SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DIRECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E REABILITAÇÃO
RELATÓRIOANUAL
DE ACTIVIDADES
2006
Não sabendo que era impossível foi lá e fez.
Jean Cocteau
ÍNDICE
Lista de Siglas
I – Nota Introdutória …………………………………………………………………. 1
II – Acção Global Desenvolvida: Actividades Desenvolvidas e Recursos Utilizados
A – Revista Diversidades ……………………………………………………
B – Organização e Redimensionamento da Biblioteca Especializada em
Necessidades Especiais ……………………………………………………….
C – Divisão de Apoio à Formação e Investigação Científica – DAFIC ……...
D – Divisão de Adaptação às Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação – DANTIC …………………………………………………….
E – Gabinete de Informática – GI ………………………………………….…
F – Gabinete do Audiovisual – GAV ……………………………..…………..
1. Recursos Financeiros …………………………………………………………..
2
2
2
3
4
7
11
12
13
III – Avaliação Final ………………………………………………………………… 14
LISTA DE SIGLAS
BENE – Biblioteca Especializada em Necessidades Especiais
CAETA – Centro de Avaliação Especializada em Tecnologias de Apoio
CAP’s – Centros de Apoio Psicopedagógico
CPM – Centro de Produção de Material
DAFIC – Divisão de Apoio à Formação e Investigação Científica
DANTIC – Divisão de Adaptação às Novas Tecnologias de Informação e Comunicação
DREER – Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
DSFAT – Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
ESE – Escola Superior de Educação
GAV – Gabinete do Audiovisual
GI – Gabinete de Informática
MSN – Menssenger
NE – Necessidades Especiais
POSC – Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento
RAM – Região Autónoma da Madeira
RDP – Rádio Difusão Portuguesa
SIEER – O Acesso à Sociedade da Informação na Educação Especial
STE’s – Serviços Técnicos de Educação
STEDA – Serviço Técnico de Educação de Deficientes Auditivos
STEDI – Serviço Técnico de Educação de Deficientes Intelectuais
STEDV/M – Serviço Técnico de Educação de Deficientes Visuais / Motores
TEACCH – Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped
Children
TA – Tecnologias de Apoio
TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação
TSEER – Técnico Superior de Educação Especial e Reabilitação
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
1
I. NOTA INTRODUTÓRIA
O Relatório de Actividades constitui um documento de análise e de avaliação da execução
global do Plano de Actividades de 2006 da Direcção de Serviços de Formação e Adaptações
Tecnológicas (DSFAT), no qual se procura sintetizar o percurso efectuado ao longo do ano,
fundamentar a concretização das acções, avaliar e repensar os resultados e organizar toda a
informação relevante para o plano de actividades de 2007.
Tal como em anos anteriores, durante este ano, as escolhas que efectuámos e os esforços que
desenvolvemos tiveram em conta encontrar a melhor forma para contribuir eficazmente para o
desenvolvimento harmonioso da Missão e Visão quer da DSFAT quer da DREER, na perspectiva
de um serviço público de qualidade na atenção ao seu público alvo, principal motivação da nossa
acção.
Dinamizámos todas as actividades desta Direcção de serviços nas suas várias vertentes e
componentes, através de um acompanhamento próximo e activo.
Elegemos tempos de encontro em equipa multidisciplinar, fazendo apelo à diversidade de
funções, de saberes e de competências de modo a facilitar a avaliação contínua das actividades
desenvolvidas, bem como a revisão e lançamento de objectivos para o novo ano, tendo em conta a
realidade do contexto actual, as suas potencialidades e constrangimentos.
Recursos Humanos
Categorias Número de funcionários
Director de Serviços 1 Dirigentes
Chefes de Divisão 2
Técnicos Superiores 8 2 (noutras situações); 2 (Estágio
Profissional)1; 1 (Tempo Parcial)
Docente 22
Especialista de Informática 1
Técnicos de Informática 3
Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica 2 (Tempo Parcial)
Técnicos Profissionais de Ed. Especial 73
Assistentes Administrativos
4 1 (formanda do curso de auxiliar
administrativo);
1 (Programa Ocupacional para Desempregados)
Auxiliares de Serviços Gerais 2 1 (no exercício de outras funções)4
TOTAL 32
1 A iniciar funções em Dezembro de 2006. 2 Uma das docentes a iniciar funções a partir do início do ano lectivo 2006/2007. 3 Cinco dos técnicos a iniciar funções a partir do início do ano lectivo 2006/2007. 4 A iniciar funções em Novembro de 2006.
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
2
II. ACÇÃO GLOBAL DESENVOLVIDA:
ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS E RECURSOS UTILIZADOS
A – REVISTA DIVERSIDADES
A grande meta da Revista Diversidades tem sido colocar junto de um público diversificado,
as nossas acções, a recolha efectuada em termos de revisão da literatura, as opiniões de especialistas
e daqueles que se apresentam familiarizados com a realidade da educação especial. Assim, com a
publicação dos quatro números previstos a DSFAT considera ter alcançado os objectivos a que se
propôs no ano 2006.
Com os números 11 “Paradigmas da Diferença: Pensar”; 12 “Paradigmas da Diferença:
Pensar (II)” e 13 “Paradigmas da Diferença: Agir” pretendeu-se dar seguimento à publicação das
comunicações apresentadas no II Encontro Regional de Educação Especial, disponibilizando aos
leitores os saberes e reflexões inerentes à inclusão de pessoas portadoras de deficiência.
O número 14 “Caminhando lado a lado…” incidiu sobre a Intervenção Precoce e
o Autismo enquanto saberes indispensáveis para os dois projectos de
investigação-acção que a DREER está a implementar na Região: Projecto de
Intervenção Precoce e Diferenciação Pedagógica – Para uma Escola de
Qualidade.
De forma a assinalar o dia 3 de Dezembro, Dia Internacional da Pessoa com
Deficiência, distribuíram-se exemplares deste número em pontos estratégicos da nossa Ilha, com o
objectivo de sensibilizar a comunidade para o domínio da Educação Especial.
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
3
B – ORGANIZAÇÃO E REDIMENSIONAMENTO DA BIBLIOTECA ESPECIALIZADA EM
NECESSIDADES ESPECIAIS (BENE)
A Biblioteca Especializada em Necessidades Especiais (BENE), em
conformidade com o Plano Anual de 2006 da DSFAT e com a entrada de
mais um colaborador ganhou uma nova ênfase no decorrer deste ano.
Aproveitando a informação da base de dados já criada (no Microsoft
Office Access), elaboraram-se sinopses de, aproximadamente, três centenas
de obras. A par desta tarefa informatizaram-se os Relatórios existentes.
Fruto do manuseamento do ficheiro e do próprio contacto com os
visitantes, começaram a denotar-se algumas lacunas que reclamavam um
trabalho premente de organização e redimensionamento. Criou-se uma nova
ferramenta e a tarefa seguinte centrou-se, essencialmente, na formatação da
mesma (personalizando-a de acordo com a tipologia dos documentos).
Começou-se a tarefa de verificação individual de todos os documentos
da biblioteca, seguida da identificação das prateleiras e estantes. Por fim,
foram criados catálogos em suporte papel, permitindo aos visitantes uma
consulta mais personalizada das obras que caracterizam o acervo da BENE
(um total de 2144 documentos).
Quanto à procura propriamente dita, é de ressalvar que a grande maioria
dos visitantes são alunos dos Cursos de Especialização, aos quais acrescem
pessoas dos vários serviços da DREER e estudantes universitários.
O trabalho no âmbito da biblioteca continua a decorrer com a revisão da
base de dados das revistas e com a informatização dos analíticos, para além
dos eventuais registos de novos documentos que vão surgindo.
Todo este processo de organização e redimensionamento da biblioteca
culminou na criação de um instrumento de gestão de dados mais acessível,
funcional e apelativo, que responde mais eficazmente às necessidades
sentidas, ao qual se alia a optimização dos recursos disponíveis, em prol de
um maior e melhor acesso à informação e ao conhecimento.
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
4
C – DIVISÃO DE APOIO À FORMAÇÃO E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (DAFIC)
A DAFIC tem como missão promover a formação de acordo com as necessidades
diagnosticadas e incentivar a investigação científica na área da Educação Especial.
Tendo em conta a missão da DAFIC, este relatório visa avaliar a conformidade do
desempenho pelo plano definido de forma a serem detectados os desvios, avaliados os resultados e
recolhida a informação de forma a planear o futuro.
No ano de 2006 a DAFIC promoveu 18 formações de carácter contínuo, distribuídas pelas três
áreas de formação apresentadas na tabela seguinte:
N.º DE FORMANDOS
ÁREA DE CIÊNCIAS DA ESPECIALIDADE
Ms Excel - Iniciação 10
Ms Excel - Avançado 12
Ms PowerPoint - Iniciação 12
Ms PowerPoint - Avançado 8
Internet e Correio Electrónico I 12
Internet e Correio Electrónico II 16
Artes Decorativas 15
TOTAL 85ÁREA DAS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
Prevenção, Habilitação e Inclusão de Pessoas Portadoras de Deficiência 18
Sexualidade das Pessoas Portadoras de Deficiência 18
Necessidades Educativas Especiais de Carácter Permanente 19
Crianças com Precocidade Excepcional a Nível do Desenvolvimento Global:
Processos de Avaliação Psicológica, Aconselhamento e Práticas Educativas 27
Gestão de Projectos - Organização e Coordenação de Actividades de
Enriquecimento Curricular 15
Dislexia: da Teoria à Intervenção 153
Braille e Tecnologias de Apoio para Deficientes Visuais 16
TOTAL 266
ÁREA DE FORMAÇÃO PESSOAL E DEONTOLÓGICA
SIADAP - Avaliação de Desempenho 63
Relações Interpessoais 15
Atendimento e Imagem Profissional 13
Técnicas de Secretariado I 16
TOTAL 107 NÚMERO TOTAL DE FORMANDOS 458
Para além destas, a DAFIC deu início à Oficina de Formação: Necessidades Educativas de
Carácter Prolongado – Problemas de Visão, para 26 formandos (que dada a carga horária de 85
horas apenas será finalizada no decurso de 2007) e promoveu a Supervisão das Salas TEACCH do
Colégio Esperança e da EB1/PE da Ajuda (etapa decorrente da acção de formação dinamizada no
ano anterior, denominada Perturbações do Espectro do Autismo – Implementação da Sala
TEACCH).
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
5
No decurso do mês de Março de 2006 concluiu-se o Curso de Especialização em Educação
Especial da responsabilidade da ESE – Lisboa/ Instituto Politécnico em parceria com a DREER que
abrangeu 25 formandos, com a apresentação e defesa do projecto de investigação e inovação
pedagógica por 20 deles (sendo que os restantes 5 concluíram no ano anterior).
Concomitantemente, deu-se continuidade à coordenação/supervisão da segunda turma do
Curso de Especialização e iniciou-se em Setembro o III Curso com a designação de Formação
Especializada em Educação Especial - Ramo: Problemas de Aprendizagem e Comportamento,
composta por 29 formandos dos níveis de ensino: Educação de Infância, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do
Ensino Básico e Ensino Secundário.
Paralelamente, esta Divisão organizou acções de formação, abaixo discriminadas, inerentes
aos Projectos de Investigação-Acção de Intervenção Precoce e Diferenciação Pedagógica que se
estenderam ao longo do mês de Setembro, perfazendo 72 horas, dirigidas a educadores de infância,
docentes do ensino regular e equipas multiprofissionais dos serviços da DREER:
1. Escola Contemporânea (12 horas);
2. Dificuldades de Aprendizagem Específicas e Distúrbio de Défice de Atenção /
Hiperactividade em Crianças (9 horas);
3. Avaliação da Criança em Intervenção Precoce (9 horas);
4. Deficiência Mental (6 horas)
5. Problemas Emocionais e de Comportamento (6 horas);
6. Problemas de Comunicação / Linguagem (9 horas);
7. Desenvolvimento Típico e Atípico (6 horas);
8. Perturbações do Espectro do Autismo (6 horas);
9. Trabalho com a Família (9 horas).
Por fim, é de referir a colaboração da DAFIC com outros serviços da DREER e, ainda, com
entidades externas, nomeadamente na emissão de registos de presença e/ou de certificados, na
formalização do pedido de validação à DRE e/ou na cedência das salas de formação.
Em suma, e conforme ilustra a tabela seguinte, perfez-se um total de 4.793 horas de
formação, as quais abrangeram 1.377 formandos (incluindo as formações dinamizadas pela
DAFIC, os Cursos de Especialização, as acções inerentes aos Projectos de Investigação-Acção e,
ainda, as acções de formação organizadas por outros serviços da DREER ou entidades externas com
a colaboração desta Divisão).
Os formandos pertencem não só ao quadro da Direcção Regional de Educação Especial e
Reabilitação, mas também ao de outras Direcções Regionais afectas à Secretaria Regional de
Educação e à Secretaria Regional dos Assuntos Sociais.
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
6
Há que atender ao facto de que este número não corresponde ao número exacto dos
formandos, já que alguns deles participaram em mais do que uma acção de formação.
No que concerne à taxa de realização do plano de formação apresentado para 2006 foi de
73,57%, como se pode verificar pela tabela que se segue.
Percentagem atribuída
Taxa de Concretização
Acções de Formação Contínua 60% 38,57%
Projectos de Intervenção Precoce e Diferenciação
Pedagógica 25% 20%
Cursos de Especialização em Educação Especial 15% 15%
Total 100% 73,57%
Importa ainda salientar que, tendo em conta que a DAFIC realizou 18 das 28 acções previstas,
a taxa global de concretização da Formação Contínua foi de 64,29%.
Tendo por base a análise aos questionários de satisfação dos formandos e dos formadores em
relação às acções de formação realizadas, pode-se afirmar que estas foram consideradas, na sua
generalidade, como boas pela maioria dos formandos. Ainda assim, estes resultados não foram
suficientemente significativos para se poder fazer a distinção na classificação das áreas de
formação. A área de Ciências da Especialidade, a área das Ciências da Educação e a área de
Formação Pessoal e Deontológica revelaram resultados muito positivos, o que nos leva a crer que a
aposta nestas três áreas é uma mais-valia para a produtividade e rendimento profissional dos nossos
formandos.
TOTAL
Acções de Formação Contínua dinamizadas pela DAFIC 18
Nº de Horas de Formação 401
Nº de Formandos abrangidos 458
Cursos de Especialização (II e III) 2
Nº de Horas de Formação 4.094
Nº de Formandos abrangidos 56
Acções de Formação inerentes aos Projectos de Investigação-Acção 9
Nº de Horas de Formação 72
Nº de Formandos abrangidos 160
Colaboração em Acções de Formação Contínua organizadas por outros serviços da DREER e por entidades externas
34
Nº de Horas de Formação 226
Nº de Formandos abrangidos 703
Total de Nº de Horas de Formação 4.793
Total de Nº de Formandos abrangidos 1.377
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
7
Durante o ano de 2006 a DAFIC tentou colmatar as necessidades de formação através da
concretização do plano de actividades. Apesar de só ter sido concretizado em 73,57% devido a
adiamentos por parte de alguns dos formadores, através da avaliação das actividades desenvolvidas,
pode-se afirmar que a intervenção da DAFIC foi positiva, na medida em que se conseguiu
concretizar grande parte dos objectivos propostos para o decurso do ano transacto e que vieram a
contribuir para o desenvolvimento profissional dos participantes nas diversas modalidades de
formação.
D – DIVISÃO DE ADAPTAÇÃO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO (DANTIC)
A DANTIC tem como missão facilitar o acesso das pessoas com deficiências ou
incapacidade aos equipamentos, às tecnologias de apoio e à sociedade de informação e do
conhecimento.
De acordo com as atribuições da DANTIC foram considerados como objectivos estratégicos
em 2006: a avaliação especializada na área das tecnologias de informação e comunicação adaptadas
a utentes com NE; o desenvolvimento e acompanhamento de projectos de ensino à distância para
alunos impossibilitados de frequentar a escola de forma presencial; a recolha e divulgação de
informação especializada, bem como, a elaboração de pareceres, avaliação e formação na área das
Tecnologias de Apoio (TA) e da Acessibilidade e Mobilidade. No que concerne ao Programa
Madeira Digital manteve-se a gestão técnica do Projecto SIEER.
Seguidamente apresenta-se de forma sucinta a avaliação de algumas das actividades
desenvolvidas, de forma a atingir os objectivos propostos no plano de actividades para 2006.
Em relação ao Centro de Avaliação Especializada em Tecnologias de Apoio (CAETA)
prestou-se apoio técnico aos utentes, às famílias e às instituições envolvidas no processo educativo,
formativo ou reabilitativo: acompanhamento especializado de 76 utentes - solicitado pelos
diferentes serviços de apoio da DREER. Este tipo de acompanhamento originou 139 saídas para
estabelecimentos escolares, domicílios e locais de integração profissional da Região.
Disponibilizaram-se programas de controlo de ambiente - à distância - para utilizadores com
deficiências motoras severas. A DANTIC solicitou, ainda a aquisição de software pedagógico e
recreativo, hardware e TA, de acordo com as necessidades e procedeu à avaliação especializada de
91 utentes encaminhados pelos diferentes serviços da DREER ou outros.
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
8
No âmbito do projecto Ensino à Distância prestou-se apoio técnico e formação aos docentes
dos três serviços de Teleaula já instalados e às instituições envolvidas: escola, serviços
comunitários, alunos e famílias (cf. tabela seguinte).
Aluno Escola 2005/06 Escola 2006/07
A EB 2/3 S. António (6º ano) EB 2/3 S. António (7.º ano)
B ------- EBS Torre (8.º ano)
C Externato da Sagrada Família (Santana) Não frequenta
Nas acções de sensibilização a DANTIC divulgou as experiências em funcionamento:
Projecto de ensino à distância “Aprender sem Barreiras”.
Para além disso, promoveu uma reunião de avaliação / troca de experiências com nove
docentes que integraram o projecto no ano lectivo 2005/06, com a coordenação e professores
especializados do CAP Câmara de Lobos que se encontravam em fase de despiste de um aluno para
integrar o projecto no ano lectivo 2006/07. Nela foram avaliadas as experiências em curso no ano
lectivo 2005/06 através do preenchimento de um questionário individual. Da sua análise é de
salientar que todos os professores consideraram dominar a tecnologia e têm a percepção de que
conseguem ultrapassar os problemas que surgem. Os docentes que utilizam o sistema de
videoconferência classificaram a recepção do som e da imagem num nível 3 numa escala de 5
pontos. Os que utilizam o MSN referiram problemas constantes com a imagem e o som (2
professores). A maioria recorre a “terceiros” para envio de material para o aluno, no entanto, alguns
recorrem ao correio electrónico e ao MSN para envio de conteúdos em formato digital. No caso de
alunos que não conseguem acompanhar a turma consideraram que talvez necessitem de mais tempo
de preparação e de conteúdos adaptados.
Os recursos existentes na comunidade foram avaliados, de modo a promover a inserção
destes jovens no seu meio de origem.
Dentro do princípio da não discriminação e da igualdade de oportunidades, o acesso às
ajudas técnicas que atenuam, compensam ou eliminam as limitações e incapacidades, constitui, de
forma geral, o único meio das pessoas com deficiência poderem exercer os seus direitos de
cidadania, em condições o mais aproximadas possíveis dos outros cidadãos.
Nesta área, as actividades da DANTIC centraram-se na dinamização do Centro de Recursos
de Tecnologias de Apoio, nomeadamente:
Utilização racional das TA existentes (cedência e empréstimo).
Reutilização de tecnologias existentes nos serviços.
Exploração do software existente e elaboração/adaptação de manuais técnicos.
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
9
Formação teórico-prática a 149 docentes, pais, técnicos e utentes na utilização de
software especifico e/ou adaptações, num total de 169 horas.
Recolha de informação através de questionário sobre os utentes com baixa visão e cegos
e cruzamento da informação existente no Centro de Produção de Material (CPM).
Demonstração de TA para deficientes visuais e software e periféricos para estimulação
sensorial e da comunicação, na área das deficiências moderadas na Câmara Municipal de S. Vicente
e na EB 2/3 Horácio Bento Gouveia em colaboração com o STEDV/M.
Demonstração de TA (software adaptado e periféricos) na área das dificuldades de
aprendizagem e problemas de coordenação no Auditório da RDP, em colaboração com a DAFIC.
Elaboração de pareceres técnicos sobre TA.
Pesquisa, arquivo e divulgação de software livre.
Pesquisa de informação especializada: arquivo e organização de catálogos de produtos e
serviços.
Organização de livros, artigos disponibilizados na web.
Adaptação de materiais e equipamentos (TA).
Elaboração de base de dados dos equipamentos e materiais específicos adquiridos.
Contactos com empresas fornecedoras de software/hardware específico.
TA, telecomunicações e demonstrações de TA: equipamentos Permobil (Mobilitec, Lda)
e Sunrise Medical (Machados).
De acordo com os princípios da acessibilidade o projecto Acessibilidade e Mobilidade
manteve-se nos objectivos estratégicos desta Divisão. As actividades desenvolvidas foram a:
divulgação do inquérito sobre acessibilidade e mobilidade pedonal nos estabelecimentos de
Formação realizada pela DANTIC em 2006 N.º Participantes Nº Horas
Introdução à Informática 19 20,5
Noções Básicas de Informática 13 6
Acessibilidade e Comunicação 20 7
Acções de Divulgação SIEER 300 27
Deficiência Visual - Hal 27 73
- Fine Reader 7.0; Digitalização 1 9
- Lunar Plus 8 3
Deficiência Neuromotora ou Cognitiva - Aprender a ver 28 16
- Grid 15 9
- Intellipics Studio 5 12
- OverlayMaker 3 3
Ensino à Distância - Aprender sem barreiras - teleaula 9 9
- MSN 1 1,5
TOTAIS 449 196
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
10
educação na RAM, nas acções de sensibilização realizadas; pesquisa, arquivo e divulgação de
informação especializada; elaboração de pareceres técnicos sobre condições de acessibilidade (EBS
Gonçalves Zarco); actualização do inquérito de acordo com a legislação publicada; participação na
preparação do projecto ACESS TOUR no âmbito do INTERREG IIIB e consultadoria a
profissionais de serviços públicos e privados.
No que se refere à gestão técnica do Projecto SIEER, foram elaborados relatórios de
progresso trimestrais e outros documentos para serem submetidos à Plataforma e verificados pelo
Madeira Tecnopolo. A DANTIC participou em reuniões de definição dos indicadores de resultados
e de impacto e solicitação das aquisições de hardware, software e outras TA de acordo com o
cronograma das diferentes actividades. Coordenou ainda, a atribuição de TA a 58 utentes com
necessidades especiais (5 e 18 de Maio e 19 de Julho de 2006), acompanhou a instalação dos
equipamentos e materiais nas salas TIC do STEDA e dos STEDI e aos CAP (software adaptado e
periféricos) e do CPM.
Organizaram-se acções de sensibilização e mostras de equipamentos e materiais em todos os
concelhos da RAM e elaboraram-se artigos para divulgação na comunicação social e na Revista
Diversidades.
Na avaliação global das actividades desenvolvidas pela DANTIC é de referir que os factores
decisivos foram o domínio (ou o não domínio) das tecnologias pelos docentes especializados ou
pelos docentes do ensino regular e o nível de expectativas destes profissionais.
A utilização de tecnologias é hoje aceite como determinante na educação e reabilitação,
assim, não podemos adiar a sua utilização, temos de recorrer a várias estratégias, de modo a
compensar as fragilidades do sistema e permitir aos utentes o acesso a esta área. A equipa
pretendeu, ao longo deste ano, privilegiar um modelo interdisciplinar, de modo a proporcionar
programas de intervenção mais abrangentes aos utentes, bem como, conferir aos técnicos suporte
mútuo e uma aprendizagem alargada. A organização do trabalho desta equipa implicou a articulação
com os restantes serviços de apoio, atendendo a que o despiste, detecção e acompanhamento dos
utentes são maioritariamente realizados por esses serviços.
A nível interno é de salientar a maior estabilidade da equipa e os benefícios que daí
advieram, no atendimento aos utentes e na rentabilização dos recursos humanos. No entanto, os
técnicos com formação específica e experiência nesta área estão a tempo parcial e a entrada de
novos técnicos sem formação específica não permitiu aumentar o número de utentes em
acompanhamento. Face a este constrangimento optou-se por apostar na formação aos docentes, pais
e utentes e na produção de conteúdos. A entrada para equipa de um terapeuta da fala com
experiência na área da comunicação aumentativa e alternativa permitiria atender os pedidos de
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
11
intervenção a este nível. Também a possibilidade de um estágio profissional para um TSEER
poderia ser ponderada, atendendo que estes profissionais possuem formação especializada na área
da educação especial e reabilitação, inclusive ao nível da avaliação em tecnologias de apoio.
No último trimestre de 2006 integrou-se o Centro de Produção de Material (CPM) do
STEDM/V no Projecto de Centro de Recursos de Tecnologias de Apoio da DANTIC, com o intuito
de se potenciar os pedidos de conteúdos em formato ampliado e Braille e a instalação dos novos
equipamentos e materiais no âmbito do Programa Madeira Digital: Projecto SIEER.
Para finalizar, torna-se necessário realçar que esta equipa procurou corresponder aos desafios
que têm surgido, tendo conseguido ultrapassar algumas limitações temporais e de recursos. A
motivação, o interesse e a procura do conhecimento têm norteado a intervenção desta Divisão, na
prestação de um atendimento eficiente aos utentes, às suas famílias e às equipas de apoio e na
sensibilização à comunidade para os direitos e capacidades das pessoas com necessidades especiais.
No entanto, apesar de todos trabalharmos para a missão “incluir as crianças e jovens no seu meio
natural”, a DANTIC considera que o baixo nível de expectativas e a fraca persistência dos parceiros
internos, têm impedido um maior sucesso na utilização das TA e na sua rentabilização.
E – GABINETE DE INFORMÁTICA (GI)
A missão do GI assenta na análise, desenvolvimento e manutenção de meios informáticos e
tecnologias de informação e comunicação de suporte aos serviços da DREER.
Ao longo do ano de 2006 o GI realizou diversas actividades, nomeadamente:
Projecto “GestEducandos” WindowsForm, e WebApplication que possibilitou a gestão
on-line da Base de Dados dos utentes da DREER, pelos docentes e técnicos. Neste âmbito, foi
prestado apoio a todos os utilizadores num número total de 80 horas.
5º Festival de Arte e Criatividade - O GI construiu uma base de dados, de forma a
facilitar e melhorar a gestão dos processos de inscrição on-line e selecção de candidaturas ao
evento.
Portal da DREER (website) - Sempre que solicitado, foi mantida a actualização do portal
antigo (notícias, eventos, concursos de pessoal e destaques) e planificação, estruturação e
concepção do novo portal da DREER.
Assistências técnicas externas / internas - As assistências representaram uma das
principais tarefas efectuadas, visto que o parque informático da DREER foi ampliado e a
consequente instalação dos equipamentos levou a uma maior utilização das TIC’s e um aumento
nos pedidos de assistência.
Colaboração com a Revista Diversidades na execução do design gráfico.
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
12
Apesar dos quatro elementos afectos ao GI não estarem a tempo integral, a análise ao
desempenho deste Gabinete face aos objectivos delineados para o ano 2006, é positiva. Embora não
tenham sido cumpridos todos os objectivos, face às múltiplas solicitações e à escassez de formação,
foi um ano muito produtivo e intenso no que diz respeito ao software de Gestão de Educandos e à
análise e desenvolvimento do novo portal da DREER.
F – GABINETE DO AUDIOVISUAL (GAV)
O GAV tem como missão o apoio técnico audiovisual e multimédia aos serviços da DREER.
Durante o ano que findou o GAV efectuou vários trabalhos mediante requisição e a devida
autorização superior, nomeadamente: apoio logístico, montagem e gravação de vídeo, amplificação
sonora, montagem e gravação de áudio e operação de luz. Além destes trabalhos, outros foram
realizados e autorizados sem que tenha sido feita a respectiva requisição, dado a sua urgência.
Ao longo do ano de 2006 notou-se uma melhoria no preenchimento das requisições dos
trabalhos. No entanto, para uma maior rentabilidade e qualidade dos trabalhos realizados pelo GAV
torna-se imprescindível voltar a salientar a importância de uma melhor programação por parte dos
serviços que solicitam os trabalhos, nomeadamente, no que se refere ao grau de complexidade e
previsão da sua realização, a fim do GAV poder disponibilizar atempadamente os meios humanos e
materiais necessários à execução dos trabalhos com qualidade.
Quanto ao arquivo do material audiovisual este necessita ser actualizado e convertido de
analógico para digital, de forma a tornar-se mais acessível e preservado para o futuro. Devido ao
elevado custo, este trabalho exige que seja realizada previamente uma programação e uma selecção
do material a conservar.
Para além disso, o GAV sugere a formação do novo elemento na área de vídeo e seria
também de ponderar a reestruturação dos espaços físicos destinados ao GAV, uma vez que a
presente estrutura não facilita a operacionalidade do mesmo.
Fazendo uma avaliação crítica do trabalho desenvolvido, é de referir que houve trabalhos
que ficaram por realizar devido à falta de recursos humanos, situação esta apenas colmatada em
Novembro, com a entrada de um terceiro elemento.
A colaboração activa do GAV com o Grupo Dançando com a Diferença lançou novos
desafios a esta equipa, contribuindo para a melhoria da qualidade. Todavia, o aumento do nível de
exigência em alguns dos trabalhos desenvolvidos acabou por interferir na rentabilidade do GAV
devido ao tempo dispendido para os realizar.
O GAV contribuiu ainda para a imagem gráfica da Revista Diversidades.
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
13
1. RECURSOS FINANCEIROS
As diferentes actividades desenvolvidas pela DSFAT tiveram custos financeiros, incluídos
no orçamento da DREER, os quais se apresentam nos quadros seguintes:
A – REVISTA DIVERSIDADES
B – BENE
C – DAFIC
D – DANTIC
E – GI
F – GAV
Orçamento Inicial Orçamento Operacional
Despesa
4 Edições da Revista Diversidades 11.408,00 € 11.408,00 € 11.408,00 €
Orçamento Inicial Orçamento Operacional
Despesa
Livros e Documentação Técnica 2.700,00 € Sem informação
Orçamento Inicial Orçamento Operacional
Despesa
Formação Contínua 40.000,00 € 40.000,00 € 18.840,66 €
Projectos de Investigação-Acção 50.000,00 € 8.320,00 € 13.314,92 €
Formação Especializada 125.000, 00 € 111.000,00 € 32.497,10 €
Total 215.000,00 € 159.320,00 € 64.652,68 €
ProjectoOrçamento Inicial
Orçamento Operacional(Julho 2006)
Despesa
SIEER – Madeira Digital - POSC 100.000,00 € 329.137,00 € 244.989,84 €
Ajudas técnicas 70.000,00€ 91.598,00€ 71.786,00 €
ACESS TOUR – INTERREG III B 25.000,00€ Stand By --
Total 195.000,00 € 420.735,00 € 316.775,84 €
Orçamento Inicial Orçamento Operacional
Despesa
GI Sem informação Sem informação Sem informação GAV Sem informação Sem informação Sem informação
Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
Direcção de Serviços de Formação e Adaptações Tecnológicas
14
III. AVALIAÇÃO FINAL
Os projectos e actividades desenvolvidos ao longo de 2006 remetem-nos para uma análise
retrospectiva e prospectiva de toda a nossa acção.
Apesar das dificuldades experimentadas e com os elementos disponíveis, pode concluir-se
que no ano de 2006 a DSFAT cumpriu a sua missão e avançou no reforço da sua identidade e
capacidade de resposta institucional, de forma a contribuir para o desenvolvimento dos objectivos
estratégicos da DREER.
A maioria dos projectos a que nos propusemos realizar aconteceu; daquilo que realizámos
nasceram novas perspectivas, novos desafios, novas exigências, novas necessidades.
Concomitantemente, a sociedade em que vivemos, pródiga em mudanças, determina e
interpela-nos cada vez mais a responder à inovação e à evolução com práticas de qualidade. Esta
afirmação reporta-nos à análise feita ao conjunto de actividades e estratégias empreendidas ao longo
deste ano levando-nos a considerar e transformar a forma como as mesmas foram feitas, com vista a
fazer face aos desafios e às exigências que nos serão colocados num futuro previsível.
Assim, revendo o ano de 2006, comprometemo-nos ao longo de 2007 a continuar com
entusiasmo a causa que abraçámos nesta Direcção de Serviços: promover projectos inovadores de
formação, de investigação, de adaptação e implementação de Tecnologias de Informação e
Comunicação, contribuindo deste modo para o desenvolvimento da missão da DREER, antecipando
a mudança através de um trabalho de equipa que prime por desempenhos cada vez mais elevados e
participativos.