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Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Alfredo KaeferSecretário: Claudemir Bongiorno Tesoureiro:João Roberto Welter Diretores efetivos: Roberto Kaefer e Guilherme dos SantosDiretores suplentes:Sidnei Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ademar Rissi, Dilvo Grolli, Roberto Pecoits e Valter PitolConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Cordeiro, Célio Martins Filho e Pedro Henrique de Oliveira Conselheiros fiscais suplentes:Evaldo Ulinski, Paulo Karakida e Marcos BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Osvaldo Ferreira JuniorDelegados representantes suplentes:Claudio de Oliveira e Rogério Gonçalves
Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br [email protected]
Ed. nº 35 - Jul/Ago 2013
As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.
Os números de produção e exportação do primeiro semestre deste
ano, nossa reportagem de capa desta edição, mostram que a avicultura para-
naense conseguiu recuperar em partes o preço médio da carne de frango no
exterior: 13% em relação ao mesmo período de 2012. Com isso, retomamos
o mesmo patamar do segundo semestre de 2011.
Para um setor que vinha crescendo a ritmo chinês, com crescimento
médio de quase 15% nos últimos 5 anos, não chega a ser um resultado
expressivo, mas para quem fechou 2012 com uma ligeira queda no fatu-
ramento das exportações, é um alento saber que estamos caminhando na
direção certa.
E o milho não deve ser motivo de preocupação para os avicultores
nos próximos meses. Trazemos em nossa matéria de Insumos números do
governo indicam que a produção da safrinha deve ser 10% maior do que
a anterior.
Outra boa notícia é que os avicultores têm à disposição uma nova
linha de crédito para modernizar os aviários. Recentemente o governo fede-
ral anunciou a destinação de R$ 1 bilhão
para incorporação de tecnologia pelos
produtores rurais, dentro do Programa
de Incentivo a Inovação Tecnológica na
Produção Agrícola (Inovagro). As informa-
ções completas estão na nossa matéria de
Oportunidades.
Desejo a todos uma ótima leitura!
Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Avicultura do Paraná, escreva para nós:[email protected].
Na direção certa
Fale conosco
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
Editorial
Expediente
Produção:
CNC Comunicação
cnccomunicacao.com.br
Jornalista responsável:
Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
Editora-chefe:
Cecília Gibson (MTB-PR: 6472)
Colaboração:
Bruna Becegatto, Bruna Robassa,
Giórgia Gschwendtner,
Juliana Vitulskis, Karina Kanashiro,
Manuela Ghizzoni, Mariana Macedo
e Marília Gomes
Design e diagramação:
Cleber Brito
Marketing:
Mônica Fukuoka
Impressão:
Maxi Gráfica
selo SFC
Foto
: Si
nd
iavi
par
Espaço Sindiavipar.............................06
Canal aberto.........................................07
Radar...................................................08
Ciência................................................... 09
Agenda..................................................10
Observatório........................................10
Eventos.................................................12
Insumos.................................................14
Economia.............................16
Entrevista............................18
Oportunidades....................................20
Bem-estar .............................................22
Mercado................................................23
Capa..................................... 24
Legislação.............................................28
Canal do colaborador........................30
Pesquisa e tecnologia........................32
Fiep........................................................34
Ubabef...................................................35
Adapar...................................................36
Artigo técnico......................................37
Nutrição................................................38
Associados...........................40
Sustentabilidade................................42
Instituições...........................................44
Artigo motivacional...........................45
Notas e registros.................................46
Estatísticas...........................................48
Gastronomia........................................50
PrESTígIo O brasileiro Ricardo Santin foi eleito
pela terceira vez vice- presidente do
International Poultry Council (IPC),
órgão mais importante do setor aví-
cola no mundo. Nesta edição, ele
explica quais as metas para os próxi-
mos anos.
INVESTIMENTo Copacol se une com Coagru,
Consolata e Coperflora e inaugura
em Ubiratã um novo abatedouro,
onde foram investidos R$ 135
milhões. O empreendimento deve
gerar cerca de 15 mil empregos
entre diretos e indiretos.
18 Entrevista
40 Associados
CrESCIMENTo A Confederação Nacional da In -
dús tria divulga Mapa Estratégico
2012/13. Estudo mostra quais
caminhos o setor industrial deve
seguir para alcançar altos níveis
de produtividade, eficiência e
competitividade.
16 Economia
EquIlíbrIoApós desacelerar para enfrentar
crise provocada pelos insumos
em 2012, avicultura parana-
ense consegue recuperar em
quase 13% preços no mercado
externo no primeiro semestre
deste ano.
24 Capa
SeçõesFo
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6 | sindiavipar.com.br
Espaço Sindiavipar
6 | sindiavipar.com.br
MAIo
JuNHo
14, 15 e 16/05: Avesui, em Florianópolis. Participan-
tes: Domingos Martins e Icaro Fiechter do Sindiavipar. Ob-
jetivo: participar da feira e discutir a avicultura com mem-
bros do setor.
05/06: 6º Encontro de Desenvolvimento de Projetos no
Cietep. Participante: Icaro Fiechter, do Sindiavipar. Objetivo:
articulação da rota estratégica para o futuro da indústria para-
naense do setor de biotecnologia animal.
10/06: I Reunião Nacional dos Comitês Estaduais de Sa-
nidade Avícola, em Foz do Iguaçu. Participantes: Humberto
Schiffer Cury e Irineu Dantes Peron, do Comitê Estadual de
Sanidade Avícola (Coesa-PR), Icaro Fiechter, do Sindiavipar,
BRF, Grupo Pioneiro, Seara, C. Vale, Unitá, Coopavel, Copacol,
Ubabef, Adapar, Mapa e entidades de outros estados. Objeti-
vo: apresentar e aprovar o regimento interno do Coesa, inclu-
são do sindicato e da Organização das Cooperativas do Estado
do Paraná (Ocepar) no Coesa-PR.
28/05: Palestra no Cietep. Participantes: Icaro Fiechter, do Sindiavipar. Objetivo: discussão do tema “Biotecnologia a serviço do
meio ambiente na indústria animal”.
13/05: Encontro no Centro de Inovação, Educação, Tec-
nologia e Empreendedorismo do Paraná (Cietep). Partici-
pantes: Icaro Fiechter, do Sindiavipar. Objetivo: discutir a
logística reversa.
04/06: Reunião na Federação da Agricultura do Estado do
Paraná (Faep). Participantes: Icaro Fiechter, do Sindiavipar, e
representantes das indústrias. Objetivo: considerações para
constituir a Conseaves.
06/06: Inauguração da Unitá Cooperativa Central, em Ubi-
ratã. Participantes: Domingo Martins, do Sindiavipar. Objetivo:
prestigiar a associação entre a Coagru Cooperativa Agroindus-
trial União, a Copacol Cooperativa Agroindustrial Consolata e
a Coperflora Cooperativa Florestal.
Avicultura aprimoradaNos meses de maio e junho, o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) esteve pre-
sente em uma série de reuniões e eventos em prol da avicultura paranaense. Nossa equipe participou, por exemplo, da
AveSui, feira já consagrada dos setores de aves e suínos, realizada em Florianópolis. O Sindiavipar também esteve presente
na inauguração da cooperativa Unitá, com matriz na cidade de Ubiratã, no Paraná. Confira abaixo a relação com todas as
ações do Sindiavipar neste período:
7
Espaço Sindiavipar
Colaboradores presentes
Canal aberto
Como já afirmamos em várias
ocasiões, a preocupação com o desenvolvi-
mento sustentável da indústria avícola tem
sido uma constante para o Sindiavipar. Por
isso, participamos de várias reuniões que
abordaram as problemáticas do setor.
Queremos registrar aqui nossos
agradecimentos às empresas associadas
que têm viabilizado o envolvimento de
seus funcionários nesses encontros, den-
tro das respectivas funções. Aproveitamos
também para parabenizar os colaboradores
que participam e que representam as em-
presas nos diversos setores convocados.
O ditado “A União faz a força” é
antigo e é sempre mais forte a participa-
ção daquele representante funcionário
que tem sua atividade diretamente rela-
cionada ao assunto da reunião, porque ele
vive os acontecimentos, participa das difi-
culdades e colabora em sugerir oportuni-
dades porque conhece profundamente os
problemas do setor e as ocorrências do dia
a dia. Com essa visão, ele consegue apre-
sentar todas as necessidades para a real
sustentabilidade da indústria avícola do
estado e da nação.
Sendo assim, enfatizamos a par-
ticipação de todos em cada atividade,
agradecendo o desprendimento de cada
participante nas reuniões que envolvam as
atividades pertinentes.
Icaro FIechterDiretor executivo do [email protected]
7sindiavipar.com.br |
13/06: Reunião na União Brasileira de Avicultura (Ubabef),
em São Paulo. Participantes: Associados do Sindiavipar (BRF
S/A, Frangos Pioneiro, Jandelle, Avenorte e Avebom), repre-
sentantes da Ubabef e da Confederação Nacional da Indústria
(CNI). Objetivo: discutir a sustentabilidade e relações Laborais
NR36.
20/06: Reunião na Unifrango, em Maringá. Participantes:
Coordenador de Meio Ambiente, Fabio Guerlles, e associados.
Objetivo: reunião preliminar sobre logística reversa.
26/06: Reunião no Cietep. Participantes: Sindiavipar, em-
presas associadas (Frangos Pioneiro, Jandelle, GTFoods e Glo-
boaves) e coordenador da Secretaria de Estado do Meio Am-
biente e Recursos Hídricos do Paraná (Sema), Laerty Dudas.
Objetivo: discutir sobre a logística reversa, sobre o setor de
alimentos de origem animal e apresentação da Sema.
11/06: Reunião em Foz do Iguaçu. Participantes: Humber-
to Schiffer Cury e Irineu Dantes Peron, do Coesa-PR, e Icaro
Fiechter, do Sindiavipar. Objetivo: discussão sobre o Fórum
Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa),
como a Certidão de Registro Avícola Comercial, implementa-
ção de maior rigor sanitário pelos estados, entre outros.
18/06: Reunião Ubabef, em São Paulo. Participantes: asso-
ciado do Sindiavipar (BRF S/A) e Ubabef. Objetivo: discutir
Câmara Integrada.
24/06: Encontro no Centro de Inovação, Educação, Tecno-
logia e Empreendedorismo do Paraná (Cietep). Participantes:
Sindiavipar e Adapar. Objetivo: analisar o valor econômico de
resíduos e subprodutos da indústria animal.
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dia
vip
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8 | sindiavipar.com.br
radar
PROMOÇÃO AGROSTOCK
Trabalho na biblioteca da Escola Técnica Bom Pastor, te-mos um exemplar da revista de vocês em nossa biblio-teca e vários alunos e professores obtiveram interesse pela revista, gostaria de saber qual o valor da assinatu-ra para nossa escola!
Ana / Nova Petrópolis (rS)
Errata: O slogan de comemoração dos 30 anos do Grupo Pioneiro é “Juntos com você” e não “Todos com você”, como foi publicado incorretamente na edição 34 da Revista Avicultura do Paraná.
resposta:
Obrigado pelo interesse! Entraremos em contato o mais
breve possível.
Carta do leitor
Na seção “estatísticas”, do portal do Sindicato
das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
(Sindiavipar), você tem a oportunidade de acessar tabe-
las com números referentes à produção e exportação de
frango, peru e grãos.
Além disso, a seção ainda oferece dados sobre
fator social, apresentando números sobre mão de obra,
transporte e também uma síntese de demonstrativo fi-
nanceiro do setor com informações do Fundo de Desen-
volvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fun-
detec Pr).
Acesse sindiavipar.com.br e confira!
Fique por dentro
9sindiavipar.com.br |
Com a chegada da estação mais
fria do ano, os cuidados com manejo
das aves devem ser redobrados, prin-
cipalmente em relação ao ambiente no
qual elas ficam alojadas. Isso é neces-
sário porque as doenças costumam au-
mentar sua incidência durante o inver-
no, como é o caso da Coriza Infecciosa.
Causada pela bactéria Hae-
mophylus paragallinarum, a Coriza
Infecciosa é uma doença respirató-
ria aguda que acomete as galinhas,
codornas e faisões. Seus principais
sinais são edema facial, descarga
oculonasal, inflamação dos sinus in-
fraorbitais e espirros.
Esta patologia tem vasto poder
de contágio, sendo transmitida princi-
palmente às aves adultas e que se en-
contram em áreas com alta densidade
criatória. Outra característica, é que a
doença pode ser encontrada em todas
as partes do mundo, contudo, ocorre
com maior prevalência em países de
clima temperado. No Brasil, a Coriza
Infecciosa tem sido diagnosticada em
todas as regiões, tanto em galinhas de
postura como em matrizes pesadas e
em frangos de corte.
Transmissão Entre as principais formas de
transmissão estão: água e alimentos
contaminados pelas secreções nasais
das aves infectadas. A Coriza Infecciosa
ocorre com maior frequência em gran-
jas que alojam lotes de várias idades e
onde não há limpeza, desinfecção e va-
zio sanitário.
Apesar de infectar galinhas de
todas as idades, a susceptibilidade à
bactéria Haemophylus paragallinarum
aumenta com a idade. Outra característi-
ca é que as aves infectadas permanecem
portadoras e servem de fonte de contá-
gio para outros lotes, contudo, o período
de incubação costuma ser bastante cur-
to, de 24 a 72 horas.
A infecção começa com coloni-
zação da bactéria no epitélio ciliado da
mucosa do trato respiratório superior,
estendendo-se aos pulmões e sacos aé-
reos. Quando há interação sinérgica com
outros agentes patogênicos do trato res-
piratório, a doença pode ter seu quadro
agravado.
Na forma severa da patologia,
o exsudato nasal e o edema facial se
agravam. Observa-se também sinusite,
conjuntivite e edema da barbela. Em avi-
ários fechados, por exemplo, é possível
sentir o cheiro característico exalado
pelo exsudato. Podem ocorrer ainda si-
nais respiratórios e diarreia.
Quando não é registrada infec-
ção secundária, os sinais clínicos tendem
a desaparecer de duas a três semanas.
A mortalidade da doença é geralmente
baixa, porém, a morbidade é alta.
Controle e tratamentoVários medicamentos são usa-
dos no tratamento da Coriza Infecciosa,
com destaque para sulfas e combina-
ções, tetraciclina, eritromicina, macro-
lídeos e quinolonas. O tratamento tem
duração média de cinco a sete dias.
Contudo, a prevenção ainda é
a melhor forma de controlar a doença.
Boas práticas de manejo, biossegurança,
lavagem, desinfecção e vazio sanitário
são fundamentais. Quando o produtor
observar aves infectadas, deve evitar
misturá-las com galinhas de idades e
origens diferentes. Em caso de surto, a
granja deve ser depopulada, lavada, de-
sinfetada e o vazio sanitário deve ser de,
no mínimo, duas semanas.
Coriza InfecciosaIncidência da doença costuma aumentar durante o inverno
Fonte: Manual de Doenças de Aves, Alberto back
Ciência
99sindiavipar.com.br |
Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail
[email protected] ou ligue (41) 3224-8737.
Data: 12 a 15 de novembro local: San Salvador (El Salvador)realização: Aves - El SalvadorE-mail: [email protected]ções: (503) 2243-2540Site: avicultura2013.com
Congresso latino-americanode Avicultura
Data: 24 de agosto a 01 de setembrolocal: Esteio (RS)realização: Governo do Rio Grande do Sul - SEAPAE-mail: [email protected] Informações: (51) 3288-6223 Site: expointer.rs.gov.br
Expointer 2013
Agenda
Data: 27 a 29 de agosto local: São Paulo (SP) realização: UbabefE-mail: [email protected] Informações: (11) 3031-4115 Site: ubabef.com.br
23° Congresso e Feira brasileirade Avicultura
Data: 13 a 15 de agostolocal: São Paulo (SP)realização: BTS GroupE-mail: [email protected]ções: (11) 3017-6807Site: tecnocarne.com.br
TecnoCarne
O custo de produção de frango caiu ao nível mais bai-
xo dos últimos 10 meses. Segundo a Embrapa Suínos e Aves
de Concórdia (SC), unidade descentralizada da empresa de
pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultu-
ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o custo de produção de
frango de corte recuou 4,12% em abril. O ICPFrango/Embra-
pa chegou aos 143,45 pontos, menor valor desde junho do
ano passado.
Durante o ano, o custo de produção de frangos de
corte teve queda de 20,33%, influenciado principalmen-
te pelo custo das rações das aves
(-21,11% em 2013). A nutrição con-
tribui em grande parte pelo custo
de produção, já que ela significou,
em abril, 67,54% dos custos de pro-
dução da carne de frango.
Custo baixo na produção
Uma ação do
Grupo Pioneiro surgiu
com o intuito de divul-
gar informações e in-
centivar o consumo do
frango no Brasil. O site
comafrango.com.br é
um novo portal que
reúne notícias do setor
avícola, dados sobre os
valores nutritivos da
carne, além de diver-
sas receitas para todos
os gostos. O menu do site foi dividido de acordo com a seguinte
frase “Eu como frango porque” e cada seção (como “é barato” e “é
nutritivo”) expõe as razões pela qual o a carne de frango é consu-
mida por 100% das famílias brasileiras. O projeto entrou no ar em
abril e também está no Facebook (facebook.com/ComaFrango) com
o conteúdo direcionado às pessoas envolvidas no setor avícola e
também para os apreciadores da carne de frango.
Coma frango
11sindiavipar.com.br |
observatório
11sindiavipar.com.br |
Durante encontro da Frente Parlamentar da Agri-
cultura, o Sindigás apresentou a cartilha “Gás LP no Agro-
negócio”. O material traz as vantagens do gás para o setor,
como o menor custo de produção, baixo impacto ambiental
do produto no uso de toda a cadeia produtiva, secagem e
torrefação de grãos, esterilização e aquecimento de am-
bientes e combate a pragas, substituindo agrotóxicos e
agentes químicos, que podem prejudicar a condição saudá-
vel dos alimentos.
Apesar do grande potencial do energético, o Brasil
permanece distante
de outras grandes
economias, tais como
EUA, Alemanha e Rei-
no Unido, no uso do
produto. Diesel, com
57,3%, seguido de
lenha, com 24,7%,
estão no todo da ma-
triz energética do se-
tor agropecuário, de
acordo com dados do
Ministério de Minas e
Energia (MME).
gás no agronegócio
A Brazilian Chicken, marca internacional da carne
de frango brasileira, incrementou sua estratégia com uma
nova ferramenta: a fan page Brazilian Chicken (facebook.
com/BrazilianChicken). A página é voltada para fortalecer
a imagem do produto avícola nacional entre os consumi-
dores de países importadores.
Através de um conteúdo interativo produzido em
inglês, a fan page tem como objetivo valorizar junto aos
internautas estrangeiros os diferenciais da carne de fran-
go brasileira que são bastante apreciados no mercado in-
ternacional: o alto padrão de qualidade, o status sanitário
e a produção saudável de aves no país.
Com o slogan “Taking health and happiness to
the world”, a estratégia da Brazilian Chicken, marca seto-
rial gerenciada pela União Brasileira de Avicultura (Uba-
bef), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), é criar um
canal direto com o consumidor de frango brasileiro nos
países importadores. Outras ações deverão ser realizadas
com o mesmo objetivo nos próximos meses.
brazilian Chickenna rede
Lançado no dia 4 de junho pelo
ministro do Desenvolvimento Agrário,
Pepe Vargas, o Plano Safra da Agricul-
tura Familiar 2012/2013 prevê recurso
recorde de R$ 22,3 bilhões para a safra
atual, que inicia no mês de julho.
Por meio do Programa Nacio-
nal de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf), serão disponibiliza-
dos em crédito para investimento e
custeio uma quantia de R$ 18 bilhões
para os agricultores familiares.
Além disso, o novo plano ex-
pande os valores de crédito oferecido
e também a garantia de compras por
parte do governo.
Os recursos destinados ao
Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA), que prevê compras pela Compa-
nhia Nacional de Abastecimento (Co-
nab) para os estoques nacionais, serão
de R$ 1,1 bilhão.
Plano Safra: valor recorde
12 | sindiavipar.com.br
Produtores e empresários da
avicultura mundial terão a oportunida-
de de ampliar o conhecimento e deba-
ter sobre o setor durante a 23° edição
do Salão Internacional da Avicultura
(SIAV), que será composto pelo 23°
Congresso Brasileiro de Avicultura,
feira de exposição e pelo Projeto Pro-
dutor. O evento ocorre entre dias 27 a
29 de agosto, em São Paulo.
“A avicultura tem se modifi-
cado muito rapidamente e é um mer-
cado cada vez mais globalizado. Por
isso, é fundamental que tenhamos
espaços como o SIAV para saber as
novidades e, principalmente, pensar
o futuro”, ressalta o diretor de produ-
ção da União Brasileira de Avicultura
(Ubabef), Ariel Mendes.
Levando em conta as neces-
sidades do setor, Mendes auxiliou
na elaboração dos painéis que cons-
tituem o Congresso Brasileiro de
Avicultura. Mais de 60 palestrantes,
aproximadamente 40% deles espe-
cialistas internacionais, vão tratar de
questões conjunturais e técnicas rela-
cionadas à avicultura mundial.
Com o tema “Valor Agrega-
do: Novos Caminhos para a Inovação
Avícola”, o congresso vai reunir auto-
ridades nacionais e internacionais e
viabilizará a discussão de formas para
ampliar as estratégias em prol da am-
pliação da rentabilidade do setor, com
o emprego da inovação empresarial e
da tecnologia no campo e nas linhas
de produção.
Segundo Mendes, o SIAV pre-
tende atender as necessidades de
todos os elos da cadeia produtiva e a
programação do salão busca ser de-
mocrática. “Em primeiro lugar vamos
trazer especialistas que entendam
da realidade, não só global, mas local
também. Queremos atingir públicos
diferentes e atendê-los de forma ho-
mogênea”, comenta.
ProgramaçãoO 23° Congresso Brasileiro
de Avicultura, que começa simultane-
amente ao Siav no dia 27 de agosto,
segue até o fim do salão. Alguns dos
Troca de experiênciasSiav 2013 vai debater rumos da avicultura
Eventos
13sindiavipar.com.br |
Dia 27
Programa Técnico:
Painel de Sanidade
Dia 28
Programa Empresarial:
Painel 1: Construindo o Brasil do Futuro
Painel 2: Competitividade e Sustentabilidade no Mundo
Globalizado
Programa Técnico:
Painel 1: Avicultura e Saúde Pública
Painel 2: Manejo e Nutrição
Painel 3: Bem-estar animal
Painéis sobre regulatório:
Painel 1: Regulatórios de Insumos para Rações
Painel 2: Regulatórios de Produtos Veterinários
Dia 29
Programa Empresarial:
Painel 1: Tendências na Comercialização de Produtos
Avícolas
Painel 2: O Papel das Organizações Internacionais na
Definição de Regras para o Comércio Seguro de Alimentos
Painel 3: Impactos do Custo Brasil: Desafios Logísticos
para a Manutenção da Competitividade da Avicultura
Painel 4: Tendências no Comércio Internacional
Programa Técnico:
Painel: Inovações Tecnológicas na Avicultura (1°Parte)
Painel: Inovações Tecnológicas na Avicultura (2° Parte)
Painel: “Frango e Matriz Pesada”
Mais informações: ubabef.com.br/siav/ ou União Brasileira
de Avicultura (Ubabef) – (11) 3031-4115.
SIAV 2013Durante três dias, os avicultores inscritos no congresso vão participar de palestras e debates que abrangerão
questões tanto locais quanto globais sobre a atual situação e futuro do mercado. Confira a lista de painéis e temas.
Eventos
painéis ganharam maior destaque
dentro da programação desse ano por
apresentarem discussões pertinentes
ao atual momento da avicultura.
A atenção dos participantes
deve se voltar principalmente para as
palestras que têm como tema central
a Saúde Pública, Sanidade, Inovação,
Bem-estar animal, Regulatório e Análi-
se de risco. Para Mendes é um excelen-
te momento para trazer esse assunto
à pauta. “Estamos no meio do ano e a
partir dos debates vamos ter a oportu-
nidade de fazer um balaço do primeiro
semestre de 2013”, argumenta.
DebatesEntre os assuntos que serão
debatidos ao longo do congresso, está
a questão da nutrição. O professor da
Universidade Federal de Pelotas, Fer-
nando Rutz, irá ministrar uma das dis-
cussões considerando as aplicações da
nutrigenômica na nutrição das aves,
esse estudo busca compreender a in-
teração entre os nutrientes e os gens.
Rutz afirma a atualidade do
assunto e a importância no auxilio
do desenvolvimento da avicultura.
“Conhecendo o genoma podemos
estabelecer estratégias para melho-
rar o rendimento e a qualidade do
animal”, explica.
Além disso, a nutrigenômi-
ca pode contribuir para a redução
do custo de produção, tornando
todo processo mais eficiente. “Es-
ses novos padrões de manejo auxi-
liam no desempenho das criações,
inclusive no aspecto econômico”,
reitera o professor.
14 | sindiavipar.com.br
Insumos
Principal componente da ração
de frangos e suínos, o milho não deve
ser motivo de preocupação para os avi-
cultores nos próximos meses segundo o
presidente do Sindicato das Indústrias de
Produtos Avícolas do Estado do Paraná
(Sindiavipar), Domingos Martins. A previ-
são otimista é baseada na estimativa de
uma safra recorde do cereal neste inverno.
Dados da Secretaria de Agricul-
tura e Abastecimento do Paraná (Seab)
indicam que a produção da safrinha deve
chegar a 10,9 milhões de toneladas em
2013, 10% a mais do que na safra passada.
O número só será confirmado no final da
colheita no mês de agosto. “Não vai faltar
milho no mercado, o que já é muito impor-
tante porque assim os preços ficam estabi-
lizados e não teremos problemas como no
ano passado”, afirma Martins.
Em 2012, a falta de milho no
mercado brasileiro provocou uma grave
crise no setor avícola. A situação foi pro-
vocada pela quebra da safra americana de
grãos, já que os Estados Unidos é o maior
exportador do cereal no mundo. Diante
deste cenário, o Brasil passou a exportar
o produto gerando uma alta nos insumos
com graves consequências para a indús-
tria. Segundo dados da União Brasileira de
Avicultura (Ubabef), entre janeiro a agosto
do ano passado, o preço do milho chegou
a aumentar 44% em plena safra. A crise
no setor gerou, segundo a entidade, quase
seis mil demissões no ano passado.
Mercado Segundo a Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab), o país irá pro-
duzir 78,5 milhões de toneladas de milho
no ciclo 2012/13, resultado da soma da
safra de verão e da safrinha. Para a enge-
nheira agrônoma da Secretaria de Agricul-
tura e Pecuária do Paraná (Seab-PR), Julia-
na Yagushi, a quantidade do cereal torna
o cenário menos preocupante do que em
2012. “No Paraná a estimativa de consumo
interno é cerca de 9 milhões de toneladas.
É bastante se comparado a nossa produ-
ção, porém no Mato Grosso é diferente, o
estado não consome muito e envia o exce-
dente para outros mercados. Dessa forma,
a oferta do produto será suficiente para
abastecer o mercado”, explica a técnica.
Os preços também devem con-
tribuir com a indústria. Segundo a Seab
– PR, em janeiro a saca de 60 quilos era
comercializada por R$ 25,84, preço que
ainda refletia a quebra da safra americana
no mercado internacional. Já a média de
junho foi de R$ 20,81, uma desvaloriza-
ção de quase 20%. Para o presidente do
Sindiavipar, preços baixos ajudam a in-
dústria, porém é preciso cautela porque
Indústria de olho no milho Expectativa de supersafra do cereal no Brasil pode beneficiar setor industrial
VoLUMeParaná irá produzir um milhão de toneladas de milho safrinha a mais do que no ano passado
15sindiavipar.com.br |
Originário da região Andina da
América Central, o milho é o único cere-
al nativo do Novo Mundo e um dos mais
cultivado no planeta. Produzido em
praticamente todos os países do globo,
ocupa cerca de 175 milhões de hecta-
res que rendem mais de 960 milhões
de toneladas anuais. Líderes absolutos,
os Estados Unidos são responsáveis por
cerca de um terço dessa produção. Em
anos bons, os norte-americanos reti-
ram de suas lavouras mais de 300 mi-
lhões de toneladas do cereal.
Com uma safra tão volumosa,
não é de se espantar que os EUA sejam
também os maiores fornecedores de mi-
lho para o mundo. Todos os anos, entre
40 milhões e 60 milhões de toneladas
do grão norte-americano seguem para o
mercado internacional – o equivalente a
cerca de 20% da produção anual do país
e metade do comércio global do cereal.
Não por acaso, os preços do
milho são extremante sensíveis as osci-
lações na oferta norte-americana. Tome
como exemplo o ano passado. A quebra
histórica que levou EUA perto de 100
milhões de toneladas do grão – volume
equivalente a mais de uma safra de soja
brasileira inteira – fez as cotações do ce-
real explodirem no país e inflacionou os
preços em todo o mundo. E a indústria bra-
sileira de carnes sentiu na pele o aperto.
No ano em que a produção na-
cional ultrapassou pela primeira vez
a marca das 70 milhões de toneladas,
era difícil encontrar milho no mercado
doméstico. Preocupados com o abaste-
cimento interno, os norte-americanos
reduziram à metade as suas exportações.
O Brasil aproveitou a lacuna para ampliar
seus embarques e o cereal, que até a dé-
cada de 90 sequer fazia parte da pauta
de exportação do país, virou um dos prin-
cipais produtos nos portos brasileiros.
Foram mais de 22 milhões de toneladas
– 30% da produção nacional e um quarto
do comércio global do grão.
Mas será muito difícil para o
Brasil conseguir sustentar suas expor-
tações nos mesmos níveis do de 2012.
Até porque, apesar de um início de tem-
porada complicado pelo excesso de
umidade, tudo indica que a produção
norte americana irá retomar o cresci-
mento no ciclo 2013/14, com colheita
de algo em torno de 350 milhões de
toneladas já a partir deste mês. A situ-
ação atípica do ano passado abriu mui-
tos mercados para o cereal brasileiro e
parte dessa demanda deve se manter,
mas ainda não se sabe até que ponto
esse clientes foram de fato fidelizados.
Maior importador do mundo,
com cerca de 15% do comércio global,
o Japão foi o maior comprador de milho
brasileiro no ano passado e neste ano
continua buscando cargas na América
do Sul. Mas outros mercados impor-
tantes, como México (9% do comércio
global) e China (que na última década
passou de exportador a importador de
milho), ainda têm dado preferência ao
cereal norte americano.
E o que tudo isso quer dizer para
a avicultura brasileira? Que, a julgar pela
conjuntura atual, o mercado internacio-
nal acena com cotações bem mais con-
fortáveis para o setor em 2013. O preço
médio do bushel (27,2 quilos) da tem-
porada 2013/14 está projetado em US$
4,80, queda de US$ 2,15 com relação ao
valor médio da safra 2012/13 e US$ 3,50
abaixo do pico de 2012. No mercado do-
méstico paranaense, as cotações médias
do cereal recuaram R$ 1,50 por saca – de
R$ 23,52 (média 2012) para R$ 22,01
(média primeiro semestre de 2013), con-
forme levantamento da Secretaria de
Agricultura do estado.
luana gomes
Analista de mercado e integrante da
Expedição Milho Brasil
o impacto do milho americano
Insumos
os valores muito baixos podem desesti-
mular o produtor de grãos para a próxima
safra. “O importante da economia é cada
elo da cadeia ganhar um pouco. O preço
tem que estar razoável para o produtor e
para a indústria”, comenta Martins.
Segundo Juliana, os preços e a
oferta de milho no mercado interno e ex-
terno dependem muito da produção de
grãos nos Estados Unidos. No ano passa-
do o Brasil passou a ser visto como gran-
de fornecedor e ocupou o primeiro lugar
nos embarques do cereal para o merca-
do internacional comercializando, pela
primeira vez, mais de 20 milhões de to-
neladas do grão. Porém, ela diz que uma
boa safra americana pode mudar todo o
panorama. “O ano passado foi excelen-
te para o Brasil no quesito exportação,
porém não é uma situação consolidada”,
alerta a agrônoma.
No início da colheita da safrinha
no Paraná e no Mato Grosso do Sul, em
junho, o Brasil exportou 368,9 mil to-
neladas, o que representa um aumento
de 40% em relação a maio de 2013, se-
gundo dados da Secretaria de Comércio
Exterior (SECEX), órgão ligado ao Minis-
tério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC).
16 | sindiavipar.com.br
Economia
Durante nove meses, a Confede-
ração Nacional da Indústria (CNI) entre-
vistou 520 pessoas, entre empresários,
executivos, acadêmicos e presidentes
de associações nacionais setoriais e fe-
derações de indústrias para debater a
situação e os desafios do setor industrial
brasileiro. O resultado do trabalho foi re-
sumido no Mapa Estratégico da Indústria
2013-2022 que, segundo o presidente
da CNI, Robson Andrade, foi elaborado
em um esforço de definir ações necessá-
rias para fazer o país crescer mais e me-
lhor, e refletir sobre os problemas que
impedem esse crescimento.
Apresentado pela confederação
no mês de maio, em Brasília, o estudo
traz uma análise que aponta o caminho
o que falta para a indústriaMapa elaborado pela CNI mostra ações necessárias para desenvolver o setor
AMbIENTE MACroECoNôMICo
CoMPETITIVIDADE CoM SuSTENTAbIlIDADE
rElAçõESDE TrAbAlHo
DESENVolVIMENToDE MErCADoS
SEgurANçA JuríDICAE buroCrACIA
FINANCIAMENTo
INFrAESTruTurA
EDuCAção
TrIbuTAção
INoVAção E ProDuTIVIDADE
EFICIêNCIADo ESTADo
• Estabilidade e
previsibilidade
• Taxa de investimento
• Modernização das
relações de trabalho
• Custo do trabalho
• Acesso a mercados
• Internacionalização
• Cadeias produtivas
globais
• Políticas setoriais
• Desenvolvimento
regional
• Previsibilidade das
normas
• Agilidade do Judiciário
• Desburocratização
• Licenciamento ambiental
• Financiamento bancário
• Mercado de capitais
• Micro, pequenas e
médias empresas
• Logística de transportes
• Energia
• Telecomunicações
• Saneamento
• Educação básica
• Educação profissional
• Formação de engenheiros e tecnólogos
• Carga tributária
• Desoneração de
investimentos e
exportações
• Simplificação e
transparência
• Ambiente institucional e
estrutura de incentivos à inovação
• Serviços tecnológicos
• Gestão empresarial
• Gestão do gasto
público
17sindiavipar.com.br |
MetaO mapa propõe, para cada
fator-chave, um resultado principal a
ser alcançado até 2022. Além disso,
recomenda ações transformadoras,
capazes de fazer com que o país atinja
os objetivos traçados. Segundo a CNI, a
proposta é que o Brasil chegue a 2022,
ano em que se comemora o bicentená-
rio da Independência, com uma eco-
nomia mais competitiva e justa.
A edição do estudo 2013-
2022 revisa e atualiza os objetivos,
metas e programas do Mapa Estraté-
gico 2007-2015, que a CNI apresen-
tou à sociedade em abril de 2005.
Confira o estudo na íntegra no site:
portaldaindustria.com.br.
Economia
que a indústria e o Brasil devem percor-
rer na próxima década para aumentar os
níveis de produtividade e eficiência e
alcançar um elevado grau de competiti-
vidade, respeitando os critérios de sus-
tentabilidade. “Essa é uma contribuição
da CNI e do sistema industrial para o país
ter uma agenda, e criar competitividade
para indústria brasileira e para o Brasil.
Queremos uma indústria pujante e for-
te”, disse Andrade, durante a apresenta-
ção do estudo aos senadores da Comis-
são de Assuntos Econômicos (CAE).
Pontos principaisO documento traz dez fatores-
chave, que foram selecionados levando-
se em consideração o cenário mundial,
como o rápido crescimento dos países
emergentes, os avanços tecnológicos e a
mudança do clima. Também foram ava-
liadas as transformações recentes do país,
incluindo a expansão do mercado interno,
as mudanças no perfil da população e o
deslocamento da produção para o interior.
Os fatores selecionados foram:
ambiente macroeconômico; eficiência
do Estado; infraestrutura; segurança ju-
rídica e burocracia, desenvolvimento de
mercados, relações do trabalho; finan-
ciamento; tributação; inovação e produ-
tividade; e educação. Após serem classi-
ficados em quatro grupos principais os
fatores, foram apresentados aos partici-
pantes da pesquisa durante entrevistas
preliminares com lideranças da CNI, em-
presários e presidentes de associações
que expuseram as discussões mais atuais
sobre competividade do setor no Brasil e
no mundo.
18 | sindiavipar.com.br
A relevância do Brasil no mer-
cado internacional de aves foi mais uma
vez reconhecida. O diretor de merca-
dos da União Brasileira de Avicultura
(Ubabef), Ricardo Santin, foi reeleito
vice-presidente do International Poul-
try Council (IPC), entidade que reúne os
líderes da indústria de aves de todo o
mundo, que juntos representam cerca de
90% da produção mundial.
Criado para tratar de questões
de comércio, ciência e melhorar as re-
lações entre as nações, o IPC tem uma
nova missão para os próximos anos: fo-
mentar caminhos sustentáveis junto às
agroindústrias e lideranças do setor, e
fortalecer as cadeias produtivas diante
de crises internacionais, a exemplo do
ocorrido em 2012.
Para falar sobre importância da
reeleição e dos desafios e metas do IPC,
a Revista Avicultura do Paraná conver-
sou com Santin. Confira.
Avicultura - quais são ações previstas
para o seu terceiro mandato no IPC?
ricardo Santin - Como entidade
máxima do setor avícola mundial, o IPC
assumiu responsabilidades com relação
ao desenvolvimento sustentável e da se-
gurança alimentar dos países membros –
que representam parcela majoritária da
produção mundial. Dentre os pontos es-
tabelecidos, pautados pelo ambiente co-
operativo do IPC, estão a intensificação
dos debates em prol da segurança sani-
tária e o combate aos focos de Influenza
Aviária e o estímulo à propostas voltadas
para uma produção sustentável.
E nos últimos anos, quais foram as prin-
cipais conquistas da entidade?
O IPC se consolidou como gran-
de canal de comunicação da avicultura
mundial. Por meio do IPC, grandes for-
ças internacionais unem-se e trabalham
em conjunto, em prol do desenvolvimen-
to mútuo. Também é um espaço para o
intercâmbio de informações e inteligên-
cia estratégica, algo especialmente va-
lioso para grandes exportadores como o
Brasil e EUA. Além disso, foram firmados
termos de cooperação, com entidades
como FAO, Codex Alimentarius e a pró-
pria OIE – nesta última, o IPC tem assento
como observador na Assembleia Geral.
Neste mesmo sentido, estão sendo ne-
gociados também protocolos de colabo-
ração na OMC e OMS.
brasileiro no topo Ricardo Santin assume pela 3ª vez a vice-presidência do órgão mais importante da avicultura mundial
Entrevista
19sindiavipar.com.br |
Entrevista
qual a importância de se ter um vice-
presidente brasileiro a frente do órgão
máximo da avicultura mundial?
Pessoalmente posso dizer, sem
sombra de dúvidas, que é uma honra e
um privilégio fazer parte da liderança
mundial do setor avícola. Para o Bra-
sil, ter uma representação brasileira na
vice-presidência do IPC é a consolida-
ção da posição brasileira não apenas na
liderança do mercado internacional e
entre os maiores produtores mundiais,
mas como protagonista nas decisões
que definem os rumos da produção
avícola internacional. Estar no Comitê
Executivo e como vice-presidente do
IPC permite acompanhar e influenciar
diretamente a formulação de políticas
globais para a avicultura.
quais as perspectivas da avicultura
mundial?
A avicultura internacional
tende a seguir uma curva ascendente,
proporcionalmente ao crescimento da
população e da renda nos países emer-
gentes. Neste sentido, a China deverá
continuar a ser um dos grandes destinos
do crescimento das exportações avíco-
las. De outro lado, espera-se que a Índia
se transforme em um destino viável às
exportações, juntamente com a Indoné-
sia e outros potenciais mercados, hoje
fechados para os grandes exportado-
res como Brasil e EUA. O protecionis-
mo nunca se mostrou uma ferramenta
efetiva para quem busca estimular a
produção interna, por isto, cremos que
a mudança de consciência destes go-
vernos se dará no médio prazo. Mas o
certo é que, em breve, a carne de frango
será a proteína animal mais consumida
no mundo graças às suas propriedades,
como a saudabilidade e a ausência de
barreiras religiosas. O futuro é muito
promissor para a atividade, que tem
responsabilidade no auxílio à seguran-
ça alimentar global.
qual o papel do brasil como player na
avicultura mundial?
O Brasil é hoje protagonista no
cenário avícola internacional. As maio-
res empresas do mundo no setor são
brasileiras, e temos exemplos que são
referência internacional de coopera-
tivismo altamente profissionalizado,
com grande conglomerados exporta-
dores. Embora fortemente impactados
pela crise de 2012, com a elevação dos
custos de produção, ainda somos exem-
plo internacional de competitividade.
Nossos diferenciais competitivos são
qualidade de produto e status sanitário
inigualável, aliado a um modelo alta-
mente sustentável de produção, servem
como exemplo para outros países que
trabalham para crescer no setor. Por
tudo isto, o Brasil é hoje um dos mais in-
fluentes países dentre os produtores e
exportadores do setor avícola mundial.
o senhor considera que a crise que atin-
giu a avicultura brasileira em 2012 já
foi superada? Acredita o setor continue
crescendo da mesma forma do que an-
tes da alta no preço dos insumos?
Acredito que as lições da crise
de 2012 foram aprendidas, especial-
mente com relação à importância da
adoção da cautela na hora da tomada de
decisões estratégicas. Não é mais pos-
sível acelerar a produção em um ritmo
insustentável, sem grãos para abastecer
a produção ou tendo que pagar preços
altíssimos por conta da forte competi-
ção pelos insumos. Cremos que o se-
tor deva continuar a crescer, mas em
um ritmo bem mais lento, sustentável,
diretamente vinculado à demanda de
mercado e à oferta de insumos. Mui-
tos tiveram que fechar as portas no ano
passado, em todo o mundo, por ter sua
produção inviabilizada. Não podemos
repetir o mesmo erro. Por outro lado,
a crise gerou a necessidade para vários
países de desenvolverem suas indús-
trias locais, com os preços de insumos
commoditizados internacionalmente.
Por isto, o crescimento moderado deve
ser a tônica de agora em diante. Temos
expectativas positivas, de crescimento
moderado, com certa recuperação da
economia mundial e retomada do con-
sumo no mercado interno por força de
maior controle de inflação.
20 | sindiavipar.com.br
oportunidades
No início de junho o governo
federal anunciou a destinação de R$ 1
bilhão para incorporação de tecnologia
pelos produtores rurais, dentro do Pro-
grama de Incentivo a Inovação Tecno-
lógica na Produção Agrícola (Inovagro),
incluído no Plano Agrícola e Pecuário
(PAP) 2013/14. A notícia foi muito co-
memorada pelas associações, sindica-
tos e entidades estaduais e nacionais li-
gadas à avicultura, que há muito tempo
batalhavam pela criação desse tipo de
financiamento para os avicultores. Para
o presidente do Sindicato das Indústrias
de Produtos Avícolas do Estado do Pa-
raná (Sindiavipar), Domingos Martins, a
modernização é essencial para atender
a demanda do mercado e para tornar o
produto mais competitivo.
CompetitividadeO envelhecimento da estrutura
dos aviários traz impactos na competiti-
vidade do setor com a redução dos níveis
produtivos. “A competitividade traz a ne-
cessidade de modernização. Antigamen-
te os frangos eram produzidos no que
chamávamos de galinheiros, hoje temos
aviários com alto suporte tecnológico
que garantem a ambiência perfeita e, por
consequência, um produto de melhor
qualidade”, relata. Para Martins, o estí-
mulo à modernização traz diversos bene-
fícios como redução nos custos de produ-
ção e aumento de renda para o produtor.
Ainda segundo o presidente do
Sindiavipar, os aviários que vêm sendo
construídos ultimamente podem ser
comparados a hotéis cinco estrelas.
“Quanto mais eficiente você é, mais
competitivo se torna”, completa. Do-
mingos ainda explica que nos aviários
modernos é possível produzir mais aves
por m², com menos stress e mais confor-
to, o que possibilita que o frango apro-
veite melhor as proteínas e, com isso,
fique mais nutritivo.
A região Sul foi um dos berços
do desenvolvimento avícola e segun-
do avaliação do próprio Ministério da
Agricultura, precisa de atualização. A
necessidade de modernização dos avi-
ários paranaenses se tornou mais ne-
cessária nos últimos quatro anos, prin-
cipalmente porque outros aviários mais
modernos passaram a ser construídos
em outras regiões do país, o que acirrou
a concorrência. “Percebemos a neces-
sidade de não apenas construir novos
aviários, mas de modernizar os mais an-
tigos para que eles pudessem ser equi-
parados”, explica Martins.
DemandaSegundo explica o diretor do
Departamento de Economia Agrícola
do Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de
Araújo, o financiamento à avicultura bus-
ca alcançar, prioritariamente, aos produ-
tores rurais do Sul e do Sudeste. O Pro-
grama pode ser acessado por produtores
de todos os setores da agricultura, mas a
inclusão da atividade avícola foi motiva-
da por uma demanda que partiu do pró-
prio setor e principalmente da região Sul,
de acordo com Araújo. “Por serem mais
Modernizar para crescerAvicultores podem contar com nova linha de créditopara modernização
21sindiavipar.com.br |
oportunidades
Inova AgroJá o Plano de Apoio Conjunto Inova
Agro (empresa), também lançado recente-
mente pelo governo federal, contará com
recursos na ordem de R$ 2 bilhões para a
pesquisa e desenvolvimentos de máquinas
e equipamentos destinados ao agronegócio.
Estoque Outra medida que atende aos an-
seios da avicultura e também da suinocultu-
ra do Sul do Brasil será o estabelecimento,
por parte do governo, de estoques regula-
dores de milho para atender os setores pro-
dutivos onde exista carência de oferta de
milho, proveniente de regiões onde hajam
excedentes. Uma política de armazenagem
e distribuição também está prevista.
antigos, os aviários do Sul do país são
tecnologicamente mais defasados que os
do Centro-Oeste, que foram construídos
mais recentemente e já com tecnologia
de ponta”, avalia.
As condições de financiamento
consolidadas no Programa Inovagro, com
destaque para limites maiores e taxas de
juros mais atrativas, passaram a valer em
julho. O financiamento é exclusivo para
inovação, modernização e implantação
de novas tecnologias e o crédito à avi-
cultura só pode ser concedido para avi-
cultores. “É claro que muitas vezes tudo
passa pela indústria até chegar ao pro-
dutor, visto que trabalhamos em grande
parte no modelo de integração. Por isso,
nada impede que as indústrias repassem
a informação e os detalhes de como o
avicultor pode se beneficiar dessa linha
de crédito, mas o financiamento será em
nome do produtor”, lembra o presidente
do Sindiavipar.
FinanciamentoPara solicitar o crédito, os pro-
dutores rurais devem procurar os bancos
que operam com Crédito Rural e apresen-
tar um projeto técnico. Assim como em
outros tipos de financiamento, o emprés-
timo é liberado de acordo com a evolução
da obra, que exige acompanhamento.
Araújo explica que o limite do emprés-
timo é anual, sendo possível fazer um
novo financiamento pelo mesmo produ-
tor no ano seguinte. Os empréstimos in-
dividuais tem o limite de R$ 1 milhão e o
coletivo de R$ 3 milhões. A taxa de juros
é de 3,5% e o prazo para pagamento é de
10 anos com carência de três.
22 | sindiavipar.com.br
bem-estar animal
A Sociedade Mundial de Proteção
Animal e outras autoridades do setor alme-
jam que o bem-estar animal se torne uma
disciplina da grade curricular dos cursos de
Medicina Veterinária, Zootecnia, Ciências
Biológicas e áreas afins no Brasil. A moção
sobre a inserção da matéria nas universi-
dades foi proposta durante a realização
do Workshop Internacional de Bem-Estar
dos Animais de Produção, realizado entre
11 e 13 de junho, em São Pedro (SP). “A
redação do texto foi elaborada durante o
evento e teve a assinatura de cerca de 200
participantes. Agora o documento será en-
caminhado para o Ministério da Educação
e Cultura”, explica Charli Lutke, gerente de
Animais de Produção da WSPA Brasil.
Segundo Charli, há mais de 10
anos a WSPA vem atuando no Brasil, atra-
vés do curso de capacitação de docentes
em bem-estar animal, que é ministrado
nas diversas instituições de ensino supe-
rior do país. Cerca de 90 faculdades de Me-
dicina Veterinária e Zootecnia já possuem
a disciplina na base curricular dos futuros
profissionais. “A iniciativa da direção da
WSPA Brasil é fortalecer a importância da
inserção do tema bem-estar animal na gra-
de curricular do ensino superior e foi abra-
çada pela organização e patrocinadores do
workshop”, explica.
O texto do documento ressalta
a educação como o meio de eliminar, de
forma definitiva, o sofrimento imposto
aos animais de um modo geral e, em es-
pecial, aos que são de corte ou utilizados
pela indústria em experimentos. “É cada
vez maior no cenário brasileiro a demanda
por profissionais mais preparados, ou seja,
bem informados e capacitados na área de
bem-estar animal (BEA)”, destaca o diretor
nacional da WSPA Brasil, Reinaldo Lourival.
WorshopO evento foi realizado em parce-
ria entre a WSPA, Ministério da Agricultura
e Abastecimento (Mapa), Embrapa e Uni-
versidade Estadual Paulista (Unesp) e reu-
niu mais de 400 participantes, entre eles
especialistas nacionais e internacionais.
Segundo Charli, o nível de conhe-
cimento que foi transmitido durante as
palestras e mesas redondas foi excelente,
com vasto resultado técnico-científico e
longa experiência por parte dos pales-
trantes nacionais e internacionais. “Para
nós foi uma conquista reunir no Brasil 38
palestrantes renomados no cenário global
de bem-estar animal. Além disso, a parti-
cipação do público, na maioria das discus-
sões geradas nos bastidores, demonstrava
interesse e o envolvimento de quem as-
sistia aos debates, só não foi maior devido
ao curto espaço de tempo para participa-
ções”, destaca.
Charli explica que o evento com
essa temática se deu pela necessidade de
desenvolver um trabalho pró-ativo na bus-
ca de soluções para os problemas nos siste-
mas de produção, transporte e frigoríficos.
Com isso, foi desenvolvida uma programa-
ção para facilitar a troca de experiências
internacionais e criar painéis de discussões
que pudessem demonstrar soluções práti-
cas e com embasamento científico.
bem-estar na universidadeMoção apresentada em workshop internacional propõe inclusão da disciplina
23sindiavipar.com.br |
Mercado
A Medida Provisória 595/12 ou Lei
dos Portos, como também é conhecida, es-
teve em destaque no Congresso e na mídia
durante os últimos meses. Aprovada pelo
Senado, poucas horas antes do seu ven-
cimento, a medida demandou mais de 40
horas de trabalho no Congresso e 9 horas
no Senado, o que resultou em 150 modifica-
ções no documento original.
A lei passou pela sanção da pre-
sidente da República, Dilma Rousseff, no
início de junho, que vetou 13 pontos. Entre
eles estão trechos que abordavam a criação
do terminal-indústria. Com a alteração, a lei
permitirá que tanto portos quanto terminais
privados possam movimentar todo tipo de
carga, própria ou de terceiros.
O decreto que regulamenta a Lei
dos Portos foi publicado no final de junho
no Diário Oficial da União com o texto: “Este
Decreto regulamenta o disposto na Lei nº
12.815, de 5 de junho de 2013, e as demais
disposições legais que regulam a exploração
de portos organizados e de instalações por-
tuárias. O poder concedente será exercido
por intermédio da Secretaria de Portos da
Presidência da República”.
De acordo com o governo federal,
já existe um calendário de licitações e estu-
dos sobre os investimentos nos portos e, em
outubro, serão feitas as primeiras licitações.
Seão oferecidas mais de 50 áreas do porto
de Santos e na Companhia Docas do Pará.
Outras três rodadas devem ser realizadas até
janeiro de 2014.
objetivos da MPA MP dos Portos tem como ob-
jetivo aumentar os investimentos priva-
dos e modernizar os terminais portuários,
adequando-os aos padrões internacionais
de eficiência. Com isso, será possível desen-
volver o setor portuário e reduzir os custos
dos processos ligados ao transporte, além
de atrair novos investimentos para atender
a demanda crescente do país.
O investimento previsto com a
aprovação da medida é de aproximadamen-
te R$ 200 bilhões. Destes, R$ 133 bilhões
serão destinados a rodovias e ferrovias. Ou-
tros R$ 60 bilhões de recursos serão para a
área portuária.
O texto da MP determina, princi-
palmente, novos critérios para a exportação,
concessão, autorização e arrendamento
para a iniciativa privada de terminais de mo-
vimentação de carga em portos públicos.
Também abrange a questão trabalhista dos
portos. Com ela, os trabalhadores portuários
poderão ser contratados livremente, sem a
necessidade de vinculação a um cadastro de
qualificação profissional.
Concessão dos portosCom a nova medida, o critério das
licitações será a eficiência: maior capacida-
de de movimentação de carga com menor
tarifa ou o menor tempo de movimentação
de carga. Exigências que podem ser feitas ao
mesmo tempo.
Maior valor de investimento; me-
nor contraprestação do poder concedente;
e melhor proposta técnica também podem
ser critérios nos editais.
Segundo o documento, a Agência
Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
também poderá fazer uma chamada públi-
ca para conceder às empresas interessadas
uma autorização para fixar instalação por-
tuária em determinada região do país. Mas
essas autorizações serão concedidas apenas
caso haja um candidato único ou múltiplo.
A Lei dos Portos pode ser lida
na íntegra no site do governo federal:
planalto.gov.br.
MP dos Portos é sancionadaObjetivo é adequar logística brasileira aos padrões internacionais
24 | sindiavipar.com.br
Estabilidade no 1° semestre
Capa
Após desacelerar para enfrentar crise em 2012, avicultura paranaense consegue recuperar parte dos preços no mercado externo
24 | sindiavipar.com.br
Foto
: Agr
ost
ock
25sindiavipar.com.br |
Capa
Exportações de frango do Paraná
Período uS$ Kg Preço médio da tonelada
1° semestre 2011 968.441.906 499.699.897 1.938,04
2° semestre 2011 1.100.248.782 544.970.241 2.018,91
1° semestre 2012 1.040.983.030 585.067.842 1.779,25
2° semestre 2012 1.004.516.127 541.216.329 1.856,03
1° semestre 2013 1.078.978.089 537.190.917 2.008,55
As expor tações de carne de
frango do Paraná fecharam o pr i-
meiro semestre de 2013 com cres-
cimento de 3,64% no faturamen-
to, no comparat ivo com o mesmo
per íodo do ano passado, passan-
do de US$ 1,04 bilhão em receita
para US$ 1,07 bilhão no acumula-
do dos pr imeiros seis meses des-
te ano. Já o volume apresentou
retração de 8 ,18%, diminuindo de
585,06 mil toneladas embarcadas
entre janeiro e junho de 2012 para
537,19 mil toneladas expor tadas
neste semestre.
Os dados da Secretaria de
Comércio Exterior, vinculada ao
Ministério de Desenvolvimen-
to, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), apontam que a avicultura
paranaense começa a se recuperar
da crise provocada pela dispara-
da dos preços da soja e do milho a
partir de julho de 2012, em decor-
rência da quebra da safra norte-
americana, conseguindo alcançar
certa estabilidade.
Segundo o presidente do
Sindicato das Indústr ias de Produ-
tos Av ícolas do Estado do Paraná
(Sindiav ipar) , Domingos Mar t ins ,
os números conf irmam a expec-
tat iva do setor. Após a cr ise, os
av icultores t iveram que reduz ir a
contragosto o alojamento de pin -
tos e a produção para não gerar
excesso de ofer ta , diminuindo a
quant idade para melhorar os pre -
ços dos produtos , pr incipalmente
no exter ior.
Com essa estratégia, os avi-
cultores do estado conseguiram re-
cuperar o preço médio da tonelada
no mercado externo em 12,88% no
primeiro semestre de 2013 contra
o mesmo intervalo do ano passado,
saindo de US$ 1.779,25 para US$
2.008,55. Dessa forma, a avicultu-
ra paranaense conseguiu retomar
o patamar do segundo semestre de
2011 (veja tabela comparativa).
“Para um setor que vinha
crescendo a r itmo chinês, com
crescimento médio de quase 15%
nos últ imos 5 anos, não chega a ser
um resultado expressivo, mas para
quem fechou o ano passado com
uma ligeira queda no faturamento
das exportações, é um alento saber
que estamos caminhando na dire-
ção certa”, pondera Martins.
Atualmente, o Paraná co-
mercializa com mais de 130 países
em todo o mundo, e é responsável
por quase 30% das exportações
nacionais de frango. Na lista dos
dez principais destinos estão paí-
ses do Oriente Médio (como Arábia
Saudita, Emirados Árabes Unidos,
Kuwait e Egito) , China, Japão, Ho-
landa, Hong Kong, África do Sul e
Alemanha.
brasilJá as exportações da avi-
cultura brasileira – considerando
embarques de carne de frango,
ovos, material genético, ovos fér-
teis, perus, patos e gansos – tota-
lizaram 1,977 milhão de toneladas
nos seis primeiros meses de 2013,
resultado 5,7% menor em relação
ao mesmo período do ano passa-
do. Em receita, houve crescimento
de 5,5% segundo a mesma compa-
ração, com um total de US$ 4 ,381
bilhões. Os números são da União
Brasileira de Avicultura (Ubabef).
De acordo com as estatís-
t icas do setor consolidadas pela
Ubabef, o Paraná, com 28,3% de
participação, seguido de Santa
Catarina, com 24%, liderou as ex-
portações de carne de frango no
primeiro semestre de 2013 em
volume. O Rio Grande do Sul res-
pondeu por 18,7% dos embarques
e São Paulo, assim como o Mato
Grosso, por 5,9% cada.
26 | sindiavipar.com.br
avicultura paranaense está no caminho certo para
fechar o ano com crescimento acima
do PIBDomingos Martins
AbateO abate de frangos no Pa-
raná permaneceu praticamente
estável nos seis primeiros meses
do ano, totalizando uma produção
de 715.159.352 cabeças e apre-
sentando ligeira alta de 0,59% no
comparativo com o acumulado no
primeiro semestre de 2012, quan-
do foram abatidas 710.943.822 ca-
beças.
A região noroeste do esta-
do respondeu com 43,82% desse
total , atingindo uma produção de
313,36 mil cabeças de frango, se-
guida da região nordeste com par-
ticipação de 25,72% (183,91 mil
cabeças) , sudoeste com 22,12%
(158,20 mil cabeças) e sudeste
com 8,34% (59,67 mil cabeças).
Perspectivas 2° semestreO cenár io para o segundo
semestre pode apresentar resul-
tados melhores – já que é cheio e
concentra os melhores meses para
expor tação. “No começo do ano
temos como complicadores a di-
minuição das expor tações para os
países onde há inverno r igoroso,
que dif iculta os carregamentos e
ut ilização dos por tos, além daque-
la velha questão de que o ano só
começa mesmo depois do fer iado
de carnaval”, analisa o presidente
do Sindiavipar.
Além disso, a ocupação dos
espaços de produção normais por
aves de comercialização sazonal ,
como as natalinas, também pode
inf luenciar esse contexto. Tradi-
cionais na mesa de f inal de ano
dos brasileiros, a comercializa-
ção de frangos especiais chegam
a crescer até 10% nessa época
com as vendas das chamadas aves
de festa. Para Mar t ins , por conta
desses fatores, a avicultura para-
naense está no caminho cer to para
fechar o ano com crescimento aci-
ma do PIB .
“Queremos manter os ní-
veis atuais tanto no mercado ex-
terno, quanto no interno. Temos
excelentes condições fundiár ias ,
geográf icas, topográf icas e climá-
t icas que garantem nossa posição
de maior produtor e expor tador de
frango de uma forma constante.
Nosso desaf io é manter essa posi-
ção de destaque incentivando os
avicultores do estado a continuar
Produção avícola paranaense no 1° semestre de 2013
região Abatedouros Cabeças %
Noroeste 13 313.365.867 43,82
Sudoeste 5 158.203.252 22,12
Sudeste 3 59.671.473 8,34
Nordeste 12 183.918.760 25,72
ToTAl 33 715.159.352 100
Capa
27sindiavipar.com.br |
PÓS-CRISEAvicultores tiveram que reduzir alojamento e produção
prior izando o controle e a quali-
dade do frango que é produzido
aqui”, avalia o presidente do sin-
dicato, lembrando ainda que hou-
ve aumento no peso médio dos
frangos.
De acordo com o presiden-
te executivo da Ubabef, Francis-
co Turra , a produção de carne de
frango nacional também deverá
encerrar o ano com volume seme-
lhante ao obtido em 2012. “Esta
perspect iva leva em considera-
ção os níveis atuais de produção,
conforme o alojamento de pintos
de cor te e de matr izes”, explica
Turra. No caso das expor tações do
produto, o presidente da Ubabef
avalia que pode haver um cresci-
mento de até 2%.
As expor tações brasilei-
ras de carne suína no pr imeiro
semestre registraram queda de
10,52% (240,5 mil toneladas)
em comparação ao mesmo per ío -
do do ano passado. O faturamen-
to de US$ 630 milhões também
foi menor em 8,31%. Os dados
são da Associação Brasileira da
Indústr ia Produtora e Expor ta-
dora de Carne Suína (Abipecs) .
Segundo a ent idade, a suspen-
são temporár ia do mercado
ucraniano (fechado em março e
reaber to em junho) em vir tude
de barreiras sanitár ias foi apon-
tada como o pr incipal motivo
para a baixa nos embarques.
Já a expor tação de car-
ne bov ina alcançou recorde de
cerca de US$ 3 bilhões no pr i -
meiro semestre, superando em
13,6% o resultado do mesmo
per íodo do ano passado (US$
2,64 bilhões) . O resultado faz
par te de levantamento da A sso -
ciação Brasileira das Indústr ias
E xpor tadoras de Carnes (Abiec) .
O volume expor tado no per ío -
do foi de 674 ,7 mil toneladas ,
o que corresponde a um au-
mento de 21% em comparação
com igual inter valo de 2012,
quando foram expor tadas 557,3
mil toneladas . Segundo o presi -
dente da ent idade, os fr igor íf i -
cos brasileiros têm conseguido
compensar a queda na var iação
do preço médio da carne com a
conquista de novos mercados e
a ampliação da quant idade de
carne expor tada .
outras carnes
Capa
28 | sindiavipar.com.br
legislação
Indústrias paranaenses do setor
avícola estão sendo incentivadas a fazer
novos investimentos mediante diferimen-
to do pagamento do Imposto de Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS). “O dife-
rimento será concedido aos abatedouros
que estão investindo, gerando empregos, e
necessitam de incentivo para continuarem
crescendo. Para essas empresas a conta da
energia elétrica pode ficar até 30% mais
barata”, explica o assessor da Secretaria da
Fazenda do Paraná, Onildo Benvenho.
Os abatedouros de aves que es-
tão em expansão e que estão enquadrados
no Programa Paraná Competitivo podem
pedir o benefício. A medida é uma expan-
são do prazo determinado no Decreto 630,
de 2011. Um decreto estadual estendeu o
novo prazo até dezembro de 2014.
O ato normativo decretado pelo
governo estadual visa o incentivo de inves-
timentos no setor avícola, que passou por
uma grave crise econômica em 2012.
Com o decreto estadual, as aqui-
sições de energia elétrica pelas empresas
favorecidas pelo programa ficam desone-
radas do imposto.
benefícios ao setorPara conseguir o benefício, o em-
presário deve fazer a solicitação junto à Se-
cretaria da Fazenda por meio de um reque-
rimento específico ou junto com o pedido
de enquadramento no Programa Paraná
Competitivo para fins de parcelamento do
ICMS incremental.
De acordo com o presidente do
Sindicato das Indústrias de Produtos Avíco-
las do Estado do Paraná (Sindiavipar), Do-
mingos Martins, a prorrogação é pertinen-
te, pois mantêm os incentivos às empresas
que estão investindo em inovação. Porém,
o presidente acrescenta que o setor conti-
nua aguardando um retorno positivo para
a solicitação de tarifa diferenciada para o
horário de pico de uso de energia elétrica.
“Todo benefício ajuda, mas são
necessárias ações mais efetivas e dura-
douras como a redução da tarifa para todo
o setor no horário de pico do consumo,
que é das 18h às 21h. Isso é o que mais
onera o avicultor, já que nesse período a
energia elétrica chega a custar 1.000%
mais do que no horário normal. É de vital
importância para a estabilidade do setor
nesse momento pós -crise da avicultura,
para a retomada da competitividade”, ex-
plica Martins.
Apesar de ser considerada um
dos setores mais importantes da econo-
mia paranaense, o secretário de Indústria,
Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo
Barros explica que a avicultura pode ter
acesso aos benefícios do Paraná Compe-
titivo, mas que ainda não existem ações
específicas do programa para o segmento.
Contudo, devido à crise de 2012, técnicos
das secretarias de Comércio e da Fazenda
estão analisando maneiras de incentivar o
setor. “Estamos à disposição para analisar
as demandas das indústrias avícolas e, jun-
to com a Secretaria da Fazenda, os técnicos
estão analisando maneiras de incentivar o
setor”, afirma Barros.
Informações sobre o diferimento
do pagamento do ICMS para abatedouros
de aves podem ser obtidas pelo site fazen-
da.pr.gov.br. Basta clicar sobre o ícone Pa-
raná Competitivo.
Conta de luz mais barataDecreto estadual concede diferimento do ICMS para indústrias em expansão
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30 | sindiavipar.com.br
Além de preparação, liderar
trabalhadores exige sensibilidade e
conhecimento sobre o comportamen-
to social nas empresas. Os treinamen-
tos de pessoas ligadas à gerência e
liderança têm se mostrado uma exce-
lente maneira de reduzir problemas
no ambiente de trabalho e criar con-
dições favoráveis ao desenvolvimento
e crescimento tanto das organizações
quanto dos profissionais.
Por esse motivo, o Grupo Pio-
neiro implantou um Plano Diretor de
Treinamentos chamado “Pioneiro Va-
lorizando Gente”, com o objetivo de
qualificar cada vez mais seu quadro
funcional. A estratégia parte da pre-
missa de que o conhecimento é uma
ferramenta que gera mudanças posi-
tivas na vida das pessoas e da própria
empresa, sendo necessário traduzi-lo
na rotina dos colaboradores. “Des-
sa forma, não apenas melhoramos a
qualidade do ambiente e clima orga-
nizacional, mas também o poder de
competição no acirrado mercado”,
analisa o gerente de Recursos Huma-
nos, Renato Módolo.
Segundo o líder do setor de
Produção, André Buarque de Gusmão,
os treinamentos são uma forma de
aprender a se comunicar e entender
os tipos diferentes de pessoas. “Como
líderes precisamos equilibrar a neces-
sidade de produzir o que é esperado e
com qualidade, mas não podemos es-
quecer do fator humano, que é essen-
cial pra que os processo se completem
de forma eficaz”, explica.
Cronograma das açõesEm 2013, já estão programados
cursos, semanas de capacitação, proje-
tos de desenvolvimento e integração, e
palestras motivacionais, todos em nível
técnico e de desenvolvimento pessoal
e de equipes. De maio a novembro, por
exemplo, o grupo está em pleno ciclo
de treinamentos focados em Liderança
Situacional, reunindo mais de 150 par-
ticipantes que ampliarão seus conheci-
mentos sobre tomada de decisão, ges-
tão de pessoas, resolução de conflitos e
competência emocional.
Para Módolo, saber liderar não
beneficia apenas a área em que o ge-
rente está inserido, e sim atinge todos
os colaboradores e setores, desde a ad-
ministração até a equipe de apanha de
frango. “Estamos focando também no
aculturamento, uma maneira de incre-
mentar a maturidade dos trabalhadores
quanto ao respeito às normas, conduta
ética, transparência e integridade – va-
lores presentes em uma organização
saudável e competitiva”, conta.
Outras ações direcionadas ao
treinamento profissional dentro da
empresa são o informativo corporativo
chamado EPA, a realização da Semana
Treinamentos gerenciaisCapacitação de gerentes e líderes é prioridade no Grupo Pioneiro
Canal do colaborador
31sindiavipar.com.br |
Canal do colaborador
Interna de Qualidade (SIC) e Semana
Interna de Prevenção de Acidentes no
Trabalho (SIPAT), Banco de Talentos
Internos. Há ainda o estreitamento de
laços colaborativos como o Programa
Pioneiro Humanizado (PPH) e a Ouvi-
doria Interna.
Todas essas iniciativas são
promovidas pelo setor de Recursos
Humanos do grupo, porém, cada setor
também está envolvido com treina-
mentos técnicos e de processo. Já os
departamentos de Comunicação Inter-
na e Tecnologia da Informação dão o
suporte necessário para a concretiza-
ção dos eventos.
A colaboradora do setor de
Compras, Lidiane Soares, explica que
os treinamentos servem como uma
forma de incentivo aos profissionais.
“Essas lições apresentam papel fun-
damental no desenvolvimento do
funcionário, pois nos sentimos valo-
rizados vendo que a empresa investe
em nosso desenvolvimento. Podemos
também aprender coisas simples que
facilitam o dia a dia, seja no relacio-
namento com os colegas e até mesmo
formas de lidar com certas situações”.
Programas especiaisUm diferencial dos treinamen-
tos da empresa é o Programa Inovador
de Liderança – o PróLíder. Esse projeto
consiste em reuniões setoriais e perió-
dicas entre lideranças oriundas de mais
de 20 grupos, que atuam desde a manu-
tenção da fábrica de ração até o depar-
tamento comercial.
Além de estimular o diálogo
entre os trabalhadores, o programa
permite que os colaboradores geren-
ciais se encontrem em um processo
constante de troca e compartilhamento
de dados úteis. Esses debates se tradu-
zem na criação de várias ferramentas
internas, como criação de manuais, im-
plantação de programas, negociação de
melhorias procedimentais e seminários
de boas práticas.
O planejamento desses encon-
tros varia de acordo com as necessi-
dades da organização. As reuniões são
pautadas tanto pelo monitoramento e
avaliação, quanto pelas necessidades
internas diagnosticadas.
Outra iniciativa em destaque
na empresa é o Programa Técnico de
Perpetuação Procedimental e de Boas
Práticas – PILAR, cujas siglas transmi-
tem os elementos: Pioneiro, Lideran-
ça, Atitude e Renovação. Embasado
em indicadores e reuniões setoriais,
o programa consiste em reuniões ge-
renciais realizadas todos os meses, na
qual gerentes e diretores discutem e
validam os indicadores de desenvolvi-
mento organizacional.
De acordo com Módolo, a inicia-
tiva estimula o cumprimento de metas
e resultados. “É a informação correta
chegando à pessoa certa. Esse tipo de
interação em pequenos grupos forma
uma verdadeira rede, que chamamos de
Sistema Setorial. Com isso, se facilita e
se incentiva os colaboradores a se uni-
rem, buscarem soluções em conjunto, a
trocar experiências e se renovar”.
Incentivo à capacitação
Dentro do Grupo Pioneiro
há um constante incentivo à capaci-
tação profissional. Os colaborado-
res recebem auxílio em cursos de
pós-graduação, de curto ou médico
prazo, e cursos do Sistema SESI/SE-
NAI, ajuda que é avaliada individu-
almente conforme a perspectiva do
gestor da área.
Já os trabalhadores que
estudam cursos técnicos ou de gra-
duação nas faculdades da região de
Joaquim Távora recebem 50% de
ajuda de custo no transporte até as
instituições de ensino.
32 | sindiavipar.com.br
Diferente de alguns países
apontados como grandes produtores de
aves, o Brasil é o único que não regis-
trou nenhum foco de Influenza Aviária.
Segundo a União Brasileira de Avicultu-
ra (Ubabef),a avicultura brasileira está
preparada contra a enfermidade em suas
variedades desde 2005, ano em que a
participação brasileira no mercado in-
ternacional cresceu devido aos proble-
mas sanitários relacionados ao surto da
Influenza Aviária na Ásia.
Influenza Aviária é uma doença
antiga, foi descrita em 1878 por Perron-
cito como uma grave moléstia entre as
aves italianas. Os continentes europeu,
asiático, africano e americano noticiaram
na metade do século XX a decorrência
do caso. Hoje é apontada como ‘amea-
ça séria’ por especialistas. É transmitida
por vírus, ocorre em galinhas e em outras
aves, e existe uma grande quantidade de
variantes do vírus.
PrejuízosNa China, a gripe aviária repre-
senta uma ameaça séria à saúde huma-
na. Em março deste ano foi identificada a
H7N9 e, desde então, 132 pessoas foram
contaminadas, das quais 37 morreram. A
doença teve efeitos na economia do país,
a comercialização do frango chinês foi
proibida em 147 mercados, o que resul-
tou em um prejuízo de € 5 bilhões.
O governo mexicano declarou
estado de emergência para a segurança
animal. Já foram detectados três focos de
alta patogenicidade no estado de Jalisco.
“A situação do México preocupa pela pro-
ximidade com o Brasil. Não temos casos
de rotas de aves migratórias da China,
mas do México, sim”, afirma o diretor da
Ubabef, Ariel Mendes.
PrecauçãoPara blindar o Brasil contra a
Influenza Aviária, a Ubabef está orien-
tando as agroindústrias para que tomem
uma série de medidas preventivas. Den-
tro do programa de Procedimentos de
Biosseguridade está a proibição da visita
de estrangeiros advindos de países que
apresentaram casos da doença à instala-
ções avícolas e agroindústrias de aves e
ovo. Mesmo em países que a doença foi
considerada extinta há 30 dias, os visi-
tantes devem cumprir quarentena.
Entre os procedimentos estão
também o reforço da segurança da en-
trada de portos, aeroportos e regiões de
fronteiras e o reforço nos laboratórios e
no treinamento de veterinários. “Nenhum
país está livre de apresentar a doença, o
que se espera é que esteja preparado
para conseguir identificar o foco e elimi-
ná-lo antes que se torne uma epidemia”,
explica Mendes.
Além das orientações da Uba-
bef, o Departamento de Saúde Animal
do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) lançou duas carti-
lhas virtuais para alertar e conscientizar
os viajantes e produtores de aves. No
manual destaca-se a importância em se
adotar medidas para a prevenção do in-
gresso da Influenza Aviária no território
brasileiro e reforçar ações de educação
sanitária e de comunicação com a popu-
lação sobre o tema.
De acordo com o coordenador de
Sanidade Avícola do Mapa, Bruno Pessa-
milio, o esclarecimento à sociedade sobre
a Influenza Aviária, sua importância, for-
mas de transmissão e medidas de bios-
Pesquisa e tecnologia
Governo brasileiro utiliza informação para o controle da doença
Combate à Influenza Aviária
33sindiavipar.com.br | 33sindiavipar.com.br |
Pesquisa e tecnologia
Combate à Influenza Aviária
seguridade recomendadas podem ajudar
de forma significativa na prevenção dessa
doença no país.
orientaçãoAos produtores, o Mapa oferece
dicas para evitar a doença que pode ma-
tar todo o plantel em pouco tempo. A car-
tilha ressalta a diminuição do trânsito de
pessoas e animais próximos às criações,
assim como o contato de diferentes espé-
cies de aves; a limpeza de roupas, mãos e
até mesmo automóveis ao visitar criadou-
ros; manter aves recém-chegadas ou de
situação sanitária desconhecida separa-
das da criação; além de água, alimentos e
instalações protegidos para as aves.
Aos viajantes, o informativo
eletrônico oferece dicas simples, como:
evitar contato com aves; cuidado com o
alimento a ser ingerido; ao ingressar com
aves, é necessária a autorização prévia
do Mapa e certificação sanitária emitida
pelo Serviço Veterinário Oficial do país
origem; evitar visitas em propriedades
de criação de aves por pelo menos por 21
dias, após retornar ao Brasil.
A transmissão ocorre de ave para
ave e pode ser facilmente difundida, so-
brevivendo no meio ambiente, na água
e na matéria orgânica. Aves infectadas
excretam o vírus através das secreções
pelos olhos, saliva e fezes. O período de
incubação varia entre três a cinco dias. Os
sintomas da infecção são a morte prema-
tura, má formação e diminuição de produ-
ção dos ovos, queda de postura, edemas
na crista, diminuição do consumo de água
e ração. Ao perceber os sintomas, o pro-
prietário deve buscar o Serviço de Defesa
Sanitária Animal da Secretária de Agri-
cultura ou à Superintendência Federal de
Agricultura do Estado.
O Brasil é o maior exportador
mundial de carne de frango, e para man-
ter o título possui um rígido Programa
Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), que
normatizou as ações de acompanhamen-
to sanitário relacionado ao setor avícola.
“O segmento avícola brasileiro está entre
os maiores do mundo, apresentando ele-
vado nível de tecnificação, com controle
sanitário em todas as fases da cadeia pro-
dutiva avícola. Tais controles permitem
minimizar os riscos de introdução e disse-
minação de doenças no território nacio-
nal”, conclui Bruno Pessamilio.
33sindiavipar.com.br |
34 | sindiavipar.com.br
Fiep
Em maio, a Federação das Indús-
trias do Paraná (Fiep), em parceria com 45
entidades representativas do estado, lan-
çou o movimento “Simplifica Já – Por um
sistema de impostos mais simples e justo”.
Através da mobilização, a Fiep pretende
fazer chegar ao Congresso Nacional uma
Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
que apresenta sugestões para tornar o
sistema tributário brasileiro menos com-
plexo, o que traria reflexos positivos para a
competitividade do setor produtivo e para
a sociedade.
Marcando o início do Simplifica
Já, no dia 25 de maio – data em que são
celebrados tanto o Dia da Indústria como
o Dia Nacional de Respeito ao Contri-
buinte – foram realizados atos públicos
em 17 cidades paranaenses. Em todas as
manifestações, mais de 7,2 mil pessoas
registraram seus nomes no abaixo-assi-
nado em apoio à PEC.
“Queremos arrecadar 1,2 mi-
lhão de assinaturas para mostrar aos
congressistas e ao governo federal que
do jeito que esta, não dá”, afirma o presi-
dente da Fiep, Edson Campagnolo. “Não
só pelo peso dos impostos sobre a pro-
dução e o consumo, mas também pela
complexidade das nossas regras tributá-
rias, que atrapalham o desenvolvimento
do país”, acrescentou.
Desde o lançamento do Simpli-
fica Já, a coleta de assinaturas está sendo
feita pelas entidades parceiras. O abaixo-
assinado está disponível também no site
sombradoimposto.org.br, onde também
podem ser encontradas mais informações
sobre a mobilização e a PEC.
Nas primeiras etapas, a campanha
buscou, através de cartilhas explicativas,
mostrar à população que qualquer cidadão
paga altos impostos, que estão escondidos
nos preços do produto que compra ou do
serviço que contrata. Mostrou ainda que os
altos valores pagos – que representam até
40% da renda dos brasileiros – nem sem-
pre são revertidos em serviços públicos
de qualidade. E também abordou o fato de
que boa parte do dinheiro arrecadado com
impostos é desviada pela corrupção.
As mudanças sugeridas pela PEC
têm cinco objetivos principais: simplifi-
car o sistema tributário nacional; avançar
no processo de desoneração tributária da
produção e do consumo; eliminar distor-
ções decorrentes da utilização indiscrimi-
nada do regime da substituição tributária;
regular a criação de novas contribuições
pela União; e instituir a adoção ampla do
sistema de aproveitamento do crédito fi-
nanceiro nos tributos não cumulativos.
Com a adoção dessas medidas, a
Fiep e as entidades parceiras pretendem
reverter alguns números negativos que
mostram a complexidade do sistema de
impostos nacional, como o fato de o Brasil
ser o país onde as empresas levam mais
tempo para o cumprimento de suas obriga-
ções tributárias. No total, as organizações
gastam, em média, 2.600 horas por ano
nessas atividades. Dados como esse fazem
com que o Brasil ocupe apenas a 130ª po-
sição em um ranking que mede a facilidade
para se fazer negócios em 183 países.
Mobilização por mudançasFiep e entidades parceiras iniciam movimento “Simplifica Já”
35sindiavipar.com.br |
ubabef
Há 50 anos nascia a União Brasi-
leira de Avicultura (UBA), primeira gran-
de entidade do setor avícola brasileiro,
que após a fusão com a Associação Bra-
sileira dos Produtores e Exportadores
de Frangos (Abef), em 2010, originou
a nova União Brasileira de Avicultura,
com a sigla Ubabef.
Entidade máxima do setor aví-
cola, a UBA foi criada com o objetivo
de ser a representação institucional da
avicultura brasileira junto ao governo
federal, ao Congresso Nacional e ao
Poder Judiciário. Focada estritamente
em garantir os interesses da cadeia aví-
cola, sua atuação sempre foi voltada à
busca de sanidade, qualidade e legisla-
ção que assegurem o desenvolvimento
do setor.
Fundada em 19 de junho de
1963, no Rio de Janeiro, teve como
primeiro presidente Cyro Werneck
de Souza e Silva. Em seu discurso de
posse, Cyro Werneck já demonstrava a
preocupação com a qualidade da pro-
dução nacional ao destacar o início de
suas atividades efetivas em proveito
da classe avícola.
“É preciso ressaltar também
a atuação do médico Zoé Silveira
d’Ávila, que assumiu a presidência em
1996. Com postura ativa à frente do
setor, deteve o mais longo mandato da
entidade, 12 anos, e levou a uma visão
estrutural e política para a UBA”, des-
taca o ex-presidente da UBA e atual
diretor de Produção da Ubabef, Ariel
Antônio Mendes.
A produção avícola nacional se
expandiu graças à atuação de toda a ca-
deia produtiva, levando o setor a buscar
o mercado internacional. Assim, as em-
presas vislumbraram um novo horizon-
te e surgiu a necessidade de se organi-
zarem para obter uma sinergia em torno
dos interesses coletivos dos produtores
e exportadores de carne de aves.
Para isso, foi constituída a Abef,
em 1976, com a missão principal de
acompanhar os processos de acesso a
novos mercados exportadores para car-
ne de frango e monitorar as barreiras
tarifárias e não tarifárias impostas pe-
los países importadores.
“O desenvolvimento cada vez
maior do setor avícola fez com que as
duas maiores entidades da avicultura
brasileira, representativas dos merca-
dos interno e externo, decidissem unir
forças. A UBA e a Abef deram origem à
União Brasileira de Avicultura, criando
a maior entidade da avicultura brasilei-
ra”, salienta o diretor Administrativo e
Financeiro da entidade, José Perboyre.
O objetivo foi unir as sinergias
visando aprimorar as medidas de estí-
mulo à expansão da produção avícola,
com qualidade e sanidade, e a amplia-
ção da presença da carne de frango bra-
sileira no comércio internacional.
Segundo o atual presidente da
Ubabef, Francisco Turra, é importante
destacar também a representatividade
do setor no mercado internacional. “Em
1975, as exportações somavam cerca de
3.500 toneladas, que seguiam apenas
para o Oriente Médio. Hoje o produto
brasileiro está em mais de 150 países,
com embarques que, em 2012 chega-
ram a 12,645 milhões de toneladas, e
nos mantêm como número 1 no ranking
dos exportadores mundiais de carne
de frango. Tenho orgulho de fazer par-
te dessa história e contribuir para que
cada vez mais consumidores possam ter
acesso à qualidade, sanidade e sabor do
nosso produto”, ressalta Turra.
Há 50 anos nascia a ubA
a UBa e a abef deram origem à União
Brasileira de avicultura, criando a maior
entidade da avicultura brasileira
36 | sindiavipar.com.br36 | sindiavipar.com.br
Os comitês estaduais de sanidade
avícola (Coesas) de 15 estados se reuniram no
mês de junho, em Foz do Iguaçu (PR), para de-
bater a padronização das medidas sanitárias e
modo da execução das normativas federais e
estaduais, bem como a solicitação de regula-
mentações de temas importantes para a avi-
cultura nacional.
Entre os principais assuntos em
pauta, destacam-se as Instruções Normativas
n° 56 e n° 10 que normatizam a certidão de
registro avícola comercial. Na reunião foram
debatidas opções estaduais propondo que
o avicultor regulamente sua propriedade
conforme a IN 56, ou seja, ao invés de ficar
monitorando as aves, melhorar a “segurança
sanitária” de sua propriedade.
Para o coordenador do Programa
Estadual de Sanidade Avícola, da Agência
de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar),
Hernani Melanda, as conversas entre órgãos
públicos e privados do setor são fundamen-
tais para um país que lidera as exportações.
“A participação dos estados e da federação é
fundamental. Devemos cada vez mais inves-
tir na produção de um alimento seguro para
população brasileira e o consumidor interna-
cional, visando à ampliação do mercado e o
excelente posicionamento do Brasil”, ressalta
o coordenador.
Durante o encontro, os representan-
tes dos Coesas também trocaram experiên-
cias na busca de soluções para dificuldades
em comum definindo ações padrão para as
regiões. Os estados do Norte e os do Sul firma-
ram um acordo para se reunirem com maior
frequência, buscando atuar na prevenção
de eventuais problemas evitando situações
emergenciais.
Além disso, foram definidas ações
de solicitações de regulamentações e su-
gestões de padronização de atos fiscaliza-
tórios para o Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento (Mapa). O resultado
foi apresentado pela Adapar na reunião, em
Brasília, do Fórum Nacional dos Executores
de Sanidade Agropecuária (Fonesa), as pro-
postas foram acolhidas pelo fórum e serão
oficializadas ao Mapa.
“Tal resultado é de suma importân-
cia, pois é um passo no aprimoramento da
sanidade avícola nacional através da padro-
nização de ações e da normatização de novas
demandas. Tornando assim a fiscalização mais
eficiente e eficaz neste importante setor do
agronegócio brasileiro”, avalia Melanda.
Está previsto um investimento de
cerca de R$ 120 milhões do Mapa em apoio la-
boratorial. Foi unânime entre os representan-
tes dos Coesas a necessidade de ampliação da
rede de laboratórios para o setor avícola e a
sugestão para uma melhoria imediata seria a
liberação da técnica do PCR para laboratórios
oficiais dos estados, até que os investimentos
em estrutura e contratação de pessoal do mi-
nistério fossem concretizados.
Na visão do presidente do Sindi-
cado das Indústrias de Produtos Avícolas do
Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos
Martins, isso contribui para fortalecimento da
avicultura. “Precisamos destes investimentos
para prosseguir na expansão do setor avícola
nacional”, apontou. O Sindiavipar foi um dos
apoiadores da reunião.
Estados como o Paraná, São Paulo,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem
laboratórios oficiais e caso estes sejam regu-
larizados para realização de mais técnicas la-
boratoriais, além da sorologia, desafogariam o
Lanagro-Campinas. Assim, este seria utilizado
para confirmação dos resultados oficiais ini-
ciados pelos laboratórios estaduais, podendo
inclusive absorver demandas de outros esta-
dos que não possuem seus próprios laborató-
rios oficiais.
Adapar
Coesas discutem sanidade e instruções normativasdurante encontro
Padronização de medidas
37sindiavipar.com.br |
Artigo técnico
Celulite é a inflamação pu-
rulenta, aguda e difusa que afeta os
tecidos subcutâneos, sendo frequen-
temente associada com a formação
de abscessos. Eles são comumente
chamados de “placas” e são resulta-
dos da defesa do organismo contra
bactérias em áreas que não têm gran-
de irrigação sanguínea, como o tecido
subcutâneo. A celulite nas aves causa
a descoloração e espessamento da
pele, por isso também é conhecida
como processo inflamatório e derma-
tite necrótica.
Nos últimos anos vem aumen-
tando o interesse no controle da celu-
lite aviária, principalmente devido aos
grandes prejuízos decorrentes da con-
denação de aves por lesões cutâneas. A
integridade da pele é um fator impor-
tante no desencadeamento da celulite
aviária. Existe a necessidade de ocor-
rer lesões traumáticas ou abrasivas,
que promovam uma solução de conti-
nuidade na pele e que, a partir desta
lesão, ocorra a penetração de micro-
organismos e posterior colonização do
tecido subcutâneo. Por isso, as práticas
de manejo que agridam os animais, fa-
vorecendo a ocorrência de lesões cutâ-
neas, são grandes fatores de risco para
a ocorrência de celulite.
Entre os fatores de risco fo-
ram relacionados com o problema o
tamanho da granja, lesões abdomi-
nais, sinovite, dermatite, pericardite,
peritonite, septicemias, salpingites,
hepatites, ascite, deformações valgus
varus e outros fatores que influen-
ciam no desenvolvimento do empena-
mento das aves.
A estação do ano, principal-
mente quando ocorrem altas tem-
peraturas, é um fator que deprime o
consumo de alimento das aves e causa
estresse calórico e consequentemen-
te, ocorre um menor desenvolvimento
das aves e a cobertura de penas ocorre
de forma mais lenta permitindo uma
maior incidência de arranhões. Vários
fatores nutricionais foram apontados
como predisponentes ao mau empe-
namento, dentre os quais são citados
o baixo nível de proteína total e de-
ficiência de aminoácidos específicos,
tais como metionina, cistina, arginina,
isoleucina, leucina, valina, lisina, treo-
nina e triptofano.
Alguns minerais e vitaminas
têm sido indicados por nutricionistas
como fatores a serem avaliados nos
problemas de empenamento em fran-
go de corte. Entre eles temos o zinco, o
manganês, o selênio, o cobre e o moli-
bidênio, e as vitaminas A e E, a niacina
e a colina.
Determinadas linhagens de
aves apresentam o empenamento
mais precoce, consequentemente têm
menor incidência de celulite. A alta
densidade utilizada nas criações de
aves contribui para uma maior com-
petição por comedouros, bebedou-
ros e área, favorecendo a ocorrência
de arranhões. Observações de campo
permitem constatar que o problema
se manifesta principalmente em lotes
de machos criados com alta densidade
e durante períodos com temperaturas
elevadas. A imunidade das aves tam-
bém é um fator predisponente impor-
tante para a ocorrência da doença, lo-
tes de aves imunodeprimidas tendem
a ter mais problemas de celulite. Na
prevenção desta doença é importante
sempre lembrar que a ocorrência de
celulite é multifatorial e a presença de
determinados fatores de risco predis-
põe a sua ocorrência.
Benito Guimarães de Brito e Kelly cris-
tina tagliari de Brito
Instituto de Pesquisas Veterinárias Desi-
dério Finamor–Fepagro
Fatores de risco envolvidos na celulite aviária
as práticas de manejo que
agridam os animais, favorecendo a
ocorrência de lesões cutâneas, são
importantes fatores de risco para a
ocorrência de celulite
37sindiavipar.com.br |
38 | sindiavipar.com.br
Nutrição
Pessoas que consomem carne
de frango mais de três vezes por semana
apresentam menor risco de desenvolver
degeneração macular relacionada à idade
(DMRI), um tipo de cegueira comum nas
pessoas idosas. As informações foram di-
vulgadas pela Federação Australiana de
Produtores de Frango (ACMF), baseada em
um estudo realizado pelo Centre for Eye
Research Australia (CERA).
Essa é a primeira pesquisa que in-
vestiga a relação entre o consumo de carnes
e a ocorrência da degeneração macular rela-
cionada à idade, segundo a declaração dos
pesquisadores do Royal Victorian Eye and
Ear Hospital (RVEEH), publicada no American
Journal of Epidemiology – que divulgou a
pesquisa em um artigo.
O estudo acompanhou a dieta de
6.734 pessoas em Melbourne (Austrália) com
idade entre 58 e 69 anos. Segundo a pesqui-
sa, a DMRI é a principal causa de cegueira no
país. A estimativa é que uma em cada sete
pessoas com mais de 50 anos de idade seja
afetada pelo problema.
No mundo, estima-se que um em
cada quatro indivíduos acima dos 60 anos
seja atingido pelo DMRI. No Brasil, a doença
atinge 15% da população idosa – são qua-
se três milhões de pacientes com a visão
central prejudicada. No entanto, ela ainda é
pouco conhecida no país. Um levantamento
feito em abril de 2013 pela Sociedade Bra-
sileira de Retina e Vítreo (SBRV) com 4.030
pessoas em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro,
Porto Alegre e Brasília indicou que 79% de-
las não sabem o que é a DMRI.
resultados da pesquisaSegundo o diretor executivo da
ACMF, Andréas Dubs, a pesquisa ajuda a des-
tacar os benefícios nutricionais da carne de
frango, que é reconhecida pelo baixo teor
de gordura e pela relação favorável entre as
gorduras saturadas e insaturadas. “100 gra-
mas de peito de frango contém não mais que
0,3 gramas de gorduras saturadas”, explica.
Dubs acrescenta ainda que a carne de fran-
go contém uma ampla gama de vitaminas e
minerais, além de aminoácidos essenciais ao
organismo, indispensáveis ao crescimento,
conservação e reparação dos tecidos.
O estudo também detectou forte
associação entre o consumo de carne ver-
melha e o aumento do risco de ocorrência
precoce da DMRI. As últimas evidências
sugerem que eliminar a ingestão de carne
vermelha da dieta pode, até mesmo, evitar
a doença. Assim, a pesquisa fortalece um elo
entre a dieta de uma pessoa e possíveis pro-
blemas que surgirão em sua velhice.
Cegueira na terceira idadeA DMRI forma um tipo de borrão
na visão, causado pelo crescimento de no-
vos vasos sanguíneos abaixo do centro da
retina. Esses vasos derramam, fazendo com
que um líquido se espalhe, causando cica-
trizes no tecido do olho, o que pode impe-
dir o reconhecimento de objetos, pessoas e
palavras. A doença não tem cura, porém, a
ingestão regular de vitaminas pode retar-
dar o desenvolvimento.
A mácula é uma pequena membra-
na, que fica na região mais central e sensível
da retina. Embora tenha pouco mais de dois
milímetros de diâmetro, é responsável pela
visão central e pela percepção de detalhes,
im prescindível na leitura, e também é res-
ponsável pela percepção das co-
res. Como sua principal atribuição
é proporcionar uma visão
mais nítida e deta-
lhada, os portado-
res da doença
Estudo mostra que a proteína pode combater doença na 3ª idade
Frango contra a cegueira
39sindiavipar.com.br |
Nutrição
• Tem uma enorme variedade de vita-
minas, especialmente as do complexo
B, como a B2, a B6 e a B12, que auxiliam
no metabolismo.
• É rica em cobre, zinco e manganês.
• Tem grande quantidade de vitamina
PP, essencial para sistema respiratório
e na dilatação de vasos sanguíneos.
• Tem alta concentração de ferro e fós-
foro, elementos que promovem o for-
talecimento do organismo.
• É rica em proteínas, que são essen-
ciais para o crescimento das crianças e
para a concentração.
• É de fácil digestão.
• Tem gordura saturada em menor
quantidade se comparada a carne
vermelha.
Dicas• Dê preferência aos cortes do peito,
porque as quantidades de gordura
saturada e colesterol são menores
quando comparados aos outros cortes,
como coxa e sobrecoxa.
• Carnes fritas, empanadas ou com a
presença da pele apresentam maior
conteúdo de gordura saturada além de
maior quantidade de gordura trans.
• Prepare a carne de frango assada, gre-
lhada ou cozida com o mínimo de gor-
dura adicional.
benefícios da carne de frango
costumam encontrar dificuldade na hora de
executar tarefas simples, como ler jornal, jo-
gar cartas ou fazer tricô.
Na maioria dos casos, os portado-
res da doença relatam visão embaçada, dis-
torção das imagens ou perda da cor. Há quem
reclame, também, de formação de pontos
negros e da sensação de visão dupla.
Prevenção • As vitaminas mais eficazes contra a DMRI
são as vitaminas C e E.
• Os grupos que têm mais chance de de-
senvolver a doença são os obesos, fu-
mantes, pessoas com o colesterol eleva-
do e hipertensos.
• A proteção dos olhos com o uso de ócu-
los escuros é importante, pois os raios ul-
travioleta são nocivos ao globo ocular.
40 | sindiavipar.com.br
Um novo investimento está
movimentando a economia do
município de Ubiratã, na região
centro oeste do Paraná: a Unitá Co-
operativa Central , que foi cr iada a
partir da associação entre a Coagru
Cooperativa Agroindustrial União,
a Copacol Cooperativa Agroindus-
tr ial Consolata e a Coperflora Coo-
perativa Florestal .
Foram investidos R$ 135 mi-
lhões no novo frigorífico e abate-
douro, que deverá gerar 15 mil em-
pregos diretos e indiretos. Do total
dos investimentos, R$ 41, 4 milhões
foram financiados pelo Banco Re-
gional de Desenvolvimento do Ex-
tremo Sul (BRDE) Houve ainda apoio
do governo estadual, por meio do
programa Paraná Competitivo.
O governador do Paraná,
Beto Richa, ressaltou durante a
inauguração do abatedouro, que o
setor cooperativista tem participa-
ção fundamental na posição hoje
ocupada pelo estado de maior pro-
dutor de frango do Brasil . Por isso, o
apoio foi irrestrito para a implanta-
ção da unidade.
“Nossa política é estimular
investimentos para que as oportuni-
dades de emprego e renda alcancem
a população de todo o estado”, afir-
mou Richa.
Com aproximadamente 20
mil metros quadrados de área cons-
truída, o frigorífico terá capacidade
inicial de abate de 80 mil aves/dia,
até chegar à sua capacidade máxi-
ma, que será de 180 mil aves/dia,
em 2014. O faturamento deve che-
gar a R$ 230 milhões.
“A indústria é de primeiro
mundo, tem o padrão Copacol de
qualidade que se baseia no cres-
cimento sustentável. Com certeza
será um ponto de referência para o
setor”, comenta Domingos Martins,
presidente do Sindicato das Indús-
Progresso nocentro-oeste Cooperativas se unem em prol do desenvolvimento da região
Associados
41sindiavipar.com.br |
Associados
trias de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná, que também esteve pre-
sente na inauguração.
unitáA parceria na produção de
frangos entre a Copacol, presidida
por Valter Pitol e a Coagru, presi-
dida por Áureo Zamprônio começou
em 2002 e foi até 2008. O contato
entre os dois empresários foi reto-
mado em 2011 e, dois anos depois,
resultou na fundação da Unitá.
“Com esse investimento os
associados, colaboradores e parcei-
ros da Copacol e Coagru vão com-
partilhar a oportunidade de melho-
rar a renda e, consequentemente, a
qualidade de vida com o desenvol-
vimento e crescimento da região”,
ressalta Pitol , que assumiu a pre-
sidência da Unitá pelos próximos
quatro anos, mantendo-se também
à frente da Copacol.
oportunidadeEmbora o início das ativi-
dades seja recente, 130 produtores
associados já estão se beneficiando
com a diversificação da produção e
ampliação econômica. Zamprônio vê
a parceria como a oportunidade de
crescimento para a região do Vale
do Piquirí. “Essa parceria é inédita
dentro do cooperativismo paranaen-
se, uma parceria deste tamanho, com
todo o investimento que teve. Estou
muito contente e digo que só temos a
crescer”, disse ele.
O presidente da Organização
das Cooperativas do Paraná (Oce-
par), João Paulo Koslovski, disse que
a indústria vai enriquecer o estado.
“Não resta dúvida que essa indústria
vai enriquecer o estado do Paraná. A
Copacol e a Coagru estão dando um
belo exemplo em relação ao investi-
mento, promovendo a transformação
de matéria prima com valor agregado
para efetivamente avançar na melho-
ria das condições de renda dos coo-
perados e da população”, analisou.
IncentivosPara aumentar a participação dos asso-
ciados na avicultura e atender a demanda da
Unitá, a Copacol também fará investimentos no
seu complexo no valor de R$ 170 milhões, que
contempla a instalação de uma nova fábrica de
rações em Jesuítas, com inauguração prevista
para setembro, um novo incubatório em Goioe-
rê, um matrizeiro em Moreira Salles e a Unidade
de Produção de Leitões, em Central Santa Cruz.
42 | sindiavipar.com.br
Sustentabilidade
Desenvolvimento de biogás a
partir de dejetos de frangos de corte, ou
seja, da cama de frango, é o que prome-
te o sistema de produção desenvolvido
pelo zootecnista Airon Magno Aires, es-
pecialista em energias renováveis com
ênfase em biogás. A tese de doutorado,
finalizada em 2012 pelo especialista,
desenvolveu um protótipo de compos-
tagem ‘in-vessel’ de carcaça de aves,
equipamento que possibilita a produ-
ção em escala industrial. Além disso, foi
desenvolvido um estudo de viabilidade
econômica do sistema. “As pesquisas
foram realizadas inicialmente em Ja-
buticabal, mas agora já estamos com os
primeiros projetos em andamento em
outras regiões do Brasil”, informa Aires.
O diferencial da compostagem
‘in-vessel’ é a fabricação de um pro-
tótipo nacional, que pode ser escalo-
nado e utilizado para o tratamento de
resíduos de qualquer gênero orgânico,
em diferentes formatos, sem prece-
dentes de concorrência no Brasil. Esse
tipo de reator vem sendo utilizado em
alguns países como Alemanha, Itá-
lia, Estados Unidos e Canadá. “Fomos
buscar informações em outros países
para o desenvolvimento da tecnologia
aqui”, complementa.
O especialista esclarece que
essa tecnologia possui uma gama de
possibilidades para utilização, como es-
tações de tratamento e aproveitamen-
to energético de resíduos, dentre eles
agroindústrias (incubatórios de aves,
frigoríficos, abatedouros), agropecuá-
rios (resíduos de pescado, carcaça de
aves e suínos), frações orgânicas de re-
síduos sólidos urbanos, resíduos de res-
taurantes e lodos de indústrias alimen-
tícias. O produto gerado no processo
é utilizado como adubo orgânico, para
nutrição e estruturação física do solo,
para beneficiar a produção vegetal.
Aires hoje oferece consultoria
para projetos na área e é responsável
pela implantação da primeira planta
de biogás gerado a partir de dejetos
de aves no Paraná, na região de Campo
Mourão. O projeto tem financiamento
do Banco Regional de Desenvolvimento
do Extremo Sul (BRDE). “Faremos agora
avaliação da planta para dar continuida-
de ao projeto. Esse produtor tem quatro
galpões de corte e produz cerca de 600
mil aves por ano”.
ViabilidadeO diferencial do projeto para
a produção de biogás a partir de cama
de frango é a utilização de um pré-pro-
cesso que viabiliza o uso de resíduos
sólidos em biodigestores e resolve pro-
blemas ocasionados, por exemplo, pela
falta de equalização da carga diária.
O processo começa com a di-
luição e a desaglomeração de partí-
culas em ciclo fechado, com o uso de
água de chuva. Depois é separado o
material sólido do líquido e a fração
líquida é utilizada para a biodigestão
anaeróbia, resultando na produção de
biogás e biofertilizante. A fração sólida
é usada na estruturação física e quími-
ca do solo, como adubo orgânico sólido
ou organomineral.
A planta de biogás pode ainda
ser integrada, com a união de granjas a
um sistema de tubulação que transporta
o biogás excedente de cada produtor até
uma microcentral energética. Mas cada
granja possui uma planta de biogás para
o aproveitamento energético de resídu-
os gerados na produção de animais.
outras pesquisasA Empresa Brasileira de Pesqui-
sa Agropecuária (Embrapa) pesquisa a
geração de biogás desde os anos 1980.
Novas alternativas tornam o resíduo uma oportunidade
Cama de frango vira biogás
43sindiavipar.com.br |
Sustentabilidade
A partir do ano 2000, a alternativa de
tratamento dos resíduos da produção
agrícola voltou a ser procurada espe-
cialmente por suinocultores e, desde
então, a Embrapa Suínos e Aves desen-
volveu novas pesquisas sobre o tema.
Há pouco mais de um mês foi inaugura-
do um Laboratório de Estudos em Bio-
gás em Concórdia, no oeste de Santa
Catarina, projeto que é um convênio da
Embrapa com a Companhia de Gás de
Santa Catarina (SCGÁS), o Centro Ale-
mão de Pesquisa em Biomassa (DBFZ) e
Sociedade Alemã de Cooperação Inter-
nacional (GIZ).
O projeto fica junto ao Labo-
ratório de Análises Físico Químicas da
Embrapa Suínos e Aves, e viabilizará a
realização de análises físico-químicas
de dejetos orgânicos para avaliar a
qualidade e o potencial de geração de
biogás resultante da decomposição
anaeróbia dos substratos. O objetivo
é colaborar com estudos de aproveita-
mento de biogás em desenvolvimento
no Brasil.
Com relação aos suínos, há di-
versas ações em andamento. Uma par-
ceria entre a Embrapa Suínos e Aves
e a Itaipu Binacional permitiu fazer a
avaliação de um condomínio de agroe-
nergia instalado em propriedades que
produzem suínos, em Marechal Cândido
Rondon, no Paraná.
Um gasoduto de 25,5 km de
extensão liga as propriedades até uma
microcentral termelétrica. Os biodiges-
tores instalados nessas propriedades
geram biogás, que vai para a microcen-
tral e se transforma em energia elétri-
ca. Essa energia volta para as proprie-
dades, que a utilizam, principalmente,
em secadores de grãos. Os produtores
estão ainda estruturando uma coopera-
tiva de agroenergia.
No entanto, segundo a pesqui-
sadora do Grupo de Pesquisa de Meio
Ambiente, Martha Higarashi, a Embra-
pa não desenvolve atualmente estudos
sobre resíduos da produção de frango
comercial como fonte de energia em
biodigestores. “Um dos motivos é que
atualmente, no Brasil, há pouca ofer-
ta do resíduo, porque a mesma cama é
usada para produção de vários lotes. E,
por isso, elas acabam bastante valoriza-
das como fertilizante orgânico”, explica
a pesquisadora.
Por esses motivos, a Embrapa
informa que não tem previsão, em mé-
dio prazo, para o desenvolvimento de
pesquisas em torno do uso da cama de
aviário em larga escala como geradora
de energia, apesar do resíduo apresen-
tar um bom potencial energético.
Porém, nesse sentido, a insti-
tuição tem se preocupado em estudar
a questão do ponto de vista sanitário.
O comunicado técnico 467 “Efeito de
Tratamentos sobre a Carga Bacteria-
na de Cama de Aviário Reutilizada em
Frangos de Corte”, recomenda aos pro-
dutores que, independentemente do
destino da cama já utilizada – seja a
reutilização para lotes subsequentes
de frangos ou utilização como fertili-
zante agronômico – é necessária a ado-
ção de algum tipo de tratamento vol-
tado à inativação e redução da carga
de bactérias indesejáveis, para reduzir
riscos à saúde humana e animal. Con-
forme o comunicado: “considera-se,
então, que o tratamento de cama de
aviário é uma condição indispensável
quando da adoção de boas práticas de
produção de frangos de corte”.
44 | sindiavipar.com.br
Instituições
A necessidade de estabelecer pre-
ços de referência para criar um parâmetro
para avicultores e agroindústrias nas nego-
ciações de remuneração da atividade foi o
que motivou o setor a discutir o processo de
criação de um Conselho de Avicultura (Con-
seaves). No dia 4 de junho, reuniram-se na
sede da Federação da Agricultura do Estado
do Paraná (Faep), Ronei Volpi, do Fundo de
Desenvolvimento da Agropecuária do Esta-
do do Paraná (Fundepec-PR) e presidente do
Conselho Paritário Produtores/indústrias de
leite do estado do Paraná (Conseleite –Para-
ná), o médico veterinário do Departamento
Técnico Econômico da Faep, Celso Doliveira,
Icaro Fiechter, diretor-executivo do Sindicato
das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná (Sindiavipar), o diretor da BRF, José
Ribas, e representantes da Associação de Avi-
cultores do Norte e Associação de Avicultores
do Sudoeste para debater a criação do novo
conselho avícola.
Inspirados pela experiência posi-
tiva do Conseleite e do Conselho dos Pro-
dutores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool
(Consecana), apresentada por Volpi e Maria
Silvia Digiovani, secretária executiva do
Conseleite, os participantes da reunião
conversaram sobre a possibilidade de criar
o conselho para estabelecer uma ponte en-
tre a indústria e o avicultor por meio de uma
universidade que possa calcular preços de
referência para a avicultura.
Segundo Doliveira, a ideia de criar o
Conseaves já existe desde 2008. “A Comissão
Técnica de Avicultura da Faep solicitou à en-
tidade que promovesse o levantamento dos
custos de produção da avicultura no que tan-
ge aos serviços executados pelos produtores.
Esses levantamentos estão sendo calcula-
dos, desde então, com base em metodologia
aplicada pela Embrapa e com a assessoria do
economista Ademir Francisco Girotto” expli-
ca. Desde então, os resultados dos custos de
produção vem sendo discutidos e analisados
nas reuniões da comissão técnica.
A Conseaves é um projeto que apresenta vantagens ao setor
um novo conselho
AliançaA criação da Conseaves é uma
oportunidade de formar na atividade
avícola uma situação de competitivida-
de e ao mesmo tempo de estabilidade.
“O principal objetivo é estabelecer, entre
produtores e agroindústrias integradoras,
uma relação de maior confiança, transpa-
rência e harmonia” ressalta Doliveira.
Ele destaca que o clima de par-
ceria entre as indústrias é uma forma de
aprimorar as tecnologias e fortalecer o
setor, já que o estabelecimento de preços
de referência ajuda nas negociações com
produtores, minimiza riscos, promove o
crescimento sustentável para os dois elos
da cadeia, institui remunerações por quali-
dade e garante o crescimento da produti-
vidade e da competitividade no setor.
O processo de criação do con-
selho ainda está em fase embrionária,
em uma negociação entre o Sindiavi-
par, a Faep e a BRF. Contudo, as expec-
tativas envolvendo a Conseaves são
excelentes. “O ambiente de boa von-
tade das partes, o rápido entendimento
da proposta e a criação do consenso
nos seus objetivos e princípios, estabe-
lecido nessas primeiras conversações,
criaram um clima propício para a evolu-
ção do processo de criação do Consea-
ves”, comemora o médico-veterinário.
Para Fiechter, a efetivação da
proposta é uma chance de criar um con-
selho que fortaleça ainda mais um setor
tão produtivo e importante para o país.
INoVaÇÃoO estabelecimento de preços de
referência na avicultura beneficia produtores e indústrias
45sindiavipar.com.br |
Muitas pessoas veem no traba-
lho apenas um sacrifício que têm que
suportar para assegurar seu sustento.
Para as empresas, as consequências são
a alta rotatividade, baixa produtivida-
de, erros e desperdícios crônicos. Para
outras pessoas, o trabalho pode signifi-
car uma fonte de felicidade para se vi-
ver uma vida equilibrada e plena de sig-
nificado. Nestes casos, as empresas são
recompensadas pelo entusiasmo dos
colaboradores e por suas valiosas con-
tribuições à inovação de seus produtos
e ao crescimento dos negócios.
Mas o que distingue um am-
biente de trabalho agradável de locais
estressantes? Como conquistar os co-
rações e mentes dos trabalhadores e
torná-los felizes e engajados no traba-
lho? Tendo atuado em projetos de ino-
vação de processos e de melhoria da
qualidade e produtividade com mais
de 300 equipes em diversas empresas,
formei minha opinião sobre o que faz
com que os trabalhadores se tornem
pessoas felizes, dedicadas e produti-
vas. Além de uma remuneração justa,
essas são as minhas conclusões:
reconhecimento: um elogio
sincero e oportuno tem um impacto
positivo sobre a autoestima dos tra-
balhadores. Quando concluem uma
tarefa com êxito, é o que eles esperam
de seu chefe.
respeito: tratar os trabalha-
dores como adultos responsáveis e ser
justo e leal na convivência com eles.
Crescimento individual: as
pessoas querem evoluir e enfrentar
novos desafios. Elas devem ter opor-
tunidades para aplicar seus talentos,
aprender coisas novas e desenvolver
suas habilidades.
Ambiente saudável: traba-
lhar com pessoas que respeitamos e
gostamos, chefe e colegas, é muito
importante para manter o equilíbrio
emocional e ter um dia de trabalho es-
timulante, agradável e produtivo.
Sentimento de propósito: as
pessoas gostam de saber que estão
contribuindo para alguma coisa valio-
sa. Elas necessitam saber quais são as
intenções estratégicas da organização
e como suas contribuições individuais
se encaixam no todo.
Coerência e persistência: as
pessoas esperam que seus chefes ajam
de acordo com suas próprias palavras
e sejam persistentes em seus objeti-
vos. Os trabalhadores estão cansados
dos modismos efêmeros, de embarca-
rem em canoas furadas e serem aban-
donadas nas primeiras dificuldades.
Neste momento, em que as
empresas enfrentam uma enorme
deficiência de trabalhadores quali-
ficados, e travam uma dura batalha
para recrutar e manter os trabalha-
dores mais experientes, talentosos e
criativos, é de vital importância estar
atentas às suas necessidades e aspira-
ções profissionais. Além da justa re-
muneração, um ambiente de trabalho
saudável e estimulante é a diferença
que atrairá e conquistará os talen-
tos necessários para se aproveitar as
grandes oportunidades que o momen-
to oferece.
Jairo SiqueiraEngenheiro, consultor empresarial,
palestrante e escritor. Conheça mais em:
criatividadeaplicada.com
Artigo motivacional
Felicidade notrabalhoO que os trabalhadoresme ensinaram
45sindiavipar.com.br |
46 | sindiavipar.com.br
Notas e registros
Fabricando tecnologias
há mais de 20 anos, a marca
Prosperidade segue rigorosas
normas técnicas internacionais,
executadas em conformidade
com conceituados órgãos fisca-
lizadores, como o Instituto Adolf
Lutz no Brasil e o Federal Drug
Administration (FDA), nos Es-
tados Unidos. Dessa forma, ao
utilizar seus produtos, os abate-
douros têm a certeza de estarem
usufruindo de dedos depenado-
res ecologicamente corretos e
eficientes.
O equipamento propor-
ciona contato firme e direto com
a pele das aves, que é de extrema
importância durante o processo
de abate, pois melhora o aspecto
do produto e, consequentemen-
te, aumenta o seu valor final.
Atualmente, a Prospe -
r idade fabr ica quaisquer t ipos
de dedos depenadores sob en -
comenda , a lém de es t ar apt a a
env iá - los para todo o Bras i l e
mais de 169 países . Conheça
mais det al hes sobre a empre -
sa em: prosper idade.com . br.
Depenadores tecnológicosFundada em 2009, a Isotherm
surgiu com a necessidade de atender
o Paraná, atuando no mercado de re-
frigeração e isolamento térmico. Hoje,
a empresa atende principalmente a
indústria frigorífica, de lacticínios,
distribuidoras de bebidas e aviários.
A grande abrangência ocorre
devido à sua completa linha de produ-
tos para projetos de isolamento tér-
mico, painéis, portas e acessórios. Do
tipo sanduich, os painéis térmicos da
Isotherm são fabricados em uma má-
quina contínua para garantir o melhor
padrão de qualidade. Mais detalhes
em: isotherm.net.br.
Soluções térmicas
O ex-ministro da Agricultu-
ra e presidente executivo da União
Brasileira de Avicultura (Ubabef),
Francisco Turra, participou de painel
com ex-ministros que atuaram para o
desenvolvimento da produção da soja
brasileira, durante o Seminário Cami-
nhos da Soja no Brasil, em São Paulo
(SP), no dia 11 de junho.
No encontro, Turra destacou
o peso do agronegócio na balança
comercial brasileira, que foi respon-
sável por 36,1% do saldo do país em
2012, com US$ 95,8 bilhões. “En-
quanto outros setores seguem em rit-
mo vagaroso ou até negativo na ba-
lança e mesmo no resultado final do
Produto Interno Bruto, o agronegócio
cresce em ritmo superior, gerando ri-
quezas para o país”, destacou.
Neste contexto, conforme
defendeu o presidente da Ubabef, é
fundamental ao país apostar na agre-
gação de valor dos produtos exporta-
dos, direcionando os recursos básicos
para a produção e processamento
com valor agregado, gerando renda e
riqueza para o país.
Caminhos da Soja
47sindiavipar.com.br |
Notas e registros
Como atuar no mercado de
biológicos aviários? Essa e outras
questões ilustraram o encontro téc-
nico da unidade de negócios para
avicultura da Merial Saúde Animal. O
evento, realizado em abril, em Ubatu-
ba (SP), reuniu técnicos e distribuido-
res da empresa com um objetivo em
comum: alinhar estratégias e ações
para 2013.
O encontro também teve es-
paço para outros assuntos como a sa-
nidade de poedeiras e frangos de cor-
te. Segundo Edson Ploncoski, gerente
de produtos e serviços da unidade de
negócios, uma empresa como a Me-
rial deve manter a sua equipe sempre
atualizada sobre temas importantes
ligados à saúde avícola.
Focado na integração das
equipes, o evento foi finalizado com
uma aula de gastronomia com o chef
Antonio Pereira, na qual os partici-
pantes puderam preparar o jantar de
encerramento, que teve um cardápio
especial com frutos do mar.
Para mais informações
sobre as ações da Merial , acesse:
merial.com.br.
Merial realiza encontro de distribuidores
A Unifrango tem investido forte-
mente na ampliação de sua capacidade
industrial. Nos últimos meses, a holding
consolidou a primeira etapa do proje-
to do centro logístico, o qual trouxe a
construção de um armazém voltado para
produtos frigorificados com o intuito de
atender todos os abatedouros que pro-
duzem para o mercado interno e externo.
Na primeira parte das obras, o
centro de armazenagem possui capa-
cidade de armazenamento para oito
mil toneladas congeladas, mil resfria-
das e 500 toneladas de produto seco.
Futuramente, a empresa já tem como
objetivo levar o projeto para uma se-
gunda e terceira etapas, chegando a
uma capacidade total de 24 mil tone-
ladas de alimentos congelados.
Em paralelo, está sendo de-
senvolvido também o projeto para
implantação de um terminal rodofer-
roviário com o objetivo de escoar os
contêineres de exportação até os por-
tos do Paraná e Santa Catarina. Para
mais informações sobre a Unifrango,
acesse: unifrango.com.
unifrango amplia setor de armazenagem
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ões,
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Estatísticas
PEr
uParticipação do Paraná no volume das exportações do brasil / kg
Junho30,03%
Paraná 92.107.083
Brasil 306.674.926
Acumulado28,67%
Paraná 537.190.917
Brasil 1.873.892.894
pAr
An
ápA
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FrA
Ng
o
kg US$Jan 1.093.035 1.999.513Fev 1.423.020 2.612.473Mar 1.463.630 2.845.601Abr 1.134.370 2.023.022Mai 1.686.140 3.265.047Jun 944.335 1.732.130
Acumulado 7.744.530 14.477.786
EXPo
rTA
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PorT
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kg US$Jan 80.797.261 149.733.874Fev 81.278.792 160.720.605Mar 92.513.778 188.969.708Abr 90.376.712 189.482.156Mai 100.117.291 208.289.992Jun 92.107.083 181.781.754
Acumulado 537.190.917 1.078.978.089
Jan 120.744.159 124.366.449Fev 114.098.661 111.941.517Mar 125.868.250 116.348.914Abr 112.640.769 125.465.064Mai 127.054.280 120.886.422Jun 110.537.703 116.150.986
Acumulado 710.943.822 715.159.352
Jan 703.456 702.691Fev 673.614 655.878Mar 745.436 678.100Abr 797.948 692.141Mai 1.030.784 710.418Jun 1.016.073 897.351
Acumulado 4.967.311 4.336.579F
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vip
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Participação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg
Junho13,75%
Paraná 944.335
Brasil 6.865.287
Acumulado18,05%
Paraná 7.744.530
Brasil 42.902.716
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2012
2012
2013
2013
49sindiavipar.com.br |
50 | sindiavipar.com.br
Frango ao cremede milho
Massa:
• 500g de peito de frango limpos e sem pele
• 1 lata de creme de leite com soro
• 1 pacote de sopa de cebola
• 1 copo de requeijão
• 1 lata de milho com água
• Batata palha para polvilhar
INgrEDIENTES
ReceitaReceita
Para fazer o creme de milho, bata no liquidificador o creme de leite, o milho, a sopa de cebola e o requeijão. Reserve a mistura. Coloque os pedaços de frango em um refratário de vidro que possa ir ao forno e despeje o creme por cima dos frangos. Leve ao forno pré-aquecido durante 30 minutos. Retire do forno, polvilhe com batata palha e devolva ao forno por mais 5 minutos. Dica: sirva com arroz branco.
MoDo DE FAZEr
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Tempo de preparo: 40 minutos
Rendimento: 4 porções
Fonte: receitasanamaria.net
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 1132Mandirituba - diplomata.com
PArANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - granjareal.com.br
Marco AviculturaTamarana
Cooperaves - Coop. Regional de Avicultores
SIF 1860Paraíso do Norte
Abatedouro Coroaves
Agrícola Jandelle
Agroindustrial Parati
Agroindustrial Parati
Anhambi Alimentos
Avebom
Avenorte Avícola Cianorte
Maringá - coroaves.com.br
Rolândia - bigfrango.com.br
Rondon - agroparati.com.br
SIF 2137
SIF 1215
SIF 3925
SIF 2010
SIF 3170
SIF 2677
SIF 4232
Umuarama - agroparati.com.br
Itapejara do Oeste - anhambi.com.br
Jaguapitã - avebom.com.br
Cianorte - guibon.com.br
Avícola Felipe
BRF - Brasil Foods S.A.SIF 1880
SIF 8096
Paranavaí - misterfrango.com.br
Carambeí - brasilfoods.com.br
SIF 7777Santo Inácio – brfrango.com.brBR Frango
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 2539Capanema - diplomata.com
Frango DM
SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 1619Londrina - diplomata.com
Frango Seva
SIF 2212Pato Branco - frangoseva.com.br
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br
Gonçalves & Tortola
SIF 4166Maringá - frangoscancao.com.br
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - lar.ind.br
Copacol Coop. Agroindustrial Consolata
SIF 516Cafelândia - copacol.com.br
C. Vale Cooperativa Agroindustrial
SIF 3300Palotina - cvale.com.br
SIF 664
Cocari Cooperativa AgroindustrialMandaguari - cocari.com.br
Coopavel Cooperativa Agroindustrial
SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 530Lapa – seara.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 716Toledo - brasilfoods.com
Tyson do Brasil
SIF 2694
SIF 88
C. Mourão - tyson.com.br
Unifrango AgroindustrialMaringá - unifrango.com
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste - avicolacarminatti.com.br
Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br
Granja Econômica Avícola Carambeí - granjaeconomica.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 2227Jacarezinho - seara.com.br
Kaefer Agroindustrial (Globoaves)
SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 1985Dois Vizinhos - brasilfoods.com
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 2518Francisco Beltrão - brasilfoods.com
Copagril - Coop. Agricola Mista Rondon
SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br
AbATEDouroS
INCubATÓrIoS
exportação geral
Habilitações:
exportação para UEexportação para ChinaAbate Halal
sindiavipar.com.br
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