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4 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

PRESIDENTA DILMADE PASSAGEM POR ITAJAÍ, SÃO CHICO E FLORIPA

Retrospectiva2013: o ano damaioridade para a economia catarinense

ATÉ A PRÓXIMAAventura pelos Mares do Mundo chega ao fim com gostinho de quero mais

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MUITA PRESSÃO= ESTRESSEROTINA DE EXECUTIVOS E EMPRESÁRIOS PODE SER O PONTO DE PARTIDA PARA DOENÇAS MAIS GRAVES44

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FEIRA1º Salão Náutico Internacional é lançado em Itajaí64

Nicolle Lira

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 5

Editora BittencourtRua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Leonardo Thomé – DRT SC 04607 [email protected]

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

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Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 240,00

A Revista Portuária não seresponsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 166 DEZEMBRO 2013

EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

A última edição de 2013 tem de tudo um pouco. A começar por algo iné-dito neste ano: a visita da

presidente Dilma Rousseff a Santa Ca-tarina, incluindo uma passagem de quase duas horas por Itajaí. A Revista Portu-ária – Economia & Negócios acompa-nhou o discurso proferido pela manda-tária do país no auditório da Univali, e traz para você o que de mais importante aconteceu nas 10 horas que Dilma per-maneceu em solo catarinense – uma vi-sita que passou pela economia, transitou nos desastres naturais e, subliminarmen-te, estacionou na política, já de olho nas eleições de 2014.

Da presidente para as pesquisas. Não as de intenção de voto, mas aque-las que dizem respeito ao Litoral Norte: uma que trata do desenvolvimento aci-ma da média de Balneário Camboriú e Itajaí; outra que escancara a importância da construção civil na geração de empre-gos de Balneário e da vizinha Camboriú. Em comum, ambos os levantamentos trazem à tona informações que exempli-ficam claramente o bom momento vivi-do pela economia catarinense.

Como em todo fim de ano, não poderíamos deixar de fazer uma retros-pectiva com o que de mais importante aconteceu no mundo dos negócios neste ano de 2013 que vai fechando a cortina. Uma reportagem também traz a

importância de se fazer um planejamen-to adequado para o ano que se avizinha, tanto na vida pessoal como na profissio-nal, tudo para identificar eventos futuros e trazê-los para o presente, de modo que se possa fazer algo para torná-los realidade. Parece difícil, mas não é.

No mundo dos negócios, a roti-na de executivos e empresários é cada dia mais estafante. A pressão enfrentada diariamente por quem trabalha na linha de frente de grandes companhias é um dos principais fatores para o estresse na vida de executivos e empresários. E essa rotina conturbada pode ser o fio desencadeador de doenças mais graves que em casos extremos podem levar a morte. Numa reportagem especial, você vai saber o quanto essa pressão pode ser danosa, quais os sintomas podem ser observados por quem convive com a pessoa, as causas de doenças relaciona-das ao cérebro e muito mais.

Não será possível neste editorial listar tudo que está presente nestas pági-nas. De mais a mais, fizemos um balanço do que foi a Aventura Pelos Mares do Mundo, que movimentou e coloriu Itajaí durante 16 dias do mês de novembro. A festa, que foi uma mistura de evento es-portivo, gastronômico, musical e de en-tretenimento, deu mostras do potencial adormecido que Itajaí começa a resgatar de forma brilhante.

Boa leitura!

Estresse: o inimigo oculto de todos nós

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A presidente Dilma Rousseff (PT) ainda não visitara Santa Catarina em 2013. O ano foi corrido para a primeira mu-

lher a ocupar o Palácio do Planalto. Mas no apagar das luzes de novembro, no dia 27, ela passou quase 10 horas em território barriga-verde. Esteve, pela or-

dem, em São Francisco do Sul, Itajaí e Florianópolis. Na pauta presidencial, um contrato de R$ 2 bilhões entre Banco do Brasil e Santa Catarina, a regulamen-tação das universidades comunitárias, a assinatura de duas ordens de serviço para obras que visam minimizar as cheias no Alto Vale, a inauguração de um berço

DE PASSAGEM POR ITAJAÍ, SÃO CHICO E FLORIPA

PRESIDENTE DILMA FECHA CONTRATO DE R$ 2 BILHÕES ENTRE BANCO DO BRASIL E SC, REGULAMENTA AS UNIVERSIDADES COMUNITÁRIAS

E ASSINA DUAS ORDENS DE SERVIÇO PARA EXECUÇÃO DE OBRAS DE CONTENÇÃO DE CHEIAS NO ESTADO, NO MONTANTE DE R$ 60 MILHÕES

Dilma foi na mesma linha do reitor da Univali, Mario César dos Santos, que afirmou que o Brasil

precisa formar craques na educação, ciência

e inovação

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Nelson Robledo

O auditório da Univali esteve lotado na tarde de terça-feira,

dia 27

de atracação no Porto de São Francisco e o anúncio de investimentos de R$ 34 milhões no Porto de Imbituba.

A Revista Portuária – Economia & Negócios acompanhou a passagem de Dilma por Itajaí. Bastante feliz por es-tar na cidade, a petista a todo momen-to externava esse sentimento, seja nos agradecimentos aos acadêmicos e pro-fessores presentes, na gratificação por assinar a ordem de serviço que ampliará as barragens de Taió e Ituporanga, o que deve respingar positivamente em Itajaí, onde deságua boa parte das chuvas acu-muladas no Alto Vale, ou na alegria por ter enfim regulamentado as universida-des comunitárias. Em Itajaí, a felicidade de Dilma contrastou com o choro do prefeito Jandir Bellini (PP), que ao recor-dar e falar da enchente de 2008, não se-gurou a emoção e desabou em lágrimas, recebendo o carinho da presidente ao final do discurso.

Na Univali, para onde seguiu toda a comitiva presidencial depois do

desembarque na pista de atletismo ao lado da Câmara de Vereadores, desde as primeiras horas da manhã percebeu-se que aquele seria um dia atípico. Por volta das 14h, debaixo de sol forte, do lado de fora do auditório uma gigantesca fila mais parecia um caracol serpentean-do os corredores e o pátio da instituição de ensino. Muitos conseguiram entrar. Segundo a assessoria de comunicação da Univali, havia 1.250 pessoas dentro do auditório.

A presidente chegou acompa-nhada de seus asseclas exatamente às 15h13, por coincidência o 13 é seu número na urna eletrônica. Depois da fala de Bellini, do reitor da Univali Má-rio César dos Santos e do governador catarinense, Raimundo Colombo (PSD), Dilma começou seu pronunciamento às 16h01. Falou por cerca de 30 minutos, deixando Itajaí um pouco antes das 17h. Leia a seguir o que aconteceu de mais importante em cada uma das cidades pela qual passou uma das mulheres mais

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James Tavares

Um pouco antes da presidente Dilma falar, o prefeito Jandir Bellini, o último da fileira,

chorou ao lembrar da enchente

de 2008

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DE PASSAGEM

do Brasil é realizada pelo Porto de São Francisco, que geralmente acontece em menos de 24 horas. O nosso Porto é o segundo maior em carga geral e o sétimo em movimento, no ranking do Brasil”, destacou o governador.

ItajaíEm Itajaí, Dilma assinou duas

ordens de serviço para execução de obras de contenção de cheias no es-tado. Serão destinados R$ 60 milhões para a sobre-elevação do vertedouro e contenção das barragens oeste e sul, localizadas em Taió e Ituporanga. A pre-visão é aumentar em 19% a capacidade de retenção da água.

A presidente qualificou as obras anunciadas como “linha de combate estratégica” e disse que a parceria com o governador em relação às medidas começou em dezembro de 2011. “De fato liguei para o governador Colombo e data daí uma grande parceria com ele”, disse.

“Também acho muito importante o que fizemos juntos, que é o sistema de prevenção. Criamos um sistema que permite saber quando vai chover. Nós conseguimos em torno de dez dias ter uma previsão. Sinal vermelho: a chuva vai ser feia. Isso permite o trabalho de prevenir para não ter que chorar de-pois.”

Ela também comentou as tra-gédias ocorridas no Estado. “Sei o ta-manho desses desastres causados por quantidades excessivas de chuva como sei também a tragédia causada pela seca no Nordeste, talvez a pior dos últimos cem anos”, disse.

Além disso, ela regulamentou a criação das universidades comunitárias, no que está inserida a Univali. Com o reconhecimento das instituições como comunitárias, o governo federal permi-te, entre outras medidas, a participação destas na destinação de recursos orça-mentários e em editais reservados para

poderosas do mundo.

São ChicoNa terceira cidade mais antiga

do Brasil, a presidente Dilma Rousseff, na presença do governador Raimundo Colombo, inaugurou o novo ponto de atracação das embarcações no cais do Porto de São Francisco, o berço 201. Com investimentos de R$ 30 milhões do governo federal, por meio do Pro-grama de Aceleração do Crescimento (PAC), e R$ 5 milhões de recursos pró-prios do porto, o berço passou de 150 para 280 metros de extensão. Também houve a entrega de 59 máquinas moto-niveladores e dez caminhões caçamba para 69 municípios catarinenses.

O novo berço vai permitir a operação de navios maiores com ca-pacidade para operar com Guindastes Portuário Móvel sobre Pneus (MHC),

em inglês - Mobile Habour Crane. Com o novo espaço, o aumento do movimento no Porto será de 30%. “O Brasil tem grandes desafios e um deles é a logística, a competitividade e a efici-ência. Conseguimos aumentar a nossa produção e o mercado internacional, extraordinariamente, cresceu e com isso, precisamos de obras como estas para escoar a nossa produção”, expli-cou Colombo.

A obra, feita pelo 10º Batalhão de Engenharia de Construção de La-ges, torna São Francisco um porto de múltiplo uso, mais especificamente em granéis agrícolas, e permitirá o melhor ordenamento dos diversos tipos de cargas embarcadas e desembarcadas. A capacidade atual, de 12 milhões de toneladas/ano, será ampliada em 2 milhões de toneladas/ano. “Aproxima-damente 12% da exportação de grãos

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Presidente Dilma Rousseff e Governador Raimundo Colombo, inauguram o novo ponto de atracação das embarcações no cais do porto de São

Francisco do Sul, o berço 201

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Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

instituições públicas, diferenciando-as de instituições privadas com fins lucra-tivos. Em Santa Catarina existem, hoje, 14 instituições de ensino superior co-munitárias, como a Univali, que aten-dem cerca de 150 mil alunos em 53 municípios.

FloripaDilma Rousseff partiu, depois de

deixar Itajaí, para Florianópolis, onde assinou um contrato de financiamen-to com o Banco do Brasil, no valor de R$ 2 bilhões para as ações do Pacto por Santa Catarina, e o contrato de R$ 34 milhões para a execução de dragagem do Porto de Imbituba, no Sul do Estado.

“Não temos obras individuais, tem que ter esse aspecto federativo e

DE PASSAGEM

colaborativo para aumentar o emprego e a renda, e tornar a nossa economia ainda mais pujante. A melhoria nos portos, por exemplo, é muito impor-tante para o nosso país dar um salto no sentido de construir uma infraestrutura moderna, capaz de nos colocar onde nós merecemos, como lideranças eco-nômicas e políticas no mundo”, falou Dilma.

O financiamento do Banco do Brasil ajudará na melhoria na malha ro-doviária, aumento da competitividade dos portos, construção de novas unida-des no sistema penitenciário, da segu-rança pública, construção de barragens para contenção de cheias, ampliação de unidades hospitalares e investimentos na área de turismo de eventos.

No Porto de Imbituba, serão in-vestidos R$ 34 milhões pelo governo federal e R$ 3 milhões pelo governo do Estado. A dragagem vai garantir o aprofundamento do canal de acesso (dos atuais 15 metros para 17 metros), da bacia de evolução (de 13 para 15,5 metros) e dos berços (de 12,5 para 15 metros). O prazo para execução da obra é de seis meses. Com a draga-gem, o Porto poderá receber navios de até 360 metros de comprimento, em-barcar e desembarcar mais cargas para comercialização. Atualmente, recebe 35 navios por mês, o que representa 70 operações de entrada e saída no local. •

Neiva D

altrozo/SECO

M

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Com a chegada do verão e das festas de fim de ano, uma das especialidades da mesa catarinense ganha

ainda mais valor: os frutos do mar, de todo o tipo e espécie. Muitos gostam de um peixinho frito, talvez um camarão soltinho, ou quem sabe uma casquinha de siri ou ainda uma lula à dorê. Sim, sabemos o quanto essa culinária do mar é deliciosa. Entretanto, as ostras e ma-riscos também têm o seu valor.

Afinal, atire a primeira pedra quem não se delícia com um marisco à vinagrete e ostras naturais ou gratina-das, não importa, o que realmente faz a diferença é apreciar essas iguarias de-fronte ao litoral mais estiloso do Brasil: o catarinense. Sorte da Revista Portuária

– Economia & Negócios e, principal-mente, de você leitor que também é um amante do produto capturado pelos aquicultores barriga-verde. De Brasília, veio a boa nova, especialmente para as cidades citadas abaixo.

O Ministério da Pesca e Aquicul-tura (MPA) vai ceder 39 áreas sob do-mínio da União para aquicultores fami-liares de Santa Catarina. As áreas aquí-colas foram ofertadas no último mês de outubro (editais 34 e 35) e o resultado das concorrências públicas está disponí-vel no site do MPA, no link “Concor-rência 2013”, para você da região dar uma olhada.

As áreas estão localizadas nos par-ques aquícolas de Biguaçu, Bombinhas, Penha 1, Porto Belo 2, Palhoça 1 e São

BOA NOTÍCIA PARA OS HOMENS DO MAR

MAIS 39 ÁREAS AQUÍCOLAS SÃO CEDIDAS A AQUICULTORES FAMILIARES DE SANTA CATARINA

Florianópolis, Porto Belo, Biguaçu, Palhoça e Penha são algumas das cidades referências quando o assunto é Ostra e Marisco

A aquicultura é tão antiga como o próprio estado de Santa Catarina

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Francisco do Sul 8. Ou seja, no entorno de Floripa e do Litoral Norte. Juntas, elas somam cerca de 90 hectares, onde serão produzidas mais de cinco mil toneladas anuais de pescado (marisco e ostra do mangue e do pacífico) e criados cerca de 180 empregos diretos e indiretos.

“Estas áreas aquícolas são definidas como ‘não-one-rosas’; ou seja, direcionadas a produtores familiares ou de baixa renda, reforçando o enfoque de inclusão social e produtiva do programa de desenvolvimento da aquicul-tura em águas da União”, explica a secretária nacional de

Planejamento e Ordenamento da Aquicultura, Maria Fernanda Nince.

Os vencedores das concorrências públicas vão receber o certificado de Cessão de Área da União e, a partir daí, têm prazo de seis meses para iniciar o projeto de aquicultura. A cessão de uso das áreas aquícolas vi-gora por 20 anos, prazo que pode ser prorrogado por igual período.

Apoio técnico-financeiro Para apoiar financeiramente os aquicultores de

todo o país, o Plano Safra da Aquicultura destina R$ 4,1 bilhões em crédito e outros investimentos para o setor. Com estes recursos, a expectativa do Ministério da Pes-ca e Aquicultura é que a produção nacional de pescado atinja dois milhões de toneladas até o próximo ano.

Os recursos do Plano Safra são acessados por meio da apresentação de projetos junto a bancos públi-cos, que oferecem juros abaixo da inflação e das taxas praticadas pelo mercado, com três anos de carência e dez anos para a quitação do empréstimo.

Além do investimento financeiro, o Plano Safra da Pesca e Aquicultura oferece apoio complementar aos aquicultores, como assistência técnica, moderni-zação das atividades de comercialização do pescado e desenvolvimento da pesquisa e da inovação, além da compra do pescado por meio do Programa de Aquisi-ção de Alimentos (PAA). O MPA também desenvolve parcerias - com entidades de renome, como o Sebrae e o Senar - para oferecer capacitação a aquicultores de todo o país. •

O Marisco que você apreciará também pode ser usado numa deliciosa Paella, na qual o Marisco

costuma ser uma das estrelas da constelação

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As cidades de porte médio, como é o caso de Itajaí e Balneário Camboriú, são as responsáveis por uma parcela de renda e investimentos cada vez maior e mais importante para a economia brasileira. E não

é fácil para municípios de porte diminuto, se destacar quando o assunto é progresso e desenvolvimento de seus habitan-tes. No entanto, como vem mostrando há alguns anos, Itajaí e Balneário encontraram a fórmula para melhorar todos os tipos de índices de classificação para rankings que observem o bem estar, o trabalho e a qualidade de vida tão inerentes aos dias de hoje. Em Itajaí, o porto. Em Balneário, o turismo. Com esses ingredientes, a mistura criou um fenômeno que fez da mancha urbana das duas cidades – onde se encontram outras 10 – símbolos de crescimento a nível nacional.

Prova disso é que revistas e jornais de todo o país não cansam de publicar reportagens a respeito de uma das regi-ões que mais cresce e se desenvolve no Brasil. Como já era de supor, a economia e a oferta de emprego em dezenas de cidades interioranas do Brasil evolui acima da média na-cional. Na verdade foram analisadas 48 cidades espalhadas pelo território tupiniquim. Santa Catarina está representado nesse grupo por cinco municípios: Itajaí, Balneário Camboriú, Palhoça, São José e Joinville. O Estado é, inclusive, o que mais reúne cidades médias na região Sul, com as vizinhas Itajaí e Balneário sendo as mais cobiçadas para quem quer curtir e ganhar dinheiro.

Em um intervalo de seis anos, de 2004 a 2010, essas 48 cidades tiveram um crescimento econômico médio, me-dido pelo PIB, de 153%. No mesmo período, o PIB brasilei-ro cresceu 94%. Já o emprego formal subiu 39% em todo o país, mas no grupo das médias, o incremento foi de 70%. De acordo com matéria da edição de novembro de 2013 da revista Você S/A, da Editora Abril, esses municípios são os principais expoentes de um conjunto de 133 cidades que, juntas, detêm 64% do poder de consumo do país.

As cidades que compõem o grupo concentram 7% da população, 8,8% da riqueza gerada pelo país e 7,7% do total

PESQUISA DE NÍVEL NACIONAL

ITAJAÍ E BALNEÁRIO CAMBORIÚ SÃO ALGUMAS

DAS CIDADES CATARINENSES QUE SE DESENVOLVEM

ACIMA DA MÉDIA

É no estreito canal ao fundo, do Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu, que adentram os navios cargueiros dos terminais portuários

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de pessoas com carteira assinada. As informações fazem par-te de um levantamento divulgado no mês de setembro pelo Ibope Inteligência, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há atualmente no Brasil 5.570 municípios.

A região do país que mais concentra esses municípios é a Nordeste, com 18 cidades. Na sequência aparece o Norte e São Paulo, com oito cada. O Sul vem logo depois com sete cidades no grupo. Em seguida, a região sudeste que é sepa-rada em Minas Gerais/Espírito Santo e Rio de Janeiro, como cinco cada. Por último fica a região Centro-Oeste, que conta com três municípios na lista.

Na região Sul, além dos cinco municípios catarinenses, São José dos Pinhais e Pinhais, ambos no Paraná, fecham a lista. Apesar de contar com a maior concentração de municí-pios da região (497), o Rio Grande do Sul não tem nenhum município na lista das cidades médias. Em Santa Catarina, é como se, a cada 59 cidades, uma estivesse na lista. No Pa-raná esse número fica em uma média de 199 cidades para um município do interior em expansão. Santa Catarina pos-sui 295 municípios e o Paraná, 399. O Rio Grande do Sul alcançou, em 2010, um PIB de mais de R$ 252 bilhões. No mesmo período, o Paraná registrou um PIB de cerca de R$ 217 bilhões e Santa Catarina de aproximadamente R$ 152 bilhões. Mesmo diante dos números, Santa Catarina se des-taca na lista das cidades médias no Sul.

De acordo com a pesquisa do IBGE, vários fatores podem contribuir para o avanço no desenvolvimento dessas cidades. Há, contudo, alguns motivos comuns em todas as regiões, entre eles a fuga das empresas para locais com mais benefícios fiscais e ainda a busca por mercados emergentes. Segundo a publicação da Você S/A, do lado das pessoas, exis-te a migração de profissionais das metrópoles para regiões menores em busca de melhores opções na carreira e tam-bém por melhor qualidade de vida.

Em Santa Catarina, cada um dos municípios que inte-gram a lista contam com uma característica específica. Confi-ra o melhor de cada uma das cidades barriga-verde alocadas no ranking da Você S/A.

Itajaí - Em Itajaí, a força econômica vem do cres-cimento das atividades do Porto. Em 2010, o Complexo Portuário do Itajaí-Açu movimentou 954000 TEUs (unidade

internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), ficando atrás apenas do Porto de Santos. Além disso, a cidade ainda abriga empresas de grande porte, como é o caso da BR Foo-ds, que escolheu a região justamente pela proximidade com o porto, que facilita a exportação e importação.

Joinville - No caso de Joinville, a movimentação da economia se dá com o setor industrial. A cidade é considera-da a mais industrializada do Estado e a que mais gera riquezas e retorno de ICMS, segundo dados divulgados em 2012 pela Secretaria da Fazenda. Na região há fábricas como Grupo Tigre, Fundição Tupy, Döhler e Whirlpool, que, no ano pas-sado, aumentaram 10% sua capacidade produtiva, gerando 850 empregos diretos.

Palhoça e São José - As regiões de Palhoça e São José passam por um ciclo de expansão, atraindo profissionais do turismo, marketing e, acima de tudo, empreendedores. De 2005 a 2012, Palhoça, por exemplo, recebeu 7 mil novo empreendimentos, segundo dados da prefeitura do municí-pio.

Balneário Camboriú - O destaque de Balneário Camboriú fica por conta do turismo. Com a expansão do consumo, o município vira alvo de empreendedores que visam investir em uma região que está em constante expan-são.

Entre as carreiras em alta no Estado, destaque para a Engenharia, Logística, Finanças, Turismo, Marketing e Co-mércio. •

Rona

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É pela água que chegam e saem as riquezas que movimentam a economia de

Itajaí e de Santa Catarina

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O mês de dezembro chegou e com ele as festas de fim de ano, os amigos secretos, as férias escolares, o calor

escaldante e as praias cheias aos borbo-tões, com as mulheres mais lindas dentro dos biquínis mais curtos. Mas os últimos 31 dias do ano também são pródigos em trazer as já famosas retrospectivas de tudo o que aconteceu nos 365 dias de 2013. Seja no esporte, na televisão, na música, na economia. Esta última é a que nos interessa. Mais especificamente, sa-ber a quantas andou a economia de Santa Catarina neste ano que se vai.

Em linhas gerais, pode-se dizer que economicamente falando o estado barriga-verde teve um ano positivo, onde a indústria automobilística deu os primei-ros passos, a portuária navega em mares

límpidos e promissores, a construção civil cresce encostada nos limites estelares, o turismo observa de camarote os números cada vez maiores de visitantes ao litoral mais belo do país. Mas não é só isso. Tem mais. Como deixa transparecer o secre-tário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Paulinho Bornhausen.

“Vivemos um momento histórico. Em poucos momentos da história do nosso estado tivemos algo semelhante. Na linha da história de Santa Catarina, a vinda da BMW só é comparável ao nasci-mento da indústria têxtil, no Vale do Itajaí, e da agroindústria, no Oeste. É a Nova Economia catarinense nascendo com a joia da coroa, de um setor importantíssi-mo para a economia mundial e que, com certeza absoluta, é um farol para outros investimentos que vão ser feitos aqui, de

Retrospectiva2013: o ano da maioridade

para a economia catarinense

2013 foi excelente para a Portonave, que responde por 46% da movimentação de cargas em contêineres de Santa Catarina e ocupa o

18º lugar entra as 100 maiores empresas do estado

Divulgação Portonave

A indústria da construção naval tem Itajaí e Navegantes como as principais representantes desse segmento que

ajuda na exploração de petróleo

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Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

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outros setores estratégicos que o Estado já definiu como importantes, como área de energia, óleo, gás e fontes alternativas, por exemplo”, lista Paulinho.

E neste ano, a Revista Portuária – Economia & Negócios tratou um pouco de cada um dos temas des-tacados por Paulinho. A indústria do petróleo, dos barcos de apoio a exploração offshore, a instalação da fábrica da BMW em Araquari, a movimentação e os investimentos nos cinco portos catarinenses, o turismo, as regatas, o agronegócio, a indústria, tudo isso e muito mais esteve representado nestas páginas no decorrer do ano.

Contudo, o que fica deste ano são afirmações como a do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte: “Quem sabe

podemos assumir o compromisso de fazer do Estado a Finlândia brasileira, a partir do trabalho desenvolvido na educação em 2013”, declarou, propondo a meta para as entidades da Fiesc, governos estadual e municipais e a sociedade.

Côrte afirma que a qualidade da educação é a chave para a produtividade. “A incorporação de novas tecnologias no processo produtivo requer trabalhadores capazes de aprender e desenvolver novas técnicas. Sem educação não há inovação. O Brasil tem ampliado seus investimentos em educação e praticamente concluiu o processo da universalização da educação fundamental”, enfatizou. No entanto, observou que é necessário avan-çar na qualidade e no ensino profissionalizante.

A oficialização de que a BMW iria se instalar em Santa Catarina. A frase no painel é sintomática do que aguarda

o Estado nos próximos anos

A Volvo Ocean Race dará as caras por Itajaí novamente

em 2015

Às portas do verão, é impossível

resgatar o que aconteceu no

ano que passou sem dar uma espiada num dos recantos

mais badalados de Balneário

Camboriú, a praia do

Estaleiro

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O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, destaca que produtores e empresários catarinenses viveram um ano bastante positivo, calcado basica-mente no fato de que nenhum pro-duto barriga verde enfrentou crise de preço ou de mercado. Sobre o agro-negócio, Pedrozo acredita que além da qualificação dos trabalhadores, a es-trutura minifundista das propriedades, determinada pela topografia ondulada das regiões produtoras, é fator decisivo para o sucesso dos negócios do campo catarinense. “A predominância do mini-fúndio levou a uma ocupação intensiva das regiões agrícolas e estimulou a for-mação das grandes cadeias produtivas

Retrospectiva

como a da suinocultura, da aviculturta e da pecuária lei-teira”, avalia.

Por falar em suinocul-tura, 2013 significou a aber-tura do mercado japonês para a carne suína catarinen-se. O Japão, antigo sonho de consumo dos produto-res de carne de porco em Santa Catarina, é a terra de um povo esbelto, que tem como tradição o apreço por arroz e peixe cru, entre ou-tras delícias. De tão gostosa, nutritiva e saudável, a culi-nária japonesa é sucesso no mundo inteiro.

Mesmo assim, e talvez por ter a décima economia do planeta, os nipônicos são o maior importador de carne suína do planeta, comprando o equivalente a 1,2 milhão de toneladas por ano (em equi-valente a carcaça), com o diferencial de que pagam melhor

do que os outros países porque compram cortes específicos e de valor agregado (sem osso) e fazem contratos de longo pra-zo, o que garante estabilidade para a suinocultura que nego-ciar com eles.

E, depois de longos sete anos de negociações, enfim, foi oficializada no fim de junho a parceria entre Santa Cata-rina e Japão para exportação de carne suína barriga-verde para o oriente. O governador Raimundo Colombo destacou a força do agronegócio catari-nense, lembrando que mesmo com apenas 1,1% do território nacional, o Estado é o maior

O secretário de Estado Paulo Bornhausen é um dos maiores

incentivadores dos investimentos catarinenses em tecnologia e inovação

Pedrozo acredita que além da qualificação dos trabalhadores, a

estrutura minifundista das propriedades é fator decisivo para o sucesso dos

negócios do campo catarinense.

produtor de carne suína do Brasil, o segundo maior produtor de carne de frango e o quarto maior produtor de leite.

“Santa Catarina tem uma tra-dição muito forte no agronegócio, com os pequenos produtores rurais mantendo uma relação especial com as nossas indústrias pelo sistema de produção integrada. E esse trabalho é aprimorado por um serviço público de controle muito preciso e diferenciado e que continuará tendo nossa atenção e dedicação”, afirmou o governador. Colombo ressaltou, ainda, a participa-ção da comunidade japonesa em Santa Catarina no início do plantio de maçã no Estado, que hoje lidera a produção da fruta no país.

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20 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

Retrospectiva

BMWEm abril deste ano, o BMW Group oficializou a vinda da montadora ao estado.

A fábrica será instalada na cidade de Araquari, Norte catarinense. De acordo com a companhia alemã, serão mais 1150 empregos diretos para trabalhar na montagem dos 45 a 85 mil veículos que serão produzidos anualmente. A previsão é de que os primeiros carros de luxo da marca germânica já estejam rodando por aí em 2015.

Indústria navalA indústria naval catarinense é a terceira do país em número de trabalhadores – quase 5.000 - e

estabelecimentos – 56 - e a previsão é de que esse número aumente no curto prazo com os novos investimentos que estão sendo realizados. É um segmento industrial em crescimento, sendo que em

Itajaí e Navegantes se concentra o maior número de empresas construtoras de embarcações.

RegatasDepois da Volvo OceanRace, que aportou em Itajaí em abril de 2012, a

cidade deu continuidade ao projeto de se tornar referência náutica internacional. No mês de novembro, a regata Transat Jacques Vabre movimentou e coloriu todo o entorno do Saco da Fazenda e do Centreventos, onde aconteceu o evento Aventura Pelos Mares do Mundo, uma mistura de festival gastronômico, de música, feira de negócios, entretenimento e esporte.

PortosA cadeia portuária catarinense é destaque no Brasil, com cinco portos considerados

de excelência operacional. Itajaí, Navegantes, Itapoá, São Francisco do Sul e Imbituba representam o Estado no concorrido e disputado mercado de navegação e logística. Todos os terminais tiveram um ano de investimentos pesados e aumento na movimentação de cargas,

especialmente os portos exclusivamente conteineiros, casos de Itajaí, Navegantes e Itapoá.

TurismoUm lugar que possui um Litoral como o de Santa Catarina só poderia ser referência

quando o assunto é a economia baseada no turismo. E mais uma vez, segundo números do Ministério do Turismo, Santa Catarina está entre os cinco estados que mais receberam visitantes em 2013. Entre os que maiores apreciadores das belezas e da receptividade do povo catarinense, estão os gaúchos, paranaenses, paulistas, a turma do Centro-Oeste e os indefectíveis argentinos.

Construção civilOutro segmento que está na crista da onda em Santa Catarina é a construção civil.

Não apenas em Balneário Camboriú - a cidade mais vertical – e Florianópolis – a Capital -, mas também em Itajaí e Itapema, por exemplo. Estas duas últimas cidades obtiveram um

incremento nos terrenos construídos e nas vendas de apartamentos em 2013. Em Itajaí, esse aumento se deu muito em função da prosperidade econômica do município, que experimenta

ótimos dividendos vindos do porto e de toda sua cadeia subsequente. Já Itapema é a menina dos olhos de ricos e famosos que estão adquirindo luxuosos empreendimentos na cidade,

exemplos dos jogadores de futebol Neymar e Diego Tardelli, e do músico Alexandre Pires.

Aureo Berger

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22 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

A Revista Portuária – Economia & Negócios fa-lou dos shoppings da região no distante mês de junho. Pouco mais de 150 dias depois, o Grupo Almeida Júnior inaugurou, no dia 26

de novembro, a primeira fase da expansão do Balneá-rio Shopping, um dos empreendimentos de maior su-cesso no mercado de shoppings centers do Brasil, com o estacionamento Inteligente totalmente renovado no subsolo do shopping.

Com sistema de monitoramento e sinalização das vagas, o estacionamento Inteligente do Balneário Shopping será um dos mais moderno do Sul do país. A área interna tem tecnologia para encontrar a vaga em que o carro está estacionado, com um conjunto de câmeras que monitoram o veículo através da placa, no caminho traçado dentro do estacionamento.

A inauguração da primeira fase da expansão do empreendimento marcou também a inversão do trân-sito na Avenida das Flores e Avenida Santa Catarina,

duas das principais vias de entrada e saída de Balneário Camboriú. O fluxo de veículos da Avenida das Flores passa a trafegar exclusivamente na direção da BR-101, enquanto a Santa Catarina recebe o fluxo que segue em direção ao Centro da cidade.

Tecnologias inéditas no estacionamentoDe acordo com o diretor de portfólio do Gru-

po Almeida Júnior, Laércio Gomes, o sistema para en-contrar a vaga permitirá localizar a posição aproximada do veículo no momento de pagar o estacionamento no guichê. Já o sistema de monitoramento de vagas é dotado de sensores ultrassônicos que detectam a presença do veículo na vaga. A partir de um LED, a informação é passada ao cliente.

A luz vermelha indica vaga ocupada e a luz ver-de, vaga livre. No caso das vagas especiais, os espa-ços livres são representados por azul, laranja e lilás

MAIOREMELHORGRUPO ALMEIDA JÚNIOR INAUGURA PRIMEIRA

FASE DA EXPANSÃO DO BALNEÁRIO SHOPPING

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 23

no caso de pessoas com necessidades especiais, idosos e gestantes/família com carrinho de bebê, respectivamente. “O motorista consegue visualizar de longe as vagas livres, o que evita dar voltas desnecessárias em busca de onde estacionar”, diz.

Uma tendência em grandes centros, novidade no Estado, é a implantação de caminhos de pedestres no es-tacionamento, que seguem a cor da setorização utilizada nos pilares e nas placas aéreas de comunicação visual e proporcionam maior segurança e conforto no trajeto entre vaga e acesso ao shopping.

O novo estacionamento também passa a ter um acesso exclusivo para motos e bicicletas pela Avenida das Flores, assim como vagas específicas na área interna. No estacionamento externo, também há mudanças. Um to-tem nas cancelas de entrada indica o número de vagas dis-poníveis nos estacionamentos externo e interno.

Expansão com SustentabilidadeAté o último trimestre de 2014, prazo previsto para

a conclusão da ampliação, o shopping vai dobrar de ta-manho, passando a ser o segundo maior do Estado, com 43,3 mil m2 de Área Bruta Locável (ABL), atrás somente do Continente Park, na Grande Florianópolis.•

Parte da expansão está recebendo placas assen-tadas em fachada ventilada fabricadas na Alemanha, que utiliza material reciclável, reduzindo o consumo de ma-térias-primas e reaproveitando o que seria normalmente descartado no meio ambiente. A tecnologia é sustentável: estudos comprovam que cada 1.000 m2 desta fachada corresponde ao efeito despoluidor de 70 árvores de mé-

dio porte.O projeto da expansão prevê um novo Balneário

Shopping com fachada minimalista, o que pode ser facil-mente identificado pela construção limpa e sem excessos, pelo uso de cores neutras e materiais industriais moder-nos. As lojas da expansão terão vitrine de 6,5 metros de altura, conceito inédito nos shoppings centers brasileiros.

O investimento nas duas fases da expansão do Balneário Shopping é de R$ 150 milhões

O novo estacionamento também passa a ter um acesso exclusivo para motos e

bicicletas pela Avenida das Flores, assim como vagas específicas na área interna

Elizângela, Laércio Gomes (diretor de portfólio do Grupo Almeida Júnior) e Monique

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24 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

Com a chegada de dezembro, tão certo quanto o calor e as praias, são gigantescos e te-diosos congestionamentos, es-

pecialmente nas rodovias do Litoral. Para tentar minimizar os já conhecidos para e anda, para e anda, o governador Raimun-do Colombo, junto com sua equipe, trata de ações integradas que buscam amenizar as filas nas rodovias estaduais e federais de Santa Catarina durante a temporada de verão. Entre as ações avaliadas, estão a re-comendação para que caminhões evitem a BR-101 nas tardes de sextas e domingos, dias mais críticos para o trânsito, e a divul-gação oficial de rotas alternativas (como a BR-116).

A recomendação para que os cami-nhões deixem de transitar na BR-101, no entanto, é de difícil resolução, uma vez que se as carretas não puderem transitar por

ali às sextas-feiras, aos sábados e domin-gos, o Complexo Portuário do Itajaí, São Francisco e Itapoá correm o risco de per-der movimentação e dinheiro. Não apenas eles, mas toda a cadeia subsequente. Pior ainda saber que a expectativa é pelo au-mento no número de turistas a circular por Santa Catarina neste final de 2013 e início de 2014.

“Nossa previsão é de um aumento significativo do número de turistas nessa temporada em relação à anterior. Por isso, estamos integrando todos os órgãos es-taduais e federais e conversando também com os municípios para que possamos melhorar o máximo possível a questão do trânsito na temporada, oferecendo alterna-tivas com segurança e de forma coorde-nada”, afirmou o governador Raimundo Colombo.

O secretário de Estado de Turismo,

DILEMA DA ESTAÇÃO

MELHORAR O TRÁFEGO NO VERÃO

É O DESAFIO DO GOVERNO

DE SANTA CATARINA

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DILEMA DA

ESTAÇÃO

Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 25

Cultura e Esporte, Valdir Walendowsky, destacou que a ex-pectativa do mercado é de que Santa Catarina receba um número 30% maior de visitantes do Mercosul, principalmen-te argentinos, durante a próxima temporada. “O mercado se ajustou e o Brasil é o destino preferencial. E Santa Catarina de destaca pela proximidade, garantindo custo menor”, acres-centou, lembrando que o mercado interno de turismo, com a vinda de visitantes de outros Estados brasileiros, também está aquecido.

O secretário Cobalchini ressaltou a importância da in-tegração de todos os órgãos envolvidos: “Nesse momento, não são rodovias federais ou estaduais, mas rodovias de Santa Catarina. Vamos continuar nos reunindo até o lançamento da temporada, trabalhando ações integradas para organização e orientação nas estradas, visando reduzir o tempo nas filas. Não faz sentido trabalharmos de forma isolada”. O secretário lembrou, ainda, que serão realizadas reuniões com órgãos e

empresas responsáveis pelo transporte coletivo, de regiões como a Grande Florianópolis, para estimular o uso dos ôni-bus durante a temporada.

Participam das conversações representantes dos órgãos que fazem parte do Fórum Estadual das Rodovias: Secretaria de Estado da Infraestrutura, Santur, Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (DNIT), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar Rodoviária (PMRv), Polícia Militar (PM), Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc) e Autopista Litoral Sul.

“Trazer o Fórum para debater essas questões demons-tra o interesse do Governo do Estado em buscar soluções. A divulgação das ações acertadas será feita de forma imediata em todo o Estado, com trabalhos pontuais em cada região crítica e acompanhamento dos órgãos envolvidos”, afirmou o presidente da Fetrancesc, Pedro José de Oliveira Lopes. •

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26 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

Todo fim do ano é a mesma coisa: as pessoas fazem planos para o próximo ano e, como não fazem um planejamento adequado, de preferência escrito, não alcançam nem metade dos seus objetivos e acabam

ficando frustradas. Por que isso acontece? Ou melhor, por que as metas não são alcançadas? De acordo com a Master Coach, pesquisadora e estudiosa sobre as potencialidades da mente humana, Juci Nones, os objetivos começam a ser desenhados quando sonhamos e ficam cada vez mais próximos de serem atingidos quando são escritos e estabelecidas estratégias para torná-los realidade. “Não adianta planejar várias coisas na cabe-ça e não pensar nas estratégias, dar prazos para obter o que se quer e agir. É necessário fazer um planejamento objetivo e orga-nizado, com o maior número de detalhes possível”, explica.

Para simplificar, planejar é identificar eventos futuros e trazê-los para o presente, de modo que se possa fazer algo para torná-los realidade. Os planejamentos podem ser para curto, médio ou longo prazo. Nos objetivos em curto prazo entram as decisões, por exemplo, para a próxima semana. Os de médio prazo podem ser para os próximos seis meses. Os longos são para objetivos que demandam mais tempo, como cursar uma faculdade, por exemplo. Esses podem ter 5, 10, 15 anos. Enfim,

Sem planejamento, não há resultados satisfatórios

COM AS FERRAMENTAS ADEQUADAS, AINDA DÁ TEMPO DE FAZER

O PLANEJAMENTO DE 2014, TANTO PARA A VIDA PESSOAL QUANTO PARA A

PROFISSIONAL

o prazo que for necessário para ser atingido. “Muitas pes-soas têm receio de fazer projeto de vida porque analisam como sua vida está hoje e acabam limitando sua imagi-nação aos recursos momentâneos”, afirma Juci Nones. A verdade é que o processo é inverso. “Para obtermos os recursos necessários para a realização de nossos sonhos precisamos almejar e planejar.”

Juci avisa que um planejamento não é garantia de 100% de metas alcançadas. O bom planejamento tem objetivos e detalhes, data prevista, data real (para ser pre-enchida depois de alcançado), benefícios que você terá com eles e outras pessoas que serão beneficiadas e es-tratégias que serão adotadas para que se torne realidade e uma grande dica é a utilização de imagens relacionadas aos objetivos, já que o cérebro não sabe a diferença do real e do imaginário e também grava enfaticamente imagens e emoções associadas.

Segundo Juci, o planejamento também tem que contemplar todas as áreas da vida, ou seja, pessoal e pro-

Juci Nones diz que o planejamento tem que contemplar todas as áreas da vida

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 27

fissional. “É necessário ter objetivos para todas as áreas. O equilíbrio entre elas é que nos faz felizes”, alerta.

Muitas pessoas têm dificuldades em escrever seus objetivos, com medo de ficarem prisioneiros deles. No entanto, Juci explica que o planejamento não é algo es-tático, ele pode ser revisado todo mês e algumas metas serem alteradas ou até excluídas.

“O que não dará certo é mudar de sonho a toda hora, porém remodelar é possível.” O importante é man-ter o foco naquilo que é importante para cada um.

Na práticaEm fevereiro deste ano, a gerente comercial Fabiana

Voltolini Vieira, 34 anos, casada, começou a fazer um pla-nejamento de vida sob a orientação da Juci. O ano ainda não terminou, mas ela já conseguiu identificar vários bene-

fícios em colocar no papel o que deseja. “Entre os meus desejos um deles era o de trabalhar menos horas por dia, mas sem dei-xar de atender minhas demandas. Eu tenho conseguido quase todos os dias sair do trabalho entre 18 e 19h. O importante foi manter o foco durante meu horário de expediente, assim consegui tempo para minha vida pessoal e até alguns cursos de scrapbooks fiz este ano.”

Já faz mais de dois anos que a chefe de loja e estudante de psicologia Susan Aline Adam, 21 anos, vem fazendo planeja-mentos e garante que dá certo. “Este ano já atingi cerca de 80% dos meus objetivos. Os outros 20% não eram prioridades, por isso foram relegados. Mas vão constar em meu planejamento de 2014”, avisa.

Ela conta que antes de fazer um planejamento detalhado das coisas que desejava, ela não sabia porquê elas não aconte-ciam como queria ou no prazo que desejava. “Agora eu consigo entender porque aconteciam ou não e consigo mudar o rumo se for o caso. A palavra escrita é muito forte”, garante.

A chefe de loja e estudante de psicologia Susan Aline Adam faz planejamentos e garante que o resultado é positivo

A gerente comercial Fabiana Voltolini Vieira diz que já conseguiu identificar vários benefícios desse tipo de planejamento

Jane Costa Lim

a

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28 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

Você sabia que entre 2006 e 2012 a construção civil respondeu por 25% de todos os empregos gerados em Balne-ário Camboriú e Camboriú? Ou, que

cerca de 40% dos domicílios em Balneário Cam-boriú não são ocupados de forma permanente, mas temporária, como segunda residência, voca-cionada para atividades de lazer, impulsionando o turismo e a cadeia de fornecedores de produtos e serviços em seu entorno?

Estes e outros dados importantes sobre

o mercado imobiliário e a construção civil em Balneário Camboriú e Camboriú foram apresen-tados no dia 26 de novembro, na sede do Sin-duscon de Balneário Camboriú. Numa iniciativa inédita, a entidade realizou um amplo estudo que traçou o Perfil Imobiliário da região, mostrando características do consumidor, comportamen-to do mercado, e inúmeros outros dados que permitem visualizar de maneira real o atual mo-mento que o setor vive e ajudar na tomada de decisões presentes e futuras.

FORÇA MOTRIZ

25% DE TODAS AS VAGAS DE EMPREGO EM BC E CAMBORIÚ SÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A construção civil é

responsável por um

quarto dos empregos

criados em Balneário e

Camboriú

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30 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

Conforme uma investigação primária, dos visitantes de Balneário Camboriú que procuram um imóvel, 47% tem in-teresse em imóvel de lazer, 31% como moradia e 21% para investimento. Balneário Camboriú também apresenta a segun-da maior verticalização do Brasil, com 57% dos domicílios ocu-pados sendo verticais. Quando o assunto é geração de riqueza, entre 2008 e 2013, a área liberada por alvarás de construção na região (Balneário Camboriú e Camboriú) somou quase 7 milhões de metros quadrados autorizados para obras, gerando uma riqueza que pode ser estimada em cerca de R$ 9 bilhões (considerando valores correntes do CUB).

A pesquisa também aponta de forma minuciosa caracte-rísticas do setor imobiliário, como um censo de mercado, mos-trando volume ofertado, estoque disponível, tipos de imóveis, perspectivas futuras de negócios, preços totais e relativos, regi-ões da cidade de maior oferta e valorização, com preço médio por metro quadrado e perfis de ocupação. Uma radiografia dos desejos e do perfil do consumidor de imóveis na região igual-mente será apresentada, separando-os conforme seu objetivo de compra, se para lazer ou moradia, com os atributos mais valorizados pelos compradores.

Para o presidente do Sinduscon, Carlos Humberto Met-zner Silva, o estudo é de extrema relevância, considerando a importância econômica do mercado imobiliário na região e sua capacidade de influir no desenvolvimento da cidade. “São dados que nos permitem um diálogo claro e objetivo com relação à nossa região. São aspectos conclusivos que podem não somen-te auxiliar no planejamento de ações por parte de empresários e construtores, mas também favorecer políticas estratégicas para o desenvolvimento da nossa cidade”, finaliza Silva.

Todos ganhamNo centro de Balneário Camboriú, o preço médio do

metro quadrado é de R$ 4000. Dependendo do local, na Ave-

FORÇA MOTRIZ

nida Atlântica, por exemplo, esse valor pode ultrapassar os R$ 15.000. São somas vultosas que fazem toda a econo-mia da cidade ganhar. O dinheiro vindo de fora, gasto por gente que busca um destino agradável para viver ou passar férias, fica e fortalece a economia local. “Viemos morar aqui por causa da qualidade de vida, das opções de lazer e por estar perto de tudo, da praia e de cidades grandes também”, revela Ari Silveira, do alto de seus 90 anos, os últimos 25 vivendo em Balneário ao lado dos netos.

Como seu Ari, boa parte do público consumidor das atuais obras é exigente por mais qualidade de vida. Dessa forma, a cidade ganha em infraestrutura, serviços e empre-gos. Com esse tripé, ocorre o efeito cascata que atrai ou-tros segmentos empresariais. “A verticalização dá visibilida-de para a cidade e atrai empresas para investir na região, o que contribui para a abertura de novas vagas de emprego em outros setores”, expõe o arquiteto e urbanista Helvys Vermiani, que trabalha na secretaria de Planejamento do município.

Os preços, nos grandes empreendimentos, vão de R$ 750 mil por um lote a R$ 12 milhões por um aparta-mento de frente para o mar. Quanto maior for o preço de um imóvel, mais essa valorização respinga no município. “Os imóveis voltados para pessoas de alto poder aquisitivo valorizam a cidade. O investimento tem retorno garanti-do, pois há duas décadas os imóveis têm rendido 20% ao ano”, diz o empresário Milton Gilmar da Silveira, delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Balne-ário Camboriú (Creci) e proprietário da imobiliária Milton Imóveis. •

Para o presidente do Sinduscon, Carlos Humberto Metzner Silva, o estudo é de extrema relevância, considerando a

importância econômica do mercado imobiliário na região

Conforme uma investigação primária, dos visitantes de Balneário Camboriú que procuram um imóvel, 47% tem interesse em imóvel de lazer

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32 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

Portonave supera 3 milhões de TEUs movimentadosEm seis anos de operação o Terminal já recebeu mais de 3,1 mil escalas de navios

A Portonave superou a marca de 3 milhões de TEUs (TwentyEqui-valent Unit – unidade de medida equivalente a um contêiner de 20

pés) movimentados. O valor contabiliza as movimentações desde o início da operação do Terminal, em outubro de 2007. Em seis anos, o Terminal já recebeu mais de 3,1 mil escalas de navios.

Atingir esta marca histórica represen-ta o crescimento e evolução da empresa, alinhados ao desenvolvimento sustentável. O Terminal movimentou o primeiro milhão depois de quase três anos de atividade, em agosto de 2010, e o segundo milhão um ano e nove meses após, em maio de 2012. O terceiro milhão foi conquistado um ano e cinco meses mais tarde. “Em seis anos de operação buscamos o nosso espaço e hoje somos responsáveis por movimentar 46%

de toda carga conteinerizada do Estado”, comenta Renê Duarte, Diretor-superinten-dente Operacional da Portonave.

Em 2013, de janeiro a outubro, a Companhia movimentou 588.539 TEUs – um crescimento de 14,2% comparado com o mesmo período do ano passado. O aumento é sentido tanto nas importações quanto nas exportações. A empresa regis-trou aumento de 21,6% nas importações na comparação entre janeiro e outubro de 2012 e 2013. Os produtos mais importa-dos foram plásticos e derivados, seguidos por cerâmicas, bebidas e fibras sintéticas. As exportações pela Portonave também ti-veram crescimento – 18,2% nos 10 meses deste ano comparado com ano passado. As carnes congeladas representam o principal produto de exportação, seguido pela ma-deira. •

O contêiner que registrou

este número foi

movimentado no navio MSC

Seattle, de bandeira

liberiana, dia 31 de outubro

MARCA HISTÓRICA

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PORTOS DO BRASIL

Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 33

Para atender a crescente demanda do mercado asiático, a Portonave oferece o serviço New Ipanema, do armador MSC. Trata-se da linha marítima Ipanema que foi refor-mulada e teve um upgrade no tamanho de seus navios.

Agora, as 13 embarcações que compõem esta escala semanal possuem capacidade média de 8.900 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) – operando com navios de 300 metros de comprimento por 48 metros de largura apro-ximadamente.

A primeira embarcação desta linha atracou na Portonaveno dia 25 de novembro e deixou o terminal um dia depois. O MSC Arbatax é o maior navio em capacidade de carga a atracar no Complexo Portuário do Itajaí. A embarcação possui 299,9 metros de comprimento por 48,2 metros de largura e comporta 9.403 TEUs. Diferente de outros navios que costumam atracar na re-gião, o MSC Arbatax tem sua casaria – onde ficam as cabines e salas de controle – localizada mais próxima à proa do navio, en-quanto a chaminé localiza-se na popa. Além disso, a embarcação tem capacidade para 1 mil contêineres reefer.

Segundo o diretor-superintendente administrativo da Por-tonave, Osmari de Castilho Ribas, com esta reformulação no portfólio de linhas do Terminal a empresa passa a oferecer mais espaço para os clientes, o que colabora para aumentar o rela-cionamento comercial com a África do Sul, Cingapura e China

REFORMULAÇÃO

Navios crescem para atender ao mercado asiáticoPortonave recebe o maior navio em capacidade

de carga a atracar no Complexo Portuário do Itajaí

– destinos deste serviço. O mercado asiático é um dos maio-res parceiros comerciais do Brasil. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas para a China cresceram 8,5% no primeiro semestre de 2013, garantindo ao país a posição de maior comprador individual de produtos brasileiros no período.

As principais mercadorias que compõem o serviço New Ipanema são carnes congeladas e madeira, na exporta-ção; e cerâmica e produtos diversos na importação. •

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36 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

A APM Terminals – empresa responsável pela operação de contêineres no Porto de Itajaí - foi o terminal portuário cata-rinense escolhido para movimentar os

barcos da regata Transat Jacques Vabre, que foram embarcados em um navio com destino à Europa. A competição englobou um percurso de 5.395 milhas náuticas em linha reta, que partiu da cidade francesa de Le Havre em direção a Itajaí, onde os barcos começaram a chegar na segunda quinzena de novembro.

A operação começou na segunda-feira se-guinte ao fim da regata, dia 2 de dezembro, e foi concluída em cinco dias. No retorno à Europa, fo-ram movimentados seis barcos do tipo traimarans de 70 pés, barco multicasco que compreende um

casco principal e dois cascos dos estabilizadores menores, cinco barcos de 60 pés chamados de monocasca, e 14 barcos de 40 pés.

Ricardo Arten, superintendente da APM Terminals Brasil, destaca a importância da opera-ção para o complexo portuário do Itajaí, já que mostra a capacidade do terminal, impactando positivamente nas operações logísticas. Para a movimentação dos veleiros, a APM Terminals Ita-jaí recebeu da Europa no dia 18 de novembro três contêineres contendo equipamentos como os chamados berços (estruturas utilizadas para suportar as embarcações), mais as cintas para prender as embarcações nos convés do navio. A equipe envolvida com a movimentação dos bar-cos recebeu treinamento especializado. •

APM Terminals Itajaí movimentou barcos da Transat Jacques Vabre no retorno à Europa

ALÉM-MAR

A equipe envolvida com a movimentação dos barcos recebeu treinamento especializado

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 37

PORTOS DO BRASIL

O Secretário Adoc da Associação dos Portos de Língua Portuguesa – APLOP, Adalmir José de Souza, deu posse no dia 26 de novembro ao superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos

Santos Júnior, no cargo de vice-presidente da entidade.A nova diretoria foi eleita no VII Congresso de Portos de

Língua Portuguesa ocorrido em Lobito, Angola, nos dias 17 e 18 de outubro passados.

À plateia formada por autoridades, jornalistas e empresá-rios, o secretário Adalmir José de Souza fez uma breve apresenta-ção da entidade fundada em 2011, que visa fortalecer as relações comerciais entre países de Língua Portuguesa e que tem sede em Lisboa.

Fazem parte desta associação portos de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, sendo agora estendida a ação da entidade para os portos de Macau, na China, e Goa, na Índia. Em sua fala, o superintendente Antônio Ayres salientou que estão entre as mis-sões da APLOP nesta gestão abrir as portas de diversos mercados importantes para os portos associados, minimizar os conflitos das barreiras alfandegárias e melhorar a competitividade fiscal, tornan-do o comércio mais ágil e menos burocratizado entre os portos que falam a mesma língua.

Ayres agradeceu ainda a honra de ter sido eleito vice-pre-sidente desta importante associação internacional e salientou a visibilidade e a vantagem estratégica que isto acrescenta ao Com-plexo Portuário de Itajaí, já que a entidade congrega regiões im-portantes para o mercado brasileiro. •

ENGENHEIRO ANTÔNIO AYRES

Superintendente do Porto de Itajaí toma posse da

vice-presidência da APLOP

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38 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

O Porto Itapoá recebeu o prêmio Ser Humano, concedido pela ABRH SC (Associação Brasilei-ra de Recursos Humanos de Santa Catarina), pela realização do Projeto Mulheres Portuárias.

O prêmio, entregue anualmente às empresas que se des-tacam com as melhores práticas em RH, foi recebido pelo departamento de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas do terminal no dia 22 de novembro, em Itajaí.

Inédito no Brasil, o programa foi lançado em agosto de 2012 com o intuito de inserir a mão de obra feminina no segmento portuário, predominantemente masculino, promovendo maior igualdade de oportunidades por meio da qualificação profissional. Desta forma, o Projeto Mulhe-res Portuárias selecionou 50 mulheres moradoras de Itapoá e região, entre mais de 300 candidatas, e ofereceu treina-mentos nas áreas de documentação e gate e operação de equipamentos.

O projeto teve 100% de aproveitamento, ou seja, to-das as participantes que iniciaram os treinamentos fizeram as aulas até a conclusão. No Porto Itapoá, 26 mulheres foram contratadas até o momento, sendo 16 operadoras de Veículo Portuário e 10 assistentes de Gate. Além do terminal, ou-tras duas empresas retroportuárias já contrataram mulheres do projeto: a Brasmar – An APM Terminal e ATM – Aliança Transporte Multimodal Ltda. Os demais currículos foram en-caminhados para outras empresas que estão se instalando nas

proximidades do terminal. Atualmente, o Porto Itapoá conta com 17% de mulheres no quadro de 580 profissionais. Com esta iniciativa, o Porto Itapoá tem uma meta: atingir 20% de mulheres no quadro de colaboradores do Porto Itapoá, nos próximos dois anos.

Segundo a gerente de Gestão & Desenvolvimento de Pessoas do Porto Itapoá, Glaucia Braga Mercher Coutinho, ter mulheres atuando em um segmento notadamente mas-culino, como o portuário, é capaz de produzir diversas trans-formações. “Além de promover a sua realização profissional, afirmar sua independência e autoestima, as mulheres mos-tram que podem participar de forma ativa no mercado de trabalho, possibilitando inclusive novos arranjos familiares ou mesmo transformações do papel da mulher como provedora da família”, afirma.

Pesquisa realizada com as mulheres contratadas confir-ma o atingimento do objetivo do projeto quanto à igualdade de gênero, o sentimento de valorização profissional e a iso-nomia de remuneração. “Estou muito satisfeita com a minha função e realizada profissionalmente”, conta Rita de Cássia Souza. A mesma opinião é compartilhada por Suzane Ferrei-ra: “Minha vida mudou muito, para melhor. Sinto-me útil, tan-to por fazer algo que me identifico, como por ser valorizada e ter o meu próprio dinheiro para ajudar na renda familiar. Hoje penso em estudar e me capacitar para que eu possa crescer na empresa e contribuir para o crescimento do Porto”. •

PORTOS DO BRASIL

EFICIÊNCIA E BELEZA

ABRH premia o Projeto Mulheres Portuárias, do Porto Itapoá

O Porto Itapoá é a casa das mulheres portuárias competentes, eficientes e bonitas

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40 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

RESULTADO POSITIVO

O Tecon Rio Grande registrou no úl-timo mês de outubro um recorde histórico, quando o terminal mo-vimentou 41.479 contêineres. A

marca contribuiu para a conquista da segunda po-sição em movimentação de contêineres no Brasil, perdendo apenas para o Tecon Santos.

O aumento foi verificado em todas as ope-rações em outubro. Em relação a setembro des-se ano, o transbordo registrou um crescimento de 51%; a cabotagem de 18%; a exportação de 11% e a importação de 7%.

Tabaco, resinas e peças estiveram entre as cargas mais movimentadas, sendo que os prin-cipais destinos foram o Extremo Oriente (38%) e os Estados Unidos (31%). Já a cabotagem foi

responsável por 15% de todas as operações do terminal.

“Diversos fatores somaram para esse exce-lente resultado. Um deles foi que nossos 24 maio-res clientes registraram seus melhores índices de 2013 no mês de outubro”, expõe Thierry Rios, diretor Comercial do Tecon Rio Grande. O exe-cutivo se refere a empresas como Braskem, Uni-versal Leaf Tabacos, Souza Cruz, Camil Alimentos e AGCO do Brasil.

O Tecon Rio Grande é administrado pelo Grupo Wilson Sons, que investiu US$ 7,5 milhões neste ano na compra de seis novos Rubber Tyred Gantry Cranes (RTGs), guindastes móveis utili-zados para a movimentação dos contêineres no pátio. •

Tecon Rio Grande registra maior movimentação de sua história em outubro

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 41

A capacidade de embarque e desembarque de mercadorias no Porto de São Francisco do Sul, que é o segundo em movimentação de carga não conteinerizada no Brasil, será ampliada com

o início das operações do novo berço. A obra, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Go-verno Federal, já foi concluída e será inaugurada dia 26 de novembro com a possibilidade da presença da presidenta Dilma Rousseff e do ministro-chefe da Secretaria de Por-tos, Antônio Henrique Silveira.

O berço 201, como é chamado, passou por um realinhamento. Esse investimento vai agilizar, ou seja, di-minuir o tempo de movimentação do navio de granel de importação e produto siderúrgico. “Investimos nessa am-pliação para facilitar a movimentação de navios maiores. É mais um importante passo na adequação da nossa infraes-trutura. A capacidade será ampliada em 2 milhões de to-neladas/ano”, salienta o presidente do porto, Paulo Corsi.

Com a conclusão, o berço passou de 150 metros para 280 metros de extensão. O investimento foi de R$ 35

milhões. Deste total, R$ 30 milhões vieram do Governo Federal e R$ 5 milhões de recursos próprios. A constru-ção foi feia pelo 10º Batalhão de Engenharia de Lages. O calado também foi ampliado com as obras de dragagem, pelo PAC, em 2011. Passou de 12 para 14 metros.

Movimentação de 2012 já foi superadaAntes do final do ano, de janeiro a outubro, o Porto

de São Francisco do Sul já superou toda a movimentação de cargas feita no ano passado. Foram 10.931.267 tonela-das em exportações e importações no acumulado do ano, 17% a mais que o mesmo período do ano passado. Só em outubro, foram movimentadas 1.262.700 toneladas. As principais mercadorias exportadas no acumulado do ano foram milho e soja em grãos e bobinas de aço. Na importação, produto siderúrgico. O Porto de São Francis-co do Sul é de múltiplo uso, é o único catarinense ligado ao transporte ferroviário e é o segundo do Brasil em mo-vimentação de carga não conteinerizada. •

PORTOS DO BRASIL

BOA!

Novo berço entra em operação no Porto de São Francisco do Sul

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42 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

Com crescimento de 20% ao ano entre 2012 e 2014, a cabotagem (navegação mercante entre portos de um mesmo país) é o modal que mais rapidamente pode mudar a ma-

triz de transporte brasileira. A análise é da especialista em logística Clara Rejane Scholles, da Pratical One, que realizou pesquisa sobre o tema com empresários catari-nenses. A consulta é iniciativa da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), dentro do Plano de Mobilidade SC.

Segundo Rejane, a cabotagem apresenta custos reduzidos, em especial para distâncias a partir de 1,5 mil quilômetros e para cargas que estejam a 200 ou no máximo 400 quilômetros de um porto. “Uma carga de Santa Catarina a Manaus por cabotagem pode ser 40% mais barata do que pela via rodoviária”, afirma. Além dis-so, salienta, a cabotagem é o modal que menos exige investimentos em infraestrutura.

Ainda assim, enfrenta resistências. Segundo a pes-quisa conduzida por Rejane, 51,8% dos empresários entrevistados afirmam que a cabotagem não atende os mercados de destino dos produtos. Os demais, no en-tanto, citam desconhecimento do modal (12,5%), ex-cesso de burocracia (19,6%), custos não competitivos (1,8%) ou tempo de trânsito que não atende às necessi-dades da empresa (14,3%).

Rejane observa que os principais entraves à utili-zação da cabotagem ainda são de natureza cultural. “Ela exige planejamento de produção e de deslocamento de cargas diferentes dos exigidos no transporte rodoviário”. Mas a especialista acredita no crescimento da participa-ção da cabotagem na matriz de transporte. “Os preços são muito competitivos, enquanto o custo do transporte rodoviário apresenta tendência de elevação com au-mento de preços de combustível e pedágios, deterio-ração das estradas, assaltos e avarias e a lei do descanso dos motoristas. As empresas vão acabar descobrindo a cabotagem”, acredita.

Além disso, ela observa que o crescimento pre-visto até 2014 deve promover um circulo virtuoso, ele-vando os investimentos e atraindo mais cargas. Outras barreiras econômicas ainda persistirão, mas devem ser superadas com o tempo pelas exigências do mercado. Neste sentido, Rejane cita as dificuldades em relação às cargas fracionadas e a falta de empresas especializadas no transporte ponto a ponto (os operadores marítimos e rodoviários tentam manter o controle sobre as opera-ções). Enquanto cargas catarinenses para os mercados de Salvador, Recife, Fortaleza, Belém ou Manaus são extremamente atrativas para a cabotagem, o mercado de São Paulo apresenta sérias restrições. “O Porto de Santos é muito caro e oferece dificuldades de entrada e saída de cargas”, afirma Rejane. •

PELO LITORAL

Com custos menores, cabotagem atrai cargas e cresce 20% ao ano

PORTOS DO BRASIL

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 43

No último dia 4 de outubro, a B&M, que por quatorze anos teve sua sede em Balneário Camboriú, mudou-se para novo endere-ço, agora no centro de Itajaí.

A nova sede foi desenhada e estruturada para abrigar uma empresa moderna e com qualidade de ponta, tal como tem sido o perfil da B&M ao longo dos últimos anos.

A necessidade de uma casa maior foi o principal apelo para esta mudan-ça, além do fato de estar em Itajaí, onde estão sediadas as principais empresas do ramo, parceiros, despachantes e fornecedores.

Com isso, os colaboradores da B&M ganham muito em qualidade no ambiente de trabalho, uma vez que não apenas a casa é nova, mas também toda a estrutura interna foi renovada, dando um grande salto de qualidade.

Segundo Alexandre Bini, diretor comercial da B&M “a mudança de sede simboliza o início das comemorações dos 15 anos da B&M, que acontece em 2014 e que será uma ocasião de muito orgulho e alegria para todos nós.”

A nova sede da matriz da B&M fica na Rua João Mello, 35, centro de Itajaí/SC, 88302-004. Além da matriz em Itajaí, a B&M ainda conta com filiais em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Santos e Guarulhos. •

:: INFORME PUBLICITÁRIO

B&M em novo endereço

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Muita PRESSAO

estresse

II~

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 45

Ele ergueu verdadeiras obras de arte con-cretadas, fez o céu de Balneário Camboriú ser “tangível”. Ou pelo menos, encurtou a distância entre as estrelas e o topo dos mo-

dernos edifícios erguidos pela construtora Embraed, da qual era fundador e dono. Ele tinha a vida que muitos considerariam perfeita: com milhões na conta bancária, os melhores apartamentos, as maiores co-berturas, os terrenos mais valiosos, carros potentes e estilosos na garagem.

Sua trajetória até fundar a Embraed é sinto-mática do quão trabalhador e persistente fora Ro-gério nas décadas de 70, 80 e 90, quando começou a erguer seu patrimônio a fórceps. Nos anos 2000, com a consolidação de sua marca, aproveitou para torná-la algo exclusivo, sinônimo de sofisticação e qualidade. Casado por duas vezes, pai de quatro fi-

lhos, o passado representado na venda de lanches e o presente como grande empresário da construção civil, Rogério Rosa era o símbolo de homem que venceu na vida.

Mas a pressão para se vencer, muitas vezes, acaba por derrotar o postulante à glória, especial-mente as glórias profissionais. O homem que tinha 59 anos era dono de uma vida aparentemente per-feita. As aparências, porém, enganam. Tanto que o mesmo Rogério, apesar do império erguido, foi en-contrado morto com um tiro no peito na manhã de domingo, dia 17 de novembro de 2013. Uma das principais linhas de investigação da polícia é a de que o empresário se suicidou. A própria família de Rogé-rio acredita piamente na tese de suicídio.

A resposta conclusiva só deve sair depois da segunda quinzena de dezembro, prazo dado pela

ROTINA DE EXECUTIVOS E EMPRESÁRIOS PODE SER O PONTO DE PARTIDA PARA DOENÇAS MAIS GRAVES

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Polícia Civil para concluir as investigações. Ao se confirmar o suicídio, que chocou o mundo da cons-trução civil e a própria cidade de Balneário Cambo-riú, ficam apenas perguntas. Uma delas, o motivo? Poucos, talvez ninguém, saiba. O certo, contudo, é que a vida de megaempresários como Rogério Rosa – e tantos outros – não é o mar de rosas que costuma parecer.

A pressão enfrentada diariamente por quem trabalha na linha de frente de grandes companhias, somada às longas e tediosas reuniões, prazos escra-chantes, tempo exíguo em negociações estratosfé-ricas que fazem perder o sono, o apetite, o humor e a alegria, é um dos principais fatores para o es-tresse na vida de executivos e empresários. E essa rotina conturbada pode ser o fio desencadeador de doenças mais graves que em casos extremos po-dem levar a morte.

Números são a prova do problemaO estresse é uma espécie de epidemia que

tomou o ambiente de negócios e passou a fazer parte das preocupações e mazelas cotidianas. Uma pesquisa feita em 2013 pela Med-Rio, uma das maiores clínicas de check-up do país, mostra a di-mensão do problema no Brasil. Nos últimos cinco anos, a Med-Rio examinou 25.000 executivos de todo o país, com idade entre 30 e 75 anos. Os resultados são alarmantes. Cerca de 70% deles so-frem de altos níveis de estresse - um quadro agra-vado por problemas comportamentais. A pesquisa mostra que 80% dos profissionais avaliados têm alimentação desequilibrada, 65% são sedentários, 60% estão acima do peso ideal, 50% consomem bebidas alcoólicas regularmente e 40% fumam. É gente que vive no limite e pode cruzar a linha que separa a saúde da doença a qualquer momento.

Para efeito de comparação, o estresse está para o executivo assim como a dor está para o atleta profissional. Dentro de certos parâmetros, a convivência com ele é quase obrigatória. O si-nal vermelho se acende - de forma normalmente dramática - quando esses limites são ultrapassados. Os resultados se manifestam em níveis de gravida-de variados. Podem ir de um patamar mais baixo, como obesidade e lesões de pele, a graus mais al-tos, como depressão, perda do desejo sexual, der-rame e enfarte.

Muita PRESSAO estresseII~

Na última semana você sentiu:1. Tensão muscular, como aperto de mandíbula, dor na nuca, por exemplo;2. Hiperacidez estomacal (azia) sem causa aparente;3. Esquecimento de coisas corriqueiras, como esquecer o número de um telefone que usa com freqüência, onde colocou a chave, por exemplo;4. Irritabilidade excessiva;5. Vontade de sumir de tudo;

6. Sensação de incompetência, de que não vai conseguir lidar com o que está ocorrendo;7. Pensar em um só assunto ou repetir o mesmo assunto;8. Ansiedade;9. Distúrbio do sono, ou dormir demais ou de menos;10. Cansaço ao levantar;11. Trabalhar com um nível de competência abaixo do seu normal;12. Sentir que nada mais vale a pena;

Saude abaladaVeja os resultados da análise da Med-Rio em 25.000 exames

de executivos realizados no Brasil: 15% sofrem de fadiga; 16% têm gastrite ou úlcera; 19% sofrem de hipertensão arterial; 25% têm altos níveis de colesterol; 26% apresentam algum tipo de doença derma-tológica; 40% são fumantes; 50% consomem álcool regularmente; 60% têm excesso de peso; 65% são sedentários; 70% apresentam níveis altos de estresse; 80% têm alimentação desequilibrada.

Se não assinalou nenhum: Parabéns, seu corpo está em pleno funcionamento!

Se assinalou de 1 a 3: A vida pode estar um pouco estressante para você. Avalie o que está ocorrendo. Veja o que está exigindo demais de sua resistência. Pode ser o mundo lá fora, pode ser você mesmo. Fortaleça o seu organismo.

Se assinalou de 4 a 8: Seu nível de estresse está alto, algo está exigindo demais do seu organismo. Pode estar che-gando no seu limite. Considere uma mudança de estilo de vida e de hábitos. Analise em que seu próprio modo de ser pode estar contribuindo para a tensão que está sentindo.

Se assinalou mais do que 8: Seu nível de estresse está altíssimo. Cuidado. Procure ajuda de um psicólogo espe-cializado em estresse. Sem dúvida você tem fontes de estresse representadas pelo mundo ao seu redor(pode ser família, ocu-pação, sociedade etc) e fontes internas (seu modo de pensar, de sentir, de ser) com as quais precisa aprender a lidar.

Assinale sim ou não se você tem tido os sinais de stress:

Para saber o resultado, some os itens que você assinalou.

Fonte: Centro Psicológico de Controledo Stress de Campinas/SP

i

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Muita PRESSAO estresseII~

A psicóloga Sueli Terezinha Bobato, especialista em psicologia organizacional e do trabalho, afirma que dentre as causas do estresse, não apenas em executivos e empre-sários, estão cargas excessivas de trabalho, falta de política de treinamento e desrespeito ao horário de descanso. Es-ses são alguns dos fatores que podem desencadear a do-ença, mas existem outros, como, por exemplo, o rodízio de funções dentro da empresa. “Não a atribuição em si, mas como a ação é realizada. Às vezes, o funcionário não está preparado e isso gera ansiedade. Bom é ter preparo”, reforça.

Sueli explica que os conflitos interpessoais são uma das maiores causas do estresse no ambiente de trabalho. Manter uma boa comunicação com os colegas pode ser uma medida preventiva. A professora ainda orienta quanto à necessidade de regular o ritmo de trabalho, desacele-rando sempre que possível. “Realizar atividades físicas, re-

O estresse é uma espécie de epidemia que tomou o ambiente de negócios e passou a fazer

parte das preocupações e mazelas cotidianas

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Muita PRESSAO estresseII~

laxamento e ainda buscar outras fontes de prazer são medidas indispensáveis”, avalia.

Mais númerosUma pesquisa feita recentemente pelo hospital Al-

bert Einstein, de São Paulo, com 2.064 executivos revelou que 22% deles tinham risco vascular médio ou alto. Em outras palavras: se nada for feito, é enorme a probabilidade desses profissionais sofrerem um derrame ou um enfarte nos próximos dez anos. Os casos críticos são mais comuns do que se imagina. Inclusive no Litoral Norte de Santa Catarina, onde a construção civil é uma das personagens principais da economia, e na qual o segmento assiste pela segunda vez no período de seis meses a uma morte de empresário local com indícios de suicídio.

No dia 17 de maio, o empresário Edson Luiz da Sil-va, 47 anos, sócio da Bravacon e da Máxima Construtora, fora encontrado sem vida dentro de seu carro às margens da BR-101, no bairro Canhanduba, em Itajaí. O laudo do

Carlos Humberto, empresário da construção civil e presidente do Sinduscon, lamenou a morte do amigo Rogério Rosa

Alguns sintomas do estresse que podem ser percebidos no dia a dia

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Muita PRESSAO estresseII~

Instituto Geral de Perícia (IGP) atesta que Edson tirou a própria vida. As investigações na Polícia Civil ainda não foram concluídas. Exatamente seis meses depois da mor-te de Edson, o caso de Rogério Rosa é semelhante, pois ambos eram empresários bem sucedidos da construção civil e morreram em circunstâncias misteriosas, mesmo que nos dois casos o suicídio seja a hipótese mais forte.

A gravidade dos níveis de estresse é diretamente proporcional ao grau de superação exigido pelo mundo dos negócios. Na luta pela sobrevivência nesse universo voraz, na busca por resultados melhores, por mais parti-cipação no mercado, as empresas esperam contar com espécies de super-heróis. Não basta ser competente. É preciso ser o melhor. Não basta ser eficiente. É preciso ser criativo, antecipar mudanças, sugerir inovações, ga-rantir que elas deem certo, bater um número maior de metas com recursos cada vez mais escassos. As viagens de negócios se multiplicam. As férias rareiam. A estabili-dade - no trabalho, no mercado, no círculo do sucesso - transformou-se numa quimera.

O empresário Carlos Humberto Metzner Silva,

presidente do Sindicato da Construção Civil de Balneá-rio Camboriú (Sinduscon), era amigo de Rogério há mais de 20 anos. Ele, como tantos outros, custou a acreditar nas notícias da morte do empresário. As lembranças de Rogério, diz Carlos, passam longe das de um homem com problemas de depressão. “Ele estava sempre ale-gre, atendendo a todos com muito respeito e educação. Sabemos que o mundo corporativo é competitivo, que a cobrança é forte, mas ele nunca deu nenhum sinal de que isso pudesse acontecer”, conta Carlos, que esteve com Rogério Rosa algumas semanas antes do empresário morrer.

Em Balneário Camboriú, cidade onde Rogério fez fortuna, pessoas próximas ao empresário dizem que ele por vezes se mostrava triste, abatido e calado. Caracte-rísticas que podem estar associadas a algum tipo de pro-blema psicológico, como fadiga, depressão, dificuldade na relação profissional, ansiedade e a perda do sentimen-to de realização profissional. Nessa hora, mais do que nunca, é preciso procurar a ajuda de um profissional da área de saúde mental, que possa auxiliá-lo.

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Muita PRESSAO estresseII~

Em coletiva à imprensa concedida no dia 21 de novembro, foi oficializado que Tatiana Rosa Cequinel - filha de Rogério - assume a presidência do grupo ao lado da então diretora executiva Adriana Amorim. Com elas, passam a integrar o Conselho Administrati-vo da empresa Diego Rosa, filho de Rogério, e o em-presário Rodrigo Cequinel, marido de Tatiana.

“Sempre estivemos ao lado de Rogério e conti-nuaremos atuando da mesma forma. Portanto, todas as atividades e projetos da Embraed seguirão normal-mente e com o mesmo padrão de qualidade”, anun-ciou Adriana. Em relação aos projetos e negócios da Embraed, a executiva revelou a solidez e sucesso que o grupo vem atravessando, diferente de comentários surgidos logo após a morte de Rogério.

“Hoje temos 14 empreendimentos em anda-mento em Balneário Camboriú em uma área de quase 200 mil m2. Desses, os próximos lançamentos serão os residenciais Acqualina, Ilha Marianas e o New York. Contamos com 13 novos empreendimentos o que soma uma área de mais de 300 mil metros quadrados construídos e finalizados. Um dos exemplos é o mais alto residencial do Brasil, o Villa Serena Home Club, entregue oficialmente em julho deste ano. Possuímos um banco de terrenos de quase 1,2 milhão de m2”, contou.

Tatiana Rosa Cequinel fez questão de destacar o apoio e o suporte da equipe da Embraed. “Nós já es-távamos ao lado de meu pai na tomada de decisões e nos processos operacionais - eu, Tatiana, na direção da Embraed Home – empresado grupo ligada a decora-ções - e também junto à Embraed Construtora na área técnica. Agora, também com o apoio de meu irmão Diego Rosa e de meu esposo, o empresário Rodrigo Cequinel. Tenho a grata satisfação de contar com um time que traz o DNA da Embraed, do Rogério Rosa, em todas as ações”, disse a dirigente.

“Nossa missão agora é, em memória do meu pai e em valorização a toda essa equipe de artistas da Embraed - e aos nossos clientes – continuar surpreen-dendo ano a ano e tornar a empresa e a nossa região uma referência cada vez mais forte nacional e inter-nacionalmente – como meu pai sonhou. E é o que faremos com o apoio de todos vocês”, finalizou.

No comandoTatiana Rosa Cequinel assume presidência do Grupo Embraed

Rogério Rosa morreu aos 59 anos, no auge da carreira de

empresário da construção

civil

Tatiana Rosa Cequinel fez questão de destacar o apoio e o suporte da equipe da Embraed

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Muita PRESSAO estresseII~

Pingue-pongueA Revista Portuária – Economia & Negócios fez algumas per-

guntas para o psicólogo Eduardo José Legal, professor no curso de Psicologia da Univali, especialista em estresse ocupacional.

Revista Portuária - O quanto a cobrança cotidiana por resul-tados e metas, normal em grandes companhias, pode afetar a saúde de executivos e profissionais que costumam estar à frente dessas em-presas?

Eduardo Legal - A cobrança faz parte das organizações. Algu-mas mais do que outras, mas sempre existe. Esta questão da cobran-ça (que entra naquilo que chamamos de demanda) é um dos fatores importantes em um modelo de estresse no trabalho, chamado de modelo Demanda-Controle. Este modelo tem sido confirmado em várias pesquisas e demonstra que quando as pessoas estão sob forte demanda, mas também possuem um bom controle de suas ativida-

Eduardo Legal, junto com duas alunas, é professor de Psicologia na Univali de Itajaí.

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Muita PRESSAO estresseII~

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des, de suas habilidades e competências e alguma forma de tomar decisões sobre as tarefas, geralmente elas conseguem gerenciar o estresse diário. Contudo, quando a demanda é alta e o controle baixo, o estresse ocupacional sobrevém e a pessoa passa a experimentar os efeitos do estresse crônico. Isso afeta várias áreas do funcionamento da pessoa, incluin-do, além da vida ocupacional, sua vida social e particular. Esse processo eleva cronicamente os níveis do hormônio cortisol que atua sobre o organismo mantendo-o em um status de preparação para a luta-ou-fuga (uma resposta adaptativa dos organismos animais, cujo objetivo é assegurar a sobrevivên-cia). A manutenção deste estado a longo prazo (geralmente, mais de um mês) diminui a eficiência do sistema imunológico e pode desencadear doenças. As mais comuns são as do tra-to respiratório (resfriados, gripes...), do trato gastrointestinal (azia, má digestão, gastrites...), da pele (psoríase e outras) e também musculares (dores). Além disso, sintomas psíquicos são evidentes: ansiedade, humor triste, vontade repentina de começar novos projetos (sem ter terminado os anteriores), perda de controle de impulsos, irritação, entre outros.

Portuária - Quais os sintomas podem ser observados por familiares e colaboradores, que acelerem o diagnóstico e conseqüente tratamento?

Legal - Geralmente, o que marca a entrada no es-tresse crônico é a perda da paciência, irritação, descontrole emocional e o aumento da sensibilidade a dor.

Portuária - E pelo próprio executivo, como ele po-deria chegar perto do diagnóstico que o acomete?

Legal - Percebendo estes sinais. Além, é claro, de uma tendência a querer fugir da situação de trabalho.

Portuária - Problemas, como a depressão, por exemplo, podem se dar tanto a curto como mé-dio e longo prazos?

Legal - A longo pra-zo é mais comum pelo fato do estresse crônico minar as expectativas de melhora ou saída da situação.

Portuária - Quais os métodos e tratamentos que po-dem ser feitos para minimizar os danos decorrentes de proble-mas psicológicos?

Legal - Os tratamentos disponíveis são diversos, mas somente a mudança no estilo de vida garante que a pessoa não desenvolverá mais os sintomas. Dependendo do desen-volvimento dos problemas (por exemplo, gastrites, proble-mas dermatológicos) será necessário o tratamento médico para as seqüelas aparentes. Contudo, o tratamento medi-camentoso para estes casos funciona como “tampar o sol com a peneira”. Ou seja, eles agem sobre os sintomas, mas não sobre o que os provoca e isso pode até ser pior, pois a situação não resolvida tende a aumentar ou manter o estado. Desta forma, aprender a lidar com os problemas de outro modo mais eficaz para a saúde da pessoa é fundamental.

Portuária - E os familiares, ao perceberem mudanças de comportamento na pessoa, como devem proceder? A quem recorrer, mesmo que o empresário (pessoa) não queira ajuda, entenda que não está doente?

Legal - Conscientização é o melhor caminho, mas uma conversa séria com a pessoa, sem descambar para o desentendimento. Afinal, a pessoa deve buscar ajuda. Neste caso, não se pode ajudar muito falando mais, pois seria mais um estressor. Atividades como exercícios físicos regulares, alimentação adequada, relacionamentos sociais positivos, lazer e manutenção de um sentido para sua vida são compo-nentes imbatíveis para o enfrentamento dos estressores do

dia a dia. •

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 53

Durante 16 dias, Itajaí viveu uma aventura que teve sonho, fantasia e inúmeras atra-ções. Atrações que encantaram um total de 221,53 mil pessoas que passaram pe-

los contadores digitais instalados nos acessos do Centreven-tos Itajaí durante a “Marejada: Aventura pelos Mares do Mun-do”. Os números foram divulgados pelo Comitê Organizador do evento no dia 03 de dezembro. “Os resultados podem ser considerados excelentes, pois os números preliminares apontam para um alto índice de aproveitamento das atrações do evento, a exemplo do planetário, cinema 3D, Marejópolis, entre outras”, disse o prefeito Jandir Bellini, que ressaltou que os números poderiam ser ainda mais elevados se não fossem as constantes chuvas registradas no decorrer da festa.

O coordenador geral do Comitê, Amílcar Gazaniga, afirma que além dos números preliminares, será disponibi-lizado à sociedade e imprensa no dia 24 de janeiro um book com todos os números relacionados a todos os setores do evento, bem como o relatório consolidado de cada área, o que mostrará uma completa radiografia do que foi a “Ma-rejada, Aventura pelos Mares do Mundo”, que englobou o Festival Gastronômico do Atlântico ao Mediterrâneo, Expedi-ção Oriente, regata internacional Transat Jacques Vabre, Fes-tival de Música de Itajaí e a feira de negócios World Business Show, entre outras atrações.

“Também em 24 de janeiro apresentaremos uma pesquisa que encomendamos com a empresa especializada sobre o grau de satisfação dos visitantes e pessoas envolvi-

ATÉ A PRÓXIMA

Aventura pelos Mares do Mundo

chega ao fim com gostinho de

quero mais

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54 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

das na Aventura. Durante os 16 dias de evento foram ouvidos o público internacional presente na regata Transat Jacques Vabre e os prestadores de serviço de forma geral. Agora os entrevistadores estão ouvindo a população em geral e, após a tabulação desses dados, teremos um diagnóstico completo dos três setores envol-vidos”, diz Gazaniga.

Já com relação a próxima edição da “Marejada: Aventu-ra pelos Mares do Mundo”, em 2014, ela deverá ser realizada no segundo semestre, juntamente com a partida da Família Schur-mann de Itajaí rumo a Expedição Oriente, e com os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), cuja sede em 2014 será Itajaí. “Em fevereiro sediaremos a regata Velas Latino-américa 2014 e o Le Salon, um salão náutico internacional que será realizado pela primeira vez no Brasil. No entanto, a data está muito próxima para realizarmos uma nova Aventura”, informa o coordenador.

SegurançaA segurança foi um dos

pontos altos do evento, que praticamente não teve registros de ocorrências dentro da Vila da Aventura, a não ser pequenas coisas, como extravio de docu-mentos e furtos de uma carteira e de um telefone celular; “Todos os protocolos internacionais de segurança foram seguidos, o que resultou em baixíssimo número de atendimentos médicos e am-bulatoriais, ocorrências policiais e outros incidentes comuns em eventos desse porte”, destaca Gazaniga.

ProjeçãoCom relação a divulgação

do nome Itajaí no Brasil e exte-rior, estudos preliminares apon-

tam que o volume de material veiculado na imprensa (rádio, TV, impresso e internet) superaram todas as expectativas. Na mídia nacional a exposição do nome Itajaí superou a registrada durante a enchente de 2008. Já na mídia internacional o volume se com-para ao registrado durante a edi-ção 2011/2012 da Volvo Ocean Race. “Números que serão con-solidados e também apresen-tados no dia 24 de janeiro, jun-tamente com as prestações de contas e demais relatórios”, diz Gazaniga.

NúmerosForam 221.534 pessoas.

A área de entretenimento rece-beu 119.042 visitantes – 20.962 visitantes na Marejópolis, 26,4 mil pessoas assistiram ao cinema 3D, 7,48 mil pessoas visitaram o planetário, 31,3 mil pessoas visitaram as instalações do SESI, 5,6 mil pessoas participaram do projeto Contém Cultura e 27,6 mil visitantes estiveram no Beto Carrero World.

Já o programa de susten-tabilidade destinou 20,5 tonela-das de resíduos para reciclagem e recolheu 1,6 mil litros de óleo de cozinha usado. As atividades de educação ambiental conta-ram com a participação de 11 mil crianças em idade escolar.

Com relação ao programa VIP Solidário, 4,5 mil pessoas se cadastraram, gerando uma recei-ta de R$ 110 mil, distribuídos a 17 entidades participantes.

RegataDas 44 embarcações que

largaram de Le Havre, na França, em direção a Itajaí, 26 aportaram na cidade antes do fim da festa, dia 1° de dezembro. Um barco desistiu e o restante chegou nos dias seguintes. •

O coordenador do Cômite Organizador da Aventura, Amílcar Gazaniga, em conversa com

jornalistas fez um balanço positivo do evento

As crianças participaram ativamente da Aventura Pelos Mares do Mundo, em Itajaí.

Apesar das chuvas que caíram durante as duas semanas do evento, o público compareceu em

bom número na Vila da Aventura

Durante a Aventura Pelos Mares do Mundo, era comum ver o Centreventos e a Vila da Aventura tomadas pelo povo

Foram os 16 dias mais cosmopolitas

da história itajaiense

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Universidade do Vale do Itajaí (Univa-li) teve aprovado projeto no edital 061/2013 do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

(Pibid) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação (MEC), que beneficiará 894 bolsistas, 110 professores e 110 escolas municipais e estadu-ais da educação infantil, Ensino Fundamental, Ensi-no Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA), nos municípios de Itajaí e região entre 2014 e 2018.

O projeto aprovado atende alunos dos cur-sos de História, Pedagogia, Letras, Educação Física, Matemática, Música, Educação Especial e Psicolo-gia. Ele incentiva a formação de docentes com nível superior para a educação básica, contribuir para a valorização do magistério, e elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licen-

ciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica.

Também deve inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educa-ção, proporcionando oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tec-nológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino e aprendizagem.

O Pibid oferece bolsas de iniciação à docên-cia aos alunos de cursos presenciais que se dedi-quem ao estágio nas escolas públicas e que, quan-do graduados, se comprometam com o exercício do magistério na rede pública. No total, por meio do projeto aprovado pela Univali, serão concedi-dos R$ 20 milhões em bolsas de estudos ao longo dos quatro anos. •

EDUCAÇÃO

Univali aprova projeto de 20 milhões para bolsas de estudos

O projeto aprovado atende alunos dos cursos de História, Pedagogia, Letras, Educação

Física, Matemática, Música, Educação Especial e Psicologia

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 57

O governador Raimundo Colombo sobre-voou, no dia 28 de novembro, o terreno onde será construída a fábrica da BMW, em Araquari, no Norte do Estado. O

sobrevoo ocorreu durante a viagem do governador a Joinville.

Ainda em dezembro, será lançada a pedra funda-mental da fábrica. A licença ambienta para a instalação foi assinada no início deste mês pelo presidente da Fun-dação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma),

Gean Loureiro.A construção para a fábrica da BMW contará com

757 funcionários, além de 90 para a área administrati-va. Além disso, depois de construída, serão mais 1.150 empregos diretos para trabalhar na montagem dos 45 a 85 mil veículos que serão produzidos anualmente. Uma das exigências da Fatma é que o empreendedor utilize mão de obra local. A área total do empreen-dimento é de 492.750,00 km² e 252.520,00 km² de área construída. •

CARROS DE LUXO

Governador sobrevoa terreno onde será construída fábrica da BMW em SC

O sobrevoo ocorreu durante a viagem do governador a Joinville

Cláudio Thom

as/Secom

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58 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

Uma Assembleia Geral Ordinária elegeu, no dia 18 de novembro, a diretoria da Associação Empre-sarial de Itajaí (ACII) para a gestão 2014/2015. O diretor de Relações Institucionais da Multilog,

Eclésio da Silva será o presidente da ACII em eleição de con-senso e terá ao seu lado a empresária da pesca, Maria de Fátima Santos Silva como vice-presidente.

A diretoria executiva aclamada tem 15 nomes, dos quais apenas quatro não permanecem os mesmos do man-dato anterior: Marcelo de Almeida Heusi, da Heusi Comissa-ria de Despachos assumirá a vice-presidência de Assuntos do Porto e Comércio Exterior; Luiz Alves Mendes, da Mendes & Sibara ocupará a função de Secretário Geral; José Hum-berto Côrtes da Brasfrigo será o 1º secretário e João Carlos dos Santos, da Ativa – Invest Assessoria ocupará o cargo de Tesoureiro Geral.

A eleição ocorreu por aclamação e a comissão eleito-ral foi composta pelo vice- presidente de assuntos Legais e Governamentais, Gaspar Laus, que presidiu a comissão, pelo presidente da OAB-Subseção Itajaí, João Paulo Tavares Bas-tos Gama, pelo representante de todos os ex-presidentes da ACII, Marco Aurélio Seára Júnior, pelo representante do Conselho Fiscal e também associado mais assíduo da entida-de, Reinaldo José Wanderherc e pelo representante de todas

as entidades e instituições, o reitor da Univali Mário Cesar dos Santos. Todo processo eleitoral foi conduzido seguindo o estatuto da entidade e foi acompanhado por mais de 80 pes-soas, entre associados, diretores e conselheiros. A cerimônia de posse da nova diretoria da ACII acontecerá no dia 24 de janeiro na Sociedade Guarani.

Nova diretoria executiva gestão 2014/2015 Eclésio da Silva - Presidente - Multilog Maria de Fátima Santos Silva - Vice-Presidente – Riopesca Carlos Roberto Carvalho de Holleben - Vice-Presidente Assuntos da Indústria - Petrobras Samuel de Miranda Heusi - Vice-Presidente Assuntos do Comércio e Turismo – Tripservice Otílio Emílio “Lola” Dalçoquio - Vice-Presidente Assuntos de Prestação de Serviços - Dalquim Jucélia Ferreira - Vice-Presidente Assuntos da Pesca – Femepe Captura de Pecados Marcelo de Almeida Heusi - Vice-Presidente Assuntos do Porto e Comércio Exterior – Heusi Comissaria de Despachos Valter Néis - - Vice-Presidente Assuntos Micro e

Pequenas - Dinâmica RH Maria Izabel Pinheiro Sandri - Vice-Presidente Assuntos de Segurança, Meio Ambiente e Responsabilidade Social - Credifoz Mércio Jacobsen - Vice-Presidente Assuntos de Órgãos de Cooperação - Univali Gaspar Laus - Vice-Presidente Assuntos Legais e Governamentais - Laus Holtz Advogados Associados Luiz Alves Mendes – Secretário Geral – Mendes & Sibara José Humberto Côrtes – 1º Secretário – Brasfrigo João Carlos dos Santos – Tesoureiro Geral – Ativa-Invest Assessoria Jair Bondicz – 1º Tesoureiro - BRF•

DA MULTILOG

Eclésio da Silva é o novo presidente da ACII

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 59

O governador Raimundo Colombo recebeu, em fins de novembro, a diretoria da empresa ita-liana Cimolai, uma das maiores companhias do mundo do ramo metalúrgico. Colombo e o

presidente da empresa, Luigi Cimolai, assinaram um proto-colo de intenções para construção de uma fábrica metalúrgica na cidade de Içara, no Sul do Estado. O investimento por parte da empresa italiana será de cerca de R$ 25 milhões, anunciou o presidente da companhia.

Ainda não está definida a data para início das obras, mas a previsão é de que dentro do prazo de três anos a empresa esteja em plena atividade, com 100 empregados diretos e produzindo 10 mil toneladas de materiais por ano. Entre os produtos fabricados pela Cimolai em outras fábricas, estão estruturas metálicas para obras como pontes e viadutos, edi-fícios industriais, hangares e cascos de navios.

O representante da empresa no Brasil, Sergio Santon, diz que a logística favorável da região de Içara foi um dos pontos fundamentais para a escolha do local. A proposta é atender o mercado catarinense em uma primeira etapa e ex-pandir o atendimento para o restante do país e também para vizinhos do Mercosul nos anos seguintes. Esta será a primeira fábrica do grupo no Brasil.

Santon destacou também as parcerias com o Governo do Estado, que apresentou o plano de incentivos fiscais ad-ministrados pela Secretaria da Fazenda, e com a prefeitura de Içara, que concedeu o terreno para a empresa. “O Governo do Estado vê nos novos empreendedores algo muito positivo para Santa Catarina. Damos as boas-vindas ao grupo Cimolai e estamos à disposição para ajudá-los nesse empreendimento antes, durante e depois da construção da fábrica”, afirmou Colombo. •

DESENVOLVIMENTO

Italiana Cimolai vai investir R$ 25 milhões para construir fábrica em Içara, no Sul do Estado

O representante da empresa no Brasil, Sergio Santon, diz que a logística favorável da região de Içara foi um dos pontos fundamentais para a escolha do local

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Em reunião com os integrantes da missão da Fe-deração das Indústrias de Santa Catarina (Fies) à China, o gerente do Centro de Negócios da Apex-Brasil em Pequim, Cesar Yu, disse que para

competir com o mercado chinês é preciso agregar valor. Ele destacou a empresa catarinense Audaces, que alugou um espaço na Apex para vender seus serviços para os chi-neses e colhe bons resultados. Yu disse que uma das ten-dências do mercado interno chinês é o pagamento leasing, ou seja, as empresas brasileiras podem vender os produtos para consumidores chineses e cobrar mensalmente. Isso pode ser uma estratégia para aumentar a participação de mercado.

A delegação, liderada pelo vice-presidente regional da entidade, Alfredo Piotrovski, também participa da Hi-Te-ch, a feira número um em tecnologia da China. O evento é realizado em Shenzhen, no sul do país, e reúne três mil expositores de 60 países. O grupo visitou os pavilhões que apresentam novidades em produtos como impressoras 3D,

iluminação e painéis de LED, televisores e telas de diversos tipos, projetores, aparelhos celulares e tablets, fontes de energias limpas e automóveis elétricos.

Piotrovski lembra que Taiwan pode ser a porta de entrada para produtos catarinenses. “Taiwan tem um canal aberto com a China e está se transformando num mercado livre para que as empresas de outros países complemen-tem sua produção no país e isso facilitaria a entrada no mer-cado chinês”, afirma.

A Fiesc também visitou em Taiwan o Parque Industrial de Hsinchu para conhecer o modelo de gestão e buscar cooperação com as empresas instaladas no local. O em-preendimento reúne 460 companhias das áreas biomédica, biotecnologia, eletrônica e telecomunicações, emprega 130 mil trabalhadores e fatura anualmente US$ 27,6 bilhões.

A Federação visitou ainda o Conselho para o De-senvolvimento do Comércio Exterior de Taiwan (Taitra), organização de promoção comercial e de investimentos em Taiwan. •

DRAGÃO

Santa Catarina avalia estratégias para competir na China

Delegação catarinense na China

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62 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) organizou, no dia 27 de novembro, o seminário “Antidumping: A implementação do novo decreto e a regra de origem”, na Sociedade Nacional da

Agricultura (SNA). O evento contou com palestras de repre-sentantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MDIC), que explicaram aos participantes os pontos da nova regulamentação.

A primeira apresentação foi do diretor do Departa-mento de Defesa Comercial (Decom) da Secretaria de Co-mércio Exterior (Secex)/MDIC, Felipe Hees, que destacou a implementação do regulamento e as principais mudanças. Para Hees, o decreto nº 8.058 se adapta melhor à realidade do mercado nacional e busca garantir maior agilidade, já que o prazo médio de investigação passou de quinze para dez me-ses. Além disso, o Decom passará a elaborar um parecer de determinação preliminar, dentro do prazo de 120 dias do iní-cio da investigação, que poderá resultar na aplicação de direi-to provisório pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).

“O Brasil cresceu muito nos últimos anos e se tornou um mercado mais complexo. Um dos principais entraves que tínhamos com o decreto anterior era a lentidão dos proces-sos, o que não se enquadra mais no atual cenário econômico brasileiro. Além da redução do prazo médio e do parecer de determinação preliminar, também ampliamos significa-tivamente o número de investigadores, que passou de 25 para 62, uma medida que já estava prevista no Plano Brasil Maior”.

De acordo com o vice-presidente executivo da AEB, Fábio Faria, que atuou como moderador do primeiro painel do seminário, “o novo decreto traz maior celeridade ao cum-primento de prazos e, por meio da obrigatoriedade de de-terminação preliminar, os processos de investigação também ganham em termos de transparência e eficácia”.

O segundo painel tratou da questão da regra de ori-gem, oportunidade em que o diretor do Departamento de Negociações Internacionais (Deint) da Secex/MDIC, Márcio Lima, destacou que os processos investigativos são feitos em sinergia entre a Secex e a Receita Federal, de forma a evitar duplicidade de esforços. “A Secex faz a investigação no licen-ciamento de importação, ou seja, a fase anterior à entrada do produto no mercado nacional. Já a Receita Federal responde pela investigação no momento do despacho. Por isso, é fun-damental a coordenação perfeita entre esses dois órgãos”, explica.

Sobre esse tema, Marília Castañon, integrante do Con-selho Técnico da AEB e ex-Coodenadora Geral do Decom, ressaltou a necessidade de se definir o órgão responsável pela determinação da origem quando ficar caracterizada a fraude.

O evento também contou com a participação do pre-sidente e do vice-presidente da AEB, José Augusto de Cas-tro e Mauro Laviola, respectivamente; e dos conselheiros da AEB: o professor Paulo Ferracioli; a consultora e ex-diretora do Decom, Mariluce Pagano; o advogado Thiago Santos Bar-roca, do escritório Noronha Advogados; e a consultora e ex-diretora do Deint, Rosária Costa Batista. •

CELERIDADE

AEB promove Seminário para discutir práticas de antidumping

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 63

BOAS NOTÍCIAS

Em Brasília, governador e presidente Dilma anunciam duplicação da BR-280

Em ato em Brasília, no dia 3 de dezembro, o governador Raimundo Colombo e a presidente Dilma Rousseff par-ticiparam do ato de assinatura da ordem de serviço para a duplicação da BR-280, entre São Francisco do Sul a

Jaraguá do Sul, no Norte Catarinense. Os investimentos chegam a quase R$ 1 bilhão.

“É um dia muito especial para Santa Catarina. A duplicação da BR-280 vai trazer segurança, agilidade e eficiência para toda a população. É uma obra estratégica, que vai contribuir com o desenvolvimento de todo o Estado, permitindo uma maior in-tegração entre os nossos portos e atendendo às demandas que surgem com os novos investimentos em andamento na região”, afirmou o governador Raimundo Colombo.

A obra completa compreende três lotes, que juntos so-mam R$ 972,5 milhões em investimentos, garantindo a dupli-cação de 74,6 quilômetros de rodovia, com 31 viadutos, quatro pontes, duas passarelas e dois túneis. Nesta terça-feira, foram assinadas as ordem de serviço de dois lotes (lotes 2.1 e 2.2, veja descrição abaixo).

O primeiro lote também já foi licitado, mas como uma das empresas derrotadas entrou com recurso, é preciso responder ao pedido da empresa antes da assinatura da ordem de serviço do trecho. A expectativa é de que o caso seja resolvido nos pró-ximos dias. De qualquer forma, as obras nos outros dois lotes podem ter início de forma independente do primeiro.

Os trabalhos na estruturação dos canteiros dos lotes 2.1 e 2.2 começam agora e as obras terão início dentro de, no máxi-mo, 30 dias. O cronograma prevê a conclusão de duplicação dos três lotes em cerca de três anos.

“Quando estive em Santa Catarina, em novembro, junto ao governador Raimundo Colombo, inauguramos um novo ber-ço do Porto de São Francisco do Sul, que vai permitir a amplia-ção no movimento de carga. Ao produzir esse movimento, nada mais justo do que se olhar agora para a questão de acesso ao porto. E a duplicação dessa rodovia vai melhorar não só o fluxo de mercadorias, como também o de pessoas. Estamos muito felizes em confirmar esse investimento”, discursou a presidente Dilma.

“Todo esse esforço é resultado de uma parceria efetiva com o Governo do Estado de Santa Catarina, que tem sinaliza-do as obras mais importantes e a necessidade de rapidez nestas obras”, acrescentou a presidente, ressaltando que já cobrou agi-lidade nas providências para que a ordem de serviço do lote 1 também possa ser assinada nos próximos dias.

Acompanharam o governador Colombo em Brasília, en-tre outras autoridades, os secretários de Estado da Infraestrutura, Valdir Cobalchini; da Fazenda, Antonio Gavazzoni; e da Articula-ção Nacional, João Matos; os senadores Luiz Henrique da Silvei-ra e Casildo Maldaner; deputados federais e estaduais; e prefeitos da região do Norte Catarinense.

Também participaram do evento o ministro dos Transpor-tes, César Borges, e a ministra da Secretaria de Relações Insti-tucionais, Ideli Salvatti. “Essa é uma importante rodovia que já há algum tempo demanda a duplicação. Estamos tomando todas as ações para que o investimento garantido para estes três anos traga mais segurança, desafogue o trânsito e garanta um melhor acesso para o porto de São Francisco do Sul”, afirmou o ministro Borges. •

Jaqueline Noceti / Secom

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64 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

Santa Catarina vai sediar em 2014 mais um grande evento internacional no setor náutico: Le Salon,

que será realizado em Itajaí. O lançamento nacional do evento ocorreu no dia 21 de novembro. O Itajaí Le Salon já foi oficialmen-te apresentado no Grand Pavois, uma das cinco maiores feiras náu-ticas internacionais e flutuantes do mundo. Participaram do lança-mento o Prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, o diretor geral da Asso-ciação Grand Pavois,Christophe Vieux, e o Cônsul Geral da França em São Paulo, Dabier Loras.

O Salão, inédito no Bra-

1º Salão Náutico Internacional é lançado em Itajaí

FEIRA © JM

. Rieupeyrout

© JM

. Rieupeyrout

O Itajaí Le Salon já foi oficialmente apresentado no Grand Pavois

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Economia&Negócios • Dezembro 2013 • 65

sil, será realizado de 11 a 16 de fevereiro de 2014, coin-cidindo com a chegada da Regata Velas Latino América na cidade. Reunindo cerca de 100 expositores mundiais e mais 70 embarcações expostas na água, o salão irá promover os produtos dos profissionais do setor náutico brasileiro e inter-nacional, expondo-os em terra e na água. O evento também contará com uma programação paralela à feira, com fóruns e debates.

“O Le Salon seguirá os moldes do seu irmão Grand Pavois e certamente entrará para o calendário mundial dos eventos do setor”, explica o diretor geral da Associação Grand Pavois, Christophe Vieux, uma das principais referên-cias mundiais do setor e que já organizou regatas à vela no Brasil. O Grand Pavois reúne todos os anos 850 expositores internacionais de 35 países, 700 barcos e recebe 100.000 visitantes durante seis dias de exposição.

Segundo Vieux, Itajaí foi a cidade escolhida para a pri-meira edição brasileira de um evento da organização devido ao seu grande potencial náutico e localização estratégica. “Ita-jaí é a capital do setor náutico e o Le Salon será o primeiro salão de porte internacional realizado no Sul do Brasil. Certa-mente, iremos alavancar o desenvolvimento não só da cida-de, mas de toda Santa Catarina”, destaca Vieux.

“Além dos navios e da pesca, Itajaí começa a ser lem-brada mundialmente como polo náutico. A vinda de eventos importantes nesse setor para a cidade mostra que estamos no caminho certo” falou o prefeito Jandir Bellini.

O evento será realizado no mesmo período da Regata Velas Latino-América, uma competição que reúne na Cida-de oito dos maiores veleiros da América do Sul. Assim, os

visitantes poderão conhecer grandes veleiros como o Cisne Branco, navio da Marinha Brasileira.

Assim como o Grand Pavois, salão náutico internacio-nal flutuante, o Le Salon também acolherá um convidado de honra. No evento, Itajaí irá receber a delegação do departa-mento francês Charente-Maritime, interlocutor essencial da indústria náutica francesa, europeia e mundial, além de ser um dos polos mundiais do setor náutico.

O “estado” reúne cerca de 400 empresas especializa-das da indústria náutica, como Fountaine Pajot, Dufour Yachts, Nautitech, Chantier Amel, Rhéa Marine, Fora Marine, etc. Além disso, sua capital La Rochelle oferecerá mais de quatro mil vagas em seu porto em 2014, que será o maior porto de lazer da Europa.

EstruturaO Itajaí Le Salon contará com espaços cobertos em

terra, no interior do pavilhão de exposição, e também expo-sição externa no deck, apresentando os barcos e lançamen-tos do setor náutico. Também haverá produtos para testes e demonstrações para o público poder descobrir diversos tipos de atividades náuticas como velas, wakeboard, jet ski, pesca, paddle, além de experimentar ao vivo as embarcações.

O evento terá horários flexíveis para visitação. A en-trada será gratuita das 19h às 22h e para convidados das 12h às 19h.

O salão tem apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, do Ministério do Turismo, da Associação dos Muni-cípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri) e da Associação Catarinense de Marinas, Garagens Náuticas (Acatmar). •

Nelson Robledo

Reunindo cerca de 100 expositores mundiais e 70 embarcações expostas na água, o salão irá promover os produtos dos profissionais do setor náutico

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66 • Dezembro 2013 • Economia&Negócios

FISCALIZAÇÃO

O Conselho Regional de Administração de San-ta Catarina (CRA-SC) inaugurou, no dia 25 de novembro, a Macro-delegacia da Regional de Itajaí, a segunda delegacia na região do Vale ca-

tarinense, que já conta com uma unidade em Blumenau. De acordo com o presidente do Conselho, Antônio Carlos de Souza, o foco do trabalho será de orientação quanto ao pa-pel dos administradores nas empresas da região. “Queremos, com ações efetivas de conscientização garantir que as empre-sas da região de Itajaí tenham administradores capacitados, éticos e comprometidos”, afirma.

Eventos, visitas às instituições de ensino e empresas e representação institucional estão entre os objetivos da Dele-gacia, instalada nas dependências da Associação Empresarial de Itajaí (ACII) - entidade que foi representada na ocasião pela presidente Maria Isabel Pinheiro. Segundo a empresária, a Associação será uma grande parceria do Conselho na região. “O papel do CRA-SC é fundamental na orientação dos pro-fissionais de administração que as universidades da região co-locam todos os anos no mercado e que irão atuar nas nossas empresas”, explicou.

Na delegacia, o CRA-SC manterá corpo técnico es-

pecializado para atendimento aos administradores da região, sob o comando do delegado da região, administrador Marco Hams Dias. Entre os motivos da presença do Conselho na região estão a força da indústria e do comércio locais, assim como o Porto de Itajaí, presente na inauguração da delegacia por meio do seu presidente, Antônio Ayres dos Santos Jr.

Destacam-se ainda o potencial turístico da região e a presença de importantes instituições de ensino, e crescimen-to da construção civil. Além de atuar em Itajaí, a unidade vai atender também administradores de cidades da região como Navegantes, Itapema e Balneário Camboriú, ampliando o tra-balho de fiscalização. O CRA-SC defende que cargos geren-ciais em empresas e instituições públicas devem ser ocupados por administradores registrados.

Encontro de diretoresNo mesmo dia da inauguração da delegacia, a direto-

ria do CRA-SC realizou reunião de planejamento para 2014, ocasião em que se discutiu ações estratégicas para a categoria e para o Conselho, inclusive, levando em consideração que se trata de um ano de eleições e de grandes eventos esporti-vos em todo o país. •

Itajaí e região ganham delegacia do CRA-SC para orientar empresas sobre o papel do administrador

Orientar as empresas sobre

o papel do administrador

é uma das funções do

CRA-SC em Itajaí

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