Cidade
Primavera do Leste - MT 2017
REYAN MELLO GUEDES
DEGRADAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS
Primavera do Leste - MT
2017
DEGRADAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIC – Primavera do Leste, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Agronomia.
Orientador: Juliana Galende
REYAN MELLO GUEDES
REYAN MELLO GUEDES
DEGRADAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIC – Primavera do Leste, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Agronomia.
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Primavera do leste, 10 de dezembro de 2017
Dedico este trabalho a Deus, a minha
família, amigos e esposa.
AGRADECIMENTOS
Gostaria primeiramente agradecer a Deus pela oportunidade de viver e ter a
possiblidade de estudar, agradecer por todas as maravilhosas coisas que Ele tem
proporcionado para mim e minha família, agradecer a minha família que sempre me
ajudou, sacrificaram dias de trabalho para poder dar o melhor ensino que tive e
agradecer minha esposa por sempre estar comigo, que possamos crescer juntos e
aproveitarmos cada momento de nossas vidas.
GUEDES, Reyan Mello. Degradação e recuperação de pastagens. 2017. 37. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) – Unic educacional ltda Faculdade de ciências Agrárias e Exatas, Primavera do Leste, 2017.
RESUMO
No Brasil a degradação de pastagens tem sido um problema crescente, com uma
variedade de causas como a escolha inadequada da forrageira; solos com adubação
fraca ou ausente; práticas culturais, como o uso de fogo, aplicação incorreta de
fungicida e inseticida; o aparecimento de pragas, ervas daninhas e doenças.
Aproximadamente o Brasil tem de 50 a 60 milhões de hectares de pastagens, mas
cerca de 80% dessas áreas são degradadas, pois o pecuarista não tem o cuidado
necessário para manter a pastagem no seu ponto ideal de produção. O objetivo
deste trabalho é orientar o pecuarista como identificar, analisar e idealizar uma forma
de recuperação se houver uma degradação em sua pastagem. A melhor maneira de
se manter uma produção alta evitando a degradação é mantendo a rotação do
animal para que o pasto tenha seu tempo de descanso. Existe um número reduzido
de pecuaristas recuperando pastagens de suas propriedades, ou mesmo
preocupados com esse problema. Devemos cada vez mais aperfeiçoarmos nossas
técnicas a respeito da pecuária, não apenas engordar o gado e vende-lo, devemos
pensar no futuro quando as terras.
Palavras-chave: Solos; plantas daninhas; forrageira; Gado; Pecuária.
GUEDES, Reyan Mello. Degradação e recuperação de pastagens. 2017. 37. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) – Unic educacional ltda Faculdade de ciências Agrárias e Exatas, Primavera do Leste, 2017.
ABSTRACT
In Brazil, pasture degradation has been an increasing problem, with a variety of
causes such as inadequate fodder choice; soils with weak or absent fertilization;
cultural practices, such as the use of fire, incorrect application of fungicide and
insecticide; the appearance of pests, weeds and diseases. Approximately Brazil has
50 to 60 million hectares of pasture, but about 80% of these areas are degraded,
because the cattle rancher does not have the necessary care to keep the pasture at
its ideal point of production. The objective of this work is to guide the cattle rancher
as to identify, analyze and idealize a form of recovery if there is a degradation in its
pasture. The best way to maintain a high production avoiding degradation is to keep
the animal rotating so that the pasture has its rest time.
There is a small number of ranchers recovering pastures from their properties, or
even concerned about this problem. We must increasingly perfect our livestock
techniques, not only fatten cattle and sell them, we must think about the future when
the land.
Key-words: Solos; weeds; forage; Cattle; Livestock.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Representação gráfica simplificada do processo de degradação de
pastagens cultivadas em suas diferentes etapas no tempo. .................................... 16
Figura 2 – Representação esquemática das interações que ocorrem no ecossistema
de pastagem ............................................................................................................. 27
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Graus de adaptação em gradiente decrescente das principais forrageiras
às condições de fertilidade do solo para a região dos Cerrados e saturações por
bases recomendadas ............................................................................................... 23
Tabela 2 – Número aproximado de sementes por grama de várias espécies de
forrageiras tropicais e sugestão de taxas de semeadura a serem feitas no início do
período chuvoso, em áreas que receberam preparo adequado de solo. ................. 27
Tabela 3 – Grau de susceptibilidade de algumas forrageiras às cigarrinhas das
pastagens ................................................................................................................. 28
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................13
1. TIPOS DE DEGRADAÇÃO EM PASTAGENS..........................................14
1.1 CRIÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEGRADAÇÃO................17
2. METODOS DE CUIDADO E ESCOLHA DA FORRAGEIRA......................19
3. RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS.........................................................25
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................30
REFERÊNCIAS...............................................................................................31
13
INTRODUÇÃO
Com o passar do tempo começou a se dar mais ênfase nas questões de
manejo de pastagens e dar mais valor nas pastagens no mercado e em como o
pasto deve ser conduzido de forma correta com os devidos cuidados. Se por um
lado tem se preocupado com a degradação, por outro o potencial do Brasil tem se
mostrado muito alto.
O Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador mundial de carne
bovina. Com isso a pastagem se torna algo muito importante a se cuidar, pois com
os cuidados certos pode se baixar os gastos e melhorar a alimentação para o gado.
Em 2017 vimos que a pecuária tem um papel fundamental para o Brasil.
Existem vários tipos de degradações, algumas onde há apenas a degradação
dos pastos e onde a degradação do solo com falta de nutrientes. O tipo de
degradação de cada fazenda é diferente uma da outra, e pode ser visto com algum
profissional da área, onde ira calcular o tamanho da área, o tipo de degradação,
considerando os índices zootécnicos da propriedade.
O pecuarista tem se preocupado muito com as áreas de pastagem, pois tem
sofrido com falta de nutrientes e fertilidades do solo fazendo com que a quantidade
de animal por hectare diminua a ponto de trazer prejuízos. Com a reforma de
pastagem é um meio de melhorar as áreas degradadas pelo uso continuo do gado.
Neste trabalho foi desenvolvido para mostrar métodos práticos, com custos
menores e resultados benéficos para o pecuarista, mostrando que pode se ter uma
área pequena de pastagem com alto índice de área foliar ampliando a quantidade de
animal por hectare com melhor qualidade no capim e matéria orgânica para o solo,
protegendo contra pragas e plantas daninhas.
Objetivou-se nesse trabalho a apresentação de métodos para identificar a
situação de degradação em pastagens, apresentar estratégias de escolha da
forrageira ideia e analisar as opções para manutenção e recuperação de pastagem
para evitar o retorno do processo de degradação.
14
1 TIPOS DE DEGRADAÇÃO EM PASTAGEM
As pastagens não têm sido vistas como realmente tem que ser, pois são
produzidas como uma cultura de beira de asfalto, sendo que a cultura de pastagem
tem que ser encarada como uma cultura de lavoura, pois conforme passar o tempo o
animal consome a pastagem e devolve apenas uma parcela dos nutrientes
causando a deficiência dos solos (TEIXEIRA, 2017).
Diversos fatores contribuem para a degradação das pastagens. Dentre eles,
podem ser citados: a ausência de cobertura vegetal; o sub e o superpastejo; a má
organização na estrutura das pastagens (divisão dos piquetes, cercas malfeitas,
bebedouros); a falta de adubação e correção do solo; o tipo de forrageira e seu
habito de crescimento, a disputa por espaço das culturas quando houver; plantas
daninhas e o uso indiscriminado de fogo (PUPO,1979; COSTA, 1980, 1982;
NASCIMENTO JR. et al., 1994).
Muitas vezes, a degradação não é percebida pelo produtor. Diante disso,
Soares Filho (1993) aponta as seguintes características de uma pastagem em
processo de degradação.
1) a produção de forragem diminui, com a redução da qualidade e quantidade,
mesmo nas épocas favoráveis ao seu crescimento;
2) há uma diminuição na área coberta do solo pela pastagem e existe pequeno
número de plantas novas, provenientes da ressemeadura natural;
3) há aparecimento de espécies invasoras de folhas largas, competindo por
nutrientes, e de processos erosivos pela ação das chuvas, e
4) existe grande proporção de espécies invasoras, ocorre a colonização da
pastagem por gramíneas nativas e os processos erosivos acelerados ficam
evidentes.
A degradação é associada a um processo de mudança continua de
forrageiras com a queda de germinação e da produtividade da pastagem. Pode ser
comparado a uma escada (figura 1), onde vai decaindo conforme a utilização e falta
de cuidado com a pastagem, na qual no topo esta a maior produção e, à medida que
desce os degraus, há um processo de degradação. Em um determinado ponto ainda
pode ocorrer a recuperação da pastagem sem um custo muito alto, através de
cuidados pequenos e diretos. A partir desse ponto, torna se mais difícil a
15
recuperação, muitas vezes tendo que se mexer em toda a área degradada, desde os
cuidados com erosões, adubação, plantio de novas sementes de forrageiras, manejo
dos animais para outra área, cuidados coma compactação do solo (MACEDO,
1999).
Figura 1 - Representação gráfica simplificada do processo de
degradação de pastagens cultivadas em suas diferentes etapas no tempo.
Fonte: MACEDO (1999)
Segundo Dias (1998) os fatores que mais contribuem para a degradação das
pastagens são:
1 - Manejo inadequado, incluindo o superpastejo – O manejo inadequado,
caracterizado pelas condições de super ou subpastejo, afetando diretamente a
mudança na forrageira. O superpastejo faz com que a parte aérea da planta tenha
uma redução no seu crescimento, com correspondente redução do sistema
radicular, reduzindo a capacidade de absorção de água e nutrientes, diminuindo a
produção e qualidade da forrageira e causando a abertura no solo ocasionando o
surgimento de plantas daninhas. O subpastejo favorece a seletividade dos animais
por determinadas espécies, que sendo constantemente repastejadas, acabam
eliminadas, enquanto outras, de menor aceitabilidade, passam a dominar o estande
(MEIRELLES, 1993).
2 - Efeito da fertilidade – Todos já conhecem a baixa fertilidade dos solos
brasileiros principalmente associado com a pastagem, principalmente na região de
16
cerrado onde na maioria dos casos é apenas usado e nunca feito uma recuperação.
Considerando que a quantidade de minerais disponível no solo é baixa, acaba
diminuindo o crescimento inicial fazendo com que a forrageira armazene esses
minerais na massa foliar da forrageira produzida (NASCIMENTO JÚNIOR et al.,
1994).
3 - Pragas e doenças – Existem diversas pragas e doenças que ocorrem em
forrageiras na América Tropical, nem todas são consideradas limitantes nas
produções. Segundo Valério (1989), a Urochloa brizantha brachiaria decumbens, a
cultivar mais importante do Brasil Central, é a mais suscetível a doenças e ataques
de insetos como cigarrinhas entre outros, já a espécie Urochloa brachiaria brizantha
cv marandu tem alta resistência a ataques e doenças. O processo de degradação
acaba aumentando conforme o descuido de safra entre safra, misturando o péssimo
cuidado no manejo animal e queimas excessivas (MACEDO; ZIMMER, 1993).
4 – Variedades diferentes para tipos de solo – Muitos pecuaristas não
tomam cuidado com a forrageira que estão semeando em suas áreas, o que importa
é ter pastagens para o ano que virá, isso acaba acarretando a rápida degradação
das forrageiras, pois com o uso continuo e com uma espécie que não é adaptada ao
tipo de solo, clima e temperatura, acaba morrendo mais rápido. São exemplos a
planta de tem alta exigência em nutrientes e é submetida a um solo pouco fértil com
níveis de ph muito alto ou sementes de forrageira Marandu sendo plantada em uma
área de declividade que poderia ser plantada uma cultura de brachiaria Humidicola.
Nessa ultima situação acaba que pode haver erosões e perda de fertilidade
no solo, a menos que o pecuarista tome todos os manejos corretos para
estabelecem a cultura no local (BARIONI; RODRIGUES, 2017).
5 - Invasões de plantas daninhas – Muito além de uma das causas da
degradação, as plantas daninhas são parte do processo de degradação de
forrageiras, por se aproveitar do momento em que a pastagem estiver enfraquecida
e preencher os espaços vazios deixados pela pastagem. Estudos desenvolvidos
sobre o comportamento de espécies de plantas invasoras de pastagens na
Amazônia mostram que algumas dessas espécies podem apresentar atributos
ecofisiológicos que auxiliam no seu potencial de infestação ou reinfestação através
da germinação e longevidade das sementes no solo e no seu potencial de
17
competição em situação de défice hídrico ou de sombreamento (DIAS FILHO,
1995a; DIAS FILHO, 1998).
6 – O mal uso do fogo – O fogo é uma das ferramentas mais baratas e mais
usada entre os pecuaristas, mas o uso inadequado pode ocasionar a baixa
produtividade e a perda de pastagens se feita de modo incorreto. Com a queima da
forrageira também se queima os microrganismos que vivem na profundidade de até
2 cm, desequilibrando o ecossistema, também ocasiona a queima das raízes e a
reserva de sementes que a no solo. Em alguns casos a perda de matéria orgânica e
de nutrientes eficazes para a forrageira que virá. Tudo isso ocasionara no menor
numero de forrageiras e na maior exposição ao solo, onde as plantas daninhas
tomaram seu espaço e haverá diminuição na área foliar e perdas para o pecuarista
(CARVALHO, 1993).
1.1. CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEGRADAÇÃO
Há muitas dificuldades para uma avaliação de grau de degradação em
uma pastagem, por haver vários tipos de espécies e características morfológicas e
do meio em que são produzidas (NASCIMENTO JÚNIOR et al., 1994). Segundo
Stoddart, Smith e Box (1975) são alguns estágios fáceis de ser identificados por ser
característico de varias pastagens, identificado como:
(1) Distúrbios fisiológicos da espécie dominante;
(2) Mudanças na composição botânica e
(3) Invasão por novas espécies.
Segundo Nascimento Junior et al. (1994) diz que para qualquer critério que
for criado para avaliar uma degradação tem que ser levado em consideração a
diminuição da produção e as mudanças na estrutura da planta. E em ultima analise
a estabilidade do solo, declividade, grau de erosão. São utilizados quatro níveis de
condição de pastagem e a produção de foragem:
1 – Excelente – quando produz de 75-100% de toda a forragem, sob um
manejo prático; Grau 1 - redução na produção de forragem, na qualidade, na altura e
no volume durante a época de crescimento;
18
2 – Boa – quando produz de 50-75%; Grau 2 – diminuição na área coberta
pela vegetação, pequeno número de invasoras;
3 – Razoável – quando produz de 25-50%; Grau 3 – aparecimento de
invasoras de folhas largas, início de processo erosivo pela ação das chuvas;
4 – Pobre – quando produz menos de 25% de toda a forragem sob um
manejo prático. Grau 4 – presença, em alta proporção, de espécies invasoras,
aparecimento de gramíneas nativas e processo erosivos acelerados.
Considerando os graus de degradação e cada etapa que esta, pode variar
conforme o clima e solo dominante. Será adotada uma estratégia para cada tipo de
degradação, de acordo com Barcellos (1986).
19
2 METODOS DE CUIDADO E ESCOLHA DA FORRAGEIRA
De acordo com Kichel et al. (1999), a melhor escolha da forrageira procede
de um diagnostico completo sobre a área que será plantada, visualizando a espécie
que se esta sendo utilizada, quais plantas invasoras e quais as pragas ou doenças
se encontram na área escolhida. O solo, clima e outros fatores também tem que ser
levados em consideração.
Segundo Nascimento Júnior et al. (1994), o principal acontecimento feito
pelos animais na forrageira é o da desfolhação, que diminui a área foliar, diminuindo
os carboidratos de reserva, perfilhamento, diminuição do crescimento radicular e de
novas folhas. Afeta, o meio da pastagem, como a entrada da luz, elevação da
umidade e temperatura do solo, ao que tudo isso acaba influenciando no
crescimento da forrageira. Esses efeitos são influenciados diretamente quanto ao
estresse que a planta sente pelo meio ambiente que está, podendo levar a forrageira
a degradação.
Para Mella (1993), analisou que pastagens sendo usadas com bastante
intensidade, ligadas a um curto tempo de descanso de no mínimo 28 dias, levam a
degradação da pastagem em menos de 3 anos. O pastejo intenso só seria eficiente
se a pastagem tivesse um período de descanso equivalente ao tempo de uso.
Sendo o melhor jeito de pastejo o com pressões menores de animais, não agredindo
assim a pastagem e dando tempo dela se recompor.
O processo de degradação do pasto pode ser controlado à medida que
ações sejam tomadas, como redução de animais por hectare, vedação da pastagem
no tempo certo e na época certa, controle de plantas daninhas, o controle de
doenças, feitas após os primeiros sinais de degradação (CARVALHO,1993).
O acompanhamento da pastagem assim como a quantidade ideal de
animais por hectare pode impedir que etapas de degradação começassem a ocorrer.
Assim, se for avaliado a quantidade de animais por hectare e a pressão de pastejo
que exerce sobre a pastagem, não se deve exceder a capacidade de suporte do
pasto, assim a quantidade ideal sobre a pastagem e pressão ótima estabelecida,
pode estabelecer uma correção nos nutrientes do solo, alterações no clima,
produção de massa foliar, e aumento na produção animal (MACEDO, 1995).
20
O tipo de produção a ser feito, segundo Zimmer et al. (2007), é muito
importante para a escolha da forrageira, pois cada forrageira tem suas
características próprias, desde tamanho, formato, características vegetativas,
qualidade, e tipos que são aceitos pelos animais.
O controle de plantas daninhas, para fazer a recuperação dos pastos, inclui
normalmente medidas para não haver a rebrota das plantas daninhas, como, a
roçada, arranquio, ou uso de produtos herbicidas. A roçada e arranquio
normalmente são feitos com maquinas ou manualmente. A roçada muitas vezes não
é uma solução definitiva para acabar com as plantas daninhas, pois algumas
apresentam atributos fisiológicos que facilitam a rebrota mesmo em condições
desfavoráveis (DIAS FILHO,1998).
A deficiência de nitrogênio é um fator muito importante nas pastagens, onde
pode ser feito adubação química ou a própria fixação biológicas ocasionadas pelas
forrageiras. A necessidade de nitrogênio só é justificada se a forrageira tiver uma
longa cobertura no solo, e é mais visada pelos sistemas com intenso uso de animais
para a produção, onde é necessária uma quantia de nitrogênio maior por haver
níveis mais altos de produção (CARVALHO,1993).
A rotação de forrageiras com culturas anuais tem sido uma opção muito boa,
já que o solo precisa de um descanso, sendo assim o uso de forrageiras em certos
períodos aumentam a produção e melhora do solo. Pode se fazer uma rotação com
culturas alimentícias, com o milho ou o arroz que pode ser uma alternativa barata
para se recuperar uma área de degradação. Sendo assim, com uma cultura que
exige adubação química e corretiva do solo proporcionam uma boa produtividade
para a cultura alimentícia e ainda sobra resíduo no solo que favorecem a pastagem
que vem a ser plantada depois, isso ocasionara em um ganho de produção maior,
pois as forrageiras estarem saudáveis. A recuperação de áreas degradadas através
da junção de pastagens com arvores tem sido um modelo sustentável e ecológico
para a região do Amazonas. Contudo pode ser um fator que além de trazer sombra
para o gado, faz recuperação dos solos degradados e alcançar uma boa interação
(REINERTL, 1998).
21
Os efeitos desejados com a presença de arvores nas pastagens são: uma
fertilidade maior no solo e evitar que o solo sofra erosão. Coma deposição de
biomassa deixada pelas arvores, a um melhoramento das condições do solo e tem
sido observado em vários meios. Tem se tido aumentos significantes no aumento de
P, K, e CTC em analises de solo coletadas sob as arvores e também coletas feitas
em áreas sem arvores BOTREL et al. (1988).
O ponto de repouso nas áreas degradadas tem sido a maneira mais comum
e eficiente na recuperação natural. Em geral, algumas áreas deixadas em repouso
por um tempo indeterminado, sendo utilizadas ou não para uma nova recuperação
de pastagem ou para um meio agrícola é feito por razões de economia. A medida
que se deixa uma pastagem degradada em repouso por muito tempo, as plantas
daninhas, arbustos e arvores tendem a tomar conta ate formar uma floresta
secundaria (DIAS FILHO, 1998).
Após a última fase da planta, a fase reprodutiva, onde ela exerce mais
atividade, há uma queda de produção com o tempo. Pode ocorrer de forma rápida,
intensa e constante até chegar em um ponto de controle, caso não seja feito um
manejo correto para o melhoramento da produção. Alguns autores dizem que o
aumento do estresse do pastejo juntamente com a desfolha ocasionada pelo animal
pode mudar o meio de crescimento da forrageira, principalmente pela mudança na
estrutura do relvado. Sendo assim a mudança no número de perfilhamento, tamanho
da planta, mudando o numero de folhas comparado ao numero de raiz. Esse novo
método morfológico traz mudanças em relação as plantas nutritivas e fisiológicas da
planta, e se não manejar corretamente cada situação pode alterar o equilíbrio do
solo, da planta e animal e dão inicio ao processo de degradação das pastagens
(MACEDO, 1999).
Em relação aos nutrientes no solo, podem ser classificados em espécies bastante
exigentes que são cultivadas em solos com alto teor de nutrientes ou corrigidos com
adubação química ou calagem e espécies pouco exigentes que se adaptam a solos
com baixa fertilidade (Tabela 1).
22
Tabela 1. Graus de adaptação em gradiente decrescente das principais
forrageiras às condições de fertilidade do solo para a região dos Cerrados e
saturações por bases recomendadas*
ESPÉCIE GRAU DE ADAPTAÇÃO SATURAÇÃO POR BASES
À FERTILIDADE (%)
Grupo 1 - Espécies pouco exigentes
Brachiaria humidicola Alto
Andropogon gayanus Alto
Brachiaria decumbens Alto
Brachiaria ruziziensis Médio
Grupo 2 - Espécies exigentes
Brachiaria brizantha cv Marandu Médio
Brachiaria brizantha cv Xaraes Médio
Brachiaria brizantha cv Piatã Médio
Hyparrhenia rufa (jaraguá) Baixo
Setaria anceps Baixo
Panicum Maximum
cv. Vencedor Baixo
cv. Centenário Baixo
cv. Tobiatã Baixo
cv. Massai Baixo
cv. Mombaça Muito baixo
cv. Colonião Muito baixo
cv. Tanzânia-1
Grupo 3 - Espécies muito exigentes
Pennisetum purpureum
Napier, Taiwan A-146
Cynodum spp.
Coast-cross, Tifton
30-35
Muito baixo
Muito baixo
40-45
45-55
Fonte: Macedo et al;(2008)
A irrigação tem sido um dos fatores visados para a produção de pastagens
durante a época de seca (inverno), mas segundo Aguiar (2001), no período de
chuvas a capacidade de lotação por animal é bem maior, considerando a mesma
lotação em uma época de seca, mesmo com a irrigação, a capacidade de lotação
variaria de 40% a 60%, por esse desequilíbrio ocorre pela planta não estar no seu
devido tempo de crescimento e produção de massa foliar. A cultivar mais usada
nesse sistema de irrigação é o capim Panicum maximum cv Tanzania, Panicum
maximum cv Mombaça e as do gênero Cynodon. O crescimento desses capins não
é ocasionados por apenas a falta de agua, mas pelo fotoperiodo que é exercido nela
que é menor, mais pelas mudanças de temperatura. A fotossíntese liquida das
23
forrageiras tropicais máxima é com temperaturas de 35°C e se diminui a 20%
quando colocadas em temperaturas menores como 15°C (AGUIAR, 1999).
A utilização de sistemas de pastagens deve sempre estar relacionado com a
cultivar que será plantada. A escolha da pratica de manejo é essencial para a rápida
rebrota da planta, após o pastejo do animal ou o corte da planta, onde estão
associados ao índice de área foliar, ponto de crescimento e acumulo de adubo.
Portanto é preciso ter o intervalo entre corte e pastejo e altura do corte, com o
objetivo de aumentar o tempo da forrageira, aumentando a produção e melhoria da
forragem (DA SILVA; SBRISSIA, 2000). Esse método possibilita a recuperação de
áreas degradadas, onde as outras limitações já foram sanadas e que persista
apenas o problema de manejo.
De acordo com Corsi e Nascimento Jr.(1986), a situação de degradação das
forrageiras no Brasil Central mostra que os cuidados básicos de manejo em
forrageiras não tem tido a atenção necessária por parte do pecuarista, dos técnicos
e agrônomos. Sendo assim, as forrageiras têm tipo menor produção e não sendo
suficiente para manter a lotação de animal ideal por hectare.
Outro aspecto importante é a dependência do pastejo intensivo, o solo e a
vegetação como parte do ecossistema do pasto. Em superpastejo permanente, pode
abrir uma comunidade vegetal, acontecendo a compactação do solo, tendo em vista
o aumento das erosões e diminuindo a fertilidade do solo (MEIRELES,1993). A
intensidade do uso do pasto afeta a quantidade e qualidade da forrageira produzida
e consumida pelos animais e a mudança da composição botânica do pasto. Por
causa do superpastejo, onde a corte continuo e rente ao solo, a quantidade de
folhas acaba diminuindo consequentemente a realização da fotossíntese,
ocasionando na utilização das reservas de rebrota da planta, levando a morte da
planta se permanecer por longo tempo (ZANINE; SANTOS, 2004).
Componentes do manejo de pastagens conforme Mella, (1993); Pedreira,
(2002).
O período de decanso (PD) é o período onde há o descanso da planta,
Muitos chamam de “Vedação” da área. È muito importante para o pecuarista, mas
pouco usado já que para o produtor sempre esta faltando área com pastagem. Tras
24
pontos positivos como a melhor qualidade e quantidade da forrageira, maior
produtividade, mas há uma diminuição na produção animal por hectare.
No período de ocupação (PO) a pastagem esta sendo utilizada, onde será decidido
pelo produtor o superpastejo ou o pastejo consciente, sendo levado em
consideração a degradação que será ocasionada se houver a lotação de animal por
hectare.
Já no período de pastejo (PP) é feito o uso intensivo da forrageira disponível
e na qualidade que a planta consegue oferecer ao animal. É o período que será
mais usado a forrageira, e determina se a qualidade e quantidade a ser consumida
pelo animal e o quanto vai gerar de peso para o mesmo.
O sistema de manejo é onde se encontra o período de descanso e o período
de ocupação, e pode ser usado 4 tipos de métodos nas pastagens como: Pastejo
continuo; Pastejo rotacionado; Pastejo em faixas; Pastejo diferido. O continuo e o
rotacionado são os mais utilizados entre os pecuaristas, tem sistema de manejo,
quando existe uma disponibilidade de forrageira ou a quantidade a ser empregada
de gado. Mas o mais usado é o continuo, pois sempre esta se necessitando
engordar o gado rapidamente, mas o pecuarista esquece que depois vai acabar
gastando com a reforma de pasto.
25
3 RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS
A recuperação de uma pastagem se da pelo restabelecimento da produção
da pastagem mantendo a mesma cultivar na área degradada. Já a renovação é feita
a troca de uma cultivar que esta estabelecida por outra, visando a mudança de
pastagem que esta degradada (MACEDO et al., 2000).
A recuperação ou renovação pode ser feita de forma direta ou indireta.
Forma direta é um método que utiliza apenas praticas mecânicas, químicas e
agronômicas, sem o uso de culturas anuais de grãos. A forma indireta é feita
mediante a utilização de lavouras ou pastagens anuais a recuperação ou renovação
de pastagens degradadas (MACEDO et al., 2000, MACEDO, 2001).
O solo deve ser corrigido com adubação, considerando um solo com baixo
nutriente natural, havendo a necessidade de calagem e adubos orgânicos na
plantação, importante a aplicação de fosforo, levando em consideração a analise de
solo e a cultivar que será implantada na área. A adubação no solo melhora os
nutrientes do solo, melhora o estabelecimento da forrageira, aumentando a
quantidade e qualidade da mesma, proporcionando a cobertura do solo protegendo
de possíveis erosões. A presença de animais ajuda na transformação de nutrientes,
como exemplo o pastejo continuo e a forrageira perene reciclam nutrientes de 70% a
90% (MACEDO, 1995).
O solo deve ser preparado para haver um bom estabelecimento da
pastagem, com equipamentos próprios para o tipo de utilização e usados na época
recomendada para diminuir os gastos, os serviços de preparo do solo e as
derrubadas são as que mais sobrecarregam o plantio de forrageiras. Zimmer e
Miranda (1994) especificam que em uma preparação do solo deve ser feito pelo
menos duas gradagens pesadas ou uma aração seguida de uma gradagem com a
grade niveladora, fazendo com que a rebrota diminua. Para diminuir os gastos de
reforma, a plantação de forrageiras deve ser feito com duas cultivares anuais ou feito
um plantio com outras cultivares alimentícias, quando precisar. Essa técnica melhora
o preparo do solo, evita que haja rebrota e proporciona resíduos de nutrientes para a
forrageira que continuará, diminuindo os gastos com a formação.
26
Conforme Souza (1993), o tamanho da semente é fundamental, mudando de
espécie para espécie, e até mesmo entre a mesma. Sementes grandes acumulam
mais reservas tendo assim uma maior vantagem se plantadas em profundidades
maiores. O número de sementes em uma grama, de algumas cultivares, bem como
a quantidade de sementes a serem plantadas é apresentado na tabela 2.
Tabela 2 – Número aproximado de sementes por grama de várias
espécies de forrageiras tropicais e sugestão de taxas de semeadura a serem
feitas no início do período chuvoso, em áreas que receberam preparo
adequado de solo.
Espécies Forrageiras Número Aproximado Taxa Semeadura
de Sementes/Grama (kg/há SPV*)
Andropogon gayanus 360 2,50
Brachiaria brizantha 150 2,80
Brachiaria decumbens 200 1,80
Brachiaria humidicola 270 2,50
Brachiaria ruziziensis 230 2,00
Paspalum guenoarum 300 1,50
Paspalum notalum cv. Pensacola 610 1,50
Panicum maximum cv. Tanzania 960 1,60
Panicum maximum cv. Colonião 780 1,60
Panicum maximum cv. Tobiatã 610 2,50
Setaria anceps cv. Kazungula 1490 1,50
Fonte: Souza (1993).
*SPV: sementes puras viáveis
O método de plantio é um fator muito importante. Pode ser feito a lanço
(terrestre ou aéreo) sobre o solo ou plantados em linhas, com o uso de plantadeiras,
semeadeiras, ou com adubadeira; segundo Zimmer e Miranda (1994), a época ideal
para se fazer o plantio de forrageiras é entre os meses de novembro e janeiro. Esses
autores dizem que quando se usa uma grade nessa época deve se estar fechada ou
parcialmente aberta, já que além de incorporar a semente no solo, ajuda no
nivelamento do solo e a incorporação do solo, revolvendo o solo e tirando as plantas
daninhas da terra e fazendo com que o sol queime as raízes. O uso do rolo
compressor melhora a interação da semente com o solo, melhorando a quantidade
de sementes que germinaram por hectare. As plantas daninhas tendem a crescer
junto com as forrageiras plantadas, disputando agua, nutrientes, luz, umidade e
27
espaço físico. Com um aumento de 10% a 20% na quantidade de sementes jogadas
por hectare faz com que as forrageiras se favoreçam no inicio da competição,
garantindo um bom plantio de forrageiras (ZIMMER e MIRANDA, 1994).
Em lugares com maior aparecimento de plantas daninhas é necessário o uso
de controle químico, juntamente com praticas mecânicas ou manuais. O controle de
insetos como cigarrinhas, formigas, cupins e lagartas pode ser usado em um nível
de infestação muito grande. Assim, quando preciso deve se usar controladores como
inseticida ou formicidas (COSTA, 1983).
O controle de insetos e pragas deve ser feito, pois a persistência dessas
pragas aumenta a degradação nas pastagens. Nas forrageiras já estabelecidas, a
praga que causa mais prejuízo são as cigarrinhas (Deois incompleta, Deois schach,
Deois flavopicta, Zulia entreriana, Aeneolamia selecta selecta), tendo reduções na
produção de até 90%, em forrageiras de Brachiaria decumbens. Embora seja feito
controles químicos e biológicos, o melhor combate é usando variedades mais
resistentes (VALÉRIO e KOLLER, 1993), como descritos na Tabela 3.
Tabela 3 - Grau de susceptibilidade de algumas forrageiras às
cigarrinhas das pastagens
Brachiaria decumbens, Brachiaria ruziziensis
Panicum maximum cvs. Tanzânia e Mombaça
Brachiaria brizantha, Brachiaria humidicola, Andropogon
gyanus, Setari anceps, Cynodon plectostachyus
Fonte: Valério; Koller (1993)
Grau de susceptibilidade as
Cigarrinhas das PastagensEspécies
Susceptiveis
Tolerantes
Resistentes
O pastejo de uniformização trás benefícios para a formação de pastagens.
Começa pelos 60 a 100 dias depois da germinação ou antes da emissão da
inflorescência, com aumento na lotação. O uso de animais jovens é uma das
melhores opções por um período curto de 10 a 30 dias. Com o uso de animais
jovens a uma diminuição na compactação do solo e aumenta o tempo para a
28
forrageira se fixar no solo, já que o trabalho foi recém feito (ARANGO GUTIERREZ,
1990).
Esse manejo é utilizado para diminuir a competição entre plantas e diminuir
a maior parte das gemas apicais, tendo uma redução na produção de sementes e a
transferência de nutrientes para a mesma, aumentando o estimulo de novos
perfilhamentos e a cobertura do solo (VIEIRA; KICHEL,1995). Se não houver esse
manejo, as forrageiras cresceram em excesso formando touceiras no habito de
crescimento cespitoso, ao que prejudicará as áreas, pois os animais ou ventos
deitaram o capim e formará uma acama que o animal não utilizará. Com isso terá
que ser usado roçadeiras ou até mesmo o uso de fogo para acabar com a palhada.
Segundo Nascimento Jr et al. (1994) o manejo de forrageiras tem como
objetivo o equilíbrio entre a produção e a qualidade da forragem e a manutenção da
composição botânica escolhida para o pasto, com níveis maiores de produção e
áreas ótimas. Assim, o conhecimento entre as inter-relações dos componentes é
muito importante para se ter um bom resultado no sistema de pastejo (Figura 2),
deve se ficar atentos a esses parâmetros para conduzir uma boa adoção e medida
correta para o manejo de pastagens, evitando erros e tendo resultados duradouros e
produtivos.
Figura 2. Representação esquemática das interações que ocorrem no
ecossistema de pastagem
Fonte: Nascimento Jr (1994).
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As opções de manejo pesquisadas, que podem aumentar ou diminuir a
produção são: aumento no nível de nitrogênio aplicando fertilizantes ou a aração e
implantação de novas forrageiras, as rotações com culturas anuais, plantio de
forrageiras resistentes e bem aptas aos diferentes solos e pragas, a diminuição do
pastejo, o estabelecimento de minhocas para beneficio do solo, o manejo de arvores
para decomposição e sombra e mudança de forrageiras para estoloníferas
(HUMPHREYS, 1995; MYERS; ROBBINS, 1991). Outra maneira é aceitar o fato que
os pastos se degradam com o tempo e inevitavelmente diminuir assim a lotação de
animal por hectare para manter um ganho por cabeça contínuo.
Segundo Euclides (1989), as pastagens sempre estão em desequilíbrio,
sempre a uma disponibilidade maior ou menor para o animal. Dentre essas praticas
para melhorar a pastagem esta a taxa de animal por hectare ou o tipo de sistema de
pastejo escolhido.
A escolha do tipo de manejo que será usado depende da quantia de animal
que será colocado na área, com a menor pressão exercida por animal haverá um
espeço de tempo maior para a forrageira poder rebrotar e ocorrer a produção de
sementes. Esta medida inclui a vedação da pastagem em um tempo estratégico e
em uma época de chuva própria para o crescimento da forrageira. A vedação
colabora para o aumento na produção de sementes e melhora a cobertura do solo,
fazendo com que aumente a disponibilidade de forragem (CARVALHO, 1993).
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em 2017, tem feito vários investimentos para o plantio de mais terras e
pastagens, só que não estão tendo práticas sustentáveis para a manutenção de
processos de degradação que vem acontecendo, e essa degradação tem afetado
diretamente a sustentabilidade da pecuária. Tudo isso é ocasionado por o pecuarista
não se importar com os cuidados adequados e a manutenção do solo, deixando de
adubar corretamente e o uso excessivo de animal por hectare.
Várias são as alternativas para a recuperação de áreas degradadas, como
pôr exemplo, desenvolvimento de sistemas de produção animal a pasto, a qualidade
e quantidade de forrageira para produção de folhas, a escolha da forrageira,
adubação, inseticida e fungicida, o uso de fogo em modo controlado, o uso de
sementes qualificadas, tendo um período de descanso para o pasto se recuperar,
para tanto, se faz necessário grandes investimentos, em alguns casos, semelhantes
àqueles feitos pôr ocasião do plantio (com máquinas, sementes, mão-de-obra).
Existe um número reduzido de pecuaristas recuperando pastagens de suas
propriedades, ou mesmo preocupados com esse problema. Devemos cada vez mais
aperfeiçoarmos nossas técnicas a respeito da pecuária, não apenas engordar o
gado e vende-lo, devemos pensar no futuro quando as terras, o solo não tiver mais
capacidade própria de ter nutrientes suficientes para a forrageira, deve haver mais
estudos e pesquisas em cima da pecuária e de suas ferramentas para melhorar
cada dia e tendo um custo beneficio que caiba no bolso do produtor. Se deixarmos
persistir o processo de degradação, com certeza haverá prejuízos irrecuperáveis
para os recursos naturais.
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