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Editora Bittencourt

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ANO 15 EDIÇÃO Nº 193Março 2016

EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

A maior feira de comércio exterior da América Latina é logo ali

Para quem acaba de ingressar do mercado de logística e comércio exte-rior pode até ser uma novidade, mas a Intermodal é uma feira interna-cionalmente conhecida e da qual as principais empresas da área fazem

parte. A Editora Bittencourt está presente na feira há 16 anos.Fazemos parte desse evento com nosso estande e distribuição do Anuá-

rio da Revista Portuária Economia & Negócios para visitantes e expositores. Assim como em edições anteriores, nossa equipe participará dos três dias de feira, percorrendo todos os corredores do Transamérica Expocenter.

Nossa intenção com essa iniciativa é bem representar os empresários que por ventura não possam participar da feira em período integral. Além de reforçar a marca daqueles que participam do evento anualmente.

A maior feira de comércio exterior da América Latina ocorre aqui per-tinho, em São Paulo, contudo, haverá representantes e lideranças do mundo todo. Vamos fazer bonito e mostrar a força da economia catarinense!

ErrataMarina Beach Towers não detém único

heliponto homologado pela Anac em BalneárioO empreendimento Marina Beach Towers não pos-

sui o único heliponto homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em Balneário Camboriú. A infor-mação foi publicada em novembro do ano passado pela Revista Portuária. A cidade conta com outros três pontos, Baltt, Helisilva e Viana III, autorizados para pousos e de-colagens de passageiros.

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22 VAREJO

Venda de eletroportáteis cresce e faz empresas mudarem o foco

Sumário

17 BANDEIRA VERDEEnergia elétrica fica mais barata a partir do próximo mês

19 NOVIDADEItajaí ganha maior academia da franquia Ronaldo Academy

8 INTERMODAL 2016Contagem regressiva para a maior feira de comércio exterior da América Latina

24 PLANEJAMENTOÍndice de famílias endividadas cai, mas ainda é alto em Itajaí

42 MOVIMENTAÇÃO RECORDEPorto de São Francisco do Sul volta a operar cargas de celulose

44 PORTONa onda da diversificação, APM Terminals investe em carga geral

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O principal evento de logística da América Latina será realizado entre os dias 5 e 7 de abril neste ano, em São Paulo. Trata-se da Intermodal South

America, que reúne mais de 48 mil visitantes e represen-tantes dos setores de logística, transporte de cargas e co-mércio exterior.

Apresentando uma variedade de grandes fornece-dores em todos os quatro principais modais de transporte (aéreo, marítimo, rodoviário e ferroviário), a Intermodal é um evento imperdível para empresários que estão à pro-cura de novas soluções nos setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior.

Durante a Intermodal é possível encontrar as melho-res soluções de logística e transporte em um só lugar. Isso

sem falar na ampliação da rede de relacionamentos com os principais players do mercado, que podem ajudá-los a reduzir custos de transporte, melhorar tempo de entrega e margens de lucro.

Em três dias de intenso networking e construção de relacionamento, líderes da indústria de prestação de servi-ços podem desenvolver parcerias estratégicas com forne-cedores globais e gerar novas oportunidades de negócios. A Intermodal também conta com expositores nacionais e internacionais vindos da América Latina, América do Nor-te, Europa e Ásia.

Paralelamente à feira ocorre a Infraportos, uma con-ferência internacional sobre tecnologia e equipamentos para armazéns, terminais e portos. O evento reunirá 60

Intermodal 2016 ocorre entre os dias 5 e 7 de abril em São Paulo

Anuário da Revista Portuária Economia & Negócios será entregue ao público durante a maior feira logística da América Latina

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Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

empresas dedicadas a desenvolver soluções em equipamentos e serviços para a ativida-de portuária em geral. As feiras ocorrem no Transamérica Expo Center.

Não fique de foraMais que se fazer presente nesse tipo

de evento é importante mostrar sua marca nele. Nós da Revista Portuária Economia & Negócios temos a solução para dar a visibi-lidade que sua empresa merece. Durante a Intermodal e a Infraportos será distribuído o Anuário 2016 da revista. A publicação vai divulgar a potência de Santa Catarina, que cresce a cada ano, para um público com po-der de trazer ainda mais investimentos para o Estado.

O Anuário vai circular entre o público estimado de 48 mil pessoas que passarão pela feira durante os três dias do evento.

Deste público, 85% são empresários com poder de decisão. Além da distribuição na Intermodal, o anuário estará nos sites e re-des sociais da Editora Bittencourt, que so-mam mais de 1 milhão de acessos mensais.

Tudo isso fará com que seus produtos ou serviços se tornem conhecidos para um grande público. No conteúdo do Anuário serão evidenciadas as características eco-nômicas de Santa Catarina, como Estado de excelência, turístico, mercado imobiliário de alto padrão, comércio pulsante, e, claro, de-sempenho mundialmente reconhecido em logística e comércio exterior, por meio de portos de alto desempenho.

Para estar presente na Intermodal com a revista Economia & Negócios é fácil. Basta entrar em contato conosco pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 3344-8600.•

Durante a

Intermodal

é possível

encontrar

as melhores

soluções de

logística e

transporte em

um só lugar.

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TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES28 anos transportando com agilidade e rapidez

O imposto de 25% sobre os pacotes de viagens in-ternacionais cobrados por operadoras brasileiras desde 1 de janeiro deste ano foi reduzido para

6%, após a publicação de Medida Provisória no Diário Oficial da União.

Assim, os brasileiros que quiserem viajar para fora do país, a partir de 2 de março, poderão comprar paco-tes nas agências de turismo nacionais pagando a taxa semelhante ao IOF – imposto cobrado nas transações realizadas pelo cartão de crédito.

A decisão é uma vitória para o setor do turismo que vinha negociando a redução com a equipe econô-mica do governo desde o ano passado.

"Com esta medida, o governo mostra que está ali-nhado às demandas deste setor que é tão importante para a economia brasileira, sendo responsável por 3,7% do PIB. Esta mudança comprova que a rodada de nego-ciação entre todos os envolvidos conseguiu chegar a um denominador comum e satisfatório para todos. Vamos manter os empregos e a renda aqui no Brasil", avalia o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.

A nova tarifa vale para as remessas de valores destinados à cobertura de gastos pessoais no exterior, de pessoas físicas residentes no país, em viagens de turismo, negócios, serviços, treinamentos ou missões oficiais. A nova tributação deverá ser cobrada sobre as remessas com limite global de R$ 20 mil mensal e terá validade até o dia 31 de dezembro de 2019.

Ainda segundo o texto, ficam isentas da cobrança as remessas para fins educacionais, científicos ou cultu-rais, e também para a cobertura de despesas médico--hospitalares com tratamento de saúde no exterior.

No caso das agências e operadoras de turismo, o limite para a cobrança é de R$ 10 mil ao mês por pas-sageiro. Para a utilização da alíquota reduzida, é preci-so que estejam cadastradas do Cadastur, do Ministério do Turismo, e suas operações devem ser realizadas por meio de instituição financeira domiciliada no país.

Agora, a MP segue para tramitação no Congresso Nacional em um processo que poderá durar até quatro meses. Somente após a conclusão desse processo, o do-cumento será sancionado.•

Governo reduz imposto sobre remessas para o exterior

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12• Março 2016 • Economia&Negócios

Por Milton Lourenço Presidente da Fiorde

Logística Internacional e diretor do Sindicato dos

Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e

Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da

Associação Nacional dos Comissários de Despachos,

Agentes de Cargas e Logística (ACTC)

As razões da perda de competitividade

Por Milton Lourenço, presidente

da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de

Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos,

Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail:

[email protected]. Site: www.fiorde.com.br.

ArtigoArtigo

A importação de bens de capital (ou bens de produção) caiu 20% em 2015. Isso significa que as indústrias estão investindo menos na moderni-zação de suas plantas. Se o poder de competição da economia nacional já é baixo, a queda na importação de bens de capital é motivo de preocu-pação, pois, como se sabe, o termo in-clui fábricas, máquinas, ferramentas e equipamentos que são utilizados para produzir outros produtos. Em outras palavras: o parque industrial nacional a médio prazo pode ter o seu poder de competição ainda mais comprometido, deixando de incorporar novas tecnolo-gias em sua manufatura.

Tudo isso é consequência da per-da de competitividade das empresas como resultado da pouca integração da economia brasileira no mercado glo-bal, que se deu por completo desleixo das autoridades brasileiras, que, desde 1991, quando o Brasil se tornou mem-bro do Mercosul, só conseguiram viabi-lizar três acordos de livre-comércio. E, mesmo assim, com economias de pou-ca representatividade: Israel, Palestina e Egito. Desses, só o primeiro continua em vigor.

É claro que só a formalização de acordos não resolve todo o problema causado pelo crescimento lento da pro-dutividade. Há outras questões que já deveriam ter sido atacadas com maior ênfase, como a falta de estrutura lo-gística no país. Sem contar os proble-mas causados por mudanças cambiais desfavoráveis e outros fatores como

aumento dos custos com energia e os custos tributários, previdenciários, trabalhistas e burocráticos, que contri-buem para a elevação do custo produ-tivo.

Com a falta de competitividade da indústria, o país não pode avan-çar nas negociações e paga o preço das inconsequências feitas no período de 2003-2014. Uma delas deu-se em 2005, quando o governo brasileiro, ao lado do argentino, trabalhou para le-var ao fracasso as negociações para a criação da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca), proposta norte-ameri-cana. Para piorar, o governo brasileiro, a pretexto de garantir a abertura do mercado venezuelano para a indústria nacional, o que se dará de modo com-pleto só em 2018, trouxe a Venezuela para o Mercosul, obviamente por afini-dade política à época com o governo Hugo Chávez (1954-2013).

Hoje, porém, com a ascensão do governo liberal de Mauricio Macri na Argentina e o aggiornamento do segundo governo Rousseff em direção ao liberalismo econômico, a Venezuela pode se tornar uma pedra no sapato do Mercosul em seu objetivo de fechar acordos com a União Europeia, a As-sociação Europeia de Livre-Comércio (Efta), que reúne Suíça, Noruega, Islân-dia e Liechtenstein, e a Aliança do Pa-cífico (México, Peru, Colômbia e Chile). Menos mal que as conversações com a Argentina estejam caminhando bem em direção a um acordo de livre-comér-cio no setor automotivo.•

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14• Março 2016 • Economia&Negócios

Agronegócio de SC busca alternativas para aliviar crise do milho

Entrada da safrinha, transporte por trem e até navegação de cabotagem influirão na redução do preço excessivamente elevado do milho que

ameaça a avicultura e a suinocultura industrial de Santa Catarina

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Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

O agronegócio catarinense articula várias inicia-tivas para reverter o quadro do superencareci-mento de milho que afeta as maiores cadeias

produtivas e ameaça causar pesados e irreversíveis pre-juízos à avicultura e à suinocultura industrial. Os preços do milho atingiram em meados de janeiro uma máxima nominal histórica, aquecidos por fortes exportações, alta do dólar e reduzida safra das águas e, desde então, não recuaram. Entretanto, novos fatos podem amenizar os efeitos da crise, na avaliação da Federação da Agri-cultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc).

Há previsão de que o preço do milho recue no mercado interno, expectativa baseada em vários fa-tores. Os portos brasileiros suspenderão em março o carregamento do milho para embarcar a safra da soja com destino aos diversos mercados mundiais, tradicio-nais compradores desse grão brasileiro. Essa operação deve se manter até setembro ou outubro. Por outro lado, a partir de junho começa a ser colhida a safrinha de milho, estimada entre 65 milhões e 70 milhões de toneladas.

“Esses dois fatos conjugados significam mais milho para venda e consumo no mercado interno com pressão de venda dos agricultores que desejarão apro-veitar o aquecimento do mercado”, prevê o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo.

Paralelamente a essa mudança de cenário, em Santa Catarina, o governo estadual trabalha para trazer de trem o milho do centro-oeste brasileiro através das ferrovias Ferroeste e América Latina Logística. A ideia é embarcar o cereal em Moto Grosso e Mato Grosso do Sul e trazê-lo até Mafra e Lages. Essa operação produzi-ria uma expressiva redução de custos de R$ 7 reais por saca, mas exigirá a instalação de entrepostos e arma-zéns no planalto norte e na serra.

Na mesma direção, as agroindústrias planejam trazer milho do norte pelo transporte de cabotagem, o que também reduziria o custo.

Pedrozo assinala que, no plano internacional, a expectativa de que a China despeje no mercado gran-

des volumes de milho de seus estoques e a aproxima-ção do início do plantio da nova safra americana ten-dem a reforçar o cenário de oferta abundante e, assim, frear a reação altista das cotações do grão na bolsa de Chicago, principalmente se não houver nenhum so-bressalto climático.

A conjugação dessas possibilidades aliviará a crise para as agroindústrias, mas os efeitos mais po-sitivos somente serão sentidos no segundo semestre. A avaliação da Faesc é corroborada pelas entidades do agronegócio Organização das Cooperativas do Estado de SC (Ocesc), Coopercentral Aurora Alimentos, Sindi-cato das Indústrias da Carne (Sindicarne) e Associação Catarinense de Avicultura (Acav).

Quadro catarinense A raiz da crise se localiza nas rápidas e imprevisí-

veis mudanças do mercado que fizeram o preço do mi-lho saltar de R$ 27 reais a saca em outubro para entre R$ 43 e R$ 47 reais em janeiro e fevereiro, marcado por forte e persistente viés de alta.

À rigor, nesse momento, não há escassez nem excesso de milho no mercado, mas a opção pela ex-portação drenou 30 milhões de toneladas do mercado doméstico para o mercado internacional. Dessa forma, os criadores de aves e suínos e as indústrias pagam, desde o ano passado, o valor correspondente à cota-ção internacional para comprar milho destinado a sua transformação em carne.

Essa situação afeta todo o país, porém, é mais grave em Santa Catarina que está longe de obter au-tossuficiência em milho. O Estado é o maior comprador de milho dentro do Brasil. Santa Catarina possui o mais avançado parque agroindustrial do país,representado pelas avançadas cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura. Essa fabulosa estrutura gera uma riqueza econômica de mais de 1 bilhão de aves e 12 milhões de suínos por ano, sustenta mais de 150 mil empregos diretos e indiretos e gera bilhões de reais em movimen-to econômico.•

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16• Março 2016 • Economia&Negócios

Delimitação e expansão de área portuária pelo poder executivo

Por Cristiana Muraro, advogada, mestre em Direito

Constitucional Econômico e Regulatório e parecerista e

consultora da Jacoby Fernandes e Reolon Advogados.

ArtigoArtigo

O novo marco regulatório do setor portuário brasileiro trouxe alte-rações conceituais que impactaram significativamente os regimes de ex-ploração dos portos.

Como consequência, todos os atores desse setor se depararam com grandes desafios práticos e jurídicos, entre os quais: a necessidade de re-formulação da gestão de operações e de mão de obra; a importância de mi-nimizar as ingerências corporativas e burocráticas; e, sobretudo, racionalizar o uso dos espaços e instalações, impri-mindo-lhes a maior eficiência possível.

Notadamente, esse é o cami-nho que a Secretaria Especial de Por-tos da Presidência da República (SEP) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) vêm envidando esforços para seguir.

A nova legislação determina, por exemplo, que a Área do Porto Or-ganizado deve ser delimitada por ato do Poder Executivo.

Nesse sentido, no dia 11 de fe-vereiro de 2016, foi editado o Decreto que definiu a área do Porto Organiza-do de Paranaguá, localizado no estado do Paraná.

Vale rememorar que Área do Porto Organizado é aquela que com-preende as instalações portuárias – como ancoradouros, docas, cais, pontes e píeres de atracação e acosta-gem, terrenos, armazéns, edificações e vias de circulação interna – bem como a infraestrutura de proteção e acesso

aquaviário ao porto – que engloba guias-correntes, quebra-mares, eclu-sas, canais, bacias de evolução e áreas de fundeio – que devem ser mantidas pela Administração do Porto de Con-trole Sanitário.

Já o Porto Organizado, propria-mente dito, de acordo com a SEP, é conceituado como aquele “construído e aparelhado para atender às necessi-dades da navegação e da movimenta-ção e armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a jurisdição de uma auto-ridade portuária”.

Um dos principais cuidados que a administração pública deve ter reme-te à análise prévia sobre a celebração de aditivos de expansão de área. Isso porque a legislação condena o fracio-namento de área no porto como ma-nobra para ampliar as atividades do particular, utilizando-se de bens pú-blicos de forma privativa, sem prévia licitação.

É importante analisar com cau-tela todo e qualquer processo de con-cessão, pois não se pode permitir que os concessionários venham a requerer e obter, pedaço a pedaço, as áreas públicas, sem o devido procedimento licitatório. Dispensar ou inexigir lici-tação indevidamente não somente é uma violência à Constituição Federal, mas também é ato tipificado pela Lei nº 8.666/1993 como crime contra a administração pública. •

Victor Scholze, advogado, membro da Comissão de

Assuntos Constitucionais da OAB/DF e consultor da Jacoby

Fernandes & Reolon Advogados.

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Economia&Negócios • Março 2016 • 17

A partir de abril, o consumidor deverá pagar menos pela energia. A redução será possível com a adoção da bandeira verde no sistema de bandeiras tarifárias,

que adota as cores verde, amarela e vermelha para informar o consumidor, a cada mês, se a energia está mais cara ou mais barata.

“Com isso, a partir de abril não haverá mais ônus para o consumidor”, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que fez o anúncio no dia 25 de fevereiro. Para o con-sumidor, isso deverá resultar em uma redução média entre 6% e 7% na conta de luz.

O governo anunciou que, em março, seriam desliga-das sete usinas térmicas com custo de geração acima de R$ 420 por megawatt-hora (MWh). Posteriormente, foi decidida uma redução incluindo 14 usinas que geravam energia a um custo de R$ 250 por MWh.

Ao todo, em abril, 5 mil MW gerados pelas térmicas já terão sido desligados do sistema, o que representará uma economia total de R$ 10 bilhões ao ano. Braga disse que, mantida a previsão positiva da situação hidrológica, mais 2 mil MW gerados em usinas térmicas poderão ser desligados nos próximos meses.

“Não é apenas uma questão de redução de consumo. A entrada da energia gerada em novas usinas, como as de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio tem contribuído [para os desligamentos das térmicas]”, acrescentou Braga.•

Com bandeira verde, energia deve ficar mais barata a partir

de abril

Agência Brasil

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18• Março 2016 • Economia&Negócios

Durante seminário sobre oportunidades de negócios entre Santa Catarina e Hong Kong, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC),

Glauco José Côrte, fez um panorama da balança comercial catarinense, destacando o intercâmbio com a China - em 2015, o país asiático foi o segundo principal destino dos embarques do Estado e o principal parceiro catarinense nas importações. "Santa Catarina tem um grande espaço para crescer, sobretudo, nas exportações. Sabemos que a cor-rente de comércio é uma via que implica tanto importação quanto exportação, mas há espaço para ampliação, princi-palmente para as pequenas e médias empresas", afirmou.

Ele também ressaltou o trabalho da entidade no sen-tido de auxiliar empresas desses portes em sua inserção no mercado internacional, seja por meio de missões em-presariais ou de programas de capacitação. O encontro foi realizado no dia 1º de março, em Florianópolis, e contou com a participação de representantes da Hong Kong Trade Development Council (HKTDC). A instituição é um braço de negócios do governo de Hong Kong, com 40 escritórios em diversos países - no Brasil, a sede fica em São Paulo.

Aos presentes no evento, a diretora da HKTDC no Brasil, Marina Barros, disse que é a primeira vez que vem a Santa Catarina e destacou o interesse das empresas ca-

tarinenses no mercado asiático. "Acho ótimo o trabalho em conjunto, mas vocês precisam mostrar a cara lá fora. Esta-mos tentando construir algo para mostrar o potencial de vocês. Os chineses estão interessados no Brasil", afirmou.

O gerente-executivo da HKTDC, Dominique Bais, des-tacou que Hong Kong, região administrativa da China, é considerada a capital dos negócios da Ásia. "É a economia mais livre do mundo, com baixas taxas de impostos. O por-to tem pouca burocracia e bons contatos no mundo inteiro, principalmente com a China", afirmou. Ele também ressal-tou que o sistema tributário é simples, considerado o tercei-ro mais fácil do mundo. Bais disse ainda que a localização de Hong Kong, ao Sul da China, permite que as empresas façam negócios com outras regiões do país asiático ou mes-mo com a Índia e Japão pela proximidade geográfica e pelo número de consumidores que esses mercados têm.

Comércio: As exportações catarinenses para Hong Kong somaram US$ 140 milhões em 2015, valor 33,6% inferior ao registrado no mesmo período em 2014. Os prin-cipais produtos embarcados foram carnes, couros e peles. As importações catarinenses de Hong Kong totalizaram US$ 68,7 milhões. Os principais produtos comprados foram livros, brochuras e impressos, aparelhos de iluminação e suas partes e produtos laminados de ferro ou aço.•

SC busca maior aproximação com Hong Kong

Filipe Scotti

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Economia&Negócios • Março 2016 • 19

A molecada de Itajaí e região está mais próxima de realizar o sonho de se tornar jogador de futebol. A franquia Ronaldo Academy, rede de academias

do ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno, anunciou que abrirá a maior unidade do Brasil em Itajaí. As ati-vidades de preparação futebolística devem iniciar já em abril na estrutura do Clube Almirante Barroso.

O local receberá investimentos na casa dos R$ 2 milhões e espera atender até 800 aspirantes a joga-dores de futebol. Em maio, o próprio Ronaldo deve vir ao município para acompanhar o desenvolvimento das atividades. De acordo com um dos sócios da academia, João Paulo Silva, Itajaí foi escolhida por ser a única da cidade da região a apresentar uma estrutura que se en-caixasse no padrão da Ronaldo Academy. Com unidades em São Paulo e nos Estados Unidos, o município terá a maior franquia brasileira.

As obras no Barroso iniciaram em janeiro. Haverá até cinco campos com grama sintética. Outras novida-des ainda serão anunciadas, mas Silva adiantou para a Revista Portuária que o local também será aberto para ferinos e outras atividades esportivas, além de contar com uma loja de produtos do segmento. A Ronaldo Aca-demy é uma parceria entre a Sport Club Litoral e outros três sócios.

A escolinhaCom capacidade para atender até 800 alunos a

partir de seis anos de idade, as aulas acontecerão de manhã e à tarde. As turmas funcionarão com até 20 alu-nos para cada professor, sendo o time técnico formado por ex-jogadores de futebol e profissionais de educação física.

Designada de “DNA Fenomenal”, a metodologia da Ronaldo Academy é inspirada na vida do jogador

Com investimento de R$ 2 mi, Itajaí ganhará escolinha de

futebol do Ronaldo Fenômenocomo pessoa e atleta. Baseada em seis pilares (objetivo, ma-turidade, educação, eficiência, foco e disciplina), é ensinada aos alunos de forma adaptada para cada faixa etária. A es-cala de aprendizado vai do Phenomenal 1 (sub-6 e sub-8) ao Phenomenal 4 (sub-16 e sub-18).

As mensalidades podem variar entre R$ 109 e R$ 130, sendo que 20% das vagas serão gratuitas, destinadas ao treinamento de crianças carentes. “Nosso objetivo é muito mais que treinar, mas imprimir valores. Somos uma escola socioeducativa e quem tiver interesse em virar jogador de futebol, terá essa chance”, revela o sócio.

Um aplicativo para celular também será desenvolvido e as mães poderão acompanhar os treinos em tempo real pelo celular. Além disso, haverá outras opções de atividades físicas para que os pais possam se exercitar enquanto a ga-rotada treina no campo. •

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20• Março 2016 • Economia&Negócios

Bandeira histórica da Fecomércio SC, o combate à alta carga tributária ganha uma campanha estra-tégica em todo o Estado a partir deste mês. Com

o mote “Já tá pesado demais”, em alusão à possível recriação da CPMF, a Federação reforça publicamente a contrariedade à volta do tributo e qualquer aumento de imposto. Só em Santa Catarina, a CPMF poderá retirar R$ 1,3 bilhão da economia, se aprovada com a alíquota de 0,2% sobre todas as transações bancárias.

“Ressuscitar a CPMF é uma medida que nasceu impopular por ser um tributo que trava a competitivi-dade e onera o contribuinte de ponta a ponta na cadeia produtiva: afeta desde o cidadão que paga o trigo até o que compra o pão. Nosso sistema tributário é bastante burocrático e oneroso - chega a quase 40% do PIB. Por isso, o ajuste fiscal proposto pelo Governo Federal pre-cisa ser pautado na redução do gasto e na revisão das funções do Estado, não em propostas de cunho arreca-datório. Com a campanha “Já tá pesado demais” e toda a articulação política para o trabalho de convencimento e pressão junto ao poder público, a Fecomércio SC cum-pre com a missão de defender o empresário do comér-cio de bens, serviços e turismo, além de contribuirmos para a construção de uma sociedade menos burocrática, com mais eficiência e produtividade”, afirma Bruno Brei-thaupt, presidente da Fecomércio SC.

A campanha é protagonizada pelo próprio cida-dão brasileiro envolto por uma "bolha tributária" e visi-velmente cansado de carregar este fardo. A população também pode participar no site da campanha, dispo-

nibilizado no Canal de Articulação pela Fecomércio SC para intermediar o contato do catarinense com sua base política. Ao assinar a campanha, o email é encaminhado à bancada catarinense, governador do Estado e a presi-dente Dilma Rousseff. Os outdoors espalhados pelo Es-tado, a fachada plotada da Federação e o personagem da campanha, que ganha às ruas nos próximos dias, trazem cores fortes para imprimir a opinião combativa dos empresários do setor terciário contra o aumento da carga tributária.

O efeito da CPMF é especialmente prejudicial ao comércio e aos serviços que se encontram na ponta das cadeias produtivas. Por ser regressiva, afeta de forma generalizada os preços para o consumidor final. Também incorpora-se aos custos de produção e assim não pode ser desonerada. Por fim, representa uma dupla tribu-tação, já que o recolhimento de qualquer outro tributo embute a sua cobrança.

Desde o ano passado, a Federação discute o tema junto à bancada parlamentar catarinense em Brasília e com o Poder Executivo do Estado. “O próprio Gover-nador assumiu o compromisso de rejeitar a criação de impostos nas reuniões que a Presidência da República realizou e realizará com os chefes dos Executivos esta-duais. Esse também foi o compromisso da maioria de nossa bancada em Brasília. Precisamos mostrar o impac-to social de uma medida como a CPMF, sobretudo em períodos de crise grave como o que vivemos, e apontar-mos para a construção de uma agenda política positiva”, completa Breithaupt.•

Fecomércio SC lança campanha contra a CPMF

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22• Março 2016 • Economia&Negócios

São dispensáveis. Qualquer família sobrevive sem eles. Mas cada vez mais os eletroportáteis ocupam as banca-das, visto que a cozinha é a nova sala de estar. Um lugar

para relaxar e não mais para se descabelar com a barriga no fogão. Esses equipamentos proporcionam um quê de sofisti-cação aos lares e já são mais procurados do que os tradicio-nais eletrodomésticos da linha branca, que sofreram queda de 11% nas vendas em 2015, contra os 14,5% de crescimen-to dos eletroportáteis entre 2013 e 2014.

A família da professora Dalva Mendes Scharf, 47 anos, tem tirado proveito dos novos eletroportáteis. Na casa da ita-jaiense, a queridinha da vez é a assadeira elétrica: parece que os alimentos ficam fritos, mas sem utilizar nenhuma gota de óleo. A praticidade, aliada ao estilo de vida mais saudável, faz da professora uma fã da popular air freyr. “Nossa alimen-tação melhorou muito. Faço batata sem imersão em óleo, bis-teca, frango e até pão de queijo”.

Com uma diversidade de equipamentos em casa, Dalva

destaca que a economia de tempo com a elaboração de recei-tas diferenciadas é o que estimula suas compras. Das aquisi-ções mais recentes, uma tem sido pouco utilizada: a máquina de café expresso. Saboroso e com um design diferenciado, as cápsulas que fazem a máquina funcionar custam em torno de R$ 25, uma caixa com oito unidades.

Enquanto de um lado o consumo por esses “brinque-dinhos” cresce, os antigos favoritos das donas de casa an-dam esquecidos. Entre janeiro e novembro do ano passado, o faturamento no varejo de equipamentos da linha branca (geladeiras, fogões, freezers, etc.) caiu 11% em comparação com o mesmo período de 2014. Esta foi a primeira queda em seis anos, segundo a empresa de pesquisa GFK.

Indústria catarinense em cenaA Cadence é pioneira em eletroportáteis coloridos no

Brasil. A empresa catarinense tem fábrica em Navegantes e inaugurou há pouco tempo uma nova sede em Balneário

Eletroportáteis ganham espaços nos lares

Supérfluos e muitas vezes pouco utilizados, produtos desse segmento estão cada vez mais presentes nas listas de casamento

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Economia&Negócios • Março 2016 • 23

Piçarras, com centro administrativo e centro de distri-buição.

De acordo com o diretor comercial do grupo JCS, do qual pertence a Cadence, Dirceu Brugalli, hoje em dia o consumidor procura por produtos que atendam suas necessidades, mas que sejam diferentes, moder-nos e fáceis de usar.

“A Linha Colors Cadence é a maior prova de que apostar na inovação traz bons resultados. Foi feito mui-to estudo de cor e tendência para lançarmos em 2013 produtos com quatro cores diferentes que agregassem valor e que conquistassem o gosto do consumidor.”

Segundo Brugalli, a empresa prioriza o bem-es-tar dos seus consumidores, desenvolvendo produtos para facilitar o dia a dia do consumidor. “O público da Cadence busca inovação, modernidade, tecnologia e praticidade”, garante.

Independentemente da atual situação econômi-ca, a Cadence vai manter os investimentos projetados em infraestrutura e, principalmente, no lançamento de novos produtos. “Acreditamos que o mercado se man-tenha constante no primeiro semestre e que, a partir do segundo semestre, inicie uma reação de aumento do consumo”, avalia.

Loja especializadaDados recentes apontam que entre 2013 e

2014, houve um aumento de 14,5% nas vendas de eletroportáveis. De acordo com levantamento Euromo-nitor International, o segmento movimentou R$ 14,3 bilhões no período. Para acompanhar a tendência, uma marca de Itajaí migrou da venda de eletros popu-lares para trabalhar com tendências de eletroportáteis.

A marca Hirt Eletro Prime reestruturou sua loja e se especializou em produtos que facilitam o dia a dia do lar. Liquidificadores, batedeiras e cervejeiras. De acordo com o diretor comercial da empresa, Alexan-dre Hirt, os clientes querem além da funcionalidade do produto, decorar o ambiente.

O ticket médio da empresa gira em torno de R$ 750, mas há itens a partir de R$ 99. “O mercado de eletrodomésticos é forte. Em tempos de crise as pes-soas pesquisam mais, mas a demanda continua exis-tente. Acreditamos que este ano não haverá retração, mas também não há perspectivas de crescimento de-masiado”, avalia Hirt.

Quem casa quer... Moda, praticidade, sofisticação. Cada um tem

seus motivos para optar pelos novos eletroportáteis disponíveis no mercado. Nas listas de casamento, eles são os produtos mais desejados. Não tem cafe-teira moderna ou panela elétrica que fique de fora. As fritadeiras elétricas também são os xodós da vez. A Revista Portuária pesquisou 10 listas de casamento na região de Itajaí e descobriu que, em várias delas, ar-tigos como geladeira e fogão não estão entre os itens desejados.

As novidades do segmento dispensam cada vez mais o uso de fogo e gás. Se você cresceu com trauma de panelas de pressão e o medo constante de que ex-plodissem, agora este problema foi resolvido. Segura, as panelas de pressão elétrica possuem controle inter-no de temperatura, desligando automaticamente em caso de superaquecimento. Além disso, promete cozi-nhar o feijão em poucos minutos.

Seja pelas funcionalidades ou pelo design arro-jado, as panelas que ligam na tomada apareceram em oito das 10 listas analisadas e custam, em média, R$ 350. Em sete listas, os casais também incluíram chalei-ras elétricas, sendo o custo médio de R$ 99. Outro item que não pode faltar são as fritadeiras elétricas. Elas preparam alimentos macios por dentro e crocantes por fora sem a adição de óleo. É o fim das cozinhas engor-duradas e alimentação pesada. Esta inovação pode ser encontrada no mercado por até R$ 450.

Nas lojas da Polishop, famosa pelos seus canais de venda na TV, a fritadeira elétrica ocupa o número 1 do ranking dos produtos mais vendidos. A panela de pressão vem em segundo lugar, seguida de um inova-dora máquina de fazer sorvetes naturais.

Inventam de tudoAs invenções não param por aí. Há ainda má-

quinas de waffles, crepes e cupcakes (R$ 109,90 cada) e até pipoqueira elétrica (R$ 119,90). Mas, o produto mais revolucionário, para quem sempre reclamou que não sabe nem mesmo fritar um ovo, é a omeleteira elétrica. Não tem como errar, é rápido e fácil com luz indicadora de término de preparo. Basta bater os ovos, inventar o recheio e colocar tudo nesta omeleteira. O produto custa cerca de R$ 100. •

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24• Março 2016 • Economia&Negócios

Depois de começar 2016 com níveis preocupan-tes de contas em atraso, o consumidor catari-nense sentiu uma tímida melhora nas condições

de pagamento das dívidas no segundo mês do ano. Conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplên-cia (PEIC), realizada pela Fecomércio SC, os três indica-dores que compõe a pesquisa caíram: endividamento passou de 62,5% para 60,8, percentual de famílias com contas em atraso de 20,1% para 18,1% e aqueles que não terão condições de pagar de 13,0% para 10,7%.

Os dados nacionais também mostram que o nú-mero de famílias com dívidas recuou de 61,6% para

60,8%, porém permanece superior aos 57,8% registra-dos no mesmo período de 2015.

“Mesmo com a ligeira queda no Estado, que mostra que os catarinenses estão renegociando suas dívidas, os números são considerados bastante nega-tivos porque refletem a desaceleração da renda em termos reais. O consumidor tem poucos recursos dis-poníveis para o pagamento e também para efetivarem novas compras. O varejo está sentindo o impacto do comprometimento da renda no baixo volume de ven-das”, conforme avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

Cai percentual de famílias inadimplentes e endividadas em SC

Pesquisa mostra que os catarinenses estão renegociando as dívidas

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Economia&Negócios • Março 2016 • 25

Renda comprometidaO estudo também aponta que 31,1% das famílias com

dívidas têm parcela expressiva da renda mensal destinada para o pagamento das contas atrasadas. O cartão de crédito continua como o principal agente de endividamento (49,8%). Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem os carnês (33,4%), financiamento de carro (31,5%) e de casa (15,5%).

Florianópolis (85,7%) lidera a lista de cidades com o maior percentual de famílias endividadas, seguida por Blu-menau (58,3%) e Itajaí (52,6%). Em termos estaduais, a per-cepção do nível de endividamento melhorou: entre os que se declararam muito endividados, o índice passou de 17,7% para 14,6% este mês; mais ou menos endividados 25,4%, nos dois meses; o indicador pouco endividados na faixa dos 20%; aqueles que responderam não ter dívidas desse tipo somam 39,1%, uma alta de 2,8% em comparação ao mês anterior.

No que diz respeito ao tempo de comprometimento com as dívidas, a maioria dos catarinenses endividados tem dívi-das por mais de um ano (52,9%). Aqueles que têm dívidas até três meses representam 18,2%. Entre três e seis meses, são 7,2%. E por fim, entre 6 meses e um ano, são 10,7%.

Embora os níveis de inadimplência estejam próximos ao maior percentual da série histórica, o resultado é bastante estável e não apresenta risco de descontrole, já que o tempo médio com dívidas em atraso ainda se situa num patamar mo-derado (66 dias), enquanto que a inadimplência que começa a preocupar, a partir dos 90 dias, permanece estável.•

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26• Março 2016 • Economia&Negócios

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28• Março 2016 • Economia&Negócios

Os investidores do Tesouro Direto deverão contar com um simulador que permitirá a comparação entre aplicações do mercado financeiro e títulos

disponíveis no programa. O objetivo é ajudar os peque-nos poupadores a diversificar e maximar os ganhos, se-gundo os técnicos do Tesouro Nacional que pretendem melhorar a compreensão da aplicação, pois nem sempre os investidores têm facilidade em escolher os títulos den-tro do programa.

A primeira fase de melhorias começou em março de 2015, quando o governo adotou medidas para tor-nar mais fácil a identificação dos papéis negociados por meio do Programa Tesouro Direto, além de um novo layout do site. A expectativa é que o simulador, que deve ser liberado em abril, com a nova série de melhorias do programa, atraia mais aplicadores, segundo Débora Marques Araújo, da equipe do Tesouro Direto.

O Tesouro Direto é um programa de negociação de títulos públicos destinado a pessoas físicas por meio da

internet com aplicação mínima de R$ 30. Para o pequeno investidor, o Tesouro Direto é considerado uma opção de investimento de baixo custo e segura. O governo ga-rante que os títulos públicos são considerados os ativos com menor risco da economia. Ainda muito popular, a poupança tem perdido da inflação e, só no mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 12,03 bilhões. De acordo com dados do Banco Central, foi a maior reti-rada líquida mensal registrada na série histórica, iniciada em 1995.

A nova ferramenta será capaz de indicar ao inves-tidor qual o título mais adequado para o perfil e para o objetivo financeiro dele. “O simulador ajudará no hori-zonte de aplicação e o fluxo de remuneração que o in-vestidor quer. Na verdade, o simulador complementa a funcionalidade do orientador financeiro, com uma nova paginação e contemplará a parte de gerenciamento vir-tual e ainda será capaz de comparar os produtos finan-ceiros”, explicou Débora.

Tesouro Direto: simulador ajudará investidores

a comparar aplicações

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Economia&Negócios • Março 2016 • 29

Nova ferramentaAssim, será possível estabelecer comparações

entre os títulos Tesouro Direto com a caderneta de pou-pança, com o Certificado de Depósito Bancário (CDB), com Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agrícola (LCA), por exemplo. “Será uma excelente fer-ramenta para ajudar o pequeno investidor. É algo ino-vador e [a forma] como faremos não tem no mercado. Não existe com esse nível de complexidade e de abran-gência, pois são comparados uma série de produtos. As pessoas usarão o simulador para tomar decisões”, acrescentou Débora.

Eric Lisboa, também da equipe do Tesouro Direto, disse que se uma pessoa tiver R$ 1 mil terá mais facili-dade para identificar o retorno que terá no futuro com a nova ferramenta, ao fazer as comparações. “Qual eu vou ter o melhor retorno no futuro, daqui a tantos ano? O investidor colocará uma série de parâmetros sobre o tipo de investimento que ele quer fazer e terá uma res-posta. Acredito que será um grande salto, um grande avanço para ajudar o investidor a tomar as decisões”. O simulador está sendo elaborando em parceria com a BM&F.

Extrato mais claroA Ouvidoria-Geral do Ministério da Fazenda

(OGMF) realizou, no ano passado, durante dois meses com os visitantes do portal uma pesquisa para saber se os visitantes do site sabiam como aplicar no Tesouro Direto. O resultado mostrou que 79% dos usuários não sabem como investir, 20% já ouviram falar, mas têm dúvidas e apenas 1% sabe, inclusive já aplicou. Nesta nova série de melhorias, além do simulador, os respon-sáveis pelo programa querem mudar isso e preparam um extrato que seja mais claro para os poupadores sem intimidade com a aplicação em títulos públicos.

“O extrato é uma tabelinha, com um monte de informações frias e brutas”, disse Débora. “Nesta nova frente, queremos melhorar a comunicação e deixar o extrato mais didático e intuitivo para o investidor. Pre-tendemos incluir um gráfico para mostrar como foi a evolução do investimento”, completou.

SegurançaOs técnicos do Tesouro Nacional defendem que a

compra de títulos do governo federal é segura, mesmo em um contexto de dívida pública crescente. De acordo com eles, os títulos públicos são os ativos mais seguros em qualquer economia no mundo. Para a equipe res-ponsável pelo Tesouro Direto, no Brasil, não é diferente porque é 100% garantido pelo Tesouro Nacional.

Independentemente do valor, o aplicador tem garantias legais que permitem o pagamento dos resgates. O Tesouro Nacional mantém ainda o chamado “colchão de liquidez”, que é uma reserva técnica para honrar os compromissos com os credores da dívida do governo federal. Atualmente, está entre três a seis meses e existem ainda as reservas interna-cionais, segundo Débora. “Tem uma série de elementos para garantir a solidez e honrar esses títulos colocados no merca-do. O Tesouro Direto representa menos de 1% da dívida do governo”, disse.

Como os recursos são garantidos pelo Tesouro Na-cional, não há necessidade de acionar o Fundo Garantidor Direto (FGC) – entidade privada, sem fins lucrativos e que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, pou-padores e investidores permitindo recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, atualmente em até R$ 250 mil, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência. “Os títulos do Tesouro Nacional não precisam do FGC, porque são garantidos pelo Tesouro Nacional e pelo Estado brasileiro. Ou seja, vai além de governos”, garante Débora.

BalançoEm janeiro, o número de investidores cadastrados no

Tesouro Direto em um mês foi o mais alto desde o início do programa, ao registrar 27.111 adesões (aumento de 194,1% em relação a janeiro de 2015), totalizando 651.469 inves-tidores cadastrados. De acordo como Tesouro Nacional, o número de novos investidores ativos no período também bateu recorde ao alcançar a marca de 13.885 (crescimento de 602,7% na comparação com janeiro de 2015), totalizando 247.830 investidores com posição.

No mês, as vendas totais do Tesouro Direto, informou o Ministério da Fazenda, chegaram a R$ 1,84 bilhão. O esto-que alcançou montante de R$ 26,8 bilhões.•

Agência Brasil

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30• Março 2016 • Economia&Negócios

O Supremo Tribunal Federal garantiu à Receita Federal o poder de obter infor-mações bancárias sem autorização judi-

cial. A decisão, tomada no final de fevereiro pela Corte, provocou muitas reações entre o meio ju-rídico e empresarial. Até então, as informações sobre os dados dos contribuintes eram sigilosas e só liberadas através da autorização judicial de quebra de sigilo bancário.

O julgamento foi concluído no dia 24 de fevereiro, com nove votos a favor do Fisco. Se-gundo o advogado Kim Augusto Zanoni, sócio do Silva e Silva Advogados Associados, somente dois ministros votaram a favor do contribuinte:

"Estamos inseridos em um sistema político e jurídico que vem sucessivamente concedendo ao Estado mais e mais ferramentas para interfe-rir na vida privada de seus cidadãos. A decisão do Supremo subverte o próprio sentido do prin-

cípio do sigilo dos dados bancários, que nasceu justamente para proteger o cidadão contra a atuação do Estado", aponta.

Na mira da ReceitaDesde o início do ano o tema é o centro

das atenções, justamente pelo aumento do con-trole da Receita Federal sobre as movimentações financeiras. O Fisco já havia determinado por meio de uma instrução normativa que os bancos informassem transações acima de R$ 2 mil fei-tas por pessoas físicas e acima de R$ 6 mil, em caso de pessoa jurídica. A intenção, segundo o Fisco é verificar a compatibilidade das informa-ções prestadas pelos contribuintes ao imposto de renda.

"O papel do Estado é garantir a liberdade, e não fiscalizá-la", conclui o advogado especiali-zado na área tributária.•

Decisão do Supremo acaba com o sigilo bancário do contribuinte

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Economia&Negócios • Março 2016 • 31

Mercado Coluna

Repulsa total a qualquer tentativa de ampliar a tributação do agronegócio. Essa é a postura da Federação da Agricultura do Estado de Santa

Catarina (Faesc) frente à recente decisão do estado de Goiás de tributar as exportações de grãos.

Para evitar que essa medida contamine outras unidades da Federação, a Faesc associou-se à Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no alerta à sociedade sobre o perigo e os efeitos nega-tivos da oneração das exportações do setor agrope-cuário.

O presidente José Zeferino Pedrozo aponta que a tributação reduz a competitividade do segmento que já enfrenta obstáculos devido à precariedade das ro-dovias, ferrovias e portos, o que constitui o chamado custo Brasil.

A Faesc e a CNA condenam o Decreto nº 8.548, de 29 de janeiro de 2016, do estado de Goiás, que

dispõe sobre o diferimento de tributos nas operações com soja e milho por se tratar de grave atentado à produção agropecuária porque representa um aumen-to dos impostos que recaem sobre o contribuinte: o ônus final será transferido aos milhares de agricultores que se dedicam a essas lavouras. Lembram que a Lei Kandir veda a cobrança de ICMS sobre as exportações de produtos básicos ou semielaborados.

Para Pedrozo, a inconstitucional tributação das exportações enfraquecerá um dos setores mais produ-tivos do Brasil, que resiste à atual grave crise econômi-ca, ameaçando o necessário equilíbrio entre sociedade e Estado.

O presidente ainda lamenta que, depois de pro-porcionar sucessivos superávits de US$ 100 bilhões ao ano e, assim, salvar a balança comercial do Brasil, o agronegócio recebe, como retribuição, apenas mais tributação.•

Faesc é contra a tributação das exportações do agronegócio

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32• Março 2016 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

A CEVA Logistics, uma das maiores empresas em gestão de cadeia de suprimentos do mundo, anunciou que concluiu com sucesso

a implantação de um novo sistema de desembaraço aduaneiro em toda sua operação nos EUA.

A CEVA iniciou a mudança para introduzir sis-temas de ponta após uma ordem da Alfândega dos EUA, que obriga todos os agentes de carga a proto-colar suas entradas usando o ACE (Automated Com-mercial Environment) até o final de fevereiro deste ano. Nessa ocasião, o ACE se tornará o principal sistema por meio do qual a comunidade comercial – incluindo os embarcadores – deverão reportar todas as importações e exportações.

“Com o nosso início de operação em 3 de no-vembro, fomos um dos primeiros grandes agentes no setor a cumprir a nova regulamentação, ime-diatamente após a data original de ordem de im-plantação do ACE que era 1º de novembro. A nossa implantação com o CargoWise One, que oferece fun-cionalidade completa do ACE, é um passo importan-te para o nosso negócio”, disse Jane Pedersen So-rensen, vice-president customs brokerage & import services da CEVA.

A CEVA começou a trabalhar em seu novo link para o ACE em 2014, quando escolheu a Wise Tech Global e o seu programa CargoWise One como o sistema com o qual deseja conectar seu software interno, como o CEVA Matrix OFS e o Navigator, para oferecer uma plataforma moderna e mais fácil de usar para os usuários. O projeto removeu diversos sistemas legados e sincronizou todas as interfaces atuais de TI e links dos clientes.

Sorensen acrescentou: “Foi um pouco como derrubar uma antiga casa e reconstruí-la sem o be-nefício de todos os planos históricos. Foi um projeto desafiador e valioso. Nossa equipe de Desembaraço merece o verdadeiro crédito por sua notável dedica-ção e um resultado sem problemas. Estamos muito satisfeitos com o novo sistema e com o fato de estar-mos prontos antes do novo prazo de 28 de fevereiro estipulado pela Alfândega dos EUA”.

O CargoWise One opera com tecnologia ba-seada em nuvem. Na próxima etapa, a CEVA lançará seu portal de cliente que permitirá aos importadores melhor gerenciamento de seus negócios com a CEVA e dispor de informações transparentes de desemba-raço aduaneiro. •

CEVA Logistics implanta com sucesso novo sistema de desembaraço aduaneiro nos EUA

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Economia&Negócios • Março 2016 • 33

Mercado Coluna

Os estrangeiros gastaram US$ 650 milhões no Brasil em janeiro. O valor é 14,4% maior que o mesmo mês do ano anterior. Em compensa-

ção, o gasto dos brasileiros apresentou uma queda de 62,5%, passando de US$ 2,239 bilhões para US$ 840 milhões. As variações geraram o menor déficit para ja-neiro na conta internacional do turismo em oito anos: US$ 190 milhões.

“Temos de aproveitar o câmbio favorável nas duas pontas: atraindo mais estrangeiros para o país e estimu-

lando os brasileiros a consumirem mais turismo domésti-co”, comentou o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. Ele destacou que é importante os empresários estarem atentos a essa oportunidade de atrair e cativar públicos qualificados, com elevados gastos.

Em 2015, a balança comercial do turismo fechou com um déficit de US$ 11,5 bilhões, US$ 7,2 bilhões a menos que 2014. “São mais de R$ 20 bilhões que deixa-ram de ser gastos no exterior e, pelo menos parte deste montante, poderia ser gasto no Brasil”•

Gastos de estrangeiros no Brasil crescem 14,4%

Divulgação/Embratur

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34• Março 2016 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

Santa Catarina foi o Estado escolhido pelos embaixadores da União Europeia para um roteiro de visitas que ocorre todos os anos

durante o mês de maio. Os detalhes da prepara-ção do encontro já começaram a ser discutidos entre o governador Raimundo Colombo, o secre-tário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond e o embaixador da Delegação da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho. A co-mitiva que virá a Santa Catarina será formada por 25 embaixadores e seus conselheiros eco-nômicos.

Colombo informa que a visita é muito po-sitiva para o Estado no sentido de estimular as parcerias e novas atividades.

"No cenário atual, nós e o Brasil como um

todo, precisamos ampliar a relação internacio-nal. Quem fizer isso com mais qualidade, vai colher os melhores frutos", afirma o governador.

A diversidade econômica e cultural de Santa Catarina, índices de desenvolvimento so-cial, como o grau de escolaridade da população são apontados como um dos motivadores da visita do grupo europeu. Cravinho já antecipou que a comitiva terá interesse em conhecer os projetos desenvolvidos pelo Estado na área da Ciência, Inovação e Tecnologia, setor apontado por eles como um dos em ascensão e que mais contribuirá com a nossa economia.

Além das atividades no âmbito econômi-co, a programação sugerida em Santa Catarina também contará com apresentações culturais.•

Santa Catarina receberá visita de comitiva de embaixadores europeus em maio

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Economia&Negócios • Março 2016 • 35

Mercado Coluna

Com três anos de atuação, a Associação Brasileira de Operado-res Logísticos (Abol) divulgou o ingresso de três importantes empresas como associadas. São elas: Multilog, Katoen Natie

e Sequoia“O associativismo no mundo, e também no Brasil, é a forma

mais inteligente, estruturada e democrática de se promover os avan-ços necessários para os setores da economia. Ao receber e dar as boas-vindas aos novos associados iniciamos 2016, ainda que um ano desafiador, com um evento extremamente alvissareiro”, comenta o presidente do Conselho Deliberativo da Abol, Gennaro Oddone.

Para o CEO da Multilog, Djalma Vilela, filiar-se à Abol é mo-tivo de muita satisfação. “Estamos felizes, pois acreditamos que a entidade, nesses três anos de existência, vem contribuindo para o fortalecimento do setor”.

O presidente da Katoen Natie no Brasil, Jurgen De Cock, sen-te-se honrado em fazer parte da associação que agrega as maiores empresas do setor, somando experiências que possibilitarão um po-der comum frente às adversidades ligadas às atividades logísticas no Brasil “É a plataforma ideal para a troca de informações, experiências e possibilidade de discussões construtivas sobre assuntos pertinentes aos operadores logísticos inseridos em um ambiente desafiador”.

“Ao recebermos a Multilog, líder no setor em Santa Catarina, segundo maior complexo logístico-portuário do país, é estratégico, conquanto aportamos no quadro um representante importantíssimo para a região sul do Brasil. Já a chegada da Katoen Natie na Abol traduz o ingresso de muita experiência e qualificação, haja vista ser uma empresa multinacional com tradição de mais de 160 anos em muitos segmentos, e muitos países. Quanto à Sequoia, empresa com expertise em varejo e e-commerce, traduz a força e a pujança de uma empresa jovem, inovadora, fazendo jus ao seu próprio nome, uma das árvore mais antigas da biosfera’”, finalizou o diretor executivo e CEO da Abol, Cesar Meireles.•

ABOL anuncia ingresso de três novos associados

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36• Março 2016 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

No mês de fevereiro, o estaleiro catarinense Intech Boating completou 9 anos de fundação, com cer-ca de 180 embarcações produzidas navegando

em mares brasileiros. A empresa nasceu a partir da visão empreendedo-

ra e da paixão pelo universo náutico do executivo José A. Galizio Neto e iniciou suas atividades com a fabrica-ção de barcos para uso profissional, como praticagem, resgate, patrulhamento, apoio portuário e transporte de tripulações. Apenas nos três primeiros anos de ativida-des, foram produzidos mais de 30 barcos destinados a operações pesadas, que formaram a primeira linha do estaleiro, batizada de Intech Professional Boats.

O sucesso e profissionalismo da Intech Boating foram fatores decisivos para uma aproximação com a marca italiana Sessa Marine, que passou a ter suas embarcações fabricadas no Brasil com exclusividade pelo estaleiro. Desta forma, a experiência, a tecnologia e o design inovador da Sessa Marine foram unidos ao comprometimento, força de trabalho e conhecimento de mercado da Intech Boating. A parceria foi formalizada durante o Rio Boat Show de 2011, ocasião em que fo-ram apresentados os primeiros modelos fabricados na-cionalmente.

Outro ano importante para a história da Intech

Boating foi o de 2013, com a inauguração de seu novo espaço fabril em Palhoça, na Grande Florianópolis, com 20 mil m2 de área e capacidade para produção de bar-cos de até 50 pés. No mesmo ano, o estaleiro atingiu o número de 100 embarcações produzidas.

Atualmente, tem em seu portfólio modelos que se destacam no mercado náutico, como os iates Sessa C36, C40, C42 e F42, além das lanchas KL27 e KL28, que formam a linha esportiva Key Largo, também de origem italiana, e a continuidade da linha Intech Professional Boats, com a embarcação IB360. A Intech Boating con-ta com mais de 120 colaboradores diretos, que formam uma das equipes mais qualificadas no setor náutico bra-sileiro.

“Acredito que o sucesso da nossa trajetória está ligado à relação interpessoal da Intech Boating com nos-sos clientes e com o mercado náutico”, afirma José A. Galizio Neto, presidente do estaleiro. “Nestes nove anos de existência, construímos relacionamentos próximos, baseados na confiança“, continua o executivo. Sobre o futuro da empresa, Neto afirma: “Entrando agora no nosso 10º ano de história, estamos nos preparando para apresentar mais novidades, ampliando nossa gama de produtos e investindo em novas tecnologias, materiais e processos”. •

Intech Boating completa 9 anos de atuação no setor náutico

Estaleiro catarinense está à frente da fabricação das lanchas Sessa Marine no Brasil, além de outras duas marcas

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Economia&Negócios • Março 2016 • 37

O diretor executivo da Fecomércio SC, José Agenor de Aragão Ju-nior assumiu a diretoria de Inovação para Competitividade do Movimento Catarinense pela Excelência (Excelência SC). Aragão

faz parte do time da nova presidência, cuja gestão se estende até 2018. Um dos desafios do Excelência SC é tornar o Modelo de Excelência

da Gestão (MEG) referência em todo o Estado e garantir às empresas mais acesso às soluções. Atualmente, uma em cada cinco organizações que atuam em Santa Catarina usam de forma regular o modelo de exce-lência da gestão.

"Nosso desafio agora é melhorar a competitividade das empresas e a qualidade de vida por meio da inovação e tecnologia, criando uma cultura de mercado mais sustentável que estimule o desenvolvimento da competência nata do catarinense para o empreendedorismo", comenta itajaiense Aragão.

O Movimento Catarinense pela Excelência faz parte da Rede Nacio-nal de Gestão, formada por parceiros nacionais, regionais e setoriais.•

Mercado Coluna

Itajaiense assume diretoria de inovação da Excelência SC

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38• Março 2016 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, esteve em Itajaí na última semana de

fevereiro e palestrou para mais de 60 pessoas sobre o cenário econômico do ano passado e os desafios para 2016. A explanação ocorreu na Associação Empresa-rial de Itajaí (ACII). Na ocasião, Côrte explicou que os fatores que influenciaram a economia no ano passado devem se repetir neste ano e demonstrou-se preocu-pado com o desemprego. “É a face mais perversa da crise, contamos hoje com 10 milhões de desempre-gados”.

Ele também fez uma retrospectiva da economia mundial em 2015, citando que o Brasil teve um de-créscimo de -3,8% na taxa de crescimento. Entre os maiores fatores e reflexos do fraco desempenho eco-

nômico, o presidente frisou as incertezas políticas, o baixo investimento, a inflação elevada, a queda da confiança dos investidores, a redução da oferta de emprego e as altas taxas de juros.

Na sequência apresentou um parâmetro geral da indústria catarinense. Hoje o Estado conta com 52 mil indústrias, sendo o 4º do Brasil em empresas cons-tituídas e o 5º em números de trabalhadores, repre-sentando cerca de 31% do Produto Interno Bruto (PIB) de SC. Uma porcentagem 11% maior se comparada a média nacional. Também citou que em janeiro de 2016, SC foi o 2º que mais gerou emprego. “Em 2015, o Estado teve uma queda na produção industrial de -7,9%. Caímos também em exportação (-15%), impor-tação (-21%) e geração de emprego, mas ainda temos um cenário melhor que o restante do país”.•

Presidente da Fiesc demonstra preocupação com o desemprego

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Mercado Coluna

A Editora Univali está lançando a segunda edição do livro “Adminis-tração de materiais – um enfoque

logístico”, de autoria de Mércio Jacobsen, professor da universidade. A obra é um guia prático para estudantes e empresários que procuram estratégias para diversas situa-ções do dia a dia.

Ele propõe-se a otimizar os proces-sos para redução de custos, está dividido em 18 capítulos e conta com a colaboração dos professores Marco Antônio Harms Dias, Guido Renato Miranda, Elton José Blageski Junior e Caio Santangelo.

“O administrador precisa levar em

consideração o consumo contínuo e a sazo-nalidade, a identificação de cada produto, que deve ser compreendido tanto pelo con-sumidor como pelo fornecedor, e o desen-volvimento de um sistema inteligente que possa integrar o setor de compras e o de contabilidade”, resume Jacobsen.

Na publicação o autor filtrou o con-teúdo que utilizava em sala de aula e acres-centou as experiências profissionais que de-monstram a aplicação dos conceitos abor-dados. Além disso, ao final de cada capítulo ele disponibiliza exercícios de fixação. A obra custa R$ 65 e pode ser adquirida pelo site univali.br•

Livro aponta soluções estratégicas para administração de materiais

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ArtigoArtigoA solução para a recessão econômica passa pelo apoio ao setor empresarial

Se em períodos de saúde política e financeira já se falava em dificuldades para empreen-der no Brasil, o atual momento de recessão econômica não pode senão alçar o empresariado pátrio à categoria de herói nacional, classe de verdadeiros “highlanders” do tortuoso mercado brasileiro.

Com a inflação de novo galopante, na casa dos dois dígitos (quase 11%), não é difícil en-tender que, enquanto o empresário sustenta toda a estrutura, é o pobre quem sofre na pele as consequências do ultrapassado modelo de democracia implementado no Brasil.

A alta da inflação e o pessimismo causado pela instabilidade política levaram em conjunto à queda nos níveis de consumo a um patamar baixo o suficiente para estimular os bancos a corta-rem drasticamente o crédito de todo o empresariado nacional. Boa parte dos empresários do país hoje enfrenta uma dura queda de braço com as instituições financeiras, cujos lucros, apenas para as operações dentro do Brasil, são recorde a nível mundial: Itaú e Bradesco lucraram juntos nada menos do que R$ 40 bilhões no Brasil em 2015.

A queda nos faturamentos das empresas, por sua vez, aliada ao aumento dos custos pela inflação – que em insumos como a energia elétrica chegou a 100% no último ano –, legislação trabalhista obsoleta, encargos sociais e tributos em constante alta, tem tornado cada vez mais im-pagável a conta dos bancos – às maiores taxas de juros do mundo – e do Fisco, em um movimento sistêmico.

Nesse cenário, o projeto do governo federal para combater a crise econômica com puro e simples aumento de tributos é no mínimo kamikaze, já que, pressionando com isso a inflação, au-mentará, como uma bola de neve, todos os reflexos já mencionados acima, sufocando e quebran-do empresas, que são quem gera empregos, paga salários a funcionários, sustenta a Previdência, abastece o mercado com bens de consumo, entre outros.

O pior prejudicado no quadro de demissões em massa e inflação é a classe de baixa renda, que, sem o emprego, não tem condições sequer de prover a própria subsistência.

Por essa razão, a sociedade civil como um todo deve se mobilizar para participar ativa-mente no processo de desenvolvimento de um plano realmente sério de saneamento da macroe-conomia brasileira.

O corte de gastos públicos e a diminuição de barreiras burocráticas, e não o aumento de tributos, é a resposta para a recessão econômica. A prova disso é que a arrecadação federal caiu 6% no ano de 2015, a despeito dos aumentos nas alíquotas dos tributos. O espírito do lendário herói inglês Robin Hood – que devolvia, como ato de justiça, à população os tributos excessivos cobrados à força pelo xerife de Nottingham – mostra que ainda não aprendemos a nos governar.

Nesse ponto, é importante mencionar que o Poder Judiciário não vem cumprindo efetiva-mente seu papel institucional, fazendo vista grossa a esse movimento sistêmico, enquanto buro-crata que é, defendendo visivelmente o Fisco e os bancos, que durante anos esculpiram a legislação brasileira, em uma relação verdadeiramente prostituída com o Poder Legislativo. E a continuação dessa vista cega para o movimento da economia e a necessidade da classe empresária vai trazer danos imensuráveis ao país, com reflexos para cada um dos cidadãos.

A urgência mostra que não há mais espaço para o protecionismo aos bancos e ao Fisco, sob pena de quebrar o empresariado nacional e inviabilizar de vez a recuperação da economia.

Nessa atual circunstância, cabe ao setor empresarial, por sua vez, como única alternativa para a sobrevivência, unir-se em torno de um movimento de mudança estrutural do Estado bra-sileiro, ao mesmo tempo em que executa uma estratégia jurídica de combate à agressividade dos bancos e do Fisco, de modo a manter o nível de emprego e de circulação do mercado. Só assim existirá luz no fim do túnel.•

Projeto governamental de combate à recessão econômica é golpe de misericórdia no setor empresarial

Kim Augusto Zanoni OAB/SC 36.370

Sócio do escritório Silva e Silva Advogados Associados.Pós-graduado em Direito Empresarial e Advocacia Empresarial pela Universidade Anhanguera.Pós-graduando em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET).Advogado atuante nas áreas Tributária, Aduaneira e Societária em nível administrativo e contencioso.

A participação do Porto de Santos na balança co-mercial brasileira foi de US$ 6 bilhões, registran-do aumento de 5,26% na participação sobre o

total brasileiro em relação a janeiro do ano anterior. As operações realizadas pelo complexo santista responde-ram por 28% dos US$ 21,6 bilhões movimentados pelo comércio exterior do país. Se considerado exclusivamen-te o comércio exterior realizado através dos portos, a participação de Santos fica em 37% sobre o total bra-sileiro.

As exportações, com participação de 48,33% so-bre o geral, alcançaram US$ 2,9 bilhões, equivalente a 26,1% do total brasileiro de US$ 11,2 bilhões. Café em grãos, milho e açúcar de cana, respectivamente, estabe-lecem o ranking das cargas de maior valor embarcadas no porto santista.

O café superou US$ 319,0 milhões, equivalente a 10,9% do total exportado, embarcado principalmente para Estados Unidos, Alemanha e Itália. O milho chegou a US$ 274,3 milhões, 9,4% das exportações realizadas, com predominância para Vietnã, Japão e Irã. O açúcar de cana atingiu o valor de US$ 172,6 milhões, 5,9% do total exportado.

As importações responderam por 51,66% do mo-vimento geral, totalizando US$ 3,1 bilhões, equivalente a 30,0% do total brasileiro de US$ 10,3 bilhões. Óleo diesel, caixas de marcha e partes para aviões e helicóp-tero foram, respectivamente, as cargas mais desembar-cadas em Santos quanto ao valor comercial.

O diesel chegou a US$ 40,16 milhões, equivalente a 1,30% das importações no período, vindo dos Estados Unidos e Reino Unido. Caixas de marcha responderam por 1,24% do total importado, registrando US$ 38,33 milhões, tendo Japão, Indonésia e Coréia do Sul como principais origens. Partes de aviões e helicópteros al-cançaram US$ 34,83 milhões, 1,12% das importações, vindas, prioritariamente, do Japão, Estados Unidos e Espanha.•

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Porto de Santos amplia participação na balança

comercial

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O Porto de São Francisco registrou um momento his-tórico em fevereiro. Depois de 25 anos, o terminal voltou a fazer operação de celulose. O primeiro

navio, com 5 mil toneladas, teve como destino o Golfo dos Estados Unidos. O segundo embarque foi no dia 8 de março, com mais 5 mil toneladas, e o terceiro será no dia 18, com 7 mil toneladas. A carga é da empresa sul-mato-grossense Eldorado Brasil e a viabilização da movimenta-ção via São Francisco se deu graças ao esforço conjunto do armador Gearbulk e da Seatrade.

De acordo com o presidente do Porto de São Fran-cisco do Sul, Paulo Corsi, o momento é muito importante, já que a exportação de celulose é uma alternativa para amenizar os impactos da crise econômica.

_ O Brasil é um dos grandes produtores mundiais de celulose e deve isso a suas características naturais, como a capacidade de reflorestamento. Por sua vez, a celulose é um dos poucos produtos que com a alta do dólar se man-tém competitivo no mercado, pois existe muita demanda. Para o Porto de São Francisco do Sul, entrar na rota de ex-portação de celulose significa uma excelente oportunidade de desenvolvimento _ comenta Paulo.

Em 2015, o Brasil produziu cerca de 13 milhões de toneladas de celulose. A previsão é que em 2022 o núme-ro chegue a 22 milhões de toneladas por ano.

"A empresa Eldorado Brasil movimentava a sua carga exclusivamente pelo Porto de Santos, mas com o aumento da produção, foi necessário buscar uma nova alternativa para a evasão dessa mercadoria", explica o presidente.

Para que a operação se tornasse viável, foi neces-sário um acordo com a mão de obra avulsa. De acordo com Lierte Amorim Moreira, diretor da Seatrade - empresa responsável pelo agenciamento da operação - o trabalho começou em dezembro de 2015.

"Fizemos algumas adequações para tornar a opera-ção viável, como a criação de uma tarifa especifica para a operação de celulose e a remuneração dos trabalhado-res avulsos. Além disso, em dezembro, os trabalhadores foram até Santos para conhecer o produto e entender a maneira correta de operá-lo", comenta Lierte.

O diretor também reforça a importância da movi-mentação de celulose para a economia de São Francisco do Sul. " A mão de obra avulsa representa uma fatia signi-ficativa da operação portuária e, dessa forma, a operação da celulose irá afetar positivamente toda a cadeia produ-tiva do município".

A empresa Eldorado Brasil é uma das maiores pro-dutoras de celulose do Brasil e agora exporta a sua mer-cadoria pelo Porto de Santos e pelo Porto de São Francisco do Sul.•

Porto de São Francisco do Sul entra na rota da celulose

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Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

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Representantes dos sindicatos de mão de obra avulsa que operam em Itajaí estiveram reunidos com a Autoridade Portuária e com o deputado federal Dé-cio Lima, para solicitar o apoio político do parlamentar catarinense na liberação dos recursos para a conclusão das obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4. A obra foi iniciada em abril de 2014 e a previsão era para estar concluída em 18 meses. No entanto, com o contingenciamento dos recursos, feitos pelo governo federal, a entrega da obra está atrasada e os serviços seguem em ritmo lento.

“A liberação desses recursos será fundamental para que possamos concluir as obras dos dois berços públicos em curto espaço de tempo e, a partir daí, voltarmos a operar no Porto Público, abrindo a possi-bilidade da movimentação de carga geral”, informa o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior.

Para o presidente do Sindicato dos Estivadores de Itajaí, Saul Airoso da Silva, a conclusão das obras dos berços 3 e 4 é de extrema importância, porque cria a

Trabalhadores se mobilizam para conclusão das obras dos berços 3 e 4

possibilidade aumento da movimentação do Porto de Ita-jaí em até 50%. “Aumenta também o ganho do trabalhador portuário, que vem sentindo drasticamente o impacto da paralisação das obras nos dois berços, mas principalmente impulsiona a economia local e regional”, diz Silva.•

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Prestes a completar um ano desde que o Porto de Itajaí perdeu 50% da movimentação de contêineres, a APM Terminals encontrou uma estratégia de recuperação:

atacar o mercado de carga geral, movimentando mercado-rias que não utilizam contêiner. Na última semana de feverei-ro, empresa responsável pelas operações de carga no Porto de Itajaí movimentou pouco mais de 13 mil toneladas dessas cargas especiais. A alternativa traz um respiro para o termi-nal que sofre o baixo movimento.

O navio BBC Congo, originado do Porto de Antuérpia, na Bélgica, desembarcou 6,5 mil toneladas de estacas-pran-chas aos estaleiros localizados em Santa Catarina, enquanto o BBC Ohio embarcou 6,7 mil toneladas de bobinas de aço para a Argentina.

De acordo com o diretor comercial da APM Terminal no Brasil, Felipe Fioravanti, este tipo de operação não atrapalha as movimentações tradicionais de contêiner. Pelo contrário,

APM Terminals ataca mercado de carga geral

Enquanto não há programação de novos cargueiros de contêineres,

operador portuário de Itajaí movimenta cargas de grande volume

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Economia&Negócios • Março 2016 • 45

PortosdoBrasilé uma estratégia comercial encontrada para alavancar os serviços portuários, já que em julho do ano passado o Porto de Itajaí perdeu cerca de 50% das operações das chamadas linhas asiáticas para o porto privado de Nave-gantes, a Portonave.

Só em fevereiro, houve um aumento de 54% na movimentação de carga-geral em comparação com toda a carga-geral operada em 2015. Ao realizar esse serviço, a APM também aumenta o número de chamadas para os trabalhadores da União. Cada período de operação demanda cerca de 45 trabalhadores. As duas operações combinadas refletiram em uma renda bruta aproximada de R$ 640 mil para os trabalhadores portuários avulsos, de acordo com o Órgão Gestor de Mão de obra (OGMO).

“Este tipo de operação é uma boa oportunidade para janelas disponíveis de atracação. Além disso, está alinhada à nossa estratégia de continuar alavancando serviços, empresas e a economia de Itajaí”, afirma Fio-ravanti. São esperadas, pelo menos, mais três operações de carga geral em março. •

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A Portonave conquistou, pela terceira vez, o Prêmio Expressão de Ecologia, a maior premiação ambien-tal da região sul do Brasil. O terminal venceu na

categoria Recuperação de Áreas Degradadas com o “Nos-sa Praia”, projeto de recuperação e proteção da orla de Navegantes. Os 27 vencedores da 23ª edição do prêmio

foram conhecidos no dia 15 de fevereiro. A Portonave já venceu o Expressão de Ecologia ou-

tras duas vezes, na categoria Gestão Ambiental. Em 2009, com o projeto “Portonave: Compromisso com o Meio Am-biente” e em 2011 com o case “Compromisso com Desen-volvimento Sustentável”, ambos destacando o compro-

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Portonave é uma das vencedoras do 23º Prêmio Expressão de Ecologia

Cerimônia de entrega do troféu será em Florianópolis em agosto

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O engenheiro civil Thiago Andrade Godoi assumiu, no fim de fevereiro, a presidência do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Itajaí. Godoi foi

indicado pelo Governo Federal, em substituição a Leila Cristina Miateli Pires.

Graduado pela Universidade de Brasília, Godoi é servidor de carreira do Ministério do Planejamento, na função de analista de infraestrutura. Atualmente está lotado no Departamento de Outorgas Portuária da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). Também atua como presidente do CAP de São Francisco do Sul desde outubro de 2014. •

CAP de Itajaí tem novo presidente

misso da empresa com a sustentabilidade por meio de um sistema de gestão ambiental pró-prio. Com ele, desenvolve-se uma série de ações fundamentais para a preservação ambiental, como o tratamento de efluentes, o controle da poluição do ar, o monitoramento da água, a co-leta seletiva de lixo, o inventário de carbono, etc.

O case vencedor deste ano é o projeto “Nossa Praia”. O “Nossa Praia” é resultado de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) como medida de compensação pelo uso da área para ampliação do pátio de contêineres do terminal portuário. O projeto visa a recupera-ção da faixa de restinga da orla municipal, com o objetivo de restaurar e dar as condições necessá-rias para preservação ambiental e uso consciente e sustentável da praia. Serão 102 hectares – o equivalente a mais de 100 campos de futebol – compreendidos pela iniciativa, considerada uma das maiores obras de recuperação de orla de praia urbana do Brasil. As obras iniciaram em março de 2015 e têm duração de 36 meses.

“A Portonave acredita e trabalha com o desenvolvimento alinhado à sustentabilidade. Por isso, buscamos junto aos órgãos responsá-veis para que os recursos dessa compensação fossem direcionados para ações efetivas em Na-vegantes. Essa conquista mostra que para nós o respeito ao meio ambiente é um compromisso”, sustenta o diretor-superintendente administrati-vo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas.

A cerimônia de entrega do troféu Onda Verde será no Fórum de Gestão Sustentável 2016, que será realizado em agosto, em Floria-nópolis. Nesta edição participaram 129 projetos ambientais. •

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O Porto Itapoá, localizado no Norte de Santa Catari-na, registrou um aumento de 14,50% no volume de cargas em 2015, com um total de 548.463 TEUs

(medida padrão para contêineres) movimentados, contra 478.982 TEUs em 2014. As movimentações contabilizadas no Terminal incluem operações de longo curso (importa-ção e exportação), transbordo cabotagem, movimentação de contêineres vazios e remoções.

A evolução ocorreu tanto no segmento de longo

curso, onde houve um aumento de 18,6%, quanto no de cabotagem, onde o acréscimo foi de 38%. Apenas nas operações de transbordo houve pequeno recuo, de 7,3%, sem afetar, contudo, a performance geral positiva.

Para a Direção do Porto Itapoá, o bom desempenho, a despeito da crise pela qual passa o País, comprova que o Terminal, em pouco mais de quatro anos de operação, consolidou a sua vocação entre um dos mais importantes portos de cargas conteinerizadas do Brasil.

Porto Itapoá registrou aumento na movimentação de carga em 2015

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Desde o início do último trimestre de 2015, a Direção de Itapoá previa a possibilidade de ga-rantir uma performance positiva para o ano, visto que em outubro o terminal bateu o seu recorde mensal de movimentação de carga, com 56 mil TEUs movimentados no mês. O recorde anterior era de junho de 2013, com 51 mil TEUs.

Patrício Junior, Presidente do Porto Itapoá, afirma que “o Terminal tem se destacado não apenas nas crescentes movimenta-ções, mas tem conquistado seu espaço num ambiente de intensa competividade, o que é excelente para o desenvolvimento do País, que valoriza o empreendimento mais eficiente e de melhor perfor-mance". O resultado disso, afirma, "é a satisfação do cliente, uma das premissas do Porto Itapoá”.

Outros indicadores de performance em 2015 merecem des-taque. Em setembro, o terminal bateu o seu recorde de produtivi-dade, alcançando 145,7 MPH (movimentos por hora) e 37 movi-mentos por equipamento (portêiner). Como consequência, Itapoá passa a ser um dos terminais portuários mais eficientes do País, e está entre mais ágeis do Planeta, pelo critério de produtividade medida por MPH, à frente de portos reconhecidos como os melho-res do mundo, entre os quais Cingapura, Hong Kong, Roterdam, e Hamburgo.

Também no ano passado coube a Itapoá fazer o primeiro embarque de carne bovina brasileira para a China, após o acordo bilateral firmado entre os dois países. E, ainda no ano passado, foi instalada uma unidade do MAPA - Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento dentro do terminal, permitindo a redução em 50% no tempo de liberação de cargas.

Além disso, teve início em Itapoá o sistema que permite a pesagem das cargas no próprio levante do RTG (guindaste utiliza-do para movimentar os contêineres dentro do pátio do terminal), o que garante maior economia de tempo, segurança e eficiência às operações. Itapoá é o primeiro terminal da Região Sul do Brasil a contar com este sistema.

Localizado na Baía da Babitonga, litoral norte de Santa Ca-tarina, o Porto Itapoá começou a operar em junho de 2011 e hoje é o sexto maior terminal de contêineres do País, segundo a AN-TAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). A localização privilegiada do Terminal, próximo a grandes centros produtores, como Curitiba e Joinville, e servido por eficiente malha rodoviária, garante diferencial logístico ao Porto, que tem como acionistas a Aliança Navegação, a Logz Logística Brasil S/A e o Grupo Batiste-lla. •

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O diretor-superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, recebeu na última semana de fevereiro os representantes da Bolognesi Engenharia e da Shell Trading. O encontro ocorreu na

sede administrativa da SUPRG e é parte do cronograma de atividades de instalação dos projetos da Bolognesi em Rio Grande. A empresa é responsável pela implantação de uma usina termelétrica a gás e pela planta de regaseificação de GNL na cidade, com investimentos de R$ 3,3 bilhões.

“Dentro do cronograma de etapas a serem cumpridas, reuniões de alinhamento de informações são importantes para o bom andamento de um projeto de grande relevância para o município e para o Estado”, afirma o diretor-superintendente, Janir Branco.

O empreendimento, na região sul, vai gerar 1.238 MW a partir do gás natural, correspondendo a 30% da energia elétrica do Rio Grande do Sul. O projeto da usina termelétrica a gás de Rio Grande foi contemplado pelo último leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o segmento, o Leilão de Energia A-5, realizado em 2014. O projeto inclui ainda um píer de atracação, o terminal de regaseificação e um gasoduto de transferência.•

Porto do Rio Grande recebe representantes da Bolognesi e Shell Trading

GugaVW

Janir Branco, diretor-superintendente do Porto do Rio Grande

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