Download pdf - Revista Painel Político - 1ª Edição

PAINEL POLÍTICO 130 Dezembro 201030 Dezembro 2010

PORTO VELHO SHOPPING É REFERÊNCIA

ANO I - Nº 1 - 30 Dezembro de 2010 - Porto Velho - Rondônia valor: r$ 6,50

PAINEL POLÍTICO30 Dezembro 2010

rEDE FoX ANuNCiA

EXPANsÃo Em 2011

ECoNomiA

orÇAmENTo PriorizA AssEmBLEiA quE GAsTArá quAsE o mEsmo quE A sAÚDE

“PORQUE CASSOL NÃO QUEBROU MONOPÓLIO DA EUCATUR EM OITO ANOS?”, EXCLUSIVA COM GOVERNADOR CONFÚCIO

ENTrEvisTA

EsquENTA BriGA PELA ELEiÇÃo DA mEsA DirETorA DA AssEmBLEiA

PrEFEiTurA DE PorTo vELHo FAz “GATo” E FEsTA NATALiNA virA CAso DE PoLÍCiA

roNDÔNiA rEGisTrA sAFrA rECorDE DE CAFÉ

PAINEL POLÍTICO2 30 Dezembro 2010

PAINEL POLÍTICO 330 Dezembro 2010


sumário

11PoLÍTiCA 19CoNGrEsso A quiNzENA 39

ENTrEvisTA

Confúcio moura foi eleito governador de Rondônia no segundo turno

33muNiCÍPiosHCr de Ji-Paraná terá que oferecer UTI pelo SUS

16JuDiCiário

sErviDorEs não podem ser contratados por imposição da justiça

CongressoEducação estagnou no brasil, diz AcirPg.18

EconomiaPorto Velho Shopping é referênciaPg.26

municípiosRondônia registra safra recorde na produção de caféPg.32

História Francisco Matias Pg.40

infraestrutura Fim do Isolamento Para Região Do Vale Do Guaporé Pg.42


30ECoNomiArede Fox Anuncia Expansão da empresa em 2011

8


Painel Político, a coluna que virou revista

A coluna Painel Político nasceu em maio de 2009 no jornal ele-

trônico Rondoniaovivo. Atualmente ela é publicada no noticioso Tudorondonia de segunda à sexta-feira, faça chuva ou sol. Graças a essa periodicidade, aliada a informações exclusivas de fontes confiá-veis e formatação de fácil leitura, tornou-se a preferida de 10 entre 10 políticos, empresários, magistrados, promotores, advogados e servidores públicos. A coluna migrou para a televisão, onde entrevistou, durante um ano, as principais lideranças políticas e empresariais do Estado.

Em função das entrevistas e conversas com políticos e empresários, percebemos que existe uma imensa lacuna nessa linha editorial em Ron-dônia e decidimos agir para preencher esse espaço. Com a credibilidade resultante de um trabalho constante, con-cluímos que a hora é agora.

Antes de iniciarmos essa edição de Painel Político tivemos uma ampla discussão sobre fazer ou não uma revista impressa. Os elevados custos de impressão, além da instantaneidade da internet foram os principais argumentos contrários, mas venceu a tese que a re-vista não só aprofundaria as reportagens, como seria inédita a iniciativa de lançar uma revista quinzenal com o ambicioso objetivo de se tornar semanal a partir do segundo semestre de 2011.

Painel Político nasce em um momento que Rondônia brilha como o Estado que mais cresce no País, em todos os setores. Nosso foco é o regionalismo e a cada quin-zena estaremos trazendo aos nossos lei-tores reportagens especiais sobre política e economia, temas que são apresentados superficialmente por jornais e sites de notícias.

Em Rondônia os jornais eletrônicos ocuparam um espaço importante no dia-a-dia da população, mas por causa da velocidade em que eles trabalham, os detalhes muitas vezes passam desaperce-bidos e leitores questionam essa falta de profundidade nas reportagens.

Também detectamos que os produtos atualmente disponíveis no mercado edi-torial local tratam apenas de amenidades, deixando uma enorme lacuna jornalística e é aí que entra a revista Painel Político.

Nesta primeira edição trouxemos uma entrevista exclusiva com o governador eleito Confúcio Moura. Também uma re-portagem detalhando os gastos da máqui-

na administrativa, através de uma análise do orçamento para 2011. Painel Político também apresenta aos leitores um raio-x da empresa Fox Pneus, uma das maiores de Rondônia e as metas do Porto Velho Shopping para 2011. O tema sucessão da Mesa Diretora da Assembleia também não poderia ser esquecido.

Editar essa revista é também a concre-tização de um sonho e a superação de um grande desafio. Esperamos que gostem dessa edição número zero e retornaremos com a edição 01 no fim de janeiro, quando então estaremos implantando o ritmo de quinzena. Nesse meio tempo, você leitor pode sugerir pautas, comentar as maté-rias que foram publicadas e nós teremos o maior prazer em publicar na seção de cartas dos leitores.

Painel Político nasce em um momento que Rondônia brilha

como o Estado que mais cresce no País, em todos os setores

Alan AlexEditor EDiToriAL


CArTAs

Revista Painel PolíticoUma publicação da Eficaz Comunicação Corporativa

Edição: 1Ano: 2010Editor chefe: Alan Alex – 69.9907.0701E-mail: [email protected]

Reportagens: Dalila Nogueira, Alan Alex, Cristina Barros

Comercialização e assinaturas:Lisiane Brune Adamy – 69.8486.8272 ; 69.3224.4733E-mail: [email protected]

Cartas:Enviar e-mail para : [email protected]

Projeto Gráfico: Cesar Prisisnhuki FariaDiagramação: Cesar Prisisnhuki FariaIlustração da capa: Cesar Prisisnhuki Faria

Impressão:Gráfica: Qualiplásticos Indústria e Comércio de PlásticosCNPJ: 07.387.708/0001-96

Tiragem: 5 mil exemplares

Eficaz Comunicação CorporativaCNPJ: 11.379.887/0001-97Endereço: Rua Josá Camacho, 2222, São João BoscoCEP: 76.803.770Fone: 69.3225.7495E-mail: [email protected]

EsTE EsPAçO é sEu LEITOr!

A dotando o estilo das grandes revistas de circulação nacional, este espaço fica aberto para a divulgação das principais cartas en-vidas para a equipe de produção da revista Painel Político.

Os comentários selecionados sempre estarão limitados às ma-térias das edições anteriores, correções, ressalvas ou comentários gerais sobre a edição da revista.

Os leitores devem mandar o material via e-mail para a redação da revista, identificando sempre seu nome, profissão e cidade. O endereço eletrônico para enviar as cartas está no final do texto.

A revista se reserva ao direito de vetar comentários maldosos, que ferirem a honra dos citados nas matérias ou que contenham abusos e palavras de baixo calão.

Acreditamos que este será um dos termômetros para medir a qualidade do produto que chega às suas mãos e de avaliação sobre o conteúdo exibido.

Boa leitura e ficamos no aguardo de seus comentários.

Equipe de produção da revista Painel Político

Envie sua carta e comentário para [email protected]

PAINEL POLÍTICO 130 Dezembro 201030 Dezembro 2010

PORTO VELHO SHOPPING É REFERÊNCIA

ANO I - Nº 1 - 30 Dezembro de 2010 - Porto Velho - Rondônia valor: r$ 6,50

PAINEL POLÍTICO30 Dezembro 2010

rEDE FoX ANuNCiA

EXPANsÃo Em 2011

ECoNomiA

orÇAmENTo PriorizA AssEmBLEiA quE GAsTArá quAsE o mEsmo quE A sAÚDE

“PORQUE CASSOL NÃO QUEBROU MONOPÓLIO DA EUCATUR EM OITO ANOS?”, EXCLUSIVA COM GOVERNADOR CONFÚCIO

ENTrEvisTA

EsquENTA BriGA PELA ELEiÇÃo DA mEsA DirETorA DA AssEmBLEiA

PrEFEiTurA DE PorTo vELHo FAz “GATo” E FEsTA NATALiNA virA CAso DE PoLÍCiA

roNDÔNiA rEGisTrA sAFrA rECorDE DE CAFÉ


PAINEL POLÍTICO8 30 Dezembro 2010PAINEL POLÍTICO8 30 Dezembro 2010

“Deixo para que os deputados escolham livremente seu

presidente”

ENTrEvisTA CONfúCIO MOurA


Painel Político - O que a população de Rondônia pode esperar de Confúcio Moura nos primeiros 100 dias de governo?

Governador Confúcio Moura - É a fase de aqueci-mento. Tempo necessário para ajuste de pessoal, adequação de projetos, início de outros tantos, tempo chuvoso, muitos buracos nas estradas. Abertu-ra de processos licitatórios.

Painel Político - Duran-te a campanha dois temas foram recorrentes e discu-tidos à exaustão, o setor de saúde e habitação. Como o senhor pretende resolver essas questões?

Governador Confúcio Moura - Nesses 100 dias que-ro retirar doentes do chão do Pronto Socorro João Paulo II, abastecer a rede empre-endendo ritmo gerencial aos hospitais e formar um grande pacto pela saúde. No setor habitacional pretendo montar equipe para planejar um pro-grama de governo, que ainda não existe e inclui-lo no PPA.

Painel Político - O se-nhor demorou mais que seus antecessores para

anunciar seu secretariado. Isso aconteceu porque o senhor não tinha nomes ou porque queria conhecer um pouco mais sobre os indicados?

Governador Confúcio Moura - Com a política de alianças há uma longa nego-ciação, ainda mais no meu caso que foram 8 partidos (PDT, PMDB, PRTB, PC do B, PTC, PSDB, PT e DEM) A Dilma (Roussef, presidente da Repú-blica que já anunciou quase toda sua equipe) também está anunciando agora.

Painel Político - O se-nhor venceu as eleições com o apoio de partidos como PSDB, PDT, DEM, PC do B e PT. Como o senhor acha que será a relação com esses partidos que pos-suem perfis tão diferentes?

Governador Confúcio Moura - Nem sempre cargos no governo correspondem a apoio político concreto. O que é uma pena. Porque sem apoio consolidado no Parlamento é eterna agonia.

Painel Político - Durante a campanha o senhor des-filou e subiu em palanque

acompanhado do ex-pre-sidente da Assembleia Le-gislativa Carlão de Oliveira, o que lhe rendeu pesadas críticas. Ele terá alguma participação efetiva em seu governo?

Governador Confúcio Moura - A minha ligação com o ex-deputado Carlão veio no segundo turno movida pela aproximação ao Deputado Jean de Oliveira, que tem forte base em Porto Velho e na Zona da Mata, onde existia uma ne-cessidade de nossa campanha crescer.

Painel Político - O or-çamento para 2011 é de pouco mais de R$ 5 bilhões. Esses recursos serão sufi-cientes para o senhor tra-balhar nesse período?

Governador Confúcio Moura - É o que temos. Ser-ve como base para se buscar mais e oferecer uma base para contra-partidas. Na Saude, educação e segurança o Esta-do precisa agir rápido, para responder as expectativas.

Painel Político - Ain-da sobre o orçamento, o deputado Jesualdo Pires (relator) disse que dei-

C onfúcio Ayres Moura foi eleito governador de Rondônia no segundo tur-no em uma eleição difícil. Fez uma política de alianças que gerou uma sé-

rie de críticas, entre elas o apoio declarado de Carlão de Oliveira, ex-presidente da Assembleia Legislativa preso pela Polícia Federal durante a chamada Opera-ção Dominó. Esse apoio quase lhe custou a eleição, mesmo assim venceu com uma diferença de 125.033 votos em relação ao segundo colocado, o governador João Cahúlla. A revista Painel Político enviou as perguntas a seguir para o gover-nador que respondeu via Iphone, do Aeroporto de Brasília.


Alan Alex


xou uma margem de 20% para que o senhor possa remanejar sem precisar da autorização da Assembleia, isso é suficiente?

Governador Confúcio Moura - É o que a Assembleia tem deixado historicamente

Painel Político - Como o senhor está vendo a dis-puta pela Mesa Diretora da Assembleia. O governo está interferindo nessa questão?

Governador Confúcio Moura - Deixo para que os De-putados escolham livremente o seu presidente.

Painel Político - O se-nhor foi prefeito e conhece a realidade dos municípios pequenos. Como será sua relação com os prefeitos?

Governador Confúcio Moura - De absoluta coope-ração.

Painel Político - Caso o tema transposição não chegue a um consenso,

sindicatos prometem bri-gar na justiça e isso pode atrasar os recursos que o senhor pretendia repas-sar a servidores públicos. Se isso ocorrer o senhor pretende mesmo assim conceder algum tipo de reajuste?

Governador Confúcio Moura - Claro. Corrigir as per-das inflacionárias e oferecer ganho real dentro da realida-de das finanças.

Painel Político - Os ser-vidores em educação, de um modo geral, foram os maiores críticos da admi-nistração Ivo Cassol/João Cahúlla. O senhor acredita que sua relação com eles será diferente? Porque?

Governador Confúcio Moura - Muito diferente. Vou adequar o plano de carreira, melhorar o ambiente de tra-balho. Preencher os cargos com efetivos. Trabalhar a qualidade do ensino e do pro-fessor oferecendo condições de especialização.

Painel Político - Qual sua expectativa em relação a bancada federal?

Governador Confúcio Moura - Serão importantes parceiros, com certeza.

Painel Político - Ron-dônia precisa das pontes sobre o Rio Madeira e mais investimentos no setor de transportes. Como seu go-verno pretende atuar nes-sas áreas?

Governador Confúcio Moura - As pontes já estão no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal) e cabe ao governo fiscalizar o andamento delas. Modernizar o Porto de Porto Velho. Unir ao governo do Acre pela ponte no Rio Ma-deira trecho da BR. 364 em Abunã.

Painel Político- O se-nhor criticou bastante a administração de Ivo Cas-sol afirmando que ele se preocupava demais com estradas e esquecia o res-to. Mas sabemos que as estradas são importantes para os pequenos agricul-tores. Como serão os in-vestimentos de sua gestão nesse setor?

Governador Confúcio Moura - Vou manter as es-tradas, apoiar os prefeitos, e fazer muito mais pela saúde, segurança e educação.

Painel Político - Ainda falando sobre transportes, seu vice é ligado ao grupo Eucatur, que detém o mo-nopólio do transporte in-terestadual em Rondônia. O senhor pretende manter esse domínio? Como espera resolver essa questão?

Governador Confúcio Moura - Primeiro A Eucatur não tem monopólio nenhum. Tem 42% das linhas. Segundo ela tem concessão de servi-ços. Se não for ela será outra. Cassol ficou 8 anos, declarou guerra a Eucatur, porque ele não conseguiu?

ENTrEvisTA



T ão logo acabou as eleições de 2010 teve

início uma guerra silenciosa nos corredores da Assembleia Legislativa, o motivo: eleição do novo presidente, o cargo mais importante do Legislati-vo rondoniense e o segundo mais poderoso na estrutura do poder, perdendo apenas para o de Governador. Na disputa abertamente estão Neodi Car-los (PSDC-Machadinho) atual

presidente da Assembleia, Val-ter Araújo (PTB-Porto Velho), Hermínio Coelho (PT-Porto Ve-lho). Também na disputa, mas de forma discreta, o deputado Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná), cotado como um dos nomes de consenso. Isso porque o gover-nador eleito, Confúcio Moura quer qualquer um na presi-dência, menos Valter Araújo, que apoiou a candidatura de João Cahúlla ao governo e é ligado ao grupo do senador eleito Ivo Cassol. Confúcio

teme que Valter crie situações e “engesse” o Executivo.

Normalmente a eleição é secreta e muito se falou em compra de votos dos parla-mentares em anos anteriores, por isso Hermínio defende que a votação seja aberta este ano. Para o deputado petis-ta, “a Assembleia precisa ser transparente em suas ações”. Neste pleito corre o boato que cada voto de deputado custa-ria algo em torno de R$ 300 mil, mas ninguém confirma e

DEPuTADOs sE MOBILIZAM PArA ELEIçÃO DA MEsA DIrETOrA

Como o voto não é revelado, os parlamentares fecham acordos na última hora e modificam o voto, desconsiderando os tratos feitos anteriormente. Essas são as surpresas de última hora.

Alan Alex

PoLÍTiCA

Valter Araújo, Jesualdo Pires, Hermínio Coelho e Neodi estão na disputa pela Presidência


isso entra para os anais das lendas políticas. O que vem acontecendo é que, diferente de anos anteriores, os parla-mentares estão fechados em blocos. Hermínio Coelho, por exemplo, anuncia contar com votos de Epifânia Barbosa (PT-Porto Velho), Jean Oliveira (PSBD-Porto Velho), Zequinha Araújo (PMDB-Porto Velho), Ribamar Araújo (PT-Porto Velho), Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná) e o dele próprio. O atual presidente Neodi Carlos vem mantendo reuniões com parlamentares que se reele-geram e com os novos eleitos, tentando angariar a simpatia e é claro, votos. Já Jesualdo Pires mantém conversações com de-putados, mas afirma não que-rer “entrar na briga para valer”. Para Jesualdo sua participação no processo pode ou não ocor-rer, “se for o caso abro mão da candidatura para apoiar algum aliado” diz sem revelar quem seria esse deputado.

EFEITO COLATERALNo meio dessa guerra silen-

ciosa alguns peões são usados como forma de desequilibrar o adversário. O peemedebista Amauri das Muletas (PMDB-Jaru), é um deles. Em discursos inflamados que repercutiram

nos jornais Folha de Rondô-nia e Diário da Amazônia, ele questionou o pagamento de contratos para empresas que prestam serviços de limpeza e manutenção em órgãos públi-cos, que são ligadas ao depu-tado Valter Araújo. Os ataques foram encomendados por gru-po ligado ao novo governo, mas eles escolheram o peão errado.

Amauri das Muletas não tem a menor condição de atacar quem quer que seja. O deputa-do, que ficou fora das eleições devido a aplicabililidade da lei do Ficha Limpa nas eleições deste ano, responde a dezenas de processos na justiça rondo-niense por qualificações diver-sas, como improbidade admi-nistrativa e peculato. Amauri foi prefeito de Jaru e sua gestão foi marcada por uma série de denúncias. Nesse caso o tiro saiu pela culatra. Até porque as empresas ligadas ao Valter Araújo estão recebendo por serviços prestados, cujos pa-gamentos precisam ser feitos antes da mudança de governo. Sabe-se por experiências pas-sadas que o novo governante dificilmente paga dívidas do antecessor e como Valter foi aliado de Cahúlla, claro que ele estaria na primeira fileira para receber esses pagamentos.

SE FOR ABERTA PODE MUDAR

Se for mantida a votação secreta para a eleição da Mesa Diretora surpresas podem surgir. Como o voto não é revelado, os parlamentares fecham acordos na última hora e modificam o voto. Caso a proposta de Hermínio seja adotada, o resultado pode ser bem diferente, porque nessas horas os parlamentares se preocupam em manter a pa-

lavra para evitar dissabores futuros. De qualquer forma, em fevereiro a Assembleia Legislativa do do Estado de

Rondônia estará com a Mesa Diretora renovada e o plenário para essa primeira sessão esta-rá lotado.

O atual presidente da As-sembleia vem encontrando dificuldades para convencer que ele “é o cara” e deve ser mantido na presidência. Atu-almente ele conta com o voto não declarado de sua compa-nheira de partido Glaucione Neri (PSDC-Cacoal), de Euclides Maciel (PSBD-Ji-Paraná) e Lebrão (PTN-Costa Marques) . Ne-nhum declarou abertamente sua preferên-cia por Ne-odi, mas as c o n v e r s a s estão avan-çadas.

Neodi encontra dificuldades

Atual Mesa Diretora da Assembleia Legislativa

hora e modificam o voto. Caso a proposta de Hermínio seja adotada, o resultado pode ser bem diferente, porque nessas horas os parlamentares se preocupam em manter a pa-

lavra para evitar dissabores futuros. De qualquer forma, em fevereiro a Assembleia Legislativa do do Estado de

Rondônia estará com a Mesa Diretora renovada e o plenário para essa primeira sessão esta-rá lotado.

nheira de partido Glaucione Neri (PSDC-Cacoal), de Euclides Maciel (PSBD-Ji-Paraná) e Lebrão (PTN-Costa Marques) . Ne-nhum declarou abertamente sua preferên-cia por Ne-odi, mas as c o n v e r s a s estão avan-

PoLÍTiCA


D omingo, 12 de de-zembro. Em frente

ao palácio Tancredo Neves a prefeitura se prepara para realizar a cantata de Natal. O evento, que marcaria o início oficial das festividades de Na-tal em Porto Velho terminou virando caso de polícia quando o engenheiro José Fernandes Arruda, eletricista e fiscal da Eletrobrás, distribuição Rondônia (antiga Ceron) des-

cobriu que a iluminação do evento estava sendo feita por um “gato” na rede elétrica que não havia sido autorizado por sua empresa.

O evento, organizado pela primeira dama Lucilene Peixo-to ainda teve uma testemunha que não havia sido convidada, um repórter do jornal ele-trônico Rondoniaovivo.com, contumaz crítico da gestão municipal. Um homem, de estatura corporal avantajada se dizendo funcionário da pre-

PrEfEITurA DA CAPITAL fAZ “gATO” PArA ILuMINAr EvENTO

PoLÍTiCA

Prefeitura ligou a iluminação na rede elétrica, sem pedir permissão e colocando em risco os artistas

Alan Alex

Critério de seleção, segundo governador eleito, foi de “técnicos capacitados”, mas alguns escolhidos deixam a desejar

Um homem se aproximou

e ameaçou o repórter com agressão,

dizendo, “se você não me der essa câmera

eu vou fazer você engolir ela!”.


PoLÍTiCA

feitura, se aproximou e amea-çou o repórter com agressão, dizendo, “se você não me der essa câmera eu vou fazer você engolir ela!”.

O caso foi registrado na 1ª DP com o Boletim Ocorrência nº 10E1001007353.

CORPO DE BOMBEIROSA cantata estava acontecen-

do no palco quando dois fiscais da Eletrobras-RO estavam ten-tando interditar o espetáculo pelo iminente risco de ocor-

rer um acidente ao “rabicho”, solicitando através do ofício nº 193/2010/1º DP à Perícia Técnica constatação do furto e do perigo.

Um dos fiscais acionou o Corpo de Bombeiros, que foi até o local para verificar o que ocorria no evento e ratificar a denúncia. Duas viaturas da Po-lícia Militar e da Petran acom-panharam, para dar apoio a corporação.

“Foi feito um pedido de interdição através de uma

denúncia feita por fiscais da Eletrobras-RO, sobre a ligação clandestina feita de um poste que estava a menos de 10 me-tros do palco, se tratando de furto de energia. O risco que oferecia era um curto-circuito que poderia ter sido causado se caísse uma chuva e com grandes proporções”, disse o Tenente-Coronel do Corpo de Bombeiros, Gilvander Gregório.

“TROPA DE CHOQUE” Até que finalmente ocor-

resse a interdição o evento continuou ocorrendo. Nos bastidores o agito era grande, a partir da chegada do Corpo de Bombeiros e das viatu-ras da polícia. Um grupo de funcionários da Prefeitura, acompanhados pela Chefe do Gabinete do prefeito Roberto Sobrinho, Miriam Saldaña, tentou intermediar um diálogo com membros da corporação. Ao mesmo tempo o repórter do Rondoniaovivo foi questio-

Coral se apresentava diante de uma multidão sem saber dos riscos. Uma tragédia poderia ter ocorrido


PoLÍTiCA

A prefeitura de Porto Velho já passou por outro problema. A chamada Praça Dominó, situada no conjunto 04 de Janeiro, apresentou problemas na rede elétrica. As grades da quadra de es-portes estavam eletrificadas

e populares quase foram ele-trocutados. De acordo com técnicos da empresa Eletro-brás Distribuição Rondônia informaram que o projeto elétrico da praça não havia sido entregue pela prefei-tura. Foi feito uma ligação

clandestina. Em Jacy-Paraná, a escola Joaquim Vicente Rondon também passou por problemas. Quando as luzes da quadra coberta eram ace-sas, as luzes da vizinhança apagavam. Lá o problema era a falta de transformador.

PrOBLEMAs ELéTrICOs

A chefe de gabinete Mirian Saldaña (primeira à esquerda) tentava explicar o gato aos policiais

nado por uma funcionária da Prefeitura por que ele estava filmando e que não tinha au-torização para registrar o que estava ocorrendo.

O repórter alegou estar

numa área pública e que como profissional da imprensa es-tava registrando um fato, uma outra funcionária próxima disse que ele deveria desligar a câmera.

Neste instante um policial militar vendo que os ânimos estavam exaltados pela si-tuação tensa, impediu que ocorresse qualquer tipo de agressão.


A administração públi-ca não pode ser obri-

gada por decisão judicial a con-tratar servidores para suprir necessidades de serviço. Essa foi a posição manifestada pela Corte Especial do Superior Tri-bunal de Justiça (STJ), ao julgar recurso em um caso que envol-ve o atendimento a menores em abrigos do município de

Campos dos Goytacazes (RJ). A Justiça do Rio de Janeiro

havia concedido liminar deter-minando que a Fundação Mu-nicipal da Infância e Juventude contratasse, em carater de ur-gência, servidores capacitados para suprir a carência de mão de obra em suas unidades de acolhimento. A contratação se-ria temporária, por até 90 dias, prazo após o qual a fundação deveria realizar concurso pú-

blico para selecionar pessoal definitivo. O descumprimento da decisão implicaria multa diária de R$ 30 mil.

No entanto, segundo o pre-sidente do STJ, ministro Ari Pargendler – que relatou o recurso na Corte Especial –, “a decisão judicial que intervém na administração pública, de-terminando a contratação de servidores públicos em cará-ter precário, é flagrantemente

sErvIDOrEs NÃO PODEM sEr CONTrATADOs POr IMPOsIçÃO DA jusTIçA

Ministro Ari Pargendler, presidente do Superior Tribunal de Justiça foi o relator do processo

JuDiCiário

O próprio Poder Judiciário não pode e nem deve determinar o ilegal

Agência de Notícias


ilegítima”. Acompanhando o voto do relator, a Corte Espe-cial suspendeu a decisão da Justiça fluminense.

Após realizar inspeções nas unidades de acolhimento mantidas pela Fundação Mu-nicipal da Infância e Juventude de Campos dos Goytacazes, o Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro ajui-zou ação com pedido de que a entidade contratasse servido-res para garantir atendimento adequado aos menores. De acordo com o MP, havia carên-cia de servidores em quatro das seis unidades vistoriadas.

O juiz de primeira instância concedeu tutela antecipada, determinando a contratação emergencial dos servidores e a posterior realização de con-curso. Houve recurso ao Tribu-nal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que manteve a decisão. O juiz, então, determinou o cumprimento das medidas, sob pena de multa diária, de intervenção na fundação e de responsabilização cível e cri-minal por desobediência.

Contra a decisão do tribu-nal estadual, a fundação inter-pôs recurso especial para o STJ e recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, recorreu ao STJ com pedido de suspensão de liminar, alegando risco de lesão à ordem e à economia públicas.

Segundo a fundação, o município de Campos dos Goytacazes tem sua receita originada, na maior parte, em royalties decorrentes da ex-ploração de petróleo, e o uso dessa verba para pagamento de pessoal é proibido por lei.

Além disso, as despesas do município com pessoal já esta-riam no limite autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Consta do processo a informação de que mais de dez mil funcionários contratados foram desligados do município depois de um acordo celebra-do com o Ministério Público do Trabalho.

“O próprio Poder Judici-ário não pode e nem deve determinar o ilegal”, afirmou a fundação no pedido ao STJ, ao lembrar que a contratação de servidores exigiria a apro-vação prévia de lei municipal para criar os cargos e que a Câmara de Vereadores certa-mente não iria aprová-la, ten-do em vista a falta de recursos no orçamento e a vedação da LRF. “Quem conduz as políticas públicas do município – acres-centou a fundação – é o Poder Executivo, não o Judiciário.”

Ao analisar o caso, o ministro Ari Pargend-ler ressaltou que a sus-

pensão de liminar é prevista em lei para as situações de ris-co à ordem, saúde, segurança e economia públicas. “O juízo acerca do respectivo pedido foi preponderantemente político até a Lei n. 8.437, de 1992. O artigo 4º desse diploma legal introduziu um novo viés nesse juízo, o da flagrante ilegitimi-dade do ato judicial”, declarou o relator.

De acordo com o ministro, a decisão da Justiça do Rio “incorre no que a lei denomi-na de flagrante ilegitimidade, porque o Poder Judiciário não deve, sob o fundamento de atendimento inadequado nos núcleos de abrigamento, inter-vir na administração do pre-feito e da Câmara Municipal, determinando a contratação de servidores em caráter precário e a instaura-ção de concurso públi-co para cargos públicos sem que existam vagas a serem preenchidas”.

JuDiCiário

A decisão judicial

que intervém na administração

pública, determinando a contratação de

servidores públicos em caráter precário,

é flagrantemente ilegítima


CoNGrEsso

EDuCAçÃO EsTAgNOu NO BrAsIL, DIZ ACIrPara o senador, “um progresso de um estado desastroso para uma situação ruim”, disse em plenário ao criticar o setor educacional

Alan Alex


O senador Acir Gurgacz (PDT/RO), por mais

uma vez, tratou do tema edu-cação no plenário do Senado Federal. O parlamentar já ha-via abordado o resultado do Exame de Pisa 2009, no qual o Brasil ficou no 53° lugar, den-tre 65 países. Desta vez, o par-lamentar ressaltou o assunto, levando à tribuna a publicação de matéria publicada no jornal francês Le Monde, afirmando que o Brasil estagnou-se numa área crucial: a educação.

O Le Monde informou que o ponto central do problema da educação no Brasil refere-se ao ensino público. Conforme o resultado do Exame de Pisa 2009, os alunos das escolas federais atingiram 535 pontos, os da rede privada, 516, e os da pública não federal, 398. O desempenho em matemática

foi de 521 pontos na rede fede-ral, 486 na particular e 372 na pública. Em ciências, as escolas federais ficaram com média 528, as particulares, com 505, e as públicas, 392.

O jornal apontou também que os professores brasileiros são mal formados e mal pa-gos. O periódico francês cita como exemplo o fato de “um em cada três professores de química” e “somente um em cada quatro de física” terem se formado na área em que lecionam.

Segundo o parlamentar, os números conquistados pelo Brasil no Exame de Pisa não são suficientes para uma co-memoração. “Eles são estatis-ticamente positivos, mas não creio que representem muito mais do que uma melhora, como foi afirmado na revista britânica The Economist, “um progresso de um estado desas-

troso para uma situação ruim”, declarou.

O desenvolvimento do Brasil foi questionado duran-te seu discurso. “Será que ain-da não está claro o suficiente para a sociedade brasileira que a educação, a formação profissional, ética, científica, de nossos estudantes, de nossos desempregados que precisam se realocar no mer-cado de trabalho, que tudo isso é fator preponderante para o nosso sucesso como país?”, disse. Ele discutiu tam-bém sobre as metodologias adotadas no Brasil. “O que há de tão difícil em reproduzir a metodologia das unidades federais no resto do País? São recursos? Temos que lidar to-dos os dias com prioridades, e as prioridades eleitas são aquelas que obrigatoriamen-te darão mais frutos ao País”, completou.


A Comissão de Cons-tituição e Justiça e

de Cidadania (CCJ) aprovou no último dia 14, em caráter conclusivo, a inclusão das agressões feitas pelo namora-do na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), que estabelece uma série de garantias para a mulher em situação de violên-cia doméstica e familiar.

A Lei Maria da Penha garan-te, no atendimento à mulher em situação de violência do-méstica e familiar, que:

- a polícia ofereça proteção à vítima, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;

- encaminhe-a ao hospital ou posto de saúde e ao Institu-to Médico Legal;

- forneça transporte a ela e a seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; e

- se necessário, acompa-nhe-a para assegurar a retira-da de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar, informando a ela os direitos garantidos pela lei e os serviços disponíveis.

Aplicação da leiA inclusão das agressões

feitas pelo namorado na Lei Maria da Penha foi proposta pela deputada Elcione Barba-lho (PMDB-PA), no Projeto de Lei 4367/08. A proposta já foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família e, agora, será encaminhada para análise do Senado.

O objetivo da proposta, segundo Elcione, é impor a adequada aplicação da lei, o

que, afirma, não vem sido feita pelo Judiciário. A deputada argumenta que os juízes têm entendido que as agressões cometidas por ex-namorados não se enquadram na Lei Ma-ria da Penha.

Ela cita entendimento do Superior Tribunal de Justiça, em que se afirma que a Lei não abrange a relação de namoro porque ela não se refere a qual-quer relação, mas somente a relação intima de afeto, cate-goria na qual não se encaixaria o namoro. Assim, esses crimes são tratados na legislação pe-nal comum, mais amena.

AgrEssÃO DE NAMOrADO NA LEI MArIA DA PENHAO objetivo da proposta é impor a adequada aplicação da lei, o que não vem sido feita pelo Judiciário, segundo congressistas

Alan Alex

CoNGrEsso


LACUNA LEGISLATIVA

O relator na CCJ, depu-tado Regis de Oliveira (PSC-SP), afirmou que a proposta é necessária porque há uma lacuna legislativa ao não se reconhecer o namoro como relação íntima de afeto. Ele explicou que isso também permitirá aplicar as medi-das de proteção de urgên-cia, que proporcionariam mais segurança à mulher e inibiriam a prática de cri-mes dessa natureza.




O orçamento é a pre-visão de gastos que

cada ente que compõe a má-quina administrativa vai gastar no ano a ser iniciado. Rondônia sempre trabalhou com mar-gens pequenas, mas em função do aumento da arrecadação devido a novos empreendi-mentos como as empresas que prestam serviços ou vendem produtos para os consórcios que constroem as usinas de Jirau e Santo Antônio, o Estado passa por um momento de far-tura. Mas a máquina adminis-trativa, ao invés de aplicar re-cursos em setores como saúde, educação e segurança, prefere aumentar os repasses para ór-gãos como Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa.

Para exemplificar usando a Assembleia como parâme-tro, as duas maiores despesas para 2011 são recursos para a construção do novo prédio do Legislativo, R$ 8.856.899 e gastos com publicidade, R$ 7.419.000. E a Casa do Povo pretende gastar ainda R$ 260

mil para ressuscitar o projeto Assembleia Itinerante, que já havia sido deixado de lado de-vido aos altos custos e retorno baixo. No total a Assembleia terá R$ 133.436.899 para gas-tar em 2011.

Ao longo dessa reportagem você vai conhecer detalhes sobre os gastos da máquina administrativa para 2011, incluindo os recursos que de-vem ser aplicados nos setores básicos, como saúde, educação e segurança pública.

Um dado curioso encontra-do no orçamento é que o Esta-

do pretende investir apenas R$ 3 mil em projetos, construção e infra estrutura em conjun-tos habitacionais populares, um dos ítens mais discutidos durante as eleições. O atual governador João Cahúlla e o eleito Confúcio Moura, troca-ram acusações sobre quem ti-nha investido mais nesse setor. O orçamento foi enviado pelo atual governo e sofreu algumas alterações pedidas pela equi-pe de transição, mas parece que nesse ponto tanto o atual quanto o próximo tem o mes-mo entendimento, servidor

sAúDE, EDuCAçÃO E sEgurANçA AINDA NÃO sÃO PrIOrIDADEs

EsPECiAL

Assembleia Legislativa terá orçamento quase igual o da saúde, mostrando que Estado ainda desperdiça com mordomias

Alan Alex

Previsão de gastos do Ministério Público para 2011

ORÇAMENTO 2011


EsPECiAL

público não precisa de mora-dia. Em compensação o Deosp vai contar com R$ 1.220.138 para construção, reforma e ampliação de prédios públicos.

SAÚDEUm dos setores mais sensí-

veis e que atinge a população mais diretamente é sem dúvi-da nenhuma a saúde. Esse tam-bém foi um tema recorrente durante a campanha eleitoral e enquanto o Poder Legislativo vai dispor de pouco mais de R$ 133 milhões, foram destinados no orçamento para a saúde R$ 141.480.147, ou seja, pouco mais de R$ 8 milhões de dife-rença para um setor que está sobrecarregado e sem pers-pectivas de melhorias. Para se ter uma idéia, o prefeito Roberto Sobrinho anunciou ter gasto R$ 11 milhões para a reforma da praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. O Estado vai disponibilizar para expansão e reestruturação da rede física das unidades de saúde R$ 3.193.076. Se a po-

pulação da capital tivesse sido questionada sobre a reforma da praça ou a construção de um pronto-socorro, qual seria a resposta?

SEGURANÇAA população carcerária de

Rondônia atualmente é de pouco mais de 7 mil detentos e eles vão custar mais de R$ 91 milhões em 2011. O custo mais alto é sem dúvida o com alimentação, R$ 40.178.549. Para ampliação e construção de novas unidades serão inves-tidos R$ 1.758.000 e manter as atuais unidades prisionais vai custar R$ 26.558.992. En-quanto isso, a Sesdec, secre-taria que engloba as policias Civil e Militar e ainda o Corpo de Bombeiros e Polícia Am-biental vai ter um orçamento de R$ 83.218.896. Apenas a manutenção do que já exis-te vai consumir quase todo o dinheiro, R$ 75.438.046, restando pouco mais de R$ 8 milhões para reaparelha-mento, construções, reformas

e outros encargos. Como se vê, se depender apenas dos recursos orçamentários, a se-gurança pública em Rondônia vai continuar exatamente do mesmo jeito. E não consta no orçamento a implantação da Polícia Rodoviária Estadual, que já foi criada pela Assem-bleia Legislativa.

EDUCAÇÃOA secretaria de Estado

da Educação também vai ter um orçamento menor que a Assembleia Legislativa, algo em torno de R$ 50 milhões a menos. O Estado pretende investir R$ 87.464.388 na edu-cação em 2011, incluindo ai assistência aos alunos da edu-cação básica, manutenção de programas, financiamentos de projetos escolares, expansão de ofertas de matrículas em cursos de educação profssio-nal e recenseamento na rede. Não existe previsão orçamen-tária para construção de novas escolas nem de reformas nas existentes.

O auxílio-moradia, direito conquistado por alguns pri-vilegiados está previsto no orçamento. A Assembleia Le-gislativa, por exemplo, vai con-sumir R$ 999.000 para os 24 deputados. Cada um recebe em média R$ 5 mil de auxílio. Mas as mordomias não param por aí. Os parlamentares também tem direito a auxílio transporte e auxílio saúde, que devem con-sumir em 2011, R$ 5.078.700.

O Ministério Público do Estado já separou para 2011,

AUXILIO-MORADIA PARA TODOS...DA ALE, MP, TJ, TCE


A Procuradoria Geral do Estado terá um orçamento de R$ 4.920.430. A Controladoria um pouco mais, R$ 7.103.381. A Superintendência de Com-pras e Licitações, SUPEL, terá R$ 1.684.366 e a Governadoria R$ 24.568.062. A Secretaria de Planejamento vai contar com R$ 10.917.950 para pessoal e manutenção e R$ 83.337.200 para promoções, implantações de núcleos e fomento de ar-ranjos produtivos locais. A Se-cretaria de Finanças vai dispor de R$ 36.662.049 e o Departa-mento de Estradas e Rodagens vai contar com R$ 43.325.234, sendo que R$ 32.371.539 será para realização de infra-estru-tura da malha viária (abertura de estradas). O Departamento de Obras e Serviços Públicos vai gastar R$ 6.753.012 em 2011, inclusos aí a finalização do Centro Político Administra-tivo e as obras de implantação e ampliação das redes de água e esgoto.

A Agência Estadual de Vi-gilância Sanitária - Agevisa terá apenas R$ 2.636.351 para atender o Estado, incluindo as ações de vigilância epide-miológica. A Secretaria de Desenvolvimento ambiental vai contar com um orçamento de R$ 7.869.468 e a Secretaria de Desenvolvimento Econô-mico e Social - SEDES, terá um orçamento de pouco mais de R$ 40 milhões para promover turismo, apoiar exportações, executar programas como Promec e Pro-peixe, promover

qualificação profissional e ou-tras ações.

A secretaria de Esportes, SECEL vai ter R$ 11.222.251, sendo que R$ 2.573.000 serão gastos apenas na manutenção da unidade. Para ampliar e construir espaços desportivos serão investidos R$ 51 mil e R$ 77 mil para restauração de monumentos. R$ 3.900.000 serão usados na implantação de projetos e atividades cul-turais.

A secretaria de Agricultura vai dispor de R$ 66.336.495 para desenvolver suas ativi-dades. Esse é um órgão estra-tégico já que Rondônia é um estado eminentemente agrí-cola e normalmente o posto de secretário de agricultura é um trampolim para cargos eletivos, como deputado esta-dual ou federal. O Idaron vai contar com um orçamento de R$ 8.832.350 e por último a defensoria pública, que vai dis-por de R$ 7.374.278.

EsPECiAL

R$ 1.820.000 a serem gastos com auxilio-moradia para seus membros, de um total de pou-co mais de R$ 13 milhões or-çados para o órgão. Enquanto isso, pretende gastar míseros R$ 68 mil em ações de defesa do patrimônio público, da probidade administrativa, das fundações e das entidades de interesse social e controle da evasão fiscal. Esse também é o valor a ser investido em ações de defesa dos usuários dos serviços de saúde, das pessoas com necessidades especiais, dos idosos, do consumidor e

dos direitos humanos.Outro órgão fiscalizador

que também vai gastar com auxílio-moradia é o Tribunal de Contas do Estado, cuja Cor-te é composta por apenas sete conselheiros e três procurado-res, vai consumir R$ 1.460.000 com essa “ajudinha”. Em au-xílio-transporte e de saúde, o TCE vai gastar pouco mais de R$ 4 milhões com servidores e conselheiros. Sem contar que no prédio do Tribunal funciona um consultório odontológico para atender apenas o pessoal da casa e vai custar R$ 25 mil

a sua manutenção. Esse con-sultório, que é sub-utilizado, poderia abrir suas portas para atender alunos de escolas da rede pública, já que passa a maior parte do tempo ocioso, assim como os profissionais que são servidores comissionados.

O Tribunal de Justiça, que tem uma estrutura infinita-mente maior que a Assem-bleia Legislativa vai dispor de um modesto orçamento de R4 14.948.800 para 2011. Aí estão inclusos os custos de manutenção e administração da unidade.

OUTROS ÓRGÃOS

Para ampliar e construir

espaços desportivos o estado de

Rondônia pretende investir em

2011 R$ 51 mil



ECoNomiA

O Porto Velho Shop-ping, primeiro sho-

pping de Rondônia, acaba de completar dois anos e apresen-ta metas que contribuirão para o desenvolvimento do Estado. O ano de 2010 representou crescimento e consolidação do empreendimento. Com a che-gada de novos investidores (18 lojas inauguradas este ano) surgiram mais oportunidades de empregos à população. Cer-ca de 250 novas oportunida-des de trabalho foram geradas só com essas novas lojas. Mais

de 500 empregos temporários foram abertos nas lojas para o Natal, com chance de contrata-ção efetiva em 97% das vagas. O crescimento nas vendas impulsionou o varejo da capi-tal. As vendas acumuladas em 2010 já estão 53% acima do ano anterior e o fluxo aumen-tou em 42%. A expectativa é fechar o ano com vendas totais de 260 milhões de reais.

Um número maior que o trânsito da capital transita pelo estacionamento do Shop-ping. Somente no mês de outu-bro, 180 mil carros passaram pelo empreendimento, repre-

sentando recorde histórico. O fluxo de veículos foi maior do que a frota de Porto Velho, cerca de 172 mil (Prefeitura). E o serviço de estacionamento tem projeto para aperfeiçoa-mento da infra-estrutura de atendimento, como a amplia-ção da sinalização no setor.

Com o Shopping cada vez mais aderido pela população de Porto Velho, o empreendi-mento recebe número surpre-endente no fluxo de pessoas. Mais de 500 mil pessoas visi-tam o local por mês e a expec-tativa para o mês de dezembro é receber 700 mil pessoas,

“Mais de 500 empregos temporários foram abertos nas lojas para o Natal, com chance de contratação efetiva em 97% das vagas.”

“Porto Velho Shopping virou atração turística na Capital de Rondônia”

Dalila Nogueira sentando recorde histórico. O fluxo de veículos foi maior do que a frota de Porto Velho, cerca de 172 mil (Prefeitura). E o serviço de estacionamento tem projeto para aperfeiçoa-mento da infra-estrutura de atendimento, como a amplia-ção da sinalização no setor.

Com o Shopping cada vez mais aderido pela população de Porto Velho, o empreendi-mento recebe número surpre-endente no fluxo de pessoas. Mais de 500 mil pessoas visi-tam o local por mês e a expec-tativa para o mês de dezembro é receber 700 mil pessoas,


POrTO vELHO sHOPPINg é rEfErÊNCIA NA rEgIÃO NOrTE


“O Porto Velho Shopping é o mais completo centro de consumo e lazer de Rondônia”

ECoNomiA

35% a mais que o período de 2009.

Tantos números de sucesso, aliados a uma baixa vacância e tuner over de lojas, bem como a baixa inadimplência, levaram a administradora do Shopping, Ancar Invanhoe, a divulgar o estudo de um projeto para a primeira expansão do empre-endimento. A perspectiva é de aumentar a área bruta locável (ABL) em 50%, trazer uma loja âncora de peso e implantar mais uma praça de alimentação.

DIFERENCIALEntre seus diferenciais, está

a presença maciça de grandes nomes do varejo nacional: são 50 marcas exclusivas no Esta-do - Mc Donalds, Renner, C&A e Centauro; e 60 lojas pelo sistema de franquia, entre elas: Arezzo, Ellus, Kopenhagen, M.Martan e Richard’s. A maior

loja de artigos esportivos da América Latina, Centauro, também apostou no Shopping e inaugurou loja no empreen-dimento esse ano. O primeiro cinema multiplex e a primeira versão de filmes em 3D na capital foram trazidos pelo Shopping.

O Porto Velho Shopping é o mais completo centro de consumo e lazer de Rondônia atraindo a população de muni-cípios do interior e de estados vizinhos.

SERVIÇOS

Os shoppings estão cada vez mais completos no intuito de atender a demanda do pu-blico e o Porto Velho Shopping também segue essa tendência. O empreendimento oferece vários serviços como banco, salão de beleza, universidade e capela.

RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL

Os empreendedores do Porto Velho Shopping colabo-ram financeiramente com a Creche Santa Marcelina desde


O Porto Velho Shopping gera mais de 2 mil em-pregos diretos e oferece oportunidade de capa-citação e crescimento profissional a jovens que buscam o primeiro em-prego através de estágios para o ensino médio.

GERAÇÃO DE EMPREGOS


2009. Uma parceria que cons-trói um futuro melhor para cerca de 450 crianças. “O Sho-pping é também instrumento de desenvolvimento social, por isso temos o compromisso de contribuir para melhorar a qualidade vida nas comuni-dades onde nossos shoppings estão presentes”, comentou Sergio Carvalho, presidente do conselho da Ancar Invanhoe.

Entre as metas operacio-nais para 2011 está o desen-volvimento de projetos para a sustentabilidade ambiental como a reciclagem de latinhas, papelão e óleo.

ANCAR INVANHOEO Porto Velho Shopping

é administrado pela Ancar Invanhoe, eleita como uma das melhores empresas para trabalhar pela terceira vez

consecutiva no prêmio Greate Place to Work. A Ancar admi-nistra 16 shoppings no país e gera empreendimentos com personalidade, desenvolvidos a partir da realidade de cada lugar. A empresa atua com a troca de experiência interna-cional que a associação com a

canadense Invanhoe Cambrid-ge proporciona.

Mais empreendimentos são esperados. Até o início de 2011, cinco novas lojas serão abertas: Imaginarium, Pactus, Yoggi, Richards (ampliação) e o banco Caixa Econômica Federal.

-50 marcas de sucesso exclusivas em Rondônia-500 mil pessoas visitam o empreendimento por mês-Recorde histórico no fluxo de veículos: 180 mil em outubro-Aumento de 53% nas vendas acumuladas este ano em relação a 2009-Geração de mais de 2 mil empregos diretos-Perspectiva de aumento de 35% no fluxo de pessoas em dez/2010 comparado a 2009

HISTÓRICOHá dois anos o investimento total de R$ 140 milhões mu-

dou a rotina da Cidade e é ícone de modernidade na região. O Porto Velho Shopping inaugurou no dia 30 de outubro de 2008 trazendo novas opções de compras, serviços, lazer, aces-so a grandes marcas nacionais, desenvolvimento econômico, social e oportunidades de emprego.

-Projeto de expansão prevista para 2013 com aumento de 50% da ABL-Nova âncora-Nova praça de alimentação-Projeto de sustentabilidade com reciclagem de latinhas, papelões e óleo- Novos empreendimentos até o início de 2011: cinco novas lojas - Imaginarium, Pactus, Yoggi, Richards (ampliação) e Caixa Econômica Federal-Fechar 2011 com total de R$300 milhões em vendas-Implantação de uma área de serviços-Permanecer entre as 100 melhores empresas do Brasil para trabalhar

NÚMEROS DE SUCESSO

Metas - Prósperos Anos de Desenvolvimento


ECoNomiA

2009

2010

2008

PAINEL POLÍTICO 2930 Dezembro 2010 PAINEL POLÍTICO 2930 Dezembro 2010

“O Porto Velho, o shopping é mais um ponto de encontro e um convite para contemplar novidades, produtos e serviços que a cidade pode oferecer à população e principalmente aos inúmeros turistas que vem à capital. O empreendimento fomenta a economia local através do turismo”. (Camila Canova – Mestre em Turismo)

“O empreendimento resultou na oportunidade de empregos e estabeleceu uma nova era de concorrência saudável no comércio, gerando mais opções de compras, além de área de lazer”. (roberto Sobrinho – Prefeito de Porto Velho)

“O Shopping é sinônimo de desenvolvimento na região. O empreendimento trouxe modernização e inovação no varejo, embelezamento da cidade, promoção da cultura e, conseqüentemente da educação”.(Silvio Persivo – Professor de Economia da Universidade Federal de rondônia – Unir)

“É um marco no desenvolvimento atual de Rondônia, sobretudo Porto Velho. A História da capital está relacionada a Ciclos econômicos que não criaram uma estabilização e nem um desenvolvimento para a região. No momento atual vivenciamos, de fato, o progresso e o desenvolvimento da região e nessa linha a chegada do Grupo Ancar Ivanhoe através de sua marca na região – “Porto Velho Shopping” - demonstra de fato o que vem a ser isso”. (Mestre em história – rildo Braga)

Especialistas avaliam a importância do Shopping para a região

ECoNomiA


D urante um tempo eles foram uma verdadei-

ra febre. Os pneus asiáticos invadiram o mercado brasilei-ro e rapidamente dominaram em função dos baixos preços. Mas eles são um barato que sai caro. Isso porque são pro-

duzidos com matéria prima de baixa qualidade e colocam em risco a vida dos motoristas que optam por essa “econo-mia”. Em Rondônia o próprio mercado se encarregou de desaparecer com esses pneus, que foram substituídos por produtos de origem nacional. E uma das empresas respon-

sáveis por isso foi a Fox Pneus, representante da Pirelli em Rondônia.

A Fox ingressou no segmen-to de pneus em 1994 como uma empresa voltada para o segmento de pneumáticos, re-capagens e pequenos reparos automotivos. Atualmente a Rede Fox conta com 11 lojas

Alan Alex

A Fox Pneus é a maior cliente da Pirelli no Norte do País.

rEDE fOX ANuNCIA EXPANsÃO EM 2011

“Atualmente a Rede Fox conta com 11 lojas situadas em Rondônia, Acre e Amazonas. Para 2011 estão previstas novas lojas nos municípios de Vilhena e Ji-Paraná. ”

E uma das empresas respon- Rede Fox conta com 11 lojas

ECoNomiA

Créditos fotos: Marcos Grützmacher


Empresa tem perfil agressivo no mercado

situadas em Rondônia, Acre e Amazonas

A empresa trabalha apenas com a Pirelli, porque assim como as concessionárias de veículos, a indústria de pneus segue o conceito monomarca, ou seja, quem vende Pirelli só pode vender Pirelli.

Mas os pneus velhos cau-sam um grande problema se deixados no meio ambiente. Aqui em Porto Velho essas carcaças são recolhidas na

Fox pela Reciclanip, entidadde formada pelos fabricantes de pneus e levados para Goiânia, onde são queimados em fornos de cimenteiras que possuem filtros apropriados, impedin-do que a fuligem polua o ar. A Fox também conta com duas reformadoras Bandag, uma em Porto Velho e outra em Vilhena, que recuperam pneus usados e velhos. Esse trabalho também impede que carcaças inserviveis sejam jogados fora.

A empresa trabalha

apenas com a Pirelli, porque a indústria de pneus segue o

conceito monomarca, igual indústria

de autos

A Rede Fox investe pesado na qualificação e aperfeiçoamento de seus cola-boradores. E investe mais ainda na permanência deles na empresa após

passarem por cursos e treinamentos e faz isso mantendo o conceito de ser a empresa no ramo de pneumáticos que melhor remunera

seus funcionários. Muitos estão no grupo desde seu começo e nem pensam em mudar de emprego.


passarem por cursos e treinamentos e faz isso mantendo o conceito de ser a empresa no ramo de pneumáticos que melhor remunera

seus funcionários. Muitos estão no grupo desde seu começo e nem pensam em mudar de emprego.


Mercado em expansãoDevido ao crescimento econômico do País

e em Rondônia com a construção das usinas, a venda de veículos disparou e consequente-mente a de pneus. Apenas a Fox vendeu em média 10 mil pneus por mês durante todo o ano de 2010, mas esses números podem ser maiores, já que a empresa ainda não fechou seu balanço anual.

Por conta desse crescimento a empresa abre mais uma loja no fim de janeiro de 2011 em Vilhena e já estão em fase de estudos a implantação de mais duas lojas, uma em Ji-Paraná e outra em Manaus. Em função desse volume e da expansão, a Rede Fox é o maior cliente da Pirelli em toda a região Norte do Brasil.

Qualificação de mão de obra

ECoNomiA


muNiCÍPios

rONDÔNIA rEgIsTrA sAfrA rECOrDE NA PrODuçÃO DE CAféParque cafeeiro de Rondônia tem hoje, 267,67 milhões de covas, incluindo cafezais em produção e em formação

M aior produtor de café da região nor-

te o Estado de Rondônia deve fechar o ano de 2010 com a maior safra da história. No mês de agosto foram colhidos 2.338.028 sacas de café bene-ficiados, batendo o recorde conquistado há sete anos. Com essa nova marca, o café de Rondônia se consolida na quarta posição do ranking nacional em produção de café, ficando atrás somente dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.

Segundo o engenheiro agrônomo José Edny de Lima Ramos, da Associação de Assistência Técnica e Ex-tensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), o café “é a cultura de maior expressão econômica e social” e conta com a participação de 35 mil agricultores de base familiar. A variedade conilon (Coffea canephora), a mais cultiva-da por melhor se adaptar às condições ecológicas de Rondônia foi a que “elevou o Estado à categoria de se-gundo maior produtor dessa variedade no País”.

A produtividade dos cafe-zais ainda é baixa e o motivo, segundo técnicos da Compa-nhia Nacional de Abasteci-mento (Conab) e da Emater é, entre outros fatores, as altas temperaturas registradas no período de floração, acresci-dos à baixa fertilidade de solo e pouca utilização de tecnolo-gias e insumos. Para chegar a essa marca de quarto maior produtor brasileiro de café os cafeicultores contam com incentivo governamental e assistência técnica constante. Alguns agricultores já estão até adotando tecnologias e práticas culturais possibi-litando o aumento da pro-dutividade, com qualidade e a custo compatível com a exploração da lavoura.

Dados da 3.ª estimativa

da safra colhida em 2010, co-letados em agosto deste ano mostram que o parque cafe-eiro de Rondônia tem hoje, 267,67 milhões de covas, incluindo cafezais em pro-dução (154.783ha) e em for-mação (6.923ha), totalizando uma produção de 140.281,60 toneladas, o que resulta em 2.338.028 sacas de 60 quilos. Essa é a maior produção dos últimos sete anos. Até então a maior safra era de 2.259.783 sacas, conquistadas em 2003.

No Estado as maiores produções estão nos muni-cípios de Cacoal, São Miguel do Guaporé, Alta Floresta do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste, Alto Paraíso e Minis-tro Andreazza que, juntos, respondem por metade da produção estadual.



muNiCÍPios

O Ministério Público de Rondônia obteve

liminar para que o Hospital Cândido Rondon, em Ji-Paraná, restabeleça imediatamente o atendimento em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), independente-mente de receber o pagamento do Estado. A decisão também determina que seja bloqueado o valor de R$ 1 milhão e 620 mil na conta do Estado, valor suficiente para garantir o ser-viço em Rondônia, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.

A liminar foi concedida em Ação Civil Pública ajuizada pela Promotora de Justiça Meiri Sílvia Pereira contra a Cooperativa de Serviços Médi-cos e Hospitalares (Coopme-dh), objetivando o imediato restabelecimento dos servi-ços da Unidade de Tratamento

Intensivo no Hospital Cândido Rondon para pacientes do SUS.

Na ação, a Promotora de Justiça informa que o servi-ço foi suspenso no dia 6 de dezembro por falta de paga-mento referente aos meses de julho, agosto, setembro e outu-bro de 2010, um montante que chega a mais de R$ 1 milhão.

Em agosto deste ano, a recorrente inadimplência do Estado junto à unidade moti-vou a celebração de um Termo de Ajuste de Conduta entre o

hospital, o Município e o MP-RO, para que os serviços de terapia intensiva não fossem interrompidos aos pacientes do SUS. A situação foi contor-nada na ocasião. Ocorre que no início de dezembro o Mi-nistério Público foi novamente notificado da suspensão do atendimento, sob o argumento de que o Estado, mais uma vez, está em atraso com os paga-mentos.

Para a Promotora de Jus-tiça, diante das divergências entre o Estado e a unidade, prevalece o direito do pacien-te que necessita da UTI para resguardar seu direito à vida, previsto constitucionalmente. Ela salienta que apesar da fal-ta de pagamento do Estado, o Hospital Cândido Rondon não pode se abster da prestação do serviço utilizando-se do argumento de que não recebe sua prestação por mais de 90 dias.

Alan Alex

HCr DE jI-PArANÁ TErÁ QuE OfErECEr uTI PELO sus

Ministério Público obteve liminar e atendimento teve que ser reestabelecido

Liminar foi concedida

em Ação Civil Pública ajuizada

pela Promotora de Justiça Meiri Sílvia

Pereira


muNiCÍPios

O senador Vadir Raupp e a deputada federal

Marinha estiveram nas cida-des de Manaus (AM) e Belém (PA) participando de audiên-cias junto aos órgãos federais situados reivindicando a libe-ração de recursos para ações nos municípios do estado de Rondonia.

Em Manaus, o senador e a deputada entregaram a superintendente da Suframa, Flávia Barbosa Grosso, ofício solicitando recursos federais para aquisição de patrulha mecanizada, incluindo cami-nhão, retroescavadeira e pa-trol para vários municípios do estado. Para Presidente Médi-ci, os parlamentares pediram a liberação de R$ 600 mil para obras de pavimentação de ruas e avenidas de blocos de concreto na sede do Distrito de Nova Riachuelo e mais R$

390 mil para aquisição de máquinas e equipamentos rodoviários, atendendo a uma solicitação do prefeito, José Ribeiro.

O senador e a deputada encaminharam pedidos de liberação de recursos para São Miguel do Guaporé: R$ 100 mil para aquisição de tanques de resfriamento de leite; Rolim de Moura R$ 270 mil para aqui-sição de um caminhão bascu-lante. Ouro Preto do Oeste R$ 550 mil para aquisição de uma motoniveladora; Guajará-Mi-rim R$ 1 milhão e 50 mil para máquinas e equipamentos rodoviários e para Jaru – R$ 480 mil para aquisição de uma motoniveladora.

Ainda em Manaus, Raupp e Marinha estiveram no 7º Comando Aéreo Regional (COMAER) tratando com o comandante Jorge Cruz da implantação de um Aero-porto em Pimenta Bueno

como forma de promover o desenvolvimento da cidade e região. O Comaer ficou de realizar os estudos de viabili-dade técnica para construção do aeroporto. O senador e a deputada asseguraram que vão alocar recursos no Or-çamento da União para que a obra seja executada com brevidade.

Na cidade de Belém, eles estiveram com os diretores da Superintendência de De-senvolvimento da Amazônia (SUDAM) quando solicitaram a liberação de R$ 1, 2 milhão para consolidação do campus de Rolim de Moura da Univer-sidade Federal de Rondônia (UNIR). Os recursos são ne-cessários para que o campus da UNIR de Rolim de Moura ofereça todas as condições aos alunos e professores que tra-balham naquela instituição de ensino superior, ressaltaram o senador e a deputada.

rAuPP E MArINHA BusCAM LIBErAçÃO DE rECursOs

Casal Raupp solicitou ainda recursos da SUDAM e Comando Aéreo Regional


PAINEL POLÍTICO 3530 Dezembro 2010 PAINEL POLÍTICO 3530 Dezembro 2010

ChArgE


“Vejo K como um Governo solitário, ele mesmo vende a sua imagem. É o corneteiro do quartel. Quem dele fica perto é por mero interesse, obra, cargo ou negócio” CONFÚCIO MOUrA sobre Ivo Cassol em seu blog.

“Conclui que, se o abestado entendeu, imagine o leitor médio da coluna... “ rOBSON OLIVEIrA referindo-se a rui Motta que parece não ter entendido o texto da resenha Política.

“Cinco minutos de dinheiro público queimado”

FrEQUENTADOr DO MIrANTE I ao observar a queima de fogos durante a inauguração da praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

“Tuuudo mentira! Não dei calote em ninguém! Foi mais um site comprado pelo Cahulla que tentou denegrir minha imagem!”EXPEDITO JÚNIOr explicando em seu Twitter as acusações de calote durante a campanha.

“Bom vou durmi, depois de um dia cheio de emocoes com fluzao campeao e a reinauguracao da estrada de ferro!! Otima semana a tds!”Vereadora MArIANA CArVALhO em seu twitter no dia seguinte do final do Campeonato Brasileiro 2010

“Agora, uma inteligência sugere ao governador eleito que chame Mangabeira para “parir” uma “Rondônia dos sonhos”. Vade.”Jornalista MONTEZUMA CrUZ sobre os “conselhos” que Confúcio Moura anda recebendo.

FrAsEs


“Até porque, depois de entrar na política, acabo sabendo, antes de sair a edição de amanhã, o que vai escrever cada jornal de Porto Velho.” Vice-prefeito de Porto Velho EMErSON CASTrO explicando porque não lê mais os jornais impressos.

“Existem “jornalistas” em Rondônia que ainda não perceberam que a campanha eleitoral acabou.”Deputado federal petista EDUArDO VALVErDE acompanhando o coro da “companheirada” que critica a imprensa quando a imprensa mostra as lambanças do PT.

“Nem sei como retribuir tantas palavras, gestos, presentes, CD’s, livros, bombons, presentes, convites especiais e sinceridade!”Eterna miss rondônia PAULA VEIT que é advogada, musa dos alunos da Uniron e se prepara para disputar a São Silvestre.

“Já disse e repito: tudo que eu fizer por Rondônia é pouco para agradecer pelo que Rondônia já fez por mim”MIgUEL DE SOUZA que já foi vice-governador, deputado federal e presidente da Fiero.

“Para mim e para milhões de brasileiros, Stédiler não passa verdadeiramente de um baderneiro”, Deputado federal rUBENS MOrEIrA MENDES criticando a homenagem da Câmara dos Deputados ao líder do MST.


A quiNzENA

06 de dezembro – Daniel Pereira é empossado na

Assembléia Legislativa na vaga de Wilber Coimbra. Essa vaga já havia sido ocupada por Davi Chiquilito e Chico Doido. Pereira ganhou na Jus-tiça o direito a ocupar o restante do mandato.

13 de dezembro – O ex-deputado Carlão de Oliveira, condenado em um dos principais

escândalos que Rondônia já viu perdeu ação de inde-nização contra o jornal eletrônico Rondoniagora pelo fato do jornal ter publicado foto sua algemado no auge da Operação Dominó. Ele também queria dinheiro da empresa por ter sido apontado como membro de uma poderosa quadrilha. O jornal provou que a imagem referia-se ao contexto do próprio noticiário, que Carlão de Oliveira fora condenado com base em investigações da Operação Dominó. E sobre o fato de que comanda-va uma quadrilha, “o termo utilizado tem significado idêntico à organização criminosa, o que de fato foi reconhecido na decisão judicial. Portanto, não vejo ou-tra solução a dar ao caso, senão o julgamento de total improcedência dos pedidos”, disse o juiz Jorge Luiz dos Santos Leal, da 1ª Vara Cível, em sua sentença.

13 de dezembro – agencia do BASA em Cujubim é invadida por um bando armado que fugiu

levando um grupo de reféns.

10 de dezembro – Governa-dor eleito Confúcio Moura

divulga em seu blog os nomes dos primeiros nove secretários de seu governo. Comandante –geral da PM, Coronel Paulo César de Figueiredo; Casa Militar, Major Maurício Marcon-des Gualberto; Finanças, Benedito Antonio Alves; Detran, Aírton Gur-gacz; Asúde, Alexandre Carlos Mul-ler; Supel, Marcio Rogério Gabriel; Representação em Brasília, Elizete Lionel; Bombeiros, Coronel Lioberto Ubirajara; Deosp, Abelardo Castro Neto.

11 de dezembro – Confúcio Moura anuncia mais dois

secretários, Sedam, Nanci Maria Ro-drigues da Silva e o diretor adjunto do Detran, Coronel João Maria de Sobral Carvalho.

13 de dezembro - Crystal inaugura sede nova e começa vender Chopp em Porto Velho.


16 de dezembro – O senador Valdir Raupp de Mattos e sua esposa Marinha Raupp reali-

zaram o já tradicional jantar de confraternização com a imprensa. O evento foi no restaurante Mioshy.

15 de dezembro – Empos-sada a nova diretoria do

Sindicato dos Servidores do Tribu-nal de Contas do Estado de Ron-dônia (SINDCONTAS), composta por Aldrin Willy Mesquita Taborda (secretário-executivo), Clodoaldo Pinheiro Filho (secretário-geral), Edilis Alencar Piedade (secretária de finanças e patrimônio) e Rosi-mar Francelino Maciel (secretária de imprensa e comunicação). A solenidade aconteceu no auditório do Tribunal de Contas do Estado.

14 de dezembro – Confúcio Moura anuncia mais um lote de secretários, Seduc, Jorge Alberto

Elarrat Canto; Controladoria Geral do Estado (CGE), Juliana Furini Reginato; Sejus, Mirian Spreáfico; Seplan, George Alessandro Gonçalves Braga; Superintendência de Turismo, Júlio Olivar; CAERD, Sérgio Rubens Castelo Branco Alencar; Decom, Fred Perillo; Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Lúcio Antonio Mosquini.

14 de dezembro - O advogado Sidney Duarte Barbosa toma posse como juiz eleitoral do

Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO). O advogado chegou a Corte Eleitoral de Rondônia represen-tando o Quinto Constitucional pela Ordem dos Advogados do Brasil.


1. O estado de Rondônia vi-

vencia neste final de década um momento ímpar em sua história, marcada pelo surgi-mento de um novo ciclo econômico: o Ciclo das Usinas do Madeira. O inicio deste ciclo deu-se no ano 2008, a partir da instalação das usi-nas de Jirau e Santo Antonio, que compõem um planejamento geo-estratégico nacional, integrado por usinas hidrelétricas, cujo elen-co é composto ainda pelas usinas do rio Beni, na Bolívia, Binacional Ribeirão e Tabajara, esta no rio Gy-Paraná, município de Machadi-nho do Oeste. Portan-to, a construção des-tas usinas de geração de energia hidráulica, nos rios Madeira e Gy-Paraná, forma o que se convencionou chamar Complexo Madeira, to-das com suas licenças ambientais já liberadas.

2. D e s t a r t e , a economia de

Rondônia está sendo redirecionada, do setor agropecuário, ainda o mais forte da base eco-

nômica rondoniense, para o setor energético em um futuro próximo. Observa-se uma forte mudança nos ventos econômicos que bafe-jam o estado, a partir do município de Porto Velho, que centraliza e conduz este novo mo-vimento, ou esta neoco-lonização regional. As usinas de Santo Antonio e Jirau, em construção, deram ao estado, mais uma vez, a condição de se tornar em uma nova fronteira brasileira, desta feita, denominada Fronteira do Progres-so, antes, Fronteira de Expansão Agropecu-ária. Nesta condição, Rondônia passou a ser, a partir de 2009, uma região geoestratégica nacional, integrada ao sistema nacional de energia elétrica através do sistema binacional Itaipu.

3. Para fortalecer anda mais esta

nova posição, Rondônia também foi interligada ao projeto Mercosul, através da rodovia inte-roceânica BR 364, pas-sando a ser um Estado Bioceânico. Neste senti-

do, a cidade de Porto Ve-lho adquiriu o status de Metrópole Regional, e a de Ji-Paraná como me-trópole sub-regional. Tudo isso aconteceu em pouco tempo e muito rapidamente. Poucos rondonienses, em to-dos os níveis sociais, puderam perceber e conhecer estas novas condições geopolíticas de Rondônia. Foi tudo muito rápido, reafirma-se. Mas tem sido assim na existência deste es-tado, a partir da década de 1970, quando não passava de um simples Território Federal, con-dição que ostentou por 38 anos, e foi capturada para o sistema agrário e agropecuário nacional, através do Programa de Integração Nacio-nal-PIN, executado pelo governo federal (regi-me militar) em toda a Amazônia, com ênfase ao Território Federal de Rondônia (depois esta-do) e, por extensão, ao estado do Acre.

4. Por tudo isso, as perspecti-

vas políticas e econô-micas deste estado não poderão mais ser pen-

sadas na forma como ocorreu até agora. Des-se modo, na virada do ano, que marca o início da segunda década do século XXI, Rondônia também estará virando sua matriz econômica e política. Não se pode prever o nível de im-pacto que o Complexo Madeira irá causa no processo econômico ou na pirâmide social rondonienses. Mas, de-ve-se supor que não será desprezível. Pelo contrário, será da mais elevada importância, se forem considerados os principais elemen-tos que estão sendo introduzidos no cenário rondoniense: uma nova economia, uma nova sociedade e uma nova política, cujas causas precisam ser urgen-temente estudas e os efeitos de curto e médio prazos, planejados. Esta será a missão do novo governo, como um todo, e do novo governador, em particular. Rondônia não suportará mais a ausência de planeja-mentos estratégicos e geopolíticos, como, de regra, tem ocorrido ao longo de sua existência.

rONDÔNIA, PErSPECTIVAS POLÍTICAS E ECONÔMICAS

francisco MatiasHistoriador, professor e analista político

regra, tem ocorrido ao

HisTÓriA



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Alax AlexJornalista

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Coluna Painel Político

AuXILIO MOrADIA PArA TODOs!

Apesar de imoral, o auxílio é

recoberto pelo manto da legalidade

M uita gente ficou revoltada ao saber que os membros do Mi-

nistério Público de Rondônia, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa recebem auxílio-moradia. Claro que por aqui ninguém é ingênuo a ponto de acreditar que esses feli-zardos não possuam casas ou apartamentos próprios. A secretária de minha casa, quando descobriu que isso existia já perguntou se esse benefício não era estendido às domésticas. Respondi que não, mas que deveria, afinal ela realmente precisa de um auxílio mora-dia. Expliquei didaticamente que no Brasil a coisa funciona assim, quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais benesses ela tem. Pior é que outras categorias ao invés de se in-dignarem, reclamam para também receber essa mordomia. Delegados e defensores públicos já querem que a Assembleia Legis-

lativa aprovem a inclusão desse benefício em seus plano de cargos e salários.

Em um país onde a burocracia e os altos impostos imperam, o sonho de ter uma casa própria fica cada vez mais distante. Por aqui ou se é pobre demais para ingressar em

um programa como “Minha Casa Minha Vida”, ou se é rico demais para receber auxílio-moradia. O dinheiro recebido pelos membros desses órgãos paga tranquilamente finan-ciamentos de apartamentos e casas, que são alugadas e aumentam a renda e o patri-

mônio desses que já são afortunados. Não se trata aqui de uma “caçada ao direito adqui-rido”, até porque, apesar de imoral, o auxílio é recoberto pelo manto da legalidade. Se trata de ter um pouco de consciência sobre a isonomia. Como é mais fácil tirar o auxílio dos membros desses órgãos, que conceder para todos, melhor que eles fiquem sem.


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fIM DO IsOLAMENTO PArA rEgIÃO DO vALE DO guAPOré DNIT conclui asfaltamento de três lotes e inicia obras nos últimos trechos em 2011, garantindo a pavimentação dos 291 km da BR-429 até Costa Marques

H á décadas, chegar a Costa Marques

no inverno amazônico, ou mesmo sair de qualquer um dos municípios ao longo da estrada, era um pesadelo para a população: atoleiros que prejudicavam o deslo-camento, atrasavam viagens, prejudicavam o escoamento da produção local e coloca-vam em risco a vida de todo aquele que era obrigado a desafiar a rodovia no perí-odo de chuvas. A realidade agora é outra com os pesados investimentos do DNIT na região, através de recursos do Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC). São quase R$ 500 milhões que envolvem desde o pavi-mento, até a contratação de fundação para desenvolver programas socioambientais para a região.

A velha BR-429, não é mais reconhecida pela po-pulação e ficou somente nas lembranças. Agora, a nova rodovia, mais larga e com acostamento, garante segu-

rança aos usuários e mais conforto, pois está com um pavimento de qualidade, bem sinalizada e com desci-das d’água, desde a BR-364 até 15 quilômetros após o município de São Miguel do

Guaporé, perfazendo cerca de 120 km com asfalto. Esse trecho mostra como vai fi-car a rodovia em toda a sua extensão no final da obra, previsto para 2012.

Chegando em Costa Mar-

ques, é possível percorrer mais de 10 km de estrada asfaltada. Entre São Miguel do Guaporé e o distrito de São Domingos, em Costa Marques, onde a obra de pavimentação ainda não começou, a estrada está em perfeito estado de conserva-ção em função dos contratos renovados pelo DNIT para a manutenção da estrada e pontes de madeira nos qua-se 170 quilômetros.

“Um avanço significativo para a população da região, pois até mesmo aonde o pavimento ainda não chegou é possível trafegar tranquila-mente, mesmo com a chega-da das chuvas. As empresas contratadas para o serviço levantaram pontos baixos da estrada, fizeram o encasca-lhamento e o patrolamento de todo o trecho. Além da re-cuperação de quatro pontes de madeira e mais três pon-tilhões”, destacou o superin-tendente regional do DNIT em Rondônia, José Ribamar da Cruz Oliveira.

O asfaltamento dos cerca de 170 km nos quais as obras

Um avanço significativo

para a população da região, pois até

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Cristina Barros

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ainda não começaram, correspondem aos lotes 02 e 03. O primeiro vai de São Miguel até perto de São Francisco, sua ordem de serviço já foi emitida pelo DNIT e será executado pelo consórcio Contek/Rodocom, que inicia a mo-bilização e construção do canteiro de obras no início do próximo ano.

O mesmo ocorre com o lote 03, que vai de São Francisco do Guaporé até pouco depois do distrito de São Domingos e será executado pelo consórcio Fidens/Mendes Júnior. Nele não terá problemas de mobilização, posto que as empresas já estão trabalhando na área, na conclusão do lote “01”. A expectativa de Olivei-ra é de que as empresas contratadas possam manter o mesmo ritmo de trabalho adotado pelas demais, para que no final de 2011 a ro-dovia fique próxima do asfaltamento total.

Pavimento recuperado entre a BR-364 e Alvorada D’Oeste

Trecho pavimentado entre Alvorada e São Miguel do Guaporé

Serra da Onça: local era quase instransponível no inverno

Ministro dos Transportes Paulo Sérgio durante inauguração do lote “zero” em Alvorada



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Obras aceleradas chegando em Costa Marques

Levar desenvolvimento para uma região que sempre viveu no isolamento agrega consequências sociais que de-vem ser pensadas e tratadas com atenção especial. No caso do asfaltamento da BR-429 o DNIT contratou entidade para executar projetos mitigadores dos impactos sócio-ambien-tais da região com objetivo de garantir a qualidade de vida àquela população tão sofrida e esquecida pelo poder pú-blico.

“Toda obra estruturante geralmente leva também pro-blemas sociais. Nossa preocu-pação com o Vale do Guaporé era garantir o desenvolvimen-to aliado às culturas regionais, reservas ambientais e indíge-nas e demais peculiaridades da região. Para isso contrata-mos a Fundação Ricardo Fran-co para mitigar os impactos ambientais junto às comuni-dades no entorno da rodovia”, enfatizou o superintendente do DNIT em Rondônia. A Fun-dação Ricardo Franco foi cria-da para dar apoio ao Instituto de Engenharia Militar (IME) e desenvolve atividades simila-res em várias regiões do país.

Entre os programas elabo-

rados especialmente para a BR-429, destaca-se o Progra-ma de Apoio às Prefeituras, responsável pela elaboração de plano diretor para os mu-nicípios de Alvorada D’Oeste, São Miguel do Guaporé, Serin-gueiras, São Francisco do Gua-poré, Costa Marques e Nova Brasilândia. Este último está fora do eixo da BR-429, mas fica em sua área de influência.

Em função do acelerado processo de crescimento es-timado como reflexo da pavi-mentação, o plano diretor é essencial para garantir o or-denamento do espaço urbano,

além de facilitar a obtenção de recursos federais pelas prefei-turas. O secretário de Planeja-mento do município de Nova Brasilândia, Renato Santos Chiste, destaca que o seu mu-nicípio, assim como os demais situados ao longo da BR-429, não dispunha de recursos sufi-cientes para contratar a elabo-ração de um plano diretor.

“Receber o plano diretor voltado para a identificação das nossas vocações socioe-conômicas, além de ordenar o espaço urbano, vai garantir que as prefeituras preparem-se para o desenvolvimento inevitável com a chegada do pavimento. Com este projeto na mão, podemos garantir mais qualidade de vida a po-pulação dos municípios com a nova rodovia”, salientou o secretário.

A Fundação Ricardo Franco também desenvolve os pro-gramas de Monitoramento e Qualidade da Água, Travessias Urbanas, Educação Ambiental, apoio às Comunidades Indíge-nas através do gerenciamento etnoambiental, apoio às ativi-dades produtivas, produção e monitoramento etnoambien-tal.

Desenvolvimento com qualidade de vida

Toda obra estruturante

geralmente leva também problemas

sociais. Nossa preocupação com o Vale do Guaporé

era garantir o desenvolvimento

aliado às culturas regionais


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Campanhas da Fundação em municípios da BR-429

Arquiteto e urbanista Roberto Lucas apresentando 1a fase do Plano Diretor nos municípios


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O gado de corte é destaque em todos os municípios da região

Prejudicada pela falta de acessos para escoar a pro-dução dos cinco municípios localizados no eixo da BR-429, Alvorada D’Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé e Costa Marques têm potencial para tornar-se os grandes produ-tores agrícolas de Rondônia. Juntos, os cinco municípios somam 82.291 habitantes (IBGE 2010). O município de São Miguel do Guaporé se destaca como o terceiro maior produtor de café do estado e todos juntos possuem mais de 1 milhão de cabeças de gado, segundo último levantamento da Idaron na região.

“Com a chegada do pavi-mento, todos os municípios ao longo da estrada poderão desenvolver melhor a sua vo-cação para a pecuária e agri-cultura, com destaque para o café e o gado de corte e de leite. O asfalto já trouxe uma nova realidade para Alvorada D’Oeste, como o incremento

do comércio e assim será para os demais municípios ao longo da estrada quando a obra esti-ver totalmente concluída”, dis-se o prefeito do município de Alvorada D’Oeste e presidente da Associação Rondoniense dos Municípios (Arom), Laerte Gomes

Comerciante de Alvorada D’Oeste, Adailton Rodrigues, que mora na região de 1991 confirma o que diz Laerte Go-mes e ainda profetiza “que a 429 será o celeiro do estado no futuro próximo em função deste pavimento. Com certeza nós teremos mais ofertas de emprego e mais qualidade de vida”.

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Pavimento vai ampliar produção da região e oferta de empregos

“A 429 será o celeiro do

estado no futuro próximo em função

deste pavimento”

