Alta performance na colheita
Com a BC8800, a Valtra define uma nova classe VIII de colheitadeiras, oferecendo
mais capacidade de trabalho com menos consumo de energia
Valtra do Brasil | Edição 11 | Ano 4 | Agosto 2014
&VOCÊREVISTA
Protagonista ValtraEnfardadora Challenger LB34B e BT190 impulsionam segunda fonte de renda em Macatuba (SP)
Produto TratorO trabalho do Série A Geração II em pequenas propriedades no Rio Grande do Sul
TRATORES SÉRIE A GERAÇÃO II
Tratores mais fortes, versáteis e econômicos da categoria.
www.valtra.com.br valtravideosvaltraglobal
SUA MÁQUINA. DE TRABALHO.
TRANSMISSÃO SINCRONIZADA Facilidade na troca de marchas e baixo nível de ruído
CAPÔ BASCULANTE Com design mais arrojado, de fácil manuseio
ALTO DESEMPENHO Maior capacidade de levante do mercado
ECONÔMICO 9% de economia de combustível nas faixas de rotação de trabalho
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sumário // Expediente
4 | EDiToriAL Alfredo Jobke fala das novidades da Valtra para pequenos, médios e grandes produtores
5 | VALTrA rEsPoNDE saiba o que é rTK e os seus benefícios
10 | Por DENTro DA VALTrA Veja como é feita a produção dos novos tratores da linha leve da Valtra
17 | iNoVAÇÃo Trator série s com cabine reversível TwinTrac
18 | FusE TEchNoLogiEs Valtra oferece plano de certificação para desenvolver a rede de concessionárias
20 | ProDuTo PuLVEriZADor Fábio e rony Deganutti trabalham com dois Bs3020h em são Jorge do ivaí (Pr)
22 | ProDuTo TrATor série A geração ii conquista clientes do interior do rio grande do sul
26 | NossA TErrA o crescimento da procura por produtos certificados no Brasil
31 | PrEsENÇA gLoBAL Primeiro Dia de campo da
concessionária Vetasa em honduras
32 | AcoNTEcE Feiras, eventos e ações da Valtra e de sua rede de concessionárias
34 | coNhEcimENTo o Pinhão na culinária e Num clima de Prosa
6
28
13
ProTAgoNisTA VALTrA
coNsErVAÇÃo
iNoVAÇÃo
Sócios da Agrícola 3 Lagoas, no interior de São Paulo, têm no recolhimento da palha sua segunda fonte de renda
Manutenções são fundamentais para maior disponibilidade dos pulverizadores
BC8800: colheitadeira de alta performance com conceitos inovadores e tecnologia avançada
Rua Capitão Francisco de Almeida, 695 Brás Cubas – CEP: 08740-300Mogi das Cruzes – SP – Brasil www.valtra.com.br
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A revista Valtra & Você é uma publicação trimestral da Stampa para a Valtra do Brasil Ltda, impressa em papel Couché Brilho 230 g/m² (capa) e Couché Fosco 90 g/m² (miolo).
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Esta revista é impressa em papel com a certificação FSC® (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente responsável da matéria-prima florestal.
EDiToriAL // Agosto de 2014
Produtividade em alta
O compromisso da Valtra é oferecer equipa-
mentos agrícolas de qualidade e todo o su-
porte necessário para que os produtores ru-
rais potencializem seu rendimento na agricultura e na
pecuária. Uma prova disso é o ingresso da marca na
classe VIII de colheitadeiras, com o lançamento da
axial BC8800. Esta máquina oferece a mais alta tec-
nologia e a melhor relação litros por tonelada colhida
entre as axiais da categoria no mercado brasileiro. A
BC8800 atende a demanda dos agricultores que pos-
suem grandes propriedades, que precisam de equipa-
mentos robustos para aumentar a sua produtividade.
A Valtra também investiu recentemente em sua
linha leve de tratores, destinada para as pequenas e
médias propriedades, com a Série A Geração II e a
Série A Fruteiro. Estes tratores conquistaram princi-
palmente muitos clientes de agricultura familiar com
mais versatilidade e economia, como mostra uma das
matérias desta edição da revista Valtra & Você, que traz
um pouco da história e as boas práticas desses produ-
tores rurais. A equipe de reportagem também acompa-
nhou a produção desses novos tratores na fábrica da
Valtra em Mogi das Cruzes (SP).
Nesta edição, destacamos ainda a nova Série S com
cabine reversível, o trabalho de agricultores com plan-
tadeiras pneumáticas e com pulverizadores BS3020H
e o movimento das certificações agrícolas no Brasil.
Além disso, reforçamos a importância da realização de
revisões preventivas nos pulverizadores.
Boa leitura!
Alfredo JobkeDiretor de marketing da AGCO América do Sul
4 revista Valtra & Você
O que é RTK e quais são os benefícios para o produtor?
VALTrA rEsPoNDE // Interatividade
com a palavra, o leitorA Valtra & Você busca, a cada edição, produzir um
conteúdo alinhado com os interesses do leitor. Por
isso a interatividade é tão necessária. Escreva para
a nós e apresente a sua sugestão sobre assuntos
que gostaria de ler nas páginas da revista, seja
sobre máquinas, culturas, tecnologias, entre outros.
Compartilhe as suas ideias, as suas críticas e a sua
opinião por meio dos seguintes endereços:
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RTK é o método de correção de sinal de GNSS (Sistema de Navegação Global por Satélite) mais preciso existente hoje no mercado para aplicações com uso de piloto automático. A sigla RTK traduzida significa Posicionamento Cinemático em Tempo Real. A correção é fei-ta com o uso de uma estação base de referência que transmite sinal via rádio UHF, sendo que esta base pode ser móvel ou fixa. Ambas asseguram um erro de passada a passada de até 2,5 cm, porém a base fixa garante a repetibilidade para operações de máquinas no campo. Os principais benefícios, além da melhor precisão do mercado para sistemas de direcionamento automático, são expansão da eficiência operacional, menor consumo de combustível, ganho de produtividade no plantio e otimização na aplicação de insumos, tudo aliado para garantir que o produtor diminua custos e, consequentemente, aumente seu lucro com a lavoura.
gerson Filippini Filho Coordenador de marketing do produto – soluções em tecnologia avançada da Valtra
revista Valtra & Você 5
ProTAgoNisTA VALTrA // Agrícola 3 Lagoas
o gosto doce da palha da cana-de-açúcar
Bettina Schünke Güenter, de Macatuba (SP) // Fotos: Roberto Cesar
Para aproveitarem a palha seca que ficava nas plantações após a colheita da cana, sócios da Agrícola 3 Lagoas compraram uma enfardadora Challenger LB34B e um trator BT190 e hoje têm no recolhimento da palha sua segunda fonte de renda
Quem chega a Macatuba (SP) observa pelo cami-
nho uma grande área de cana-de-açúcar, que toma
conta de muitos hectares de terra do município e
de cidades vizinhas. Uma dessas terras pertence a Marcos
Luís Geraldi e Jorge Luiz Morelli, agrônomos, sócios da
Agrícola 3 Lagoas e produtores de cana há mais de 10 anos.
Na Fazenda São José, localizada entre os municípios
de Macatuba e Lençóis Paulista (SP), a principal fonte
de renda é a cana-de-açúcar, que depois de plantada e
colhida é vendida para a usina São José, da Zilor Energia
e Alimentos, que transforma a matéria-prima em açúcar,
etanol e energia de biomassa.
Mas como nada se perde na Agrícola 3 Lagoas, a pa-
lha que ficava no chão após a colheita da cana passou a
ser também fonte de renda. Com a ajuda da enfardadora
Challenger LB34B e do trator BT190 da Valtra, a palha é
recolhida e vendida também para a usina, que a transforma
em energia de biomassa. “A palha é a sobra do processo
de limpeza da cana na colheita. Aproveitando o momento
da falta de energia elétrica, a palha representa uma nova
oportunidade de ganho”, comenta Geraldi.
Outro fator que incentivou o recolhimento do material
foi a redução da queima da palha. “Recolhíamos a cana e
a palha nós queimávamos. Após o Protocolo Ambiental da
6 revista Valtra & Você
realizada em meados de julho, a máquina já tinha produzido
74.717 fardos em 1.472 horas de operação.
A enfardadora e o trator trabalham de abril a dezembro
nos 5.400 hectares de terra, fazendo fardos de 350 a 400
quilos. O recolhimento é diário, e são enviadas cerca de
120 toneladas de palha por dia para a usina. “Compramos
os dois juntos, trator e enfardadora. Eles assinaram o pacto
nupcial. O conjunto é perfeito, realmente casou. A dupla é
até que a morte os separe”, comenta Geraldi. Segundo ele,
o consumo na operação é de 14 a 16 litros de diesel por
hora, dependendo do volume de palha que tem na lavoura.
Na entressafra, o produtor utiliza o trator também para ou-
tras operações como no plantio e no preparo de solo. Ele
conta com dois operadores de enfardadora, um de enlei-
rador, dois carregadores e dois motoristas para realizar o
trabalho com a enfardadora e o trator.
Para recolher o material, é necessário ficar atento a duas
condições para o enfardamento: impureza mineral e a umi-
dade. “No inverno você tem o orvalho da madrugada, que
seca em torno de 9h30, 10h da manhã. Temos que aguardar
secar para poder trabalhar, se não forçamos a máquina, o
que aumenta os gastos com a manutenção. As máqui-
nas seguem recolhendo até as 21h.” Os funcioná-
rios se dividem em dois turnos: das 6h às 14h
e das 14h às 22h. Até as 9h são realizadas
limpeza e manutenção nas máquinas.
Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, a área sem quei-
mar foi aumentando a cada ano e hoje está proibida em 100%
da área mecanizável. Com isso, a colheita mecanizada crua
foi aumentando e a palha começou a ser utilizada na cogera-
ção de energia.” Além disso, Geraldi explica que a palha é um
abrigo natural para pragas que antes eram controladas com
o fogo. “Não estamos olhando só para o lado financeiro do
recolhimento, mas nós temos que tirar a palha para comba-
ter a infestação de pragas. Então é uma prática que auxilia a
manutenção da produtividade da cana. A finalidade principal
é a limpeza da lavoura e a diminuição da probabilidade de
infestação de pragas”, comenta.
O trabalho de enfardar
A enfardadora LB34B da Agrícola 3 Lagoas foi uma das
primeiras máquinas a serem importadas para o Brasil. Sua
aquisição foi em 2011, depois de o produtor rural testar vá-
rios tipos de máquinas para o trabalho. “Nós acreditamos na
enfardadora Challenger e resolvemos comprar uma. Testamos
outras marcas que fazem o mesmo processo, mas, na minha
opinião, em termos de rendimento operacional, a Challenger
é umas das melhores. Foi amor à primeira vista”, disse entre
risos. A compra foi realizada pela concessionária Comper de
Lençóis Paulista após a realização de testes de campo na Agrí-
cola 3 Lagoas em 2010. Em 2014 a máquina está completan-
do a sua terceira safra. Até a visita da Revista Valtra & Você,
revista Valtra & Você 7
ProTAgoNisTA VALTrA // Agrícola 3 Lagoas
O potencial da palha
Recolhendo cerca de 10 a 12 mil toneladas de
palha por ano, Geraldi garante que o potencial para
sua lavoura é de 25 mil toneladas por ano. “Se as coi-
sas se encaixarem como estamos planejando, nós va-
mos trabalhar provavelmente com duas máquinas, para
recolher o máximo de área possível e assim baixar os
custos fixos.” Ele conta, orgulhoso, que o pico de traba-
lho das máquinas neste ano foi de 520 fardos por dia, e
isso sem aproveitar a carga máxima das máquinas, para
não prejudicar os equipamentos.
A produtividade das terras gera cerca de 380 mil tone-
ladas anuais de cana-de-açúcar. O trabalho com a usina
se dá através do modelo de Parceria Agrícola, em que a
Zilor arrenda as propriedades rurais para parceiros, que
fazem o cultivo da cana. A usina se compromete a com-
prar toda a produção, a preço de mercado e em contratos
de longo prazo. “O preço pago pela tonelada de palha
depende da umidade e da impureza mineral no fardo. É
um processo bem criterioso e justo, inteiramente baseado
na qualidade da palha”, completa Geraldi.
Família e sucessão
Natural de Piracicaba (SP), Geraldi tem 55 anos e se
formou em agronomia pelo Centro Regional Universitá-
rio de Espírito Santo do Pinhal (SP), em 1983. Ele vem de
uma tradição de produtores de cana-de-açúcar na família.
“Temos o melado da cana no sangue. Meus avós sempre
foram produtores de cana-de-açúcar na região de Piraci-
caba. Meu pai tinha formação em nível primário e sem-
pre trabalhou e tomou conta de lavoura e das finanças da
Geraldi (esq) com representantes da
Concessionária Comper e funcionários da fazenda
Além do lado financeiro, Marcos Luís Geraldi recolhe a
palha para combater a infestação de pragas na lavoura
8 revista Valtra & Você
família. Era um administrador”, conta. Quando o avô
faleceu, seu pai e tio tomaram conta da produção da fa-
mília e Geraldi sempre os ajudou no trabalho do cam-
po. Só parou de ajudar quando foi para a faculdade.
De vez em quando, ele e o sócio se arriscam a
plantar outras culturas como café, milho e sorgo,
mas o foco principal é a cana-de-açúcar. “Meu pai
sempre falava que o agricultor é o cara mais teimoso
do mundo. Ele está na pior, mas não desiste e conti-
nua sendo agricultor”, relata.
Outro destaque da família é a paixão pela agrono-
mia, são 14 profissionais entre tios, primos e filhos.
“Minha filha é formada em agronomia e trabalha
em uma usina. Meu filho mais novo está estudando
agronomia e atualmente está em um intercâmbio pelo
programa Ciência Sem Fronteiras.” Sobre deixar o
trabalho do campo para os filhos, Geraldi já tem seus
planos. “Nós caímos no mundo e a mesma coisa esta-
mos fazendo com os nossos filhos. Não pretendemos
deixar uma herança para eles, mas sim trabalhar com
a sucessão. Nossos filhos têm que estar preparados
para tocar o negócio. Nosso sonho é profissionalizar
e deixar para nossos filhos. O duro vai ser aposentar”,
brinca.
Nas horas vagas, gosta de pescar e viajar. Ele e sua
esposa, Sônia, já conheceram alguns países da Euro-
pa. Sua viagem preferida foi para Turquia, realizada
no ano passado. “A Capadócia é muito diferente, pas-
sear nos balões foi uma experiência única, indescri-
tível.” Para o futuro, o casal está organizando uma
viagem para o leste europeu.
Valtra e você
“Pelo tempo que temos de relacionamento com a mar-
ca, temos um trabalho positivo com eles”, comenta Geraldi
quando questionado sobre o relacionamento com a Valtra e
a concessionária. Ele lembra que os primeiros tratores ad-
quiridos para o trabalho nas suas terras foram da Valtra.
Além da enfardadora, Geraldi trabalha com diversas má-
quinas da marca. BH180, BM110, BT190, BT170, BT210
são alguns dos equipamentos vistos na fazenda.
João Carlos Rossi, mais conhecido como Pilão, consul-
tor de vendas da concessionária Comper, confirma a infor-
mação e diz que a primeira máquina comprada foi o trator
BH180. “São 10 anos de relacionamento com a Comper.
Já fidelizamos o cliente e temos expectativas de vendas de
tratores novos”, garante Pilão. Sobre a Challenger, o ven-
dedor destaca: “A máquina estava numa outra propriedade
e resolvemos oferecer para o Geraldi testar. Ele gostou e
comprou”. “A gente tem uma confiança muito grande
na concessionária, não só pela amizade, mas pela
honestidade na hora de negociar e o bom aten-
dimento no pós venda”, finaliza Geraldi.
A enfardadora Challenger LB34B de Geraldi foi uma das
primeiras máquinas a serem trazidas para o Brasil, em 2011
revista Valtra & Você 9
Do projeto paraBettina Schünke Güenter, de Mogi das Cruzes (SP) // Fotos: Roberto Cesar
Em Mogi das Cruzes (SP) está localizada a linha de produção dos tratores Série A Geração II e Série A Fruteiro. Conheça as etapas e os processos de desenvolvimento e de montagem dos tratores até chegarem à sua fazenda
Os tratores da linha leve Série A Geração II e Série
A Fruteiro são os novos xodós dos agricultores. Pe-
quenos, versáteis e eficientes, eles chegaram para facilitar
os processos produtivos no campo. Mas você sabe como
é feita a montagem dessas máquinas? A reportagem da
Valtra & Você foi até a fábrica em Mogi das Cruzes (SP)
para acompanhar a produção e trazer informações sobre
o projeto desses tratores.
Desenvolvendo o produto
O processo de desenvolvimento da nova linha levou cerca
de três anos, ocorreu em solo brasileiro e foi elaborado para
substituir a existente. “Para a Geração I, pegamos o melhor
a sua fazenda
de três produtos que já tínhamos e transformamos no Série
A. Para a Geração II, trazemos uma série de melhorias e uma
complementação, que é um trator nessa faixa de potência
com cabine. Traz também o Série A Fruteiro”, conta Júlio
Alvarenga, engenheiro da AGCO.
Conforme explica Paulo Vilela, gerente da engenharia
de produto da AGCO América do Sul, o setor trabalhou em
conjunto com outros departamentos. “O time multifuncional
trabalhou com uma interação muito forte para chegar ao re-
sultado final. Tentamos trazer o máximo de informações de
todas as áreas para fazer os ajustes enquanto o trator ainda
estava no virtual”, completa Paulo.
Por DENTro DA VALTrA // Nova produção de tratores
10 revista Valtra & Você
Da logística à produção
Depois de montados os primeiros protótipos, chega o
momento de inseri-los na linha de montagem da fábri-
ca. O responsável por isso é o setor de manufatura, que
desenvolve o programa de lançamento do novo produto
na linha de produção.
Conforme Wagner Souza, diretor da manufatura da
AGCO – planta de Mogi das Cruzes, até os novos tra-
tores serem incluídos na linha de produção, foi preciso
passar por várias etapas. “Vamos acompanhando as fases
do projeto. Depois da montagem do protótipo no labo-
ratório, fazemos as primeiras montagens dele na linha
de produção, quando testamos as possibilidades de mon-
tabilidade. É nessa fase também que detectamos todas
as necessidades”, detalha Wagner. É a manufatura quem
define toda a logística de produção, desde as ferramentas
que serão utilizadas nos novos tratores até verificar se o
carro que transporta o trator tem tamanho suficiente.
O lançamento da nova linha do Série A no mercado
ocorreu no início do ano. A substituição do Geração I
para o Geração II levou cerca de dois meses, conforme
Wagner: “Planejamos a chamada curva de produção.
Geralmente nós fazemos uma curva do produto que está
entrando e outra do produto que está saindo de linha: o
novo produto atinge o volume estimado de produção e o
produto que está saindo chega a zero”.
A linha de montagem do motor de três cilindros também está localizada na planta de Mogi das Cruzes
A Valtra produz 52 tratores por dia, entre Série A e outros modelos. É um trator saindo da linha de produção a
cada 7 minutos e meio
revista Valtra & Você 11
Por DENTro DA VALTrA // Nova produção de tratores
Etapas da produção
A Valtra trabalha com um mix de montagem em sua linha
de produção, ou seja, os vários modelos de tratores são fa-
bricados de acordo com a demanda do mercado, intercalando
máquinas grandes e pequenas. “O planejamento da produção é
realizado com base na demanda de nossos clientes e com mix
de produção balanceado entre as linhas de produto, visando
evitar desperdícios nos processos”, explica Manoel Silva Fi-
lho, gerente de melhoria contínua.
A linha de produção da Valtra tem 29 postos de montagem
em uma área de 20 mil m². Em cada posto, novas peças são
colocadas no futuro trator. Cada posto de montagem tem 7 mi-
nutos e meio para colocar o seu componente na máquina e,
dependendo da peça, trabalham um ou mais funcionários.
Ao longo da linha existem Quality Gates, onde é verificada
a qualidade do produto durante o processo. No final da monta-
gem existe a última inspeção de qualidade, em que são testados
todos os componentes da máquina, para garantir que o produto
saia em perfeitas condições de uso.
A montagem do motor e da cabine e o processo de pintura
dos componentes não são feitos na linha de produção. Como
são etapas que exigem mais tempo, elas possuem suas próprias
linhas de produção. “O processo de pintura do powertrain leva
em torno de uma hora. São oito postos só neste processo, que
trabalha em sincronia com a linha de montagem para garantir o
fluxo contínuo da produção”, esclarece Manoel.
A planta da Valtra produz 52 tratores por dia, entre Série
A e outros modelos. São 3h37min para uma máquina passar
por todos os postos de montagem (sem contar o tempo de
montagem do motor, da cabine e da pintura). É um trator
saindo pronto a cada 7 minutos e meio.
motor de três cilindros: o pequeno potente
Destaque nos tratores Série A Geração II e Série A Fruteiro, o motor de três cilindros também é montado na planta de Mogi das Cruzes. O dife-rencial desse motor, conforme explica Ricardo Huhtala, diretor da AGCO Power América do Sul, é sua construção robusta que permite tirar mais potência em cada cilindro. “Isso traduz em uma menor quantidade de peças girando, se desgastando e um menor custo de manuten-ção, além de ser mais compacto”, disse.
Hoje, no Brasil, o três cilindros é usado apenas nos tratores de linha leve. Ele também é utilizado em tratores produzidos na Valtra da Finlândia e na Fendt, empresa do grupo AGCO, da Ale-manha. “As pessoas pensam que a potência do motor está ligada à quantidade de cilindros do motor, mas não é mais assim. O motor de três cilindros é a prova disso. Hoje vamos adicionan-do outros acessórios que o deixa mais potente, como turbina e injeção direta”, completa Ricardo.
A última inspeção de qualidade garante que o produto saia em perfeita condição de uso
12 revista Valtra & Você
iNoVAÇÃo // Colheitadeira BC8800
Roberto Villar Belmonte // Fotos: Nilson Konrad
um novo conceito de colheitadeira classe VIIIAlimentada com motor AGCO POWER de 9,8 litros e sete cilindros em linha, a BC8800 recebe mais potência e entrega mais capacidade
A agricultura empresarial brasileira tem procu-rado por colheitadeiras que ofereçam maior capacidade de operação, robustez e confia-
bilidade. Para atender a esta demanda dos grandes produtores de grãos, chega ao mercado neste segundo semestre de 2014 a BC8800. Dentro da classe VIII, esta nova máquina axial da Valtra tem a melhor rela-ção litros por tonelada colhida.
Um novo sistema de trilha e separação garante mais capacidade de trabalho com menos consumo de ener-gia. O rotor, alimentado uniformemente, recebe mate-rial em quase todos os seus 360 graus, o que reduz o
esforço e a demanda por potência. “A BC8800 não é uma evolução, mas sim uma nova classe VIII”, infor-ma Douglas Vincensi, gerente de marketing do produto colheitadeira da AGCO América do Sul.
O processador da colheitadeira BC8800 foi proje-tado para que o produtor rural consiga trabalhar nas condições mais difíceis de colheita, acrescenta ele, com menos custo e mais autonomia de trabalho. “Foi para isso que a Valtra investiu no desenvolvimento desta nova colheitadeira axial. Com tecnologias mais eficientes, trata-se de uma máquina classe VIII real, de alta performance”, ressalta Douglas.
A BC8800 que a Valtra está
lançando no mercado em
2014 é uma máquina de alta
performance com conceitos
inovadores, sistemas inéditos
e alto nível tecnológico
revista Valtra & Você 13
iNoVAÇÃo // Colheitadeira BC8800
A nova colheitadeira axial BC8800, única classe VIII do mercado com pneus 620/70R42, trabalha com as plataformas de milho Série 500 da Valtra (foto), disponíveis com 15 a 18 linhas e espaçamentos variando de 45 a 90 cm, e também com as plataformas Draper de 35 e 40 pés
Inovadora e simples
As primeiras BC8800 fabricadas em Santa Rosa (RS)
começam a ser entregues em outubro. No entanto, a nova
colheitadeira classe VIII já trabalhou nas principais regiões
agrícolas do Brasil. “É uma máquina top do mercado. Supe-
rou as expectativas”, afirma Iomar Pedro Razera, diretor da
concessionária Razera Agrícola e produtor rural nas regiões
noroeste e central do Rio Grande do Sul.
“A BC8800 é uma colheitadeira inovadora, de alto
rendimento. Simples e de grande capacidade. O fluxo da
trilha é intenso. O sistema de ar só ela tem. Faz uma lim-
peza em etapas, resultando em um grão de muita qualida-
de. Ela não fica devendo para nenhuma outra colheitadei-
ra, pelo contrário, coloca a Valtra em grande vantagem
devido a sua alta produtividade”, avalia Iomar.
Marcos Morello, gerente de suporte técnico colheitadei-
ras da AGCO América do Sul, declara que a BC8800 é a
máquina com melhor balanço entre produção e consumo de
combustível do mercado. Segundo ele, o baixo consumo de
potência demandado pelo rotor aliado às características do
motor AGCO Power de 9,8 litros de última geração que dis-
ponibiliza até 510 cv (disponível em operação simultânea
de colheita e descarga) garantem este resultado, um desem-
penho de uma classe VIII real com consumo de classe VII.
“Surpreende também a simplicidade da máquina no que
diz respeito à manutenção e ajustes para as mais variadas
condições de colheita. ‘É uma máquina limpa, fácil de lidar’
é um comentário comum entre os diversos operadores que já
conviveram com o produto, nas mais distintas regiões em que
ela foi utilizada”, ressalta Morello, que acompanha a nova
axial da Valtra desde os seus primeiros testes de campo.
14 revista Valtra & Você
Tonelada colhida
Com a redução da mão de obra no campo e a ne-
cessidade de diminuir o tempo de colheita, a
nova colheitadeira axial BC8800 proporciona
ao mercado uma máquina com reais características de
uma classe VIII, avalia Fabrício Müller, coordenador co-
mercial da Valtra no Brasil.
“A capacidade e a qualidade de processamento de
grãos em um rotor com dimensões de 3.556 mm de
comprimento por 800 mm de diâmetro, com um siste-
ma de limpeza multiestágios com área total de 6,10m²
e motorização de até 510cv de potência (disponível em
operação simultânea de colheita e descarga), tornam a
BC8800 uma colheitadeira com alto rendimento e baixo
custo operacional, resultando em tonelada colhida com
menor valor gasto”, destaca Fabrício.
Na opinião de Paulo Beraldi, diretor de vendas da
Valtra, a entrada da colheitadeira BC8800 traz ao grande
produtor de grãos uma máquina com elevada capacidade
de colheita, atendendo a demanda de um mercado que
hoje tem janelas para esta operação cada vez menores.
“Destacam-se entre as suas principais características
a capacidade do graneleiro de 12.334 litros, com descar-
ga de 150 litros/seg, e potência máxima do motor AGCO
Power de 9,8 litros de 510 cv, o que, aliada à platafor-
ma Draper da Valtra de 40 pés de corte, proporciona um
conjunto ideal para quem precisa alto rendimento com
excelente qualidade de grãos”, afirma.
Outros itens importantes para uma boa operação dis-
poníveis na nova colheitadeira classe VIII da Valtra, sa-
lienta Paulo, são os sistemas Fieldstar II de Agricultura
de Precisão, o piloto automático Auto Guide 3000 e o
sistema de telemetria AgCommand.
BC8800 tem a maior taxa de descarga do mercado mundial:
150 litros por segundo
com menor valor gasto
BC8800 trabalha com piloto automático Auto Guide 3000, telemetria AgCommand e monitor de produtividade Fieldstar II
Para proporcionar mais conforto ao operador, o assento da BC8800 tem suspensão pneumática; o terminal C2100 com tela sensível ao toque é facilmente ajustado à altura e ângulos desejados através de suporte deslizante; e o console, à direita, mantém todas as múltiplas funções da colheitadeira ao alcance dos dedos.
revista Valtra & Você 15
Capacidade de limpeza
O sistema de limpeza de grãos da BC8800 é de multiestá-
gios. Um fluxo de ar direcionado, produzido por um ventilador
de grande capacidade (460 mm), amplia a velocidade do ar e o
direciona para uma saída acima da peneira de pré-limpeza, eli-
minando assim tudo o que não for grão. Com isso, a máquina
oferece maior capacidade de limpeza e diminui a sensibilidade
de colheita em terrenos inclinados.
O diâmetro do caracol de grãos limpos foi ampliado, in-
crementando em 60% o fluxo de grãos. Tudo para suportar
a maior capacidade de processamento do novo rotor. Como
ele foi posicionado diretamente sobre o sistema de limpeza,
eliminou-se a necessidade de caracóis transportadores, pro-
porcionando menor dano aos grãos.
Diversas culturas
Graças a um exclusivo projeto em H do sistema de supor-
te, qualquer um dos 12 côncavos pode ser facilmente trocado
por uma única pessoa. Eles podem ser combinados lado a lado
ou da frente para trás para oferecer o melhor desempenho nos
diversos tipos de cultura. Este novo sistema da BC8800 conta
com suspensão por molas, que oferece mais proteção à máqui-
na contra sobrecargas momentâneas ou entradas de elementos
estranhos, auxiliando no descarte do material indesejado.
iNoVAÇÃo // Colheitadeira BC8800
Com piloto automático Auto Guide 3000, operador colhe milho, sem as mãos na direção, com
precisão cirúrgica nas linhas do talhão
Jato do V-Flow limpa telacom a máquina trabalhando
As colheitadeiras Valtra BC8800 são equipadas com o exclusivo sistema de resfriamento V-Flow. Inédito no Brasil, o sistema previne obstruções e mantém o motor da máquina funcionando com a máxima eficácia.
O radiador do motor, do intercooler e os dois radiadores hidráulicos estão dispostos em forma de “V”, fazendo com que o fluxo de ar passe por todos os elementos de uma única vez, atendendo a todos, evitando palhas presas ou falta de ar.
O ventilador de resfriamento é acionado hidraulicamente e ajusta automaticamente sua velocidade para manter as temperaturas ideias do motor e do sistema hidráulico, o que reduz a energia necessária para o sistema de ventilação durante a colheita.
16 revista Valtra & Você
Roberto Villar Belmonte
Durante a Expoforest – Feira Florestal Brasi-
leira, realizada em Mogi Guaçu (SP) entre os
dias 21 e 23 de maio, a Valtra apresentou um
trator da Série S equipado com o sistema de reversão
de cabine TwinTrac. Com ele o operador consegue vi-
sualizar o trabalho que está sendo executado de forma
ergonômica, sem precisar girar o corpo.
Uma das principais características deste conceito
desenvolvido pela Valtra na Finlândia, país onde a
silvicultura é uma atividade de destaque, é a possibi-
lidade de a máquina executar duas operações simul-
taneamente, acoplando implementos frontais e trasei-
ros, o que permite aumentar a produtividade e reduzir
o tempo do trator no campo.
“Este sistema TwinTrac de cabine reversível é mais
uma inovação da Valtra, pioneira em tecnologias eficien-
tes aliadas à robustez. Nossos produtos são reconhecidos
pelo produtor brasileiro em função do seu baixo custo
de manutenção e operação, além da qualidade”, destaca
Luiz Cambuhy, gerente comercial da Valtra.
Conceito inovador
O trator da Série S apresentado pela Valtra na Expoforest
tem outro conceito inovador, a transmissão AVT (AGCO
VariableTransmission, ou CVT, como é mais conhecido no
mercado), a tecnologia mais avançada em transmissão para
tratores de alta potência disponível no mercado, pois não pos-
sui troca de marcha. A máquina também tem capacidade de
levante de 12 toneladas e bomba de fluxo variável de 200 li-
tros por minuto, controlada automaticamente.
“O câmbio do trator regula a rotação do motor de acordo com
a velocidade desejada, dando a impressão que a máquina nunca
troca de marcha e trabalha por meio de quatro módulos de pro-
gramação divididos em dois grupos de velocidade, estes separa-
dos de acordo com o tipo de tarefa”, explica Winston Quintas,
supervisor de marketing do produto – tratores da Valtra.
Os modelos da Série S ainda possuem baixa emissão de ga-
ses poluentes e sistema de gerenciamento que busca o equilíbrio
entre a potência e o torque e, de acordo com a força exercida na
transmissão, pode economizar até 10% no uso de combustível.
A Cabine AutoComfort é também outro diferencial dessa linha,
com suspensão pneumática que absorve toda imperfeição do
solo, além do sistema de suspensão do eixo dianteiro.
Série S com cabine reversível
iNoVAÇÃo // TwinTrac
Com o sistema TwinTrac, o operador consegue visualizar o trabalho que está sendo executado de forma ergonômica, sem precisar girar o corpo
revista Valtra & Você 17
FusE TEchNoLogiEs // Plano de certificação
Fernanda Ribeiro Mazzocco
na práticaFuse Technologies
Com o desenvolvimento constante de novas tec-
nologias para o campo, a redução do tempo de
plantio e de colheita e a forte concorrência, a agricultura
de precisão tornou-se uma necessidade para o produtor
rural. E, para atendê-lo cada vez melhor, fornecendo pro-
dutos e serviços totalmente conectados e integrados na
propriedade, a AGCO adotou a Fuse Technologies, a nova
estratégia mundial de tecnologia.
Dentro dessa abordagem tecnológica, a Valtra investe
em uma nova estrutura de pessoas e oferece um plano de
certificação para desenvolver a rede de concessionárias.
“Este plano foi pensado para garantir que as áreas de ven-
das, serviços e peças dentro da concessionária se estrutu-
rem para absorver a demanda por produtos de tecnologias
que nós queremos criar nos próximos anos e deixá-los
prontos para assimilar os produtos que virão futuramen-
te”, explica Gerson Filippini Filho, coordenador de mar-
keting do produto ATS da Valtra.
A concessionária Paranavaí, que atua no noroeste do
Paraná, aderiu a Fuse Technologies e já realiza treina-
mentos e especialização de técnicos de campo, especia-
listas e vendedores com foco nos produtos de tecnologia.
Valtra oferece plano de certificação focado na agricultura de precisão
para melhor atender as necessidades do produtor rural
18 revista Valtra & Você
“A maior percepção da concessionária é a cons-
tante presença dos especialistas técnicos no dia a
dia da empresa e o consequente aumento da quali-
dade no atendimento aos clientes usuários de sis-
temas de tecnologia”, acrescenta Gerson.
“A agricultura de precisão é o caminho que todo
o produtor rural terá de seguir. Nós como conces-
sionária sentimos a necessidade de incorporar o
conhecimento dessa tecnologia, pois a nossa preo-
cupação é a satisfação do produtor rural”, decla-
ra Janio Egashira, gerente geral da Paranavaí. Há
seis meses, a equipe de Janio investiu no plano de
certificação. Além disso, a concessionária apostou
no projeto das torres RTK, o qual visa dividir os
custos da implantação dessas bases tecnológicas
sem nenhum gasto para o cliente. A Valtra e a con-
cessionária compartilham os custos de instalação
das torres, e o cliente tem o privilégio de utilizar o
melhor tipo de correção de sinal GNSS, ele só pre-
cisa adquirir máquinas da Valtra equipadas com
piloto automático. “Um dos principais benefícios
foi envolver o cliente nessa parceria”, expõe Janio.
ParceriaNo Paraná, com a força da produção de cana-
de-açúcar, a Paranavaí fez parceria com a Coo-
perativa Agrícola Regional de Produtores de
Cana (Coopcana). “Aqui no Paraná, em 2017,
será proibida a queima da cana-de-açúcar. En-
tão é necessário que haja um aproveitamento
melhor dos canaviais, com plantação e colhei-
ta sem perdas. Para isso, o piloto automático
aliado às bases RTK desenvolve esse papel com
grande fundamento”, destaca Janio.
Para um melhor aproveitamento do sinal GNSS,
a Coopcana adquiriu dois tratores BT210, uma co-
lhedora de cana frontal, seis transbordos da Santal
e duas plantadoras de cana também da Santal. En-
genheiro agrônomo da Coopcana, Edson Minouro
Tsunokaza elogia a iniciativa da Valtra junto à con-
cessionária. “Mesmo em fase de testes dos produtos
e das torres RTK, o atendimento da Paranavaí é óti-
mo, e estamos contentes com os resultados”, elogia.
Marcos Antonio de Araújo, assistente de
topografia, explica que o momento é de ma-
peamento e planejamento do plantio da cana-
de-açúcar para depois executar. “Vamos ter
uma maior ocupação de terras, economia de
óleo com as manobras e um bom rendimen-
to de plantio”, garante. “Nossa parceria é de
muita confiança junto a Paranavaí. O plantio
mecanizado já é uma realidade.”
revista Valtra & Você 19
ProDuTo // Pulverizador
Satisfeito com o desempenho, o produtor rural Fábio Deganutti destaca a economia de combustível e a velocidade média de 35 quilômetros por hora do pulverizador
Renata Mastromauro
e ganharam eficiência na pulverização com dois Bs3020h
No norte do Paraná, agricultores diminuíram custos
Após realizarem pesquisas para comparar o desempenho de pul-
verizadores disponíveis no mercado, Fábio e Rony Deganutti,
pai e filho agricultores de São Jorge do Ivaí (a 45 quilômetros
de Maringá, no norte do Paraná) decidiram pela compra do BS3020H em
2011. As expectativas em relação à rapidez e eficiência no trabalho foram
tão prontamente atendidas que, no ano seguinte, eles adquiriram mais
uma unidade da máquina, para atender a demanda da propriedade de 1,2
mil hectares, onde cultivam soja e milho.
Fábio Deganutti, de São Jorge do Ivaí, afirma:
É um pulverizador de altíssima qualidade,tem muita pressão e faz um serviço perfeito
20 revista Valtra & Você
O BS3020H tem tanque com capacidade de 3 mil li-
tros, o que garante maior rendimento diário, motor com
200 cv de potência e barra de 28 metros. “É o equipamen-
to que mais usamos na fazenda, porque é versátil. Com
ele, aplicamos fungicidas, herbicidas, além de produtos
para combater percevejos e lagartas. Ele não sai da roça,
trabalha o ano inteiro”, comenta Fábio.
Outra vantagem é poder utilizá-lo também no milho
sem danificar a lavoura. Antes de adquirirem o pulve-
rizador da Valtra, os agricultores tinham que contratar
aviões agrícolas para realizar o serviço, o que gerava
um maior custo operacional. “Com esse equipamento,
consigo fazer duas aplicações de fungicida em milho
florando”, diz o patriarca.
Terreno onduladoSatisfeito com o desempenho, Fábio não poupa elogios
ao equipamento. “É um pulverizador de altíssima quali-dade, tem muita pressão e faz um serviço perfeito. Já che-gamos a fazer 250 hectares em um dia, apesar de ser um terreno levemente ondulado”, revela. Este é um trunfo do exclusivo chassi Flex-frame, que não possui nenhum com-ponente soldado e permite trabalhar nos mais variados ti-pos de topografia e solo, sem perder a tração.
No quesito economia – de combustível e de tempo – o modelo também sai na frente. “Esse pulverizador consome cerca de 9,5 litros de diesel por hora, enquanto os demais chegam a triplicar o consumo”, aponta. Além disso, a ve-locidade média de 35 quilômetros por hora permite chegar a todos os locais da propriedade mais rapidamente, já que são separados por até 12 quilômetros de distância.
Provindos do interior do Estado de São Paulo, os Dega-nutti escolheram Rolândia, a 80 quilômetros de Maringá, como primeira parada no Paraná. Em 1951 a família se
mudou para São Jorge do Ivaí, antes da vila se tornar mu-nicípio, o que só aconteceu quatro anos depois. “Quando cheguei, adquiri meus primeiros 12 hectares. Com muita luta, esforço e honestidade nos negócios, cresci. Acredito que fizemos um bom trabalho por aqui”, lembra Fábio.
Dos três filhos de Fábio e Maria Aparecida, Rony é o único que trabalha com o pai, apesar de toda a família partilhar das decisões e dos lucros. “É ele quem cuida de toda a logística. Eu acompanho de perto, mas ele tem autoridade para fazer o que deve. Ele é meu braço direi-to”, revela o pai orgulhoso. O filho faz questão de colo-car a “mão na massa”, tanto que no dia desta entrevista estava realizando a colheita.
Os Deganutti são clientes da Kato Tratores, revende-dora Valtra em Maringá, há muitos anos. “Eles dão todo o apoio que precisamos. Até o seu Kazuo Kato [proprietário da concessionária] já veio aqui na lavoura. O relaciona-mento é muito bom”, ressalta o agricultor.
Fábio sobre o filho Rony: “Ele é o meu braço direito”
revista Valtra & Você 21
ProDuTo // Trator
Regina Cirne Lima Guedes
pequenas propriedadesRevolução nas
“O trator veio fazer uma revolução nas pequenas
propriedades”, resume o produtor rural Edson
Luiz Folle, 49 anos. Ele trabalha junto com os pais, Ar-
lindo José e Vilma Lídia Folle, ambos de 69 anos, a es-
posa, Marlene, 46, e o filho, Geriel Eduardo, 20, em seus
40 hectares de terra em Iraí, onde cultivam fumo (70 mil
pés por safra) e milho e tratam 50 vacas de leite e 14
bezerros confinados. A família Folle, cliente da conces-
sionária Volkweis, de Frederico Westphalen (RS), conta
com a ajuda de dois tratores Série A da Valtra, sendo um
A750 Geração II (78 cv), comprado em maio deste ano,
e outro A750 Geração I, em fevereiro de 2011, para pre-
parar o solo, fazer a pastagem, plantar, aplicar veneno
e ureia e tratar as vacas. Entre as melhorias do modelo
novo, Edson destaca a economia de combustível: menos
1 litro por hora trabalhada. “O trator é simples, sendo
perfeito para a pequena propriedade, além de valente.”
Cada familiar tem a sua função na propriedade. Ge-
riel, apaixonado por trator e fã da Valtra, é o responsá-
vel pelas máquinas. Ele afirma que os equipamentos da
marca são fortes, fáceis de operar e têm baixo custo de
Novo série A Geração II já conquista produtores rurais no Sul do país
Marlene, Edson, Geriel Eduardo, Vilma e José Folle
utilizam dois tratores Série A em suas propriedades
22 revista Valtra & Você
Trabalho entre irmãos
Outro cliente da concessionária Volkweis que inves-
tiu no trator A750 Geração II foi João Carlos Pesamos-
ca, 55 anos, do distrito de Vila Salete, em Iraí. Ele, que
tinha um A750 GI, conheceu a máquina nova na Expo-
direto Cotrijal, feira realizada em março em Não-Me-
Toque (RS). “O Série A Geração II me chamou atenção
por ser mais pesado do que o modelo que eu usava,
mais comprido. Ele evoluiu muito, possui desempenho
superior”, conta João Carlos, que também destaca o
novo sistema de injeção da máquina, com bomba em
linha, que permite uma economia de combustível.
O produtor rural trabalha em conjunto com os ir-
mãos Jair, 50 anos, e Roque, 38. Cada um possui uma
manutenção. A primeira máquina da marca adquirida
pelos Folle foi um Valmet 78, em 2006, que eles entre-
garam neste ano. “O freio da Valtra é um dos melhores
do mercado”, frisa o jovem, que não trocou a zona rural
pela cidade em função de seu fascínio pelo trabalho
com os tratores. Geriel e Edson ressaltam o atendimen-
to da Volkweis: “Nós trabalhamos há anos com eles.
Se precisamos de uma peça, eles vêm nos trazer. Não
deixam a desejar para ninguém”.
Edson e Marlene investiram em conhecimento para
agregar mais qualidade e rendimento no trato com o gado
e na lavoura. Eles fizeram cursos do Sebrae e do Senar,
disponibilizando inclusive a residência da família para a
realização de algumas aulas, que foram assistidas por cer-
ca de 40 famílias da região. “A nossa região, Barra Gran-
de, é a que mais produz leite do município de Iraí”, relata
com orgulho Edson, que há quatro anos é presidente da
Associação dos Produtores de Leite do Município de Iraí
e há 12 está no comando da Patrulha do Trator e da Re-
troescavadeira da Localidade de Barra Grande.
“Eu encaro a nossa propriedade como uma empresa”,
destaca, complementando que a família se reúne todos
os dias no almoço e no jantar para planejar o trabalho
que será realizado no turno seguinte.
propriedade, mas cultivam as lavouras e cuidam do
gado juntos como uma forma de diminuírem custos.
João Carlos tem 30 hectares, nos quais planta soja, mi-
lho e trigo, com uma média de 40 sacas por hectare, e
uma base de 50 bois. Ele utiliza o A750 GII para puxar
plantadeira, pulverizador e pé de pato.
A história do produtor rural com a Valtra começa
em 1977, quando seu pai, hoje com 89 anos, comprou
o primeiro Valmet 65. “Este modelo foi um xodó,
marcou época”, relembra. Ele depois adquiriu mais
dois deste modelo usados, em 1989 e 1991, e, em
2005, com a ajuda da mulher Iliana, comprou um Val-
tra 685 novo. Depois trocou este último por um A750
GI, em 2011. “Com o trator, hoje eu faço sozinho o
que fazíamos os três juntos. Nós lavrávamos a terra e
colhíamos milho no braço”, enfatiza.
João Carlos Pesamosca trocou o seu A750 GI pelo trator A750 Geração II
revista Valtra & Você 23
ProDuTo // Trator
“Eu sou fã da Valtra,
não troco de marca”
O agricultor Neuri Tesser, 66 anos, divide com os
filhos Carlos Eduardo, 43, e João Carlos, 44, o trabalho
em suas terras localizadas em David Canabarro (RS) e
a paixão pela Valtra. “Se a Valtra se conservar assim,
eu não troco de marca”, declara Neuri, que é cliente
da concessionária Razera de Casca (RS), comprou um
A750 GII e está muito satisfeito com o seu desempe-
nho. O primeiro trator dele foi um Valmet 65 usado,
adquirido em 1980. Depois, em 1989, comprou um
Valmet 68 novo e, em 2002, um BM110, que realiza o
serviço pesado. Com o Valmet 65, ele fez uma aposta
com um vizinho, que possuía um trator de outra marca,
para mostrar que o dele tinha um desempenho supe-
rior, o que foi comprovado. E, desde então, o vizinho
se converteu em cliente da Valtra.
O A750 GII foi comprado no fim de maio. Ele é uti-
lizado para pulverizar, distribuir fertilizantes e carregar
produtos. Os Tesser possuem uma área total de 110 hec-
tares, nos quais plantam soja, milho e aveia branca e
preta, e tratam de 20 vacas de leite e 30 gados de corte.
Neuri comprou o trator no final de maio para usar nos
seus 110 hectares de terra
Neuri Tesser e o filho João Carlos trabalham com o A750 GII
24 revista Valtra & Você
O primeiro trator
O produtor rural Alex Muniz Tedesco, 45
anos, do município de Caraá (RS), comprou
no fim de maio o seu primeiro trator, um A950
GII, com 96 cv, para fazer o manejo de solo e
silagem. Ele possui 105 hectares de terra, em
que cultiva principalmente milho, feijão, ba-
tata, aipim e repolho. Quem opera o A950 GII
é o seu filho Rafael, 22 anos. Antes eles traba-
lhavam com máquinas emprestadas. “Agora é
outra história, rende o serviço. O que levava
um dia, nós fazemos em uma hora”, ressalta
Alex, cliente da concessionária Mazzarollo de
Porto Alegre (RS), que está satisfeito com o
desempenho da máquina. Ele escolheu a Val-
tra porque um vizinho disse que é a melhor
marca que existe. “Não me arrependi. O trator
é muito bom”, afirma.
Agora é outra história, rende o serviço. O que levava um dia, nós fazemos em uma hora
Alex Muniz Tedesco está muito satisfeito com o seu primeiro trator,
um A950 GII, com 96 cv. Na foto, Alex e seus filhos Rafael e Felipe
revista Valtra & Você 25
certificações:
Andrea Fioravanti Reisdörfer
qualidade e responsabilidade nos sistemas produtivos
Amparada por uma economia mais sólida e poder aquisitivo
maior, a demanda por produtos certificados é crescente e de-
monstra que os consumidores, além de buscarem a qualidade,
têm a preocupação com a forma de produção. No caso dos alimentos,
alguns programas já são bem conhecidos no mercado. É o caso do Pro-
grama Carne Angus, há 11 anos no mercado e certificado pela Associa-
ção Brasileira de Angus. “O consumidor hoje não quer apenas consumir
carne, ele quer adquirir um produto especial. Sendo assim, podemos
garantir que os programas de certificação tendem a aparecer em maior
volume nos próximos anos e os que já existem irão crescer ainda mais”,
prospecta Fábio Medeiros, gerente do programa.
Programa Carne Angus está há 11 anos no mercado
Qualidade superior comprovada. É visível no Brasil, nas últimas décadas, o crescente movimento por parte dos consumidores em adquirir produtos que sigam, do sistema de produção à distribuição, normas, critérios e legislações específicas
NossA TErrA // Movimento das certificações agrícolas
26 revista Valtra & Você
Para assegurar aos produtos um selo de
certificação, é necessária a realização de uma
série de procedimentos. No caso da carne, a
identificação é feita a partir da inspeção dos
animais nos currais de abate e, novamente, na
linha de abate, onde são avaliados individual-
mente. Após este processo é conferido um ca-
rimbo para os animais que forem aprovados
na avaliação final. As etapas de desossa, em-
balagem e expedição também são acompanha-
das pelos técnicos credenciados do Carne An-
gus, atestando o alto padrão de qualidade do
processo identificada pelo consumidor através
de selo de certificação.
O programa conta, desde junho de 2007,
com reconhecimento e credibilidade interna-
cional, conferido pela certificadora AUSMEAT,
líder mundial em processos de padronização
de frigoríficos, através do selo de certificação
AUS-QUAL. “Este reconhecimento é fruto de
um longo trabalho de treinamento da equipe,
padronização e qualificação do processo de
certificação da associação, que hoje possui um
sistema de gestão pela qualidade em padrões
internacionais.” Fabio reforça que o selo abre
as portas para o produto chegar aos mais exi-
gentes mercados do mundo. “Os programas de
certificação servem de fomento para a produ-
ção de um produto de qualidade, que traz bene-
fícios para toda a cadeia produtiva.”
revista Valtra & Você 27
coNsErVAÇÃo // Importância de revisões preventivas
Andrea Fioravanti Reisdörfer
Pulverizador: manutenções são fundamentais para maior disponibilidade
O crescente processo de mecanização agrícola nas
lavouras do país vem redesenhando o perfil do
profissional do campo, que está cada vez mais re-
ceptivo e atento às novas tecnologias, e também dos pro-
dutos agrícolas, com qualidade e rendimento superiores
justamente por terem em seu manejo máquinas dedicadas
a operações específicas, como é o caso dos pulverizadores.
Para manter este “gigante” do campo operando em sua
capacidade máxima de trabalho e rendimento, é preciso
estar alerta para a necessidade de realizar as manutenções
nos prazos adequados. Além de reduzir os custos, esta
rotina garante a disponibilidade maior da máquina, fator
determinante principalmente para quem trabalha com ja-
nelas curtas de plantio e colheita. “A execução de manu-
tenções periódicas e preventivas nos períodos pré, entre,
ou pós-safra minimiza o risco de falhas dos equipamentos
durante sua intensa utilização. Além disso, é essencial a
capacitação do operador para garantir a execução correta
de todas as funções da máquina”, alerta Aldo de Oliveira
Pires, coordenador de serviços pulverizadores Valtra. En-
tre as características do BS3020H está o fato de oferecer
aos operadores recursos de ajustes para um desempenho
adequado nas diferentes situações e culturas.
A regulagem adequada destas máquinas também é determinante para o sucesso no campo
28 revista Valtra & Você
Com a realização das manutenções periódicas, reforça Aldo, é pos-
sível garantir a alta performance do pulverizador. “São imprescindí-
veis uma vez que itens como óleos, graxas e filtros sofrem degrada-
ções ao longo do tempo, quando submetidos aos esforços gerados
pelas características de operação, como velocidade e torque.” Com
o uso, esses fluidos perdem suas propriedades, tornando necessária
sua troca. A regulagem dos pulverizadores, configurados para dispo-
nibilizar aos produtores excelente desempenho operacional através
de características como chassi flexível, transmissão hidrostática de
fluxo cruzado, baixo consumo de combustível, é outro aspecto deter-
minante para o sucesso no campo. “Uma máquina com ajustes e re-
gulagens inadequados compromete o rendimento operacional, além
de potencializar o risco de falhas no equipamento, causando paradas
que podem ser mitigadas através de procedimentos de regulagens
simples e de rápida execução”, completa Aldo.
Revisão anual contempla 60 itens
A Valtra planeja para o último trimestre deste ano a Campanha de
Revisão Anual dos Pulverizadores. Por ser um equipamento utiliza-
do de forma intensiva no período de cultivo da lavoura, em processos
como o controle de pragas e doenças através da aplicação de produ-
tos fitossanitários, atividade que exige agilidade e velocidade, é im-
prescindível que a máquina esteja disponível e preparada para supor-
tar os esforços a que será submetida. “Isso só poderá ser garantido
através de um equipamento corretamente regulado e inspecionado.”
O coordenador explica que a severidade das operações agrícolas im-
postas aos equipamentos provoca, de maneira constante ou cíclica,
desgastes que ao longo do tempo, se não observados, podem levar
a quebras e custos com manutenção corretiva, situações que podem
ser evitadas através de uma revisão criteriosa a cada início ou final
de safra. “Nesta inspeção rigorosa, que contempla mais de 60 itens,
o pulverizador passa por uma série de ajustes, regulagens, avaliações
e substituições de componentes desgastados. Ações que preparam a
máquina de maneira adequada para seu retorno ao trabalho.” Para
Aldo, ao fazer as intervenções preventivas, o profissional do cam-
po minimiza as chances de falhas durante o período de utilização
do equipamento, já as corretivas geram gastos mais elevados e com
tempos de parada de máquina mais longos. “Esta iniciativa mostra o
comprometimento da Valtra com o produtor, fornecendo não só solu-
ções no que diz respeito a máquinas agrícolas, mas em serviços e pe-
ças através de sua rede de concessionárias, para que o produtor possa
tirar todo o proveito e o rendimento de seu pulverizador”, finaliza.
Alerta Aldo de Oliveira Pires, coordenador de serviços pulverizadores Valtra:
A execução de manutenções periódicas e preventivasnos períodos pré, entre, ou pós-safra minimiza o risco de falhas dos equipamentos durante sua intensa utilização
revista Valtra & Você 29
coNsErVAÇÃo // Importância de revisões preventivas
Filtros entupidos, corrosão em
sistemas de injeção e sistemas
de armazenamento são alguns
dos problemas relacionados ao diesel
enfrentados por frotistas e agricultores ao
longo dos anos. As alterações no processo
produtivo do combustível e a redução do enxofre
associado ao uso do biodiesel acabaram potencializando
esse problema recorrente.
Muitas dessas situações estão relacionadas à contamina-
ção por bactérias, considerando que o diesel é um material
orgânico e que intensifica o crescimento de microrganis-
mos, assim como o biodiesel. Por isso, é importante obser-
var que o óleo diesel deve ser estocado pelo prazo de até
um mês. O combustível estocado por um período superior,
considerando suas condições de
armazenagem, pode deteriorar-
-se apresentando assim a forma-
ção de material insolúvel.
Todos os tanques de armazenamen-
to, sejam em postos de combustível, na fa-
zenda ou no próprio equipamento, quando vazios
ou semi-vazios geram água mesmo protegidos da chuva e
acabam ficando suscetíveis ao escoamento proveniente da
condensação do ar causada pela variação da temperatura
externa. Esta água, ao atingir o fundo do tanque, ativa a
bactéria do óleo diesel criando o ambiente propício para
a proliferação e criação das colônias. Ao morrer ou ao ex-
crementar a bactéria, forma um ácido que corrói o sistema,
principalmente as bombas injetoras.
evite filtros entupidos e corrosãoem sistemas de injeção e armazenamento de combustível
Óleo diesel deve ser estocado pelo prazo
de até um mês
Realizar a manutenção do equipamento de armazenagem é fundamental para evitar a contaminação e também a perda de garantia das máquinas. Confira os passos a serem seguidos:
• Drene uma vez por semana o fundo do tanque, evitando o acúmulo da água.
• Esvazie o tanque de armazenagem uma vez ao ano, promovendo a limpeza física do tanque.
• Aplique o aditivo Diesel Guard, disponível nas concessionárias Valtra, com o tanque vazio ou com, no máximo, 10% de sua capacidade. Siga as instruções que acompanham o produto.
• Encha o tanque até atingir seu volume máximo.
• Deixe o tanque cheio parado por pelo menos 12 horas. Caso não seja possível, repita o procedimento no dia seguinte.
• Após esse período, mantenha a drenagem do tanque e aplique doses de manutenção mensais.
Como tratar
30 revista Valtra & Você
Um dos destaques do evento foi o BM125i
O objetivo foi promover a integração com clientes e mostrar tratores
PrEsENÇA gLoBAL // Primeiro Dia de Campo
Agricultores e pecuaristas de Honduras pude-
ram conhecer de perto algumas das máqui-
nas agrícolas mais cobiçadas da Valtra em
um evento especial. Cerca de 150 clientes da Vetasa
S.A., concessionária da marca no país, estiveram na
capital Tegucigalpa no dia 17 de maio para participar
do primeiro Dia de Campo realizado em Honduras.
O objetivo do evento foi promover a integração
com os clientes e mostrar os modelos de tratores da
marca ao público. Os produtos em destaque foram os
modelos BM125i e A750, A850 e A990 (exclusivo
para o mercado externo). Além disso, um estande foi
montado para a venda de peças, discos e filtros.
Após quatro anos sem atuar em Honduras, em
2013 a marca retornou ao mercado do país da Amé-
dia de Campo em hondurasBettina Schünke Güenter
Evento marca a volta da Valtra ao país
rica Central. “O evento é praticamente um relança-
mento da Valtra em Honduras. Temos quase 30 anos
de representação da marca no país. Estamos confian-
tes de que estes novos modelos vão fazer a diferença
no mercado de Honduras”, comemora Carlos Zelaya,
gerente de vendas da Vetasa.
Para Marcelo C. Gonçalez, coordenador comer-
cial de exportação da AGCO América do Sul, a rea-
lização desse evento é uma oportunidade de renovar
a parceria com o mercado hondurenho. “O mercado
agrícola de Honduras é muito competitivo, desta for-
ma, a realização de um evento como o Dia de Campo
é muito importante, pois, além de divulgar a mar-
ca Valtra no país e os clientes terem a oportunidade
de ver na prática nossos produtos, renova a parceria
com o concessionário visando atender o cliente e
buscando sempre sua satisfação”, explica Marcelo.
revista Valtra & Você 31
Polisul conquista ótimos resultados com dia de Negócios em santa Rosa e Pelotas
AcoNTEcE // Ações e eventos do período
A concessionária Polisul obteve ótimos re-
sultados com a realização de dois Dias de
Negócios em suas concessionárias de San-
ta Rosa e Pelotas, ambas no Rio Grande do
Sul. Em Pelotas, cerca de 350 clientes esti-
veram presentes na 14ª edição do evento, em
que são apresentados os produtos da Valtra e
esclarecidas dúvidas dos produtores rurais.
Na oportunidade, foram vendidos mais de
30 tratores. Em Santa Rosa, a Polisul pro-
moveu o 2º Dia de Negócios, com mais de
120 participantes. O evento teve um bom
faturamento com a comercialização de tra-
tores, implementos e peças.
Valtra store apresenta nova coleção na expointer
A Valtra Store leva para a Expointer, em
Esteio (RS), sua coleção 2014/2015, com
o tema “Urban Adventure”. A marca apre-
senta cerca de 150 novos produtos, entre
eles miniaturas, peças de vestuário, calça-
dos, bonés, facas e acessórios.
Valtra promove a primeira expo Parts 2014
A cidade de Paulínia (SP) recebeu a primeira Expo
Parts 2014. No evento, estavam reunidos proprietá-
rios e gerentes de peças das concessionárias Valtra
de todo o Brasil, que puderam conferir e comprar di-
versos produtos com condições diferenciadas. Tam-
bém houve sorteio de um carro para a frota de peças
da concessionária e de uma motocicleta.
gsI Brasil recebe prêmio da AdVB/Rs
A Associação dos Dirigentes de Marketing
e Vendas do Brasil (ADVB/RS) concedeu à
GSI Brasil o Prêmio Exportação RS. Em sua
42ª edição, a empresa foi vencedora na cate-
goria Dinamismo Exportador. A conquista se
deu em função do crescimento de 120% nas
exportações da GSI em 2013, atingindo uma
receita superior a U$S 17 milhões.
32 revista Valtra & Você
Ponta Grossa inaugura a maior concessionária Valtra do mundo
Tratores série A geração II na 15ª Feacoop
A Valtra mostrou soluções e tecnologias para
aprimorar o trabalho no campo na 15ª Feacoop
(Feira de Agronegócios Coopercitrus Sicoob
Credicitrus), realizada no início de agosto na Es-
tação Experimental de Citricultura de Bebedouro
(SP). Os destaques do estande da Valtra foram os
tratores da Série A Geração II e Série A Fruteiro,
além das linhas BH GIII e BT.
O grupo DHL inaugurou em junho, na cidade
de Ponta Grossa (PR), as instalações da con-
cessionária Valtra com a maior área física do
mundo: o terreno possui 24,2 mil m² e são
8 mil m² de área construída. Foram investi-
dos R$ 15 milhões na unidade, e ela gerou
80 novas vagas de emprego. A nova reven-
da comercializará a mais alta tecnologia em
tratores, colheitadeiras, pulverizadores e im-
plementos Valtra e oferecerá peças originais
e mão de obra especializada. Além da inau-
guração, durante todo o dia aconteceu o Por-
tas+Abertas, evento aberto ao público rural
da região, com atração musical e cultural.
revista Valtra & Você 33
coNhEcimENTo // Livros e Sites
O Pinhão na Culinária Num Clima de Prosa
AgrogP
A Embrapa Florestas lançou o livro O Pinhão na Culi-nária com 100 receitas, sendo 63 salgadas e 37 do-ces, feitas com semente das araucárias. O trabalho de produção do livro envolveu ciência e prática, com a criação, elaboração e teste de cada uma das recei-tas. A araucária, também conhecida como pinheiro--do-paraná, faz parte da Floresta com Araucária, que ocupava uma área de cerca de 200 mil quilômetros quadrados. Sua distribuição mais contínua era entre os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Hoje, a Floresta com Araucária está reduzida a cerca de 1% de sua área original.
A Rede CLIMA (Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais) elaborou a cartilha Num Clima de Prosa – Agricultura Familiar e Mudan-ças Climáticas no Sertão Nordestino para distribui-ção a educadores, estudantes, técnicos agrícolas e agricultores. O livro, em forma de história em quadrinhos, foi feito com base em uma pesquisa realizada nas quatro regiões do Semiárido brasileiro para identificar a percepção das populações locais quanto aos impactos das mudanças no clima e suas implicações sobre as atividades produtivas. A cartilha pode ser acessada em
www.goo.gl/LrcGtA
O portal AgroGP possui notícias sobre agricultura, pecuária e logística e oferece serviços como análise de mercado, cotações em tempo real e projeções de custo de produção e exportação. No site, também há previ-são do tempo, conteúdo multimídia, interatividade e a seção Pergunte ao Analista, na qual o internauta pode tirar dúvidas e conferir as tendências para mercado de grãos. Acesse o site em:
http://agro.gazetadopovo.com.br/
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