BRASíLIA-DI.1.
SABADO, 26 DE MAIO DE 1990
República federativa do Brasil
DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I
ANO XLY -: N!'55
•DIÁRIO
'."CÂMARA DOS DEPutADOS
1 - ATA DA 63- SESSÃO DA 4- SESSÃO LEGISLATIVA DA .48- LEGISLATURA EM 25 DE MAIO DE 1990
, I - Abertura da Sessão
11 - Leitura.e assinatura da ata da sessõo anterior
m - Leitura' do Expediente
OFÍCIOS
N° 26/90 - Do Senhor Deputado ANT0NIO DE JESUS. solicitando a retirada do PL n~ 5.104/90.
N° 05/90 - Da Senhora Deputada BE·NEDITA DA SILVA. reapresentando opedido de constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito.
REQUERIMENTOS
DO Senhor Deputado GERSON MARCONDES. requerimento de informação.n° 525/90.
Do Senhor Deputado GERSON MARCONDES, requerimento de informaçãon" $26/90.
, Do Senhor Deputado JOÃO CUNHA,requerimento de informação n~ 527/"0.
Do Senhor Deputado EDUARDOJORGE. requerimento de informação n~528/90. .
Do Senhor Deputado GERSON MARCONDES. requerimento de informaçãon" 529/90.
.Do Senhl'lr Deputado FÁBIO FELDMANN. requerimento de informação n'53Q!90. , ,
Do Senhor Deputado F:ÃBIO FELDMANN. requerimento de informação n'531190.
SUMÁRIO-Do' Senhor Ueputado FÁBIO FELD
MANN, requerimento/de informação n"532/90. .'
Do Senhor D'~putado FÁBIO FELDMANN, requerimento de informação n"533/90.
Do Senhor Deputado FÁBIO FELD·MANN, requerimento de informação n'534/90. "
Do Senhor Deputado FÁBIO FELO-,MANN, requerimento de informação n'535/90.
Do Senhor Deputado FÁBIO FELDMANN, requerimento de informação n'536/90.
Do Senhor Deputado FÁBIO FELD·MANN. requerimento de informação n"537/90.
Do Senheir Deputado RUY NEDEL.requerimento de informação n" 538/90.
Do Senhor Deputado DOMINGOSLEONELLI. requerimento de informação n" 539/90.
Do Senhor Deputado ANTERO DEBARROS. requerimento de informaçãon" 540/90.
Do Senhor Deputado GUMERCIN·DO MILHOMEM. requerimento de informação n" :>41190.
Do Senhor Deputado VICTOR FAC·CIONI, requerimento de informação n"544/90,
Do Senhor Deputado EDUARDO,JORGE. requerimento de informação n'545/90.
Do Senhor Deputado FÁBIO FELDMANN. requerimento de informação n'547/90,
Do Senhor Deputado FÁB{O FELD·MANN. requerimento de informação n"548/90.
. ,--
Do Senhor Deputado FÁBIO FELD·MANN. requerimento de informação n"549/90.
Do Senhor Deputado CARLOS COTTA. requerimento de informação n"559/90.
COMUNI€AÇÃO
D9 Senhor Deputado MATTOSLEAO. comunicando seu ingresso noPRN.
IV - Pequeno Expediente
ÀTILA LIRA - Conseqüências da estiagem no Estado do Piauí.
JESUALDO CAVALCANTI - Apelo ao Reitor da Universidade Federal doPiauí, no sentido da criação do ColégioAgrícola de Corrente. -
i, ASSIS CANUTO - Transcurso do Diada Indústria e do Dia do Trabalhador Rural. Protesto contra ação da Polícia doEstado de São Paulo resultante na mortede pessoas inocentes.
MANUEL DOMINGGS -Clima déapreensão nos perímetros irrigados peloDNOCS. em face da incerteza quanto aodestino do órgão. Falta de definição, por'Parte do Governo Federal. quanto à liberação dos recursos de emergência para.atendimento aos flagelados pela seca verde no Nordeste.NIL~ON GIBSON - Nomeação do
ex-Deputaqo Adauto Bezerra para o cargo de Superintendente da Sudene. Declarações do SI. Edson Couto. publicadasno jornal Diario de Pernambuco, contrárias a tal indicação.
ITURIVAL NASCIMENTO - liberação. pelo Governo, da exportação de'açúcar proporcional ao álcool produzido.
5700 Sábado 26 J?IÁRIO DO. CON.G~?SS~NACION~L (Seção,I) Maio de 1990
Apelo ao Ministério çia Saúde no sentidodo retomo do atendimento proporcionado pelas agências do Funrural e do INPSa Mineiros, Estado de Goiás.
ANTÓNIO DE JESUS - Dificuldadesdos pequenos e médios produtores ruraisdo Estl!do de Goiás atingidos pela seca.
JOSE TEIXEIRA - Escolha do Senador Edison Lobão como candidato doPFL ao Governo do Estado do Maranhão,em convenção realizada na cidade de SãoLuis.
JOSÉ COSTA (Retirado pelo oradorpara revisão) - Aplausos à aprovaçãode projeto sobre nova política salarial pelaComissão de Trabalho, Administração eServiço Público da Câmara dos Deputados. Críticas à propalada demissão emmassa de servidores públicos. Preocupação do orador com o processo de privatização das empresas estatais. Caráter individualista do Governo Collor.
AUGUSTO CARVALHO -Imprescindibilidade da existência de uma políticasalarial no País.
GERALDO FLEMING - Comunicação, pelo TSE, da condição de eleitoresdo Estado do Acre dos cidadãos domiciliados nos Municípios de Ext~ema e NovaCalifórnia.
NEY LOPES - Adoção, pelo Governo Federal, de urgentes providências parasocorro aos flagelados pela seca na RegiãoNorçIeste,
PAULO MACARINI - Proposta doCentro de Apoio à Pequena e Média Empresa de Santa Catarina - CEAG, denominada "Projeto de Extensionismo Urbano", visando à capacitação das micro, pequenas e médias empresas.
RUBEM BRANQUINHO - Restabelecimento, pelo Governo, da políticasalarial.
ANNA MARIA RATTES - Readmissão, pela Varig, de trabàlha,dores daempresa, recentemente demitidos porparticipação em J!lovimento grevista., MAURlLIO FERREIRA LIMA Absorção, pelo Congresso Nacional, da
responsabilidade pela elaboração da política salarial.
MAGUITO VILELA - Penalizaçãodo setor agrícola nacional pelos planos 'econômicos dos vários governos.
v - Comunicações de Lideranças
(Não há oradores inscritos)
VI - Grande Expediente
ITURIVAL NASCIMENTO - Louyor às figuras de JoaquIm Roriz e Iris Rezende Machado, respectivamente ex-Governadores do Distrito Federal e deGoiás. Considerações sobre a políticaeconômica do Governo Federal. Sugestãopara não-extinção do BNCC - BancoNacional de Crédito Cooperativo.
FERNANDO SANTANA - Críticasao Plano Brasil Novo.
ARNALDO MARTINS - Importância da integração da Região Amazônicapara a defesa da região contra interessesalienígenas., VALMIR CAMPELO (Pela ordem)~
Caráter inadiável, para a população ,dóDistrito Federal, da construção do Hos-Ipital de Samambaia, ,r-
- RAQUEL CAPIBERlBE-Violênciacontra os trabalhadores do campo. •
ADEMIR ANDRADE - Escolha doSenador Almir Gabriel como candidatoao Governo do Pará pela Frente PopularNovo Pará. Críticas à ação da SegurançaPública e da Justiça no Estado do Pará.
VII - Comunicações Parlamentares
MAURíLIO FERREIRA LIMA Apelo no sentido de urgente apreciaçãodo projeto que dispõe sobre o regime jurídico único para os funcionários públicosfederais.
VIII - Encerramento
2- ATOS DA MESA
Exoneração: Rogério Coelho Neto.Nomeações: Adão Leite de Souza; Au
gusto Cezar da Fonseca; Ijoanilde Amé-rico Ferreira. -
3- ATAS DAS COMISSÕES
Comissão de Educação, Cultura e Desportos;'?, reunião ordinária, em 23-5-90.
Comissão de Relações Exteriores; 4'reunião prdinária, eni 9-5-90.
4 - DISTRIBÚIÇÃO DE PROJETOS
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, n" 08, em22-5-90; ,
Comissão de Constituição e Justiça ede Redação, eJl124-5-9O; em 25-5-90;
Comissão de Economia, n" ?, em23-5-90; n9 8 em 25-5-90;
Comissão de Finanças e Tributação, n°15, em 23-5-90;
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, n9 2, em 23-5-90;
Comissão de Trabalho. de Administração e Serviço Público, n9 3, em 23-5-90; ,no 4, em 25-5-90;
Comissão de Viação e Transportes, De·senvolvimento Urbano e Interior, em25-5-90;
5 - REDISTRIBUIÇÃO DE PROJE·TOS-
Comissão de Constituição e Justiça ede Redação, em 24-5-90; e 25-5-90.
6 - ATIVIDADES DAS COMISSÕES
Comissão de Seguridade Social e Famí- '.Iia, Resumo das conclusões da reuniãode 23-5-90;
Comissão de Viação e Transportes, De·senvolvimento Urbano e Interior; pautada reunião de 23-5-90;
Comissão de Viação e Transportes,Desenvolvimento Urbano e Interior, aviso.
7- ERRATA
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.
S - MESA (Relação dos Membros)
9 - LÍDERES E VICE·LÍDERES (Relação dos Membros)
10 - COMISSÕES TÉCNICAS (Relação dos Membros)
Ata da 63~ Sessão, em 25 de maio de 1990Presidência dos Srs.: Paes de Andrade, Presidente; Simaringa Seixas,
Antonio de Jesus, § 2'" do artigo 18 do Regimento Interno.
As 09:00 HORAS COMPARECEM OSSENHORES:'
Paes de Andrade
Acre
Geraldo Fleming - PMDB; Nosser AImeiQa - PDS; Rubem Branquinho - PL.
Amazonas
Antar Albuquerque - PTRj Ézio Ferreira'-PFL.
Rondônia
Assis Canuto - PTR; Francisco Sales -PRN. '
Pará
Aloysio Chaves - PFL; Domingos Juvenil- PMDB; Eliel Rodrigues - PMDBj PauloRoberto - PL.
Maranhão
Antonio Gaspar - PMDB; Enoc Vieira- PFL; JoaquiI)l Haickel - PTB; José Teixeira - PFL; Onofre Correa - PMDR
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5701
Piauí
Átila Lira - PFL; Jesualdo Cavalcanti PFL; Manuel Domin~os - PC do B.
Ceará
Furtado Leite - PFL; Gidel Dantas PDC; Moysés Pimentel-PDT; Orlando Bezerra - PFL; Flávio Marcilio - PDS.
Rio Grande do Norte
Antônio Câmara - PRN; Ney LopesPFL.
Pernambuco
Maurílio Ferreira Lima - PMDB; NilsonGibson - PMDB.
Alagoas
Albérico Cordeiro - PFL; José Costa PSDB.
Bahia
Fernando Santana - PCB.
Espírito Santo
Nyder Barbosa - PMDB.
Rio de Janeiro
Anna Maria Rattes - PSDB.
Minas Gerais
Gil Cesar - PMDB; Mello Reis - PRS.
São Paulo
Aristides Cunha - PDC; José Egreja PTB.
Goiás
Antonio de Jesus -PMDB; Iturival Nascimento - PMDB; João Natal- PMDB.
Distrito Federal
Augusto Carvalho - PCB; Jorran Frejat- PFL; Sigmaringa Seixas - PSDB; ValmirCampelo - PTB.
Paraná
Dionísio Dal Prá - PFL.
Santa Catarina
Paulo Macarini - PMDB.
Amapá
Annibal Barcellos - PFL.
Roraima
Chagas Duarte - PDT.
I - ABERTURA DA SESSÃO
o SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- A lista de presença registra o comparecimento de 049 Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus, e em nome do
Povo Brasileiro, iniciamos nossos trabalhos.
O Sr. Secretário procederá à leitura da atada sessão anterior.
TI - LEITURA DA ATAO SR. ASSIS CANUTO, servindo como 2
Secretário, procede ~ leitura da ata da sessãoantecedente, a qual é sem observações, aprovada.
O SR. PRESIDNETE (Sigmaringa Seixas)- Passa-se à leitura do expediente.
O SR. NILSON GmSON, servindo como19 Secretário procede à leitura do seguinte
111 - EXPEDIENTEOFÍCIOS
Do Sr. Deputado Anônio de Jesus, nos se-guintes termos: .CEIGAB/OO26/90
Brasília, DF - 24 de maio de 1990Excelentíssimo SenhorDeputado Paes de AndradeDD. Presidente daCâmara dos Deputados
Senhor Presidente,'Sõlidtü de V. Ex' de acordo com as normas
regimentais a retirada do Projeto de n9 5-4-90,para reestudo.
Sendo s6 o que se apresenta para o momento aproveito a oportunidade para reiterarprotestos de elevada estima e distinta consideração.
Atenciosamente, - Antônio de Jesus, Deputado Federal.
Da S1"" Deputada Benedita da Silva, nos se·guintes termos:
Brasília, 24 de maio de 1989.·OF.005190A Sua Excelência o SenhorDeputado Paes de And~1l9~
DD. Presidénte da Câmara dos DeputadosSenhor Presidente,Reapresento ao eminente presidente, o re
querimento de Constituição de ComissãoParlamentar de Inquérito, acredito, que olTlesmo está contemplado no art. 58 § 3° daConstituição Federal.
Aproveito o ensejo para renovar meus protestos de apreço e distinta consideração.
Atenciosamente, - Benedita da Silva, Deputada Federal.
Exm9 Sr. Presidente da Mesa da Câmarados Deputados.
COMISSÃO PARLAMENTARDE INQUÉRITO N' 19/90
Considerando que 35 milhões de menoresabandonados, desassistidos ou carentes vi:vem nos maiores centros urbanos do País,enfrentando todo tipo de violência;
Considerando que s6 no Rio de Janeirono período de 1984 a 1989, segundo fontesfidedignas como o Instituto de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), Ministério daSaúde, bem como da Secretaria de PolíciaCivil do Estado do Rio de Janeiro, o númerode óbitos de crianças e adolescentes por causaviolenta atinge a cifra de 4.657, conforme
dados divulgados peia revista "Extermínio deCrianças e Adolescentes no Brasil", do Centro de Articulação de População Marginalizadas (CEAP);
Considerando que o massacre de menores'não se restringe ao Estado do Rio de janeiro,mas tem conexão com outros estados, conforme atesta pesquisa realizada pelo IBGE sobo patrocinio da UNICEF, que revela umaincidência de 51% dos óbitos de causas externas em crianças entre 10 e 14 anos e de 66%em adolescentes entre 15 e 17 anos, no período de 1979 a 1986 e que neste último grupoas mortes violentas, não acidentais, ocupamo primeiro lugar das principais causas de óbi-tos; .
Considerando, ainda, a luta intensa travada por grupos de defesa dos direitos das crianças e adolescentes do Rio de Janeiro, entreos quais destacamos: Comissão Herzer, Casada Cultura Afro-Brasileira de Volta Redonda, Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, Comissão do Menor de VoltaRedonda, Núcleo de Estudos e Pesquisa daInfância da Universidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ) e Pastoral do menor de Duque de Caxias, que culminou no Dossiê doDefense for Children International, com sedeem Genebra, Suíça, ao qual as autoridadesconstituídas ignoraram e que deixou expostasestas lideranças diante dos grupos de extermínio;
Requeremos, nos termos regimentais, acriação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o extermínio de criançase adolescentes no Brasil, por entendermosque a sociedade brasileira precisa tomar conhecimento da existência de uma verdadeiraguerra nas trevas cujas vítimas são os meninos e meninas de rua. Nosso povo precisasaber que diariamente crianças são covardemente assassinadas e seus matadores, namaioria das vezes, permanecem encobertospelo manto da impunidade. Precisamos identificar quem são estes criminosos, prendê-lose condená-los para que a violência contra acriança e o adolescente em nosso País sejamdefinitivamente, uma página virada de nossaHistória. .
Brasília, 9 de maio de 1990.Artur Lima Cavalcanti - Nelson Aguiar
- Ronaldo Coelho - Artur da Távola Carlos Mosconi - Eduardo Siqueira Campos- Afif Domingos - Adroaldo Streck - Darcy Pozza - José Thomaz Nonô - Simão Sessim - Flávio Palmier da Veiga - Paulo Ra·mos - Carlos Alberto Caó - Abigail Feitosa- Mauro Campos - Célio de Castro - Sérgio Spada - Luiz Inácio Lula da,.Silva rTarso Genro - Gumercindo Milho.mem Florestan Fernandes - Paulo Paim - JoãoPaulo - Lurdinha Savignon - Plínio ArrudaSampaio - José Genoínmo - Eduardo Jorge- Vladimir Palmeira - Fernando Santana- Matbeus Iensen - Alarico Abib - BasílioVillani - Edídio Ferreira Lima - José Vianna - Marcelo Cordeiro - Virgildásio deSenna - Celso Dourado - Antônio CarlosMendes Tbame - Koyu lha - José Tinoco- Álvaro Valle -' Pedro Canedo -Ronaro
5702 Sábado 26 DrÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
Corrêa - José Queiroz - Messias Góis Ubitratan Aguiar - Maunlio Ferreira Lima- Eduardo Bonfim - Lysâneas Maciel Sadie Hauache - Manuel Domingos - Joaquim Sucena - José Carlos Coutinho - Raquel Capiberibe - Benedicto Monteiro Luiz Salomão - Amaury Müller - MoemaSão Thiago - Gidel Dantas - Marcos Lima- José Ulisses de Oliveira - Djenal Gonçalves - Gerson Peres - Paulo Zarzur Mussa Demes - Octávio Elísio - João deDeus Antunes - Aldo Arantes - VivaldoBarbosa - Doutel de Andrade - Hélio Duque- Elias Murad - Euclides Scalco - Sigmaringa Seixas - Ney Lopes - José tavares- Agripino de Oliveira Lima - José Jorge- Nilson Gibson - Orlando Bezerra - Antô-nio Gasparian - Samir Achôa - GabrielGuerreiro - Albérico Cordeiro - Jorge Hage - Israel Pinheiro - Edmilson Valentim- Luiz Alberto Rodrigues - José da Conceição - Iberê Ferreira - Jalles Fontoura Saulo Coelho - Antônio Perosa - RenatoVianna - Oscar Correa - Geovani Borges- Vilson Souza - Lúcio Alcântara - Orlando Pacheco - Oswaldo Almeida - NarcisoMendes - Jayme Santana - Ricardo Izar- Nilso Sguarezi - Evaldo Gonçalves - Nelson Sabrá - Roberto Augusto - Mendes Botelho -:: Rita Camata - Irma Passoni - Antônio tarlos Konder Reis - João Rezek Paulo Roberto - Nyder Barbosa - AntarAlbuquerque - Jones Santos Neves - Roberto Jefferson - Francisco Benjamim - Augusto Carvalho - Adauto Pereira - EdésioFrias - Agassiz Almeida - Raimundo Rezende - Francisco Salles - Moysés Pimentel- José Maurício - Álvaro Antônio - JoãoMachado Rollemberg.
REQUERIMENTOS
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 525, DE 1990
Exm" Sr. Deputado Federal Paes de AndradeD.D. Presidente da Câmara dos Deputados.
Requeremos, ouvida a C. Mesa. na formaregimental. seja oficiado ao Ministério daEconomia, Fazenda e Planejamento. a fimde que informe:
a} Quantas licenças para instalação e funcionamento de estabelecimentos de venda deapostas na Loto. Sena e Loteria Esportiva,foram expedidas pela Caixa Econômica Federal, a partir do mês de novembro de 1989até esta data, no Estado de São Paulo?
b} Quais as pessoas. físicas ou juríditascontempladas com tais licenças. inclusive número de seus respectivos CIC ou CGC?·
c} Qual a localização dos estabelecimentoslicenciados e, bem assim, quais os estabelecimentos congêneres já existentes a menos de1.000 ~etros dos que foram licenciados?
d) E verdade que inexiste obrigatoriedadede prévia determinação de local. para o funcionamento de novos pontos de venda deapostas?
e} É exato que vários estabelecimentos devenda de apostas da Sena. Loto e Loteria.
Esportiva têm sido transferido a terceiros,pelos primitivos permissionários, ou que funcionam sob a gestão e responsabilidade de"Procuradores"?
Justificação
Objetivamos. através do presente requerimento. esclarecer denúncias que recebemos,segundo as quais. por inspiração política. várias licenças para instalação e funcionamentode pontos de venda de apostas na Loto. Senae Loteria Esportiva, têm sido, ou foram concedidas pela Caixa Econômica Federal, apósnovembro. transato. embora a direção daCaixa. de público. afirme que a expediçãodessas licenças está suspensa.
Em verdade. tais licenças estariam, atémesmo. sendo negociadas por seus felizes beneficiários. mediante vultosas "luvas".
Para obter da Caixa Econômica Federalos esclarecimentos necessários a posterioresprovidências. formalizamos o presente requerimento.
Sala das Sessões. 24 de abril de 1990. Gerson Marcondes, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIRO:VICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN" 525/90
Autor: Deputado Gerson MarcondesDirigidos à: Ministra da Economia. Fa
zenda e PlanejamentoAssunto: Requisitos exigidos para insta
lação e funcionamento de loterias
I - Relatório
Com o requerimento sob exame, o Sr. Deputado Gerson Marcondes deseja obter esclarecimentos da Sr' Ministra da Economia.Fazenda e Planejamento nos seguintes termos:
a) Quantas licenças para instalação e funcionamento de estabelecimentos de venda deapostas na Loto. Sena e Loteria Esportiva,foram expedidas pela Caixa Econômica Federal, a partir do mês de novembro de 1989até esta data. no Estado de São Poulo?
b) Quais as pessoas. físicas ou jurídicascontempladas com tais licenças, inclusive números de seus respectivos CIC ou CGC.?
c} Qual a localização dos estabelecimentoslicenciados e, bem assim. quais os estabelecimentos congêneres já existentes a menos de1.000 metros dos que foram licenciados?
d) É verdade que inexiste obrigatoriedadede prévia determinação de local para o funcionamento de novos pontos de venda deapostas?
el É exato que vários estabelecimentos devenda de apostas da Sena, Loto e LoteriaEsportiva têm sido transferido a terceiros.'pelos primitivos permissionários. ou que funcionam sob a gestão e resposnabilidade de"procuradores"?
Na justificação. declara o autor da proposta sua intenção em esclarecer denúnciassegundo as quais licenças para instalação efuncionamento de pontos de venda de apos-
tas lotéricas estariam sendo negociadas mediante vultosas "luvas", embora a direção daCaixa Econômica Federal afirme que a expediç~o dessas licenças está suspensa.
E o relatório.
11 - Voto do Relator
O nosso voto é pelo encaminhamento dopedido. eis que encontra-se devidamenteapoiado nas normas atinentes à matéria.
Sala das reuniões da Mesa. 16 de maio de1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa. na reunião de hoje. aprovou oparecer do relator. pelo encaminhamento dorequerimento de informação n° 525/90. formulado pelo Senhor Deputado Gerson Marcondes à Senhora Ministra da Economia. Fazenda e Planejamento, sobre requisitos exigidos para instalação e funcionamento de loterias.
Brasília, 17 de maio de1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 526/90
Exm" Sr. Deputado Paes de Andrade.M.D. Presidente da Câmara dos Deputados.
Requeiro. ouvida a C. Mesa. na forma regimental. sejam requisitadas ao Exmo Sr. Ministro do Trabalho e Previdência Social, asseguintes informações oficiais:
1) É exato que o Instituto Nacional da Previdência Social-INPS, contratou. no Estadode São paulo. a locação de uma dezena deprédios, destinados á instalação de postos automatizados de atendimento, que jamais foram instalados? Em caso afirmativo. favorinformar:
a} Quem eram o Ministro da PrevidênciaSocial e o Presidente do INPS que autorizaram tais locações?
b} Quanto custaram à Fazenda Nacional,caso por caso. tais locações?
c} Qual o valor das obras de adaptaçãoexecutadas pelo INPS em alguns dos prédioslocados?
d) Quem são os proprietários dos prédiosalugados, bem como os números de seus res-pectivos RG. e CIC.? .
2) É verdade que, ao arrepio das normasregulamentares, vigentes. o INPS adquiriue estocou o equipamento necessário à implantação dos postos automatizados de serviço?Em caso afirmativo, favor informar:
a) Quais os equipamentos adquiridos equanto custaram aos cofres do INPS?
b) Quem autorizou tal compra, bem comoa estocagem dos materiais eventualmente adquiridos?
c} Qual o destino dado aos equipamentosadquiridos?
3) É exato que. por falta de contrataçãode serviços de guarda e vigilância. um dospostos. mais exatamente o instalado em Santo Amaro, Estado de São Paulo. foi totalmente destruído? Em caso afirmativo favorinformar:
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRE~SONACIONAL (Seção Q . Sábado 26 5703
a) Por que não foram contratados os serviços de vigilância e guarda para o referidoposto?
b) Quem é o responsável pela omissão?c) Qual o prejuízo suportado pelo INPS,
com os danos causados ao referido posto?d) Quais as providências punitivas ado.ta
das a respeito pela direção superior do INPS?e) O INPS ajuizou ação de ressarcimento
dos referidos danos contra os responsáveis?4) Quais as providências determinadas pe
lo ex-Presidente do INPS, para apurar e puniros responsáveis por tais agressões ao patrimônio da Previdência Social?
Justificação
Recebemos várias denúncias que nos dãoconta da ocorrência de fatos graves, no ,âmbito do INPS, alusivos à instalação de postos.de atendimento automatizados, no Estado deSão paulo. Vários prédios teriam sido alugados, e alguns del~, até mesmo, concluídosem parcela importante de suas respectivasedificações às custas do INPS, para servir àinstalação dos referidos serviços os quais, todavia, jamais foram instalados. Ademais, oequipamento destinado à instalação dessespostos, foi antecipadamente adquirido e estocado, com expressa violação ;lS normas regulamentares do próprio INPS, que proibiame proibem a compra antecipada de materialpermanente e equipamentos, para estocagem, circustância que deixa anterior a práticade atos de corrupção administrativa. Com taisprocedimentos, milhões de cruzeiros sairamdos cofres do INPS, em detrimento de outrasprioridades e do atendimento de aposentadose pensionistas.
Ademais, seríssimos prejuízos foram suportados pela entidade previdentiária, e, emalguns casos, como ocorreu em relação a umprédio situado em Santo Amaro, por inexplicável omissão, na contratação de serviços devigilância e guarda.
Segundo as denúncias, os responsáveis portais desmandos não foram punidos, e o exPresidente do INPS, sob o Governo do Dr.José Sarney, omitiu-se na verifica~ão eficazdas respectivas responsabilidades' e conseqüentes punições.
Nestas condições, formulamos o presenterequerimento, para melhor conhecer os fatos, e sugerir ao Ministério Público da União,oportunamente, as providências cabíveis.
Sala das Sessões, 24 de abril de 1990.. Gerson Marcondes, Deputado FederaJ.aa4
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇOESN' 526/'JU
Autor: Deputado Gerson MarcondesDirigido ao: Ministro do Trabalho e Pre
vidência SocialAssunto: Locação de imóveis, aquisição
e estocagem de equipamentos para instalação .de postos automatizados de atendimento noEstado de São Paulo.
1- Relat6rio
Com o presente requerimento, o Sr. Deputado Gerson Marcondes pretende obter esclarecimentos do Sr. Ministro do Trabalhoe Previdência Social acerca das questões abaixo relacionadas:
1) É exato que o Instituto Nacional da Previdência Social - INPS, contratou, no Estado de São Paulo, a locação de uma dezenade prédios, destinados à instalação de postosautomatizados' de atendimento, que jamaisforam instalados? Em caso afirmativo, favoriI!.fQ!!!1!lf:
a) Quem eram o Ministro da PrevidênciaSocial e o Presidente do INPS que autorizaram tais locações?
b) Quanto custaram à Fazenda Nacional,caso por caso, tais locações?
c) Qual o valor das obras de adaptaçãoexecutadas pelo INPS em alguns dos prédioslocados?
d) .Quem são os proprietários dos prédiosalugados, bem como os números de seus res-pectivos RG. ~ CIC.?' .
2) É verdade que, ao arrepip das normasregulamentares, vigentes, o INÍ'S adquiriu eestocou o equipamento necessário à implantação dos postos automatizado~ de serviços?Em caso afirmativo, favor inforinar:
a) .Quais os equipamentos adquiridos equanto custaram aos cofres do INPS?
b) Quem autorizou tal compra, bem comoa estocagem dos materiais eventualmente adquiridos?
c) Qual o destino dado aos equipamentosadquiridos?
3) É exato que, por falta de contrataçãode serviços de guarda e vigilância, um dospostos, mais exatamente o instalado em Santo Amaro, Estado de São Paulo, foi totalmente destruído? Em caso afirmativo favorinformar:
a) ·Por que não foram contratados os serviços de vigilância e guarda para o referidoposto?
b)o Quem é o responsável pela omissão?c) Qual o prejuízo suportado pelo INPS,
com os danos causados ao referido posto?d) Quais as providências punitivas adota
das a respeito pela direção superior do INPS?e) O INPS ajuizou ação de ressarcimento
dos referidos danos contra os responsáveis?
4) Quais as providências determinadas pelo ex-Presidente do INPS, para apurar e puniros responsáveis por tais agressões ao patrimônio da Previdência Social?
Sob o argumento da necessidade de melhorconhecer os fatos para poder sugerir as providências cabíveis ao Ministério Público daUnião, o autor deste requerimento historiauma série de denúncias dando conta da,ocorrência de fatos graves, no âmbito do INPS,alusivos à instalação de postos de atendimento automatizados no Estado de São Paulo, em virtude doque milhões de cruzeiros sairam dos cofresdaquele instituto em detrimento de outras
prioridades e do atendimento de aposentacfose pensionistas.
É o relatório.
11 - Voto do Relator
O nosso voto é pelo encaminhamento dopedido, devidamente amaparado que está nasnormas relativas ao assunto.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento doRequerimento de Informação n' 526/9Ó, formulado pelo Senhor Deputado Gerson Marcondes ao Senhor Ministro do Trabalhadoe Previdência Social, sobre locação de imóveis, aquisição e estocagem de equipamentospara instalação de postos automatizados deatendimento no Estado de São Paulo.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra. Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES
N' 527/90
Senhor Presidente,A informação que temos, noticiada pelos
jornais, é de que o conjunto de ativos financeiros retidos pelo Governo é algo entre.120e 160 bilhões de dólares.
Interessa, e urgentimente, que o Congresso Nacional seja informado sobre todos osdados e questões retidos pelo Banco' Centralpara que possa, consciente e eficientemente,decidir, aprovando ou negando, sobre as Medidas Provisórias que lhe encaminhou a Presidência da República.
O fim do sigilo bancário aplicável de imediato pelas Medidas Provisórias em curso permite, neste instante, a formulação do requerimento que encaminho a V. Ex'
Requeiro, Senhor Presidente, seja oficiadoà Exma. Senhora Ministra da Economia paraque determine ao Banco Central-que informe à Casa, no prazo de 15 dias, o seguinte:
Quais são os 100 (cem) maiores titularesdos recursos financeiros, bloqueados pelaMedida Provisória n' 168 de 15 de março de1990?
Encareço de V. Ex' noticiar à Exma. Ministra da necessidade legal de informar e dopedido de urgência urgentíssima que tem estaCasa na obtenção desta informação.
Sala das Sessões, 22 de março de 1990.- João Cunha.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 527/90
Autor: Deputado João CunhaDirigido à: Ministra da Economia, Fa
zenda e PlanejamentoAssunto: Relação dos 100 (cem) maiores
titulares dos recursos financeiros bloqueadospela Medida Provisória n' 168, de 15-3-90
5704 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
I - Relatól"io
Com o requerimento em epígrafe, o Sr.Deputado João Cunha solicita seja encaminhado pedido de informações à Sr' Ministrada Economia, Fazenda e Planejamento, a fimde que S. Ex', através do Banco Central, esclareça a esta Casa quais são os 100 (cem)maiores titulares dos recursos financeiros bloqueados pela Medida Provisória n. 168, de15 de março de 1990.
A justificação da iniciativa assenta-se emnotícias segundo as quais o conjunto de ativosfinanceiros retidos pelo Governo é algo entre120 e 160 bilhões de dólares, razão pela qualo Congresso necessita ser informado s.obreos dados solicitados e assim possa, conscientee eficientemente, decidir quanto às MedidasProvisórias que lhe foram encaminhadas.
Eis o relatório.
II - Voto do Relator
A proposição guarda conformidade comas normas que dlisciplinam a matéria.
O nosso voto é, pois, pelo encaminhamento do pedido, como requerido.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação n. 527/90, form~lado pelo Deputado João Cunha à Ministra da Econimia, Fazenda e Planejamento,sobre a relação dos 100 (cem) maiores titulares dos recursos financeiros bloqueados pelaMedida Provisória n" 168, de 15-3-90.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃON·528/90
Solicita 'informação ao Ministério doTrabalho e Previdência Social sobre trasmissor de televisão avaliado em milhõesde dólares que deveria cobrir dívida coma Previdência Social da TV TUPI canal4 (Rádio DifuiOra de São Paulo S/A) queteria sido doado pelo lAPAS à RCACOOPORATIO.N com grande prejuízopara o patrimônio da seguridade social.
Sr. PresideuteRequeremos, nos termos regimentais e
com base no art. 50 § 2· da Constituição Federal, sejam solicitados ao Sr. Ministro de Estado do Trabalho e Previdência Social, o seguinte pedido de informação:1-Valor atual em dólares e cruzeiros ao
transmissor de TV da antiga TV TUPI.2 - Posição atual do Ministério sobre a
possível doação à RCA CORPORATlON dotransmissor de TV da antiga TV TUPI quedeveria cobrir dívida para com a seguridadesocial. .
3 - Situação do inquérito movido pelo Ministério da Previdência contra o Procuradordo lAPAS Dr. Affonso Apparecido Moraes_
que se pronunciou contra aquela doação, acusando dívida ao patrimônio da seguridade social.
4 - Relatório sobre as razões que levaramo Dr. Sergio Sayão como Procurador-Geraldo lAPAS em 1989 assinar acordo de doaçãodo transmissor do patrimônio do lAPAS paraa RCA. Caso não sejam encontradas razõesmuito bem fundamentadas perguntamos, senão é o caso de abrir imediatamente inquéritocontra este funcionário?
Justificação
A seguridade social incluindo PrevidênciaSocial, Assistência Social e Saúde, vem sendoanos a fio lesada por maus pagadores, fraudesde todos os tipos que repercutem com gravidade 'no serviço público com prejuízo ao povobrasileiro. É preciso diante de qualquer numcaso desse teor levar até o fim as investigaçõese punir severamente os culpados.
Seguem documentos e pronunciamentocom outros dados importantes, para ajudaro Ministério e a Procuradoria Geral da República nas suas investidações.
Sala das Sessões, 25 de abril de 1990. Eduardo Jorge.
Senhor Presidente, Senhores Deputados,acaba de ser praticado ato em processo judicial em que é parte o lAPAS que atenta contra direitos elementares da Previdência Sociale direitos de trabalhores que durante anose anos lutaram por obter da justiça a indenização que seu empregador lhes sonegou.
Como é publico e notório, com a falênciados Diários associados, nos idos 'de 1980 o maior devedor previdenciário de todos ostempos - os empregados da TV TUPI (antigo canal 4) e da Rádio Difusora, não receberam seus direitos trabalhistas. Também a Previdência Social não recebeu o que lhe eradevido e que já houvera sido descontado dosempregados dos, Diários sassociados.
Na 4· Vara da Justiça Federal, em São Paulo corre processo (que tem o número2279703) que objetiva cobrar, créditos do IAPAS e dos trabalhadores, devidos pela antigaTV TUPI. Nesse processo foi penhorado umtransmissor de televisão, avaliado em milhõesde dólares.
Já assegurado o direito dos trabalhadorese o da Previdência Social, surge no processojudicial, estranhamente, a antiga proprietáriado bem penhorado, aRCA CORPORATION, que tenta liberar esse bem, apesarde já ter recebido o valor da venda para osassociados em processo que moveu em BeloHorizonte contra o fiador. A RCA não êramais dona do transmissor, e por conseguinte,não poderia tê-lo de volta em nenhuma hipótese.
A RCA já tentara obter a liberação dessetransmissor por todos os meios, inclusive, judiciais e que sempre foi rechaçada,ao longodos anos, pelas decisões dos administradorespúblicos e pela Justiça.
Vem agora esse organismo internacional,num acordo singular com os dirigentes daPrevidência Social, definitivamente, se locu-
pletar com a liberação pura e simples do bemque já não mais lhe pertencia.
Incrivelmente, em processo judicial, ondea autoridade maior, no âmbito da PrevidênciaSocial, é a figura do Procurador-Geral, surgede repente, nesse processo, o ProcuradorGeral do lAPAS, não para defen~er os interesses da institução, mas sim, com a finalidade de, generosamente, entregar o bem penhorado à multinacional RCA, em evidenteconfronto com os interesses dos trabalhadores e dos segurados do sistema previdenciário.
Destemidamente, então, insurge-se contratal ato lesivo ao patrimônio público e a direitos trabalhistas, o procurador responsável pelo processo, o Dr. Affon~o Apparecido Moraes que tenta bloquear a imoral e ilegal liberação do transmissor, em veemente manifestação nos autos judiciais.
Assim, imediatamente, peticiona ao JuizFederal competente, traduzindo toda sua indignação contra um acordo inserido nos autosatravés de petição que não possuía o timbredo lAPAS e muito menos a identificação dosignatário que representava a Previdência Social.
Dr. Affonso, o único. procurador do IAPAS compete para se manifestar nos autos,desvincula-se aticamente, moralmente e juridicamente, desse insólito acordo perpetradó'às escondidas, pois, é conclusivo que assil11não fora, poderia o Procurador-Geral do lAPAS ter avocado para si o processo.
E fácil de perceber' pelas próprias peçasprocessuais que a manifestação desse Procurador-Geral do lAPAS, Dr. Sergio Sayão,que, aliás, já não mais exerce o cargo, esteveem total antagonismo com os interesses daPrevidência Social, além de, frontalmente,discrepar da linha de defesa que sempre foraimposta no curso desse processo judicial.
Eis que surpreendentemente, nos autos,adentra o Procurador Regional em São Paulo, Sr. Jorge Hajnal que insiste no ato deliberação do valioso bem penhorado pelo lAPAS e, administrativamente, abre inquéritocontra o Dr. Affonso Apparecido Moaresque, legitimamente, repelira o ato contrárioaos interesses da administração pública e detrabalhadores.
Não se pode admitir que, em ato discricionário e sem qualquer motivação, uma autoridade administrativa libere um bem que a ins;'tituição previdenciária penhorou para garantir o recebimento de seu· vultoso crédito e'que garantiria, também, os direitos trabalhistas de dezenas de ex-empregados da falidaTUPI. Tudo em favor de uma multinacionaljá paga em outro processo.
Ainda que a conduta funcional do Procurador Affonso Apparecido Moraes tenha sidointegralmente apoiada pela Ordem dos Advogados de São Paulo, cujo Tribunal de Ética, em julgamento untnime, a considerou estribada no cumprimento do dever legát e pelacompetência exclusiva na condução da causaos Doutores Tainá de Souza Coelho;o Procurador- Geral do lAPAS, eJorge Hajnal, Pro-'curador Regional do lAPAS em São Paulo
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5705
'impuseram.a\ttle um vexatório inquérito administrativo.
Se· fosse possível, até mesmo, excluir osinteresses do lAPAS, ainda assim, clamariam por justiça os ex-empregados da TUPI(lideranças.'sindicais, diante da gravidade dos
, fatos, mobilizaram-se em esforços para impedir a perda de bem tão valioso, já que, noIAPAS, apenas uma só voz isolada clamavano deserto.
É tão preocupante e tão estarrecedora asituação que nem mesmo o Juiz Federal ho-
. mologou de pronto o acordo, embora tenhasido assinado pelas partes interessadas e, agora, para aclarar essa nebulosa situação, semdecidir ainda, em despacho que acaba de proferir nos autos, determina que a ProcuradoriaGeral do lAPAS se pronuncie mais uma vezsobre a matéria.
Estão em jogo alguns milhões de dólaresque estão sendo lançados para fora dos cofrespúblico~
Urge que se cobre do Ministro do Trabalhoe da Previdência Social, Sr. Antonio Magri,um posicionamento austero em defesa dostrabalhadores que não receberam suas indenizações e, também, da Previdência Social,de cujas combalidas finanças cabe a ele cui-
, dar.Cobre-se ainda, do Superintendente da
Previdência Social em São Paulo, Sr. PedroSanchez, quais as atitudes que tomou paladefender o patrimônio do orgão que já dirigea cinco anos.
O povo brasileiro não pode continuar pagando os rombos provocados por autoridadesincompetentes, cujos atos vão se diluindo notempo sem nunca respopderem perante a so"ciedadç que vê estarrecida o esfacelamento.total do sistema previdenciário brasileiro.
Por que a simples e gratuita liberação demilhões de doláres em favor de uma multinacional? Por que, as autoridades competentesomitem-se no processo judicial, mas nãoabrem mão de um processo administrativocontra quem defende os interesses sociais?De qualquer forma, a palavra está daqui paraa frente com autoridades do Ministério doTrabalho e Previdência Social.
Saia das Sessões, 25 de abril de 1990. Eduardo Jorge.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQU.ERIMENTO DE INFORMAÇÃON' 528/90
Autor: Deputado Eduardo JorgeDirigido ao: Ministério do Trabalho e
Previdência Social . . .Assunto: Doação, pelo lAPAS, de trans
missor deíelevisão da Rádio Difusora de SãoPaulo, à RCA Corporation.
I - Relatório
Através.do requerimento em análise, o Sr.Deputado Eduardo Jorge solicita o encami!).hamento de pedido de informações ao Sr.-
Ministro do Trabalho e Previdência Social,visando obter os esclarecimentos abaixo enumerados:
1) Valor atual em dólâres e cruzeiros dotransmissor de TV da antiga TV TUPI.
2) Posição atual do Ministério sobre a possível doação à RCA Corporacion do transmissor de TV da antiga TV TUPI que deveriacobrir dívida para com a seguridade social.
3) Situação do inquérito movido pelo Ministério da Previdência contra o Procuradordo lAPAS Dr. Afonso Aparecido Moraesque se pronunciou contra aquela doação, acusando dívida ao patrimônio da seguridade social.
4) Relatório sobre as razões que levammo Sr. Sérgio Sayão como Procurador-Geraldo lAPAS em 1989 assinar acordo de doaçãodo transmissor do patrimônio do lAPAS paraa RCA. Caso não sejam encontradas razõesbem fundamentadas perguntamos, se não éo caso de abrir imediatamente inquérito contra este funcionário?
Na justificação o autor da iniciativa afirmaque a seguridade social vem sendo lesadaanos a fio, por maus pagadores, com prejuízoao povo brasileiro, citando o caso de umtransmissor que teria sido doado pelo lAPASà RCA Corporation, avaliado em milhões dedólares, e que deveria cobrir dívida com aPrevidência Social da TV TUPI, Canal 4 (Rádio Difusora de São Paulo S/A).
Eis o relatório.
n - Voto do Relator
Manifesto-me pelo encaminhamento dopedido, com exclusão da parte final do item4, in verbis: "Caso não sejam encontradasrazões muito bem fundamentadas, perguntamos se não é o caso de abrir imediatamenteinquérito contra este funcionário?", eis que,por força do disposto no inciso IH, do art.116 do Regimento Interno, "não cabem, emrequerimento de informação, providências atomar, consulta, conselho ou interrogação,sobre propósitos da autoridades a que se dirige".
É o voto.Sala das reuniões da Mesa, 16 de maio de
1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação n' 528/90, formulado pelo Senhor Deputado Eduardo Jorge ao Senhor Ministro do Trabalho e Previdência Social, sobre doação, pelo lAPAS,de transmissor de televisão da Rádio Difusora de São Paulo, à RCA Corporation.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
Índice-resumo do processo judicial emque o lAPAS cobra seus créditos da falidarádio Difusora de São Paulo SIA.
PROCESSO N' 22797034' Vara Federal de São Paulo
1. Em 1979, o lAPAS ajuizou execuçãofiscal para cobrar dívida da antiga TV Tupi
- Canal 4 (denominada oficialmente RádioDifusora de São Paulo S/A).
2. Em tal processo, foi penhorado umtransmissor de TV cujo leilão judicial serviriapara o pagamento dos créditos do própriolAPAS, bem como para pagamento das indenizações a que tinham direito os ex-empregados da TV Tupi que haviam sido demitidoscom a falência da emissora.
3. Através de acordo celebrado nos autosdo processo, o lAPAS resolve liberar o bempara a RCA, empresa que havia vendido otransmissor para a.Tupi e que já havia recebido o pagamento do preço da venda em açãoque moveu em Belo Horizonte contra o fia·dor da Tupi a empresa S/A Estado de Minas.,
Esse tal acordo foi firmado pelo Procurador-GeraI do lAPAS.
4. O Procurador que cuida do processohá mais de cinco anos, o Dr. Affonso Apparecido Moraes, não concordou com o acordopor considerá-lo antiético. imoral e ilegal,uma vez que se trata de ato lesivo ao lAPAS
,e aos credores trabalhistas.
5. Mesmo assim, o superior hierárquicodo Dr. Affonso e Chefe da Procuradoria emSão Paulo. Dr. Jorge Hajnal. referendou oacordo e, mais. requisitou abertura de inqué-'rito administrativo contra o Dr. Affonso, alegando insubordinação. O atual ProcuradorGeral do lAPAS, Dr. Tainá de Souza Coelho. por seu turno, abriu inquérito contra oúnico que defendera os interesses do lAPASe dos trabalhadores.
6. Ressalte-se que. para acautelar seus interesses. o Dr. Affonso submeteu a matériaao exame do Tribunal de Ética da Ordemdos Advogados de São Paulo e o Tribunal,unanimemente, entendeu como perfeitamente ética a conduta do DI. Affonso que era,no entender daquele Tribunal. o único Advogado que poderia falar pelo lAPAS naqueleprocesso.
7. Ocorre que, neste momento. dois fatosimportantes relacionados com esse assuntoestão para acontecer:
a) O Juiz da 4' Vara Federal determinouque o Procurador-Geral do lAPAS (que jánão é mais o mesmo indivíduo qne celebrouo acordo com a RCA) fale novamente noprocesso. Naturalmente, o Juiz não está entendendo a insólita posição do lAPAS quequer entregar uma coisa tão valiosa a quemnão tem nenhum direito sobre ela, em detrimento da própria Previdência Social e dostrabalhadores. ex-empregados do Canal 4(TV Tupi). (Nomes estão citados - alguns-no modelo do pronunciamento em anexo)
b) Está para ser julgado o inquérito doDr. Affonso e, consta, que estaria sendo proposta pela Comissão de Inquérito a pena dedemissão contra o referido Procurador. Ora.não é possível que. no Brasil, quem age direito seja posto na rua!
5706 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
ADVOCACIAANTÓNIO LOPES MUNIZ
Excelentíssima Senhora Doutora Juíza daQuarta Vara Federal em São Paulo.7666195Embargos de Terceiro(Processo n9 2279703)
RCA Corporation, sociedade norte-americana constituída e em regular funcionamento de acordo com as leis do Estado de Delaware, Estados Unidos da América do Norte,em 30 Rockefeller, Plaza, Nova York, NY,pelo advogado signatário (mandato íncluso),com fundamento nos artigos 1046 e seguintesdo Código de Processo Civil e nas razões defato e de direito a seguir resumidas, vemopor os presentes.
Embargos de Terceiro
Contra o lAPAS - Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social, entidade autárquica, com endereço em São Paulo, Capital, na Rua José Bonifácio, 237 - 109 andar, requerendo, nostermos do artigo 1049 do Estatuto Processual,a distribuição por dependência e a autuaçãodistinta.
Os Fatos
I - Em 18 de abril de 1980, a ora embargante vendeu à Rádio Difusora de S. PauloS/A., os equipamentos descritos no Anexodenominado "Schedule A" 4lo Contrato deVenda e Alienação fiduciária, registrado no39 Cartório de Títulos e Documentos de SãoPaulo, Capital, sob n9 1284485/80 (doc. 1).
11 - Pelo mesmo instrumento citado e namesma data, a embargante tomou-se credorafiduciária da empresa em questão, cuja falência, decretadà pelo MM. Juiz da 4' Vara Cívelde São Paulo, Capital, está em processamen-to perante aquele Juízo. .
III - Além de não efetuar o pagamentodo preço combinado, a devedora fiduciáriadeixou de cumprir diversas outras provisõescontratuais, como faz certo a notificação quelhe foi expedida pela ora embargante (doc.2), razão pela qual a ora embargante ingressou com pedido de restituição dos bens perante o Juízo da Falência, o que lhe foi deferido,com a concordância do ,Sr. Síndico, do Curador de Massas Falidas e sem qualquer oposi
'ção dos falidos e demais interessados, incluindo-se o lAPAS -.Instituto de Administração
'Financeira da Previdência e Assistência Social, entidade autárquica, com procuradorconstituído naqueles autos de Falência.(docs. 3/6) •
IV - A concordância expressa do Síndicoe Curador de Massas Falidas, bem assim anão oposição dos falidos é comprovação indiscutível do inadimplemento contratual dadevedora fiduciária, bem como torna inquestionável ser a ora embargante, titular do domínio e posse dos bens relacionados no járeferido Schedule "A"·do documento n' 1,entre os quais encontra-se o Transmissor deTelevisão TT-50FL, seus componentes, partes e peças.
v- Antes da quebra da Rádio Difusorade São Paulo S/A. e alegando débito previdenciário desta, o lAPAS requereu e obtevearresto dos bens da citada empresa, (processon9 2281910), seguindo-se grande incerteza sobre se a medida cautelar se estendera aos
.bens pertencentes, à ora embargante.O certo é que os pedidos de liberação dos
bens, feitos pela embargante naqueles Autosde Arresto, foram considerados impertinentes, não tendo sido penetrado o mérito deleS.nem mesmo na sentença terminativa do feitocautelar de Arresto.
VI - Enquanto se processava o Arresto,o Instituto embargado ajuizou Executivo Fiscal contra a Rádio Difusora de São PauloS/A., (proc. n9 2279703), no bojo do qual,a requerimento do embargado foi efetivadaa penhora dos bens da citada empresa, naconformidade dos anexos Autos de Penhorae Depósitos. (docs. 7118).
VII - Os bens da embargante não foramincluídos nos Autos de Penhora aludidos, atitude acertada dos Senhores Oficiais de Justiça, -pois não pertenciam, como não pertencem, ao patrimônio da empresa executada.
Nem por isso, contudo, a embargante viuatendidos os pedidos feitos no sentido dapronta liberação dos seus bens, sendo certoque um dos pedidos contou com a concordância do Procurador Geral do lAPAS.
VIII - Como reconhecido pela r. sentençado MM. Juiz da 4' Vara Cível de São Paulo,os bens pertencem à embargante, nos precisos termos do art. 66 da Lei n9 4.728 "de14-7-65, com a I:edação dada pelo Decreto·Lei n' 911 de 1'-10-69:
"Art. 66. A alienação fiduciária emgarantia transfere ao credor o domínioresolúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do bem, tomando-se o alienante ou devedor em possuidor diretoe depositário com todas as responsabi-.lidades e encargos que lhes incumbemde acordo com a lei civil e penal. "
IX - A responsabilidjlde de mera depositária, ostentada pela Rádio Difusora de SãoPaulp S/A. é bem expressa neste arresto doSupremo Tribunal Federal:
"Alienação fiduciária. Não ofende.aConstituição (art. 153 parágrafo 17) adecretação da prisão civil do devedor,alienante fiduciário, porque a própria leio constitui depositário (art. 66 da Lein° 911/69). Precedentes do Supremo Tribunal Federal." (Recurso Extraordinário 84.779-Pr) Jurisprudência Brasileira,vol. 17, p. 74)
Por isso mesmo, nenhuma validade e eficácia se irradiariam de penhora sobre eles feita,máxime baseada em alegado débito fiscal deterceiros.
Assim a jurisprudência:
"Na alienação fiduciária não há duplapropriedade. Há propriedade única e ex-
clusiva do credor fiduciário que se extingue com o pagamento da dívida, quandose transfere automaticamente ao devedor. Este, antes do pagamento, é merodepositário, não podendo por isso incidirpenhora sobre o bem alienado, para garantir crédito de outros credores."(Omissis)
(Apelação Cível n9 3.365 - TARSI' Cam. Cível) (RT 450/270)
"A alienação fiduciária em garantiãtransfere ao credor o domínio resolúvele a posse indireta da coisa móvel alienada, não sendo possível a penhora dobem." (Apelação Cível n° 13.183 TJSC - 2' Cam.) (RT 531/235)
Acresce que no presente caso, sequer apenhora se aperfeiçoou sobre os bens pertencentes à embargante, ei~ que não foi lavradoo Auto da Penhora com os requisitos do art.665 do Código de Processo Civil, os quaisforam assim analisados pelo Douto Celso Ne-.ves (Comentários ao CPC, Forense, Rio,Vol. VII, p. 53):
"A especificação dos requisitos do auto denota a preocupação do legisladorem cercar o ato de tqdas as garantiasde autenticidade, não obstante o caráterprocessual que tem. Ademais, sem aenunciação desses requisitos não se dariaa individualização da penhora e a suafunção em que se deve realizar a responsabilidade do executado). (Omissis)
O auto é elemento essencial de formalização da penhora..."
Em face da literalidade do art. 665 do Esta, tuto Processual e -da clareza da lição do eminente processualista citado, resta a indubitáv~1 que o Documento n' 19, encaríÍldó. àsfls. 615 dos Autos do citado Executivo Fiscale tido como representativo da penhor; dosbens da embargante, data vênia, não podeser assim considerado: .
Aliás, no mesmo Documento n° 19 o Sr.Oficial de Justiça, tentando demonstrar a: suposta penhora, deu-se ao trabalho de elaborar relaçao comparativa 'das folhas dos Autosdo Arresto, onde foram descritos os bens arrestados e das folhas dos Autos do ExecutivoFiscal onde estão relacionados os bens sobrs;:os quais supõe ter sido consumada apenhora.
Ora, examinando-se as citadas folhas dosAutos do Executivo Fiscal, as quais correspondem à totalidade dos Autos de. Penhoralavrados, ora juntados (does. 7/18) nota-se,clarameI\te, que o lAPAS obteve à penhorade bens imóveis e de alg\lns bens móveis pertencentes à citada empresa falida, mas nãoalcançou os ora reclamados pela ,embargante.'
Tanto assim ~ que o próprio lAPAS, reconhecendo a inexistência de penhora sobre osbens da embargante, ajuizou petição' requerendo a constrição judicial, a qual, porém,jamais chegou a ser efetivada. (Doc. 20.)
A sentença definitiva que decidiu a medidacau.telar de Arresto é prova indiscutível deque esse ·MM. Juízo considera penhoradosos bens pertencentes à embargante, com base
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO N~CIONAL (S~ção I) Sáb'ãdo 26 5707
na informação do Sr. Oficial de Justiça (Doc.n" 19), insuscetível, data vênia, como já visto,de representar auto de penhora, muito menosválido e eficaz:
"Pelo despacho de fls. 601 foi determinado que se informasse que os bens arrestados foram devidamente penhoradosna execução; a fls. 615 consta certidãode que a penhora ocorreu."
XI - Mesmo não penhorados, os bens permanecem sob apreensão, correndo o riscode serem alienados em hasta pública.
Além disso, os bens da embargante - aparelhos eletrônicos de alta precisão - estãoretidos por depositários dos quadros do lAPAS, em local impróprio e sem assistênciaespecializada, indispensável à boa conservação dos mesmos, conforme os próprios depositários reconhecem no Relatório enviado aesse Juízo, cuja cópia é ora juntada. (Doc.21)
"Trata-se de equipamento de alto valor (omíssís) encontra-se montado nosubsolo do prédio, local com pouco arejamento e úmido..."
Até mesmo infiltração de águas ocorreusobre o delicado equipamento eletrônico daembargante, como faz certo o relatório dosdepositários (Doc. n° 22), tendo havido afetação parcial do mesmo.
Aliás, no Documento de n" 21, anexo, osdepositários do lAPAS reconhecem, indiretamente, a propriedade da embargante sobreos citados bens, nesta passagem:
" ...estamos nos dirigindo à RCA Corporation, com representação à Rua JoséMaria Lisboa n'41, Jardim Paulista, nesta Capital, com a finalidade de ser executado a manutenção e conservação do referido transmissor às expensas daquelaempresa." (grifamos)
Que outra razão haveria para aRCA con·servar bens às suas próprias expensas, se osmesmos não fossem pertencentes ao seu patrimônio?
XII -Informa, adicionalmente, que oavalista da Rádio Difusora de S. Paulo S/A~firmou acordo homologado pelo Juízo da4' Vara Cível de Belo Horizonte, MG, peloqual reconhece, na ora embargante, a únicaintitulada para reivindicar os bens em causa(item 4' Doc. n' 23).
Entendendo suficientemente comprovado,por documentos, ser a embargante, proprietária e possuidora dos bens reclamados e estarem eles sujeitos a danos irreversíveis, pleiteia a embargante:
a) liminar de restituição dos bens descritosno Documento n' 1, acima nos termos doart. 1.051 do CPC, expedindo-se o competente mandado para serem os mesmos entregues ao procurador da embargante;
b) acolhimento integral dos presentes embargos, a final, tornando definitiva a liminarconcedida e sem efeito o ato de apreensãojudicial sobre os bens p~rtencentes à embargante;
c) em caráter sucessivo (art. 289 do CPC),pleiteia a embargante, caso não lhe seja concedida a liminar de reintegração de posse dosbens, sejam eles preservados de inclusão emeventuais leilões, até final decisão dos presentes embarbos.
Atribuindo à causa o valor de Cz$82.000,00 (oitenta e dois mil cruzados).
P. deferimento.
São Paulo, 3 de junho de 1986. -pp. Antônio Lopes Muniz.
Exm" Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara CívelProc. n" 3.394 (02483052957-4) 4' Vara Cí
vel.
RCA Corporation e S.A. Estado de MinasGerais, nos autos de embargos à execuçãoem que contendem, vêm dizer a V. Ex' quedeliberaram efetuar transação para pôr fimaos referidos embargos e à ação de execução,nas condições seguintes:
1'. S.A. Estado de Minas Gerais pagaráà RCA Corporation, em cruzeiros a quantiaequivalente a US$ 191.232 ao câmbio oficial,pela seguinte forma:
a) Até 15 do corrente, Cr$ 263.160.000(duzentos é sessenta e três milhões, centoe sessenta mil cruzeiros) equivalentes a US$24,000 ('{inte e quatro ,mil dólares) à taxacambial de venda desta data.
b) O restante, equivalente a US$ 167,232(cento e sessenta e sete mil, duzentos e trintae dois dólares) em 12 (doze) parcelas mensaise iguais de US$ 13,936 (treze mil, novecentose trinta e seis dólares), vencíveis a primeiraem 15 de fevereiro próximo e as demais emiguais dias dos meses subseqüentes. A conversão dos dólares em cruzeiros far-se-á pelocâmbio oficial de venda do dia do pagamento.
2'. RCA Corporation renuncia ao restante do seu. crédito demandado nas ações comrelação à S.A. Estado de Minas.
3': As custas acrescidas devidas em ambos os autos serão divididas por ambas aspartes, correndo por conta da RCA Corporation os honorários advocatícIos ao seu pa-
. trono em ambas as. ações, não sendo devidospela mesma quaisquer honorários aos patronos de S.A Estado de Minas.
4'. Em face deste acordo, fica aRCACorporation livre para pleitear direitos sobreos equipamentos originalmente vendidos àRádio Difusora São Paulo S.A., com a cláusula de alienação fiduciária, e cedê-los a terceiros.
5'. Requerem, pois, a V. Ex' que, contados e preparados os autos, sedigne de homolôgar a transação e determinara baixa na distribuição ou averbação nestado encerramento de ambas as ações.
Belo Horizonte, 10 de janeiro de 1986.RCA Corporation. - pp. Paulo André
Rohrmann - José Norberto PascoatíS.A Estado de Minas. - pp. José Olímpío
de Castro Filho, OAB-MG 1.355
Exm9 Sr. Dr. Juiz Federal da 4' Vara emSão PauloEmbargos de Terceiro n' 7666195Em apenso à Execução Fiscal n" 2279703
RCA Corporation e lapas - Instituto deAdministração Financeira da Previdência eAssistência Social, por seus procuradores,nos autos dos Embargos de Terceiro interpostos pela primeira, em decorrência da penhora efetuada na Execução Fiscal que o segundo promove contra a ora massa falida daRádio Difusora de São Paulo S.A., vem àpresença de V. Ex' expor e afinal requerero quanto segue:
1 - O lapas reconheceu o crédito da Embargante contra a Rádio Difusora de São Paulo S.A., originário do contrato de comprae venda e alienação fiduciária, celebrado em18 de abril de 1980, devidamente registradono 3' Cartório de Títulos e Documentos destaCapital, sob o n° 1284485, e aprovado peloBanco Central do Brasil, através do certificado n' 211/858.
1.1. Por este contrato foi vendido à executada o transmissor TT-50-FL, descrito nosdocumentos juntados com a inicial de f1s, eobjeto dos presentes Embargos de Terceiro.
2 - O lapas reconhece a impenhorabilidade do bem, tendo em vista a edição daSúmula n' 242 do TFR publicada em 22-9-87que reza:
"O bem alienado fiduciariamente nãopode ser objeto de penhora lias execuções ajuizadas contra o devedor fiduciário."
3 - Frente à referida súmula e de acordocom a decisão proferida pelo MM Juízo da4' Vara Cível de São Paulo, nos autos dopedido de restituição ajuizado pela interessada, onde foi confirmada a titularidade dodomínio pela embargante, o embargado reitera a anuência dada anteriormente nos autosdo arresto (fls. 89 destes. autos) e desiste dapenhora dos bens, objeto destes embargose efetivada nos autos da Execução Fiscal n°2279703, que tramita por esse MM Juízo, contra a Rádio Difusora de São Paulo S.A.
4 - A'ssiin, as partes concordam e requerem seja determinada a liberação do trans- 'missor TT-50-FL e demais equipamentos,descritos nos documentos juntados com a inicial de fls., à embargante, representada porseu procurador, signatário.
5 - Com a liberação acima especificada,os presentes embargos de terceiro deverãoser extintos, como determina o art. 267, inciso VI, combinado com o 462, ambas do Código de Processo Civil.
6 - As partes concordam e requerem sejam determinada a expedição de guia de levantamento dos depósitos devidamenteacrescidos de correção monetária e juros porventura existentes efetuados em nome do Juízo, pela locatária do transmissor, nos autosda execução fiscal acima identificada.
7 -As partes concordam e requerem sejadeterminada à expedição de ofício à locatária, Rádio e Televisão Bandeirantes S.A.,cientificando-a da dita liberação em favor da
5708 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
Of\r:ial Judiclárle
embargante, para efeito de pagamentos defuturos alugueres ou eventual negociação dotransmissor, em caráter definitivo.
8 - As partes arcarão', cada qual. com oshonorários de seus respectivos patronos, sendo que eventuais custas remanescentes serãosup,?rtadas pela eIT!bargante. _ __
Nestes têrmos, requerendo a homologaçãodo presente acordo para os fins de direito.
P. deferimento.RCA Corporation.lapas - Instituto de Administração Finan
ceira da Previdência e Assistênc;ia Soci'aI.
JUNTAVA)ln-ll•••cle C-b le 19~
lun~ li. ~dte5 .aut's~~ ....... ct
UCl!C&1;1(!'
@)
nha de sua defesa imposta no curso destefeito.
É preciso considerar, ainda, que, na cortformid!1de ~o disQ.osto no ar!, 84., y, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lein" 4.215, de 27-4-63):
"A advocacia é incompatível, mesmoem causa própria, com as seguintes atividades, funções e cargos:
(OMISSIS)V - Procuradores-Gerais e SubPro
curadores-Gerais, sem distinção das entidades de direito público ou dos órgãosa que sirvam; (GN):
Lembrando que a incompatibilidade, in casu, resulta da redução da independência doprofissional por força do seu cargo público(mesma lei, art. 83), e que tal incompatibilidade estabelece o conflito total desse mesmo cargo com o exercício advocacia (idem,caput do art. 82), é induvidoso que, proces-
sualmente, referida anuência não poderá gerar os efeitos pretendidos
Já por isso, e também porq,!1e, na direçaoda cláusula IH do Código de Etica do Advogado, zelará ele por sua competência exclusiva na orientação técnica da causa, requerse:
a) seja desconsiderada a retrocitada anuência, presuntivamente do DD. Sr. Procurador-Geral do lapas, precedida de intimaçãodo Sr. Síndico da Massa Falida da Rádio Difusora de São Paulo para manifestar-se a respeito;
b) oportuna prolação de sentença de mérito.
São estas, a nosso ver, aS.únicas medidasprocessuais adequadas ao caso, pelas quais,com o repeito de sempre.
P. deferimento.São Paulo 1 de junho de 1989. - Areooso
Apparecido Moraes, Procurador-OAB/SP46.665
7666195
r:eni "cst.e- se a Emba rçante so~r5!
....- ..
, -O~u'o ~, ~~ 1980-."'" ........,-_. \1
i i
::I el:sgaco
I ..
, OHCl USÃOEm~dc_ _._. .ct.._ _. de 19~,faço conclusos "!:!:!:l nulos à r.Í';\,l Juíza Federal Ora.Leide Polo Car.;os:> Triv~lalo,
h>"- (T•.., ".U
lAPAS - Instituto deADMINISTRAÇÃO FINANCEfRA
DA PREVIDÊNCIA EASSISTÊNCIA SOCIAL
Excêlentíssima Senhora Doutora Juíza Federal da 4' Vara - Seção Judiciária de SãoPaulo.
Processo n- 7666195 - Embargos deTerceiro de RCA Corporation
Processo Principal N- 2279703·EF dolAPAS x Rádio Difusora de São PauloS.A.
lAPAS - Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social,por seu Procurador in fine assinado, nos autosdo processo de Embargos de Terceiro acimacaracterizado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência para expor e afinalrequerer o que segue.
Consoante é do conhecimento desse esclarecido Juízo, desde março de 1985 o signatário da presente tem, a teor do disposto noart. 12, I, do Código de Processo Civil, representado o IAPAS nos seus executivos fiscaispromovidos, junto a essa Vara, contra as empresas do chamado grupo "Associados", entre elas a Rádio Difusora de São Paulo S.A.
Causa-nos estranheza, portanto, a vindaaos autos, pelo advogado da RCA Corporation, de manifestação com anuência, quese presume seja do SI. Procurador-Geral desta Autarquia, em que o lAPAS transigiria
. em tomo dos seus direitos aqui controver-tidos. -
Avulta esta estranheza o fato de que asinstâncias superiores do lAPAS não avocaram a si o processo, nem deram a este Procurador nenhuma instrução interna que sequerpudesse sugerir tal transigência.
Por conseguinte, não se sente o signatário,nem ética, pem moral, nem legalmente jun,gido àquela manifestação, de resto totalmenteantagônica aos in1eresses do Instituto e à. li-
Maio de 1990 DIÁRIO DO ,CONGRESSO NAÇIONAL, (Seção I} Sábado 26 5709
Exm' SI' Dr' Juíza Federal da 4' (quarta) Varada Seção Judiciária de São Paulo.
Processo n' 7.666.195 (Embargos deTerceiro opostos por RCA Cooporationcontra o Instituto de Administração Fi·nanceira da Previdência e Assistência 80'cial), apenso à Execução 2279703.
O Instituto de Administração Financeirada Previdência e Assistência Social (lapas),nos e!Dbargos supram~g~i~nados, pelo su1;Js:critor, seu -Proctirádor Regionil1 no Estadode São Paulo, expõe e, com o acatamentodevido, requer:
1. As partes litigantes neste procedimentose compuseram, para porem fim à demanda,conforme petição conjunta entranhada nosautos;
2. Procurador do quadro da autarquia, Dr.Affonso Apparecido Moraes, à revelia de'seus superiores hierárquicos, e sem que paratanto fosse intimado, entendeu de ingressarno feito, alegando, em abreviado:
a) vir ele, desde 1985, representando o lapas nas execuções contra o Grupo "Associados'"
b) te~-lhe causado estranheza a vinda demanifestação de transigência com anuência"que se presume seja do Sr. Procurador-Geral" da requerente;
c) não ter ocorrido avocação do processoou comunicação interna da composição;
d) não se sentir "jungido àquela manifestação, de resto totalmente antagônica aos inte·resses do Instituto e à linha de sua defesa"(grifo não do original);
e) carecer o signatário do acordo pelo lapas, -"presuntivamente" o seu ProcuradorGeral, de capacidade legal para o ato, porse entender incompatibilizado para a advocacia;
O ter o Dr. Affonso competência "exclusiva" na orientação técnica da causa" (grifodo original); tudo para, ao fim, solicitar
g) que fosse "desconsiderada" a anuência'do lapas;
h) p'rolação de sentença de mérito.3. É de se lamentar, logo de início, que
dito Procurador, ao pretender justificar seuinconformismo com, entre outros fundamentos, ausência de "instrução interna", tenhaprocedido pela mesma forma alegada, peticionando nestes autos sem indagar da causado acordo, da qualidade do signatário, desprezando instruções, Portaria Ministerial ea própria lei.
4. 'Oferta-se, para exame por parte desseilustrado Juízo, cópia autêntica de trechospertinentes da, Portaria Ministerial MPAS3.384, de 13 denovembro de 1984 ('~Dispõe
sobre os serviços jurídicos das entidades doSinpas, em cumprimento ao Decreto n'90.006, de 30 de julho de 1984"), onde selê:
"1. Ficam aprovadas as disposiçõesrelativas à organização estrutural, com-
petências, atribuições, cargos e funçõesdas Procuradorias do lapas,_ do Inampse do Inps, na forma dos Anexos I a VIdesta Portaria.
II - COMPETÊNCIASÓrgão Central de Direção Geral1-A Procuradoria Geral compete
representar o lapas e as entidades deque seja mandatário perante os órgãodo Poder Judiciário e de jurisdição administrativa e fixar a orientação jurídicaa ser seguida pela entidade.
III - ATRIBUIÇÕESÓrgãos Central de Direção Geral:7 - São atribuições do Procurador
Geral:I - representar em juízo e perante os
órgãos de jurisdição administrativa o Ia·pas e as entidades de que seja manda·tário;
11 - receber citação, notificação eintimação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, renunciarao direito sobre o qual se fundar ação,.receber e dar quitação e firmar compromissa em relação ao lapas e às entidadesde que seja mandatário;
IX - autorizar a celebração de acordos e a não interposição de recursos.
Tais trechos elidem, per se a assertiva doDr. Affonso de carência de poderes de representação do Sr. Procurador-Geral, par de darem correta interpretação ao art. 84 n° V doEstatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.Evidente que se às Procuradorias do' lapascabe representar a autarquia, do dirigentemáximo daqueles órgãos não se poderiam excluir tais poderes, sob pena de se incidir ."m
, verdadeira aberração jurídica os advogadossubordinados peticionam em juízo, o mesmonão podendo fazer o advogado-chefe. Claroque a incompatibilidade dos Procuradore~
Gerais diz respeito à sua advocacia privada,dentro do são princípio c;la facilidade que te- .riam na captação de clientela.
5. Já no que diz respeito à ética profissional, noticia do acordo foi dada à Procuradoria Regional de São Paulo, assim 'comolhe foi presente cópia da petição respectiva,antes de se levar o original a despacho deV. Ex' tal cópia, no próprio dia de seu recebimento, foi encaminhada à Divisão de Dívida
- Ativa, Falências e Concordatas desta Regional, onde o Dr. Affonso presta serviços. Valenotar que a "cOl}lpetência exclusiva de quetrata Código de Etica Profissional (Seção m,item I1I), diz respeito à orientação técnicada causa e não à conveniência administrativa,de eventuais acordos, de que o único árbitro~ o Procurador-Geral da autarquia (Portariaclta9a). Em se recorrendo ao mesmo Códigode Etica Profissional, é pertinente.
Não afirmará o advogado como argumento, sua convicção pessoal da inocência do clienteou da justiça da causa.
6. De qualquer sorte,a) o acordo se firmou, 'representadas as
partes por mandatários competentes para oato;
b) o acordo não é antagônico aos interesses do Instituto, dados os reiterados pronunciamentos desse ilustrado Juízo, ratificadospelo Egrégio. Tribunal Federal de Recursosno sentido de que os produtos dos leilõe~dos bens penhorados em execuções contrao "Grupo Associados" devem reverter aosJuizos das falências de cada componente, para Fateio preferencial entre os credores trabalhistas, União Federal e, só a seguir, o lapas,nesta ordem;,
c) na esteira de tais decisões, o lapas nãoconsegui ureceber,rFm qualquer das falências, os montantes que lhe são devidos por.co.!1tri~uiçõespatronais;
d) deixe-se "claro que a autarquia já tevedtferida sua pretensão de haver o montantede restituição (quotas descontadas dos salá·rios dos empregadqs), para o que é suficienteo produto das praças;
e) o lapas vem, há anos,"zelosamente e,com enormes ônus, guardando bens penho-·rados, com servidores de alto nível destacados para as tarefas próprias de depositáriosjudicial, sem, até o momento, como dito, seter beneficiado:'do produto de qualquer dosleilões, sistematicamente remetidos Juízos falimentares para levantamento por parte doex-empregados das falidas. Portanto, estaria,no caso, ausente o elementar princípio de inte-'resse econômico no prosseguimento da de-omanda, cujo resultado beneficiaria terceiros,com eventuais ônus (o que se admite paraargumentar apenas) a cargo do lapas;
f) há, nos autos, notícia de despacho proferido pelo M. Juízo Universal da Falência,não se opondo à restituição dos bens penhorados à aqui embargante, fato omitido no'pronunciamento do Dr. Affonso e 'que, porcerto, pesou na decisão pertinente ao acordo;
g) se bem que poderáveis os interesses deterceiros que não o lapas - em jogo, merecedores do amparo que a Justiça entender delhes dar, não é o lAPAS representante daquel~interesses ou partes, especialmente em se sabendo que, para tanto, deveria suportar despesas e os riscos de uma demanda de altovalor.
Pelo exposto, respeitosamente se reiterao pedido de homologação do acordo já firmado (art. 269, item III do CPC, art. 5' parágrafo único da Lei n' 6.825, de 22-9-80.e Portaria MPAS 3.384, de 13-11-84), ao mesmotempo em que, por se tratar de matéria estranha a estes autos, que deles se desentranhea petição do Dr. Affonso Apparecido Moraes, caso em que também esta não se juntaria ao processo.
Termos em que, pede e e. r. d.São Paulo, 9 de junho de 1989. - Jorge
Hajnal, Procurador Regional do lapas, emSão Paulo.
5710 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
C'1nr.tn ...... .n )9 ,.)~:
Leió PC!o L';..'.:.. ::> Tri'lelato,
""~m., (Te;.' J~d'
BAIXA
Exm' S~ D~ Juíza da 4- Vara da JustiçaFederal de São Paulo.
Processo n",7.666.195(Embargos de Terceiros - Apenso à Execução 2.279.703
RCA CORPORATION, por seu advogado signatário, em face do Acordo ele fls292/294 e tendo em vista a manifestação doInstituto de Administração Financeira daPrevidência e Assistência Social (lAPAS),confirmatória ~a transação, requer a homolo-
gação desta nos termos do artigo 269, incisom, do Estatuto Processual Civil.
Termos em que,P. Deferimento.São Paulo, 27 de junho de 1989. - Antônio
Lopes Muniz, OAB/SP - 39.006.
\ :'l......_._·'19f{9
. ::'::l ;:..dcral Ora.
<-'!" i1 r ~ '1~ ..J •• _,. S
:::m l.1';'" I'" ' ..... ""~.__..._--~ ....._..
feço conc!ú:;os ~,;,:::: :.~·!':'S t,
Leide Po!o C,:,,'••';;) Tri~·."!al",
PODER JUDICIÁRIOJUSTIÇA FEDERAL
Processo nV766i195. ,. .
tLS.292/294 I l.orrcie-se·ao D.Ju~zo da rzlencie, .onde &6 processa a relencia da -txacutada •
2.Intime-se pessoalm~nte o Sr.5!ng'dica da ral;ncb • ' '
,).Digam O!V!f\i;eressat2.' '",.." ,; .Sao Pa~~a,20 da.,~:i'.i embro ):f'e~.
•'I' -'l' .L." I,,,"v'Ju!z~dJril' . L lJ
CERTIDÃOCerurico, qu~' d....c....-!, rv~~~.....c>C'··--_~~-..o...:.--.~:.. - .. - --,---e:) F':':~':; f~.·::~ ;. ~:Q ~. ~u!J daJ;::.~:.;:. t!~ :i:.,:( ) .. :~ •.•:.~ _'. ..'U5:~:!. Fcd~rêlt
C~,:,_C:::JJ ..,).Q./ t~ 8~••· ':'3 f ... ~~. ô!rG!.!ivado
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5711
\ .tos de Entrada e de Saída, bem como os paí-ses aos quais, ou dos quais, em cada oportu
.nidade, o referido cidadão, viajou, ou retornou?
2) Outrossim, em caso de ser afirmativaa resposta ao item antecedente, informe aD. autoridade policial federal quais os números dos respectivos 'yô~ das companhiasaéreas de que se valeu o referidõ- cidadãO.para viajar em cada oportunidade.
3) Finalmente, informe a Polícia Federalse, à oportunidade de qualquer dessas eventuais viagens, acompanhou o magistrado emapreço, como passageiro do mesmo vôo, ocid~ão Cláudio Malva Valente, Serventuário de Justiça na Comarca de Guarulhos, Estado de São Paulo.
Justificação
Há algum tempo, as camadas mais atuantese representativas da cidade de Guarulhos,no Estado de São Paulo, têm sido alertadaspara o procedimento de alguns membros do\oder Judiciário, cuja conduta, profissionale privada, parece apartar-se das tradicionaise obrigatórias exigências de prudência e compostura, que são indispensáveis.. ao fiel exercício da Magistratura.
Desde as últimas eleições municipais, ondeo abuso do poder econômico em Guarulhosnão mereceu qualquer providência eficaz, departe dos Magistrados investidos de jurisdição eleitoral naquela Comarca, o predomíniodo grupo político chefiado pelo Prefeito Paschoal Thomeu, ~m relação à influência queexerce sobre Magistrados de Guarulhos, temsido notado e comentado, para desgosto dosque têm no Poder Judiciário a última trincheira contra as injustiças e os abusos dospoderosos.
Sabe-se, por exemplo, que a PrefeituraMunicipal de Guarulhos pagou - e talvezainda pague - auxílio moradia aos juízescomarcante de Guarulhos, embora alguns deles não residam na cidade, mas ainda assimrecebam, em dinheiro, tal "auxJ1ié. O fatoé lamentável, porque reduz, iniludivelmente,a independência do Poder Judiciário, e ensejaodiosa e injustificável "mordomia", que aatualidade brasileira repele e combate.
A Prefeitura fornece, também, vigilantesP?ra· as residências de.magistrados, e algunsdeles, possuem parentes consagüíneos, ocupando funções bem-remuneradas na administração municipal, chefiada pelo Sr. PaschoalThomeu.
Tão tranqüilo em relação às influências queexerce sobre o Judiciário local está o ChefePolítico de Guarulhos, que não se furta emdivulgar, pelo jornal Folha Metropolitana, desua pro\Zriedade, bombásticas reportagens deespetaculares diligências - com nítida inspiração política - em que o Prefeito, na companhia do Juiz Corregedor local e de um simulacro de Promotor de Justiça. aparece como o doutrinador do Direito Imobiliário local, enquanto o Magistrado a seu lado, semqualquer pudor e ao arrepio das proibiçõesconstantes do art. 36, inciso m, da Lei Orgànica da Magistratura, manifesta-se publica-
1.990
1) Registra a Polícia Federal, em qualquerdos aeroportos nacionais sob sua fiscalizaçãoe vigilância, a saída para o exterior, nos anosde 1988,1989 e 1990, do cidadão Luiz Clál!dioAmerise Spolidoro, R.G. 4.279.566 - CPF808.354."308-04, Juiz de Direito na Comarcae' Município de Guarulhos, Estado de 'São'Paulo? Em caso afirmativo, quais são as datasem que foram expedidos os competentes Vis-
PODER JUDICIARIüJUSTIÇA FEDERAL.
,~~e ~tc a presente dnta
~~~íest~ção do S!ndico.
czmID;~b.
Certii'i.co
não ho::\"c
-c:L-.~ &-~~~ (~. Z,CJllfil{ i
'2-'j~ I 2.q~ aoo I. 3.!>\..j ); Q.. -8:,,-
( Oi'1 t ~ Usli j)
Em.....lZ_dc_... _._º_ª-' c:3 19_~_.,
faço ccnc!us..i!: .:: ".:.~ j f.: U:,:!. ;i~'aió Azevedo dE'
Alineida, MM.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN9 529, DE 1990 .
Exm' Sr. Deputado Paes de AndradeM.D. Presidente da Câmara dos Deputados
Requeiro, ouvida a C. Mesa, na forma regimental, sejam requisitadas por esta C. Câmara à Diretoria da Polícia Federal, através doExm" Sr. Ministro de Estado 'da Justiça, asseguintes Informações Oficiais:
5712 Sábado 26 DlÁRIO~O_CONGR}?.sSO NAC!ONAL (Seçã~ I) Maio de 1990
mente. sobre os assuntos pendente de suadecisão. avançando conceitos e considerações. alguns deles de inequívocá inspiraçãopolítica... Vale notar que o Sr. Paschoal Thomeu possui grandes interesses imobiliários nomunicípio. ligados a loteamentos e à possede áreas controvertidas. e tem como seu parceiro de eventuais negócios. o Escrivão Cláudio Malva Valente. do Cartório do Registrode Imóveis de Guarulhos. aliás. subordinado.hierarquicamente ao Juiz. seu Corregedor. ..• Todavia. não parem aí os fatos estranhos.que estão a merecer imediata verificação. departe das autoridades responsáveis da Magistratura Superior.
Embora a Lei proíba. frontalmente. a divulgação de propaganda eleitoral. por partede candidatos ainda não registrados. a verdade é que a cidade de Guarulhos foi literalmente pintada com os nomes de D. RoseliThomeu e de Jorge Thadeu. candidatos doatual Prefeito aos postos legislativos nas eleições de outubro vindouro. E. nem os JuízesEleitorais. nem o trâfego Promotor PúblicoCassem Masloum. tão diligente. no passado,em processar. eleitoralmente, alguns adversários do atual Prefeito. conseguiram identificar a claríssima prática de crime previstono Código Eleitoral.
Certamente por tudo isso. frente a tal estado de coisas. tenha sido determinada recentemente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.a realização de Correição na Comarca. deque decorreu. segundo informações chegadasa nosso conhecimento. a remoção de algunsJuízes locais. É preciso. todavia. ir mais fundo na investigação desses lamentáveis fatos.a fim de que o prestígio tradicional da Justiçaseja restaurado. de imediato. na Comarca.
Há notícias de que o Diretor do Fórumde Guarulhos. Juiz Luiz Cláudio AmeriseSpolidoro. viajou a Miami. Estados Unidos.a convite do Sr. Cláudio Malva Valente edo próprio Sr. Paschoal Thomeu. proprietários de belos apartamentos na cidade balneária da F1órida. O pior é que. segundo informações que nos foram prestadas por colegas do mesmo magistrado - indignados comtal procedimento. o Dr. Spolidoro viajou semconhecimento e autorização da Presidênciado Tribunal de Justiça de São Paulo e recebeuintegralmente seus vencimentos relativos aosdias em que esteve passeando. A ser verdadetal fato. que autoridade sobeja a esse magistrado. para aplicar a Lei a quem quer seja?
Nessas condições. é imperativo ir ao fundodos fatos. Inicialmente. queremos confirmara ocorrência das viagens do referido Juiz aoExterior. Ao depois. frente à materialidadedesse fato. pediremos ao Tribunal de Justiçade São Paulo. as necessárias informaçõesquanto ao pagamento dos vencimentos respectivos.
E. finalmente. se for o caso. requisitaremosao Procurador-Geral da República a necessária assistência e patrocínio. para os fins previstos na Lei Orgânica da Magistratura, noque tange à punição do Magistrado em apreço. e de outros. que a façam por merecer.
Ressalta notar que o citado Juiz presta serviços à Justiça Eleitoral. razão por que aqueleórgão do Poder Judiciário será também a seutempo, acionado.
Com tais fundamentos. justifico o presentepedido de informações oficiais_
Sala das Sessões, 25 de abril de 1990. Gerson Marcondes, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES. _.- - Ny 529/90
Autor: Deputado Gerson MarcondesDirigido ao: Ministro da JustiçaAssunto: Viagens ao exterior do Juiz de
Direito da Comarca de Guarulhos, nos anosque especifica.
I - Relatório
Com o requerimento em análise, o Sr. Deputado Gerson Marcondes pretende obter esclarecimentos do Sr. Ministro da Justiça. afim de que S. Ex', através do Departamentoda Polícia Federal, preste informações a estaCasa acerca das questões abaixo enumeradaS:
1) Registra a Polícia Federal, em qualquerdos aeroportos nacionais sob sua fiscalizaçãoe vigilância, a saída para o exterior, nos anosde 1988. 1989 e 1990, do cidadão Luiz CláudioAmerise Spolidoro; R.G. 4.279.566 - CPF808.354.308-04, Juiz de Direito na Comarcae Município de Guarulhos, Estado de SãoPaulo? Em caso afirmativo, quais são as datasem que foram expedidos os competentes Vistos de Entrada e de Saída, bem corno os países aos quais, ou dos quais, em cada oportu~idade o referido cidadão viajou, ou retornou?
2) Outrossim, em caso de ser afirmativaa resposta ao item antecedente, informe àD. autoridade policial federal quais os números dos respectivos vôos e das companhiasaéreas de que se valeu o referido cidadão,para viajar em cada oportunidade.
3) Fin.almente, informe a Polícia Federalse, à oportunidade de qualquer dessas eventuais viagens, acompanhou o magistrado emapreço, como passageiro do mesmo vôo, ocidadão Cláudio Malva Valente, Serventuário de Justiça na Comarca de Guarulhos, Estado de São Paulo.
Na justificação, o autor da proposta, apóshistoriar uma série de irregularidades envolvendo o Prefeito de Guarulhos, membros damagistratura local e o Promotor Público, afirma que o Juiz Luiz Cláudio Spolidoro viajoua Miami - EUA, a convite do Sr. CláudioValente e do Prefeito Paschoal Thomeu, semconhecimento e autorização da Presidênciado Tribunal de Justiça de São Paulo e recebeuintegralmente seus vencimentos relativos aosdias em que esteve passeando.
Nestas condições, deseja confirmar a ocorrência das viagens do referido Juiz ao exteriorpara depois tomar as providências necessárias, no que tange à punição do Magistrado
em apreço e de outros que a façam por merecer.
11 - v.pto do Relator
Somos pelo encaminhamento do pedido,eis que encontra-se devidamente amparadonas normas relativas ao assunto.
Sala das Reuniões da Mesa, 16' de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento"dorequerimento de informação n" 529/90, formulado pelo Senhor Deputado Gerson Marcondes ao Senhor Ministro da Justiça, sobreviagens ao exterior do Juiz de Direito da Comarca de Guarulhos-SP, nos anos que especifica.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES
N' 530, DE 1990
(Do Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações ao Ministro daAeronáutica e ao Chefe do Estado-Maiordas Forças Armadas - EMFA, sobre instalações subterrâneas no "campo de Provas das Forças Armadas", localizado naSerra do Cachimbo.
Sr. Presidente,Nos termos do que dispõe o artigo 50, §
29 da Constituição Federal e os Artigos 115e 116 do Regimento Interno da Câmara dosDeputados, requeiro a Vossa Excelência que,ouvida a Mesa, sejam solicitadas ao Chefedo Estado- Maior das Forças Armadas e aoMinistro da Aeronáutica as seguintes infôrmações:
1. Para que se.destinam as instalaçõessubterrâneas do "Campo de Provas das Forças Armadas", localizado na Serra do Cachimbo, no sul do Estado do Pará e o progrl!ma detalhado de sua utilização.
2. Qual o objetivo .da abertura de poçosna referida base? Qual a sua profundidade?Sua abertura foi precedida de estudos? Emcaso afirmativo·solicito cópias desses estudos.
3. Os poços poderão ser utilizados paratestes de armas nücleares ou para depósitode rejeito radioativo?
Justificação
Em 1986, o jornal Folha de S. Paulo denunciou que as primeiras instalações subterrâneas do campo de provas da Serra do Cachimbo, no sul do Estado do Pará, estavam prontas desde 1934, e que poderiam ser destinadas,a testes nucleares ou para depósito de lixoatômico. Na mesma ep6ca, a Comissão deAcompanhamento do Programa Nuclear
.Brasileiro da Sociedade Brasileira de Física(SBF) emitiu parecer afirmando que o poçode 320 metros de profundidade é compatívelcom as perfurações dos testes nucleares subterrâneos do Programa Norte-Americano,senão vejamos:
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) . SábaQo 26 5713
"A conclusão por simples comparaçaodos dados acima levantados é de que asdimensões da perfuração feita na BaseMilitar de Cachimbo - 320 metros deprofundidade e diâmetro entre 1 e 2 metros - são compatíveis com algumas dasexplosões analisadas." Folha de S. Paulode 17-8-86, pág. 18.)
Cumpre lembrar, também, que a Constituição de 1988, em seu Artigo 21, XXIII,alínea a, determina que "toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional".
Ora, a existência de um poço na base militar de Cachimbo e as explicações contraditórias dadas por autoridades desde a veiculação da denúncia, geram um clima de desconfiança, principalmente pelo perigo de. experiências nucleares, que podem causar acontaminação do meio ambiente e das comunidades locais, principalmente indígenas, naárea de influência da base.
Recentemente, o assunto voltou à tona'através de reportagem publicada no jornalO Estado de S. Paulo, do dia 18 de abril p.p,sob o título "Lixo Atômico de Goiânia teránovo depósito", segundo a qual o local provável de armazenamento dos rejeitos radioativos de Goiânia seria o Campo de Provasda Serra do Cachimbo.
Assim sendo, urge que as autoridades esclareçam com toda a exatidão a que se destinam as instalações subterrâneas do Campode Provas da Serra do Cachimbo e qual éo órgão responsável pela segurança e administração da área.
Sala das Sessões, 25 de abril de 1990. Fábio Feldmann, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 530/90
Auto'r: Deputado Fábio FeldmannDirigido aos: Ministros da Aeronáutica
e do Estado-Maior das Forças Armadas.Assunto: Instalações subterrâneas no
"Campo de Provas das Forças Armadas" localizado na Serra do Cachimbo
I - Relatório
Com o presente requerimento, o Sr. Deputado Fábio Feldmann solicita à Mesa seja encaminhado pedido de informações aos Srs.Ministros da Aeronáutica e do Estado-Maiordas Forças Armadas visando obter os seguintes esclarecimentos:
1. Para que se destinam as instalaçõessubterrâneas do "Campo de Provas das Forças Armadas", localizado na Serra do Cachimbo, no sul do Estado do Pará e o programa detalhado de sua utilização.
2. Qual o objetivo da abertura de poçosna referida base? Qual a sua profundidade?Sua abertura foi precedida de estudos? Emcaso afirmativo solicito cópias desses estudos.
3. Os poços poderão ser utilizados paratestes de armadas nucleares ou para depósitode rejeito radJoativo?
Ao justificar sua iniciativa, o ilustre parlamentar paulista cita noticiário da imprensadando conta de que as instalações subterrâneas da Serra do Cachimbo póderiam ser destinadas a testes nucleares ou para depósitode lixo atômico, fato confirmado agora peloJornal O Estado de S. Paulo, segundo o qualo armazenamento dos rejeitos radioativos seria o Campo de Provas da SeITa do Cachim-bo. .
Lembra, ainda, que a Constituição Federaldetermina que "toda atividade nuclear emterritório nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação doCongresso Nacional", motivo por que urgesejam prestados esclarecimentos sobre os finsa que se destinam as instalações subterrâneasdo Campo de Provas da Serra do Cachimboe qual é o órgão responsável pela segurançae administração da área.
11 - Voto do Relator
O nosso voto é pelo encaminhamento dopedido, cujos fundamentos guardam conformidade com as normas atinentes à matéria.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado fuocêncio Oliveira, Re-lator. .
A Mesa, na reunião de hOJe, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento do'Requerimento de Informação n' 530/90, formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann aos Senhores Ministros da Aeronáuticae do EstadQ-Maior das Forças Armadas, sobre instalações subterrâneas no "Campo deProvas das Forças Armadas" localizado naSerra do Cachimbo.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 531, DE 1990.
(Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações ao Secretário deCiência e Tecnologia da Presidência daRepública sobre o motivo de o INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais terprestado informações desatualizadas aoPresidente da República sobre o númerode pistas de pouso clandestinas no Estadode Roraima. . .
Sr. Presidente,Nos termos do que dispõe o Art. 50, §
2" da Constituição Federal e os Artigos 115.e 116 do Regimento Interno da Câmara dosDeputados, requeiro a Vossa Excelên.cia que,ouvida a Mesa, sejam solicitadas à Secretariade Ciência e Tecnologia da Presidência daRepública as s.eguintes informalJões:
1. É correta a informação constante na página 10 do Jornal "O Estádo de S. Paulo"de 7-4-90 sob o título "INPE mapeou pistascom dados de julho"?
2. Caso a resposta ao item anterior sejaafirmativa, explicar os motivos da anomalia;
3. Caso negativo, fornecer as informaçÕesoficiais detalhadas sobre o assunto em tela.
Justificação
Como vem sendo fartamente noticiado pela imprensa nacional e internacional, os lldias Yanomami, do Estado de Roraima, correm.o risco iminente de extermínio pela invasão de suas terras por atividades garimpeirasirregulares e maCiças.
Também o meio ambientre tem sofrido sérias agressões, em especial pela ocupaçãoacelerada e utilização de mercúrio nos garimpos de ouro.
Desde 1989, o Governo Federal vem tomando providências para a solução dessesproblemas e é inadmissível a hipótese de quea ação pública esteja sendo informada atravésde dados incorretos que subdniensionem overdadeiro impacto da ocupação ilegal e de-sordenada da região. .
As informações que ora solicitamos, sãode fundamental importância para que o Congresso Nacional possa assumir sua parcela deresponsabilidade do problema, tomando asações legislativas e fiscalizadoras cabíveis.
Sala das Sessões, 25 de abril de 1990. Fábio Feldmann, DeputadoFedera:I.
GABINETE DO PRIMEIRO'VICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 531/90
Autor: Deputado Fábio peldmannDirigido ao: Secretário-Geral da Presi
dência da RepúblicaAssunto: Motivo de o INPE ter prestado
informações desatualiiadas sobre o númerode pistas de pouso clandestinos no Estadode Roraima
I - Relatório
Com o requerimento em epígrafe, o Sr.Deputado Fábio Feldmann pretende obterinformações do Sr. Secretário-Geral da Pnisidência da República, a fim de que S. Ex',através do Sr. Secretário de Ciência e Tecnologia,esclareça a esta Casa do Congressoacercl! das questões abaixo enumeradas:
L E correta a informação constante na jJágina 10 do Jornal <5 Estado de S. PaUlo de7-4-90 sob o título "INPE mapeou pistas com.dados de julho"?
2. Caso a resposta ao item anterior sejaafirmativa, explicar os motivos da anomalia;
3. Caso negativo, fornecer as informações oficiais detalhadas sobre o assunto emleia.
Na justificação, diz o autor da propostaque os índios Yanomami correm o risco iminente de extermínio pela invasão de suas terraspar atividades garimpeiras irregulares emaciças, sendo pois inadmissível a hipótesede que a ação pública esteja sendo informadaatravés de dados incorretos que subdimenionem o verdadeiro impacto da ocupação ilegale desordenada da·região.
Eis o relatório.
5714 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIo.~ALJSeçJo I) __ Maio de 1990
n - Voto do Relator
O nosso voto é pelo encaminhamento dopedido, amparado que está nas normas relativas ao assunto.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação nU 531190. formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao Senhor Secretário-Geral da Presidência da República, sobre motivo do INPEter prestado informações desatualizadas sobre o número de pistas de pouso clandestinasno Estado de Roraima.
Brasília, 17 de maio de 1980. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 532, DE 1990
(Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações à Secretaria deMeio Ambiente da Presidência da República sobre registro de agrotóxicos.
Sr. Presidente,Nos termos do que dispõe o Artigo 50,
§ 2' da Constituição Federal e os Artigos 115e 116 do Regimento Interno da Câmara dosDeputados, requeiro a Vossa Excelência que.ouvida a Mesa, sejam solicitadas à Secretariade Meio Ambiente da Presidência da Repú·blica as seguintes informações:
1. Quais as ações que vêm sendo realizadas visando a aplicação da Lei nU 7.802, de11 de julho de 1989, regulamentada atravésdo Decreto n° 98.816, de 11 de janeiro de1990;
2. Listagem de produtos registrados, ouque tiveram seu registro renovado, a partirde 12-7-89, incluindo: número do registro.marca comercial, ingrediente ativo. empresaregistrante, datas dos requerimentos e respectivos registros, bem como cópias dos documentos a que se refere o Decreto n° 98.816de 11 de janeiro de 1990.
3. Quais os procedimentos que vêm sendoadotados visando o controle da utilização dewnservantes químicos de madeira.
Justificação
Os agrotóxicos são substâncias químicasperigosas, sujeitas a controles legais em quasetodos os países do mundo. No entanto, mesmo quando são boas, as leis que regem oassunto nem sempre são cumpridas, trazendograves problemas ambientais e de saúde.
No caso do Brasil, a lei n' 7.802, de 11de julho de 1989, que "dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção. a embalagem e a rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comerciaI, a utilização, a importação, a expor·tação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação. o controle,a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos.seus componentes e afins e dá outras provi·dências", regulamentada pelo Decreto n'
98.816, de 11 de janeiro de 1990, representouum grande avanço não apenas jurídico. comotambém o início de uma discussão mais globaldo problema, que tem inúmeros aspectoscomplexos e técnicos, mas de vital interessepara a vida e a saúde de milhões de pessoase do meio ambiente.
Assim, este requerimento te~ a finalidadede solicitar os dados necessários ao acompanhamento da implementação da legislação vigente sobre o assunto.
Essa é a razão do nosso pedido.Sala das Sessões, 25 de abril de 1990.
Fábio Feldmann, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE,PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN" 532/90
Autor: Deputado Fábio FeldmannDirigido ao: Secretário-Geral da Presidên
cia da RepúblicaAssunto: Registro de agrotóxicos
I - Relatório
Com o presente requerimento, o Sr. Deputado Fábio Feldmann solicita seja encaminhado pedido de informações ao Sr. Secretário-Gerai da Presidência da República. nosentido de que S. Ex'. através da Secretariade Meio Ambiente, preste os seguintes esclarecimentos a esta Casa do Congresso Nacional:
I. Quais as ações que vêm sendo realizadas visando a aplicação da Lei n" 7.802. de11 de julho de 1989, regulamentada atravésdo Decreto n" 98.816, de 11 de janeiro de1990:
2. Listagem de produtos registrados, ouque 'tiveram seu registro renovado, a partirde 12-7-89, incluindo: número do registro,marca comercia\' ingrediente ativo. empresaregistrante, datas dos requerimentos e respectivos registros. bem como cópias dos documentos a que se refere o Decreto n" 98.816,de 11 de janeiro de 1990.
3. Quais os procedimentos que vêm sendoadotados visando o controle da utilização deconservantes químicos de madeira.
Na justificação da proposta consta quc asnormas sobre agrotóxicos nem sempre sãocumpridas, trazendo graves problemas ambientais e de saúde. Diz ainda que no Brasila legislação regulamentando o assunto representou um grande avanço e este requerimento tem a finalidade de apurar os dados necessários ao acompanhamento da implementação dos dispositivos legais que disciplinama matéria.
É o relatório.
11 - Voto do Relator
Somos pelo encaminhamento do pedido,fundamentado que está no § 2" do art. 50da Constituição Federal e artigos 115 e 116do Regimento Interno.
É o nosso voto.Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maio
de 1960. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação n° 532/90, formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao Senhor Secretário-Geral da Presidência da República, sobre registro de agrotóxico.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES. N° 533, DE 1990 .
(Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações à Secretaria deMeio Ambiente da Presidência da República sobre a elaboração anual do RQMA- Relatório de Qualidade do Meio Ambiente.
Sr. Presidente,Nos termos do que dispõe o Artigo 50,
§ 2". da Constituição Federal, e os Artigos115 e 116 do Regimento Interno da Câmarados Deputados, requeiro a Vossa Excelênciaque, ouvida a Mesa, sejam solicitadas à Secretaria de Meio Ambiente da Presidênciada República as seguintes informações:
1. O RQMA-Relatório de Qualidade doMeio Ambiente relativo a 1989 foi elaborado? Caso afirmativo, qual a data de sua conclusão e publicação;
2. Quais as providências tomadas para tornar público o documento a que se refere oitem 1;
3. Quais as providências tomadas para aelaboração do RQMA relativo a 1990, qualo setor responsável por sua elaboração equais os prazos previstos para sua conclusãoe publicação.
Justificação
A lei n" 7.804. de 18 de julho de 1989,que alterou a lei n" 6.938/81, que dispõe sobrea Política Nacional do Meio Ambiente, determinou a elaboração do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente a ser divulgadoanualmente pelo Instituto Brasileiro de MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃON° 533/90
Autor: Deputado Fábio FeldmannDirigido ao: Secretário-Geral da Pre
sidência da RepúblicaAssunto: Elaboração anual do RQ
MA - Relatório de Qualidade do MeioAmbiente.
I - Relatório
Com o requerimento em análise, o Sr. Deputado Fábio Feldmann solicita à Mesa pedi-
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5715
do de informações ao Sr. Secretário-Geralda Presidência da República, a fim de queS, Ex" preste esclarecimentos a esta Casanos seguintes termos:
1. O RQMA-Relatório de Qualidade doMeio Ambiente relativo a 1989 foi elaborado? Caso afirmativo, qual a data de sua conclusão e publicação;
2. Quais as providências tomadas para tOFnar público o documento a que se refere oitem 1;
3. Quais as providências tomadas para aelaboração do RQMA relativo a 1990, qualo setor responsável por sua elaboração equais os prazos previstos para sua conclusãoe publicação.
Na justificação, o autor da iniciativa noticiasobre a obrigatoriedade de elaboração e divulgação anual do Relatório de Qualidadedo Meio Ambiente, documento de fundamentai importância para a implementaçãó daPolítica de Meio Ambiente.
Consta que até o momento ainda não foidivulgado o RQMA referente a 1989 e sequeras providências que vêm sendo tomadas paraa sua divulgação.
É o relatório.
11 - Voto do Relator
Manifesto-me pelo encaminhamento dopedido, que guarda conformidade com asnormas atinentes à matéria.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa. na reunião dc hoje, aprovou oparecer do relator. pelo encaminhamento dorequerimento de informação n' 533/90, formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao Senhor Secretário-Geral da Presidência da República, sobre elaboração anu,,1do RQMA - Relatório de Qualidade doMeio Ambiente.
BrasI1ia, 17 de maio de 1990.'- Hélio Du·tra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 534/90
(Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações ao Ministro de Infra-Estrutura sobre acidentes de derramamento de petróleo ocorridos nos últi·mos dez anos no litoral brasileiro e respectivas ações corretivas da Petrobrás.
Senhor Presidente.Requeiro, nos termos do artigo 50 pará
grafo 2' da Constituição Federal e na formaprevista pelo artigo 115, inciso I, do Regimento Interno, sejam solicitadas as seguintesinformações a Sua Excelência o Ministro daInfra-Estrutura, Sr. Ozires Silva, nos termosabaixo:
1) número de acidentes de derramamentode petróleo no litoral dos Estados de SãoPaulo e Rio de Janeiro, nos últimos dez anos,indicando data de ocorrência, volume de óleoderramado,.atividade em curso no momentodo acidente (atracação çle navio, carga ou
descarga do navio, operação interna do Terminal Petrolífero, etc.), causas e responsáveisidentificados:
2) quando da ocorrência de acidentes cujaresponsabilidade é atribuída ao navio transportador de óleo, indicar nome da companhiaarmadora dos respectivos responsáveis ou doimediato quando for o caso;
3) relação das providências adotadas pelaPetrobrás S/A em cada um dos casos, citando-se os casos de sindicâncias e inquéritosadministrativos e respectivas conclusões eações;
4) investimentos realizados pela Petrobrás, nos últimos dez anos, para equipamentos de segurança e treinamento de pessoal,visando a recuperação ou mitigação de efeitosprevenção e diminuição de riscos de acidentesde derramamento de petróleo no litoral;
5) montante dos prejuízos causados à Petrobrás pelos acidentes de derramamento depetróleo;
Justificação
A ocorrência de "acidentes" de derramamento de petróleo tem trazido vultosos prejuízos econômicos, sociais e ambientais.
A contaminação das águas gera prejuízoseconômicos evidentes ao impedir o uso dasáreas costeiras, em especial nas áreas turísticas e de veraneio, ao afetar diretamentea produção de pescado nas regiões costeirase a formação de futuros estoques. Isto paranão contabilizar o custo das operações de"limpeza" das áreas contaminadas pelo petróleo derramado. Estes são os prejuízos quesaltam aos olhos de qualquer um, porém, aação tóxica do petróleo na vida marinha, emespecial sobre os seres do início das diversascadeias tróficas, tem efeitos negativos sobrea diversidade genética e sobre os estoquesde pescados, de difícil previsão. Esta é certamente a parte submersa do "iceberg" dosprejuízos causados por este tipo de acidente.
Nos países do primeiro mundo muito se.tem discutido como aprimorar a legislaçãoambiental de forma a se exigir a melhoria:de equipamentos, técnicas e rotinas de opera-·ções para se diminuir o número de acidentes.Muitos trabalhos de pesquisa buscam relacio-!nar padrões e tipologia para os acidentes jáocorridos, de forma tal a se propor as mudan-:ças de técnicas e rotinas que contribuem paraa tendência de eliminar tais infames acontecimentos.
No Brasil a grita contra os acidentes temaumentado dia a dia. Ocorre, no entanto,que as autoridades navais, de meio ambienteou mesmo as instituições de pesquisa marinha.não possuem, ou não é público, cadastro dosacidentes com petróleo. Isto tem dificultadoo entendimento dos fatos geradores destesacidentes e a busca do remédio competentepara se diminuir a ocorrência destas nefastasintercorrências.
Assim, este requerimento tem o fim de solicitar os dados necessários ao debate, o qualdeverá gerar as mudanças de legislação quepermitam eliminar o número expressivo dos
acidentes com petróleo em nossa já maltratada zona costeira.
Essa é a razão do nosso pedido.Sala das Sessões, 25 de abril de 1990.
Fábio Feldmami·
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN° 534/90
Autor: Deputado Fábio FeldmannDirigido ao: Ministro da Infra-Estru
turaAssunto: Acidentes de derramamento
de petróleo ocorridos nos últimos dezanos no litoral brasileiro e respectivasações corretivas da Petrobrás.
I - Relatório
O Sr. Deputado Fábio Feldmann dirige expediente à Mesa solicitando o encaminhamento de pedido de informações ao Sr. Ministro da Infra-Estrutura, visando obter esclarecimentos sobre as questões abaixo relacionadas:
1. Número de acidentes de derramamento de petróleo, no litoral dos Estados de SãoPaulo e Rio de Janeiro, nos últimos dez anos,indicaQ.do data de ocorrência, volume de óleoderramado; atividade em curso no momentodo acidente (atracação de navio, carga oudescarga do navio, operação inft:rna do Terminal Petrolífero, etc.), causas e responsáveisidentificados;
2. Quando da ocorrência de acidentes cuja responsabilidade é atribuída ao naviotransportador de óleo, indicar nome da companhia armadora, dos respectivos responsáveis ou do imediato, quando for o caso;
3. Relação das providências adotadas pela Petrobrás S.A em cada um dos casos, citando-se os casos de sindicâncias e inquéritosadministrativos e respectivas conclusões eações;
4. Investimentos realizados pela Petrobrás, nos últimos dez anos, para equipamentos de segurança e treinamento de pessoal,visando a recuperação ou mitigação de efeitos. prevenção e diminuição de riscos de acidentes de derramamento de petróleo no litoral'
5. Montante dos prejui:ros causados à Petrobrás pelos acidentes de derramamento depetróleo.
A justificação da iniciativa assenta-se na·necessidade da obtenção de dados que deverão gerar as mudanças de legislação que permitam eliminar o número expressivo dos acidentes com petróleo em nossa zona costeira,com vultosos prejuízos econômicos, sociaise ambientais. .
Eis o relatório.
11 - yoto do Relator
A proposição encontra-se devidamenteapoiada nas normas que disciplinam o assun-to.· •
O nosso voto é, pois, pelo encaminhamento do pedido, como requerido.
5716 Sábado 26 , DIJ'\RIO DO CONG~ESSONACIONAL (Seção I) Maio de 1990
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação n" 534/90, formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao Senhor Ministro da Infra-Estrutura,sobre acidentes de derramamento de petróleo ocorridos nos últimos dez anos no litoralbrasileiro e respectivas ações corretivas daPetrobrás.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Du·tra.
REOUERIM~~'fOQEJlIWQRMAÇÕESN' 535, DE 1990 '
(Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações à Secretaria deMeio Ambiente da Presidência da Repú.blica de como está sendo realizada a fisca·Iização do registro, porte e uso de motos·serras, conforme determina a Lei n'7.803, de 18 de julho de 1989.
Sr. Presidente,Nos 'termos do disposto no art. 50, § 2'
da Constituição Federal e os arts, 115 e 116do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas à Secretaria deMeio Ambiente da Presidência da Repúblicaas seguintes informações:
1. Quais os procedimentos adotados peloIbama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos naturais Renováveispara o registro, licença de porte e uso demotosserras, em cumprimento ao que determina a Lei n' 7.803, de 18 de julho de 1989;
2. Listagem dos registros concedidos apartir de 20 de julho de 1989 até o presente;
3. Quais os procedimentos adotados paraa fiscalização e acompanhamento da impres·são de numeração seqüencial nas motosserraspor parte dos fabricantes e seu registro noIbama;
4. Quantos foram os casos de motosserras apreendidas pelo não-cumprimento daLei n' 7.803/89. Solicito cópias dos processosadministrativos e penais referentes a essescasos.
A Lei n' 7.803, de 18 de julho de 1989.que alterou a redação da Lei n' 4.771/65, determinou que cabe ao Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, controle para o porte,uso e a comercializ~ção de motosserras.
O Brasil, em função de sua extensão territorial e grande riqueza de ecossistemas, pososui uma flora de valor inestimável. Destacam-se, nesse contexto, a Mata Atlântica eFloresta Amazônica ql!e. entre outras, possuem espécies de grande valor ecológico eeconômico. O ritmo de devastação na MataAtlântica vem se acentuando cada vez maise estima-se que, caso não sejam tomadas providências, desaparecerá em 10 (dez) anos.
A Amazônia é a mais extensa floresta tro·picaI úmida contínua do mundo, e representa, em termos da área ocupada por vegetação,
58,9% do território nacional. Sua ocupaçãovem sendo feita de maneira irracional e de·senfreada, sendo removidos em torno de 10milhões de hectares por ano de florestas, acada ano em ritmo crescente.
A Lei n' 7.803/89 representa um mecanis·mo legal que permite às autoridades competentes exercerem um controle quanto ao usoe comercialização de motosserra, principalinstrumento utilizado na devastação de nossas florestas. Seu uso vem trazendo sériosproblemas ambientais e econômicos ao País,como por exemplo as tragédias recentes ocor·ridas no Rio de Janeiro, com enchentes, mor·tes, doenças, e milhares de pessoas desabrigadas.
Sala das Sessões, 25 de abril de 1990. Fábio Feldmann, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES'N" 535/90
Autor: Deputado Fábio FeldmannDirigido ao: Secretário-Geral da Presi
dência da RepúblicaAssunto: Dados relacionados com as
empresas extintas pela Lei n" 8.029/90.
I - Relatório
Com o presente requerimento, o Sr. Deputado Fábio Feldmann dirige-se à Mesa solici·tando o encaminhamento de pedido de informações ao Secretário-Geral da Presidênciada República, a fim de que S. Ex', atravésda Secretaria do Meio Ambiente, preste aCasa os seguintes esclarecimentos:
I. Quais os procedimentos adotados peloIbama - Instituto Brasileiro do Meio Am·biente e dos Recursos Naturais Renováveispara o registro, licença de porte e uso demotosserras, em cumprimento ao que determina a Lei n' 7.803, de 18 de julho de 1989;
2. Listagem dos registros concedidos apartir de 20 de julho de 1989 até o presente;
3. Quais os procedimentos adotados paraa fiscalização e acompanhamento da impres·são de numeração seqüencial nas motosserraspor parte dos fabricantes e seu registro noIbama;
4. Quantos foram os casos de lllotosser·ras apreendidas pelo não-cumprimento daLei n" 7.803/89. Solicito cópias dos pro"cessosadministrativos e penais referentes a essescasos.
O pedido em questão é justificado sob oargumento de que cabe ao lbama o controlepara o porte, uso e comercialização de motosserras, principal instrumento utiliz!ldo na de·vastação de nossas f1ore.stas, cuja dev:;lstaçãovem se acentuando cada vez mais e estima-seque, caso não sejam' tomadas providências,tanto a Mata Atlântica como a Floresta Ama·zÔl}ica desaparecerão em dez aoos.
E o relatório.
11 - Voto do Relator
A proposição tem respaldo nos dispositivosatinentes à matéria, razão pela qual o nosso
voto é pelo encaminhamento do pedido, como requerido.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Re·lator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação n" 535/90, formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao Senhor Secretário-Geral da Presi·dência da República, sobre dados relacionados com as empresas extintas pela lei n"8.029/90.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa
REQUER~~r9~ INFORMAÇÕESN' 536, DE 1990 .
(Do Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações ao Ministro daAgricultura sobre registro de agrotóxicos.
Sr. Presidente,Nos termos do que dispõe o art. 50, § 2'
da Constituição Federal e os arts. 115 e 116do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência que, ouvi·da a Mesa, sejam solicitadas ao Ministérioda Agricultura as seguintes informações:
1. Listagem de produtos de defesa vegetal registrados ou que tiveram seu registrorenovado a partir de 12-7-89, incluindo: nú'mero do registro, marca comercial, ingrediente ativo, empresa regi.';trante e data dosrequerimentos e respectivos registros;. 2. Cópias dos requerimentos, laudos to·
xicológicos de cada produto e monografiastoxicológicas do princípio ativo;
3. Listagem de agrotóxicos organoclorados e respectivas empresas detentoras de re·gistro que se manifestaram sobre sua reavaliação, nos termos do Artigo 113 do Decreton" 98.816, de 11-1-90, bem como listagem dosprodutos que tiveram o cancelamento auto·mático do registro;
4, Listagem de produtos fitossanitáriosregistrados ou que tiveram seu registro rena·vado a partir de 12-7-89, incluindo: númerodo registro, marca comercial, ingrediente ativo, empresa registrante e datas dos requerimentos e respectivos registros;
5. Cópias das publicações dos resumosdos pedidos de registro, conforme definidono art. 5', § 3° da Lei n"7.802 de 11 de julhode 1989.
Justificação
Os agrotóxicos são substâncias químicasperigosas, sujeitas a controles legais em quasetoqos os países do mundo. No entanto, mes·mo quando são boas, as leis que regem oassunto nem sempre são cumpridas, trazendograves problemas ambientais e de saúde.
No caso do Brasil, a lei n' 7.802, de 11de julho de 1989, que "dispõe sobre a pesqui·sa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda co·mercial, a utilização, a importação, a expor·
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5717
tação,. 01destino final dos resíduos e embalagens, o registr~, ta classificação, o controle,a inspeç~o, ~ a fiscalização de agrptóxicos,seus componentes e afins e dá outras providências", regulamentada pelo Decreto n"98.816, de 11 de janeiro de 1990, representouum grande avanço não apenas jurídico, comotambém o início de uma discussão mais globaldo problema, que tem inúmeros aspectoscomplexos e técnicos, mas de vital interessepara a vida e a saúde de milhões de pessoase do meio ambiente.
Assim, este requerimento' tem a finalidadede solicitar os dados necessários ao acompanhamento da implementação da legislação vigente soore o assunto.
Essa é a razão do nosso pedido,Sala das sessões, 25 de abril de 1990.
Fábio Feldmann, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN? 536/90
Autor: Deputado Fábio FeldmannDirigido ao: Ministro da AgriculturaAssunto: Registro de agrotóxicos
I - RelatórioAtravés do requerimento sob exame, o Sr.
Deputado Fábio Feldmann pretende obteresclarecimentos do Sr. Ministro da Agricultura sobre registro de agrotóxicos nos seguintes termos:
1. Listagem de produtos de defesa vegetal registrados ou que tiveram seu registrorenovado a partir de 12-7-89, incluindo: número do registro, marca comercial, ingrediente ativo, empresa registrante e datas dosrequerimentos e respectivos registros;
2. Cópias dos requerimentos, laudos toxicológicos de cada produto e monografiàstoxicológicas do princípio ativo;
3. Listagem de agrotóxicos organoclorados e respectivas empresas detentoras de re'gistro que se manifestaram sobre sua reavaliação, nos termos do Artigo 113 do Decreton? 98.816, de 11-1-90, bem como listagem dosprodutos que tiveram o cancelamento automático do registro;
4. Listagem de produtos fitossanitáriosregistrados ou que tiveram seu registro renovado a partir de 12-7-89, incluindo: número.do registro, marca comercial, ingrediente ati'vo, empresa registrante e datas dos requerimentos e respectivos registros;
5. Cópias das publicações dos resumosdos pedidos de registrQ, conforme definidono art. 5?, § 3" da Lei nU 7.802, de 11 dejulho de 1989.
Diz o autor na justificação que as normassobr~ agrotóxicos nem sempre são cumprida~, trazendo graves problemas ambientaise de saúde.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação n? 536/90, for-
mulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao Senhor Ministro da Agricultura, sobre registro de ágrot6xicos.-·
Brasma, 17 de máio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 537, DE 1990
(Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações à Secretaria deAdministração Federal da Presidência daRepública relativas às empresas extintaspela Lei n' 8.029/90.
Sr. Presidente,Nos termos do que dispõe o artigo 50. §
2' da Constituição Federal e os artigos 115e 116 do Regimento Interno da Câmara dosDeputados, requeiro a Vossa Excelência que,ouvida a Mesa, sejam solicitadas à Secretariade Administração Federal da Presidência daRepública, as seguintes informações:
1. Número de empregados em cada empresa citada na Lei n? 8.029, de 12 de abrilde 1990, dividindo-os em estáveis e os não-estáveis, e o número de empregados que serãocolocados em disponibilidade e quantos serãodemitidos;
2. Cópia dos demonstrativos financeirosdo último exercício de cada empresa extintae relação dos principais passivos;
3. Destinação do acervo patrimonial edos servidores de cada uma das empresas;
4. Cópia dos pareceres dos auditores independentes das entidades extintas ou, quando for o caso, do Tribunal de Contas daUnião.
Justificação
Este requerimento tem por objetivo darconhecimento ao Congresso Nacional da efetividade das medidas administrativas adotadas pelo novo Governo, e de sua real repercussão a nível de Orçamento da União e defuncionamento do setor público.
Sala das Sessões, 20 de abril de 1990. Fabio Feldmann, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE I.NFORMAÇÕESNv'.:d7Nu
Autor: Deputado Fábio FeldmannDirigido ao: Secretário-Geral da Presidên
cia da RepúblicaAssunto: Dados relativos às empresas ex
tintas pela Lei n? 8.029/90
I - Relatório
O Sr. Deputado Fábio Feldmann dirige expediente à Mesa solicitando o encaminhamento de pedido de informações ao Sr. Secretário-Gerai da Presidência da República, nosentido de que S. Ex', através da Secretariade Administração Federal, esclareça a estaCasa sobre as questões abaixo enumeradas:
1. NúqIero de empregados em cada empresa citada na Lei n' 8.029. de 12 de abrilde 1Y'JU, dividindo-os em estáveis e os nao-estáveis, e o número de empregados que serão
colocados em disponibilidade e quantos serãodemitidos;
2. Cópia dos demonstrativos financeirosdo último exercício de cada empresa extintae relação dos principais passivos;
3. Destinação do acervo patrimonial edos servidores de cada uma das empresas;
4. Cópias dos pareceres dos auditores independentes das entidades extintas ou, quando for o caso. do Tribunal de Contas daUnião.
O pedido é justificado com o objetivo dedar conhecimento ao Congresso Nacional daefetividade das medidas administrativas adotadas pelo novo Governo, e de sua real repercussão a nível de Orçamento da União e defuncionamento do setor público.
É o relatório.
11 - Voto do Relator
Manifesto-me pelo encaminhamento dopedido, visto que se encontra devidamenteamparado nas regras atinentes à matéria.
Sala das Reuniões da Mesa. 16 de maiode 1940. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa. na reunião de hoje. aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento doRequerimento de Informação nU 537/90, formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao Senhor Secretário-Geral da Presidência da República. sobre dados relativosàs empresas extintas pela Lei no 8.029/90.
Brasma. 17 de maio de 1990. - Hélio Du.tra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 538, DE 1990.
(Do Sr. Ruy Nedel)
Solicita informações ao Ministério daInfra-Estrutura sobre a recuperação damalha rodoviária federal e reinício dasobras da BR - 392 - trecho Cerro LargolPorto Xavier.
Excelentíssimo Senhor Presidente Paes deAndrade:
Nos termos do que dispôe o Art. 30. parágrafo único. alínea "c", da Constituição Federal, combinado com o Art. 116, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,requeiro a V. Ex' se digne determinar o encaminhamento do presente requerimento de informações a S. Ex' Dr. Ozires Silva - Ministro de Estado da Infra-Estrutura. que presteas seguintes informaçôes à Câmara dos Deputados:
1) Qual a previsão do Ministério para oinício dos trabalhos de recuperação da malharodoviária federal com os investimentos fixados na Lei Orçamentária?
2) De que carece o Ministério para determinar o reinício dos trabalhos em trechos rodoviários já iniciados, com recursos fixadosno Orçamento para 1990'?
3) Para quando está previsto o reinício dasobras da Br - 392 - trecho Cerro Largo/PortoXavier?
5718 Sábado.26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
Justificação
Perseveramos na urgente necessidade dereiniciar as obras de recuperação e investimentos da malha rodoviária federal, cujosrecursos foram estimados e fixados na LeiOrçamentária para 1990, consubstanciadoem nosso epidérmico conhecimento do atualestado de abandono da BR - 392 - trechoCerro Largo/POli0 Xavier, no Estado do RioGrande do Sul, onde a obra apresenta umaplanilha em que o traçado foi concluído; as2 (duas) pontes edificadas em bueiros construídos.
A morosidade em determinar a continuidade da obra vem apronfundando dramaticamente o tráfego entre os municípios servidos pela rodovia, pois que inviabiliza o abastecimento e, principalmente, o escoamentoda produção de grãos da região, entre osquais: soja, milho e trigo, bem como penalizando duramente as comunidades locais tendo em vista o acelerado processo de deterioração do asfalto, acostamento e pontes (emsua grande maioria em estruturas de madeira), devido não só pela falta de manutençãoe reparos, mas em decorrência da rigorosaintempérie sulina.
Sala das Sessões, 26 de abril de 1990. Ruy Nedel.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN° 538/90
Autor: Deputado Ruy Nedel Dirigido ao Ministro da Infra-Estrutura
Assunto: Recuperação da malha rodoviária federal
I - Relatório
Através do requerimento em epígrafe, oSr. Deputado Ruy Nedel pretende obter esclarecimentos do Sr. Ministro da Infra-Estrutura, acerca das questões abaixo' relacionadas:
1. Qual a previsão do Ministério para oinício dos trabalhos de recuperação da malharodoviária federal com os investimentos fixados na Lei Orçamentária?
2. De que carece o.Ministério para determinar o reinício dos trabalhos em trechos rodoviários já iniciados, .com recursos fixadosno Orçamento para 1990?
3. Para quando está previsto o reinício dasobras da BR - .392 - trecho Cerro LargolPorto Xavier?
Na justificação, o autor da proposta defende a urgente necessidade de reinício das obrasde recuperação da malha rodoviária federal,especialmente da BR - 392, trecho Cerro Largo/Porto Xavier, no Rio Grande do Sul, cujadificuldade de tráfego vem inviabilizando oabastecimento e o escoamento da produçãode grãos da região, devido não só pela faltade manutenção e reparos, mas em decorrência d~ rigorosa intempérie sulina.
Eis o relatório.
11 - Voto do Relator
A proposição está de acordo com as normas que disciplinam o assunto. Votamos,pois, pelo encaminhamento do pedido, comorequerido.
Sala das Reuniões· da Mesa, 16 de maiode 1990. Deputado, Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação n° 538/90, formulado pelo Senhor Deputado Ruy Nedelao Senhor Ministro da Infra-Estrutura, sobrerecuperação da malha rodoviária federal.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
Brasília, 26 de abril de 1990.
REQBERIMENTO DE INFORMAÇÕESN- 539/90"
Exmo. Sr.Deputado Paes de AndradeMD Presidente da Câmara dos DeputadosBrasília - DF
Senhor Presidente,Com base no art. 115, Incisos I e 11 do
Regimento Interno desta Casa, solicito deV. Ex' illformações ao Ministro da Infra-Estrutaura, Dr. Ozires Silva, sobre auditoriasrealizadas na Portobrás no período de 1989a 1990 e os procedimentos até então adotadospara sua extinção.
O presente requerimento virá esclarecer~ituações denunciadas pelo Sindicato dosEmpregados !Ia Administração dos ServiçosPortuários aa Cidade do Salvador, qu~ dáconta de irregularidades praticadas pela atualadministração da Codeba - Companhia dasDocas do Estado da Bahia.
Conforme denúncias do Sindicato, a Codeba, desconhecendo as imposições legais previstas no Decreto-Lei n- 2.300 de 21-11-86e independente de pareceres. técnicos contrários emitidos. tanto pela diretoria financeiraquanto pela diretoria administrativa, contratou com a mesma empresa executora dos projetos, obras e serviços, sem licitação e semrecursos financeiros disponíveis à época, todas elas avalizadas pela Portobrás.
Ainda como forma de burlar o decreto2.300 e beneficiar terceiros interessados a Codeba realizou convênio com a Magnesita SIApara pavimentação e iluminação de parte dopátio de containers do Porto de Salvador,que participaria com 15% 'do valor da obra.Ocorre que imediatamente após, 29 dias dacelebração do dito convênio a Magnesita SIA,empresa conveniada contratou os serviços daexecução da obra à OAS, cujos trabalhos estão desde dezembro de 1989 paralisados.
Se com a Portobrás não aconteceram taisfatos, na medida em que o Dr. Carlos Tehofilo está envolvido em outras irregularidadesa exemplo daquelas apontadas pelo Federação Nacional dos Portuários, quais sejam:
1 - Convênio firmado entre a Portobtáse o Governo do Estado do Paraná, Concessionário dos Portos de Paranaguá e Antonina, objetivando a construção de infra-estrutura a ser arrendada a estaleiro de reparosnavais, com recursos da União. Questiona-sea lisura deste propósitos, mormente quandoreparos naváis não fazem parte do escopoda Portobrás.
2 - Ampliação do Cais de Valongo - Paquetá, em Santos (SP), onde a formação decartéis de empreiteiros é tão patente, queos licitantes formaram um consórcio únicopara execução das obras.
3 - Aquisição de "transtainers" às firmasTorque, VilIares e BardelIa, quer pela inoportunidade da compra, quer pelos preçospraticados, quer pela cartelização dos fornecedores e, finalmente, pelo obsoletismo dosequipamento comprados.
.4 - Política de contratação de pessoal, dado ao nepotismo e clientismo político largamente empregado. Contratou-se mão-de-obra desqualificada e sem concurso para oócio.
5 - Contratação de serviços, especialmente de firmas fornecedoras de mão-de-obra,em l.MIacordo com a política do Governo.
6-Ampliação do Cais do Porto de Natal(RN), onde não há justificativa técnica a talinvestimento,
7 - Contratos de arrendamento de áreasportuárias, pois muitos deles cerceiam a ex·pansão portuária, prejudicam a operação, foram celebrados a preços vis e objetivaramfavorecimentos pessoais.
8 - Contratos opet:acionais onde, sob estetítulo, muitas vezes reduz-se o valor da tarifaportuária, que é preço público, estabelecendo privilégios.
9 - Investimentos feitos pela Portobrá~
em ferry-boats da Baía de São Marcos (MA),uma vez que a Portobrás não tem tal atribui~ão legal.
10 - Não-publicação de extratos dos contratos firmados pela Portobrás, como rezeo Decreto-cei n- 2.300/86, 'deixando o processo de licitação sem transparência, sem públicidade, na sua parte final, que é a contratação.
11 - Aquisição de terrenos e insta!.açóes.de utilidade duvidosa para os pbjetivos:portuários.
12 - Subsídios tarifários excepcionais.13 - Não-instauração de processo licitató
rio para cessão de terrenos e benfeitorias emarrendamentôs efetivados, c::m discor<\ânciacom os preceitos do Decreto-Lei 2.300/86.
'Vale lembrar que à época da apreciaçãoda M.P. 151 não 'ficamos contra a extjnçãoda Portobrás, ao contrário, solicitamos quea sua dissolução fosse precedida de auditoria.Não foi outra nossa intenção, senão aquelade evitar-se a extinção de órgãos sem quese investigasse suas gestões de modo a'detertar ilícit!Js praticados contra o interesse público. Extinguir órg~os sem apuração de resPansabilidde significa premiar a inoompetênciae a corrupção.
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5719
Diante de tais fatos, é que solicitamos esterequerimento e a inserção nos Anais da Casa,destas informações e dos documentos que asacompanha.
Atencionsamente, - Domigos Leonelli,Deputado Federal PSBIBA
GABINETE DO PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN" 539/90
Autor: Deputado Domingos LeonelliDirigido ao: Ministro da Infra7EstruturaAssunto: Auditorias realizadas na Porto-
brás no período de 1989 a 1990 e os procedimentos até então adotados Para sua extinção.
I - Relatório
Por meio do requerimento em análise, oSr. Deputado Domingos Leonelli pretendeobter esclarecimentos do Sr. Ministro da Infra-Estrutura a respeito de auditorias realizadas na Portobrás no período de 1989 a 1990e os procedimentos até então adotados parasua extinção.
A justificação da iniciativa encontra-se calcada em denúncia do Sindicato dos Empregados da Administração dos Serviço Portunário da Cidade de Salvador, que dão contrade irregularidades praticadas pela atual administração da Codeba - Cia. das Docas doEstado da Bahia. Segundo consta a Codeba,desconhecendo as imposições legais previstasno Decreto-lei n" 2.300/86 e independente depareceres técnicos contrários emitidos pelasdiretorias financeira e administrativa, teriacontratado serviços sem licitações e sem recursos financeiros disponíveis, sempre avalizada pela Portobrás.
É o relatáorio.
11 - Voto do Relator
O nosso voto é pelo encaminhamento dopedido, eis que encontra-se devidamenteapoiado nas normas atinentes à matéria.
Sala das reuniões da Mesa, 16 de maio de1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento, do.requerimento de informação n" 539/90, formulado pelo Senhor Deputado DomingosLeonelli ao Senhor Ministro da Infra-Estrutura, sobre auditorias realizadas na Portobrás no período de 1989 a 1990 e os procedimentos até então adotados para sua extinção.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTq DE INFORMAÇÕESN" 540/90
Senhor Presidente,Requeiro, de acordo com o artigo 116 do
Regimento Intern() da Câmara dos Deputado~, e artigo 50, § 2", da Constituição Federal,
sejam solicitadas ao Excelentíssimo SenhorMinistro da Agricultura as seguintes informações sobre o Programa de Desenvolvimentodos Cerrados, firmado entre o governo brasileiro e o japonês.1-Quando se iniciaram e se concluíram
os projetos conhecidos como Prodecer I elI?
2 - Qual foi o montante de investimentos,brasileiros e japoneses, previstos e efetivamente aplicados nesses dois projetos e qualfoi o cronograma de desembolso dos recursos?
3 - Sob que forma e condições financeirasforam aportados recursos de instituições japonesas?
4 - Quais foram as empresas e/ou instituições governamentais, brasileiras e japonesas,que investiram no programa e qual o montante que coube a cada uma?
5 - Em termos de resultados, qual foi ovolume anual da produção, prevista e efetivamente obtida, por tipo de produto?
6 - Sobre a comercialização da produçãoobtida, qual foi o volume comercializado, interna e externamente, e quais foram os mercados importadores?
7- Qual foi a renda gerada, ano a ano,com as exportações realizadas?
8 - Qual a área envolvida em ambos osprojetos, sua localização e forma de obtenção?
9 - Quantas famílias de agricultores foramenvolvidas em ambos os projetos e quais foram os critérios de seleção e admissão?
10 - Qual é a situação jurídica, administrativa e financeira da Campo - Companhiade Promoção Agrícola?
11 - Que papel desempenharam nesseprograma as cooperativas agrícolas e quaisforam elas?
12 - O governo brasileiro vem fazendo negociações junto ao governo japonês para arenovação e ampliação do acordo que deuorigem ao Proceder?
13 - Caso afirmativo, quais são os parâmetros previstos para esse acordo (prazos,volume dos investimentos, metas quantitativas em termos de área a Ser explorada, produção a ser atjngida, tipo de produtos, agricultores a serem envolvidos, critérios de seleção e admissão etc.)? Que condicionamentovêm sendo levantados pelo governo japonêsquanto à produção, à comercialização e àaquisição de equipamentos dentro do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados?
Sala das Sessões, 8 de maio de 1990. Antero de Barros, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN° 540/90
Autor: Deputado Antero de BarrosDirigido ao: Ministro da AgriculturaAssunto: Programa de Desenvolvimento
dos Cerrados
I - Relatório
Através do requerimento em análise, o Sr.Deputado Antero de Barros solicita à Mesao encaminhamento de pedido de informaçõesao Sr. Ministro da Agric.\lltura, visando obteresclarecimentos acerca do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados firmado entreo governo brasileiro e japonês, nos seguintestermos:
1. Quando se iniciaram e se concluíramos projetos conhecidos como Proceder I elI?
2. Qual foi o montante de investimentos,brasileiros e japoneses, previstos e efetivamente aplicados nesses dois projetos e qualfoi o cronograma de desembolso dos recursos?
3. Sob que forma e condições financeirasforam aportados os recursos de instituiçõesjaponesas?
4. Quais foram as empresas e/ou instituições governamentais, brasileiras e japonesas,que investiram no programa e qual o montante que coube a cada uma?
5. Em termos de resultados, qual foi ovolume anual da produção, prevista e efetivamente obtida, por tipo de produto?
6. Sobre a comercialização da produçãoobtida, qual foi o volume comercializado, interna e externamente, e quais foram os mercados importadores?
7. Qual foi a renda gerada, ano a ano,com as exportações realizadas?
8. Qual a área envolvida em ambos osprojetos, sua localização e forma de obtenção?
9. Quantas famílias de agricultores foramenvolvidas em ambos os projetos e quais foram os critérios de seleção e admissão?
10. Qual é a situação jurídica, administrativa e financeira da Campo - Companhiade Promoção Agrícola?
11. Que papel desempenharam nesseprograma as cooperativas agrícolas e quaisforam elas?
12. O governo brasileiro vem fazendo negociações junto ao governo japonês para arenovação e ampliação do acordo que deuorigem ao Prodecer?
13. Caso afirmativo, quais são os parâmetros previstos para esse acordo (prazos, volume dos investimentos, metas quantitativasem termos de área a ser explorada, produçãoa ser atingida, tipos de produtos, agricultoresa serem envolvidos, critérios de seleção e admissão etc.)? Que condicionamentos vêmsendo levantados pelo governo japonês quanto à produção, à comercialização e à aquisição de equipamentos dentro do Programade Desenvolvimento dos Cerrados?
fi - Voto do Relator
Manifesto-me pelo encaminhamento dopedido, cujos fundamentos guardam conformidade com as normas que disciplinam o assunto.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
5720 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator pelo encaminhamento doRequerimento de Informação n' 540/90, formulado pelo Senhor Deputado Antero deBarros ao Senhor Ministro da Agricultura,sobre o Programa de Desenvolvimento dosCerrados.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 541190
Senhor Presidente.Solicito, nos termos do art. 50, § 2', da
Constituição Federal, e do art. 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.sejam solicitadas à Excelentíssima Ministrade Estado da Economia. Dra. Zélia Cardosode Mello, as seguintes informações: -1-quais as linhas de crédito que a Caixa
Econômica Federal em São Paulo possui paraatender os tomadores de dinheiro para usona construção civil, indicando aquelas quepodem ser utilizadas por empresas construtoras e incorporadoras de prédios de apartamentos, e as que podem ser utilizadas porpessoas físicas para construção de casa própria. esclarecendo, nesse último caso, os critérios para a concessão do empréstimo;
2 - quantos empréstimos, com os seus respectivos valores, já foram concedidos em favor da. Empresa Tonin EmpreendimentosImobiliários Ltda.. com sede na cidade deIndaiatuba. no período de 1983. até a presente data.
Sala das Sessões. 8 de maio de 1990. Deputado Gumercindo Milhomem, Líder doPT.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN° 541190
Autor: Deputado Gumercindo Milhomem
Dirigido à: Ministra da Economia. Fazenda e Planejamento
Assunto: linhas de crédito da Caixa Econômica Federal. em São Paulo, para atendimento à construção civil.
I - RelatórioCom o requerimento sob exame. o Sr. De
putado Gumercindo Milhomem pretende obter esclarecimentos da Sr' Ministra da Economia, Fazenda e Planejamento a respeito doseguinte:
1. quais as linhas de crédito que a CaixaEconômica Federal em São Paulo possui paraatender os fumadores de dinheiro para usona construção civil. indicando aquelas quepodem ser utilizadas por empresas construtoras e incorporadoras de prédios de apartamentos, e as que podem ser utilizadas porpessoas físicas para construção de casa própria. esclarecendo. nesse último caso. os critérios para a concessão do empréstimo;
2. quantos empréstimos. com os seus respectivos valores, já foram concedidos em favor .da Empresa Tonin Empreendimentos
Imobiliários Ltda., com sede na cidade deIndaiatuba, no período de 1983, até a presente data.
11 - Voto do Relator
O nosso voto é pelo encaminhamento dopedido. visto que se acha devidamente amparado nas regras atinentes à matéria.
Sala das Reuniões da Mesa, dezesseis demaio de 1990. - Deputado Inocêncio Olivei·ra, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator. pelo encaminhamento doRequerimento de Informação n° 541190, formulado pelo Senhor Deputado GumercindoMilhomem à Senhora Ministra da Economia.Fazenda e Planejamento, sobre linhas de crédito da Caixa Econômica Federal, em SãoPaulo, para atendimento à construção civil.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN' 544/90
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados
Tendo presente artigo publicado no jornalO Globo, de 8 do corrente, sob o título "UmRombo na gestão do lapas", de autoria deJ. Carlos de Assis, denunciando falta de critério e legalidade nos gastos do lapas, na gestãodo ex-Ministro Jáder Barbalho, comprometendo cerca de um quarto do orçameto daquela Instituição, enquanto esta Casa se depara com o impasse que perdura desde aquelagestão. pela suposta falta de recursos financeiros para o custeio dos benefícios propostospara os trabalhadores filiados à PrevidênciaSocial, a1reditamos que tais fatos devam seresclarecidos para a, ápuração da verdade erespectiva responsabilidade. Já na gestão doex~ministro Raphael de Almeida Magalhãesaconteceram denúncias de má aplicação dosvultosos recursos financeiras da PrevidênciaSocial, sem que até hoje se tenha tido qualquer esclarecimento de responsabilização.Hoje, insistimos no esclarecimento de, umae outra situação, motivos por que anexamosa matéria jornalística referida, para encaminhamento ao Executivo de pedido de informações a respeito da procedência das denúncias e providências decorrentes.
Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. Deputado Victor Faccioni.
Terça-feira, 8 de maio de 1990 - O Globo
UM "ROMBO" NA GESTÃO DO lAPAS
J. Carlos de Assis
Acobertados pelo chamado Plano de Ação1989/90, de iniciatva do ex-Ministro JáderBarbalho, os contratos de prestação de serviços de terceiros, nas áreas de auditoria externa de consultoria de informática, custaramao lapas. no ano passado, o equivalente aum quarto de todo o seu orçamento. ForamNCz$ 1.594 milhões em valores correntes.cifra 22% superior de todo o gasto de pessoaldo Instituto, que ficou em NCz$ 1.303 milhões. No ano anterior, 1988, os serviços de
terceiros haviam representado 14.8% do orçamento.
Antes mesmo da efetivação, alguns dessescontratos haviam sido questionados por órgãos técnicos do próprio Ministério da Previdência, sob a alegação de que se referiama serviços que já estavam sendo realizadospela Dataprev, ou que podiam ser feitos pelosórgãos internos. O primeiro parecer formalcontrário foi ignorado, de sorte que os demaisforam assinados sem consulta aos setores técnicos. Através de um preposto, o assessorSílvio Cordeiro, o então Presidente do lapas,Antônio Pinho Brasil, montou um esquemade gerenciamento inteiramente à margem doscontroles formais.
Uma auditoria interna, iniciada na gestãopassada, constatou diversas irregularidadesnos contratos e encaminhou aos órgãos decontrole do Ministério do Trabalho e da Previdência relatórios parciais que são verdadeiros libelos contra os antigos administradoresdo Instituto. O descalabro chegou ao pontode uma empresa de consultoria. a Brasilconsult, ser contratada para supervisionar os serviços prestados pelas demais, de sorte queos pagamentos eram feitos com base exclusivamente em seus pareceres, inclusive no quese referia aos próprios supostos serviços.
De acordo com o levantamento da auditoria, os preços dos serviços foram claramentemanipulados, com o provável intuito de confundir os órgãos de controle. Assim. paraum mesmo contrato, havia um preço parapublicação no Diário Oficial, outro para divulgação em edital de licitação; outro parafixação contratual; outro para efeito de reajustes; outro para complementação atravésde termos aditivos e. finalmente, outro parao efetivo pagamento. não raro antes do prazolegal. Houve duplicidade de serviços contratados entre as próprias empresas, invadindoatribuições dos serviços internos do lapas ecom superposições de tarefas e atividades.Enfim. os serviços eram atestados como "acontento" por pessoa estranha ao quadro permanente do Instituto - no caso, o assessorda Presidência. Sílvio Cordeiro. que liberavadessa forma o pagamento das duplicatas.
Os contratos ficaram a cargo de 12 empresas ou consórcios. São os seguintes, com osrespectivos valores pagos, corrigidos paraabril último: Consórcio Intertec/Cetil/Beldata, Cr$ 121.469 mil; Tecnosolo S.A. (trêscontratos), Cr$ 73.248 mil. Cr$ 8.763 mil eCr$ 137.749 mil; Maia Mello Engenharia Ltda, Cr$ 30.215 mil; Campiglia, Bianchessi &Cia, Auditores, Cr$ 115.597 mil; Brasiconsult(dois contratos), Cr$ 140.918 mil e Cr$ 30.817mil; Consórcio LEG/Rede, Cr$ 70.184 mil;Arthur Andersen S/C, Cr$ 17.497 mil; Anemberb - Recursos Humanos. Consultoria eTreinamento S/C Ltda., (dois contratos), Cr$19.359 mil e Cr$ 37.754 mil; Astel- Assessores Técnicos Ltda., Cr$ 18.992 mil; PI~nacEngenharia S/C Ltda., Cr$ 24.226 mil; e IMS- Informações, Microfornas e Sistemas Ltda, Cr$ 28.920 mil.
Não obstante a evidência das irregularidades apontadas, até o momento não houve
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5721
qualquer providência do INSS, novo órgãoque incorporou o lapas, ou mesmo do Ministério do Trabalho e da Previdência, no sentido de determinar a abertura de inquéritosa fim de caracterizar as responsabilidades.Independente disso, a auditoria prossegue.Qualquer que seja o desfecho, dificilmenteserão aprovadas as contas dos últimos gestores do órgão arrecadador e pagador da Previdência Social.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO])]3, INFORM~ÇÕES. N" 544/90
Autor: Deputado Victor FaccioniDirigido ao: Ministro do Trabalho e
da Previdência SocialAssunto: Procedência de denúncias e
providências decorrentes da falta de critério e legalidade n"' gastos do lapas
I - Relatório
Através deste requerimento, Sr. DeputadoVictor Faccioni pretende que o Sr. Ministrodo Trabalho e da Previdência Social presteesclarecimentos a esta Casa acerca da procedência das denúncias e providências decorrentes da falta de critério e legalidade nosgastos do lapas, nas gestões dos ex-MinistrosJáder Barbalho e Raphael de Almeida Magalhães.
O autor da proposta fl,mdamenta seu pedido em artigo publicado no jornal O Globode 8 do corrente, sob o título "Um rombona gestão do lapas", de autoria de J. Carlosde Assis.
11 - Voto do Relator
Manifesto-me pelo encaminhamento dopedido, amparado que está nos dispositivosconstitucionais e regimentais relativos à matéria.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação n' 544/90, formulado pelo Senhor Deputado Victor Faccioni ao Senhor Ministro do Trabalho e da Previdência Social, sobre providência de denúncias e procedências decOrrentes da falta decritério e legalidade nos gastos do lapas.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃON' 545/90"
(Deputado Eduardo Jorge)
Solicita informação ao Ministro daSaúde sobre os recursos dos antigos Ministério da Saúde e Ministério da Previdência Social gastos com saúde no Brasilnos anos de 1987, 1988, 1989 e 1990.
Sr. Presidente:Requeremos, nos termos do art. 50, § 2",
da Constituição e do art. 115, inciso I, do
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, seja solicitado ao Ministro da Saúde oseguinte:
1. Relação dos recursos federais gastos,com saúde nos anos de 1987, 1988. 1989 e1990 discriminados pelos seguintes itens:
a) discriminar origem pelo Ministério daSaúde e Ministério da Previdência Social(Antigos);
b) discriminar por Estado da federação;c) discriminar por cada Estado da federa
ção os gastos com os serviços próprios doMinistério da Saúde e do Ministério da Pr~vi
dência Social;d) discriminar por Estado da federação os
gastos com Rede privada: AIH e Contas Ambulatoriais;
e) discriminar por cada Estado da federação gastos com Rede estadual;
O discriminar por cada Estado da federação gastos com redes municipais, discriminando município por município.
Justificação
É do maior interesse o acesso a esses dadospara uma avaliação da forma como yem sedistribuindo os recursos federais da Area daSaúde no Brasil. .
De posse desses dados podem os Deputados e Entidades fazerem propostas mais eficientes e aprimoramento desses serviços sociais. -:- Eduardo Jorge, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃON° 545/90
Autor: Deputado Eduardo JorgeDirigido ao: Ministro da SaúdeAssunto: Recursos dos antigos Minis-
térios da Saúde e Ministério da Previdência Social gastos com saúde no Brasilnos anos de 1987,1988, 1989 e 1990.
I - Relatório
Com o requerimento sob exame, o Sr. Deputado Eduardo Jorge pretende obter esclarecimentos do Sr. Ministro da Saúde acercadas seguintes questões:
1. Relação dos recursos federais gastos,com saúde nos anos de 1987, 1988, 1989 e1990 discriminados pelos seguintes itens:
a) discriminar origem pelo Ministério daSaúde e Ministério da Previdência Social(Antigos);
b) discriminar por Estado da federação;c) discriminar por cada Estado da federa
ção os gastos com os serviços próprios doMinistério da Saúde e do Ministério da Previdência Social;
d) discriminar por Estado da federação osgastos com Rede privada: AIH e Contas Ambulatoriais;
e) Discriminar por cada estado da federação gastos com Rede estadual;
O Discriminar por cada estado da federação gastos com redes municipais, discriminando município por município.
A justificação da iniciativa baseia-se no interesse ao acesso aos dados solicitados, para
uma avaliação da forma como vem se distribuindo os recursos federais na área da saúdeno Brasil.
É o relatório.
11 - Voto do Relator
Manifesto-me pelo encaminhamento dopedido, apoiado que está nas regras atinentesà matéria.
Sala das Reuniões da Mesa. 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação n" 545/90, formulado pelo Senhor Deputado Eduardo Jor'ge ao Senhor Ministro da Saúde, sobre recursos dos antigos Ministérios da Saúde e Ministério da Previdência Social gastos com saúdeno Brasil nos anos de 1987.19881989 e 1990.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN·54i,-ÕEi990~
(Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações ao Ministério daJustiça sobre reconhecimento da Empre·sa Golden Cross como entidade de utili·dade pública federal.
Sr. Presidente,Nos termos do que dispõe o artigo 50, §
2~, da Constituição Federal e os artigos 115e 116 do Regimento Interno da Câmara dosDeputados, requeiro a Vossa Excelência que,ouvida a Mesa, sejam solicitadas ao Ministério da Justiça, as seguintes informações:
1. A Golden Cross possui o reconhecimento de entidade de utilidade pública federal;
2. Em caso afirmativo, quando o reconhecimento foi concedido.por este Ministérioe o que motivou reconhecimento como entidade de utilidade pública;
3. A Golden Cross já teve o reconhecimento de utilidade pública cancelado por esteMinistério? Em caso afirmativo, quais os fundamentos que motivaram o restabelecimentoda referida utilidade pública? Solicito cópiados respectivos pares::eres.
Justificação
Ao reconhecer, através de Decreto Presidencial, entidades como de utilidade pública,o Estado exerce o seu poder discricionário,ou seja, avalia em cada caso, a conveniência,o interesse e a oportunidade da concessão.
Essa discricionaridade estatal está sujeita,no entanto, a requisitos essenciais a serempreenchidos pela entidade objeto da t:onces~ão, previstas na legislação pertinente, taiscomo a ausência de fins lucrativos, a gratuidade dos serviços prestados por seus diretorese membros, entre outros.
Tais exigências têm caráter cumulativo, detal modo que o desatendimento de um s6dos requesitos é suficiente para inibir, ou se-
572,2 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
ja, vetar, o reconhecimento da entidade deutilidade ·piíblica. '
Essa concessão graciosa por parte do PoderPúblico, levando em conta a atuação de determinada entidade junto à coletividade, poderá ser revogável a qualquer tempo se comprovada a não-adequação ou desvirtuamentoda atuação da entidade reconhecida.
Por tudo isso, solicito que o Ministério daJustiça informe se a Empresa Golden Crosspossui o reconhecimento como entidade deutilidade pública, quais os motivos que fundamentaram tal reconhecimento ou se esse reconhecimento foi revogado.
Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. Fábio Feldmann, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN9 547/90
Autor: Deputado Fábio FeldmannDirigido ao: Ministro da Jus~l.çaAssunto: Reconhecimento da Empre-
sa Golden Cross como entidade de utilidade, pública federal.
I - Relatório
Através do requerimento em análise, o Sr.Deputado Fábio Feldmann solicita o encaminhamento de pedido de informações ao Sr.Ministro da Justiça, visando obter os esclarecimentos abaixo:
1. A Golden Cross possui o reconhecimento de entidade de utilidade pública federal;
2. Em caso afirmativo, quando o reconhecimento foi concedido por este Ministérioe o que motivou tal reconhecimento comoentidade de utilidade pública;
3. A Golden Cross já teve o reconhecimento de utilidade públicacancelado por esteMinistério? Em caso afirmativo, quais os fundamentos que motivaram o restabelecimentoda referida utilidade pública? Solicito cópia.dos respectivos parecere~.
Na justificação da iniciativa, consta que noprocesso de reconhecimento de utilidade púbIlca, deve-se avaliar, em cada caso, a conveniência, o interesse e a oportunidade da concessão, além do que a entidade não deve terfins lucrativos, observando-se também a gra
:tuidade dos serviços prestados por seus diretor~ e membros.
Eis o relatório.
11 - Voto do Relator
A proposif;ão encontra-se devidamenteamparada nas regras atinentes ao assunto.
O nosso voto é, pois, pelo encaminhamento do pedido, como requerido.
Sala das Reuniões da Mesa, f6 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento dorequerimento de informação'n9 547/90, formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao -Senhor Ministro da Justiça, sobre
reconhecimento da Empresa Golden Crosscomo entidade de utilidade pública federal.
. Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN·548/9O
(Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações ao Presidente daRepública sobre alterações na coberturavegetal da Amazônia Legal e ações dosórgãos federais naquela Região.
Senhor Presidente,Requeiro, nos termos da Constituição Fe
deral e do Regimento Interno desta Casa,sejam solicitadas as seguintes informações aoExcelentíssimo Presidente da República, SI.Fernando Collor de Mello, nos seguintes termos:
1. Extensão da alteração da cobertura vegetal na Amazônia Legal até 1989, com baseno "Atlas de Alteração dá Cobertura Vegetalda Amazônia" elaborada pelo Instituto dePesquisas Especiais - INPE para a Presidência da República no âmbito do ProgramaNossa Natureza, especificando em cartas geográficas, por Unidade da Federação, as áreasdos principais biomas alterados. .
2. Cópia completa dos volumes que compõem o "Atlas" acima referido para depósitona Biblioteca do Congresso Nacional.
3. Descrição dos esforços e quantificaçãodos recursos alocados para avaliações da cobertura vegetal em 1990 e nos próximos anos.
4. Identificação através de informaçõesgeográficas das áreas queimadas em 1987,1988, 1989 e 1990, discriminando as de usoagrícola das naturais.
5. Relatório das atividades do convênioINPE/IBAMA nos exercícios de 1988 e 1989,quantificando as comunicações de ocorrências de queimadas por parte do INPE e aatuação por parte do IBAMA, relacionandoas propriedades onde foram identificados osfocos de incêndios e seus respectivos proprietários; a extensão de área queimada em cadaocorrência, e as medidas administrativas ejudiciais, civis e penais, determinadas/implementadas para punir os responsáveis e impora promoção da recuperação dos ambientesdegradados. O relatório de atividade deverácontemplar a quantificação por Unidade daFederação, dos casos de comunicações dequeimadas.porparte do INPE, que nãe foramobjeto de verificação de campo, discriminando os motivos que impediram tal ação. Deverão ser especificados os casos de insuficiênciade recurs.os humanos, materiais e orçamentários.
6. Quantificação do total de autuaçõesaplicadas a proprietários beneficiados por incentivos fiscais, relacionando, por localidade,as respectivas propriedades e tipo de incentivo fiscal.
7. Discriminar nos exercícios de 1988 e1989 do convênio INPE/IBAMA as dotaçÕesorçamentárias inicial e final e a despesa reali-
zada, relacionando os recutsos.materiais epessoal alocados.
8. Discriminar para o presente exercíciodo convênio a dotação orçamentária e os recursos humanos. e materiais alocados.
9. Relação. por Unidade da Federação,das necessidades de suplementação de recursos do INPE e IBAMA para o pleno exercíciodas atividades de campo e referentes à prevenção, detecção e controle de queimadas.
10. Quais as extensões. localizadas, volumes extraídos. empresas envolvidas no "Logging" legal. especificando os casos nos quaisa atividade é beneficiária de incentivo fiscal?Expor as medidas implementadas. especificando os recursos orçamentários. materiaise humanos locados, para coibir o "logging"ilegal e para punir os responsáveis pela atividade ilegal.
11. Qual o amparo técnico-científico eoperacional para autorizar o "logging", jáque não há exemplos consistentes no mundotropical e as pesquisas correlatas no Brasilsão incipientes?
Justificação
Considerado o texto constitucional maisavançado do mundo no que se refere à preservação do meio ambiente, a nossa Carta Magna estabelece para o Pôder Público o deverde promover mecanismos de proteção deáreas de relevante interesse ecológico. comoé o caso da Floresta Amazônica tal incumbência não cabe apenas ao Poder Executivo,uma vez que devem ser definidas através doprocesso legislativo as formas de condiçõesde ocupação dessas áreas.
Para terem eficácia. as leis e os programasgovernamentais de preservação ambientaldevem ser elaboradas à luz do conhecimentoprévio das características fisiográficas e ecológicas e das formas de degradação dos processos naturais a serem protegidos em harmonia com as demandas do desenvolvimentoeconômico. No caso dos espaços geográficosde preservação permanente, os dados sobreextensão e distribuição espaciais adquiremimportância fundamental. na medida em quedevem ser o ponto de partida para a formulação de plano de zoneamento ecológico ede programas de monitoramento ambiental.
Com relação à Amazônia Legal, a compreensão integral dos múltiplos fatores ambientais da região tem sido objeto de esforçosmuitas vezes obstinados de pesquisadoresque há anos resistem ao descaso governamental. Apesar das limitações de seus recursos, algumas instituições geraram conhecimentos científicl)s aplicáveis a estudos de impactos físicos, ecológicos e sócio-econômicosde projetos já implantados ou previstos pa.pa Amazônia. Tais conhecimentos, no entanto, não compreendem informações sobre aextensão das áreas naturais e alteradas dosdiversos biomas da região.
É necessário portanto, determinar a extensão e os limites da cobertura vegetal natural,bem como das áreas alteradas de toda a Amazônia Legal - uma região de ~erca de cincomilhões de quilômetros quadrados. onde uma
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5723
densa formação florestal sofre em suas bordasa preSSão descontrolada da expansã~ da fronteira agropecuária e do extrativismo predatório, desencadeada há cerca de três décadaspor políticas governamentais inconseqüentes. Os dados mais recentes da extensão dodesmatamento na região foram objeto dodescrédito científico e da desmoralização per:lllte a opinião pública. Com base nas conclusões de um trabalho do Instituto de PesquisasEspaciais, há pouco mais de um ano o entãoPresidente da República afirmou, ao apresentar o "Programa Nossa Natureza", quedesde o descobrimento do Brasil haviam sidodesmatados 5,12% da Amazônia Legal, o queequivale a 251,4 mjI''quilômetros quadrados.Depois de um meti.ciIloso e ágil trabalho investigatjvo de jornalista da Folha de São Paulo (14-4-90, pág. G-3), o "Instituto" poi forçado a reformular esses resultados, esclarecendo que o dado sqbre o total de área desmatada.não considerava 93,5 mil quilômetrosquadrados desmatada antes da década de 60.Em alguns simpósios realizados no ano passado, pesquisadores de diferentes instituiçõesr.eclamaram da insuficiência de informações.sobre a metod$llogia empreg~da nessa avaliaç~o, qu~.foi .sup'J.ariamente descrita no relatóno técmco finàl elaborado em dezembro. Emvez de esclarelJer as .dúvidas :que foram apresentadas, o doêumento' veio a acrescentar outras, apresentando dados sobre áreas de extensos desmatamentos que não foram objetode análise de imagens de satélite, como noNorte de 'Mato Grosso.
No ano passado, com o final da estaçãoseca na Amazônia, durante a qual a vegetação recém-derrubada e queimada, o Institutode :pesquisas Espaciais deu início a outro trabalho de avaliação da área desmatada, cujoúnico resultado até agora di~ulgado é um ma:peamento sem quantificação da extenssão dodesflorestamento. Para fundamentar a elaboração de mecanismos que assegurem o efetivocumprimento dos preceitos constitucionais depreservação de áreas definidas como patrimônio nacional, tal resultado é insuficientecomo base de dados sobre desmatamento.Além da cobertura vegetal alterada, é precisotambém definir a extensão das matas, cerrados, campos de várzea e de terra fjrme. Epara que seja possível ã comunidade apreciaro trabalho gerador de tais informações, é necessário respaldá~lo com outras sobre a metodologia nele e!llpregada, com a clareza etransparência que a ética científica impõe.
Em convênio com o extinto Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF),hoje incorporado ã estrutura do InstitutoBrasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o INPE iniciou.em ~987 o monitoramento de queimadas naAmazônia Legal através de imagens geradaspor satcilites meteorológicos apesar das controvérsias sobre o cálculo de áreas de ocorf~ias de queimadas a partir da interpreta~o dessas imagens ficou evidente a importância da utilização do satélite NOAA para·detectar focos de incêndids na região. Sabemos, por outro lado, que o fogo está sendo,
nos últimos anos, substituído por outro agente destruidor, mas sutil, porém igualmentedestrutivo. Trata-se das licenças para autorização de desmatamento em regime "Autosustentado", conhecido no exterior como"creaming" ou "Iogging", responsáve~ peladestruição das florestas tropicais da Africae da Ásia. Temos conhecimento de que em1989 foram expedidas 4.000 autorizações para este tipo de predação. O mais grave é queo Governo confessa que o "Iogging" clandestino é pelo menos a duas vezes superior aesta cifra, e que nas atuais circunstâncias nãohá como controlá-lo.
Considerando que não é possível implementar políticas públicas sem recursos orçamentários, meios materiais e pessoal habilitado solicitamos as informações sobre as atividades do convênio INPE/IBAMA de formaa que se possa avaliar a eficiência e correçãodas políticas adotadas pelos diversos 1\rgãospúblicos envolvidos, mas também as limitações que foram impostas eIJl função de restrições orçamentárias e da possível falta de quadros em número e habilitação. É necessário'avaliar também as conseqüências práticas dasatividades desenvolvidas adotadas com o fimde impor ao poluidor a obrigação de recuperar omeio ambiente degradado e as penasda lei.
Sala~ Sessões, de maio de 1990. -Fábio Feldmann, Deputado Federal.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMEt-fT() DE INI:ORMÃÇÕESN" 548/90'
Autor: Deputado Fábio FeldmannDirigido ao: Secretário-Geral da Pre
sidência da RepúblicaAssunto: Alteração na cobertura ve
getal da Amazônia Legal e ações dosórgãos federais naquela região.
I - Relatório
Caiu o requerimento em epígrafe, o Sr.Deputado Fábio Feldmann pretende obter,através do Sr. Secretário-Geral da Presidência da República, os esclarecimentos abaixoenumerados:
1. Extensão da alteração da cobertura vegetal na Amazônia Legal até 1989, com baseno "Atlas de Alteração da Cobertura Vegetalda Amazônia" elaborado pelo Instituto dePesquisas Espaciais - INPE para a Presidência da República no âmbito do Program,aNossa Natureza, especificando em cartas geográficas, por Unidade da Federação, as áreasdos principais biomas alterados.
2. Cópia completa dos volumes que compõe o "Atlas" acima referido para depósitona Biblioteca do Congresso Nacional.
3. Descrição dos esforços e quantificaçãodos recursos alocados para avaliações da cobertura vegetal em 1990 e nos próximos anos.
4. Identificação através de informaçõesgeográficas das áreas queimadas em 1:987,1988, 1989 e 1990, discriminando as de usoagrícola das naturais.
5. Relatório das atividades do convênioINPE/IBAMA nos exercícios de 1988 e 1989,quantificando as comunicações de ocorrências de queimadas por parte do INPE e aatuação por parte do IBAMA, relacionandoas propriedades onde foram identificados osfocos de incêndios e seus respectivos proprietários; a extensão de área queimada em cadaocorrência, e as medidas administrativas ejudiciais, civis e penais, determinadas/implementadas para punir os responsáveis e impora promoção da recuperação dos ambientesdegradados. O relatório de atividade deverácontemplar a quantificação por Unidade daFederação, dos casos de comunicações dequeimadas por parte do Ir:-wE, que não foramobjeto de verificação de campo, discriminando os motivos que impediram tal ação. Deverão ser especificados os casos de insuficiênciade recursos humanos, materais e orçamentários.
6. Quantificação do total de autuaçõesaplicadas a proprietários beneficiados por incentivos fiscais, relacionando, por localidade,as respectivas propriedades e tipos de incentivo fiscal.
7. Discriminar nos exercícios de 1988 e1989 do convênio INP.E/IBAMA as dotaçõesorçamentárias inicial e final e a despesa realizada, relacionando os recursos materiais epessoal alocados.
8. Discriminar para o presente exercíciodo convênio a dotação orçamentária e os re~
cursos humanos, e materiais alocados.9. Relação, por Unidade da Federação,
das necessidades de suplementação de recursos do INPE e IBAMA para o pleno exercíciodas atividades de campo e referentes à pre-~
venção, detecção e controle de queimadas.10. Quais as extensões, localizações, vo
lumes extraídos, empresas envolvidas no loggiog legal, especificando os casos nos quaisa atividade é beneficiária de incentivo fiscal?Expor as medidas implementadas, especificando os recursos orçamentários, materiaise humanos locados, para coibir o logging ilegal e para punir os responsáveis pela ativi- .dade ilegal.
11. Qual o amparo técnico-científico eoperacional para autorizar o "logging", jáque não há exemplos consistentes no mundotropical e as pes'tuisas correlatas no Brasilsão incipientes?
A justificação da iniciativa assenta-se nanecessidade de conhecimento das atividadesdo convênio INPE/IBAMA; de forma a quese possa avaliar a ~ficiência e correção daspolíticas adotadas pelos diversos órgãos públicos envolvidos, com o fim de impor ao.poluidor a obrigação de recuperar o meioam\:Jiente degradado e as penas da lei.
E o relatório.
11 - Voto do Relator
O nosso voto é pelo encaminhamento dopedido, amparado que está nas normas atinentes ã matéia.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
5724 Sábado 26 DIÁRJQ!lQ CONGBES~ON~CIO~1\L(Seção{)
m ~ Parecer da Mesa
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhanhento dorequerimento de informação n9 548/90, formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao Senhor Secretário-Geral da Presidência da República, sobre alteração na cobertura vegetal da Amazônia Legal e açõesdos órgãos federais naquela região.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Dutra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMJ\ÇÕESN; 549,-DE 199IJ "
(Deputado Fábio Feldmann)
Solicita informações ao Ministro daMarinha, ao Secretário da CIRM-Comissão Interministerial para os Recursos doMar e Secretário de Meio Ambiente sobreposicionamento do Brasil com relação àpesca da baleia.
Sr. Presidente,Nos termos do que dispõe o artigo 50, §
29, da Constituição Federal e os artigos 115e 116 do Regimento Interno da Câmara dosDeputados, requeiro a Vossa Excelência que,ouvida a Mesa, sejam solicitadas ao Ministroda Marinha, ao Secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar e aoSecretário do Meio Ambiente, as seguintesinformações:
1." Se o Ministério da Marinha, atravésda SECIRM-Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos dó Mar, está envolvido em algum projeto ou discussões, em foros internos ou internacionais, de restauraçãoda caça à baleia na costa brasileira. Caso afirmativo; solicito cópias das atas e memóriasdas reuniões, nomes dos participantes e representantes brasileiros, cópias dos projetose outros documentos.
2. Se a CIRM, através da SECIRM, estápromovendo consultas aos órgãos científicose conservacionistas governamentais e não-governamentais brasileiros envolvidos na questão? Caso afirmativo, solicito cópias dos documentos.
3. Se a delegação brasileira à próximareunião da Comissão Internacional para apesca da baleia terá orientações específicasa respeito de solicitaçã%btenção de cotasde captura de baleias para o Brasil.
4. Se o assunto está sendo discutido ouserá proposto para discussão nas próximasreuniões da CIRM.
5. Solicito ainda posicionamento oficialda SECIRM e Secretaria de Meio Ambientesobre o assunto.
Justificação
Em dezembro de 1987 foi aprovada, noCongresso Nacional, lei que "proíbe a pesca,ou qualquer forma de molestamento intencional de toda espécie de cetáceo nas águasjurisdicionais brasileiras", protegendo as baleias, golfinhos, leões-marinhos, focas.De~e os tempos de colônia, temos uma
tradição de massacre de baleias no Brasil.Os caçadores chegavam ao requinte de cruel-
dade de primeiro matar os filhores (sabendoque as mães não sairiam de perto) para, depois, matar as fêmeas (sabendo que os machos não as abandonam por nada). Com otempo, os barcos ganharam canhões, e o massacre se tomou industrial. As baleias foramdesaparecendo. As empresas caçadoras também. Restou uma única, a Copesbra, no litoral da Paraíba, filial da japonesa Nippon Reizo KK. A empresa foi autorizada a matarcerca de 600 baleias ninke por ano, basicamente para fornecer carne ao 1p.ercado japonês. O Brasil começou a reconhecer o absurdo, primeiramente através das organizaçõesecológicas que passaram a exigir o fim domassacre. A partir de 1985, a situação se precipitou. O Deputado Gastone Righi, de SãoPaulo, foi convidado a participar de uma caçada como um "programa tuóstico". Voltouda caçada e redigiu o projeto de lei que proibia a caça e qualquer tipo de molestamentoa maníferos marinhos no litoral brasileiro.Com muito esforço a proposta foi aprovadana Câmara dos Deputados. Nesse meio tempo, a imprensa e as entidades ambientalistas,através de enorme pressão conseguiram queo então Presidente José Sarney decretasseuma moratória de 5 anos na caça à baleianas costas brasileiras. Finalmente, em 1987,o projeto foi aprovado e as baleias protegidasnas costas brasileiras.
Temos informações de que na 41- Reuniãoda Comissão Internacional da Baleia-CIB,realizada em junho de 1989 na CalifórniaUSA, iniciou-se discussão de reestabelecimento de cota de captura para o Brasil, apartir de posições relativas aos problemascriados com a atual cota zero de captura.Essas posições deverão ser definidas na próxima reunião da CIB, a ser realizada em junhona Holanda.
Põrtanto, as informações que ora solicitamos são de fundamental importância aoacompanhamento à implementação da lei deproteção à baleia, duramente conquistada pelo movimento ambientalista brasileiro.
Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. Deputado Fábio Feldmann.
REQUERIMENTO º~_INFORMAÇÕESN° 549/90
Autor: Deputado Fábio FeldmannDirigido ao: Ministro da Marinha e
ao Secretário-Geral da Presidência daRepública
Assunto: Posicionamento do Brasilcom relação à pesca da baleia.
I - Relatório
Com o presente expediente, o Sr. Deputado Fábio Feldmann dirige pedido de informações ao Sr. Ministro da Marinha e ao Secretário-Geral da Presidência da República,a fim de que, através da Secirm e do Secretário do Meio Ambiente, respectivamente,sejam prestad"os esclarecimentos a esta Casanos seguintes termos:
1. Seo Ministério da Marinha, através daSecirm - Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, está envolvido em algum projeto ou discussões, em foros internos ou internacionais, de restauraçãoda caça à baleia na costa bra"sileira. Caso afirmativo, solicitô cópias das atas e memóriasdas reuniões, nomes dos participantes e representantes brasileiros, cópias dos projetose outros documentos;
2. Se a CIRM, através da Secirm, está pro~
movendo consultas aos órgãos científicos econservacionistas governamentais e não-governamentais brasileiros envolvidos na questão? Caso afirmativo, solicito cópias dos documentos;
3. Se a delegação brasileira à próxima reunião da Comissão Internacional para a Pescada Baleia terá orientações específicas a respeito de solicitação - obtenção de cotas decaptura de baleias para o Brasil;
4. Se o assunto está sendo discutido ouserá proposto para discussão nas próximasreuniões da CIRM;
5. Solicito ainda posicionamento oficial da~ecirm e Secretaria de Meio Ambiente sobreo assunto.
Noticia a-justificação que em de2;embro de1987 o Congresso aprovou a lei proibindoapesca de baleia nas costas brasileiras, sendode fundamental importância os dados ora solicitados, tendo em vista o acompanhamentoda implementação da referida norma, vistoque na 41- Reunião da Comissão Internacional da Baleia - CIB, realizada em junhode 1989 na Califórnia - usA, iniciou-se discussão de reestabelecimento de cota de captura para o Brasil.
É o relatório.
II - Voto do Relator
Manifesto-me pelo encaminhamento dopedido, amparado que está nas regras atinentes à matéria.
Sala das Reuniões da Mesa, 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliviera, Relator.
fi - Parecer da Mesa
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento doRequerimento de Informação n9 549/90, formulado pelo Senhor Deputado Fábio Feldmann ao Senhor Ministro da Marinha e aoSenhor Secretário-Geral da Presidência daRepública, sobre posicionamento do Brasilcom relação à pesca da baleia.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Du·tra, Secretário-Geral da Mesa.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN- 559, DE 1990
Solicita informações ao ExcelentíssimoSenhOl: Ministro de Estado da Infra-Es·trutura, Dr. Ozires Silva, quanto à exis·tência de autorização, consessão ou permissão daquele Ministério à CEMIG Cia. Energética de 'Minas Gerais, relati·vamente ao aproveitamento dos cUr:!iOS
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5725
Do Sr. Deputado Mattos Leão, nos seguintestermos:
Brasília, 30 de março de 1990À Sua Excelência o SenhorDeputado Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos Deputados
Senhor Presidente,Tenho a honra de me dirigir a Vossa Exce
lência para comunicar que me filiei ao Partidoda Reconstrução Nacional - PRN, a partirde 30 de março de 1990.
Na oportunidade, reitero os protestos deelevada estima e consideração. - DeputadoMattos Leão, PRN - PRo
10. parecer técnico do DNAEE.A justificação da iniciativa assenta-se no
fato de que o Governador de Minas Geraisacionou propaganda oficial para anunciar aconstrução de 14 barragens em vários municípios do vale do Jequitinhonha. Alega o autor da proposta. por outro lado, que qualquerobra de geração de energia depende de autorização ou concessão federal, sem o que qualquer incursão do Governador nesses domínios é, no mínimo, ilegal e abusiva.
É o relatório.
11 - Voto do RelatorSomos pelo encaminhamento do pedido,
amparado que está nas normas relativas aoassunto.
Sala das Reuniões da Mesa. 16 de maiode 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
A Mesa, na reunião de hoje, aprovou oparecer do relator, pelo encaminhamento doRequerimento de Informação n" 559/90, formulado pelo Senhor Deputado Carlos Cottaao Senhor Ministro da Infra-Estrutura, sobreconcessão à Cemig, relativamente ao aproveitamento dos cursos d'água e de serviçose instalação de energia elétrica no vale doJequitinhonha-MG.
Brasília, 17 de maio de 1990. - Hélio Du·tra, Secretário-Geral da Mesa.
COMUNICAÇÃO
E3"".,
PR N II ARACAO or MAlTOS lE'AO FILHOr;,'.'." _."'.'...-1
n/. n., '<>.i
W i"'61~'''~'1 C;;~~.~:.. ~ '~::ANA Ir=;~·o~~_.... ""'.J~"''''.''.'.' IG~:'~~ O"":í~ 16666910604 INACI0 MARTINS-PR
IBI ...~ .....0.. ARACAO DE MATTOS lE'llD
~ .11 NABIA DE' MATTOS LEMªg ~ •••""••~I ."'."C'. I~~ ~ ~ FEDE'RAL SQN' :302- BL "H" - AP. 602
:! & , A'.s~'''~'u"..oo ~~'~I"OO~ 't 8 " .0' L/ ~"...v í "ii I li II~ ~1' í ~.,o~_ /0 7~·/fu..~ .J/2 'il c=.....".' ....".~~i' ••• ,.'o ....."••~
~ . jO.O:3.1990~ I o ..•,. ,""ULI".". • I
- - .. _.
cedida por autorizado estudo de viabilidadetécnica, a recomendar o empreendimento.Portanto, sem concessão federal, qualquerincursão do Governador nesses domínios é,no mínimo, ilegal e abusiva.
Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. Deputado Carlos Cotta.
GABINETE DO PRIMEIROVICE-PRESIDENTE
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN" 559/90
Autor: Deputado Carlos CottaDirigido ao: Ministro da Infra-Estru
truraAssunto: Concessão à Ceming, relati
vamente ao aproveitamento dos cursosd'água e de serviços e instalação de energia elétrica no vale do JequitinhonhaMG.
I - Relatório
Com o requerimento em epígrafe, o Sr.Deputado Carlos Cotta pretende obter esclarecimentos do Sr. Ministro da Infra-Estruturasobre a existência de autorização, concessãoou permissão da União à Cemig para o aproveitamento energético dos cursos d'água ede serviços e instalação de energia elétrica
.do vale do Jequitinhonha - MG, detalhando, em caso afirmativo, as seguintes informações:
1. data do pedido de autorização, concessão ou permissão para o aproveitamentoenergético dos cursos d'água e de serviçose instalação de energia elétrica no vale doJequitinhonha;
2. data de aprovação;3. critérios adotados no exame e aprova
ção do pedido;4. quantidade de energia a ser gerada;5. resultado do estudo de viabilidade téc-
nica;6. responsabilidade técnica;7. custo da obra;8. origem dos recursos financeiros;9. relação dos proprietários e posseiros
indenizados; e
d'água e de serviços e instalação de ener·gia elétrica no Vale do Jequitinhonha,Minas Gerais.
Senhor Presidente:Venho requerer a Vossa Excelência, nos
termos do art. 50, § 29 da Constituição Federal e na forma prevista nos arts. 115, incisoI e 116 do Regimento Interno, seja encaminhado ao Excelentíssimo Senhor Ministro deEstado da Infra-Estrutura, Dr. Ozires Silva,pedido de informações sobre a existência deautorização, concessão ou permissão daUnião, conforme prevê o art. 21, inciso XII,letra b da Constituição Federal, à Cia. Energética de Minas Gerais, para o aproveitamento energético dos cursos d'água e de serviçose instalação de energia elétrica do Vale doJequitinhonha, Estado de Minas Gerais, detalhando, em caso afirmativo, as seguintesinformações:
1 - Data do pedido de autorização, concessão ou permissão para o aproveitamentoenergético dos cursos d'água e de serviçose instalação de energia elétrica no Vale doJequitinhonha;
2 - Data de aprovação;3 - Critérios adotados no exame e aprova
ção do pedido;4 - Quantidade de energia a ser gerada;5 - Resultado do estudo de viabilidade
técnica;6 - Responsabilidade técnica;7 - Custo da obra;8 - Origem dos recursos financeiros;9 - Relação dos proprietários e posseiros
indenizados; e10 - Parecer técnico do Dnaee.
Justificação
Prometendo água e energia para o Valedo Jequitinhonha implantar indústrias e criarempregos; água e energia para perenizar osrios e irrigar lavouras, além de uma hidrelétrica, o Senhor Governador de Minas Geraisacionou a propaganda oficial para anunciara construção de 14 barragens em vários municípios do Vale.
A propaganda procura explorar o sentidodesenvolvimentista e social da obra, aparentando preocupação com "uma das regiõesmais carentes do Brasil" , como ressalta, masnão consegue esconder os reais propósitosde uma iniciativa de cínicos, que nada maisfez que legislar em causa própria, servindo-secriminosamente do Estado, com indisfarçávelmotivação pessoal, praticando abuso de pode~ e apropriações indevidas.
A primeira vista, uma pessoa menos avisada poderia supor que, sendo'a Cemig umaempresa energética, nada mais natural quese ocupasse com quaisquer projetos de geração de energia. Essa é a sua finalidade, paraisto foi constituf4a. Entretanto, por determinação legal e, mesmo, constitucional, qualquer obra de geração depende de autorizaçãoou concessão federal. Só a União Federalé competente para decidir se esse ou aqueleempreendimento pode ser intetado, de quemodo, quando e por quem. É a autorizaçãodo poder concedente e que será sempre pre-
5726 Sábado 26 DIÁRIO pO CONGRBSSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
o SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Finda a leitura do expediente, passa-seao
IV - PEQUENO EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Átila Lira
O SR. ÁTILA LIRA (PFL - PI. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, quero aproveitar o momento para relatar à Casa a situação dramática emque se encontra o povo piauense, devido àirregularidade do inverno neste ano.
Recentemente estive nos Municípios deElesbão Veloso e Francinópolis, e o que seconstata ali é a frustração total da safra, como agravante da falta de estoques dos principais cereais, como arroz, feijão e milho.
O Governo Estadual, até o momento, nadarealizou para superar as dificuldades e a fome, que já atinge os trabalhadores rurais esuas famílias, não apenas dessas cidades como também de outros municípios.
Procuramos o Ministério da Ação Socialpara obter uma resposta objetiva, em termos,de assistência às famílias já afetadas. Entretanto, a Comissão de Defesa Civil do Ministério está aguardando o relatório da Sudene.O que se nota é a insegurança do Governopara efetivamente agir no sentido de ajudaras populações daquelas e de outras regiões.
No Município de Dom Inocêncio, conforme depoimento do Padre Lira, fundador elíder da região, em 27 anos de luta contraa seca nunca houve uma batalha tão difícilquanto a do presente momento. Está-se ultimando o levantamento de todas as famíliasque se propõem a participar das frentes detrabalho, em troca de um salário-dia de Cr$30,00 e uma quota de alimentos básicos proporcionai ao número de dependentes de cadafamília. Mas isso por iniciativa da Prefeitura,dos sindicatos locais e da própria Igreja. DoEstado e do Governo Federal, nada.
Diz o Padre Lira, que, em quinhentas famílias já pesquisadas, in loco, três colheram feijão para o consumo, 55 colheram o suficientepara comer verde e o restante não colheugriio algum ao milho, a colheita foi simplesmente zero.
A Prefeitura de Dom Inocêncio sustou todos os investimentos em obras e vai aplicaros poucos recursos na estocagem de alimentos. Até agora, porém, não foi encontradonenhum saco de feijão e milho para comprar.
A região está acostumada à convivênciacom a seca. No passado, houve carência dechuvas em proporções muito maiores, masnunca fome generalizada como a deste ano.É urgente, pois, uma ação do Governo Federal, com medidas imediatas, através do Bancodo Brasil, estabelecendo o crédito de produção e manutenção do trabalhador, a exemplodo que ocorreu na últimll estiagem, bem como a mobilização da Sudene, do GovernoEstadual e dos Municípios, com investimentos em obras permanentes e até mesmo comalimentos para eliminar a fome daquela população.
Este o quadro vivido em todo o Estadodo Piauí. Pedimos ao Governo Federal queagilize ações, após constatar as dificuldadesque enfrentamos, pois precisamos de umaresposta urgente.
O SR. JESUALDO CAVALCANTI (PFL- PI. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, St" e Srs. Deputados, embora ultimamente só se fale em extinção, aventuro-me,nestes tempos de Brasil novo, a propor a criação, produtiva e consistente, do ColégioAgrícola de Corrente, no meu Estado, pleitojá apresentado ao Reitor da Universidade Federal do Piauí, Prof. Anfrísio Neto.
Na verdade, tudo recomenda a criação desse estabelecimento de ensino: primeiro, porque aquela região é, hoje, uma fronteira agrícola, que apresenta amplas perspectivas decrescimento, em face da exploração dos cerrados; segundo, porque é uma região tradicionalmente voltada para a pecuária e a agricultura; terceiro, porque há uma ampla aspiração da comunidade regional no sentido deque seja criado esse estabelecimento, em razão de ter sido fechado, ali o único cursoparticular existente no Estado para formaçãode técnicos agrícolas.
Por outro lado, esse estabelecimento poderia ser criado, sob a administração da Universidade Federal do Piauí, praticamente a custozero. A Fundação do Ensino Superior ao suldo Piauí, que possui uma estrutura física muito ampla,já propôs à Universidade Federaldo Piauícolocar parte de suas instalações Físicas à disposição do novo estabelecimento.Também a Prefeitura de Corrente, desejosade contribuir para o desenvolvimento daquele Município, dispôs-se a complementar todasas despesas. A Universidade Federal do Piauíjá dispõe, em Corrente, de um quadro depessoal composto de técnicos de nível superior, seis dos quais possuem curso de especialização em Metodologia do Ensino Superior.
Já se vê, Sr. Presidente, que há todo umquadro que favorece, estimula e recomendaa criação desse novo estabelecimento.
A minha presença na tribuna, neste momento é simplesmente para reiterar publicamente o apelo já feito por mim, pessoalmente, pelo Prefeito de Corrente e por outraslideranças ao Reitor da Universidade Federalde Piauí, no sentido de que, com esse trabalho conjunto, envolvendo diversos setores dasociedade local, possamos dar àquela regiãoum instrumento que favoreça e estimule odesenvolvimento da tecnologia principalmente a voltada para a exploração dos cerrados.
Era o que tinha a dizer.
O SR. ASSIS CANUTO (PTR - RO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr~
e Srs. Deputados, ocupamos a tribuna nestedi~ para, em primeiro lugar, ressaltar quehOJe se comemoram o Dia da Indústria e oDia do Trabalhador Rural.
Naturalmente, as dificuldades por que aeconomia brasileira vem passando já são por
todos conhecidas e têm um reflexo muitogrande sobre a sociedade como um todo.
Gostaríamos de dar enfoque maior ao Diado Trabalhador Rural. Se há dificuldades para a sociedade como um todo, elas são muitomaiores para a sociedade rural, e não é muitaglória que esse segmento da sociedade brasileira comemora o seu dia, pois tanto os trabalhadores sem terra quanto os agricultoresvêm atravessando grandes dificuldades, principalmente no que diz respeito ao preço dosprodutos agrícolas.
Todos sabemos que qualquer atividadeeconômica, por mais simples que seja, só temsucesso quando os preços são razoáveis e recompensam o trabalho empregado. Com relação à agricultura, poderíamos dizer que,sem exceção, todos os produtos estão comos preços muito abaixo do custo de produção,o que tem levado os produtores de arroz,milho e feijão, produtos de primeira necessidade, a diminuir em muito as áreas plantadas,com sérios reflexos no abastecimento do próximo ano. Também os produtores de cacau,café e soja, produtos mais ligados à exportação, vêm sendo penalizados, principalmente pela política do câmbio flutuante. Essasatividades requerem, além de grande quanti·dade de mão-de-obra, o emprego de muitatecnologia, de inseticidas, fungicidas, herbicidas, enfim, produtos caros e vários importados.
Gostaríamos de, mais uma vez, e temosdesta tribuna feito isto insistentemente, solicitar às autoridades governamentais, principalmente aos Ministros das áreas econômicase agrícolas, que envidem mais esforços paraque possamos recolocar a agricultura comoprincipal atividade do nosso País, já que elatradicionalmente tem financiado a indústriae o comércio. Quando o agricultor tem dinheiro, a cidade também o tem; quando oagricultor não tem dinheiro, a cidade não otem. Não podemos deixar que a nossa agricultura padeça dos males que vem padecendosem, no mínimo, protestar desta tribuna. Temos de dar aos nossos agricultores assistênciatécnica social e econômica.
Para encerrar, SI. Presidente, gostaríamosde falar a respeito da segurança pública. Háhoje instalada no País uma psicose do medo.Seqüestros, assaltos, roubos, assassinatos, estupros sucedem-se dia a dia, jornais de quasetodos os Estados estampam sempre, comomanchetes de primeira página, assuntos relacionados com segurança social e pessoal.
Ainda anteontem - e aqui fica nosso protesto contra a atitude da Polícia de São Paulo- li perseguição de uma kombi de proprie",dade de um casal de velhos japoneses termPnou com o assassinato da esposa do condutordo veículo, numa demonstração de despreparo, de falta de psicologia e inclusive dehumanismo em que se encontra a nossa Polícia, que hoje procura tratar quase todos comobandidos. Não podemos, de maneira alguma,continuar convivendo com esse estado de COisas.
Aqui fica, portanto, o nosso veemente protesto contra a atitude da-Polícia de São Paulo,
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5727
pois tragédias como essa, muitas vezes nãodivulgadas pela imprensa, estão ocorrendoem todos os pontos do País.
O SR. MANOEL DOMINGOS (PC do B- PI. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, dois registrosgostaríamos de fazer nesta sessão.
Em primeiro lugar, persiste o clima deapreensão nos perímetros irrigados peloDNOCS no Nordeste. No ano passado, denunciamos, aqui, que o DNOCS estava tomando iniciativas concretas, no sentido deprivatizar esses perímetros. Havia até abertolicitação para alguns deles, deixando sem vezmilhares de irrigantes e colonos. Posteriormente, li direção daquele órgão informou queia rever sua decisão. No entanto, até hojenão definiu o que pretende fazer com relaçãoa esses perímetros irrigados.
Recebi correspondência de um sindicatode trabalhadores rurais de Luzilândia,' noPiauí, onde existem milhares desses irrigantese posseiros do DNOCS. Lá b clima de apreensão é muito grande, razão pela qual venhosolicitar ao Governo Federal que defina, deuma vez por todas, o que pretende fazer como DNOCS, porque é impossível milhares defamílias continuarem sem saber o que lhesacontecerá a curto prazo.
O segundo registro, Sr. Presidente, é deum telex que recebi do Sr. Marcos Coimbra,Secretário-Geral da Presidência da República, em respo'sta às denúncias que eu haviafeito sobre a ausência do Governo Federalno atendimento de emergência às vítimas daseca verde no Nordeste brasileiro. O Secretário-üeral da Presidência da República, Sr.Marcos Coimbra, em nome do PresidenteFernando conor de Meno, afirmou, no telexdirigido a mim, que providências estariamsendo tomadas pelo Ministério da Ação Social. Mas não disse, concretamente, quandoseriam liberados os recursos de emergência,para atender aos flagelados peJa seca verdeno Nordeste, e qual a forma como serão distribuídos esses recursos.
Insistimos junto ao Presidente FernandoConor de Meno no sentido de que é necessária uma ação, a mais urgente possível. Éde extrema importância dizer, também, comoserão distribuídos esses recursos, porque, historicamente, têm sido destinados aos trabalhadores rurais do Nordeste brasileiro paraefeitó puramente clientelista, para a manutenção de currais eleitorais. Esses recursossão manipulados por Prefeitos, Governadores, Deputados governistas, poi Vereadores,com o objetivo de manter seus colégios eleitorais.
Ao comentar estes fatos, transmito, também, a solicitação da Confederação Nacionaldos Trabalhadores da Agricultura no sentidode que esses recursos de emergência sejamdistribuídos em conformidade com os interesses dos trabalhadores rurais, representados pelos seus sindicatos.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
O SR. NILSON GmSON (PMDB - PE.Pronuncia o seguinte d,iscurso.) - Sr. Presi-
dente, S~ e Srs. Deputados, o ex-DeputadoAdauto Bezerra foi nomeado superintendente da Sudene, assumindo, portanto, o principal órgão de desenvolvimento do nordeste.S. Ex' irá marcar sua administração com ofim do assistencialismo e do paternalismo. '
É interessante ressaltar que a indicação desassossegou empresários sem qualidades, como o Sr. Edson Moura, do grupo empresarialMoura-Eletromourà e Acumuladores Moura, sediado na cidade de Belo Jardim, emPernambuco, que acusou o nomeado, AdautO,Bezerra, de não estar ligado aos projetosda Sudene e criticou a escolha feita pelo Presidente Collor de Meno.
Passo a fazer a leitura das declarações doSr. Edson Moura, divulgada no Diário de Pernambuco, de ontem:
"INDICAÇÃO CAUSA SURPRESA A EMPRESÁRIO PERNAMBUCANO
O empresário Edson Mororó Mouramostrou-se surpreso com a nomeação,anunciada na última terça-feira, do exgovernador do Ceará, Adauto Bezerra,para a Superintendência da Sudene. "Eunão esperava que o novo superintendente fosse uma pessoa ligada aos projetosda Sudene", afirmou o empresário.
Para Edson Moura - que sempre defendeu a importância da autarquia e dosincentivos do Finar para o desenvolvimento do Nordeste - o perfil ideal parao cargo seria o de alguém que "conhecesse melhor a Sudene como um técnicoda própria Superintendência do BNDESou do BNB", exemplificou Moura.
Apesar dessas considerações, o proprietário do Grupo Moura não acreditaque o futuro da Sudene esteja nas mãosdo novo superintendente. "O que vai determinar se a autarquia vai retomar suaimportância será a política que o Governo federal adotar a esse respeito. Asperspectivas não vão depender do superintendente", analisou."
Sr. Presidente, SI" e Srs. Deputados, ascríticas do empresário Edson Moura são totalmente improcedentes. S. S'deveria estarpreocupado com seus trabalhadores, que lidam diretamente com o chumbo, sem qualquer proteção. O elemento químico entra pelos poros, até chegar à corrente sangüínea,antecipando doenças pulmonares, invalidezparcial, em alguns casos total e irrversível.
Recentemente, a Companhia Pernambucana de Controle da Poluição Ambiental CPRH, fez uma inspeção na empresa do Sr.Edson Moura, no Município de Belo Jardim,e constatou efetivamente a ocorrência do lançamento do eflutente líqutdo, com características físico-químicas que fogem aos padrões de qualidade estabelecidas na legisla,ção de cotrole ambiental, no rio Bitury. Ecaso de Polícia Federal.
Portanto, partindo essas críticas, contra oilustre e emeninente ex-Deputado AdautoBezerra, de onde partiram, não merecem nenhum comentário. Inclusive, recentemente,
o Sr. Edson Moura foi acusado, em matériadivulgada no "Diáro de Pernambuco", de 11de março do corrente ano, de sonegador deimpostos.
Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,Adauto Bezerra, além de político, é um empresário bem-sucedido. Foi Governador doCeará, Vice-Governador, Deputado Estadual e comanda, no Ceará, um grupo de empresas, entre as quais o Banco Industrial eComercial - BIC, Téxtil Bezerra de Menezes SIA - TBM SIA Indústria Têxtil., Sr. Presid,ente, Sr" e Srs. Deputados, registro com muita simpatia as primeiras afirmações do novo Superintendente da sudene nosentido de Combate ao clientelismo, ao fisiologimso, ao paternalismo e ao assistencialis- .mo, o que deixou o empresário Edson Mouraapreensivo e aflito. ,
Concluo, Sr. Presidente. E nosso escopoformular ao' companheiro Adauto Bezerraaugúrios de parenes felicidades, aliados aosvotos de pleno êxito no desempenho da novae importante função de Superintendente daSudene setor muito conhecido pelo Nordeste.O importante é a política que será instaurada,em nossa grande agência de desenvolvimento. Esta, sim, interessa a toda a comunidadenordestina. O que o Nordeste aspira é a voltada Sudene ao patamar de prestígio que jáocupou. TVdo, aliás, dentro das promessasdo Presidente Collor de Meno, quando candidato.
Sucesso, companheiro Adauto Bezerra.
O SR.ITURIVAL NASCIMENTO (PMDB- GO. Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente, SI" e Srs. Deputados, estamoscolhendo assinaturas visando a constituir umaComissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar as verdadeiras causas da escassezde álcool combustível no País, iniciada a partir da safra de cana-de-açúcar do ano passadoe que, segundo informações divulgadas pelaimprensa, deverá prosseguir por todo esteano e primeiro semestre do ano próximo,anunciando-se, ainda, 'que o Nordeste ficarásem álcool na entrêsafra que sentir-se bastante inicia no próximo semestre.
O Presidente da República já declarou incomodado quando, voando de hilocóptero,vê, nas ruas de Brasília, inúmeras e longasfilas de automóveis, nos postos de abastecimento 'de combustível. A situação se tomainsuportável para quem~l obrigado a deslocar-se, de automóvel, em qualquer capitalou nas maiores cidades do País. congestio·nadas as bombas de álcool pela espera enórme dos frespeses, quando os motoristas detáxi perdem várias horas por dia, reduzidflsua féria diária a proporções mínimas.
Precisamos apurar quem é o responsávél1se as autoridades que comandam a distribuíçáo dos combustíveis, se os frentistas, se a~
destilarias, se o próprio Proálcool, criado sobas melhores auspícias. para utilizar um com'bustível inesgotável, por depender de recul"sos naturais renováveis.
InfoÍma-se que a crise teria sido ocasionada pelo aumento der preço do açúcar no
5728 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
mercado internacional, 6:om os úsineiros preferindo moer a cana para a produção dessealimento.
A ser verdade, seria necessário o Governocontinuar a exportação do açúcar, Iiberando,-a em proporção ao álcool produzido, ouseja, comercializados para o exterior tantossacos de açúcar quantos litros de álcool entregues ao consumo interno.
Outro assunto, Sr. Presidente.Compreendemos, perfeitamente, a neces
sidade de urna reforma burocrática destinadaa reduzir os dispêndios da União com as chamadas atividades-meio, mesmo incluindo,além do material, cortes apreciáveis nas verbas de pessoal. Mas não podemos aceitar queesse enxugamento da máquina administrativaresulte na diminuição da assistência sanitáriapelo Estado, quando o poder público se deveconvencer de que a saúde é um direito detodos os cidadãos e um dever do Estado, principalmente tendo em vista a prática impossibilidade, vista por todos, de dois terços dapopulação sobreviver sem ser acudida pelamedicina pública.
Nesse sentido, o povo do interior não consegue compreender corno se transfira um serviço sanitário de urna cidade para outra,quando a anterior localização se mostravaplenamente eficaz no atendimento.
Entretanto, no Estado de Goiás isso acontece, quando se transfere a agência do Funrural e do INPS de Mineiros para Jataí, concentrando em urna s6 a clientela de duas cidades,trazendo sérios transtornos para o povo daquela cidade, onde vinha cumprindo plenamente a sua elevada finalidade.
Fazemos um veemente apelo ao Ministérioda Saúde no sentido de restaurar o atendimento naquela agência à localidade originária urna vez que a transferência se mostrouprejudicial aos interesses da população deMineiros.
Era o que tínhamos a dizer.
Durante o discurso do Sr. Iturival Nascimento, o Sr. Sigmaringa Seixas, § 2.no art. 18 do Regimento Interno, deixaa cadeira da presidência, que é ocupadapelo Sr. Paes de Andrade, Presidente.
o SR. PRESIDENTE (Paes de Andrade)- Concedo a palavra ao Sr. Antônio de Jesus.
O SR. ANTÔNIO DE JESUS (PMDB GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, neste momento,ocupo a tribuna desta Casa para defenderos pequenos e médios produtores do meuEstado, que estão produzindo com certa dificuldade, agravada pela pr6pria natureza.Com a escassez de chuvas, alguns produtores,em determinadas regiões, chegam a perderaté 100% da lavoura. Mesmo assim, continuam heroicame,nte produzindo, porque pen- sam na subsistência do pr6ximo e, apesar dos
múltiplos obstáculos, amam seu trabalho eseu semelhante.
Solicitamos a atenção desta Casa para quese busque sensibilizar os 6rgãos competentes,no sentido de se abrirem linhas de créditoe de assistência rural menos burocratizadas,o que permitirá através de um sistema decooperativas, que os produtores consigam sucesso em sua jornada tão difícil.
Os pequenos produtores do meu Estadotêm demonstrado clara compreensão dostempos em que vivemos e adotado as técnicasque lhes são possíveis na exploração do solo,tentando produzir o máximo dentro do mínimo de terra.
Vale ressaltar, dentro das perspectiva deevolução, o aproveitamento integral do solo,água, flora e fa"ma, no programa de microbacias, executado em Goiás, sob orientaçãoda Embrater, com apoio das prefeituras,prestigiando a agropecuária, em consonânciacom a preservação d;t natureza.
Sr. Presidente, acreditamos num aumentogradual de nossa produção, sem contudoagredir o meio ambiente, urna vez que seobjetiva um processo produtivo, moderno ecompetitivo, que amplia o mercado de trabalho, criano novas oportunidades de empregoe de renda, visando à fixação do homem nocampo, ,a fim de se evitar o inchaço nas grandes cidades e o desemprego.
O ser humano, sem estar devidamente habilitado para enfrentar a vida na periferia dascidades, poderá até provocar outros males,ao adotar condutas anti-sociais.
Nesse contexto, espero que tenhamos como futuro Governador de Goiás o Sr. írisResende Machado, homem que teve sucessoà frente daquele Estado, principalmente devido às safras recordes marcantes no País,ajudados que fornos até mesmo pela Providência Divina. De origem campesina, S. Ex'teve experiência e sentimentos voltados realmente para o homem do campo.
Estamos formando um coro de atepção política, a fim de fortalecer a cada dia a candidatura de íris Rezende Machado. Creio queno próximo domingo os jornais noticiarão apesquisa quç dá preferência a íris Rsezendepara governar Goiás. Estamos, na tribunada Câmara dos Deputados, também defendendo esta candidatura, que representará para os pequenos produtores goianos urna reta
,guarda para o desenvolvimento. Nas supersafras que ocorreram em nosso País também- -Goiás tem participação significativa.
Nesse contexto, mais urna vez, formuloveemente apelo a esta Casa, no sentido defacilitar também o acesso dos pequenos estaCasa, no sentido de facilitar também o acessodos pequenos produtos rurais goianos à Companhia Agrícola do Estado de Goiás. Que'estas palavras demonstrem existir aqui umrepresentante de Goiás que vê as necessidades da área rural, sem a qual as demaisnão terão sucesso.
Durante o diseurso 7:ió-Sr. Antônio''deJesus, o Sr. Paes de Andrade, Presidente,deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Sigmaringa Seixas .§ 2' doart. 18 do Regimento Interno.
O SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Concedo a palavra ao Sr. José Teixeira.
O SR. JOSÉ TEIXEIRA (PFL - MA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. Deputados, o Estado do Maranhãovive dias intensos na política. Domingo passado o Partido da Frente Liberal fez urna convenção extraordinária, na qual o nome doSenador Edison Lobão foi sacramentado como preferido para concorrer ao Governo doEstado.
Quero destacar o clima de grande entusiasmo e a demonstração inequívoca de democracia interna observados na convençãorealizada em São Luís, em que 136 Municípios estiveram representados por Prefeitos,ex-Prefeitos, Deputados Estaduais, Deputados Federais, Vereadores, Senadores, peloGovernador do Estado, Dr. João Alberto,além de líderes comunitários e líderes classistas. Ao todo, cinco mil líderes de todo o Maranhão, com grande entusiasmo, aclamaramo Senador Edison lobão nosso candidato àeleição para Governador do Estado, no dia3 de outubro.
Antevê-se a vit6ria brilhante do SenadorEdison Lobão ao Governo do Estado. Issonão significa que S. Ex' seja o único disponível no Partido da Frente Liberal. Entretanto, todos entedemos que é o nome quemelhor representa os interesses do partidoe, sobretudo, o que mais congrega as potencialidades de realização dos anseios do povomaranhense.
Edison Lobão foi eleito Deputado Federalduas vezes, recebendo o maior número devotos. Aliás, foi o Deputado mais votado emtoda a hist6ria do Maranhão. Em 1986, foieleito Senador da República, com votaçãobrilhante em todos os quadrantes do Estado,em todas as regiões, inclusive em São Luís.
Lobão é tido corno político exemplar, dedicado, trabalhador competente; exerce liderança clara e democrática; é amigo de todos.Nunca nega uma palavra de apoio, um gestode solidariedade ao povo do Maranhão, quer.se trate de Vereadores, líderes comunitáriosou de qualquer cidadão ou cidadã que o procure.
Edison Lobão é, hoje, sem sombra de dúvida, o político maranhense mais rigoroso,aquel~ gue pessoalmente congrega a maiorsorna de opiniões favoráveis à sua pessoa eà sua liderança. De sorte que o Partido daFrente Liberal dá início a essa grande arrancada para a vit6ria com o Senador EdisonLobão encabeçando a chapa para o Governodo Estado.
Quero destacar fato altamente expressivoda política maranhense ocorrido naquela convenção. Aqueles ,cinco mil líderes, de quefalava, depois de aclamarem Edison Lobãocandidato ao Governo do Estado, refletiramsobre o nome do caIl:didato da Repúb!ica,
Maio de 1990 DIÁRlO pO CONGRESSO NACI<?~A~ (Seção I) Sábado 26 5729
Sr. Presidente, esperamos que o projetoaprovado ontem represente um patamar paranegociações entre as Lideranças de todos ospartidos e o Governo. Isto para que não se.!0P!C: o Congr~s~q N~cio.!!al cúmplice da política de terra arrasada existente em váriossetores, principalmente na questão das privatizações de empresas estatais, fundamentaispara a soberania deste País. Que não se levemtambém para o mundo do trabalho as angústias até agora provocadas pela recessão, pelodesempregp, pelo arrocho salarial e, principalmente, pela incerteza que a equipe econômica vem estimulando em todos os agenteseconômicos e sociais do País. Trata-se exatamente da política do vl\ivém com duplicidadede comando, com intervenção diferenciadasde diversos Ministros ou assessores imediatos, em questões fundamentais.
É preciso que se dê à sociedade a possibilidade de resistir a isso que pretensamentese chama de estabilização da economia brasi-leira. "
DISCURSO DO SR. JOSÉ COSTAQUE, ENTREGUE À REWsAo DOORADOR, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.
O SR. AUGUSTO CARVALHO (PCB DF. Sem revisão do orador;) ~ Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, não somos partidários da teoria do quanto.pior, melhor Porisso, vemos, com satisfação, o Governo reconhecer que cometeu um erro e recuar. Numaconjuntura recessiva como a atual, em quea depressão ameaça os empregos, com priva- O SR. GERALDO FLEMING (PMDB -ções para milhares de famílias; numa época AC. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.em que se acena com mudanças estruturais Presidente; Sr" e Srs. Deputados, o Tribunalna economia brasileira, e uma série de desa- Superior Eleitoral proferiu, há poucos dias,certos cometidos pela equipe econômica gera decisão significativa e histórica sobre questãoum clima de insegurança e de instabilidade de enorme interesse para o Estado do Acresocial, o que tem permitido até mesmo que e sua população. .vozes de casernas soem tentando atropelar Em expediente encaminhado à sede da 8'o processo institucional de redemocratização Região Eleitoral, o TSE comunicou que osdo Brasil, o Governo reconhece que seria cidadãos domiciliados em Extrema e Novaum crime gravíssimo impor uma política de Califórnia são eleitores do Acre e, como tal,confisco salarial em nome da livre negociação devem exercer seu direito ao voto nas elei-coletiva. Com isso, estaria desconhecendo ções para Governador, Senador, Deputadosuma realidade, ou seja, que mais de 75% Federais e Estaduais, no dia 3 de outubroda mão-de-obra brasileira não está organi- do corrente ano.zada sindicalmente. Falta ao Governo, inclu- A rigor, tal decisão não deveria merecersive, até mesmo apoio parlamentar, base de registro especial, muito menos motivar qual-sustentação importante, como se depreende quer estranheza. Afinal, ambas as localidadesde declarações dos nobres Líderes do PTB, pertencem à jurisdição acreana. Todavia, Sr.Gastone Righi, e do PDS, Amaral Netto. Presidente, a manifestação da respeitávelins-ao questionarem a decisão do Governo de tituição judiciária deve ser saudada com entu-implantar a livre negociação. siasmo, porque demonstra o quanto fora cor-
Assim sendo, Sr. Presidente, o Governo, reta e justa nossa posição durante o litígiorecuando dessa estupidez, acena com a nego- envolvendo os limites territoriais do Acre eciação. Esperamos, portanto, que o projeto Rondônia, onde se localizam as duas mencio-elaborado pela Comissão 'de Trabalho, Ad- nadas comunidades.ministração e Serviço Público restabeleça, os Na verdade, só se explica a pendência havi-princípios fundamentais da negociação cole- da pela intransigência do Governador Jerô-tiva. Não para negociar ou discutir a inflação nimo Santana, de Rondônia, o qual, no afãpassada, mas para discutir, sim, um aumento de ganhar notoriedade, contestou fatos histó-real de salários, uma política de distribuição ricos formulando bravatas e ameaças de quede rendas que eleve o patamar da partici- iria intervir naquele pedaço dechão brasileiropação da massa de salários no Produto Inter- integrado ao'Acre.no Bruto, uma política de salário mínimo que Mesmo depois de concluídos os trabalhosconsagre o que já foi aprovado pela Câmara da Assembléia Nacioanal Constituinte e iose-e pelo Senado, uma estratégia, enfim, que rida, nas Disposições Transitórias de nossavise a recompor o poder de compra do salário Lei Magna, a definição das coordenadas pOrmínimo. Até mesmo quando consumado o nós aqu~ defendidas, autoridade~ rondonie.nimpasse nas negociações-entI e o capital, on--'s""e"~7'COnlrrltfimrrrroa"'r""amoll'l"'a-.e....x·..p...re"'s..s"'a...r TlummrnIlT71c"'O"'IlrT.fo"'r"'lDl""'s=-trabalho e a justiça venha a ser conclamada mo dentio, contrariamente aos sentimentosa pronunciar-se, é preciso haver uma legisla- de concórdia e acatamento das leis, do povoção que proíba o efeito suspensivo, como ins- irmão e amigo de Rondônia.trumento historicamente utilizado pelo pa- Agora, a decisão do TSE vem corroborartronato para espoliar a classe trabalhadora, a sábia conclusão do'Congresso' Constituinte.para protelar conquistas obtidas nas cortes E ela acontece em momento igualmentetrabalhistas de primeiro grau. oportuno, uma vez que se realizam tenta-
a próxima eleição transcorrerá com tranqüilidade e segurança, porque o povo já se definiu: a maioria esmagadora está com Edison.Lobão .eara o Oove!"no d~ Estado. com JoséSarney para o Senado Federal e com os candidatos do Partido da Frente Liberal, do Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB, e do Partido Social Cristão - PSC, composição vitoriosa, cuja arrancada se iniciou no domingo passado, em São Luís do Maranhão, naquelaconvenção extraordinária.
e todos, sem ~xceção, concluíram que o do,ex-Presidente José Sarney deverá ser aqueleque o Partido da Frente Liberal ofereceráao povo do Maranhão, para que o sufraguenas eleições de 3 de outubro, elegendo-o nosso Senador da República.
Uma comissão procurou o Dr. José Sarneycom um documento, portanto; com o apeloformal que aqueles cinco mil líderes fizerama S. Ex', e dissseram-Ihe que o Maranhãoainda necessita da sua liderança, do seu talento, da sua dedicação ao trãbalho, do seu prestígio e, sobretudo, do seu amor à terra natal.Ressaltaram, ainda, que o cargo de Senadorda República é instrumento de grande valiapara a realização dos desejos do povo maranhense na fase final de definição para a escolha dos candidatos ao Governo Estadual, aoSenado, à Câmara Federal e à Assembléia,kegislativa do Maranhão.
O Partido da Frente Liberal, que tem umahistória comum com os maranhenses e longaexperiência na condução dos seus interesses,através dos anos, mais uma vez, tenho certeza, receberá o prestígio que o povo lhe conferirá nas urnas, no dia 3 de outubro.
Em meio isso a tudo, Sr.Presidente, o povomaranhense interroga o que se terá passadoentre o ex-Governador Epitácio Cafeteira,o Deputado Sarney Filho e o ex-P.residenteJosé Sarney. Todos sabem, porém, que alihouve a mais desprezível traição praticadaem todos os tempos na política do Maranhão.Esta easa sabe, Sr. Presidente, do trabalhoque a bancada federal teve para aprovar recursos para aquele Estado. Este Plenário étestemunha até mesmo das críticas que muitos fizeram ao ex-Presidente José Sarney,quando pleiteava recursos para o processode desenvolvimento econômico-social do seuEstado. E vem o ex-Governador Epitácio Cafeteira negar, publicamente, que tenha recebido recursos do Governo Federal, por intermédio do ex-Presidente Jose Sarney, dizendoter recebido somente a insignifcante importância de 6 milhõe.s de cruzados novos comoapoio ao processo de desenvolvimento doMaranhão.
À traição juntou-se a mentira, e esse traidor mentiroso - tenho certeza, Sr. Presidente - receberá a resposta do povo no dia3 de outubro deste ano.
Epitácio Cafeteira, candidato ao Senado,encontrará à sua frente a grande barreira popular que a ele se antepõe, a favor de JoséSárney, que lhe dará o desprezo que todosos traidores têm recebido na hitória dos povose, sobretudo, na história do povo maranhense.
Traição se paga com dor, com vergonhae com o desprezo que o povo conferirá aEpitácio Cafeteira no dia 3 de outubro.
Ele, a quem o povo passou a chamar de"Zé Chaleira", destituindo-o até do seu próprio nome, como' todo traidor, sofre em suaconsCiência a dor terrível de ser consideradotraidor.
Quero dizer, entretanto, que, apesar disso,a civilidade, o espírito democrático e a formação política dos maranhenses nos dizem que
5730 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (~eção I) Maio~ 1990
tivas, por parte de alguns candidatos de Rondônia de aliciamento eleitoral em extremae No~a Califórnia, cujas populações poderiam ser levadas ao engano de votar em nomes não registrados pelo TRE do Acre, situação que implicaria a anulação do sufrágio.
Felizmente, a Justiça Eleitoral, em bomtempo, esclarece, de maneira e.feti':.a e derradeira, para tranqüilidade e satIsfaç~o dos habitantes da área - sabiamente vInculadosgeográfica e emocionalmente ao Acre: seusvotos integram o colégio eleitoral do nossoEstado e, portanto, as referidas localidadesdeverão abrigar somente campanhas dos quedesejam governar o Acre ou r~presentá-I~s
na Assembléia Legislativa sediada em RioBranco e no Congresso Nacional, em defesados interesses acreanos.
Congratulo-me, pois, com a brava ge~te
de Extrema e Nova Califórnia, bem assimcom todos o que lutaram em favor da justapreservação dos limites pertencentes legal ehistoricamente ao Estado do Acre.
o SR. NEY LOPES (PFL - RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados, o depoimento que,mais uma vez, trago a esta Casa em relaçãoao estado de seca no Nordeste brasileiro édramático: ou o Governo ajuda a região urgentemente, ou começarão, em breve, os saques de feiras livres e armazéns, em buscade alimentos, e pessoas morrerem de fomee sede, como em tantas ocasiões se verificouno passado.
Recebi, nas últimas horas, informações doalto-oest~ potiguar - e~pecificamente osMunicípios de Rodolfo Fernandes, DoutorSeveriano, Alexandria e Apodi -dando conta de que o quadro se agrava a c~da insta~.t:.
As reservas de alimentos - milho e fel]ao- foram consumidas e a água não chega,inclusive porque a Sudene não dispõe de caminhões-pipas para fazer o abastecimentonos sítios e nas próprias cidades.
E é o caso de indagar-se: e o GovernoFederal? Não se pode negar o esforço doSr. Egberto Baptista, Secretário para Assuntos Regionais. Conheço o Plano por ele submetido à Presidência da República. Porém,nada de prático,há até agora. Enquanto isto,os próprios órgãos oficiais constatam, cientificamente, que a seca está caracterizada. Nãohá, pois, nem como esperar mais. O nordestino do Rio Grande do Norte luta para sobreviver. E sem a presença do Governo Federalisto ficará cada vez mais difícil e distante.
Sr. Presidente, trago, nesta hora, uma sugestão prática ao.Sr. P~esi~ente da República. Trata-se de autonzaçao urgente paraque o Banco do Brasil e o Banco do Nordesteliberem empréstimos para as Prefeituras Municipais, com encargos zero, a !i~ d~ quetais recursos sejam usados na asslstencla aosflagelados da seca, com ênf~s~ na ?ferta. de.emprego e obras emergenciais. Dlr-se-a: eassistencialismo. Todavia, não há tempo paraestratégias sofisticadas. Elas terão v;z a ~é
dio e longo prazos. A curto prazo e precIsoassistir? povo, sob pena de não chegannos
a tempo, e assim morrerem de fome e ~ede
os descamisados do Nordeste, que aCI;edItame esperam na ação que lhes foi prometidapelo nordestino Fernando Collor.
Era o que tinha a dizer.
O SR. PAULO MACARINl (PMDB - SC.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, visando à capacitação das mio-o, pequenas e médias empresas, para que possam enfrentar as adv~rsi.
dades da economia, o Centro de ApoIo aPequena e Média Empresa de Santa Catarina(CEAG), desenvolveu uma interessante p~o
posta, obra de seus técnicos Paulo Fe~elra
e Álvaro José Silveira Beiro, denommada"Projeto de Extensionismo Urbano", assimformulada:
"Santa Catarina é um Estado formadobasicamente por pequenas cidades, muito bem distribuídas espacialmente sobreo seu território, tendo sua maior cidade,Joinvile, cerca de 400 mil habitantes. Isso explica parte do sucesso deste pequeno Estado que, com apenas 1,13% doterritÓrio nacional e uma população estimàda em 4.400.000 habitantes, é o Yprodutor nacional de ~limentos, ~etêm
45% da produção naCIOnal de piSOS eazulejos, possui o 2" PIB indust:~al percapita, é o 7" arrecadador da Umao, exporta mais de 1 bilhão de dólares porano, tudo isso com apenas 3% da população nacional.
Embora com um parque industrialbastante diversificado, algumas cidadestornaram-se sinônimos de seus produtos:Blumenau, malhas; São Bento do Sul.móveis; Brusque, tecidos; Criciúma,azulejos; Joinvile, metalurgia, e assimpor diante. Santa Catarina possui, ainda,uma das melhores distribuição de rendasdo País e seus habitantes estão hannonicamente distribuídos nas regiões urbanase rurais - 2/3 nas cidades e 113 no campo- o que contribui sobremaneira paraa qualidade de vida da população.
Em 1970, a concentração populacionalurbana correspondia a menos de 45%do total. A aceleração da mudança desseperfil, apesar de ainda muito inferio,r a?do resto do Brasil, foi estimulada pnncIpalmente pelo acelerado desenvolvimento industrial ocorrido nestas duas últimas décadas, o que levou o CEAGSC a se preocupar, cada vez mais, como apoio, o fortalecimento e o desenvolvimento das MPME industriais, comerciais e de serviços localizadas nas cidadescatarinenses.
2 - Justificaçã9A concentração populacional urbana,
o advento do Estatuto da Microempresa,as constantes ameaças de desemprego,somados os desejos de 75% dos adultosbrasileiros de serem donos de seus próprios negócios, desencadearem na década de 80 um enonne movimento de criação de micro e pequenas empresas em
todo o Brasil, com grande repercussãoem Santa 'Catarina, em face, como vimos, das suas características populacional e econômica.
Santa Catarina conta hoje com cercade 115 mil microempresas registradas naJunta Comercial do Estado, das quaisaproximadamente 20% ~ão estão oP:rando e mais de 85% nao completaraocinco anos de vida. Entre as razões dessaalta "mortalidade" de empresas figura,em primeiro lugar, a deficiência gerenciaI ou falta de capacidade técnico-gerenciaI de administração dos empreendimentos.
É exatamente para diminuir essa "taxade mortalidade" que o CEAG-SC temenfatizado a existência do projeto de extensionismo urbano e sua execução, emconjunto com prefeituras- municipais eentidades de classe, junto às áreas urbanas dos municípios catarinenses.
3 - Objetivo GeralPromover o fortalecimento das micro
e pequenas empresas, nos s;us aspe~tos
internos e externos, atraves de tremamento, consultoria e apoio tecnológic~,
para que elas aumentem a ~ua .contnbuição no processo de desenvolVimentosócio-econômico.
4 - Objetivos Específicosa) fortalecer no empresário da micro
e pequena empresa a necessidade de .secercar de infonnações que lhe pennltater uma visão global do seu negócio, evitando desta forma a mortalidade prema~
tura estatísticamente comprovada;b) aperfeiçoar e desenvolver nos em
presários e administradores de micro~mpresas a capacidade de gerir pequenosempreendimentos fornecendo-lhes. n?vos métodos e procedimentos gerenciais;
c) dotar a microempre~a de estratégias gerenciais para elevar a sua produtividade e rentabilidade;
d) qualificar e/ou aperfeiçoar a mãode-obra empregada na microempresa;
e) levantar problemas e necessidadesdas MPE, suscetíveis de soluções conjuntas com o Poder Púplico e Associações de Classe;
O estimular ações associativista's- ecooperativistas promovendo uma integração efetiva entre os empres~ri(js;
g) treinar estudantes e estagiários nosmunicípios que tenham curso de Administração pua que os mesmos vivenciemna prática o seu futuro profissional; .
h) provocar novas oportunidades denegócios.
5 - MetodologiaVaiendo-se de instrumentos e ações
já ulilizados, optou-se p~r uma metodolog1.a dividida .em diferentes etap~s: . .
a) inicialmente. o trabalho sera reali-zado para um grupo de 25 empresas, p'orum técnico do CEAG-SC e 2 (dOIS)
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACION~.l: (Seção I) Sábado 26 5731
estagiários. quando houver. durante umperíodo de 2 (dois) meses;
b) visita as empresas com o objetivode motivá-Ias à participação do Projetoe realizar a inscrição;
c) reunião de lançamento do projetocom a presença das autoridades municipais. convidados especiais. imprensa eclientela envolvida. em local. dia e horário previamente determinados;
d) realização do curso de Administração de Pequenos Negócios - APN. paraas empresas inscritas. ministrado pelotécnico do CEAG-SC com a participação dos estagiários;
e) realização de um diagnóstico nasempresas participantes. individualmente, para detectar os pontos fortes e fracos;
O consultoria individual junto as empresas com o objetivo de fortalecer ospontos fracos e otimizar os pontos fortes;
g) realização de cursos para atenderas necessidades das empresas, evidenciadas durante a execução do Projeto;
b) o técnico do CEAG-SC tambémficará à disposição dos empresários e futuros empreendedores para atendimentode Balcão do Empresário, em local aser determinado;
i) treinamento e acompanhamento·aos estagiários para que possam dar continuidade no atendimento aos empresários. com o objetivo de auxiliá-los nasdúvidas inerentes ao trabalho.
6- AvaliaçãoBuscando aferir os resultados alcança
dos, bem corno corrigir ou aperfeiçoara metodologia e os instrumentos utilizados. o CEAG-SC aplicará. até 90 diasapós o encerramento deste projeto, umquestionário de avaliação junto às empresas participantes, tendo como finalidade:
- número de empresas atendidas;- número de empresas criadas ou rea-
tivadas;- número de associações criadas;- número de empregos criados;- número de entidades públicas e/ou
associações de classe envolvidas;- aumento da clientela;- aumento real do faturamento.
VantagensNa economia:- fortalecer o segmento dos empre
sários das micro e pequenas empresas;- capacitar os empresários das micro
e pequenas empresas, nos aspectos gerenciais, principalmente nas áreas de:
- administração financeira;- custos;- formação do preço de venda;- contas a pagar e a receber;- fluxo de caixa;- estoques;~ compras/vendas;-produção;- produtividade.
- incutir nesses empresáriose administradores a necessidade de estaremmelhor capacitados para gerir seus negócios, através de novos métodos e procedimentos gerenciais;
- estimular ações que visem a organização e estruturação dos empresários dasmicro e pequenas empresas;
- identificar novas oportunidades deinvestimentos;
- identificar as potencialidades e aslimitações do segmento das micro e pequenas empresas, dando-lhes o tratamento adequado;
- qualificar e/ou aperfeiçoar a mãode-obra empregada pelas micro e pequenas empresas;
- discutir, analisar e propor alternativas para evitar a mortalidade dessasempresas, cuja estatística aponta que85% das mesmas desaparecem nos 3(três) primeiros anos de existência, tendo corno principal fator, deficiências noseu controle e gerenciamento;
- através do fortalecimento e expansão das micro e pequenas empresas, aumentar a arrecadação de impostos e tributos.
No social:- manter o nível de empregos;- gerar novos empregos.
8 - Observações finaisA entidade contratante do "Projeto
de Extensionismo Urbano", através deseu empenho e iniciativa própria de umaadministração empreendedora estarácontribuindo, sobremaneira a curto prazo, para o fortalecimento econômico-financeiro das micro e pequenas empresas, para a manutenção de empregos epara urna maior consciência social e empresarial.
A médio prazo, espera-se que estasmicroempresas possam expandir seusnegócios, com isso gerar novos empregose aumentar a renda interna da comunidade. Obvjetiva-se, ainda, que os estagiários partidpantes do projeto consigam, com maior facilidade, integrar-seao mercado de trabalho, seja iniciativapública ou privada, a exemplo doCEAG-SC, ou corno empresários, despertados pelo trabalho desenvolvido."
Em suma, o projeto constitui-se emuma iniciativa louvável, pois pretendeconsolidar o importante papel das micro,pequenas e I\lédias empresas, que respondem por significativa parte da produção de bens e serviços, bem assim empregam grande quantidade de mão-de-obra,corroborando, em última análise, nocombate à recessão.
Era o que tinha a dizer.
O SR. RUBEM BRANQUINHO (PL _AC. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados, volto à Tribuna da Câmara dos Deputados, neste dia
25 de maio de 1990, para alertar o PoderExecutivo, sobre o que diz respeito à políticasalarial, tão confusa e comentada nesses últimos dias.
O Presidente Collor determinou ao Ministro do Trabalho, Ántônio Rogério Magri, urgentes providências na preparação de MedidaProvisória para adoção de política salarial deemergência. Certamente. reconheceu o Presidente, a luta desigual que haveria se deixasse ao sabor de discussões entre patrõese empregados a solução salarial, pois todossabem que a corda sempre arrebenta do ladomais fraco e dificilmente o empregado conseguiria um bom resultado. Do jeito que está,a pugna seria até desleal, entre os que tême os que não têm, e todos já prevêem o desfecho final.
Ora, Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados,o certo é que a pior lei salarial é melhor doque nenhuma. Deveriam deixar a que estavavigendo, até ser preparada outra melhor. Todos sabiam que a correção salarial, do jeitoque estava. de acordo com o índice de inflação, embora baseada em um índice "arranjado", que não correspondia à realidade, pelo menos amenizava a situação do trabalhador, dando-lhe a esperança de se aproximarda devida reposição salarial.
Eu, na qualidade de Deputado Federal,quero ser solidário com o Presidente Fernando Collor, nessa difícil e árdua tarefa reorganizar o nosso imenso Brasil. Mas isto nãome furta o dever de observar, comentar eaté criticar tudo que assim merecer, firme.no meu princípio de colaboração. Assim,penso que. sem urna lei que force o empregador a uma correção salarial, coitado do empregado, mormente em se sabendo que atéos patrões, no momento, de modo geral, nãoatravessam situação de progresso.
Era o que tinha a dizer.
A SRA. ANNA MARIA RATTES (PSDB- RI. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados, no iníciodo segundo semestre de 1987, ao tentaremnegociar a reposição de seu 'poder aquisitivocorroído em conseqüência das medidas governamentais contidas no Plano Éresser, receberam os aeronautas brasileiros negativade negociação por parte do Sindicato das Empresas Aeroviárias - SNEA.
Através de sua Associação, (Apvar), o grupo de vôo da Varig tentou pelo menos obtero pagamento único de 17,4%, referente aogatilho do mês de junho, recebendo da Diretoria de Recursos Humanos da empresa urnanegativa e a informação de que não aumentaria os salários da negociação salarial intersindical prevista para novembro daquele ano.
Punidos pelo arrocho salarial e sentindo-sedesvalorizados profissionalmente, decidiramos pilotos daquela empresa aérea, em outubro de 1987, adotar a chamada "OperaçãoPadrão".
A "Operação Padrão", em última análise,significa que -O~.pilot1).s..passam-a-nãomaisfazer concessões: cumprem rigorosamente a
5732 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
escala planejada, sem mais sacrificar folgasplanejadas com antecedência, não prorrogama jornada em uma hora - que é direito exclusivo do comandante, entre outras.
Após dois meses de movimentação, tendoobtido apenas o pagamento do resíduo emtrês parcelas, a Apvar une-se ao Sindicatodos Aeronautas (SNA) e ao Sindicato dosAeroviários, iniciando um processo de nego·ciação coletiva que deu origem à CampanhaSalarial Unificada, primeiro movimento conjunto de aeronautas e aeroviários, desde1963.
Dadas as dificuldades encontradas para talnegociação, já que o sindicato das empresasinsinuava retirar itens sociais concedidos emdissídios anteriores, foi decidida a deflagração de uma greve de advertência de 48 horas,para os dias 11 e 12 de dezembro de 1987,que paralisou 99% da aviação brasileira.
A greve teve como resultado uma determinação da Justiça, que financeiramente apenascompensaria a inflação acumulada do ano,e exigia o cumprimento de diversos itens decunho social da pauta proposta pelo sindicato- o que administração da Varig procurouprotelar judicialmente.
Diante da inexistência do pretendido diálogo e da negativa do então presidente da Varigem receber a Diretoria da Apvar, conformeanteriormente prometido, nova greve foi projetada para 11 de fevereiro de 1988 a antecipada para 26 ,de janeiro, em decorrência dedemissões ocorridas na Transbrasil. Antes dea greve ter iníCio, a Varig comunicou à Apvarque cumpriria a sentença do TST, na íntegra,solicitando-lhe representantes para iniciar areestruturação da tabela salarial dos pilotos.A tabela não foi aceita, e a categoria foi àgreve por 72 horas, em pleno carnaval.
Apesar da inconstitucionalidade do Decreto-Lei n" 1.632/78, que dispõe sobre a "proibição de greve nos serviços públicos e ematividades essenciais de interesse da segurança nacional", as empresas aéreas lançarammão desse instrumento, demitindo cerca denoventa aeronautas, sorteados entre os grevistas, dentre os quais vários líderes sindicais,sem que houvesse inquérito judicial para apurar os fatos, nem julgamento sobre a legalidade da greve, por parte do TRT.
A época, os parlamentares constituintesmanifestaram-se através de moção de apoioaos aeronautas, da qual fui signatária, encaminhada ao Sindicato Nacional das EmpresasAeroviárias e aos presidentes das companhiasaéreas. Finalmente, teve início O-processo dereadmissão, embora mediante descabível exigência de os profissionais se retratarem porescrito.
Nos últimos dois anos, quase tooos õs-pHotos, comissários e funcionários de terra dasempresas aéreas foram anistiados, exceçãoapenas de onze remanescente da Varig, todoscom invejável curriculum e muitos anos deserviço prestados à companhia, apesar de numerosas tentativ'lis de entendiinentos com adireção da empresa.
Entende a categoria que, para a completapacificação das relações de trabalho entre a
administração da Varig e os pilotos, é imperiosa a readmissão dos onze colegas, consideradas injustas e políticas, e que atingiram alguns dos mais capazes e dignos profissionaisda' empI1;:sa. Acreditam, aeronautas e aeroviários da Varig que, ao demitir seus funcionários, sem sequer ouvi-los, a administraçãoda companhia desviou-se de seus próprios padrões, já tradicionais, de administrar com serenidade ajustiça.
E, por concordar com aqueles profissionais, faço minha a sua reivindicação, apelando à direção daquela prestigiosa companhiaaérea no sentido de que, em prol da tranqüilidade e da paz no seio dos trabalhadoresda aviação civil, mande promover a readmissão dos onze funcionários, cuja folha de serviço somente enobrece a Varig.
o SR. MAURÍLIO FERREIRA LIMA(PMDB - PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - SI. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,o Governo, através da pessoa do ilustre Ministro da Justiça, Bernardo Cabral, assumiuontem o compromisso de não atropelar qualquer iniciativa do Legislativo no sentido daelaboração de ,uma política salarial. Outrosintegrantes do Poder Executivo também endossaram esse compromisso, inclusive os Ministros do Trabalho, Rogério Magri, e o interino da Economia, Eduardo Teixeira. Asconversações continuarão nesta terça-feira.Mas o PMDB deu o passo iI).icial para quese trouxesse a discussão salarial para o fórumdo Congresso Nacional.
Todos sabem, nesta Casa que sempre de- .fendi o Congresso Nacional como o fórumadequado para a discussão de uma políticasalarial para o País. Logo depois de se outorgar a.nova Constituição, lutei para a formação da Comissão Parlamentar do Salário Mínimo. Foi um trabalho pioneiro, que serviupara lançar as bases de uma atuação futurado Parlamento. De lá para cá, por diversasvezes, subi a esta tribuna com a tese de queDeputados e Senadores deveriam colabqrarpara a formulação de uma estratégia paraa reposição dos níveis de renda dos trabalhadores, afetados por décadas de inflação descontrolada e arrocho por parte de governosautoritários ou desvinculados das aspiraçõessociais.
Ao decretar a livre negociação de salários,a Ministra Zélia Cardoso de Mello terminoupor abrir uma brecha para a atuação do Legislativo na formulação da política salarial. Como representatfte do PMDB, procurei mostrar ao Ministro Bernardo Cabral que umrecuo do Governo simplesmente atropelariaas iniciativas de Deputados e Senadores, semnada acrescentar de novo para a solução definitiva do problema. Lembrei que a instituiçãoda livre negociação sem acordos prévios terminou' por isolar o Governo de suas basessindicais e, pela. simples razão do Congressoser uma caixa de ressonância da Nação, que'0 Poder Legislativo seria a instituição indicada para absorver esta responsabilidade.
Este ponto de vista foi adotado pelas Lideranças de todos os partidos presentes à reunião, e espero que esta decisão se mantenha.
Muito obrigado.
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados lamentavelmente, os programas de ajustes da economia brasileira, implantados nos últimos anos,têm penalizado mais o setor agrícola do queos outros setores da economia. Coincidênciaou não, a verdade é que estes programas têmsido implantados por ocasião de colheita dassafras da Região Centro-Sul do País, esta responsável por quase 90% da produção brasileira. A implantação desses programas sempre se deu via tabelamento dos preços a nívelde varejo, dificultando e/ou mesmo impedindo qualquer recuperação de preço no segmento da produção. Um segundo problema- e bastante grave - diz respeito à ausênciade regras claras de correção dos débitos decusteio. As regras de correção dos débitosde custeio estabelecem a contabilização integrai da inflação passada, enquanto a correçãodos preços mínimos dos produtos agrícolasse dá através de percentuais aleatórios e totalmente divorciados entre si.
Vejamos o que ocorreu nesta safra 89/90.Enquanto os empréstimos rurais realizadoscom dinheiro proveniente da poupança ruraltiveram uma correção de 84,32% em abril/90,os preços mínimos foram corrigidos em41,28%, também em abril/90, produzindouma defasagem aproximada de 40%.
Em Goiás, para tornar a situação aindapior, os produtores obtiveram a menor produtividade por área dos últimos anos (quedamédia de cerca de 30%). Direta ou indiretamente, uma parcela razoável desta perda dereceita proveniente da queda de produtividade das lavouras goianas se deve à instabilidade da decisão governamental na alocaçãodos recursos para o custeio agrícola da safra89/90. Entretanto, se se despreza os problemas decorrentes da queda de produtividadedas lavouras, fator complicador de descapitalização do produtor, e se se mantém apenasas regras estabelecidas de política agrícolaquanto à correção de preços e financiamentode custeio, através de um único índice, istoé, BlN ou IPC, tem-se perdas consideráveispara o produtor rural.
Como resposta aos clamores dos agricultores, o Governo prorrogou, pelo prazo deum ano, o pagamento de 30% da dívida contraída para o plantio, no ano passado. Mas,infelizmente, esta medida pouco resolveu para os nossos produtores, levando em contaque, na verdade, em nada reduziu a defasagem sofrida.
Rogamos, pois, das autoridades governamentais do setor agrícola uma reflexão maisaprofundada do problema, e medidas maisconseqüentes e ousadas, sob pena de condenarmos a agricultura brasileira a um processode desagr~gação de gravíssimas conseqüências.
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAI,.(Seção I)- - "f 'h '
Sábado 26 5733
Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)
- Vai-se passar ao horário destinado às
v - COMUNICAÇÕESDE LIDERANÇAS
Não há oradores inscritos.
O SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Passe-se ao
VI - GRANDE EXPEDIENTE
Tem a palavra o Sr. Iturival Nascimento.
O SR. ITURIVAL NASCIMENTO (PMDB- GO. Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente, Sr' e Srs. Deputados, a vidapolítica tanto pode ser uma comédia de erros,encenada por Arlequim, servo de dois amos;uma via crucis dos que lutam toda a sua jornada e não vêem realizados seus ideais; podemesmo encerrar um rosário de decepções,quanto aos turiferários do Poder; mas também pode ser uma jornada respeitável oumesmo gloriosa, para quantos tiveram cumpridas algumas de suas ambições, orientadaspelo serviço do povo e a grandeza de seupaís.
Nós, que a enfrentamos, decerto trabalhamos também em busca de gratidão, pois praticamente não teria sentido sacrificar todos osdesejos e satisfações pessoais, o devotamentoà família, e a vigJ1ia pelo bem do próximo,para, no fim da missão cumprida, não ouvirpalavras de agradecimento, e mesmo de condenação, porquanto toda unanimidade é suspeita.
Certa vez José Américo, que lutara ao ladode Getúlio Vargas na Aliança Liberal e foraseu Ministro da Viação e Obras Públicas, ouvido pelo jornalista Carlos Lacerda, no "Correio da Manhã", pregou, implícita ou mesmoclaramente, a renúncia ou a deposição de seucompanheiro.
Anos depois, disputando o Governo da Paraíba, recebeu o apoio de Getúlio Vargas,o que lhe provou, num dos primeiros e maiseloqüentes discursos de sua vida pública, umafrase lapidar, a respeito do adversário de ontem e amigo de sempre: "Eu me penitenciode haver apedrejado o sol posto".
Lembro-me dessas palavras, Sr. Presidente, na atual mudança de Governo, quandoJosé Sarney dele se despediu, podemos dizerque se comportou, realmente, no seu qüinqüênio, acompanhando a Constituinte e aseleições presidenciais, como um verdadeiropaladino dos ideais republicanos e da democracia representativa.
Nunca tivemos um pleito tão livre, de tãolonga direção e que provocasse tamanho entusiasmo no povo brasileiro, que compareceumaciçamente às urnas de novembro de 1989.
Ele, modestamente, reconheceu não tervencido a batalha contra a inflação, apesar
de todos os esforços despendidos e do apeloàs três equipes sucessivas de técnicos em economia e finanças.
Sr. Presidente, quando lançado ao eX11io,Pedro 11 terminou um soneto dizendo:
" ...sereno aguardareia Justiça de Deus na voz da história".
Decerto José Sarney não esperará tantotempo, pois a memória do povo é mais prontado que pensava nosso velho Imperador. Getúlio e Juscelino foram consagrados em vida,tendo tempo de ouvir a palavra de gratidãodo povo, nas umas de 1950, um Presidente,o outro Governador, depois de Prefeito deBelo Horizonte.
Depois de deposto, Getúlio disputou eleições e ganhou a senatória em São Paulo eno Rio Grande do Sul, sagrado Deputadopor vários Estados da Federação.
Decerto, se o Presidente Sarney quiser voltar ao Legislativo, será consagrado pela preferência popular, tanto no Maran~ comono Tocantins ou Roraima. Porque, se nãovenceu a monstruosa inflação que vinha sendo gestada em sucessivos governos, deu grande impulso à vida cultural e artística do País,foi um dos maiores defensores da nossa ecologia e suportou estoicamente, nos dois últimosanos, a maior oposição de sua história, respondendo-lhe com serenidade e equihbrioexemplares, ensinando a muitos políticos asregras da convivência pacífica, sem abdicarda autoridade de Chefe da Nação, demonstrada até mesmo pelo número de Ministrosque nomeou durante um qüinqüênio, das várias agremiações políticas, recrutados nos diversos Estados da Federação, de São Pauloa Sergipe.
Goiás teve a honra de colaborar nesse Ministério, durante todo o mandato de José Sarney, com a figura de íris Rezende, que, como seu descortino e larga capacidade de homem público, produziu três recordes sucessivos na tonelagem de grãos, atendendo aoabastecimento interno, com excedentes exportáveis.
Quanto à inflação, ninguém teria conseguido contê-Ia, mas vale nesta oportunidaderessaltar a humildade com que o PresidenteJosé Sarney confessou essa falha, depois deuma grande luta.
Quando escolheu um ·Ministro no Estadode Goiás, justamente para a Pasta da Agricultura, José Sarney estava declarando implicitamente sua confiança na ampliação das fronteiras agrícolas do País. E tanto agiu acertadamente que o seu sucessor, o PresidenteFernando Collor, também foi buscar emGoiás o novo titular da importante Pasta daAgricultura. Permanecendo poucos dias noMinistério, foi obrigado a sair para disputaro Governo do Distrito Federal, a pedido doPresidente da República.
Joaquim Roriz, que no Governo do Distrito Federal foi o administrador que maiscontribuiu, em curtíssima gestão, para solucionar o problema das populações faveladasda Capital da República, tem todas as condições para levar esse entusiasmo, esse espírito
de luta, essa compreensão dos grandes problemas nacionais para o campo da reformaagrária, visando, ao mesmo tempo, a fixaro homem à gleba e a incrementar a produtividade nacional no campo agropecuário.
O Sr. Ant6nlo de Jesus - Permite-me V.Ex' um aparte?
O SR. ITURIVAL NASCIMENTO - Comtodo prazer, ilustre Deputado António de Jesus, digno representante do meu Estado naCâmara dos Deputados.
O Sr. Ant6nlo de Jesus - Nobre DeputadoIturival Nascimento, solicitei este aparte parasolidarizar-me com V. EX', quando ocupa este espaço para trazer à nossa memória nomesrespeitados como o de íris Rezende MaChadoe Joaquim Roriz, dignos representantes deGoiás, tanto no cenário nacional quanto noregional. Entendemos que o momento é desuma relevância para o desenvolvimento denosso Estado. E,_com os acertos que já tivemos com íris Rezende Machado e JoaquimRoriz, podemos acreditar que, amanhã, tantoo Distrito Federal quanto o Estado de Goiásserão bem representados por homens simplespor formação, porém honestos, trabalhadores e competentes. Acredito que o DistritoFederal poderá orgulhar-se de ter um Governador da estirpe de Joaquim Roriz, que jádemonstrou habilidade - como muito bemdisse V. EX' - para erradicar, sem maioresconflitos e derramamento de sangue, de maneira humana, sensata, o grave problema dahabitação dos menos favorecidos do DistritoFederal. Esperamos que no dia 3 de outubrotodos os brasilienses dêem um voto de confiança à capacidade administrativa do Sr. Joaquim Roriz, já comprovada durante sua gesnte quando esteve à frente do Ministério daAgricultura. íris Rezende Machado, nomehonrado que muitos tentam combater - nãosei por que, talvez por determinados sentimentos particulares - já deu prova inconteste de sua capacidade administrativa há cer·ca de três décadas, como Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Goiânia; c0mo Prefeito, cuja habilidade administrativaficou marcada na história do desenvolvimento daquela capital; depois, como DeputadoEstadual, Presidente da Assembléia Legislativa; como Governador do Estado e Ministroda Agricultura. ie ele teve essa história, porque não referendar seu nome em sã condncia, para nosso futuro Governador? Parabénsa V. Ex' Gostaria que estas minhas palavrasfizessem parte de seu pronunciamento nesteGrande Expediente.
O SR. ITURIVAL NASCIMENTO - Deputado António de Jesus, sinto-me honradocom a participação de V. EX' através destevibrante e eloqüente aparte, que tempre temdemonstrado sua entusiasmada vontade dedefender nosso Estado e seu povo, principalmente aqueles líderes que, por certo, pelotempo que serviram ao-,nosso Estado, decmonstraram competência em favor dos interesses mais legítimos do povo goiano. Quero
5734 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESS9 NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
crer que V. Ex' está certo ao elogiar essadupla de grande goianos: Íris Rezende Machado e Joaquim Roriz. Estou convicto, posso assim afirmar, de que os dois, um no Governo do Estado de Goiás e o outro no Governo do Distrito Federal, de braços dados,haverão de defender os interesses das respectivas populações.
Continuo, Sr. Presidente. Ninguém maisconfiável que o Ministro Bernardo Cabral para a defesa da prática democrática e das instituições liberais no País; ninguém mais indicado para dar continuidade ao nosso desempenho no campo internacional do que o Ministro Francisco Rezek, que renuncia à futuraPresidência do Supremo Tribunal Federal para dirigir o Itamaraty, celeiro de grandes vocações de homens públicos, como EpitácioPessoa, Rui Barbosa, Osvaldo Aranha equantos, nos tribunais internacionais, sempredefenderam os direitos da minoria e a autodeterminação dos povos.
Continuamos torcendo pelo melhor.Queremos que o novo Governo acerte, em
todos os setores, como o Presidente José Sarney acertóu no setor político, consolidandoa democracia brasileira, sob o pálio de umadas ÇQ!Jstituições mais liberais e progressistasda nossa História.
Para nós, não foi o acaso de um governo,mas uma nova fase da nossa aurora democrática, tão devedora ao Presidente José Sarney,que já tem seu nome consagrado no panteãoda História.
Valha-nos a oportunidade, no entanto, para levar algumas ponderações ao Presidenteda República, diante da inquietação provocada nos meios civis 'e militares, na indústria,no comércio, na agricultura e no seio dosque confiavam nas cadernetas de poupançae outros investimentos destinados a incrementar o desenvolvimento nacional, pelasmedidas recentemente baixadas no sentidode enxugar o meio circulante, pela violentaredução da Iiquidez dos investimentos finan-'ceiros, atingidos, simultaneamente, os salários, as contas de curto prazo, o capital degiro das empresas e - o que é pior - abalando, quase irrecuperavelmente, a cOl)fiança dopovo em nosso sistema bancário.
Noticiam os jornais sobejamente, dandoo nome dos beneficiários, que às vésperasda entrada em vigor dessas medidas, aplicadore\ retiraram de todos os bancos com quenegociavam importâncias vultosíssimas, livrando-se de qualquer desconto, enquantose reduzia a tlIm ativo de 50 mil cruzeirosquem, poupando há mais de dez anos e, nesseperíodo, incorporando os índices de desvalorização da moeda àquele ativo conseguiriaamealhar de 500 a 5 milhões de cruzeiros.
Em pnmeiro lugar, levantam-se objeções,nos meios jurídicos, à constitucionalidadedesse verdadeiro atentado ao patrimônio particular, que sofreu uma agressão maior quea do imposto sobre lucro exfraordinário ouos anteriores empréstimos compulsórios, estes últimos permitidos com exigênciai' específicas pelo atual sistema constitucional.
Fique a matéria jurídica para a comissaocompetente e, posteriormente, para o Supremo Tribunal Federal.
Ouço V. Ex', Ilustre Deputado MaguitoVilela, que orgulha sobremaneira a regiãosudoeste do meu Estado, a qual representa.
O Sr. Maguito Vilela - Nobre Deputado,~stou acompanhando atentamente o brilhante pronunciamento de V. Ex', ao qual gostaria de incorporar algumas palavras. Não erade se esperar outra coisa. V. Ex' tem umatradição de luta, no meu Estado, de maisde quarenta anos contra a ditadura, contrao arbítrio e em favor da Ferrovia Leste-Oeste, da agricultura do sudeste de Goiás e doBrasil. Por isso mesmo me permiti tomar alguns preciosos segundos deste seu extraordi'nário discurso para falar sobre um pontocrucial da vida brasileira: a agricultura. Osagricultores estão realmente em situação caótica. Agricultura brasileira está praticamentequebrada. O Governo e o'Ministro da Agril
cultura 'precisam ter mais sensibilidade paraos problemas desse setor. A decisão de prorrogar o pagamento de 30% do débito dosagricultores não resolve a questão, porquea dívida continua a mesma. Aos 30% queserão pagos daqui a um ano serão acrescidosjuros, o que significa que a dívida continuarácrescendo. Portanto, essa medida não resolveo problema dos agricultores. A defasagemna correção foi enorme, de 40%. Temos,realmente, de estender as mãos a esse segmento importante que representa a alavancadeste País. Quando a agricultura vai bem,tudo o mais no Brasil vai bem; quando estavai mal, tudo corre mal, porque este é umPaís vocacionado principalmente pará a agricultura e a pecuária. Por isso queremos incorporar palavras ao pronunciamento de V. Ex'e fazer um apelo veemente ao Sr. Ministroda Agricultura e ao Sr. Presidente da República, Fernando Collor, para que encontremfórmulas para minimizar o problema dramático dos agricultores brasileiros. Ao mesmotempo, quero parabenizá-lo por ~er feito referência ao maior líder de Goiás, Iris RezendeMachado. V. Ex' está acompanhando os passos da cúpula goiana, quando todos os partidos se voltam contra o ex-Ministro, inclusiveo Governador do Estado, simplesmente porinveja ou levados pelo ódio, pelo rancor epelo çiúme político. Mas Íris vai mostrar aoBrasil que vai ganhar de todos eles, inclusivedo Governador do Estado, porque se estee 9s líderes da oposição decretaram guerraa Iris Rezende, fizeram mal e dispõe de poucos sol~ados para enfrentar o ex~rcito popular de lris Rezende, em Goiás. Iris trituraráos maus políticos que se colocam no seu caminho para impedir sua volta ao Palácio dasEsmeraldas, quando todo o povo goiano queresse retorno triunfal. O Serpes, em Goiás,concluiu uma pesquisa divul,gada ontem pelojornal O Popular, dando a Iris Rezende Machado um percentual de 38%; ao segunçlocolocado 11%; ao terceiro 10%; e ao quarto7%. Portanto. a diferença em favor de ÍrisRezende Machado é enorme em relação aos
demais. Trata-se de maioria extravagante.Ele será o único, talvez um dos poucos Governadores eleitos pelo PMDB no Brasil.Quero crer que será eleito no primeiro turno,pois sua decisão de disputar o Governo érecente. As pesquisas - repito - indicam38%, e para chegar aos 50 resta apenas umpasso. Tenho certeza absoluta de que ele serárealmente eleito no primeiro turno. Peço desculpas pelo alongamento do meu aparte.Cumprimento V. Ex' pelo brilhante pronunciamento incentivando-o a continuar nessaluta sacrossanta que sempre desenvolveu nosudoeste do Estado, por Goiás e pelo Brasil.
O SR. ITURIVAL NASCIMENTO - Deputado Maguito Vilela, em seu aparte V. Ex'dá a demonstração inequívoca de grande defensor, na Câmara dos Deputados, do Estadode Goiás e de sua principal economia, a agricultura.
Na realidade, a agricultura está atravessando uma fase difícil. O agricultor não deveesses trinta e'poucos por cento que o Governoquer parcelar. Haveremos, junto com V. Ex',que também faz parte da Comissão da Agricultura, de conseguir, naquela Comissão, umtrabalho sério para retirar dos agricultoreso que o Governo quer cobrar ilegalmente.
Devo dizer a V. Ex' que para Goiás suapresença na Câmara dos Deputados tem sidode extraordinária importância. Desta tribuna, nós, assim como V. Ex' representantesde uma só região, queremos deixar registradoo trabalho de quase toda a bancada federal,para que, unidos, possamos contar com V.Ex' de braços dados com o grande líder queacabou de enaltecer. Realmente, nas pesquisas publicadas pelos jornais da capital. ÍrisRezende tem 38% das preferências e o segundo colocado tem 11%.
Vejam, Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, a diferença entre o primeiro e o segundolugares. Naturalmente, V. Ex' está certo, Deputado Maguito Vilela. Íris Rezende Machado, juntamente com V. Ex' na vice-Governadoria, haverá de levantar a vitória parao povo goiano, logo no dia 3 de outubro,no primeiro turno.
Meus cumprimentos pela sua participação,pois me honra sobremaneira o aparte de V.Ex'. Continuo, Sr. Presidente.
O que nos interessa realmente, é atenderao enxugamento da moeda, como instrumento eficaz de inflação, pela forma proposta,mas alterados os percentuais exagerados contidos nessas proposições do Executivo.
Aceitaríamos que todos esses investimentos sofressem um empréstimo compulsórioimediato de 40% sendo de 30% ou 300 mflcruzeiros, no caso das cadernetas de poupança, podendo a çontribuição ser negociada.com 15 a 20% de permanência do depósitopelo prazo de dezoito meses. -
Finalizando, queremos sugerir que, em lugar de sua extinção, o Banco Nacional deCrédito Cooperativo seja transformado emcarteira de fometo do Banco do Brasil, a fimde que a produção agropecuária não sofra
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5735
um colapso em pouco, teinpo ou simplesmente estacione, à míngua de incentivos.
Era o 'q'ue tínhamos a dizer. (Palmas.)
Durante o discurso do Sr. Iturival Nascimento assume sucessivamente a presidência os Srs. António de Jesus e Sigmaringa Seixas. § 2' do artigo 18 do Regimento Interno.
Ó SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Concedo a palavra ao nobre DeputadoFernando Santana.
O SR. FERNANDO SANTANA (PCBBA.Sem revisão do orador.) - Sr. Preside.nte; Srs. Deputados, infelizmente aquelaeuforia inicial ,ao, Plitlo Brasil Novo está-sedesfazendo com umlÍ' rapidez inesperada.
O que mais nos preocupa hoje é alcançaruma economia estável com desenvolvimentoassegurado. Isso, Sr. Presidente, parece quese está tornando um sonho das mil e umanoites.
O País, que há uma década vem sofrendoum JXoce.sso de deterioração na sua economia, sofrerá maremotos terríveis. Não sabemos se o barco agüentará ou não os impulsosd!\s ondas gigoo.tescas que se anunciam no'horizonte.
Seria muito melhor que tud.o saísse de acordo com o figu~Jno, mas os filtos estão revelandó exatamente o contrário. Estamos vendo o Governo determinar a livre negociaçãodos salários, quando a economia está em dé·bâde, e não há, a nãp ser raríssimos, sindicatos com capacidade de discutir e de acertarlivremente com os empresários seus saláriosmensais.
Sr. Presidente, a situação se agrava e jáestamos vendo que a Fipe - Fundação doInstituto de Pesquisas da Universidade de.São Paulo - registra de 15 de abril a 15de maio uma- inflação de 8,54. Segundo, oSr:. Juarez Riziere, chefe dessa equipe, há,no horizonte, sinais muito ruins de que o processo inflacionário se torne mais intenso, 'apartir lieste momento.
Com as medidas violentas tomadas no sentido de reduzir ao mínimo os recursos empoder do público, o Governo deixou em curso~ naqueles dias de março - apenas 20%dos 140 bilhões de cruzeiros em cir~ulação.
Hoje, esta quantia já se eleva a 640 bilhõesde cruzeiros, praticamente cinco vezes o dinheiro em circulação após a decretação doPlano Brasil No'vô pelo Governo. Isto. significa que as torneiras foram abertas de maneira irregular e excessiva, porque hoje jáse reclama cóntra o excesso de liquidez' napraça.
Por outro lado, a desconfiança total queatingiu os pequenos poupadores piora aindamais' a situação. O trabalhador não pega osalário ~enão para gastá-lo ou' guardá-lo naprópria casa. Assim, ninguém se arrisca a'abrir uma cederneta de poupança, porqueo Governo, ao tomar aquelas medidas de restrição, o fez de maneira tão ampla, que envolveu, no mesmo saco, os gIandes e os pequenos poupadores.
Agora o Governo está numa tremenda lutapara reativar a confiança nas cadernetas depoupança.
Isto seria possível se o Governo fizesse dessas cadernetas uma espécie de jogo da loteca,c()m grandes prêmios, porque, então, todosiriam ter uma caderneta como se' fosse umbilhete. Seria a única maneira, acredito, dentro desse espírito de jogatina nacional, deatrair o interesse do possível poupador. Acaderneta funcionaria como elemento de concorrência, de modo que as pessoas pudessemter a possibilidade de ganhar grandes recursos, num prêmio que o Governo viesse a estabelecer. Isso, dado o espírito que preside opovo brasileiro de aventurar-se sempre à possibilidade de, numa só tacada, tornar-se independente em termos financeiros. A não serpor este meio, que seria levar a cadernetade poupança também para a área do jogode risco, não vejo como reabilitar, rapidamente, a confiança do povo na poupança.Conseqüentemente, haveria redução de liquidez da parte daqueles que ganham saláriose não o gastam no mesmo dia em que o recbem. Poderiam deixar parte desse salário napoupança para ir gastando durante o mês,e isto não mais está ocorrendo. O cidadãorecebe e arrisca-se a ser roubado, assàltado,mas não tem confiança no sistema financeiroe no sistellla político. Portanto, não confiaem que o:Coverno possa garantir coisa alguma. Então, Sr. Presidente, as coisas vão setornando cada vez mais difíceis para o processo de revitalização da economia.
Por outro lado, tivemos a oportunidade deassistir ao Presidente do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, 'Eduardo Modiano, na ocasião em que{azia pequena exposição no Auditório Nereu Ramos. Quantoà questão da privatização, S. S' disse queaproveitaria a grande experiência do Banco.Sentimos por não ter permanecido naquelaaudiência até sua conclusão, pois outros compromissos nos chamavam, mas desde logo sabemos que a experiência do Bndes no setorda priYativatização' não é tão importante.Lembram-se todos quando o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social tentavaa privatização da Mafersa? O fato tornou-seum grande escândalo, porque o valor solicitado para que a Mafersa fosse adquirida pelosempresários era tão ínfimo com relação aoativo real- da empresa, que o banco foi -obrigado a recolher o leilão.
É de conhecimento"de todos, também, quequando esse banco privatizou a empresa Aracruz, ele o fez por um preço tão abaixo d0ativo real da empresa, que conforme dizem,em apenas um ano seus adquirentes recuperaram todo o capital gasto na compra da empresa.
Portanto, os exemplos que conhecemos cIf:privatizações feitas pelo BNDES não nos autorizam a acreditar nessa experiência e adotá-la como norma para as futuras privatizaçÕes. Lembro ainda o episódio daquela empresa da Bahia, a Caraíba Metais, que (aziaexploração do cobre e détinha o monopólionão só daimportação como também da distri-
buição interna. Pois ela foi privatizada demaneira muito prejudicial aos interesses públicos. Nesse caso, o patrimônio público nãofoi absolutamente defendido como deveriaser, o que de resto aconteceu também nasdemais privatizações promovidas pelo BancoNacional de Desenvolvimento Econômico eSocial. .
Assim, não nos parece correto que o Sr.Eduardo Modiano apresente para aquele público que ontem lhe assistia a experiência doBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social como elemento fundamentalpara o programa de privatização estabelecidopela Medida Provisória n9 155. E diga-se que~. S' está para ser o Presidente dessa comissãode privatização, ou, talvez, já esteja até escolhido.
Não estou aqui, porém, afirmando que oSr. Eduardo Modiano possa se revelar ummau caráter, um sujeito qU,e queira privatizaras empresas que devem ser privatizadas como espírito de lesar o patrimônio público. Nãodigo isso. Mas chamo a atenção de S. S' paraa experiência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, que não serve a qualquer cidadão que pretenda realmente aprofundar-se no campo das privatizações.
Há poucos anos, realizou-se aqui no Brasilum simópio sobre privatização. E lembro-mede que um representante francês fez um depoimento extraordinário. Disse que a comissão de privatização designada pelo presidenteda França, depois de três anos de atividadesnão havia sofrido um arranhão, uma crítica,uma palavra sequer de restrição, tal ó com'portamento dessa comissão. O elenco de hoII1ens escolhidos para compor essa comissãoQe privatização na França foi de tal ordem,que, durante todo esse período, nenhumasuspeita, nem de partido político - na Françasão muitos, todos ativos e com espírito crítico- nem por parte da imprensa francesa foilevantada. No Brasil, entretanto, as privatizações que têm sido tentadas sofrem as maiores críticas do público, do Parlamento e dosjornais. Quanto se escreveu no Brasil li respeito da privatização da Mafersa, que foi suspensa! Quantos artigos foram escritos mostrando-se os erros que seriam cometidos numa privatização que não levava em canta osinteresses do patr~ônio público!
Desse modo, Sr. Presidente, Srs. Deputados, não podemos considerar que tenha sidouma boa afirmação do presidente do BNDES, Eduardo Modiano, duzer que a experiência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social seria por ele aproveitada no processo das privatizações queagora vai se iniciar.
Sor. Presidente, estamos também muitopreocupados com a,possibilidade de essas privatizações se transformarem numa transferência maciça de empresas nacionais para ocontrole internacional. Alguns bancos já estão fazendo reservas de ordem de 1,5 bilhãode dólares, e dizem que eles entrlllão na compra de certificados, apresentando esses mon,tantes da dívida brasileira pelo seu valor de
5736 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
face; ou seja, os títulos brasileiros de 1milhãode dólares, de 100 mil d6lares, de 'quantofor, serão apresentados por aquele valor deface, que todos sabemos não representa demodo algum o chamado valor de mercado.Se esses países estão impulsionando o Brasile quase exigindo essa transformação política,do ponto de vista econômico, para que aquise estabeleça um verdadeiro país do livremercado, da livre negociação, da livre conco~ncia, por que não aceitam esse mesmoprincípio aplicado aos valores internactonais?Se querem o livre mercado, por que o livremercado não funciona em relação aos títulosda dívida brasileira?
Livre mercado, aqui; mercado de preçosdeterminados lá fora. É assim que os banqueiros internacionais desejam participar pelo menos, é o que os jornais dizem - daschamadas privatizações no Brasil, trazendotítulos da dívida brasileira, que serão apresentadas pelo seu valor de face. E todos sabemos que a dívida brasileira, em média, temum valor de mercado que hoje varia entre25 a 30 cents por dólar, o que significa que,se tivéssemos recursos, poderíamos comprar100 bilhões de dólares por 25 a 30 bilhõesde dólares. Ora, com essa diferença de até75% do valor de mercado desses títulos brasileiros, como se pode entender a proposta deapresentá-los para uma aquisição de certificados do patrimônio brasileiro pelo seu valorde face?
No meio de tudo isso, Sr. Presidente, convém discutir também algumas posições quenos parecem corretas. O negociador da dívidabrasileira, Embaixador J6rio Dauster, fezuma afirmação que, parece, corresponderealmente aos interesses do País: "Nada serápago aos bancos internacionais, nem mesmoaquelas parcelas de juros atrasados, que jáalcançam 5,5 bilhões de dólares, antes doacordo geral", Essa afirmação parece-nosmerecer o apoio de todos nós, porque issosignifica uma posição que pode levar o Governo brasileiro a uma negociação mais proveitosa e de melhor rendimento para o País.Se o Embaixador J6rio Dauster afirma quenão negociará antecipando pagamentos, assume então uma posição relativamente deforça que vai auxiliar a negociação geral, nosentido de reduzir ao máximo possível essadívida 'nominal que ainda hoje temos da ordem de 120 bilhões de d6lares. Prevalece esseentendimento seo Governo não recuar e se,por outro lado, também as declarações daMinistra Zélia Cardoso de Mello forem mantidas, isto é, de que o Governo brasileironão vai continuar aquele caminho sem fimda negociação com QS chamados "comitês dosbanros credores", porque na hora em queo Brasil tomou o empréstimo, o fez com oCitybank.
Quando o Governo brasileiro negocioucom o Citybank, não negociou com os demaisbancos ao mesmo tempo. Quando negocioucom outras entidades internacionais, tambémnão o fez coletivamente. Por que então essesbancos agora se reúnem em comitês? As despesas são pagas por nós, e então temos de
ir lá para conversar com o comitê, que, comtodo o poder dos credores reunidos, estabelece as condições? Não, considero corretamente esta posição anunciada pela MinistraZélia Cardoso de Mello e também apoiadapelo negociador, o diplomata J6rio Dauster,de que os bancos credores venham ao Brasilnegociar, um por um. Alegam os banqueirosque isso pode facilitar a negociação e reduziro montante da dívida. É verdade, a intençãodeve ser esta, mesmo. Porque há.até, no Brasil, quem defenda intransigentemente nãouma negociação para pagar, mas uma negociação para não pagar coisa alguma. Este éum ponto de vista defendido por certas áreas,com o qual não nos alinhamos. Não defendemos o calote total, não porque não mereçaser dado o calote - se é que querem chamarisso de calote -, não defendemos a posiçãode nada pagar porque achamos que o Brasilnão tem unidade interna nem poder nacionalpara adotar tal atitude. Se n6s, brasileiros,nos uníssemos de uma maneira total, se tivéssemos capacidade de passar quaisquer quefossem os sofrimentos para afirmar que nãoremos mais porque essa dívida já foi pagaduas ou três vezes, então essa proposta poderia ser até aceita. Mas não acreditamos nachamada unidade brasileira nem na unidadenacional em tomo dessa questão. Se houvesse, estaríamos com o General Serpa, que,aliás, foi um dos grandes generais da Revolução de 64. Hoje, o General Serpa anunciaa todos e discute em conferências que a únicaposição certa, a única que realmente defendeos interesse nacionais, é dizer simplesmente:"Nada mais pagaremos, porque essa dívidajá foi paga". Concordo com o General Serpa,em tese. Mas não chegamos a defender essaposição na prática, pois não temos capacidade de levar esta posição até às últimas conseqüências. Prefiro propostas que não são tãoavançadas, mas também não são tímidas, como a de J6rio Dauster e a da Ministra ZéliaCardoso de Mello, que aceita discutir a dívida, contanto que os credores venham ao Brasil, um por um, para negociar a dívida aqui,e não em um comitê reunido em Nova Iorque,pois, para chegarmos lá, as despesas são pagas por n6s. Essas atitudes não são tão drásticas, tão violentas, porém, mesmo essa quesão simples e que não ameaçam os banqueirosestão sendo recusados terminantemente pelos principais credores do Brasil.
Sr. Presidente, os credores querem discutircoletivamente, ou seja, eles e o Brasil. Porque não aceitam a discus~ãocoletiva com todos os países devedores da América Latinae do Terceiro Mundo? Se os banqueiros querem discutir coletivamente reunidos, queaceitem os devedores também coletivamentereunidos, não s6 da América latina, comoda África e da Ásia. O enfrentamento darse-ia não de um país contra os banqueirosinternacionais, mas de todos os países devedores contra os banqueiros que concederamempréstimes.
Sr. Presidente, essas duas sugestões, tantoa do Embaixador J6rio Dauster, afirmandoque o Brasil não adiantará nenhum pagamen-
to antes de fechar a negociação geral, comoa da Ministra Zélia Cardoso de Mello, propondo que os credores se transportem à capital do Brasil para discutir as propostas deinteresse de cada banco. posições não sãoradicais, revolucionárias, mas levam em conta os interesses do Brasii numa medida atémodesta. Achamos que estas duas propostasdevem ser levadas em conta por todos nós.Independentemente da nossa posição em relação ao Governo e da nossa oposição a certasmedidas, elas merecem ser levadas à frentee devem receber o respaldo necessário destaCasa.
Dentro desse quadro, não sabemos se oBrasil terá tempo ou fôlego para manter asposições que analisamos neste pronunciamento. Se a situação interna e a economiaentrarem em processo d'e deterioração alémdo que já alcançaram, as coisas ficarão muitoruins. Não sabemos se, diante de um quadrode retomo do processo inflacionário, de inquietação interna e até de convulsão social,as discussões com os banqueiros internacionais ficarão mais difíceis, porque perderemosa:Jgumas posições que nos ajudariam muitona negociação. Achamos que o problema dadívida externa é o mais importante do Brasil.~em a sua solução não conseguiremos resolver o problema da dívida interna, porque oseu grande volume resultou dos milhões ded61ares que o Governo era obrigado a comprar para atender ao serviço da dívida. Chegamos a ter um saldo na balança comercialde mais de 20 bilhões de dólares, mas o Governo não tinha d6lares. O Governo comprava esses dólares para satisfazer aos serviços da dívida e, então, evidentemente, a moeda se multiplicava através da compra dessesd6lares. Por isso, Sr. Presidente, a dívida externa é o calcanhar de Aquiles de toda a economia nacional. Pode-se fazer o que quiser,pode-se tentar por todos os processos a redução da inflação, mas essá redução, essa inflação, esses desequilíbrios da economia não serão resolvidos sem a solução do problemada dívida externa. Enquanto estivermos pagando muito mais do que podemos. enquantoestivermos exportanto muito mais capital doque recebemos, não haverá solução.
Nenhum sistema cllpitalista pode oferecermelhores condições ao seu povo qlSando elenão acumula capital. O que é o capitalismo?É a acumulação de recursos, é a acumulaçãode capital, e o Brasil há muito tempo nãoacumula, mas sim exporta capital. O Brasilpassou a ser exportador de capital e, conseqüentemente, a economia vai se fragilizando.Daí a decisão sobre a dívida externa ter umaimportância capital não s6 no equilíbrio daeconomia, como também no próprio processó de desenvolvimento do País, dentro dosquadros do capitalismo. Não defendo o capitalismo. Sou socialista. O capitalismo nãosubstituirá o socialismo. Isso é uma ilusão.Dizer que o socialismo está retornando aocapitalismo é bobagem. O sistema capitalistanão resolveu o problema da humanidade emlugar algum do mundo. No Brasil, por exempio, 40% da população são analfabetos, apro-
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26. 5737
ximadamente oito milhões de crianças estãoabandonadas nas ruas, milhares de camponeses estão sem terra, num país de cerca de8,5 milhões de quilômetros quadrados, e apenas 10% da população apropriam-se de maisde 60% na renda nacional.
O capitalismo brasileiro, portanto, nadaresolve. O atual quadro não propicia o desenvolvimento, dada a exportação desenfreadada produção nacional. Creio que 15% do PIEbrasileiro não ficam no País, são exportadosatravés do serviço da dívida, dos lucros dasmultinacionais - as chamadas remessas delucros - dos pagamentos de royalties, de seguros ou fretes. Toda a nossa produtividade,enfim, tudo o que o Brasil poderia acumularé exportado. Nossa balança geral de pagamentos é deficitária, mesmo com 20 bilhõesde dólares, com a entrada de outros serviçose apesar de termos o terceiro saldo do-mundo- o primeiro é do Japão, o segundo da Alemanha Ocidental.
Em resumo, a dívida externa tem de sernegociada em termos do interesse nacional.Qualquer que seja o plano econômico, nãohá continuidade, não há segurança para seestabilizar a economia, não há processo dedesenvolvimento garantido, sem que antestenhamos resolvido o problema da dívida e~
terna. Esta é uma questão fundamental. Nãose trata apenas de idéia fixa, mas de pensamento que perpassa por toda a História destePaís, na base de se tomar dinheiro do outropara se fazer alguma coisa internamente. Obrasileiro nunca se preocupou em fazer umapoupança para promover seu próprio desenvolvimento.
Neste sentido, concluímos desejando quea decisão de não pagar seja tomada antesdo acordo geral e da discussão da dívida, nãono comitê de Nova Iorque, mas aqui em Brasília, de banqueiro a banqueiro.
Ao mesmo tempo, condenamos a experiência que o Presidente do Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômico e Social,Eduardo Marco Modiano, deseja aplicar nasfuturâs privatizações. É assunto que" precisamos rebater. Se o Congresso Nacional nãoformular também, de imediato, uma lei salarial que impeça o desgaste total do poderde compra do trabalhador, não estaremoscumprindo o dever que a Nação nos confiou.
Não precisamos ser oposicionistas sistemáticos, mas brasileiros capazes de defender osinteresses do povo e de apoiar as medidasque este Governo venha a tomar em benefíciodo País.
O SR. PRESIDENTE !Sigmaringa Seixas)- Concedo a palavra ao nobre DeputadoArnaldo Martins.
O SR. ARNALDO MARTINS (PSDB RO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr# e Srs. Deputados, o desmata·mento da Amazônia, seja por derrubada oupor queimada, tem sido motivo de muita polêmica, inclusive entre os especialistas no assunto.
As divergências vão desde o tamanho dafloresta até os números do espaço derrubado.
O Prof. Samuel Benchimol, da Universidade do Amazonas, avalia que o desmatamento esteja em torno de 40 milhões de hectares, correspondendo da 7,4% do total de540 milhões de área terrestre da Amazônia.
A discussão sobre o desmatamento daAmazônia se radicalizou, a partir do ano de1988, quando os países desenvolvidos iniciaram uma campanha contra as agressões aomeio ambiente e, ao mesmo tempo, organismos financeiros internacionais passaram alimitar os empréstimos às nações do TerceiroMundo, vinculando-os a algumas condições,principalmente às medidas de proteção à na.tureza.
Como detentor da maior floresta tropicaldo planeta, o Brasil vem sendo o principalalvo dessas pressões.
Não há dúvida de que é necessário combater o desmatamento irracional, a queimadacriminosa, assim como a ocupação predatória.
Concordamos que a Amazônia possui umaflora e uma fauna que devem ser protegidas.Entretanto, ela também é uma área que temum destino econômico a cumprir, "não podendo o Brasil, sob hipótese alguma, deixar intocáveis os recursos minerais lá existentes, quesão quantitativa e qualitativamente dispepsáveis para o desenvolvimento do País.
Não devemos nem podemos esquecer o potencial agrícola da região, apesar da campa-onha em contrário que fazem os países desenvolvidos, que já ocuparam grande parte desuas fronteiras agrícolas, dominando o mercado mundial desses produtos e que agorapretendem se colocar como beneficiários dasreservas naturais existentes no mundo.
São do Dr. Paulo de Tarso Alvim, AssessorTécnico-Científico da Ceplac (Comissão Executiva da Política da Lavoura Cacaueira), cuja capacidade é reconhecida mundialmente,as seguintes afirmações:
"Temos que quebrar os mitos da Amazônia. A primeira falácia é que a Amazônia é o pulmão do mundo."
E conlcui:"A floresta praticamente consome to
do o oxigênio que produz e, no máximo,pode ser chamada de filtro do mundo,já que absorve gás carbônico."
"Não procede a informação de que98% dos solos da região amazônica sãoimpróprios para a exploração agrícola.Os solos pobres se situam em torno de50%."
A terceira afirmativa do Dr. Paulo Alvimnos deixa convencidos de que estamos diantede atitudes bastantes hipócritas por parte dospaíses desenvolvidos.
Ele afirmou, por ocasião da palestra queproferiu em dependências 'do Senado Federal, no dia 23 do corrente, durante o Seminário "O Futuro Econômico da Amazônia"o seguinte:
"O solo da Flórida é bem pior queo da Amazônia, e lá a produção é fantás·
tica. Oque precisa a AmazÔnia é somente de tecnologia."
Não temos qualquer dúvida de que os interesse dos estrangeiros em relação à Amazônianão são apenas ecológicos, mas também econômicos e políticos. E foi com a finalidadede permitir o desbloqueio de financiamentosexternos que tivemos a nomeação do agrônomo José Lutzenberger como o primeirotitular da recém-criada Secretaria· (nacional)do Meio Ambiente, diretamente subordinadaà Presidência da República, que se tornouo grande trunfo internacional do Brasil naquestão "verde" e que lá está conseguindoneutralizar o discurso acusador dos países estrangeiros.
Trata-se, não resta dúvida, de uni Secretário para "consumo" externo", porquantoquase todas as idéias, metas e propostas doDr. José Lutzenberger consagram o atraSoe tolhem o progreso, sendo de inteiro agradodos países desenvolvidos, que são os maiorespoluidores do mundo e que estão transferindo a responsabilidade e o ônus da preservação para as nações em desenvolvimentoe que detêm florestas tropicais.
Referimos o radicalismo que prega o crescimento econômico a qualquer custo, coma depredação irracional e desnecessária danatureza, mas também não concordamos como outro extremo, defendido por alguns ecolo:gistas e principalmetne pelo Secretário doMeio Ambiente, Dr. José Lutzenberger, quepropõem a intocabilidade da Amazônia,desprezando-se o" aproveitamento dos reçursosnaturais lá existentes, com prejuízo para todoo Brasil e, principalmente, para os 12 milhõesde habitantes da região, que ficariam privados dos benefícios do desenvolvimento econômico e social.
Não podemos aceitar passivamente as tesesde Lutzenberger de que "não adianta dizerque a Amazônia é nossa, el~ ~ do planet~
inteiro" e a de que "se perSistir o deseqUilíbrio ecológico provocado por essa devastação da Amazônia, teremos uma tragédiaem escala mundial e o agravamento dessequadro fará bilhões de pessoas passarem fo- .me".
Há, sim, necessidade de uma troca deidéias entre cientistas, empresários e ecologistas, visando ações conjuntas e que possibilitem que o desenvolvimento econômico ea preservação da natureza sejam compatíveis.
Daremos a seguir algum"exemplo everificaremos que a natureza pode ser pre~e~adasem que sejam adotadas as teses radicaiS ~o
ecologista José Lutzenberger, desde que hajao zoneamento da região, definidos as áreas"de preservação e as de ~xploraçã~ econô~i
ca como também atraves de medidas racIOnais a serem adotadas na região amazônica.
Desde que haja o zoneamento, não há razão para ser impedida a construção da rodovia que liga o Acre ao Peru, como prolongamento da BR-364, dando acesso ao OceanoPacífico, facilitando as exportações brasileiras e desenvolvendo, em muito, a !egião.
5738 Sábado 26 DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seção n Maio de 1990
Com a existência dessa estrada ligando osdois países, o Brasil poderá aproveitar as jazidas de gás existentes no Peru para a sua conversão em energia elétrica, atendendo a todaa Amazônia Ocidental e, desta forma, evitando a construção de hidrelétricas naquela área.
Desde que sejam construídas pequenascentrais hidrelétr.icas, aproveitando-se aabundância de rios existentes na região, todaa Região amazônica poderá ser atendida emenergia elétrica com construções de baixocusto, a curto prazo e que não inundam grandes áreas. Desta forma, não haveria necessidade da construção de usinas hidrelétricasfaraônicas, com custos de bilhões de dólares,com prazo de construção de dez ou mais anos-,e que inumdam milhares de hectares de florestas.
Até mesmo a atividade madeireira, desdeque seja racionalizada, não precisará ser impedida de funcionar na região, bastando queo reflorestamento seja fiscalizado e feito deforma racional, correspondendo uma plantação a cada derrubada.
O processo atual de reflorestamento é inteiramente falho, porquanto hoje o madeireiro paga o reflorestamento, mas ele normalmente não é feito ou então ocorre em outraregião.
Deve haver respeito às tribos indígenas,respeitanto-se as terras tradicionalmente ocupadas por eles. Entretanto, não é aceitávelque, em nome do índio, se impeça o desenvolvimento de uma região e que sejam radicalizadas posições, como atualmetne ocorre nalocalidade de Comodoro, no Estado de MatoGrosso, em que os trabalhos de construãode uma pequena central hidrelétrica, a dorio Doze de Outubro, que atenderá ao Município de Vilhena; em Rondônia, estão sendoimpedidos em virtude da necessidade de serutilizada uma área indígena de somente quatro hectares, quando os índios dispõem naregião de milhares de hectares.
É também um absurdo querer-se privar aregião amazônica de atividades agrícolas epecuárias.
As produções agrícolas da Amazônia, referentes à safra 88/89, de arroz, feijão, milho,soja, algodão, cacau e muitos outros produtos, comprovam a existência de solos bastanteférteis na região.
A pecuária na Amazônia apresenta também, no mesmo período, um desempenhobastante favorável.
SI. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, parafinalizar, diria a V. Ex'" que o problema iniciai da Amazônia é conhecê-Ia de verdade.Para tanto, impõe-se torná-Ia mais próximae mais alerta, para povoá-Ia. Caso venhamosa seguir integralmente todas as teses apresentadas pelos "ecologistas do asfalto", jamaisteremos aquela região desenvolvida, permanecendo seus habitantes na maior misériapossível e sem qualquer assistência médicae social. E isto tudo ocorre porque, segundoalguns, "a Amazônia não é nossa, e sim doplaneta".
Lembramos a esses "ecologistas urbanos",que lá residem brasileiros que desejam tam-
bém ter um padrão de vida um pouco melhore que têm consciência de que é preciso integrar a Amazônia para não ter de entregá-Ia.
O Sr. Valmir Campelo - SI. Presidente,peço a palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Tem V. Ex' a palavra, pela ordem.
O SR. VALMIR CAMPELO (PTBDF. Sem revisão do orador.) - SI. Presidente, em primeiro lugar, gostaria de dizerque Brasília está hoje engrandecida por verV. Ex', um digno representante do DistritoFederal, presidindo esta sessão da Câmarados Deputados.
Em segundo lugar, gostaria de fazer considerações sobre alguns interesses do DistritoFederal. Estive ontem em uma reunião como Ministro da Saúde, Alceni Guerra - sabeV. Ex', perfeitamente, que um dos grandesproblemas de BrasJ1ia é a saúde - e conseguimos que S. Ex' atendesse à nossa reinvidicação no sentido de que a Secretaria de Saúdedo Distrito Federal providencie a imediatarealização do projeto para a construção dohospital de Samambaia, utilizando-se de recursos assegurados no Orçamento da União.Esses recursos foram garantidos por iniciativadeste Parlamentar, que, no ano passado, conseguiu a aprovação, pelo Congresso Nacional, de uma emenda nesta sentido.
A construção do hospital de Samambaianão pode ser adiada, pois se trata de umanecessidade básica da população da mais nova cidade satélite de Brasília. Na falta doatendimento a essa necessidade, a populaçãotem que se deslocar p'ara os hospitais de Taguatinga ou Ceilância, sobrecarregando a capacidade de atendimento nessas cidades, cujos sistemas de saúde já são bastante deficitários.Portanto, SI. Presidente, acredito que, nomenor espaço de tempo possível, teremos ohospital de Samambaia construído, graças aDeus e à aprovação, pelo Congresso Nacional, de uma emenda de nossa autoria.
A Sr' Raqnel Capiberibe - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Tem V. Ex' a palavra.
A SRA. RAQUEL CAMPffiERlBE (PSB AP. Pronuncia o seguinte discurso.) - SI.Presidente, S~ e Srs. Deputados, venho aesta tribuna no dia de hoje prestar homenagem ao trabalhador rural do nosso País e registrar o meu protesto em relação à situaçãovivida por este trabalhador tão sofrido coma exploração indiscriminada e violenta da terra, com a expropriação das pequenas posses,com a ausência de uma política agrícola ede crédito, que acabam levando ao campouma luta desigual, sangrenta e violenta. Acada dia a violência e a miséria no campoaumentam, e são milhares de trabalhadoresque, por falta de condições de trabalho nocampo, emigram para a cidade em busca de
melhores condições para sustentar sua família, e que acabam marginalizados nas grandescidades, morando em favelas, embaixo depontes e viadutos. desempregados ou subempregados. A situação é mais grave ainda nestemomento, quando milhares de trabalhadoressão demitidos em decorrência da recessãoprovacada pelo plano econômico.
Nos últimos anos o saldo de mortes no campo aumentou consideravelmente.
A violência no campo dá-se em conseqüên·cia da estrutura fundiária que a partir de 1964privilegia a expansão do latifúndio, tornandoo Brasil o país de maior concentração de terras do mundo.
Do outro lado, milhares de sem terra, migrantes que vagueiam de um lado para outro,e os bóias-frias, lutando pela justiça no campo.
Como forma de impedir a organização desses trabalhadores, pratica-se toda sorte deviolência. Matam-se lideranças que procuramorganizar a resistência, sejam eles lideres sindicais, advogados, líderes comunitários e políticos enganjados nessa luta.
O latifúndio contrata pistoleiros, arma-se,investe em políticos, fere e mata e continuaimpune.
Hoje, 25 de maio, quero homenagear todosos trabalhadores rurais, reverenciando a memória de Paulo FontelIes. Margarida Alves,João Pedro Teixeira, João Batista, OlímpioCalistro, João Canuto Oliveira e seus filhos,Nelson Ribeiro e tantos outros por este Brasila fora.
E o que vemos de concreto para solucionaro problema? Nada, absolutamente nada. Aúnica forma de se acabar com a injustiça ea violência no campo é a implantação da reforma agrária. Mas como pensar em reformaagrária, em justiça no campo, quando se temà frente do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária um homem que tem suas raízesfundadas no que de mais atrasado e perversoneste país: a Sociedade Rural Brasileira ea UDR. Que interesses e;. representa?
Com certeza não é o daqueles que querema justiça no campo, mio é o interesse dosdescamisados.
Nossa esperança é a nossa luta.Pois, se a força agora é deles, ela um dia
será nossa.Quero, ao finalizar, fazer minha as pala
vras de Dom José Gomes, Bispo de Chapecó,Santa Catarina:
"Que a Reforma Agrária, preconizada por esse povo sofrido e esmagado pelos faraós de hoje, faça brilhar o arco-ín,sda paz e da fraternidade, e partilhe' oque está injustamente distribuído, pelaganância concentradora da terra."
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Concedo a palavra ao nobre DeputadoAdemir Andrade.
o SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Sem revisão do orador.) - SI. Presidente.
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5739
Srs. Deputados, venho hoje aqui trazer co!Uun~ação sobre uma decisão política de extrema importância tomada no Estado do Pará.
Nós, do Partido Socialista Brasileiro, buscamos um processo de negociação com osdemais partidos de esquerda e progressistasdaquele Estado, visando à união dos mesmospara uma disputa em coligação, ainda no primeiro turno das eleições de 3 de outubro próximo.
Depois de um longo período de negociação, conseguimos unir seis partidos políticos:o Partido da Social Democracia Brasileira.o Partido dos Trabalhadores, o nósso próprio, Partido Democrático Trabalhista, oPartido Comunista do Brasil e o Partido Comunista Brasileiro, que disputarão em coligação, as eleições do dia 3 de outubro próximo.
Esses seis partidos lançaram como' candidato ao Governo do Estado do Pará o atualSenador da República Almir Gabriel, quetem toda uma história de luta, de trabalhoe de dignidade naquele Estado, já tendo sidoSecretário da Saúde, Prefeito da capital, Belém, e Relator da Ordem Social na Assembléia Nacional Constituinte. S. Ex' destacouse, ainda, pelo trabalho brilhante que fez nesta Casa tendo sido, também, candidato a Vice-Presidente da República do Brasil na chapa do Senador Mário Covas. É este, Sr. Presidente, o candidato da coligàção denominadaFrente Popular Novo Pará.
Para candidato a Vice-Governador foi indicado o nome do geólogo Raul Meireles, quetrabalha na Universidade Federal do Pará,sendo Vice-Presidente do Diretório Regionaldo Partido dos Trabalhadores. É um companheiro, uma liderança expressiva do Estado,nas lutas populares que tem assumido.
Para o Senado da República foi indicadoo nosso nome e, como suplentes, o advogadoEgídio Sales, do Partido dos Trabalhadores,e o Prof. Orlando Bordalo, Secretário-Geraldo Diretório Regional do Partido SocialistaBrasileiro.
Fizemos esta coligação para as eleições majoritárias e proporcionais, e lançaremos chapas completas de candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual.
Mas o mais importante é o trabalho dessesseis partidos, a maneira como nos reunimos,discutimos e apresentamos uma proposta degoverno para ser executada no Estado do Pará. Individualmente, os seis.partidos se reuniram e cada um elaborou sua proposta de.governo e seus próprios princípios de trabalho. Agora, já estamos em fase de consolidação das seis propostas, naquilo que é comum entre os seis partidos que integram aFrente.
Evidentemente, antes de fecharmos a coligação assinamos uma carta de princípios, quetem como linhas básicas o combate às oligarquias que sempre comandaram o Estado doPará e a firme oposição ao atual Governo·do Estado, comandado pelo Sr. Hélio Gueiros, é ao próprio Governo Collor de Mello,pela evidência dos'seus erros e do direciona-
menta em favor de uma minoria, das classesdominantes e da internacionalização da nossaeconomia.
Deixo registrada nos Anais desta Casa especialmente a proposta elaborada pelo Pattido Socialista Brasileiro, documento bastanteamplo, escrito em trinta e seis laudas datilografadas, que trata de todos os aspectos doGoverno que pretendemos realizar no Estadodo Pará. Esse documento aborda o tema "OPará na Conjuntura Amazônica" e traça aslinhas fundamentais e os objetivos <4:! programa, desenvolvido depois em vinte e um subtemas.
Nesta oportunidade, gostaríamos de tratarespecificamente de um dos temas mais problemáticos, qual seja o da segurança pública,da impunidade, da própria ação da Justiçaem nosso Estado, uma das principais bandeiras da frente popular Novo Pará.
Em nosso Estado, há um atraso imensono que se refere à questão da segurança pública e da ação do Poder Judiciário. Temos 105municípios no Estado do Pará. Os nossos soldados da Polícia Militar ganham, hoje, o pisosalarial. Em qualquer ponto do Estado, osoldado ganha três mil e seiscentos cruzeirospor mês para manter a si e à sua famllia.Os policiais dos distritos e dos povoados nãotêm salários, e os delegados de polícia percebem no máximo trinta mil cruzeiros pur mês.As policias do interior do Estado não possuem viatJ!ras nem recursos para a manutenção dospresos e das delegacias. Não possuemrecursos sequer para comprar armas e munição. Essas polícias dependem. essencialmente, das Prefejturas Municipais ou das grandesempresas instaladas em todo o Estado, quecusteiam a alimentação, a muniçã/;>, o transporte, as viagens dos policiais, mantendo-os,assim, sob o seu domínio.
A' ~cia, em meu Estado, serve basicamente aos interesses dos grandes projetosque ali se implantam, como a Hidroelétricade Tucuruí, Carajás, Albrás, Alunorte, Mineração Rio do Norte, Porto Trombetas, Paragóminas, Jari Florestal, entre outros quepoderíamos citar. Afora isso, a polícia serveaos interesses dos latifundiários. Em últimapalavra, a polícia serve a quem pode pagarpelos seus serviços, e não ao povo que delaprecisa para a sua segurança.
No que se refere ao Poder Judiciário, asituação é equivalente. Temos 105 municípios, e eu diria que 40% deles não têm juízesnem promotores. Quando há necessidade deuma decisão judicial, tem que se recorr~r aosmunicípios vizinhos. Além disso, quando sãonecessárias diligências - como agora estásendo necessária diligência dos juízes de Belém no Município de Itaituba, que vive umcaos absoluto, em termos de violência - oPresidente do Tribunal de Justiça alega quenão pode fazê-Ias, porque não tem recursos.E o que se sabe é que o Governador do Estado não coloca esses recursos à disposição doPoder Judiciário. para que ele possa desenvolver os seus trabalhos.
Enfim, são falhas gritantes, que permitema mais absoluta impunidade no Estado do
Pará. Tribunal de Júri: no interior, é coisaque não se vê há muitos e muitos anos. Hoje,em cinco ou seis municípios, há eventualmente, de ano em ano, uma sessão do Tribunaldo Júri, quando sabemos que acontecem maisde dois mil assassinatos por mês no meu Estado. São estatísticas conhecidas. Não s.ão assassinatos por questões políticas - estes, colocamos numa faixa de cem por mês - masdecorrentes de brigas por terra e por garimpo, de-casos passionais e de brigas ocasionaisd~ bar. Não existe julgamento. Quando aspessoas são presas, passam três, quatro anosesperando julgamento. E só ficam presasaquelas que não têm nenhum recurso, aquelas que não têm advogado para defendê-las.Qualquer pessoa que tenha um pouco deprestígio em qualquer cidade do Estado nãopassa mais do que um dia na cadeia. No Pará,mata-se impunemente. da manéira mais bárbara que se possa imaginar.
O Governo da Frente Popular Novo Parátem uma preocupação básica com essa questão. A Deputada Raquel Capiberibe, que meantecedeu, lia - parece-me"- uma relaçãode pessoas recentemente assassinadas no Estado do Pará, basicamente por questões deterra. Não sei se é a mesma relação que tenhoaqui, trazida na mesma semana passada porvinte e nove sindicalistas do sul do Pará, daquàl constam os nomes de Cecília da CunhaSouza, assassinado pelos guardas de segurança da Companhia Vale do Rio Doce. Esteé apenas um dos inúmeros"casos de assassinatos praticados pela segurança da CVRD,que depois traremos, devidamente detalhado. Otamir Carvalho dos Santos, Brás Antônio de Oliveira e Ronan Rafael Ventura, Domingos Pereira de Abreu, José Canuto deOliveira, Paulo Canuto de Oliveira e OrlandoCanuto de Oliveira. Este ofício traz o nomede pessoas assassinadas no mês de fevereiropor questões de terras. Também quero deixarregistrados nos Anais desta Casa fatos destanatureza.
Uma das preocupações básicas da FrentePopular Novo Pará tem sido, então, a soluçãode problema tão grave, tão sério como este:os l1ltifundiários e os cidadãos comuns sentirem"se no direito de mandar matar quem bementenderem. Um dos problemas principaisé a desestruturação do Poder Judiciário. Éprec~so que o Poder Executivo Estadual reúna-se, numa grande- ãssembléia, com todosos juízes e promotores do Estado, para queexponham suas dificuldades, e o Executivose proponha a lhes dar condições de resolveros problemas, basicamente de recursos, eexecutái seu próprio trabalho.
Volto a repetir: até os juízes e os promotores do interior dependem do apoio da Prefeitura local, dos Vereadores e de passagenscedidas por empressários. Quer dizer, submete-se o Poder Judiciário ao poder do dinheiro. E a nossa proposta é dar independência total e absoluta ao 'Poder Judiciário,à Polícia Federal e à Polícia Civil, dar a essasinstituições, no Estado do Pará, condiçõesabsolutas de ação."No caso da Polícia Militar,precisamos fazer uma transformação global,
5740 Sábado 26 'OIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
dar a seus servidores saláIjos dignos 6 justos,à semelhança do que já ocorre em alguns~stados do Brasil, como São Paulo e Riode Janeiro, entre outx:os, em que um policialmilitar ganha cinco vezes o que ganha umpolicial militar do nosso Estado.
É preciso dar a esses policiais. condiçõesde trabalho, carros, enfim, formação. O Estaao do Paiá chega ao ponto de recrutar o policiai no interior, sem nenhum concurso público, sem nenhuma preparação, e lhe entregaa farda e a arma sem que ele tenha aprendidosequer a dar um tiro, pOrque não há balaspara treinamento, sem que tenha aprendiqoa se defeQder ou ata,:ar, para que, pelo mçnos, não atire à toa nas pessoas, não matepessoas inocentes. 'Não há sequer balas para'0 treinamento desses policiais.
Pretendemos, então, transformar tudo issoe colocar na Polícia Militar um contingenteque realmente atenda às nece~idades da população do Estado. Pretendemos ainda tirara Polícia Militar dos serviços particulares quepresta atualmente. E cito aqui dois exmplosespecíficos. Há, em caráter permanente e hámais de oito anos, um contingente de 4çza quinze policiais que prestam serviço na 'fazenda do Bamerindus.
Há, nog!uimpo de Machadinho, no Município de Redenção, um contingente poliCiaIde, se não me engano, oito ou nove policiaisque, também em caráter permanente, prestam serviços a uma empresa mineradora, roubando os garimpeiros, cobrando-lhes pedágioe proibindo:os de levar suas mercadorias parao garimpo. Só a empresa mineradora podevendê-Ias. O próprio óleo diesel, que custahoje ,em torno de 18 cruzeiros, o litro, láé vendido a 36 cruzeiros. A Polícia Militarestá a serviço dessa gente.
Ouço, com muito prazer, o aparte do nobreDeputado Maunlio Ferreira Lima.
O Sr. Maurílio Ferreira Lima - NobreDeputado A~emir Andrade, o relato que V.Ex' faz hoje da tribuna envergonha a democracia brasileira. A opinião pública nacionaljá estava, infelizmente, habituada a considerar o Pará como uma terra onde não impera<i Estado de Direito, mas ·sim a lei do mjisforte, a lei do, trabuco, onde parlamentaressão assassinados, trabalhadores são fuzila~
dos, h,?mens desesperados se ,jogam das pontes aos·rios. De tudo sabíamos, mas não tínhamos idéia da profundidade dessa violência. É importante que a opinião pública nacional possa pressionar as autoridades destePaís no sentido de que a população ordeirae pacífica do seu Estado tenha aquelas garantias constitucionais que o Estado de Direitooferce a todos os cidadãos.
Esta Casa conhece a bravufacom que VEx' tem enfrentado a violência no seu Estado,inclusive com,risco dit sua própria vida. AquiV. Ex' já .recebeu a solidariedade de todosos partidos que têm assento nesta Casa, porque sabemos que a violência, o arbítrio ea sanha do latifúndio e daqueles que dominaram a mineração no Pará não hesitam emtrucidar até mesmo representantes do povo,como já aconteceu com alguns deputados es-
taduais. O ielato de V. Ex' é um brado dealerta e serve para mostrar à opinião públicabrasileira que há, em nosso País, Estados emque a violência é maior do que a que vemosnos filmes de faroeste americano. Receba V.Ex' solidariedade do meu partido, o PMDB-que também é,tenho certeza, de toda estaCasa - na sua luta, que não é solitária, poisV. Ex' tem o apoio de toda a opinião públicabrasileira no seu intento de restabelecer alei e a ordem no pstado do Pará.
.O SR. ADEMIR ANDRADE - Agredeçoa V. Ex' o aparte e quero dizer que a soluçãopara este problema, Deputado Maurílio Ferreira Lima, é a vitória da Frente Popular Novo Pará nas próximas eleições, porque o nosso tipo de compromisso é diferente do daqueles que tomaram conta do Estado do Paráaté hoje. Faremds, sem dúvida alguma, comque a Polícia e a Justiça sirvam aos interessesda lei e do povo e não aos interesses dasoligarquias. Pretendemos dar condições paraque isto aconteça, pretendemos impor à Polícia uma ação correta, honesta e digna, namedida em que também, antecipadamente,vamos atender a todos os seus interesses eàs suas reivindicações. Poderão alguns acharque isso tudo talvez ocorra porque o Estadonão tem recursos financeiros para dar a essapolícia ou a essa Justiça a infra-estrutura ouo material necessário à sua ação. Respondoque isto não é verdade. O Pará é um dosEstados potencialmente mais ricos deste País.Tanto assim é que lá se iinplantam os maioresprojetos nacionais, como Carajás, MineraçãoRio Norte, Albrás-Alunorte, Jari, MineraçãoTrombetas, caulim a ser extraído de São Domingos do Capim, etc. Além disso, somosos maiores produtores de madeira do País,exportamos pescado em grande quantidade,temos um solo fértil,' estamos ampliando anossa agricultura e pecuária. Somos, efetivamente, um Estado forte.
A Constituição conseguiu resolver para nósalguns problema, porque a Hidrelétrica deTucuruí e a Companhia Vale do Rio Doce,que não pagavam o ICMS, hoje pagam. Hojetodas as empresas que extraem mineral doEstado do Pará têm de pagar o ICMS. Conseguimos, também, uma grande vitória, quefoi a Lei dos royaltíes. Depois de um anoe quatro meses, foi aprovada no CongressoNacional e sancionada pelo Presidente da República, no dia 28 de dezembro. Mas nãofoi feita ainda a sua regulamentação. Só estalei trará ao Governo do Estado em tornode 10 milhões de dólares por mês, um dinhei~o jamais vi~to em momento algum de suahistória. Esse dinheiro começará a ser recebiqo logo acredito que em junho, julho edaí para a frente.
Temos, ponanto, condições de governara favor do povo. É questão apenas de planejar, priorizar e não permitir o 'que vem ocorrendo atualmente. Este é um dos compromissos básicos da Frente Popular Novo Pará:lev3f a justiça aI? nosso Estado e dar ao cidadão a tranqüilidade de saber que ele vive
num lugar que tem lei e ordem, o que, infelizmente, hoje ainda não acontece. Evidente..mente associada a isso, temos uma gravequestão, que é da reforma agrária, totalmente parada no Estado do Pará. Onde foi feitadesapropriação e o assentamento das famílias, os colonos estão abandonados pelo Govêrno, que não lhes deu títulos da terra neminfra-estrutura básica, como estradas, saúdee educação. Em muitos outros lugares, ondeos colonos já estavam, foi feita a desapropriação, mas eles não receberam a missãode posse. Agora os proprietários, ou pretensos proprietários, ameaçam mais uma vez retjrar esses colonos da área.
Por último, existem, só no sul do Pará,quarenta conflitos registrados, e sequer foiiniciado ainda o processo de vistoria para umatomada de decisão por parte do governo, Eo governo Collor de Mello, até o presentemomento, não mexeu uma palha, não mexeuabsolutamente nada.
Recentemente estive no Município de Santana do Araguaia para defender os posseirosnum conflito com a fazenda Campo Alegreque, se não me engano, é de propriedadeda Setenco Engenharia. Essa empresa rece'beu 115 mil alqueires para fazer uma colonização. Não fez colonização alguma e agorapretende expulsar 150 posseiros da área.
Solicitei ao Ministro que enviasse um funcionário do INCRA para nos acompanhar.A ordem, dada de Brasília para Belém e deBelém para Conceição do Araguaia, nãocumprida sob a alegação de que não haviadinheiro para deslocar um servidor de Cone.eição do Araguaia até Santana do Araguaia,distante duzentos e cinqüenta quilômetros.Essa é a situação da reforma agrária no Estado do Pará.
Evidentemente, a reforma agrária não éum compromisso do Governo estudual, masficou vinculado ao Governo Federal. No nosso projeto, se o Governo Federal não a assumir, nós a assumiremos. Embora não tendoo direito de desapropriar, negociaremos ecompraremos terra de grandes proprietários.Queremos que a agricultura se desenvolva.Basicamente, desejamos servir aos interessesda população do Estado.
Por último, Sr. Presidente - e não mevou alongar falando de um programa tão extenso, porque quero vê-lo impresso nos Anaisda Câmara dos Deputados - quero dizerque somos o nosso Estado do Pará. Não onovo como o Presidente Collor - que naverdade é o velho com a capa de novo jáque S. Ex' só passa de novo a questão damoralidade e da antecipação. Por trás dessacapa que apresenta à sociedade brasileira es'tão a traição aos interesses nacionais, a vendada Pátria, a entrega ainda maior das nossasriquezas ao imperialismo internacional, a miséria do nosso povo através do arrocho salarial que está promovendo, a recessão e a condição humilhante em que coloca o trabalhador, que agora luta não por um melhor salário, mas por um emprego. Não é este novo,mas o novo real, o nosso compromisso coma classe trabalhadora, com a classe operária,
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL(S~ção I) Sábado 26 5741
com .0U:olonos t~ os camponeses do Estadodo Pará.
Formamos a Frente Popular Novo Pará para servir, em primeiro lugar, aos interessesdo povo. Haveremos de, ter diálogo com todos- os setores, de conversar e buscar a pazpara governar aquele Estado. O povo, essencialmente, terá um governante que o defen
.derá e imporá condições àqueles que sempretiraram da região, sem deixar absolutamentenada em troca. Ist9 é o que devemos mudar.Temos certeza de que podemos fazê-lo. Coma riqueza que possuímos, haveremos de trans~
formar o Pará.Tenho convicção de que ganharemos essa
eleição. As correntes que lá se contrapõemneste momento - de que um lado, o Governador Hélio 'GueÍros e, de outro, o ex-Ministro Jáder B'arbalho - ambas brigam terrivelmente. Os dois candidatos vão para a televis~o, em programas que duram mais de trêsho1'hs, chamar um ao outro de ladrão, e mostram, com documentos, que um é mais corrupto, mais sonegador, mais ladrão do queo outro. Nestas questões, creio, ambos têmrazão. Portanto, o povo do Pará procura, semsombra de dúvida, uma nova alternativa, queé a Frente Popular Novo Pará.
Muito obrigado.
DOCUMENTOS A QUE SE IrEFERE O ORADOR: .
FETAGRI - FEDERAÇÃO DOSTRABALHADORES NA AGRICULTU
RADO ESTADO DO PARÁ E AMAPÁ
Exm" Sr. Ministro de Estado da JustiçaDr. Bernardo CabralBrasília-DF
Brasília, 9 de maio de 1990.Senhor Ministro:Recrudesce novamente a violência no sul
do Pará, em especial contra os trabalhadoresrurais. Os noticiários da grande imprensa voltam a mostrar com exatidão o clima de violência, generalizada existente naquela região do'Estado do Pará.
A inexistência de uma reforma agrária efetiva que garanta terra e trabalho, bem comoa conivência constante dos Poderes Públicoslocais, que se omitem diante de tais fatos,criam uma situação propícia ao acontecimento de crimes de toda a natureza, ondea tônicaé a impunidade.
Entre tais acontecimentos, registram-se assassinatos, seqüuestros, desaparecimentos,despejos ilegais, etc., que atingem principalmente os trabalhadores rurais.
Exemplificando melhor o exposto acima,relacionamos' alguns casos que acontecerama partir do início deste, ano.
a) Ceeílio de Cunha Souza, viúvo, lavra,dor, resii:lia no município de Parauapebas,desapaieciào desde o dia 17 de fevereiro de1990. A última vez que foi visto saindo desua casa para trabalhar em sua roça, na localidade denominada "cinturão verde". Em vista
de seu desaparecimento, os trabalhadoressaíram em sua procura encontrando apenasseus pertences destruídos por tiros, que supõem terem sido disparados pelos guardasde segurança da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD, visto já terem usado esta práticacom outros trabalhadores. Presume-se queo trabalhador desaparecido tenha sido feridode morte e seu corpo escondido para quenão houvesse provas. Ficaram órfãos 5 filhos.
b) Otamir Carvalho dos Santos, casado, lavrador, residente na área de posse da Fazenda Piquiá, Município de Marabá. Assassinado com dois tiros, sendo um de "fobléia"(espingarda de calibre 22) e o outro tIe "20",no interior de sua residência, às 19 horas dodia 24 de março de 1990. Os disparos foramefetuados de fora da casa, por pistoleiros nãoidentificados, que fugiram logo em seguidaapós o crime. Ficaram órfãos de pai, 5 filhos.O lavrador assassinado era uma das lideranças sindicais da área das mais atuantes.
e) Bras Antônio de Oliveira e Ronan RafaelVentura, seqüestrados e assassinados em 3de abril de 1990, na cidade de Rio Maria,e apareceram mortos a tiros a 15 km da cidade. O seqüestro aconteceu às 19h30min, através de dois homens que vieram pedir socorropara um automóvel com defeito na estradaPA -150; tais homens, supostos assassinos,estavam em um carro GOL, de cor cinza,chapa não-identificada, trajando calças jeanse camisas pretas. Os assassinados eram lideranças locais e militantes do PC do B.
d) Domingos Pereira de Abreu, era casado, tinha 26 anos, lavrador, morava na áreade posse da Fazenda Jandaia, Município deMarabá, há 4 anos; está desaparecido desdeo dia 16 de abril de 1990, quando ia parasua roça, na referida fazenda, quando aconteceu um tiroteio e ele foi alvejado por váriosdisparos realizados por pistoleiros, à frentede sua esposa que o acompanhava e podetestemunhar o fato, Maria Alves dos Santos.Na confusão que seguiu, O corpo do lavradorassassinado não foi encontrado - o que semantém até hoje. O tiroteio aconteceu ás8 horas da manhã, em frente a roça do desapareci61o. Nesta área de posse residem atualmente 65 posseiros. O suposto mandante éo proprietário da fazenda Jandaia (ou SantaPaula), José Cristino Ferreira.
e) José Canuto de Oliveira, Paulo Canutode Oliveira e Orlando Canuto de Oliveira,todos lavradores, lideranças sindiéais atuan'tes na cidade de Rio Maria, militantes doPC do B, filhos de João Canuto de Oliveira,ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria, assassinado em 18de dezembro de 1985, por pistoleiros e atéhoje um crime não apurado. Os três irmãosforam seqüestrados em 22 de abril de 1990,na residência de José Canuto de Oliveira,às 20h30min, por 4 homens armados de metralhadoras e pistolas automáticas 7,65, trajando jaquetas·e calças jeans, que se diziamda Polícia Federal, num carro GOL, de corcinza, que algemaram-os e levaram-os a cercade 70 km da cidade de Rio Maria, ocasião
que repetiam que os três iam morrer por incentivarem invasões de terras nas FazendasRedenção e Suaçuí. Paulo e José Canuto deOliveira foram mortos a tiros. Orlando Canuto de Oliveira, mesmo atingido, conseguiusobreviver. Suspeita-se que os crimes foramencomendados por Geraldo de.oliveira Braga (Braguinha) e seu gerente Francisco IsaacMurta; o primeiro dono das Fazendas Redenção e Suaçuí, local onde foram encontradospela polícia 6 espingardas calibre 20, umacalibre 12 de dois canos, um revólver 38 euma escopeta calibre 22 automática.
Senhor Ministro da Justiça, a impunidadenão pode continuar grassando na região suldo Pará. Do muito que se tem feito, pelosgovernos passados, pouco tem resolvido estasituação calamitosa. O habitante do sul doPará - em particular os trabalhadores ruraisnão acreditam mais em governo; não confiamnos Poderes Públicos para a resolução de seusproblemas.
Tal situação tem que se modificar de vez,de modo realmente efetivo, que não fiqueapenas ao sabor de promessas vãs e discursosfalaciosos. Há anos que os lavradores da região esperam uma solução por parte do Governo central, já que o Governo do estadose limita apenas a fazer continuados gracejos.Todos os outros foram, pois, ineficientes. Esperamos que este atual Governo - comose tem propagado - não o seja.
Com esta esperança, os Sindicatos de Trabalhadores Rurais, bem como suas entidadessuperiores, assinados abaixo, vêm solicitar asseguintes providências:
1) designação da Polícia Federal paraacompanhar os inquéritos a serem abertospara'a apuração dos crimes relatados acima,haja vista a ineficiência já constatada da Polícia local;
2) determinação para que os inquéritosabertos sejam acompanhados por PromotorPúblico e um representante da Ordem dosAdvogados do Brasil - OAB;
3) instituição de um programa de combateà violência, a ser efetivado em toda a regiãodo sul/sudoeste do Pará, pelo Ministério daJustiça;
4) que os processos-crime, que correm naJustiça Pública sejam de vez, solucionadose os mandantes e criminosos descobertos sejam punidos exemplarmente como medidapreventiva;
5) os processos mencionados acima referem-se, exclusivamente, aos que relacionemse com o assassinato de lideranças popularese sindicais, da região do sul do Pará;
Infelizmente, a onda de violência que assola a região, não recai somente sobre os trabalhadores rurais; o clima de violência generalizada atinge, principalmente, as cidades dointerior, onde inexiste a presença atuante dasautoridades locais; destacando-se algumas cidades como Ourilândia do Norte, Tucumã,Itaituba, etc., lugares extremamente favoráveis a toda sorte de crimes; onde a populaçãovive constantemente atemorizada. Se faz necessário, portanto, que se tome providências
5742 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Mmode 1990
imediatas no sentido de coibir, ou minorara ascensão da criminalidade reinante,
Assinam o presente documento: STR deMarabá. - STR de Itupiranga. - STR deSão João do Araguaia. - STR de Ourilândiado Norte. - STR de Curionópolis. - STRde Parauapebas. - STR de Tucumã. - STRde Rio Maria. - STR de Jacundá. - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará. - Confederação Nacional dosTrabalhadores na Agricultura. - ConselhoNacional dos Seringueiros. - STR de BrejoGrande do Araguaia. .
Partido Socialista Brasileiro - PSBDiretório Regional do Estado do Pará
ELEIÇÃO ESTADUAL - 1990
Compromissos e diretrizes políticas doPSB para elaboração do Programa deGoverno para o Estado do Pará
Belém-ParáFevereiro - 1990
Sumário
ApresentaçãoO Pará na conjuntura amazônicaLinhas fundamentais do programaObjetivos e linhas de ação espec~ficas
1. Emprego, salário e distribuição de ren-da
2. Ciência e tecnologia3. Meio Ambiente4. Reforma Agrária5. Agricultura6. Abastecimento7. Questão indígena8. Energia9. Mineração10. Indústria e Comércio11. Transportes12. Habitação13. Saúde14. Saneamento15. Educação16. Cultura17. Esporte18. Justiça e Segurança Pública19. Comunicações20. Redivisão político-administrativa do
Pará21. Movimentos sociais
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho, intitulado "Compromissos e Diretrizes Políticas do PSB para aelaboração do programa de governo para oEstado do Pará", representa um esforço daExecutiva Regional, no sentido de apresentarao conjunto da militância do PSB paraenseum documento-base para discussão que permitirá modificações para seu aperfeiçoamento.
O procedimento para conclusão desta proposta deverá ser a discussão ampla pela militância do partido, articulada aos movimentos
populares (associações, sindicatos, etc.), emconsonância com os interesses'da classe trabalhadora, num período que vai de 15 defevereiro a 25 de março, tempo destinadopara a realização dos Congressos e Convenções Municipais do PSB. A aprovação finalocorrerá no nosso Congresso Estadual, queserá realizado em Belém, nos dias 21, 22 e23 de abril deste ano.
Este documento será posteriormente ofe;,recido, como proposta aos demais partidosde esquerda e progressistas do Estado do Pará, que se uniram na última eleição presidencial (PSB, PSDB, PT, PDT, PCB e PCdo B), visando a formação de uma ampla"coligação, ainda no primeiro turno, da pr6xima eleição de 3 de outubro, e que deveráchamar-se "Movimento Novo Pará".
A elaboração deste texto se deu pressio·nada pela exiguidade de tempo, o que o tornaainda mais possível de modificações pelas bases partidárias, tanto no seu contéudo, comona sua forma.
O programa terá que ser objetivo, claroe de fácil compreensão para o povo do Pará,pois será efetivamente um compromisso político, sob o qual faremos a nossa campanha,demonstrando aos eleitores os seus objetivosbásicos, que visam corrigir injustiças e desigualdades existentes.
Além disso, tempos certeza da confiançaque existe por parte do povo em relação aoscompromissos por n6s assumidos, em virtudeda luta. histórica que temos desenvolvido emfavor da democracia e contra a injustiça, á'opressão e a violência.
O PARÃ NA CONJUNTUARAAMAZÓNICA
O Estado do Pará, com 105 municípios,possui uma superfície de 1.248,042km2 (124milhões de hectares). Esta área representa25% da Amazônia Legal e aproximadamente15% do território nacional.
Em 1985 sua população era estimada em4 milhões e 500 mil habitantes. É um estadoque conta com um extraordinário conjuntode riquezas naturais renováveis e não renováveis. Dentre outras, conta com aproximadamente 100 milhões de hectares de áreas defloresta~ 60 milhões de áreas com satisfatóriopotencial para uso agrícola; recursos da faunaaquática abundantes e ainda por avaliar seuimenso potencial pesqueiro, cientificamente,tanto no tocante a pesca marítima e de estuário, como da pesa fluvial e lacustre. Contacom recursos de subsolo, possuindo algumasdas reservas minerais mais importantes dopaís, tais como: 51% das reservas brasileirasde ferro; 93% das reservas de bauxita; 43%do manganês e 56% do caulim, entre outras.
Merece especial destaque o imenso potencia! hídrico, que além da sua exploração ampla, no tocante ao transporte fluvial e outrosusos múltiplos, representa um potencial energético estimado em 76.530MW em sua totalidade, distribuídos entre as bacias: do Xingú,com 25.5OOMW; do Araguia-Tocantins, com23.300MW; do Tapajós, com 19.2ooMW edemais bacias, com 8.530MW.
Entfetanto, apesar desta aparente inesgotabilidade de recursos o processo desm:dçnado e predatório com que vem se dandoa ocupação da Amazônia, incluído o Estadodo Pará, tende a esgotar, num curto espaçode tempo estas riquezas, como também deixar no seu rastro a destruição do meio ambiente regional.
Para entendermos a essência do que vemse passando em nosso Estado, basta que faça~
mos uma rápida análise no histórico recentedo desenvolvimento dos principais setores da'nossa economia, quanto às conseqüências sociais que tem causado às populações locais:agropecuária, extração florestal, exploraçãomineral, indústria, serviços e os grandes projetos implantados e em vias de implantaçãono Pará, cujo modelo se caracteriza pela concentração da riqueza e dll'propriedade.
Este processo de ocupação, iniciado pelogoverno militar, a partir de 1964, ~ que tevecontinuidade na chamada "Nova Rep~bli
ca", provocou fluxos migratórios que se avolumaram extraordinariamente, trazendo 'como conseqüência o crescimento desordenadoda população do Estado, sobretudo,em algumas regiões específicas, particularmente nosul do Pará. A forma como se ç1e'u esta ocupação provocou inúmeras deformações na estrutura fundiária, com uma grande concentração da posse da terra por uns poucos privilegiados, prática altamente estimulada pelapolítica de incentivos fiscais da SUDAM.
Por esta razão, se constata o aumento dapopulação urbana no Estado, o que somentevem confirmar a reduzida capacidade de absorção da mão-de-obra dos empreendimentos estimulados pelo governo na área rural.
Estes elementos básicos da análise da realidade paraense, explicam por si só a comoçãosocial em que tem vivido a área rural do nosso'Estado, com recrudescimentos cO!1stantt!sdos seus conflitos que oscilam em função do.maior ou menor nível de de.sespero da população envolvida.
No tocante à exploração mineral, o gover-.no tem privilegiado a ação das grandes empresas, os monopólios nacionais e multinacionais, jamais tendo contribuído para o desenvolvimento da micro mineração da atividade garimpeira' ou para. o aproveitamentodas riquezas minerais pelo povo da própria.região.
Os garimpos existentes na Amazônia so-.brevivem basicamente pelo traba,lhci dos migrantes. São pessoas que vieram de todas aspartes do país, buscando uma oportunidadede trabalho, eoque encontraram ali uma formade subsistência com perspectivas de melhoriado padrã'o de vida, mas que não re'cebemnenhum apoio do. governo, nem mesmo nosentido deste orientar sobre como fa;c:era exploração. Por outro lado, as grandes empresas mineradoras recebem apoio institucionalem todos os aspectos, cons~guindo subsídios,financiamentoS e todas as facilidades,·o quelhes permite. instalarem-se no Estado, comvistas a concretizaçãó de seus interesses imediatQs, sem nenhuma' integração com as comunidades locais.
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5743
No que. se refere ao desenvolvimento industrial, não existe nenhuma proposta ouapoio do governo, até o momento. A economia do estado do Pará tem base na exportação de matérias-primas, que são indu.&triaIizadas em outros estados e no exterior. Éabsolutamente insignificante o que temos emtermos de indústrias madeireira, para transformação em produto final (móveis, etc.).Da mesma forma, somos incipientes no quese refere à siderurgia e pouco produtivosquanto ao beneficiamento de produtos naturais, como castanha e borracha, e cultiváveis,como cacal!, café, cana-de-açúcar e outros.
O Governo Federal é que tem tomado,sem a participação do povo do Pará nas suasdecisões, a iniciativa de implantação dos denominados grandes projetos, como a hidrelétrica de Tucuruí, Carajás, Mineração Rio doNorte, Albrás-Alunorte, Jari, entre outros,que, entretanto, preocupam-se exclusivamente com seus próprios interesses. Observamos que em cada um desses projetos forma-se um centro de ocupação, com cidadescriadas para atender suas necessidades funcionais e de conforto, enquanto que na periferia, nas sedes municipais que lhes servem deapoio, surge a superpopulação, sem nenhumainfra-estrutura urbana, ali se localizando amiséria, a fome e a desassistência total.
Como exemplo, basta observar o absurdoda hidrelétrica de Tucuruí fornecer energiaa Albrás-Alunorte, a Alcoa, ao Nordeste doPaís e não fornecê-Ia às cidades extremamente próxima, como Tailândia, Goianésia e Cametá; as do oeste paraense, como AItamira,Itaituba e todas as outras da Transamazônica.
Ao Estado e ao município, sobre os quaisrecai o ônus de resolver a situação de caoscriado, foram até então negados os meiosque lhe possibilitem a realização desta tarefa.
Somente agora, em 28 de dezembro de1989, foi aprovada a Lei n"1.990, da compensação financeira aos estados e municípios queproduzem energia e minérios, o que poderáresolver os problemas decorrentes da implantação destes grandes projetos, daqui em diante. Os problemas já existentes são tão gravesque esses recursos a serem obtidos a partirdo presente ano não poderão ajudar no seusolucionamento. O Governo Federal terá decriar condições no orçamento da Uniâo paraliberação de verbas com esta finalidade.
Outra conseqüência grave desta política degrandes projetos, dos projetos agropecuários, florestais, etc., foi a de que regiões inteiras do Estado, que tradicionalmente contribuíram para a formação do seu Produto Interno Bruto, ficaram praticamente esquecidasno passado recente: a falta de incentivos àprodução de juta no Baixo-Amazonas; a exploração predatória da madeira na Regiãodas Ilhas; o fortalecimento da oligarquia naIlha do Marajó; o abandono a que ficou relegado o pescador artesanal da região do Salgado, e o estado de inanição a que ficaram submetidas as zonas Blagantina e Guajarina, sãofatos alarmantes que compõem o quadro dramático da sócio-economia paraense, subme-
tida ao modelo concentrador de renda a queficou exposta.
Pode-se registrar que a forma de ocupaçãoefetivada no Estado do Pará fez crescer oseu contingente populacional e criou um dinamismo no seu processo econômico. Temos,entretanto, que transformar este crescimentodesordenado e concentrador, num desenvolvimento que sirva aos interesses dps trabalhadores.
Este processo de ocupação gerou conflitossociais inegáveis, que têm produzido assassinatos políticos, miséria e fome. Os principaisconflitos que constatamos são os que se dão:
1. no setor fundiário, entre aqueles queapenas desejam um pequeno lote para morare produzir e os grandes latifundiários, entreos quais bancos, multinacionais, mineradoras, empresas de construção civil, etc., queprocuram ocupar extensões de terra inadmissíveis mesmo numa sociedade capitalista eincompatíveis com o processo democráticoe pluralista;
2. no setor mineral, gerado entre as grandes empresas mineradoras nacionais e multinacionais, que desejam para si o monopólioda exploração das riquezas, incluindo os minerais nobres, e os garimpeiros e microempresários regionais do setor, que desejamparticipar deste processo produtivo;
3. na implantação dos grandes projetos,que sempre foram dissociados dos interessesregionais, objetivando apenas o lucro imediato, cujos problemas foram em parte resolvidos pela tributação criada na nova constituição e pela lei dos rayalties (n? 7.990), aprovada em 28 de dezembro de 1989;
4. do banditismo e da impunidade. Osconflitos citados anteriormente têm geradoinúmeras mortes, com absoluta impunidade,até porque o estado tem se colocado permanentemente ao lado dos latifundiários, dasmineradoras e das administrações dos grandes projetos. Esta impunidade gerada pelocomprometimento político do estado, estimulou a formação do crime organizado noPará, que além de todos os outros problemasespecíficos daqueles conflitos, deram origema forças independentes que se sobrepõem aopoder públicó.
Estas quadrilhas lidam com roubos de automóveis e caminhões, tráfico de armas e drogas, contrabando de ouro, extorsão, expropriação de bens alheios e, agora, têm servidoaos interesses de latifundiários em assassinatos políticos.
Além disso, são geradores, em nosso Estado, da urbanização selvagem, criando cinturões de miséria em torno dos centros urbanosde maior porte.
Todos estes fatos mostram a necessidadeda mudança da forma de ocupação e desenvolvimento no Estado do Pará.
LINHAS FUNDAMENTAISDO PROGRAMA
O planejamento estadual sempre foi atrelado ao enfoque dado para a questão regional
pelo Governo Federal, não tendo sofrido mudanças significativas com o advento da NovaRepública, apesar dos esforços feitos pela sociedade civil organizada no Pará.
O que caracteriza esta visão é a formulaçãode concepções ideológicas da problemáticaregional, envolvendo conceitos do tipo "vazio demográfico", criados pela tecnocracia,e a difusão de uma falsa defesa do "bem-estardo homem amazônico", fundamentados nobinômio "segurança-desenvolvimento".
Essa forma de ver a Amazônia vem privilegiando setores do capital, promovendo a acumulação privatizada de riquezas, sem preocupar-se com a desagregação que provoca naorganização social da região e das desastrosasconseqüências que vêm provocando no meioambiente.
Dentre os objetivos globais do nosso programa de governo, conta-se, fundamentalmente, o redirecionamento da política de desenvolvimento do Estado, no sentido de voltá-Ia para fins de atendimento, em caráterprioritário, das necessidades sociais da população, aviltadas pelo processo decisório autoritário que tem caracterizado as transformações econômicas e a atuação dos sucessivosgovernos. Nossa proposta é, portanto, nosentido de redirecionar o planejamento estadual para uma perspectiva eminentementesocial, onde o resgate da dívida social sejao elemento definidor de todas as ações a serem planejadas, tendo como mecanismo básico a participação popular em todas as fasesdo processo de elaboração e execução de novos planos, programas e projetos.
As linhas de ação que a seguir apresentamos são um ponto de partida, um referencial inicial, sem nenhuma pretensão de apresentar soluções definitivas.
É a partir destes pontos básicos que partiremos para a elaboração conjunta de nossa plataforma de governo democrático, afirmandonossos compromissos com o povo do Pará.Para corrigir as atuais distorções econômicosociais-políticas do modelo vigente em nossoestado pretendemos colocar em prática medidas que tomem por base as seguintes linhasfundamentais. .
l-descentralização, com a real implantação da autonomia dos diversos órgãos daadministração estadual, democratizando opoder de decisão e buscando a integraçãoda ação do Estado com as administrações municipais, dentro do mesmo princípio;
2 - participação de todos os setotes da sociedade civil, em todos os níveis do processode planejamento e gestão da coisa públicano Pará;
3 - valorização da criação de novos empregos, critérios básico de norteamento para aação política e administrativa do estado,
4 - combate aos recursos naturais, fazendo-os escapar do saque predatório conformevem ocorrendo, através de um especial tratamento à política de planejamento ambientalestadual, e
5 - combate intensivo a violência, a impunidade e ao abuso do poder, restabeletimentoa segurança pública e criando condições para
5744 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
a ação do poder judiciário, de forma a assegurar ao povo total liberdade e garantir os seusdireitos.
OBJETIVOS E LINHAS DEAÇÃO ESPECíFICAS
1. Emprego, Salário e Distribuição de Renda
O governo do PSB terá como um dos objetivos básicos a implantação de uma ordemeconômica e social que propicie trabalho eemprego, com uma remuneração justa paraos trabalhadores.
São nossos compromissos para atingir estameta, em primeiro lugar, efetivar uma reforma administrativa dos diversos órgãos do governo do estado, que elabore um Plano deCargos e Salários, remunerando o funcionalismo com um salário condizente com os quesão pagos pelo setor privado, como formade tornar o setor público altamente capacitado, buscando a racionalidade e a eficiênciana prestação de serviços à população.
Será combatido o empreguismo como prática no âmbito estadual. O quadro de pessoalsó será ampliado em setores que o necessiteme através de concurso público.
Para a criação de novos empregos, modificaremos por completo a política industrial,agrícola e de abastecimento do estado, sobreas quais apresentamos as linhas gerais da açãogovernamental no decorrer deste texto. Alémdisso, o estado manterá permanentes entendimentos com as representações dos trabalhadores, através das suas associações profissionais, sindicatos e federações, objetivandoapoiar suas lutas e reivindicações por melhores salários e condições de trabalho.
Com relação à política tributária, o Estadoobjetivará, ainda a redução dos impostos indiretos incidentes sobre os alimentos básicosda população, objetivando com isto, a redução dos seus preços, em benefício do poderaquisitivo da classe trabalhadora. O trabalhador assalariado paga em média 40% doque ganha apenas para cobrir o custo dosimpostos chamados indiretos, que incidemsobre os produtos que mais consome.
Por outro lado, cobraremos, sem concessões, de acordo com a Constituições federale estadual, os impostos que devem ser pagos,especialmente sobre os grandes projetos quese implantam na Amazônia no limite máximopermitido pela legislação, a fim de evitar oesvaziamento de nossas riquezas sem nenhuma contrapartida.
2. Ciência e Tecnologia
Ciência e tecnologm especifica são áreasdo conhecimento e do saber que ensejam umtratamento diferenciado por parte do governo, na medida em que se constituem elementos vitais para a modernidade e otimizaçãodos recursos do Estado e para as quais sedeve canalizar verbas necessárias.
O objetivo básico dessa política é a reordenação da produção e do uso do conhecimentocientífico no estado, através de um tratamento diferenciado e específico dos problemaslocais, compatibilizando-o com as peculiari~
dades dos diversos ecossistemas de nossas microrregiões. Deverá proporcionar, ainda,uma ampla e efetiva participação de todasas camadas da população nos processos detomada de decisão relativas ao desenvolvimento estadual, dotando-a de um eficientesistema de informação.
O atendimento desses objetivos deverá sedar através das seguintes diretrizes:
a) fundamentação da política estadualdeciência e tecnologia no diagnóstico das realidades locais, com vistas a implementação deprogramas de pesquisa e desenvolvimento detecnologias adequadas a problemática regional;
b) criação de mecanismos de apropriaçãopor parte das populações locais, dos resultados da pesquisa científica e tecnológica, mecanismos estes que envolvam um processodemocrático de tomada de decisão, sobretudo, no tocante às linhas de pesquisa a seremdefinidas.
c) assegurar à comunidade científica paraense o direito de definir, conjuntamentecom a sociedade civil organizada, as estratégicas de desenvolvimento científico e tecnológico, consoante os interesses locais;
d) promover a execução de programas decapacitação de pessoal nas instituições estaduais, a fim de possibilitar a geração e a difusão das informações sobre a realidade estadual, em todas as áreas de conhecimento técnico-científicas e sócio-culturais;
e) a partir de estudo e análises da situaçãosocial e econômica estadual, propor União
,ou o desmembrametno de órgãos existentesna estrutura organizacional do Estado, demodo a fazer com que as pesquisas científicase tecnol6gicas a serem desenvolvidas, estejam realmente voltadas para as necessidadesda.população, buscando, ainda, integrar aação dos órgãos estaduais com os federais,especialmente a Universidade Federal do Pará. o Museu Emílio Goeldi e a Embrapa;
f) estabelecer um Conselho Estadual deCiência e Tecnologia, com representação popular, que articule e unifique os esforços provenientes dos órgaõs, federais, estaduais emunicipais: e
g) estimular o intercâmbio científico entreestados da Amazônia brasileira e com os países do pacto amazônico.
3. Meio Ambiente
O governo socialista implementará umapolítica estadual de planejamento e controleambiental, tetIdo como princípio básico aeducação ambiental, como direito de todos.atrav~s dos seguintes mecanismos:
a) promoção da educação ambiental emtodos os níveis de ensino das redes oficiale particular;
b) difusão dos princípios de proteçáo aomeio ambiente e da educação ambiental através dos meios de comunicaçáo de massa;
c) envolvimento da comunidade nos traba-• lhos de preservação ecológica, através dos
meios de educação informal;
d) facilitação do acesso da população aáreas onde existam monumentos naturais,históricos e paisagísticos, visando a solidificação do sentimento preservacionista.
Para criar condições reais de participaçãoda comunidade na preservação, conservaçãoe melhoria do meio ambiente, o governo doestado promoverá a divulgação ampla e permitirá o livre acesso aos cidadãos brasileirosàs informações objetivas sobre as questõesambientais. ao mesmo tempo que procuraráestimular as administrações municipais a fazerem o mesmo.
Consoante as sugestões do Sindicato dosEngenheiros no Estado do P1iTá, referenteàs linhas de ação para uma política estadualde meio ambiente, o governo do PSB promoverá, ainda:
e) o estímulo à criação de Conselhos Municipais de Controle Ambiental, que envolvama participação da comunidade científica, entidades preservacionistas, representantes municipais, sindicatos, empresariado e demaissetores interessados;
f) a criação de Comitês de Gestão Integrada de Bacias Hidrográficas, compostospor representantes dos Conselhos Municipaisde Controle Ambiental, das categorias profissionais e do Governo do Estado, com ares·ponsabilidade de gerenciar a aplicação deuma política integrada de recursos naturais;
g) o estabelecimento de mecanismos insti·tucionais dos Conselhos Municipais e dos Comitês Integrados das Bacias Hidrográficasnas decisões das empresas estatais e órgãosda administração direta, quando tais decisõesenvolverem impactos ao meio ambiente.
h) o planejamento do uso e ocupação daterra, tendo em vista a preservação da cobertura vegetal necessária à conservação doequihbrio ecológico, principalmente no tocante à erosão do solo, assoreamento de rios,mudanças climáticas e conservação da faunasilvestre, e
i) a criação de novas reservas florestais,levando-se em consideração a sua proximidade com as reservas indígenas, áreas de usopotencialmente agrícola, áreas de pastagense regiões hidroclimáticas homogêneas.
4. Reforma Agrária
A reforma agrária se constitui no elementofundar .c:ntal para o desenvolvimento do nosso estai \.l, para uma política de maior emprego de mão de obra e para a produção dealimentos, setor onde somos carentes, especialmente de hortigranjeiros.
A Constituição Federal f;stabeleceu comoatribuição exclusiva do governo federal a desapropriação de terras para fins de reformaagrária e a sua própria execução. Entretanto,compete ao nosso estado, entendendo a suaimportância e utilizando os órgãos da administração ligados à questão, entre eles o Iterpa, a Sagri, a Copagro, a Emater e o Idesp,proceder ao levantamento dos problemas,das necessidades e da capacidade produtivade cada microrregião, identificando tamhémos conflitós existentes, para mostrar ao governo federal a necessidade de desapropriações
Maio de 1990 Sábado 26 5745
até que se possa efetivar o atendimento detodos os trabalhadores rurais sem terra noestado do Pará.
O governo estadual, na parte que lhe cabenas ações do governo federal, buscará também implantar nas áreas de assentamento,um sistema educacional e de saúde que permitam a fixação dos trabalhadores em suasterras.
A reforma agrária deverá ser prioritariamente efetivada em áreas comprovadamenteagricultáveis e de fácil acesso para-um bomescoamento da produção.
Dentre todas as ações governamentais nesta área, será priorizada a recuperação de estradas vicinais e a construção de novas, procurando atender o maior número possível delavradores.
O Iterpa vai dirigir sua ação buscando legitimar a posse da terra que está produzindo,através da distribuição de títulos, condicionada à permanência do trabalhador na suaárea, em propriedades que não ultrapassem500 hectares e também desburocratizando ostrâmites internos dos processos.
Quando não for impossível a ação do governo federal, o governo estadual tomará ainiciativa de negociar áreas para fins de reforma agrária, como forma de não se omitirdiante de conflitos.
O governo socialista do PSB colocará parafuncionar, em todos os municípios do Pará,a defensoria pública, com a contratação deadvogados que estejam comprometdios e seposicionem, no cumprimento das suas tarefas, ao lado do interesse dos trabalhadoresrurais organizados.
5. Agricultura
O Estado do Pará, apesar da sua imensaextensao territorial, pOSSUI uma agncuIturaainda primitiva, cujas atividades principaisse dão no extrativismo dos recursos naturaise na agricultura de subsistência.
Dentro do setor rural, o que mais se desenvolveu foi a pecuária, estimulada pela políticade incentivos fiscais da Sudam e que em grande parte foi implantada em áreas não propícias a pastagens. De outro lado, desenvolveu-se também a agricultura voltada a exportação, como no caso da pimenta-do-reino,do cacau e da juta.
É compromisso do PSB, em seu governo,utilizar os órgãos vinculados à questão, quaissejam a Sagri, a Emater, a Copagro, a Ceasa,a Frimapa e o ITERPA, no sentido de atender prioritáriamente aos pequenos produtores rurais, objetivando tornar o Pará auto-suficiente na produção de grãos e hortigranjeiros, pois são eles os que mais contribuemcom a produção destes gêneros para o abastecimento interno.
O governo socialista do PSB também vaibuscar dirigir a ação do Banco do Estadodo Pará, no sentido do atendimento das necessidades creditícias dos micro, pequenos emédios produtores rurais.
O trabalho dos órgãos citados vai procurar.fomentar a fruticultura e a produção de essências florestais, bem como as culturas alimen-
tares e industriais, temporárias e permanentes, através da distribuição de sementes e doacompanhamento técnico da sua utilização,com a devida assistência para análise e correção do solo.
Além disso, \;>uscando aperfeiçoar rebanhos de pequenos produtores, estimularemosa inseminação artificail, bem como um programa de apoio a realização de feiras agropecuárias e mostra ·de animais diversos, ondese poderá financiar o pequeno produtor paraa aquisição de matrizes e reprodutores dequalidade, e ainda possibilitando a venda abaixos custos, de aquinos e muares que facilitem suas tarefas no campo.
Outra proposta do PSD é a craiação deescolas de técnicas agrícolas nas cidades-poloregionais.
6. Abastecimento
A situação do abastecimento no Pará é grave, devido a omissão quase total do govf,lfllO,que se manifesta apenas através da Ceasae da Frimapa, cuja atuação atende, de maneira deficiente, somente a capital.
A política de abastecimento deve dizer respeito' também a comercialização da produçãoe, neste caso, a falta de açãó do poder públicopermite que o intermediário que nada produzseja o grande beneficiário de todo este processo.
O governo do PSB pretende proporcionaro intercâmbio entre produtores, consumidores, atacadistas e varejistas, objetivando facilitar a comercialização, por meio da implantação de mercados livres de produtores, nasdiversas regiões do estado e, na medida dopossível, em todos os municípios.
Se estudos ainda comprovarem a necessidade~ o estado poderá inclusive atuar comointermediário, visando comprar a colhyita depequenos produtores, a fim de evitar aespeculação praticada pelos atravessadores. O governo também poderá ter armazéns para formação de estoques e contribuir para a melhoria do sistema de transportes de produção.
.7. Questão Indígena
O Estado do Pará possui muitas reservasind{genas. Embora esta questão seja de competência exclusiva do governo federal, através da Funai, também dedicaremos especialinteresse a ela.
É compromisso do Partido Socialista Brasileiro defender a conservação da identidadedas nações indígenas e a preservação da suacultura e das suas reservas. Comprometemonos, ainda a lutar pela demarcação imediatadas suas terras até mesmo em obediência aoque foi estabelecido pela nova constituição.
Entendemos que demarcar e garantir a integridade das reservas indígenas significa proteger a nossa ecologia e as nossas florestas,pois o povo indígena é o maior e o mais antigodefensor da nossa natureza.
S. Energia
A política energética da amazônia é desenvolvida pela Eletronorte, como subsidiária
da Eletrobrás na região. A Celpa é a concessionária no Estado do Pará.
Conforme afirmamos, o Pará possui umimenso potencial energético hidráulico e játem construída, em Tucuruí, a maior hidrelétrica do Brasil, exclusivamente Nacional,além da pequena hidrelétrica de Curuá-Una,que abastece parte das necessidades de consumo da cidade de§antarém.
A hidrelétrica de Tucuruí foi construídaprincipalmente para atender os projetos AIbrás-Alunorte e Carajás, no Pará, e a Alcoa,no Maranhão, bem como ao setor industrialdo Nordeste brasileiro. Apesar de termos emnosso território a maior hidrelétrica nacional,possuímos mais de uma dezena de sedes muqicipais sem energia elétrica. Cerca de vintemunicípios têm esta energia oriunda de grupos geradores administrados pelas prefeituras municipais, que carregam um pesado prejuízo em função disto.
O sistema Eletrobrás tem preço único paraa energia em todo o país, embora os custosda energia termoelétrica, produzida por motores a diesel, sejam muito maiores do queos da energia hidrelétrica. A Eletrobrás éque faz a compensação, com o sistema dopreço único, da mesma forma com que a Petrobrás faz com os preços da gasolina e doálcool, mantendo-os nos mesmos valores emtodo o território nacional.
É compromisso do governo do Partido Socialista Brasileiro desenvolver um trabalhono sentido de que todos os municípios e distritos do Pará recebam energia da hidrelétrica,.até que possamos extingu~ todas as usinastermoelétricas do estado. E também nossoobjetivo dese!J,volver a eletrificação rural.
Enquanto lutamos por isso, assumiremosde imediato o compromisso de fazer com quea Celpa passe a se responsabilizar pela distribuição da energia nos municípios aonde aprefeitura ainda o faz, pois a concessionáriaestadual participa da política compensada depreços, o que vai baratear a energia aos consumidores destas localidades, bem como evitar os enormes prejuízos das administraçõesmunicipais, que mesmo cobrando o preçomuito acima do normal não conseguem recuperar os custos da produção dos seus motoresa diesel.
Nos comprometemos a lutar para que aconstrução de hidrelétricas no Pará seja condicionada à aprovação das comunidades queserão atingidas, além de fazer c;om que busquem a total integração com os interesseslocais da área onde será implantada, bem como ao fornecimento da ene~gia que produzir,para toda a circunvizinhança
Pretendemos ainda desenvolver estudoscientíficos no sentido do aproveitam~to da'energia solar e da produzida pelo carvão vegetal. Neste caso, haverá que se garantir aproteção ao sistema ecológico, utilizando-seapenas refugos da madeira e o aproveitamento econômico de áreas que necessáriamenteestão sendo desmatadas em assentamentos,mas sem estimular a destruição.
57.46. Sábaoo' 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
9. MineraçãoO Pará, como já vimos, possui grandes re
servas minerais e é inclusive o maior produtorde outro no Brasil.
As concessões para exploração de minériossão feitas pelo governo federal e nós entendemos que minérios como ferro, manganês,bauxita, caulim, cobre, entre outros, devemser explorados de maneira industrializada,por empresas de porte, capazes de atendera tal empreendimento.
O governo federal, até hoje, na questãomineral, tem privilegiado a grande empresamineradora e buscado manter para esta a monopólio da exploração mineral, mesmo paraos minerais nobres, corno o ouro, a cassiteritae as pedras preciosas.
É compromisso do Partido Socialista Brasileiro o incremento da exploração das riquezasminerais que garanta, entretanto, uma compensação financeira, capaz de permitir a par
,ticipação do povo do Pará nos resultados des,sa exploração. Além de todas as questõeslegais expressas na Constituição, faremos exigências para que eles sejam intégrasios aodesenvolvimento regional e a pre~~rváção domeio ambiente., É nosso compromisso, ainda, fazer comque a exploração dos minérios nobres citadosseja feito prioritáriamente por garimpeirosou micro-empresários mineradores, cabendoao estado estimulá-los a se transformaremem cooperativas. Pretendemos fomentar aprodução por este meio, democratizando aexploração da riqueza mineral. Isto porqueas grandes empresas ,mineradoras são normalmente de propriedade de algumas poucaspessoas, que auferem altos lucros, muitas vezes com uma pequena quantidade de funcionários e geralmente estes lucros são aplicadosem outras regiões do país. Já o microempresário minerador e o garimperio têm todasas condições de aplicar o dinheiro no própriolocal onde o conseguiram, aumentando, portanto, a movimentação do comércio local ea arrecadação do estado. Corno prova distoestão aí vários municípios no Pará qué secriaram, cresceram e 'se desenvolveram, ainda que de maneira não controlada, em funçãoda atividade garimpeira.
Quanto à questão da poluição dos rios pelomercúrio e a destruição dos seus leitos pelaschupadeiras, problemas que consideramos damaior gravidade, o governo estadual poderá?judar a resolver através de atividades educativas e não repressivas. A recomendação paraa utilização de aparelhos para reaproveitamento do mercúrio (retortas) ou a sua substituição pelo cianeto, além de obrigar a criaçãode um sistema de decantação da água bombeada no leito dos rios, pelas balsas dos garimpeiros, são exemplos do que deverá serfeito em termos de um trabalho preventivo.
Finalmente o governo do PSB estará presente em cada região produtora de ouro, cassiterita e pedras preciosas, buscando garantiro direito dos garimpeiros, a sua segurançae tranquilidade na execução dos serviços. Énosso compromisso dar aos mesmos apoiot4cnico, no que se refere a avali.ção do po- _
tencial das áreas exploradas. para que produzam de maneira eficiente. Para evitar o descaminho (contrabando) que leva cerca de setenta por cento da nossa produção. buscaremosfazer com que esteja presente em todas asáreas, um organismo de compra que pagueo preço de mercado e cobre o imposto devido.atendendo ao interesse do município e doEstado.
10. Indústria e Comércio
O Pará sempre foi exportador de matériaprima. o que se consolidou por omissão dosgovernos que sempre permitiram este processo extrativista de recursos naturais. renováveis ou não. que são exportados para outros estados e para o exterior. É o exemploda madeira. que é industrializada noutras regiões e grande parte volta para nós. cornoproduto manufaturado. acabado.
O- governo do PSB buscará incrementara industrialização no nosso estado. objetivando uma polítíca de pleno emprego e de desenvolvimento que permita arrecadar mais parapoder servir aos interesses das comunidades.
Neste aspecto. procuraremos formas de dificultar a exportação da madeira extraída noestado do Pará, a não ser em seu produtofinal acabado, além de estimular a formaçãode indústrias moveleiras que possam exportarpara todo o Brasil e para o exterior. bemcomo utilizar esta madeira na construção decasas populares pré-fabricadas.
Também é nosso objetivo ampliar a atividade siderúrgica, objetivando com que o máximo possível dos minerais aqui exploradossejam também aqui industrializados.
A produção do estanho. metal extraído dacassiterita. minério do qual somos grandesprodutores. não pode continuar sendo totalmente industrializado no Rio de Janeiro. Atransformação deste metal nobre terá que serfeita em nosso estado.
Ainda no setor de indústria. o governo doPSB vai incrementar o turismo receptivo,considerando o imenso potencial de que dispõe a Amazônia, inclusive utilizando a curiosidade que tem despertado no resto do Brasile no mundo.
O apoio a pequena indústria, nos setoresdo artesanato. olarias, casas de farinha. beneficiamento primário da borracha etc. é outrade nossas metas.
11. Transportes
A deficiência no setor de tran~portes noestado do Pará é enorme. principalmente emfunção da sua grande extensão territorial edas dificuldades de acesso a determinadas regiões.
No setor rodoviário, contamos com apenasdois eixos de estradas federais asfaltadas. masmuito mal conservadas, que são a Belém Brasília e a Pará - Maranhão. As outras.embora de muita importância. corno a Santarém - Cuiabá, a Transamazônica. a estradaque liga o Zero a Marabá. a BR-422. entreoutras, estão em leito natural e são utilizáveisem condições normais apenas durante sete
meses no ano. devido as chuvas intensas quecaem no período de janeiro a maio.
As rodovias estaduais são também muitoprecárias e o seu maior problema é a faltade pontes: existem cerca de 40 travessias debalsa no estado. o que além de atrasar asviagens. aumenta consideravelmente o preçodo transporte de passageiros e cargas, emfunção do alto preço cobrado nestas travessias.
No setor ferroviário. o Pará. ao invés decrescer. fez diminuir. ao extinguir as ferroviasde Bragança e de Tucuruí. Há apenas a Ferrovia Carajás, executada pelo governo federalpara servir de corredor de exportação de minérios.
O setor fluvial é o que apresenta um melhoraproveitamento. mas devido basicamente àiniciativa privada. A única companhia estatalligada ao setor, a Enasa. é deficitária em função da má administração. devido a apadrinhamentos políticos.
O governo do estado é quem dá as concessões às empresas privadas para os transportesintermunicipais. bem como às empresas quefazem travessia de balsas nos inúmeros riossem pontes no estado do Pará.
É compromisso do Partido Socialista Brasileiro lutar pela recuperação das rodovias federais. em especial pelo asfaltamento da rodovia Transamazônica e da Santarém Cuiabá, associando esta ação com o apoioaos pequenos produtores da regiáo, estimulando-os a permanecerem em suas terras.
Por outro lado, com recursos orçamentários regulares do estado e através de convênios com as grandes empresas responsáveispela implantação de projetos na Amazônia,o governo do Partido Socialista Brasileiro vaiagir no sentido de construir as pontes sobreos vários rios do Pará e principalmente asque permitam ligar Belém a PA-150, acabando com as incômodas travessias do Araparíe do Mojú.
Além disso. buscaremos recuperar as estradas estaduais a construir outras. além de dartotal apoio às prefeituras no sentido de ajudálas na construçáo e recuperação das vicinais.
N6s também procuraremos recursos de órgãos federais para construção de ferrovias noPará que possam ligar Belém à Ferrovia Carajás e a Ferrovia Norte-Sul. além da construção de trechos isolados que venham a facilítaro transporte da produção e de passageirosem determinadas regiões.
O transporte fluvial deve ser estimuado eassistido pelo governo do Estado. Se faz necessário apoiar as prefeituras de todos os municípios acessíveis por via fluvial. para quetenham embdrcações próprias, que possamservir aos seus interesses e aos interesses dapopulação. além de ampliar em número eporte os atracadouros e portos nas diversascidades e distritos.
Um outro- compromisso que assumimos éo de tornar a Enasa proprledade do governodo estado do Pará, recuperando as suas embarcações e ampliando as suas linhas, poisé esta empresa que serve ao povo mais carente.
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5747
É desejo nosso, lutar pela construção daseclusas de Tucurpí, para qu~não permaneçaimpedida a navegação"ao longo do Tocantins.A construção das barragens de Santa Isabele de Santa Maria, também com eclusas, tornarão navegáveis todo o eixo Araguaia Tocantins, permitindo inclusive o escoamento da produção do Centro-Oeste do Brasil.
Com relação às concessões buscaremosJ}ermitir a mais livre concorrência, eliminando o~ monopólios eJo<istentes ainda hoje, concedidos por .critérios político-eleitoreiros epor tráfico de influências.
A concorrência aberta, democrática e tornada do conhecimento. público, contribuirásobremaneira para o aperfeiçoamento dosserviços, melhorando a sua qualidade e evidentemente baixando;"Seus preços.
No setor do transporte aéreo devemos nosempenhar,para qua a aviação comercial, feitapor jatos, seja mais presente nos municípiosaonde é possível sua operação. São deficientes os vôos para Sant,arém, Marabá, Altamirae 'inexistentes em Tucuruí e Carajás. Devemos apoiar ainda a aviação de pequeno portecolaborando com as empresas regionais, comos táxis aéreos e com as prefeituras de difícilacesso, que são a maioria, ajudando-as a adqilrir recursos p~ra que possam manter econstruir suas pistas de pouso.
12. Habitação
O Estado do Pará é extremamente defIcitário no que se refere a habitação, tanto naárea rural como na urbana; tanto na ofertade terrenos êom infra-estrutura à populaçãocomo na própria construção de casas populares.
Atua neste setor a Cohab - CompanhiaHabitacional do Estado do Pará, que trabalhana forma tradiCional, construindo casas popuiares por intermédio de empreiteiras que sãofinanciadas ao trabalhador em 25 anos, o quev~m a ser para ele' um grande sacrifício. Estetrabalho é feito basicamente na capital e alguns poucos municípios do interior do estado,Em Tucuruí e Marabá casas foram construídas com madeira branca importada de outrosestados e se deterioraram muito antes do prazo de pagamento dos financiamentos. Nãoexiste nenhum entrosamento entre o órgãoexecutor destas obras e a comunidade.
.É compromisso do Partido Socialista Brasileiro suprir as carências habitacionais do estado do Pará, priorizando o seu trabalho parao atendimento aos setpres populacionais debaixa renda, tanto na área urbana como narurál. numa política vinculada com a reformaagrária e às reformas urbanas que devem serimplementadas pelos municípios.
Devemos buscar o estabelecimento de mecanismos que possibilitem à. população debaixa renda o acesso a terrenos. construindoinfra-estr1Ítura e subsidiando seus preços.
PrecisamOi garantir ainda um fluxo de recursos financeiros para o setor, de forma apossibilitar a execução de programas habitacionais por meio de mutirão, que envolva.0 trabalho e a participação de toda a comuni-
dade e que não os obrigue a encargos definanciamentos por tantos anos.
Onde for possível, implementaremos aconstrução de habitações em terrenos amplos, objetivando reservar áreas para o cultivo de alimentos para o consumo familiar epara a comercialização em pequena escala.
Será decidida ainda a reformulação da política atual da Cohab, com vistas a flexibilidadena permuta de unidades habitacionais entremutuários.
É de grande interesse nosso, também, incentivar, estimular e liberar recursos para apesquisa e o emprego de tecnologias e materiais considerados alternativos e não convencionais, que possam ser industrializados porcomunidades, micro e pequenas empresas.com vistas a redução de custos, e fornecimento ao mercado consumidor de produtosmais baratos.
13, Saúde
O Pará não se difere do restante do Brasilem relação a questão da assistência do serviçopúblico de saúde.
Aqui, também, quem tem assistência emsaúde é quem pode pagar por ela, pois é míni-'ma a atuação do serviço público neste setor,além de não ter uma ação efetivamente conjunta no que se refere ao que é feito pelaUnião. pelo estado e pelo município, a nãoser a absurda'lpolítica que define que na cidade do interior aonde atua a Secretaria Estadual de Saúde não pode atuar a FundaçãoSesp, ligada ao Ministério da Saúde e viceversa.
Ocorre, entretanto, que o problema dasaúde pública no estado do Pará.é'muito maisgrave que noutros estados, pois aqui éxistemas chamadas doenças tropicais, que inclusiveforam erradicadas em países menos desenvol
'vidos do que o Brasil. É o caso da malária,que atinge centenas de milhares de pessoase da febre amarela.
Devido à sua extensão territorial e a dificuldade de transporte da população, pessoasmorrem no interior deste estado com doençasconsideracfas simples, como a infecção intestinal, em virtude, também, da quase inexis·tência de, saneamento básico e da falta deunidades de atendimento em vários distritose sedes municipais.
Nesta questão de saúde, primeiramente deve se resolver o problema da fome, que se·gundo dados da Organização Mundial daSaúde, é o principal causador das doençase da mortalidade devido a fragilidade dos oro.ganismos desnutridos, das dezenas de milhões de pessoas em todo o país, em todas"as faixas etárias, e que sacrifica particularmente as crianças e os idosos. No Pará a situação parece ser ainda mais grave.
Nos outros itens já nos referimos às medidas de imediata aplicação para ajudar a resolver ou amenizar o gravíssimo problema dafome, destacando a reforma agrária comomeio de promoção econômico social dos seusbeneficiários diretos e de aumento da produçã0 de alimentos para o consumo intenio,
barateando o seu custo e facilitando a suachegada a mesa do consumidor de baixa renda.
Se isso não for feito, se toda a populaçãonão tiver acesso a uma alimentação de considerável valor nutritivo, não haverá médicosnem hospitais que dêem conta da multidãode doentes que continuarão tendo que socorrer.
Entretanto, mesmo numa situação em quea qualidade de vida transcorra em excelentespadrões, no tocante a nutrição, o trabalhadore a sua família precisarão de um sistema desaúde pública eficiente, de fácil acesso e debom nível. Para isto, teremos de contar comunidades de atendimento em cada bairro, vilaOLP comunidade, cuja estrutura será relàtivaao número de habitantes local, de acordo como que estabelecem as normas de saúde pública, mas que deverão estar prontas para oatendimento de emergência.
O PSB defende a criação de hospitais regionais para dar atenção a cada grupo de cidadese outros instalados na capital, capacitados para pronto atendimento em todas as áreas eespecialidades mais procuradas, tudo funcionando com eficiência, com profissionais bemremunerados e cap.acitados, com amplas instalações, contando com recursós técnicos sofisticados, permanecendo à disposição do povo por tempo integral.
Este sistema terá de ser efetivamente unificado e descentralizado, ou seja, é preciso colocar em prática, em todos os níveis e áreasde atendimento, o Suds, que é tão alardeadoquanto inexistente, na nossa região. A j::omunidade será convocada a participar do processo de integração dos serviços de saúde.
Além disso, defendemos um significativoinvestimento na educação em saúde, comoforma de prevenção de doenças e conservação da saúde humana. Neste aspecto, estãoa orientação nutricional, o aleitamento materno, noções de higiene, o saneamento básico, as campanhas de saúde etc.
O governo do estado também deve trabalhar conjuntamente com a Sucam é a Fsespno combate à malária, ao dengue e a febreamarela, para erradicar definitivamente estasdoenças.
A assistência odontológica prestada peloestado também terá de ser muito amplia,dae extendida no interior, pois a carência nestaáre!i'em todo o Pará ~ alarmante, principalmente no aspecto da prevenção.
14. Saneamento
No que se refere ao serviço público de distribuição de água, podemos afirmar que elenão existe em centenas de aglomerados urbanos no Pará, e que os que possuem estesserviços, alguns administrados pela Cosanpa,outros pela Fundação Sesp, 90% deles têmágua distribuída sem O' devido tratamento.Em muitos casos. elas são coletadas diretamente nos rios e jogadas nas tubulações dascasas. Ainda assim, na maioria dos municípios paraenses que possuem este serviço, adistribuição de água não atinge 50% das residênciqs, o que representa uma prova, inclu-
5748 Sábado 26 I;)lÁ.RIO P5~ CONGRESSO NACIONAL (Seçã~I) Maio de 1990
sive, de que o estado não tem sido.compensado pela exploração de nossas riquezas, efetivadas pelos grandes projetos que aqui seencontram.
No que se refere a serviço de esgoto e adrenagem das águas pluviais, a situação é ainda mais grave. Podemos afirmar que 80%dos municípios do estado estão sem este atendimento; outros o possuem de maneira parcial, e o exemplo mais grave de toda estasit.uação, que representa uma vergçmha nacional, é a situação das baixadas de Belém.
O compromisso do PSB, no tocante a política estadual de saneamento, será o de estabelecer prioridade ao saneamento básico, encarando-o como serviço de saúde pública e enfatizando a solução dos problemas das comunidades mais deficitárias, definindo uma novapolítica para o setor, com a participação dosdiversos segmentos comunitários organizados, de maneira que se possibilite um tratamento específico para cidades de maior oumenor porte.
Instrumento fundamental desta política será o Plano Estadual de Saneamento, a serelaborado com ampla participação da sociedade -civil, respeitada a autonomia dos municípios e observados os seguintes pontos bá·sicos:
a) as soluções na área de saneamento devem vincular-se a um planejamento ambiental regional, que discipline o uso e a preservação dos recursos naturais;
b) é fundamental a integração das açõesde abastecimento de água, coleta de resíduoss6lidos, esgotamento sanitário e drenagem,dentro de uma mesma área, nos centros urbanos, e
c) as ações de saneamento deverão estarintegradas com as ações de saúde pública eeducação, principalmente no meio rural.
Obedecidos os princípios gerais definidosno Plano Estadual de Saneamento, a atuaçãodo governo deverá se dar de acordo com asseguintes linhas:- Revisão da estrutura técnica e administrativa da Cosanpa, procurando melhorarsuas atuais condições de atuação, fazendo-aassumir o papel fundamental de funções normativas, de assistência técnica, financeira ede planejamento, no sentido de adequá-lasa novas formas de relacionamento com osmunicípios, oferecendo-lhes opções para quepossam decidir sobre a gestão dos serviçosde saneamento com vistas a democratizaçãoôas·aeCisões, redução de custos e melhoriada eficiência do setor.- Nos municípios que tenham condições edesejem fazê-lo, dar a devida assistência técnica para que eles possam assumir as atividades de construção, operação, manutençãoe administração de sistemas de saneamento,baseados em soluções simples e condizentescom as circunstâncias s6cio-econômicas, ambientais e sanitárias do estado. Fica claro,entretanto,. que a Cosanpa terá sempre soba sua responsabilidade os serviços de distribuição de água.- Desburocratização no processo de financiamento a fim de que se possa assegurar
aos municípios o acesso direto às fontes derecursos para a execução das obras citadasno item anterior.- Desenvolver uma política de atendimentotécnico e financeix;o aos municípios, no tocante a solução dos problemas de resíduos s61idos.- Dar especial atenção aos problemas deescoamento de águas pluviais nas cidades ribeirinhas do interior, incluindo proteção contra cheias e erosão, bem como ao problemada drenagem urbana de Belém, como umadas soluções básicas para o problema das baixadas.- Promover um maior aproveitamento dostécnicos locais, tanto no trabalho direto deexecução de obras e serviços de engenharia,como na área de consultoria, como formade viabilização de soluções mais adequadasàs realidades regionais.
Buscar um maior entrosamento com a Univ~rsidade ,Federal do Pará e Escola TécnicaFederal, através de convênios, oferta de estágios etc.
15. Educação
No Estado do Pará, segundo dados do IBGE, apenas 2,33% do seu eleitorado possuicurso superior completo e 48,70% representam os que apenas lêem e escrevem, sem jamais terem freqüentado uma escola.
Esta é uma demonstração clara da ineficiência existente no setor da educação emnosso Estado, principalmeite nas concentrações urbanas do interior e da zona rural. Sãodezenas de milhares de crianças sem acessoa escola, ao longo da rodovia Transamazônica, da Santarém - Cuibá e em muitas outras áreas no Pará.
Aqui também só tem acesso a uma boaformação quem pode pagar a escola privada,pois as redes públicas de ensino, tanto estadual como municipais, são deficitárias, emtermos quantitativos e deficientes nas condições de ensino.
Este proçesso começa pela má remuneração dos professores e auxiliares:' em váriosmunicípios, os salários deste pessoal chegama valer apenas 114 (25%) do salário mínimo.Também não há um eficiente sistema de treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos, para capa_cita~ãodos professores:. ,
As estruturas físicas. com raras exceções,nãõ possueminstalâÇões nem mãtenai adequado ao ensino; a distribuição da merendaescolar é fraca, pois não atinge grande parteda rede pública.
É compromisso priotário do Partido Socialista Brasileiro o processoda extensão da educação pública e gratuita em todo o Estado.Entendemos que temos que nos preocuparnão apenas com a parte da responsabilidadedo Governo do Estado, mas na educação como um todo.
Sem interferir nas administrações municipais, devenrt>s, entretanto, acompanhar o seutrabalho no setor daeducação, analisar a situação s6cio-econômica de cada municípioe buscar integrar a ação do Estado com a
ação municipal, esta.b.eleFltndo meios paraque'toda a população tenha acesso a educação, principalmente na zona rural. .
Evidentemente o compromisso prioritáriodeve ser com a educação.de base, permitindoo acesso de todas as crianças ao curso deprimeiro grau, mas também procurando atender todos os jovens com o ensino de 2. grau,interiorizando' mais esta forma de educaçãoe a que realiza a formação técnica profissionalizante, com a criação de escolas desta áreanas principais cidades das diversas regiões do 1
Estado.Buscaremos, ainda, ampliar as áreas de
curso superior oferecidas pelo estado, bemcomo a sua interiorização.
Daremos especial atenção também a regionalização do processo didático. O nosso povoprecisa se educar não apenas aprendendo aler e a escrever ou seguindo determinada profissão, mas é preciso dar-lhe a verdadeira dí~
mensão do que ele é, a compreensão da sociedade, a consciência sobre o potencial da suaregião; no currículo escolar deve constar tudosobre a hist6ria de seu estado e de seu País,de maneira- clara, bem como as relações deseu País com o restante do mundm
Isso tudo precisa ser levado a efeito paraàmpliar o nível de conscientização e fazercom que os estudantes participem da construção política da sociedade, conhecendo as origens de seus problemas e desde a juventudeengajando-se na busca de soluções e mudan-ças, '
A qualidade do ensino será dada maioIatenção que ao objetivo de aumentar o número de escolas.
16. Cultura
A consciência do homem comum da Amazônia sobre a sua identidade cultural e a realidade regional é muito restrita, mesmo quantoàs causas e desdobramento futuros dos problemas que lhe tocam de maneira mais diretae imediata, Um povo que vive sem podersequer se alimentar adequadamente, devidoo modelo político-sócio-econômico vigenteno Brasil, pouco pode se interessar por ques,tões culturais, o que lamentavelmente concorre para o agravamçnto da sua pr6pria condição de atraso.
Historicamente, o conhecimento e a preocupação com a questão social é despertadoe enriquecido através das manifestações culturais e da participaç,ão em todos os movi
,mentos artísticos, literários, teatrais, musicais, etc., porém, o homem da amazônia jánão se identifica com os traços culturais daregião.
Rico em sua'êultuta muito pr6pria ç bonita,o Pará possui, entretanto, sérios problemaspara a divulgação desta cultura, sua preservação e' desenvolvimento.
A falta'de recursos é o principal, mas também a orientação política nesta área é tímida,justamente em função das implicações geradas pelas manifestações culturais, no tocanteà consciência.
O Governo investe na manutenção do estado de ignorância das camadas mais pobres,
Maio de [990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l) Sábado 26 5749
visando a sua submissão ao regime de exploração de mão-de-obra e criando a mentalidade capitalista burguesa geradora de inércia, apatia e acomodação, e as relega à exclusão do processo cultural.
A indústria cultural instalada no País chegaao Pará, repassando através dos meios decomunicação, especialmente a televisão,conhecimentos de fora da região e do Brasil,mudando completamente os hábitos, costumes, crianças e comportamentos, destruindoa formação da identidade cultural da criançae do adolescente, que passam a ser pequenosrobôs da sociedade de consumo.
O PSB defende, antes de tudo, a mais completa democratização do setor cultural do estado e a valorização dos princípios culturaisda região. O compromisso do nosso Governonão é o dirigir a questão cultural, mas criarcondições para que os envolvidos no processode criação, desenvolvimento, preservação edifusão cultural possam gerir toda a área.
Longe de encararmos como setor deficitário, a questão cultural deve merecer altosinvestimentos de recursos governamentais,deixando que os seus agentes possam agircom total autonomia. O resultado desta política, proposta pelo Partido Socialista Brasileiro, sem dúvida trará excelentes rendimentos, inclusive econômicos, com a incrementação turística e a valorização da produçãocultural.
17. Esporte
No Pará, assim como no resto do Brasil,as atividades esportivas tanto profissionaiscomo amadoras, são administradas de maneira cartorial e sem nenhum compromissodemocrático, já que atendem a interesseseconômicos de grupos reduzidos, apesar dagrande participação popular como públicopagante dos campeonatos e competições.
Justamente pela grande concentração popular nos estágios e ginásios olímpicos, o esporte rende grandes somas de dinheiro aosorganizadores de certames profissionais, semque os protagonistas, os atletas, recebam tratamento como trabalhadores, de maneiraprofissional.
Como exemplo há a questão da carreirado jogador de futebol, que pela própria natureza da atividade não chega, na maioria doscasos, a 20 anos de serviços; quando deixamo campo, são esquecidos por quem ajudarama enriquecer.
O problema dos atletas profissionais, então, é a falta de garantias trabalhistas. Nãoserão atendidos estes direitos, enquanto predominar o interesse pelo lucro imediato, nadireção das federações esportivas.
Um governo de orientação socialista tema obrigação de democratizar as decisões esportivas, trazendo aos conselhos a representação dos atletas e do público, o povo emgeral, e este é um compromisso do PSB.
A melhor;a das condições de trabalho; aparticipação popular na tomada de decisões;a ampliação e construção de novos espaçospara a prática esportiva amadora, priorizando o interim do ~5ta.da; a divulgação ampla
de todas as modalidades esportivas, especialmente entre as crianças, como forma de ajudar no surgimento de novos atletas, bem como o incentivo a formação de associaçõesesportivas, são outras maneiras de se desenvolver o esporte, que o Partido Socialista Brasileiro se compromete a implantar, no seugoverno.
Nas escolas estaduais serão incentidadasas práticas esportivas amadorísticas, para queos alunos despertem maior intesse nos cuidados com o físico, especialmente nas faixasetárias de estudantes em fase de crescimento.
18. Justiça e Segurança Pública
Estes setores, vinculados entre si, extrema··mente importantes para a sociedade, são também deficitários e ineficientes.
A tramitação dos processos na justiça élenta e tem uma organização burocrática quepermite a interferência do poder econômicoe político nos seus resultados.
O sistema penitenciário para presos de justiça funciona apenas na capital do estado esem as mínimas condições. As delegacias depolícia, principalmente no interior do Pará,são da pior qualidade, existindo ainda municípios que as possuem e outros em que ascelas são de madeira, sem nenhuma condição'de higiene, segurança e manutenção.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará não transfere recursos às delegacias do interior para a manutenção das mesmas, para combustível das viaturas (quandoas possuem), para armamento e munição dospoliciais e muito menos para a alimentaçãodos presos. O salários dos policiais, tanto civis, quanto militares, é muito baixo, não permitindo a sua própria subsistência nem a deseus familiares, em condições mínimas.
Por razões desta natureza, o que prevaleceem nosso estado é a lei dos mais fortes, poisa primeira coisa que se pergunta quando alguém leva uma queixa a uma delegacia depolícia e mostra a necessidade de uma diligência, é se o interessado tem recursos para fretarum carro ou pagar o combustível da viaturapolicial.
Nos municípios onde são implantados osgrandes projetos, as polícias militares têm toda a sua manutenção (alimentação, transporte, etc.) custeadas diretamente pelas empresas que os administram, o que torna a açãopolicial vinculada aos interesses econômicose políticos destas empresas. Em outros casos,a polícia é colocada a serviço exclusivo deentidade privadas, ficando permanentementesediadas nas suas áreas, como ocorre no latifúndio do Bamerindus.
Existem mais de vinte sedes municipaissem juízes no interior do estado. Pode-se contar com mais de mil presos de justiça, muitosdeles já há dois ou três anos nas prisões, semque nunca tenham sido submetiPos a julgamento. A coisa mais rara de se ver no Paráé a realização de um júri popular, tanto nointerior como na capital. Quando isto ocorreo crime foi cometido 3 ou 4 anos antes.
Em razão destas deficiências, a polícia ea justiça no Pará tem servi<1a basicamente
aos interesses das classes dominantes. A impunidade campeia, no que se refere a crime~
políticos e os cometidos em função da disputapela posse da terra e do direito 'l exploraç;;"mineral.
Esta impunidade estimulou a formação docrime organizado, que em determinadas regiões registra a existência de quadrilhas quese sobrepõem ao poder público, estabelecendo verdadeiros impérios, que sobrevivem àscustas do contrabando de ouro, de drogas.armas, roubos de carros e caminhões, da expropriação de bens alheios, extorsão e assassinatos por encomenda. As quadrilhas buscam criar vinculações política que lhes dãoproteção.
Os compromissos do PSB nesta área sâo.em primeiro lugar, o de efetivar um amploe participativo processo de diálogos, com todo o Poder Judiciário do estado, envolvendodesembargadores, juízes, funcionários. buscando estabelecer formas de que este setorpossa vir a funcionar de maneira eficiente,no atendimento aos interesses e necessidadesda população de uma maneira ~eral.
Neste aspecto, buscaremos dar todas ascondições para a criação dos juizados de pequenas causas, conforme estabelece a constituição e colocar de maneira completa, emcada cidade, juízes, promotores, defensorespúblicos e funcionários necessários para quea justiça esteja presente em todos os municípios deste estado.
Na área policial, se faz necessária a reformulação de toda a estrutura da Polícia Militare Civil, primeiramente no setor de salários,tornando-os digmos e condizentes com asfunções dos policiais, dando também toda ainfra-estrutura necessária ao desempenho doseu trabalho.
É nosso compromisso acabar com o sistemade nomeações de delegados, comissários eescrivãos, no interior do estado, com baseem critérios políticos, determinados por lideranças autorit6rias locais, ou por Deputadosvinculados ao Governo. Estas indicações, incluindo a dos comandantes dos quartéis daPM e todo o estado, devem obedecer estritamente aos critérios de competência, capacidade e probidade, e não por conveniênciaspolíticas.
Buscaremos, ainda, uma forma de que populares possam denunciar arbitrariedades eviolências cometidas por autoridades policiais ou judiciárias, com segurança.
No que se refere ao sistema penitenciário.buscaremos contruir penitenciárias no interior do estado que permitam aos presidiáriosa possibilidade de trabalho e sua reintegraçãoà sociedade, ampliando o número de presídios e diminuindo o problema da superpopulação carcerária.
E compromisso inarredável do PSB o fimda impunidade e o indiciamento e prisão dosmandantes e executores dos crimes políticoscometidos no Estado do Pará, com especialatenção para os assassinatos dos DeputRdos!n;\0 Cqrlo~ Ba~istH p. P3.o10 FOI1.t,:Hf?~
5750 Sábado 26 Maio de 1990
,.19. Comunicação
No Estado do Pará, os meios de comunicação de massa (jornais, rádios e tvs) , pertencem em sua quase totalidade às elites dominantes, pois foram concedidas pelo GovernoFederal, mediante influências políticas. Apesar disto, praticamente a metade dos municípios do estado não possui emissoras de rádio próprias nem repetidoras de televisão equando possuem, na sua quase totalidade,recebem apenas a Rede Globo de Televisão,o que impõe uma situação de monopólio dainformação.
É compromisso do Partido Socialista Brasileiro atuar junto ao Congresso Nacional, coresponsável a partir da Constituição de 1989,pelas concessões de canais de rádio e televi'são, no sentido de democratizar o processodestas concessões, permitindo que representações dos trabalhadores, através das suas associações, sindicatos e cooperativas, além dasociedade civil de uma maneira geral possamconstituir veículos de comunicação.
É também objetivo do nosso Governo fazer com que a Funtelpa, atue e mobilize recursos de forma a que outros canais de televisão possam atingir a todo o interior do Estadodo Pará. Como órgãos de comunicação doestado, a Rádio e a TV Cultura abrirão espaços à participação popular no processo deprodução de programas regionais, que reflitam a realidade do estado, nas áreas cultural,social, histórica, etc.
No setor de telefones, buscaremos fazercom que a Telepará atenda as comunidadesmais distantes e de difícil acesso do estado,facilitando a aquisição de novas linhas e instalando aparelhos comunitários onde haja necessidade.
20. Redivisão administrativa do Estado doPará
Devido a grandeza de nossa extensão territorial, as dificuldades de transporte, as distâncias e o abandono a que foram relegadasdeterminadas áreas, reconhecemos ter nasci-
. do o desejo da redivisão político-administrativa de suas regiões de nosso estado. o BaixoAmazonas e o sul do Pará.
Entendemos ser esta, hoje, uma manifestação já de caráter popular, embora não possamos negar os interesses das oligarquias localizadas e de políticos que objetivam estaluta, pensando apenas no aspecto eleitoral.
Para se fazer uma redivisão administrativa,é preciso haver um estudo profundo da questão, sob vários aspectos, porque não é a vontade política de uma determinada região quequeira se transformar em estado que irá prevalecer para se chegar ao objerivo.
A Assembléia Nacional Constituinte, devido a pressão sofrida pela divisão da Bahia,Minas Gerais e Paraná, estabeleceu uma sériede dificuldades para a criação de novos estados, ou para a redivisão administrativa dequalquer região. Para se criar um estado novo, é necessário que haja a aprovação pelaft.-ssembléia Legislativa Estadua!, ou seja, aaprovação pela maioria absoluta dos deputa-
dos do estado que se deseja dividir, para posteriormente se realizar o plebiscito.
Esta decisão tem ainda de ser submetidaao Congresso Nacional, e só aprovada se forvotada uma lei complementar. que admita esta nova redivisão territorial. Ora, votar umalei complementar significa que, para suaaprovação, os votos de mais da metade dosintegrantes do Congresso Nacional precisamser votos positivos; não é um quórum comum,é um quórum qualificado que exige a presença do parlamentar, pois não permite ovoto de liderança. Passado isto, ainda depen-de da sanção presidencial. .
O projeto toma-se, então, Illuito difícil senão houver um consenso político global emtodo o estado. Isto é o básico, e em funçãodisto, qualquer decisão terá de ser submetidaa um amplo processo de discussão, do qualfazem parte, também, não apenas os que querem se emancipar, mas quem vai ficar na parte desta redivisão; portanto, as vantagens têmque ser iguais, para o estado novo e parao estado que ficará menor.
Este é o aspecto formal e legal desta questão, que precisa ser compreendido e que exige entendimentos e acordos.
O Partido Socialista Brasileiro consideraimportante para o Pará uma reforma políticoadministrativa. O estado já alcança um certonível populacional e de ocupação que tornamuito difícll a vida em determinadas partesdo estado, Sempre na dependência do governo sediado numa capital muito distante.
Como princípio, o PSB defende ser válidoo desejo de uma reforma político-administrativa, porque a descentralização é importante no processo democrático e serve aosinteresses do povo, de uma maneira geral:é muito mais fácil ao povo de Itaituba e adjacências pressionar um governo sediado emSat:ltarém, ou ao povo de São Félix do Xingúpressionar um governador que fique em Conceição do Araguaia ou Marabá do que deslocar-se por distâncias tão grandes e difíceisaté Belém.
Isso, entretanto, tem de ser feito depoisde um amplo processo de discussão e estudos,em que participem a classe política, as entidades civis, o povo de todo o estado e não apenas a parte que quer se emancipar.
Somente estes estudos poderão levar aoentendimentÇl de que há vantagens para ambas as partes~ Ocorrendo isto, então, o Congresso Nacional respeitará esta decisão eaprovará a lei complementar.
O PSB assume o compromisso de agilizareste processo de estudos a debates em buscade uma solução que atenda ao interesse detodos.
21. Movimentos Sociais
A participação das categorias e setores populares organizados na discussão dos problemas regionais, não tem tido a devida repercussão, pois os meios de comunicação localnão lhes dão a necessária cobertura.
Nas oportunidades em· que são realizadosgrandes eventos, onde se reúnem a sociedadecivilorganizada, o Governo e a representação
política, com total cobertura da imprensa,apesar de apresentarem importantes informações sobre questões econômicas, sociaise ecológicas, nada influencia a decisão dosque detêm o poder. Reunir-se em cúpulaspara as mais illlPortantes resoluções, desprezando a opinião do povo são característicasdos governos das últimas décadas.
No Pará, o movimento dos trabalhadoresrurais atingiu um nível de organização razoável. Os índios, devido o apoio da imprensainternacional, têm obtido alguns resultadossobre suas reivindicações. Hoje, já se considera os seringueiros, pela sua luta preservacionista, que se consolidou com o trabalhode Chico Mendes, sacrificado pela ganâncjado latifúndio. .
Os garimpeiros, apesar da existência de entidades a nível municipal, regional e nacional,tiverem até agora pouca sorte nas tentativasde se articularem como categoria unida. Ofato do estado tratá-lo como inimigo, dificultaa sua organização, pois o torna imediatista,
I desconfiado de tudo e nômade.Na área urbana destaca-se a organização
dos trabalhadores da construção civil, dos ro-'doviários, dos gráficos, mas percebe-se umcrescimento constante do movimento sindicalcomo um todo.
O movimento estudantil recomeça a tomarcorpo e o movimento popular se apresentana medida em que existam lutas concretas,e se desarticulam logo após o atendimentodos seus objetivos. .
O PSB entende que o Governo não podeinterferir na forma de organização nem noprocesso de luta dos movimentos sociais (sin-.dicais, estudantis, populares).
É nosso compromisso, entretanto, o absoluto respeito às suas lutas, a busca do atendimento às suas reivindicações. Garantir a participação destes movimentos no processo decisório, fazendo-os tomar parte dos conselhosdos órgãos do estado é uma forma de fortalecê-los sem lhes dar tratamento paternalistae sem coopetá-Io.
A democracia que defendemos não existe.sem a participação ativa dos estudantes, dostrabalhadores, que deve se dar através dosmovimentos sociais. Este é o compromissofundamental do PSB.
o SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Vai-se passar ao horário de
v~ - COMUNICAÇÕESPARLAMENTARES
o SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Concedo a palavra ao nobre DeputadoMaun1io Ferreira Lima, pelo PMDB.
o SR. MAURÍLIO FERREIRA LIMA(PMDB - PE. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, antesde deixar o Governo, o ex-Presidente JoséSarney enviou à Casa o projeto ào regimejurídico único para os funcionários públicos
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5751
federais. Em toda parte por onde ando, sobretudo no meu Estado, sou cobrado por servidores que 'desejam ver essa matéria apreciada imediatamente.
Hoje de manhã, tive oportunidade de encontrar o Secretário João Santana em um programa de televisão. Disse-me S. Ex' que épropósito do Presidente Fernando Collor tero projeto votado até junho. O Governo sereserva o direito de apresentar um substitutivo, por intermédio da Liderança do PRNnesta Casa.
Se o Governo realmente pretende apreciaro projeto, todas as lideranças partidárias deveriam unir-se para vê-lo incluído' na pautae votado antes do recesso do meio de ano.
Estamos no período eleitoral. No mês deagosto haverá recesso branco, regressaremosa nossos Estados para disputar a reeleição.Nesse período, portanto, não haverá oportunidade para votação.
O Poder Legislativo precisa assumir suasresponsabilidades. A votação de um projetodessa importância, num momento traumáticopara os funcionários públicos federais seriaalgo que o engrandeceria.
Finalmente, Sr. Presidente, tenho constatado o desespero que grassa, hoje, em quasetodas as repartições públicas federais e estatais, em função da onda terrorista de demissões espalhada entre o funcionalismo, a partirde um critério absolutamente linear, comoo de cortar, por exemplo, 30% do funcionalismo de entidades como a Sudene e as universidades brasileiras.
Se'o Governo quer enxugar o déficit público, antes de estabelecer, num momento derecessão como este, a política de demissãoem massa, deveria verificar o quanto esperaeconomizar com tais dispensas e fazer, talvez, ,como o Banco do Brasil, que não vai demitirfuncionários. Apenas com a extinção dos cargos em comissão, a economia do banco chegaa uma cifra muito importante com relaçãoa seu movimento, pois não precisou diminuirseu quadro de servidores, não levou ao desespero a família de nenhum bancário e conseguiu enxugar seu orçamento. Creio que omesmo possa ser feito nas universidades, naSudene e nas autarquias. A demissão puraesimples representará um custo muito grandeao Governo, pois terá de pagar aos celetistasos direitos que lhes são assegurados por lei.
Sugiro, então, ao Secretário João Santanaque aprecie, em primeiro lugar, essa alternativa do enxugamento da folha de pagamentos, do enxugamento das despesas das repartições públicas, antes de adotar uma políticade demissão.
VIII - ENCERRAMENTO
o SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Nada mais havendo a tratar, vou encerrara Sessão.
o SR. PR1!::SIDENTE (Sigmaringa Seixas)
COMPARECEM MAIS O SENHORES:
Acre
Maria Lúcia - PMDB.
Pará
Ademir Andrade - PSB; Manoel Ribeiro-PMDB.
Tocantins
Eduardo Siqueira Campos - PDC; PauloSidnei - PMDB.
Maranhão
Cid Carvalho - PMDB; Vieira da Silva- PDS; Onofre Correa PMDB.
Ceará
Mauro Sampaio - PSDB; Flávio Marcílio-PDS.
Rio Grande do Norte
Flávio Rocha - PRN; Henrique EduardoAlves - PMDB.
Pernambúco
Fernando Bezerra Coelho ----., PMDB.
Bahia
João Alves - PFL; Jonival Lucas - PDC;Prisco Via~-PMDB.
Rio de Janeiro
Adolfo Oliveira - PFL; Álvaro Valle PL.
São Paulo
Gastone Righi - PTB; Maluly Neto PFL; Manoel Moreira - PMDB; MendesBotelho -:- PTB.
Goiás
Maguito Vilela - PMDB.
Distrito Federal
Gerald~ Campos - PSDB; Maria de Lourdes Abadia - PSDB.
Paraná
Renato Bernardi - PMDB.
Santa Catarina
Walmor de Luca - PMDB.
A!Dapá
Raquel Capibéribe- PSi
Rorlfima
Mozarildo Cavalcanti - PI;;I; Ottomar Pil!to-PTB.
DEIXAM DE COMPARECER OS'SENHORES:
Acre
Francisco Diógenes - PDS; José Melo PMDB; Narciso Mendes - PFL; Osmir Lima
·-PMDB.
Amazonas
Beth Azize - PDT; Carrel Benevides PTB; Eunice Michiles - PDC; José Dutra- PMDB; José Fernandes - PST; SadieHauache - PFL.
Rondônia
Arnaldo Martins - PSDB; Chagas Neto- PTB; José Guedes - PSDB; José Viana- PL; Raquel Cândido - PDT; Rita Furta-do-PFL.
Pará
Amilcar Moreira - PMDB; Arnaldo Moraes - PMDB; Asdrubal Bentes - PMDB;Benedicto Monteiro - PTB; Carlos Vinagre- PMDB; Dionísio Hage - PRN; FaustoFernandes - PMDB; Fernando VelascoPMDB; Gabriel Guerreiro - PSDB; GersonPeres - PDS; Jorge Arbage - PDS.
Tocantins
Ary Valadão - PDS; Edmundo Galdino- PSDB; Freire Júnior - PRN; LeomarQuintanilha - PDC; Moisés Avelino PMDB; Paulo Mourão - PDC.
Maranhão
Albérico Filho - PFL; Costa Ferreira PFL; Eliézer Moreira - PFL; El\fico Ribeiro- PRN; Francisco Coelho - PDC; HaroldoSabóia - PDT; Jayme Santana - PSDB;José Carlos Sabóia - PSB; Sarney Filho- PF:L; Victor Trovão - PFL; Wagner Lago-PDT.
Piauí
".Felipe Mendes - PDS; Jesus Tajra PFL; José Luiz Maia - PDS; Mussa Demes,- PFL; Myriam Portella - PSDB; Paes Lan.'dim - PFL; Paulo Silva - PSDB.
Çeará
Aécio de Borba - PDS; Bezerra de Melo-PMDB; Carlos Benevides-PMDB; Caro'los Virgílio - PDS; César Cals Neto - PSD;Etevaldo Nogueira - PFL; Expedito Machado - PST; Firmo de Castro - PSDB; Haroldo Sanford - PMDB; José Lins - PFL;Lúcio Alcântara - PDT; Moema São Thiago- PSDB; Osmundo Rebouças - PMDB;Raimundo Bezerra - PMDB; UbiratanAguiar - PMDB.
Rio Grande do Norte
Iberê Ferreira - PFL; Ismael Wanderley- PTR; Marcos Formiga - PST; Vingt Rosado-PMDB.
Par81ba
Adauto Pereira - PDS; Agassiz Almeida- PMDB; Aluízio Campos - PMDB; Antonio Mariz - PMDB; Ediv'aldo Motta..·PMDB; J::dme Tavares - PFL; Evaldo Gonçalves - PFL; Francisco ~olim - PSC; JoãoAgripino - PRN; João da Màta - PFL;
5752 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
José MlU"anhão - PMDB; Luc'a BrJg'l PDT.
Pernambuco
Artur Lima Cavalcanti - PDT; CristinaTavares - PDT; Egídio Ferreira Lima PSDB; Fernando Lyra - PDT; Gilson Machado - PFL; Gonzaga Patriota - PDT;Harlan Gadelha - PMDB; Horácio Ferraz- PFL; Inocêncio Oliveira - PFL; José Carlos Vasconcelos - PRN; José Jorge - PFL;José Mendonça Bezerra - PFL; José Moura- PFL; José Tinoco - PFL; Marcos Queiroz- PMDB; Osvaldo Coelho - PFL; OswaldoLima Filho - PMDB; Paulo Marques PFL; Ricardo Fiuza - PFL; Roberto Freire- PCB; Salatiel Carvalho - PFL; WilsonCampos - PMDB.
Alagoas
Antonio Ferreira - PFL;Eduardo Bonfim- PC do B; Geraldo Bulhões - PSC; JoséThomaz Nonõ - PFL; Renan Calheiros PRN; Roberto Torres - PTB; Vinicius Cansanção - PFL.
Sergipe
Acival Gomes - PSDB; Bosco França PMDB; Cleonâncio Fonseca - PRN; DjenalGonçalves - PMDB; João Machado Rollemberg - PFL; José Queiroz - PFL; Leopoldo Souza - PMDB; Messias Góis - PFL.
Bahia
Abigail Feitosa - PSB; Ângelo Magalhães- PFL; Benito Gama - PFL; Carlos Sant'Anna - PMDB; Celso Dourado - PSDB;Domingos Leonelli - PSB; Eraldo Tinoco- PFL; Francisco Benjamim - PFL; Francisco Pinto - PMDB; Genebaldo Correia- PMDB; Haroldo Lima - PC do B; JairoAzi - PDC; Jairo Carneiro - PFL; JoaciGóes - PSDB; João Carlos Bacelar PMDB; Jorge Hage - PDT; Jorge Vianna- PMDB; José Lourenço - PDS; JutahyJúnior-PSDB; LeurLomanto-PFL; Lídice da Mata - PC do B; Luiz Eduardo PFL; Luiz Vianna Neto - PMDB; ManoelCastro - PFL; Marcelo Cordeiro - PMDB;Mário Lima - PMDB; Milton BarbosaPFL; Miraldo Gomes - PDC; Murilo Leite- PMDB; Nestor Duarte - PMDB; RaulFerraz - PMDB; Sérgiq Brito - PDC; UIdurico Pinto - PSB; Virgildásio de Senna- PSDB; Waldeck Ornélas - PFL.
Espfrlto Santo
Hélio Manhães - PMDB; Jones SantosNeves - PFL; Lezio Sa.thler - PSDB; Lurdinha Savignon - PT; Nelson Aguiar - PDT;Pedro Ceolin - PFL; Rita Camata PMDB; Rose de Freitas-PSDB; Stélio Dias-PFL.
Rio de Janeiro
Amaral Netto - PDS; Arolde de Oliveira- PFL; Artur da Távola - PSDB; Beneditada Silva - PT; Bocayuva Cunha - PDT;Brandão Monteiro - PDT; Carlos Alberto
Caó - PDT; César Maia - PDT; ClimérioVelloso ..- PMDB; Daso Coimbra - PRN;Doutel de Andrade - PDT; Edmilson Valentim - PC do B; Emani Boldrin - PMDB;Edésio Farias - PDT; Fábio Raunheitti PTB; Feres Nader - PTB; Flavio Palmierda Veiga - PRN; Francisco Dornelles PFL; Jayme Campos - PRN; Jorge Gama- PMDB; Jorge Leite - PMDB; José CarlosCoutinho - PDT; José Luiz de Sá - PL;José Maurício - PDT; Luiz Salomão PDT; Lysâneas Maciel- PDT; Márcio Braga - PDT; Messias Soares - PFL; MiroTeixeira - PDT; Nelson Sabrá - PRN; Osmar Leitão - PFL; Oswaldo Almeida - PL;Paulo Ramos - PDT; Roberto Augusto PTB; Roberto D'Avila - PDT; Roberto ~ef
ferson - PTB; Ronaldo Cezar Coelho PSDB; Rubem Medina - PRN; Sandra Cavalcanti - PFL; Simão Sessim - PFL; Sotero Cunha - PDC; Vivaldo Barbosa - PDT;Vladimir Palmeira - PT.
Minas Gerais
Aécio Neves - PSDB; Aluísio Vasconcelos - PMDB; Álvaro Antônio - PRS;Alysson Paulinelli - PFL; Bonifácio de An-'drada - PDS; Carlos Cotta - PSDB; CarlosMosconi - P5DB; Célio de Castro - PSB;Chico Humberto - PST; ChristÓvam Chiaradia - PFL; Dálton Canabrava - PMDB;Elias Murad - PSDB; Genésio Bernardino- PMDB; Hélio Costa - PRN; HumbertoSouto - PFL; Ibrahim Abi-Ackel - PDS;Israel Pinheiro - PRS; João Paulo - PT;José da Conceição - PRS; José GeraldoPL; José Santana de Vasconcellos - PFL;José Ulísses de Oliveira - PRS; Lael Varella- PFL; Leopoldo Bessone - PMDB; LuizAlberto Rodrigues - PMDB; Luiz LealPMDB; Marcos Lima - PMDB; Mário Assad - PFL; Mário de Oliveira - PRN; Maurício Campos - PL; Mauro Campos PSDB; Melo Freire - PMDB; Milton Lima- PMDB; Milton Reis - PTB; Octávio Elísio - PSDB; Oscar Corrêa - PFL; PauloAlmada - PRN; Paulo Delgado - PT; Raimundo Rezende - PMDB; Raul Belém PRN; Roberto Brant - PRS; Roberto Vital- PRN; Ronaldo Carvalho - PSDB; Ronaro Corrêa - PFL; Rosa Prata - PRS; SauloCoelho - PSDB; Sérgio Naya - PMDB;Sérgio Werneck - PL; Sílvio Abreu - PDT;Virgílio Guimarães - PT; Ziza' Valadares-PSDB.
São Paulo
Adhemar de Barros Filho - PRP; AfifDomingos - PL; Agripino de Oliveira Lima- PFL; Airton Sandoval - PMDB; Antoniocarlos Mendes Thame - PSDB; AntônioPerosa - PSDB; AntÔnio Salim Curiati PDS; Arnaldo Faria de Sá - PRN; ArnoldFioravante - PDS; Bete Mendes - PSDB;Caio Pompeu de Toledo - .PSDB; CardosoAlves - PTB; Cunha Bueno - PDS; DelBosco Amaral - PMDB; Delfim Netto PDS; Dirce Tutu Quadros-PMDB; DoretoCampanari - PMDB; Eduardo Jorge - PT;
Fáoio Feldmann - PSDB; farahulini Júnior- PTB; Fausto Rocha - PRN; FernandoGasparian - PMDB; Florestan Fernandes-PT; Francisco Amaral- PMDB; GeraldoAlckmin Filho - PSDB; Gerson Marcondes- PMDB; Gumercindo Milhomem - PT;Hélio Rosas - PMDB; Irma Passoni - PT;Jayme Paliarin - PTB; João Cunha - PMN;João Herrmann Neto - PSB; João Rezek- PMDB; José Camargo - PFL; José CarlosGrecco - PSDB; José Genoíno - PT; JoséMaria Eymael- PDC; José Serra -- PSDB;Koyu lha - PSDB; Leonel Júlio - PC doB; Luiz Gushiken - PT; Luis Inácio Lulada Silva - PT; Nelson Seixas - PSDB; PauloZarzur - PMDB; Plínio Arruda Sampaio- PT; Ralph Biasi - PMDB; Ricardo Izar-PL; Roberto Rollemberg - PMDB; Rob-son Marinho - PSDB; Samir Achôa PMDB; Sólon Borges dos Reis- PTB;Theodoro Mendes - PMDB; Tidei de Lima- PMDB; Ulysses Guimarães -- PMDB.
Goiás
Aldo Arantes - PC do B; Délio Braz PMDB; Fernando Cunha - PMDB; JallesFontoura - PFL; José Freire - PMDB; JoséGomes - PRN; Lúcia Vânia - PMDB; LuizSoyer - PMDB; Mauro Miranda - PMDB;Naphtali Alves de Souza - PMDB; PedroCanedo - PRN; Roberto Balestra - PDC;Tarzan de Castro - PDT.
Distrito Federal
Francisco Carneiro - PTR; Márcia Kubitschek - PRN.
Mato Grosso
Antero de Barros - PT; Joaquilll Sucena- PTB; Jonas Pinheiro - PFL; Júlio Campos - PFL; Osvaldo Sobrinho - PTB; Percival Muniz - PMDB; Rodrigues Palma PTB; Ubiratan Spinelli - PLP_
Mato Grosso do Sul
Gandi Jamil'- PDT; Ivo Cel,ósimo PMDB; José Elias - PTB; Levy Dias PST; Plínio Martins - PSDB; Rosário Congro Neto - PSDB; Saulo Queiroz -- PSDB;Valter Pereira - PMDB.
Paraná
Airton Cordeiro - PFL; Alarico Abib PMDB; Antônio Ueno - PFL; Basilio Villani - PRN; Borges da Silveira - PDC; DarcyDeitos - PSDB; Ervin Bonkoski - PTB;Euclides Scalco - PSDB; Gilberto Carvalho- PFL; Hélio Duque - PDT; Jacy Scanagatta - PFL; José Carlos Martinez - PRN;José Tavares - PMDB; Jovanni Masini PMDB; Matheus Iensen - PTB; MattosLeão - PMDB; Maurício Fruet - PSDB;Mauricio Nasser - PTB; Max Rosenmann- PRN; Nelton Friedrich - PDT; NilsoSguarezi - PMDB; Osvaldo Macedo PMDB; Paulo Pimentel - PFL; RenatoJohnsson - PRN; Santinho Furtado PMDB; Sérgio Spada - PMDB; TadeuFrança - PDT; Waldyr Pugliesi - PMDB.
Maio de 1990- - Sábac!o 26 575~
S'anta CAtarina
Alexandre Puzyna - PMDB; Antônio~arlo.!; Kondér Reis - PDS; Artenir Werner- PDS; Cláudio Ávila - PFL; Eduardo Moreira - PMDB; Francisco Küster - PSDB;Henrique Córdova -P,PS; Ivo Vanderlinde- PMDB; Luiz Henriqhe - PMDB; Orlando Pacheco - PFL; Renato Vianna PMDB; Ruberval Pilotto - PDS; VictorFontana --.-:. PFL; Vilson Souza - PSDB.
Rio Grande do Sul
Adroaldo Streck - PSDB; Adylson Motta- PDS; Amaury Müller - PDT; Antônio
Britto :- PMDB; Arnaldo Prietô - PFL;Carlos Cardinal - PDT; Darcy Pozza PDS; Erico Pegoraro - PFL; Floriceno Paixão - PDT; Hermes Zaneti - PSDB; Hilário Braun - PMDB; Ibsen Pinheiro PMDB; Irajá Rodrigues - PMDB; Ivo Lech-PMDB; Ivo Mainardi -PMDB; João deDeus Antunes - PDS; Jorge Uequed PSDB; Júlio Costamilan - PMDB; LélioSouza - PMDB; Luís Roberto Ponte PMDB; Mendes Ribeiro - PMDB; Nelsonlobim - PMDB; Osvaldo Bender - PDS;Paulo Mincarone - PTB; Paulo Paim - PT;Rospide Netto - PMDB; Ruy Nedel PSDB; Tarso Genro - PT; Telmo Kirst-
PDS; Vicente Bogo - PSDB; Victor Faccioni-PDS.
Amapá
Eraldo Trindade - PFL; Geovani Borges.,.-PRN.
Roraima
Marluce Pinto - PTB.
o SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas)- Encerro a Sessão, convocando outra paraa próxima segunda-feira, dia 28, às 13i).30min.
ATO DA l'ilESlDtNCI&
])e toafonnldade com. o Requerlmento apresentado pelu Llderanç.. Partldá·rIU, ap!OY&do na _ do cII& D de mlllo, ..ta Presldênc1& dealllD& 00 aellQlntes'8eDhons DeputadO' para Inteerarem a CoJnlu(\o Espeelal d..tlnada a proferlrpárICOr ao Projeto de Le1, u.·.4.OS0ISD, 9ue "dlapÓllOll.re ... poIll1c.. qrlcoIa":
_ Prata
PC lIoB
Aldo Arantes
:rIIDB
11lPLEN'Rll
PST
Chlco Humberto Expedlto _&do
llrul1I&, :li de maio de liDO. - Deputado PaN de Andrade, Prealdente daCAmara doo DeputadOll.
ATO DA PBESIDtNCIA
NOll tumoo do I 2.· do art. 202 do Rellmento Interno. eota _denela deslllna 00 oquInt.. Deput&dOll para Intellr&rem a ComIasAo Especial destinada a, noprazo de quarenta _', prolerlr p«recer /o Propoata de Emenda lo Constttulçlo0.. 1, de 1988. que "institui a pena de morte e di outru proridêncIu", de autorln.do beputado Amoral Netto.
'1'l'l'ULAIlEB IIU1'LENTE11
HIDB
!WúlOBraun
f!o'~~%w Vand..1lndeJoiO ResekJorp VIann&_scua-tPaulo J4acarln1_undoBele:rt.lNrJIll Spoda_Achôt.W_PuaUOII
AIl-· P&Ullneml)IoDfIlO Dal Pró.JOIIU PInheIroWueuo Demu!f1J~
OIYaldo CDelhDVIcl« hotanaV1DlclUl Cansmçlo
-Quo~
J" corloo GreeeoVlolnte BoKoAdnlaIdo 8treekftbIo h!dmanD
Qeraldo P1emlDCItunftlN~.o!oo6 PreIreJoo6 Ta.......Jonnl MuInIJIaria LOcIalfJder BatbooaBalmundo RezendellobIrto 1l.oIIImberIJloopIda NettoBIonllnho Purtado
Lu! vueuaBoricIo PerruJ&Of -.....ttaJaIrIlCerDelroN_llenduJI...... G611:PedrOceoUmRoa&ro Corrta
_undo GaldlnoIoIIIo Bat!IIUGabrlelG_Kaurlc\O Fruet'lItofll J1I&
Bl11Io Abnucristina Ta_Tara.n"de êaâtiO
Anl&Ido MCll'IIQJoio NatalJoo6 Dutra
LeopOldo SOUsa'1'beOdoto Mendes
1moral Nettomil
AIuoIs AlmeidaHarIan G&de1hllJllI6 MeloLtnoSOUsaOnaldo Macedo
.&mold P1......"t1
Roberto Vital
_Canuto
I'L
I'DO
Joo6 Mo.rI& J:;fIllao1 Bori" da BUnIraBrulIIa, 23 de maio de 111DO. - Deputado·.... de ADl!rade, _dente da
C&mara doo Deputadoo.
AVISOSI - l'ropoeIçio apreciada pelu C_Pra&o de S ..-. para apresentaçlo de teeUllO (art, 132, I 2.. do lU.)
PRO.lJ:TO DI!: LI!lÍ 1'1•• 4.:zg-Al811<Do _o Feoral)
nenta do rmpooto sobre Produtoo Industrlallsodoo as &&fdas de _00 automotores, miqulnu, equipamentos, bem como de suas portes e peç.. IOP-.Ci\Wldo destln&d&s lo utl1lZ&çlo nu atlridade. doo Corpos de Bombelro8. em todo oterrltórlo nacional; tendo pnrecereo: da ComIsdo de Constltulçlo e Justiça e deRe<laçlo. pela COD5t1tuclonrJld&de. Jurldlcldade e tecnlca 10llIsl&tn.; e. da comls110 de FlDançQ e Trlbutaçio, pela apronçlo.
Pr&Ill: de 23 • ilt-5-De. •
5754 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
PROJJlTO DE LEI N." '.589-B, DE 1990(Do l'oder Exocutlvo)
D\splle IObre OIS otoUyOl do Exército em tempo de paz; tendo parecere., daComl.Mio de CO<lJtltulçlío o Justiça e de ~daçiio, pela CO<lJtltuclonalldado. jurldlcldado o técnica Ieilslatlya, com Subotltutlyo; o. da Conmsão de Der..a Nacional,pela aprovaçiD. com adOÇio do SubJtltutlyo da Comls!ão de Constltulçio • Juotlça• de ~açio.
Pruo: de H a 10+110
BOla Nomes
15:30 Eduardo Blquolra Compoa
11:00 Paulo!bcUlnl
18:30
17:00
17:30
1.:00
14.:30 Melo ele Borba
15:00 Aldo An.nt..
15:30 Ant6nlo camara
14:00 AblplIPeI_
15:00 Joaualdo Cualcantl
15:30 aeneboldo Correia
14:30 WalI90r ele Luta
15:00 RII7 Nadei
15:30 Dere)' Doltoo
_oRlbelro
llec:reUrio: LuIJ César LIma coata_: 70G8 • 705'l
ll.KLA9AO DÇB DI!lPUTADOS JNSCRl:TO!l NO GRANDE =~:n:MAlO/90
Obr.: CO) - znacnç6eo tranatetldas conronne O art. 82. VI do RoL
Data Dfaã_
.28/5 . :L·-toln.
D - COmSSAO ESPECIAL JNCUlI[llIDA DE APBECIAB O PROJETO DE LEI••·1..../1t. QUI!: "IN8T1TU1 NORMAS GEIl.US DI: PEOTEÇAO A INFANcu. 11
A .JUVENTUDE" J: 01lTll.OS QUE CJU.UI O "ESTATUTO DACRIANÇA 11 DO ADOLESCENTr
Presidente: Depllt&da Sandra Canlcantl - P!'L _ RJ
1." Vlce-P:relldonto: Deputado AIrton Corde1ro - P!'L - Pli/.
1" V~Pruldento:Depulado Arthur dá Ti.YOIa - i'SDB - RJ,! V1co-PrulcàDt.t: Deputado BenedIcto MoIltelro - Pl'B - PA
IUl&tGr: RIta Camata - P!lJ)B - J:S
2:ITULA&EII
PHDB_ Io:oi&--
PROJETO DE LEI N." 2.57o-C/~<Do _ Executivo)
DlspIle lIOllre OI planOI de benefklOl e de euatolo da PrOYldéncla 80cIal • dioutlas proridéncla.s. Tendo parecer..: da Coml.Mio de COMt\tulçio • JnstIça o deRedaçlo. pela constitucionalidade, jurldlcld.do • técnica 1ollisIatlva, com 22 _ondIUlo, pela InconstltUcionalldade doa art&. 29 o 77; da Coml.Mio do 8allde. Plend_ • Assl.st!ncia SocIal. pela aprovaçlío, com subotitutlvo; e, da ComIuio del"lnmças • Trlbutaçio, pela aprovlll;lío. com adOÇio do aUbotltutlvo da ComI&siodo Badde. Prondéncl& • Aasl5Uncla Social; das Emendas n."" 1. 14 o 18. a_lentadas l COIIl1sdO; d.u subemend&a n."- 1. 2, 3, 4. 5, 8. 7 e 9 do Relator' e ~1&
proJudlclalldade dOI ProjebJ& n." Um/89, 2.952189. 98187, 1.057/88, UM/88, 1.912189.2.'m/89. 3,g10l1lll. "-OWll9. 3.700189. 4.100189, 141>/87, U77/M. 2.777/89. 2.558189.2.725/89, 2.880/89 o 3.5111/89. apensados; c.am dociaraçio de ...to do Deputado Joaé_EymaeL
...,'" de 28-5 .. 1!-C-1IO
PROlI:TO DE LEI N! 3.101·CI8t<Do Sr. RaImundo Beoorra>
DlspIle IObre .. oqanIzaçio da 8egurIdade SOCial, institui Plano de CU!ttIO• di outru provIcUndaa. Tondo po.recoroa; da CODll.Mio do CODItItulçio e Justiça• de ~io, pela constltuclona1ldade. com yotu em aopa.1'ado do Deputado Ga5tot>o ltl&h1; da ComlJoio do 8allde, PreYidéncia e AJolsténcl& SOCial, peJa. ~royaçio com substitutivo; o, da Comlssio do FlnAnçu e TrlbutaçAo. peI& aproyaçio. c.am adOÇA0 do aubatltutlvo da Coml.Mio de _e. Pre11déDcla e AaslJ_ SOCIol; das Emendas de n." 1. 4, 5. 7, 10. 11, 15 e 18. aprosentadu 1 ComiIsIo; e, du SubemendM de n.~ 1 & la, do relator.
......: do 28-5 a 1."08-110.
_ Cord.\To - 1'B
CONGRESSO NACIONAL
!Art. 12 do Ato du Dlapoo\ç6eo Constltuc\On&l$ 'l'ranIltórl&al
Jorp AIbqe - PA
BoDodita da Sl!Y& - RJ
[)IOD!sIo Baia - PA
~
_dOllto: Benaclor éhapa ROdrlCUU
VlcO-Proaldoute: senador Alfredo Campoa
Ro1alol': Deputado Gabriel aW!rreiro
luPLENTES
PHDB
Carlo._d..
Jarie Gama
S.....x_Nabor J1lnI0l'
Alt1'Odo Campoa
JofoGK=...
a.briol GuorrelrO
Renatollornanl!
JOIé C_ VueoncelDo
AJcidoo LIma
JOIé GuodN
AlmIr Lanranller de Moraes
Pedro JOIé XIóf\or MattOlo
Charlta CU1'l: Kuo1Ior
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5755
_ para a_taçle •• -.. .. anlepnjdo tia CGmIuio MIsta: do li al1-U-IlI
b _ COMlSSAO ESPECIAL MISTA DESTINADA A. UALIZAJt O EXAMEPEBICIAL DOS ATOS E FATOS GERADORES DO END1VIDAMENTO.
UTE&NO !lB.AS1LEIIW
<Requerimento n.' :m/811-CN)
-co lU.
-CO PA
-CO CE
-CO RA
-CO 1Uf
-SP GO
-CO .MG
-CO MS-CO" PB
-SP II:S
-CO BA.
-CO .Al!
"':'SP as-CO PR-CO ao-CO 81'
-81' PE
-CO RJ
-SP MT
-CO 110
-SP AC
-CO II:S
-CO BC
-SP DO
-SP MO
-CO RB
-SP RA
-CO PR
-CO 81'
-CO
-CO
-CO RB
-SP MA-CO BA-CO BJ-CO IIG-CO BA-SP PI
-SP PA-CO PE-sp. 8Il-CO CE-CO PE-CO PI-CO PE-CO RJ-CO 8C
-CO MG-IIP PI-CO PR-eP se-SI' PR-CO SP-CO DF-CO MS-CO BA-co M'Q
CId C&nalbo
Il<lmI!leoe Junnll
Plrmo de CIItroCleDabaldO Corroia
Hellrlque EdllUdo Alws
IraPui COsl& JÚUlor
1Jrael PInbelro
"I"'Ce_o
Jolo~1no
.1010 Calmoo
3010 Cul.. Ba.celar
Joeé DIItra
Joeé 1'llllaça
Joeé Tay....
LúcIa VlDla
Manoel Morel1'alIanoueto de LavorWrcloBrall&
Márcio Lacerda
lol&Z'COI Llm&
Nabor Jún10r
!'I1der Barbaea
Renato VIanna
!loIlaldo A.rqio
Ronm Tito
Roopldo Netto
RU1 Bacelar
Bantlnho l'urtedo
Tldel de LIma-.....
IP8DII
PraZO: 29-.-91
Dealpaçf.o da C_o: ~-11-8ll
& _ COMlSSAO MISTA DE ORÇAMENTO
_ente: D.plado Cid CuoaIho (l'MD!lIMA)
LO Y!ca-Prooldente: Senador JOio Lobo (l'FLIPI)
J.0 VIee-PreoIdent., Deputado ZJ.. Va!adMoo (PSDBIMO)
1.0 'Y1ce-Preeldmle, Deputado 30eé Lllb _ (PDSIPI)
1'ITULAJlES
D1DB
Amaldo PrIeto
_LobIo_o TInoco
PrancIoco DonIeIleeHum_SOUto.1010 Aly...1010 I.oboJoIollen....JoNJ01'lI'I"LoorIval Bap_LuIs JlarqUM
Oavaldo C~oP_ Landlm
.8alatlel CarYa1boSlmIo SouImVictor Pootana
Aéclo N.ftaCbaIlU RodrIcuaD81'C1 DeIta0Dlroou CarneiroJoeé BlcbaJOIé SerraMarIo do Lourdu Aba<lleSaulo Que1nlc
VIrlIUdúlo de BeunaZlza Veladar..
JO&C1 G6es
Antonio !lrltto_ Achôa
Mlcbo! Temer
llendrá Caul.antl
J:ll...rMOl"el1'aGeraldo Alckmin Pilbo
Jcqo Arb...,
Raquel Ctndfdo
J:I!aa Murad
Gumercindo :HIIhomem
Ant&>lo CAmora
WoldIr Colatto
Jotren J'nJatAnna__
Pellpe JUndeI
<V_I<v_)<v_><v_><v_>OdacIr __
JoR AcrIpIno
Dir<:eu Carneiro
C..loo PatroelnloIburollorps
Roberto C.ImPOlI
c _ COMISSAO MISTA DESTINADA A ELABORAR O PRO.fETO DECóDIGO DE DEFESA DO CONSUlIfIDOR
<Art. 411 do Ato du D1JpooIçõeI CooslItuclonals Transltórlaa)
com\lOld9iePresldento: Benador JOOé Agripino
V1cO-Prooldonte: senador Carlos Patroclnlo
Relator: Deputado Joaci Góes
SODad_ Depúad..
IbnIUetodeLa_ Oowaldo LIma !'Ilho
Al_llaetta IraJi Rodr!Iues.
Bu1 Bacelar ll6rIlO Spoda
W1!IGn Jlart!nI RalmUllclo lleMna
Jcqo BcmhaUlSn I.eur Lomanto
Jb.reoMaclel y"..Demes
DIrceU camoIro
_zanetiJloll9 AbrIo Luis .8alcmlo
ComPQll9io
_te: Deputoclo Jluou Domes
VlI:e-ProoIdente:. senadcr Dir<:eu Carneiro
Rolator: Deputado Iral' Rodrfcuea
11 - COMlilSAO DESTINADA A PROMOVER AS COMEMORAçOES DOeE.'iTEARIO DA nOCLAMAçAO DA ltEPllllLlCA E DA PROCLAlllAÇAO
DA PRIMEIRA CONSTITUlÇAO REPIJJlLICANA DO PAtll
<Art. 13 do Ato du IllsposIçõeI comtItuctooalo Tran4ttórlaal
M!:WlR06 DO PODli:R LEGISLATIVO
senador Jb.reo Maclel
Deputado :J%!<Ilo :I"em>lra LIma
Deputado llonlt'eto de Andrada
:&l!EKBROB DO PODER ·Jt1DIClARIO
.J(lnlatro JOOé Pernando. Dantas (STJI
_ Aldo da Silva Parunde. (STM)__lo PImentel (TST)
IIE!ClR06 DO PODli:R EXECUTIVO
_ JOOé ApVeC!do de Olbel1'a, da CUlt\ll'&
lIlnlItro da JUs~a
8ecretirIo V!rKIUo Pereira Costa, da comIMAo Especial Incumbida de 0rpnIl&çIo • Preienaçlo doo Documento. do Acervo dos Presidentes da República.
<v_><v_>.1010 Lobo
Pompeu de Sousa
Attomo camareo
-.Arnaldo lI«aM~tomu P1Jlto!I.cdrlo C_ NotoWqner.Lqo:Renato BernardI_Dom..AI1IIOI1 Pau1lnell1,Vlcenw li...IbrIllIm, Alll-"'AmaItt7 UUUer .Leonel Jjj)j(t
Maio de 1990
n-CD lU
~
-CD BA
-1IlP 00
-1IlP JlJ
Alulllo BezerraJoUrcIo LacerdaCId CanaIhoAlmIr GabrielRonaldo Arailo:Edlooo t.obioJolo LoboPompeu d.:_rKOiMII,~rio
Ol&TO PIleoJ(lr\o ll&I& '
r - COMISSAO MISTA INetlMBmA DE BEVE& AI! DOAÇllU,tENDAS E CONCEBSllES DE TERRAll I'll1lUCAll
<Arto 11 do Ato dU:DIopooI~ C"""t1tuo1ooa1s '1'r&IlIIt6rIu)
.......... 'l'tt1lL&UB Bepatad..
•• Parecer do :Relator u omendu ...................................U 18-1
'7. ~ Dbcllllllo I 1OtaçIo do porecer U .",Indu a16 1(..1
•• PubIIA:&çio do parecer da Com!SIlo u omendu 28-1
I. Dlltrlbulçlo do Pan!cer dO Relator e do _er do 'l'Ctl' •••••••• a16 111-4
2. Apnoentaçlo, dlIcurdo a YOtaçio dO Parecer dO :Relator 1ll-4
a. Publl~ do Parecer da com1UIo (Projeto de Decreto LeilaI&t1YO) 2~
ol. ~taçIo de 0IUl.0DdU &O PDL •• do 24-4. .. ,-5
I •.PubllA:&çio du _"ndu U-ll
_!ária: HlIda de seua corroa WleduhecJcer
Enda'e9o: SAIa 15 - Anuo II - Clmar. dos Deputada.
Pon": 311·8lI38/8V3D/tllHO (secre~)
223-_ <Presldemo)
311-m111mIJev42/_
( ') Art. 1M. I 2.' da CP.
,. ZOeamtnb'mento ao Conare-o Naclonll
VIa_ Palmeira
_: Or. Luis VUC<ll1Celoa (CO) - 311~
Ilr. J"'" CuIa. J>. 8N1too (BP) _ 311-P1'
~:-.JoJé Richa
JlIra1do Gamu
Ilauro Eorpa
Jamil Haddad
LEI DE DmETlUZEl ORCAMEN'l'AlUAI(ft.N N.· SIM)
I. Z:neam1nbamento do PDL e do Parecer da Cc:x:nWio b eJnendU para aMesa do SOD&do PederaI :.......... :IlI-1
CONTAS DO nzamENT.l!: DA U1'OJIUCA
(KuraIcIo ua)
CRONOG'RAMA
I. LeItura em SesaIo COnjunta 11-4
2. ~buIç1o de Aw1Ioa 11-4
I ••ApRMntaçl6'cil Emendu na CJ!O' 11-4 .. 1-5
ol. Dlltrlbu.lçlo do .._ du emendu 115
I. DbcuuiO I YOtaçIo do projeto a du emendu ap1'OlOl1tadu 10/5 .. 2415
8. hrecU do CMO ao projeto e AI emendu ••••••••••• v •••••·.... •••• :MID
-CD lU-CD PE-CD CE-llP AC-CD Il.T
-CD RS-CD PI-CD PA-CD PI-llP 1('1'
-CD 1'&-CD PE-llP MA-CD 1'&
-CD AM,
-CD Il.T
-1IlP JlT-CD RS
-CD 8P
-CD IIG
-CD lU
-CD IIG
-CD 011:
-81' A1!-CD 00
-CD EA
-CD PI
-81' ex-CD 00-CD n-CD ..KA
-CD 1'&
-1IlP CJ:
-CD se-CD PIl
-CD BB_1IlP 8P
-CD U
-CD I'I
-CD DP_CD ex-CD Im
-ar !lO
-CD lIJ
_CD IIC
-ar 'JlJ'
-CD IIS
-CD. JIJ
-CD 8P
-CD lU
-CD
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
1'111
ceur !hJ&aon.... Patriotat.~ Alclntan.I(lr!o !hJ&JlIro 'l'el:l:eIr&
DarC7PoaaI'II1pe I.IendooJorp ArbapJ'" Luis UaI&Roberto campelO
AwaL7r&Jotran !'zeJa~
J~ QUeIl'ClILe'Q' DIUOdacIrSoarea
Cid llaból& de Carvalho
DéIIo1llu%)Jena1 Gonçal...
B&roldO 1!&b6l&
JOftI1l11 lluIn1
Sl1\I!Q Bene'Oldto
Neuto de ContD
1CI1IOD~
R1I7 Nodel_ GclaIoI
UbIratan AcUIar
Canol llene11d..
nblo Raunl>elttlI.ounalbo:c Nunes _
Joio di Do'"
1IullIo VlUanlJ~ carloa V=ocella.Jolo CuteloReIl&lO JobDMoD
lZOberto D'AYIia
-,busto Rocha
5756 Sábado 26
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5757
0.,_..S&m1rAeMaPeDIndo __ Coelho
1UIIo llcU&nIIllb:Ia Lól:Ia
~DemII
lIWIo DIa&V1lIoD _
~BamOIl41>Iam Porta1aGeraldo 1IuIMeIPaulo J!lnc&roDe
e-poo\Iie
PrelldeI1te: Ilen&dnr Antonio Luis Ma"V1ca-ProIIdente: l!lOnadllt' AJonndre COItaRe1alor: I)eputedo l'ernando _. Coel!IO
(Encerra-se a Sessão às 11 horas e 48minutos.)
_ a ._. fVp ele capltal •• _ ele d1Y11u 110 BruIL
CRIoaIlIÇIo 11.' I, ele 11l1ll-eN)
...._GomeoIrapuan l:;OIta JdnIarNelIon WId_
Juta!J7 Maa&lhlos
Kd1Ion Lob&o
Alexandre COIta
lUrkl CoYu
Antonlo Luis 1le1&
OIeYOPlr..
JOI6 Paulo :BIIoII'fq JWanbio
D~"'~:'1-11-8ll_: 22-1-110
Paulo 81<lnelLuis S""erJOQU P1llhoIroJoeé GuedNJo<p ArIlap
Deputad..
lIúIo LImaOn&Ido MacelloJoio AirilllnoLuIs Alberto Rodr1IUeIEduardo lIonlraJoeé TInocoLula MarqueaDlou!IIo D&\-Pri.llauro C&D1P01J'rancllCo XIIsterArnold P1oraY&DteP1'Y1o RochaBoca7UT& CUnhaBenldlc:to Moate\roJoio Paulo
a'll1'LUl'rl:llRuy BacelarMeira FilhoJcAoMe_ChallU~'Jamll Eraddad
~.cI& eea.-.: 8-11-89
G - comsBOlE1l PARLAMENTABES lIDSTAS DE IN:QWJn'rO1
Del'Jnacl& a In,e&tlpr a atual crlJe flnaDcelra c1&:Pe_..lReIoluçlo Do' 4. ele 19a9-CN)
~
Praldente: I)eputado Joeé Tlnoco
vtoe-Praldentl: Deputado Ilentdlcto lIonte\ro
Relator: Benador Joeé Popça
.......JOI6~FrancIlCo RoIlemberclIaoro 1leneYld...RII7 BacelarOenotl camataNabor J1lnIorJcAo LoboLourIval BaptlltaAlexandre CootalUrIo COYuJOlM! RIchaLourelllbera NWIe& RochaAntonlo Luis lia"llaurlc1oCOtte&Jarbu PUI&l'!nho
~ da C_: 1-11-llII
..... 22-1-10
ATOS DA MESAExoneração
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1·, item I, alínea a, do Ato da Mesa n·119, de30 de março de 1989, resolve concederexoneração, de acordo com o artigo 137, itemI, § 1·, item I, da Resolução n. 67, de 9 demaio de 1962, a Rogério' Coelho Neto, docargo de Assessor Técnico, CD-DAS-102.3,do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, que exercia no Gabinete do Líderdo Partido da Reco:1&trução Nacional, a partir de 21 de maio do corrente ano,
Câmara dos Deputados, 25 de maio de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
Nomeações
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1·, item I, alínea a, do Ato da Mesa n.119, de 30 de março de 1989, resolve nomear,na forma do artigo 103, alínea b, da Resolução n· 67, de 9 de maio de 1962, ADÃOLEITE DE SOUZA, Técnico Legislativo,Classe Especial, ponto n. 898, para exercer,na Coordenação de Administração de Edifícios; do Departamento de Administração, ocargo de Chefe da Seção de Administraçãodo Edifício Principal, CD-DAS-101.1, doQuadro Permanente da Câmara dos Deputados, transformado pelo artigo 3. do Ato daMesa n· 15, de 26 de maio de 1987.
Câmara dos Deputados, 25 de maio de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara ds Deputados.
O Presidente da limara dos Deputados,no uso das atribuiões que lhe confere o artigo1·, item I, alínea a, do Ato da Mesa n. 119,'de30 de marçó de 11J&9~-eõbservado o dispos-
to no artigo 4· da Lei n· 5.901, de 9 de julhode 1973, resolve nomear, na forma do artigo103, alíneab, da Resolução n. 67, de 9 demaio de 1962, AUGUSTO CEZAR DAFONSECA, para exercer, no Gabinete doLíder do Partido da Reconstrução Nacional,o cargo de Assessor Técnico, CD'DAS-I02.3, do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, criado pelo artigo 2.do Ato da Mesa n' 152, de 5 de setembrode 1989.
Câmara dos Deputados, 25 de maio de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuiões que lhe confere o artigo1·, item I, alínea a, do Ato da Mesa n. 119,de 30 de março de 1989, resolve nomear,na forma do artigo 103, alínea b, da Resolução n· 67, de 9 de maio de 1962, IJOANILDE AMÉRICO FERREIRA, ::récnicoLegislativo, Classe 1', ponto n. 2.848, paraexercer, no Serviço de Relações Públicas, ocargo de Chefe da Seção de Cerimonial, CDDAS-I01.1, do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, transformado pelo artigo 3· do Ato da Mesa n· 15, de 26 de maiode 1987.
Câmara dos Deputados, 25 de maio de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
ATAS DAS COMISSÕESCOMISSÃO DE EDUCAÇÃO,
CULTURA E DESPORTO
7' Reunião Ordigária, R~l!I~adaEm 23-5-90 de Maio de 1990
Aos vinte e três dias do mês de maio doano de mil novecentos e noventa, às dez horas, na Sala Quinze do Anexo II da Câmara
dos Deputados, reuniu-se a Comissão deEducação, Cultura e Desporto, presentes ossenhores Deputados Carlos Sant'Anna, Presidente; 'Antonio de Jesus e 'Álvaro Valle,Vice-Presidentes; Fausto Fernandes, JorgeHage, Celso Dourado, Hermes Zaneti, SólonBorges dos Reis, Délio Braz, Lídice da Mata,Eraldo Tinoco, José Queiroz, Ãtila Lira, Octávio Elísio, Djenal Gonçalves, UbiratanAguiar, Geovani Borges, Bezerra de Melo,Adhemar de Barros Filho, Sandra Cavalcanti, Ziza Valadares, Bete Mendes, MaguitoVilela, Oswaldo Coelho, Paulo Delgado, Plínio Martins e João Alves. ATA: Abertos ostrabalhos, sob a presidência do DeputadoCarlos Sant'Anna, a secretária procedeu àleitura da ata da reunião anterior, que foiaprovada sem restrições. EXPEDIENTE: OSI. Presidente deu conhecimento ao Plenáriode ofício do Centro de Educação Paulo Freire, de Ceilândia, informando sobre a realiza~
ção do I ENCONTRO PRÓ-ALFABETIZAÇÃO DE CEILÂNDIA, nos pr6ximosdias 26 e 27 de maio, e convidando o Presidente da .comissão de Educação, Cultura eDesportos para compor a Mesa dos Trabalhos que avaliará os resultados do encontro,no dia 27, domingo. Comunicou, ainda, orecebimento do documento elaborado peloFóruql Nacional em Defesa da Escola Públicana LDB, distribuído aos presentes. ORDEMDO DIA: 1) PROJETO DELE! N.1.258/88,do Sr. Octávio Elísio, que "fixa diretrizese bases da Educação Nacional". O SI. Pre!iidente prestou os esclarecimentos sobre a metodologia da discussão e votação dos destaques à proposta do Relator, na forma do seu2· Substitutivo, observadas as normas de procedimento aprovadas e adotadas pela Comissão, na reunião do último dia 9 de maio.Em seguida, o SI. Preside1]te anunciou quea votação da proposta do Relator seria feita
5758 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
em globo, ressalvados os destaques. Passoua palavra ao Deputado Jorge Hage para, rtaqualidade de Relatár, a encaminhar à votação de sua proposta. Em seguida, para encaminhar contrariamente, falou a DeputadaSandra Cavalcanti. Em votação, aprovada aproposta do Relator, contra os votos dos Srs.Deputados Sandra Cavalcanti, Bezerra deMelo, Sólon Borges dos Reis, Fausto Fernandes, Délio Braz e Oswaldo Coelho. O Sr.Presidente anunciou a votação dos destaquespor Capítulo. Ao Capítulo I foram apresentados Os destaques, de números 068, 404 e285, pelos Deputados Átila Lira, Eraldo Tinoco e Florestan Fernandes. Anunciada a votação do desatque 068, não se encontravano plenário da Comissão o seu Autor, Deputado Átila Lira. PrejuClicado o destaque. Passou-se à votação dos destaques seguintes, den'" 404 e 285, ocasião em que 'â Senhora Deputada Sandra Cavalcanti, fazendo uso da palavra, esclllIeceu que os dois dispositivos secomplementavam e que, em razão disso, seacordo houvesse, poderia originar novo texto, espelhando o pensamento da Comissão.O Senhor Presidente, com anuência dos autores, relator e demais membros, suspendeu'por dois minutos a reunião, a fim de quese processassem as alterações. Reiniciados ostrabalhos, foi lido o novo texto, oriundo dafusão dos pestaques de n'S 404 e 285, aprovado pOr unanimidade e incorporado aoSubstitutivo do Deputado Jorge Hage. Passou-se à votação do Capítulo lI, ao qual fo
,ram apresentados os destaques n's 410, retirado pelo autor, 177, aprovado unanimementee incorporado ao texto do Substitutivo, e 408,820, 983, 406 e 984, os quais, também, porsugestão da Deputada Sandra Cavalcanti, foram rewjdos em novo texto, após anuênciado Plen~o de suspensão da ruenião. O Senhor Presidente, reabrindo a reunião, solicitou ao ~Iatorque passasse à leitura da fusãos destaques. Em votação, foi o texto aprovado por uminimidade e incorporado ao textodo Substitutivo. Pelo entendimento havidoentre os presentes, foi marcada urna reuniãopara as 15h30min, com a presença do Relatore os autores dos destaques apresentados aoscapítulos UJ e IV, com o objetivo de examinar o que foi proposto para se chegar a urnaredação de consenso. O resultado dessa reunião será levado ao conhecimento dos membros pre~ntes na reunião da Comissão de~, feira, c!ia 24 de maio, para sua discussãoe votação. Esta metodologia de trabalho,com [ell!1iões prévias entre os autores dosdestaques, o Relator e demais membros quedesejem lklas participar, deverá prevalecer"ara os Capítulos subseqüentes, conformefuanifest!\Ção dt> Plenário, neste sentido. Antes de ençerrar a reunião, o Sr. Presidentelembrou aos presentes a realização de reunião ordiIU\ria, convocada para amanhã, dia24, às 10 horas.' As votações, os debates eas interpelações, com os devidos esclareci~ntos, foram gravados e, após taquigrafa-'dOll, tradu:?:idos e datilografados passarão afazer p@rte integrante desta A~a. ENCER~.NTO: Nada mais havendo a tratar,
às 12h40min, foi encerrada a reunião e, paraconstar, eu Jussara Maria Goulart Brasil deAraújo; Secretária, lavrei a presente Ataque, lida, discutida e aprovada, será assinadapelo Sr. Presidente e publicada no Diário doCongresso Nacional.
COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES4' Reunião (ordinária), realizada
em 9 de maio de 1990
Às dez horas e cinqüenta minutos do dianove de maio de mil novecentos e noventa,reuniu-se a Comissão de Relações Exterioresem sala própria do Anexo II da Câmara dosDeputados, sob a Presidência da Senhora Deputada Márcia Kubitschek. Presentes os Senhores Deputados Daso Coimbra, AntonioMariz e Enoc Vieira, Vice-Presidentes; Francisco Benjamim, João de Deus Antunes,Aloysio Chaves, Claudio Ávila"Eduardo Siqueira Campos. Virgildásio de ,Senna, JesusTajra, Maria de Lourdes Al9ad~~p,gídIDFerreira Lima, Adylson Mottti, ~t'tSnioCâmara, Bocayuva Cunha, M;1rcos LIma, Francisco Diógenes, Leur Lomanto, Aluizio Campos eRoberto úÁvila, membros titular; Matheus Iesen, Vinicus Cansanção, Sólon Borges dos Reis, Virgílio Guimarães, Mauro Miranda, Domingos Leonelli, Walmor de Lucae Moema são Thiago membros suplentes; e,ainda, Luiz Eduardo e Salatiel Carvalho. Havendo número regimental, a Senhora Presidente declarou aberta a reunião. I - ATA:Por solicitação do senhor Deputado Francisco Benjamim, foi dispensada a leitura da Atada reunião anterior, urna vez que dela haviasido distribuída cópia. Submetida a votos, foia mesma, sem restrições, aprovada por unanimidade. II - EXPEDIENTE: A SenhoraPresidente comunicou o recebimento da se~uinte coorrespondência: 1) do Senhor Líderdo PMDB, comunicando a indicação do noo Luiz Viana Neto para integrar, como membro titular, esta Comissão, em substituiçãoao Deputado Lélio Souza; 2) do Senhor Líderdo PMDB, comunicando a indicação do Deputado Osmir Lima para integrar esta Comissão, corno titular, em substituição ao Deputado Luiz Viana Neto; 3) Ofício do ChancelerFrancisco Rezek, encaminhando cópia de documentos relativos à 7' Reunião de Consultae Concertação Política do Grupo do Rio, realizada nos dias 29 e 30 de março último, noMéxico. 4) Ofício do chanceler Francisco Rezek, informando sua participação, no períodode 9 a -12 de abril último, em eventos realizados em Londres, Dublin e Budapeste; bemcorno encaminhando cópia do seu relatóriode viagem, da intervenção sobre entorpecentes que apresentou na Conferência Mundialsobre Drogas, em Londres, e de discurso queproferiu na Reunião de Chanceleres da Europa do Leste com o grupo do Rio, em Budapeste. Terminada a leitura dó Expediente,a Senhora Presidente comunicou que seriaminseridos na Ordem do Dia da próxima reuni,ão, para exame pela Comissão, os 'documentos encaminhados pelo Ministro Francis-.co Rezek. III - MAtÉRIA DISTRIBUÍ-
Df\: A Senhora PreSidente comunicou haverredistribuído a seguinte matéria: ao SenhorDeputado Osmir Lima, a Mensagem n" 12,de 1990. IV - ORDEM DO DIA: 1) MENSAGEM N" 187/90 - "Submete à consideração do Congresso Nacional o texto doAcordo sobre suas obrigações, direitos e privilégios em território brasileiro, celebradoentre o Governo da República Federativa doBrasil e o Centro Latino-Americano de Física, em Brasília, a 15 de dezembro de 1989".Autor: PODER EXECUTIVO, Relator:Deputado ANTONIO MARIZ. parecer: favorável, nos termos do Projeto de DecretoLegislativo que apresenta. Sem discussão, foiaprovado por unanimidade o parecer do Relator. A matéria será encaminhada à Secretaria-Gerai da Mesa. Estando ausente o Relator da matéria constante do item 2 da pauta,foi a mesma retirada da Ordem do Dia. 3)PROJETO DE LEI N" 2.376/89 - "Proíb~
a Companhia Sul-Africana de Navegação Aé~rea de operar no País e dá outras providências". Autor: Deputado LUIZ GUSHIKEN,Relatora: Deputada MARIA DE LOURDES ABADIA, parecer: contrário. Discutiram o parecer os Senhores Deputados Aloysio Chaves, Antonio Mariz, Egídio FerreiraLima e Francisco Benjamim. Submetido avotos, foi aprovado o.parecer contrário daRelatora, contra os votos dos Deputados Antonio Mariz e Virgílio Guimarães. A matériaserá encaminhada à Coordenação de Comissões Permanentes. 4) REQUERIMENTO N"CRE-02/90 - "Requer seja encaminhadaMensagem ao Presidente do Soviete Supremo da Lituânia". Autor: Deputado JOÃOHERMANN NETO, Relator: DeputadoBOCAYUVA CUNHA, parecer: pela transformação 'da proposta do Autor em Mensagem da Comissão de Relações Exteriroes,com outra redação. Discutiram a matéria osDeputados Virgílio Guimarães, Virgildásiode Senna, Domingos Leonelli, Francisco'Benjamim e Adylson Motta. Submetido a votos, foi aprovado o parecer do Relator, comaditamento proposto pelo Deputado Francisco Benjamim no sentido de que a mensagem seja estendida aos Parlamentos da Estônia e da Letônia. A matéria foi, então, devolvida ao Relator, para a redação do novo texto, Nos termos regimentais, a Senhora Presi-dente passou a presidência dos trabalhos aoVice-Presidente Deputado Antônio Mariz,por ser autora da próxima matéria a ser apreciada. 5) REQUERIMENTO N' CRE-04/90- "Requer a realização de Seminário sobrea Experiência Britânica em Privatização, com.a participação da Embaixada da Grã-Bretanha em Brasília". Autora: Deputada MárciaKubitschek. Discutiram a matéria os Senho-.\res Deputados Jesus Tajra, Aloysio Chaves,JVirgílio Guimarães, Francisco BenjamiLl(,Adylson Motta, Maria de Lourdes Abadiae Domingos Leonelli. Submetido a votos. foiaprovado por unanimidade o Requerime'nto,decisão que será comunicada por ofício aoPresidente da Câmara dos Deputados. Nestemomento a Senhora Presidente reassumiu aPresidência dos Trabalhos. 6) RELATÓRIO
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5759
FINAL DA SUBCOMISSÃO ESPECIALPARA A AMÉRICA LATINA DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES.Discutiram o Relatório os Senhores Deputados Francisco Benjamim, Bocayuva Cunhae Virgildásio de Senna. Submetido a· votos,foi o Relatório aprovado por unanimidade.A Presidente incumbiu o Senhor DeputadoDomingos Leonelli de elaborar as propostaslegislativas sugeridas no Relatório ora aprovado. Encerrada rimatéria constante da pauta, foram apreciadas, nos termos do IncisoV do Ato da Mesa n" 177/89, as seguintesmatérias: 7) Devolução de vista, pelo DeputadoFrancisco Benjamim, do PROJETO DELEIN" 1.493/89 - "estabelece condições para a realização do pagamento da dívida externa e dá outras providências" (Em anexo osPLn'" 1.578/89 e 3.580/89). Autor: DeputadoIRAJÁ RODRfGUES, Relator: DeputadoBOCAYUVA CUNHA, parecer: favorável,nos termos de Substitutivo (apresentado em.30~8-90). Voto: pelo comparecimento da Ministra' Zélia Cardoso de Melo e dQ Em~ai
x.ador Jório Dauster para, perante este órgãotécnico, debaterem o tema da Dívida Externado Brasil. Sem discussão, foi aprovado porunanimidade o .voto do Depulado FranciscoBenjamim, fic~ndo adiada a apreciação doParecer do Rellltor. 8) Requerimento verbaldo Deputado \)rgildásio de Senna, no sentido da.transcrição na Ata da presente reuniãoda intervenção feita pelo Ministro FranciscoRezek a propósito de decisão da SupremaCorte norte-americana sobre a aplicação extra-territorial de leis internas. Colocado emvotação, foi o requerimento aprovado, porunanimidatle. Eis o teor do documento: "Muchas gtacias, Canciller Solana. Este es un comentaria sobre la nota divulgada por el gobierno mexkano en referencia a una decisionrçciente de la Suprema Corte de los EstadosUnidos de America en el caso de un ciudadano mexicano; Verdugo Urquides. Tuve laoportunidad ayer por la noche de leer estanota, y debo expresar aI eminente colega quecomparto la aprehension que el texto refleja.'No pude ,tener accesso ai propio acuerdo deitribunao estadounidense, pero lo que ~e plantea en 'la nota como descripcio sumaria delo que se virtioh en el tribunal, en el menorde los casos causa preocupacion. Senhorescancilleres, antigua es la cuestion de' saberen que medida es valida ante un tribunal,cualquiera que sea, la secuencia de un proceso siempre y cuarido' el acusado esteh presente despues de 'haber sido llevado por unprocedimiento en si mismo ilegal, por unavia de hecho. En 1569, los tribunales ingle~e~
se enfrentaron aI proceso de John Story, quenabia sido el primer profesor de Derecho Civil en Oxford y que se indispuso conel regimen isabelino por cuestiones de indole regiIliosa..Fue aprehendido por agentes inglesesen la ciudad de Antwerp, que entonce~ e~taba
bajo la sOberania espanola. y llevado c1andesnglaterra donded fue juzgado y condenadopor alta traicion. En ese. momento. ante laprotesta de Espana. el tribuna ingles lanzohIa tesis de que no es cierto '1ue una casa de
justicia, teniendo' ante si a aIguien que esblanco de una acusacion de indoIe criminal,deje de ejercer la jurisdiccion bajo el argumento de que la presencia deI acusado enel tribunal resulta una ilegalidad. Es una situacion semejante a la que se produjo enInglaterra en el siglo XIX en el caso de SusanaScott. EI caso Martinez involucroh en 1906a los Estados Unidos y a Mexico: los tribunales estadounidenses, teniendo ante si aiacusado Martinez que habia sido lIevado demanera ilegal por otro ciudadano mexicano,ejercieron jurisdiccion en su contra, pero reconocieron los aspectos ilegales de este actoy su autor fue extraditado a solicitud de Mexico por la accion policiaca internacional, fuera de los terminos de la ley. Situaciones semejantes ocurrieron en los anos 60, el caso deAdolf Eichman precisamente en 1960, y en1963 el caso deI Coronel Antoine Argoud.que era buscado por la policia de seguridadfrancesa y estaba asilado en Alemania. Unamanana, aparecioh en el centro de Paris,amarrado y amordazado dentro de un vehiculo. En circunstancias en donde quedoh claroque aquello era obra de la policia de seguridad francesa. EI tribunal entendioh que debia, de cualquier manera, ojercer jurisdiccionen contra deI Coronel Argoud, aunque declarara los aspectos ilegales de esta medida porla cuaI el acusado habia sido llevado antelos tribunales. Mientras tanto, si bien es verdad que la jurisprudencia en diversos paisesconverge en el sentido de que un tribunalno estah obligado a dejar de ejercer jurisdic·cion sobre una persona que tiene serias acusaciones en su contra por el hecho de que suarresto se haya llevado a cabo ~I1 forma ilegal,no es menos cierto que.la accion' policiacainternacional esunaflagrante ilegalidad, excepto. cuando el estado territorial brinda suconcenso. En efecto, existen entendimientosinternacionalesque permiten alguna formade presencia; ya se a de autoridad judicialo de otra indole, en territorio ajeno, perosiempre con base expresa de consentimiento.Excluida la perspectiva deI consentimientodeI estado territorial, la accion policiaca extranjera agrede'normas elementales de derecho internacional consuetudinario, y esto estah aI alcance de cualquier estudioso de ladisciplina en sus primeira lienas. Lo que meparecioh algo atemorizante, en esta descripcion dei acuerdo en el tribunal estadounidense, es el hecho de que se parece avalarque estas acciones solo estaban restringidasa traves de entendimientos diplomatico's ytratados., Lo que una decison de esta naturaleza parece ignorar olimpicamente es d hecho de que no es necesario que exista ninguntratado bilateral entre dos paises para quese aplique una de las mas antiguas y solidasregias dei drecho internacional general - yque no es solamente una regIa consuetudinaria sino un principio general dei derecho:la soberana territorial y la exclusividad deIejercicio de la jurisdiccion que cada estadotiene sobre su territorio. Lo que mas me causa
,aprehension es el hecho de que esto de ciertamanera viene como secuela, acto final de un
proceso de erosion de] prestigio de] derechointernacional publico, 'en el ambito de unapotencia de primeira grandeza. Hace algunosanos, el tribunal internacional de justicia enfrentoh una de las situaciones mas amargasde sua historia cuando vio rechazada, su jurisdiccion por los EUA en el momento en queNicargua instauroh contra quel pais un proceso respecto a actividades militares y paramilitares en su territorio. Aquel pais, que firmaba la clausula facultativa de jursdiccion obligatoria, no podia hacer a un lado la obligacionde comparecer. En ese momento, ilustres juristas norteamericanos, entre eIIos ThomasFranck, se manifestaran perlejos y preguntaron si aqueIlo no era el rompimiento deüna postura traidicional estadounidense depreservacion de la paz a traves deI primadodeI derecho. Esto significa que, incluso paraaquellas personas que creian que hasta aquelmomento de su historia los E.U. estabanpracticando la politica de paz a traves de derecho y el respeto por el primado de la normajuridica, ai rehusar se a la jurisdicion dei tribunal en este caso Nicaragua, el pais estabarompiendo con aqueIla tradicion. Otros episadios en los ultimas anos parecieron validaraqueIla postura de menor atencion aI derechointernacional. Esto provenia dei gobierno estadounidense o dei congresso de E.U., depoderes politicos deI estado, dependientesdeI voto popular. En un momento singularisimo de la historia de aquel pais en quesectores vastos de la opinion publica parecian 'avalar la actitud de governantes um poco menos de votos °del derecho y mas propensosa una politica de energia. Las cosas se hacenparticularmente duras de entender cuandovemos que el Tribunal Supremo, factor tradicional de equilíbrio, necesariamente comprometido con el primado deI derecho, pareceasumir igual camino. Hay aqui una abstraccion, que mucho me impresiona, de la circunstancia de que la soberania territorial esun valor protegido por normas consuetunarias, traduzidas hoy en principias generalesde derecho internacional publico. La soberania territorial de cada estado no dependeabsolutamente de que exista un entendimiento bilateriaI. donde dos estados se digna: respetare tu territorio y respetaras el mio. Megustaria pues manifestar, con la discrecionque el caracter cerF41do de nuestro encuentropermite, que comparto de manera cabal asapreensiones que el Gobierno Mexicano manifiesta en esta nota. Tengo la certeza de queen todas las partes y muy especialmente enlos foros de pensamiento juridico de los E.U.esta aprension tambien existe. En consecuncia, de aqui se desprende tambien la certezade que a cortisimo plazo no faltaran, inclusoén territorio estadounidense, analisis de estadeciston dei tribunal, Bajo una critica severade lo que esto significa y de aquello a lo queesto puede dar origen. No queria dejar pasarla ocasiono despues de leer la nota anoche,de manifestar mi solidaridad con las preocupaciones mexicanas y mi sorpresa ante la decision y sus posibles consecuencias. Muchasgrácias." 9) Requerimento ve.rbal do Senho~
5760 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
Deputado Virgílio Guimarães, no. sentido deque a Comissão ouça, de maneira informal,representantes das Organizações Camponensas da Amércia Latina e África, que se encontram na Casa. Colocado em votação, foi orequerimento aprovado por unanimidade.10) Requerimento verbal do Senhor Deputado Adylson Motta, no sentido de que sejaconvidado o Embaixador do México no Brasilpara falar sobre a Dívida Externa mexicana.Discutiram o Requerimento os Senhores Deputados Bocayuva Cunha e Virgild'ásio de Senna. Ao final, foi aprovado por unanimidadeo apresentado pelo Deputado Bocayuva Cunha de que o Embaixador aborde tambéma atuação do Copal (Congresso das Organizações Partidárias da América Latina). Encerrada a Ordem do Dia, solicitou a palavrao Senhor Deputado Domingos Leonelli paraenaltecer a atitude do Chanceler FranciscoRezek de encaminhar a este órgão técnicoinformações e relatório sobre sua participaçãó em eventos internacionais. A SenhoraPresidente, em nome da Mesa da Comissão,endossou as palavras de Sua Excelência. Antes de encerrar a reunião, a Presidência comunicou aos presentes que os representantesdas Organizações Camponesas da Guatemala, Senhor Frederico Gomes, do Uruguai, Senhor Walter Diaz, e do Peru, Sr. Juan RojasVargas, se encontravam no recinto da Comissão. Nada mais havendo atratar, a SenhoraPresidente encerrou a reunião às treze horase dez minutos. E, para constar, eu Regina"Beatriz Ribas Mariz·, Secretária, lavrei a presente Ata que, após lida e aprovada, seráassinada pela Senhora Presidente e publicadano Diário do Congresso Nacional. - Deputada Márcia Kubitschek, Presidente.
DISTRIBUIÇÃO DE PROJETOSCOMISSÃO DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA,
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
Distribuição n" 008/90 Efetuada pelo Senhor Presidente, Deputado ANTÓNIOBRITIO
Em 22-5-90Ao Senhor Deputado ÂNGELO MAGA
LHÃES:1:.- Mensagem n' 299/90 - Submete à
apreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada, para executar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão sonoraem freqüência modulada, com fins exclusivamente educativos, na cidade de Barbacena,Estado de Minas Gerais.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado ANTÓNIO GASPAR:
2 - Mensagem n" 274/90 - Submete àapreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádio Saiamanca FMLtda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, serviço-
de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Quaraí, Estado do RioGrande do Sul.
Autor: Poder Executivo.
3 - Mensagém n" 293/90 - Submete àapreciação do Congresso Nacional o ato que,outorga permissão à Rádio Mostardas Ltda.,para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos,sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média de âmbitolocal, na cidade de Mostardas, Estado do RioGrande do Sul.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado ANTÓNIO SALIMCURIATI:
4 - Mensagem n' 289/90 - Submete áapreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Líder Rádio e TelevisãoLtda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez),anos, sem direito de exclusividade, serviçode radiódifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Uberlândia, Estado deMinas Gerais.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado ÁTILA LIRA:5 - Mensagem n' 295/90 - Submete à
apreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Prata FM S/C Ltda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, semdireito de exclusividade, serviço de rádiodifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Águas da Prata, Estado de São Paulo.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado DOMINGOS JUVENIL:
6 - Mensagem n' 284/90 - Submete àapreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Organização Rádio Difusão de Cesário Lange Ltda., para explorar,pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão sonoraem freqüência modulada, na cidade de Cesário Lange, Estado de São Paulo.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado ELIEL RODRIGUES:
7 - Projeto de Decreto Legislativo n'184/90 - Aprova o texto do Acordo celebrado em Brasília, no dia 15 de dezembrode 1989, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Centro Latino-Americanode Fí~ica sobre sua~ Obrigações, Direitos ePrivilégios em Território Brasileiro.
Autor: Comissão de Relações Exteriores.
8 - Mensagem n' 282/90 - Submete àapreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádio Stéreo FM LagoaSanta Ltda., para explorar, pelo prazo de10 (dez) anos, sem direito de exclusividade,serviço dç radiodifusão sonora em freqüênciamodulada, na cidade de Lagoa Santa, Estadode Minas Gerais.
Autor: Poder Executivo.
9 -Mensagem n' 277/90 - Submete àapreciação do Co~gresso Nacional os atos"que outorgam permissão à Omega Rádio Difusão S/C Ltda., e à Kiss.TelecomunicaçõesLtda., para explorarl?m, pelo prazo de 10(dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüênciamodulada, na cidade de Arujá, Estado deSão Paulo.
Autor: Poder Executivo.
10 - Mensagem n' 281/90 - Submete àapreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádio Paranda Ltda.,para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos,sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada,na cidade de Man1ia; Estado de São Paulo.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado ERICO PEGORARO:
11 - Mensagem n' 279/90 - Submete àapreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádio Modelo Ltda.,para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos,sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média de âmbitolocal, na cidade de Modelo, Estado de SantaCatarina.
Autor: Poder Executivo.
12 - Mensagem n' 283/90 - Submete àapreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádio Vizinhança FMLtda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em freqüênci~modulada, na cidade de Dois Vizinhos, Estado doParaná.
Autor: Poder Executivo.
A~ Senhor Deputado FERNANDO CUNHA:
13 - Mensagem n' 294/90 - Submete àapreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Fundação Cultural Riograndense, para explorar pelo prazo de 10(dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüênciamodulada, na cidatle de Vacaria, Estado doRio Grande do Sul.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado HÉLIO COSTA:14 - Mensagem n' 292/90 - Submete à
apreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádio Campos Dourados FM Ltda., para explorar pelo prazo de10 (dez) anos, sem direito de exclusividade,.serviço de radiodifusão sonora em freqüênciamodulada, na cidade de Medianeira, Estadodo Paraná.
Autór: Poder Executivo.
A Senhora Deputada IRMA PASSONI:15 - Mensagem.n' 285/90 Submete à apre
ciação do Congresso Nacional o ato que outorga permissão à Rádio Morro Verde Ltda.,para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos~
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5761
sem direito' de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média de âmbitolocal, na cidade de Mairi, Estado da Bahia.
, Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado JOSÉ CARLOSMARTINEZ:
16 - Projeto de Lei n' 8.582/86 - DisCiplina o'uso de caracteres nas publicações obrigatórias.
Autor: Senado Federal.
Ao Senhor deputado KOYU IHA:17 - Mensagem n' 275/90 - Submete à
apreCiação do Congresso NaCional o ato queoutorga permissão à Rádio Regional dos Lagos Ltda., para explorar, pelo prazo de 10(dez) anos, sem direito de exclusivade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na Cidade de Patrocínio, Estado deMinas Gerais.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado LEOMAR QUINTANILHA.
18 - Mensagem n' 273/90 - Submete àapreCiação do Congresso NaCional o ato que
'outorga permissão à Organização AmaralGurgel de Radiodifusão S/C Ltda., para expIorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem diteito de exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em freqüênCia modulada, na Cidadede Araraquara, Estado de São Paulo.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado LYSÂNEAS MACIEL:
19 - Mensagem n' 296/90 - Submete àapreCiação do Congresso NaCional o ato queoutorga permissão à Rádio CaCique de CapãoBonito Ltda., para explorar, pelo prazo de10 (dez) anos, sem direito de exclusividadeserviço de radiodifusão sonora em freqüênCiamodulada, na Cidade de Capão Bonito, Estado de São Paulo.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado MAURÍCIOFRUET:
20 - Mensagem n' 278/90 - Submete àapreciação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádiodifusão Broto daSerra Ltda., para explorar, pelo prazo de 10(dez) anos, sem direito de exclusividade, ,serviço de radiodifusão sonora em freqüênCiamodulada, na cidade de David Canabarro,Estado do Rio Grande do Sul.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado MAU'RILIO FERREIRALIMA:
21 - Mensagem n' 276/90 - Submete àapreCiação do Congresso NaCional o ato queoutorga permissão à Rádio a Voz de SãoPedro Ltda., para explorar, pelo prazo de 10(dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüênciamodulada, na cidade de São Pedro, Estadode São Paulo.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado NELSON SEIXAS:22-Mensagem n9 287/90 - Submete à
apreCiação do Congresso NaCional o ato queoutorga permissão à Rádio Alterosa de Bras6polis Ltda., para explorar, pelo prazo de10 (dez) anos, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora em freqüênciamodulada, na Cidade de Brasópolis, Estadode Minas Gerais.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado PAULO DELGADO:
23 - Mensagem n' 290/90 - Submete àapreCiação do Congresso NaCional o ato queoutorga permissão à Rádio Cidade de BastosLtda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividadé; serviçode radiodifusão sonora em freqüênCia modulada, na cidade de Bastos, Estado de SãoPaulo.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado PEDRO CEOLIN:24 - Mensagem n' 286/90 - Submete à
apreCiação do Congresso NaCional o ato queoutorga permissão à Rádio Cidade de Cabreúva Ltda., para explorar, pelo prazo de10 (dez) anos, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora em onda média de âmbito local, na Cidade de Cabreúva,Estado de São Paulo.
Autor: Poder Executivo.
25 - Mensagem n° 291190 - Submete àapreCiação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádio Clube de !tapiraLtda. ,para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em freqüênCia modulada, na Cidade de !tapira, Estado de SãoPaulo.
Autor: Poder Executivo.
26 - Mensagem n' 300/90 - Submete àapreCiação do Congresso NaCional o ato querenova de acordo com o art. 33, § 3°, daLei 094.117, de 27 de agosto de 1962, por10 (dez) anos, a partir de 7 de agosto de1988, a permissão outorgada à Rádio Clubede Pernambuco S/A., através da portaria n'293, de oito de dezembro de 1984, para explorar, na cidade de ReCife, Estado de Pernambuco, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado VIVALDO BARBOSA:
27 - Mensagem n' 270/90 - Submete àapreciação do Congresso NaCional o ato queoutorga permissão à Organização,de Radiodifusão Trevisan Ltda., para explorar, peloprazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora emfreqüência modulada, na Cidade de Pirassununga, Estado de São Paulo.
Autor: Poder Executivo.
28 - Mensagem n' 280/90 - Submete àapreCiação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádio FM 103 Ltda.,para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos,sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüênCia modulada,na Cidade de Maravilha, Estado de Santa Catarina.
Autor: ,Poder Executivo.
29 - Mensagem n' 288/90 - Submete àapreCiação do Congresso Nacional o ato queoutorga permissão à Rádio Jovem Pira Ltda.,para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos,sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em freqüência modulada,na cidade de Pirazaia, Estado de São Paulo.
Autor: Poder Executivo.'Brasília, 25 de maio de 1990. - Delzuite
Macêdo Avelar do Valle, Secretária.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA E DE REDAÇÃO
O Deputado THEODORO MENDES,Presidente da Comissão de
Constituição e Justiça ede Redação, fez a
seguinte distribuição
Em 24-5-90Ao Senhor Deputado JOÃO NATAL:Proposta de Emenda à Constituição n'
44/90 - do Sr. Leopoldo Souza - que "incluiinciso no artigo 109 da Constituição Federal"
Ao Senhor Deputado JOSÉ DUTRA:Projeto de Lei Complementar n' 163/89
do Sr. Rodrigues Palma - que "dispõe sobrea composição territorial da Amazônia paraefeito da política de desenvolvimento, promovida pela União".
Ao Senhor Deputado OSVALDO MACEDO:
Projeto de Lei n' 5.020/90 - do Sr. LézioSatbler - que "dispõe sobre eleições municipais no ano de 1990".
Sala da Comissão, 24 de maio de 1990.- Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.
Em 25-5-90Ao Senhor Deputado AGASSIS ALMEI
DA:Emendas Oferecidas em Plenário ao Proje
to de Lei n' 3.378-A/89, que "dispõe sobrea regularização na administração pública dasituação dos servidores desviados de funçãoe dá outras providências".
Ao Senhor Deputado ALDO ARANTES:Emendas Oferecidas em Plenário ao Proje·
to de Lei n' 1.326-A/88, que "regulamentao disposto no, inCiso XVI da Constituição,sobre remuneração do serviço extraordinário".
Ao Senhor Deputado ANTÔNIO DE JESUS:
Projeto de Lei n' 4.368/89 - do Sr. Henri·que Eduardo Alves - que "dispõe sobre aescolha dos juízes classistas nas Juntas deConciliação e Julgamento, na forma do art.116, parágrafo único, da Constituição Federal".
5762 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990
Projeto de Lei n"4.718/90-daSr' CristinaTavares - que "submete a plebiscito a novaredação do art. 128 do Decreto-Lei n' 2.848,de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,que dispõe sobre o aborto médico".
Ao Senhor Deputado EVALDO GONÇALVES:
Emenda Oferecida em Plenário ao Projetode Lei n' 1.250-A/88, que "considera contravenção penal a venda de fogos de artifícioa menores de 14 anos de idade".
Ao Senhor Deputado IBRAHIM ABIACKEL:
Emendas Oferecidas em Plenário ao Projeto de Lei n" 3.407-A/89, que "dispõe sobreo porte de armas curtas pelos motoristas decargas autônomos ou de empresas".
Ao Senhor Deputado ISMAEL WAN-DERLEY: ,
Projeto de Lei n" 4.998/90 - do SenadoFederal (PLS n'121189) -que "protege temporariamente os inventos industriais, nos termos do art. Y, XXIX, da Constituição".
(Apenso o Projeto de Lei n" 2.757/89)Ao Senhor Deputado JOSÉ MARIA EY
MAEL:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto
de Lei n" 5.567-A/85, que "dispõe sobre aexpedição de certidões para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações".
Sala da Comissão, 25 de maio de 1990.- Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.
COMISSÃO DE ECONOMIA
Distribuição n' 07/90 Efetuada pelo SenhorPresidente, Deputado MARCELO CORDEIRO,
Ao Senhor Deputado GENEBALDOCORREIA:
1. Projeto de Lei Complementar n" 61/89- Estabelece normas gerais de direito financeiro aplicáveis ao imposto sobre operaçõesrelativas à circulação de mercadorias e sobreprestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,nos termos do inciso XII do § 2' do art. 155da Constituição Federal.
Autor: Darcy Deitos
2. Projeto de Lei Complementar n'170/89 - Define, na forma da alínea a, doinciso X do art. 155 da Constituição Federal,os produtos semi-elaborados que podem sertributados pelos Estados e Distrito Federalquando de sua exportação para o exterior.
Autor: Senado Federal
Ao Senhor Deputado IVO VANDERLINDE:
3. Projeto de Lei n' 8.590/86 - Acrescenta parágrafo ao art. 6' da Lei n' 5.764,de 16 de dezembro de 1971, que define apolítica nacional de cooperativismo e instituio regime jurídico das sociedades cooperativas.
Autor: Senado Federal
À Senhora Deputada LÚCIA VÂNIA:4. Projeto de Lei n" 1.072/88 - Altera
a redação do § 4' do art. 27 da Lei n' 7.653,
de 12 de fevereiro de 1988, que dispõe sobrea proibição da pesca no período em que ocorre a piracema.
Autor: Asdrúbal Bentes
5. Projeto de Lei n" 3.404/89 - Introduzalterações no Decreto-Lei n' 221, de 28 defevereiro de 1967, que dispõe sobre proteçãoe estímulo à pesca.
Autor: Maurício Fruet
Ao Senhor Deputado OSWALDO LIMAFILHO:
6. Projeto de Lei n" 3.633/84 - Dá novaredação ao art. 31 da Lei n' 4.886, de 9 dedezembro de 1965, que regula as atividadesdos Representantes Comerciais Autônomos.
Autor: Floriceno Paixão
7. Projeto de Lei n' 1.314/88 - Dispõesobre a concordata do mini, pequeno e médio.produtor rural.
Autor: Lélio Souza
Ronaldo Alves da Silva - Secretário.
Distribuição n" 08/90 Efetuada pelo SenhorPresidente, Deputado MARCELO COR-DEIRO, .
Ao Senhor Deputado VIRGILDÁSIO DESENNA:
1. Projeto de Lei n' 4.276/89 - Dispõesobre a advertência em rótulos e embalagensde alimentos industrializados que contenhamglúten, a fim de evitar a manifestação dadoença celíaca, principalmente em crianças.
Autor: Elias Murad
Ronaldo Alves da Silva - Secretário
COMISSÃO DE FINANÇASETRmUTAçÃO
Distribuição n'15/90, efetuada pelo SenhorPresidente Deputado FRANCISCO DORNELLES, em 23-5-90:
O Senhor Deputado ARNALDO PRIETO:
1. Projeto de Lei n' 1.778/89 - "Dispõesobre os recibos de prestações do SistemaFinanceiro de Habitação e dá outras providências".
Autor: Deputado Genebaldo Correia.
O Senhor Deputado DEL BOSCO AMARAL:
1. Projeto de Lei n' 27/87 - "Dispõe sobreo fornecimento de próteses, órteses e instrumentos de auxílio ou de trabalho, pelo Inps".
Autor: Deputado Adolfo Oliveira.
O Senhor Deputado FÉRES NADER:1. Projeto de Lei n' 2.514/89 - "Acres
centa parágrafo único ao art. 2" da Lei n'4.266, de 3 de outubro de 1963, que instituio salário-famIlia do trabalhador".
Autor: Deputado Geovani Borges.
O Senhor Deputado JOSÉ CARLOSGRECCO:
1. Projeto de Lei n' 1.030/88 (em apensoPL n°S 1.713/89,2.205/89,3.779/89 e 4.928/90) .
- "Dispõe sobre a aposentadoria e o adicionai de periculosidade dos vigilantes, guardasde segurança, porteiros, vigias e garagistas".
Autor: Deputado Floriceno Paixão.2. Projeto de Lei n' 1.237/88 - "Dá nova
redação ao § I' do art. 71 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho".
Autor: Deputado Carlos CardiaI.Ao Senhor Deputado JOSE "LOUREN
ÇO:1. Projeto de Lei n' 602-A/83 - "Institui,
como crime de usura, a cobrança de jurose comissões superiores à taxa de 12%a.a acima da correção monetária e a exigência desaldos médios ou sujeição a contratos de outra natureza, para concessão de empréstimos,modificando o art. 4' da Lei n' 1.521, de 26de dezembro de 1951".
Autor: Deputado Gastone Righi.
Ao Senhor Deputado SIMÃO SESSIM:1. Projeto de Lei n" 1.848/89 - "Destina
a renda líquida de um teste da Loteria FederalEsportiva à Federação Nacional das APAEse determina outras providências".
Autor: Deputados Hélio Rosas.Brasília, 23 de maio de 1990. - Maria Lin·
da Magalhães, Secretária.COMISSÃO DE TRABALHO,
DE ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PÚBLICO
Distribuição n' 2/90 - O Presidente daComissão de Trabalho, de Administração eSe.rviço Público, Deputado AMAURYMÜLLER, em 23-5-90, fez a seguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado AUGUSTO CARVALHO:
Projeto de Lei n' 2.244/89 - do Sr. RobsonMarinho - que "Regulamenta o exercíciodas profissões de Técnico em Higiene Dentale Atendente de Consultório Dentário".
Sala da Comissão, 23 de maio de 1990.-José Roberto Nasser Silva, Secretário.
Distribuição n' 3/90 - O Presidente daComissão de Trabalho, de Administração eServiço Público, Deputado AMAURYMÜLLER, em 25-5-90, fez a seguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado ANTÔNIO CARLOS MENDES THAME:
Projeto de Lei n° 1.032/88 (anexos os PLn" 2.121 e 2.573/89) - do Sr. Floriceno Pai·xão - que "Dispõe sobre o salário profissional do secretário".
Ao Senhor Deputado GERALDO CAMPOS:
Projeto de Lei n' 4.242/89 - do SenadoFederal - que "Dispõe sobre a incorporaçãoao Patrimônio do Estado de Pernambuco dosbens pertencentes ao extinto Território Federal de Fernando de Noronha e dá outras providências" .
Sala da Comissão, 23 de maio de 1990.- José Roberto Nasser Silva, Secretário.
Distribuição n' 4/90 - O Presidente daComissão de Trabalho, de Administração e
Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 26 5763
Serviço Público, Deputado AMAURYMÜLLER. em 25-5-90. fez a seguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado GERALDO CAMPOS:
Projeto de Lei n° 3.849/89 - do Sr. CarlosAlberto Caó - que "Dá nova redação a dispositivos da Lei no 7.183, de 5 de abril de1984, que regula o exercício da profissão deaeronauta" .
Sala da Comissão, 25 de maio de 1990.- José Alberto Nasser Silva, Secretário.
COMISSÃO DE VIAçÃO ETRANSPORTES, DESENVOLVIMENTO
URBANO E INTERIOR
O Senhor Presidente da Comissão de Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbanoe Interior, Deputado JORGE ARBAGE, feza seguinte distribuição e avocou, em 25 demaio de 1990:
Projeto de Lei no 3.973/89, do Sr. José Costa, que "Estabelece normas para vôo por instrumentos na aviação civil e dá outras providências".
Sala da Comissão, 25 de maio de 1990.- Iole Lazzarini, Secretária.
REDISTRIBUIÇÃO DE PROJE·TOS
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA E DE REDAÇÁO
O Deputado THEODORO MENDES,Presidente da Comissão de
Constituição eJustiça e de Redação,
fez a seguinte redistribuição
Em 24-5-90
Ao Senhor Deputado "ADYLSON MOTTA:-
Projeto de Lei n" 1.099/88 - do Sr. Gustavo de Faria - que"Regulamenta os incisosXVI e XVII do art. 37 da Constituição, referentes ao acúmulo de cargos públicos".(Apensos os Projetos de Lei n" 3.082/89 e4.622/90.)
Ao Senhor Deputado ALOYSIO CHAVES:
Projeto de Lei no 3.377/89 - do Sr. NeltonFriedri.ch - que "Dispõe sobre proposiçãode ação direta de declaração de inconstitucionalidade dirigida ao Procurador-Geral da República, alterando o art. 2° da Lei no 4.337,de I" de junho de 1964, e determina outrasprovidências~' .
Ao Senhor Deputado BONIFÁCIO DEANDRADA:
Projeto de Lei Complementar n° 202/89do Senado Federal (PLS no 162/89-Complementar) - que "Dispõe sobre a tributaçãode grandes fortunas, nos termos do art. 153,inciso VII, da Constituição Federal". (Apensos os Projetos de Lei Complementar n"108/89 e 218/90.)
Ao Senhor Deputado GÉRSON PERES:Projeto de Lei no 3.500/89 - do Sr. Fausto
_Fernandes - que "Concede anistia às Prefei-
turas Municipais dos débitos para com a Previdência Social".
Ao Senhor Deputado JAIRO CARNEIRO:
Projeto de Lei no 3.115/89 - do Sr. TarsoGenro - que "Altera a redação do art. 659da Consolidação das Leis do Trabalho".
Ao Senhor Deputàdo MESSIAS GÓIS:Projeto de Lei no 3.783/89-do Sr. Chagas
Neto - que "Autoriza o Poder Executivoa instituir a Escola Agrícola de Rolim deMoura, no Estado de Rondônia".
Ao Senhor Deputado RODRIGUESPALMA:
Projeto de Lei no 4.191/89 - do Sr. JoséSantana de Vasconcelos - que "Cria o Instituto Nacional de Pesca e Aquacultura e dáoutras providências",
Sala da Comissão, 24 de maio de 1990 Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.
O Deputado JOSÉ DUTRA,Vice-Presidente da Comissão
de Constituição e Justiçae de Redação, fez a
seguinte redistribuição
Em 25-5-90
Ao Senhor Deputado NELSON JOBIM:Projeto de Lei no 7.879/86 - do Sr. Flori·
ceno Paixão;-- que "Estabelece a advogadose provisionados o direito à aposentadoria especial na Previdência Social".
Projeto de Lei no 1.096/88 - do Sr. Floriceno Paixão - que "Estabelece a advogadose provisionados o c;lireito à aposentadoria especial na Previdência Social".
Ao Senhor Deputado RENATO VIANNA:
Projeto de Lei no 1.283/88 - do Sr. Theodoro Mendes - que "Regulamenta o disposto no art. 245 da Constituição".
Ao Senhor Deputado SIGMARINGASEIXAS:
Projeto de Lei no 1.969/89 - do Sr. PauloMarques - que "Permite a denúncia, porcrime de responsabilidade, do Ministro responsável pela desobediência ao cumprimentodos objetivos contidos no parágrafo único doart. 194 da Constituição".
Sala da Comissão, 25 de maio de 1990.- Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.
ATIVIDADES DAS COMISSÕESCOMISSÃO DE SEGUKIITADE
SOCIAL E FAMÍLIA
RESUMO DAS CONCLUSÕESReunião de 23-5·90
1) PL no 8.038/86 - "Assegura ao maridoou companheiro o direito de ser dependenteda mulher segurada da Previdência Social".
Autor: SENADO FEDERAL (PLS n'201/81).
Relatora: Deputada RITA CAMATA.Parecer: FAVORÁVEL, nos lermos da
emenda da CCJR.Aprovado unanimemente o parecer.
Vai à Comissão de Finanças e Tributação.2) PL no 8.087/86 - "Dispõe sobre a situa
ção econômico-financeira do contribuinte perante a Previdência Social, cria o Certificadode Previdência Social (CPS), e dá outras providências".
Autor: PODER EXECUTIVO (Mensagem no 289/86).
Relator: Deputado !OFRAN FREJATParecer: FAVORAVEL, com correções
redacionais.Aprovado unanimemente o parecer.Vai à Comissão de Finanças e Tributação.
3) PL no 7.916/86 - "Permite, para obten-ção da aposentadoria aos trinta anos de atividade, a contagem do tempo de serviço públiCO"4
Autor: Deputado FLORICENO PAI-XÁO. .
Relator: Deputado ELIAS MURAD.Parecer: Pela PREJUDICIALIDADE.Aprovado unanimemente o parecer, fica
prejudicado o projeto.Vai à Comissão de Finanças e Tributação,4) PL no 8.230/86 - "Dispõe sobre a apo
sentadoria dos professores em estabelecimentos de ensino particular".~utor: Deputado FLORICENO PAI-
XAO.Relator: Deputado ELIAS MURAD.Parecer: FAVORÁVEL.Aprovado unanimemente o pafbcer.Vai à Comissão de Finanças e Tributação.5) PL no 1.443/88 - "Dispõe sobre a revi-
são dos benefícios de prestação continuadade aposentados e pensionistas com base nosalário mínimo e dá outras providências".
(Apensado: PL no 3.928/89, do Sr. ANTÔNIO CARLOS MENDES TRAME.)
Autor: Deputado NEY LOPES.Relator: Deputado ERICO PEGORA
RO.Parecer: FAvoRÁVEL, com emendas.Concedida vista ao Deputado FLORICE-
NOPAIXÁO.6) PL no 1.531/89 - "Toma obrigatório
o exame pré-natal".Autor: Deputado ARNOLD FIORA
VANTE.Relator: Deputado ERICO PEGORA
RO.Parecer: FAVORÁVEL, com adoção das
emendas adotadas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.
Concedida vista à Deputada RITA CA~TA.
7) PL no 1.606/89 - "Dispõe sobre a criação do Serviço Nacional de AprendizagemRural (Senar), nos termos do art. 62 do Atodas Disposições Constitucionais Transit6rias".
(Apensado: PL no 1.726/89, do Sr. NILSON GIBSON.)
Autor: Deputado GONZAGA PATRIOTA.
Relator: Deputado JOFRAN FREJAT.Parecer: FAVORÁVEL, nos termos do
Substitutivo da CAPR.
5764 Sábado 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) .. Maio de 1990
Vista:'FAvORÁVEL, nos termos do substitutivo que apresenta o Deputado ERICOPEGORARO.
Suspensa a discussão, a Presidência avocavista.
8) PL n' 2.279/89 - "Obriga as emissorasde rádio e televisão de todo o País a destinarem um minuto de sua programação diáriapara divulgação da mensagem que especifica".
Autor: Deputado JUAREZ MARQUESBATISTA.
Relator: Deputado ELIAS MURAD.Parecer: FAVORÁVEL, nos termosdo
substitutivo.Aprovado unanimemente o parecer.
Vai à Comissão de Ciência e Tecnologia,Comunicação e Informática.
9) PL n' 2.713/89 - "Torna obrigatóriaa existência de ambulância e de profissionaisda área de saúde nos Postos da Polícia Rodoviária Federal".
(Apensados: PL n' 3.699/89, do Sr. LEONEL JÚLIO, e PL n' 4.279/89, do Sr. DASOCOIMBRA.)~utor: Deputado FLORICENO PAI-
XAO .Relator: Deputado LÚCIO ALCÂNTA
RAParecer: FAVORÁVELAprovado unanimemente o parecer, fican
do prejudicados os projetos apensados.Vai à Coordenação das Comissões Perma
nentes.
10) PL n' 3.035/89 - "Dispõe sobre exigência de médicos homeopatas nos hospitaise serviços públicos oficiais".
Autor: Deputado JOSÉ CARLOS COUTINHO
Relator: Deputado MESSIAS SOARESParecer: FAVORÁVEL, com emenda do
relator.Relatora ad hoc: Deputada RITA CAMA
TA.Aprovado unanimemente o parecer.Vai à Coordenação de Comissões Perma
nentes.
11) PL n' 3.291/89 - "Dispõe sobre abatimento de gastos com medicamentos comprovadamente adquiridos para tratamento de deficientes físicos e mentais na Declaração doImposto de Renda da Pessoa Física".
Autor: Deputado JOSÉ CARLOS COUTINHO.
Relatora: Deputada SANDRA CAVALCANTI.
Parecer: FAVORÁVEL, com emendas.Vista: VOTO EM SEPARADO FAVO
RÁVEL, com duas emendas do DeputadoELIAS MURAD.
Relator ad hoc: Deputado ELIAS MURAD.
AprÇlvado unanimemente o parecer FAVORAVEL com as emendas apresentadaspelo Relator ad hoc, Deputado ELIAS MURAD.
Vai à Comissão de Finanças e Tributação.12) PL n' 3.330/89 - "Dá nova redação
ao art. 65 da Lei n' 3.807, de 26 de agostode 1960 - Lei Orgânica da Previdência Social".
Autor: Deputado DASO COIMBRA.Relator: Deputado RAIMUNDO RE-
ZENDE.Parecer: FAVORÁVEL.Aprovado unanimemente o parecer.Vai à Comissão de Finanças e Tributação.13) PL n' 3.604/89 - "Introduz modifi-
cações nos dispositivos que especifica da legislação de previdência social".
Autor: Deputado DASO COIMBRA.Relator: Deputado JOSÉ CARLOS COU
TINHO.Parecer: FAVORÁVEL, com adoção de
emenda aprovada na CCJR.Aprovado unanimemente o parecer.Vai à Comissão de Finanças e Tributação.
Maria Inês de Bessa Lins, Secretária.
COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPOR·TES,
DESENVOLVIMENTO URBANOE INTERIOR
PAUTA
Reunião do dia 23·5·1990
Horário: 10h. Local: sala 141. Projeto de Lei n' 986/88:Ementa: Autoriza desconto nas tarifas aé
reas de vóos domésticos aos idosos, na formaque menciona.
Autor: Deputado FRANCIS€O AMARAL.
Relator: Deputado DARCY DEITOS.Parecer: Pela aprovação do projeto com
adoção de. emenda.
2. Projeto de Lei n' 1.723/89:Ementa: Concede desconto no preço das
passagens de ônibus intermunicipais aos estudantes, na forma que especifica.
Autor: Deputado GEOVANI BORGES.Relator: Deputado SIMÃO SESSIM.Parecer: Pela rejeição do projeto.3. Requerimento s/n'/89:Ementa: Solicita ao Sr. Presidente da Câ
mara dos Deputados providências necessárias para sustar o ato normativo do PoderExecutivo que pretende mudar o sistema denumeração e placa de licenciamento dos veículos automotores.
Autor: Deputado VICTOR FACCIONI.Relator: Deputado ROBERTO VITAL.Parecer: Pela rejeição do requerimento.Sala da Comissão, 23 de maio de 1990.
- Iole Lazzarini, Secretária.
AVISO
Para recebimento de emendas na Comissão:Início do prazo: 30-5-90Término do prazo: 5-6-90Projeto de Lei n' 3.973/89 (Anexo PL n'
3.984/89) - do Deputado JOSÉ COSTA,que "Estabelece normas para vóo por instrumentos na aviação civil e dá outras providências".
ERRATACOMIssÃo DE TRABALHO, DE
ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PúBLICO
No DCN de 15-12-8~, pág. 15960, que publicou a distribuição do dia 6-12-89, dessaComissão, EXCLUA-SE:. Ao Senhor Deputado EDMILSON VA
LENTIM:Projeto de Lei fi' 2.132/89 - do Sr. José
Luiz de Sá - que "Altera o art. 8' da Lein" 5.107, de 13 de setembro de 1966, que'Cria o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e dá outras providências".
Projeto de Lei n9 2.623/89 - da Sr. Rosede Freitas - que "Dispõe sobre o depósitoimediato do' Fundo de Garantia do Tempode Serviço na conta do trabalhador".
Projeto de Lei n'1.179/88 - do Sr. CarlosCardinal - que "Altera o art. l' da Lei n'6.919, de 2 de julho de 1981, que 'Facultaa extensão do regime do FGTS a diretoresnão empregados".
Sala da Comissão, 28 de maio de 1990.- José Roberto Nasser Silva, Secretário.
~------------- MESA ..------------------,Presidente:PAES DE ANDRADE (PMDB)
19 Vice-Presidente:INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL)
29 Vice-Presidente:WILSON CAMPOS (PMDB)
19 Secretário:LUIZ HENRIQUE (PMDB)
29 Secretário:EDME TAVARES (PFL)
39 Secretário:CARLOS COTTA (PSDB)
49 Secretário:RUBERVAL PILOTTO (PDS)
Suplentes:
FERES NADER (PTB)
FLORICENO PAIXÃÓ (PDT)
ARNALDO FARIA DE SÁ (PRN)
JOSÉ MELO (PMDB)
LIDERANÇASPARTIDO DO MOVIMENTO'
DEMOCRÁTICO BRASILEIRO
-PMDB-
PARTIDO DEMOCRÁTICOTRABALHISTA
-PDT-
LíderIBSEN PINHEIRO
LíderDOUTEL DE ANDRADE
Vice-Líderes
Vice-Líderes
LíderRICARDO FIUZA
PARTIDO DA FRENTE LIBERAL'-PFL-
Lúcio AlcântaraBeth Azize
Hélio CostaBasílio VlIIani
PARTIDO DA RECONSTRUÇÃONACIONAL-PRN-
LíderRENAN CALHEIROS
Vice.Lideres
Brandão MonteiroLysâneas MacielArtur Lima Cavalcante
Vice-Líderes
Arnaldo Faria de SáNelson Sabrá
Osmundo RebouçasRoberto RollembergTidei de LimaUbiratan Aguiar
Genebaldo Correia'osé TavaresLuiz Roberto PonteMaurílio Ferreira LimaNelson Jobim
Jesus TajraIberê FerreiraStélio DiasPaes LandimJosé LinsJofran Frejat
Erico PegoraroEtevaldo NogueiraLuiz EduardoSandra CavalcantiOsvaldo CoelhoJosé Santana de Vasconcelos
PARTIDO DEMOCRÁTICO SOCIAL-PDS-
LíderAMARALN~O
Vice-Líderes
LíderGASTONE RIGHI
PARTIDO TRABALHISTABRASILEIRO
-PTB-
PARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA
-PSDB -'-
LíderEUCLIDES SCALCO
Vice·f..íderes
Aécio 'de BorbaBonifácio de Andrada
Darcy PozzaGeron Peres
Robson MarinhoVirgildásio de SennaJosé Costa
José GuedesMaria de Lourdes AbadiaElias Murad
Vice-Líderes
Sólon Borges dos ReisRoberto Jefferson
Valmir CampeloOsvaldo Sobrinho
Paulo Paim
PARTIDOS DOS TRABALHADORES-PT-
LíderGUMERCINDO MILHOMEM
Vice-Líderes
Benedita da SilvaEduardo Jorge
PARTIDO DEMOCRÁTICO CRISTÃO-PDC-
PARTIDO SOCIALISTA CRISTÃO-PSC-
LíderFRANCISCO ROLIM
PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO-PSD-
LíderCESAR CALS NETO
LíderEDUARDO SIQUEIRA CAMPOS
Vice-Líderes
José Maria Eymael
Francisco Coe"lhoJairo Azi
PARTIDO TRABALHISTARENOVADOR
-PTR-Líder
ISMAEL WANDERLEY
PARTIDO LIBERAL-PL-
LíderAFIF DOMINGOS
Vice-Líderes
PARTIDO LIBERAL PROGRESSISTA-PLP-
LíderUBIRATAN SPINELLI
José Geraldo Ricardo Izar
PARTIDO SOCIALISTABRASILEIRO
-PSB-Líder
JOSÉ CARLOS SABÓIAVice-Líder
Ademir Andrade Célio de Castro
PARTIDO DAS REFORMAS SOCIAIS-PRS-
LíderMELLO REIS
Vice-LíderesJosé da Conceíção
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL-PCdoB-
LíderHAROLDO LIMA
Vice-LíderAldo Arantes
PARTIDO SOCIAL TRABALHISTA-PST-
LíderJOSÉ FERNANDES
Vice-LíderChico Humberto
PARTIDO COMUNISTABRASILEIRO
-PCB-
PARTIDO REPUBLICANOPROGRESSISTA
-PRP-
LíderADHEMAR DE BARROS FILHO
PARTIDO COMUNITÁRIO NACIONAL
-PCN-Líder
EDIVALDO HOLANDA
PARTIDO MUNICIPALISTA NACIONAL
-PMN-
Líder
JOÃO CUNHA
LÍDER DO GOVERNO
Renan Calheiros
Vice-Líderes
Fernando Santana
LíderROBERTO FREIRE
Vice-LíderesAugusto Carvalho
Antonio Carlos Konder ReisHumberto Souto
Gidel Dantas
COMISSÃO DE AGRICULTURA PDC
E POLÍTICA' RURAL Paulo Mourão Roberto Balestra
Presidente: Humberto Souto - PFLV~ce-Presidentes: Vinicius Cansanção - PFL PSB
Vicente Bogo - PSDB José Carlos SabóiaJorge Vianna - PMDB
Titulares PCdoB
PMDB lManuel Domingos
Doreto Campanari José Freire PLPGeraldo Fleming José Mendonça de MoraisHilário Braun Jovanni Masini
Ubiratan Spinelli
Iturival Nascimento Rosa PrataIvo Mainardi Rospide NettoIvo Vanderlinde Santinho Furtado SuplentesJorge Viannã - Sérgio Spada
PMDBAlexandre Puzyna Maguito VilelaFausto Fernandes Melo Freire
PFL Genésio Benardino Nilson SguareziAlysson Paulinelli Jonas Pinheiro Jorge Vianna Nyder BarbosaDionisio Dal-Prá Narciso Mendes José Tavares Paulo MacariniIberê Ferreira Victor Fontona ' Luiz Soyer Raul FerrazJacy Scanagatta Vinicius Cansanção 2 vagas
PFLJairo Carneiro Messias Góis
PSDBJosé Moura Osvaldo CoelhoLael Varella Pedro Ceolin
Adroaldo Streck Vicente Bogo [:etir" Lomanto 1 VagaCaio Pompeu Vilson SouzaNelton Friedrich PSDB
Carlos Mosco~i Lézio SathlerCristina Tavares Saulo QueirozEdmundo Galdino
PDT PDTCarlos Cardinal Tarzan de Castrb Gonzaga Patriota Silvio AbreuFernando Lyra Nelson Aguiar·
PDSAdylson Motta Osvaldo Bender
PDS PRNAdauto Pereira Delfim Netto José Gomes Freire Júnior
PTBJayme Paliarin Rodrigues Palma
PRN PLFrancisco Sales Raul BelémAfif Domingos Maurício Campos
PTPaulo Paim 1 vaga
PTB PDCJayme Paliarin José EgrejaBorges da Silveira Sérgio Brito
PSBJoão Herrmann Neto
PL PCdoBOswaldo Almeida Ricardo Izar Aldo Arantes
SEM PARTIDOGandi Jamil
PTPlínio Arruda Sampaio 1 Vaga
Secretária: Mariza da Silva MataRamais: 6978 -.:. 6979 - 6980
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
Presidente: Antônio Britto - PMDBVice-Presidentes: Hélio Rosas - PMDB
Paulo Pimentel - PFLLysâneas Maciel - PDT
PDCLeomar Quintanilha
PSBUldurico Pinto
TitularesPMDB
Airton SandovalAloísio VasconcelosAntônio BrittoAntônio GasparDomingos Juvenil'Eliel RodriguesFernando Cunha
PFLÂngelo MagalhãesArolde de OliveiraJosé CamargoJosé Jorge
PSDBKayu IhaNelson Seixas
PDTCristina TavaresLysãneas Maciel
PDSAntônio Salim Curiati
PRNHélio Costa
PTBErvin Bonkoski
Hélio RosasHenrique Eduardo AlvesIvo CersósimoLuiz LealMaurício FruetMaurílio Ferreira Lima
Maluly NetoPaulo PimentelPedro Ceolin
Paulo SilvaRobson Marinho
Vivaldo Barbosa
Arnold Fioravante
José Carlos Martinez
José Elias
Alarico AbibAmilcar MoreiraBete MendesBosco FrançaJorge LeiteFrancisco Amaral. Manuel Viana
Átila LiraCláudio ÁvilaEraldo TrindadeÉrico Pegoraro
Acival GomesFábio Feldmann
Carlos Alberto CaóCarlos Cardinal
Bonifácio de Andrada1 vaga
Jaime Campos
Féres Nader
Álvaro Valle
Florestan Fernandes
Paulo Mourão
Abigail Feitosa
Suplentes
PMDB
PFL
PSDB
PDT
PDS
PRN
PTB
PL
PT
PDC
PSB
Osmir LimaPercival MunizRalph BiasiRoberto RollembergTidei de Lima1 vaga
Na,rcísio MendesHumberto SoutQJalles Fontoura.Paulo Marques
Joaci GóesRose de Freitas
Luiz Salomão
Francisco Diógenes
Márcia Kubitschek
Gastone Righi
Ricardo Izar
Tarso Genro
PLChagas Neto
PTIrma Passoni
Roberto Augusto
Paulo Delgado
Secretária: Delzuite M. A. do ValeRamais: 6906"':"" 6907 - 6908 - 6910
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃOE roSTIÇA E DE REDAÇÃO
Presidente: Theodoro Mendes - PMDBVice-Presidente: José Dutra - PMDB
Mário Assad - PFLBonifácio de Andrada - PDS
Agassiz AlmeidaArhaldo MoraesCarlos VinagreHarIan GadelhaHélio ManhãesJoão NatalCélio SõuzaJosé DutraLeopoldo Souza·
Titulares
PMDB
Mendes RibeiroMichel Teme'rNelson JobimNJ1s.9n:-(ÜQ§-lln.Osvaldo MacedoRenato ViannaTheodoro Mendes
WàgnerLago
Aldo Arantes
Roberto Freire
PSB
PCdoB
PCB
PFLEliézer .Moreira José Moura Suplentes
.- _._- - --Furtado Leite José Thomaz NonôHorácio Ferraz Mário Assad PMDBJairo Carneiro Messias Góis Antônio de Jesus José Mendonça de MoraesJoão dã-Miita· Pa.es Ladin Antônio Mariz Jovanni Masini .
Fernando Velasco Lélio SouzaGenebaldo Correia Samir AchÔaIbsen Pinheiro Ubiratan Aguiar
PSDB Ivo Cersásimo 3 VagasArnaldo Martins Moen;ta São Thiago José MelõJosé Guedes Plínio Martins PFLJutahy Júnior Sigmaringa Seixas Agripino de Oliveira Lima Jesualdo Cavalcanti
i\!9ysio~_ha,:es ~sus TajraEraldo Tinoco Paulo Pimentel
PDTfrancisco-Benjamin Õscar Corrêa .
Béte Azize Sílvio AbreuEtevaldo Nogueira Sarney Filho
Gonzaga PatriotaFrancisco Benjamin Stélio Dias
PSDBAécio Neves .J()!!te_l!equed
PDSCaio Pompeu Ro_sário C~!!.g!O Neto
Bonifácio de Andrada Ibrahin Abi-AckelEgídio Ferreira Lima Vicente Bogo
Gerson Peres.Brandão Monteiro
PDT
Jorge- Hage . .Lysâneas Maciel
PDSfRN Adylson Motta José Luiz Maia
Dionísio Hage Nelson Sabrá Jorge ArbagePRN
Roberto Vital Rubem Medina
PTB PTB
Benedicto Monteiro Rodrigues PalmaGas).u1].e....Righi Roberto Jefferson'
PL
PLAdolfo Oliveira Chagas Neto
Ismael Wanderley Marcos Formíga PT(VagaPlínio Arruda Sampaio
PDCFrancisco Coelho Roberto Balestra
PT PSB
José Genoíno Tarso Genro 1 vagaPCdoB
Hároldo LimaPCB
PDC Fernando Santana
Joaquim Haickel José Maria EymaelSecretário: Ruy ,ornar Prurlêncio_da síivaRamáis: 6920 ...L 6924
COMISSÃO DE DEFESADO CONSUMIDOR, MEIOAMBIENTE E MINORIAS
PSTJoão Cunha
Presidente: Adolfo Oliveira - PLVice-Presidentes: Raimundo Bezerra - PL
Geraldo Alckmin Filho - PSDBEunice Michilés - PFL
PCNEdivaldo Holanda
SEM PARTIDOTitulares
PMDBAntero de Barros
Bosco FrançaCid CarvalhoHélio DuqueIbsen PinheiroJorge Leite
Maria LúciaRaimundo BezerraRoberto RollembergSamir Achôa\Va-Idir Pugliesi
SuplentesPMDB
Fernando CunhaHélio ManhãesIvo LechJosé Freire
Raimundo RezendeSantinho furtadoWagner Lago3 Vagas
~lércio DiasEunice MichilesJúlio Campos·Sarney Filho
PFLSimão SessimVictor Trovão
PFLJoão Machado RollembergJorran FrejatOrlando Pacheco
PSDBArtur da TávolaElias Murad
Ronaro CorrêaRicardo FiúzaSadie Hauache
Paulo Silva
COMISSÃO DEDEFESA NACIONAL
Presidente: Osmar Leitão -;- PFLVice-Presidentes: Furtado Leite - PFL
Sotero Cunha - PDCLúcia Vânia - PMDB
Cunha Bueno
Cristina Tavares
Gerson Peres
Raquel Cândido
PSD
PDC
PTB
PL
PT
SEM PARTIDO
PDT
PDS
PRN
Benedita da Silva
César Cals Neto
Secretário: Jarbas Leal VianaRamais: 6930 - 6931
José Carlos Coutinho
1 vaga
Fausto Rocha
Jairo Azi
PSDBFábio Feldmann Joaci GóesGeraldo Alckmin Filho
PDTLúcia Braga Tadeu França
PDSCarlos Virgílio 1 vaga
PRNGeraldo Bulhões
PTBRoberto Torres
PLAdolfo Oliveira
PTLurdinha Savignon
PDCMiraldo Gomes
PFLAnníbal Barcelos Osmar LeitãoLuiz Eduardo Sadie HauacheOrlando Bezerra 1 Vaga
PSDBEuclides Scalco Ziza Valadares
1 vaga
pnTPaulo Ramos 1 vaga
PDSMelo Reis 1 vaga
PRNMário de Oliveira
Secretária: Marci Ferreira LopesRamais: 6998 - 7001
COMISSÃO DE ECONOMIA,INDUSTRIA E COMERCIO
Presidente: Marcelo Cordeiro - PMDBVice-Presidentes: Fernando Gasparian - PMDB
Ezio Ferreira - PFL .Luiz Salomão - PDT
Marcelo CordeiroMarcos QueirózNestor DuarteOsmundo RebouçasOswaldo Lima FilhoRalph Biasi
Amilcar MoreiraFernando GasparianFrancisco CarneiroGenebaldo CorreiaLúcia VâniaLuiz ROberto- Pontesi.ui7 Viana NetG
TitularesPMDB
PFLAlércio Dias Furtado LeiteAntônio Ueno Paes LandimDionísio Dal-Prá 1 vaga
PSDBDirce Tutu. Quadros Geraldo Campos
PDTCarlos Alberto Caó Tarzan de Castro
PDSCarlos Virgaio Felipe Mendes
PRNDaso Coimbra
PTBJoão de Deus.Antunes
PLOsvaldo Almeida
José GenoínoPT
PDCOttomar Pinto
MIlton LimaRenato -BernardiRonaldo Carvalho4- 'vágàs -
TitularesPMDB
PTBFarabulini Júnior
Francisco PintoJosé Carlos VasconcelosMattos Leão
PLRubem Branquinho
PT
PFLAirton CordeiroÉzio FerreiraLevy DiasLuíz Eduardo
João Machado RollembergJosé TeixeiraStélio Dias
Eduardo Jorge
PSDBPDC
Sotero CunhaDirce Tutu QuadrosJayme SantanaJosé Costa
Ronaldo César CoelhoSaulo Coilho
l'PBLeonel Júlio PDT
Artur Lima CavalcantiLuiz Salomão
Miro Teixeira
SEM PARTIDO
Geraldo Fleming.Hélio Rosas~
SuplentesPMDB 8 Vagas
PDSCunha Bueno Felipe Mendes
PRN PSCRenato Johnsson Rubem Medina Aristides Cunha
Secretária: Ronáldo Alves da SilvaRamais: 7024 - 7025
PTBFábio Raunheitti Milton Reis
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO,PL
Afif Domingos Max Rosenmann CULTURA E DESPORTO
Presidente: Cárlos Sant'Anna -' PMDBVice-Presidentes: Antônio de Jesus - PMDB
PT Álvaro Valle - PLVladimir Palmeira Sérgio Brito - PDC
TitularesPDC PMDB
Ottomar Pinto
Antônio de Jesus Maguito Vilela
ps'B Bete Mendes Paulo Alm:l4aBezerra de Melo Paulo Sidney
Raquel Capiberibe Carlos Sant'Ana l}g'irat~n AgUiarDélio Braz Valter PereiraFausto Fernandes i" Vagií - .
PSCFrancisco Rolim
PFLSuplentes Agtipino de Oliveira Lima· João Alves
PMDB Átila Lira . José Queiroz
Aluizio Campos Luis Viana Neto Eraldo Tinoco Sandra Cavalcanti
Expedito Machado Manoel Moreira Jesualdo Cavalcanti
Irajá Rodrigues ·PãuÍoZarzurIvo Vanderlinde Roberto BrantJoão Carlos Bacelar Rosa Prata PSDBJosé Manúihão 1 Vaga Anna Maria Rattes Celso DouradoJulio Costamilan Artur da Távola Hermes Zaneti
PFLBenito Gama Manoel CastroCosta Ferreira Victor Fontona
PI,:>TFrancisco Dornelles 1 vagaMárcio-BragaIberê Ferreira Jorge Hage
PSDBDarci Deitos Koyu lhaJosé Carlos Grecco Virgildásio de Senna PDSJosé Serra Aécio Borba Telmo Kirst
PDTBocayuva Cunha Sílvio AbreuCésar Maia PRN
PDS Geovani Borges Jayme CamposAdauto Pereira Gerson Peres
PRNBasílio Villani Nelson Sabrá
PTBPTB
Valmir Campelo 1 Vaga Sólon Borges dos Reis
PLJosé Geraldo Sérgio Werneck
PT PLJoão Paulu Pires Álvaro Valle
PDCAdemir Andrade
PTFlorestan Fernandes
PDCSérgio Brito
PCdoBLídice da Mata
COMISSÃO DE FINANÇAS
E TRIBUTAÇÃOPresidente: Francisco Dornelles - PLFVice-Presidentes: Arnaldo Prieto - PFL
José Carlos Grecco - PSDBFenando Bezerra Coelho - PMDB
Titulares
PMDB
PFLArnaldo PrietoBenito GamaFrancisco DornellesGilson Machado
Henrique Eduardo Alves PSDBMária Lúcia Edmundo GaldinoRitá Camata José Carlos Grecco4 Vagas José Serra
Enoc VieiraNey Lopes PDTVictor Trovão César Maia
Chagas Duarte
Robson MarinhoZiza Valadares
PDSTadeu França José Lourenço
PTRIsmael Wanderley
PRPAdhemar de Barros. Filho
Suplentes
PMDB
Djenal GonçalvesDoreto CampanariFrancisco Carneiro·Harlan Gadelha
PFLAirton CordeiroAlceni GuerraChristóvam ChiaradiaEliezer Moreira
PSDBOctávio Elísio
. Plínio MartinsPDT
Lúcio Alcântara
PDSAdylson Motta
PRNArnaldo Faria de Sá
PTBFábio Raunheitti
PLRoberto Augusto
PTpaulo Delgado
PDCJonival Lucas
PCdoBEduardo Bonfim
PCNEdivaldo Holanda
SEM PARTIDOAntero de Barrvs
Arnold Fioravante
José Carlos Martinez
Del Bosco AmaralEdivaldo MottaExpedito MachadoFernando Bezerra CoelhoFernando VelascoFlávio Palmier da VeigaIrajá Rodrigues
PRNBasílio Villani
PTBFéres Nader
PL
José Geraldo
PTLuíz Gushiken
João Carlos BacelarJosé UlissesLuiz Alberto RodriguesLuiz SoyerPaulo ZarzurRoberto Brant
Manoel CastroMussa DemesOscar CorrêaRita Furtado
Rose de FreitasSaulo Queiroz
Moysés Pimentel
José Luiz Maia
Flávio Rocha
Paulo Mincarone
Sérgio Werneck
Secretária: Jussara Maria Goulart Brasil de AraújoRaI)lais: 7010
PDCJonival Lucas
PSBSérgio Naya
PFLAlcides LimaChristóvam ChiaradiaEtevaldo NogueiraHumberto Souto
PSDB
Jalles FontouraJosé Santana de VasconcelosSalatiel Carvalho
Suplentes
PMDBArnaldo MoraesAsdrúbal BentesFernando GasparianFirmo de Castro
PFL
José da ConceiçãoManoel RibeiroNelson Johim6 Vagas
Antônio PerosaGabriel Guerreiro
PDTJosé Maurício
Mauro CamposOctávio Elisio
Raquel Cândido
COMISSÃO DE MINASE ENERGIA
Presidente: Gabriel Guerreiro - PSDBVice-Presidentes: Mauro Campos - PSDB
Maurício Campos - PLVictor Faccioni - PDS
Alysson PaulinelliAroldo de OliveiraJoão AlvesJosé Mendonça Bezerra
PSDBAdroaldo StrekGabriel GuerreiroJayme Santana
PDTArtur Lima CavalcantiMiro Teixeira
PDSArnold Fioravante
PRNFrancisco Sales
PTBJoaquim Sucena
PLMax Rosenmann
PTVladimir Palmeira
PDCJosé Marial Eymael
PSB1 VagaSecretária: Maria Linda MagalhãesRamais: 6959 - 6960
TitularesPMDB
Ademir AndradeAldides SaldanhaÁlvaro AntônioCarlos BenevidesEduardo Moreira
José TeixeiraSandra CavalcantiSimão SessimWaldeck Ornélas
José CostaRonaldo Cezar Coelho
Paulo Ramos
Victor Faccioni
Hélio Costa
José Elias
Paulo Roberto
Gerson MarcondesJoão RezekMurilo LeitePrisco VianaVingt Rosado1 ';<115<1
PDSVictor Faccioni 1 vaga
PRNJosé Gomes
Marluce PiritoPTB
PLMaurício Campos
PTVirgílio Guimarães
PDCAlbérico Filho
PC doB1 vaga
PCBFernando Santana
PSDCésar Cals Neto
SEM PARTIDOGandi Jamil
SuplentesPMDB
Aloysio VasconcelosHilário BraunJosé Carlos SabóiaJoão AgripinoLeopoldo Bessone
PFLAlbérico CordeiroAntônio FerreiraCleonâncio FonsecaÉzio Ferreira
PSDBAntônio Carlos Mendes ThameArnaldo Martins
PDTBocayuva Cunha
PDSAécio de Borba
PRNGeovani Borges
PTBJosé Egreja
PLAssis Canuto
PTJosé Genoíno
PDCGidel Dantas
PCBAugusto Carvalho
PSTJoão Cunha
PLPUbiratan Spinelli
Luiz Alberto RodriguesMarcos Lima'Mário LimaMaurício Fruet2 Vagas
Júlio CamposLuiz MarquesRita Furtado
Celso DouradoJutahy Júnior
Luiz Salomão
Bonifácio de Andrada
PFL. Aloysio Chaves
Antônio UenoCláudio ÁvilaEnoc Vieira
PSDBAécio NevesEgídio Ferreira Lima
PDTBacayuva Cunha
PDSAdylson ~otta:
PRNDaso Coimbra
PTBCarrel Benevides
PLJones Santos Neves
PTLuiz Inácio Lula da Silva
Francisco BenjaminJesus TajraLeur Lomanto
Maria de Lourdes AbadiaVirgildásio de Senna
Roberto D'Avila
Francisco Diógenes
Márcia Kubitschek
João de Deus Antunes
Secretária: Maria Eunice Torres Vilas Boas.Ramais: 6945 - 6946
COMISSÃO DE RELAÇÕESEXTERIORES
Presidente: Márcia Kubitschek - PRNVice-Presidentes: Daso Coimbra - PRN
Antonio Mariz - PMDBEnoc Vieira - PFL
TitularesPMDB
PDCEduardo Siqueira Campos
PSBJoão Herrmann Neto
PCdoBEduardo Bonfim
SEM PARTIDO
Aluízio CamposAntônio CâmaraAntonio MarizErnani Boldrin .Leopoído BessoneMarcos Lima
Melo FreireNaphatali Alves de Souza·Osmir LImaraulo MacariniPercival MunizUlysses Guimarães
SuplentesPMDB
Matheus IensenMaurício NasserMaurílio Ferreira LimaMauro Miranda
Michel TemerRenato BernardiWalmor de Luca4 Vagas
PFL PSDBAngelo Magalhães Paulo Pimentel . Carlos Mosconi Jorge UequedJosé Thomaz Nonô Salatiel Carvalho Elias Murad Ruy NedelJosé Tinoco Vinícius CansançãoLuís Eduardo
PSDBEuclides Scalco Moema São Thiago PDT
Hermes Zaneti Sigmaringa Seixas Floriceno P'aixão Nelson AguiarLúcio Alcântara
PDTJosé Maurício Vivaldo Barbosa
PDS PDSAryValadão Cunha Bueno
PRN2 Vagas
Geraldo Bulhões Renato JohnssonPTB
Solon Borges dos Reis Roberto Torres PRN
PLArnaldo Faria de Sá Fausto Rocha
Rubem BranquinhoPT
Virgílio Guimarães PTB
PDC Joaquim Sucena Roberto Jefferson
Sotero CunhaPSB
Domingos Leonelli PLPCdoB José Carlos Coutinho
Manoel DomingosPPB
Leonel Júlio PTBenedita da Silva
Secretária: Regina Beatri~ Ribas MarizRamais: 6992 - 6993 - 6994 - 6995
PDCBorges da Silveira
COMISSÃO DE SEGURIDADESOCIAL E FAMÍLIA PSB
Abigail Feitosa
Presidente: Joaquim Sucena - PTBVice-Presidentes: Roberto Jefferson - PTB PCaoB
Walmor de Luca - PMDBJorge Uequed - PSDB
.Haroldo Lima
Titulares
PMDBSuplentes
PMDi3
Alar~co Abib Manoel Viana ·Bezerra de Melo Ivo Mainardi
Djenal Goriçalves Messias Soares Carlos SanfAna Mauro Sampaio
Francisco A:maral Moisés Avelirio · Célio de Castro Oswaldo Lima Filho
Genésio Bernardinó Raimundo Rezende Eduardo Moreira 5 Vagas
Ivo Lech Rita Camata PFLJosé Viana Walmor de Luca Alcides Lima José Lins
·Annibal Barcellos José QueirozEunice Michiles Orlando BezerraHorácio Ferraz
PFL PSDBAlceni Guerra Orlando Pacheco Antônio Carlos Mendes Thame Maria de Lourdes Abadia
Cleonâncio Fonseca Paulo Marques Geraldo Alckmin Filho Nelson SeixasÉrico Pegoraro Pedro CanedoJofran Frejat PDT
Carlos Cardinal Márcio Braga· Lúcia Braga
Edmilson ValentimSecretária: Maria Inêz LinsRamais: 7018 - 7019 - 7021 -:- 7022
COMISSÃO DE TRABALHO,DE ADMINISTRAÇÃOE SERVIÇO PÚBLICO
Antônio Salim Curiati
Dionísio Hage
Ervin Bonkoski
José Luiz de Sá
Eduardo Jorge
Miraldo Gomes
Raquel Capiberibe
PDS
PRN
PTB
PL
PT
PDC
PSB
PCdoB
Mello Reis
Mário de Oliveira
Farabulini Júnior
PTBGastone Righi
PLJosé Luiz de Sá
PTPaulo Paim
PDCFrancisco Coelho
PCBAugusto Carvalho
PSCAristides Cunha
Presidente: Amaury Müller - PDTVice-Presidentes: Carlos Alberto' Caó~PDt
José da Conceição - PMDBEurico Ribeiro~ PRN
TitularesPMDB'
Domingos LeonelliHaroldo SabóiaJosé da ConceiçãoJose MeloJosé'Tavares
PFLCosta FerreiraEraldo TrindadeJosé Lins
PSDBAntônio Carlos Mendes ThameCélio de Castro
PDTAmaury Müller
PDSOsvaldo Bender
PRN,Eurico Ribeiro
,Manoel MoreiraMário Lima 'Mauro SampaioTidei de Lima'I vaga
Luiz MarquesJosé Mendonça BezerraRicardo Fiúza
Francisco KÜsterGeraldo Campos
Carlos Alberto Caó
Suplentes
PMDBCarlos Vinal!1"e Francisco AmaralLiJiz Roberto Pontes Osmundo Rebouças- - - -
, Jorge Gama U1durico PintoNilson Gibson 3 Vagas
PFLArnaldo Prieto .Maluly NetoEvaldo Gonçah:es Osmar LeitãoJosé Camargo 1 Vaga
PSDB
José Guedes Nelton FriedrichMyriam Portella Vilson Souza
PDl::Lisâneas MacielF1oriceno Paixão
PDSDarcy Pozza Jósé Lourenço
PRNFlávio Rocha
PTBMendes Botelho
PLJones Santos Neves
PTIrma Passoni
PDC
Eduardo Siqueira Campos
PCBRoberto Freire
PSC,Fr,ancisco Rolim
Secretario: José Roberto Nasser Silva.. " -- ., Ramais: 6986 - 6987 - 6988 - 6989 1004 -'7007
COMISSÃO DE VIAçÃO,TRANSPORTES,
DESENVOLVIMENTO URBANOE INTERIOR
PCdoB1 vaga
SuplentesPMDB
Presidente: Jorge Arbage - PDSVice-Presidentes: Darcy Pozza - PDS
- Chist6vam Chiaradia - PFLFirmo de Castro - PMDB
TitularesPMDB
-Álvaro AntnnioAntonio BrittoEliel RodriguesFlávio Palmier da Veiga
-Iturival NaScImentoJosé Ulisses
Moisés A.Y.Ç:1jnoPaulo AlmadaPrisco VianaPaulo SidneyVingt Rosadoi Vaga
Alexandre PuzynaAsdrubal BentesDalton CanabravaFirmo de CastroJorge GamaJosé Maranhão
Albérico CordeiroAntônio Ferreira
_Etevaldo NogueiraFurtado Leite
pFt
Júlio CostamilanManoel Ribeiro _
_Maurício NasserMauro MirandaNilson SguareziNyder Barbosa
José TinocoLael VarellaWaldeck Ornéllas
PFLJacy Scanagatta •Jonas PinheiroJosé Santana de VasconcelosLevy Dias
PSDBAntônio PerosaFrancisco Küster
PDTEdésio Frias
PDSJosé Luiz Maia
PRNEurico Ribeiro
Mário AssadMilton BarbosaMussa Demes
Mauro CamposRuy Nedel
Lúcio Alcântara
Telmo Kirst
Raul Belém
MEMBROS DO PODER EXECUTIVOCharles Curt MuclIer Almir LaversveilerCesar Vieira de Rezende José Carlos MelloPedro José Xavier Matoso
1-COMISSÃO DE ESTUDOS TERRITORIAIS (ART. 12 DO ATO DAS DISPOSIÇÕESCONSTITUCIONAIS TRAJ'TSITÓRIAS).
Composição
MEMBROS DO'CONGRESSO
PSDBAcival Gomes Lézio SathlerDiucy Pozza Myriam Portella
PDTBrandão Monteiro Edésio Fri~s
PDSDarcy Pozza Jorge Arbage
PRNFreire Júnior Roberto Vital
PTBMendes Botelho Valmir Campelo
PLAssis Canuto Paulo Roberto
PTJoão Paulo
PDCGidel Dantas- Jairo Azi
PTB
Marluce Pinto
PL
Ismael Wanderley
PTLurginha Savignon
PDCLeomar Quintanilha
PCdoB1 vagaSecretária: lole Lazzarini
Ramais: 6972 - 6973 - 6974
Senadores
Alfredo Campos-Chagas RodriguesJoão CasteloJoão MenezesNabor Júnior
Paulo Mjncarone
Marcos Formiga
Joaquim Haickel
Deputados
'Alcides LimaGabriel GuerreiroJosé Carlos VasconcelosJosé Carlos MelloJosé GuedesRenato Bernardi
2 - COMISSÃO ESPECIAL INCUMBIDA DEAPRECIAR O PROJETO DE LEI N9 1.506/89, QUE','INST!TUI NO~AS GERAIS DE PROTEÇÃO,A INFANCIA E A JUVENTUDE E OUTROS QUECRIAM O ESTATUtO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE".Presidente: Deputada Sandra Cavalcanti - PFL - RJl' Vice-Presidente: Deputado Airton Cordeiro - PFL - PR2' Vice-Presidente: Deputado Arthur da Távola - PSDB. RJ3' Vice-Presidente: Deputado Benedicto Monteiro - PTB PA
Aluizio bezerraFrancisco RollembergJoão CalmonJutahy Magalhães1 vaga'
Edison LobãoJoão Lobo
Chagas RodriguesDirceu Carneiro
SENADORES
TitularesPMDB
Nelson WedekinRonaldo AragãoRuy BacelarMansueto de Lavor
PFLJoão MenezesLourival Baptista
PSDBTeotônio Vilela Filho
Antônio MarizHélio RosasMaria Lúcia
Airton Cordeiro ,Salatiel Carvalho
Arthur da Távola
Nelson Aguiar
TitularesPMDR
Nilson GibsonRitã Camata
:PFL
Sandra Cavalcanti
PSDBRobson Marinho
PDT
PDTMário Maia
PDSRoberto Campos
PRNJoão Castelo
PTBLouremberg Nunes Rocha
PDC• Leopoldo Peres
Suplentes
PMDBJosé Fogaça Severo GomesMárcio Lacerda
PFLOdacir Soares
PSDBPompeu de Souza
PDCMauro Borges
PSBJamil Haddad
Jovani MasiniMurilo Leite
PFL
PTB
PT
PJ>S
PRN
Su.plentesPMDB
Asdrubal BentesCarlos BenevidesJorge Gama
Jorge Arbage
Dionísio Hage
Benedicto Monteiro
'~enedita da Sirva
'Eduardo Jorge
Secretário: Luiz César Lima CostaRamal: 7067 e 7066.
COMISSÃO'MISTA DE ORÇAMENTOPresidente: Dep. Cid Carvalho - PMDB - MAVice-Presidentes: Seno João Lobo - PFL - PI
Dep. Ziza Valadares-PSDB-MGDep. José Luiz Maia - PDS - PI
Átila LiraEunice Michiles
Rosario Congro Netc
Tadeu França
1 vaga
Eurico ,Ribeiro
Jayme Paliarin
Mário Assad
PSDB
Rose de Freitas
PDT
PDS
PRN
PTB
PT
DEPUTADOS
TitularesPMDB
Cid CarvalhoDomingos JuvenilFirmo de 'CastroGenebaldo CorreiaHenrique Eduardo AlvesIsrael PinheiroIvo CersósimoJoão AgripinoJoão Carlos BacelarJosé Carlos VasconcellosJosé Dutra
PFLArnaldo PrietoEraldo TinocoFrancisco DornellesHumberto SoutoJoão AlvesJosé Jorge
José TavaresLúcia VâniaManoel MoreiraMarcos LimaNyder BarbosaRenato ViannaRospide NettoSantinho FurtadoTideiLima2 vagas
Luiz MarquesOsvaldo CoelhoPaes LandimSalatiel CarvalhoSimão SessimVictor Fontana
PSDBAécio Neves Saulo QueirozDarcy Deitos Virgildásio de SennaJosé Serra Ziza ValadaresMaria de Lourdes Abadia
PDTCésar Maia Lúcio AlcântaraGonzaga Patriota Miro Teixeira
PDSDarcy Pozza Jorge ArbageFelipe Mendes ,José Luiz Maia
PRNBasílio Villani Renato JohnssonGeovani Borges
PTBCarrel Benevides João de Deus AntumesFábeio Raunheitti
PLJosé Luiz de Sá José Geraldo
PTIrma Passoni Joito Paulo
PDCGidel Dantas Roberto Balestra
Abigail FeitosaPSB
PCdoBManuel Domingos
PSTChico Humberto
SuplentesPMDB
Délio Braz Neuto de ContoDjenal Gonçalves Nilson Gibson
Haroldo SaMia Ruy NedelJovanni Masini Ubiratan Aguiar
PFLÁtila Lira José QueirozJofram Frejat Levy Dias
PSDBAnna maria Rattes Francisco Küster
PDTRoberto D'Avila
PDSTelmo Kirst
PRNFausto Rocha
PTBFeres Nader
PL1 vaga
P'F"Vladimir Palmeira
PDCMiraldo Gomes
Secretária: Hilda de Sena C. WiederheckerSala 16 - Anexo 11 - Câmara dos DeputadosTelefones: 311-6938 (Secretaria)
223-2945 (Presidente)311-6937311-6942/43 (I" ViCe-Presidente)311-68-41 (Relator-Geral)
24, 25 E 26 DE MAIO ,DE 1990
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL
PREÇO DE ASSINATURA
(Inclusas as despesas de correio via terrestre) .
SEÇÃO I (Cimara dos Deputados)
!)~rrt~!itJréll ••••••••••••••••••••••••••••••••••
s~çAo 11 (Senado Federal)
!)~rrt~~éll ••••••••••••••••••••••••••••••••••
Cr$ 1.069,00
Cr$ 1.069,00
Os peaidos devem ser acompanhados de cheque pagável
em Brasília, Nota de Empenho ou Ordem de Pagarrtento pela
Caixa Econôrrtica Federal - Agência - PS-CEGRAF, conta cor
rente n~ 920001 ..2, a.favor do
CENTRO aRÁFIco DO SENADO FEDERALPraça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF
CEP: 70160.
Maiores Informações pelos telefones (061) 311-3738 e 311-3728na Supervisão deMsinaturase Distribuição de Publicações - Coordenaçãoele Atendimento ao Usuário. "
-REVISTA DE INFORMAÇAOLEGISlATNA N9 99
(julho a setembro de 1988)
Está circulando o n9 99 da Revista de Informação Legislativa, periódicotrimestral de pesquisa jurídicaeditado'pela Subsecretariade Edições TéC;nicasdo Senado Federal.
Este número, com 332 páginas, conténi as seguintes matérias:
EDITORIAL
Declaração Universal dos Direitos do Homem. Quarenta Anos Decorridos - Beatriz Elizabeth Caporal Gontijo dé Rezende
COLABORAÇÃO
Reflexões sobre o valor jurídico das Declarações Universal e Americanade Direitos Humanos de 1948 por ocasião de seu quadragésimo aniversário- Antônio Augusto Cançado Trindade ,
O Poder Judiciário e a tUtela do meio ambiente - Ministro SidneySanéhes '
Dever de prestar contas e responsabilidade administtativa: concepçõesalternativas. Evolução de conceitos e aplicação na administração públicabrasileira - Daisy de Asper Y Valdés
Constituinte e' Constituição - Jar,?as MaranhãoDireito adriUnistrativo inglês -J CretellaJúniorO reerguimento econômico (1903-1913) -MirceaBuescuCostume: forma de expressão do direito positivo ,...- Marta VinagreOs direitos individuais - José Luiz Quadros de MagalhãesA arte por compiltador e o direito de autor - Carlo~ Alberto BittarVictimologia Y criminalidad violenta en Espafta -Miguel Polaino Na-
varreteParticipação da 'comunidade na área penitlmciária - Necessidade de
melhor apoio legal-Armida Bergamini MiottoA conversão- da dívida - Amoldo WaldSelección y formación del personal penitenciario en Argentina -Juan
Luis SavioliO problema teórico das lacunas e a defesa do consumidor. O caso
do art. 159 do Código Civil-José Reinaldo de Lima LopesCriminalidade e política criminal - Francisco de Assis ToledoAs eleições municipais de 1988 - Adhemar Fen-eira MacielA legislação agrária e o federalismo, leis federais e leis estaduais -
JoséMottaMa;a -. Mudança política e política de desenvolvimento regional !lO Brasil Qesde
o ano de 1964 -Horts1!ahro eJurgenZeppAtos políticos e atos de governo. R~alipades diversas, segundo a teoria
tetraédrica do direito e do Estado -MarqUes Oliveira
REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA N9 100
(Outubro a dezembro de 1988)
I..
Sessi:io solene de promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Está circulando o n9 100 da Revista de Informação Legislativa, periódico trimestralde pesquisa jurfdica editado pela Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.
, Este número, com 400 páginas, contém as seguintes matérias:
ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Programa de desenvolvimentp para uma alta .adminis-tração da Justiça - Evandro Gueiros Leite.
A eletividade da magistratura no Brasil-Orlando SoaresLinchamentos: do arcaico ao moderno - José Arthur
Rios.Poder cautelar geral do juiz - Ministro Sydney Sanches.A teoria das ações em· Pontes de Miranda - Clóvis do
Couto e Silva.La necesarfa motivación de las resoluciones judiciales
- Antonio Maria Lorca Navarrete.A proibiçi:io de analogia no direito tributário - Ricardo
Lobo Torres.A prescrição da açi:io penal-econOmica perante o Conse
lho Administrativo de Defesa EconOmica - CAD José Inácio Gonzaga Franceschini.
O futuro do mercado de capitais -Amoldo WaldArbitragem internacional. Percalços & entraves - Mar
cos A. Raposo.Reforma agrária no Brasil-José Luiz Quadros de Maga
lhães.Da responsabilidade civil do Estado - Manoel Caetano
Ferreira Filho.o O seguro da responsabilidade civil - Voltaire Marensi.A TVA e o direito de autor - Carlos Alberto Bittar.Evolução histórica do instituto da cessão de contatos
- Antonio da Silva Cabral.
A atividade pesqueira e suas implicações jurfdico-penais- Liclnio Barbosa.
A iniciativa das leis pelo Tribunal de Contas -Raimundode Menezes Vieira.
COLABORAÇÃO
A vocaçi:io dos séculos e o direito romano. O ensino,a doutrina e a legislação. Um novo direito romanoni:io europeu. Exemplos do passado e do presente.A África do Sul. O"uti possidetis~'e o mundo moderno. Os "servi terrae" do mundo atual. O monopóliodas terras rurais e a enfiteuse. A usura internacional.As reformas agrárias. Sobrevivência da latinidade- SIlvio A. B. Meira.
A nova Constituição e sua contradição ideológica - Senador Leite Chaves.
Aspectos da nova Constituição - Marcelo Pimentel.O Mandado de Injunção - Herzeleide Maria Fernandes
de Oliveira .O exflio do povo e a alienação do direito - R. A. Amaral
Vieira. .O Congresso brasileiro e o regime autoritário -António
Carlos Pojo do Rego.CPI e Constituição: Um caso concreto -Alaor Barbosa.A participaçi:io polftica da mulher - Joaquim Lustosa
Sobrirlho.Ombudsman para o Brasil? - Daisy de Asper y Valdés.CompetênciÍl concorrente limitada. O problema da con
ceituação das normas gerais - Diogo de FigueiredoMoreira Neto.
O princfpio do co'ncurso público na jurisprudência doSupremo Tribunal Federal. Alguns aspectos - GiImar Ferreira Mendes.
I
À venda na Subsecretariade Edições Técnicas -. Senado Federal, Anexo I, 229
andar - Praça dos Três Poderes, CEP 70160....!. Brasflia,DF - Telefones: 311-3578 e311-3579.
As.jinatura para 1989(nOS 97 a 100)
Os pedidos a serem atendidos através da ECT deveração ser acrescidos de 50% (cinqüentapor cento) de seu valor para a cobertura das respectivas despesas postais e acompanhados de chequenominal à Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal ou de vale 'postal remetido à AgênciaECT.do Senado - CGA 470775. . . .
REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA N9 101
(Janeiro a Março de 1989)Está circulando o n9 101 da Revista de Informação Legislativa, periódico trimes
tral de pesquisa juridlca editado pela Subsecretaria de Edições Técnicas do SenadoFederal•.
Este número, co~ 332 páginas', contém as seguintes matérias:
COlABORAÇÃO
O Processo Legislativo nas Constituições Federais brasDeiras - Raul MachadoHorta
O Poder Legislativo na nova Constituição brasDeira - Senador Irapuan Costa JuniorO Supremo Tribunal Federal na nova Constituição - Ministro Sydney SanchesA Justiça MilItar na nova Constituição brasDeira - Antônio Geraldo PeixotoAs relações internacionais na ordem constitucional - Paulo Roberto de AlmeidaDa competência internacional da Justiça do Trabaiho - Georgenorde Sousa Franco
RlhoCompetência legislativa concorrente dos Estados-Membros ná Constituição de
• 1988 - Paulo Luiz Neto Lobo .,,O Poder Legislativo, temporaUdade e espaclologla - Paulo Jacques:Constituição: utna tentativa de compreensão - José Roberto Femandes Castilho;Mandado de Injunção e InconstituclonaUdade por omissão - Adhemar Ferreira
MacielO Poder Legislativo e o Direito de Autor - Carlos Alberto BittarAscaUzação e controle do Executivo pelo Legislativo - Rosinethe Monteiro SoaresSistemas constitucionais estrangeiros e &gãos de controle financeiro e orçamen-
tário - Wtor RoIfLaubéFundações PúbUcas - Maria Sy/via ZaneJJa Di PietroO regime de acumulação na Constituição de 1988 - Corsíndio Monteiro da SilvaJuizadO de Instrução - Álvaro Lazzarinil>esporto constltuclanalizado - Álvaro Melo FDhoOs efeitos da conversão sobre a economia brasileira e o mercado de capitais -.: Balanço de um semestre - Amoldo WaldCláusulas de Jurlsdicclon y begislaclón apUcable en los contratos de endeudamient
externo de los Estados Latlnoamericanos - Jürgen SantlebenNo Centenário da República: um balanço econômico - Mircea Buescu
P<IBUCAÇÕES
- Obras pubUcad,as pela Subsecretaria de Edições Técnicas
À Venda na Subsecretaria deEdições Técnicas - SenadoFederal, Anexo I. 22° andar Praça dos Três Poderes, CEP70160 - Brasília, DF - Telefones 311-3578 e 311-3579.
Os pedidos a serem atendIdos através da ECT deverão seracrescidos de 50% (cinqüentapor cento) de seu valor para acobertura das respectivas despesas postais e acompanhados de cheque nominal à Subsecretaria de Edições Técnicasdo Senado Federal ou de valepostal remetido à agência ECTdo Senado - CGA 470775.
Deixamos de atender pedidos pelo reembolso postal, emvirtude de preço das publicações desta Subsecretaria se·rem abaixo do mínImo exigidopela ECT, para remessa atravésdo referido sistema.
MACHADO DE ASSIS EA POLÍTICALivro de crônicas de Machado de Assis sobre o Senado do Império.
Apresentação do Senador NELSON CARNEIRO, Presidente do Congresso Nacional; dos escritoresAustregésilo de Athayde, Afonso Arinos, Afrânio Coutinho, Carlos Castelo Branco, Luiz Viana Filho,José Sarney, Josué Montello, Marcós Vinicius Vilaça, Raymundo Faoro.
"Política, como eu e o meu leitor entendemos, não há. E devia agora eXigir-sedo' melro o alcance do olhar da águia,e o rasgado de um vôo? Além de il6Rico seriacrueldade."
(D:RJ, ~-11-1861)
"Cada Ministro gosta' de deixar entre outros trabalhos um que especifique o seu
nome-no catálogo dos. administradores." " do Sesq,uicentenário "Edição co~emora~v'~~hado'de Assis.
(DRJ,1O-12-1861) de Nasc\mento e_----1
(A Semana, 27-11-1892)
(DRJ,12-6-1864)
(D'RJ,1O-11-1861)
-Edição LimitadaADQUIRA SEU EXEM\'LAR
j[~---~-
CENTRO GRÁFICO DO SENADO FEDERALPraça dos Três Podere~'~ Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF - CEP 70160,
"Em que tempoestamos~ Que País é este?"
"Deve-se supor que é esse o escolhido doPartido do Governo, que é sempre o legítimo."
"Se eu na galeria não posso dar um herro,onde é que hei de dar? Na rua, feito maluco?"
Maiores informaçõ~s pelos telefones (061) 311-3738 e 224-5615, na Coordenação de Atendimento110 -Usuário - Supervisão de Assinaturas e Distribuição de Publicações.
EDIÇÃO DE HOJE: 88 PÁGINAS