Relatório de Sustentabilidade 200910 Pontos
3 Sobre esta publicação
4 Principais resultados
5 Mensagem da administração
6 Por dentro da Fibria
8 Sustentabilidade na cultura e no negócio
10 Atenção à qualidade, ao ambiente e à sociedade
12 Honestidade e respeito nas relações
13 Parcerias no fornecimento da matéria-prima essencial
14 Diálogo franco e permanente
Sumário15 Capacitar para o desenvolvimento
16 Em equilíbrio com o ambiente
18 Responsabilidade na gestão de recursos hídricos
20 Menos impacto no ar, água e solo
23 Por uma pegada de carbono menor
24 O que eles pensam da Fibria
25 O que eles pensam do Relatório de Sustentabilidade da Fibria
26 Presença global
23
Sobre esta publicaçãoEsta publicação é uma versão resumida do
Relatório de Sustentabilidade da Fibria de 2009, documento produzido segundo diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI- G3), cujo con teú do recebeu a verificação independente do Bureau Veritas Certification.
As informações contidas no relatório se ba sea ram em uma Matriz de Ma te ria li-da de feita a partir do levantamento das percepções dos nossos diversos públicos de interesse. Ao todo, ouvimos 85 pessoas. Um grupo, formado por 40 clien tes, fornecedores, par cei ros e ONGs, apontou quais se riam, em sua opi nião, as questões mais relevantes para a empresa. E um segundo, composto por 45 fun cio ná rios, ava liou os fatores mais impactantes sob a ótica do negócio.
Do cruzamento dessas ava lia ções emergi-ram dez pontos considerados prio ri tá rios, que não apenas orien ta ram a elaboração do relatório, mas também servirão para definir es tra té gias futuras da empresa:
Nossa MissãoDesenvolver o negócio florestal renovável
como fonte sustentável da vida.
Nossa VisãoConsolidar a floresta plantada como
produtora de valor econômico. Gerar
lucro admirado, as so cia do à conservação
am bien tal, inclusão so cial e melhoria da
qualidade de vida.
Nossos ValoresSolidez, ética, res pei to,
em preen de do ris mo e união.
Impacto das plantações sobre a bio di ver si da de
Certificações e compromissos vo lun tá rios
Ética
Uso da água
Estratégia/compromisso com a sustentabilidade
Re la cio na men to com as comunidades do entorno
Fomentados (fornecedores de ma dei ra)
Riscos am bien tais
Emissões, efluen tes e re sí duos
Re la cio na men to com comunidades específicas
Além da Matriz de Ma te ria li da de, colhemos também de poi men tos de pes soas de comunidades. E, com o relatório pronto, recorremos a es pe cia lis tas que o analisaram e fizeram suas considerações.
A íntegra do nosso Relatório de Sustentabilidade, incluindo as Demonstrações Financeiras, está disponível em www.fibria.com.br/rs2009.
Pedidos de informações adi cio nais ou sugestões podem ser encaminhados para [email protected].
9 10
F IBR3
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS (R$ MILHÕES)
2004 2005 2006 2007 2008 2009*
Aracruz 3.411 3.332 3.858 3.847 3.697 6.000
VCP 2.982 2.772 2.892 2.614 2.487
LUCRO LÍQUIDO (R$ MILHÕES)
Aracruz 1.069 1.163 1.150 1.042 –4.213 558
VCP 790 549 658 838 –1.312
ATIVO (R$ MILHÕES)
Aracruz 8.848 9.349 9.577 9.937 11.86828.324
VCP 6.989 8.462 9.264 11.002 11.464
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (R$ MILHÕES)
Aracruz 3.440 4.151 4.816 5.361 96210.015
VCP 3.917 4.162 5.116 5.632 4.132
EBITDA1 (R$ MILHÕES)
Aracruz 1.752 1.626 1.755 1.669 1.422 1.697
VCP 1.269 959 1.113 880 782¹ EBITDA ajustado por outros lançamentos estritamente contábeis.
PRODUÇÃO DE CELULOSE2 (TONELADAS MIL)
Aracruz 2.497 2.786 3.104 3.095 3.106 5.188
VCP 1.347 1.372 1.444 1.394 1.263² Inclui 50% da Veracel.
VENDAS DE CELULOSE (TONELADAS MIL)
Aracruz 2.450 2.605 3.021 3.104 2.917 5.248
VCP 1.459 1.493 1.611 1.597 1.591
VALOR DE MERCADO (R$ BILHÕES)
Aracruz 10,3 9,6 13,5 13,3 2,618,3
VCP 8,3 5,6 8,5 11,1 2,3
PREÇO LISTA MÉDIO DA CELULOSE (US$/t)
531 594 648 711 778 565
CUSTO CAIXA DE PRODUÇÃO (R$/t)
Aracruz 443 401 403 429 468 444
VCP 457 469 464 470 533
VALOR DA AÇÃO (R$)
ARCZ6 (circulou até 17/11/2009) 10,1 9,3 13,1 12,9 2,539,1**
VCPA4 (circulou até 11/8/2009) 43,3 29,0 41,6 54,2 17,9* Fibria** FIBR3 (circula desde 12/8/2009)
Principais resultados
45
Mensagem da administração
A Fibria Celulose S.A. tem a satisfação de apresentar aqui uma síntese do seu Relatório de Sustentabilidade de 2009. Embora as atividades da empresa
tenham sido formalmente ini cia das em 1º de setembro, esta publicação reproduz informações integradas das duas empresas que a formaram, Votorantim Celulose e Papel S.A. (VCP) e Aracruz Celulose S.A., desde 1º de ja nei ro.
Desde o início a Fibria assumiu, no enun cia do de sua missão, visão e valores, o compromisso com as melhores práticas de governança e de responsabilidade so cioam bien tal. Entende que, como líder global em um negócio ba sea do em recursos flo res tais re no vá veis, tem a responsabilidade de dar o exemplo e estabelecer um elevado padrão de conduta.
Nós, da Fibria, sabemos que o ritmo e a complexidade das mudanças — climáticas, geo po lí ti cas e so ciais —, intensificados em tempos recentes, tornam nosso desafio ain da maior, e que sozinhos não conseguiremos alcançar nossa meta. Nesse sentido, este documento apresenta um resumo das ações decorrentes dos esforços de união de duas com pa nhias, e reflete também nossa crença em um processo de construção conjunta com as diversas partes interessadas. Mais do que as conquistas alcançadas até aqui, nos propomos a apontar, de forma transparente, as falhas e as oportunidades de melhoria para, com sabedoria, transformá- las em aprendizado e, sobretudo, em firme resolução de acertar.
Já procurando trabalhar dessa forma, ouvimos diversas pessoas de dentro e de fora da empresa em entrevistas nas quais foram convidadas a apontar os temas que devem merecer maior cuidado e atenção para que nosso negócio seja efetivamente sustentável. Durante o processo, a expectativa por um alto desempenho econômico, social e ambiental foi reiteradamente manifestada pelos entrevistados. Os comentários colhidos contêm valiosas indicações do caminho a ser seguido.
Confiamos na força do diálogo e do entendimento como forma de cumprirmos nosso propósito, e nos comprometemos a trilhar esse caminho com transparência e rigor na prestação de contas.
Boa lei tu ra.
Carlos Augusto Lira Aguiar José Luciano Penido Presidente e CEO Presidente do Conselho de Administração
A Fibria é a empresa resultante da incor-poração da Aracruz Celulose S.A. pela
Votorantim Celulose e Papel S.A. (VCP), duas com pa nhias bra si lei ras com forte presença no mercado global de produtos flo res tais. O controle acio ná rio* da Fibria é exercido pelo BNDESPar (34,9%) e pela Votorantim In dus trial (29,3%). Os 35,8% restantes das ações estão no mercado.
Nossas atividades se apoiam em uma área florestal de 1,043 milhão de hectares, dos quais 393 mil hectares são reservas nativas dedicadas à conservação am bien tal, em sete Estados: Espírito Santo, Bahia, Minas Ge rais, Rio Grande do Sul, São Pau lo, Mato Grosso do Sul e Rio de Ja nei ro.
Por dentro da Fibria
BASE FLORESTAL PRÓPRIA¹(DEZEMBRO/2009)
Florestas plantadas 585 mil hectares
Reservas nativas 393 mil hectares
Outros usos² 64 mil hectares
Total 1.043 mil hectares
¹ Inclui 50% da Veracel e 50% do Conpacel. Não inclui áreas de fomento florestal. ² Estradas, aceiros, edificações, etc.
FOMENTO FLORESTAL(ÁREA CONTRATADA¹ – DEZEMBRO/2009)
Unidade Aracruz (ES, BA e MG) 85.750 hectares
Unidade Jacareí (SP) 12.351 hectares
Unidade Três Lagoas (MS) 656 hectares
Unidade Florestal Capão do Leão (RS)
16.175 hectares
Total 114.932 hectares
¹ Não inclui Veracel e Conpacel.
As atividades flo res tais são conduzidas por sete es cri tó rios e unidades ope ra cio-nais: Aracruz e Con cei ção da Barra, no
Além da área florestal própria, a empresa pos suía em dezembro de 2009 cerca de 115 mil hectares de plan tios re no vá veis de participantes do programa de fomento florestal, que representam uma fonte alternativa de ma dei ra para a empresa e de diversificação de renda e do uso da terra para o produtor rural.
*Posição em dezembro de 2009.
INVESTIMENTOS NA COMUNIDADE (2009)
Aracruz R$ 10.022.621,76
VCP R$ 3.900.279,79
Instituto Votorantim R$ 2.182.000,00
Total R$ 16.104.901,55
INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA (2009)
Unidade Aracruz (ES e BA) R$ 1.452.919,80
Unidade Três Lagoas (MS) R$ 42.432.232,85
Unidade Jacareí (SP) R$ 233.100,00
Unidade Florestal Capão Bonito (SP) R$ 0,00
Unidade Piracicaba (SP) R$ 0,00
Unidade Florestal Capão do Leão (RS) R$ 0,00
Total R$ 44.118.252,65
67
DIVERSIDADE
2007 2008 2009
Total de profissionais (próprios) 5.038 5.364 4.752
Mulheres 15,8% 15,0% 14,2%
Negros e pardos¹ 21,4% 20,6% 23,1%
Mulheres (cargos executivos) 2,2% 2,2% 2,2%
Negros e pardos¹ (cargos executivos) 0,6% 0,7% 0,7%
Acima de 50 anos 9,7% 9,9% 10,3%
¹ Segundo critérios do IBGE.
UNIDADES INDUSTRIAIS
Aracruz (ES)¹ 2,3 milhões de toneladas de celulose/ano
Conpacel (SP)² 650 mil toneladas de celulose/ano 390 mil toneladas de papel/ano
Guaíba (RS)³ 450 mil toneladas de celulose/ano 60 mil toneladas de papel/ano
Jacareí (SP) 1,1 milhão de toneladas de celulose/ano
Piracicaba (SP) 162 mil toneladas de papel/ano
Três Lagoas (MS) 1,3 milhão de toneladas de celulose/ano
Veracel (BA)² 1,1 milhão de toneladas de celulose/ano
¹ Para identificar suas unidades industriais, a Fibria adotou o nome dos municípios onde estão localizadas. Assim, a ex-Unidade Barra do Riacho passou a ser denominada Unidade Aracruz.² A produção anual pertencente à Fibria representa 50% da capacidade instalada da unidade.³ A Unidade Guaíba foi vendida à CMPC (Chile) em dezembro de 2009.
Espírito Santo; Posto da Mata, em Nova Viçosa, Bahia; Capão do Leão, no Rio Grande do Sul; Capão Bonito e Vale do Pa raí ba (Jacareí), em São Pau lo; e Três La goas, no Mato Grosso do Sul.
Com sede administrativa em São Pau lo (SP), a empresa produz em seis fábricas com capacidade anual de 5,4 milhões de toneladas de celulose e 313 mil toneladas de papel. Detém 50% de participação na Veracel (joint- venture com a Stora Enso) e 50% do Conpacel, Consórcio Pau lis ta de Papel e Celulose (em as so cia ção com a Suzano).
A Fibria produz celulose bran quea da de eu ca lip to pro ve nien te exclusivamente de plan tios re no vá veis, destinada em sua maior parte aos prin ci pais mercados consumidores e também utilizada para a fabricação própria de pa péis. Co mer-cia li za pa péis revestidos, não revestidos, cortados, térmicos e au to co pia ti vos. Por meio da KSR Dis tri bui do ra, a Fibria forne-ce pa péis e produtos gráficos a cerca de 15 mil clien tes no mercado bra si lei ro.
Juros provisionados e aluguéis 60%
Juros retidos/prejuízo do exercício 17%
Impostos, taxas e contribuições 15%
Pessoal e encargos 8%
Participação de não controladores 0%
DVA* – CONTROLADORA
Juros provisionados e aluguéis 53%
Juros retidos/prejuízo do exercício 9%
Impostos, taxas e contribuições 17%
Pessoal e encargos 10%
Participação de não controladores 11%
DVA* – CONSOLIDADO
*Demonstração de Valor Adicionado.
A sustentabilidade é um tema estra-tégico na Fibria e está integrada
ao seu negócio. Na sua missão e visão, a empresa assume o compromisso de gerar lucro respeitado e reconhecido por todos e a atuar de modo que a floresta plantada, além de produzir valor econô-mico, também promova desenvolvimento humano, social e ambiental.
Para fortalecer a governança, foram organizados dois comitês de sustenta-bilidade. Um, externo, com papel de assessorar o Conselho de Administração; ou tro, interno, composto por gestores
de diferentes áreas da empresa, com o papel de apoiar a Diretoria na implemen-tação das estratégias.
Tendo em vista inserir a sustentabilidade na nossa cultura, definimos cinco objeti-vos ini ciais:
Governança: criar comitês externo e interno e adotar o Relatório de Susten-tabilidade como principal ferramenta de comunicação de ações e resultados.
Re la cio na men to com as partes interes- sadas: prevenir e reduzir conflitos so ciais diretamente ligados aos nossos ne gó cios
Sustentabilidade na cultura e no negócio
ESTR
ATÉG
IA/C
OM
PRO
MIS
SO C
OM
A S
UST
ENTA
BILI
DA
DE
89
e operações, es trei tar relações com nossos públicos de interesse e cons truir confiança.
Fomento florestal: alinhar programas para po ten cia li zar a geração de be ne-fí cios econômicos, so ciais e am bien tais para os produtores e a empresa.
ONGs: fortalecer as relações e par ce rias.
Certificação: buscar, em todas as nossas áreas de manejo florestal, as certificações FSC (Conselho de Manejo Florestal) e Cerflor/PEFC (Programa Bra si lei ro de Certificação Florestal).
Plano de 100 DiasPara marcar desde o início o seu compro-misso com a sustentabilidade, a empresa rea li zou, entre setembro e dezembro de 2009, um plano de ação denominado “Plano de 100 Dias”.
A maio ria das ações se concentrou na base florestal, principalmente no maior envolvimento com as diversas comunidades vizinhas. Para a Fibria, o fomento florestal é uma modalidade de re la cio na men to importante para seu desempenho so cioam bien tal, uma vez que os produtores ru rais envolvidos in fluen ciam as eco no mias re gio nais, participando da ca deia produtiva em um estágio fundamental, que é o suprimen-to de nossa principal matéria- prima.
Uma das medidas do Plano foi a aprova-ção da instalação de um viveiro no dis-trito de Helvécia, em Nova Viçosa (BA), com capacidade para produzir 30 mi-lhões de mudas de eucalipto por ano. Estão previstos investimentos de R$ 23 milhões e a geração de 50 empre-gos durante a construção e de 250 empregos na fase de operação.
Nossas unidades obtiveram as certificações Sistema de Gestão
da Qua li da de (ISO 9001); Sistema de Gestão Am bien tal (ISO 14001); Sistema de Gestão Florestal (Manejo Florestal e Ca deia de Custódia); e Sistema de Gestão de Segurança e Saú de Ocu pa-cio nal (OHSAS 18001).
Nossas áreas de manejo florestal próprio são certificadas pelo Conselho de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council – FSC) ou pelo Programa Bra si lei ro de Certifica-ção Florestal (Cerflor), reconhecido pelo Program for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC). Algumas estão certificadas si mul ta nea men te pelos dois sistemas. Trabalhamos para obter as duas certificações em todas as nossas áreas de manejo florestal.
Atenção à qualidade, ao ambiente e à sociedade
CERT
IFIC
AÇÕ
ES E
CO
MPR
OM
ISSO
S VO
LUN
TÁRI
OS
INÍCIO DAS CERTIFICAÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO
UNIDADE ISO 9001
ISO 14001
OHSAS 18001
Aracruz (Industrial e Florestal) 1993 1996 —
Piracicaba (Industrial) 1996 2007 —
Jacareí (Industrial) 2000 2004 —
Alameda Santos (Corporativo) 2006 — —
Terminal Portuário de Santos — 2004 2006
Florestal Capão Bonito 2006 2006 —
Florestal Vale do Paraíba 2006 2006 —
Florestal Três Lagoas 2008 2008 —
ÁREAS DE MANEJO FLORESTAL CERTIFICADAS
UNIDADE ÁREA (HA) FSC CERFLOR
Três Lagoas 238.373,90 Certificada Certificada
Jacareí 159.673,20 Certificada Não certificada
Aracruz 364.885,80 Não certificada Certificada
Obtida a certifica-
ção florestal da Uni-
dade Três Lagoas
pelo FSC. A unidade
tem agora dupla
certificação, pois já
estava certificada
pelo Cerflor.
As florestas do
ES e BA entraram
em processo de
preparação e
planejamento para
a certificação FSC.
Resultados
do Plano
de 100 Dias
A certificação de Ca deia de Custódia (CoC) permite a ras trea bi li da de de todo processo produtivo, desde a origem da ma dei ra até a entrada na fábrica, o pro-cessamento (transformação em celulose), a estocagem e a venda da celulose.
A certificação da Ca deia de Custódia FSC é multisite, tendo sido emitido um único certificado para as Unidades Jacareí (ja nei ro/2006), Piracicaba (junho/2008), Conpacel (junho/2008) e Três La goas (julho/2009).
Adotamos o padrão para ava lia ção de ma dei ra controlada do Conselho de Manejo Florestal nas Unidades Jacareí, Três La goas e Aracruz. A certificação da Ca deia de Custódia das Unidades Aracruz e Três La goas foi obtida em 2006 e 2009, respectivamente.
1011
Ao lado de quem faz a diferença
A Fibria buscou intensificar o relacio-
namento com as partes interessadas,
destacando-se:
Participação na Reunião Anual do
Global Forest Trade Network (GFTN)
dos Estados Unidos, organizada pela
World Wildlife Foundation (WWF),
onde a empresa expôs seus planos
na área de sustentabilidade.
Encontro com a Conservation Inter-
national (CI), em Washington (EUA),
para apresentar nossas atividades na
área de sustentabilidade.
Participação, ao lado de diversas
empresas e ONGs, na assinatura do
Pacto pela Restauração da Mata
Atlântica, que tem por objetivo
articular instituições públicas e
privadas, governos, empresas, ONGs
e proprietários rurais para integrar
seus esforços e recursos na geração
de resultados em restauração e
conservação da biodiversidade.
Resultados do
Plano de 100 Dias
Pacto Global – Somos signatários do Pacto Global, ini cia ti va da Organização das Na-ções Unidas (ONU) cujo objetivo é mobilizar a comunidade em pre-sa rial para a adoção de valores em di rei tos humanos, relações de trabalho, meio am bien te e combate à corrupção, dis tri buí dos em 10 prin cí pios.
New Generation Plantations Project (NGPP) – Ingressamos, em 2007, nesse projeto cria do pela World Wildlife Foundation (WWF), envolvendo em-presas e governos para ava liar e estabelecer os melhores con cei tos e técnicas de manejo florestal que integrem, à atividade econômica da silvicultura, conser-vação da bio di ver si da de e atendimento das necessidades humanas.
Programa Na Mão Certa – Aderimos ao Programa Na Mão Certa, ini cia ti va da Childhood Brasil e do Instituto Ethos de Empresas e Responsabi-lidade So cial, com apoio técnico da Organização In ter na cio nal do Trabalho (OIT). O Pro-grama visa enfrentar a exploração se xual de crian ças e adolescentes nas ro do vias bra si lei ras.
CDP Supply Chain – Participamos do Carbon Disclosure Project (CDP) Investors e fomos a primeira empresa do setor florestal no mundo a integrar o CDP Supply Chain como líder, o que traduz o nosso compromisso de considerar o risco climático da ca deia de suprimentos nas futuras decisões de investi-mento e de mobilizar os fornecedores a assumirem eles pró prios o compromisso com a governança climática de suas empresas.
Water Foot print Network – Integramos a Water Footprint Network (WFN), buscando fortalecer o compromisso com o desenvolvimento sustentável por meio da gestão estratégica e do uso ra cio nal da água com base nas diretrizes da WFN.
Forest Footprint Disclosure (FFD) – Forest Footprint (“pegada florestal”) é o desmatamento cau sa do direta ou indiretamente por uma empresa ou um pro-duto. Participamos da pesquisa que originou o pri mei ro relatório do Forest Footprint Disclosure (FFD), lançado em fe ve rei ro de 2010. O relatório, disponível no endereço: www.forestdisclosure.com/docs/FFD_Annual_Review_WEB.pdf, destaca o nosso compromisso em certificar toda a madeira que utilizamos.
Projeto Mo sai cos Flo res tais Sus ten tá veis – Em conjunto com o Instituto Bioa tlân ti ca (IBio), a Conservation International, The Nature Conservancy, a Veracel e a Suzano, somos par cei ros desta ini cia ti va, cujo principal objetivo é incentivar a diversificação do uso do solo para pro prie tá rios rurais e comunidades, valendo- se do processo de produção de ma-dei ra para a fabricação de celulose e papel no sistema de mo sai cos flo res tais. Para mais informações, acesse o link: www.bioatlantica.org.br/geoatlantica.
Pacto pela Res tau ra ção da Mata Atlântica – Participamos do Pacto Pela Res tau ra ção da Mata Atlântica, que tem o papel de levar a visão das empresas e con tri buir de forma efetiva em áreas de res tau ra ção e como agente mobilizador nas re giões onde atua. Para mais informações, aces-se o link: http://www.pactomataatlantica.org.br.
Em abril de 2010, nosso Conselho de Administração aprovou o Código de
Conduta da Fibria. Elaborado por um grupo de representantes de diversas áreas, esse documento, que incorpora os prin cí pios éticos da declaração de Missão, Visão e Valores da empresa, aplica- se a todos os empregados, em todos os ní veis hierárquicos. Ao receber uma cópia do Código de Conduta, cada fun cio ná rio assina um protocolo de recebimento e conhecimento que fica arquivado em seu pron tuá rio.
Para melhorar a governança e a apli-cação do Código de Conduta, criamos um Comitê de Conduta, composto por integrantes da direção e da gerência da empresa. A ele cabe assegurar a unifor-midade dos cri té rios usados na resolução de casos, verificar a validade das ques-tões levantadas, tomar pro vi dên cias e responder ao solicitante, quando identificado. É ain da responsabilidade desse comitê tratar os casos encaminha-dos, estabelecer cri té rios para os não previstos no Código e garantir o bom fun cio na men to do sistema de Ouvidoria.
É papel dos líderes, em todos os ní veis, garantir que seus subordinados conhe-çam e apliquem o Código de Conduta da Fibria, que preceitua, entre ou tras, as seguintes atitudes:
Conduta ética e honesta, in cluin do
o tratamento ético de conflitos de interesse em re la cio na men tos pes soais e pro fis sio nais, dentro e fora da empresa.
Comportamento pau ta do pelo res pei-
to e pela busca da cria ção de valor nos re la cio na men tos de ne gó cios com clien tes, fornecedores, comunidades vizinhas, representantes do poder pú-blico, mercado publicitário e imprensa.
Cumprimento das leis e regulamen-
tações apli cá veis.
Ime dia ta comunicação interna
— às pes soas e ins tân cias adequadas — de qualquer vio la ção ao Código de Conduta e aplicação de tratamentos corretivos de acordo com o caso.
ÉTIC
AHonestidade e respeito nas relações
Não à corrupçãoO Código de Conduta da Fibria aborda
especificamente o tema do combate
à corrupção, aplicável, sem exceção, a
todos os pro fis sio nais da empresa. Desde
2006, esse item tem sido avaliado nas uni-
dades da ex-VCP por uma auditoria inde-
pendente (PricewaterhouseCoopers).
Além disso, todos os meses são rea li-
za das reu niões nas unidades fabris da
ex-VCP com registro de presença, ata e
participação de pelo menos um diretor,
nas quais um tema do Código de Conduta
é apresentado pelo responsável da unida-
de. Não hou ve registros na Ouvidoria de
casos de corrupção durante o ano. Não
há ações ju di ciais relativas a corrupção.
A íntegra do Código de Conduta pode
ser encontrada no site da empresa:
www.fibria.com.br.
Revisão dos procedimentos de
homologação, desenvolvimento
e monitoramento dos fornece-
dores, nas questões relativas a
sustentabilidade.
Resultados do
Plano de 100 Dias
1213
A Fibria mantém o Programa Pou pan ça Florestal. Por meio dele, pro prie tá-
rios ru rais participam da ca deia produ- tiva da empresa como fornecedores de ma dei ra.
Para reforçar seu papel de indutor de desenvolvimento econômico, so cial e am bien tal nas re giões onde atua, esse programa observa os seguintes cri té rios:
Rea li zar par ce rias de longo prazo
que integrem a comunidade ao negócio florestal, con tri buin do para a inclusão so cial, melhoria da quali-dade de vida, conservação am bien tal e desenvolvimento rural.
Promover a ocupação planejada e
ordenada da pai sa gem rural.
Res pei tar as culturas lo cais e incenti-
var sistemas agroflo res tais e produ-tos que agreguem valor à floresta.
Promover o as so cia ti vis mo por meio
do compartilhamento de recursos, conquista de mercados, certificação florestal e produtos agrícolas.
Fornecer assistência técnica total
à produção florestal, agrícola e mercado.
Promover o desenvolvimento am bien-
tal das re giões e das pro prie da des por meio de li cen cia men to am bien tal, incentivo à preservação, preço di fe-ren cia do da ma dei ra, regularização da pro prie da de, monitoramentos de fau na, flora e recursos hídricos.
Ser atrativo para o agricultor fa mi liar
e os grandes produtores.
Criar floresta fa mi liar, destinando
uma parte da floresta a ou tros usos da ma dei ra, totalmente fi nan cia dos e com o desenvolvimento de projetos so ciais as so cia dos.
Fornecedores em sete EstadosA Fibria tem 3.863 contratos de forneci-
mento de madeira com produtores rurais
dis tri buí dos pelo Espírito Santo, Bahia,
Minas Ge rais, Rio de Ja nei ro, Rio Grande
do Sul, São Pau lo e Mato Grosso do Sul,
correspondentes a uma área total de
114.932 hectares.
Parcerias no fornecimento da matéria-prima essencial
FOM
ENTA
DO
SForam revistos e aprimorados os
programas de parceria mantidos
pela Fibria visando potencializar a
repartição dos benefícios econômi-
cos, sociais e ambientais da atividade
florestal com os produtores rurais
e as comunidades. Para tanto,
realizaram-se reuniões e seminários
internos que resultaram na elabora-
ção de um novo modelo de fomento,
mais adequado aos diversos perfis
sociais, econômicos e fundiários
dos produtores rurais. Esse novo
modelo passa a chamar-se Poupança
Florestal Fibria.
Resultados do
Plano de 100 Dias
Nosso modelo de re la cio na men to com as comunidades vizinhas está apoia do
em três pilares:
Diá lo go : rea li za do de forma estruturada com comunidades que, de alguma forma, são afetadas pelas operações flo res tais da empresa. O principal objetivo é discutir e listar ações a serem tomadas em caso de impactos positivos ou negativos advindos dessas operações.
Agenda pre sen cial : representante da empresa vivencia a rea li da de local por meio da aproximação e presença constante nas comunidades.
Engajamento : re la cio na men to estruturado com maior profundidade que transforma a empresa em par cei ra no desenvolvimento local. Consiste em discutir com as partes questões de interesse comum de forma transparente e participativa, visando à construção de uma relação con fiá vel.
COM
UN
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DO
EN
TORN
O
Furto de madeiraNo norte do Espírito Santo e no extremo sul da Bahia
existe uma cadeia produtiva ilegal de produtos madeireiros
que tem, em uma ponta, comunidades pobres coletoras e
produtoras de carvão e, na outra, “guseiras” e serrarias.
A produção é agenciada por uma organização que atua
como intermediária e “legalizadora”. Estima-se hoje em
3.000 o número de pessoas envolvidas, em sua maioria
oriundas de comunidades extremamente pobres, tornando
a questão também social e política, e não apenas legal.
A falta de perspectivas de desenvolvimento econômico
e social da população pobre e a ação dos intermediários
e financiadores do furto de madeira e da produção
do carvão vêm contribuindo para a exploração sexual,
trabalho em condições insalubres, trabalho infantil e
tráfico de drogas. O furto de madeira — associado ou não a
incêndios criminosos — em áreas da Fibria vem aumentando
gradualmente, o que afeta as operações da empresa e gera
um estado de tensão latente, com episódios de violência
e mesmo mortes. Para enfrentar a questão, a Fibria vem
procurando catalisar um processo de discussão, com outros
atores públicos e privados, visando reduzir o problema
por meio de ações estruturadas de geração de emprego e
renda e de estímulo ao empreendedorismo que promovam
o desenvolvimento e a estabilidade social na região.
Diálogo franco e permanente
Em 2009, teve continuidade o pro-
cesso de engajamento em Helvécia
(Nova Viçosa, BA) e iniciou-se o
planejamento do trabalho
de engajamento em Juerana
(Caravelas, BA) e em Barra do Riacho
(Aracruz, ES).
Projeto de Cultura Regional de
Helvécia: foram realizadas capaci-
tações e criadas oportunidades de
emprego e geração de renda, com
a encenação da peça teatral “Auto
de São Benedito” e a valorização e
comercialização de artesanatos, em
especial roupas, envolvendo cerca
de 400 pessoas.
Estruturação da cadeia produtiva de
pescado de Caravelas (BA): foram
capacitadas, com foco no empreen-
dedorismo, mais de 1.000 pessoas,
envolvendo todas as comunidades
pesqueiras locais. Também se
acompanha e incentiva a agregação
de valor aos produtos (pescado
beneficiado).
Bichos do Mar de Dentro: Projeto
do extremo sul do RS, envolve
300 artesãos locais que produzem
objetos decorativos, brindes,
vestimentas, papelaria, entre outros,
com temática da fauna e flora do
pampa gaúcho. O projeto alcançou
expressão nacional e agora exporta
produtos para vários países, em uma
parceria de sucesso com o Sebrae.
Destacam-se ações relacionadas
ao programa Parceria Votorantim
para Educação, realizadas em cinco
municípios (Alcobaça, Caravelas e
Nova Viçosa, na Bahia; Conceição
da Barra e Vila Valério,
no Espírito Santo).
Resultados do
Plano de 100 Dias
1415
Educação so cioam bien talNo segundo
semestre de 2009,
o Programa de
Educação Am bien tal
e Re la cio na men to
com a Comunidade
( Pearc) be ne fi ciou
20.217 pes soas nos
Nú cleos de Educação
Am bien tal (NEAs) de
Santa Branca (SP),
Capão Bonito (SP),
Três La goas (MS) e
Capão do Leão (RS).
Embora a indústria de celulose tenha con tri buí do para o desenvolvimento
do norte do Espírito Santo e do extremo sul da Bahia, o processo não foi capaz, por si só, de eliminar os bolsões de pobreza cria dos a partir do modelo de ocupação da re gião. Reconhecemos a nossa incapacidade de so lu cio nar sozi-nhos esse desafio so cial. Por isso, temos trabalhado com diversos atores, públicos e privados, na definição e efetivação de planos para dinamizar a economia da re gião e promover maior inclusão so cial.
Ao mesmo tempo, rea li za mos esforços de engajamento com as comunidades, com dois objetivos prin ci pais: au men tar a ofer-ta de empregos, por parte da empresa ou prestadores de serviços, e desenvolver ações voltadas ao em preen de do ris mo e à geração de renda nas comunidades, visando capacitá- las para serem protago-nistas de seu próprio desenvolvimento.
Comunidades negrasA Constituição de 1988 reconheceu aos descendentes de escravos fugidos das senzalas (quilombolas) o direito de receberem a escritura das terras que ocupavam. Em 2003, o governo editou um decreto (4.887), estabelecendo que seriam considerados quilombolas os grupos raciais que se autoatribuíssem a condição de descendentes de escravos negros. E assim definiu novos critérios de territorialidade para a demarcação de terras quilombolas, o que gerou novos direitos de propriedade conflitantes com os de outras pessoas, jurídicas e físicas.
Não ques tio na mos o direito de pro prie da-de dessas comunidades. Ao mesmo tempo em que discutimos na Justiça a forma como foram conduzidos alguns processos de autoidentificação e demarcação em terras da empresa, procuramos fortalecer a relação com as comunidades, trabalhan-do ativamente por sua inclusão social.
Uma das alternativas é envolvê-las no negócio, criando relações de emprego
direto e indireto ou estimulando a participação no modelo agroflorestal. Das 1.408 comunidades quilombolas registradas no Brasil, 36 se localizam em terras onde a empresa possui imóveis rurais, em municípios do ES (28), BA (7) e MG (1), 15 das quais em áreas vizinhas aos plantios da Fibria.
Comunidades indígenasNo passado, o re la cio na men to com as comunidades indígenas foi marcado por polarização. Por isso, decidimos cons truir um modelo menos paternalista, mais afinado com os novos tempos, envolven-do diferentes atores capazes de con tri-buir para o processo de desenvolvimento sustentável dessas comunidades.
Em 2009, seguimos dia lo gan do com as comunidades indígenas de Aracruz (ES), a Funai e o poder público, municipal e es ta dual, procurando avançar nas ações previstas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2007.
Comprometemo-nos a fi nan ciar um estudo et noam bien tal para identificar as melhores alternativas de uso da terra e de desenvolvimento das comunidades, a ser elaborado por entidade escolhida de comum acordo entre a Funai e os ín dios. Assumimos ain da o compromisso de apoiar com R$ 3 mi lhões projetos sugeridos por esse estudo, dos quais R$ 1,2 mi lhão já foram repassados.
Diálogo com movimentos de luta pela terraNo final de 2009, tínhamos 5.721,91 hectares pró prios ocupados pelo Movimento dos Sem Terra (MST) no Estado da Bahia, em alguns casos há mais de dois anos. A Justiça concedeu liminares de rein te gra ção de posse que estão em pleno vigor. Mas a determinação não foi eficaz, na medida em que ainda não havia sido cumprida pelas autoridades. Temos manifestado nossa disposição em dialogar e contribuir para a sustentabilidade dos assentamentos.
COM
UN
IDA
DES
ESP
ECÍF
ICA
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Capacitar para o desenvolvimento
A conservação da bio di ver si da de é um desafio importante na estratégia de
desenvolvimento sustentável da Fibria, gerando impactos no desempenho am bien tal e fi nan cei ro da empresa.
Todas as nossas atividades flo res tais são li cen cia das pelos órgãos am bien tais competentes. Antes de ini ciar os plan tios de eu ca lip to, fazemos um planejamento am bien tal detalhado do uso da terra e, quando necessário, os Estudos de Impacto Am bien tal (EIA /Rima).
Nenhuma atividade de trabalho da Uni-dade Aracruz ocorre, por exemplo, sem que sejam devidamente considerados seus aspectos e impactos am bien tais, in-cluin do os re la cio na dos à bio di ver si da de (fau na e flora) e à identificação de áreas de vegetação nativa (existentes ou com necessidade de res tau ra ção). Ao menor risco de impacto tomamos as medidas preventivas ou de controle.
Nas atividades flo res tais da Unidade Aracruz, assumimos a responsabilidade de manter e melhorar a bio di ver si da de em comparação à si tua ção originalmente encontrada. Como resultado, mantemos um grande número de ações e projetos de conservação, como estudos de vida silvestre, res tau ra ção de mata atlântica, monitoramentos am bien tais e apoio a projetos como, por exemplo, o Ce reias (Centro de Rein tro du ção de Ani mais Selvagens). As metas e objetivos são estabelecidos em sistemas de controle de gestão como RGA (projetos de melhoria), estando atrelados a metas de desempe-nho e remuneração va riá vel das áreas de meio am bien te, das áreas ope ra cio nais envolvidas e do Centro de Tecnologia.
Está em fase de implantação em todas as nossas unidades o Indicador de Desempenho So cioam bien tal (IDSA), cujo objetivo é melhorar as práticas de manejo da empresa, com ênfase nas recomendações so cioam bien tais.
As nossas Áreas de Preservação Perma-nente exercem papel fundamental na conectividade de fragmentos flo res tais isolados. Essas áreas servem naturalmen-te para conectar diferentes fragmentos
localizados na pai sa gem, além de pro-por cio na r am bien te favorável às es pé cies da fau na e flora local.
Com a ajuda das avesAs aves são um dos indicadores mais importantes para avaliar a qualidade de atuação ambiental da Fibria, constituindo objeto de monitoramento permanente e de diversos esforços de conservação.
Desde 1989, rea li za mos, em nossas áreas, mais de 144 mil registros de aves (considerando captura, censos e observa-ções), pertencentes a 67 fa mí lias e a 605 es pé cies distintas. Integram esse conjunto 81 es pé cies amea ça das, segundo a lista do Instituto Bra si lei ro de Meio Am bien te (Ibama), do Instituto Es ta dual de Meio Am bien te (Iema-ES), da Secretaria Es ta-dual de Meio Am bien te (Sema-RS) e da União In ter na cio nal Para a Conservação da Natureza (IUCN).
Aproximadamente 15,5 mil aves já foram anilhadas, gerando informações sobre sua permanência e deslocamento. Com a incorporação de novos dados aumenta-mos a consistência dos nossos bancos de dados de bio di ver si da de, o que possibilita ganhos qualitativos nas análises e reco-mendações técnicas para o manejo.
BioIndexEm 2009, o soft ware BioIndex Fibria foi aprimorado com o acréscimo de um novo indicador, o de valor da vegetação natural. Ferramenta que permite rea li zar análises estatísticas de índices de diversidade re la - cio na dos aos plan tios e às áreas de vege- tação natural da empresa, o BioIndex tem sido utilizado no apoio ao planejamento e na detecção das oportunidades de me- lhoria no manejo da Unidade Aracruz.
Ainda em 2009, utilizamos o BioIndex para identificar oportunidades de alteração do manejo em Alcoprado, no sul da Bahia, área de alta relevância ecológica. As recomendações resultaram na implantação de novas técnicas, como a utilização de talhões de amortecimento para ate nuar o impacto da colheita.
Em equilíbrio com o ambienteIM
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1617
Conservar é precisoA Fibria possui três Reservas Particulares
do Patrimônio Natural (RPPNs), no Espíri-
to Santo, que somam 2.877 hectares:
Restinga de Aracruz, em Aracruz 1
– 296 hectares
Mutum Preto, em Linhares 2
– 379 hectares
Recanto das Antas, em Linhares 3
– 2.002 hectares
Conservação dos recursos naturais em
escala local e regional:
Averbação de áreas de Reserva
Legal, conforme instituído pelo Có-
digo Florestal (Lei Federal 4.771/65),
tendo sido protocolados nos órgãos
ambientais, de setembro a dezembro
de 2009, cerca de 167.000 hectares
de Reserva Legal nas unidades
da Fibria.
Em 2009, foram protocolados
requerimentos de reconhecimento
de mais três RPPNs importantes para
a conservação dos biomas da Mata
Atlântica e do Pampa:
Torrinhas (RS) – 162 hectares1
São Sebastião do Ribeirão Grande 2
(SP) – 603 hectares
Esperança do Beija-Flor (BA) – 3
2.925 hectares
Também no ano passado, desenvol-
vemos ações de apoio à implantação
e regularização fundiária das
Unidades de Conservação (UCs)
públicas, entre as quais:
Parque Estadual Serra do Mar (SP)1
Reserva Biológica do Mato 2
Grande (RS)
Parque Municipal do Pombo (MG)3
Jupiá (MS)4
Capivaras (MS)5
Resultados do
Plano de 100 Dias
Com o objetivo de ava liar even tuais alterações na quantidade e na quali-
dade da água as so cia das aos plan tios de eu ca lip to, monitoramos algumas mi cro-ba cias hidrográficas por meio do projeto Rede de Monitoramento de Mi cro ba cias Hidrográficas (Remam), ligado ao Programa de Monitoramento de Ba cias (Promab), do Instituto de Pesquisas e Estudos Flo res tais (Ipef). Atual men te, são duas localizadas na Unidade Florestal Vale do Pa raí ba. As de mais unidades pos suem projetos e monitoramentos de qualidade da água em diferentes ba cias hidrográficas, de acordo com a escala e intensidade do manejo florestal. As três mi cro ba cias de Três La goas, cujo moni-toramento foi ini cia do em abril de 2009, não integram o Projeto Remam.
Segundo o monitoramento, o nosso manejo florestal não provoca impactos significativos no volume e na qualidade da água nas localidades em que possuímos áreas flo res tais. No entanto, análises rea-li za das em diversos ou tros cursos d’água registram va ria ções de sólidos so lú veis to tais e de turbidez.
USO
DA
ÁG
UA
Responsabilidade na gestão dos recursos hídricos
Todas as alterações são ava lia das pelos técnicos da área de meio am bien te e ope-ra cio nal, aos quais cabe fazer recomenda-ções para a adequação de procedimentos como, por exemplo, os de manutenção de estradas e preparo de solo, com o objetivo de sempre melhorar o desempenho am-bien tal de nossas operações nos aspectos de conservação de solo e água.
Monitoramento em 11 microbaciasEm 2009, realizamos o monitoramento completo da água su per fi cial e subterrâ-nea nas áreas flo res tais em 11 mi cro ba-cias hidrográficas lo cais (ES, BA e MG).
Observamos, a partir dos balanços fei tos, um excedente hídrico correspondente a 23% da precipitação total média local, ultrapassando a produção de água (recarga dos córregos e ria chos) caracte-rística da re gião.
Os resultados de 2009 confirmaram que o nosso manejo florestal res pei ta os limites de contaminação dos recursos hídricos estabelecidos pelo Conselho Na cio nal do Meio Am bien te (Conama) e pela Companhia de Tecnologia de Sa nea men to Am bien tal (Cetesb).
Plano de desenvolvimento no SulO mesmo tipo de monitoramento foi rea li za do em 8 mi cro ba cias representativas do leste ao oes te central do Rio Grande do Sul. A microbacia hidrográfica experi- mental destinada à rea li za ção de estudos completos sobre o ciclo hidrológico das florestas na re gião teve seu pri mei ro ano completo de dados coletados. Essa pri mei ra base de dados permitiu ao Centro de Tecnologia elaborar, em conjunto com a Organização Na cio nal de Pesquisa Cien tí fi ca e In dus trial da Austrália (CSIRO), um plano para desenvolvimento de experimentos com maior precisão, buscando o melhor entendimento dos pos sí veis impactos sobre os recursos hídricos.
Para lembrar 2009Um dos fatos mais importantes de 2009 foi o início da integração das me to do-lo gias de monitoramento e estudo de recursos hídricos em nossas unidades. A meta é obter, até o final de 2010, os pri mei ros resultados comparativos entre as diferentes re giões de atua ção da empresa.
1819
PERCENTUAL E VOLUME TOTAL DE ÁGUA RECICLADA E REUTILIZADA
ÁGUA RECICLADA E REUTILIZADA
2008 2009
Jacareí
Volume (m³) 163.987.200 163.987.200
% 81 84
Piracicaba
Volume (m³) 3.601.215 3.580.972
% 45,38 43,82
Aracruz
Volume (m³) NR* NR*
% NR* NR*
Três Lagoas
Volume (m³) NA** NR*
% NA** NR*
*NR – Não reportado. **NA – Não se aplica.
Em nossa estratégia de redução de emissões atmosféricas para enfrentar
as mudanças climáticas, estamos toman-do as seguintes medidas:
Dois projetos de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL) elaborados e em fase de registro na ONU.
Estudo de via bi li da de de projeto MDL encaminhado ao Comitê de Capex da Votorantim In dus trial (VID), acio nis ta da Fibria.
Menos impacto no ar, água e solo
TOTAL DE EMISSÕES DIRETAS DE GASES DE EFEITO ESTUFA*/2009POR PESO
UNIDADE tCO²eq**
Jacareí 295.581
Aracruz 344.064
Três Lagoas 342.065
Total 981.710
*Os dados aqui apresentados não contemplam todas as fontes de emissão inventariadas, pois a consolidação do levantamento está prevista para agosto de 2010.**Toneladas de dióxido de carbono equivalente.
NOx, SOx, E OUTRAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS SIGNIFICATIVAS
EMISSÕES (KG) JACAREÍ* PIRACICABA TRÊS LAGOAS ARACRUZ
NOx (emissões diretas) 882.129 55.293,48 634.882 663.000
NOx (emissões indiretas) NR NR NR NR
NOx (outras emissões indiretas) NR NR NR NR
SOx (emissões diretas) 388.596 NR 58.553 114.000
SOx (emissões indiretas) NR NR NR NR
Poluentes orgânicos persistentes (POP) NR NA NR NR
Compostos orgânicos voláteis (VOC) NR NR NR NR
Poluentes atmosféricos perigosos (HAP) NR NR NR NR
Emissões de chaminé e fugitivas NR NR NR NR
Material particulado (MP) 1.040.750 NA 52.303 705.000
Outras (TRS) 20.893 NA 17.799 6.000
*Na Unidade Jacareí foram instalados queimadores dry low NOx e low NOx que propiciaram a redução nas emissões de NOx, além da conversão da caldeira de biomassa de óleo para gás natural. Para TRS e SO² a redução foi alcançada principalmente por meio de otimização dos processos e dos ECP.
EMIS
SÕES
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UEN
TES
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UO
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Consolidação e certificação anual
do Inventário de Gases de Efei to Estufa (GEE).
Participação em programas vo-
lun tá rios de divulgação de dados: Carbon Disclosure Project (CDP) Investors e CDP Supply Chain, que in-corporam as emissões de carbono na ca deia de fornecedores da empresa.
Formatação de um programa corpo-
rativo de efi ciên cia energética.
Com o mesmo objetivo, adotamos outras ini cia ti vas em fase de implantação:
Acompanhamento de indicadores
específicos para as áreas.
Estudo de sequestro de carbono nas
reservas nativas da empresa (atual-men te os in ven tá rios de carbono da empresa contemplam apenas o su mi dou ro nos plan tios de eu ca lip to).
Projetos vo lun tá rios de am plia ção
das áreas de recuperação.
Não há dados quantitativos de redução de emissões de GEE, pois as ini cia ti vas encontram- se em fase de estudo e/ou implantação.
2021
PESO TOTAL DE RESÍDUOS, POR TIPO E MÉTODO DE DISPOSIÇÃOGESTÃO DE RESÍDUOS (T)
JACAREÍ PIRACICABA TRÊS LAGOAS* ARACRUZ
Resíduos perigosos
Reuso 0 0 0 0
Re-refino 0 8.310,00 0 189,50
Reprocessamento/reciclagem 99,00 1.076,40 0 0
Compostagem 0 0 0 0
Co-processamento 39,00 47.980,00 20,00 414,60
Tratamento biológico 0 0 0 0
Incineração 0,11 31,12 0 0
Aterro sanitário interno 0 0 0 0
Aterro sanitário externo 0 0 0 0
Total 138,11 57.397,52 20,00 604,10
Resíduos não perigosos
Reuso 0 89.307,05 0 411.934,00
Re-refino 0 0 0 0
Reprocessamento/reciclagem 40.384,00 520.453,23 0 88.765,00
Compostagem 0 5.290.520,00 0 0
Co-processamento 0 3.885.180,00 0 0
Tratamento biológico 0 0 0 0
Incineração 0 0 0 0
Aterro sanitário interno 35.185,00 0 66.570,00 124.495,00
Aterro sanitário externo 19.550,00 243.350,00 0 0
Total 95.119,00 10.028.810,00 66.570,00 625.194,00
Total geral 95.257,00 10.086.208,00 66.590,00 625.798,00
* Resíduos provenientes da obra de instalação e da operação da fábrica, sendo a primeira responsável pela maior parte da geração. A sistemática de gerenciamento de resíduos sólidos ainda está sendo implementada.
ResíduosEm relação a 2008, observamos um au men to na quantidade anual disposta dos re sí duos contaminados, de 38% para solo contaminado e de 130% para ou tros re sí duos contaminados na Unidade Florestal Vale do Pa raí ba (SP). Na Unida-de Florestal Capão Bonito (SP) o au men to foi de 6% tanto para solo como para ou tros re sí duos contaminados. Isso deve ser atri buí do, nas unidades flo res tais de
SP, à desativação de máquinas ocorrida em 2009.
A diferença na disposição de entulho de amianto, de 2008 para 2009, deve-se à disposição de grande parte do passivo de Capão Bonito (81,75%), em 2008, e do passivo do Vale do Paraíba (63,55%), em 2009. A Unidade Florestal Capão Bonito tinha um passivo maior armazenado desse tipo de resíduo.
Início da
instalação
da estação de
qualidade do
ar em Três
Lagoas (MS).
Início do
processo de
engajamento
com a comu-
nidade de
Barra do Riacho
(Aracruz, ES).
Aumento de
uma para três
no número
de cerâmicas
beneficiadas
na produção
de tijolos com
a utilização
de resíduo
industrial (fibra
de celulose
e caulim) da
fábrica de
Piracicaba (SP).
Resultados
do Plano
de 100 Dias
NÚMERO E VOLUME TOTAL DE DERRAMAMENTOS SIGNIFICATIVOS
2009
Jacareí Não tivemos neste ano derramamento com impacto ambiental significativo
Três Lagoas 1 transbordo na área de Evaporação (28/09/2009) – 30 m³ de condensado C
Piracicaba Não tivemos neste ano derramamento com impacto ambiental significativo
Aracruz Não tivemos neste ano derramamento com impacto ambiental significativo
DESCARTE TOTAL DE ÁGUA, POR QUALIDADE E DESTINAÇÃOVOLUME (M³/ANO)
2007 2008 2009 DESTINAÇÃO MÉTODO
Jacareí 30.215.074 22.111.414 29.213.344 Rio Paraíba do Sul Lodo ativado em duplo estágio
Piracicaba 4.098.630 4.525.238 4.704.265 Rio Piracicaba Físico-químico e lodo ativado
Três Lagoas Instalação da Fábrica 35.256 Rio Paraná Lodo ativado com aeração prolongada
Aracruz 70.325.189 67.880.650 67.911.745 Emissário Marinho Lagoas aeradas e lagoas de estabilização
Efluentes
INVENTÁRIO CARBON FOOTPRINT 2008QUADRO RESUMO
Unidades JACAREÍ ARACRUZ GUAÍBA FIBRIA JACAREÍ + ARACRUZ
Produção t/ano 1.081.930 2.103.496 453.119 3.638.545 3.185.426
Emissões Florestal (Operação + Transporte)* tCO²eq 83.529 144.220 90.599 318.348 227.749
Participação % 26,2% 45,3% 28,5% 100,0% 71,5%
Emissão Específica Florestal tCO²eq/t Cel 0,08 0,07 0,20 0,09 0,07
Emissões Industrial (Celulose)** tCO²eq 297.010 389.858 387.738 1.074.606 686.868
Participação % 27,6% 36,3% 36,1% 100,0% 63,9%
Emissão Específica Industrial tCO²eq/t Cel 0,27 0,19 0,86 0,30 0,22
Emissões Logística (Celulose)*** tCO²eq 123.167 200.063 86.063 409.293 323.230
Participação % 30,1% 48,9% 21,0% 100,0% 79,0%
Emissão Específica Logística tCO²eq/t Cel 0,11 0,10 0,19 0,11 0,10
Total Emissões Operações (Florestal + Industrial + Logística)
503.706 734.141 564.401 1.802.248 1.237.847
Emissão Específica Operações tCO²eq/t Cel 0,47 0,35 1,25 0,50 0,39
Sequestro Florestas Plantadas**** tCO²eq 3.979.478 8.560.018 3.327.709 15.867.205 12.539.496
Participação % 25,1% 53,9% 21,0% 100,0% 79,0%
Sequestro Específico Florestas tCO²eq/t Cel 3,68 4,07 7,34 4,36 3,94
Redução Total tCO²eq 3.475.772 7.825.877 2.763.308 14.064.958 11.301.650
Redução (Sequestro – Emissões) tCO²eq/t Cel 3,21 3,72 6,10 3,87 3,55
Relação Sequestro por Emissão n 8 : 1 12 : 1 6 : 1 9 : 1 10 : 1
Os dados aqui relatados contemplam o inventário de 2008. A consolidação dos dados de 2009 não fora concluída até a publicação deste relatório.* Combustível fóssil, fertilizantes, energia elétrica. ** Queima combustível, resíduos (aterro + lagoas), transporte interno, transporte de funcionários, eletricidade importada. *** Transporte rodoviário, transporte ferroviário, transporte por barcaças, transporte por navios. **** Base ICA sem nativas.
2223
Em nossa estratégia de ne gó cios, consideramos a existência de riscos e
oportunidades as so cia dos a mudanças climáticas. Além de acompanhar os desdobramentos de acordos in ter na cio-nais, como o Protocolo de Kyoto, temos estado atentos a medidas regulatórias, como a Política Na cio nal de Mudanças Climáticas e a Política Es ta dual de Mudan-ças Climáticas (PEMC) de São Pau lo.
Por uma pegada de carbono menor
RISC
OS
AM
BIEN
TAIS
Riscos físicos decorrentes do aquecimen-to global, como, por exemplo, va ria ções da disponibilidade de água e maior intensidade de fenômenos climáticos, podem prejudicar a oferta de serviços am bien tais, impactando diretamente nossas atividades. Por isso, decidimos fazer a nossa parte, adotando, entre ou-tras medidas, um inventário de emissões de gases de efei to estufa (GEE).
Entre as ações estudadas para minimizar nossa “pegada de carbono”, in cluem- se a melhoria na efi ciên cia energética e estabilidade do processo (com menor emissão por tonelada de produto produzido), redução e rea pro vei ta men to
de re sí duos, exploração de novos mo-dais de transporte, ava lia ção de novas alternativas e redução no consumo de com bus tí veis. Além de ajudar o planeta, medidas como estas reduzem custos e tornam a empresa mais ecoe fi cien te.
O pri mei ro inventário de GEE da Fibria, em 2009, utilizou como base as emissões do ano de 2008. Recebeu o certificado Carbon Footprint, emitido pela BR- TÜV,
sub si diá ria bra si lei ra da empresa alemã TÜV-Nord. Para esse levantamento, foram consideradas as operações flo res-tais e in dus triais das Unidades Aracruz, Guaí ba e Jacareí, e também as operações logísticas de exportação da celulose produzida nas três localidades.
O inventário 2009 foi rea li za do com base em vá rios protocolos de cálculo, in cluin do o do Instituto de Recursos Mun diais (WRI) e do Conselho Em pre sa rial Mun dial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), adaptados pelo Conselho In ter na cio nal das As so cia ções de Florestas e Papel (ICFPA) para o setor de celulose e papel.
A Fibria
participou de
diversos eventos
associados à
Conferência das
Partes (COP-15),
realizada em
Copenhague
(Dinamarca)
para debater e
propor mecanis-
mos de combate
às mudanças
climáticas. A
Fibria também
foi uma das
signatárias da
carta assinada
por diversas
empresas
brasileiras que
defenderam a
afirmação de
compromissos
pelos governos
na Conferência.
Resultados
do Plano
de 100 Dias
Transporte marítimo 98,23%
Outros 1,77%Rodoviário 0,91%Ferroviário 0,52%Por chatas 0,34%
EMISSÕES POR SISTEMA DE TRANSPORTE – EXPEDIÇÃO
Combustível 70,39%
Outros 29,61%Fertilizantes – nitrogênio e ureia 22,80%Fertilizantes – calcário 6,80%Energia 0,01%
EMISSÕES DE GEE DE ATIVIDADES DE SILVICULTURA
Industrial 68,6%
Silvicultura 23%
Outros 8,4%Gestão de resíduos 8,0%Transporte de funcionários 0,2%Transporte interno 0,2%
EMISSÕES INDUSTRIAIS POR TIPO DE COMBUSTÍVEL
Gás natural 37%
Óleo 3A 9%
Óleo 7A 10%
Carvão 32%
Outros 12%Óleo 1A 6%Óleo LSC 3%Coque 2%Diesel 1%
ORIGEM DAS EMISSÕES DIRETAS
Diálogo com os pescadores de Aracruz
“Com a criação da Aracruz, foi feita uma
represa e às vezes abrem-se as comportas
para represar a água e atender a necessi-
dade da empresa. Não tendo aquela força
da corrente, a maré vinha e fechava a boca
do rio, que às vezes ficava até dois meses
fechada e o pescador não tinha acesso ao
mar. Fomos obrigados a fazer manifestação
junto à Portocel. Melhorou muito de lá pra
cá, só fechou uma vez.”
Vicente Buteri, presidente da Associação dos
Pescadores Artesanais de Barra do Riacho e
Barra do Sahy, Aracruz (ES)
O que eles pensam da FibriaOuvir com atenção as partes interessadas. Incorporar
suas ideias à gestão, com transparência. Esse é um dos compromissos de sustentabilidade da Fibria. Além de consultar
85 pessoas para definir os temas prioritários que resultaram nos 10 pontos que estruturam esta publicação, entrevistamos oito pessoas, de líderes comunitários a fomentados. Veja uma
síntese de suas considerações nos depoimentos a seguir:
Fomento responsável“Todo o processo é feito da melhor forma
possível. Não percebemos qualquer tipo
de impacto ambiental. Respeitamos
as nascentes e os limites conforme a
legislação. A propriedade foi considerada
uma vitrine pela empresa e recebemos
uma visita de alguns diretores que nos
elogiaram muito.
Tivemos muito apoio durante todo o
processo. As pessoas que nos visitam,
sejam da empresa ou terceirizados, são
muito boas, muito compromissadas.
As expectativas são as melhores possíveis:
se tudo der certo nesse primeiro ciclo,
queremos con ti nuar com essa atividade
por muitos anos.”
Sérgio Armbrust Mascarenhas, fomentado,
São José dos Campos (SP)
Fazendo a sua parte“Com a crise, as ruas daqui ficaram vazias.
Muita gente ficou desempregada. O co-
mércio que era bom hoje está fraco, tem
gente que optou por viver do comércio
ilegal de carvão, queima as árvores da
empresa e até ameaça incendiar as plan-
tações e fazer mal a funcionários. A Fibria
já está gerando emprego, mas ainda
não é o suficiente para sanar todos os
problemas porque muitas coisas também
dependem do governo. (...) Há um tempo,
tivemos a visita de um dos diretores da
empresa e foi muito bom, porque é uma
empresa que realmente está interessada
em resolver os problemas da comunidade.
O executivo parecia uma pessoa comum
no meio do povo.”
Maria da Conceição Bonifácio Oliveira
(Tia Ceiça), Juerana, Caravelas (BA)
Parceria com as comunidades indígenas
“Temos um sonho que é ter a mata
de novo, o índio conserva a natureza
porque vive dela. Queremos fazer o
replantio da mata nativa no entorno
dos rios. A empresa pode ajudar com
conhecimento. Fazemos projetos juntos,
ela tem acesso aos órgãos competentes
e poderia ajudar de alguma forma para
que a aldeia pudesse se fortalecer. Somos
vizinhos e temos muito para trocar (...),
os índios precisam se inserir no mercado,
ser amparados nas plantações desde o
plantio até a venda. É um povo muito
sofrido. Falta trabalho. E eles não têm
como sobreviver sem o trabalho.”
Cacique Aucélio Carlos, da Aldeia Tupiniquim
de Comboios, Barra do Riacho, Aracruz (ES)
2425
“A Fibria encontra-se extraordinariamente bem posicionada, do ponto de vista da
sustentabilidade, a partir da união entre a Aracruz Celulose e a Votorantim Celulose
e Papel, em 2009. Essa fusão criou uma boa oportunidade para a Fibria aplicar,
desde o primeiro momento, os pensamentos e práticas sustentáveis mais atuais em
sua identidade corporativa e operações.
Mas qual a melhor forma de fazer isso? Primeiro, combinando (e, posteriormente,
desenvolvendo) as melhores práticas das duas empresas de origem. Em segundo
lugar, definindo uma visão clara e ambiciosa de um futuro mais sustentável para o
negócio, seus clientes e principais partes interessadas. E, em terceiro, desenvolvendo
uma cultura que priorize de fato a responsabilidade corporativa e objetivos mais
amplos de sustentabilidade. A maioria das empresas multinacionais de porte e escala
comparáveis raramente — se tanto — tem uma oportunidade como esta.
(...) A Fibria não é uma exceção à regra de que a sustentabilidade é um processo
contínuo. Gostaríamos de ver a Fibria expressar de forma mais clara seus objetivos
futuros, metas e prováveis trajetórias no mercado, contextualizando-os nos direcio-
nadores e obstáculos a serem superados em seus mercados-chave.”
John Elkington, fundador e diretor não executivo, SustainAbility
Kyle Whitaker, analista, SustainAbility
Oportunidade única
O que eles pensam do Relatório de Sustentabilidade da Fibria
No esforço de aperfeiçoar o nosso Relatório de Sustentabilidade, solicitamos a leitura e análise de três especialistas. Suas impressões críticas e sugestões podem ser conhecidas, na íntegra,
acessando www.fibria.com.br/rs2009. A seguir, alguns trechos de suas opiniões:
“A Fibria enfrenta um desafio significativo para consolidar sua expressão de sustenta-
bilidade: se, numa dimensão, deve realizar a integração de duas grandes companhias,
com enormes acúmulos de práticas e experiências corporativas, por outro lado a
criação do maior negócio de celulose branqueada do mundo impõe a responsabilida-
de da liderança, de onde o setor espera referências e posicionamentos.
(...) Nesse contexto, o relatório da Fibria busca explicar e legitimar a junção das com-
panhias, respeitar as culturas e os resultados corporativos preexistentes, consolidar a
integração e sinalizar um novo posicionamento. Todos esses aspectos são fundamen-
tais, mas carecem no relatório de uma estrutura que facilite a compreensão e torne
as práticas e desempenhos claros e acessíveis.
(...) Outra melhoria que deve ser buscada é a do rigor dos conceitos adotados: além
de coerentes com o posicionamento geral, eles devem ser sempre os mesmos para as
diversas situações ou contextos do relatório.
A Fibria tem a oportunidade de oferecer um compromisso avançado com a sustenta-
bilidade, pois reúne grandeza econômica, capital humano, experiências acumuladas
e um contexto de atuação aberto para superar desafios, vencer preconceitos e
compartilhar a prosperidade. E, independente das críticas, todas as bases para essa
jornada estão indicadas no presente relatório.”
Eduardo Martins, diretor executivo, e.labore consultoria
A construção de uma referência
Div
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ção
John Elkington
Eduardo Martins
Golfo do México
Nordeste dos EUA
Sudeste dos EUA
São Paulo - Brasil
Miami - EUA
Campinas - Brasil
Nyon - Suíça
Norte da Europa
Csomád - Hungria
Mediterrâneo
Floresta
Unidade Industrial (Celulose)
Unidade Industrial (Papel)
Porto
Escritório
Centro de distribuição
Presença global
Pequim - China
Hong Kong - China
Sudeste Asiático
Costa da China
Três Lagoas
Capão do Leão
Conpacel
Santos
Piracicaba
BelmonteVeracel
Caravelas
PortocelAracruz
Jacareí
10 Pontos é uma versão resumida do Relatório de Sustentabilidade 2009 da Fibria Celulose S.A., produzida sob a coordenação da gerência de Sustentabilidade e Relações Corporativas e da gerência de Comunicação Corporativa. Editor: Luiz Fernando Brandão. Coordenação-geral: Tiago Nogueira de Noronha. Concepção e texto: Ideia Sustentável. Fotos: acervo Fibria, Vitor Nogueira e Ricardo Telles. Impresso na GSA Gráfica e Editora em papel Ecoeficiente da Fibria. Tiragem: 20 mil exemplares. Solicitações de informações adicionais, sugestões ou comentários a respeito deste relatório podem ser enviados para a área de Comunicação Corporativa da Fibria: Alameda Santos, 1.357 – 2º andar – CEP 01419-908 – São Paulo – SP – Fone (11) 2138-4000 – E-mail: [email protected].
www.fibria.com.br
Áreas de Preservação Permanente (APP) - Locais com ou sem vegeta-ção, próximos a nascentes, em beiras de rios e cursos d’água, ao redor de reservatórios de água, em restingas, bordas de tabuleiros ou chapadas, em altitudes superiores a 1.800 metros e em encostas com inclinação de 45º ou superior e em topos de morros, cuja função ambiental é preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
Biodiversidade - É o conjunto de formas de vida (organismos vivos e complexos ecológicos) e genes contidos em cada indivíduo, bem como as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente outras.
Biomassa - Matéria orgânica que, por meio da combustão direta ou da quei-ma dos combustíveis derivados (óleos, gases, alcoóis), e com auxílio de técni-cas e tecnologias, pode gerar energia elétrica. Parte da energia consumida nas unidades industriais da Fibria é gerada a partir da queima de biomassa, como por exemplo, madeira e resíduos do processo fabril (licor negro).
Celulose branqueada de eucalipto - É o produto da extração industrial da fibra de celulose da madeira e posterior branqueamento. A transforma-ção da madeira em celulose branqueada (polpação de celulose) se dá por meio de quatro principais processos: picagem da madeira em cavaco; cozi-mento do cavaco para extração da polpa marrom; branqueamento da polpa marrom; e secagem e enfardamento da polpa branqueada.
Chatas - Embarcações de pequeno calado e fundo chato. A Fibria utiliza sistemas de barcaças (chatas sem autopropulsão), conduzidas por empurra-dores para transportar produtos florestais (madeira e celulose) da Bahia para a Portocel, terminal marítimo localizado em Aracruz (ES).
Ciclo hidrológico - É o conjunto de fases que representam os diferentes caminhos por meio dos quais a água circula na natureza. As principais fases são: chuva, evaporação, transpiração, infiltração, escoamentos superficiais e subterrâneos. Essa circulação ocorre na atmosfera (ar), na hidrosfera (água) e na litosfera (terra), numa profundidade aproximada de 1 km na litosfera, até cerca de 15 km na atmosfera.
Compostagem - Processo de reciclagem da matéria orgânica formando um composto, que propicia um destino útil para os resíduos orgânicos, evitando sua acumulação em aterros e melhorando a estrutura dos solos.
Condensado C - Composto originário da água evaporada do licor negro nos estágios da evaporação, adicionado ao condensado gerado na coluna de metanol. Apresenta maior presença de compostos orgânicos com resíduos de enxofre e metanol.
Coque - Combustível derivado do carvão mineral que contém betume.
Ecoeficiência - Fornecimento de bens (ou serviços) a preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida, com a redução progressiva do impacto ambiental e do consumo de recursos na fabricação, transporte e comercialização desses bens (ou serviços).
Efluente - Resíduos fluidos (líquidos e gasosos) descartados no meio ambiente.
Emissões - Lançamento, na atmosfera, de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa.
EBITDA - Do inglês, “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortiza-ção”. Termo utilizado na análise de balanços de contabilidade de empresas de capital aberto.
ECP - Escória de alto-forno ativada com cimento.
Fomento florestal - Atividade incentivada de produção de madeira em pro-priedades rurais para abastecer a indústria florestal (fábricas de celulose, serrarias, siderúrgicas etc.).
Governança corporativa - Sistema pelo qual as organizações são dirigi-das, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre pro-prietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle.
Relatório de Sustentabilidade 2009 - 10 pontosGlossário
Hectare (ha) - Unidade de medida de área (um hectare corresponde a 10.000 m2, o que equivale a aproximadamente a área de um campo de futebol).
Incremento Corrente Anual (ICA) - Refere-se ao crescimento do volume de madeira em um ano.
Incineração - Processo de queima de gases ou resíduos sólidos em que, muitas vezes, há o reaproveitamento do calor residual para outros fins.
Joint-venture - Empreendimento conjunto entre empresas.
Lodo ativado - É uma tecnologia de tratamento de efluentes que tem por objetivo a remoção de carga orgânica do efluente bruto, qualificando o mesmo para lançamento no corpo receptor.
Queimadores dry low NOx ou low NOx - São equipamentos especiais de combustão que geram baixa emissão de NOx.
Manejo florestal - Administração da floresta para a obtenção de benefí-cios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema.
Microbacia hidrográfica - Pequena bacia hidrográfica responsável essen-cialmente pela formação de córregos, riachos, ribeirões ou sangas, con-forme denominações populares.
NOx - Óxidos nitrosos.
Óleos 1A, 3A e 7A - Óleos combustíveis ultraviscosos, com até 5% de enxofre em sua composição. Variam em viscosidade.
Óleo LSC - Óleo utilizado em sistemas de lubrificação.
Organização não governamental (ONG) - É uma associação da sociedade civil, de finalidades públicas e sem fins lucrativos.
Reserva Legal (RL) - Área localizada em propriedade rural, excetuando-se as de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos re-cursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. Toda propriedade deve ter um mínimo de 20% de sua área total como reserva legal.
Resíduos - Materiais nos estados sólido e semissólido, resultantes de ativi-dades da comunidade, da indústria, doméstica, hospitalar, comercial, agrí-cola, de serviços e de varrição de ruas. Inclui, ainda, determinados líquidos cujas particularidades tornam inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos de água.
SO2 - Dióxido de enxofre.
SOx - Óxidos de enxofre.
Stakeholders (ou partes interessadas) - Público da empresa que afeta e/ou é afetado por suas atividades.
Sustentabilidade - Conceito surgido na década de 1980, com a expressão “desenvolvimento sustentável”, que significa ser capaz de satisfazer às próprias necessidades sem reduzir as oportunidades das gerações futuras (Relatório Brundtland, 1987). A sustentabilidade é formada por três pilares: ambiental, social e econômico. Isso significa que, para que uma atividade seja sustentável, ela deve promover crescimento econômico e, ao mesmo tempo, respeitar o meio ambiente e satisfazer as necessidades e aspirações humanas.
tCO2eq - Medida de conversão e padronização dos gases de efeito estufa (GEEs) em dióxido de carbono (CO2), considerando o potencial de amplia-ção do efeito estufa que cada GEE apresenta. Desse modo, chega-se a um único elemento causador de efeito estufa para se medir o dano que a ativi-dade pode causar à temperatura na atmosfera terrestre.
tCO2eq /t Cel - Toneladas de dióxido de carbono equivalente por tonelada de celulose.
TRS - Do inglês, “total de enxofre reduzido”. Série de compostos de enxofre gerados nos processo de produção de celulose e que, sob certas condições de processo, localização da indústria e condições meteorológicas, causa odor característico.
www.fibria.com.br/rs2009