UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA
PRO-REITORIA DE PESQUISA POS-GRADUAC;AO E EXTENSAo
FACULDADE DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DE SAUDE
CURSOS DE ESPECIALlZAC;AO Lata Sensu
ESPECIALlZAC;AO EM VIGILANCIA SANITARIA DE ALiMENTOS
ROTULAGEM DE ORGANISMOS
GENETICAMENTE MODIFICADOS
TATIANA CARSTENS
Jose Mauricio Franya
Curitiba, 2006.
ROTULAGEM DE ORGANISMOS
GENETICAMENTE MODIFICADOS
Curitiba, 2006.
Tatiana Carstens
ROTULAGEM DE ORGANISMOS
GENETICAMENTE MODIFICADOS
Monografia apresentada como requisito
parcial para obtencao do Iftula de
Especialista em Vigilancia Sanitaria de Alimentos
pela Universidade Tuiuti do Parana.
Orientador: Prof.° Jose Mauricio Fran9a
Curitiba
2006
AGRADECIMENTOS
Agradego a todas as pessoas que realmente colaboraram para a realizagao
deste trabalho, como meus pais, Gilberta e Terezinha; minhas amigas, em especial a
Tamy e a Patricia; ao Luis Carlos Pereira, peto apoio e oportunidade e aos meus tias
Severino, Sonia e Tereza pelo acolhimento.
AgradeC;D ao meu orientador, Jose Mauricio FranC;8, pel a dedicac;:ao, exemplo
de profissionalismo e a oportunidade.
SUMARIO
INTRODUc;:Ao ..
1. ENQUADRAMENTO LEGAL..
1.1 Constitui91io Federal..
1.2 C6digo de Defesa do Consumidor..
1.3 Lei No. 11.105, de 24 de marI'o de 2005 ..
1.4 Decreto No. 4.680, de 24 de abril de 2003 ..
1.5 Portaria No. 2658, de 22 de dezembro de 2003 ..
1.5.1 Ambito de Aplica91io e Objetivos ..
1.5.2 Defini90es ..
1.5.3 Apresenta91io do Simbolo ..
1.6 Instru9<30 Normativa No. 01, de 10 de abrH de 2004 ..
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1.7 Regulamento Tecnico sobre Rotulagem de Alimentos e 14Ingredientes Alimentares que Contenham ou sejam Produzidos a partirde Organismos Geneticamente Modificados (OGM"s) ..
2. PROTOCOLO DE CARTAGENA..
3. Codex Alimentarius ..
4. POR QUE ROTULAR? ..
5. 0 QUE E NECEssARIO ALEM DE ROTULAR..
CONCLusAo ..
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ..
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RESUMO
Urn dos instrumentos para a controle da introduy8:o e comercializ898:o de
OGM"s (Organismos Geneticamente Modificados) no mercado consumidor e a
utilizag8a de ratulagem nas alimentas. A aferta e apresentag8a de produtas au
serviyos devem assegurar informac;;6es corretas, claras, precisas, ostensivas e em
lingua portuguesa sabre suas caracterfsticas, qualidades, quanti dade, composig8o,
pre90, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dadas, bern como sabre
os riseas que apresentam a saude e seguran!,;a dos consumidores. Nao basta que 0
simples cidadao seja informado que 0 prod uta adquirido passui OGM' 5 em sua
composic;;ao au nao, e preciso que haja conhecimento e capacidade de
discernimento sobre a materia. Este trabalho visa mostrar que 0 rotulo e apenas uma
forma de permitir 0 consumo consciente do cidadao, mas e fundamental 0
esclarecimento sobre a seguranc;a do produto consumido, que antecede a etapa da
rotulagem e comercializayao,
Palavras-chave: OGM's (Organismos Geneticamente Modificados), informac;oes,
r6tul0.
ABSTRACT
One of the instruments for the control of the introduction and
commercialization of GMO's (Genetically Modified Organisms) into the market is the
use of food labeling. The offer and presentation of products or services must assure
the correct, clear, necessary and ostensive information in Portuguese language on its
characteristics, qualities, amount, composition, price, guarantee, period of validity
and origin, among others data, as well as on the risks that it may present to the
health and safety of consumers. It is not enough that the common citizen is informed
that the acquired product has the presence of GMO's in its composition or not.
Indeed, it is necessary that they have the knowledge and capacity of discemment on
the safety of the product at all. This work aims to show that the label is only one of
the ways to allow the conscientious consumption of the citizen, but it is also important
to give science-based information on the safety of the consumed product, that
precedes the stage of labeling and putting the product on the shelves.
Key words: GMO's (Genetically Modified Organisms), information, label.
INTRODU<;:AO
Oependendo da re9;o30 do mundo, as pessoas tern diferentes formas de
enearar as alimentos. Alem da questao relativB aos valores nutricionais, 05 alimentos
muitas vezes tern conotac;ao cultural e hist6rica e, em alguns casas, podem ter
imporlancia religiosa. A modificac;iio de alimentos e da produc;iio de alimenlos por
meio da teenalogia pode causar reac;oes negativas entre as consumidores,
especial mente S8 naD houller informa90es suficientes sabre as 8sfon;os reaiizados
para avaliar os risCQs envolvidos e sua rela~o custo-beneficia (WHO, 2002).
A medlda que a discussao sobre as quest6es de comercio internacional
relacionadas a biotecnologia S8 intensifica, observa-s8 a crescente necessidade de
S8 distinguir alimentos geneticamente modificados daque/es que naD foram
geneticamente modificados pela lecnologia do DNA recombinante (8 imporlante
ressaltar a procedimento, pais outras tecnologias tambem desenvolvem OGM' s que
sao usados na alimenta9ao, tais como a indu<;ao de muta9ilo par irradia9aO). Em
varies paises, a leglslayao para a rotulagem de alimentos estabelece limites
permisslveis de OGM's, as chamados "threshold levels" Assim, alimentos que
contem ingredientes geneticamente modificados em nlveis acima do permitido
devem ser rOlulados como "geneticamente modificados" (ERICKSON, 2000).
A questao da rotulagem e urn direito a informa~o, uma vez que e dada ao
consumidor a interac;ao interpretativa atraves da livre iniciativa sobre 0 que consumir.
A rotulagem dos alimentos derivados da biotecnologia moderna vern sendo discutida
em feruns nacionais e internacionais (LlNS, 2003).
A forma como as governos regulamentam as alimentos geneticamente
modificados (GM) varia. Em alguns paises os alimentos GM ainda nao estao
regulamentados. Os paises com uma legislayao neste sentido enfocam
principal mente a avalia980 de risco para a saude do consumidor. Os paises que tern
disposi¢es sobre alimenlos GM geralmenle regulamentam lamb8m os OGM· s em
geral, levando em considerayao os riscos ambientais, bern como assuntos
relacionados ao controle e a comercializa9ao (como possiveis normas para analises
e rotular;ao). Em vista das dinamicas dos debates acerca de alimentos GM, eprovavel que a legislaryao continue progredindo (Organizaryao Mundial de Saude,
2002)
No Brasil a rotulagem de alimentos e regulamentada pelo Ministerio da
Saude, Ministerio da Agricultura e Ministerio da Justic;:ae Desenvolvimento (atraves
do INMETRO). Em ambito mundial as normas de rotulagem estao a cargo do Codex
Alimentarius.
A rotulagem dcs alirnentos esta prevista no C6digo de Oefesa do Consumidor
(lei n° 8.078, de 11/09/90 _ art. 6°, 111e art. 8°). Trata-se de uma norma para garantir
ao cidadao a informayao sabre urn produta, permitindo-Ihe a direita de escolha. AIE~rn
disso, ela possibilita a rastreabilidade, pais, em casas de efeitos na saude humana,
os produtos rotulados seriam facilmente identificados e recolhidos (NODARI E
GUERRA, 2001).
10
1. ENQUADRAMENTO LEGAL
1.1 Constituil'iio Federal
Segundo a Constituigao Federal, de 1988, no capitulo I, dos direitos e deveres
individuals e coletivos:
Art. 5° Todos sao iguais perante a lei, sem distinr;80 de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade
do direito a vida, a liberdade, a igualdade, a seguranc;a e a propriedade, nos term as
seguintes:
XIV - e assegurado a todos 0 acessa a informag8o e resguardado 0 sigilo da
fonte, quando necessaria ao exercicio profissional;
XXXIII - todos tem direito a receber dos 6rgiios publicos informal'oes de seu
interesse particular, au de interesse ecletivo au geral, que serao prestados no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo 5igllo seja
imprescindivel a seguram;a da sociedade e do Estado.
1.2 C6digo de defesa do consumidor
Art. 6° Sao direitos basicos do consumidor
III - a informac;:ao adequada e clara sabre as diferentes produtos e servic;:os,
com especificac;ao correta de quanti dade, caracteristicas, composic;:ao, qualidade e
prec;:o, bern como sobre os riscos que apresentem;
Art. 8° as produtos e servic;:os colocados no mercado de consumo nao
acarretarao riscos a saude au seguranc;:a dos consumidores, exceto os considerados
normais e previsiveis em decorrencia de sua natureza e fruic;:ao, obrigando-se os
II
fornecedores, em qualquer hip6tese, a dar as informac;:6es necessarias e adequadas
a seu (espeito;
Art. 31. A oferta e apresenta9~iO de produtos au servic;:os devem assegurar
informac;:6es corretas, daras, precisas, ostensivas e em lingua portuguesa sabre
suas caracterlsticas, qualidades, quanti dade, composiyao, prec;:o, garantia, prazos de
validade e origem, entre Qutros dadas, bem como sabre as riscos que apresentam asaude e seguranc;:a dos consumidores.
1.3 Lei 11.105, de 24 de marI'o de 2005.
Art. 40. Os alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo
humano au animal que contenham ou sejam produzidos a partir de OGM ouderivados deverao conter informayao nesse sentido em seus (otulos, con forme
regulamento.
1.4 Decreto 4.680, de 24 de abril de 2003.
Art. 10 Este Decreto regulamenta a direito a informa98o, assegurado pela Lei
nO 8.078, de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes
allmentares destinados ao consumo humane au animal que contenham ou sejam
produzidos a partir de organismas geneticamente rnodificados, sem preju[zo do
cumprimento das demais norm as aplicaveis.
Art.2° Na comercializa~ao de alimentos e ingredientes alimentares destinados
ao consumo humano au animal que contenham au sejarn produzidos a partir de
organismos geneticamente modificados, com presen~ acima do limite de urn par
cento (1 %) do produto, a consumidor devera ser infarmado da natureza transgenica
desse produto.
S 1° Tanto nos produtos embalados como nos vendidos a granel au in natura,a r6tulo da embalagem ou do recipiente em que estao contidos devera constar, em
destaque, no painel principal e em conjunto com a simbolo a ser definido mediante
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ata do Ministerio da Justica, uma das seguintes express6es, dependendo do casa:
"(nome do produto) transgenico", "confem (nome do ingrediente ou ingredientes}
transgenico(s)" au ·produto produzido a partir de (nome do produto) transgenico".
S 2° 0 consumidor devera ser informado sabre a especie doadora do gene no
local reservado para a identificayao de ingredientes.
Art. 3° Os alimentos e ingredientes produzidos a partir de animals alimentados
com racyao contendo ingredientes transgenicos deverao trazer no painel principal, em
tamanho e destaque previstos no art. 2°, a seguinte expressao: "(nome do animal)
alimentado com racao contendo ingredientes transgenico" au "(nome do ingrediente)
produzido a partir de animal alimentado com rac;ao contendo ingrediente
transgenicoN•
Art. 4° Aos aljmentos e ingredjentes alimentares que nao contenham nem
seiam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados sera facultada
a rotulagem "(nome do produto au ingrediente) livre de transgenicos", desde que
ten ham similares transgenicos no mercado brasileiro.
1.5 Porta ria N' 2.658, de 22 de dezembro de 2003.
1.5.1 Ambito de aplicac;iio e objetivos:
"( ... ) e tern 0 objetivo de definir a forma e as dimens6es minimas do sfmbolo
que campara a rotulagem tanto das aljmentos e ingredientes a/jmentares destinados
ao consuma humano ou animal embaladas como nos vendidos a granel OU in natura,que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente
modificados, ( ... )"
1.5.2. Defini~6es:
• Simbalo transgenico: e a denominatyaa abreviada do simbolo objeto do presente
regulamento tecnico.
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• Rotulagem: e toda inscric;Ao, legenda, imagem ou toda materia descritiva OU
grafica que seja eserita, impressa, estampada, gravada, gravada em rei eva ou
litografada ou colada sabre a embalagem.
• Painel principal: area visivel em condi~6es u5uais de exposigao, ande estao
escritas em sua forma mais relevante a denominayao de venda, a marca e/ou
logotipo, S8 houver.
1.5.3. Apresentac;ao do simboio:
1.5.3.1 0 simbolo tera a seguinte apresentayao grafica, nos r6tulos a serem
impressos em policromia:
1.5.3.2 0 s[mbolo tera a seguinte apresentac;ao grafica, nos r6tulos a serem
impressos em preto e branco:
o simbolo devera canstar no painel principal, em destaque e em contraste de
cores que assegure a correta visibilidade. 0 triangulo sera eqOilatero. 0 padrao
cromatico do simbolo transgemico, na impressao em policromia, conforme
apresentado no item 1.3.5.1, deve obedecer as seguintes propon;oes:
• Bordas do fundo do triangulo e letra T: 100% preto.
• Fundo interno do triangulo: 100% amarelo.
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A tipologia utilizada para grafia da letra T devera ser baseada na familia de tipos
"Frutiger', bold (negrito), em caixa alta, conforme apresentada no item 1.3.5.1.
A area a ser ocupada pelo simbolo transgenico deve apresentar, no minima,
0.4% (zero virgula quatro par cento) da area do painel principal, nao podendo ser
inferior a 10,82531 mm' (ou triangulo com laterais equivalentes a cinco mm).
o simboio transgenico devera ser empregado mantendo-se, em toda a sua volta,
uma area livre equivalente a, no minima, a area da circunferfmcia que Gircunscreve a
tri~lngulo, passando pelos tres vertices e com centro no circuncentro.
1.6 Instru~ao Normativa N° 1, de 1° de abril de 2004.
Art. 10 Ficam definidos as procedimentos complementares para aplic8cyao do
Decreta nO 4.680, de 24 de abril de 2003, que disp6e sabre 0 direito it informa9ao,
assegurado pela Lei nO8.078, de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e
ingredientes alimentares, destinados ao consumo humane ou animal, que
contenham ou sejam produzidos a partir de Organismos Geneticamente
Modificados, na forma do Regulamento Tecnico.
Art. 2° A fiscalizacao do cumprimento do Regulamento Tecnico que trata 0 art.
1° sera exercida pel a Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria - ANVISA, pelo
Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento, pelo Ministerio da Justic;a e
demais autoridades estaduais e municipais, no ambito de suas respectivas
competencias.
Paragrafo unico. Os 6rga05 identificados no caput prestarao reciproca para a
consecw;ao dos objetivos definidos nesta Instrucao Normativa.
1.7 Regulamento Tecnico sobre Rotulagem de Alimentos e Ingredientes Alimentares
que Contenham ou sejam Produzidos a partir de Organismos Geneticamente
Modificados (OGM's).
1. Ambito de aplicac;ao:
1.1 Este regulamento se aplica a comercializaty8.o de ali mentes e ingredientes
alimentares destinados ao consumo humane au animal, embalados au a grane!
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au in natura, que contenham au sejam produzidos a partir de Organismos
Geneticamente Modificados - OGM, com presen98 aeirna do limite de urn por
cento do produto;
1.1.1 A verifical'ao do limite do OGM no prod uta sera efetuada com base na
quantifica,ao do Acido Desoxirribonucleico - ADN inserido au da proteina
resultante da modifica.yao genetica, por metodos de amostragem e de analise
reconhecidos pelos orgaos competentes.
2. Definil'oes:
2,1 Produto a granel: alimento au ingrediente alimentar exposto a venda diretamente
ao consumidor sem qualquer embalagem, limitado unicamente pelo compartimento
que 0 contem;
2.2 Embalagem: recipiente, pacele ou envolt6rio destinado a garantir a conserva~o
e faeilitar 0 transporte e manuseio dos alimentas au ingredientes alimentares,
quando expostos diretamente ao consumidor;
2.3 Ingrediente ali men tar: toda substancia, incluindo os aditivos alimentares, que se
emprega na fabricayao ou no prepare de alimentos e que esteja presente no preduto
final em sua forma original ou modificada;
2.4 R6tulo: toda inscric;ao, legend a, imagem, au outra materia descritiva au grafica
que esteja escrita, impressa estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada,
ou ainda colada sabre a embalagem do alimenta ou ingrediente alimentar.
2.5 Expositor: cartaz, anuncio mantado para ser colocado em balc6es ou mostruario
que se destina a cumprir 0 dever de informacao do fornecedor, na oferta de produtos
para 0 consumidor;
2.6 Organismo geneticamente modificado: organismo cujo material genetico
(ADN/ARN) tenha sido modificado par qualquer tecnica de engenharia genetica.
3. Dos requisitos e das informa90es:
3.1 Das informa90es que devem constar no rotulo de alimentos ou ingredientes
alimentares pre-embalados:
3.1.2 Devera ser informado, no ratulo, 0 nome cientifico da especie doadora do gene
responsavel pel a modifica9ao expressa do OGM, sendo facultativo a acrescimo do
nome comum quando inequivoco. A informay<3o devera ser feita da seguinte forma:
a) apos 0(5) nome(s) dorsi ingrediente(s);
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b) no paine1 principal au nos demais paineis quando produto de ingrediente
unico;
3.2 Das informar;oes que devem canstar do expositor dos alimentos e ingredientes
alimentares a grane!:
3.2.1 Os alimentos e os ingredientes alimentares, destinados ao consumo humano
au animal, que contenham au sejam produzidos a partir de OGM com presenr;a
superior ao limite de urn par cento do produto ofertados a granel ao consumidor,
deverao indicar no expositor au no local imediatamente a ele contiguD, de forma
permanente e visivel, em caracteres de tamanho suficiente para ser facilmente
/egfvel e identificado, e em conjunto com 0 sfmbolo definido pela Porta ria nO 2.658,
de 2003, do Ministro de Estado da Justic;a, uma das seguintes express6es,
dependendo do caso: "(nome do produto) transgenico", "contsm (nome(s) do(s)
ingredientes(s) transgenico(s)", ou "produto produzido a partir de (nome do produto)
transgemico";
3.2.2 Devera ser informado no expositor ou no local imediatamente a ele contiguo,
de forma permanente e visivel, em caracteres de tamanho suficiente para ser
facilmente legiveJ e identificado, 0 nome cientifico da especie doadora do gene
responsavel pela modificayao expressa no OGM, sendo facultativo 0 acrescimo do
nome comum quando inequivoco;
3.3 As informa~6es de que tratam os subitens 3.1.1(citado no S 1° , art. 2°, do
Decreto n° 4.680, citado anteriormente), 3.2.1 e 6.1 devem constar do documento
fiscal que acompanha 0 produto ou 0 ingrediente aiimentar nas etapas da cadeia
produtiva.
4. Da Comprova~ao documental:
4.1 A comprovB98o documental da presenya ou ausencia de OGM, mediante
documentos fiscais que acompanham 0 alimento ou ingrediente alimentar em todas
as eta pas da cadeia produtiva, devera atender a requisitos e procedimentos
estabelecidos pelo Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento e pela
ANVISA, no ambito de suas competencias.
5. Dos requisites e informar;6es para retulagem de alimentos e ingredientes
alimentares que nao contenham nem sejam produz;dos a partir de OGM:
17
5.1 Aos alimentos e ingredientes alimentares que nao contenham nem sejam
produzidos a partir de OGM e facultada a declara,iio no r61ulo da expressiio "livre de
transgenicosn, desde que atendam aos seguintes requisitos:
a) existarn similares transgenicos no mercado brasileiro;
b) seja comprovada a ausencia de transgenicos no produto au ingrediente
alimentar, mediante documento de certifica9c3o reconhecido pelos 6rga05
oficiais competentes;
5.2 Alem do cumprimento dos requisitos do item anterior, 0 fornecedor do produto ou
ingrediente alimentar, devera, em casa de fiscaliza9ao, comprovar a ausencia de
ADN, proteina, au Qutras substancias resultantes da modificat;ao genetica, conforme
metodos de amostragem e analise laboratorial reconhecidos pelos orgaos
competentes.
6. Disposi,6es relacionadas a Lei 10.688, 13 de junho de 2003:
6.1 Os r6tulos dos alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou tenham
sido produzidos a partir da soja comercializada nos termos da Lei nO10.688, deverao
apresentar a seguinte expressao: "pode conter soja transgEmica" ou "pode canter
ingrediente produzido a partir de soja transgenica"
6.1.1 A informagao de que frata 0 subitem 6.1 podera ser inserida por meio de
etiqueta complementar ou qualquer outra forma de impressao, em local de facil
visualizagao, sem prejuizo das demais informayoes exigidas pela legislagao;
6.1.2 Ficam dispensados da exigencia do subitem 6.1 os alimentos ou ingredientes
alimentares produzidos a partir de soja originaria de area ou regiao nas quais
comprovadamente nao se verificou a presenga de soja geneticamente modificada,
assim declarado em porta ria do Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento.
18
2. PROTOCOLO DE CARTAGENA
Art. 18° ManipuJa~o, Transporte, EmbaJagem e Identifica~iio:
1. A fim de evitar as efeitos adversos na conserv89ao e no usa sustentavel da
diversidade biologica, levando tambem em conta as fi5COS para a saude
humana, cada Parte tomara as medidas necessarias para exigir que todos as
organismos vivos modificados objetos de urn movimento transfronteirigo
intencional no ambito do presente Protocolo sejam manipulados, embalados e
transportados sob condi<;6es de seguranc;a, levando em considerag8o as
regras e normas intencionais relevantes.
2. Cada Parte tamara medidas para exigir que a documentag8o que acompanhe:
a) as organismos vivos modificados destinados ao usa direto com 0
alimentos humano ou animal ou ao beneficiamento identifique
claramente que esses upodem canter" organismos vivos modificados e
que nao estao destinados a introdw;:,ao intencional no meio ambiente,
bern como urn ponto de cantato para maiores informayoes. A
conferencia das Partes atuando na qualidade de reuniao das Partes do
presente Protocolo tamara uma decisao sabre as exigencias
detalhadas para essa finalidade, inclusive especificayaa sabre sua
identidade e qualquer identificador unico, no mais tardar dais anas
ap6s a entrada em vigor do Presente Protocolo;
b) as organismos vivos modificados (OVM's) destinados ao usa em
contenC;80, as identifique clara mente como organismos vivos
modificados; e especifique todas as regras de seguranc;a para a
manipulayao, armazenamento, transporte e uso desses organismos, e
o ponto de contato para maiores informagoes, incluindo 0 nome e
endere90 do individuo e da instituigao para os quais os organismos
vivos modificados estao consign ados; e
c) as organismos vivos modificados que sejarn destinados it introdu9ao
intencionaJ no meio ambiente da Parte importadora e quaisquer outros
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organismos vivos modificados no ambito do Protocol0, as identifique
c!aramente como organismos vivos modlficados; especifique sua
identidade e seus trayos e/au caracteristicas relevantes, todas as
regras de seguranC;8 para sua manipulac;:ao, armazenamento,
transporte e usa; e indique 0 ponto de contato para maiores
informa90es e, conforme 0 caso, 0 nome e endereyo do importador e
do exportador; e que contenha uma deciarac;:ao de que a movimento
esteja em conformidade com as exig€mciasdo presente Protocolo
aplicc3veis ao exportador.
3. A Conferencia das Partes atuando na qualidade de reuniao das Partes do
presente Protocol0 considerara a necessidade de elaborar norm as para as
praticas de identific8C;8IO, manipulayao, embalagem e transporte, e as
modalidades dessa elaboragao, em consulta com outros orgaos internacionais
relevantes.
Segundo ODA (2005), a identifica<;:ao de urn produto e 0 mecanisme que permite
a sua nomina9c3.o comercial e eleiyao pelo consumidor do produto, que devera ter
side previamente avaliado quanto a sua efetiva seguranya. Portanto, a avaliayc3.o de
seguranya antecede 0 processo de comercializa9ao. Por outro lado, os criterios de
rotulagem de urn produto contendo OVM a ser comercializado como alimento ou
ra9Bo no comardo interno de urn pais, a prerrogativa soberana de cada pais, bern
como os eriterios de aeeitabilidade e niveis de taleraneia da presenc;a do OVM no
produto eonveneional a ser utilizado como alimento ou raC;80 animal. Tratando-se,
portanto, de atendimento ao escapa do Protoeolo de Cartagena, que se resume a
oferecer garantias de seguranc;a do OVM em movimento transfronteiric;o, 0
consumidor primario na relayc30 de eonsumo entre paises sera 0 agente importador.
Para ele, por exemplo, uma soja que upode conter" um DVM, signifiea que se ela
tiver mesmo aquele OVM, com a caracteristica genetica especffica ela deve ser
igualmente segura aquela que comprovadamente tern 0 OVM em questao quando
indicado em seu rotulo, partanto, a seguranga a ser demonstrada e a mesma, tanto
no identificado como "pode canter" como no identificado como "eontsm" Sob a ponto
de vista da seguran98, que a escopo do protocolo ambos os produtos, tanto 0
identificado como "pode conter" como 0 identificado com a rctul0 "contem" 0 OVM
devem ter os mesmos niveis de segurany8. Entretanto, sob 0 ponto de vista do
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comercio, aquele identificado como Ucontem" devera ser produzido obrigatoriamente
fora do sistema de "commodities" jff que devera contemplar lodos as requisitos de
produtos diferenciado, sob 0 aspecto da identificacyao precisa e certificada da
presenr;:8 au ausencia do OVM em questao.
o Protocol a de Cartagena prey§: mecanismos de identificayao do prod uta que
contenha DVM alraves de oulros disposilivQs, alem do rotulo, lais como Q "Clearing
House Mechanism" e as informayoes que devem ser oferecidas pelo ponto focal
daquele pais sabre a seguranr;:a dos produtos que contenham OVM ja aprovados
pela autoridade responsavel pela Biossegurang8, bern como as especificagoes das
construgoes geneticas aprovadas e as criterios de seguranc;a utilizados.
o Protocol0 de BiosseguranQa preve ainda 0 Acordo Previo Informado (Advanced
Informed Agreement), como instrumento necessario para 0 primeiro movimento
transfronteiric;o de um OVM espedfico, onde devem canslar lodas as informagoes
relativas aquela constrw;;ao genetica e os procedimentos e resultados da avaliac;.ao
de seguranca daquele produto. Portanlo, esle mecanisma se conslilui no principal
veiculo de informagao sobre 0 produto para 0 importador no movimento
transfronteiri~odo OVM em questao e nao apenas a rotulagem do produto
importado.
Propostas para 0 Tratamento do Artigo 18, 2 (a) do Protocolo de Cartagena.
Considerando que:
1 - 0 OVM a ser rotulado sera usado como alimento ou ragao e nao para a
introdugao intencional no meio ambiente;
2 - Os OVM' s em movimento transfronteirigo atualmente em sua maiaria usados
como alimento ou rayao sao as qualro principais "commodities~ soja, milho, algodao
e canola;
3 - 0 sistema de ucommoddies" e urn sistema continuo, com pre90s fixados pelo
mercado internacional e que nao permite custos adicionais de segregagaa e
identidade preservada;
4 - A maioria dessas "commodities" vern sendo comercializadas em todo mundo
ha dez anos, nas suas varias canstruc;oes geneticas avaliadas casa a casa pelos
sistemas de Biosseguranca de cada pais;
5 - A identificac;ao do produto em movimento transfronteiriyo nao se restringe
apenas a identifica980 atraves do ratulo, mas, sobretudo, ao testemunho documental
21
disponivel no ponto focal de cada pais, no acordo previa informado e no aClearing
House Mechanism':·
6 - A analise de seguran9a do produto antecede a etapa de comercializa9ao e
rotulagem;
7 - Um pais produtor de uma ·commodity" que jil tenho introduzido um OVM
neste sistema de "commodity' poden~ sempre canter 0 OVM presente nas diferentes
partidas exportadas;
8 - Os niveis de seguranc;a exigidos para uma "commodity" que possa canter urn
OVM sao os mesmas de urn produto identificado positivamente como contendo 0
mesmoOVM;
9 - 0 objetivo precfpuo do Protocolo de Cartagena e 0 de garantir 0 usa segura
do OVM para 0 meio ambiente e para a saude humana, portanto a avalia9810 de
risco tanto de um produto que tenha a probabilidade de conter um OVM como a de
urn produto que sabidamente tern aquele OVM deve ter 0 mesma vigor.
Propoe-se:
1 - Que com rela9fjo ao artigo 182 (a) do Protocolo de Cartagena seja adotado
urn modelo simplificado de rotulagem para as ucommodities" produzidas em paises
que sabidamente ja introduziram aquele cultivo na forma modificada.
2 - Consideramos que a rotulagem "may contain" (pode conter) 0 OVM e 0
modelo mais racional e exeqi.Jlvel para os produtos produzidos em regime de
commodities.
3 - A rotulagem "May Contain" nao exime ou diminui 0 rigor do procedimento de
avaliacao de seguran~a a ser praticado para aquele OVM, na medida em que a
analise de seguranga anteeede a etapa de rotulagem e comercializa~ao.
4 - Devem ser adotados os meeanismos adicionais alem do ratulo, previstos no
Protoc% de Cartagena, para a identifica~ao e inrormac;ao sobre 0 produto, lais
como as informa~6es disponiveis no ponto focal sobre as eonstru<;6es geneticas
aprovadas e as analises de risco realizadas. Ainda a documenta9ao a ser
encaminhada junta mente com 0 "Advanced Informed Agreement', quando do
primeiro movimento transfronteiri.yo do OVM e a documenta9ao disponivel no
"Clearing House Mechanism': constituem os principais instrumentos de identificac;ao
dos OVM' s em movimento transfronteiric;o.
5 - Os OVM's que estejam fora do sistema de "commodities", tais como produtos
diferenciados, com a/terayao de componente nutricional ou de qualidade que
22
permitam um sistema de rastreabilidade e de identidade preservada devem conter
no r6tulo a caracteristica da modifica9.30 genetica, por exemplo, soja modificada com
elevado conteudo de acido oh§ico. Alem disso, os mesmos requisitos de seguran~
deverao ser obedecidos para esses produtos assim como para os OVM's em regime
de "commodities".
Considera-se que essas medidas permitirao ao Brasil atender ao compromisso
firmado no Protocolo de Cartagena de garantir 0 usa seguro para 0 meio ambiente e
para a saude humana da biotecnologia modema, bern como permitira a sua
competitividade no mercado intemacional como pais exportador de "commodities"
que possam conter OVM's aprovados no pais pelo sistema de Biosseguranga
brasileiro.
23
3. CODEX ALIMENTARIUS
Denlro do Comile de Rolulagem de Alimenlos do Codex Alimenlarius, uma
proposta de norma de rotulagem vern sendo discutida sem consenso par parte dos
paises signatarios. Diversos paises possuem diferentes normas, que adotam a
rolulagem volunlaria ou obrigal6ria, baseada em crilerios lecnicos (LlNS, 2005).
Na Uniao Europeia, alimentos que contem uma porcentagem superior a 1%
de soja au milho geneticamente modificados devem ser rotu/ados (ERICKSON,
2000). 0 61eo de soja deve ser rotulado e as enzimas provenientes de OGM's naa.
No entanto, 0 61eo e obtido da semente de soja, no caso, geneticamente modificada.
As carnes e subprodutos obtidos de animais alimentados com produtos
geneticamenle modificados nao sao rotulados. Reconhece que nao e passivel
excluir a possibilidade de presenca acidental de OGM's, ocorrida durante cultivo,
colheita, armazenamento e transporte. Considera obrigatorio informar aos
consumidores e empresas de refeiC;ao coletiva quando os aditivos e aromas contidos
nos alimentos forem diferentes quanto a: composic;ao, valor nutritivo e efeitos
nutricionais.
Na Russia 0 limite e de 5% para presenc;a de DNAlprotefna obtida por
modificayao genetica nos ingredientes a partir da qual a rotulagem e obrigatoria
(NUTTI,2005).
No Japao foi estabelecido 0 nivel de 5% para a soja e, no caso do milho,
devido a potencial polinizac;ao cruzada, nenhuma porcentagem for estabelecida
(ERICKSON, 2000). Relaciona-se Ires calegorias com exemplos de alimenlos,
ingredientes e quando os mesmos deverao au naa ser passiveis de rotulagem. Sao
elas: nao equivalente na composic;ao(soja geneticamente modifrcada com alto teor
de acido oleico); equivalente na composiC;ao e intenc;ao de usa com presenc;a de
DNAlproteina, usa-se as expressoes: Usoja geneticamente modificada" ou "soja
geneticamente modificada nao segregada"; quando tiver sido segregada ou se 0
DNAlproteina nao estiverem presentes: a informac;ao sobre ausemcia e voluntaria
(NUTTI, 2005).
24
Na Australia e Nova Zelandia 0 prod uta e rotulado quando prote[nas e/ou
DNA "novas" (originados de OGM's) estiverem presentes no produto final; cada
ingrediente do alimento pode conter ate 1% de material genetico modificado nao
intencionalmente. E obrigatorio quando houver diferenc;as significativas na
composic;ao nutricional, fa lares anti-nutricionais, implic8c;oes na sauder
preocupayoes eticas, religiosas e culturais. Estao exduidos as aditivos e
coadjuvantes desde que a proteinaJDNA "novas" nao estejam presentes, aromas,
quando este estiver em quantidade inferior a 0,1% no prod uta final e alimentos
preparados nos pontos de venda (NUnl, 2005).
as Estados Unidos, Canada e Argentina trabalham com 0 conceito de
Equivalemcia Substancial (ES). Nos Estados Unidos, apas a aprova~o para
consum~ human~ do produto geneticamente modificado, nao e requerida rotulagem
para informar 0 metoda de desenvolvimenta de uma nova variante de planta. Requer
rotulagem do alimento para indicar alterac;ao quanta a identidade, composi9ao
nutricional, aspectos relacionados a saude, metod as de utilizayaa/preparo, ou seja,
quando nao forem substancialmente equivalentes. Nos Estados Unidos a tecnica de
DNA recombinante e considerada uma ext en sao dos metodos tradicionais para
desenvolvimento de uma nova variedade (NUnl, 2005).
Ja no Brasil, rotula-se alimentos que contenham acima de 1% de transgenico
na sua composiyao. Exige rotulagem para todos os alimentos (embalados, a granel,
in natura), e para alimentos e ingredientes produzidos a partir de animais
alimentados com ra9ao contendo ingredientes transgenicos. Exige a identifica9ao da
especie doadora do gene. Existe uma Comissao Interministerial que propoe os
Regulamentas Tecnicos (RT) sobre temas como: alimentos embalados; alimentos a
granel e nao embalados; aditivos e caadjuvantes de tecnologia; alimentos em
reslauranle, etc (NUnl, 2005).
Participantes na reuniao do comite de etiquetagem do Codex (CCFL),
ocorrida entre 09 e 13 de maio de 2005 em Kota Kinabalu (Malasia), dividiram-se
sabre a questao da rotulagem de alimentos transgeniccs par metoda de produ,ao
e/ou par aspectos sanitarios. Alguns paises, incluindo os principais produtores de
biotecnologia, defenderam a rotulagem somente em alimentos que tivessem
modificayoes geneticas que alterassem seu conteudo substancial, excluindo as
alimentos compostos ou derivados de organismos geneticamente modificados
25
(OGM"s). A maiaria do Codex, entretanto, posicionou-se favoravel a rotulagem
ampla, baseando-se no criteria de escolha do consumidor (IDEC, 2005).
Estados Unidos, Mexico, Argentina, Paraguai, Australia, Tailandia e as
Filipinas se op6em a forma utilizada hoje, que preve a rotulagem de alimentos (1)
substancialmente diferentes em termos de composi9ao, valor nutritivo au indiee
alergemicos, (2) compostos contendo OGM's, au (3) produzidos a partir de, mas com
baixo indiee de OGM"s. Esses paises goslariam de ver a cobertura dessas linhas
restritas a primeira categoria (IDEC, 2005).
Os Estados Unidos ja defenderam no passado que rotular por metodo de
prodUy:80 poderia ser enganador para as consumidores, gerando possive;s
implica¢es sabre 0 alimento ser inseguro. Mexico e Argentina argumentaram que,
se 0 produto final nao sofre mudanc;:a, nao ha porque rotula-Io. Grupos de
consumidores questionaram a posic;:ao da Australia e da Tailfmdia, ja que ambos
rotu\aram todos os a\imentos em que organismos geneticamente modificados podem
ser detectados (IDEC, 2005).
Entretanto, aproximadamente 30 paises defenderam a inclusao do metodo de
produc;:ao como parametro para rotulagem, incluindo a Uniao Europeia, Japao,
Brasil, Ma/asia, india, Quenia, Indonesia, Sui9B, Noruega, Nova Ze/andia, Panama,
Turquia e Gana. (IDEC, 2005)
o Ministro-Conselheiro da Comunidade Europeia, Patrick Deboyser, destacou
que 0 rotulo, a principio, nao levantaria 0 interesse do consumidor, dando como
exemplo a rotulagem de alimentos irradiados. Argumentou ainda que a rotulagem
aumentaria 0 cuslo do ali mento, ciiando a China, onde 0 oleo de soja com OGM e 0
mais barato. Suazilfmdia, Gana, Quenia e outros paises africanos sustentaram a
rotulagem de todos os alimentos geneticamente modificados, alegando que era
essencial para a informa<;ao e escolha do consumidor (lDEC, 2005).
A rotulagem ainda facilitaria 0 acompanhamento dos OGM do campo ao seu
produto final, urn processo que os ecologos defenderam como sendo essencial para
reconhecer os danos causados par esses organismos ao meio ambiente (IDEC,
2005).
26
4. POR QUE ROTULAR?
Os argumentos contra a rotulagem sao, principalmente: a impraticabilidade de
distin<;ao de plantas transgenicas quando do cult;vo em campos pr6ximos a
beneficiamento em conjunto com as de cultivo tradicional e a elev89ao dos custos
com a identifica<;ao. 0 primeiro argumento vern perdencto fon;a entre as defensores
da nao-rotulagem em decorrencia da evolu<;80 dos equipamentos e tecnicas
laboratorjais no campo da biologia molecular. A prime ira vista, no seu estado natural
no campo au no comercio, e impassivel a detec<;ao de qualquer diferen<;8 entre as
plantas, jEt que as caracteristicas agronomicas sao as mesmas. A diferen<;8 invisivel,
antes 56 detectada em laboratorios especializados, ja pode ser identificada atraves
de "kits" portateis (MOMMA, 1999).
Em relagao a eleva gao dos custos, a identificagao de plantas transgemicas
implica em separar comercialmente os produtos, de tal modo que a qualquer
momenta e em qualquer fase da cadeia de produc;ao seja possivel a determinac;80.
Com isso, seriam necessarias opera<;6es de co/heita, armazenamento, trans porte,
processamento e ernbarque realizadas separadarnente, que vao necessariarnente
implicar em maiores custos. Trata-se de urn argumento logico, mas que e falivel, se
aplicado diante das situac;oes concretas da produC;ao agricola brasileira: urn
agricultar nao cultiva, narrnalmente, urn unico produto, praticando a rotaC;;3o de
culturas. /sto significa que ja existe uma infra-estrutura para que se fagam colheitas,
armazenamento, transporte e processamento separados (MOMMA, 1999).
Ainda, a rotulagem adequada, em cumprimento a legislac;ao, pode acarretar
urn aumento de pelo menos 5% do custo da produyao, segundo Denis Ribeiro,
diretor econ6mico da Associa,ao Brasileira das Industrias de Alimenta,ao (ABIA). A
diferenc;a no aumento dos custos dependera do tipo de embalagem que ja possuem
urn custo varia vel de 15 a 40% do total. Segundo estima Ribeiro as micro e
pequenas empresas serao as mais afetadas par possuirern capital de giro menor,
uma vez que as embalagens antigas deverao ser substituidas para trazerem
express6es e 0 simbolo transgenico no painel principal (DCI, 2004).
27
Um estudo detathado, leito pelo International Food & Agricultural Trade Policy
Council prey€! que a identific8yao dos DVM's criara custos significativos na medida
em que as testes forem mais detalhados. Assim, deve-s8 trabalhar com a
possibilidade de S8 testarem as carregamentos levando-se em conta: a presenC;8 de
OVM's (Organismos Vivos Modificados), a identificagao de cada evento (por
exemplo, soja resistente a pragas e to\erante a herbicidas) e a quantific8g<30 de cada
evento OVM presente no carregamento. 0 estudo estima que os custos para testar
as exportagoes de milho dos Estados Unidos e da Argentina poderiam alcangar US$
87 milhoes por ano, dependendo do grau de exigencia dos testes (JANK, 2005).
Outra pesquisa (eita pe/a FAD, em cooperac;.3o com a governo argentino,
trabalhou com a possibilldade de os paises aceitarem limites de DVM"s. Nesse casa,
os custos que recairiam sabre a cadeia produtiva para segregar um milhao de
toneladas de soja au milho com 0,9% de limite de OVM's seriam de
aproximadamente US$ 40 milh5es. Adotando-se um limite de 5% de conteudo
OVM's, esses custos cairiam para US$ 10,2 milh6es para a soja e US$ 7,4 milh6es
para a milho.
Ainda quanta a identificayao, deve-se considerar a possibilidade de se
requererem testes tambem no porto de entrada, 0 que implicaria custos de atraso
dos navios nos portos, "demurrage costs", na linguagem comercial. Nesse sentido, einevitavel nao ficar em panico quando se sa be que um dia de atraso de urn navio em
um porto custa cerca de US$ 40 mil (JANK, 2005).
Em contrapartida, aqueles que defendem a rotulagem dos OGM"s
argumentam que a identificac;ao do fornecedor do produto geneticamente modificado
serve para fins de responsabilizac;ao, em caso de danos, uma vez que permite 0
rastreamento da causa daquele prejuizo. Como urn segundo motiv~, ressaltam que a
propria forma de comercia/izayao do OGM propicia a rotulagem, tendo em vista que
o produto sempre e oferecido de modo que seus potenciais de produtividade e
nutricionais sobressaiam, 0 que nao contra ria 0 direito de informa9ao ao qual a
rotulagem se baseia (MOMMA, 1999),
Vimos destacar 0 terceiro argumento pr6-rotulagem que e 0 direito de
informaC;ao e escolha do consumidor, anteriormente abordado. Trata-se aqui de uma
questao objetiva: a presenga ou nao de OGM's. Este dado e que propiciara 0 direito
a livre escolha do cidadao ao consumo ou nao de um produto geneticamente
modificado. Sem a de vida rotulagem de todos as alimentos que contenham OGM' s,
28
independentemente de percentuais, nao sera possivel,conforme ja mencionado, que
as consumidores que nao ingerem carne de porco ou de vaca par motivD religioso
saibam que determinado alimento eontsm urn gene suino au bovina. Tambem, a
popula9ao vegetarian a que, par motivQ cultural au habito alimentar, nao aceita
qualquer especie de carne, seja devidamente informada da modificac;:ao genelica
sofrida par urn alimento que recebeu gene de alguma especie animal (MANTOVANI,
2001).
Nota-s8 que a obrigatoriedade da rotulagem nao dispensa a necessidade
avaliac;ao de biosseguran~a do produto pel a CTNBio. Independentemente do
percentual de transgenese presente no alimento ou ingrediente alimentar, que 56
sera introduzido no mercado para consumo ap6s a garantia minima de que nao
serao prejudiciais a saude humana ou animal (KUNISAWA & VIANNA, 2005).
29
5. 0 QUE E NECESsARIO ALEM DE ROTULAR
Segundo 0 Ministro do ST J, "( ... ), a rotulagem e imprescindivel para que 0
consumidor tenha acesso a todas as informa<;oes necessarias para realizar a seu
direito de escolha. E sob esta perspectiva que Menezes Direito analisa a prote~ao
do consumidor e 0 direito de cada cidadao de escolher e ser informado corretamente
sobre a que consome"
Ainda, de acordo com 0 mesma Ministro:
uO que interfere com vigor na liberdade de escolher eo a capacidade de
escolher e a capacidade de discernimento, ou seja, a capacidade de dominar a sua
vontade, apesar de seu meio. 0 homem capaz de exercer a sua vontade e capaz de
livrar-se da influemcia do seu meio e, portanto, de gerenciar 0 seu proprio destine"
Mas, e claro, para que i550 acorra, ainda que exista a disponibilidade do
conhecimento e do dominio da vontade, e imperativo uma vigilancia permanente e,
ainda, a vida em uma sociedade que nao multiplique 0 desejo de adquirir sempre
mais bens e servi90s, tantos quanta a sociedade possa ofertar (DIRE/TO, 1999).
E nesse contexto Que devemos analisar a rotulagem para os alimentos
transg€micos. Nao basta Que a simples cidadao seja informado que 0 produto
adquirido possui OGM's em sua composic;ao ou nao. Para que efetivamente, seja
exercido a direito de escolha entre urn alimento transgemico ou urn tradicional, epreciso que ele conheya os potenciais beneficios e perigos destes produtos. Os
OGM's devem ser analisados imparcialmente, sem que sejam exaltados somente
seus benefleios, sem preoeupac;ao com as possiveis danos. No entanto, igualmente
nao podem ser tratados como monstros, ou chamados de Frankfood (em analogia
monstro de ficc;ao Frankenstein) numa propaganda alarmista (KUNISAWA &
VtANNA, 2005).
Para tanto, a midia exerce urn papel fundamental. Ela deve, com 0 suporte de
especialistas que trabalham com engenharia genetica, comeC;ar a desmistificar essa
tecnologie. Os eonsumidores precisam saber como e de que forma a engenharia
genefica pode ajuda-Ios. Da mesma fcram, devem saber que essa tecnologia, como
fodas as autras, apresenta riscas. Estes riseas, por sua vez, precisam ser
30
rigorosamente avaliados do ponto de vista ambienta! e da seguranS:8 alimentar
(SOUZA, 2005). A questao da biosseguranrya, contudo, esbarra na desconfianc;a
quanto a eficacia das autoridades fiscalizadoras pela populagiio (KUNISAWA &
VIANNA, 2005).
No combate a essa desconfian<;a e a propaganda alarmista, as corporac;oes
mundiais a frente do setor de biotecnologia agricola decidiram enfrentar a reagao
aos alimentos geneticamente modificados. De acordo com executivQs dessas
empresas, 8c;oes radicais das autoridades europeias de saude publica e 0 tom
emocional da discussao sobre as transgenicos disseminaram informac;6es sem
embasamento cientifico et com isso, distorceram a percepyao publica a (espeito dos
beneficios reais e potenciais da nova biotecnologia, resultando no aumento da
rejeigiio dos consumidores aos transgimicos em todo 0 mundo (A VIRADA, 2002).
Ressalve-se, todavia, que estas campanhas educativas nao padem servir de
propaganda ao livre consumo dos OGM's, sob pena de serem ocultados as danos asaude humana e ao meio ambiente que possam vir a ser revel ados em estudos
cientificos. Devem ser serias e sem compromissos com qualquer das posi<;6es. E
devido a esta questao em especial, e que as propagandas deveriam ser veiculadas
par 6r980s governamentais, sendo apenas esclarecedoras pra a populaC;ao e nao
tendenciosas.
A informa<;ao adequada, mUlto rna is que apenas divulgar a formula dos
produtos, se refere a protec;ao do consumidar quanta ao direito a opc;ao pelo produto
nao-transgemica. Pois muito mais que saber S8 este ou aquele prod uta etransgenico, 0 consumidor tern 0 direito de ter acesso as pesquisas e seus
resultados, para poder escolher de fato 0 produto saudavel para seu consumo
(SOARES, 2001).
Cantudo, a rotulagem permaneee fundamental para livre escolha do
eonsumidor, tendo em vista 0 seu carater de identifica<;ao de um prod uta elaborado
com OGM' s. Com efeito, ela vai ser 0 principal instrumento para a concretizac;ao do
direito de eseolha, pais e a partir dos dados contidos no rotulo que 0 consumidor
optara par comprar ou nao urn alimento transgemico. Inclusive, como instrumento de
implementac;ao da biosseguranc;a, a informa98o adequada e clara, atraves da
rotulagem, permitira 0 rastreamento da responsabilidade par eventuais danos
causados a saede e ao meio ambiente (KUNISAWA & VIANNA, 2005)
CONCLUSOES
Finalizando, e pertinente lembrar a relata rio da British Medical Association
(1999) sabre as impactos e riscos dos OGM. Nele cansta: "nada na vida e livre de
riseas" Ao S8 julgar alga segura, estao sendo considerados apenas as limites
aceitaveis de risco. A melhor estrategia para lidar com possibilidades de danos
ambientais, quando S8 e confrontado com profundas incertezas, e agir
caute\osamente e desencadear program as sistematicos de pesquisa para aumentar
a compreensao sobre 0 ass unto. Esta abordagem e conhecida como principia da
precauc;ao, 0 qual deve ser aplicado para preyer e preparar a liberat;ao de OGM e
seus produtos na cadeia alimentar, ate que seus impactos na saude e no meio
ambiente sejam devidamente avaliados no dominio publico. Entretanto, e importante
ressaltar que todos os alimentos que contem OGMs, disponiveis no mercado
passaram por rigorosos testes de avaliayao de sua seguranya tanto para a saude
humana, animal como para 0 meio ambiente.
E importante esclarecer que a rotulagem e urn meio de comunicac;:ao entre 0
fabricante e 0 consumidor, e nao uma garantia de segurantya alimentar.
"( ... ), a efetivac;ao deste direito de informac;ao, que se pretende implementar
com a rotulagem, sera inocua, caso nao seja dada oportunidade ao consumidor de
compreender a informac;ao aposta sobre 0 alimento. A mera identificac;ao de que se
trata de urn alimento transgenico nao torna 0 dado uti I para um opcyao consciente do
consumo de um alimento geneticamente modificado. E principalmente em um pais
carente como 0 Brasil, e preciso que sejam reaHzadas campanhas educativas que
esclareyam, sem qualquer alarde, os beneficios deste tipo de alimento, bern como
potenciais riscos que possam causar (ainda que alualmente nada seja comprovado),
apos a realizac;ao de avaliac;6es de segurantya necessarias a inlroduc;ao do produto
no mercado consumidor.
32
Contudo, a rotulagem nao pode ser requerida para alimentos que nao contem
quantidades mensuraveis da nova proteina ou DNA (BEEVER e KEMP, 2000), como
a 0 caso de alguns ingredientes alimentares alta mente refrnados (por exemplo,
sacarose e 61eos vegetais), uma vez que qualquer material genetico e proteina que
possam estar presentes sao destruidos e removidos durante 0 processo de refino;
assim, 0 produto final que entra na composi9Eio do alimento nao a, em si, modificado
e, portanto, nao pode ser distinguido daquele produzido atravas de meios
convencionais (DONALDSON & MAY, 1999).
o grande problema com as regras de rotulagem atuais sao com a rotulagem
extensiva a produtos onde nao sao deteclaveis a proteina au a DNA recombinante.
Aqui entra urn problema. Carnes, leites e ovos de anima is que se alimentarn com
transgenicos sao impossiveis de verificac;;ao, disse a pesquisadora da Embrapa,
Marilia Nutti. Para isto, necessitaria de rastreabilidade, dificultada pelo tamanho do
Pais e pelas caracteristicas de produyao em cada regiao.
Como 0 art. 3° do Decreto n° 4.680103 estabelece que os alimentos e
ingredientes produzidos a partir de animas alimentados com rayao animal contendo
ingredientes transgenicos deverao trazer no painel principal, em destaque, as
seguintes expressoes: ~(nome do animal) alimentado com rac;;ao contendo
ingrediente transgenico" ou "(nome do ingrediente) produzido a partir de animal
alimentado com rayao contendo ingrediente transgimico"
Cama e passivel verificar, a Decreta 4.680103, que na hierarquia das narmas
esta abaixo das Leis, amplia significativamente e de forma ilegal a que a exigido pelo
art. 40 da Lei 11.105/05, pais urn animal que foi alimentado com OGM ou com 0
derivado de OGM nao se tornou um OGM ou um derivado de OGM.
ConseqOentemente as alimentos e ingredientes produzidos a partir de animais
alimentados com rac;;ao animal e contendo ingredientes geneticamente modificados,
estao fora do ambito de abrang€mcia do art. 40 da Lei 11.105/05 e, portanto, deverao
ser ratulados seguin do a mesmo criteria estabelecido pelo C6digo de Defesa do
Consumidor CDC para as demais alimentas e ingredientes alimentares praduzidas
par outros animais. Como e do conhecimento de tados, nao encontramos nos
supermercados carnes, presuntos e salsichas com r6tulos indicando que 0 porco, boi
JJ
ou frango, que deu origem aquele produto, foi alimentado com milho hibrido ou com
ra<;ao conlendo derivado de milho hibrido (MINARE, 2005).
Certamente, em um futuro proximo quando prevaleceram os cultivos
transgemicos aos cultivos convencionais, muito provavelmente sera adotada a
rotulagem negativa, ou seia, os produtos diferenciados serao os que nao contiverem
OGM"s, assim como ocorre atualmente com os alimentos orgimicos. Portanto, 0 que
e mais importante e permitir a sociedade a escolha do produto com seguranga e sem
tern ores, oferecendo inforrnagoes corretas, transparentes, nao-alarmistas e
honestas.
34
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