estamos vendo, o Brasil não tem recursos. O Governo Federal cortou o FIES, cortou vários planos na educação, justamente agora que o Governo havia lançado os slogans “Educação Forte”, “Pátria Educadora”, com os royalties do pré-sal colaborando para isso, volta atrás e tira dinheiro de onde deveria haver maior investimento.

O Governo precisa investir na educação. As pessoas não podem ficar em casa, esperando receber um benefício todo mês. Não, as pessoas têm que trabalhar. Então, essa filosofia governamental de ser o “pai de todos”, funciona em um curto espaço de tempo. A Grécia já viu, está sofrendo sanções, elegeram um governo de alta esquerda para lutar contra isso, para defender o povo, mas eles não vão conseguir, a dívida é muito grande. Eles têm que pagar, senão, o mundo financeiro internacional tem os captadores de dinheiro, que vão emprestar e vão querer lucro. Esses bancos não são bonzinhos, eles jogam dinheiro no mercado, incentivam ao gasto e o mundo está nas mãos deles. O mundo está na mão do mercado financeiro. O caminho, mais uma vez, está errado ao defender esses bancos, essas estruturas multinacionais, que só vão em busca de recursos financeiros ao invés de fazer um trabalho que realmente desse um bem estar à população e pudesse se desenvolver.Na sua visão, quais decisões deveriam ser tomadas pelo Brasil para reverter esse quadro num menor espaço de tempo?Em primeiro lugar, foi aprovado há pouco tempo o Orçamento 2015, tem que aprovar antes. O grande problema é que o partido que está no Governo reuniu alguns partidos e o PMDB é um partido muito grande, que comanda a Câmara do Deputados, o Senado e tem alguns ministérios, então o PMDB está muito forte e também quer ser Governo.E porquê os partidos querem o Governo? Por várias razões, não compete a eu falar todas, mas a gente fica até desconfiado sobre essa força que eles estão tendo. Então, é preciso ter uma paz no Governo, entre os partidos, para que possam se sentar a uma mesa e negociar. A gente vê ofensas de um deputado para outro, senadores contra os deputados, contra o Governo. Então é preciso que haja alguém para fazer esse meio de campo entre o governo e sua base.O segundo seria um grande plano para pagar as dívidas. A dívida interna do Brasil tá cada vez pior, cada vez maior, já passou de R$ 1 trilhão. É muito grande pra ser paga.Terceiro, elaborar um plano de crescimento, haja vista que o mercado internacional está em baixa também.

A imprensa fala muito “poxa, o nosso PIB é pequenininho”, mas o PIB da Europa é pequenininho também, dos EUA, do Japão, tá todo mundo com PIB reduzido, há não ser a China, que está com um PIB de 7%, tá chorando porque o PIB de lá é 7%, oxalá se fosse o nosso. O mundo está em recessão, não é só o Brasil, não adianta só acusar o Governo, tem que pensar na visão macro, nós estamos saindo dessa recessão, que não é tão assustadora. Tem que começar a plantar agora, voltar a investir na educação. Por exemplo, 0,4% do INSS acaba na mão do Sebrae, daí tem o Senac, o Senai, Senat e o Senar. Então, a gente tem que pegar esses órgãos que são paragovernamentais e fazê-los incentivar a sociedade nos pequenos e médios empresários para que eles possam crescer.Só haverá crescimento se houver emprego e, o mais importante, só haverá emprego se houver empreendedores e pessoas que estudam. Se as pessoas não estudarem e não empreenderem o país não vai sair do lugar em que ele está.Então, esse é o grande problema: acertar a casa política, acertar as dívidas que são grandes, esperar, em certa parte, o crescimento mundial que vai ocorrer, isso sempre acontece: recessão, crescimento, prosperidade, isso é normal. Trabalhar nesse sentido agora da recessão, para quando houver o crescimento nós estejamos preparados para crescer mais, expandir, produzir mais. Precisamos investir mais nas pessoas também. Quando escrevo meus artigos eu sempre bato muito nisso, a educação, e a gente vê na sala de aula como as pessoas mudaram, como os alunos estão muito melhores do que há 10, 20, 30 anos, eu leciono há 33 anos e eu percebi que os alunos são outros, com uma consciência social, econômica muito melhor, eles pesquisam na Internet, veem coisas que você nem imaginava que os alunos fariam isso um dia. Então o nosso potencial humano é grande e tem que ser trabalhado nesse ponto.

Confiança do empresário na economia continua baixa em maio, aponta CNI

A confiança do empresário continua baixa em maio, segundo aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela CNI, ficou praticamente estável este mês frente a abril, com alta de 0,1 ponto, chegando a 38,6 pontos. O dado, divulgado nesta terça-feira, 19, está abaixo dos 50 pontos, o que indica falta de confiança do setor na economia do País.O estudo revela ainda que o índice está 9,4 pontos menor ao registrado em maio do ano passado e 17,6 pontos abaixo da média histórica - de 56,2 pontos.O Icei avalia a percepção do empresários quanto às condições atuais e às expectativas diante da economia em geral e da própria empresa. A CNI mostra nesta edição do Icei que a avaliação com relação à economia brasileira permanece mais negativa que a da empresa.Sobre a economia, os indicadores de maio tiveram aumento na comparação com abril. Mesmo assim, continuam abaixo da linha dos 50 pontos, revelando falta de confiança. O indicador sobre as condições atuais da economia subiu de 19,3 pontos para 21,2 pontos no período e o índice de expectativas diante da economia subiu de 33,1 para 34,1 pontos.Já os índices relacionados à empresa ficaram praticamente estáveis de um mês para outro. O indicador sobre as condições atuais da empresa registrou 34,1 pontos e o de expectativas sobre os negócios atingiu 47,7 pontos em maio.Por setor, apenas a indústria extrativa apresentou queda na confiança. Os indicadores das indústrias de transformação e da construção ficaram estáveis. Por porte, os índices também ficaram parecidos com os registrados em abril. As grandes empresas continuam sendo as menos pessimistas, com 39,7 pontos, seguidas das médias (37,7 pontos) e das pequenas (37,3 pontos).A pesquisa foi feita entre os dias 4 e 13 de maio com 2.922 empresas de todo o País. Desse total, 1.153 são pequenas, 1.086 são médias e 683 são de grande porte.

Móveis

Na contramão da economia, setor de móveis se expande em 2015Um dos exemplos dessa perspectiva otimista para o setor é o grupo paranaense Gazin, que no ano passado faturou R$ 3,15 bilhões

O ano de 2015 é de expansão para o setor moveleiro, conforme projeção da consultoria Inteligência de Mercado (Iemi), especializada em dados numéricos e comportamentais para empresas e indústrias de diferentes segmentos. Mesmo com a economia brasileira caminhando a passos lentos e não dando nenhum sinal de melhoria a curto e médio prazo, o setor irá viver um crescimento, ainda que em ritmo pouco acelerado, este anoDe acordo com o Iemi, em 2014 foi constatada pela primeira vez, desde que começaram a estudar o mercado moveleiro no Brasil, uma queda de produção em relação ao ano anterior. Essa desaceleração foi motivada devido aos movimentos que o país viveu ao longo do ano, como a Copa do Mundo e as eleições, e agravada pelo quadro de desaquecimento do consumo e restrições ao crédito, o que atrapalhou o consumo de bens duráveis. No entanto, este ano, a situação deve melhorar.Um dos exemplos dessa perspectiva otimista para o setor é o grupo paranaense Gazin, que no ano passado faturou R$ 3,15 bilhões, ultrapassando sua meta de crescimento, e abriu dez novas lojas. Para 2015, o grupo prevê a inauguração de 20 lojas pelo país e um crescimento de 10% do faturamento.O Grupo Gazin, além de possuir a maior rede atacadista do país, a GazinAtacado, também figura entre os seis maiores fabricantes de colchões do Brasil, e em pouco mais de dois anos reestruturou sua indústria, composta por seis fábricas, com investimento de R$ 30 milhões.Outro fator em que o grupo Gazin aposta para manter as vendas em alta é o bom desempenho esperado no setor do agronegócio. As regiões Centro-Oeste e Norte do país são os principais focos da Gazinno varejo, por isso, a perspectiva do agronegócio é animadora. Um exemplo desse foco é o fato do Mato Grosso do Sul ser um dos estados que receberá as novas lojas do grupo.

No atacado, as previsões também são animadoras, pois o faturamento do mês de março deste ano já mostrou recuperação do setor, de acordo com a pesquisa do Banco de Dados ABAD/FIA, que traz mensalmente os dados preliminares do crescimento das empresas atacadistas e distribuidoras de todo o país.O resultado é um crescimento de 14,19% de faturamento em relação ao mês de fevereiro, sendo o primeiro número positivo do ano. A projeção para o crescimento anual é de 1,5% o que deixa o setor ainda mais otimista.No ano passado, o setor atacadista distribuidor apresentou crescimento de 0,9% e faturamento de R$ 211,8 bilhões. Esses dados foram apontados pelo Ranking ABAD/Nielsen 2015 ? ano base 2014De acordo com os resultados da pesquisa do Ranking, no ano passado, o segmento atacadista distribuidor cresceu 0,9% em termos reais (0,8 ponto percentual a mais do que o PIB nacional, de 0,1%) e 7,3% em termos nominais, atingindo faturamento de R$ 211,8 bilhõesO crescimento do setor moveleiro é de extrema relevância para o país. Principalmente no contexto atual, em que o cenário econômico é de retração. Com o aumento das taxas de juros, da inflação e da inadimplência, muitos setores produtivos não aguardam nenhum tipo de crescimento a curto e médio prazo. Por isso, a projeção do crescimento do ramo de móveis é tão animadora.Os dados apresentados na 9ª edição do "Relatório Setorial da Indústria de Móveis no Brasil ? Brasil Móveis 2014", elaborado pelo IEMI, apontam a importância do setor produtor de móveis e colchões quando comparado aos indicadores da indústria de transformação no Brasil, tanto pela relevância do valor de sua produção quanto por sua capacidade de gerar empregos e divisas para o país.

Fim


Recommended