Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
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U N I D A D E L O C A L D E S A Ú D E D A G U A R D A , E P E
RELATÓRIO DE
GESTÃO
2008
Guarda, 30 de Agosto de 2009
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
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S U M Á R I O
Pág.
1. Mensagem do Conselho de Administração 3
2. Elementos de Identificação 5
3. Missão, Objectivos, Princípios e Valores 7
4. Governo da Sociedade 11
5. Enquadramento da U.L.S. Guarda, E.P.E. 34
6. Recursos e Produção 61
7. Situação Económica e Financeira 95
8. Certificação Legal de Contas e Relatório do
Fiscal Único 117
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1. MENSAGEM DO CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
Desde 1 de Outubro de 2008, data da criação da ULS da Guarda, EPE e
até final do ano foram dados passos importantes e significativos para cimentar
a gestão integrada das várias Unidades de Saúde, potenciando competências,
sinergias e complementaridades indutoras da valorização e crescimento
sustentado, tornando-as mais habilitadas e apetrechadas para enfrentar, com
sucesso, os desafios exigentes que o futuro imediato nos colocava.
Nesse sentido, a afirmação e consideração de uma estratégia, claramente
delineada e definida, centrada, por um lado, no reforço de integração dos
diferentes tipos de cuidados (Primários, Hospitalares, Continuados e de Saúde
Pública), com vista a um acompanhamento regular, adequado e rigoroso, numa
visão global e integrada das respectivas actividades e, por outro lado, numa
aposta em novas áreas, segundo regras do mercado – oferta/procura – numa
perspectiva de constante evolução, especialização e mobilização em torno de
projectos, criativos e inovadores, que positivamente nos diferenciem.
Simultaneamente, procedeu-se à análise rigorosa e muito cuidada dos
novos projectos de investimento, a saber:
• Criação de Unidade de Cirurgia de Ambulatório
• Criação da Unidade de A.V.C.
• Remodelação do Serviço de Medicina
• Obras de adaptação das instalações da ex. Sub Região de Saúde
• Criação de Unidade de Cirurgia da Coluna
• Criação do Serviço de Urologia
• Equipamento do Hospital de Seia
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• Equipamento do Centro de Saúde da Guarda
• Equipamento da Unidade de Saúde Familiar, A Ribeirinha
• Registo de Saúde Electrónico
e à avaliação de oportunidades em novas áreas, nomeadamente:
• Rentabilização da oferta existente em M.C.D.T.s, em especial nos
Laboratórios de Análises Clínicas, de modo a reduzir/minimizar o
recurso a entidades externas/convencionadas;
• Estudo para a eventual concessão de exploração dos Serviços
Hospitalares de Imagiologia, tendo em conta a existência de apenas
uma médica para toda a U.L.S. e de modo a garantir oferta atempada e
de qualidade;
• Estabelecimento de uma rede de transportes articulada para toda a
U.L.S. para garantir eficiência;
• Reformulação do Regulamento de Transportes de modo a desincentivar
as deslocações em táxi e assim reduzir os custos;
• Estabelecimento de uma rede de telecomunicações para toda a U.L.S.
de modo a minimizar os custos de comunicações telefónicas;
• Criação de intranet, de modo a que, numa lógica de “paper free”, as
comunicações escritas possam desenvolver-se em ambiente virtual.
Fizemos, desde o início, o nosso caminho sem hesitações ou inflexões de
rumo, com o mesmo grau de rigor, exigência, entusiasmo e determinação fiéis
aos nossos valores, bem conscientes das nossas responsabilidades sociais e
empenhados em prestar o nosso contributo na promoção da saúde, apostados
em privilegiar a qualificação e valorização, dignificação e motivação dos nossos
colaboradores, sabendo merecer a sua confiança e corresponder aos anseios e
expectativas dos nossos Utentes.
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2. ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO
2.1. Dados Gerais
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
Parque da Saúde
Av. Rainha Dona Amélia
6300-858 GUARDA
Telefone: 271 200 301- 271 200 302
Fax: 271 200 305
NIF: 508 752 000
2.2. Natureza Jurídica
Criada através do Decreto-Lei nº 183/2008 de 4 de Setembro, a U.L.S.
Guarda, E.P.E. é uma pessoa colectiva de direito público de natureza
empresarial, dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
A U.L.S. Guarda, E.P.E. rege-se também pelo regime jurídico aplicável às
entidades públicas empresariais, pelos seus estatutos e pelas normas em vigor
para o Serviço Nacional de Saúde.
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2.3. Âmbito da Actividade
A U.L.S. Guarda, E.P.E. integra o Hospital de Sousa Martins (Guarda), o
Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia) e os Centros de Saúde do
distrito da Guarda, com excepção dos Centros de Saúde de Aguiar da Beira e
Vila Nova de Foz Côa.
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3. MISSÃO, OBJECTIVOS, PRINCÍPIOS E
VALORES
3.1. Missão
A ULS Guarda, EPE tem como missão proporcionar serviços públicos de
saúde que permitam a maior abrangência de cuidados à população da sua área
de influência e a todos os cidadãos em geral, num projecto partilhado e global
que vise a obtenção de Qualidade, Acessibilidade, Eficácia e Eficiência,
contribuindo também para o futuro sustentável do SNS.
Desenvolve ensino e investigação de alta responsabilidade, por integrar a
Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior e colaborar
com as Escolas Superiores de Enfermagem e Escolas Superiores de Tecnologias
da Saúde e diferentes estabelecimentos de ensino secundário, superior e
universitário;
3.2. Visão
A ULS Guarda, EPE constitui-se como uma referência na prestação de
cuidados, na vivência comunitária, na relação com os parceiros, na formação
pré e pós graduada de novos prestadores de cuidados e na área da
investigação.
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3.3. Objectivos
A ULS Guarda, EPE tem como referencial comum o primado do cidadão, a
conciliação das estratégias de saúde (regionais e nacionais) e a optimização
dos recursos disponíveis.
A ULS Guarda, EPE deve prosseguir uma cultura orientadora de cuidados
personalizados e de excelência, tendo por objectivos:
1. Proporcionar à população abrangida o acesso aos cuidados e a
satisfação das suas necessidades em saúde, com níveis de qualidade
acrescidos;
2. Prestar cuidados de saúde de qualidade, em tempo oportuno, e em
ambiente humanizado;
3. Desenvolver um nível de ensino das ciências médicas, de
enfermagem, e das tecnologias da saúde, consentâneo com os
padrões nacionais e internacionais;
4. Desenvolver a investigação clínica e científica, promovendo a
afirmação da ciência e contribuindo para suportar iniciativas
empresariais credíveis, nas áreas das tecnologias da saúde;
5. Eficácia, eficiência e oportunidade, num quadro de desenvolvimento
económico e financeiro sustentável;
6. Cumprir os contratos programa e os planos de acção;
7. Desenvolver projectos de prestação de cuidados de saúde em
ambulatório e ao domicílio, de saúde pública, familiar e escolar;
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8. Desenvolver e fomentar a integração de cuidados de saúde,
garantindo a complementaridade dos cuidados prestados aos
cidadãos e promovendo sinergias entre os estabelecimentos
hospitalares, centros e extensões de saúde, com vista à
rentabilização e á melhoria dos cuidados de saúde prestados;
9. Criar dinâmicas de formação e investigação em que o conhecimento
seja também um pólo de atracção de Recursos Humanos e
desenvolver as acções de formação necessárias ao desempenho dos
seus colaboradores, assegurando o seu desenvolvimento profissional.
10. Desenvolver funções de gestão partilhada e de infra-estruturas com
capacidade de orientar e influenciar o sistema para garante da
excelência pretendida;
3.4. Princípios e Valores
3.4.1. Princípios
No desenvolvimento da sua actividade, a ULS Guarda, EPE e os seus
colaboradores regem-se pelos seguintes princípios:
• Legalidade, Igualdade, Proporcionalidade, Colaboração e Boa fé;
• Humanismo no relacionamento com os utentes e colegas de trabalho;
• Respeito pela dignidade humana;
• Qualidade nas prestações, com níveis de serviço e de resultados
elevados;
• Competência e da responsabilidade.
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3.4.2. Valores
Os Valores que orientam o comportamento e a actuação a ULS Guarda,
EPE são:
• Atitude centrada no doente e na promoção da saúde pública e da
comunidade, respeitando os valores do cidadão e da família;
• Cultura de excelência técnica, cientifica e do conhecimento, como um
valor a prosseguir continuamente;
• Cultura interna de multidisciplinaridade e de bom relacionamento no
trabalho;
• Responsabilidade Social, contribuindo para a optimização na utilização
dos recursos e da capacidade instalada.
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4. GOVERNO DA SOCIEDADE
4.1. Modelo de Governo
Cargo
Órgãos Sociais
Nomeação
Mandato
Presidente
Vogais Executivos
Vogal (1) Vogal (2) Vogal (3) Vogal (4)
Vogais Não
Executivos Vogal (5) Vogal (6) Efectivo Suplente
Conselho de Administração Dr. Fernando Monteiro Girão Dr. Vítor Manuel Alves Mendes da Mota Dr. Eduardo Martins Alves da Silva Dr.ª. Maria Adelaide Veloso Lucas Queiroz de Campos Enf. Maria Matilde Afonso da Silva Cardoso Fiscal Único Álvaro, Falcão & Associados, SROC representada por Dr. Guy Alberto Fernandes de Poças Falcão Dr.ª. Ana Isabel Silva de Andrade Fino de Sousa
01-10-2008
01-10-2008
01-10-2008
01-10-2008
01-10-2008
20-05-2009
20-05-2009
2008-2010
2008-2010 2008-2010
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2008-2010 2008-2010
2008-2010
2008-2010
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4.2. Estatuto Remuneratório
4.2.1. Conselho de Administração
4.2.1.1. Administradores Executivos
Presidente – Remuneração de 4.817,07 €, 14 vezes por ano;
– Despesas de Representação no valor 1.131,89 €, 12 vezes por
ano;
– Adicional de 2% no valor de 41,67 €, 12 vezes por ano
– Adicional de Clínica Geral no valor de 326,85 €, 12 vezes por ano
– Subsídio de Refeição no valor de 4,11 € por cada dia útil de
trabalho no ano 2008
Vogal 1 – Remuneração de 2.903,06 €, 14 vezes por ano;
– Despesas de Representação no valor 843,65 €, 12 vezes por
ano;
– Subsídio de Direcção/Chefia no valor de 290,31 €, 12 vezes por
ano
– Subsídio de Refeição no valor de 4,11 € por cada dia útil de
trabalho no ano 2008
Vogal 2 – Remuneração de 2.812,16 €, 14 vezes por ano;
– Despesas de Representação no valor 843,65 €, 12 vezes por
ano;
– Subsídio de Refeição no valor de 4,11 € por cada dia útil de
trabalho no ano 2008
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4.2.1.2. Administradores Não Executivos
Vogal 5 – Remuneração de 4.404,17 €, 14 vezes por ano;
– Despesas de Representação no valor 843,65 €, 12 vezes por
ano;
– Subsídio de Direcção/Chefia no valor de 166,83 €, 14 vezes por
ano
– Subsídio de Refeição no valor de 4,11 € por cada dia útil de
trabalho no ano 2008
Vogal 6 – Remuneração de 2.812,16 €, 14 vezes por ano;
– Despesas de Representação no valor 843,65 €, 12 vezes por
ano;
– Subsídio de Refeição no valor de 4,11 € por cada dia útil de
trabalho no ano 2008
4.2.2. Fiscal Único
4.2.2.1. Remunerações Certas e Permanentes
A remuneração do Fiscal Único corresponde a 25 % da remuneração
mensal do Cargo de Presidentes do Conselho de Administração da ULS da
Guarda, EPE, 12 vezes por ano, nos termos do Despacho nº 12045/2009
publicado na 2ª Série do Diário da República nº 97, de 20 de Maio de 2009,
com produção de efeitos a 1 de Outubro de 2008, data da constituição da ULS
da Guarda, EPE.
4.2.2.2. Outras Remunerações
Para além da remuneração, ao Fiscal Único são pagas as despesas de
transporte e alojamento e quaisquer outras realizadas no exercício das suas
funções, nos termos do art. 59º do Decreto Lei nº 487/99 de 16 Novembro.
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4.2.3. Encargos em 2008
Os encargos relativos aos órgãos de Gestão da ULS da Guarda, EPE
foram os seguintes:
4.2.3.1. Conselho de Administração
Presidente Vogal (1) Vogal (2) Vogal (3) Vogal (4) Vogal (5) Vogal (6)
1. Remuneração
1.1. Remuneração base 19.268 11.612 11.249 17.784 11.2491.2. Acumulação de funções de gestão 8711.3. Remuneração complementar 1.106 5001.4. despesas de representação 3.396 2.531 2.531 2.531 2.5311.5. Prémios de gestão (……meses)1.6. Outras (identificar detalhadamente)
2. Outras regalias e compensações2.1. Gastos de utilização telemóveis 210 210 210
2.4. Subsídio de deslocação2.5. Subsídio de refeição 254,82 254,82 258,93 254,82 254,822.6. Outros (identificar detalhadamente) 3288,14 1534,78 11,14 48,66
3. Encargos com benefícios sociais3.1. Segurança social obrigatório 2270,73 1392,03 1237,36 2034,11 1251,423.2. Planos complementares de reforma3.3. Seguros de saúde3.3. Seguros de vida3.4. Outros (identificar detalhadamente)
4. Informações Adicionais
4.2. Regime Segurança Social
4.6. Usufruto de casa de função
4.8. Outras (identificar detalhadamente)
2.2. Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço
2.3. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço
Não tem N Dispon
1.050
Não tem
4.1.Opção pelo vencimento de origem (s/n) SIM SIM NÃO SIM NÃO
4.3. Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005
4.4. Ano de aquisição de viatura pela empresa
4.5. Exercício opção aquisição de viatura de serviço
4.7. Exercício de funções remuneradas fora grupo
4.2.3.2. Fiscal Único
O Fiscal Único receberá em 2009 os valores correspondentes a 2008.
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4.3. Funções e Responsabilidades
4.3.1. Conselho de Administração
Presidente – Fernando Monteiro Girão
Presidente e Director Clínico dos Cuidados de Saúde
Primários
Vogal – Vítor Manuel Alves Mendes da Mota
Vogal Executivo – Áreas Logística, Económica, Financeira,
Planeamento e Controlo de Gestão,
Recursos Humanos e Segurança
Vogal – Eduardo Martins Alves da Silva
Vogal Executivo – Áreas de Instalações e Equipamentos,
Sistemas de Informação, Gestão de
Doentes, Serviço Social e Formação
Vogal – Dra. Maria Adelaide Veloso Lucas Queiroz de Campos
Directora Clínica dos Cuidados Hospitalares
Vogal – Maria Matilde Afonso da Silva Cardoso
Enfermeira Directora
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4.4. Síntese Curricular 4.4.1. Membros do Conselho de Administração 4.4.1.1. Administradores Executivos 4.4.1.1.1. Presidente do Conselho de Administração
Nome – Fernando Monteiro Girão
Data de Nascimento – 27 de Abril de 1956
Habilitações Académicas – Licenciatura em Medicina
Actividade Profissional – Médico 4.4.1.1.2. Vogal do Conselho de Administração
Nome – Vítor Manuel Alves Mendes da Mota
Data de Nascimento – 9 de Fevereiro de 1956
Habilitações Académicas – Mestrado em Gestão
Actividade Profissional – Administrador Hospitalar 4.4.1.1.3. Vogal do Conselho de Administração
Nome – Eduardo Martins Alves da Silva
Data de Nascimento – 19 de Maio de 1955
Habilitações Académicas – Licenciatura em Economia
Actividade Profissional – Director Comercial Cª Seguros
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4.4.1.2. Administradores Não Executivos
4.4.1.2.1. Vogal do Conselho de Administração
Nome – Maria Adelaide Veloso Lucas Queiroz de Campos Data de Nascimento – 23 de Novembro de 1959 Habilitações Académicas – Licenciatura em Medicina Actividade Profissional – Médica
4.4.1.2.2. Vogal do Conselho de Administração
Nome – Maria Matilde Afonso da Silva Cardoso Data de Nascimento – 04 de Maio de 1950 Habilitações Académicas – Licenciatura em Enfermagem Actividade Profissional – Enfermeira
4.4.2. Fiscal Único
4.4.2.1. Efectivo
Sociedade – Álvaro, Falcão & Associados, SROC representada por:
Nome – Guy Alberto Fernandes de Poças Falcão Data de Nascimento – 9 de Dezembro de 1935 Habilitações Académicas – Licenciatura em Economia Actividade Profissional – Revisor Oficial de Contas (ROC nº148)
4.4.2.2. Suplente Nome – Ana Isabel Silva de Andrade Fino de Sousa
Actividade Profissional – Revisor Oficial de Contas (ROC nº1324)
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
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4.5. Regulamento Interno
Em 31/12/2008 ainda não estava aprovado o regulamento interno da
U.L.S. da Guarda, E.P.E.
4.6. Informação sobre as transacções relevantes com
entidades relacionadas
As transacções mais relevantes com entidades relacionadas foram
aquelas decorrentes da criação da ULS da Guarda, EPE no que se refere à
gestão dos centros de saúde e da estrutura da ex Sub-Região e Saúde da
Guarda, nomeadamente com a Administração Regional de Saúde do Centro,
I.P.
Também é de evidenciar as transacções com a A.C.S.S. resultantes da
actividade assistencial, que darão lugar à emissão da facturação.
4.7. Informação sobre outras transacções
4.7.7.1. Procedimentos adoptados em matéria de aquisição de
bens e serviços
A Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E é uma Entidade Pública
Empresarial que pratica e prossegue os princípios gerais da contratação pública
e está sujeita ao âmbito de aplicação do Código dos Contratos Públicos (CCP),
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro.
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Acresce que aquele diploma excepciona a ULS da Guarda, EPE da
aplicação da parte II do CCP até aos montantes dos limiares comunitários
referidos no n.º 3 do artigo 5.º do mesmo diploma legal.
Assim, e considerando o período em causa, os procedimentos pré
contratuais adoptados em matéria de aquisição de bens e serviços foram os
previstos no CCP e consultas de mercado no âmbito da excepção acima
referida, a saber:
1 - Ajuste Directo;
2 - Concurso Público;
3 - Negociação após consulta de mercado;
4.7.7.2. Universo das transacções que não tenha ocorrido em
condições de mercado
As transacções da Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E são
realizadas em condições de mercado, prosseguindo o princípio da
transparência, concorrência e prossecução do interesse público;
4.7.7.3. Lista de fornecedores que representem mais de 5% dos
fornecimentos e serviços externos (no caso de esta
percentagem ultrapassar 1 M€)
No período considerado (Outubro de 2008 a Dezembro de 2008), não
houve fornecedores que representassem mais de 1M€ dos fornecimentos e
serviços externos da ULS da Guarda, EPE
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
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4.8. Análise de sustentabilidade da U.L.S. Guarda, E.P.E. nos
domínios económico, social e ambiental
4.8.1. Sustentabilidade Económica
Com a criação da U.L.S. da Guarda, EPE foram reforçados os princípios
de boa gestão no domínio da contabilidade, principalmente no que diz respeito
ao da especialização do exercício.
Foi feita uma aposta num conjunto de medidas que visam a redução de
custos operacionais tais como:
• Centralização das aquisições;
• Realização de concursos de aquisição comuns, o que tem
proporcionado significativa economia de escala;
• Negociação de empresa para fornecimento de medicamentos e
material de uso clínico;
• Adopção de processos de uniformização do protocolo clínico;
• Racionalização na prescrição dos meios complementares de
diagnóstico e terapêutica (MCDT);
• Aumento do número de MCDT realizados internamente, com a
consequente diminuição dos actos realizados no exterior;
• Racionalização do consumo de medicamentos, material de consumo
clínico e de consumo hoteleiro.
Com vista a garantir a eficiência económica e financeira e a salvaguardar
normas de qualidade foi implementada uma gestão financeira que privilegia o
rigor no planeamento dos fluxos de caixa.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
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4.8.2. Sustentabilidade Social
A ULS da Guarda, EPE garante a promoção da igualdade de
oportunidades, do respeito pelos direitos humanos e da não discriminação.
Com a introdução de diversas acções de formação sobre o SIADAP a ULS
Guarda demonstrou preocupação com a gestão adequada do capital humano da
empresa, com promoção da valorização individual dos recursos humanos e
instituição de sistemas que garantam o bem-estar e que premeiem o mérito
dos trabalhadores.
A ULS da Guarda, EPE contribui para a inclusão social (empregabilidade)
através da adesão aos POC’s (Programa Ocupacionais de colocação de
desempregados), bem como protocolos com Universidades, Institutos
Politécnicos e outras Escolas Superiores, através da oferta de estágios
académicos. Refira-se também que a ULS da Guarda, EPE proporciona estágios
profissionais e estágios voluntários, dos quais podem resultar aumentos na
empregabilidade de quem os frequenta.
4.8.3. Sustentabilidade Ambiental
O Decreto-lei nº147/2008 de 29 de Julho estabelece o regime jurídico da
responsabilidade por danos ambientais e transpõe para a ordem jurídica
interna a Directiva n.º 2004/35/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
21 de Outubro, que aprovou, com base no princípio do poluidor-pagador, o
regime relativo à responsabilidade ambiental aplicável à prevenção e reparação
dos danos ambientais, com a alteração que lhe foi introduzida pela Directiva
n.º 2006/21/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa à gestão de
resíduos da indústria extractiva.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
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Por outro lado a protecção do ambiente e da saúde constitui um dos
maiores desafios que se colocam à sociedade moderna, sendo cada vez mais
assumido o compromisso de salvaguarda da equidade entre gerações, assente
num modelo de desenvolvimento sustentável.
Assim e dando cumprimento ao referido, e aos princípios gerais e
legislação aplicáveis para projectos na área da saúde e da protecção do meio
ambiente, nos estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde que
integram a ULS da Guarda, EPE estão considerados aspectos fundamentais
decorrentes duma perspectiva de sustentabilidade, direccionados para áreas
como aspectos construtivos, materiais e instalações, consumos energéticos,
determinantes ambientais, água, ar interior e exterior, resíduos, ruído,
radiações, e gestão ambiental.
A gestão ambiental, passa pelo estabelecimento de metas e objectivos e
abrange não só a gestão de recursos, a optimização de consumos, a
minimização de emissões e de riscos para a saúde dos utentes, dos
trabalhadores e da população na envolvente, como também alguns aspectos
específicos decorrentes da actividade de prestação de cuidados de saúde,
designadamente:
• Processos de decisão com base em critérios de segurança para os
utentes, trabalhadores e população em geral aliados a critérios
ambientais;
• Política de resíduos hospitalares com especial atenção para a
prevenção de infecções nosocomiais e redução de fracções produzidas,
com estabelecimento de políticas de gestão das fileiras produzidas;
• Substituição progressiva de equipamentos com menor impacto
ambiental, quer a nível do funcionamento quer a nível produção de
resíduos no seu fim de vida útil;
• Gestão dos produtos químicos e biológicos, reforçando o controlo em
termos de qualidade do ar interior e riscos de exposição.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
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4.8.3.1. Eficiência Energética
Os edifícios dos Centros de Saúde construídos nos últimos anos, bem
como do Hospital de Seia têm em atenção os requisitos da normalização da
DGIES e demais legislação em vigor, em particular no que diz respeito aos
regulamentos da térmica de edifícios, Regulamento dos Sistemas Energéticos
de Climatização em Edifícios (RSECE) – Decreto-lei nº 79/2006 e Regulamento
das Características de Comportamento Térmico de Edifícios (RSECE) – Decreto-
lei nº 80/2006, ambos de 4 de Abril.
4.8.3.2. Emissões Gasosas
As Centrais térmicas do HSM e HNSA são alimentadas normalmente por
gás natural, havendo a possibilidade de alimentação por gasóleo em caso de
falha de gás na Rede Pública de Distribuição de Gás Natural. As Centrais
térmicas dos Centros de Saúde são alimentadas por gás. São cumpridas todas
as regras de manutenção e auditorias, previstas na legislação em vigor, quer
no que se refere às centrais quer ao combustível.
4.8.3.3. Gestão de Resíduos
A gestão de resíduos no Hospital Sousa Martins, Hospital de Seia e dos
Centros de Saúde é feita de acordo com o Plano de Gestão de Resíduos
elaborado conforme o disposto no Despacho 242/96 de 13 de Agosto da
Ministra da Saúde, para os resíduos hospitalares, e dando cumprimento ao
estabelecido no Decreto-lei nº178/2006 de 5 de Setembro que estabelece as
regras gerais de gestão de resíduos,
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
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O referido Plano de Gestão de Resíduos foi elaborado, tendo como base o
risco associado a cada uma das fracções produzidas, de acordo com o definido
na Lista Europeia de Resíduos publicada pela Portaria nº 209/2004 de 3 de
Março, e tendo em consideração a produção, triagem, acondicionamento e
contentorização, transporte no interior das instalações e armazenagem. As
diferentes fracções produzidas são recolhidas por operadores devidamente
licenciados que os encaminham para tratamento e destino final adequado.
No âmbito da Gestão de Resíduos Hospitalares e de acordo com o
Despacho n.º 242/96, de 13 de Agosto, os resíduos hospitalares dividem-se em
4 grupos:
Grupo I – Resíduos equiparados a urbanos, aqueles que não
apresentam exigências especiais no seu tratamento
Grupo II – Resíduos hospitalares não perigosos, aqueles que não
estão sujeitos a tratamentos específicos, podendo
equiparar-se a resíduos urbanos.
Grupo III – Resíduos hospitalares de risco biológico, resíduos
contaminados ou suspeitos de contaminação, susceptíveis
de incineração ou outro pré-tratamento eficaz, permitindo
posterior eliminação como resíduo urbano
Grupo IV – Resíduos Hospitalares específicos, resíduos de vários
tipos de incineração obrigatória
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25
Por outro lado, em todos os serviços que integram a ULS da Guarda
procede-se à separação para as diferentes fileiras, de acordo com o previsto no
Decreto-lei nº178/2006 de 5 de Setembro e no próprio Despacho nº242/96 e
demais legislação aplicável, tendo em vista o seu encaminhamento e destino
adequado.
- Papel, Cartão, Plástico e Madeira e Embalagens de Papel e Cartão,
Vidro, Plástico, Metal
- Películas de Raios X
- Pilhas e Baterias
- Metais Ferrosos e Não Ferrosos
- Resíduos com Mercúrio
- Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos, incluindo
Lâmpadas
- Toners e tinteiros de impressoras
- Resíduos massa florestal e agrícola
- Resíduos de Demolição e Construção
- Óleos Usados de Oficina e Óleos Usados Alimentares
- Resíduos Líquidos Perigosos (Risco Químico e Risco Biológico)
- Resíduos e Embalagens de Fitofarmacêuticos
Existem regras bem definidas para os procedimentos relativos à gestão
dos resíduos incluídos nos fluxos especiais, de acordo com a legislação
aplicável.
A eliminação de todas as possíveis fontes de contágio dentro do ambiente
hospitalar, bem como a eliminação de contaminações cruzadas, constitui a
principal medida de prevenção de infecções nosocomiais, sendo adoptadas
regras bem definidas na contentorização, transporte e destino final para
operador licenciado.
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4.8.3.4. Abastecimento de Água
O abastecimento de água aos estabelecimentos de saúde que integram a ULS
da Guarda é efectuado a partir da rede pública.
Têm sido adoptadas medidas de racionalização de consumos, bem como
actividades de formação dos profissionais e informação aos utentes sobre esta
temática.
4.8.3.5. Abastecimento de Água residuaís
Todas as unidades estão dotadas de sistemas de drenagem de águas
residuais domésticas e a rede de drenagem de águas residuais pluviais.
Os sistemas têm natureza separativa, possuindo em todas as instalações
e ramais separativos, cumprindo o previsto no Decreto-lei nº 23/95 de 23 de
Agosto – Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição
de Água e de Drenagem de Águas Residuais, bem como outras normas e
regulamentos.
É feita a separação de todos os resíduos hospitalares líquidos
classificados nos grupos III e IV, de acordo com o Despacho 242/96, e Lista
Europeia de Resíduos, produzidos nos diversos serviços, em especial nos
laboratórios, esterilização e blocos operatórios, sendo-lhes dado o
procedimento separativo, com triagem na produção e imediata recolha
contentorizada, de armazenagem e encaminhamento adequado, por
operadores licenciados, para minimização de riscos e eliminação de impactos
negativos no meio hídrico.
As águas residuais produzidas, bem como as águas pluviais recolhidas
são encaminhadas para as redes de drenagem municipal.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
27
4.8.3.6. Ruído
As fontes de emissão de níveis sonoros com eventual incomodidade são
os Chillers, Zonas Técnicas, o tráfego automóvel resultante da circulação nas
acessibilidades e finalmente o ruído da envolvente.
Os níveis de ruído dos equipamentos instalados devem obedecer ao
Regulamento Geral sobre o Ruído.
4.8.3.7. Protecção contra Radiações Ionizantes
O Decreto-lei nº 165/2002 de 17 de Julho que estabelece os princípios
gerais de protecção bem como as competências e atribuições dos organismos
competentes na área da protecção contra radiações ionizantes e o Decreto-lei
nº 222/2008 de 17 de Novembro, transpõem as correspondentes disposições
da Directiva nº 96/29/EUROTOM, do Conselho, de 13 de Maio, que fixa as
normas de base de segurança relativas à protecção sanitária da população e
trabalhadores contra perigos resultantes das radiações ionizantes.
Por outro lado o Decreto-lei nº 180/2002 de 8 de Agosto que transpõe
para ordem jurídica interna a Directiva nº 97/43/EUROTOM, do Conselho, de
30 de Junho, estabelece as normas relativas à protecção da saúde das pessoas
contra os perigos resultantes das radiações ionizantes em exposições
radiológicas médicas e estabelece os critérios de aceitabilidade, que as
instalações radiológicas devem observar, quanto a planeamento, organização e
funcionamento.
No sentido de dar cumprimento ao disposto na legislação e tendo em
vista o licenciamento pela entidade competente, a Direcção Geral da Saúde, os
equipamentos e instalações dos serviços de Imagiologia da ULS da Guarda, EPE
localizados no HSM, HNSA, Centro de Saúde de Gouveia e CDP, estão de
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28
acordo com as normas estabelecidas, nomeadamente no que se refere a
Isolamentos e Protecções Contra Radiações.
Relativamente à protecção dos utentes sujeitos a exposições radiológicas
médicas e dos trabalhadores estão a ser aplicadas todas as regras e
procedimentos estabelecidos na legislação enunciada.
Estão também asseguradas as medidas de prevenção estabelecidas no âmbito
do Plano de Higiene, Segurança e Saúde.
4.8.3.8. Medidas adicionais de Integração Ambiental
O enquadramento ambiental é garantido através da implementação de
um plano adequado de gestão ambiental, consignado por uma política
ambiental a definida pelo ULS da Guarda, cujas principais linhas estruturais
são:
- Os determinantes ambientais: ar, água, águas residuais; resíduos,
ruído e radiações.
- A prevenção dos riscos: armazenagem de gases, prevenção contra
incêndios e sinalização de segurança.
- Os Planos de manutenção e monitorização.
- Os Planos de Emergência.
4.8.3.9. Políticas Ambientais
4.8.3.9.1. Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
O Decreto-Lei n.º 441/91, de 14 de Novembro, visa promover a melhoria
da segurança e da saúde dos trabalhadores. Com este diploma, tornou-se
indispensável uma maior interligação entre a actividade de segurança, higiene
e saúde no trabalho e outras áreas de gestão.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
29
O Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho do HSM tem
natureza multidisciplinar, desenvolvendo actividades eminentemente
preventivas, relacionadas com os factores extrínsecos ou intrínsecos que
afectam a saúde dos trabalhadores e tem uma ligação directa à Comissão de
Controlo da Infecção.
Existem à disposição de todos os trabalhadores normas e material de
apoio à informação e sensibilização relativas aos diferentes aspectos na área da
segurança e saúde.
São promovidas periodicamente acções de formação para os diferentes
grupos profissionais do hospital no âmbito da Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho.
São feitas auditorias internas de segurança e higiene no sentido de
avaliar o risco e propor medidas preventivas e correctivas.
4.8.3.9.2. Gestão do Risco
Os estabelecimentos de saúde que integram a ULS da Guarda, EPE têm
em implementação um Sistema de Gestão do Risco que inclui uma abordagem
integrada e sistemática tendo em vista eliminar ou minimizar o risco, garantir a
segurança e saúde de todos os trabalhadores, utentes e utilizadores, assim
como a protecção do ambiente e da saúde pública.
A política de Gestão do Risco é desenvolvida através da implementação
progressiva da legislação em vigor; da promoção e garantia de um ambiente de
trabalho seguro e saudável para todos os utentes, profissionais e utilizadores;
da protecção das instalações e equipamentos de modo a assegurar condições
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
30
de segurança, higiene e salubridade, bem como protecção do ambiente; da
realização de acções de formação e de informação no âmbito da gestão do risco
e da implementação de um processo contínuo de análise, avaliação e controlo
de riscos.
4.8.3.9.3. Plano de Gestão Ambiental
O Plano de Gestão Ambiental estabelece os aspectos operacionais de
intervenção e viabilização de dados de acordo com os valores estabelecidos nas
diversas áreas, nomeadamente:
Plano de Segurança da água de Consumo Humano que tem como
objectivo a garantia da qualidade da água e a segurança da sua utilização nos
diversos serviços, que passa por:
- Definição dos parâmetros de qualidade para as diferentes utilizações,
havendo meios adicionais de tratamento da água da rede pública em
serviços específicos, nomeadamente caldeiras e laboratórios.
- Plano de monitorização e parâmetros a controlar de acordo com a
periodicidade e amostragem estabelecida. São realizadas com uma
periodicidade mensal análises de água. Além dos parâmetros
analisados de acordo com o previsto no Decreto-lei nº306/2007 de 27
de Agosto, a vigilância inclui a pesquisa da Legionella pneumophila.
- Planos de manutenção e de desinfecção preventiva da rede e dos seus
equipamentos.
- Racionalização de consumos, em que um dos aspectos ambientais
passa pela formação dos trabalhadores e informação dada aos utentes,
acompanhantes e visitas.
- Elaboração de fichas de procedimentos e documentos de registo.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
31
Plano de Gestão de Águas Residuais, que como objectivo o
cumprimento da legislação aplicável e a implementação e gestão de:
- Quantificação e optimização de consumos.
- Controlo dos parâmetros de descarga
- Estabelecimento de planos de manutenção e controlo das várias partes
da rede de águas residuais.
- Boas práticas na utilização de detergentes e desinfectantes
- Substituição de detergentes e desinfectantes por outros com menor
impacto no ambiente e na saúde dos trabalhadores
- Cumprimento do estabelecido no Manual de Boas Práticas no Uso de
Detergentes e Desinfectantes.
- Separação e contentorização adequada dos resíduos líquidos perigosos
e encaminhamento para operador licenciado de gestão de resíduos.
Plano de Gestão de Resíduos, que tem como objectivo a
racionalização de meios e o cumprimento das normas para uma gestão
adequada dos resíduos tendo em vista a redução da produção, a triagem
adequada, a contentorização eficaz, circuitos bem definidos, armazenagem
adequada e recolha para tratamento e destino final por operador licenciado.
No Plano de Gestão de Resíduos estão contemplados aspectos
fundamentais, como:
- Formação periódica de todos os intervenientes no processo.
- Registo e avaliação dos resíduos produzidos pelos diferentes serviços.
- Implementação de medidas correctivas, tendo em vista a melhoria da
qualidade deste serviço.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
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Monitorização de emissões Gasosas, Qualidade do Ar Exterior e
Interior e Eficiência Energética. A ULS da Guarda procede à monitorização
periódica das emissões gasosas das fontes poluentes atmosféricas nos termos
dos artigos 3º, 18º, 19º, 23º, 31º e 43º, do Decreto-Lei 78/2004, de 3 de
Abril, tendo até à presente data cumprido os valores limites de emissão.
De acordo com o previsto no Decreto-lei nº 78/2006, de 4 de Abril são
realizadas periodicamente avaliações da qualidade do ar em diferentes
estabelecimentos que incluem a ULS da Guarda, nomeadamente nas áreas
mais sensíveis como são as que utilizam desinfectantes e anestésicos.
Armazenagem de Gases. A instalação dos “Sistemas de Distribuição de
Gases Medicinais” enquadra-se como dispositivo médico e está integrado na
classe IIb da classificação dos dispositivos médicos.
A classificação é feita segundo o Anexo IX regra 11 do Decreto de Lei
30/2003 que transpõem para a legislação nacional a Directiva Comunitária
93/42/CEE, pelo que deverá ser certificada pelos organismos competentes e
registada como Dispositivo Médico no INFARMED
Os fluidos contemplados no projecto são: Oxigénio, Ar Medicinal,
Protóxido de Azoto, Anidrido Carbónico, Vácuo e Gases Anestésicos.
Gestão dos Sistemas de Prevenção/Detecção de Incêndios. Existe
um Projecto de Segurança contra Incêndios e um Plano de Emergência para
cada estabelecimento incluído na ULS da Guarda, de acordo com o previsto na
Portaria 1275/2002 aplicável aos edifícios do tipo hospitalar, onde é referida a
necessidade de um Plano de Emergência e de Segurança, com vista à
manutenção das condições de segurança, que permitam circunscrever sinistros
e sistematizar a evacuação enquadrada dos ocupantes, através da
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
33
implementação de planos de manutenção, e as necessidades de formação dos
utentes, pela realização periódica de simulacros.
Gestão das Zonas Florestais e Arbóreas. O Hospital Sousa Martins e
o Centro de Saúde da Guarda estão implantados no Parque da Saúde, área
protegida e classificada de património florestal. A gestão de todo o parque é
feita de acordo com os aspectos legais a cumprir e tendo em atenção que se
trata de uma zona onde existem áreas classificadas.
4.9. Princípios do Bom Governo
A ULS da Guarda, EPE cumpre com todos os Princípios de Bom Governo
com excepção da não existência de sítio na web e introdução dos dados no sítio
do Sector Empresarial do Estado – SEE.
4.10. Código de Ética
Em 31/12/2008 a ULS da Guarda, EPE ainda não tinha aprovado um
código de ética.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
34
5. ENQUADRAMENTO DA U.L.S. GUARDA, E.P.E.
5.1. Envolvente Externa – Caracterização
5.1.1. Área de influência
A área geográfica de influência da Unidade Local de Saúde da Guarda
corresponde às NUTS III da Beira Interior Norte e Serra da Estrela, diferindo da
unidade administrativa distrito da Guarda e da ex – Sub-região de Saúde da
Guarda pelo reposicionamento administrativo dos concelhos de Aguiar da Beira
e Vila Nova de Foz Côa.
É uma região montanhosa do interior do país constituída por concelhos
de baixa densidade populacional, mas de dimensões muito variadas (desde os
122 Km2 de Manteigas aos 822 Km2 do Sabugal).
Também na divisão administrativa existem assimetrias, devidas não só à
extensão da área geográfica mas também à densidade populacional (concelhos
como a Guarda com 55 freguesias versus Manteigas com 4 freguesias).
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
35
Estas diferenças motivam que também nos serviços de saúde haja
grandes diferenças. Veja-se o caso do Centro de Saúde em Seia, com 19
extensões de saúde versus Fornos de Algodres ou Mêda, onde não existe
nenhuma.
A região é atravessada por dois grandes eixos rodoviários com perfil de
auto-estrada, a A-25 que liga Aveiro a Vilar Formoso e a A-23 que percorre o
interior da zona centro para ligar a A-25 (Guarda) à A-1 (Torres Novas).
Porém, estas vias pouco beneficiam as acessibilidades da região, comportando-
se antes, como grandes vias de acesso a outras regiões do país.
Nos quadros seguintes apresenta-se um resumo das distâncias
quilométricas e tempos de percurso dentro de cada concelho, assim como para
deslocações da sede de concelho aos hospitais de referência.
Quadro I Distâncias e tempo dispendido das extensões ao centro de saúde
Tempo Km Tempo Km
Almeida 29 3 0h38 34,7 0h06 5,8
Celorico da Beira 22 1 0h17 13,5 0h04 2,3
F. de Castelo Rodrigo 17 5 0h17 14,8 0h05 4,6
Fornos de Algodres 16 0 0h23 19,4 0h03 2,5
Gouveia 22 10 0h15 13,8 0h03 3,1
Guarda 55 16 0h32 29,8 0h09 4,1
Manteigas 4 2 0h12 10,9 0h04 4,3
Meda 16 0 0h16 15,2 0h01 1,3
Pinhel 27 5 0h27 28,0 0h08 6,8
Sabugal 40 13 0h41 36,6 0h03 2,5
Seia 29 19 0h42 39,6 0h06 3,8
Trancoso 29 5 0h22 21,4 0h05 4,0
Distância Máxima Distância MínimaCONCELHOS Nº Freguesias Nº Extensões CS
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
36
Quadro II
Distâncias e tempo dispendido aos hospitais de referência
5.1.2. Situação Demográfica
A área de influência correspondente às NUTS da Serra da Estrela e da
Beira Interior Norte totaliza 4.930,4 Km2. A densidade populacional das duas
NUTS é de 32,3 habitantes/Km2, valor substancialmente inferior ao da Região
Centro (84,5 habitantes/Km2).
Quadro III Densidade populacional na Serra da Estrela e Beira Interior Norte
(Dados: INE, 2007)
Tempo Km Tempo Km Tempo Km Tempo Km Tempo Km
Almeida 0h38 49,4 - - 1h25 112 2h27 190 2h27 190
Celorico da Beira 0h28 29,6 0h43 41,8 0h45 50,3 1h46 131 1h46 131
F. de Castelo Rodrigo 0h58 70,5 - - 1h45 133 2h47 211 2h47 211
Fornos de Algodres 0h43 44,8 0h40 34,9 0h38 38,3 1h39 119 1h39 119
Gouveia 0h50 53,6 0h18 15,2 0h53 41,9 1h36 111 1h36 111
Guarda - - 1h04 70 1h06 78,4 2h07 159 2h07 159
Manteigas 0h43 37,8 0h30 30 1h22 72,1 1h57 131 1h57 131
Meda 1h06 73 - - 1h28 97 2h30 175 2h30 175
Pinhel 0h38 40,5 - - 1h25 103 2h27 181 2h27 181
Sabugal 0h33 30,5 - - 1h28 104 2h30 182 2h30 182
Seia 1h04 70 - - 0h54 43,2 1h26 99,3 1h26 99,3
Trancoso 0h42 46,7 1h00 61,9 1h04 70,7 2h05 152 2h05 152
CONCELHOSHUC CHC-PediátricoHosp. Guarda Hosp. Seia Hosp. Viseu
Área de influênciaBeira Interior
NorteSerra da Estrela
Beira Interior Norte +
Serra da Estrela
Região Centro
Superfície (/Km2) 4 062,6 867,8 4 930,4 28 198,4
Densidade populacional (habitantes/Km2)
27,6 55,9 32,3 84,5
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
37
De acordo com estimativas censitárias relativas a 2007, residem na área
da Serra da Estrela/Beira Interior Norte 159.463 indivíduos de ambos os sexos
– 76.054 (48%) do sexo masculino e 83.409 (52%) do sexo feminino.
Relativamente à variação inter–censitária da população residente
verificou-se um decréscimo combinado de 4,2% – mais acentuado na NUTS da
Serra da Estrela onde se observou uma diminuição do número de residentes no
decénio de 1991 a 2001 de 7,7% enquanto que na NUTS da Beira Interior
Norte essa diminuição foi de 2,7% (INE, resultados definitivos 2001).
Quadro IV População residente por grupo etário e distribuição geográfica
(Dados: INE, 2007)
Gráfico 1
População residente por grupo etário e distribuição geográfica
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Portugal Centro ULS Guarda Serra daEstrela
Beira Int.Norte
0 a 14 anos 15 a 24 anos 25 a 64 anos 65 e + anos
Distribuição geográfica
0 a 14 anos
% 15 a 24
anos%
25 a 64 anos
% 65 e + anos
% Total
Portugal 1.637.637 15,5% 1.265.531 11,9% 5.867.310 55,4% 1.828.617 17,3% 10.599.095
Centro 338.852 14,2% 280.046 11,7% 1.284.670 53,8% 482.323 20,2% 2.385.891
ULS Guarda 19.043 11,9% 19.051 11,9% 81.534 51,1% 39.835 25,0% 159.463Serra da Estrela 5.566 11,5% 5.945 12,3% 25.349 52,5% 11.421 23,7% 48.281
Beira Int. Norte 13.477 12,1% 13.106 11,8% 56.185 50,5% 28.414 25,6% 111.182
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
38
Quadro V População residente por grupo etário e concelho
(Dados: INE, 2007)
Gráfico 2 População residente por grupo etário e concelho
Concelhos 0 a 14 anos % 15 a 24 anos % 25 a 64 ano s % 65 e + anos
% Total
Fornos de Algodres 657 12,2% 677 12,6% 2.610 48,6% 1.424 26,5% 5.368
Gouveia 1.659 10,6% 1.846 11,8% 7.789 49,8% 4.334 27,7% 15.628
Seia 3.250 11,9% 3.422 12,5% 14.950 54,8% 5.663 20,8% 27.285
Almeida 703 9,5% 795 10,7% 3.701 50,0% 2.203 29,8% 7.402
Celorico da Beira 1.094 12,6% 1.039 12,0% 4.271 49,2% 2.279 26,2% 8.683
F. Castelo Rodrigo 695 10,3% 794 11,8% 3184 47,4% 2050 30,5% 6.723
Guarda 6.365 14,4% 5.336 12,1% 23.824 53,8% 8.739 19,7% 44.264
Manteigas 444 11,8% 485 12,9% 2.066 54,8% 773 20,5% 3.768
Meda 614 10,4% 720 12,2% 2.794 47,5% 1.751 29,8% 5.879
Pinhel 1.090 10,7% 1.135 11,1% 5.062 49,7% 2.895 28,4% 10.182
Sabugal 1.198 8,7% 1.449 10,5% 6.189 44,9% 4.933 35,8% 13.769
Trancoso 1274 12,1% 1353 12,9% 5094 48,5% 2791 26,6% 10.512
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0 a 14 ano s 15 a 24 ano s 25 a 64 ano s 65 e + ano s
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
39
No período em análise (1991-2001), a evolução demográfica traduziu-se
por um decréscimo do número de residentes em todos os grupos etários, com
excepção do grupo dos idosos (65 e mais anos) em que se verificou um
acréscimo de 13,2%.
Quadro VI População residente por grupo etário nas NUTS
Serra da Estrela e Beira Interior Norte
(Dados: INE, Resultados definitivos Censos 2001)
O grupo etário (por ciclo de vida) dos 25 aos 64 anos corresponde a 51%
dos residentes da área de influência da ULS da Guarda (Região Centro: 53%),
sendo que os idosos (65 e mais anos de idade) correspondem a quase 25% da
população residente (Região Centro: 20%).
Como se verifica pelas pirâmides etárias respectivas (gráficos 3 a 5), a
estrutura demográfica da população do distrito da Guarda e das NUTS da Beira
Interior e da Serra da Estrela evidencia, à semelhança da Região e do País, um
“duplo envelhecimento” (de base e de topo). Este fenómeno é mais acentuado
no distrito da Guarda e nas NUTS III em apreço devido ao maior estreitamento
da base da pirâmide (grupo etário dos 0 aos 4 anos) e ao alargamento do seu
topo (maior prevalência de grandes idosos – 75 e mais anos).
Grupos Etários 1991 2001 Variação
0-14 anos 31.060 22.315 -28,10%
15-24 anos 24.010 21.490 -10,50%
25-64 anos 81.086 80.217 -1,10%
>=65 anos 36.399 41.198 13,20%
Total 172.555 165.220 -4,20%
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
40
Gráfico 3 Pirâmide etária da população do continente
Gráfico 4
Pirâmide etária da população da região centro
Gráfico 5 Pirâmide etária da população do distrito da Guarda
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
41
O índice de envelhecimento “combinado” da área em questão, calculado
através do quociente entre o número de idosos (65 e mais anos) e o número
de jovens (0-14 anos) residentes nas NUTS da Serra da Estrela e da Beira
Interior Norte é de 209%. Apesar de ser um valor claramente superior ao da
Região (Região Centro: 142%), não existem diferenças “significativas” entre as
unidades demográficas da Beira Interior Norte (211%) e da Serra da Estrela
(205%).
Quadro VII Índices de envelhecimento segundo a distribuição geográfica
(Dados: INE, 2007)
O índice de dependência dos idosos, calculado através do quociente entre
o número de idosos (65 e mais anos) e o número de indivíduos potencialmente
activos (15-64 anos), é substancialmente superior ao da Região (39,6 versus
30,8) sendo compatível com o envelhecimento mais acentuado da área de
influência em questão.
Quadro VIII Índices de dependência segundo a distribuição geográfica
(Dados: INE, 2007)
No que se refere à variação populacional observada, o crescimento
efectivo foi negativo em ambas as NUTS (regressão demográfica) enquanto que
na Região o crescimento observado foi incipiente (“estagnação” demográfica).
ULS GuardaBeira
Int.NorteSerra da Estrela
Região Centro
Portugal
209% 211% 205% 142% 114,2%
Índice de envelhecimento
Índice de dependênciaBeira Interior Norte +
Serra da EstrelaRegião Centro
Portugal
ID Idosos (≥65 anos) 39,6 30,8 25,6
ID Jovens (0-14 anos) 18,9 21,6 23
ID Total (jovens e idosos) 58,5 52,5 51,6
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
42
Quadro IX Tx de natalidade, mortalidade e fecundidade de mulheres em idade
fértil
(Dados: INE, 2007)
Observa-se que os indicadores taxa bruta de natalidade e taxa de
fecundidade geral nas NUTS III em apreço são inferiores ao da Região.
Gráfico 6 Evolução da natalidade (por 1000 habitantes)
A taxa de natalidade no distrito da Guarda é substancialmente inferior à
da Região e à do País, traduzindo-se a sua evolução por uma tendência
decrescente Desta forma, o padrão de evolução deste indicador é semelhante
ao da Região e ao do País, explicando o envelhecimento de base observado nas
respectivas pirâmides etárias.
Indicadores demográficosBeira Interior
NorteSerra da Estrela
Região Centro Portugal
Tx bruta natalidade (%o) 7,3% 6,9% 9,1% 10,3%
Tx bruta mortalidade (%o) 14,5% 15,7% 11,6% 10,2%
Tx fecundidade geral (%o) 32,6% 30,4% 38,3% 42,6%
Mulheres em idade fértil (%) 42,9% 43,7% 46,1% 47,8%
9,0
10,4
7,17,27,27,67,68,3
9,29,69,89,710,8
11,711 11 10,8
10,4
0
2
4
6
8
10
12
14
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Distrito da Guarda Centro Portugal
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
43
5.1.3. Situação Sócio Económica e Ambiental
Na generalidade, os indicadores socio-económicos são menos favoráveis
na NUTS da Serra da Estrela relativamente à NUTS da Beira Interior Norte, e
em ambas, relativamente á Região e ao País.
As NUTS da Serra da Estrela e da Beira Interior Norte apresentam um
poder de compra per capita inferior ao do Continente e da NUTS II em que
estão incluídos (Região Centro).
Quadro X Poder de compra per capita
(Dados: INE, 2007)
Efectivamente, o poder de compra per capita corresponde a 70,4% do
poder de compra per capita nacional na Beira Interior Norte e de 62% na Serra
da Estrela (Região Centro: 84%) – com uma amplitude concelhia que varia
entre 50% (Sabugal) e 92,2% (Guarda).
Poder de compra
Beira Interior Norte
Serra da Estrela
Região Centro Continente
Per capita (Portugal: 100)
70,37 61,73 83,89 100,52
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
44
83,9
61,7
55,1
65,0
70,4
69,7
54,8
92,2
54,0
56,2
58,5
100,0
58,4
56,8
51,1
50,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Portugal
Centro
Serra da Estrela
Fornos de Algodres
Gouveia
Seia
Beira Interior Norte
Almeida
Celorico da Beira
F. de Castelo Rodrigo
Guarda
Manteigas
Meda
Pinhel
Sabugal
Trancoso
Ano de 2005Poder de
compra per capita
Proporção de poder de
compra (% - no total do País)
Caixas automáticas por
10 000 hab.
Operações em caixas
automáticas por hab.
Compras TPA por hab. (€)
Acessos telefónicos por 100 hab. (N.º)
Portugal 100 100 10,2 68 1 966 35,66
Centro 83,89 18,909 9,7 59 1 463 33,77
Serra da Estrela 61,73 0,284 7,6 37 675 32,12
Fornos de Algodres 55,07 0,028 3,7 25 274 40,4
Gouveia 58,36 0,087 5,1 27 575 36,49
Seia 64,96 0,169 9,8 46 811 27,98
Beira Interior Norte 70,37 0,746 9,3 45 994 35,78
Almeida 69,68 0,05 10,5 74 2 306 34,83
Celorico da Beira 56,76 0,047 5,7 30 543 33,28
F. de Castelo Rodrigo 54,82 0,035 7,3 31 345 36,38
Guarda 92,15 0,386 12,7 62 1 623 31,95
Manteigas 54,03 0,02 7,8 37 387 35,54
Meda 51,13 0,029 6,7 21 316 30,09
Pinhel 56,23 0,055 5,8 24 262 42,08
Sabugal 50,04 0,066 6,4 25 298 45,15
Trancoso 58,45 0,059 7,5 37 454 38,89
Gráfico 7 Poder de compra per capita dos concelhos do distrito da Guarda
Quadro XI Alguns indicadores socio-económicos segundo distribuição geográfica
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
45
A taxa de desemprego na área correspondente às NUTS da Beira
Interior Norte e da Serra da Estrela (relação entre a população desempregada
e a população economicamente activa) era de 6,1% em 2001 – em idêntico
ano, a taxa de desemprego da Região foi de 3,9% e a nacional foi de 4,1%
(INE, Dados definitivos censos 2001).
Em termos unitários, e segundo os resultados definitivos do Censos de
2001 (INE, 2001) a taxa de desemprego em 2001 era mais elevada na NUTS
da Serra da Estrela (7,9%) do que na NUTS da Beira Interior Norte (5,4%).
No 2º trimestre do ano de 2007, a taxa de desemprego da Região Centro
foi de 4,9% e no País de 7,9% (INE, 2007), apresentando a área
correspondente à ULS Guarda uma taxa de desemprego inferior à nacional,
mas superior à da Região.
Quadro XII Taxa de desemprego segundo distribuição geográfica
(Dados: INE, 2007)
Em relação à população activa por actividade económica (de acordo
com a Classificação Portuguesa das Actividades Económicas – 2ª revisão
publicada pelo Decreto-lei nº 197/2003 de 27 de Agosto) dos 62 529 indivíduos
activos e empregados residentes na área correspondente às unidades
demográficas da Beira Interior Norte e da Serra da Estrela, a maioria (54%)
exercia a sua actividade no sector do comércio e serviços (CAE 5-9), sendo o
emprego na actividade agrícola (CAE 0) exercido por 10,6% da população
(dados relativos a 2001 - ver gráfico).
Taxa de Desemprego
Beira Int.Norte
Serra da Estrela
ULS Guarda
Região Centro
Portugal
2001 5,4% 7,9% 6,1% 3,9% 4,1%
2007 - - 6,7% 4,9% 7,9%
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
46
Gráfico 8
População activa e empregada residente por sector de actividade
Observa-se uma distribuição da população activa e empregada idêntica à
da NUTS do Centro, ainda que o sector primário de actividade (CAE-0) seja mais
prevalente na área correspondente às NUTS da Beira Interior Norte e da Serra
da Estrela do que na Região Centro.
Gráfico 9
População activa e empregada residente na NUTS do Centro por sector
Em 2001 existiam nas NUTS da Serra da Estrela e Beira Interior Norte 21
678 analfabetos com 10 ou mais anos de idade, correspondendo a 14,3% da
população daquele grupo etário.
Sector Primário11%
Sector Terciário54%
Sector Secundário35%
Sector Primário7%
Sector Terciário55%
Sector Secundário38%
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
47
A taxa de analfabetismo – definida como a relação entre a população
sem saber ler nem escrever com 15 e mais anos e a população total com 15 e
mais anos – não obstante ter decrescido em ambas as NUTS III no período inter
- censitário em questão, é superior à nacional.
Gráfico 10 Taxa de analfabetismo (%) em 2001
Relativamente ao nível de ensino atingido (INE, dados definitivos
2001), 17,8% da população não atingiu nenhum nível de ensino, sendo que
apenas 29,3% da população residente dispunha de habilitações iguais ou
superiores ao 3º ciclo do ensino básico (ver gráfico) – proporção inferior à
verificado na Região Centro (34,1% de residentes com nível de ensino igual ou
superior ao 3º ciclo do ensino básico).
Gráfico 11
População residente nas NUTS por nível de ensino atingido
14,912,8
9,03
Beira InteriorNorte
Serra da Estrela Portugal
2.º ciclo10%
3.º ciclo9%
Secundário11%
Médio1%
Superior8%
Nenhum17%
1.º ciclo44%
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
48
Localização GeográficaPopulação servida por sistemas de
abastecimento de água (%)Consumo de água por habitante (m³/
hab.)
Portugal 92 63
Centro 97 57
Serra da Estrela 95 50
Fornos de Algodres 95 56
Gouveia 96 66
Seia 95 39
Beira Interior Norte 96 64
Almeida 99 52
Celorico da Beira 99 44
F. Castelo Rodrigo 100 63
Guarda 95 76
Manteigas 100 111
Meda 100 64
Pinhel 85 51
Sabugal 99 54
Trancoso 92 48
92
97
95 9596
9596
99 99100
95
100 100
85
99
92
Por
tuga
l
Cen
tro
Ser
ra d
a E
stre
la
For
nos
deA
lgod
res
Gou
veia
Sei
a
Bei
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Bei
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F. C
aste
lo R
odrig
o
Gua
rda
Man
teig
as
Med
a
Pin
hel
Sab
ugal
Tra
ncos
o
Em 2005, 10 concelhos das NUTS da Serra da Estrela e Beira Interior
Norte apresentavam uma proporção superior ou igual a 95% da população
servida por sistemas de abastecimento público de água, o que não se
verificava apenas em Trancoso (92%) e em Pinhel (85%).
Quadro XIII Resumo de alguns indicadores sociais segundo distribuição geográfica
Gráfico 12 População servida por sistemas de abastecimento de água (%)
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
49
6357
5056
66
39
64
5244
63
76
111
64
51 5448
0
20
40
60
80
100
120
Por
tuga
l
Cen
tro
Ser
ra d
a E
stre
la
For
nos
deA
lgod
res
Gou
veia
Sei
a
Bei
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F.
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rigo
Gua
rda
Man
teig
as
Med
a
Pin
hel
Sab
ugal
Tra
ncos
o
Existe uma grande variabilidade no indicador referente ao consumo de
água por habitante, variando de 39 m3/habitante no concelho de Seia a 111
m3/habitante em Manteigas, sendo os valores nacionais e da região de cerca de
60 m3/habitante.
Gráfico 13 Consumo de água (m³/ habitante)
No que concerne a águas residuais, cerca de 85% da população é
servida por sistemas de drenagem de águas residuais, um valor superior ao
verificado no país (76%) e na região (73%), mas com os concelhos de Pinhel e
Sabugal a registarem um valor de 60%. (ver Quadro XVI)
Na região, existem ainda concelhos com uma baixa proporção de
população servida por estações de tratamento de águas residuais, como
Celorico da Beira (23%), Sabugal (26%) ou Meda (33%), apesar de apenas
Seia e Celorico da Beira apresentarem uma proporção de águas residuais
tratadas inferiores a 95% (ver Gráfico 16)
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
50
Quanto ao tipo de tratamento das águas residuais, em seis concelhos da
Beira Interior Norte exclusivamente secundário enquanto que em dois
concelhos existe uma componente maioritária de tratamento primário e em
Manteigas cerca de 60% das águas residuais apenas são submetidas a um
tratamento preliminar.
Na NUTS Serra da Estrela verifica-se um predomínio de tratamento de
nível primário em Fornos de Algodres e Seia e secundário em Gouveia.
No distrito da Guarda, com 336 Freguesias (635 povoações) a recolha de
resíduos sólidos urbanos é feita em todas as povoações, com periodicidade:
• Diária em 3,5% das povoações
• Em dias alternados (3 vezes por semana) em 8,8% das povoações
• Duas vezes por semana em 66,1% das povoações
• Uma vez por semana em 21,6% das povoações
O destino dos Resíduos é a Empresa Intermunicipal Planalto Beirão que os
encaminha para aterro sanitário e a estação de tratamento de resíduos da Cova
da Beira que os encaminha para Compostagem e Aterro Sanitário.
Foram identificadas as seguintes fontes poluidoras no distrito da
Guarda:
• 44 Minas de urânio abandonadas;
• 194 Queijarias artesanais (a maior parte delas sem sistema
adequado de tratamento de efluentes);
• 117 Explorações agro-pecuárias (a maior parte sem sistema
adequado de tratamento de efluentes);
• Pequena e média agricultura – onde não existe um controlo na
aplicação de fitofarmacêuticos e fertilizantes;
• Pedreiras.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
51
5.1.4. Situação de saúde da população
Na generalidade, os indicadores de saúde são menos favoráveis na NUTS
da Serra da Estrela relativamente à NUTS da Beira Interior Norte, e em ambas,
relativamente á Região e ao País.
5.1.4.1. Esperança de vida à nascença
A esperança de vida à nascença nas unidades territoriais da Serra da
Estrela e da Beira Interior Norte é substancialmente inferior à da Região Centro,
verificando-se uma evolução negativa deste indicador em 2006 relativamente a
2005 nestas duas NUTS – ao contrário do verificado na Região Centro – e, em
particular na NUTS Serra da Estrela, onde a esperança de vida à nascença é de
68,6 anos, ou seja, 10 anos inferior à da Região Centro e à do País.
Quadro XIV Esperança de vida à nascença segundo distribuição geográfica
5.1.4.2. Mortalidade
O distrito da Guarda apresentou, em 2004, uma taxa de mortalidade
por todas as causas padronizada pela idade (padronização directa: população -
padrão europeia) superior à da Região e à do País – respectivamente, 675,9
óbitos/100 000 habitantes contra 641,5 e 660,3 óbitos/100 000 habitantes
(DGS, 2006).
Quadro XIV Taxa de mortalidade padronizada por 100 000 habitantes
AnoBeira Interior
NorteSerra da Estrela
Região Centro Portugal
2006 74,2 anos 68,6 anos 79,0 anos 78,7 anos
2005 79,0 anos 73,0 anos 78,7 anos 78,2 anos
Taxa de mortalidade Distrito da
GuardaRegião Centro Portugal
Tx. mortalidade geral 675,9 641,5 660,3
Tx. mortalidade geral < 65 anos 245,4 222,1 220,2
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
52
6,9
1,5
4,4
5,5
2,4
7,2
4,4 4,23,6 3,8
3 3,2
5,55,1 5,1
4,2 3,9 3,5
0
2
4
6
8
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Guarda R. Centro Portugal
Verifica-se que o risco de morrer (taxa de mortalidade padronizada por
idade) na população com idade inferior a 65 anos e residente no distrito da
Guarda é superior à da região e à do país, observando-se o inverso na
população com idade superior a 64 anos.
Em 2005, a taxa de mortalidade infantil no distrito da Guarda foi de 7,2
óbitos com idade inferior a 1 ano/1.000 nados vivos – sendo substancialmente
superior à da Região de Saúde do Centro (3,2) e à do País (3,5).
Gráfico 14 Evolução da mortalidade infantil por residência das mães
A mortalidade neonatal e perinatal apresentam uma tendência
decrescente na Região e no País. O distrito da Guarda tem, na maioria dos
anos, taxas superiores às da Região e às do País. Porém, não é possível uma
projecção face ao seu carácter “oscilatório”, devido talvez ao reduzido número
de nascimentos no distrito, o que se traduz numa grande variação da taxa
perante pequenas variações do denominador (óbitos).
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
53
4,1
0,7
4,43,9
2,4
4,8
3
2,12,3
2,11,8
2,2
3,43
3,4
2,7
2,2
2,6
0
1,5
3
4,5
6
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Guarda R. Centro Portugal
7,5
4,4
7,4
10,1
7,8
5,6
4,4 4
5,6 6
4,65,7
4,24,9
4,3
6,2
4,35,2
0
2
4
6
8
10
12
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Guarda R. Centro Portugal
Gráfico 15 Evolução da mortalidade neonatal por residência das mães
Gráfico 16 Evolução da mortalidade perinatal por residência das mães
No triénio 2002 – 2004 a mortalidade geral no distrito da Guarda
(taxas padronizadas) é superior à da Região Centro e ao Continente.
Por patologias e em relação à região, há um acréscimo na mortalidade
por doenças do aparelho circulatório (sobretudo cérebro - vascular), do
aparelho digestivo e por causas externas à custa, nomeadamente, de acidentes
rodoviários. Na patologia neoplásica não se observam diferenças significativas.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
54
Para o mesmo período, a diferença na mortalidade geral padronizada
antes dos 65 anos é mais significativa (p <0.0001; RR=1.21; 1.14 <IC
<1.29).
Quadro XV Principais causas de morte
Morre-se mais por doenças do aparelho circulatório, do aparelho
digestivo e sobretudo de causas externas (em particular acidentes de viação).
Também a mortalidade por doenças neoplásicas é superior no distrito da
Guarda, com enfoque especial no cancro da mama feminina e do aparelho
respiratório.
5.1.4.3. Anos de Vida Potencialmente Perdidos
Analisando os Anos de Vida Potencialmente Perdidos (Quadro XVI), no
período em análise, 2002-2004, há uma perda anual de 667 anos de vida
perdidos por 100.000 habitantes relativamente à região (p <0.0001; RR=1.15;
1.11 <IC <1.20).
Guarda R. Centro Continente Guarda R. Centro Continente G uarda R. Centro Continente Guarda R. Centro Continente
710,5 686,7 701,7 737,5 694,1 700,7 675,9 641,7 646,2 708 674 683
8,7 9,0 17,0 8,6 10,8 18,4 6,3 8,6 16,0 8 9 17
22,7 26,7 27,3 24,4 25,9 27,3 21,0 27,0 26,0 23 27 27
241,1 241,3 249,7 247,1 238,5 244,0 213,6 209,9 217,2 234 230 237
52,3 41,5 60,0 52,8 40,2 59,6 47,3 36,9 54,4 51 40 58
123,1 119,6 114,8 128,7 119,8 113,2 107,4 100,2 97,6 120 113 109
49,8 54,7 55,7 54,9 55,5 55,2 48,3 41,0 49,0 51 50 53
45,4 34,8 32,7 42,5 35,0 32,3 40,6 34,1 31,6 43 35 32
23,9 17,0 13,6 19,9 15,8 13,0 18,3 15,6 12,6 21 16 13
54,3 48,3 46,6 61,9 52,0 44,5 53,6 40,9 34,1 57 47 42
21,7 21,5 19,5 30,5 22,6 17,5 22,1 19,0 15,3 25 21 17
149,0 146,0 159,7 152,1 147,2 159,4 159,3 142,0 154,3 153 145 158
56,6 57,0 60,3 62,5 58,1 59,1 58,6 55,5 58,4 59 57 59
18,7 16,0 18,0 16,6 16,8 17,5 14,1 15,2 16,6 16 16 17
14,2 14,0 15,5 20,2 14,4 15,5 13,7 13,9 15,5 16 14 16
20,4 18,8 26,1 21,4 20,2 20,7 19,0 19,2 25,7 20 19 24
19,4 16,0 22,4 19,4 16,6 23,2 17,0 15,9 22,3 19 16 23
18,8 20,0 21,5 16,0 18,8 21,1 23,3 18,1 19,1 19 19 21
22,5 23,7 25,0 21,9 22,6 24,6 25,4 22,4 24,2 23 23 25
0,6 3,0 3,2 0,0 2,9 3,2 1,6 2,7 3,0 1 3 3
25,8 26,4 26,6 25,9 14,8 25,0 30,3 23,0 24,5 27 21 25
Principais Causas de Morte - Tx. mor. padronizadas
Todas as causas
D. Infecciosas e parasitárias
Diabetes
D. do Aparelho Circulatório
D. Isquémica do Coração
D. Cerebro-Vascular
D. do Aparelho Respiratório
D. do Aparelho Digestivo
D. Figado e Cirrose
Causas Externas
Acidentes de transportes
Tumores Malignos
Tumores do Aparelho Digestivo
T. Estomago
T. Cólon
Tumores do Aparelho Respiratório
T. Traqueia, Bronquios e Pulmões
Tumores da Mama Feminina
Tumores do Aparelho Genito-Urinário
T. Colo do Útero
T. Próstata
2002 2003 2004 Valor médio 2002-2004
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
55
A diferença é mais importante nas causas externas (com destaque para os
acidentes de viação), nas doenças do aparelho digestivo e neoplasia da mama
feminina.
Quadro XVI Anos de vida potencialmente perdidos, antes dos 70 anos
5.1.4.4. Morbilidade
A prevalência das doenças crónicas numa população é fundamental no
planeamento em saúde tendo em vista a estimação do seu peso na
comunidade e, consequentemente, a locação de recursos e serviços
necessários. Estas doenças são mais prevalentes no grupo etário dos idosos
(65 e mais anos).
Guarda R. Centro Continente Guarda R. Centro Continente G uarda R. Centro Continente Guarda R. Centro Continente
5233,7 4781,8 5282,9 5292,9 4732,5 5016,1 5432,5 4445,6 4733,5 5320 4653 5011
226,6 186,8 433,5 45,0 150,1 409,1 99,3 130,2 361,0 124 156 401
66,6 90,3 80,9 57,1 72,0 79,4 76,6 71,9 77,5 67 78 79
745,8 657,0 788,2 697,9 651,4 741,8 874,0 593,6 702,2 773 634 744
116,0 143,7 226,8 211,3 175,9 285,5 257,8 162,2 252,4 195 161 255
343,0 253,6 274,9 289,2 265,1 251,7 371,0 206,9 234,7 334 242 254
85,3 96,6 138,7 237,2 157,0 176,7 138,9 129,1 154,2 154 128 157
455,7 326,2 309,7 412,2 315,9 308,3 466,8 337,4 307,6 445 327 309
339,6 234,0 191,7 233,8 221,1 189,2 264,7 221,7 184,0 279 226 188
1410,3 1246,4 1213,5 1566,9 1233,4 1074,8 1664,8 1224,2 1054,4 1547 1235 1114
755,7 710,6 642,6 975,0 694,7 549,7 809,9 627,4 500,2 847 678 564
1207,9 1160,8 1274,5 1165,5 1162,6 1244,0 1438,7 1121,4 1203,3 1271 1148 1241
371,6 378,6 400,5 337,7 384,2 379,1 419,8 361,3 375,7 376 375 385
141,6 114,3 129,7 83,1 124,8 127,1 73,2 107,7 116,7 99 116 125
54,6 78,3 88,1 93,5 84,7 80,1 120,2 72,5 83,5 89 79 84
192,8 166,5 228,3 214,7 177,9 235,3 172,4 161,5 212,8 193 169 225
177,5 136,0 186,4 195,7 128,9 192,3 165,5 126,7 177,4 180 131 185
249,0 254,5 260,0 252,6 215,4 241,7 364,4 223,8 222,4 289 231 241
92,2 109,1 121,0 95,2 109,4 115,1 139,3 108,5 123,5 109 109 120
3,4 44,7 48,7 0,0 48,7 49,0 10,3 39,2 48,8 5 44 49
13,9 35,4 31,9 66,8 29,4 26,9 38,8 26,7 35,0 40 31 31
Todas as causas
D. Infecciosas e parasitárias
2003 2004
T. Próstata
2002
T. Cólon
Tumores do Aparelho Respiratório
T. Traqueia, Bronquios e Pulmões
Tumores da Mama Feminina
Acidentes de transportes
Tumores Malignos
Tumores do Aparelho Digestivo
T. Estomago
T. Colo do Útero
D. do Aparelho Respiratório
D. do Aparelho Digestivo
D. Figado e Cirrose
Causas Externas
Diabetes
D. do Aparelho Circulatório
Valor médio 2002-2004
Tumores do Aparelho Genito-Urinário
D. Isquémica do Coração
D. Cerebro-Vascular
Principais Causas de Morte
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
56
No estudo das principais morbilidades e determinantes de saúde foram
utilizados os resultados do Estudo Saúde Centro 2005, realizado pelos médicos
de família aos seus utentes em consulta. No distrito da Guarda verifica-se uma
prevalência superior de hipertensão arterial e doenças pulmonares obstrutivas
crónicas, um ligeiro acréscimo na patologia tumoral e uma menor prevalência
de dislipidémias e de patologia cardíaca.
Quadro XVII Prevalência das principais patologias na população adulta
D
E entre os principais determinantes de saúde, de referir um menor
consumo de álcool e tabaco, mas também uma menor prática de exercício
físico dedicado.
Na análise por NUT, observam-se prevalências superiores na Serra da
Estrela em quase todas as patologias estudadas – HTA, Diabetes,
hipercolesterolémia, doença pulmonar crónica obstrutiva, depressão, patologia
cardíaca, neurológica e osteo – articular. No que diz respeito às patologias
digestiva e renal, a Beira Interior Norte apresenta prevalências superiores.
Patologias e determinantes Guarda Reg. Centro
Hipertensão Arterial 34,7 32,6
Diabetes 11,7 11,4
Hipercolesterolémia 28,3 32,3
DPOC 5,8 4,6
Sindr. Depressivo 14,0 14,4
Medicação com psicofarmacos 15,1 16,1
Patologia tumoral 3,1 2,8
Patologia cardiaca 12,6 14,9
Patologia neurológica 5,0 3,8
Patologia osteoarticular 35,7 35,2
Patologia digestiva 10,8 10,1
Patologia renal 2,2 3,0
Patologia respiratória 5,5 6,0
Patologia endócrina 9,7 11,6
Actualização do calendário vacinal 78,2 83,8
Cobertura vacinal da gripe sazonal 05- 06 25,8 16,2
Tabagismo 12,2 12,8
Consumo diário de alcool 36,0 42,0
Obesidade (IMC≥30)
Exercício físico activo dedicado semanal 29,6 34,4
População estudada 1793 24045
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
57
Relativamente aos determinantes de saúde, mais uma vez se verifica
uma assimetria entre as NUTS em questão, com a Serra da Estrela a evidenciar
uma maior prevalência de determinantes “negativos” de saúde (consumos de
álcool e de tabaco) e menor prevalência de determinantes “positivos” (caso do
cumprimento do calendário vacinal).
A evolução da notificação das principais doenças de declaração
obrigatória no distrito da Guarda no período de 2000 a 2006 (casos
notificados) foi a verificada no quadro abaixo apresentado.
Quadro XVIII Evolução das doenças de declaração obrigatória no distrito da Guarda
Quadro XIX
SIDA/VIH1 e 2 (01/01/1983 a 30/06/2006)
DDO mais prevalentes 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Brucelose 38 24 28 15 6 10 3
F. Escaro-nodular 45 35 13 25 20 17 22
F. Tifoide e Paratifoide 4 4 3 2 2 2 1
Hepatite A 5 2 0 2 0 1 0
Hepatite B 3 0 0 1 1 1 1
Hepatite C 0 1 0 0 1 2 2
Infecc. Meningocócica 1 0 0 0 2 1 1
Meningite Meningocócica 0 3 3 1 1 0 2
Outras salmoneloses 1 3 6 3 1 0 2
Parotidite epidémica 20 1 2 1 4 4 1
Tuberculose respiratória 29 20 23 13 22 20 21
Indicadores Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Total
SIDA 289 79 228 57 299 168 1.120
População 727.041 203.314 437.642 176.086 472.895 395.202 2.412.180
Inc. Ac./1000 0,40 0,39 0,52 0,32 0,63 0,43 0,46
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
58
De facto, no distrito da Guarda tem-se verificado uma evolução favorável
da notificação de casos de brucelose, apresentando de 2002 a 2006 uma taxa
de incidência média tripla da Região Centro e cinco vezes superior à do
Continente.
Quanto à febre escaro – nodular parece verificar-se uma estabilização,
com taxas de incidência média 50% superiores à da região e 2,5 vezes superior
à taxa média do Continente.
Relativamente às hepatites víricas a Guarda apresenta taxas inferiores a
50% das da região e das do Continente.
Na tuberculose respiratória, a média anual de casos notificados é de 21
(limiar endémico), mas ainda assim parece existir uma estabilização das taxas
dos últimos anos, com uma taxa média de 11,2 novos casos por 100 000 (a
mais baixa da Região Centro), sendo de 17,4 e 27,5, respectivamente para a
Região e Continente.
O número de casos notificados de parotidite epidémica em 2000
configura um surto epidémico, que poderá ter resultado da ineficácia vacinal
(estirpe vacinal diferente da estirpe infecciosa) decorrente do componente da
papeira da vacina VASPR.
5.1.4.5. Cobertura Vacinal
Tem vindo a verificar-se uma evolução positiva das coberturas vacinais
nos últimos anos, sendo os resultados obtidos reflexo do processo de avaliação
do PNV que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos e do investimento
efectuado nesta área pelos profissionais de saúde.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
59
Conforme plano de avaliação regional, e tendo como base os dados da
avaliação das taxas de cobertura vacinal de todos os Centros de Saúde (CS) da
SRS, os responsáveis sub regionais do programa de vacinação, promoveram a
avaliação da cobertura vacinal relativa ao ano de 2006, que foi feita incidindo
em determinadas idades – chave (coortes que completaram o 1.º, 2.º, 7.º, 14.º,
25.º e 65.º aniversários).
De um modo geral, as coberturas vacinais atingidas na SRS Guarda, foram
superiores às atingidas na Região Centro (excepção na cobertura da vacina
antitetânica e antidiftérica – Td – nas coortes dos 25 e 65 anos de idade).
Relativamente às metas regionais, estas foram atingidas nas coortes de 1 e 2
anos de idade (à excepção da vacina contra a doença meningocócica C - Men C),
não o tendo sido para as outras coortes (excepção da vacina anti-sarampo,
parotidite e rubéola – VASPR da coorte dos 7 anos de idade).
Quadro XX Cobertura vacinal do Programa Nacional de Vacinação, 2006
A Campanha de Vacinação contra a Doença Invasiva por Neisseria
meningitidis do Serogrupo C teve início em 1 de Janeiro de 2006 (Despacho
n.º 4570/2005, de 9 de Dezembro de 2004, de Sua Excelência o Ministro da
Saúde) – 1.ª fase da Campanha (2006), dirigida aos nascidos entre 01.01.1997
e 30.09.2004.
VacinaSRS
GuardaR. Centro
DTP5 97 96VIP4 97 97
VASPR2 98 97
VASPR2 95 94VHB3 93 92
Td 97 94
Td 70 71
Td 47 63
7 Anos
14 Anos
25 Anos
65 Anos
VacinaSRS
GuardaR. Centro
BCG 99,6 99DTP3 98 97Hib3 98 97VIP3 98 97VHB3 98 98MenC 97 97
DTP4 98 96Hib4 98 96
VASPR1 99 98MenC 97 96
1 Ano
2 Anos
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
60
Para os nascidos entre 01.01.1989 e 31.1996, a Campanha de Vacinação
– 2.ª fase da Campanha (2007), contra a Doença Invasiva por Neisseria
meningitidis do Serogrupo C teve início em 1 de Janeiro de 2007.
Quadro XXI Cobertura vacinal da Campanha MEN C, 1.ª Fase - 2006
De um modo geral, as coberturas vacinais atingidas na SRS Guarda, foram
superiores às atingidas na Região Centro (excepção nos nascidos em 2000), não
tendo ainda sido atingidas as metas nacionais para os nascidos entre 1997 e
2000.
Quadro XXII Cobertura vacinal da Campanha MEN C, 2.ª Fase – 2007
As coberturas vacinais atingidas na SRS Guarda, foram inferiores às
atingidas na Região Centro, não tendo, como era expectável, ainda sido
atingidas as metas nacionais.
Àrea de influência
2004 (até Setembro) 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997
Região Centro 97% 95% 94% 92% 92% 90% 88% 88%
Guarda 98% 97% 97% 95% 89% 94% 94% 92%
Àrea de influência
1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989
Região Centro 80% 76% 77% 78% 76% 77% 76% 76%
Guarda 69% 71% 73% 73% 75% 68% 73% 73%
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
61
6. RECURSOS E PRODUÇÃO
6.1. Recursos Humanos
6.1.1. Cuidados primários
Os recursos humanos dos Centros de Saúde que integram a ULS da
Guarda, EPE eram, no final de 2008 os seguintes:
Quadro XXIII Recursos Humanos - Centros de Saúde
Efectivos Grupo Profissional / Carreira
Nomeação Outros Totais
Pessoal Dirigente
Pessoal Médico 110 9 119
Pessoal de Enfermagem 148 11 159
Pessoal Técnico Superior de Saúde 4 4
Pessoal Técnico Superior 11 11
Pessoal Técnico 2 2
Pessoal de Informática 4 4
Pessoal Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 22 4 26
Pessoal Técnico – Profissional 3 3
Pessoal Administrativo 137 5 142
Pessoal Operário 2 2
Pessoal Auxiliar 11 11
Pessoal dos Serviços Gerais 134 1 135
Pessoal Religioso 2 2
Pessoal Docente
Outro Pessoal
Totais 590 30 620
Os recursos existentes ao nível dos cuidados primários, tendo como
referência o rácio indicativo de 1.500 inscritos por médico de família para que
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
62
seja assegurada a qualidade e a prontidão na prestação de Cuidados de Saúde
Primários são, na generalidade dos concelhos da ULS, adequados ao nível da
população inscrita/médico de família. Os centros de saúde de Celorico da Beira,
Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Trancoso apresentam um reduzido
número de médicos face à população coberta.
Porém, e dado o funcionamento, até ao momento, do Serviço de
Atendimento Permanente 24 horas/dia em todos os centros de saúde da ULS
da Guarda (à excepção dos centros de saúde da Guarda que tem consulta
aberta e Seia), é necessário ter em conta o consumo de horas de trabalho que
está associado a este serviço e que muitas vezes condiciona o funcionamento
do atendimento em ambulatório.
Relativamente aos profissionais de enfermagem verifica-se, na
generalidade dos casos, uma situação mais favorável da relação população
inscrita/enfermeiro. Há, no entanto, discrepâncias entre os diferentes
concelhos, com o concelho da Guarda, o mais populoso, a apresentar uma
razão mais desfavorável de número de inscritos por enfermeiro.
Quadro XXIV Rácios da população inscrita
Médicos e enfermeiros por Centro de Saúde em 2008
Centro de Saúde População residente
N.º utentes inscritos
N.º Médicos
N.º Enfermeiros
Nº médicos /1000 Hab.
Nº enfer / 1000 Hab.
Nº inscritos /Médico
Nº inscritos/ Enfermeiro
Almeida 7213 9044 8 14 1.1 1.9 1131 646 Celorico da Beira 8643 9365 5 11 0.6 1.3 1873 851 Figueira de Castelo Rodrigo 6638 6786 4 8 0.6 1.2 1697 848 Fornos de Algodres 5343 6921 6 8 1.1 1.5 1154 865 Gouveia 15505 16935 12 22 0.8 1.4 1411 770 Guarda 44191 46610 30 22 0.7 0.5 1554 2119 Manteigas 3714 4240 3 9 0.8 2.4 1413 471 Meda 5788 6213 5 11 0.9 1.9 1243 565 Pinhel 10009 11395 6 11 0.6 1.1 1899 1036 Sabugal 13533 13293 9 12 0.7 0.9 1477 1108 Seia 27082 28386 18 19 0.7 0.7 1577 1494 Trancoso 10422 10940 6 11 0.6 1.1 1823 995
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
63
O quadro seguinte evidencia que os centros de saúde de Gouveia, Guarda,
Sabugal e Seia têm um elevado número de extensões de saúde, circunstância
que leva a uma grande dispersão dos seus recursos humanos.
Quadro XXV Horário de funcionamento/nº de extensões de saúde/centro de saúde
Centro de Saúde
Horário de funcionamento
Horário de serviço de atendimento complementar
N.º extensões de saúde
Almeida 9:00-18:00 SAP 3
Celorico da Beira 9:00-18:00 SAP 1
Figueira de Castelo Rodrigo 9:00-18:00 SAP 5
Fornos de Algodres 9:00-18:00 SAP 0
Gouveia 9:00-18:00 SAP 10
Guarda 9:00-18:00 Não tem 14
Manteigas 9:00-18:00 SAP 2
Meda 9:00-18:00 SAP 0
Pinhel 9:00-18:00 SAP 5
Sabugal 9:00-18:00 SAP 13
Seia 9:00-18:00 Não tem 14
Trancoso 9:00-18:00 SAP 5
O Centro de Saúde de Figueira de Castelo Rodrigo foi o único que
manteve a valência de internamento, como segue:
Quadro XXVI
Internamentos por Centro de Saúde em 2008
No que se refere ao número de inscritos sem médico de família, é de
destacar o Centro de Saúde de Seia, onde 4,5% dos utentes inscritos não
tinham médico de família atribuído.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
64
Quadro XXVII
N.º de inscritos por centro de saúde, por grupo etário, em 2008
6.1.2. Saúde Pública
Existem na área de influência da ULS da Guarda 6 médicos de saúde
pública – o que corresponde a uma razão global de 1 médico de saúde pública
por 27.000 habitantes.
Apesar do rácio habitante/médico de saúde pública ser, presentemente,
aceitável (ainda que superior à da Região: 1 médico de saúde pública por
22.000 habitantes e superior a 25.000 habitantes, rácio previsto no Decreto-lei
nº 81/2009 de 2 de Abril), prevê-se que o número de médicos de saúde pública
da ULS da Guarda irá diminuir para 3, em virtude dos restantes atingirem em
2008 o tempo limite de serviço.
Centro de Saúde <12 Meses
12-23 Meses
2-18 Anos
19-44 Anos
45-64 Anos
> 65 Anos
Total Com
Médico de Família
Sem Médico de Família
Total
Almeida 33 78 989 2693 2269 2982 9044 8975 69 9044
Celorico da Beira 65 136 1313 3097 2242 2512 9365 9358 7 9365
Figueira Castelo Rodrigo
40 79 872 2065 1643 2087 6786 6594 192 6786
Fornos de Algodres 30 80 946 2263 1592 2009 6920 6859 61 6920
Gouveia 93 218 2131 5303 4352 4838 16935 16649 286 16935
Guarda 329 766 7286 17375 11652 9195 46603 45944 659 46603
Manteigas 15 44 583 1361 1198 1039 4240 4233 7 4240
Meda 27 65 790 1954 1538 1838 6212 6174 38 6212
Pinhel 52 119 1409 3718 2800 3297 11395 11341 54 11395
Sabugal 51 101 1413 3589 3028 5111 13293 12262 1031 13293
Seia 153 322 3814 9780 7667 6650 28386 28218 168 28386
Trancoso 70 125 1512 3529 2606 3098 10940 10485 455 10940
Centro
de
Saúde
Lotação
(camas)
Doentes
existentes
30.09.2008
Doentes
Entrados
Doentes
Saídos
Doentes
existentes
31.12.2008
Dias de Internamento
01.10.2008 a
31.12.2008
Figueira de Castelo Rodrigo
10
1
13
14
0
110
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
65
Desta forma, o rácio médicos de saúde pública por número de habitantes
será de 54 000 habitantes por médico, atingindo um valor inferior a metade do
previsto na legislação em vigor.
Quanto aos técnicos de saúde ambiental, a ULS da Guarda apresenta
uma razão número de profissionais / população residente correspondente a um
técnico por cerca de 13 000 habitantes ULS da Guarda, valor um pouco
superior ao previsto na legislação aplicável, e bastante superior ao rácio da
região que é de um técnico por cada 22.000 habitantes. Situação semelhante
acontece com os higienistas orais, correspondentes a 1técnico por 53.000
habitantes.
Quadro XXVIII Profissionais de Saúde Pública
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
66
6.1.3. Cuidados Hospitalares
Os recursos humanos do Hospital de Sousa Martins - Guarda eram, no final
de 2008 os seguintes:
Quadro XXIX Recursos Humanos
Hospital de Sousa Martins da Guarda
Efectivos Grupo Profissional / Carreira
Nomeação Outros Totais
Pessoal Dirigente 4 2 6
Pessoal Médico 68 36 104
Pessoal de Enfermagem 299 49 348
Pessoal Técnico Superior de Saúde 6 6 12
Pessoal Técnico Superior 5 4 9
Pessoal Técnico 2 2
Pessoal de Informática 2 2
Pessoal Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 44 6 50
Pessoal Técnico – Profissional 9 15 24
Pessoal Administrativo 64 64
Pessoal Operário 18 1 19
Pessoal Auxiliar 11 11
Pessoal dos Serviços Gerais 181 14 195
Pessoal Religioso
Pessoal Docente 1 1 2
Totais 714 134 848
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
67
Os recursos humanos do Hospital de Nossa Senhora da Assunção – Seia eram,
no final de 2008 os seguintes:
Quadro XXX Recursos Humanos
Hospital Nossa Senhora da Assunção - Seia
Efectivos Grupo Profissional / Carreira
Nomeação Outros Totais
Pessoal Dirigente 1 1
Pessoal Médico 5 11 16
Pessoal de Enfermagem 46 15 61
Pessoal Técnico Superior de Saúde 2 2 4
Pessoal Técnico Superior 1 1 2
Pessoal Técnico
Pessoal de Informática 2 2
Pessoal Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 10 7 17
Pessoal Técnico – Profissional
Pessoal Administrativo 18 5 23
Pessoal Operário 1 1
Pessoal Auxiliar 44 5 49
Pessoal dos Serviços Gerais
Pessoal Religioso
Pessoal Docente
Outro Pessoal 1 1
Totais 130 47 177
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
68
6.2. Produção
6.2.1. Cuidados Primários
Quanto aos programas de saúde, a totalidade dos centros de saúde da
ULS da Guarda disponibilizam consultas de saúde de adultos, planeamento
familiar, saúde materna, saúde infantil, serviço de atendimento permanente,
actividades de enfermagem, promoção da saúde em meio escolar e diabetes.
No Ano 2008 (Outubro a Dezembro), foram efectuadas 150.314 consultas
(111.491 no ambulatório e 38.823 no SAP), conforme se pode verificar dos
mapas do movimento assistencial dos Programas de Saúde.
6.2.1.1. Saúde de Adultos
Todos os centros de Saúde da área da ULS da Guarda disponibilizam
consultas de saúde de adultos nas suas sedes e extensões. No ano de 2008, no
período de Outubro a Dezembro foram realizadas 99.537 consultas de saúde de
adultos nestes 12 centros.
Quadro XXXI Consultas de Saúde de Adultos
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
69
6.2.1.2. Planeamento Familiar e Saúde Materna
Todos os centros de Saúde da área da ULS da Guarda disponibilizam
consultas de planeamento familiar nas suas sedes e maioria das extensões. No
ano de 2008 no período de Outubro a Dezembro, foram realizadas 2560
consultas de Planeamento Familiar nestes 12 centros.
O programa de vigilância em saúde materna desenvolve-se em todos os
Centros de Saúde da área da ULS da Guarda segundo as normas da DGS.
No ano de 2008 no período de Outubro a Dezembro, foram realizadas
1450 consultas de saúde materna, houve 6,8 consultas por grávida e a
precocidade na 1.ª consulta no 1.º trimestre de gravidez foi de 84%.
Quadro XXXII Consultas de Planeamento Familiar e Saúde Materna
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
70
6.2.1.3. Saúde Infantil
O programa de Saúde Infantil, como os anteriores, é um dos programas
prioritários desenvolvido em todos os centros de saúde.
O número médio de consultas no primeiro ano de vida foi de 4,7 na área
da ULS da Guarda, e a Precocidade na 1.ª consulta foi de 63%.
Quadro XXXIII Saúde infantil por Centro de Saúde, em 2008
6.2.1.4. Serviço de Atendimento Permanente
O serviço de Atendimento Permanente funciona 24 horas/dia em todos os
centros de saúde da ULS da Guarda (à excepção dos centros de saúde da
Guarda que tem consulta aberta e Seia).
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
71
No Serviço de Atendimento Permanente houve um total de 422 consultas
por dia, verificando-se uma média de 38 consultas por dia em cada centro de
saúde.
A percentagem de consultas do SAP em relação ao ambulatório no
período foi de 35%, de casos enviados a cuidados diferenciados foi de 8% e a
percentagem de casos enviados ao domicílio foi de 92%.
Quadro XXXIV Serviço de Atendimento Permanente
6.2.1.5. Diabetes
Este programa é desenvolvido em todos os centros de saúde, com um
horário expresso para consultas. A identificação dos diabéticos no S.N.S.
continua a fazer-se através do Guia do Diabético.
Na Guarda existem 9.624 Diabéticos em Programa, dos quais 146
diagnosticados neste período.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
72
6.2.1.6. Rastreio do Cancro da Mama
O rastreio do cancro da mama, é um programa bianual que conta desde
1990 com a colaboração da Liga Portuguesa Contra o Cancro. No último
trimestre do Ano 2008, houve Rastreio nos Concelhos de Figueira de Castelo
Rodrigo, Guarda, Pinhel, Sabugal e Trancoso. Tendo abrangido 5.061 mulheres
dos 45 aos 70 anos.
6.2.1.7. Actividades de Enfermagem
Nos Centros de Saúde da ULS, houve 9,6 horas de enfermagem mês por
habitante; 205 entrevistas sem consulta médica por enfermeiro; 291 entrevistas
com consulta médica por enfermeiro; 21 Acções de educação para a saúde em
grupo no exterior por enfermeiro; 31% das visitas domiciliárias foram para
promoção da saúde; 69% das visitas domiciliárias para tratamentos.
Quadro XXXV Ambulatório – Actividades de Enfermagem
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
73
6.2.1.8. Indicadores de Realização
Os principais indicadores de realização de actividades de cuidados de
saúde primários foram os seguintes:
Quadro XXXVI Cuidados Primários – Indicadores de Actividade 1
Indicadores de Realização METAS
ATINGIDAS ANO 2008
Gerais de Gestão
1- Taxa de Cobertura 2- Ratio Médico/Habitante 3- Ratio Médico/Utentes Inscritos 4- Ratio Enfermeiro/Habitante 5- Ratio Administrativo/Habitante 6- % Utentes sem médico de familia 7- % Consultas com marcação no atendimento ambulatório 8- % Consultas marcadas por telefone no total de consultas marcadas
107.6% 1477 1590 1000 1285 1.77% 47% 15.4%
Saúde Materna
1- Consulta por Grávida 2- Precocidade na 1.ª consulta no 1.º trimestre de gravidez 3- 1.ª Consulta no 3.º trimestre de gravidez
6,8 84% 3,77
Saúde Infantil
1- Precocidade na 1.ª Consulta 2- Média de consultas de vigilância a crianças <12 meses
63% 4,7
Planeamento Familiar
1- Consultas por mulheres em programa 2- % Mulheres inscritas dos 15-49 Anos, a frequentarem Consulta de Planeamento Familiar 3- % de Citologias
1,9 20% 14%
Rastreio cancro do colo do útero
1- % de Citologias
4,4%
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
74
Quadro XXXVI Cuidados Primários – Indicadores de Actividade 2
Enfermagem Ambulatório
1- Horas Enfermagem Mês por 100 habitante 2- Entrevistas sem consulta médica/por enfermeiro 3- Entrevistas com consulta médica /por enfermeiro 4- Educação para a saúde em grupo no exterior/por enfermeiro 5- Visitas domiciliários para promoção da saúde 6- Visitas domiciliários para tratamentos
9,6 205 291 21 31% 69%
Serviço de Atendimento Permanente – SAP
1- Total Consultas/Dia 2- Média Consultas por dia 3- % Consultas de SAP relativamente ao ambulatório 4- % Casos enviados a cuidados diferenciados 5- % Casos enviados ao domicilio
422 38 35% 8% 92%
Internamento (1 Centro de Saúde)
1- Lotação Praticada 2- Número de Doentes Tratados 3- Número de Dias de Internamento 4- Demora Média 6- Percentagem de Ocupação
10 14 110 7,85 17,74
Serviço Social
1- Visitas domiciliárias 2- N.º Total de reclamações 3- N.º Total de utentes atendidos nos Gabinetes de Utente
47 14 77
Diabetes Mellitus A identificação dos diabéticos no S.N.S. (Serviço Nacional de Saúde) continua a fazer-se através do Guia do Diabético.
Diabéticos em Programa Diabéticos Diagnosticados no período
9624 146
Luta Contra a Tuberculose Todos os doentes confirmados laboratorialmente, foram seguidos em Programa.
N.º de Doentes em Programa N.º de Consultas a Doentes em Programa N.º de Microradiografias efectuadas
36 105 116
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
75
Quadro XXXVI
Cuidados Primários – Indicadores de Actividade 3
Programa de Vacinação
BCG 99,2% DTPa III 98,7% Hib III 98,7%
VIP III 98,7% VHB III 98,3%
12M
MenCII 99,8% DTPa IV 96,7% Hib IV 96,4% VASPR I 98,6%
24M MenCIII 97,3% DTPa V 97,9% VIP IV 97,9%
7A
VASPR II 98,3% VASPR II 99,5% VHB III 96,1%
14A
Td VI 98,5% Campanha Men C (coortes de nascidos entre 01.01.1989 e 30.09.2004) Campanha HPV (coortes raparigas nascidas em 1995)
93% 89,3%
Alcoolismo
N.º de Utentes em Programa
53
Saúde Pública % Análises da Qualidade da Água das Piscinas realizadas/previstas % Análises da Qualidade das Águas Balneares realizadas/previstas % Análises Qualidade da Água p Cons. Humano realizadas/previstas % Padarias c/redução de Sal realizada/aderentes % Cantinas Escolares e Refeitórios Públicos Vigiados % de escolas abrangidas por Saúde Escolar
100% 100% 100% 73,4% 82% 100%
Elementos Complementares de Diagnóstico
- Radiografias
3.217
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
76
Quadro XXXVI
Cuidados Primários – Indicadores de Actividade 4 Serviços requisitados ao exterior
- Internamento Doentes Tratados Dias de Internamento - Analises Clínicas - Exames de Anatomia Patológica - Exames de Radiologia - Electrocardiogramas - Electroencefalogramas - Exames de Medicina Nuclear - Sessões de hemodiálise - Tratamentos de medicina física e reabilitação - Transporte de Doentes (quilómetros percorridos): Bombeiros Outros quilómetros percorridos
291 8907
284.438 2.338 27.314 2.793 19 315 4.507 3251
1.126.682 58.443
6.2.1.9. Promoção da Saúde em Meio Escolar
A totalidade dos centros de saúde do distrito da Guarda desenvolve o
programa de promoção da saúde em meio escolar nas suas diversas vertentes:
saúde escolar, saúde oral, educação para a saúde e prevenção de acidentes. A
totalidade dos estabelecimentos de ensino do distrito (desde o ensino pré-
escolar até ao secundário) está coberta pelo programa.
Os alunos escolarizados até ao 2.º ciclo são totalmente abrangidos por
este programa. Não obstante, o desempenho dos centros de saúde do distrito,
mostra-se necessário melhorar a articulação com as equipas de medicina
Familiar de forma a aumentar a cobertura dos exames de saúde global das
crianças dos 6 aos 13 anos. É também necessário aumentar a cobertura nos
alunos do 1.º ciclo relativamente ao programa básico de saúde oral.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
77
No ano Lectivo 2008/09 iniciou-se novo Programa de Saúde Oral com a
emissão de cheques dentista em cada Centro de3 Saúde. Relativamente ao
último trimestre de 2008 as actividades no âmbito de Saúde Oral não foram
desenvolvidas de acordo com o programado dado que apesar de ter sido
definida a área geográfica de intervenção das higienistas orais no âmbito da ULS
não foi determinada a autorização para a deslocação de 3 técnicas colocadas nos
Centros de Saúde.
Quadro XXXVII
Cobertura do programa de promoção da saúde em meio escolar (2007/08)
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
78
6.2.2. Cuidados Continuados
A RNCCI na área de influência da ULS da Guarda integra um total de
dezoito equipas divididas em equipas de gestão de altas (uma equipa localizada
no Hospital Sousa Martins), três equipas de coordenação local (no âmbito dos
Centros de Saúde reconfigurados) e doze equipas de Cuidados Continuados
Integrados nos Centros de Saúde, como se descreve:
1 EGA – HSM
3 ECL`S:
Este: Almeida, Celorico, Guarda, Manteigas, Sabugal;
Norte: Figueira de Castelo Rodrigo, Meda, Pinhel, Trancoso;
Oeste: Fornos de Algodres, Gouveia, Seia.
Foram referenciados no período para: ECL Este – 45 doentes;
Foram referenciados no período para: ECL Norte – 21 doentes;
Foram referenciados no período para: ECL Oeste – 16 doentes.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
79
6.2.3. Cuidados Hospitalares
6.2.3.1. Internamento
O Hospital de Sousa Martins, com uma lotação de 327 camas para
internamento de agudos, dispõe das principais valências cirúrgicas (incluindo
oftalmologia e otorrinolaringologia) e médicas (nomeadamente cardiologia,
neurologia, psiquiatria, pediatria e Neonatologia).
Quadro XXXVIII Valências e lotação – Hospital Sousa Martins – Guarda
SERVIÇOS LOTAÇÃO
2007 LOTAÇÃO
2008 Especialidades Médicas 143 142 Cardiologia 26 18 Dermatologia 2 2 Gastrenterologia 4 4 Medicina Interna 48 56 Neurologia 6 6 Pneumologia 33 32 Psiquiatria 24 24 Especialidades Cirúrgicas 102 98 Cirurgia Geral 47 43 Oftalmologia 7 7 Ortopedia 40 40 ORL 8 8 Obstetrícia/Ginecologia 42 42 Ginecologia 18 18 Obstetrícia 24 24 Pediatria 29 29 Pediatria 22 22 Neonatologia 7 7 Unidade Cuidados Intensivos 7 12 UCIC 4 4 UCI Polivalente 3 8 Outras 4 4 Unidade Oncologia/Dor 4 4
T O T A L 327 327
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
80
O Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia) possuía uma lotação
praticada de 60 camas de agudos, distribuídas pelos serviços de Medicina
Interna (com uma lotação de 35 camas) e de Cirurgia Geral (com uma lotação
de 25 camas). No entanto, com a construção do novo hospital, não houve
internamentos no período em análise.
O movimento do internamento, por serviço, no Hospital da Guarda (no
período considerado o Hospital de Seia não teve internamento), é o que se
apresenta no quadro seguinte:
Quadro XXXIX Internamento do Hospital de Sousa Martins – Guarda
Serviços Lot
Doentes saídos sem
Transf. Internas
Transf Internas
Dias Intern.
Dias Intern. Doentes Saídos
% Ocup. D.M.I. D.T./
/Cama
Cardiologia 18 235 24 1670 1720 100,8 7,3 13,1
Cirurgia Geral 43 403 85 2811 2847 71,1 7,1 9,4
Dermatologia 2 0 0 0 0 0,0 0,0 0,0
Gastrenterologia 4 30 3 282 311 76,6 10,4 7,5
Ginecologia 18 231 1 998 1103 60,3 4,8 12,8
Medicina Interna 56 429 23 5065 5017 98,3 11,7 7,7
Neonatologia 7 23 1 177 192 27,5 8,3 3,3
Neurologia 6 16 1 277 295 50,2 18,4 2,7
Obstetrícia 24 279 1 945 967 42,8 3,5 11,6
Oftalmologia 7 145 1 293 283 45,5 2,0 20,7
Oncologia Médica 4 97 8 200 208 54,3 2,1 24,3
Ortopedia 40 336 21 2860 2926 77,7 8,7 8,4
ORL 8 48 32 319 310 43,3 6,5 6,0
Pediatria 22 165 0 575 600 28,4 3,6 7,5
Pneumologia 32 187 3 2059 2127 69,9 11,4 5,8
Psiquiatria 24 117 2 1920 2051 87,0 17,5 4,9
UCIC 4 31 68 310 318 84,2 10,3 7,8
UCI Polivalente 8 13 11 301 299 40,9 23,0 1,6
TOTAL (s/Berçário)
327 2785 285 21062 21574 70,0 7,7 8,5
Berçário 24 154 7 601 614 27,2 4,0 6,4
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
81
Relativamente à tipologia das altas, verifica-se que as doenças do
aparelho circulatório, as do sistema musculo-esqueletetico e as do aparelho
circulatório são as que apresentam maior número de casos. Também as doenças
do aparelho digestivo alcançaram uma casuística apreciável, como se pode
verificar no quadro seguinte:
Quadro XL Principais patologias por grande categoria diagnóstica – 2008
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
82
A ULS da Guarda, EPE, mais concretamente o Hospital de Sousa Martins,
alcançou case mix de 1,16 conforme se apresenta no quadro seguinte, com a
desagregação por serviço:
Quadro XLI Índice de case mix, por serviço
SERVIÇO Hospital de
Sousa Martins
Hospital de Nossa
Senhora da Assunção
Medicina A 1,24 Medicina B 1,21 Cardiologia 1,31
Gastrenterologia 1,44 Neurologia 0,78 Pneumologia 0,86 Psiquiatria 1,22
Cirurgia Homens 1,21 Cirurgia Mulheres 1,26 Oftalmologia 0,74
Ortopedia Homens 1,62 ORL 0,53
Obstetrícia 0,42 Ginecologia 0,52 Pediatria 0,46
Neonatologia 0,91 Berçário 0,11
Ortopedia Mulheres 1,55 UCI 4,57 UCIC 1,7
Unidade de Oncologia 0,77
Não houve in
ternam
entos d
uran
te este
perío
do
TOTAL 1,16 0,00
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
83
6.2.3.2. Consultas Externas
As consultas Externa realizadas nas unidades hospitalares da ULS da
Guarda, EPE foram as que constam do Quadro seguinte:
Quadro XLII Consultas Externas realizadas, por especialidade
Hospital Sousa Martins Hospital Nossa Sr.ª Assunção
VALÊNCIAS Primeiras Consultas
Consultas Subsequentes TOTAL
Primeiras Consultas
Consultas Subsequentes TOTAL
Anestesiologia 414 12 426 125 4 129 Cardiologia 278 577 855 91 498 589 Cirurgia Geral 532 612 1.144 340 355 695 Cirurgia Geral 520 489 1.009 340 355 695 Consulta Obesidade 12 123 135 0 0 0 Dermato-Venereologia 478 641 1.119 58 46 104 Medicina Física e Reabilitação 72 85 157 101 121 222 Gastroenterologia 149 271 420 70 5 75 Dor 40 190 230 0 0 0 Ginecologia 224 897 1.121 0 0 0 Adolescência 5 27 32 0 0 0 Ginecologia 168 559 727 0 0 0 Menopausa 0 71 71 0 0 0 Patologia colo útero 25 122 147 0 0 0 Patologia Vulvar 25 118 143 0 0 0 Cons Rastreio Andrologico 1 0 1 0 0 0 Medicina Interna 490 2.360 2.850 60 573 633 Diabetologia 61 517 578 24 407 431 Doenças Auto-Imunes 20 163 183 0 0 0 Doenças Hepáticas 21 84 105 0 0 0 Hematologia Clínica 23 94 117 0 0 0 Medicina Interna 333 1.163 1.496 0 0 0 Oncologia Médica 21 309 330 0 0 0 Endocrinologia e Nutrição 11 30 41 36 166 202 Neurologia 78 188 266 25 82 107 Otorrinolaringologia 308 497 805 354 908 1.262 Obstetrícia 139 484 623 0 0 0 Gravidez na Adolescência 2 15 17 0 0 0 Obstetrícia 129 336 465 0 0 0 Planeamento Familiar 8 133 141 0 0 0 Oftalmologia 558 1.112 1.670 160 199 359 Ortopedia 759 1.032 1.791 157 256 413
continua …
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
84
Quadro XLII
Consultas Externas realizadas, por especialidade (continuação)
Hospital de Sousa Martins Hospital Nossa Senhora da Assunção
VALÊNCIAS Primeiras Consultas
Consultas Seguintes TOTAL
Primeiras Consultas
Consultas Seguintes TOTAL
Pediatria 229 514 743 0 0 0 Adolescência e Obesidade 9 35 44 0 0 0 Consulta de Desenvolvimento 8 109 117 0 0 0 Neonatologia 33 70 103 0 0 0 Pediatria 179 300 479 0 0 0 Pneumologia 325 1.045 1.370 49 312 361 Alergologia 154 93 247 0 0 0 Cinesiterapia 8 78 86 0 0 0 Consulta Patologia do Sono 28 98 126 0 0 0 OLD 2 79 81 0 0 0 Oncologia Pneumológica 2 157 159 0 0 0 Pneumologia 116 483 599 49 312 361 Tabagismo e desabituação 15 57 72 0 0 0 Psiquiatria 195 1.658 1.853 10 157 167 Psiquiatria Infância Adolescência 62 24 86 0 0 0 Urologia 0 0 0 78 286 364 Consulta a pessoal-Med Trabalho 10 69 79 0 0 0
Outras (pé diabético) 0 0 0 7 20 27 Psicologia 26 194 220 24 249 273 Psicologia Pediátrica 18 145 163 0 0 0 Psicologia Psiquiátrica 8 49 57 0 0 0 Psicologia Clínica 0 0 0 24 249 273 Consulta de Nutrição 73 117 190 51 86 137
TOTAL 5.439 12.579 18.018 1.760 4.157 5.917
Os hospitais que integram a ULS da Guarda, EPE realizam consultas
externas das áreas médicas e cirúrgicas, com um grau de diferenciação
adequado às necessidades de saúde de uma população predominantemente
envelhecida – caso da Fisiatria, Diabetologia, Consultas de Obesidade,
Oncologia Médica, Psiquiatria, Menopausa, etc.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
85
O número de horas semanais por gabinete de consulta foi, no Hospital de
Sousa Martins, o seguinte:
Quadro XLIII Horas de Utilização de Gabinetes de Consulta
Nº de Horas Semanais Gabinetes Consulta Externa Anestesiologia 10,5 Cardiologia 17,5 Cirurgia Geral 21,0 Dermato-Venereologia 45,5
Diabetologia 14,0 Dor 17,5 Gastroenterologia 14,0 Ginecologia 38,5 Hematologia Clínica 3,5 Medicina Física e Reabilitação 10,5 Medicina Interna 59,5 Neonatologia 3,5 Neurologia 14,0 Obstetrícia 66,5 Oftalmologia 42,0 Oncologia Médica 3,5 Ortopedia 42,0 Otorrinolaringologia 35,0 Pediatria 35,0 Pneumologia 52,5 Psiquiatria 98,0 Psiquiatria da Infância e Adolescência 14,0 Reumatologia 7,0 Consultas a pessoal (Medicina trabalho) 3,5 Psicologia 21,0 Apoio Nutricional e Dietética 24,5
Total Consultas Médicas 669 Total Consultas por Pessoal não Médico 46
TOTAL 714
Refira-se também que, no Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia),
não obstante a sua reduzida dimensão e o facto de contar com apenas dois
serviços (Medicina Interna e Cirurgia Geral), possui uma boa oferta em
consultas externas, embora a maior parte delas sejam asseguradas por
médicos do Hospital de Sousa Martins ou do exterior.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
86
Os hospitais da área de influência da ULS Guarda têm carências efectivas
nalgumas especialidades mais diferenciadas, tais como Cirurgia Vascular,
Neurocirurgia, Cirurgia Pediátrica, Imuno Hemoterapia, Nefrologia, Urologia e
Oncologia.
A Lista de Espera para primeiras consultas, na ULS da Guarda, EPE era
a seguinte, em 31 de Dezembro de 2008:
Quadro XLIV Lista de Espera em Consulta
Número de Doentes em espera Especialidades Hospital de Sousa
Martins Hospital de Nossa
Sr.ª Assunção Anestesiologia 0 11 Cardiologia 713 116 Cirurgia Geral 260 69 Dermatologia 141 363 Diabetologia 14 21 Endocrinologia 0 320 Gastrenterologia 45 0 Ginecologia 369 11 Hematologia Clínica 8 0 Medicina Fisica e Reabilitação 0 580 Medicina Interna 55 62 Neurologia 338 134 Obstetrícia 46 0 Oftalmologia 1862 507 Oncologia Médica 1 0 Ortopedia 786 184 Otorrinolaringologia 668 239 Pediatria 218 0 Pneumologia 127 13 Psiquiatria 43 168 Psiquiatria da Infância e Adolescência 21 0 Reumatologia 21 0 Urologia 0 210 Outras 0 8 Psicologia 0 15 Apoio Nutricional e dietética 0 10
TOTAL 5736 3041
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
87
6.2.3.3. Serviço de Urgência
O Quadro abaixo apresentado fornece-nos uma panorâmica do número de
urgências realizadas nas Unidades Hospitalares de Saúde do Distrito da Guarda,
e o número de doentes tratados no Serviço de Observações (S.O.) durante o
ano de 2008.
Quadro XLV Urgência Hospitalar e Serviço de Observações
Hospital de Sousa Martins
Hospital Nossa Senhora da Assunção
Total de Urgências
Urgências sem Internamento
Total de Urgências
Urgências sem Internamento
Urgência Geral 11.686 10.364 9.776 9.776 Urgência Obstétrica 1.024 764 - - Urgência Pediátrica 3.713 3.589 - -
TOTAL 16.423 14.717 9.776 9.776
Urgência – S.O. (<24 horas) 434 1.063
O Hospital de Seia possui um Serviço de Urgência Básica (SUB) que
funciona 24 horas por dia, com apoio do Serviço de Imagiologia durante as 24
horas e apoio do Serviço de Patologia Clínica até 22 horas da noite. Conta
ainda com uma Sala de Observações, composta por 6 camas.
O Serviço de Urgência do Hospital da Guarda decompõe-se em Urgência
Geral, Urgência Pediátrica e Urgência Obstétrica, dispondo de especialistas em
regime de presença física ou prevenção nas principais especialidades.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
88
Especialidades
Anestesiologia
Cardiologia
Cirurgia
Cirurgia Geral
Gastrenterologia
Ginecologia
Medicina
Medicina Interna
Neurologia
ORL
Obstetrícia
Oftalmologia
Ortopedia
Pediatria
Pneumologia
Psiquiatria Prevenção
Presença Física e Prevenção
Presença Física
Presença Física e Prevenção
Prevenção
Presença Física e Prevenção
Presença Física e Prevenção
Prevenção
Presença Física e Prevenção
Presença Física
Prevenção
Prevenção e Presença Física
Horário
Presença Física
Presença Física e Prevenção
Quadro XLVI Especialidades do Serviço de Urgência do Hospital Sousa Martins
6.2.3.4. Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
O Hospital da Guarda e o Hospital de Seia possuem uma ampla oferta de
Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica ao nível da Patologia
Clínica, da Imagiologia, da Pneumologia, da Cardiologia, da Otorrinolaringologia,
da Gastrenterologia e da Oftalmologia, entre outros.
Porém, há áreas em que o recurso ao exterior é inevitável, tais como, a
Anatomia Patológica, a Neurofisiografia ou outras onde a falta de recursos
técnicos e/ ou humanos impede dar resposta atempada às solicitações internas
(v. g. as TACs e as Ressonâncias Magnéticas, ao nível da Imagiologia).
Actualmente já se verificam relações de complementaridade ao nível dos
dois Hospitais, com o Hospital Sousa Martins a realizar análises clínicas mais
diferenciadas ou mais esporádicas para o Hospital de Nossa Senhora da
Assunção e este a efectuar meios complementares de diagnóstico e terapêutica
para os Centros de Saúde mais próximos.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
89
Quadro XLVII M.C.D.T.s produzidos no Hospital de Sousa Martins - Guarda
HOSPITAL SOUSA MARTINS
Urgência Consulta
Externa Intern Hospital
de Dia Outros
Pedidos pelo
Exterior Total
Ecografias (Imagiologia) 991 837 607 31 2466 RX Convencional 18139 5485 5134 121 5 28884 TAC 1814 2 661 101 2578 Outros 51 51 Imagiologia 20944 6324 6453 253 5 33979 Bioquímicas 136433 183261 108090 25334 13670 466788 Hematológicas 29363 10554 21055 5396 1852 68220 Imunológicas 2679 15156 7037 285 3625 28782 Microbiológicas 2256 3042 16936 435 2625 25294 Outras 78243 78243 Análises Clínicas 170731 212013 153118 31450 78243 21772 667327 Endoscopia 150 534 194 3 881 Outros 38 415 53 2 43 551 Gastrenterologia 188 949 247 2 46 1432 Técnicas Terapêuticas 24 7596 3969 82 11671 Med. Física e Reabilitação 24 7596 3969 82 11671 Actos Diagnóstico 6947 3131 3585 13663 Actos Terapêuticos 1 53 54 Cardiologia 6948 3131 3638 13717 Laser 329 1 330 Outros 8 2226 17 2251 Oftalmologia 8 2555 18 2581 Provas de Função Respiratória 5 1946 624 21 2596 Téc. Especiais diag. e tratamento 4845 483 291 79 5698 Pneumologia 4850 2429 915 21 79 8294 Urologia Não Especificado (ORL) 18 613 429 1060 Otorrinolaringologia 18 613 429 1060 Análises 3208 10688 13896 Unidades Transfundidas 508 947 41 1496 Imuno-hemoterapia (Outros) 9 34 43 Imuno-hemoterapia 3725 10722 947 41 15435 Não Especificado 1 563 564 Dermatologia 1 563 564 Outros (Ginecologia) 11 892 21 924 Ginecologia (Total) 11 892 21 924 Cardiotografias 463 55 1083 1601 Ecografias 81 524 200 805 Outros 9 9 Ginecologia - Obstetrícia 544 579 1292 2415 Outros 90020 5238 43 1222 2 96525
Outros (Total) 90020 5238 43 1222 2 96525
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
90
Quadro XLVIII M.C.D.T.s produzidos no Hospital de Nª Srª da Assunção de Seia
HOSPITAL NOSSA S.ª ASSUNÇÃO
Urgência Consulta Externa Intern Hospital de
Dia Outros Pedidos
pelo Exterior
Total
Ecografias (Imagiologia) 349 753 92 554 78 1826 RX Convencional 4940 1413 236 5254 1005 12848 Imagiologia 5289 2166 328 0 5808 1083 14674 Bioquímicas 15801 41319 16454 1 12672 798 87045 Hematológicas 4788 9303 3709 0 3515 243 21558 Imunológicas 73 2694 170 0 1207 69 4213 Outras 1745 2870 1425 1684 120 7844 Análises Clínicas 22407 56186 21758 1 19078 1230 120660 Endoscopia 7 43 36 181 24 291 Outros 13 13 26 Gastrenterologia 7 56 36 0 194 24 317 Técnicas Diagnósticas 652 15180 3200 7318 817 27167 Técnicas Terapêuticas 0 Medicina Física e Reabilitação 652 15180 3200 0 7318 817 27167 Actos Diagnóstico 619 1202 248 0 3176 367 5612 Cardiologia 619 1202 248 0 3176 367 5612 Outros 43 43 Oftalmologia 43 0 0 0 0 0 43 Provas de Função Respiratória 2 711 42 891 111 1757 Téc. especiais de diag. e tratamento 1 146 158 550 33 888 Pneumologia 3 857 200 0 1441 144 2645
Outros 45 16 61 Urologia 0 45 0 16 0 0 61 Otorrinolaringologia Análises 215 28 701 104 122 2 1172 Unidades Transfundidas 24 65 10 99 Imuno-hemoterapia (Outros) 2 26 28 Imuno-hemoterapia 239 30 766 140 122 2 1299 Não Especificado 39 39 Dermatologia 0 39 0 0 0 0 39 Exames Endoscópicos 7 1 8 Actos Cirúrgicos 7 7 Outros (Ginecologia) 0 Ginecologia (Total) 0 14 0 1 0 0 15
Outros 11319 661 4290 11 16281
Outros (Total) 11319 661 0 4290 11 0 16281
Os MCDT efectuados no exterior alcançaram, no período em análise, os
seguintes valores:
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
91
Quadro XLIX M.C.D.T.s produzidos no exterior
Hospital de Sousa Martins – Guarda Hospital de Nª Srª da Assunção – Seia
Urgência Consulta
Externa Intern Hospital de Dia Total Urgência Consulta
Externa Intern Hospital de Dia Total
Ecografias (Imagiologia) 8 458 115 581 221 1 222 Radiologia de Intervenção 0 3 3
Ressonância Magnética 1 489 143 11 644 59 1 60
RX Convencional 112 15 127 0
TAC 3 904 56 39 1.002 5 430 43 0 478
Outros 175 11 186 70 8 78 Imagiologia 12 2.138 340 50 2.540 5 783 53 0 841
Citológicos 1 714 54 769 115 2 118
Histológicos 42 948 870 1 1.861 83 60 2 162 Anatomia Patológica 43 1.662 924 1 2.630 83 175 4 0 280 Bioquímicas 256 61 317 2 50 4 79 Hematológicas 66 44 110 4 4
Imunológicas 48 10 58 37 58 Microbiológicas 102 20 122 0
Genéticas 0 6 7 Outras 42 156 108 306 1 1 Análises Clínicas 42 628 243 0 913 2 98 4 0 149 Actos Diagnóstico 159 31 8 198 129 129 Medicina Nuclear 0 159 31 8 198 0 129 0 0 129 Endoscopia 7 2 9 0 Outros 11 54 65 0 Gastrenterologia 0 18 56 0 74 0 0 0 0 0 Técnicas Diagnósticas 8 8 0 Técnicas Terapêuticas 1 1 0 Med. Física e Reabilitação 0 8 1 0 9 0 0 0 0 0 Actos Diagnóstico 8 195 203 0 Actos Terapêuticos 3 3 0 Cardiologia 0 8 198 0 206 0 0 0 0 0 EEG 73 8 81 5 5 Electromiografia 141 11 152 33 33
Outros 2 2 0 Neurofisiografia 0 216 19 0 235 0 38 0 0 38 Outros (Oftalmologia) 5 5 72 72 Oftalmologia 0 5 0 0 5 0 72 0 0 72 Provas de Função Respiratória 2 2 0 Téc. espec de diag e tratam 2 11 31 44 0 Pneumologia 2 13 31 0 46 0 0 0 0 0 Ecografias 6 28 19 53 0
Outros 8 2 10 0 Urologia 6 36 21 0 63 0 0 0 0 0 Não Especificado 15 15 0 Otorrinolaringologia 0 15 0 0 15 0 0 0 0 0 Não Especificado 14 14 0 Dermatologia 0 14 0 0 14 0 0 0 0 0 Outros (Ginecologia - Obstetrícia) 19 19 0 Ginecologia - Obstetrícia 0 19 0 0 19 0 0 0 0 0 Outros 1 1 0
Outros (Total) 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
92
6.2.3.5. Actividade Cirúrgica e Bloco de Partos
Do conjunto da actividade cirúrgica realizada evidenciam-se as pequenas
cirurgias, realizadas em Consulta Externa:
Quadro L Pequenas Cirurgias em Consulta
Os partos realizados no último trimestre de 2008 são os que se indicam
no quadro seguinte:
Quadro LI Partos Realizados
Hospital de Sousa Martins
Partos Eutócicos 87 Partos Distócicos 74 Cesarianas 54 Outros 20
TOTAL 161
Pequenas Cirurgias em Consulta Externa
Número
Nº de Pequenas Cirurgias em Consulta Externa
101
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
93
6.2.3.6. Lista de Espera Cirúrgica
A lista de espera para cirurgia, no final do período em análise, ficou assim
definida:
Quadro LII Lista de Espera Cirúrgica
Hospital de Sousa Martins Hospital Nossa Sr.ª Assunção
ESPECIALIDADE Cirurgia
Convencional Cirurgia
Ambulatório Cirurgia
Convencional Cirurgia
Ambulatório
Cirurgia 663 12 125 34 Dermatologia 0 2 0 10 Ginecologia 101 0 Oftalmologia 656 0 Ortopedia 523 0 6 30 ORL 36 0 1 4 Urologia 0 0 8 2 Outras 4 1 0 0
TOTAL 1.983 15 140 80
6.2.3.7. Hospital de Dia
Os doentes tratados em Hospital de Dia foram os seguintes:
Quadro LIII Produção em Hospital de Dia
Hospital Sousa Martins Hospital Nª Sr.ª Assunção
Nº de
Sessões Nº de Doentes
Tratados Nº de
Sessões Nº de Doentes
Tratados
Hematologia Clinica 0 0 7 7 Oncologia Médica 428 135 0 0 Outras 0 0 1.369 410
TOTAL 428 135 0 0
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
94
6.2.3.8. Indicadores de Produção Hospitalar
Apresentam-se, em síntese, os principais indicadores de produção
hospitalar registados no período de 1 de Outubro a 31 de Dezembro de 2008:
Quadro LIV Indicadores de Produção Hospitalar
INDICADORES Hospital de Sousa Martins
Hospital Nossa Sr.ª Assunção
Total doentes saídos 2785 0 Total dias internamento 21574 0 Doentes Saídos por cama 8,5 0 Taxa Ocupação 70 0 N.º de Consultas 18018 6930 Primeiras Consultas 5439 1925 % de primeiras consultas no total 30,19 27,78 N.º de Atendimentos na urgência 16423 9776 Total de intervenções cirúrgicas 1553 82 Intervenções cirúrgicas programadas convencionais 1094 0 Intervenções cirúrgicas programadas ambulatórias 159 8 Intervenções cirúrgicas urgentes 300 0
6.2.3.9. Serviço Domiciliário
Por último, indicam-se os dados referentes ao serviço domiciliário:
Quadro LV Serviço Domiciliário
Hospital de Sousa Martins Hospital Nª Srª Assunção
Nº de Visitas
Serviços Domiciliários Nº de Visitas
Serviços Domiciliários Enfermeiros 742 3
TOTAL 742 3
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
95
7. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
7.1. Considerações Globais
Os elementos apresentados referem-se ao período do 4º trimestre de
2008, coincidente com o início de actividade da ULS da Guarda, E.P.E. a 1 de
Outubro de 2008, não nos sendo possível realizar comparações com trimestres
anteriores. A análise que a seguir se apresenta diz respeito ao período referido.
Nota: Para efeito do cálculo dos indicadores foram incluídos os
acréscimos de proveitos ao activo circulante, os acréscimos de
custos ao passivo de curto prazo e os proveitos diferidos foram
incluídos nos capitais próprios (nesta análise não foi considerado
o valor apurado do imposto sobre o rendimento do exercício).
No que diz respeito ao equilíbrio financeiro de curto prazo a ULS da
Guarda, EPE apresenta um fundo de maneio líquido negativo de 8.346.763,50€
e uma liquidez geral de 0,83. Contribuindo para este indicador desfavorável
destaca-se o montante reconhecido em dívidas a terceiros de curto prazo, o
qual inclui o montante de 8.000.000,00€ respeitante à verba adiantada ao
abrigo do “Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional de
Saúde”. As restantes rubricas significativas dizem respeito a fornecedores
conta corrente e a outros credores.
Em compensação, é de assinalar que a ULS da Guarda, EPE tem uma
liquidez imediata [(disponibilidades + títulos negociáveis) / passivo de curto
prazo] muito favorável pois conseguirá no imediato, liquidar 28,25% do passivo
de curto prazo, o que resulta de uma margem de segurança confortável.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
96
O resultado líquido do trimestre foi negativo de 3.432.016,05€. Para este
resultado contribuiu o resultado operacional negativo de 3.895.663,52€,
parcialmente compensado pelos resultados extraordinários de 402.098,76€ que
representa 10,32% do resultado operacional.
Custos Operacionais
12%
25%
0%63%
0%CUSTOS M ERC.,VEND.M .CONS.
FORNECEDORES DE SERVIÇOSEXTERNOSTRANS.CORRENTES CONSC. EPREST.SOC.CUSTOS COM PESSOAL
OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS
Os resultados extraordinários positivos são conseguidos através da
correcção de exercícios anteriores e de ganhos em existências.
Os resultados financeiros são fundamentalmente obtidos (65,27%) de
descontos de pronto pagamento, que totalizaram 43.130,46€, sendo as perdas
financeiras de 696,57€ resultantes de juros suportados no valor de 549,56€
que representa 78,90%.
Na rubrica de custos operacionais verifica-se que são os custos com o
pessoal 62,26% que absorvem quase 2/3 dos custos, tendo também a rubrica
“fornecimento de serviços externos” um peso ainda relevante, de 24,05%.
Em relação aos proveitos operacionais são as rubricas prestação de
serviços (49,80%) e transferências subsídios correntes obtidos (48,65%) que
grandemente contribuem para a formação dos proveitos no período em análise.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
97
Proveitos Operacionais
51%
0%0%
49%
vendas+prestação de serviços
impostos ,taxas e out ros
Proveitos suplementares
t rans.subsid.corrent.obt idos
O cash-flow do trimestre foi negativo no valor de 2.937.001,96€ e o
cash-flow operacional (EBITDA) atingiu o valor negativo de 3.404.479,63€, o
que significa que neste período a entidade apresentou uma fragilidade ao nível
do auto financiamento não conseguindo libertar excedentes monetários.
O grau de envelhecimento do imobilizado corpóreo situa-se nos 67,74%,
sendo possível a sua redução na sequência da execução do plano de
investimento a realizar em 2009.
No trimestre findo, a intensidade do investimento foi de 1,04 ou seja, a
renovação do imobilizado foi feito a um ritmo ligeiramente superior à sua
depreciação.
Como medida da riqueza gerada o VAB do trimestre foi e 1.889.394,14€,
conferindo um valor de 1.138,19€ por trabalhador.
O prazo médio de pagamento de 98 dias encontra-se dentro da média do
sector.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
98
Em termos de equilíbrio financeiro global, a empresa apresenta capitais
próprios negativos (uma autonomia financeira negativa de 6,31%) na
sequência do resultado liquido negativo do trimestre.
Prevê-se uma melhoria substancial quando forem concretizadas as
entradas de capital programadas para 2009 no valor de 3.279.957,00€.
7.2. Proposta de Aplicação de Resultados
A Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E., encerrou o exercício
económico de 2008, com um resultado líquido negativo de 3.432.016,05€.
Neste enquadramento, o Conselho de Administração propõe que o
resultado antes referido seja transferido para a conta de Resultados
Transitados.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
99
7.3. Demonstrações Económicas e Financeiras 7.3.1. Balanço Analítico
ACTIVO 31-12-2008 EXERCÍCIOS CONTAS N N-1
Código Designação Activo Bruto
Amortizações Provisões
Activo Líquido
Activo Líquido
IMOBILIZADO
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
431 Despesas de instalação 34.577,01 34.577,01 0,00
Total imobilizações incorpóreas 34.577,01 34.577,01 0,00 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
421 Terrenos e recursos naturais 1.108.350,42 0,00 1.108.350,42
422 Edifícios e outras construções 2.354.543,54 1.200.989,08 1.153.554,46
423 Equipamento básico 10.475.569,64 8.398.575,84 2.076.993,80
424 Equipamento de transporte 139.788,93 129.849,12 9.939,81
425 Ferramentas e utensílios 29.353,06 25.465,46 3.887,60
426 Equipamento administrativo e informático 4.210.660,24 2.761.914,63 1.448.745,61
427 Taras e vasilhame 350,16 350,16 0,00
429 Outras imobilizações corpóreas 507.874,17 376.115,26 131.758,91
442 Imobilizações em curso 207.068,49 207.068,49
448 Adiantam. p/ conta imobilizações corpóreas 0,00 0,00 Total imobilizações corpóreas 19.033.558,65 12.893.259,55 6.140.299,10 CIRCULANTE EXISTÊNCIAS
36 Matérias-primas, subsidiárias e consumo 1.218.164,12 0,00 1.218.164,12 Total existências 1.218.164,12 0,00 1.218.164,12
DÍVIDAS DE CURTO PRAZO
211 Clientes c/c 4.127.207,76 4.127.207,76
213 Utentes c/c 14.830,25 14.830,25
215 Instituições do Ministério da Saúde 564.622,12 564.622,12
218 Clientes/utentes cobrança duvidosa 128.603,26 121.078,93 7.524,33
24 Estado e outros entes públicos 0,00 0,00
267/8 Outros devedores 1.584.668,40 1.584.668,40 Total dívidas de terceiros 6.419.931,79 121.078,93 6.298.852,86 TÍTULOS NEGOCIÁVEIS
18 Outras aplicações de tesouraria 3.000.000,00 0,00 3.000.000,00 Total títulos negociáveis 3.000.000,00 0,00 3.000.000,00
CAIXA/DEPÓSITOS INST. FINANCEIRAS
11 Caixa 22.047,50 22.047,50
12 Depósitos em instituições financeiras 10.613.993,53 10.613.993,53 Total depósitos e caixa 10.636.041,03 10.636.041,03 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
271 Acréscimos de proveitos 18.767.938,68 18.767.938,68
272 Custos diferidos 0,00 0,00 Total acréscimos e diferimentos 18.767.938,68 0,00 18.767.938,68 Total de amortizações 12.927.836,56 Total de provisões 121.078,93
TOTAL DO ACTIVO 59.110.211,28 13.048.915,49 46.061.295,79
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
100
FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO 31-12-2008
EXERCÍCIOS CONTAS
N N-1
FUNDO PATRIMONIAL: 51 Património 2.981.000,00
RESERVAS 574 Reservas livres 246.761,72 575 Subsídios 2.133.205,13 576 Doações 346.198,71 577 Reservas decorrentes da transferência de activos 4.612.305,53
Total de reservas 7.338.471,09
59 Resultados transitados -9.791.840,53 88 Resultado líquido do exercício -3.432.016,05
TOTAL DO FUNDO PATRIMONIAL -2.904.385,49
PASSIVO: DÍVIDAS A TERCEIROS – Curto Prazo 219 Adiantamentos de clientes, utentes e inst. MS 17.480.601,91 221 Fornecedores c/c 9.295.112,28 2311 Empréstimos obtidos 8.000.000,00 2611 Fornecedores de imobilizado c/c 1.190.498,79
24 Estado e outros entes públicos 1.462.700,14 267/8 Outros credores 7.087.357,71 Total de dívidas a terceiros 44.516.270,83 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 273 Acréscimos de custos 3.755.319,56 274 Proveitos diferidos 694.090,89
Total acréscimos e diferimentos 4.449.410,45
TOTAL DO PASSIVO 48.965.681,28
TOTAL F. PRÓPRIOS E PASSIVO 46.061.295,79
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
101
7.3.2. Demonstração de Resultados
CUSTOS E PERDAS 31-12-2008 CONTAS EXERCÍCIOS
Código Designação N N-1
61 Custos Merc. Vend. M. Cons.:
612 Mercadorias 0,00
616 Matérias de Consumo 2.918.614,94 2.918.614,94
62 Fornecim e Serviços Externos 6.001.438,28
64 Custos com Pessoal
641 Remuner. órgãos directivos 121.183,05
642 Remuner. base de pessoal 13.213.699,16
643 Pensões 163.100,60
645 Encargos sobre remuner. 1.763.161,35
646 Seg acid trab doenças profiss 1.366,83
647 Encargos sociais voluntários 0,00
648 Outros custos com o pessoal 274.099,19 15.536.610,18
63 Transf corr conc e prest soc 1.500,00
66 Amortizações do exercício 484.500,57
67 Provisões do exercício 6.683,32 491.183,89
65 Outros custos perdas operac. 3.377,90
(A) 24.952.725,19
68 Custos e perdas financeiras 696,57
(C) 24.953.421,76
69 Custos perdas extraordinárias 1.152.682,23
(E) 26.106.103,99
86 Imposto s/rend. do exercício 3.830,20
(G) 26.109.934,19
88 Resultado líquido do exercício -3.432.016,05
22.677.918,14
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
102
PROVEITOS E GANHOS 31-12-2008 CONTAS EXERCÍCIOS
Código Designação N N-1
71 Vendas e Prestação de Serviços
711 Vendas 250,00
712 Prestações de Serviços 10.485.781,05 10.486.031,05
72 Impostos, taxas e outros 1.822,30
75 Trabalhos p/ própria instituição 0,00
73 Proveitos suplementares 10.848,16
74 Transf. Subsid. Corrent. Obtidos
741 Transferências - Tesouro 0,00
742 Transferências correntes obtidas 10.244.236,41
743 Subsid. Cor. obt. out. entes púb. 0,00
749 De outras entidades 0,00 10.244.236,41
76 Outros prov./ganhos operacion. 314.123,75
(B) 21.057.061,67
78 Proveitos e ganhos financeiros 66.075,48
(D) 21.123.137,15
79 Proveitos e ganhos extraordin. 1.554.780,99
(F) 22.677.918,14
RESUMO N
RESULTADOS OPERACIONAIS -3.895.663,52
RESULTADOS FINANCEIROS 65.378,91
RESULTADOS CORRENTES -3.830.284,61
RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 402.098,76
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS -3.428.185,85
IMPOSTO S/ RENDIMENTO EXERCÍCIO 3.830,20
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO -3.432.016,05
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
103
7.3.3. Demonstração de Resultados por Funções
Designação 31/12/2008
Vendas e Prestações de Serviços 10.486.031,055
Custo das Vendas e das Prestações de Serviços 10.981.039,93
Resultado Bruto -495.008,88
Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 11.888.999,99
Custos de Distribuição 0,00
Custos Administrativos -2.747.792,48
Outros Custos e Perdas Operacionais -12.307.629,29
Resultados Operacionais -3.661.430,66
Outros Juros e proveitos Similares 66.075,48
Juros e Custos Similares -696,57
Resultados não usuais 167.865,90
Resultados Correntes -3.428.185,85
Proveitos e Ganhos Extraordinários 0,00
Custos e Perdas Extraordinários 0,00
Resultados Antes de Impostos -3.428.185,85
Imposto sobre o Rendimento do Exercício 3.830,20
Resultados Líquidos -3.432.016,05
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
104
7.3.4. Demonstração dos Fluxos de Caixa
31/12/2008 ORÇAMENTO REAL DIFERENÇAS
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
- Recebimentos de clientes 0,00 18.360.379,57 18.360.379,57
- Pagamentos a fornecedores 0,00 6.272.657,13 6.272.657,13
- Pagamento ao pessoal 0,00 13.979.562,64 13.979.562,64
Fluxo gerado pelas operações: 0,00 -1.891.840,20 -1.891.840,20
- Outros recebimentos relativos à actividade operacional 0,00 3.830.151,23 3.830.151,23
- Pagamentos relativos à actividade operacional 0,00 2.322,90 2.322,90
Fluxo gerado antes das rubricas extraordinárias: 0,00 3.827.828,33 3.827.828,33
- Recebimentos relacionados com rúbricas extraordinárias 0,00 0,05 0,05
- Pagamentos relacionados com rúbricas extraordinárias 0,00 0,00 0,00
0,00 0,05 0,05
FLUXO DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS (1): 0,00 1.935.988,18 1.935.988,18
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 0,00 0,00 0,00
Imobilizações corpóreas 0,00 0,00 0,00
Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00 0,00
Subsídios de investimento 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00
Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros 0,00 0,00 0,00
Imobilizações corpóreas 0,00 264.469,17 264.469,17
Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00 0,00
Transferência de capital 0,00 0,00 0,00
0,00 264.469,17 264.469,17
FLUXO DE ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (2): 0,00 -264.469,17 -264.469,17
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 0,00 8.000.000,00 8.000.000,00
Aumentos de capital 0,00 2.981.000,00 2.981.000,00
Juros e proveitos similares 0,00 43.130,68 43.130,68
Subsídios e doações 0,00 32.716,93 32.716,93
0,00 11.056.847,61 11.056.847,61
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos 0,00 0,00 0,00
Juros e custos similares 0,00 662,38 662,38
Subsídios e transferências correntes 0,00 1.500,00 1.500,00
0,00 2.162,38 2.162,38
FLUXO DE ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3): 0,00 11.054.685,23 11.054.685,23
Variações de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 0,00 12.726.204,24 12.726.204,24
Efeitos das diferenças de câmbio 0,00 0,00 0,00
Caixa e seus equivalentes no início do período 909.836,79 909.836,79 0,00
Caixa e seus equivalentes no fim do período 13.636.041,03 13.636.041,03 0,00
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
105
7.3.5. Fluxos Financeiros
RECEITA 31-12-2008
CONTAS A DÉBITO VALORES
Código Designação Cobrados A cobrar Total
- Caixa 3.238,54 3.238,54 - Depósitos 906.598,25 906.598,25
I - SALDO INICIAL: 909.836,79 0,00 909.836,79 18 Outras aplicações de tesouraria 3.000.000,00 3.000.000,00
219 Adiantamentos de clientes 17.007.588,17 17.007.588,17 229 Adiantamentos a fornecedores 1.995,19 1.995,19 24 Estado e outros entes públicos 3.280.211,50 3.280.211,50 263 Sindicatos 27.883,15 27.883,15 268 Devedores e credores diversos 14.377.000,49 73.500,24 14.450.500,73
Total receitas fundos alheios 34.694.678,50 73.500,24 34.768.178,74 23 Empréstimos obtidos 8.000.000,00 8.000.000,00
2745 Subsídios de investimento 13.380,00 13.380,00 51 Fundo patrimonial (capital social) 2.981.000,00 2.981.000,00
576 Doações 5,00 5,00
711 Vendas 250,00 250,00 712 Prestações de serviços 229.071,51 10.256.709,54 10.485.781,05 72 Impostos e taxas 1.822,30 1.822,30 73 Proveitos suplementares 9.191,00 1.657,16 10.848,16 742 Transferências correntes obtidas 9.236,17 10.235.000,24 10.244.236,41 76 Outros prov. e ganhos operacionais 19.345,25 294.778,50 314.123,75 78 Proveitos e ganhos financeiros 43.130,68 22.944,80 66.075,48
792/3/4/5/8 Proveitos e ganhos extraordinários 0,05 0,05 Total dos proveitos do exercício 312.046,96 20.811.090,24 21.123.137,20
II - RECEITAS DO EXERCÍCIO: 46.001.110,46 20.884.590,48 66.885.700,94
797 Correcções relat. exerc. anteriores 3.731.250,43 4.433.859,53 8.165.109,96
III - RECEITAS EXERC. ANTERIORES: 3.731.250,43 4.433.859,53 8.165.109,96
TOTAL GERAL 50.642.197,68 25.318.450,01 75.960.647,69
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
106
DESPESA 31-12-2008 CONTAS A CRÉDITO VALORES
Código Designação Pagos A pagar Total 219 Adiantamento de clientes 2.500.189,08 17.480.601,91 19.980.790,99 229 Adiantamento a fornecedores 1.995,19 0,00 1.995,19 24 Estado e outros entes públicos 2.461.345,82 1.052.137,16 3.513.482,98 263 Sindicatos 28.585,45 8.945,37 37.530,82 268 Devedores e credores diversos 11.492.866,89 16.475,84 11.509.342,73
Total despesa fundos alheios 16.484.982,43 18.558.160,28 35.043.142,71
23 Empréstimos obtidos 0,00 8.000.000,00 8.000.000,00
3161 Produtos farmacêuticos 345.900,91 1.446.562,07 1.792.462,98 3162 Material de consumo clínico 58.233,04 530.040,96 588.274,00 3163 Produtos alimentares 9.054,42 3.052,15 12.106,57 3164 Material de consumo hoteleiro 18.176,78 41.947,19 60.123,97 3165 Material de consumo administrativo 37.489,35 19.529,19 57.018,54 3166 Material manutenção conservação 2.479,79 9.026,41 11.506,20
Outro material consumo 1,75 1,75 Total de compras 471.336,04 2.050.157,97 2.521.494,01
42 Imobilizações corpóreas 18.756,57 362.514,02 381.270,59 Total de imobilizações 18.756,57 362.514,02 381.270,59
6211 Assistência ambulatória 0,00 444,69 444,69 6212 Meios Complementares Diagnóstico 42,83 1.464.200,75 1.464.243,58 6213 Meios Complementares Terapêutica 0,00 213.955,94 213.955,94 6215 Internamentos 0,00 37.998,94 37.998,94 6216 Transporte de doentes 212.440,39 553.836,26 766.276,65 6218 Trabalhos executados no exterior 368.170,91 1.279.709,20 1.647.880,11 6219 Outros subcontratos 47.105,70 48.078,65 95.184,35
Total de subcontratos 627.759,83 3.598.224,43 4.225.984,26
622 Fornecimentos e serviços externos 1.280.441,37 495.012,65 1.775.454,02
63 Transf correntes concursos e prestações sociais 1.500,00 0,00 1.500,00
641 Remuneração dos órgãos directivos 111.392,29 0,00 111.392,29 6421 Remunerações base do pessoal 7.039.037,73 0,00 7.039.037,73 6422 Suplementos de remunerações 2.515.290,59 0,00 2.515.290,59 6423 Prestações sociais directas 111.024,95 0,00 111.024,95 6424 Subsídio de férias e natal 2.375.843,37 0,00 2.375.843,37 643 Pensões 163.100,60 0,00 163.100,60 645 Encargos sobre remunerações 1.173.376,84 406.732,78 1.580.109,62 646 Seguros de acidentes no trabalho 1.362,90 3,93 1.366,83 648 Outros custos com pessoal 273.205,19 894,00 274.099,19
Total de despesas com pessoal 13.763.634,46 407.630,71 14.171.265,17
65 Outros custos e perdas operacionais 2.272,90 1.105,00 3.377,90 68 Custos e perdas financeiras 511,12 185,45 696,57 695 Multas e penalidades 0,00 4.587,68 4.587,68
IV - DESPESAS DO EXERCÍCIO: 32.651.194,72 33.477.578,19 66.128.772,91
69764 C.R.E.A. - Despesas com pessoal 215.928,18 3.690.022,08 3.905.950,26 697… C.R.E.A. - Outros 4.139.033,75 9.868.687,01 14.007.720,76
V - DESPESAS EXERC.ANTERIORES: 4.354.961,93 13.558.709,09 17.913.671,02 Caixa 22.047,50 22.047,50 Depósitos 13.613.993,53 13.613.993,53 VI - SALDO FINAL 13.636.041,03 0,00 13.636.041,03 TOTAL GERAL 50.642.197,68 47.036.287,28 97.678.484,96
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
107
7.3.6. Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados
Exercício a que se reporta: 01 de Outubro a 31 de Dezembro de 2008
Nota introdutória:
A Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. (ULSG), foi criada pelo
Decreto-lei nº183/2008 de 4 de Setembro, rectificado pelo Decreto-lei 12/2009
de 12 de Janeiro, tendo integrado o Hospital Sousa Martins (Guarda), Hospital
Nossa Senhora de Assunção (Seia) e de 12 Centros de Saúde do distrito da
Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de
Algodres, Sabugal, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Trancoso e
Seia), que pertenciam à Sub-Região da Guarda da Administração Regional
Saúde do Centro, I.P. Contudo, com a excepção das existências conforme
mencionado na nota 3 - c), os saldos iniciais dos activos e passivos existentes
em 01 de Outubro de 2008 nestes Centros de Saúde, não foram considerados
na Consolidação de Contas da Unidade Local de Saúde da Guarda, porque a
Administração Regional Saúde do centro, I.P. não encerrou as respectivas
contas.
A ULSG, rege-se pelos estatutos constantes do Anexo do decreto-lei
supra referido e pelo seu regulamento interno, a homologar pelo Sr. Secretário
de Estado da Saúde e ainda, por demais legislação e normas em vigor que não
contrariem o decreto-lei referido.
Assim, e desde 01 de Outubro de 2008, a ULS da Guarda, EPE é uma
pessoa de direito público de natureza empresarial, dotada de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial com o número de contribuinte de
pessoa colectiva 508752000 e com sede na Av. República D. Amélia, S/N,
6301-857 Guarda.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
108
O seu objecto social consiste na prestação de cuidados de saúde
primários, diferenciados e continuados à população, designadamente aos
beneficiários do Serviço Nacional de Saúde e aos beneficiários dos subsistemas
de saúde, ou de entidades externas que com ela hajam contratualizado a
prestação de cuidados de saúde, e a todos os cidadãos em geral, bem como
assegurar as actividades de saúde pública e os meios necessários ao exercício
das competências da autoridade de saúde na área geográfica por ela
abrangida.
Desenvolve actividades de investigação, formação e ensino, sendo a sua
participação na formação de profissionais de saúde dependente da respectiva
capacidade formativa, podendo ser objecto de contratos-programa em que se
definam as respectivas formas de financiamento.
As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida no
Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS).
As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são
aplicáveis a esta Unidade Local de Saúde, ou a sua apresentação não é
relevante para a leitura das Demonstrações Financeiras.
Os valores monetários nas notas e quadros que se seguem são expressos
em Euros, como unidade monetária.
Nota 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras
De acordo com a nota técnica nº2/2008 do SIDC, os capitais próprios da
entidade EPE são compostos pelo capital social de constituição, e o capital
social relativos às entidades SPA (Hospital Sousa Martins e Hospital Nossa
Senhora de Assunção) foram contabilizados na 5741, como reservas SPA.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
109
Nota 2 – Comparabilidade com o exercício anterior
Os valores descritos reportam-se ao período de 01 de Outubro de 2008 a
31 de Dezembro de 2008, correspondendo à criação da ULSG como Entidade
Pública Empresarial, pelo que não se pode efectuar qualquer comparação com
o(s) exercício(s) anterior(es).
Nota 3 – Critérios de valorimetria utilizados e métodos de cálculo
respeitantes aos ajustamentos de valor
As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da
continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E., mantidos de acordo com os
princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.
Os principais critérios valorimétricos utilizados foram os seguintes:
a. Imobilizações incorpóreas
Estas são registadas pelo respectivo custo de aquisição amortizadas
pelo método quotas constantes e de acordo com as taxas máximas
aplicáveis na legislação fiscal.
b. Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo histórico
atribuído o custo de aquisição de acordo com a informação encontrada
nas facturas.
As amortizações foram calculadas pelo método das quotas constantes,
de acordo com as taxas previstas nas tabelas I e II anexas à portaria
nº737/81, de 29 de Agosto com as alterações introduzidas pela
Portaria 991/81, DE 29 DE Dezembro e nº85/88 de 9 de Fevereiro.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
110
O Imobilizado existente nos Centros de Saúde que integram a ULS da
Guarda, EPE não foi contabilizado na Consolidação de Contas, dado
que a Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. não encerrou
as contas respectivas a 30/09/2008 nem a 31/12/2008.
c. Existências
As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se
valorizadas ao custo médio de aquisição.
Como se referiu na Nota Introdutória, havia existências físicas nos
Centros de Saúde que foram consumidas entre 01/10/2008 a
31/12/2008 no valor de 198.580,33€, valor este que foi contabilizado
como existência inicial na ULS Guarda em contrapartida de Reservas
de SPA.
d. Especialização dos exercícios
A empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o
princípio da especialização de exercício pelo qual as receitas e
despesas são reconhecidas à medida que são geradas,
independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As
diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes
receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos
e diferimentos.
A ULS da Guarda, EPE contabilizou no exercício de 2008, na rubrica
acréscimos e diferimentos, o montante de 3.679.823,07€,
correspondente a remunerações e respectivos encargos com férias e
subsídio de férias vencidos a 31 de Dezembro de 2008, mas a pagar
em 2009.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
111
Nota 7 – Activo Imobilizado
CONTAS
Cód Designação Saldo Inicial Reavaliações Aumentos Alienações
Transf. e abates Saldo Final
De imobilizações incorpóreas 431 Despesas de instalação 34.577,01 0,00 0,00 0,00 0,00 34.577,01
34.577,01 0,00 0,00 0,00 0,00 34.577,01
De imobilizações corpóreas
421 Terrenos e recursos naturais 1.108.350,42 0,00
0,00
0,00
0,00 1.108.350,42
422 Edifícios e outras construções 2.354.543,54 0,00
0,00
0,00
0,00 2.354.543,54
423 Equipamento básico 10.108.500,91
0,00
368.042,17
0,00
973,44 10.475.569,64
424 Equipamento de transporte 139.788,93
0,00
0,00
0,00
0,00 139.788,93
425 Ferramentas e utensílios 29.301,58
0,00
51,48
0,00
0,00 29.353,06
426 Equip. administr. e informático 4.074.449,12
0,00
136.211,12
0,00
0,00 4.210.660,24
427 Taras e vasilhame 350,16
0,00
0,00
0,00
0,00 350,16
429 Outras imobilizações corpóreas 505.274,65
0,00
2.599,52
0,00
0,00 507.874,17
442 Imobilizações em curso 207.068,49
0,00
0,00
0,00
0,00 207.068,49
18.527.627,80 0,00 505.930,85 0,00 0,00 19.033.558,65
Total Geral: 18.562.204,81 0,00 505.930,85 0,00 0,00 19.068.135,66
A ULS da Guarda, EPE irá realizar durante o exercício económico de 2009 uma
inventariação e identificação de todo o imobilizado.
Amortizações
CONTAS
Código Designação Saldo Inicial Reforços Regularizações Saldo Final
De imobilizações incorpóreas 4831 Despesas de instalação 34.577,01 0,00 0,00 34.577,01
34.577,01 0,00 0,00 34.577,01
De imobilizações corpóreas
4822 Edifícios e outras construções 1.161.625,27 39.363,81 0,00 1.200.989,08
4823 Equipamento básico 8.168.401,45 231.147,83 973,44 8.398.575,84
4824 Equipamento de transporte 129.203,31 645,81 0,00 129.849,12
4825 Ferramentas e utensílios 24.861,42 604,04 0,00 25.465,46
4826 Equip. administr. e informático 2.555.271,40 206.643,23 0,00 2.761.914,63
4827 Taras e vasilhame 350,16 0,00 0,00 350,16
4829 Outras imobilizações corpóreas 370.019,41 6.095,85 0,00 376.115,26
12.409.732,42 484.500,57 973,44 12.893.259,55
Total Geral 12.444.309,43 484.500,57 973,44 12.927.836,56
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
112
Nota 17 – Títulos negociáveis
O valor incluído nas contas “Títulos Negociáveis” inclui 30 unidades de
participação do fundo de apoio de pagamentos do SNS de valor nominal de
100.000 euros cada.
Nota 23 – Dívidas de cobrança duvidosa
Em 31 de Dezembro de 2008 existiam dívidas de cobrança duvidosa no
valor de 128.603,26€. Foi adoptado o critério fiscal, tendo-se criado uma
provisão no valor de 121.078,54€ com excepção de 7.524,33€ que dizem
respeito a Outros Clientes, que se encontram no Contencioso.
O valor da provisão corresponde às seguintes rubricas:
• Subsistemas: 9.193,13€
• Companhias de Seguros: 80.019,93€
• Outros Clientes: 39.390,20€
Nota 24 – Dívidas activas e passivas ao pessoal
À data de 31/12/2008, a ULSG apresentava o valor de 1.376.086,52€
nesta rubrica referente a dividas a Instituições de Saúde por cedência de
colaboradores, onde parte foi liquidada em 2009, no valor de 1.177,20€. O
remanescente, de 1.376.086,52€ são valores pertencentes à Sub Região Saúde
da Guarda a 01/10/2008 dado que, e como já se referiu, não houve
consolidação de contas nos saldos iniciais dos Centros de Saúde na data de
constituição desta Unidade Local de Saúde.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
113
Nota 31 – Provisões Acumuladas
RUBRICA Código Designação
Saldo Inicial
Aumento
Redução
Saldo Final
19 Provisões para aplicações tesouraria 0,00 0,00 0,00 0,00 291 Provisões para cobrança duvidosa 112.597,54 8.481,39 0,00 121.078,93 292 Provisões para riscos e encargos 0,00 0,00 0,00 0,00 39 Provisões para depreciação existências 0,00 0,00 0,00 0,00 49 Provisões p/ investimentos financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00
Total Geral 112.597,54 8.481,39 0,00 121.078,93
Nota 32 – Movimentos registados no Fundo Patrimonial
MOVIMENTOS Código RUBRICA SALDO
INICIAL Aumentos Diminuições
SALDO FINAL
51 Património 48.181,39 2.981.000,00 48.181,39 2.981.000,00
574 Reservas de Livres 0,00 246.761,72 0,00 246.761,72
575 Subsídios 2.133.205,13 0,00 0,00 2.133.205,13
576 Doações 345.794,58 404,13 0,00 346.198,71
577 Reservas decorrentes transf.de activos 4.487.070,96 125.234,57 0,00 4.612.305,53
59 Resultados Transitados (5.578.249,26) (4.213.591,27) 0,00 (9.791.840,53)
88 Resultado Liquido Exercício (4.216.883,83) (3.432.016,05) (4.216.883,83) (3.432.016,05)
Total do Capital Próprio
(833.931,40)
(6.235.863,97)
(4.165.409,88)
(2.904.385,49)
O capital estatutário de constituição no montante de 2.981.000 Euro foi
subscrito e recebido no mês de Novembro de 2008. Prevê-se, no entanto, de
acordo com a Resolução do Conselho de Ministros nº140/2008 publicado no
Diário da República 1ªsérie nº180 de 17 de Setembro 2008, o reforço por
aumento de capital entre 2008 e 2009 no montante de 3.279.957,00€, e para
2010 e seguintes o valor de 41.749.043€, perfazendo um valor total do Capital
Estatutário a subscrever de 48.010.000€.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
114
Nota 33 – Demonstração dos custos das mercadorias vendidas e
das matérias consumidas
Movimentos Mercadorias Matérias-primas, Subsidiárias e de
Consumo
Existências iniciais 0,00 1.447.419,15
Compras 0,00 2.521.494,01
Regularização de existências 0,00 167.865,90
Existências finais 0,00 1.218.164,12
Custos no exercício 0,00 2.918.614,94
Nota 35 – Repartição do valor líquido das vendas e prestações de
serviços
Em função do modelo de financiamento instituído para 2008, as
“Prestações de serviços” correspondem à Produção Hospitalar e as
“Transferências e Subsídios Correntes Obtidos” correspondem ao valor
capitacional dos Cuidados Primários, no valor de 10.235.000,24€.
Vendas Mercado Interno Mercado Externo Total
Vendas 250,00 0,00 250,00 Prestações de serviços Internamento 4.892.365,63 0,00 4.892.365,63
Consulta 1.953.935,00 0,00 1.953.935,00
Urgência / SAP 1.971.985,15 0,00 1.971.985,15
Hospital de Dia 42.483,02 0,00 42.483,02
Meios Complem.Diag. e Terap. 171.232,23 0,00 171.232,23
Taxas Moderadoras 261.442,69 0,00 261.442,69
Outras Prest.Serviço de Saúde 1.108.883,34 0,00 1.108.883,34
Outras Prestações de Serviços 83.453,99 0,00 83.453,99
10.485.781,05 0,00 10.485.781,05
Total 10.486.031,05 0,00 10.486.031,05
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
115
Nota 37 – Demonstração dos resultados financeiros
Custos e Perdas Exercícios Proveitos e Ganhos Exercícios
Cód Designação 2008 Cód Designação 2008
681 Juros suportados 549,56 781 Juros obtidos 0,00
683 Amortizações de investimentos em imóveis 0,00 783 Rendimentos de imóveis 0,00
684 Provisões p/aplicações financeiras 0,00 785 Diferenças de câmbio favoráveis 0,00
685 Diferenças de câmbio desfavoráveis 0,00 786 Descontos p/pagamento obtidos 43.130,46
687
Perdas na alienação de aplicação de tesouraria 0,00 787 Ganhos na alienação de aplicações tesouraria
0,00
688 Outros custos e perdas financeiras 147,01 788
Outros proveitos e ganhos financeiros 22.945,02
Resultados financeiros (+/-) 65.378,91
66.075,48
66.075,48
Nota 38 – Demonstração dos resultados extraordinários
Custos e Perdas Exercícios Proveitos e Ganhos Exercícios
Cód Designação 2008 Cód Designação 2008
691 Transferências de capital concedidas 0,00
792 Recuperação de dívidas 0,00
692 Dívidas incobráveis 0,00 793 Ganhos em existências 236.811,62
693 Perdas em existências 68.945,72 794 Ganhos em imobilizações 0,00
694 Perdas em imobilizações 0,00 795
Benefícios e penalidades contratuais 0,00
695 Multas e penalidades 4.587,68 796
Reduções de amortizações provisões 0,00
696 Aumentos amortizações e provisões 1.798,07 797 Correcções relativas a exercícios anteriores 1.188.010,49
697 Correcções relativas a exercícios anteriores 1.077.350,76 798 Outros proveitos e ganhos extraordinários 129.958,88
698 Outros custos e perdas extraordinárias 0,00
Resultados extraordinários (+/-) 402.098,76
1.554.780,99
1.554.780,99
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
116
Nota 39 – Outras informações consideradas relevantes
a. Acréscimos e Diferimentos
Os acréscimos de proveitos reportam-se à especialização da produção:
• ao SNS, no montante de 18.604.960,43€, cujo valor inclui o valor
capitacional dos Cuidados Primários, no valor de 10.235.000,24€
classificadas na rubrica “Transferências e Subsídios Correntes
Obtidos;
• à Administração Regional Saúde, I.P. no montante de 121.062,73€
referente a Meios Auxiliares de Diagnóstico do 4ºtrimestre do ano
de 2008 cuja facturação foi emitida em Janeiro/2009;
• a Outras Entidades no montante de 41.915,52€ referente a taxas
Moderadoras de Dezembro dos Cuidados Primários cuja facturação
foi emitida em 2008.
b. Remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais
As remunerações totais atribuídas ao Conselho de Administração,
incluindo suplementos, foram de 121.183,05€.
c. Número de efectivos de pessoal
O número de colaboradores da ULSG a 31 de Dezembro de 2008 é de
1.673 dos quais 1.391 com vinculo à função pública.
d. Estimativa de IRC
A ULS da Guarda, EPE encontra-se sujeita a IRC à taxa normal de
10%, a derrama à taxa de 0,5% e a Tributação autónoma de 5% e
10%, sobre as despesas de ajudas de custo e das despesas de
representação, encargos com viaturas ligeiras de passageiros e
mistas, respectivamente, tendo contabilizado o correspondente
imposto estimado.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
117
8. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS E RELATÓRIO DO FISCAL ÚNICO
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
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Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
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Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
120
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. – Relatório de Gestão 2008
121
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 30 de Agosto de 2009
O Conselho de Administração
___________________________ Fernando Monteiro Girão
Presidente do C.A. Director Clínico dos Cuidados Primários
___________________________ Vítor Manuel Alves Mendes da Mota
Vogal Executivo do C.A.
___________________________ Eduardo Martins Alves da Silva
Vogal Executivo do C.A.
____________________________ Maria Adelaide Veloso Lucas Queiroz de Campos Directora Clínica dos Cuidados Hospitalares
_____________________________ Maria Matilde Afonso da Silva Cardoso
Enfermeira Directora