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PAINEL POLÍTICO 105 Novembro 2011

TURISMO

ANO I - Nº 4 - 05 Novembro de 2011 - Porto Velho - Rondônia Valor: R$ 6,50

De Porto Velho a Cuzco, uma viagem do Peru!

Dom Moacyr Grechi – Arcebispo da Arquidiocese de Porto Velho

enTReVISTa

CHERY

CONQUISTA

PORTO

VELHO

TeRMÓPILaS

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PAINEL POLÍTICO4 05 Novembro 2011

SUMáRIO

PAINEL POLÍTICO4 05 Novembro 2011

editorialEstamos de volta!Pg.03

artigo Herbert LinsPg.40

Coluna Alan Alex Pg.41

estamos de OlhoPg.42

CulturaUma sinopse sobre o livro Mulheres Pg.44

OpiniãoPg.45

Coluna Viver Bem Pg.46

HIDROPOnIa Porto Verde atinge marca recorde de produção

34eCOnOMIa

18CaPaTeRMÓPILaSPF prende deputado, assessores do governo e empresários

12TURISMOVIaGeMDe Porto Velho a Cuzco, uma viagem do Peru!

enTReVISTa

DOM MOaCyR GReCHI Confira a entrevista com o Arcebispo de Porto Velho

6

24eSPeCIaL 31 OBRaS 38PORTO VeLHO

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Estamos de volta!

Alan Alex - Editor

eDITORIaL

Foi um ano turbulento com muitas promessas, dificuldades, coisas boas e ruins acontecendo às vezes ao mesmo tempo, mas estamos conseguindo organi-zar e voltar com a Revista Painel Político, uma publicação que vem sendo cobrada desde que editamos a terceira edição, ainda em março, quando noticiamos as trágicas mortes de Manelão, Paulo Quei-roz (colaborador da revista) e Eduardo Valverde.

Desde então por problemas alheios a nossa vontade, a revista teve que dar uma pausa, mas agora estamos de volta e com fôlego para entrar 2012 com o pé direito. O ano de 2011 vai ficar marcado na vida da maioria dos rondonienses, além das perdas de grandes personalidades, também tivemos recentemente a Operação Termópilas da Polícia Federal com participação do Ministério Público do Estado que desmontou uma suposta quadrilha que seria responsável por atuar em duas frentes, a primeira de conseguir, através de lobistas, obter con-tratos e conseguir reajustes de valores entre empresas que prestam serviços ao governo do Estado. Parte do dinheiro obtido por esses contratos era repassa-do ao então presidente da Assembleia Legislativa, Valter Araújo que mantinha uma base de sustentação na Casa de Leis, mantendo com quantias diversas uma espécie de mesada a sete parlamentares. A reportagem completa sobre o caso você acompanha nesta edição.

Também trouxemos a nossos leitores um panorama sobre a segurança pública em Rondônia. O ano de 2011 também vai entrar para a história como o que mais

teve crises na segurança. No início do ano foram duas greves da Polícia Militar, sendo que a segunda paralisação quase termina em confronto armado. Situações esdrúxulas envolvendo policiais também foram registradas, como o flagrante da compra de cervejas em uma viatura, incidentes envolvendo delegado de po-lícia, troca de tiros entre policiais civis e militares e insatisfação generalizada dentro da Polícia Civil. Você vai saber quais as perspectivas desse importante setor para 2012.

Esta edição também apresenta maté-

rias sobre empresas que deram certo em Rondônia e uma entrevista exclusiva com o arcebispo de Porto Velho Dom Moacir Grechi, figura que sempre combateu a corrupção em nossa região.

Também já podemos adiantar uma novidade. A partir de 2012 você poderá acompanhar em nosso site www.painel-politico.com os vídeos das entrevistas apresentadas na revista, além de áudios e fotos inéditas das reportagens produ-zidas. O conteúdo multimídia de nossas edições estará totalmente disponível, assim como edições anteriores em for-mato digital.

PAINEL POLÍTICO volta com força to-tal e dessa vez para ficar. Agradecemos o apoio dado a todos que ao longo desse ano ajudaram ao retorno desse projeto.

PAINEL POLÍTICO volta com força total e

dessa vez para ficar

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enTReVISTa

DOm mOACYR GRECHI

Eu fui eleito muito novo, hoje já não se faz mais isso, eu tinha apenas 36 anos

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D om Moacyr Grechi – Arcebispo da Arquidiocese de Porto Velho, 75 anos, natural da cidade de Turvo em Santa Catarina, é frade religioso perten-

cente à Ordem dos Servos de Maria, datada do ano de 1.200, tendo sido eleito bispo de Rio Branco no Acre a partir de 1972, sucedendo o em então arcebispo Giocondo Grotti, falecido em um desastre aéreo, por 27 anos, até a sua transfe-rência para Rondônia em 1998. Está há 11 anos a frente da Arquidiocese con-cedeu entrevista a PAINEL POLÍTICO, onde aborda a sua história e os principais problemas sociais encontrados na Rondônia que hoje vivemos.

Por Danny Bueno

PAINEL POLÍTICO - O se-nhor é conhecido com um grande defensor de causas sociais. Como foi seu envol-vimento com essa temática?

Dom Moacyr - Sempre fui ligado às questões de amparo e incentivo as comunidades, quando fui enviado ao Acre assumi o cargo de chefe pro-vincial da Ordem dos Servos de Maria no Brasil, e como tal, temos esse compromisso de viver em comunidade, conse-qüentemente a obrigação de me envolver com os membros da igreja e da sociedade para alçar as construções das igre-jas desta região norte do país, entregue a Ordem dos Servos de Maria por determinação de Roma.

PAINEL POLÍTICO – Com quantos anos o senhor as-sumiu a cadeira de bispo da Igreja Católica, considerada uma posição importante diante da expressividade e liderança que a função exige?

Dom Moacyr – Eu fui eleito muito novo, hoje já não se faz mais isso, eu tinha apenas 36 anos, houve um processo de

escolha, o que é muito compli-cado, foi muito doloroso pela maneira trágica como foi o fa-lecimento antecessor, a região era extremamente conturbada e precisei absolver todas as cri-ses que o meu clero vivia, entre elas, a da grilagem de terras. Tinha a migração desordenada para a Amazônia, onde desma-tar era beneficiar, o movimento dos seringueiros com Chico Mendes, o crime organizado a serviço dos fazendeiros, onde servimos de abrigo na Casa Pa-roquial por seis meses ao líder seringueiro, pois era constan-temente ameaçado de morte, e acabamos ficando muito “chegados”, pois apesar de não ser um membro fervoroso, mas, fazia parte da nossa igreja.

PAINEL POLÍTICO – Ou-tro capítulo histórico que trouxe o lado violento e político daquele Estado foi à prisão do ex-deputado e ex--coronel da PM Hildebran-do Pascoal, como era esse período?

Dom Moacyr – Infeliz-mente, naquela época quem mandava no Acre era o terror, e eu tive que passar por aquele momento de terror com aquele

povo. A fama daquele homem realmente era de “serrador de gente”, mas quando tudo isso terminou, graças a Deus, nos sentimos aliviados pela ma-neira como foi conduzido pela justiça àquela condenação. Após essas passagens, tanto o governador do Acre como o presidente do Tribunal de Justiça, que tinham trabalha-do comigo quando jovens, me lisonjearam com a seguinte de-claração: “Bom, Dom Moacyr... agora quem manda no Acre é o senhor, quando o senhor quiser alguma coisa nos chame que nós vamos obedecer”.

PAINEL POLÍTICO – Ao final de 1998 o senhor foi transferido para Porto Ve-lho, como foi essa nossa missão após 27 anos de convivência com o povo do Acre?

Dom Moacyr – Eu sincera-mente achava que terminaria meu sacerdócio por lá, assim como os que me precederam passaram por lá, e aqui che-gando fomos acolhidos com toda ternura e carinho que é a marca registrada de toda a população que foi trazida pelas circunstâncias mais ad-

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versas para essa região do país, aos quais procuro retribuir com cada célula do meu ser a cada novo dia que Deus me dá.

PAINEL POLÍTICO - Nos dias atuais Rondônia vive uma explosão de crescimen-to, e esse crescimento acar-retarão futuros problemas sociais, que refletirão em todas as camadas da socie-dade, como o senhor vê esse quadro que se forma e quais as suas perspectivas para esse futuro?

Dom Moacyr – Já se vão quase 13 anos desde a minha chegada à Rondônia, e já nos primeiros anos procurei me ater aos fatos e relatórios históricos desta terra, tendo já participado de grande parte desta história. O que posso dizer desse cres-cimento repentino é que mais uma vez Rondônia é palco de um progresso desgovernado e as conseqüências desta ressacas que virão sempre recaem sobre os mais pobres. Não houve um preparo para esse crescimento, hospitais que deveriam ter sido construídos não foram, assim como escolas, creches e mora-dias, fazendo com que os novos habitantes promovam mais uma ocupação desfigurada, reafir-mando a imagem de “Amazônia Colônia do Brasil”. Eles querema energia produzida aqui levar sem compensação alguma e todo mundo concorda, ficam só os rios contaminados, buracos da cassiterita, florestas devas-tadas para a criação de gado de forma ambígua e insustentável que só favorece a alguns e decre-ta a destruição do Estado. Fica-mos sem esperança de reversão,

a não ser que nós abramos o olhos e reconheçamos que não podemos cavar a nossa própria sepultura.

PAINEL POLÍTICO – O se-nhor tem uma maneira es-pecial de olhar os problemas estaduais com os reflexos que estes provocarão sobre a Amazônia, existe alguma forma de controlar essas ameaças ambientais ou po-demos dizer que já não há mais esperanças?

Dom Moacyr – Não pode-mos jamais perder as esperan-ças, e não deixar de insistir. A Amazônia tem que ter o seu lugar no Brasil e no mundo, por que ela é especial, portanto, tem que ser tratada de forma espe-cial. Se ela é diferente das outras partes do mundo, então que ela tenha compensações diferentes, justamente para resolver pro-blemas como estes de migração excessiva, a Amazônia sempre é relegada a desigualdade. Imagi-nem quanto ouro, madeira e dia-mantes foram extraídos daqui ilegalmente, e em alguns casos protegidos por autoridades, que muitas vezes são os próprios donos das serrarias, usinas e

minerações.

PAINEL POLÍTICO – Como líder religioso como o se-nhor se posiciona diante destas mazelas e como a igreja orienta a agir nestas situações?

Dom Moacyr – A ordem é promover a educação e cons-cientização dos membros da igreja, aconselhando através das missas, das nossas comunidades eclesiais de base, os nossos gru-pos de reflexão, cartilhas, cam-panhas e das comissões, como a CJP (Comissão de Justiça e Paz). Dessa forma trabalhamos trans-mitindo as informações neces-sárias para que o povo perceba o que é progresso, o que não é progresso, que é justiça, o que não é justiça, que a função da po-lítica é a busca do bem comum e não os interesses isolados, assim como fizemos na campanha de arrecadação de assinaturas para a Lei da Ficha Limpa. En-quanto o Pará e o Amazonas coletaram dez mil assinaturas, nos conseguimos vinte mil.

PAINEL POLÍTICO – Em re-centes debates a igreja, atra-

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vés da Comissão de Justiça e Paz – CJP, vem apoiando os protestos de manifestantes que resistem ao aumento da passagem do transporte coletivo na capital, até onde a igreja enxerga que os aumen-tos são abusivos?

Dom Moacyr – Sem querer misturar as coisas, a igreja apóia o movimento pacífico e ordeiro, e desaprova qualquer atitude de violência, seja de qual lado for, pois é contra o evangelho, mas, jamais poderemos nos omitir ou concordar com a opressão ou os desmandos em favor do interes-se de grupos econômicos. Eu li uma informação de que a nossa passagem de ônibus é a segun-da mais cara do país, e eu sou testemunha de um acordo que fizeram anteriormente em que

prometeram mais ônibus, ôni-bus melhores e terminais e até hoje nada disso foi feito. O preço não está compatível com a qua-lidade, isso é fato, o prefeito me disse que a maioria dos usuários não paga passagem, que eu dis-cordo e percebo que o discurso da prefeitura está muito voltado para a empresa. Acredito que cada governo tem que encon-trar os seus caminhos, e sempre voltado para o povo e não para empresas, tanto é que se o Con-selho Municipal de Transporte for isento, vai averiguar a quali-dade e a estrutura destes ônibus que estão circulando pelas ruas, e o prefeito precisa buscar o bem da comunidade, sem preju-dicar a empresa é claro, muito menos a favorecendo, em cima de dados objetivos, usando a matemática e não esquecendo

que a população não está mais inerte as evidências de excessos cometidos por autoridades.

PAINEL POLÍTICO – Qual é a sua mensagem para esses dias difíceis que o mundo atravessa diante de tantos desastres provocados pela fúria da natureza?

Dom Moacyr – A mensa-gem do evangelho, não existe qualquer outra a ser lembrada, além das palavras do Cristo que sempre garantiu que jamais es-taríamos sozinhos, e mesmo que Ele não se fizesse mais presente nos enviaria o Consolador para suprir todas as nossas angústias, e devemos confiar hoje mais do que nunca que é nas horas mais negras que a luz aquecerá os nossos corações.

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PAINEL POLÍTICO10 05 Novembro 2011

CHERY CONQuIsTA PORTO VELHO COm PREçOs POPuLAREs

O mercado de venda de carros permanece aquecido mesmo com o aumento do IPI, o numero de veículos circulando comprova que o porto-velhense está se dando o luxo de gastar mais com o seu bem-estar. A concessionária chinesa Chery que abriu as portas este ano em Porto Velho é mais uma marca de automóveis que vem para deixar os clientes em dúvida, sobre qual marca de carros comprar desta vez.

Uma das poucas empresas a vender sem aumento do IPI (Imposto sobre Produto Inter-no) e com preço de fábrica. Por apenas R$ 25.990 mil o carro QQ (Quil-quil) a sensação da empresa automobilística Cher-ry. O veiculo já vem com duplo airbag, roda de liga leve, freios ABS, farol de neblina e som mp3, um carro completo com preço popular. “Antes mesmo de o carro estar disponível para venda já tínhamos uma lista de espera com uns quarenta nomes”, explicou o gerente Car-los Miguel. A grande procura é

proveniente das mulheres que gostam de tamanho compacto, o ideal para estacionar numa cidade com trânsito cada vez mais caótico.

Carlos Miguel acredita que o potencial do carro está as-sociado à qualidade oferecida, além do tamanho ideal para o mundo moderno. “Com o preço favorável, muita gente vai prefe-rir comprar um carro equipado aos básicos oferecidos pela con-corrência. R$ 25 mil é o preço de um carro popular quem nem sequer oferece qualidade de vida ao motorista. Até quem tem moto vai poder trocar por um QQ” acredita.

No Brasil a Chery chegou em 2009 e já conta com 77 lo-jas em todo o país. Só nos três primeiros meses do ano apre-sentou dados surpreendentes, um crescimento de 428% com relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados apresentados pelo gerente,já foram vendidos 2.500 mil car-ros desde a instalação da mul-tinacional do País.

Em Porto Velho a empresa chegou aproximadamente há nove meses foi trazida pelo gru-

po mato-grossense Canopus que já tem mais de 30 anos de atuação no ramo de veículos, e agora em Porto Velho chegou com a Cygnus veículos. “Refor-mamos o galpão por seis meses e investimos em qualidade também no ambiente para o nosso publico consumidor, o que tardou a inauguração além do esperado”, conta Carlos Mi-guel, gerente de vendas da loja que sempre atuou no setor de venda de carros na cidade.

A empresa oferece ainda outros quatro modelos, o Face, Cielo hatch, o Cielo Sedan e o Ti-ggo 4x2. “Os clientes que estão fazendo o teste drive, elogiam o desempenho do motor”, expli-cou Carlos Miguel. E completou, “o dono de um grande carro de marca conhecida que fizera tes-te na tarde desta entrevista à revista PAINEL POLÍTI-CO, se surpreendeu com a capacidade do carro”.

A Cygnus conces-sionária Chery está com as portas abertas de segunda a sábado, na rua da Beira 6060, sentido Cuiabá. Fone 2182-5000.

eCOMOMIa

Michele Mourão

Empresa chegou ao Brasil em 2009 e já conta com mais de 75 lojas espalhadas em diversos estados, incluindo Rondônia

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PAINEL POLÍTICO 1105 Novembro 2011

PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO42 4330 Abril 2011 30 Abril 2011

som mp3

COM PREçOs POPuLAREs, ChERy PROMETE sER suCEssO

A concessionária chinesa Chery abre as portas em Porto Velho e é mais uma marca de automóveis que vem para dei-xar clientes em dúvida sobre qual marca de carros comprar desta vez.

Para quem vai trocar ou adquirir um novo pela primeira vez as opções estão variadas, as antigas marcas conhecidas do grande público estão ganhando novos concorrentes que vem se instalando com o cresci-mento da cidade. É o mercado de automóveis, cada vez mais competitivo.

No Brasil a Chery chegou em 2009, até o momento já conta com 77 lojas em todo o país. Só nos três primeiros meses do ano apresentou dados surpre-endentes, um crescimento de 428% com relação ao mesmo período do ano anterior. Foram vendidos 2.500 mil carros em todo o país.

Em Porto Velho a empresa se instalou há menos de um mês trazida pelo grupo mato--grossense Canopus, que já tem

mais de 30 anos de atuação no ramo de veículos, e agora em Porto Velho chegou com a Cyg-nus veículos. “Estamos desde outubro reformando o galpão. De ultima hora decidimos tro-car o piso, o que tardou a inau-guração”, conta Carlos Miguel, gerente de vendas da loja que sempre atuou no setor de venda de carros na cidade.

A empresa oferece até o mo-mento quatro modelos, o Face, Cielo hatch, o Cielo Sedan e o Ti-ggo 4x2. “Os clientes que estão fazendo o teste drive, elogiam o desempenho do motor”, expli-cou Carlos Miguel. E completou, “o dono de um grande carro de marca conhecida que fizera teste na tarde desta entrevista à revista PAINEL POLÍTICO, se surpreendeu com a capacidade do carro”.

A Chery trouxe para Rondô-nia o QQ (quilquil) que acaba de ser lançado e chega nos próxi-mos dias. O veículo promete fazer sucesso entre o público feminino devido ao design compacto, que normalmente é o preferido entre as mulheres.

Além disso, o carro tem mais um atrativo, o preço. Por apenas

R$ 24 mil é a sensação da Chery. Ele já vem com airbag, roda de liga leve, freios ABS, farol de ne-blina e som mp3. “Já temos uns 40 nomes na lista de espera, e este numero aumenta a cada dia”, explicou o gerente.

Com o preço favorável muita gente vai preferir comprar um carro equipado aos básicos oferecidos pela concorrência. “esse é quase o preço de um carro popular. Até quem tem moto vai poder trocar por um QQ” acredita Carlos Miguel.

A Cygnus concessionária Chery está com as portas aber-tas de segunda a sábado, na rua da Beira 6060, sentido Cuiabá. Fone 2182-5000.

TurisMo

Michelle Mourão

TurisMo

Legenda

Em pouco mais de 15 anos a empresa estabeleceu um marco nasssss produção de verduras hidropônicas ssssssssssssssssssssssssssssssssss.

Airbag

Roda de liga leve

Freios ABs

Farol de neblina

QQ um carro

pequ

eno

e cheio

de es

tilo

eCOnOMIa

QQ um carro

pequ

eno

e cheio

de es

tilo

Veículos da Cherry já saem de fábrica com uma série de acessórios de segurança e conforto para o motorista e passageiros

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PAINEL POLÍTICO12 05 Novembro 2011

Já vinha ouvindo falar há algum tempo sobre a possibi-lidade de viajar à Cuzco pela rodovia que liga Rondônia ao Pacífico. Em 2009 um grupo de amigos chegou a ir em um Astra e isso me motivou a pensar nessa aventura. Em outubro, Paulo Andreoli (Ron-doniaovivo) disse que ia sair de Porto Velho numa quinta-feira e estaria de volta no domingo. Como ele ia de F250, fiquei aguardando seu retorno para saber das reais condições da estrada. Paulo não conseguiu ir. Por problemas de documen-tação, foi barrado na fronteira, em Assis Brasil. Mesmo assim, decidi que era hora de fazer essa viagem.

PreparativosNo sábado que antecedeu

a viagem, fui à Fox Pneus e troquei os quatro pneus, dis-cos de freio e pastilhas. Carro alinhado e balanceado rapi-damente, com atendimento acima da média e o melhor,

você pode pagar em até 12 vezes no cartão de crédito. Uma observação importante, se você for fazer essa viagem, ou qualquer outra, essa revisão é obrigatória, pneus novos dão estabilidade e aderência neces-sárias para qualquer estrada. Corolla pronto, foi só verificar a documentação pessoal. É obrigatório que você tenha em mãos ou um passaporte ou sua cédula de identidade. CNH, carteiras funcionais nem qual-quer outro tipo de documento é válido, mas com RG ou passa-porte, sua entrada é tranqüila. Na quinta-feira (01) saímos de Porto Velho às 5 horas da manhã. Seguimos viagem tran-qüila até Assis Brasil, fronteira entre Brasil e Peru. No lado brasileiro, pare no posto de fiscalização, vá até o setor de imigração da Polícia Federal e apresente sua documentação. Eles irão lhe dar um papel de entrada, se você apresentar passaporte, o mesmo será carimbado. Não é necessário parar na Receita Federal. No lado peruano, apresente Xerox de documento do veículo, do

papel de entrada da Polícia Federal e de seu documento de identidade, isso pode ser feito em frente à imigração peruana. Detalhe importante, o veículo deve estar em seu nome, eles não aceitam procurações. Caso o carro esteja em nome de ou-tra pessoa, ela deve estar no

DE PORTO VELHO A CuzCO, umA VIAGEm DO PERu!

Rodovia do Pacífico já é uma realidade e a viagem de pouco mais de 1.600 quilômetros vale a pena. É barata, rápida e deslumbrante

Alan Alex

TURISMO

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POLÍTICaTURISMO

carro, não necessariamente dirigindo. Eles vão fazer seu ca-dastro e do veículo na Aduana peruana e em seguida você se dirige á imigração, fica um ao lado do outro. Todo o processo leva no máximo 15 minutos.

Importante: No posto de fronteira você vai encon-trar vários cambistas, faça o câmbio de Real para Solis (moeda peruana) ali mesmo. em Cuzco nossa moeda não é aceita e nas casas de câmbio de lá eles querem pratica-mente paridade entre as moedas. Na fronteira eles vão te pagar cerca de 1,58 solis por cada real. Em Cuzco eles querem pagar 1,20 ou até menos.

Na estradaA rodovia de integração,

que liga Rondônia ao Pacífico é

muito bonita. Toda ela é asfal-tada e é uma viagem que vale à pena. No primeiro dia (01), chegamos em Puerto Maldo-nado por volta das 17h30min. São 1.096 quilômetros de Porto Velho à Maldonado. A gi-gantesca ponte está finalizada e corta a cidade. Você deve dor-mir em Maldonado, não tente seguir viagem à noite, mais adiante você vai entender o por que. Puerto Maldonado é uma cidade grande, com trânsito agitado e muita gente nas ruas. Aproveite para comprar uma jaqueta jeans ou outras rou-pas de frio, você vai precisar com toda a certeza e por lá os preços são bem em conta. Pro-cure um mercadinho e compre também algumas frutas, água mineral, bolachas e sucos, na estrada você até vai encontrar isso, mas pagará mais caro e não terá a mesma variedade. Dormimos em Maldonado e lá paga-se caro nos hotéis. A diária gira em torno de 160 solis (R$ 101). Você pode até encontrar hotéis mais baratos,

mas bastante precários. Saímos de Puerto Maldo-

nado às 6 horas de sexta-feira. Nos primeiros 180 quilôme-tros você já vai sentir que está subindo, mas é quase im-perceptível. Várias pequenas comunidades ao longo da rodovia, todas sinalizadas, com quebra-molas e placas indica-tivas. Você começa a perceber também uma mudança na paisagem, pastos dão lugar a florestas. Quando você chegar na comunidade Santa Rosa, começa a subir de verdade.

Importante: O carro utiliza-do nesta viagem foi um Corolla, câmbio manual. As subidas são muito, e íngremes, não sei ao certo como se comportaria um carro com câmbio automático nestas circunstâncias, melhor verificar com sua concessioná-ria. O Corolla é 1.6, gasolina e me impressionou. Carro valen-te e extremamente confortável.

Você vai subir a primeira serra, chamada Sierra Santa Rosa. Neste trecho você come-ça a ter uma idéia do que virá

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PAINEL POLÍTICO14 05 Novembro 2011

Vista da região do Vale Sagrado, a caminho de Macchu Pichu

TURISMO

pela frente, mas nada, absolu-tamente nada te prepara para as alturas a serem atingidas. Devido ao fato de ser sempre subida, e a estrada com muitas curvas sinuosas, não tem como desenvolver velocidade. E nem precisa. O visual é fantástico e deslumbrante. Prepare sua câmera com pilhas e cartões de memória porque você vai ficar impressionado. Mais impres-sionado ainda quando chegar ao cume do monte e vir uma placa informando que você está a 4.725 metros de altitude em relação ao nível do mar,na comunidade Abra Pirhuayani. Mas antes chegar às alturas, você vai se emocionar ao ver, durante a subida, os picos ne-

vados. Durante toda a subida a temperatura vai caindo. Se seu carro tiver aquecedor, você vai usar. Do contrário, prepare-se para sentir frio. O ar também é rarefeito e a percepção dis-so é muito clara, sua cabeça vai doer e você poderá sentir enjôos. Vale lembrar que essa altura é absurda e pessoas mais sensíveis podem precisar de um tubo de oxigênio, se for esse seu caso, providencie um. Outras medidas que ajudam a evitar o Mal de Altitude são hidratação abundante, pelo menos quatro litros de líquidos por dia. Como essa necessida-de varia muito de pessoa para pessoa e de situação a situação, a melhor maneira de saber

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TURISMO

se estamos bem hidratados é olhar a cor da urina. Ela deve ser muito clara, quase como água e em boa quantidade.

Descendo, mas nem tanto Depois que você chegar

ao topo, começa a descer, mas nem tanto. Cuzco fica a 3.300 metros acima do nível do mar. Durante toda sua estadia na cidade a dor de cabeça e sen-sação de enjôo vai perdurar se você não adotar medidas como hidratação constante, analgésicos e uso de oxigênio. Em Cuzco você encontra oxi-gênio para vender nos super-mercados a 40 solis (R$ 25). Chegamos na cidade por volta das 17 horas de sexta-feira. Cuzco é imensa e a vista não impressiona. Você vai chegar pela Avenida de la Cultura, que está em obras e vai seguir nela

até passar a terceira passarela de pedestres. Neste ponto pare e se informe sobre onde fica a Plaza de Armas, principal refe-rência turística da cidade. Na região existem muitos hotéis com diárias a partir de U$ 40 a U$ 300. Isso mesmo, lá os preços são calculados em dólar americano, que é bem aceito, assim como a moeda local. O clima na cidade é sempre frio, com temperaturas agora no verão em torno de 12 graus durante o dia e à noite pode chegar a 6. Para nós que vive-mos em Rondônia é um choque tremendo.

A cidadeNa Plaza de Armas você

vai ficar deslumbrado. Igrejas construídas por espanhóis du-rante a colonização, mosteiro dos jesuítas, uma obra impres-sionante, jardins espetaculares e muitos turistas nas ruas. Gen-te do mundo inteiro. Uma dica, as lojas que ficam ao redor da praça são mais caras, se você sair um pouco desse roteiro, vai encontrar as mesmas coi-sas muitas vezes por um terço do preço. Procure restaurantes que sirvam frutos do mar ou massas. A culinária peruana não é muito agradável para quem tem estomago sensível. Eles usam muitos condimentos e pimenta. Na cidade também é possível encontrar lanchonetes que servem sanduiches, devido ao grande número de europeus e americanos. Se você quiser arriscar “novos sabores” a dica é a parrilla completa, que vem carnes de porco, gado e frango.

A cidade é ótima para quem gosta de vinhos. Nos restauran-

tes é possível encontrar muitos vinhos argentinos e peruanos e uns poucos chilenos. Os pre-ços variam, mas um dos mais caros fica em torno de 90 solis (R$ 56) e os mais baratos a 20 solis (R$ 12). Se seu hotel não tiver estacionamento, o que é comum, procure um, você vai pagar 15 solis/dia (R$ 9,50). É melhor circular pela cidade a pé ou de taxi. Os peruanos não são muito tranqüilos no trân-sito e é melhor que eles se re-solvam. Cuzco, como qualquer cidade da América latina, cos-tuma cobrar mais caro de seus turistas. Na cidade cartões de crédito são bem aceitos. O pre-ço médio para visitar as igrejas e outros monumentos é de 10 solis por pessoa (R$ 6,32), mas vale muito à pena. Dentro dos lugares é proibido tirar fotos de peças de arte, como quadros e altares, feitos de cedro e re-cobertos com ouro.

Macchu PicchuPor toda a Cuzco existem

referências a Macchu Picchu, cidade inca redescoberta em 24 de julho de 1911, que foi resultado de uma expedição da Universidade de Yale, sob responsabilidade do professor norte-americano Hiram Bin-gham. Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Patri-mônio Mundial pela UNESCO. Mas para visitar esse monu-mento você precisa comprar sua passagem com um dia de antecedência. Em Cuzco exis-tem milhares de agências que levam os turistas com preços que variam de U$ 100 a U$ 300. E para lá se vai de van ou trem

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PAINEL POLÍTICO16 05 Novembro 2011

e a visita leva um dia inteiro, portanto, se você quiser fazer essa visita, se programe. Além de Picchu, existem dezenas de outros sítios arqueológicos nos arredores, basta entrar em qualquer agência e prepa-rar seu pacote. Em função da falta de tempo, precisava estar de volta à Porto Velho nesta

segunda-feira, não deu para visitar Picchu, mas na próxima viagem certamente iremos.

A voltaNo domingo saímos de

Cuzco às 5 horas. Subimos os cerca de 1000 metros até comunidade Abra Pirhuayani e depois foram só descidas. E

muitas. Como era um domingo, e normalmente as estradas são mais tranqüilas, a volta foi razoavelmente rápida. Almo-çamos em Puerto Maldonado, chegamos na balsa do Abunã por volta de meia-noite, dormi um pouco dentro do carro e chegamos em Porto Velho às 4 horas desta segunda-feira.

A balsa do Abunã atrasa a viagem em cerca de 40 minu-tos e é cara. Atualmente custa R$ 13,50 para ir e o mesmo valor para voltar. As estradas no Acre estão mal conservadas e sem sinalização ou placas in-formativas. Você fica perdido e quando encontra alguém e pede

informação, a pessoa não sabe. No lado brasileiro da imigração, não existe nenhuma informa-ção. Quando chegamos, passa-mos direto porque um guarda da Força Nacional indicou. Ao chegarmos na imigração pe-ruana que fomos informados da necessidade de um registro

de saída no lado brasileiro e tivemos que voltar para fazer o procedimento. No lado pe-ruano da rodovia, em todas as vilas existem quebra-molas, no mínimo dois, o que também impede que se corra muito na estrada. Durante a subida, em alguns pontos, a água brota

Gasolina no Peru custa em torno de 12 solis (R$ 7,59) o galão (cada galão tem cerca de 3,75 litros). Escolha a gasoli-na 90 (tem a 85, 80 e outras) porque ela é como se fosse a nossa aditivada. Também tem diesel, mas não lembro o pre-ço. Posto de gasolina por lá se chama Griffo e às vezes pode ocorrer de você passar por uma comunidade e não tenha nem um posto ou placa, mas basta parar e perguntar onde tem um griffo. Em algumas casas eles armazenam combustível e vendem normalmente. Um detalhe importante, carros com motorização 1.0 normalmente apresentam problemas com

gasolinas da Bolívia, Peru e Venezuela, porque elas não tem alcool em sua fórmula. Carros a partir de 1.6 rodam tranquila-

mente. Portanto, se seu carro for 1.0 recomenda-se levar um galão com alcool para fazer a mistura na estrada.

AbAstecimento

inconvenientes e dicAs

TURISMO

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PAINEL POLÍTICO 1705 Novembro 2011

TURISMO

no paredão e atravessa a pista, portando cuidado com aquapla-nagem. Ali, se cair, não escapa nem a alma. Alguns trechos da estrada existem placas infor-mando sobre a possibilidade de deslizes de terra, portanto, toda cautela. Durante a subida a descida, toque a buzina nas cur-vas. Acredite, você vai precisar disso. Não esqueça de comprar roupas de frio ou levar de casa. Quando for comprar qualquer coisa em Cuzco pechinche. Um objeto que eles pedem 100 solis pode sair por 50. Respeite as motos, no Peru esse é o princi-

pal veículo utilizado. Arme-se de paciência, a estrada é longa, cansativa e não dá para correr nas subidas. No mais, a viagem vale a pena e a distância a ser percorrida é praticamente a mesma entre Porto Velho e Cuiabá. A diferença é que você vai estar conhecendo uma cultura diferente e a um custo muito baixo. Minha viagem in-teira saiu por R$ 1.700,00, em duas pessoas, hospedando-se confortavelmente, comendo bem e comprando um monte de souverniers peruanos. Não esqueça de revisar freios e

pneus, não dá para arriscar com pneus carecas. Se seu carro tiver motorização 1.0, ele pode até subir, mas vai de-morar mais. No Peru a maioria dos carros é 1.0. Quem for de camionete deve evitar circular em Cuzco com o carro. As ruas são estreitas. Deixe-o em uma garagem e circule de taxi. Não tente gambiarras, do tipo tentar passar usando um documento qualquer. Os únicos aceitos são RG ou Passaporte. No mais, boa viagem, vale muito à pena. A próxima é para Lima, a cidade dos reis.

Laboratório de sementes usado pelos incas. As ruínas ficam a caminho de Macchu Pichu

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PAINEL POLÍTICO18 05 Novembro 2011PAINEL POLÍTICO18 05 Novembro 2011

Às seis horas de sexta-feira, 18 de novembro agentes da Polícia Federal mobilizaram-se em seis cidades de Rondônia para desmontar uma suposta quadrilha que tinha como integrantes 8 deputados esta-duais. A Operação Termópilas prendeu o então presidente da Assembleia, Valter Araújo e indiciou os deputados Jean Oliveira, Epifânia Barbosa, Ana Lúcia Dermani de Aguiar (Ana da 8), Euclides Maciel, Flávio Lemos e Zequinha Araújo.

O deputado Valter Araújo, apontado como líder da su-posta quadrilha, foi acusado pelos crimes de extorsão, for-mação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, peculato,

PF PRENDE DEPuTADO, AssEssOREs DO GOVERNO E EmPREsÁRIOs

Alan Alex/Michele Mourão

Indiciados são acusados de extorsão e peculato. Secretário-adjunto da Saúde e afilhado do governador estão entre os presos

CaPa

OPERAÇÃO TERMÓPILAS

Presidente da Assembleia, Valter Araújo foi acusado de “liderar quadrilha”

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PAINEL POLÍTICO 1905 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 1905 Novembro 2011

corrupção passiva e ativa, ad-vocacia administrativa, viola-ção de sigilo funcional, tráfico de influência. Conforme lei 8.666-1993(Lei de licitações e contratos públicos) e na Lei 9.613 1998(Lei de Lavagem de dinheiro). Os demais par-lamentares, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público, eram acusados de receber dinheiro, apartamentos e ou-tros benefícios para dar apoio político às ações de Valter no parlamento.

Segundo nota emitida pela Polícia Federal, as investiga-ções tiveram início há cerca de um ano e meio, em um in-quérito que apontava fraudes em licitações de empresas que prestavam serviços para a secretaria de Saúde.

O avanço das investigações, surgiram indícios da partici-

pação de parlamentares no esquema.

Por meio de monitoramen-tos, telefônico e ambiental ocorridos entre maio e no-vembro deste ano, a PF cap-tou uma série de conversas e mensagens de texto que cor-roboravam as denúncias. E as investigações a pontaram Val-

ter Araújo como o responsável por grande parte do esquema.

Empresário e deputadoDe acordo com a Polícia

Federal, Valter Araújo figurava como sócio nas empresas Ro-mar, Reflexo, J.W., W.V. Editora e Windsor LTDA, sendo que todas mantinham contratos com o governo. Em dezembro de 2010 o Ministério Público obteve na Justiça decisão limi-nar que determinou o Estado de Rondônia e o Secretário de Estado da Saúde a sustar um pagamento de mais de R$ 22 milhões à empresa Reflexo Conservação e Limpeza, re-ferente ao realinhamento de preços em contrato de presta-ção de serviços de limpeza de unidades hospitalares de Porto Velho. Mesmo assim, a empre-sa ainda conseguiu receber R$

CaPa

O avanço das

investigações, surgiram indícios da participação de parlamentares no esquema

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PAINEL POLÍTICO20 05 Novembro 2011PAINEL POLÍTICO20 05 Novembro 2011

CaPa

6 milhões.Além de defender seus em-

preendimentos, Valter Araújo é acusado de interceder em favor de outras empresas em troca de uma comissão. Foi assim com a Fino Sabor que era responsável pelo fornecimento de comida aos presídios e aos hospitais. O empresário Júlio César Bonache, que chegou a ser preso pela Polícia Federal durante a operação terminou sendo envolvido no esquema por falta de opções. O governo devia os meses de dezembro (ainda João Cahúlla), janeiro e fevereiro de 2011 (gestão Confúcio). Com a folha de pagamentos atrasada e forne-cedores batendo à sua porta, Júlio teria sido procurado por emissários de Valter Araújo que afirmaram ter poder de “li-berar os pagamentos” em troca de uma comissão. E assim foi feito. Por causa desse acordo Júlio e seu sócio Ednei Perei-ra foram presos e liberados dias depois. A Polícia Federal acredita que o dinheiro desse contrato seria usado por Valter para pagar uma mesada ao grupo de sete deputados que ele controlava, que também foram indiciados.

Corrupção estava no Executivo

Com os monitoramentos nos envolvidos, a Polícia Fede-ral descobriu o envolvimento direto do secretário-adjunto da Saúde, José Batista, que tam-bém foi preso. Ele foi acusado de receber propina em troca de atrapalhar alguns pagamentos de contratos, como o da em-presa Fino Sabor, e favorecer outros, como a Romar. No

apartamento do ex-secretário a PF encontrou R$ 171 mil em dinheiro, que seriam oriundos de pagamento de propina.

PeõesOs responsáveis pela “cor-

reria” nas empresas eram, se-gundo a Polícia Federal, Rafael Santos, sobrinho do ex-deputa-do Silvernani Santos, Éderson Souza Bonfá, também conheci-do como “Goteira”, que aparece como sócio-proprietário da empresa Romar mas segundo a Polícia Federal seria “laranja” de Valter Araújo e Rômulo da Silva Lopes, assessor especial da governadoria e filho de

criação do governador Con-fúcio Moura. Rômulo morava no apartamento de Confúcio, onde foi preso.

Também foram presos na Operação Termópilas Andres-sa Samara Masiero Zamberlan, chefe da Comissão de Licitação da Assembleia Legislativa e ex--diretora financeira da Secreta-ria de Justiça, onde mantinha livre acesso e atrapalhava ou ajudava empresas indicadas pelo deputado; Cleuzemir Teixeira Lira, funcionário do Detran, Ronel Camurça da Silva, procurador do Detran, Esmeraldo Batista Ribeiro, Funcionário da SESAU, José

Ex-secretário José Batista acusado de receber propina e liberar pagamentos aos amigos

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PAINEL POLÍTICO 2105 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 2105 Novembro 2011

CaPa

Milton de Andrade Brilhante, assessor da SESAU; José Miguel Saud Morheb, proprietário da empresa MaQService, Mário André Calixto, diretor do jor-nal O Estadão do Norte, que exercia pressão junto ao De-tran para favorecer contratos das empresas ligadas a José Miguel Saud. Calixto usava sua influência como diretor do jornal e muitas vezes produzia “matérias” atendendo inte-resses do grupo e Regineuza Maria Rocha de Souza, fun-cionária Controladoria Geral do Estado.

Mais envolvidosAlém dos presos, a justiça

determinou o afastamento de diversos servidores públicos de suas funções. Um deles, o procurador do Estado Glau-ber Luciano da Costa Gahyva, apontado como responsável por emitir pareceres favorá-veis a empresas indicadas por

Batista. A prisão de Glauber chegou a ser pedida pelo Mi-nistério Público, mas a justiça negou. De acordo com a Polícia Federal “o procurador atua de forma a desencadear atuações jurídicas de modo a prejudicar ou favorecer determinada em-presa ou pessoa física, de acor-do com os interesses daquele que o contratar imediatamen-te”. No Banco do Brasil fo-ram afastados Felício Borgert, acusado de facilitar saques e movimentações vultosas para os acusados; Vânia Brito, que repassava informações sobre a existência de pagamentos e quebrava ilegalmente o sigilo bancário de pessoas e empre-sas, à pedido dos acusados; Sérgio Paulo Rocha, irmão da amante de José Miguel Saud, que é sócia da empresa Joplin, Josiane Isabel da Rocha, cujos contratos foram investigados e Maria Irismar Melo Nogueira, conhecida como Iris.

Ex-secretário José Batista acusado de receber propina e liberar pagamentos aos amigos

Deputada Epifânia Barbosa pediu afastamento da presidência do PT em Rondônia após seu nome aparecer em gravações

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PAINEL POLÍTICO22 05 Novembro 2011

CaPa

PAINEL POLÍTICO22 05 Novembro 2011

A justiça determinou o bloqueio de bens que estavam em nome de 39 pessoas ligadas aos acusados, além deles próprios. Imóveis, gados, veículos e contas bancárias de Valter Araújo, Rafael Santos Costa, José Miguel Saud Moherb, Éderson Pereira Bonfá, José Batista da Silva, Júlio César, Ednei Santos, Esmeraldo Batista Ribeiro, José Milton Brilhante, Glauber Luciano Gahyva, Ro-mulo Silva Lopes, Mário André Calixto, Cleozemir Teixeira, Ronel Camurça, Epi-fânia Barbosa, Ana Lúcia Dermani, Flávio

Lemos, Euclides Maciel, Jean Oliveira, Zequinha Araújo, Saulo Moreira, Rafael Vian, Betina Vian, Lucca Vian, Maria de Fátima Souza (esposa de Batista), Em-manuela Guimarães (esposa de Rafael), Tekelyne Soares (esposa de José Miguel), Maria Stauffer (sogra de Rômulo), Ianes Stauffer (esposa de Rômulo), Talita Oli-veira, Isnar Saud, Kássia Kelly, Kássio Mathias, Matheus Silva, Valdir Aaraújo, Wandelery Araújo, Waltony Araújo e Valdison Araújo.

Durantes as investigações a Polícia Federal descobriu que um grupo de parlamentares dava sustentação política a Valter Araújo em troca de uma remuneração mensal. Foram indiciados os deputados Zequinha Araújo, Epifânia Barbo-sa, Saulo da Renascer, Euclides Maciel, Flávio Lemos, Ana da 8 e Jean Oliveira. Em uma das escutas da PF foi captada uma conversa entre Valter e Éderson, onde o primeiro determina um pagamento a deputada Epifânia Barbosa. Já Ana da 8 chegou a cobrar Valter em diversas vezes, através de mensagens de texto via celu-

lar ela chega dizer “presidente preciso daquele nosso compromisso, dim dim”. Euclides Maciel também é acusado de receber dinheiro. Em uma conversa gravada pela PF, José Miguel solicita R$ 170 mil ao Banco do Brasil. Esse dinheiro teria sido repassado a Jean de Oliveira, que dividiu com Flávio Lemos.

Zequinha Araújo foi flagrado recebendo o dinheiro. Em determinado local Rafael diz ao deputado “coloca na cueca”. Já Saulo da Renascer receberia sua “mesada” em caixas de papelão.

Bens bloqueados

Parlamentares eram “base de apoio”

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O colapso na segurança pública no Estado teve inicio em abril deste ano, quando a Polícia Militar iniciou a primei-ra das três greves ocorridas em 2011. Na ocasião 60% dos agentes paralisaram as ativida-des em Porto Velho e a capital de Rondônia sofreu grande onda de assaltos.

A paralisação teve início porque os policiais exigiam reajuste em seus vencimen-tos, aumento no valor do vale alimentação, implantação de auxílio saúde e reajuste na ver-ba destinada ao fardamento.

O presidente da Associação dos Praças e Familiares da Po-lícia e Bombeiros do Estado de Rondônia (Assfapom), Jesuíno Boabaid explica que o governo não cumpri os acordos firma-dos entre as partes.

“Infelizmente não houve o cumprimento do acordo por parte do Estado. A primeira paralisação foi suspensa pelo voto de confiança solicitado no governo, porém, como não foi cumprido o acertado veio

RONDôNIA ATRAVEssA CRIsE NO sETOR DA sEGuRANçA PúbLICA

Sucessivas paralisações da PM por melhorias salariais e aumento da criminalidade deixam população aterrorizada

Por Paulo Vagner

eSPeCIaL

Marcelo Bessa, secretario de Estado da Segurança Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec),

Foto: Decom

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PAINEL POLÍTICO 2505 Novembro 2011

a segunda. Esta inclusive com a minha prisão por apenas ter convocado uma assembléia para deliberar a quebra de acordo do governo”, justificou Boabadi.

Porém o representante do governo, Marcelo Bessa, secre-tario de Estado da Segurança Defesa e Cidadania de Ron-dônia (Sesdec), afirmou que o Governador está esperando o resultado da transpoisção, para em seguida entrar em contato com os policiais. “Nes-te momento eles são nossa prioridade, porque não quere-mos outra greve”.

No dia 11 de dezembro, a Força Nacional através de

Mandado de Prisão prendeu Jesuíno Boabaid, sobre a acu-sação de liderar movimentos grevistas e outros crimes. Os policias militares Clebison de Melo Botelho, Bernado da Silva

Júnior e cabo Fonseca Soares estão foragidos. A Ada Dantas, vice-presidente da Assfapom e esposa de Boabaid também é considerada foragida.

Polícia CivilA falta de organização não

é exclusividade da Polícia Mi-litar, o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Rondônia (Sin-sepol), Jales Moreira enumera algumas deficiências que pas-sam os agentes para desenvol-ver o trabalho.

“Precisamos valorizar o Po-licial Civil, construir novas de-legacias, reformar as antigas, oferecer condições de trabalho digna para categoria, e nessa

Precisamos valorizar o Policial

Civil, construir novas delegacias, reformar as antigas, oferecer condições de trabalho

eSPeCIaL

Jesuino Boabaid, presidente da Assfapom

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PAINEL POLÍTICO26 05 Novembro 2011

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questão estamos falando em armamento, viaturas e outras necessidades básicas. Atual-mente Rondônia precisaria de cerca de 1.200 novos policiais para atender a demanda”, disse Moreira.

O Sinsepol já apresentou a pauta com as reivindicações ao governo e ao Secretário de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), Marcelo Bessa, mas ainda não foram atendidos.

“Nossa insatisfação é muito grande, estamos sendo des-prestigiados pelo governo. Va-mos apenas esperar a resposta que eles darão sobre a pauta. Se a proposta deles não for

pelo menos perto das nossas exigências, iremos iniciar ma-nifestações e se não adiantar uma possível greve não está descartada”, enumerou Jales Moreira.

De acordo com o delegado titular da 2° Delegacia de Poli-cia de Porto Velho, Rubens Oli-veira a quantidade de policiais é insuficiente para atender a demanda da região. “Para ter uma idéia, apenas este ano foram registrados 14 mil ocor-rências. Não temos como apu-rar todas com atenção porque nosso efetivo é muito pequeno, temos apenas quatro equipes, cada uma com dois policiais”, afirmou Oliveira.

Ainda de acordo com o delegado, o número de de-legacias em Porto Velho é outro fator negativo. “Temos oito delegacias na capital. Acredito que o número seja insuficiente para atender a demanda do município”, fina-lizou Oliveira.

O secretário Bessa explicou que a entidade também deve ter as necessidades atendidas. “Estamos em inicio de traba-lho, tentando colocar a casa em ordem. Os policiais civis serão atendidos. Nas questões de trabalhos, já estamos tra-balhando para providenciar novos materiais”, concluiu o secretario da Sesdec.

“FAtos isolAdos”No dia 20 de outubro, poli-

ciais militares do 5° Batalhão da Polícia Militar foram fla-grados carregando a viatura CP 192 com várias caixas de cervejas, no estacionamento de um supermercado localiza-do as margens da BR 364.

Em nota, o Comandante Ge-ral da Polícia Militar do Estado de Rondônia, Coronel Paulo César de Figueiredo determi-nou a Corregedoria abertura de um Inquérito Policial Mili-tar (IPM) para apurar os fatos.

Ainda de acordo com a nota, a conduta do policiais não con-diz com os serviços prestados pela Polícia a população. Para finalizar, o comandante Geral agradeceu a imprensa pela denúncia e reafirmou o com-promisso da Instituição com os cidadãos. Policiais flagrados, carregando a viatura com cervejas

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Fotos: Decom

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PAINEL POLÍTICO 2705 Novembro 2011

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Outro episódio das várias situações constrangedoras que ocorreram em 2011, envol-vendo a polícia, foi o caso do Policial Militar do 1º Batalhão, Lipeltier de Souza Martins Junior preso apontado como chefe de uma quadrilha que as-saltava residências na capital.

De acordo com a Polícia, o bando é composto por sete pessoas e teria realizado apro-ximadamente 26 assaltos em Porto Velho. No último, os agressores invadiram a resi-dência onde marido e esposa são policias.

Ao saber que as vítimas eram policial o bando passou a efetuar disparos contra as vítimas. O grupo fugiu deixan-do o marido baleado. O agente que recebeu o tiro não morreu.

No inicio de setembro, poli-ciais civis cumpriam mandado de busca e apreensão nas ime-diações da Avenida Cahula, no bairro Nova Porto Velho, pas-saram a perseguir um carro, que eles consideraram suspei-ta. No momento da abordagem o homem que estava dentro do veículo efetuou vários disparos e fugiu.

O veículo foi localizado na Avenida Farquar com Dom Pedro II e no interior estava um policial militar, que não teve o nome revelado, atingido com um tiro na boca, na perna e no ombro. O agente foi encami-nhado ao Hospital João Paulo II. Após o incidente, iniciou confusão generalizada entre policiais civis e militares.

Segundo Marcelo Bessa, o que houve foi apenas um de-sentendimento das policias. “ O que aconteceu foi que um policial militar estava saindo

armado de casa quando a policiais civis viram ele com a arma, e como os civis estavam disfarçados o policial militar pensou que estava sendo per-seguido e começou a disparar contra os agentes, que revida-ram”, explicou Bessa.

Ainda segundo Bessa, será realizado treinamento entre policiais militares e civis para padronizar as formas de tra-balho das entidades. “Vamos fazer um treino com as duas policias para firmar um padrão de ação entre eles. Para evitar esses acidentes”, afirmou o secretario.

Em meio ao fogo cruzado entre os agentes no meio da rua, estavam várias pessoas que passavam no momento e poderiam ser atingidos. Esses são os policiais que defendem os cidadãos de bem deste Estado.

Por ser proibido em lei a Polícia realizar greve, as mulheres dos policiais mili-tares fecharam com cadea-dos os portões e esvaziaram pneus das viaturas do 1° e 5º

Batalhão da Polícia Militar em Porto Velho e em outras seis cidades do Estado. O movimento exige do governo reajuste de 24%, dividido em seis parcelas. Acordo firmado no início do ano. Aproxima-damente 4 mil policiais fica-ram parados até o dia 12 de dezembro.

O presidente da Associação dos Praças de Rondônia (As-pra/PM RO), Silvio Ramalho explicou o motivo da parali-sação. “Na primeira reunião como o governo no inicio pedí-amos 44% de aumento salarial. Após conversas fechamos a proposta de 24% em seis par-celas. Em seguida, o governo realizou nova reunião e voltou atrás do acordo”, explicou Ra-malho.

De acordo com a Associa-ção, além de Porto Velho, PMs dos municípios de Ariquemes, buritis, Ouro Preto do O´Este, Ji-Paraná, Nova Mamoré, São Miguel e Guajará-Mirim tam-bém aderiram a greve.

O governador Confúcio Moura não aceitou a proposta

Troca de tiros entre policial militar e policiais civis

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eSPeCIaL

A onda de medo também se espalhou no interior do Estado, a região do Vale do Jamari é considerada a mais violenta de Rondônia. Devido ao pouco ou quase nenhuma presença da Polícia, as agências bancárias dos municípios viraram o prin-cipal alvo de assaltantes.

Em abril deste ano, assal-tantes invadiram um banco em plena luz do dia, no município de Cujubim. Na ação a quadri-lha fortemente armada, com fuzis, rifles e metralhadoras, renderam os funcionários da agência e fizeram os clientes de escudo no momento da fuga.

O secretario Marcelo Bessa afirmou que vai aumentar a quantidade de agentes na re-gião. “Vamos intensificar em

parceria com a Força Nacional o quantitativo de policiais no Vale do Jamari. Para evitar

esses tipos de assaltos que ocorreram este ano”.

Além de assaltos a bancos,

criminAlidAde no interior

Banco do Brasil em Monte Nergro entra na estatística dos assaltos

da categoria e pediu ajuda da Força Nacional e Exército para reforçar a segurança no Estado.

Segundo o secretário da secretaria de Estado da Se-gurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec/RO), Marcelo Bessa, não existe a possibilidade de aumento salarial maior que 12,6% aos

policiais. “A equipe do governo, junto com as instituições sindi-cais, ficou que iria estudar esta possibilidade e certificamos que não era possível atender essa exigência dos policias”, finalizou Bessa.

Após quase duas semana, no dia 12 de dezembro o go-vernador realizou reunião em Porto Velho com representan-

tes do movimento do interior. Na ocasião as mulheres acei-taram a proposta de reajuste de 4,2% até janeiro de 2013, sem prejuízo do aumento que será concedido a todo o funcio-nalismo em abril de 2012. No final da tarde do mesmo dia, todos os quartéis do interior estavam abertos e funcionando normalmente.

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eSPeCIaL

as cidades de Ariquemes e Buritis que compõem o Vale do Jamari, também se destacam com maior número de homi-cídios no estado.

“O principal motivo de mortes nestas localidades são decorrentes aos conflitos agrários. Nos meses de julho, agosto e setembro realizamos varias operações em parceria com a força Nacional nesta re-gião, e já conseguimos reduzir consideravelmente o índice de homicídios”, finalizou Bessa.

Dados da 5ª Edição do Anuário Brasileiro de Segu-rança Pública divulgado em setembro, apontam para o crescimento contínuo dos in-vestimentos em segurança na Região Norte. Rondônia apare-ce em terceiro lugar no ranking dos Estados que mais investem no setor. Mas a população ain-da não se sente segura.

Clientes e funcionários do Banco da Amazônia são feitos de escudo pelos assaltantes

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PAINEL POLÍTICO30 05 Novembro 2011

eSPeCIaL

PoPUlAçÃo se sente inseGUrADe acordo com a aposenta-

da, Maria Conceição moradora da zona Leste da capital, o setor é muito perigoso. “No Ulisses Guimarães passou das 20h, ninguém sai nas ruas, o comércio praticamente fecha. Só o mercadinho perto da mi-nha casa foi assaltado umas cinco vezes esse ano, não me sinto segura. A polícia nem deve saber onde fica o Ulisses porque é coisa rara eles pas-sarem lá”, finalizou Conceição.

Segundo a estudante , Elaine Santos a falta de po-liciamento deixa população preocupada.”Precisamos de policiamento ostensivo nas ruas, postos de segurança nos

bairros. Vivo com medo o tem-po todo. Hoje temos bandidos mais armados que os policiais, os moradores da capital são coagidos pelos bandidos”, opi-nou a estudante. De acordo com vendedor, Carlos Tomas Rondônia passa por sérios pro-blemas na segurança.” Com a construção das usinas o Estado não preparou mais policiais a população. Eles não são cul-pados pelo o despreparo, o culpado é o governo que não investe nesses agentes. O pro-blema que a sociedade é refém dos criminosos”, disse tomas.

Para o professor Alex Al-meida da cidade Guajará-Mi-rim, as constantes greves da

polícia militar contribui para a população ficar insegura. “Não sabemos quando eles podem entrar em greve. No inicio do ano quando a polícia parou. O município sofreu vários arras-tões e ficamos sem amparo de ninguém para nossa seguran-ça”, explicou Almeida.

O policial militar Eldimar Alexandre também concorda que Rondônia está em crise na segurança pública. “Tem muito que melhorar, a situação das delegacias e quartéis está critica. Essas mudanças devem ocorrer o mais rápido possível, enquanto isso não acontecer, milhares de vidas são perdi-das”, concluiu Alexandre.

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PAINEL POLÍTICO 3105 Novembro 2011

PORTO VeLHO

Andar pelas calçadas em Porto Velho é complicado pela falta de estrutura, em muitos locais só se encontra mato e lama, em alguns casos até mes-mo obras são levantadas neste pequeno espaço destinado ao pedestre.

Em parceria do Ministério Público e com o Instituto dos Arquitetos do Brasil – Depar-tamento de Rondônia (IAB-RO) e os Conselhos Federal e Regio-nal de Engenharia, Arquitetu-ra e Agronomia de Rondônia (CREA-RO), além da Prefeitura de Porto Velho foi lançado no mês de novembro a Campanha calçadas livres.

Nos próximos meses uma campanha publicitária será veiculada na mídia televisiva para conscientizar a popula-ção sobre a acessibilidade. De acordo com o presidente da Câmara dos Vereadores, Edu-ardo Rodrigues, a Lei n 2.748 de 2011, estabelece que, quem não se adequar receberá multa. As fiscalizações em calçadas e meio fio devem começar a

partir do ano que vem e será feita pela SEMUSA - Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo Roberto Sobrinho, o foco no momento são as cal-çadas quebradas com níveis diferentes, carros estacionados em locais proibidos e situações irregulares que são comuns de serem vistos na nossa socie-dade.

“Nos temos uma preocupa-

ção muito grande em tornar a cidade acessível. Parabenizo o Ministério Público pela iniciati-va”. O prefeito fala das obras nas calçadas que a prefeitura está fazendo nos centros comerciais com os recursos das compensa-ções das Usinas Hidrelétricas.

“A responsabilidade é do proprietário, a prefeitura está fazendo uma parte da calçada, a fim de embelezar e garantir

CALçADAs DECENTEs PARA CAPITAL Em DEsENVOLVImENTO

O abandono das calçadas deve acabar depois do prazo de três anos

Michele Mourão

Quem tem calçada irregular e pretende se adequar existem regras

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PAINEL POLÍTICO32 05 Novembro 2011

PORTO VeLHO

o acesso dos moradores nas calçadas, no direito de ir e vir das calçadas”. Disse o prefeito.

A campanha tem o foco social de tornar as calçadas acessíveis. Segundo o Ministé-rio Público a metodologia da campanha começará com a en-trega de folders nas residências e órgãos públicos, com o intuito de educar a comunidade e cons-cientizar a sociedade porto-ve-lhense sobre a necessidade de atender o disposto nas normas e legislações que definem os parâmetros de construção de calçada.

A Lei 1.954 exige que as calçadas de Porto Velho tenham garantia de durabilidade míni-ma de cinco anos. Segundo o se-cretario atual da SEMTRAN (Se-cretaria Municipal de Transito e Transportes), Claudio Carvalho tanto residências como órgãos públicos serão primeiramente notificados para atender o que determina a Lei e quem não obedecer será multado.

“Em média o prazo para adequação é de 30 dias e o notificado que necessitar de

um prazo maior deverá entrar com recurso”, disse o secretario. Quem tem calçada irregular e pretende se adequar existe regras a serem seguidas. Dentre elas não apresentar desníveis e as calçadas devem ser cons-truídas com material e padrões apropriados antiderrapante e sem obstáculos. As calçadas devem estar em harmonia com o entorno.

Claudio Carvalho explica que por ser uma lei recente a proposta inicial é notificar

cAlçAdA com vAlidAde de 5 Anos

PAINEL POLÍTICO32 05 Novembro 2011

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PAINEL POLÍTICO 3305 Novembro 2011

PORTO VeLHO

quem está com sua calçada irregular.

Segundo consta na Lei quem não respeitar as regras deve pa-gar 5 UPF por metro no caso das

calçadas em vias arteriais e co-letoras, em caso de vias locais, apenas 1 UPF por metro. (valor da UPF: 46,41). Mesmo sendo aplicada a multa, o proprietário

não se isenta de executar a obra. Em locais onde já existam obras construídas, para se adaptar as normas da lei o prazo é de três anos.

Com foco nas calçadas Prefeitura esquece avenidas deploráveis que veículos no-vos são obrigados a utilizar. O asfalto usado nas principais ruas e avenidas da Capital é de péssima qualidade, tanto que rápido surgem os buracos, com o inicio do período das chuvas, a situação deve piorar. O exemplo é um reflexo do mal uso do dinheiro publico.

Para solucionar a Prefeitu-

ra utiliza as equipes respon-sáveis que tapam buracos, resolvendo apenas parte do problema. Questionado o prefeito Roberto Sobrinho diz que o motivo dessa situação é causado pelo intenso volume de veículos trafegando na cidade. “É preferível dar aten-ção as ruas que ainda não tem asfalto, nessa época de chuva onde forma muita lama”.

O prefeito põe a culpa do pavimento das avenidas nas gestões anteriores, alegando que é antigo e não recebeu o devido serviço de drenagem, criando assim as ondulações em uma das principais aveni-das Carlos Gomes. “Priorizo asfalto onde não tem”, ame-niza Roberto Sobrinho sobre o caos das ruas esburacadas de Porto Velho. O prefeito está em seu segundo man-dato, portanto, sua equipe tem oito anos para corrigir as falhas dos outros prefeitos que passaram pelo cargo. Oito anos é tempo suficiente para melhorar a Capital.

Calçada destinada a pedrestes é usadas como base para construção

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PAINEL POLÍTICO34 05 Novembro 2011PAINEL POLÍTICO34 05 Novembro 2011

Em agosto de 1996, quando

Adauto Massambani Vené-rio, após várias experiências comerciais decepcionantes, surgiu com uma idéia de se-guir a bem sucedida cultura japonesa da hidroponia, que ninguém ainda tinha adotado em Rondônia, justamente por que parecia algo pouco prová-vel aos produtores de Rondônia na época, cultivar verduras utilizando apenas água, sem a necessidade associar a terra ao sistema de plantio.

De certa forma a história toda virou motivo de piada entre os conhecidos, porém, o arrojado empresário, já acos-tumado com as desmotivações dos ignorantes, apostou tudo o que lhe restara para provar a si mesmo que se a idéia fun-cionava lá no Japão, teria que funcionar também aqui, pois no Brasil diversas famílias de agri-cultores já estavam faturando alto com o sistema hidropônico, era só uma questão de tempo e aprendizado para que tudo desse certo.

Entusiasta, Adauto começou em uma propriedade distante e de difícil acesso, no Km 21, com apenas alguns hectares de terra onde conseguiu levantar alguns metros de estufa onde seriam plantados os primeiros pés de alface. Ele lembra que na época a dificuldade de se obter infor-mações corretas era extrema, uma correspondência demo-rava quase dois meses para chegar ou para ser respondida, bem diferente de hoje com a

HIDROPONIA PORTO VERDE ATINGE mARCA RECORDE DE PRODuçãO

Em pouco mais de 15 anos a empresa estabeleceu um marco na produção de verduras hidropônicas.

Rodrigo Guerreiro

eCOnOMIa

Com o aumento da

demanda a família se viu convocada a fazer parte da estrutura administrativa empresa

A produção diária é de 3 mil pés de alfaces distribuídas em cinco grandes áreas

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PAINEL POLÍTICO 3505 Novembro 2011

A produção diária é de 3 mil pés de alfaces distribuídas em cinco grandes áreas

PAINEL POLÍTICO 3505 Novembro 2011

tecnologia da internet, que per-mite você consertar ou comprar um equipamento no mesmo dia enviando um email com as fotos da peça ou relatando o defeito apresentado.

Ao ser convidado pela Ema-ter para fazer parte da Agro-vila Porto Verde, localizado as margens da BR 364, logo após a sede do SESC campestre, no Km 701, Adauto adotou como marca de seus produtos o nome da entidade que o acolheu, le-vando a frente de suas embala-gens a marca Hidroponia Porto Verde, em alusão a associação

de produtores.Com o passar dos anos,

como já era previsto, o negócio saiu do circulo de amizade e ga-nhou as gôndolas dos grandes supermercados e os pratos da grande maioria dos portove-lhenses, e o então pequeno pro-dutor passou a ser empresário do ramo alimentício, ficando responsável por abastecer de pequenos a grandes restau-rantes, presídios, hospitais, feiras livres até as obras do PAC, como as usinas de Jirau e Santo Antônio.

Com o aumento da demanda a família se viu convocada a fazer parte da estrutura admi-nistrativa e até mesmo laboral da empresa, personificada na pessoa do seu filho Fernando Venério, que já segue os passos do pai ao atender os clientes na cidade e aos que buscam comprar “in loco” diretamen-te das câmaras de produção, arrancando o produto com as próprias mãos.

Desde então a estrutura teve que se adaptar ao volume de negócios alcançado, fazendo com que novos depósitos fos-sem criados e a logística ficasse impecável para atender a pro-dução contínua. A Hidroponia Porto Verde emprega hoje 18

funcionários diretos, com uma produção diária de 3 mil pés de alfaces de suas 150 mil mudas plantadas e distribuídas em cin-co grandes áreas com o que há de mais moderno em regime de cultivo das espécies oferecidas.

Entre as variedades ven-didas pela Hidroponia Porto Verde, estão à alface roxa, o agrião, a alface crespa, a alface americana e a alface mimosa, todas cultivadas em sistema hidropônico e abastecidas com água ozonizada, que ajuda a eliminar todas as impurezas e ameaças como a broca, que é muito comum no período chu-voso que inspira mais cuidados, diferente do verão onde tais ameaças ficam sem ambiente para se propagar. Porém, o empresário assegura que suas alfaces têm um sistema rigoro-so de produção e que elimina em quase 100% as chances de produzir uma folha de alface sequer, que apresente risco ao consumo.

Orgulhoso de suas conquis-tas, Adauto Massambani faz questão de dizer que tem clien-tes de peso em sua carteira e que tudo isso é o resultado de algo que começou a ser planta-do há 15 anos e que estão sendo colhidos hoje.

eCOnOMIa

Vista da horta hidropônica que produz milhares de hortaliças

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PAINEL POLÍTICO36 05 Novembro 2011

“Valter, preciso de ajuda! Dim dim! Me de uma resposta urgente!!!!!” Deputada ANA LÚCIA DERMANI, A ANA DA 8, em mensagem SMS ao então presidente da Assembleia Valter Araújo pedindo dinheiro supostamente de propina para manter apoio ao deputado. Ana é acusada pelo Ministério Público de receber quantias mensais de Valter Araújo e foi pega no “grampo” da Polícia Federal.

“Todo mundo do governo está grampeado. Coisa boa. Com certeza o rendimento será muito maior”.Governador CONFÚCIO MOURA em seu blog dois dias depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Termópilas.

FRaSeS

“Vocês nunca viram uma galinha viva na vida, seus m...!”Senador IVO CASSOL ao se dirigir a um grupo de manifestantes contrários ao Novo Código Florestal, em Brasília. No dia seguinte, o G1, responsável pela publicação disse ter errado ao atribuí-la ao senador rondoniense.

“Não precisa filmar, apenas anota aí que eu afirmo que é minha empresa!”Prefeito-empresário ROBERTO SOBRINHO em resposta ao jornalista do Rondoniaovivo ao ser questionado se ele (Roberto) era o proprietário da empresa V.R.Madeira, que presta serviços para Santo Antônio Energia.

“Valter Araújo não pode passar nem na calçada da Assembleia”HERMÍNIO COELHO presidente da Assembleia ao ser questionado sobre a possibilidade de Valter retornar à presidência da Casa após ter sido preso pela Polícia Federal na Operação Termópilas.

“Enquanto a maior parte da imprensa de Rondônia faz vista grossa, a nacional trabalha. Conclusão - o jornalismo de algumas emissoras de TV é pífio e vendido. Uma vergonha.”Jornalista PAULO ANDREOLI (Rondoniaovivo) comentando no Facebook a omissão da chamada “grande mídia” de Rondônia em relação as denúncias que pesam contra o prefeito Roberto Sobrinho.

“Não precisa filmar, apenas anota aí que eu afirmo que é

ROBERTO

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PAINEL POLÍTICO 3705 Novembro 2011

“Põe na cueca” RAFAEL SANTOS, preso na Operação Termópilas aconselhando onde o deputado Zequinha Araújo (PMDB) deveria guardar o dinheiro da propina que estava recebendo naquele momento.

“Importante parcela do meu sucesso devo a Rondônia que está me motivando nessa carreira”Modelo fotográfica ERIJANE LIMA, considerada a “Gisele Bunchen” de Rondônia que teve votação maciça em uma enquete do portal UOL.

“Vôos TAM: E o espaço entre poltronas, não dá nem mesmo para abrir uma revista. Jornal ou notebook então nem pensar. Reclame com a aeromoça”. Deputado Federal RUBENS MOREIRA MENDES fazendo o que chama de “protesto surdo e silencioso via tweet” contra o ridículo e apertado espaço entre as poltronas dos aviões.

“Q essa terça feira esta u oooooooooooooooooooo do borogodoooooooooooo q a minha maior

vontade nesse mundo hoje era pegar um barco e descer o rio e passar 5 dias pescandoooo so tomando gelada com sal e limao e comendo

peixe assado aaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiii meu Deusssssssssss devo ter colado chicles na cruz.......................... :(:(:(“

A sempre sorridente SCARLET VIEIRA SACK, empresária (Marina Salsalito/hotel Samaúma) reclamando do dia complicado que estava tendo.

“Galo cantooou, as 5 da manha! Ah, uma espingarda de chumbinho agora....”EMERSON CASTRO, vice-prefeito de Porto Velho dando bom dia a seus amigos no Facebook.

“Q essa terça feira esta u oooooooooooooooooooo do borogodoooooooooooo q a minha maior

vontade nesse mundo hoje era pegar um barco e descer o rio e passar 5 dias pescandoooo so

peixe assado aaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiii meu Deusssssssssss devo ter colado chicles na cruz.......................... :(:(:(“

A sempre sorridente hotel Samaúma) reclamando do dia complicado que estava tendo.

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PAINEL POLÍTICO38 05 Novembro 2011

OBRaS PÚBLICaS

O Centro Político e Adminis-trativo do Estado – CPA, antiga Esplanada das secretarias está mais para um quebra cabeças que finalmente vai terminar de ser montado (construído). A obra que deveria ter sido concluída na gestão anterior, deve ser entregue na data da nova previsão, no fim de março de 2012.

Porém, o projeto inicial ti-nha erros macros como falta de acessibilidade, sistema de drenagem problemático e toda a demora, garante o engenheiro que assumiu este ano a cons-trução, Nélio Alencar, é devido às readequações e aditivos que foram feitos ao longo do ano para complementar o projeto inacabado da obra.

Um dos principais erros da gestão passada foi dividir

a construção do CPA com 22 empresas em contratos diferen-tes. Os ar-condicionados foram comprados direto da Hitachi e os elevadores, a mesma coisa, com o próprio fabricante Otis. “Com isso, o ex-governador conseguiu diminuir os 25% do B.D.I. (Bonificação de Despesas Indiretas) impostos e lucros da empresa, ele estaria pagando o BDI sobre todos os serviços para uma única empresa con-tratada”. Esse sistema nunca foi adotado em lugar nenhum do Brasil garante o secretario do DEOSP - Departamento estadu-al de obras e serviços públicos, Abelardo Castro. “O maior pro-blema foi a divisão de contratos. Uma única empresa deve ser contratada para ser responsá-vel pelo todo. Não vamos mais executar dessa forma”. Afirma.

O tamanho da confusão de contratos piorou devido à fal-ta de sintonia na entrega dos

materiais, entre eles, vidro, fachada do painel externo, e cada empresa fazia seu servi-ço, motivo principal da longa demora na entrega. “Virou uma Torre de Babel” disse o secretario. A empresa que foi executar a obra e quando pre-cisou de uma parcela mínima de aço, não tinha como cobrar mais já que o material já havia sido entregue. “A entrega dos vidros demorou demais; a Otis atrasou, no prédio principal ainda não tem elevadores, a empresa construtora não pode ser cobrada”, imagine a bola de neve desta situação.

O grande risco estava na qualidade do prédio principal, a falta de planejamento no projeto consistia na ausência de drenos na obra. No inicio do ano a laje do subsolo pronta e a água trincou o piso inteiro, esclarece Abelardo Castro. “Não previram o aumento do lençol freático

CENTRO POLÍTICO E ADmINIsTRATIVO DO EsTADO Ou CENTRO DE PRObLEmAs ADmINIsTRATIVOsObra virou uma “torre de Babel” devido a grande quantidade de empresas

que atuavam simultaneamente o que causou atrasos e perdas

Por Michele Mourão

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PAINEL POLÍTICO 3905 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 3905 Novembro 2011

OBRaS PÚBLICaS

no período da chuva, você cava um buraco de dois metros e já encontra água”.

O projeto inicial tinha erros tão graves que o engenheiro responsável, Nélio Alencar que assumiu a obra no inicio de

2011, conta que recebeu um projeto inacabado. Entre os maiores problemas estava a entrada de água no subterrâneo do maior dos cinco prédios, onde está localizada a nova residência do governador. O

terreno segundo Nélio Alencar, é uma laterita (A laterização é um problema típico de solos li-gado às regiões de clima úmido e quente), muito permeável, a água que vem de cima fez trin-car o solo.

Podemos dizer que CPA é na verdade um Centro de Proble-mas Administrativos. Além dos já conhecidos erros no projeto, outro grave problema de pla-nejamento contribuiu para o atraso, o orçamento. O Governo anterior colocou no orçamento deste ano, apenas R$ 500 mil para concluir a obra, sendo que segundo o secretário do DEOSP, Abelardo Castro, foram neces-sários R$ 30 milhões. “Teve que se fazer um projeto de lei para que a Assembléia suplementas-se o projeto”. A lenta burocracia do País motivou nova demora. “Quando o orçamento entrou já era setembro”.

No contrato da empresa também não estavam inclusas as portas automáticas dos prédios do CPA. “Teve que ser feita uma licitação, que irá acontecer nos próximos dias”. A falta de planejamento foi tratada com descaso, pois não havia nem tratamento de esgo-to. “Quando vieram instalar a estação de tratamento, viu-se que não havia uma base de concreto”.

Para o ano que vem, garante o Secretário, será construído o centro de convivência para os funcionários dos cinco edifícios, que contará com restaurante, academia, auditório, dentre

outros. E um edifício garagem, pois o estacionamento atual não é suficiente para suportar todos os carros. O edifício gara-gem será levantado onde hoje é o prédio do Idaron.

Quando foram entregues os elevadores da Otis ficaram abandonados no meio do mato, pegando sol e chuva, foi ne-cessário alugar empilhadeira para por dentro do edifício, contou o Secretário. “Acabou virando uma briga porque a empresa Otis não quis resolver o problema e o Governo não iria arcar com as despesas”. A obra caminha para conclusão no final de março.

ProJeto sem PlAneJAmento = ProblemAs

PAINEL POLÍTICO 3905 de novembro 2011

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PAINEL POLÍTICO40 05 Novembro 2011

Herbert Lins

aRTIGO

A primeira década do Século XXI, a po-pulação de idosos no Brasil cresceu mais de 25%, resultado do au-mento da expectativa de vida dos brasileiros. Assim, com aumento do tempo disponível para levar uma vida saudável depois da aposentadoria. Assim, o idoso brasileiro com a estabilidade finan-ceira alcançada passou a dispor de uma qua-lidade de vida melhor e querem aproveitar mais a vida.

A conjuntura é ou-tra na projeção da evo-lução da idade media-na da população bra-sileira, o quadro que se pintou na evolução de gente com mais de sessenta anos na últi-ma década, representa na verdade em seu de-senho, a melhoria dos indicadores sociais com índices bem dife-rentes de um passado bem próximo. Assim como ocorreu nos pa-íses desenvolvidos que teve reduzidas as suas taxas de natalidade e mortalidade, fatores que contribuíram para o envelhecimento da população, tal cenário idêntico tem feito do Brasil ficar mais velho.

Segundo o IBGE, a parcela de crianças na população diminuiu em mais de 20% e a população de idosos cresceu em mais de 25%. Na verdade, esse aumento representa que mais de 21 mi-lhões de brasileiros com mais de sessenta anos de idade, mo-vimenta sozinhos na

economia brasileira, mais de 7,5 bilhões de reais por mês, re-presentando o dobro da renda média dos brasileiros.

No passado, o ido-so era considerado como um velho de mais de sessenta anos ou que estivesse na casa dos cinqüentas, estes se aposentaria e seu lugar era ficar em casa, passando o dia ouvindo rádio ou vendo TV, e na última das hipóteses, apenas

ser um figurante nos retratos das festas em família, receber visitas em casas ou participar de almoços familiares nos domingos. Hoje, o conceito de idoso mu-dou no Brasil devido ao avanço da medicina e da vida saudável que passaram a desfrutar na atualidade levam.

Os idosos brasi-

leiros se tornaram “jovens idosos”, pois esses possuem tempo maior e disposição para aproveitar bem a vida e se divertir pro-porcionado pelo tem-po livre para frequen-tar faculdades, cursos, bailes, clubes, cruzei-ros, passeios e aca-demias de ginásticas. Diante de tal cenário, o mercado crescente da “melhor idade” tem contribuído para au-mentar os investimen-tos em equipamentos

de entretenimento nos grandes centros pelo país afora. Só no Estado de São Paulo, cresce cada vez mais as boates especificas para esse público e no turismo já respondem por quase 30% (trinta por cento) da venda de pacotes turísticos, o que representa uma importante fatia do bolo no mercado tu-rístico.

Assim, o trade turístico do Estado de Rondônia precisa acordar! Focar esse grande nixo crescente no mercado turísti-co brasileiro. Afinal, os idosos estão mu-dando conceitos no mercado de consumo interno, sendo preciso proporcionar mais investimento no mer-cado de lazer regional focado nesse público interno e externo, ou seja, aproveitar bem o momento da atividade turística para idosos, que na atualidade, é a que mais cresce no país. Daqui pra frente, será cadê vez mais comum os “velhinhos” saírem de seus lares para se divertirem e na linguagem dos mais jovens, caírem na balada.

Geografia do Turismo: a melhor idade para se divertir

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PAINEL POLÍTICO 4105 Novembro 2011

ContatosPainel Político no MSN – [email protected] . Você também pode enviar e-mails para a coluna usando esse endereço. Atendimento aos leitores entre as 14 e 19 horas (on-line nesse período). Basta nos adicionar que poderemos trocar ideias nesse horário. Ou ainda pelo telefone (69) 9907-0701 ou pelo Skype painelpolitico. Também no Twitter @painelpolitico

Alan AlexJornalista

Coluna Painel Político

O FIm DA JuRIsDIçãO

Alan AlexJornalista

Os parlamentares que foram presos na Ope-ração Dominó da Polícia Federal em 2006 argu-mentaram, em sua defesa, que a Polícia Federal não tinha competência para prendê-los, tendo em vista o caso ter ocorrido no Estado e envolver apenas verbas estaduais, alegando que a PF só poderia agir se recursos da União tivessem sido desviados. O Tribunal de Justiça descartou esse argumento, afirmando que PF pode sim agir em qualquer situação, pois trata-se de uma polícia nacional e isso deixou muita gente com os cabelos arrepiados.

Durantes décadas prefeitos, vereadores, governadores e deputados aprontaram todos os tipos de desatinos com dinheiro público, mas sempre tomando cuidado para não mexer em verbas federais, temendo exatamente uma ação da PF. Aqui em Rondônia não era diferente. Ninguém acreditou quando a polícia entrou na Assembleia e apreendeu equipamentos, prendeu altas autoridades e assessores. Meses antes, os ministérios públicos federal e estadual haviam sido escorraçados da Assembleia pelo então presidente Natanael Silva, que chegou a atear fogo em documentos, crime que lhe custou a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas e outros problemas jurídicos.

Com esse entendimento por parte do Tribunal de Justiça, que se baseou em decisão do Supremo Tribunal Federal, começa-se a vislumbrar uma esperança no meio de tanta impunidade. As ações da Polícia Federal sempre resultam em dores de cabeça imensas para quem é indiciado ou inves-tigado e essa normalmente é a maior punição,

já que manobras jurídicas e inúmeros recursos sempre libertam os acusados.

Mas com essa nova configuração, fica cada vez mais difícil para a turma que gosta de abusar do erário. Essa nova realidade também deixa a Polícia Civil cada vez mais afastada de operações que envolvam políticos e isso deve mesmo ser reforçado. Atualmente pelo menos uma dezena de delegados da Civil está em desvio de função, ocupando cargos políticos no Executivo. Se a Operação Termópilas tivesse sido organizada pela Polícia Civil certamente muita coisa teria vazado. Evidente que não estamos generalizando, mas a probabilidade da maioria dos mandados de prisão não serem cumpridos seria bem maior.

A interferência da Polícia Federal nos municí-pios e estados, independente do crime envolver recursos federais é de extrema importância e o que falta agora é apenas fortalecer essa instituição tão importante para o controle social e político. As instituições públicas, em sua maioria, estão em descrédito junto à po-pulação e isso causa um enorme desgaste. A sociedade, muitas vezes, assiste impotente a ação criminosa de alguns gestores e fica sem saber a quem recorrer. Agora só falta o Poder Judiciário começar a agir de maneira rápida, e para isso é necessário que se faça uma reforma na legislação, ou se crie mecanismos de punição para quem desvia recursos públicos, de forma eficaz, dispensando a enormidade de recursos disponíveis. Para se ter uma idéia, a Operação Dominó completou seis anos e até hoje ninguém está cumprindo pena.

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PAINEL POLÍTICO42 05 Novembro 2011

Comer bem em Porto Velho é uma realidade, agradecem os nati-vos e os novos residentes atraídos pelo crescimento da Cidade. Um dos novos empreendimentos gas-tronômicos da Capital se chama Empório Dom Matheus, localizado na avenida Farquhar próximo das obras da Esplanada das Secretarias. Entrevistado o empresário novato no ramo, Wellis Araújo, conta que o desenvolvimento de Porto Velho foi decisivo como fator para inves-tir no setor alimentício. Advogado por formação, o jovem empresário trabalhou por anos como bancário antes de se arriscar.

O estabelecimento ficou em refor-ma por oito meses até abrir as portas em marco deste ano. “Estamos abrin-do de terça a domingo. Aos finais de semana a casa tem lotado e temos tido um bom retorno dos clientes dizendo que oferecemos a melhor pizza da cidade” atesta Welis Araújo satisfeito com o faturamento da casa.

O Empório dispõe de disk entrega até a meia noite através do 3223-3535 com preço fixo para entrega de R$ 6. O pizzaiolo que já trabalhou em outra importante casa de massas da cidade é um talento vindo direto de Uberlândia, inventivo criou o sabor Dom Matheus, a pizza especialida-

de da casa é formada por quatro sabores ¼ de lombo defumado, ¼ presunto, ¼ espinafre e ¼ tomate seco, extraordinária pela possibili-dade do cliente experimentar quatro sabores de uma única vez, explica o empresário.

“A idéia é que brevemente esta-remos oferecendo uma variedade de massas aos nossos clientes além das pizzas”. Welis Araujo diz que uma cliente carioca que veio morar em Porto Velho a pouco tempo elogiou a pizza portuguesa. “Foi a melhor pizza portuguesa que já comeu, nem no Rio de Janeiro disse ter experi-mentado uma pizza tão boa”, disse o empresário a respeito da médica que exaltou sua opinião sobre Dom Matheus. A casa oferece pizza em três tamanhos, média com 30cm, grande de 35cm e família com 40cm, ou o cliente paga apenas R$ 3,50 pela fatia, são oito sabores diferentes oferecidos no balcão por noite, onde o consumidor compra a que desejar. O empresário que se aventura no ramo alimentício já pensa em abrir um segundo restaurante, mas ainda não sabe adiantar qual ramo investir desta vez. “O mercado está aquecido, as pessoas querem comer bem e em um lugar bonito e este é o propósito do Empório Dom Matheus”.

eSTaMOS De OLHO

PIzzARIAs DA CAPITAL

EmPÓRIO DOm mATHEus

PAINEL POLÍTICO42 05 Novembro 2011

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PAINEL POLÍTICO 4305 Novembro 2011

COnSUMIDOR CRÍTICO

A equipe da revista Painel Político visitou diversos pontos alimentícios em Porto Velho e nas próximas edições você confere novas matérias exclusivas e a opinião dos consumidores que gostam e apreciam um bom paladar. Confira abaixo a impressão de clientes satisfeitos.

CAsA DA PIzzAAv Calama, 4007 - Liberdade Fone: 3222-0505

“Adoro comer pizza e a Casa da pizza é a melhor de todas, não como em outro lugar. O atendimento daqui é ótimo.

sENHORA PIzzA Av. Calama 4093 Embratel Fone: 3225 - 5050

“Pertinho do Shopping é mais uma opção bem legal. No meu conceito é a melhor pizza em pedaços da cidade”.

PIzzA Em CAsAAv. Abunã 2979 Liberdade Fone: 3229 - 4040

“Um local super agradável, mas a pizza tem uma massa muito grossa. Sinto que estou comendo um pão” .

PIzzA RIO Av. Rio de janeiro 4150 – Nova Porto Velho Fone: 3222-1882

“Pizza com massa bem fininha e crocante chega em casa quentinha. A melhor pedida do domingo a noite”.

REsTAuRANTE E PIzzARIA sAN GENARORua Duque de Caxias 568 Caiari Fone: 3210 – 3333

“Pizza deliciosa, pena que haja falhas no atendimento e normalmente a pizza costuma chegar bem depois do tempo combinado”

PIzzA bPAv. Gov Jorge Teixeira 1444 Embratel – Fone: 3212-2003

“Há algum tempo era uma pizza deliciosa e super recomendada, no entanto tem caído a qualidade. Pedia sabor calabresa sempre mas senti que mudaram a marca da calabresa”.

PAINEL POLÍTICO 4305 novembro 2011

Page 44: Revista Painel Político - 4ª Edição

PAINEL POLÍTICO44 05 Novembro 2011

CULTURa

1. As esganadas Autor: Jô Soares ed: Companhia de letras

2. ÁgapeAutor: Padre Marcelo Rossi ed: Editora Globo

3. Feliz por nada Autora: Martha Medeiros ed: L&PM

4. Steve Jobs Autor: Walter Isaacson ed: Companhia de letras

5. 1808 Autor: Laurentino Gomes ed: Planeta

6. Tempo de esperasAutor: Pe Fábio de Melo – ed: Planeta

7. Querido JohnAutor: Nicholas Sparks - ed: Novo Conceito

8. Quem pena enriqueceAutor: Napoleon Hill - ed: Fundamento

9. AmanhecerAutora: Stephenie Meyer – ed: Intrínseca

10. O Pequeno príncipe Autor: Antoine de Saint-Exupéry – ed: Agir

Livros mais vendidos em Porto Velho

Livros mais vendidos em Porto VelhoTemas regionais

Historia Regional de RondôniaAutor: Francisco Matias Revelando Porto Velho Autor: Luis Britto

Trilhos na selva Autores: Gary Neeleman e Rose Neeleman

Formação histórica e econômica de Rondônia Autor: Francisco Matias Porto Velho 100 anos de história Autora: Yeda Pinheiro Borzacova Estrada de Ferro Madeira MamoréAutora: Yeda Pinheiro Borzacov Porto Velho: Um olhar sobre urbanismo e arquitetura Autor: Julio Carvalho Rondônia espaço tempo e genteAutora: Yeda Pinheiro Borzacov

Livraria Exclusiva Porto Velho Shopping (69) 3218-8434   

O livro do jornalista Lúcio Albuquerque conta a contribuição da mulher para o es-

tado de Rondônia. Uma coletânea de pequenos trechos que contam a evolução e contribuição do povo nas terras do Estado.

O livro é dividido em três partes. Primeiro uma “Cronologia histórica”, detalhando em anos a participação de importantes mulheres ao longo da história. Na segunda parte o livro do jornalista conta os “Momentos e fatos históricos” enrique-cido com fotos das ilustres figuras femininas. Na terceira parte, “Personagens femininas” resumo individual de mulheres que ainda atuam na nos-sa sociedade e suas contribuições nos diferentes setores.

O livro abre com a participação da professora, historiadora e escritora Yeda Pinheiro Borzacov.

Livraria Exclusiva Aeroporto (69) 3219-7444Fonte:

A mulher de rondônia

sub-título: (de Tereza de Benguela a Coronel Angelina)Autor: Lúcio AlbuquerqueAno de publicação: 2006

Uma curiosidade revelada pelo livro – 1930, em março, desembarcam em Porto Velho as primeiras religiosas católicas a se instalar na Capital. A freira, Petrina Pinhei-ro, cria em Porto Velho a primeira “Escola Feminina”.

Page 45: Revista Painel Político - 4ª Edição

PAINEL POLÍTICO 4505 Novembro 2011

PAINEL POLÍTICO é uma das melhores publicações que já tive a oportunidade de ler em Rondônia. A coluna já é excelente e com a revista ficou melhor ainda. Parabéns! Rodrigo alherb – Porto Velho.

Nos últimos anos pudemos acompanhar a evolução desse trabalho desenvolvido por PAINEL POLÍTICO. É coluna, foi programa de TV, virou site e agora está voltando como revista. É uma ferramenta importante para a democratização da informação e toda a equipe está de parabéns. Nós podemos até não concordar em muita coisa, mas não dá para não ler. Jair Montes Presidente estadual do PTC.

Acho que se mantiver essa qualidade e principalmente a imparcialidade, PAINEL POLÍTICO vai ser o mais importante veículo de comunicação desse Estado. Parabéns pelo trabalho, parabéns pelo projeto e principalmente, parabéns pela seriedade com que os temas são abordados.Herbert Lins Presidente estadual do PHS

Prezado Alan, parabéns pelos seus comentários, principalmente quando é contra o MP, TJ, TC e ALE, que são os órgãos que deveriam dar bons exemplos e sempre dão os piores possíveis. Luiz eduardo Porto Velho.

Fiquei triste quando vocês pararam na terceira edição. Com o retorno da revista creio que Rondônia só tem a ganhar, principalmente em termos de qualidade de informação. Parabéns e sucesso a todos. Lúcio Barros Belo Horizonte

A revista PAINEL POLÍTICO preenche um importante espaço editorial na imprensa rondoniense, ao qualificar o debate sobre temas fundamentais para o Estado. Alia qualidade gráfica e caprichado layout com uma linha editorial que mescla reportagens em profundidade e análises de conjuntura feitas por especialistas de diversas áreas. Com independência editorial e posições firmes, é uma publicação de vanguarda no jornalismo político. Vida longa à Painel Político! Fred Perillo Diretor de Comunicação do Governo do Estado

OPInIãO

Revista Painel PolíticoUma publicação da A.D. Produções Audiovisuais LTDA. CNPJ 13.153.784/0001-30

Edição: 4Ano: 2011Editor chefe: Alan Alex – 69.9248-8911E-mail: [email protected]

Reportagens: Alan Alex, Michele Mourão, Paulo Vagner, Paulo Andreoli, Paulo Queiroz (in memoriam)

Comercialização e assinaturas:Avenida José Camacho, 2222, São João Bosco, Porto Velho – [email protected]

Cartas:Enviar e-mail para : [email protected]

Projeto Gráfico: Cesar Prisisnhuki FariaDiagramação: Cesar Prisisnhuki FariaIlustração da capa: Cesar Prisisnhuki Faria

Impressão:Gráfica: RondoformsTiragem: 5 mil exemplares

Mande sua opinião

PAINEL POLÍTICO 1

05 Novembro 2011

ESPECIAL

ANO I - Nº 4 - 05 Novembro de 2011 - Porto Velho - Rondônia

Valor: R$ 6,50

Aumento da passagem de

ônibus vira guerra política e

jurídica. Veja um raio-x do

transporte público

“Quanto à lição que posso

repassar a todos os meus colegas

de profissão, jovens ou velhos, é

o amor a causa” – Euro Tourinho

ENTREVISTA

COLUNA PAINEL POLÍTICO

Por Alan Alex

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TERMÓPILAS

Page 46: Revista Painel Político - 4ª Edição

PAINEL POLÍTICO46 05 Novembro 2011

Viver Bem

Vivemos numa sociedade de consumo. Em cada esquina, praças e avenidas podemos ver outdoors que têm por objetivo gerar em nós uma necessidade compulsiva para comprar. A televisão nos deixa mais insatisfeitos mos-trando que nossa felicidade não depende do que somos, mas do que compramos.

Por nossa sociedade ser materialista, os valores são invertidos, pessoas valem o quan-to têm. As pessoas valorizam mais o TER do que o SER. Dão mais valor ao DINHEIRO do que ao CARÁTER.

Para agradar “as leis de consumo”, com-pram coisas que não necessitam, com dinhei-ro que não têm, para impressionar pessoas que não conhecem. Muitos chegam ao extre-mo, para ter um pouco mais: matam, roubam, subornam, seqüestram, mentem, corrompem e são corrompidos.

Assistimos nesses dias, a corrupção alas-trando-se no meio político. Homens presos no poder, com sede de enriquecimento fácil, fazem leis que garroteiam o povo e favorecem os poderosos.

Essa sede perversa ao vil metal é que movem traficantes, nutrem poderosos; é o amor ao dinheiro que tem provocado guerras, crimes hediondos, tantos desastres na histó-ria. O dinheiro não é um mal em si mesmo. O dinheiro é bom. Ele é uma benção. O dinheiro é um excelente servo, mas um péssimo patrão.

Por essa causa Jesus alertou, no sermão do monte, que não devemos ajuntar tesouros aqui na terra, mas no céu.

1. Mateus 6: 19-21: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça

e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam; porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”

O dinheiro pode dar conforto, mas não compra a paz. Ele compra remédio, mas não saúde, compra uma casa nova, mas não ca-ráter. Ele pode impressionar homens, não a Deus. Ele pode oferecer um belo funeral, mas não leva ao céu.

Preocupar-se excessivamente com o di-nheiro não só rouba a alegria, mas também a própria alma. Não só tira a felicidade na terra, mas também a própria alma.

O segredo da verdadeira alegria que quan-do temos Jesus, temos a maior das riquezas.

Um dos apóstolos de Jesus chamado Paulo diz:

“Pois nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua gloria” ( Fp3.20,21).

Nascemos de cima, do alto, de Deus e para o céu devemos ajuntar tesouros, buscar as coisas do alto, onde Cristo vive (Cl 3.1-4).

Lá será nossa morada permanente. Por-tanto, não deixemos que o ladrão da preo-cupação com o dinheiro roube nossa alegria para a jornada no céu.

Nota: Esse artigo foi inspirado na obra “La-drão da Alegria” de Hernandes Dias Lopes e na bíblia sagrada.

O DINHEIRO E A suA VIDA

Talita Held

RESTAURANTE

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