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RELATRIO TCNICOUniversidade Estadual de Feira de Santana
CONVNIO: 010105.00/2004/PPBIOPerodo: Maio/2005 Maro/2006
Abril de 2006
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Introduo
Este relatrio apresenta um resumo das atividades realizadas durante o
primeiro ano do PPBio do Semi-rido. Como previsto no Plano de Trabalho e
conforme os objetivos gerais do PPBio, foram realizados diagnsticos sobre os
acervos biolgicos do Nordeste e os inventrios no Semi-rido, iniciados
levantamentos em seis reas de Extrema Importncia Biolgica da Caatinga
Senhor do Bonfim (BA), Raso da Catarina (BA), Dunas do So Francisco (BA),
Buque (PE), Serid (PB) e Serra das Confuses (PI) e iniciadas a
informatizao e a integrao dos dados biolgicos. Alm dessas atividades esto
em andamento 12 estudos em biodiversidade relacionados a quatro projetos
temticos.
Inicialmente, apresentada uma viso geral sobre a estruturao da
coordenao. Em seguida, so expostos, de maneira sinttica, os levantamentos
biolgicos realizados no Semi-rido, incluindo os inventrios nas reas
selecionadas pelo PPBio, a situao dos acervos biolgicos do Nordeste e a
informatizao dessas colees. Esses tpicos esto divididos por grupo de
organismos: 1) Plantas, 2) Fungos & Microorganismos, 3) Invertebrados e 4)
Vertebrados, cada qual subdividido em inventrios e colees. Na terceira parte,
apresentado um panorama dos estudos desenvolvidos nos quatro projetostemticos: 1) Filogenia e Variabilidade Gentica, 2) Fitoqumica, 3) Bioprospeco
de Microorganismos e 4) Biologia Reprodutiva. O relatrio concludo com a
sntese das atividades realizadas e uma breve apreciao sobre os progressos e
as perspectivas do PPBio do Semi-rido.
1. Estrutura da CoordenaoO PPBio do Semi-rido foi implementado em dezembro de 2004. A primeira
parte dos recursos foi liberada no final de abril de 2005 e as atividades iniciadas
em maio, com uma reunio geral da coordenao da UEFS (Ncleo Co-executor).
Houve uma dificuldade para que as coordenaes na UEFS interagissem de
maneira efetiva com as coordenaes nas demais instituies. Essa falta de
comunicao apesar de detectada logo, no foi simples de ser resolvida,
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prejudicou a consolidao das redes de inventrios e colees e levou
modificao da Estrutura da Coordenao e substituio de alguns
coordenadores.
Inicialmente, foi sugerido que a Dra Ktia Porto (UFPE) fosse uma das
coordenadoras do PPBio do Semi-rido e responsvel pela organizao das
atividades no ncleo de Pernambuco. Ela no mostrou interesse e, em setembro,
foi substituda pela Dr. Adriana Y. Melo (UFPE). Apesar de insistentes tentativas,
dois outros coordenadores nunca responderam pelo PPBio do Semi-rido e foram
recentemente substitudos. Um deles foi o Dr. Antnio Creo (UFPB), indicado
para coordenao de colees de invertebrados e substitudo pelo Dr. Fernando
Zanella (UFCG), e o outro foi o Dr. Ricardo Rosa (UFPB), indicado para a
coordenao de inventrio de vertebrados e substitudo pelo Dr. Robson T.C.Ramos (UFPB).
Em dezembro de 2005, o coordenador adjunto do PPBio no MCT visitou a
coordenao da UEFS e orientou o andamento do projeto, preparando a
participao da equipe na COP-8 e organizando uma reunio geral da
coordenao do PPBio no MCT. Em fevereiro de 2006, houve a primeira reunio
geral do PPBio do Semi-rido, em Braslia. Ela contou com a participao de um
coordenador do ncleo do Piau (Dr. Roseli, UFPI), um representante do ncleo de
Pernambuco (Dr. Ana Luza, IPA), uma coordenadora (dos cinco coordenadores)
do ncleo da Paraba (Dr. Maria Regina, UFPB) e 8 (dos 10) coordenadores do
ncleo da Bahia (Dr. Alexandre Clistenes, Dra Flora, Dr. Freddy, Dra Anglica, Dr.
Luciano, Dr. Luis, Dra Ana Paula e Dr. Flvio).
Foram realizadas tambm reunies especficas para integrao das
equipes responsveis pelos componentes e grupos de organismos. Em dezembro
de 2005, foi realizada a primeira dessas reunies, em Recife. Coordenada pelo Dr.
Luis (UEFS), ela estabeleceu os protocolos gerais para a coleta de fungos. Uma
reunio em Feira de Santana, coordenada pelo Dr. Flvio Frana (UEFS),
aconteceu em fevereiro de 2006 e estabeleceu os protocolos de inventrios de
plantas. Em maro, os curadores das colees de microorganismos do Nordeste
se reuniram em Recife e estabeleceram metas e estratgias para a
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disponibilizao de suas informaes online, objetivos articulados em acordo com
o projeto Rede de Colees de Microorganismos do Norte e Nordeste do Brasil
(RENNEBRA, CNPq). Outras duas reunies, uma em Feira de Santana,
coordenada pelo Dr. Freddy (UEFS), e outra em Joo Pessoa, coordenada pelo
Dr. Alexandre (UEFS), esto acontecendo em abril para definirem os protocolos
para inventrios e colees de invertebrados e vertebrados, respectivamente.
Com essas reunies, as redes de inventrios e colees do PPBio deram
um grande avano para sua consolidao. A dificuldade para a estruturao da
rede e definio de protocolos e a falta de recursos para a rubrica de material
permanente, apesar de terem limitado a execuo do plano de trabalho, no
impediram que os trabalhos fossem iniciados e os resultados j so detectados.
2. Grupos de Organismos2.1. Plantas2.1.a. InventriosCoordenao:Flvio Frana (UEFS) & Rosli Faria Melo de Barros (UFPI)
Desde 1986, foram publicados 26 levantamentos florsticos em regies do
Semi-rido (as dissertaes e teses no foram includas de maneira sistemtica).
A maioria desses levantamentos esto localizados na Chapada Diamantina (8) enas Depresses Sertanejas Meridional e Setentrional (6, cada), principalmente nos
Estados da Bahia (14) e Pernambuco (6). reas pouco amostradas do Bioma das
Caatingas, como as Dunas do So Francisco, o Raso da Catarina e a Serra das
Confuses, cada qual com um nico estudo apenas, esto atualmente sendo
inventariadas pelo PPBio.
Foram realizadas 24 expedies para a coleta de plantas pelo PPBio do
Semi-rido (Tabela 1, Fig. 1A). Foram realizadas tambm duas expedies foradas reas selecionadas pelo PPBio, uma para a regio da Serra do Ramalho
(setembro de 2005) e outra para o Norte de Minas (janeiro de 2006) (Tabela 1).
Ambas so alternativas em potencial para a seleo de novas reas para
inventrios pelo PPBio na Bahia.
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Tabela 1. Calendrio de expedies para a coleta de plantas entre junho de 2005 e meados deabril de 2006, incluindo localidade e instituies responsveis pelas viagens.PLANTAS junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro maro abril Bonfim UEFS 2 UEFS UEFS UEFS UEFS
Raso UEFS UEFS UEFS CEPEC
Dunas UEFS UEFS UEFS UEFS
Buque IPA IPA IPA
Serid UFPB UFPB2UFPB
Confuses UFPI UFPI UFPI
OUTRAS UEFS UEFS
At o momento, foram incorporadas cerca de 2.000 exsicatas (incluindo
aproximadamente 150 fungos) do PPBio no herbrio HUEFS provenientes da
Bahia, aumentando a coleo em cerca de 2%: 1.265 colees da regio de
Senhor do Bonfim, 350 do Raso da Catarina e 290 das Dunas do So Francisco.
Foram 351 colees provenientes da regio de Buque, Pernambuco, e 285colees da Serra das Confuses, Piau, todas j incorporadas ao banco de dados
do IPA e do TEPB, respectivamente. Os dados para o Serid, Paraba, esto
incompletos, apenas as 22 coletas realizadas em setembro de 2005 (Fig. 2).
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Bonfim Raso Dunas Buque Serid Confuses
Fig. 1a. Quantidades de expedies paracoleta de plantas em cada rea do PPBioentre junho de 2005 e meados de abril de2006.
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200
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Bonfim Raso Dunas Confuses Buque Serid
Fig. 2.Quantidades de espcimes de plantascoletados (dados incompletos) em cada reado PPBio entre junho de 2005 e meados deabril de 2006.
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2.1.b. ColeesCoordenao: Luciano Paganucci de Queiroz (UEFS) & Maria Regina de
Vasconcellos Barbosa (UFPB)
As colees botnicas do Nordeste integram os acervos de 30 herbrios.
Juntos, eles renem pouco mais de 820 mil espcimes de todos os grandes
grupos de plantas (brifitas, pteridfitas e fanergamas), algas e fungos. Cerca de
80% dos espcimes depositados nesses herbrios (aproximadamente 660 mil
espcimes) encontram-se em apenas nove herbrios, destacando-se os herbrios
HUEFS e CEPEC, com mais de 100.000 exsicatas cada, completamente
informatizados, o ALCB, o HRB, o IPA e o URM (principalmente fungos), com mais
de 50.000 espcimes cada (Tabela 2). O PPBio tem atuado em consonncia como Projeto de Colees (CNPq CT Biotecnologia) coordenado pela Dr. Maria
Regina. At o momento, trs pessoas (Silvia Karla Almeida dos Santos,
Alexsandro de Matos Souza Gada e Adriana Reis de Jesus) foram contratadas
para corrigir os dados informatizados da coleo geral do HUEFS e organizar e
incluir o material de fungos macroscpicos daquele herbrio. Outros herbrios
esto iniciando a informatizao como auxlio de pessoas contratadas pelo PPBio.
Esse o caso do herbrio TEPB, que conta com dois estudantes (Elisangela
Ftima da Silva e Rubens Mendes Cordeiro), e do ALCB, que conta com mais dois
estudantes (Eliomar da Cruz Menezes e Mrcio Lima de Lima). Alm disso, est
sendo financiada a participao de um representante do Nordeste no curso de
BRAHAMS que ser ministrado em Manaus, em abril.Tabela 2.Lista dos herbrios do Nordeste.Sigla Estado Cidade Instituio Coleo(n. exsicatas)
MAC AL Macei Instituto do Meio AdbMA 27.000
MUFAL AL Macei Universidade Federal de Alagoas 2.600
CEPEC BA Itabuna Centro de Pesquisas do Cacau 106.0 00
ALCB BA Salvador Universidade Federal da Bahia 81.000
HRB BA Salvador Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica 55.000
HUEFS BA Feira de Santana Universidade Estadual de Feira de Santana 103.0 00
BAH BA Salvador Empresa Baiana de Pesquisa Agropecuria 13.000
HUNEB BA Alagoinhas Universidade do Estado da Bahia 7.700
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HUESB BA Jequi Universidade Estadual do Sudoeste 2.500
HUESC BA Ilhus Universidade Estadual de Santa Cruz 14.00 0
EAC CE Fortaleza Universidade Federal do Cear 35.00 0
URCA CE Crato Universidade Regional do Cariri 3.700
UVA CE Sobral Universidade Estadual Vale do Acara 4.700
SLS MA So Lus Universidade Federal do Maranho / Farmcia ?
UFMA MA So Lus Universidade Federal do Maranho / Botnica 20.00 0
JPB PB Joo Pessoa Universidade Federal da Paraba / Joo Pessoa 35.00 0
EAN PB Areia Universidade Federal da Paraba / Areia 9.500
URM PE Recife Universidade Federal de Pernambuco 78.70 0
IPA PE Recife Instituto de Pesquisa Agropecuria 70.000
PEUFR PE Recife Universidade Federal Rural de Pernambuco 48.00 0
UFP PE Recife Universidade Federal de Pernambuco 48.50 0
HST PE Recife Universidade Federal Rural de Pernambuco 13.00 0
HUCPE PE Recife Universidade Catlica de Pernambuco 3,00HTSA PE Petrolina Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecurias ?
TEPB PI Teresina Universidade Federal do Piau 21.00 0
HAF PI Teresina Universidade Estadual do Piau 3.100
HUNP RN Natal ?
UFRN RN Natal Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2.800
MOSS RN Mossor Escola Superior de Agricultura de Mossor 7.600
ASE SE Aracaj Universidade Federal de Sergipe 7.000
O PPBio tem apoiado tambm a visita de estudantes a herbrios dereferncia no Sul e Sudeste (Paula Dib de Carvalho, Janaina Gelma Alves do
Nascimento, Elnatan Bezerra de Souza e Simone Fiza Conceio, em outubro de
2005), ao herbrio IPA (Maria Jos Gomes de Andrade, janeiro de 2006) e ao
herbrio de UB (Paula Dib de Carvalho, maro de 2006).
2.2. Fungos Microorganismos2.2.a. InventriosCoordenao:Luis Fernando Pascholati Gusmo (UEFS) & Adriana Yano Melo
(UFPE)
Baseado em bibliografia e dados de herbrios, foram apontados 951
registros de fungos no Semi-rido, a maior parte das coletas em Pernambuco,
seguido de perto pela Bahia (Fig. 3). No PPBio, foram realizadas 12 expedies
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para a coleta de fungos ou com participantes responsveis por colet-los (Tabela
3). As amostras de cada expedio so ento distribudas entre as instituies
participantes. A UFPE recebe fungos micorrzicos, Zygomycota, fungos do solo,
Myxomycota, fungos zoospricos, Basidiomycota (Aphyllophorales, Agaricales), a
UFPI fungos zoospricos, a UFRN Basidiomycota (Gasteromycetes) e a UEFS
fungos do folhedo e Basidiomycota.Tabela 3.Calendrio de expedies para a coleta de fungos entre junho de 2005 e maro de 2006,incluindo localidade e instituies responsveis pelas viagens.
FUNGOS junho julho agosto setembro outubro Novembro dezembro janeiro fevereiro MaroBonfim UEFS UEFS UEFSRaso UEFS UEFSDunas UEFS UEFSBuque UFPE UFPESerid UFRN UFRNConfuses UFPI
At o momento, foram verificados 152 espcimes de fungos nas reas do
PPBio: 58 espcimes em Senhor do Bonfim, 26 no Raso da Catarina, oito nas
Dunas do So Francisco, 49 em Buque e 11 no Serid (Fig. 4). Dessas amostras,
14 espcies so ocorrncias novas para o Brasil, outras esto sendo
referenciadas pela primeira vez para o Semi-rido, e vrias esto tendo sua rea
de distribuio ampliada, como as espcies de fungos zoospricos, que
representam novas citaes para Pernambuco, por exemplo. Como resultado
desses inventrios, esto sendo publicados trs artigos. Um deles, submetido
Mycotaxon (EUA), porpe duas novas espcies de Brachydesmiella (B.
brasiliensis e B. obclavata), alm de duas novas combinaes no gnero
Repetophrgama. Este trabalho foi desenvolvido em colaborao com o
pesquisador Dr. Rafael Felipe Castaeda Ruiz, do Instituto de Investigaciones
Fundamentales en Agricultura Tropical Alejandro de Humbold (INIFAT), Cuba,
que visitou a coleo da UEFS com apoio do PPBio. Um artigo aceito pela revistaMycologia descreve uma nova espcies de Beltrania e o terceiro, submetido
Acta Botanica Brasilica, aponta um registro notvel de fungo xerfilo (Battarrea
stevenii) Persoon para o Brasil.
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Fig. 3.Nmero de registros de fungos porEstado do Nordeste.
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Bonfim Raso Dunas Buque Serid
Fig. 4.Quantidades de espcimes de fungosverificados nas reas do PPBio entre junho de2005 e meados de abril de 2006.
2.2.b. ColeesCoordenao: Ana Paula Trovatti Uetanabaro (UEFS) & Leonor Costa Maia
(UFPE)
As colees de fungos so tradicionalmente divididas em fungos
macroscpicos, incorporados aos herbrios (nesse relatrio, tratado na coleo de
plantas, acima), e fungos microscpios, incorporados s Colees de Cultura de
Microorganismos (CCMs, tratadas neste tpico).
Foram localizadas sete CCMs no Nordestes, trs na Bahia, trs em
Pernambuco e uma no Piau. Dessas, destacam-se as colees de Pernambuco
URM, com 6.000 amostras de leveduras e fungos filamentosos, e DAUFPE, com4.500 amostras de bactrias e actinomicetos. Apenas duas CCMs do Nordeste
encontram-se completamente informatizadas: UNICAP, com 619 amostras entre
bactrias, leveduras e fungos filamentosos, e CCMB-UEFS, com 290. A
informatizao da CCMB foi concluda pela estudante Carla Santos Ribeiro e a
informatizao da coleo da UFPE est sendo iniciada com o apoio de dois
estagirios, Hebert L.N. Pinheiro e Marcela Clementino Araujo, os trs contratados
pelo PPBio.
Pernanbuco Bahia Piau Paraba Cear Alagoas Rio Grande
do Norte
Minas
Gerais
Sergipe
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Tabela 4.Lista das Colees de Cultura de Microorganismos do Nordeste.Curador /Pesquisador / nome daColeo / Instituio
Credenciadacomo FielDepositriano MMA
Acervo (nmero deacessos) / grupo demicrorganismos
Tipo de preservaoutilizada
Informatizada
1) Aldo Trindade / Coleo de Fungos
Micorrzicos Arbusculares /EMBRAPA / BA
NO 40 / fungos
micorrzicosarbusculares
Secagem em solo
estril
0%
2) Ana Paula Trovatti Uetanabaro /Coleo de Culturas deMicrorganismos da Bahia / UEFS / BA
SIM 290 / bactrias,leveduras e fungosfilamentosos
Congelamento (-80C), gua destilada(mtodo de Catellani),leo mineral
100%
3) Cristina Souza Motta / MicotecaURM / UFPE / PE
NO 6.000 / leveduras efungos filamentosos
Liofilizao, guadestilada (mtodo deCatellani), leomineral
0%
4) Galba Takaki / Coleo daUniversidade Catlica de Pernambuco
/ UNICAP / PE
NO 619 / bactrias,leveduras e fungosfilamentosos
Liofilizao, leomineral
100%
5) Hermes Peixoto / Coleo deFungos Fitopatgenos / EMBRAPA /BA
NO 280 / Fungosfilamentososfitopatgenos
Em gua destilada(Mtodo de Castellani)
0%
6) Janete Magali / Coleo deMicrorganismos do Departamento deAntibiticos (DAUFPE) / UFPE / PE
NO 4.500 / bactrias eactinomicetos Liofilizao, leomineral 0%
7) Jos Ribamar / Coleo de FungosZoospricos / UFPI / PI
NO 100 / fungoszoospricos
Em meio de cultura(sob refrigerao etemperaturaambiente)desidratadas(estruturas deresistncia deAllomycesspp.)substratos orgnicos
0%
2.3. Invertebrados (Insetos)2.3.a. InventriosCoordenao:Cndida Maria Lima Aguiar (UEFS) & Celso Martins (UFPB)
Foram realizados aproximadamente 40 levantamentos de insetos no Semi-
rido da Bahia. So 17 inventrios de abelhas (cobrindo principalmente reas de
caatinga, como Canudos e Casa Nova, e de campos rupestres, cerrados e matas,
principalmente da Chapada Diamantina), 11 de besouros (principalmente na
Chapada Diamantina), oito de vespas (principalmente na Chapada Diamantina,mas tambm em Itatim e Cruz das Almas) e trs de formigas (Itatim, Feira de
Santana e Cruz das Almas). O levantamento dos inventrios de insetos no Semi-
rido dos demais Estados foi realizado pela estagiria Fbia Gergia Santos de
Andrade, contratada pelo PPBio e sob orientao do Dr. Clemens (UFPE). Ela
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listou apenas 18 estudos publicados sobre insetos nesses Estados, a grande
maioria com temtica ecolgica. Apenas oito podem ser considerados
levantamentos de insetos do Semi-rido: trs de Sphingidae (Lepidoptera), dois de
abelhas, dois de besouros e um de formigas. Em conjunto, esses trabalhos
apontam aproximadamente 240 espcies de insetos, muitos ainda no
identificados at o nvel de espcie. Se compararmos esse nmero de insetos com
o obtido no levantamento de vertebrados (mais de 1.200, veja abaixo),
entendemos quo pouco conhecido da diversidade da entomofauna do Semi-
rido brasileiro.
Foram realizadas 14 expedies para a coleta de insetos pelo PPBio do
Semi-rido (Tabela 5). Esses inventrios procuraram coletar as vrias ordens de
insetos, fazendo uso de vrias estratgias de captura: armadilhas luminosas,redes entomolgicas, malaise, armadilhas com essncias para abelhas Euglossini,
com iscas para borboletas e com iscas de solo.Tabela 5. Calendrio de expedies para a coleta de invertebrados entre junho de 2005 e marode 2006, incluindo localidade e instituies responsveis pelas viagens.
INVERT junho julho agosto Setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro maroBonfim UEFS UEFS UEFSRaso UEFS UEFS UEFSDunas UEFS UEFS UEFSBuque UFPE UFPESerid UFPB UFPBConfuses UFPI
As primeiras expedies em regies da Bahia (Senhor do Bonfim e Raso da
Catarina) coletaram mais de 3.000 espcimes de insetos representando entre 10 e
15 ordens em cada regio respectivamente, enquanto a primeira coleta em Buque
totalizou 416 insetos representando as principais ordens (Coleoptera, Lepidoptera
e Hymenoptera). So estimados cerca de 35.000 espcimes de insetos coletados
apenas nas trs reas da Bahia, representando 21 ordens, praticamente
duplicando a coleo do MUZUEFS.
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2.3.b. ColeesCoordenao:Freddy Bravo (UEFS) & Fernando Csar Vieira Zanella (UFCG)
Entre as 15 maiores colees entomolgicas do Brasil, nenhuma est
localizada no Nordeste. Entretanto, a Regio possui 13 colees entomolgicas
importantes, oito das quais com mais de 15.000 amostras, destacando-se a
Coleo Entomolgica do Departamento de Sistemtica e Ecologia da UFPB, o
MZUEFS- diviso entomologia, a Coleo do Museu de Zoologia da UFBA e a
coleo da UFPE. Parte dessas colees encontra-se informatizadas, mas apenas
duas so cadastradas como fiel depositria no CGEN (UFPB e MUZUEFS)
(Tabela 6).Tabela 6.Lista das colees entomolgicas do Nordeste.Nome Coleo Instituio Estado Acervo Responsveis Credenciamento no CGENColeoEntomolgica doDepartamento deSistemtica eEcologia
UFPB Paraba 20.00 0 Celso F. Martins SIM
Coleo da UFPE UFPE Pernambuco 30.00 0 Clemens Schlindwein. NOColeo da UFPI UFPI Piau ----- Paulo Ramalho NOColeo da UFRN UFRN Rio Grande do
Norte------ Mrcio Zikan Cardoso NO
Coleo do Museude Zoologia daUFBA (inclu as doslaboratrios deabelhas)
UFBA Bahia 40.00 0 Luiz Augusto Mazzarolo NO
Coleo de insetosda Empresa baianade DesenvolvimentoAgrcola
EBDA Bahia 25.00 0 Marina S. Castro NO
FIOCRUZ FIOCRUZ Bahia 25.000(desativao)
talo Sherlock NO
CEPLAC CEPLAC Bahia 20.00 0 Jacques Delabie eoutros
NO
UESB UESB Bahia 2.300 ? NOUESC UESC Bahia 17.500 ? NOMZUEFS- divisoentomologia
UEFS Bahia 40.00 0 Freddy Bravo SIM
EMBRAPA EMBRAPA Bahia ?? --- NOAgronomia UF do
recncavoBahia ?? Carlos Alfredo e Oton
Meira MarquesNO
A freqncia de coletas (expedies mensais nos ltimos 10 meses, no
caso da equipe da UEFS) tem acumulado um volume gigantesco de amostras. A
equipe de entomologia da UEFS conta com oito pesquisadores, quatro tcnicos e
cinco estudantes de Iniciao Pesquisa. Ainda assim, mais quatro pessoas (Ana
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Paula Assuno Lago, Camila da Cruz Martins, Leila Mara Cruz Nascimento,
Rodrigo Marques Vieira) foram contratadas pelo PPBio para ajudar na triagem,
montagem e digitalizao do material inventariado e novas contrataes sero
necessrias. Do material coletado pelo PPBio, 4.000 esto montados e
etiquetados e 3.338 informatizados, representando mais de 1/3 do banco de dados
total do MZUEFS. Foi contratada tambm uma estagiria da UFPB (Marcella
Pereira Peixoto) para auxiliar na informatizao daquela coleo) Alm disso, o
PPBio tem apoiado a visita de pesquisadores do PPBio a acervos de referncia
(Priscila Lopes Paixo coleo entomlgica na UFLA, Rodrigo Marques Vieira ao
MUZUSP e Gilberto Marcos de Mendona Santos ao CEPLAC), bem como
convidando especialistas de outras instituies (Dr. Cludio Jos Barros de
Carvalho da UFPR, especialista em Muscidae Diptera, e Dr. Orlando TobiasSilveira, do Museu Goeldi, especialista em Vespidae Hymenoptera) para
auxiliarem na identificao das colees do semi-rido.
2.4. Vertebrados2.4.a. InventriosCoordenao:Alexandre Clistenes de Alcantra dos Santos (UEFS) & Robson
Ramos (UFPB)
A partir de levantamentos bibliogrficos e identificaes em acervos
biolgicos foi possvel listar 1.239 espcies de vertebrados para o Semi-rido
brasileiro. So 268 espcies de peixes (31 famlias), 97 de anfbios (07 famlias),
176 de rpteis (21 famlias), 545 de aves (59 famlias) e 153 de mamferos (29
famlias) (Flvia Maria Pires Lima, biloga/mestre contratada pelo PPBio, dados
no publicados). Com as coletas pelo PPBio esse nmero deve aumentar. At o
momento, foram realizadas 11 expedies para a coleta de vertebrados nas reas
do PPBio do Semi-rido (Tabela 7):Peixes. Foram realizadas duas viagens pela equipe de ictiologia da UEFS,
uma para as Dunas do So Francisco e outra para a regio de Senhor do Bonfim.
Foram coletadas cerca de 40 espcies com apenas cinco comuns s duas reas.
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Parte das identificaes foi realizada pela Dr. ngela Maria Zanata (UFBA),
taxonomista convidada pelo PPBio para auxiliar nesses estudos. Oito espcies
esto identificadas at o nvel de gnero e as identificaes de sete espcies
aguardam confirmao. Duas delas, coletadas em Senhor do Bonfim, devem
representar espcies novas.Anfbios. Foram realizadas trs viagens pelas equipes da UEFS em
colaborao com a UFBA, duas em Senhor do Bonfim e uma nas Dunas do So
Francisco. Juntas, essas viagens totalizaram 284 colees (77 em Senhor dos
Bonfim e 207 nas Dunas de So Francisco). Cerca de 1/3 das colees
corresponde a Bufos granulosus, mas foram identificados 14 espcies (11 em
Senhor do Bonfim e 8 nas Dunas do So Francisco) e 10 gneros no total, e
aproximadamente 50 colees no foram identificadas at o nvel de espcie. Aves.Foram realizadas duas viagens pela equipe de ornitlogos da UEFS,uma para a regio de Senhor do Bonfim e outra para as Dunas do So Francisco.
O levantamento da avifauna do Raso da Catarina no foi considerado prioritrio
neste momento, pois j existem levantamentos em reas dessa regio, os quais
produziram uma lista de 191 espcies, a grande maioria documentada
fotograficamente (Cerqueira-Lima et al. 2003). Foram reconhecidas 165 espcies
de aves nas duas reas visitadas pelo PPBio (141 em Senhor do Bonfim e 89 nas
Dunas do So Francisco), 65 delas ocorrendo nas duas reas.
Em janeiro de 2006, foi realizada uma expedio para Serra das Confuses
e em maro, foram realizadas viagens para a coleta de mamferos e rpteis na
regio do Serid e para a coleta de peixes nas regies do Serid e de Buque.
Essa ltima coletou 1.033 peixes representando 22 espcies. Alm disso, no
comeo de abril saiu uma expedio para a coleta de anfbios e peixes no Raso
da Catarina. Os resultados dessas viagens ainda esto sendo processados, mas
j contabilizam 270 espcimes coletados apenas pela equipe de herpetofauna da
UFPI.
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Tabela 7.Calendrio de expedies para a coleta de vertebrados entre julho de 2005 e meados deabril de 2006, incluindo localidade e instituies responsveis pela viagem.VERTEBR julho agosto Setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro maro AbrilBonfim AnfbiosUEFS AvesUEFS PeixesUEFS AnfbiosUEFSRaso
AnfbiosPeixesUEFS
Dunas PeixesUEFS AvesUEFS AnfbiosUFBABuque PeixesUFPB
SeridRpteisMamferosPeixesUFPB
ConfusesAvesRpteisMamferosUFPI
2.4.b. ColeesCoordenao:Flora Acua Junc (UEFS) & Alexandre R. Percequillo (UFPB)
Os acervos de vertebrados da regio Nordeste esto locados em
Universidades e nenhuma apresenta uma coleo que contempla todos os
grandes grupos de vertebrados. Aproximadamente 99.450 espcimes, cerca de
90% do material depositado no Nordeste, esto depositados em oito colees,
restritas a apenas quatro universidades: UFPB, UFBA, UFC e UEFS (Tabela 8), a
maior parcela representada por peixes e a menor por aves. Algumas dessas
colees esto parcialmente informatizadas e o PPBio tem apoiado ainformatizao das colees de vertebrados do MUZUEFS com a contratao de
duas pessoas responsveis pela colees de peixes (Michele da Silva Brito) e de
anfbios e rpteis (Alessandra Silva de Santana). Atualmente, o banco de dados
de peixes j conta com 1.521 registros, cerca de 20% dos lotes de toda coleo,
representando 70 famlias, a maioria de gua doce. A maior parte (85%) da
coleo de anfbios e rpteis j encontra-se informatizada e 80% da sonoteca, que
inclui mais de 200 sons representando cerca de 50 espcies de anuros, est com
os cantos digitalizados e cadastrados. A inteno apoiar a contratao de
digitalizadores para as demais colees do Nordeste, comeando por aquelas
locadas na UFPB e na UFBA.
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Tabela 8.Lista das principais colees de vertebrados do Nordeste.Seo Curador Coleo
UFPB
Ictiologia Ricardo S. Rosa 20.00 0 (6.000 lotes)
Herpetologia Alexandre R. Percequillo 6.100
Mastozoologia Alexandre R. Percequillo 5.500
UFBA
Ictiologia Marcelo F. Napolis 7.000
Herpetologia Marcelo F. Napolis 4.800 (1800 rpteis e 1800 anfbios)
Mastozoologia Marcelo F. Napolis 500? (385 Chiroptera)
UFC
Herpetologia Maria Borja-Nojosa 10.50 0 (6.000 rpteis e 4.500 anfbios)
UEFS-MUZUEFS
Ictiologia Paulo Roberto Lopes 50.00 0 (8.000 lotes)
Herpetologia Flora Acua Junc 5.100 (2.100 rpteis e 3.000 anfbios)
3. Projetos TemticosCoordenao:Aristteles Ges Neto (UEFS) & Anglica Maria Lucchese (UEFS)
Este componente inclui 12 projetos temticos em quatro temas gerais
bastante eclticos em termos de abordagem, metodologias e resultados
esperados. No cabe aqui apresentar um resumo detalhado dos doze projetos.
Seus andamentos esto em fases distintas e apresentam desafios intrnsecos a
cada um. Dois deles foram concludos, levando a defesa de duas dissertaes de
mestrado, uma delas gerando dois artigos, o primeiro publicado esse ano noAnnals of Botany. Outros dois projetos esto em fase de concluso, quatro
apresentaram problemas experimentais que esto sendo solucionados apenas
agora e os demais esto dentro do cronograma planejado.3.1. Filogenia molecular e variabilidade gentica de espcies vegetais doSemi-rido. Coordenadores especficos: Cssio van den Berg e AlessandraSelbach Schnadelbach.
Estudo 1 Diversidade aloenzimtica e morfomtrica em Melocactus glaucescensBuining e Brederoo e M. pauscispinus G. Heiman & R. Paul (Cactaceae)espcies
ameaadas de extino da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil.
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Responsvel: Sabrina Lambert (Mestrado do PPG Botnica, sob orientao do Dr.
Eduardo Leite Borba, defendida em fevereiro de 2006).
Estudos aloenzimticos e morfomtricos foram desenvolvidos em dez
populaes de Melocactus glaucescens e M. pauscispinus, M. concinnus, M.
ernestii e supostos hbridos coletados na Chapada Diamantina, Bahia. Os dados
levantados revelaram baixa variabilidade gentica, dficit de heterozigotos e
baixos nveis de diversidade morfolgica. A anlise morfomtrica revelou alta
variabilidade morfolgica para as espcies analisadas. Com relao
conservao de M. glaucescens, o baixo nmero de populaes associado ao
reduzido nmero de indivduos motivo suficiente para afirmarmos seu status de
espcie criticamente ameaada de extino, segundo a classificao propostapela IUCN (2001). Tal situao agravada pelo fato dessas populaes ocorrerem
sempre prximas a reas antropizadas ou a rodovias, tornam-nas ainda mais
susceptveis a extino.
Essa dissertao levou a publicao de trabalho no Annals of Botany e
outro trabalho, j foi enviado para revista internacional.
Estudo 2 Variabilidade gentica e morfolgica inter e intrapopulacional emSygonanthus mucugensis Giul. e S. curralensis Moldenke (Eriocaulaceae),
espcies ameaadas de extino da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil.
Responsvel: Ana Carina Pereira (Mestrado do PPG Botnica, sob orientao do
Dr. Eduardo Leite Borba, co-orientao Ana Maria Giulietti, defendida em fevereiro
de 2006).
Foi apresentado um estudo multipopulacional utilizando isozimas e anlise
morfomtrica multivariada, com espcies de Syngonanthus Ruhland
(Eriocaulaceae). Foram estudadas 24 populaes de seis localidades da Chapada
Diamantina, Bahia. O trabalho incluiu Syngonanthus mucugensis Giul. e o
complexo S. curralensis Moldenke, S. hatschbachii Moldenke e S. harleyi
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Moldenke e dois outros morfos, inicialmente designados como S.aff. harleyie S.
aff. curralensis.
As anlises para S. mucugensis revelaram uma elevada diferenciao
gentica e morfolgica entre as populaes de Mucug comparadas com as de
Rio de Contas e Catols, sendo proposta nova subespcie para as populaes
das duas ltimas localidades: S. mucugensis subsp.riocontensis. Desta forma, S.
mucugensis subsp. mucugensis, a mais importante sempre-viva utilizada
comercialmente, um txon micro-endmico, o que agrava o seu status de
conservao.
Para o complexo S. curralensis a variabilidade gentica e morfolgica foi
considerada baixa para as populaes de S. curralensis, sendo ainda menor em
S. hatschbachii, S. harleyi e S. aff. curralensis. Foram encontradas diferenasgenticas e morfolgicas entre as populaes de Morro do Chapu e as de Delfino
e Seabra, sendo propostas duas novas espcies: Syngonanthus seabrensis e S.
delfinensis.Os resultados obtidos bem como observaes em campo sustentam o
reconhecimento de S. hatschbachiieS. curralensiscomo dois txons distintos. Os
txons reconhecidos nesse trabalho so praticamente todos, endmicos restritos,
estando ameaados de extino.
O projeto aqui descrito ser apresentado durante o IX Congresso Latino-
americano de Botnica a ser realizado de 18-23 de junho de 2006, em Santo
Domingo (Repblica Dominicana). Tambm, j foram enviados dois trabalhos para
revistas internacionais.
Estudo 3 Variabilidade gentica de Cattleya elongata Barb. Rodr. Atravs demarcadores de RAPD.
Responsvel: Daiane T. Cruz (Mestranda, PPG Botnica, sob orientao de Dr.
Eduardo Borba e co-orientao de Alessandra S. Schnadelbach, em andamento).
Esse trabalho tem como objetivo determinar a variabilidade gentica de
Cattleya elongata utilizando marcadores genticos e morfolgicos. Esto sendo
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estudadas nove populaes da espcie, compreendendo toda a distribuio da
mesma, restrita a Chapada Diamantina, BA. A anlise morfomtrica consta de
uma lista de 27 caracteres florais que esto sendo examinados para os 180
indivduos estudados da espcie. A concluso do trabalho est prevista pra
fevereiro de 2007.
Estudo 4 Sistemtica e filogenia da famlia Eriocaulaceae com nfase emPaepalanthusMart. srieLeptocephaliRuhland.
Responsvel: Maria Jos Gomes de Andrade (Doutoranda, PPG Botnica, sob
orientao de Ana M. Giulietti e co-orientao de Cassio van den Berg, em
andamento).
O gnero Paepalanthus inclui mais de 580 espcies das quais mais de 400
no Brasil, dessas, 51 ocorrem no Nordeste. A srie Leptocephali inclui 33
espcies com distribuio da Amrica Central at Minas Gerais, com maior
concentrao da Amaznia at a Bahia. O objetivo principal desse trabalho
verificar a monofilia do grupo, utilizando marcadores moleculares especialmente
ITS. At o presente foram estudadas 47 espcies da famlia, incluindo 30 do
gnero Paepalanthus, sendo nove da srie Leptocephali.
Associado ao trabalho filogentico, est sendo elaborada a reviso
taxonmica do grupo e o estudo dos cromossomos. A concluso do trabalho est
prevista para setembro de 2006.
Estudo 5 Sistemtica e filogenia molecular do gnero Galeandra Lindl.(Orchidaceae).
Responsvel: Silvana H. Monteiro (Doutoranda, PPG Botnica, sob orientao de
Cssio van den Berg, em andamento).
Trabalho em andamento com Tese de Doutoramento sendo iniciada.
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3.2: Prospeco de compostos bioativos e genes de microrganismos(fungos e bactrias) do semi-rido brasileiro.Coordenador especfico: Aristteles Ges Neto.
Estudo 1 Prospeco de atividades antimicrobiana e enzimtica demicrorganismos isolados da regio semi-rida.
Responsvel: Dra. Ana Paula Trovatti Uetanabaro.
O trabalho visa isolar e avaliar a atividade antimicrobiana de
microrganismos endofticos e de solos da regio do semi-rido. O material
estudado para obteno de microrganismos enofticos constituiu-se de quatro
espcies de plantas pertencentes famlia Cactaceae:Tacinga palmadora (Britton& Rose) N.P. Taylor & Stuppy Tacinga inamoena (Karl Schumann) N.P. Taylor &
Stuppy Pilosocereus catingicola (Grke) Byles & G.Rowley Pilosocereus
tuberculatus (Werdermann) Byles & G.Rowley. At o momento, foi isolado o total
de 100 microrganismos, sendo 57 deles fungos filamentosos. Estes ltimos sero
utilizados para os testes de atividade antimicrobiana contra bactrias
reconhecidamente resistentes a antibiticos. Outros fungos ainda esto sendo
isolados.
Foram tambm isoladas leveduras de amostras de solo da cidade de
Mucug/BA. Para atividade de lipase e protease, foram testadas sete leveduras,
dentre as quais foram identificadas pelo sistema automatizado de identificao
VITEK (Biomeriux) como pertencentes s espcies Cryptococcus laurentii (1
amostra), Rhodotorula mucilaginosa (1 amostra), Pichia ohmeri (2 amostras),
sendo outras trs ainda no identificadas. At o presente momento, nenhuma das
leveduras apresentou atividade para as enzimas testadas. A ausncia de
resultados positivos pode ser explicada por diversos fatores: no secreo das
enzimas pelos isolados testados inadequao da metodologia de induo da
produo de enzimas ou inadequao da metodologia de deteco das enzimas
secretadas. Estas hipteses esto investigadas por meio de alteraes na meto
dologia de teste. Outros isolados de leveduras esto sendo processados e
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preparados para os testes de atividade enzimtica, sendo as amostras de solo
provenientes da Estao Ecolgica do Raso da Catarina, municpio de Paulo
Afonso e de Feira de Santana/BA.
Estudo2: Prospeco e diversidade de genes relacionados ao estresse salinoatravs do metagenoma do solo rizosfrico de plantas do semi-rido.
Responsvel: Dr. Milton Ricardo de Abreu Roque.
Foram obtidas 22 linhagens bacterianas, com crescimento em meio Kings
B (fluorescentes) e YPGA (biosurfactantes) que esto sendo triadas para a
verificao do crescimento em meio salino e indutor de biosurfactantes. Estas
linhagens foram selecionadas, aps enriquecimento e diluio seriada, a partis desolos rizosfericos de plantas (Actinocephalus spp, Syngonanthus mucugensis e S.
mucugensis giulleti(Eriocaulaceae).
Em outra coleta foram isoladas rizobactrias, relacionadas ao estresse
salino, obtidas aps a inoculao de fraes da diluio seriada em meio de
cultura mnimo suplementado com NaCl (0,5-2,0 M). As linhagens esto sendo
utilizadas para testes iniciais de expresso da enzima ACC deaminase e obteno
de DNA genmico para prospeco de genes relacionados ao estresse salino.
Para o metagenoma foram testadas e adaptadas 4 metodologias visando a
obteno de DNA total do solo, com determinao de protocolo para a obteno e
posterior purificao de fragmentos entre 10-20 kb.
3.3. Aspectos de biologia reprodutiva de animais do semi-rido brasileiro.Coordenador especfico: Dr. Alexandre Clistenes de Alcntara Santos.
Estudo 1. Aspectos reprodutivos de peixes do mdio curso do Rio Paraguau,Bahia.
Responsvel: Dr. Alexandre Clistenes de Alcntara Santos.
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Foram realizadas 02 expedies de coleta (dezembro de 2005 e maro de
2006) com durao de quatro dias, em cinco localidades no mdio curso do rio
Paraguau (Castro Alves, Rafael Jambeiro, Iau, Marcionlio Souza e Itaet).
Nestas coletas foram utilizados apetrechos de pesca variados: redes-de-espera,
tarrafa, picares, arrasto. Todos os pontos de coletas foram georeferenciados com
o auxlio de um aparelho GPS. Outros dados como tipo de vegetao, drenagem,
localizao do ponto de coleta no municpio, temperatura da gua e do ar e
transparncia, foram determinados utilizando-se uma ficha padro de coleta.
Os peixes coletados foram imediatamente colocados em bombonas com
uma soluo de formol diludo a 10%, garantindo uma boa fixao dos
exemplares. Nos exemplares maiores do que 15cm de comprimento padro foi
injetado formol na cavidade abdominal e na musculatura dorsal e lateral do corpo,logo aps a coleta. No laboratrio de Ictiologia da UEFS, os peixes coletados
foram lavados, triados e conservados em lcool 70% dentro de frascos de vidro, e
posteriormente sero tombados na coleo cientfica do Laboratrio.
Est sendo avaliada a importncia das espcies e definidas as mais
importantes na rea em estudo a partir do ndice Ponderal ou ndice de
Importncia Relativa. Aps esta definio ser iniciado o estudo da reproduo, a
partir da dissecao dos exemplares e da classificao quanto ao sexo e estdio
de maturao gonadal.
Estudo 2. Biologia de nidificao de abelhas e vespas sociais na ChapadaDiamantina.
Responsvel: Dra. Cndida Maria Lima Aguiar.
Foram realizadas 05 excurses Chapada Diamantina, com objetivo de
localizar ninhos de abelhas e de vespas para estudos de biologia reprodutiva, e de
coletar espcimes de abelhas para estudos de variabilidade populacional
(aproximadamente 100 indivduos das espcies alvo foram obtidos) e 05
excurses s reas de trabalho do PPBIO com objetivo de localizar ninhos de
vespas para estudos de biologia reprodutiva. Em Mucug foram instalados ninhos-
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armadilha em Mucug para obteno de ninhos de abelhas que nidificam em
cavidades, visando estudos de biologia reprodutiva (nfase em Centris tarsata).
Os ninhos-armadilhas (Mucug) foram inspecionados mensalmente dos e os
ninhos fundados removidos para o laboratrio (LENT/UEFS) para obteno dos
indivduos recm-emergidos a serem usados em estudos de variabilidade intra-
populacional. O protocolo de extrao de DNA foi padronizado para espcies de
Xylocopa e o protocolo de amplificao do gene citocromo oxidase I foi testado
para espcies de Xylocopa. As fmeas de Polybia sericeaprovenientes de ninhos
capturados em Senhor do Bonfim foram dissecadas para anlise do padro de
desenvolvimento ovariano.
Estudo 3. Reproduo das espcies de anuros em campos rupestres e matas degaleria no Parque Nacional da Chapada Diamantina.
Responsvel: Dra. Flora Acua Junc.
Atividades em andamento, na sua etapa inicial.
4.4: Determinao de composio qumica e atividade antimicrobiana deleos volteis extrados de plantas aromticas. Coordenadora especfica: Dra.Anglica Maria Lucchese.
Estudo 1.Caracterizao fitoqumica de alcalides de espcies de Orchidaceae.Responsvel: Dra. Anglica Maria Lucchese e Rodrigo Santos Damascena
Este projeto tem como objetivo identificar os alcalides presentes em
espcies de gneros brasileiros da subtribo Pleurothallidinae (Orchidaceae), com
nfase nas espcies Acianthera, Anathallis, Octomeria, Stelis, Specklynia,
Myoxanthuse Pleurothallisocorrentes no estado da Bahia.Foram investigadas 04espcies pertencentes aos gneros Acianthera e Pleurothallis, com extrao dos
alacalides pirrolizidnicos e anlise por cromatografia a gs acoplada a
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espectrometria de massas e cromatografia a gs com detector de ionizao de
chama. Os resultados obtidos at o momento no foram reprodutveis, estando em
investigao as variveis experimentais para determinao da causa deste erro.
Estudo2 : Composio qumica e atividade antimicrobiana de leos essenciaisextrados de espcies da famlia Labiatae.
Responsvel: Dra. Anglica Maria Lucchese
Este projeto visa estudar a composio qumica de leos essenciais, com
potencial antimicrobiano, extrados de no mnimo 10 espcies da famlia Labiatae.
At o momento foram extrados 36 leos essenciais de folhas, flores e/ ou caules
de 16 espcies da famlia Labiatae, pertencentes aos gneros Hyptis (08), Eriope(05), Hypenia (01), Raphiodon (01), Marsyphiantes (01) coletados no estado da
Bahia. A composio qumica destes leos foi determinada por cromatografia a
gs acoplada a espectrometria de massas e cromatografia a gs com detector de
ionizao de chama.
Dos leos extrados 10 (pertencentes aos gneros Hyptis) foram avaliados
quanto ao potencial antimicrobiano frente a Bacillus cereus, Escherichia coli,
Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Staphylococcus choleraesuise
Candida albicans. Os resultados mais promissores foram obtidos contra C.
albicans, com halos de inibio de at 3 x superiores ao antifngico de referncia
(nistatina). Dos 26 leos restantes, apenas 12 esto em avaliao antimicrobiana,
pois os demais 14 leos foram obtidos com rendimento muito baixos
impossibilitando o uso da tcnica de difuso em disco. Duas alternativas propostas
esto em andamento para a soluo deste problema: a utilizao do mtodo de
bioautografia na determinao da atividade antimicrobiana para os leos com
baixos rendimentos e a coleta do mesmo material vegetal para novas extraes.
Est tambm em andamento, no caso dos leos com resultados mais promissores
na atividade antimicrobiana, a determinao da concentrao inibitria mnima.
Os resultados obtidos at o momento foram apresentados no Simpsio
Brasileiro de leos Essenciais (01 resumo) e no Congresso de Microbiologia (01
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resumo), bem como aceito para apresentao na Reunio Anual da SBQ (01
resumo). Esto sendo encaminhados 02 artigos para publicao no Journal of
Chromatography e no Journal of Essential Oil Research.
4. Consideraes GeraisSeguindo as atividades propostas no Plano de Trabalho (includo no aditivo
e expandido at dezembro de 2007, Anexo I), foi realizado o levantamento dos
inventrios no Semi-rido (Atividade 1.A1). Identificou-se 26 inventrios de plantas
e 48 de insetos, 951 registros de fungos e 1.239 espcies de vertebrados no
Bioma.
Foram definidas seis reas para coletas, metodologia (Anexo II) e
cronograma de viagens (Atividade 1.A2). Os dados reunidos ainda so
insuficientes para definir um cronograma para as reas pouco amostradas
(Atividade 1.A3). Assim, com base nos critrios previamente adotados (Extrema
Importncia Biolgica), outras duas reas esto sendo selecionadas (Projeto
Complementar) para novos inventrios.
Devido a ausncia de recursos de capital no projeto, no houve aquisio
de material permanente e, portanto, melhoria significativa na infra-estrutura pararealizao de amostragens (Atividade 1.B1). Essa atividade ficou restrita a compra
de um bote para coleta de peixes, um decibilmetro para inventrio de anuros e um
computador com impressora para auxiliar na coordenao do projeto,
equipamentos adquiridos com parte dos recursos (R$ 6.025,00) concedidos pelo
CNPq (Projeto Universal, processo 478994/2004-4).
Os inventrios na Bahia tiveram incio em junho de 2005, com a primeira
viagem exploratria visitando as trs reas selecionadas pelo PPBio no Estado:
Senhor do Bonfim, Raso da Catarina e Dunas do So Francisco. A partir de ento
as coletas nessas reas tm sido sistemticas (Fig. 5): coletas mensais dos quatro
grupo de organismos e trimestrais em cada rea eventualmente combinando as
coletas de plantas e fungos. Por problemas na estruturao das coordenaes
(acima) e atrasos na obteno das licenas de coleta, os levantamentos nas reas
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O intercmbio entre especialistas e o apoio a formao de pessoal tm
incrmentado a identificao do material depositado nos acervos e uma lista
preliminar para as plantas do Semi-rido est sendo preparada (Atividade 1.C1).
Foi realizado o levantamento dos acervos biolgicos do Nordeste (Atividade
2.A1), o qual identificou 59 acervos (30 herbrios, 7 CCMs, 13 colees
entomolgicas e 9 principais colees de vertebrados). O intercmbio entre
especialistas tem colaborado para o levantamento geral das colees do Semi-
rido em acervos no Nordeste e fora dele (Atividades 1.A2 e 1.A3).
As colees esto sendo digitalizadas e corrigidas e tabelas de
correspondncias esto sendo formatadas para padronizao dos dados
biolgicos para disponibilizao online (Atividades 2.A4 e 2.A5). Esse processo
est sendo realizado em quatro herbrios (ALCB, HUEFS, JPB, TEPB), duasCCMs (da UEFS e da UFPE), duas colees entomolgica (MUZUEFS e UFPB) e
duas de vertebrados (de peixes e de anfbios & rpteis do MUZUEFS). Outras
colees sero includas nesse processo de informatizao. Alm de 17
estagirios contratados para organizar, corrigir e digitalizar os dados biolgicos,
foram contratados tambm quatro estagirios do Centro Referencial de
Informao de Sade (CRIS-UEFS, Erivelto Alves Moitinho, Jorge Augusto
Vasconcelos Lima, Paloma Sacramento Santos, Robrio Kilmann Almeida Filho),
que, sob a coordenao do Dr. Andr Barboni, esto preparando as tabelas de
correspondncia, os programas, estruturando as particularidades de cada coleo
e elaborando o layoutda pgina do PPBio do Semi-rido. Atravs dessa pgina, o
usurio poder acessar informaes sobre as colees, os participantes do PPBio
podero programar viagens, consultar informaes restritas, solicitar suprimento,
etc., e os curadores e responsveis pelas colees podero adicionar, corrigir e
atualizar dados, bem como gerenciar seus acervos, programando e registrando
permutas, doaes, emprstimos, etc., respeitando suas individualidades
(Atividade 2.B1).
A dificuldade na estruturao da coordenao atrasou a definio de
protocolos e polticas de dados, e por conseqncia o termo de adeso do PPBio.
Entretanto, reunies mais recentes deram conta de completar os termos de
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compromissos que estavam faltando (Atividade 2.B2). Atualmente, os 10
coordenadores do PPBio esto cientes de suas responsabilidades e esto
dispostos a coordenarem as atividades do PPBio conforme as metas
estabelecidas no programa.
O nmero de expedies realizadas na Bahia (Fig. 5 e 6 Tabela 5) e o
volume de material biolgico resultante dessas coletas j imenso, apontando a
necessidade eminente de expanso do herbrio HUEFS e dos acervos que
compem o MUZUEFS, onde est sendo depositado esse material. Mais uma vez,
devido a ausncia de recursos de capital no projeto, no houve aquisio de
material permanente e pouco foi feito em relao adequao da infra-estrutura
das colees (Atividade 2.C2).
Dois dos doze projetos temticos (Atividades 3A1-A4 ) j foram concludos,mais alguns sero concludos at o final desse semestre e outros projetos
temticos sero adicionados, ampliando a gama de abordagens desse
componente.
Alm das atividades planejadas, foi organizado um livro de divulgao dos
estudos em biodiversidade desenvolvidos no Semi-rido (Queiroz et al. 2006).
Publicado pelo MCT, esses livro conta com mais de 25 captulos abordando
projetos, colees biolgicas, grupos de organismos e ps-graduaes. Ele
acompanhado por um CD-ROM com as verses em ingls e portugus do
contedo do livro, alm de fotos, tabelas e listas no includas na verso impressa.
Esse material foi lanado e distribudo em maro, durante a COP-8, em Curitba,
e, juntamente com a exposio do poster e a distribuio de folders do PPBio do
Semi-rido deve ter contribudo para a divulgao do Programa em mbito
internacional.
Observando a evoluo da aplicao dos recursos financeiros do PPBio do
Semi-rido durante esse perodo (Fig. 7), facil notar um crescimento contnuo,
gradual em 2005, com um aumento brusco em 2006. Esse aumento foi causado
por trs fatores principais: a compra de material de consumo para projetos
temticos, a contratao de estagirios para atividades de colees e a
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participao efetiva das demais instituies, iniciando as atividades de coleta na
Serra das Confuses e no Serid.
Trs quartos dos recursos do PPBio foram utilizados no componente de
inventrios, principalmente em dirias, material de consumo e passagens areas.
Desses recursos, cerca de 90% foi utilizado para a realizao de expedies de
coleta e 10% (a maior parte, passagens areas) para reunies da coordenao
visando a definio de metas e estruturao da rede. Apenas 10% dos recursos
foi utilizado para o componente de coleo, mais da metade apenas para a
contratao de servios de terceiros para a informatizao dos acervos. Esse
processo, no entanto, teve incio apenas em dezembro de 2005. A porcentagem
aplicada nesse componente, no entanto, pode ser uma subestimativa do que
realmente foi investido nas colees. Isso porque boa parte do material adquiridocom recursos includos nos inventrios contribui diretamente para a manuteno
dos acervos. O valor utilizado pelos temticos corresponde a 15% do total, e mais
de 90% desses recursos foram utilizados na compra de material de consumo,
principalmente reagentes (Fig. 8 Anexo III).
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
IV V VI VII VIII IX X X I XII I II III
Fig. 7. Evoluo da aplicao geral derecursos financeiros no PPBio do Semi-rido
(R$) entre abril de 2005 e maro de 2006.
Inventrios
Coleo
Temticos
Fig. 8. Porcentagem da aplicao dosrecursos em cada componente do PPBioentre abril de 2005 e maro de 2006.
5. ConclusoEste relatrio demonstra que o ncleo executor do PPBio do Semi-rido
tem atuado intensamente na estruturao da rede e, paralelamente, nos
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inventrios, informatizao dos acervos e nos projetos temticos. O nmero de
participantes do programa tem aumentado e o envolvimento deles com o projeto
tambm. Isso pode ser verificado pelo aumento contnuo da aplicao dos
reursos. Os resultados comeam a aparecer. O projeto tem se disseminado na
comunidade cientfica e gradualmente conquistado reconhecimento e aceitao
dos pesquisadores. preciso agora consolidar o ncleo executor, melhorar a
infra-estrutura dos inventrios e das colees, ampliar a formao de pessoal
qualificado e disponibilizar os resultados das pesquisas em biodiversidade para
um pblico maior, fortalecendo a popularizao desse conhecimento.6. RefernciasCerqueira Lima, P., Santos, S.S. & Lima, R.C.F.R. 2003. Levantamento e
anilhamento da ornitofauna na Ptria da Arara-azul-de-Lear (Anadorhynchus
leari, Bonaparte, 1856): um complemento ao levantamento realizado por H.
Sick, L.P. Gonzaga e D.M. Teixeira, 1987. Atualidades Ornitolgicas 112.
11p.
Queiroz, L.P., Rapini, A. & Giulietti, A.M. 2006. Towards Greater Knowledge of the
Brazilian Semi-arid Biodiversity. Ministrio de Cincias e Tecnologia, Braslia,
DF.
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colees lquidas com material do
semi-rido
2 A3 Levantamento preliminar dos
espcimes provenientes do semi-
rido depositados em acervos fora
do Nordeste
Museus e
Herbrios e
colees
4 12/2005 07/2007 0
2 A4 Informatizao de 20% do total de
colees levantadas para o semi-rido e incio da disponibilizao
on line
Museus e
Herbrios ecolees
20-30 05/2005 07/2007 9
2 A5 Disponibilizao on line de
cerca de 50% do acervo de
animais, plantas e fungos
Museus e
Herbrios e
colees
3 01/2006 03/2007 02 B Estabelecimento de Protocolo2 B1 Estabelecimento de protocolos
padres para a incorporao,
manuteno e digitalizao das
colees do Nordeste
Museus e
Herbrios e
colees
20-30 07/2005 03/2006 10
2 B2 Definio e aceitao do termo de
adeso rede de colees do NE
Museus e
Herbrios ecolees
20-30 10/2005 03/2006 102 C Adequao das condies doacervo2 C2 Manuteno de colees Museus e
Herbrios e
colees
20-30 05/2005 11/2007 03 TEMTICOS3 A Caracterizao molecular emorfolgica da biodiversidadede espcies selecionadas3 A1 Filogenia molecular e
variabilidade gentica de espciesornamentais de famlias
selecionadas
estudos 5 05/2005 052007 2
3 A2 Quimiotaxonomia de famlias
aromticas do semi-rido
famlia 2 05/2005 05/2007 03 A3 Biologia reprodutiva de plantas,
animais e fungos visando a
sistemtica do grupo
estudos 3 05/2005 05/2007 03 A4 Sistemtica de fungos atravs de
dados morfolgicos, bioqumica e
atividade biolgica
estudos 5 05/2005 05/2007 0
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Anexo IIMetodologia de coletas
Em grades georreferenciada de 5 X 5 km, sero estabelecidas unidasamostrais de 1 X 1 km, ou pontos de coleta, seguindo o perfil desenhado pelo
PPBio da Amaznia. Os pontos de coleta sero selecionados de acordo com os
grupos de organismos inventariados e as coletas seguiro as respectivas
particularidades.AngiospermasAna Luza du Bucage (IPA)
Ftima Agra (UFPB)
Flvio Frana (UEFS)
Luciano Paganucci de Queiroz (UEFS)
Roseli de Barros (UFPI)
Ser realizada a coleta de material frtil, com flores e/ou frutos, nos pontos
de coleta. Cada material ter, sempre que possvel, pelo menos trs duplicatas,
uma a ser incorporada ao herbrio local, outra para ser enviada ao HUEFS,
herbrio referncia do PPBio do Semi-rido, e outra para ser enviada aoespecialista. O material dever ser fotografado e ter amostras desidratadas em
silica gel para incorporao ao banco de DNA do LAMOL-UEFS. Os pontos sero
amostrados na grade at a estabilidade da curva do coletor.Fungos
Adriana Mayumi Yano-Melo (UFPE, fungos micorrzicos arbusculares)
Aristteles Ges Neto (UEFS, gasterides)Iuri Goulard Baseia (UFRN, gasterides)
J. Ribamar S. Rocha (UFPI, zoosprico)
Laise de Holanda Cavalcanti (UFPE, Myxomycota)
Luis Fernando Pascholati Gusmo (UEFS, folhedo)
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Zoospricos. Remover cerca de 1 cm de solo superficial exposto insolao ou o folhedo. Cavar, recolhendo aproximadamente 200 gr de solo em
saco plstico. Amarrar o saco e identific-lo. No h necessidade de secar solo
mido, mas, se possvel, a temperatura do ar e do solo deve ser medida. Para a
anlise de solo (e.g. fertilidade) essas informaes devem ser enviadas
imediatamente. Devero ser realizadas cinco coletas em cada ponto de coleta.Folhedo. Misto: coletar cerca de 20 folhas mortas, pecolos, ramos (de
plantas diferentes) no ponto de coleta, inclusive em locais midos, como riachos.
Identificado: com a identificao da planta, pode-se coletar o folhedo que esta
prximo a ela. Pede-se o mesmo nmero de folhas, 20. Nos dois casos, deve-se
priorizar a coleta de folhas mais decompostas, retirando-se a primeira camada do
folhedo, e pegando as que estejam comidas por insetos, e em processo dedecomposio avanado. O material deve ser acondicionado em um saco de
papel identificado.Gasterides.Privilegiar a estao chuvosa. Coletar aleatriamente nos
pontos, devendo-se percorrer a unidade num transecto, procurando sempre
abranger reas ainda no visitadas. O material coletado consistir de basidiomas,
que neste grupo pode variar muito de tamanho, sendo que os menores podem
apresentar cerca de 5 mm dim., enquanto outros podero atingir mais de 10 cm.
As frutificaes geralmente ocorrem sobre o solo arenoso e prximo de algum tipo
de vegetao, gramneas ou at mesmo rvores. Tambm ocorrem com
freqncia na madeira ou folhas em decomposio, ou com menos freqncia
sobre excrementos de herbvoros. Fotografar antes de remov-los do substrato, e
em seguida retir-los manualmente ou com auxlio de faca. O substrato, quando
pequeno (at cerca de 10 cm) dever ser coletado juntamente com o basidioma.
Os espcimes devero ser acondicionados em sacos de papel ou caixas de
papelo individualmente para evitar a mistura de esporos. Os sacos devem ser
devidamente identificados quanto ao local, data, coletor, habitat (exposio aos
raios solares e natureza do substrato) e basidiomas (forma, consistncia, modo de
insero no substrato, colorao e dimenses).
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Micorrzicos arbusculares. Coletar aproximadamente 200 gr. de solo. recomendvel adicionar mais 100 g para o isolamento de outros grupos de fungos
(Zygomycetes e Deuteromycetes). Coletar trs amostras de solo por planta
(pontos equidistantes) at a profundidade de 20 cm, com auxlio de um trado na
projeo da copa do vegetal ou a 15 cm de raio do caule. As trs amostras de solo
por planta constituiro uma amostra composta e devero estar contidas em saco
plstico devidamente etiquetado: espcie vegetal (se possvel) ou alguma
informao que qualifique, porte da planta e local de coleta. Caso as amostras
estejam muito midas, os sacos devem ser deixados abertos a temperatura
ambiente, fechando-os quando for envi-los.Mixomycota. Estabelecer transectos de 50 m, separados por 245 m de
longitude com 4 m2 de poro circular (raio = 1,13 m) com 5 m de intervalos. As
coordenadas de cada ponto inicial do transecto sero definidas por GPS. Sero
explorados diferentes substratos no campo, como troncos mortos e a necromassa
terrestre e area, dando especial ateno s plantas suculentcolas (famlias
Agavaceae, Bromeliaceae, Cactaceae e Euphorbiaceae), crtex de rvores
arbustos e fezes de herbvoros, no caso de regies semi-ridas. Detectando-se a
presena de mixomicetos, recolhe-se a parte do substrato que apresenta
esporocarpos e acondiciona-os em caixas de tamanho apropriado ao da amostra,para um transporte seguro at o laboratrio. Para o cultivo em cmara-mida, no
entanto, pores representativas dos diferentes substratos, sero coletados e
acondicionados em sacos plsticos e em seguida sero transportados para o
laboratrio onde sero colocados em placas de Petri.
InvertebradosCndida Maria L. Aguiar (UEFS)
Celso Feitosa Martins (UFPB)
Clemens Schlidwein (UFPE)
Fernando C. V. Zanella (UFCG)
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Freddy R. Bravo Quijano (UEFS)
Luciana Iannuzzi (UFPE)
Paulo Roberto Ramalho Silva (UFPI)
Cada rea de coleta ser visitada por trs dias.Armadilha Malaise. Armadilha de interceptao de vo de insetos. Estas
armadilhas capturam vrias famlias, principalmente de Diptera, Hymenoptera e
Coleoptera. As armadilhas ficaro no ponto de coleta durante um ano, sendo
trocados os potes com lcool a cada semana. A cada ms, o material coletado
ser recolhido, o lote devidamente identificado, e enviado para triagem no
laboratrio.Armadilha luminosa tipo Luiz de Queiroz. Armadilhas para captura de
insetos vespertinos e noturnos com uma lmpada de luz branca de 12 V. Esta
armadilha captura insetos de vrias ordens, como Diptera, Coleoptera,
Hymenoptera, Psocoptera, Lepidoptera, Mecoptera, Trichoptera, Ephemeroptera,
etc. Elas sero montadas a 1 m de altura do solo, sempre na lua nova para
otimizar a coleta. Os pontos de coleta devero ser amostrados por uma armadilha
luminosa durante 3 dias. Os potes sero separados por ponto de coleta. Armadilha para captura de insetos de solo, pit fall, com isca. Sero
utilizada armadilhas iscadas para amostragem de insetos de solo, especialmente
de besouros e formigas que usam carcaas. Em cada ponto amostral deve ser
demarcado um transecto, ao longo do qual devem ser dispostas 16 armadilhas (8
de cada lado do transecto), distantes pelo menos 30 m uma da outra. Cada
armadilha dever ser composta de um balde plstico de 15 cm de abertura por 10
cm de profundidade, enterrado com a abertura ao nvel do solo, e ser colocada
em seu interior uma soluo de gua com detergente a 2%. Acima de cada
armadilha suspenso, atravs de uma armao metlica, um recipiente plsticocom cerca de 40 g de bao bovino apodrecido por 48 h em temperatura ambiente.
O conjunto armadilha e isca coberto com uma cobertura de borracha disposta a
cerca de 20 cm do solo para proteger o conjunto da chuva, preservando o poder
de atrao da isca. As armadilhas devem ser deixadas no campo por 48 h. Em
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cada rea de coleta, ao menos um ponto dever ser amostrado com esta
metodologia.Rede Entomolgica: mtodo tradicional para captura de insetos na
vegetao. Em cada ponto de coleta ser estabelecido um transecto de 2 Km com
50 m aos dois lados onde ser efetuada a coleta. As coletas comearo as 6:00h
at as 11:00 h e reiniciaram as 15:00 at as 18:00 h. Durante esse perodo o
coletor dever passar a rede entomolgica 5 vezes pela vegetao e todo o
material de coleta dever ser colocado em um saco de plstico no qual ser
inserido um chumao embebido em acetato de etila. Todo o material ser
identificado por perodo do dia, manh ou tarde.Coleta seletiva de Isoptera. O protocolo de levantamento de riqueza de
espcie cupins ser o mesmo descrito em SENA et al. (2003, Sociobiology 42(3):753-760). Esse protocolo constitudo por seis transectos de 65 X 2 m que devem
ser estabelecidos aleatoriamente dentro de cada rea, em pontos com ausncia
aparente de distrbios antrpicos. Ao longo de cada transecto so marcadas cinco
parcelas de 5 X 2 m com espaamento de 10 m uma da outra. O delineamento
experimental com seis transectos constitudos por parcelas espaadas umas das
outras tem por objetivo evitar pseudo-replicaes das colnias de cupins. O tempo
de coleta em cada parcela de 1 h/pessoa. Durante esse perodo, os cupins so
procurados nos mais variados microhabitats, como em ninhos, solo (at cerca de
15 cm de profundidade), em tneis, em troncos de rvores vivas, no interior ou sob
troncos e galhos mortos cados, no folhio, sob casca de rvores. A padronizao
da rea amostral e do tempo de coleta visa facilitar a comparao das faunas de
reas distintas e maior segurana na interpretao dos resultados. Os espcimes
coletados sero acondicionados em vidros com lcool 75% e devidamente
etiquetados.Coleta seletiva de Apoidea, Vespidae e outros visitantes florais. A
amostragem destes insetos ser realizada por coletas randomizadas (varredura)
por 10 min em cada patch florido ao longo de uma trilha de aproximadamente 2
km, que ser percorrida continuamente por coletor experiente. A captura ser
realizada com rede entomolgica. As coletas tero durao de trs dias
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consecutivos, entre 06:00 e 18:00h, e ocorrero em intervalos de trs meses. Em
paralelo, sero instaladas armadilhas contendo essncias para atrao de machos
de abelhas euglossneas (eugenol, eucaliptol, salicilato de metila, acetato de
benzila e betaionona). A armadilha ser inspecionada e o material ser recolhido
no final de cada dia.Coleta seletivas de Membracidae (Hemiptera). A amostragem destes
insetos ser realizada por coletas randomizadas (varredura) por 5 min em cada
grupo de vegetao ao longo de uma trilha de 3 Km durante 5 horas. Coleta seletiva de formigas. Em cada ponto de coleta sero retiradas 50
amostras de um metro quadrado de serrapilheira, utilizando-se uma peneira de
campo (extrao grosseira no campo) e o extrator de Winkler (minwinkler, no
laboratrio), a uma distncia mnima de 200 m (quando possvel) dos limites darea para evitar efeitos de borda. Para garantir a independncia das amostras, um
intervalo de 50 m respeitado entre amostras consecutivas. Outra srie de coletas
usar armadilhas pitfall distribudas de forma similar e em quantidade igual.
Adicionalmente, sero realizadas amostragens de espcies de formigas com
armadilhas iscadas. Estas amostragens tero periodicidade trimestral e sero
realizadas na mesma rea onde os extratores de Winkler sero instalados.Coleta seletivas Lepidoptera. O levantamento das borboletas ser
realizado atravs de captura utilizando-se dois mtodos. 1) Redes entomolgicas:
reas predeterminadas sero percorridas em busca dos insetos, de modo
aleatrio e principalmente em locais onde se encontram plantas em florao. As
borboletas sero capturadas utilizando-se pus, registrando-se as visitaes. 2)
Armadilhas: sero dispostas nas mesmas reas descritas acima, armadilhas
especficas para Lepidoptera. Estas consistem de um cilindro de tela fina, fechado
na extremidade superior, suspenso sobre uma plataforma de madeira, onde so
colocadas as iscas. As iscas utilizadas consistiro de frutas fermentadas,
principalmente banana, alm caldo de cana fermentado, colocados dentro de
pequenos pratos plsticos para manter a umidade.Coleta seletiva de Sphingidae (Lepidoptera). Os esfingdeos sero
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atrados por uma fonte de luz mista de vapor de mercrio de 160 watts e por uma
fonte de luz negra posicionadas contra um lenol branco estendido.Coleta seletiva de aranhas (Arthropoda, Aranae). Sero utilizadas (1)
Armadilhas de queda: empregadas na captura de animais de solo, de pequeno e
mdio porte. Estas armadilhas consistem de potes de plstico enterrados em fila a
intervalos regulares, ao nvel do solo, com lquido conservante. Cada pote recebe
uma cobertura para impedir a entrada da gua da chuva. (2) Coleta utilizando
Extrator de Winkler em 1 m2 de serrapilheira. (3) Coleta crptica: consiste da busca
manual de animais crpticos em troncos em processo de putrefao, sobre pedras.
Cada hora de coleta contnua, pelo mesmo coletor ser considerada uma amostra.
Ser obtida uma amostra diria por coletor. (4) Guarda-chuva entomolgico:
tcnica empregada na amostragem de animais arborcolas diurnos, em estratosflorestais e arbustivos de at 2 m alt. O instrumento consiste de um quadrado de
pano branco fixado pelos cantos em dois cabos cruzados, presos entre si no
centro. colocado sob os ramos das rvores e arbustos, os quais so agitados
com um basto, de forma que os animais caiam sobre o instrumento, onde so
facilmente capturados. Cada hora de coleta contnua, pelo mesmo coletor e hora
do dia, ser considerada uma amostra. Sero obtidas duas amostras dirias por
coletor. As aranhas sero fixadas em lcool a 70%.VertebradosAlexandre Clistenes (UEFS, peixes)
Alexandre Percequilo (UFPB, mamferos)
Flora Junca (UEFS, anfbios)
Robson Tamar (UFPB, peixes)Mamferos.Sero campanhas de 13 dias, potencializando 10 dias de
armadilhas abertas, amostando dois pontos de coleta por viagem, cada qual com
40pitfalls, 60 funiltraps, 100 shermans, 100 gaiolas. Para morcegos, sero
aplicadas seis redes de 12 metros por ponto.Aves.Sero observadas ao longo de trilhas especialmente pela manh e
ao anoitecer com esforo amostral medido por observador/hora/extenso. Sero
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realizadas coletas em dois pontos de coleta por viagem, cada qual com 10 redes
de 12 m.
Rpteis.Sero usados pitfalls e funiltraps como no caso dos mamferos.Anfbios.Alm do material que cair nos pitfalls, coletas ativas noturnas nos
ambientes aquticos, quatro noites - duas em cada unidade amostral com gua.
Tambm ser realizada coleta ativa de girinos nesses pontos, com o uso de redes.
O esforo ser medido por homem/hora/rea do corpo de gua. Sero gravados
anuros em vocalizao ativa, como ferramenta para identificao.
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Anexo IIIRelatrio financeiro simplificado por atividade
Componente Atividade Rubrica Valor (R$)Inventario 1.2 Dirias 3.328
Consumo 100Passagem 17.110,762.2 Dirias 93.331,91
Consumo 71.102,26PF 1.901,08PJ 29.047,92Passagem 550,68Contratos 6.342,40
3.1 PF 2.780Contratos 3.713,40Total 229.308
Componente Atividade Rubrica ValorColeo 1.1 Dirias 148,45
Passagem 274,551.2 Dirias 1.125,00
Consumo 200Passagem 3.196,52
1.3 Dirias 1.325Consumo 78,15Passagem 613,56
1.4 Contratos 19.605,06
2.1 Diarias 592Passagem 4.076,983.2 Consumo 3.313Total 31.351,75
Componente Atividade Rubrica Valor (R$)Tematicos 1.1 Diarias 1.000
Consumo 17.719,53Passagem 220,88PF 200
PJ 1.0001.2 Consumo 11.534,741.3 Diarias 200
Consumo 6.3511.4 Diarias 300
Consumo 5.578Total 44.104