UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI – UFPI UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAPI
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA
COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO CAMPUS BURITI DOS LOPES
FRANCISCO VIEIRA DOS SANTOS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV NO ENSINO MÉDIO
MURICI DOS PORTELAS, PI 2016
FRANCISCO VIEIRA DOS SANTOS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV NO ENSINO FUNDAMENTAL
Relatório apresentado à Disciplina Estágio Supervisionado IV, do Curso de Licenciatura Plena em Matemática, da Universidade Federal do Piauí, para obtenção de aprovação.
Orientador: Prof. Ms. Luiz Gonzaga Pires
MURICI DOS PORTELAS, PI 2016
Dedicamos este trabalho a todos os educadores que estiveram conosco durante o processo de graduação, em especial aqueles que nos contagiaram com seu entusiasmo, compromisso, ética e competência. Por serem não só educadores, mas formadores de pessoas, e acreditam na Educação como fonte principal para transformar uma nação.
AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus pelas tantas oportunidades de a minha
família que sempre me apoiou. Agraço também a toda a equipe de gestão,
discentes e pessoal de apoio da Unidade Escolar de Ensino Médio Otávio
Esórcio Gomes que me recebeu e apoiou durante o desenvolvimento do
estágio.
“Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. Agente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”.
Paulo Freire
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 6
CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................... 6
JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 8
OBJETIVOS ............................................................................................................... 9
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 10
CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ................................................................... 12
HISTORIA ............................................................................................................. 12
ESPAÇO FÍSICO .................................................................................................. 12
CORPO DOCENTE .............................................................................................. 13
PROFISSIONAIS DE APOIO ................................................................................ 14
CORPO DISCENTE .............................................................................................. 14
PROBLEMÁTICAS ENFRENTADAS .................................................................... 15
CASOS DE SUCESSO ......................................................................................... 15
CARACTERÍSTICAS DA TURMA ............................................................................ 17
ETAPAS DO ESTÁGIO ............................................................................................ 19
OBSERVAÇÃO DA SALA DE AULA ..................................................................... 19
DOCENCIA ........................................................................................................... 20
PREPARAÇÃO DE CONTEÚDOS ............................................................ 20
RELATO DA PRATICA PEDAGOGICA DO ALUNO: FRANCISCO VEIRA
DOS SANTOS ........................................................................................... 21
CONSIDERAÇOES FINAIS ..................................................................................... 27
ANEXOS .................................................................................................................. 30
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 17
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1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste sentido entramos no campo do Estágio Supervisionado IV
encaixado dentro da disciplina de Estágio Supervisionado IV, do Curso de
Licenciatura em Matemática, este um ato amparado no Art. 61, parágrafo
único, inciso II da LDBE 9394/96 é uma exigência nos cursos de formação de
professores referente à formação profissional com duração de 120 horas, uma
vez que oportuniza a ambientação dos discentes com a área em que atuarão e
viabiliza a interação real entre teoria e prática, permitindo constatar o contraste
gritante.
A essência que permeia e ao mesmo tempo dá o ponto de partida do
trabalho é o pensamento “Ensinar se aprende ensinando”, uma paráfrase de
Carlos Drummond de Andrade (“Amar se aprende amando”), que no meio
docente soa como senso comum, mas que passa a ganhar significância para
os discentes da licenciatura a partir do contato com o Estágio Supervisionado,
mais especificamente o IV.
Compreende-se ainda que os cursos de licenciatura devam relacionar
teoria e prática de forma interdisciplinar, os componentes curriculares não
podem ser isolados. Por isso, o estágio supervisionado deve ser considerado
como um componente que articula o conhecimento construído durante a vida
acadêmica e os conhecimentos já formado sobre a função preparando os
discentes para aplicá-lo em sala de aula como profissionais.
Nesse contexto, o Estagio Supervisionado IV, atividade obrigatória no
Curso de Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Federal do
Piaui (UFPI) tem o objetivo de concretizar o contato dos alunos com o ambiente
profissional por meio da docência empírica da sala de aula de uma escola do
Ensino Médio.
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A partir desta disciplina, os alunos vão estabelecer um confronto ainda
maior entre o conteúdo teórico estudado e a prática desenvolvida em um
ambiente real de ensino tornando relevante o papel da escola, da função na
formação de seres humanos como cidadãos.
Ao longo do tempo vemos a interferência da escola (educação) na
formação do ser humano, seja esta psíquica, emocional ou social. Entender
esses os processos que ali ocorrem se torna um aliado, capaz de reformular o
pensamento dos entes envolvidos, a fim de contribuir para um melhoramento
eficaz da qualidade destes. Neste contexto constata-se o surgimento da
observação, algo mais que um mero olhar, mas com essência investigativa
científica. Entender como algo ocorre, onde, pra que, permite claramente um
amadurecimento profissional.
Além do conceito generalista, reproduzido com frequência para definir o
estágio: atividade de caráter educativo e complementar ao ensino, com a
finalidade de integrar o estudante em um ambiente profissional, o estágio
curricular supervisionado, deve colocar o futuro profissional em contato com as
diferentes realidades sociais, econômicas e culturais, proporcionando vivência
e experiências que permitam ao estudante desenvolver uma consciência crítica
e a capacidade de compreender a realidade e interferir sobre ela. Propicia
ainda o início de uma rede de relacionamentos profissionais e a confirmação
dos interesses para determinada área de atuação diante das possibilidades
apresentadas pela profissão.
O presente relatório está baseado em aulas de matemática ministrada
na Unidade Escolar de Ensino Médio, Na Cidade de Murici dos Portelas. Além
do estágio propriamente dito, foram contextualizado experiências profissionais
dos últimos dois anos trabalhando na respectiva unidade de ensino, ofertando
aos alunos além da matemática, as disciplinas de química, filosofia e
sociologia. O estagio respeitou as normativas impostas pelo documento
orientador no quesito tempo entre outros, auxiliado pelos professores tutores.
O período de estágio de estágio representa ao profissional um momento
de ascensão e amadurecimento, levando a uma reflexão não isolada de sua
ação, mas da abrangência temporal da sua influencia no corpo social, podendo
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mudar direções, podendo mudar vidas. Todos os questionamentos propostos
permitem uma nova visão do trabalho, gerenciar informações e repassa-las se
tornam habilidades ínfimas diante um contexto complexo, uma mudança
exigida constantemente.
1.2 JUSTIFICATIVA
O estágio observacional faz parte do currículo da Disciplina Estágio
Supervisionado III, do curso de Licenciatura Plena em Matemática, oferecido
pela Universidade Federal do Piauí, sendo um relatório elaborado como base
em observações investigativas realizadas em escolas. Está baseado na LDB
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação), quando fundamenta o estágio
supervisionado para a formação do profissionais da educação no art. 61 e
impõe a necessidade da associação entre a teoria e a pratica.
Como profissional de qualquer área é importante conhecer o ambiente
de trabalho, percebendo ali dificuldades e facilidades. A observação como um
método cientifico, e não fugaz, permite ao graduando perceber a realidade da
escola, colocando em confronto teoria e realidade e calculando a distância
entre ambas, partindo deste pressuposto o aluno terá um conhecimento
empírico, levando – o a uma reflexão profunda sobre sua função dentro da
escola e consecutivamente na sociedade.
Para que os trabalhos fossem realizados a observação se tornou algo
forte, não apenas um olhar qualquer, mas um olhar com objetivos claros,
predefinidos e buscando alcançar metas, seguindo uma lógica investigativa e
reflexiva. O fator observação é algo que vivenciado no dia-a-dia, muitos dos
simples atos que realiza-se no cotidiano, como acontecimentos corriqueiros, ou
que sabe-se algo a respeito, contribuem para o nosso desenvolvimento
cognitivo, psicológico, ético, moral (Leandro Vilar e Ana Paula Brito, 2014).
Enfim, pode-se perceber claramente a importância do estágio
supervisionado que não pode ser visto como uma disciplina qualquer, mas
como um prenúncio das atividades que irá realizar ( o professor), tem uma
suma importância dentro do curso, pois logo – logo estará em uma escola, o
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos maiores desafios para o discente do curso de matemática é o de
unir a teoria e a prática associando com situações do cotidiano e até objetos
para um bom desempenho no decorrer de sua profissão. Dessa forma o
Estágio Supervisionado desempenha o papel de modelador na preparação do
licenciando durante o estágio.
Diante dessa realidade Pimenta (1997, p. 21) nos afirma que: Os
Estágios Supervisionados são “as atividades que os alunos deverão realizar
durante o seu curso de formação, junto ao futuro campo de trabalho”.
Relacionada à afirmação de Pimenta, Piconez (2000, p. 16) diz: “os estágios
são vinculados ao componente curricular Prática de Ensino cujo o objetivo é o
preparo do licenciamento para o exercício do magistério em determinada área
de ensino ou disciplina de 1º e 2º graus”.
Atualmente vemos cada vez mais docentes incapacitados para o
exercício da profissão providos pela formação deficiente durante o seu
processo acadêmico, o qual reflete na prática inoperante e ineficiente em sala
de aula refletindo na atual situação da educação brasileira, como nos afirma
Paulo Freire(2007):
Saber que devo respeito à autonomia, à dignidade e à identidade do
educando e, na prática, procurar a coerência com este saber, me leva
inapelavelmente à criação de algumas virtudes ou qualidades sem as quais
aquele saber vira inautêntico, palavreado vazio e inoperante.
Desse modo constatamos que o Estágio Supervisionado não é
valorizado em sua essência, pois se trata de um momento crucial para a
concretização dos conhecimentos adquiridos e ressignificação da profissão.
Sabemos que o Estágio Supervisionado proporciona momentos de
conhecimento a cerca da realidade que o graduando irá enfrentar, mas, não
tem sido o local adequado para a aquisição da experiência prática e sim um
observatório para reflexão docente sobre a prática. Não tão distante a essa
afirmação temos a confirmação de Azevedo (apud PICONEZ, idem, p. 17) que
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o processo experimental (Estágio) na realidade é “uma teoria colocada no início
dos cursos e uma prática colocada no final deles caracterizada de Estágio
Supervisionado mostrando claramente a distância existente entre teoria e
prática”. Ou seja, na graduação aprendemos teorias descontextualizadas com
a realidade das salas de aulas, formando profissionais incapacitados,
despreparados com métodos inoperantes e ineficientes.
O que de todos os acadêmicos almejam é uma formação que de fato
propicie um paralelo entre teoria e prática constantes a cada disciplina
apresentada na graduação, e assim, formados não só pela teoria e capacitados
com a prática obter a devida experiência para uma prática eficiente e eficaz.
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4 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
4.1 HISTORIA
A historia da escola OEG,
carinhosamente chamada, está em
paralelo com a chegado do ensino
médio na cidade. Antes da
instituição da unidade de ensino os
alunos se deslocavam a cidade
vizinha, cerca de sessenta
quilômetros, a fim de ter acesso ao
ensino médio. Para sanar as
dificuldades em 2003 foi construído
um prédio que somente no ano
seguinte ofereceu o ensino médio.
No inicio funcionava apenas em
dois turnos regulares, com o
aumento da demanda foi – se
necessário abrir no terceiro turno e
atender a jovens e adultos.
No ano de 2014 foram comemorados dez anos de ensino médio no
município, com a realização de desfile que envolveu todos os alunos da sede
do município
Nos seus mais de dez anos, apenas três diretores estiveram a frente da escola,
as professoras Ivoneide Dutra de Araujo, Francisca das Chagas Rodrigues dos
Santos e Charlene Ribeiro Sales. Desde a sua formação a escola tem sido
como uma ponte sustentável para a ascensão social, mudando a perspectiva
de vida de muitos alunos.
4.2 ESPAÇO FÍSICO
O prédio da escola tem 13 anos e ainda não passou por reformas no intuito de
ampliação. Conta com 6 salas de aula, porem duas estão sendo utilizadas para
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laboratório de informática e biblioteca. Há um pátio dando acesso a secretaria,
sala dos professores, banheiros feminino e masculino e a cantina. As salas são
espaçosas com carteiras confortáveis e com ventiladores que não impedem
muito a ação do calor no turno a tarde. O laboratório de informática equipado
com 10 computadores oferece internet aos alunos com ambiente climatizado, já
os a biblioteca oferece algumas obras, no entanto a maioria do acervo é
representado pro livros do didáticos dos alunos.
A escola tem inicio de seus trabalhos a partir das seis horas com a chegada do
pessoal da limpeza, as sete horas tem inicio ao turno da manha, as treze horas
inicio do turno tarde e pela dezoito e trinta tem inicio o turno noite indo até as
vinte e duas horas. Todas as salas destinadas uso dos professores para
ministração da aula são utilizadas, exceto a noite que apenas duas ficam a
cargo de aulas.
Neste ano a escola cedeu o laboratório para uso de uma empresa a fim de
fomentar a educação na área da informática para alunos e população em geral,
além desta concessão acontecem reuniões frequentes de sindicatos,
associações e outras organizações no espaço da escola.
A escola tem um espaço moderado que não permite praticas, por exemplo, de
esportes, é utilizada um ginásio do município. A secretara é equipada com
armários, arquivos, estantes e computadores com impressoras para suporte
aos professores, que tem uma sala própria com banheiro integrado. A diretora
não tem uma sala própria.
4.3 CORPO DOCENTE
O corpo docente da escola é composto
por professores da rede estadual
contratados e concursados e sendo a
maioria pertencente a rede municipal de
ensino. Há na escola 12 professores
entre celetistas e concursados que
atendem uma demanda de
aproximadamente 250 alunos. Todos os
docentes possuem curso superior e alguns possuem especialização.
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Do montante de professores apenas três são concursados e as professoras
que formam o corpo diretor.
4.4 PROFISSIONAIS DE APOIO
Os profissionais de apoio são representados pelos zeladores, merendeiros,
técnicos e demais profissionais. A escola conta apenas com um zelador, duas
merendeiras, um secretario, uma coordenadora, um vigia e uma diretora, que
dividem serviços a fim de manter uma boa organização da escola. Os trabalhos
são pre-definidos a fim de garantir um bom funcionamento da escola.
4.5 CORPO DISCENTE
O corpo discente é formado por alunos na faixa etária de 14 a 20 anos
no regular e com alunos que alcançam 45 anos na EJA. São alunos que não
causam problemas, passivos e que apenas mostram desinteresse em relação
ao desenvolvimento de atividades.
A grande preocupação da direção é “falta de compromisso e garra dos
alunos” – segundo a coordenadora. A situação se tornou preocupante na sala
onde foi desenvolvido o estágio (1º ano regular), com mais de cinquenta alunos
em uma sala de 35 m². É perceptível a evasão que ocorre após o intervalo,
cerca de trinta por cento da sala se ausenta. Esta sala foi foco de muitas
conversas, em diversos momentos a coordenadora utilizava horários inteiros
para debater a situação e tentar estimular os alunos a focarem nos estudos.
A clientela da EJA é madura, mas que mantem – se ausente, nem
sempre – de acordo com os professores – é possível contar com todos os
alunos reunidos, as suas presenças são fragmentadas.
Na VI Etapa, onde foi desenvolvido as atividades de estagio, o problema
maior foi lidar com alunos usuários de entorpecentes, que não completam a
carga horaria suficiente, mas que não geram problemas na sala de aula.
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4.6 PROBLEMÁTICAS ENFRENTADAS
Como citada anteriormente, a escola conta com um publico diversificado,
sendo cerca de 70% de seus alunos da zona rural, a distorção idade-serie é
algo preocupante e que exige cuidados especiais.
Neste ano, o maior problema enfrentado, além dos comuns como
gravidez na adolescência, evasão, é o desestímulo dos alunos. De acordo com
os professores, os alunos estão dispersos, sem um foco, sem segurança. Fato
este fortalecido pela ausência de professores inicio das aulas, por falta de
pagamentos para este profissionais. O não funcionamento completo da
biblioteca e laboratório de informática com a maioria dos computadores
danificados são problemáticas da atual gestão que sofre também com a
insuficiência de recursos ate para manter a merenda, que sempre foi de
qualidade.
Dentre as problemáticas enfrentadas na escola e perceptível é a
ausência do corpo diretor em muitas situações. Durante o estágio foi
necessário a mudança de horários pela falta de professores, estes
ausentavam-se seNo turno noite há, principalmente, o problema de drogas,
alguns alunos utilizam e, muitas vezes, vão para a escola.
4.7 CASOS DE SUCESSO
A escola conta com muitas historias de superação e que merecem ser
contadas e recontadas. Há um numero grande de alunos que já são
profissionais graduados e outros tantos que estão cursando faculdade. A
escola tem cumprindo com seu papel transformador da sociedade e do ser
humano, observa-se esse fato pela quantidade de alunos que hoje formam
famílias, foram aprovados em concursos, vestibulares e outros testes. Como
exemplo existem atualmente 5 profissionais da escola que hoje trabalham no
mesmo espaço que outrora eram alunos. Há um professor, um zelador, duas
merendeiras e um vigia, todos estes exercendo atividades na escola.
Para o filosofo Antonio Gramsci a escola a função de dar acesso à
cultura das classes dominantes, para que todos pudessem ser cidadãos
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plenos, neste sentido a instituição mantem-se com a missão principal
enfrentado sempre as dificuldades comuns.
A escola teve o compromisso e matem de formar cidadãos mudando
expectativas de vida e respeitando a integridade física e moral de cada aluno,
sempre influenciando os alunos a participarem de concursos, vestibulares e o
próprio ENEM.
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tempo. Não é fácil desenvolver atividades em salas com contingentes
saturados e não participativos, há necessidade de estímulos constantes para
que o publico reveja a importância do estudo.
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6 ETAPAS DO ESTÁGIO
6.1 OBSERVAÇÃO DA SALA DE AULA
No Estágio Supervisionado IV há uma oportunidade de observar a
pratica do professor e o que ele alcança com os alunos. Antes mesmo de entrar
na sala de aula, a conduta e pratica pedagógica foi observada a fim de detectar
anomalias e prever situações. O professor titular elabora seu planejamento
seguindo orientações dos parâmetros curriculares nacionais e a realidade da
turma, que demonstrou nos exames aplicados deficiências expressivas no
tocante a conteúdos elementares e de obrigação por parte dos alunos para
compreenderem.
O professor conta com apoio da diretora que é formada em matemática
e da coordenadora para separar os conteúdos a serem aplicados, enfatizando
a importância da união de todas as partes para proporcionar qualidade, como
cita Onrubia:
O ensino deve ser entendido (...) como uma ajuda ao processo de aprendizagem. Ajuda necessária, porque sem ela é muito pouco provável que os alunos cheguem a aprender, e a aprender da maneira mais significativa possível, os conhecimentos necessários para seu desenvolvimento pessoal e para sua capacidade de compreensão da realidade e de atuação nela. Entretanto, só ajuda, porque o ensino não substitui a atividade mental construtiva do aluno, nem ocupa seu lugar (Onrubia, 1994, p. 101).
A participação efetiva aproxima a sala de aula da direção e vice-versa.
Diante as problemáticas enfrentadas na sala de aula, pelos alunos e o contexto
social e econômico impedem ações construtivas, mas impulsionam novas
atitudes e projetos. Como o “Sarau” em comemoração ao dia dos namorados
que quebrou o a ideia da escola como um local onde apenas conhecimentos
são ensinados, tornando-a um centro educacional e cultural respeitando o
espaço de cada ente que pertence ao corpo escolar. A ausência dos alunos da
EJA foi algo impressionante, apenas 5 (cinco) alunos compareceram para
assistir o evento. É um publico que merece atenção, pois são alunos
desmotivados, cansados apresentando muitas deficiências, não foram
trabalhados de forma correta no ensino fundamental.
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Apesar da calmaria na escola da VI etapa, houve desentendimentos com
alunos em atos de desrespeito para com a equipe gestora, com violência
verbal, mas que foi reprimida e forma imediata.
Os alunos de um modo geral dispersos, alcançam resultados
impressionantes quando decidem focar na aula e em objetivos pessoais. Nos
exames realizados a maioria dos alunos ficaram abaixo da média, mesmo a
prova tendo um nível mais baixo. A explicação é dada em uma só voz por
todos os professores: alunos ainda não compreenderam o motivo real de
estarem ali. As duas turmas apresentam alunos com diversas características e
que merecem respeito pela sua historia (muitos de superação).
A realidade observada é muito diferente daquela encontrada em livros
de cunho pedagógico e que muitas ações e/ou práticas que se dizem
especificas são insuficientes a fim de permitir uma aula apropriada. Durante o
estágio, foi necessário sempre intervenções próprias e particulares a fim de
garantir a atenção da sala já que havia necessidade, muitas vezes, de um
animador de torcidas.
6.2 DOCENCIA
6.2.1 PREPARAÇÃO DE CONTEÚDOS
A preparação de conteúdos foi baseada na conversa com o professor
titular Francisco José da Silva para saber qual tópico seria necessário
trabalhar. Além do conteúdo o dialogo permitiu detectar deficiências na turma e
definir uma metodologia apropriada, para enriquecer foram feitas pesquisas na
internet a fim de procurar questões complementares para os alunos.
Seguindo as orientações do professor titular todo o conteúdo estava
baseado na teoria dos conjuntos e funções, sendo o enfoque as funções do
primeiro grau. Como fonte de estudo foi utilizado o livro didático da editora
Ática Contexto e Aplicações do autor Luiz Roberto Dante. Para diversificar as
fontes, questões retiradas de sítios da internet foram extraídas e devidamente
separadas e aplicadas aos alunos. Houve também a necessidade de utilização
de vídeos para a compreensão melhor de conteúdos por parte do professor
estagiário.
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Todos os conteúdos foram pesquisados para serem aplicados nas salas
de 1º ano regular e EJA, a fim de atender as necessidades dos alunos, estes
foram acompanhados e avaliados pelo professor titular e coordenadora da
escola, autorizando a execução dos planos elaborados.
6.2.2 RELATO DA PRATICA PEDAGOGICA DO ALUNO: FRANCISCO VEIRA DOS
SANTOS
A observação e atividades docentes foram realizadas nas turmas de 1º
ano Ensino Médio Regular e VI etapa EJA da Unidade Escolar de Ensino
Médio Otávio Escórcio Gomes, na cidade de Murici dos Portelas – PI, estas
turmas tendo como professor titular o professor Francisco José da Silva, a qual
desempenha um belo papel como agente transformador de realidades. O
estagio teve inicio no dia 20 de abril de 2016, sendo apresentado pela manha o
oficio e primeira aula durante a tarde. Porém, algumas observações já tinham
sido realizadas semanas antes pelo professor estagiário, tentando captar a
parte organizacional da escola.
A apresentação se deu por parte da coordenadora Francisca das
Chagas Rodrigues dos Santos, tendo uma boa recepção por parte das turmas,
já que o professor estagiário já ministrava química aos alunos desde o inicio do
semestre. Após a apresentação houve a aula propriamente dita e inicial, tendo
iniciado revendo conteúdos já visto pelo professor titular e questões sobre
assuntos diversos a fim de sondar o potencial dos alunos. Foi um impacto
perceber a dificuldade de trabalhar com as quatro operações fundamentais,
principalmente divisão (o que é comum em muitas turmas). Para sanar os
déficits, fez-se necessários aulas especificas a fim de rever os conteúdos
supracitados.
O conteúdo em foco, foi a teoria dos conjuntos, mais precisamente
funções e suas representações como gráfico e leis matemáticas. Dentre as
funções trabalhadas, a do 1º grau foi a mais intensificada, isto porque envolvia
resolução de equações, sendo mais uma barreira para os alunos que não se
tornaram independentes pela deficiência. Durante as aulas sempre se fez
necessário retornar conteúdos outrora estudados e o desanimo e falta de foco
convergiam para dificuldades iminentes e presentes continuamente. Os alunos
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se recusavam a utilizar o caderno como registro das aulas, a maioria fitava os
olhos no professor estagiário, mas era perceptível que estavam distantes
demais para serem alcançados pelo professor.
1º ano do Ensino médio turno tarde - A turma com maior diversidade
em toda a escola, sempre mostrou deficiências graves e que sempre são
repassadas ao professor. O desafio de estar contendo 55 alunos numa sala de
aula com mais de 35º não é uma tarefa simples, há um consumo pessoal e
desgaste que acarreta desestimulo corrente. Houve necessidade de muita
alegria e métodos nada convencionais para despertar a atenção dos alunos. O
uso de expressões do cotidiano e tradução de muitas definições da matemática
foram essenciais para uma comunicação clara com os alunos, trazer a
aplicação de funções para a realidade do alunos também foi necessário e
importante. Uma comunicação não formalizada permitiu facilmente uma
compreensão das dificuldades dos alunos e que muito trabalho tinha o titular da
turma.
Nesta turma foi notável perceber a distância gigantesca entre as teorias
da educação e a realidade do ensino brasileiro, onde a qualidade é ferida por
dificuldades de infraestrutura e pessoal especializado. Durante as aulas os
professores sempre chegam ao limite ao tentar conter a sala e estimular para
olhem a importância do estudo. Desenvolver atividade na sala não foi tão fácil,
o espaço comprimido com apenas 80 cm (oitenta centímetros) da primeira
carteira para o quadro a inviabilidade para locomoção era drástica e
causticante.
Nesta sala foram aplicadas diversas listas de exercícios para que os
alunos resolvessem em dupla, trio, quarteto. Onde conhecimentos eram
compartilhados, entendendo que muitos alunos aprendiam mais com os
colegas e colocando em prática os conhecimentos teóricos do que em uma
aula normal expositiva. Neste exercícios os alunos tinham oportunidades de
esclarecer duvidas severas quando o professor corrigia os exercícios
categoricamente.
As atividades desenvolvidas foram as mais simples. O conteúdo era
apresentado por meio de conversa informal a fim de descobrir o que os alunos
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sabiam sobre o conteúdo que seria estudado. Ao final da conversa era passado
um exercício de pesquisa por meio do livro didático e com permissão do uso de
aparelhos eletrônicos de acesso a internet. Após esse primeiro contato eram
apresentadas situações em que iriam utilizar tal conteúdo e eram passados
diversos exemplos, no caso de funções do primeiro grau, os alunos deveriam
descobrir o valor da função quando o “x” tinha um dado valor numérico. Os
exercícios também envolviam definições de alguns tópicos como função
crescente e/ou função linear.
A construção de gráficos, representando funções, foi um grande
problema. Antes de iniciar, foi necessário rever conceitos de plano cartesiano,
par ordenado e relação binaria além da localização e pontos no gráfico. Depois
de rever foi utilizada a ferramenta GeoGebra (um software que permite uma
construção de gráfico e trabalhar com geometria). A aula de GeoGebra,
ocorrida nos dias 4 (quatro) e 25 de maio não foi tão interessante quanto o
esperado, os alunos não mostraram tanta empolgação e a aula não alcançou o
objetivo proposto, tendo em vista o ambiente com temperatura acima do normal
e além de falta de interação dos alunos.
O contingente de alunos que observam com atenção as aulas e fazem
anotações além de cumprir com suas obrigações não chega a 20%, a maioria
fica disperso sem a mínima preocupação ao não ser no momento de aplicação
de exames. Chamar a atenção ou atrair a atenção era motivo de luxo e a falta
de força própria impedia os alunos de continuarem cumprindo suas
responsabilidades.
A aplicação de exames na sala não foi um momento tão prazeroso, as
duvidas recaiam nos alunos com grandes pedaços de rocha e que afligiam – os
de sobremaneira que ficavam estacionados, como se o tempo parasse. Os
alunos insistiam em esclarecer duvidas em um momento inoportuno, sendo
repreendidos pelo professor. Ao final, o resultado das avaliações não foram
satisfatórias, não deixaram um sentimento de dever cumprindo por parte do
estagiário. A frustração foi sanada pelo fato das outras disciplinas resultados
piores ocorreram o que gerou uma onde de reclamações na reunião de com o
corpo gestor.
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Dentre fatos que merecem relevância e lembrança está o plano de aula
elaborado para no dia 19 de maio em que havia tempo estimado em 40
minutos, mas que os alunos conseguiram finalizar somente com dois horários,
o que permitiu usar um mesmo plano de aula. Isso se dá as grandes
deficiências dos alunos para solucionar questões simples como divisão e
resolução de equações. A capacidade de abstração dos alunos também é
reduzido, impedindo um avanço gradual rápido pelo professor.
Percebendo a necessidade de trabalhar outras áreas nos alunos foi
proposto uma aula diferenciada, onde a base seria uma dinâmica em que todos
participassem o percebessem a importância do próximo no cotidiano
(Informações detalhadas estão nos anexos). Na dinâmica, para inicio foi
colocada uma imagem no quadro acrílico e cada aluno deveria colocar uma
palavra referente a imagem e, em seguida, cada aluno recebia uma frase e
existia uma frase com outro colega que completava o sentido. O aluno teria que
ler a frase para que seu par se manifestasse, a este deveria saudá-lo com um
abraço amigável ou aperto de mão. Ao final foi lido um texto reflexivo
ressaltando a importância do próximo.
Apesar da ideia interessante,
neste dia foram poucos alunos, apenas
24, o que deixou a brincadeira vaga, no
entanto os poucos que participaram
estavam atentos e, pelas reações a
dinâmica surtiu efeito – objetivo
alcançado. Durante o momento de
descontração, todo o cansaço e
desanimo foi abandonado e cada um
tomou atitude de ir na frente (algo
anormal) e ler a frase. Foram risadas sem controle, olhos cheios de lagrimas de
tanto rir, mas que foram cessadas pela leitura do texto.
De modo geral, a sala reagiu bem, com problemáticas comuns apesar
de serem mais agravadas, até mesmo o uso do celular em sala é controlado
pelo professor estagiário, sendo alunos que respeitam a autoridade do mestre,
Figura 2 Realização da dinâmica
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os discentes mostraram evolução apesar de lenta. Participativos quando
exigidos, os alunos a medida das aulas perdiam a vergonha de ir na frente e
responder questões no quadro. Tudo isso contribui para convencimento que os
alunos podem ir mais longe.
VI Etapa turno noite - A VI etapa da EJA na escola estadual de ensino
médio é uma sala especial, com alunos provenientes de uma má formação e
outros tantos que estão retomando o estudo novamente, enfrenta dificuldades
comuns. É sempre necessário atenção para alguns alunos, que não
acompanham e tem deficiências em conteúdos elementares como subtração e
divisão de números inteiros. Apesar de ser EJA era passado o mesmo
conteúdo para as duas turmas: Funções.
As aulas, em sua maioria eram expositivas com aplicação de exercícios
para verificar o nível de assimilação e como analise da situação da sala.
Durante as explicações poucos perguntas e nostalgia geral, poucos alunos
realizavam registros em seus cadernos, pois todo o esquema do conteúdo era
inserido no quadro, já que não disponibilizavam de livros didáticos. Durante os
exercícios todas as respostas eram expostas no quadro acrílico e depois cada
questão era comentada, um momento de interação. Foi fácil verificar o fato dos
alunos, apesarem de estarem cansados, eram participativos quando era para
responder questões no quadro. Durante as aulas eram propostas atividades de
raciocínio logico em que os alunos deveriam desenvolver o estratégias para
responder.
Todas as aulas seguiram a mesma sequencia e métodos, nada de
diferente até pelo fato de tempo insuficiente para preparar momentos mais
prazerosos. A reação dos alunos não surpreenderam o professor estagiário,
apesar de nada mudar nos métodos, houve uma boa aceitação sendo estes
compreensíveis.
Dentro da sala, apenas preocupação com alunos que usavam
entorpecentes, mas que não levaram perigo. Casos como brigas na escola e
alunos embriagados foram presenciados durante o estagio e até discussões
de alunos desrespeitando o corpo gestor, mas que não afetaram as aulas.
Alguns conflitos ocorreram quando ao chegar na sala – o professor estagiário –
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e alunos negociavam para ir embora, a atitude do estagiário foi solicitar que os
alunos que desejavam irem embora fossem e ficassem apenas aqueles que
queriam assistir aula, pronto, solucionado o problema.
Um dos grandes problemas foi o fato de alguns horários serem após o
terceiro e a ausência constante de muitos alunos. Era claro perceber que
muitos alunos não compareciam a todas as aulas, um problema recorrente e
sem uma solução tão imediata, já que a escola deve se tornar um local atrativo
e agradável que desperte no aluno o desejo em estar ali e até como uma
válvula de escape para sucesso profissional e ascensão social.
Dentre os alunos da turma de VI Etapa, dos alunos observados, a
maioria não tem ou não teve uma estrutura familiar compatível, reflexo da atual
situação. A atuação do professor deve estar pautada na inclusão e respeito ao
aluno como ser humano reconhecendo sua capacidade de recomeçar e seu
real potencial encoberto pelas ondas traumáticas de um passado que não é tão
remoto, pelo fato de ainda está alojado. O trabalho do professor estagiário na
turma de EJA estava norteado pela compreensão das atribuições diárias de
cada aluno e com uma didática diferenciada para atender as reais
necessidades dos alunos.
Todo o esforço de elaboração de atividade para esta turma foi vista
durante a correção dos exames em que a maioria das notas foram razoáveis
permitindo acreditar que houve êxito no processo ensino aprendizagem.
27
8 CONSIDERAÇOES FINAIS
Estagiar é um momento único e revelador para o aluno graduando,
depois de passar pelo ensino fundamental anos finais, estar agora no ensino
médio traz uma nova inferência na carreira docente, mais uma bagagem solida
para agregar ao currículo de experiências. O choque ao se deparar com uma
escola publica cheia de perolas, em que cidadãos e profissionais são criados e
transformados, num espaço onde nasce e renasce sonhos contrastando-se
com o abandono dos órgãos públicos e descaso do governo. A triste realidade
da escola publica é amenizada pelo amor dos professores que usam e abusam
de si a fim de garantir uma qualidade na educação, inventando e reinventando
métodos eficazes constituídos de muito auto estima e inteligência.
O momento ou momentos na escola permite ao professor graduando
uma visão ampla e horizontal de uma realidade que a mídia insiste em
esconder, reativando desejos de mudanças imediatas, principalmente na
postura. A primeira ideia que é pulverizada trata-se do fato de todos estarem ali
não por um salario alto, mas muitos ainda insistem pelo fato de estarem
engajados e ainda acreditando em mudanças realmente visíveis e que levarão
a uma ordem e progresso.
O desenvolvimento do estágio nas turmas de primeiro ano foram
suficientes para renovar, mudando o conceito da profissão e reforçando o fato
de colocar sempre o amor na frente do dinheiro. A satisfação em ver vidas
mudadas e progredindo é um combustível para a carreira docente, levando – o
a alcançar paz em ver o sucesso de seus alunos e sempre desejando
ascensão por parte dos deles. A nova visão torna o professor um ser ativo no
contexto escolar e carente de reciclagem contínua, adaptando – se sempre as
novas realidades.
Com apenas um pincel e um apagador o professor dirige-se a sala de
aula, acreditando que é, ainda possível, salvar uma geração – pensamento
épico de um sonhador. No entanto, os sonhos que são construídos ao longo do
curso, principalmente ao estudar autores famosos da pedagogia, são
remodelados diante as dificuldades comuns das escolas publicas. Lidar sem
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uso, por exemplo, de mídias digitais e aparelhos eletrônicos, com alunos que
vivem a tecnologia, que estão conectados 24 horas por dia, torna – se um
sufrágio. Professor, momento tortura parte dois – gritou uma aluna no segundo
horário seguido de matemática, é, na verdade, um grito de socorro, pois o
professor conta com recursos limitados e deve-se respeitar que nem todos tem
uma criatividade natural para desenvolver atividades dinâmicas e suficientes
para adquirir qualidade no processo ensino aprendizagem, substituindo a
tecnologia propriamente dita. A falta de recursos dentro dos espaços escolares
torna-se um problema corrente e deixa o trabalho do professor limitado, queira
ele ou não, uma cruz única da profissão que é contornada pelo bom humor e
uma crença de que vai mudar.
Olhando para a formação da EJA, vê-se uma proposta cauterizada,
insuficiente criando uma geração sem conteúdo. Desde a formação inicial até a
chegado no ensino médio, em que o aluno alcança um nível de deficiências
muito grande. Alunos estes, que são jogados de etapa em etapa, criando uma
faixa marginalizada de discentes que tornam-se incapazes de ascensão
profissional, por exemplo. É algo preocupante, saber que estes alunos estão
indo por ir, não há uma imagem clara de transformadora da sociedade, a
escola não passa de um reles lugar de encontros e reencontros, onde o aluno
pode ir e vir a hora que bem entender. A falta de disciplina é evidente, algo que
é construído desde de a I Etapa, a má formação implica no pensamento critico
dos alunos, onde são seres passivos, socialmente falando, conformados e que
tem objetivos sem embasamento solido. Tendo em vista a importância do
espaço escolar com ambiente de transformação social e seu grau de
interatividade proporcionando seres contagiados por um altruísmo próprio,
comparando com a realidade corrente o Sistema de Ensino EJA brasileiro não
tem cumprindo de forma honesta com seu papel. Logo as escolas não
disponibilizam de uma equipe própria para trabalhar com esses alunos e falta
de recursos inviabiliza resultados positivos, levando a constantes fracassos,
onde os discentes são menosprezados pela sociedade por fazerem parte desta
modalidade.
Estagiar em uma turma assim proporciona os acadêmicos do curso de
Matemática uma experiência mais significativa para conhecer realmente todos
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os lados da educação, principalmente no que se refere à educação dos menos
favorecidos, onde os desafios realmente são bem maiores. A esse respeito
Werneck (1999) apud Silva e Santos (2002) elucida que:
Educar é difícil, é trabalhoso, exige dedicação, sobretudo aos que mais necessitam. Transferir problemas é fugir da verdadeira educação, é uma espécie de médico que transfere o doente de hospital, lava as suas mãos e não se sente comprometido com o caso quando da morte do paciente, porque aconteceu em outro hospital e em outras mãos.
O estagio serviu, principalmente, como uma retomada de valores e
ações compreendendo que o campo educacional reflete em todos os setores
sociais e um erro simples e pequeno sempre será uma bomba atômica na
sociedade. Tomando por base o período em sala de aula, foi evidente que sem
as ferramentas adequadas, estas pedagógicas, não é possível o professor
executar sua pratica e obter êxito, a real necessidade de cumprimento de todos
os processos que envolvem um universo maior, que é o ensino, requer uma
complexidade de recursos materiais e humanos, aquele essencial a
continuidade de uma sociedade justa e progressista. A visão adquirida depois
de estar em sala de aula como um estagiário permite gerar e conceber
questões reflexivas construtivas auxiliadoras dos processos educacionais da
vida de um professor, paralelamente o enquanto ser humano é desenvolvido a
capacidade de amar e colocar com ênfase a missão do ser humano enquanto
professor: ajudar sempre, desistir nunca.
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TABELA DE HORARIOS
1º ANO TURNO TARDE
HORARIOS/ DIAS SEG TEÇ QUART QUINT SEXTA
1 HORARIO 13:00h
2 HORARIO 13:50h X X
3 HORARIO 14:40h X
INTERVALO
4 HORARIO 15:45h
5 HORARIO 16:30h X
6 HORARIO 17:15h
VI ETAPA
HORARIOS/ DIAS SEG TEÇ QUART QUINT SEXTA
1 HORARIO 18:30h X
2 HORARIO 19:10h
3 HORARIO 19:50h
INTERVALO
4 HORARIO 20:40h X X
5 HORARIO 21:20h X
NÃO HÁ SEXTO HORARIO DURANTE O TURNO NOITE
6
1. Complete a tabela de funções fazendo os cálculos e encontre os pares ordenados:
a. f(x)=x+2
X x+2 y (x,y)
0 0+2 2 (0,2)
1
2
3
4
7
10
15
b. f(x)=3x-5
X 3x-5 y (x,y)
-2 3.(-2)-5 = -6-5
-11 (-2,-11)
-1 3.(-1)-5 = -3-5
0
1
2
3
c. f(x)=3x+5
X 3x+5 y (x,y)
-2 3.(-2)+5 = -6+5
-1 (-2,-1)
-1
0
1
2
d. f(x)=x²
x x² y (x,y)
-2 (-2)² 4 (-2,4)
-1
0
1
2
3 3² 9 (3,9)
4
7
9
10
e. f(x)= -x +2
x -x+2 y (x,y)
0 -(0)+2 2 (0,2)
1 -1+2 1
2
3
4 -4+2 -2 (4,-2)
5
10
f. f(x)=10x-100
x 10x-100 y (x,y)
0 10.0-100 =0-100
-100 (0,-100)
1 10.1-100 =10-100
-90 (1,-90)
2
3
4
5
10
5
Atividade III
Localize os pontos no plano cartesiano:
(a) A = ( 0 , 4 ) (c) C = ( 3 , - 4 ) (e) E = ( 0 , 0 )
(b) B = ( - 4 , 5 ) (d) D = ( 2 , 2 )
_____________________________________________
3. No plano cartesiano abaixo, escreva os pares ordenados de cada ponto:
______________________________________________
4. Considere os segmentos g e k indicados no seguinte plano cartesiano. Determine as coordenadas de suas extremidades.
6
_____________________________________________
5. trace os segmentos AB e MN:
A = ( 3, 4 ) e B = (─ 3 , ─ 4)
M = (─ 1, 2 ) e N = (─ 1, ─ 1)
______________________________________________
6. Na figura destacada no plano cartesiano, determine:
- os pares ordenados dos vértices;
- a área;
- o perímetro.
______________________________________________
7. Na figura destacada no plano cartesiano, determine:
- os pares ordenados dos vértices;
- a área;
- o perímetro.
7
_____________________________________________
8. Observe a circunferência traçada no plano cartesiano e dê o que se pede:
As coordenadas do ponto M, a medida do raio e o comprimento da circunferência.
9.
Quais são as coordenadas que estão indicando a cidade do Estado:
a) do Acre
b) do Mato Grosso do Sul
c) do Rio Grande do Norte
d) de Minas Gerais
e) do Amazonas
f) do Espirito Santo
g) de Roraima
h) do Rio Grande do Sul
i) do Pará
j) de Mato Grosso
k) de Pernambuco
l) de São Paulo
5
6
Figura 3 Relatório do Professor Francisco José Silva
7
Figura 4 Avaliação por parte do professor titular
8
Figura 5 Declaração de fim de estágio
9
10
11
12
PRINCIPAIS FOTOGRAFIAS DURANTE O ESTÁGIO
Figura 6 Aplicação de atividade turma 1º ano Tarde
Figura 7 Horário de intervalo turno noite
13
Figura 8 Palestra sobre abuso sexual de crianças e adolescentes
Figura 9 Professor estagiário durante aulas
14
Figura 10 Passeata realizada contra o abuso de menosres
Figura 11 Apresentação no ginásio sobre abuso sexual de menores
Figura 12 Aula realizada dia 19 de maio Ensinando a trabalhar com Geogebra
15
Figura 13 Aluno do turno noite respondendo atividade no quadro
Figura 14 Resolução du exercicios durante a aula de matemática
16
Figura 15 Alunos do turno tarde (1º ano)
Figura 16 Professor estagiário em atividade
17
Figura 17 Momento de descontração na sala de aula
Figura 18 Execução da dinâmica com êxito
18
BIBLIOGRAFIA
BATISTA, Jeanne Gomes de Souza. Relatório Supervisionado IV no Ensino
Fundamental. Natal/PI: Universidade Estadual Vale do Acaraú, 2012.
EXERCICIOS SOBRE FUNÇÃO DO 1º GRAU. Disponível em:
<http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-
sobre-funcao-1-o-grau.htm> Acessa em 19 de abril de 2016.
KRAEMER, Maria Elizabeth. Avaliação da aprendizagem como processo
construtivo de um novo fazer. Apostila Avaliação Educacional, p. 7
PIRES, Luiz Gonzaga. Estágio Supervisionado IV em Matemática. Teresina/PI:
UFPI/UAPI/CEAD, 2013.
SANTOS, Francisco Vieira dos. Relatório de Estágio Supervisionado IV em
Matemática. Buriti dos Lopes/PI: UFPI/EaD, 2015.
SANTOS, Maria do Carmo Gomes. Relatório Final de Estágio Supervisionado I e
II, Educar para preservar. Parnaíba: FAP/EaD, 2012.
SANTOS, Rosangela Alves dos. Relatório de Estágio Supervisionado I. Vitória da
Conquista/BA: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB/DCE, 2010.