SUMÁRIO APRESENTAÇÃO
ANÁLISE DO ANO
FINANCEIRO
PERFIL DA INSTITUIÇÃO
03
Origem dos recursos 24
Resumo financeiro 25
Fundo Social 26
Equipe 28
Conselhos e Associados 30
Parceiros 31
Base de Dados aberta no
combate ao desmatamento 13
Cenário moderado nas certificações 14
Participação decisiva na COP-23 16
Ações múltiplas para a
conservação da Amazônia 17
Agricultura familiar em alta 19
Por uma gestão mais integrada 20
Imaflora na Mídia 21
Gestão do Conhecimento 22
3
2017 começou com decisões difíceis a se-
rem tomadas. Em 22 de janeiro estávamos numa
sala no alto de uma torre de Manhattan, em Nova
York, junto ao comitê executivo da Sustainable Agri-
culture Network (SAN) e alguns membros do con-
selho da Rainforest Alliance (RA) – nossa tradicional
maior parceira internacional – para tomarmos a de-
cisão da participação ou não da SAN na fusão da RA
com a UTZ (sistema de certificação para café, cacau
e chá), que iria se concretizar alguns meses depois.
Ao resolver pela não participação nessa grande mu-
dança de rumo, iniciamos, como um efeito dominó,
uma série de outras grandes transformações que
trariam enorme impacto para o Imaflora e sua atua-
ção no mundo da certificação.
Um dos desdobramentos foi a resolução
da SAN de transferir a propriedade intelectual do
seu sistema de certificação à nova RA. Com isso,
deixou de usar essa ferramenta para – bebendo da
experiência de mais de vinte anos na construção e
aperfeiçoamento de um dos melhores sistemas de
certificação para sustentabilidade na agricultura
do mundo – produzir um novo modelo de trabalho
mantendo os princípios e valores que nortearam
sua fundação. O Imaflora teve participação direta
e fundamental nesse processo e, enquanto contri-
buía com a SAN na sua reinvenção, internamente se
APRESENTAÇÃO
modificava também para encarar este novo cenário
da nossa grande ferramenta de atuação. Um cenário
não só turbulento pelos rearranjos de suas institui-
ções de comando, mas também pelos cada vez mais
constantes questionamentos de partes interessadas
aos limites da certificação em entregar verdadeiros
impactos nos grandes temas que envolvem os seto-
res florestal e agrícola: desmatamento zero, impac-
to em escala, soluções definitivas para conflitos por
propriedade e uso da terra e inclusão de produtores
familiares e comunidades tradicionais nos benefí-
cios da certificação. Estes são temas cada vez mais
questionados e os resultados da Assembleia Geral
do FSC® - Forest Stewardship Council® (Conselho de
Manejo Florestal) no Canadá ocorrida em Vancouver
mostraram mais uma vez que as respostas a tais in-
dagações ainda não chegaram.
Enquanto na área de certificação agríco-
la administrávamos as diversas revoluções e seus
impactos aos produtores – implementação de uma
nova versão dos padrões de certificação ao mesmo
tempo em que a RA e a UTZ anunciavam a fusão e
com ela uma nova mudança dos mesmos padrões
na área de certificação florestal – finalmente toma-
mos a decisão de iniciar nossa acreditação direta-
mente ao FSC para o escopo de atuação no Brasil.
Este fato provocou no Imaflora um esforço enorme
da equipe para se organizar e atingir o nível de exi-
gência do FSC para a acreditação. Diante do enor-
me desafio – seremos a primeira ONG do hemisfério
Sul a ser acreditada – o time do Imaflora provou no-
vamente seu valor e uma incrível capacidade de su-
peração e de conquista, mostrando que o caminho
para essas conquistas sempre é aliar o propósito de
cada um com o propósito maior da instituição. Nos-
sa missão é nossa estrela guia e quando estamos,
cada um de nós, realmente alinhados com ela, con-
seguimos o impensável. As parcerias também fo-
ram muito importantes. Em 2017, destacamos o for-
talecimento da relação com a Nepcon já parceira do
Imaflora na SAN e se aproximou ainda mais de nós
trazendo um novo e revolucionário olhar de gestão
dos processos de certificação, com muita tecnologia
e eficiência de entrega de resultados aos clientes.
O ano das grandes resoluções!
4
As revoluções de 2017, entretanto, não pa-
raram nas áreas de certificação e projetos. Seguindo
o plano estratégico trianual iniciado nesse mesmo
ano, a Secretaria Executiva do Imaflora colocou um
enorme foco no Objetivo 6, o último dos nossos
objetivos estratégicos, mas não menos importante,
que trata do fortalecimento institucional. Pusemos
muita energia na reestruturação e impulsionamen-
to das áreas que alicerçam o Imaflora, que fazem
com que seja possível executar todas as metas téc-
nicas e executivas dos outros cinco ousados objeti-
vos. Comunicação, Administração e Finanças, TI e
Geoprocessamento, Qualidade, Temas Sociais e o
Conectando Saberes tiveram neste ano um desen-
volvimento proporcional ao investimento que fize-
mos. Isso é apenas o começo de um processo que
deve demandar investimento por mais alguns anos.
Enquanto nos desdobrávamos em traçar novos tri-
lhos à ferramenta da certificação continuamos for-
talecendo a presença do Imaflora nos territórios,
por meio dos projetos aplicados. O Origens Brasil®,
após ser lançado em 2016, ganhou robustez e repu-
tação em 2017, como uma iniciativa que usa o co-
nhecimento acumulado do Imaflora em certificação
para, num modelo totalmente diferente, inovador e
incrivelmente inteligente, criar conexão entre as co-
munidades tradicionais em áreas protegidas, com
as empresas compradoras e, por fim, com o público
consumidor. Diante da dimensão que nosso trabalho
alcançou no noroeste do Pará, fincamos o pé e estru-
turamos nosso escritório em Alter do Chão na beira
da praia do rio Tapajós, dando à aguerrida equipe
local uma casa com o suporte necessário à cada vez
mais intensa atuação do Imaflora na região.
Por todo o Brasil tocamos nossos projetos
“pé no chão” com cacau (São Félix do Xingu), açaí
(Bailique), café (Cerrado Mineiro), cana de açúcar
(estado de São Paulo), pecuária (Vale do Araguaia
– Mato Grosso), produção agrícola familiar, castanha,
copaíba e cumaru (Calha Norte paraense) guaraná
(Amazonas), Lideranças da Floresta (Acre), entre
tantos outros. Promovemos a aplicação de boas
práticas de manejo, avaliamos ou verificamos a im-
plementação de acordos multisetoriais em campo,
associados aos estudos e pesquisas – como os fe-
nomenais estudos sobre emissões de GEE evitadas
em áreas agrícolas bem manejadas produzidos pela
área de Clima e Cadeias Agropecuárias. Todas essas
ações fizeram com que o ano de 2017 provasse ao
Imaflora que apostar na agenda positiva, mesmo
diante do cenário político tão adverso no Brasil, ain-
da vale a pena.
Laura de Santis PradaSecretária Executiva do Imaflora.
Afinal, como costuma dizer nosso grande
parceiro e amigo Rubens Gomes, o Rubão: ”Só exis-
te o que se faz”. Portanto, para continuar existindo
a esperança de que um dia viveremos num Brasil de
mais florestas e mais agricultura regenerativa, preci-
samos pisar no território e continuar a fazer, a fazer
e a fazer, incansavelmente, hoje e sempre.
5
Nossaequipe 73Área com ações
do Imaflora
CertificaçãoFlorestal
CertificaçãoAgrícola
Projetos
COLABORADORES
117,5 milbeneficiadosentre trabalhadores
rurais, florestais epessoas atendidas
pelos projetos
70parceiros
empresas e produtores dosetor florestal, agropecuárioe de carbono
Para alcançar nossamissão, trabalhamosdiretamente com:
1.258
auditores externosconsultores
49
BIO
MA
S
AmazôniaCaatingaCerrado
Mata AtlânticaPampa
masculino
38feminino
35
Carbono
ATUA
ÇÃO
DO
IMA
FLO
RA
MILHÕES Ha76,9
Acesse o mapainterativo no site:
www.imaflora.org
6
TrabalhadoresFlorestaisBeneficiados
*Área natural conservada*Consideramos área natural conservada,todo o manejo de floresta natural acrescidoda área destinada a conservação nasplantações florestais.
2,4 milhõeshectares
COMFLONACooperativa Mista
Flona Tapajos
ARIMUMCooperativa Mista
Agroextrativista Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Associação das ComunidadesTradicionais do Bailique
Associação Soenama do PovoIndígena Paiter Suruí
90.000Cadeias de Custódia218
Naturais
Plantações
Cadeia deCustódiaProjetosde Carbono
3,6
milh
ões
ha
3,9
milh
ões
ha
Certificados FSCpelo Imaflorano Brasil
2015
2016
4,1
milh
ões
ha20
17
Cooperativas e associações comunitáriasCertificadas FSC
CERT
IFIC
AÇÃO
FLO
REST
ALAcesse o mapa
interativo no site:www.imaflora.org
74%FLORESTASPLANTADAS
26%FLORESTASNATIVAS
O Imaflora oferece os serviçosde certificação FSC® em parceria
com a Rainforest Alliance.
7
4712
Plantações FSC no Brasil
Área totalpara concessãoflorestal no Brasil
Área de concessãoflorestal FSC no Brasilpelo Imaflora
Florestas nativas no Brasil
Certificadospelo Imaflora
Área de pequenosprodutores florestais
(374 proprietários)
Florestas FSCCertificadaspelo Imaflora
Empreendimentoscertificados
ManejoNaturais
ManejoPlantações
MILHÕES Ha
MILHÕES Ha
MIL Ha
MIL Ha
5,5
MILHÕES Ha
1,5
MILHÃOHa1,1
MILHÃOHa
3,1
227,9177
ManejoComunitário
8
18 Proj
etos
3 Bio
mas
6Projetos em UCs
AmazônicoCerradoMata Atlântica
Projetos de Carbono validados e verificados no Brasil pelo Imaflora Redução de emissões de GEEs
atingida pelos projetos verificadospelo Imaflora
Desmatamento evitado pelos projetos verificados pelo Imaflora
16MILHÕEStCO2e
Desmatamento evitado
Biodiversidade associada
Espéciesprotegidas
Famíliasbeneficiadas
Reflorestados
Evitadas e/ou removidas
MIL Ha
29,2
2.368 370
MIL Ha
1,1
710,9MIL Ha
9
Área Certificada
pelo Imaflora
As propriedades certificadas destinamem média 30% da área à conservaçãoda vegetação nativa.
Área Conservada
Distribuição daárea certificada
pelo Imaflora
882 Produtores ruraiscertificados
Acesse o mapainterativo no site:
www.imaflora.org
CERT
IFIC
AÇÃO
AGRO
PECU
ÁR
IA
9%13
%
47%
25%
1%5%
CHÁ
PECU
ÁR
IA
CAFÉ
CITR
OS
CACA
UFRU
TAS
MIL Ha
MIL Ha
MIL Ha
MIL Ha
2015
2016
2017
229,6
275,6
336,3
CERTIFICAÇÃONA ARGENTINA
10
MILHÕES Ha
MILHÕES Ha
Distribuiçãoda área global
certificada pelaRainforest
Alliance
Pelo Imaflora No mundo
180 CertificadosAgrícolas
CertificadosAgrícolas
CertificadosAgrícolas
13Cadeias decustódia
Fazendasindividuais
Grupos totalizando
831 produtores
3,4
2,22.122Certificados
PAÍS
ES
Área cultivada
80
51
49 36.934Trabalhadores rurais
BENEFICIADOS
11
Pessoas diretamenteenvolvidas e beneficiadas
2.334MILHÕES Ha
Área em unidadesde conservaçãoda natureza eterras indígenas
ÁREA
SPR
OTE
GID
AS
Unidades deConservação15
TerritóriosQuilombolas
Terrasindígenas14
Municípios31
35,532ÁREAS
PROTEGIDAS
Legenda
Áreas Protegidas Onde Atuamos em 2017
Demais Áreas Protegidas
13
Disseminar práticas sustentáveis de pro-
dução florestal e agrícola é um dos caminhos para
combater e reduzir atividades ilícitas em regiões de
vegetação nativa como a Amazônia. O comércio de
madeira ilegal, entretanto, é um obstáculo àqueles
que se empenham em operar com formas corretas
de manejo. O Imaflora – que prossegue perseguindo
a meta do desmatamento zero – reconhece que ain-
da é necessário incrementar muito as boas práticas
e melhorar as condições de trabalho e produção no
campo, mas acredita que, por outro lado, é impres-
cindível coibir as ações predatórias.
Enfrentar as questões cruciais do sécu-
lo 21 – como as que envolvem a proteção ao meio
ambiente – exige a união de esforços em todas as
esferas da sociedade. Para alcançar objetivos como
o desmatamento zero, o Imaflora tem atuado junto a
empresas, ONGs, governos, produtores, povos tradi-
cionais e universidades. Uma das ações do instituto
nessa direção foi juntar-se à Coalizão Brasil Clima,
Florestas e Agricultura, onde liderou o Grupo de
Trabalho de Economia da Floresta Tropical. “Cons-
truímos uma pauta de trabalho específica para o
combate à madeira ilegal. Em conjunto com o poder
público e órgãos governamentais queremos aper-
feiçoar os processos de fiscalização e controle das
transações madeireiras e frear as atividades ilegais
no mercado florestal”, diz Leonardo Sobral, gerente
de certificação florestal do Imaflora.
Lançar mão da tecnologia para a dissemi-
nação e compartilhamento de informações é uma
saída para garantir resultados. Dessa premissa nas-
ceu o Timberflow, uma ferramenta digital criada e
lançada pelo Imaflora. A plataforma permite o fácil
acesso a uma base de dados sobre a produção e
movimentação de madeira nativa. Com o Timber-
flow também é possível conectar-se a dados oficiais,
como o Documento de Origem Florestal (DOF).
Encorajar o engajamento empresarial na
luta contra a ilegalidade no campo é outra frente
de atuação importante. “No setor agrícola, tivemos
progresso com novas práticas trabalhistas justas em
empresas produtoras de laranja. Permanece ainda o
desafio da adoção completa da contratação de tra-
balhadores migrantes na origem, com a responsabi-
lidade pelos custos de viagem e alojamento”, revela
a socióloga do Imaflora, Heidi Buzato. Já no final de
2017 o Imaflora participou da criação de um pacto
entre grandes empresas e ONGs dos setores flores-
tal e agrícola pelo desmatamento zero no bioma
Cerrado. Embora ainda haja muitas incertezas sobre
como esse compromisso será firmado, existe a con-
fiança de que foi um grande passo conquistado rapi-
damente, depois de apenas um ano de negociações.
Em paralelo, tem avançado o conhecimen-
to sobre acordos voltados para o aumento da trans-
parência, a luta contra a corrupção, o incentivo à
participação social e ao desenvolvimento de novas
tecnologias que tornem os governos mais responsá-
veis por suas ações nos temas florestais, agrícolas
e climáticos. Proposta pioneira no país, o Imaflora
capacitou 200 líderes do setor agroflorestal em tor-
no desses temas por meio do curso Governo Aberto
para Lideranças em Clima, Floresta e Agricultura.
Para estimular o uso racional da terra o
instituto produziu também o Atlas da Agropecuá-
ria Brasileira, em parceria com o GeoLab da Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da USP.
A plataforma reúne dados georreferenciados da
malha fundiária no país, em todo o território na-
cional. No âmbito de São Paulo o Imaflora integra
o Observatório do Código Florestal e participa da
campanha #MaisFlorestaPRASaoPaulo que luta pela
implementação do Código Florestal no estado, com
foco no Plano de Recuperação Ambiental (PRA).
Em 2017 foram completados cinco anos da aprova-
ção do Código e do PRA. No entanto há ainda muito
por fazer para a sua concretização.
BASE DE DADOS ABERTA NO COMBATE
AO DESMATAMENTO
REDUZIR SIGNIFICATIVAMENTE ATIVIDADES ILEGAIS E PREDATÓRIAS NOS SETORES FLORESTAL E AGRÍCOLA.
OBJETIVOESTRATÉGICO
01
Com a criação de novas ferramentas de acesso a informação o Imaflora contribui para rastrear e conter o avanço da atividade agroflorestal ilegal.
14
O Imaflora busca incentivar a produção
florestal e agropecuária que respeite os recursos
naturais e os direitos dos trabalhadores e das co-
munidades do entorno. O Instituto acredita que a
certificação socioambiental pode ser instrumento
para isso, uma vez que contribui com os empreen-
dedores que aspiram se diferenciar nos mercados
onde atuam, com as florestas tropicais que se man-
têm conservadas e com os trabalhadores que têm
a oportunidade de garantir qualidade de vida para
suas famílias.
O setor florestal brasileiro apresenta dois
grandes cenários: o manejo de florestas nativas na
Amazônia e as plantações florestais. O Brasil tem
quase oito milhões de hectares de áreas de produ-
ção florestal e cerca de 70% já estão certificadas.
Quase todas as grandes empresas de plantações
florestais estão certificadas, além de boa parte das
médias. O interesse entre os pequenos produtores
aumentou no último ano. Cada vez mais produtores
independentes – que não estão ligados a grandes
empresas – procuram a certificação e ajustam seus
métodos de trabalho para alcançar um mercado
emergente que atribui valor a produtos oriundos de
práticas que respeitam a sociobiodiversidade.
Há necessidade ainda de um trabalho in-
tenso do Imaflora no âmbito das certificações de
florestas naturais para integrar produção com con-
servação. Atualmente o foco do instituto está nas
concessões, onde os governos disponibilizam às
empresas interessadas o direito de manejar susten-
tavelmente florestas naturais de domínio público. As
concessões, entretanto, passam por dificuldades de
implantação. Não houve avanços significativos em
certificação de empresas que atuam nessas áreas
de floresta na Amazônia. Por outro lado, um grande
número de comunidades tradicionais se mostram
dispostas a certificar suas produções madeireiras e
não-madeireiras, como a do açaí e do babaçu.
O líder do setor de Florestas do WWF Bra-
sil, Marco Lentini, considera que 2017 não foi um ano
bom para as certificações florestais embora, em sua
opinião, não tenha havido retrocessos. “Na área de
florestas plantadas o FSC continua sendo um ins-
trumento fundamental para impulsionar o mercado
de papel e celulose, mas na área de florestas nativas
a quantidade de certificações permanece pequena”,
diz Lentini. Para ele o setor espera por um impulso
na quantidade de certificações florestais empresa-
riais e comunitárias, que não vem: “A sociedade pre-
cisa engajar-se mais. É preciso criar um programa
bem-sucedido para multiplicar os casos de manejo
florestal em larga escala, especialmente no caso de
florestas nativas”, opina.
Na agricultura, 2017 trouxe notícias inte-
ressantes – de acordo com Luis Fernando Guedes
Pinto, gerente de Certificação Agrícola do Imaflo-
ra como o crescimento de 20% das áreas certifi-
cadas pelo instituto. Outra novidade é o aumento
do número de certificações na produção de frutas,
especialmente a laranja, em ecossistemas de Mata
Atlântica em transição com o Cerrado, nos estados
de São Paulo e de Minas Gerais. “A principal conse-
AMPLIAR SIGNIFICATIVAMENTE A QUANTIDADE E ÁREA DE EMPREENDIMENTOS
FLORESTAIS EAGRÍCOLAS QUE ADOTAM
PRÁTICAS E CERTIFICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS.
OBJETIVOESTRATÉGICO
02
CENÁRIO MODERADO NAS
CERTIFICAÇÕES
A certificação agrícola mostrou avanço e chegou à Caatinga. A florestal apresenta sucesso em plantações e a necessidade de alcançar escala no manejo de naturais.
15
quência é o enorme impacto social positivo com o
crescente número de trabalhadores e trabalhadoras
em condições dignas no campo”, reconhece Gue-
des. Outra repercussão satisfatória do trabalho do
Imaflora com a certificação da laranja é o maior con-
trole do uso de agrotóxicos, prática intensa e nociva
nesse tipo de cultura.
Quem também está vendo com bons olhos
o panorama da certificação agrícola no país é Ede-
gar Rosa, coordenador do Programa de Agricultu-
ra e Alimentos do WWF Brasil. Ele confirma que as
certificações no setor continuaram crescendo e se
desenvolvendo em termos de boas práticas, espe-
cialmente quanto à soja e à cana-de-açúcar. “Em
linhas gerais, novas metodologias de trabalho com-
plementares à certificação agrícola são cada vez
mais discutidas em termos de outros enfoques ju-
risdicionais, a visão mais integrada da paisagem en-
tre outras alternativas de produção. Tudo isso aca-
ba repercutindo em um ambiente interessante que
fortalece a sustentabilidade na agricultura”, acredita
Edegar Rosa. Os efeitos desses novos ares chega-
ram à Caatinga. Em 2017 o Imaflora levou pela pri-
meira vez a certificação agrícola a esse bioma, um
dos mais castigados pela ação humana. “Estamos
certificando frutas em pleno semiárido nas regiões
do Vale do São Francisco e também no estado do
Rio Grande do Norte”, anima-se Luis Fernando Gue-
des Pinto. Já na pecuária não houve nenhum novo
caso de certificação no país. Nesse campo, as cer-
tificações estão aquém do imaginado e mostra a
fragilidade e limitação do mercado por mudanças
positivas no setor. Temos um conjunto de fazendas
produtoras promovendo transformações ambientais
e sociais importantes, mostrando que a certificação
é viável. A escala, contudo, é ainda pequena e espe-
ra-se algo muito maior. Ao contrário de outras com-
modities, grande parte da produção fica no Brasil
enquanto o suco de laranja, o café e as frutas atin-
gem o mercado internacional, mais exigente.
16
PROMOVER ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO NO BRASIL.
OBJETIVOESTRATÉGICO
03
As mudanças climáticas causadas pela ação
humana estão no centro das preocupações de todos
os países neste século. No Brasil, cerca de um quinto
(22%) das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)
é proveniente das atividades agropecuárias, segundo
análise do Imaflora elaborada para o Sistema de Esti-
mativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg).
O país tem avançado no diálogo sobre agricultura de
baixo carbono, mas é preciso evoluir na implementação
em larga escala de atividades desse tipo.
O Imaflora segue promovendo ações de in-
centivo à produção sustentável no campo que contri-
buam com a redução das emissões. Em 2017 o insti-
tuto encabeçou o Grupo de Trabalho pela Agricultura
de Baixo Carbono (GT-ABC) do Fórum Brasileiro de
Mudanças Climáticas (FBMC). O GT-ABC entregou
ao presidente da República propostas de medidas
para a execução da Contribuição Nacionalmente De-
terminada (NDC), o documento governamental que
registra os principais compromissos e contribuições
do Brasil para o Acordo de Paris. “O Fórum foi recen-
temente reativado pelo presidente da república. Seu
papel é ser um espaço de diálogo entre a socieda-
de e o governo no tema Mudanças Climáticas. Nele
a sociedade elabora, propõe e comenta políticas de
governo que são diretamente enviadas ao presiden-
te”, explica Ciniro Costa Junior, analista de Clima e
Agricultura.
Liderado pelo Imaflora, o GT-ABC também
desenvolveu análises sobre políticas brasileiras no
setor agropecuário que subsidiaram a participação
brasileira na COP-23, em Bonn, na Alemanha. Repre-
PARTICIPAÇÃO DECISIVA NA
COP-23
O Imaflora apresentou propostas ao governo
federal e foi à Alemanha discutir
a agricultura de baixo carbono na
Conferência Mundial sobre o Clima.
sentantes do Imaflora estiveram na Conferência Mun-
dial sobre o Clima, na cidade alemã de Bonn, no final
de 2017, acompanhando as negociações e participan-
do de eventos. O destaque foi a nossa liderança, em
parceria com Conselho Empresarial Brasileiro para o
Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na discussão
que provocamos sobre barreiras e limitações de mo-
nitoramento de emissões na agricultura brasileira de
baixo carbono.
Junto com o Seeg o Imaflora foi responsá-
vel por estimativas pioneiras de variação de estoque
de carbono no solo em áreas agrícolas no Brasil. O
relatório analítico, lançado em 2017, também traz um
diagnóstico do Plano de Agricultura de Baixo Car-
bono (ABC) do Governo Federal. “Essas contas até
então nunca tinham sido feitas. Alertamos para os
problemas de implementação do plano ABC e como
ele está longe de cumprir seus objetivos”, opina o
analista de Clima e Agricultura do Imaflora.
Rachel Biderman, diretora-executiva do
WRI Brasil, organização internacional que atua na
proteção do meio ambiente e no bem estar humano,
comenta: “A ABC não está acontecendo no ritmo que
deveria, é preciso construir um modelo produtivo que
dê conta de recuperar nossas pastagens degradadas
em larga escala e assim atingir as metas propostas na
NDC brasileira. E o GHG Protocolo para Agricultura e
Florestas – amplamente testado pelo Imaflora – é fer-
ramenta importante para comprovar que a produção
de fato reduz as emissões de carbono no campo”,
conclui.
17
Para conservar Territórios de Diversida-
de Socioambiental e promover qualidade de vida
das suas populações o Imaflora fundamentou suas
ações em ações de promoção e valorização das ca-
deias da sociobiodiversidade; apoio à gestão mais
efetiva e transparente das Unidades de Conserva-
ção e dos recursos oriundos delas. Um dos desta-
ques no primeiro eixo é o Origens Brasil®. Lançada
em 2016 pelo Imaflora, em parceria com o Instituto
Socioambiental (ISA), a iniciativa estabelece me-
canismos que diferenciam, valorizam e garantem
a procedência da produção agroextrativista e dos
produtos da cultura das populações tradicionais e
povos indígenas que vivem nessas áreas protegidas.
O Xingu foi o primeiro território a ser re-
conhecido pelo Origens Brasil®, em 2016. Um ano
depois a iniciativa expandiu até a Calha Norte, outro
território bastante representativo e diverso cultural-
mente e em biodiversidade. No mesmo ano iniciou
as ações para expandir para o terceiro território. O
Origens Brasil® finalizou 2017 operando em 24 áreas
protegidas, com 908 produtores cadastrados de 23
diferentes etnias, comercializando 21 produtos em
parceria com 8 empresas.
Para o Origens Brasil, 2017 foi marcado
pelo processo de expansão da iniciativa, ampliando
sua atuação para um novo território, e novas áre-
as protegidas. Ampliamos consideravelmente o nú-
mero de produtores cadastrados, produtos comer-
cializados e empresas participantes, levando mais
benefícios para as populações tradicionais e povos
indígenas que vivem nessas áreas protegidas, ani-
ma-se Patrícia Cota Gomes, gestora no Imaflora do
Origens Brasil®. “Agora o Origens Brasil® precisa ter
abrangência territorial com um bom número de pro-
dutos da floresta chancelados com o selo. Acredito
que demos um grande passo em 2017 em relação a
essas duas questões”, reconhece André Villas-Bôas,
secretárioexecutivo do Instituto Socioambiental (ISA)
e membro do conselho gestor do Origens Brasil®.
O Imaflora também estabeleceu escritórios
locais em Alter do Chão (PA) e São Félix do Xingu
(PA). “Essa região compõe um imenso mosaico de
áreas protegidas onde estamos trabalhando desde
o apoio a organização das comunidades que vivem
ali – especialmente quilombolas e agricultores fami-
liares de assentamentos rurais – até a consolidação
de empreendimentos que permitam alternativas de
renda, como as Unidades de Beneficiamento de Ali-
mentos (UBAs)”, diz Roberto Palmieri, secretário-
-executivo adjunto do Imaflora.
Com o auxílio do Fundo Amazônia/BNDES
foi possível concluir a construção de quatro UBAs
em 2017 para alavancar ainda mais a produção. As
UBAs permitem que os alimentos produzidos pos-
sam ser processados agregando maior valor na co-
munidade. “É uma forma de melhorar a produção
CONCILIAR A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E O FORNECIMENTO
DE BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS DE FORMA SUSTENTÁVEL, COM A
GARANTIA DOS DIREITOS E DO BEM ESTAR DAS POPULAÇÕES LOCAIS DAS
ÁREAS PROTEGIDAS PÚBLICAS NA AMAZÔNIA.
OBJETIVOESTRATÉGICO
04
AÇÕES MÚLTIPLAS PARA A CONSERVAÇÃO
DA AMAZÔNIA
Valorizar os recursos, as populações e a
floresta em pé são as principais linhas de
atuação do Imaflora para alcançar esse
objetivo.
18
local, inclusive para colocar esses produtos na me-
renda escolar. Foi fantástico ver que houve uma
primeira venda da produção em 2016, das comu-
nidades quilombolas para fornecer para as escolas
municipais, com bons resultados. Em 2017 a venda
foi ainda mais representativa e com número maior
de famílias participantes. Melhorou a qualidade da
alimentação das crianças, pois os alimentos locais e
saudáveis substituem a comida enlatada, consumida
largamente nas escolas da região”, explica Palmieri.
Outra frente de trabalho que avançou foi na
área das concessões florestais. O Imaflora colaborou
com as prefeituras de Oriximiná, Paru e Terra Santa
para incentivar a gestão mais transparente e eficien-
te dos recursos oriundos das concessões florestais,
para trazer mais benefícios às comunidades. Em
cada uma dessas concessões a empresa deve pagar
um valor a ser revertido para o desenvolvimento de
atividades florestais nos municípios. Por desconheci-
mento, é um recurso mal aproveitado. “Diante desse
nosso aprendizado – tanto por termos estudado o
assunto, como por experiência prática com as três
prefeituras – estamos concluindo em parceria com o
SFB uma publicação de orientação que servirá para
instruir mais municípios que queiram bem aproveitar
os recursos das concessões florestais”, informa o se-
cretário-executivo adjunto do Imaflora.
O ICMS Verde, imposto pago por empre-
sas instaladas na Amazônia, também é uma fonte de
captação de recursos subutilizado pelos prefeitos
das cidades amazônicas. Junto com o Imazon-Ins-
tituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, a
ECAM e a Agenda Pública, o Imaflora está orientan-
do as prefeituras a utilizarem adequadamente es-
sas verbas em favor da conservação da floresta e
da qualidade de vida das populações tradicionais.
Nesse sentido, o Imaflora – em parceria com a Coa-
lizão Pro Unidades de Conservação – promoveu dis-
cussões para buscar outras fontes de recursos que
colaborem com a gestão de áreas protegidas e o
desenvolvimento de projetos.
19
Apesar de relativamente novo para o Ima-
flora, em termos de experiência adquirida, este ob-
jetivo tem avançado bastante nos seus propósitos
trazendo benefícios sociais notáveis para os agricul-
tores familiares. Os destaques de 2017 ficaram por
conta da produção de cacau na região de São Félix
do Xingu, no sudoeste do Pará. Nesse município já
existe uma atividade bem-sucedida do Imaflora de
estreitar relações com as comunidades locais por
meio da produção artesanal de polpa de frutas com
mulheres agricultoras. Com a produção de cacau,
o instituto atua com cerca de 200 produtores co-
operativados, incentivando boas práticas agrícolas
e detectando mercados potenciais para escoar a
produção. “Os agricultores familiares tiveram uma
valorização média de 70% no valor de venda do ca-
cau cultivado. É um impacto interessante para que
essas pessoas conquistem qualidade de vida. Em-
presas como a Indústria Brasileira de Cacau (IBC)
e a Amma Chocolates nos ajudaram nesse proces-
so”, afirma Eduardo Trevisan, gerente de projetos do
Imaflora.
Na área da rastreabilidade das cadeias pro-
dutivas na agricultura familiar o Imaflora segue com
o programa Nespresso AAA Sustainable Quality™
que garante a origem do café comercializado em
AMPLIAR OS BENEFÍCIOS DE AGRICULTORES
FAMILIARES ADVINDOS DA ADOÇÃO DE BOAS PRÁTICAS
SOCIOAMBIENTAIS E ACESSO AOS
MERCADOS.
OBJETIVOESTRATÉGICO
05
AGRICULTURA FAMILIAR EM
ALTA
Com o apoio do Imaflora grandes empresas cada vez mais se interessam pelos produtos de agricultores familiares.
cápsulas. Também colhe bons frutos com a cadeia
do guaraná no estado do Amazonas. Lá, o trabalho
é focado na rastreabilidade da produção do gua-
raná comercializado para a Coca-Cola Brasil, pelo
programa conhecido como Olhos da Floresta. “Com
o Olhos da Floresta desenvolvemos um sistema es-
pecífico de rastreabilidade da cadeia produtiva, a
pedido da própria empresa. Em 2017 a Coca-Cola
Brasil comprou 60 toneladas de guaraná provenien-
tes da agricultura familiar da cidade de Presidente
Figueiredo. Foi um passo muito importante para os
trabalhadores”, acredita Trevisan.
A Coca-Cola Brasil se compromete em ad-
quirir mais colheitas do guaraná produzido pela agri-
cultura familiar. Com o programa Olhos da Floresta
o Imaflora está conseguindo não somente capacitar
os produtores familiares, como implantar novas áre-
as em mais de 10 hectares de guaraná. Essas ações
permitem a venda rastreada de um produto, genui-
namente amazônico e originado do trabalho de 300
agricultores familiares diretamente para a Coca-Cola
Brasil. “Internamente houve um grande desenvolvi-
mento da equipe a respeito dessa estratégia. Esta-
mos criando maturidade sobre como trabalhar com
esses públicos e envolvendo mais parcerias”, conclui
o gerente de projetos do Imaflora.
“O programa Olhos da Floresta vem cres-
cendo. Em 2017 aumentou 25% em volume de com-
pra das famílias cadastradas e em 2018 atingirá 11
municípios. Toda esta operação está robustamente
suportada pelo sistema de rastreabilidade inspecio-
nado pelo Imaflora”, reconhece João Carlos Jr., es-
pecialista em Agricultura no Amazonas da Coca-Co-
la Brasil. Ele acredita que a resposta dos produtores
tem sido positiva nos encontros promovidos para
avaliação e planejamento das atividades do calen-
dário agrícola.
Para o gerente de projetos do Imaflora,
Eduardo Trevisan, é preciso ainda incluir a agricul-
tura familiar na certificação agrícola com o selo
Rainforest Alliance. Esse é, agora, o grande desafio.
“Queremos incrementar a assistência técnica espe-
cífica para que esses agricultores possam acessar os
mercados”. O Imaflora está captando novos proje-
tos na linha de agricultura familiar e fortalecendo os
que já estão em andamento. Técnicos do instituto
participam de discussões de políticas públicas nesse
tema para que a agricultura familiar se torne, pouco
a pouco, uma prática disseminada ampliando a ge-
ração de renda para mais famílias no Brasil.
20
Para organizar convenientemente os pro-
cessos de trabalho em todos os seus setores de
atuação, o Imaflora identificou a necessidade de
criar mais este objetivo. Ele é fruto de um amadu-
recimento institucional que está possibilitando sin-
cronizar seis áreas para as operações do Imaflora:
Sistemas de Monitoramento – que engloba também
as equipes de Tecnologia de Informação (TI) e Big
Data – Administração e Finanças, Núcleo Social, Co-
municação, Conectando Saberes, além do Sistema
de Gestão Integrada (SGI).
Desde que esse objetivo foi implantado,
em 2017, foram detectados avanços significativos
nessa integração com as áreas alimentando umas
às outras sucessivamente, acredita a secretária
executiva do Imaflora, Laura de Santis Prada. “Tem
sido um exercício constante de olhar para dentro da
instituição, identificar problemas e superá-los em
conjunto. O Imaflora produz muito conhecimento,
mas não conseguia organizá-lo eficientemente. En-
tão 2017 foi um ano em que evoluímos muito den-
tro desse objetivo. As equipes de TI e Big Data têm
sido de grande valia na obtenção de melhores resul-
tados na gestão desse conhecimento”, reconhece.
Na área de Sistemas de Monitoramento,
por exemplo, aconteceram progressos importan-
tes, entre eles o estabelecimento de suportes mais
robustos para acreditação ao sistema FSC dentro
do setor florestal. O Conectando Saberes também
se desenvolveu no primeiro ano e foi um dos pila-
res de sustentação desse objetivo. Como o próprio
nome sugere, a área é um espaço institucional que
estimula a conexão de habilidades e aptidões de
pessoas e redes para, juntos, colaborar e inovar na
criação de soluções. “Temos trabalhado na concep-
ção e implementação de espaços tangíveis e intan-
gíveis que reflitam os valores do Imaflora e sejam
estimuladores de desenvolvimento humano, inova-
ção e soluções customizadas”, explica Daniele Rua,
coordenadora do Conectando Saberes. “Foram me-
ses de muita experimentação, ousadia e aprendi-
zado desenvolvendo espaços, ativando comunida-
des e apoiando empreendedores”, define Daniele.
O Núcleo Social dedicou-se principalmente para a
discussão das concessões florestais – instrumento
para a conservação das florestas públicas. Em ape-
nas um ano, participou de interlocuções com gesto-
res governamentais, entidades não governamentais
e diversas comunidades tradicionais que vivem em
territórios onde o Imaflora atua. A área de comuni-
cação foi fortalecida e passou a ser reconhecida por
seu papel de balizadora da identidade, da imagem
e do posicionamento institucional. “Trabalhamos
na construção e na implantação das diretrizes ins-
titucionais que pautam a comunicação do Imaflo-
ra, além de integrar a área as demais operações do
Imaflora”, salienta Priscila Mantelatto, coordenado-
ra de comunicação. A secretária executiva do Ima-
flora, Laura de Santis crê que a integração e sintonia
entre os principais eixos do instituto dará mais au-
tonomia para todos os coordenadores de áreas no
sentido de experimentarem novas ferramentas, dis-
cutir e propor melhores soluções de trabalho. “Com
essa verdadeira reforma organizacional de dentro
para fora será possível cumprir com maior eficiência
nossa missão”, finaliza.
MANTER E FORTALECER A CAPACIDADE INSTITUCIONAL PARA MELHOR CUMPRIR A MISSÃO DO IMAFLORA.
OBJETIVOESTRATÉGICO
06
POR UMA GESTÃO MAIS
INTEGRADA
Sincronia entre as áreas de atuação interna está permitindo maior organização dos processos de trabalho dentro do instituto.
21
IMAF
LORA
NA
MÍD
IA
118MATÉRIAS PUBLICADAS
+27.608SEGUIDORESE FANS
PRINCIPAISMANCHETES DO
ACESSE AQUI1.138
POSTAGENS
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MILHÕES DE VISUALIZAÇÕES
+229VÍDEOS
GEST
ÃO D
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ECIM
ENTO
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24
MILHÕES
3 ÚLTIMOS ANOS
FUNDOSOCIAL
FUNDOPATRIMONIAL
1,9 R$
2,5
Financiadores, doações,parcerias e patrocínios
Certificação eAssistência Técnica
BNDES
Gov. ACRE/BID
MOORE
WWF
Anônimo
Coca-Cola
NWF/MOORE
Good Energies
CLUA
Nestlé / Nespresso
GCP
Avina
IPAM/NORAD
Rainforest Alliance
ECAM/USAID
Diversos (< $ 100 mil)
Confira a relação dos principais financiadores,patrocinadores, doadores e parceiros na página: www.imaflora.org/doadores-transparencia.php.
SERVIÇOS
PROJETOSO
RIGE
M D
OS
RECU
RSO
S RECEITA
MILH
ÕES
17,1
MILH
ÕES
19,3
MILHÕESR$11,8
MILHÕESR$11,0
MILH
ÕES
22,8
2015
2016
2017
34
8
87
7
5
5
5
33
3
21 11
6
25
2016 2017RECEITAS TOTAIS 19.316.084 22.768.896
Receitas serviços 11.031.260 11.748.746
Receita de financiadores 8.284.824 11.020.150
DESPESAS TOTAIS 18.633.676 21.270.730
Custos Operacionais 15.169.749 17.709.348
Despesas Indiretas 3.463.927 3.561.382
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 682.408 1.498.166
Arrecadação Fundo Social 291.656 334.643
RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO 390.752 1.163.523
Resultado Financeiro Líquido 146.441 - 87.780
Dedução Resultado de Projetos (invest. de veiculos/barcos /equipto) - -
Rend. Financeiro Fundo Social - -
RESULTADO LÍQUIDO FINAL 244.311 1.075.743
Nos links a seguir, acesse informações sobre:
Demonstrações contábeis completas e notas explicativas.
Balanço social.
RESUMOFINANCEIRO
26
O Fundo é constituído por 5% dos contratos da certificação firmados com empresas e tem por objetivo subsidiar a certificação de pequenos produtores e apoiar projetos comunitários.
UTI
LIZA
ÇÃO
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2 Reservas Extrativistas;1 Reserva de Desenvolvimento Sustentável;1 Flona;1 Terra Indígena;
MadeiraAçaíCastanhaBabaçu
PAE (Assentamento)Indígenas
Ribeirinhos
72COMUNIDADESTRADICIONAIS
FAMÍLIAS1.099
CERTIFICAÇÃOCOMUNITÁRIA
FAMÍLIASBENEFICIADAS
ÁREASPROTEGIDAS
PRINCIPAISCADEIAS
PRODUTIVAS
28
EQUIPE Akif Raimundo de Jesus
Alessandro Rodrigues
Alexandre Sakavicius Borges
Aline Maria Scotton
Amanda Santos Duarte
Ana Gabriela Abe Angeli
Ana Patricia Cota Gomes
Anderson Matheus Cardoso
Andressa Caroline de Resende Neve
Bruno Bianchim Martim
Bruno Brazil de Souza
Carolina Donato Costa
Casio Trajano da Luz
Celma Gomes de Oliveira
Cibele Raymundo
Ciniro Costa Junior
Daniele Renata Rua
Daniella Macedo
David Escaquete
Debora Cristina Perineti Pardo Daltroso
Edenilson Benedito Garcia
Eder Nascimento Galucio
Edson Roberto Teramoto
Eduardo Trevisan Gonçalves
Eduardo Vinicius Silva Borges
Ellen Keyti Cavalheri
Evelin Fagundes dos Santos
Felipe Jose Cerignoni
Fernando Nunes da Silva
Guilherme de Andrade Lopes
Heidi Cristina Buzato
Helga de Oliveira Yamaki
Isabel Garcia Drigo
Janaina Nascimento Joaquim
Jessica Fernanda Gaise
João Carlos Fortunato Junior
Jonas Gebara Muraro Serrate Cordeiro
José Marcos de Carvalho
Junia Karst Caminha Ruggiero
Karina Daroque Orlando
Laura de Santis Prada
Leo Eduardo de Campos Ferreira
Leonardo Martin Sobral
Lisandro Inakake de Souza
Lorena Mangabeira Sobral
Luis Fernando Guedes Pinto
Luiz Antonio Carvalho e S. Brasi Filho
Marcelo Hugo de Medeiros Bezerra
Marcos Bastos Planello
Marcos Froes Nachtergaele
Margarete Guarnieri Bertochi
Maria de Fatima de Castro Nunes Pereira
Mariana Aparecida Pertile Kantovitz
Mariana Finotti
Marina Jordão Bragion
Marina Piatto
Matheus Magalhães da Silva
Milton Paulo Ferreira
Moises Felix de Carvalho Neto
Natali Vilas Boas Silveira
Nathalia da Mota Passo Vicente Ribeiro
Oséias Mendes da Costa
Priscila Graziela Motta Mantelatto
Rafael Antonio Breviglieiro
Rafaelle Diane Silva Feitosa
Renato Pellegrini Morgado
Ricardo Camargo Cardoso
Roberto Hoffmann Palmieri
Robson Feichas Vieira
Rodrigo Costa Rugue
Rosângela Sattolo Salvador
Samantha Stefane Gomes
Sonia Maria de Souza
Tharic Pires Dias Galuchi
Tomas Mauricio A. Lima da Costa Carvalho
Vera Aparecida de Figueiredo
Vinicius Guidotti de Faria
Vitor Franca Lopes dos Santos
Winnie Thamyris Ribeiro de Oliveira
30
CONSELHOS EASSOCIADOS
Adalberto Veríssimo
Associado e membro do Conselho Diretor
Adauto Tadeu Basílio
Associado e membro do Conselho Fiscal
André Villas-Bôas
Associado e membro do Conselho Diretor
Célia Cruz
Associada e presidente do Conselho Diretor
Erika Bechara
Associada e membro do Conselho Fiscal
Fábio de Albuquerque
Associado e membro do Conselho Consultivo
Laura Prada
Associada
Marcelo Paixão
Associado e membro do Conselho Consultivo
Maria Zulmira de Souza
Associada e membro do Conselho Diretor
Marilena Lazzarini
Associada e membro do Conselho Consultivo
Mario Mantovani
Associado e membro do Conselho Consultivo
Ricardo Abramovay
Associado e membro do Conselho Diretor
Rubens Mazon
Associado e membro do Conselho Fiscal
Rubens Ramos Mendonça
Associado e membro do Conselho Consultivo
Sérgio A. P. Esteves
Associado e membro do Conselho Diretor
Tasso Rezende de Azevedo
Associado e Vice-presidente do Conselho Diretor
31
PARCEIROS
MEMBROS DE FÓRUNS,REDES, ENTIDADES
E INICIATIVAS COLETIVAS
• Accountability Framework
• Associação Sul-mato-grossense dos produtores
de novilho precoce
• Campanha #maisflorestaPRASãoPaulo
• CFA (Collaboration for Forests and Agriculture)
• Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura
• Coalizão Pro-UCs
• Comissão de Estudo Especial de Manejo
Florestal (ABNT/CEE-103)
• Comissão de Gestão de Florestas Públicas -
CGFLOP - Serviço Florestal Brasileiro.
• Consórcio Calha Norte
• Consórcio Cerrado das Águas
• Diálogo Florestal
• FBMC (Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas)
• FBOMS (Fórum Brasileiro de ONGs e
Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento)
• GT Florestas
• FSC® Brasil - Forest Stewardship Council®
(Conselho de Manejo Florestal)
• FSC® Internacional - Forest Stewardship
Council®
• Grupo da Sociedade Civil para o
Desmatamento Zero
• Grupo de Trabalho Brasil da Plataforma
Global do Café (GCP)
• Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para
Governo Aberto
• GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária
Sustentável)
• IUCN (International Union for Conservation of
Nature)
• Moratória da Soja - GTS (Grupo de Trabalho
da Soja)
• Observatório Cidadão de Piracicaba
• Observatório do Clima
• Observatório do Código Florestal
• PainelBio
• Projeto Cacau São Félix do Xingu
• RAS (Rede de Agricultura Sustentável)
• REDD SES
• Rede Brasil para o Pacto Global
• Rede Mata Atlântica
• #RESISTA
• TFA 2020
• The Access Initiative
• UEBT (União para o BioComércio Ético)
• WCPA (World Commission on Protected
Areas)
32
PARCEIROS
PARCERIASBILATERAIS
• Associação Sul-mato-grossense dos produtores de novilho precoce – Novilho Precoce - MS
• CCAFS-CGIAR
• CEPEA-Esalq
• Chalmers University of Technology
• COOPERFLORESTA
• ECAM (Equipe de Conservação da Amazônia)
• EMBRAPA
• ESALQ - USP
• Federação dos Cafeicultores do Cerrado
• ICMBio
• GeoLab – ESALQ
• Global Canopy Program
• Grupo Roncador
• Ideflor-Bio - Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará
• IDESAM (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas)
• IFT (Instituto Floresta Tropical)
• Instituto Escolhas
• Instituto Terroá
• ISA (Instituto Socioambiental)
• Kirwane - Desenvolvimento Integral
• KTH - Suécia
• Lastrop/ESALQ-USP
• Novos Urbanos
• NSC/Grupo Natureza, Sociedade e Conservação
• OCT (Organização de Conservação de Terras)
• Oxford Centre for Tropical Forests - Universidade de Oxford
• Projeto GII
• Rainforest Alliance
• Sebrae-MG
• SFB (Serviço Florestal Brasileiro)
• Solidariedad
• Stockholm Environment Institute
• Sustentabilidade.com.br
• UEBT (União para o BioComércio Ético)
• UNESP Botucatu
• WRI (World Resources Institute)
33
Estrada Chico Mendes, 185 CEP 13426-420 | Piracicaba | SP Tel.: +55 19 3429.0800 [email protected] www.imaflora.org
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