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MANAUS, DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

e bem-estar As diferenças entre cesárea e parto normal

Página 4 e 5

DIVULGAÇ

ÃO

infantil é coisa sériaEnxaqueca

Cefaleia crônica, ou enxaqueca, não é brincadeira. A situação fi ca ainda mais complicada quando atinge os pequenos. Estando intimamente

ligada à alimentação inadequada e dimi-nuição das horas de sono, a dor de cabeça que é muito comum entre os adultos, com o passar dos anos e os novos hábitos diários, já atinge crianças. Elas têm apresentado o quadro clínico sério, e que interfere e pre-judica o rendimento escolar.

O pequeno Ítalo Silva Borges, 7, sofreu com as dores durante alguns meses. Segundo sua mãe, Regina Borges, o fi lho começou a se queixar de dores na cabeça e ela, tam-bém, percebeu que o pequeno estava mais quieto, sonolento e apresentado queda no rendimento escolar. “Ele sempre foi uma criança ativa, brincalhona, com bom de-sempenho na escola, muito elogiado pelas professoras. Aí, subitamente, ele começou

a mudar”, lembra Regina. A mãe de Ítalo não pensou duas vezes e

procurou ajuda especializada. Foi nesse mo-mento que chegou o diagnóstico: o estudante sofria de enxaqueca infantil. “Achei estranho porque sempre achei que fosse coisa de adulto. Não achei que meu fi lho poderia ter isso. Quando me disseram, lembrei que às vezes ele chorava de dor”, disse.

O espanto não parou por aí. Informada que as dores, possivelmente, tivessem li-gação, principalmente, com a alimentação (inadequada ou sem horários certos) e a má qualidade do sono, a mãe começou a planejar mudanças na rotina de Ítalo. “Saber disso foi outra surpresa e, a partir daí, comecei a verifi car onde estava errando e mudando. Também fi zemos a medicação por algum tempo. Hoje meu fi lho está ótimo, voltou a ser o que era”, comemora Regina.

Causas comuns De acordo com a neurologista infantil

Tatiana Teles, a enxaqueca é a causa mais comum de cefaléia (dor de cabeça) crônica tanto em adultos quanto em crianças. Entre os fatores para a doença a médica cita a diminuição das horas de sono, jejum e horários irregulares das refeições. “Além de alimentos como queijo, chocolate, cafeína, frutas cítricas e álcool podem infl uenciar nas crises. Na infância, pode durar de 1h até 72h”, informa.

Tatiana orienta que os pais devem fi car atentos para possíveis novos há-bitos. “Especial atenção deve ser dada aos adolescentes, particularmente, para a possível relação com o uso de álcool ou tabaco, também descritos como fatores desencadeantes dessa dor”, destaca.

Após diagnosticado o tipo de cefaléia, a medica orienta que o tratamento seja seguido corretamente – que pode ser com uso de medicação ou não. De acordo com a Tatiana Teles, na infância a prevalência desse tipo de dor de cabeça é mais co-mum em garotos de até dez anos e nas meninas a partir dessa idade. No caso dos adolescentes, estudam apontam a prevalência crescente.

“No caso dos adolescentes, o uso de álcool, estresse emocional e os outros fatores já apresentados aqui podem justifi car este fato epidemiológico”, analisa.

A neurologista alerta que as fortes dores impossibilitam a permanência do aluno na sala de aula. Ela destaca ainda fatores como fotofobia (sensibilidade ou aversão a luz) pode agravar as crises e afeta a concentração.

“Uma atenção especial deve ser dada para difi culdade escolar recente, distúrbios agudos do comportamento, que podem se relacionar com cefaléias secundárias e merecem uma investigação diagnóstica específi ca ”, concluiu.

Dores de cabeça também podem ser comuns em crianças, e ajuda especializada é a melhor saída para um diagnóstico correto

ALIK MENEZESEspecial EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2015F2 Saúde e bem-estar

EditorMellanie [email protected]

RepórterAlik Menezes

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Exercícios que ajudam a relaxar o corpo e a mente podem oferecer uma série de benefícios físicos e emocionais. Um bom exemplo são os exercícios res-piratórios controlados, que podem ajudar a acalmar em situações de tensão. Segundo a Clínica Cleveland (EUA) entre os possíveis benefícios dos exercícios que acalmam a mente o corpo estão a redução da ansiedade e melhor controle da dor, a melhora do sono, além da menor necessidade de medicamentos para a dor após cirurgias e menos complicações pós-cirúrgicas, menor tempo de internação e recuperação mais rápida. Respirar fortalece o sistema imunológico e dá maior sensação de bem-estar e controle.

Para relaxar, a melhor pedida é a respiração!

Na segunda vez em que a pessoa pegar dengue ela necessariamente desenvolverá a forma hemorrágica. Essa afi rmação é um mito. Há quatro tipos de vírus da dengue, e o quarto tipo é o que causa a dengue hemor-rágica. Se a “primeira dengue” for do tipo 4, o doente desenvolverá dengue hemorrágica. “O que acontece é que se a pessoa pegou a primeira vez algum dos ou-tros tipos da dengue, a chance de ela pegar o tipo 4 é maior”, diz a infectologista do Hospital Benefi cência Portuguesa, Eliane Tiemi, explicando que aí só faltariam três tipos para pegar. A dengue hemorrágica causa um tipo de infl amação no corpo que faz os vasos sanguíneos fi cam extremamente frágeis, podendo romper-se com facilidade, causando hemorragias.

Derrube um mito e saiba mais sobre os tipos de dengue

RevisãoDernando Monteiro

DiagramaçãoAdyel Vieira

Alguns aspectos familiares de Platão

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

A profundida-de dos discur-sos sempre procurando verdades e valores mais sólidos fez com que, pou-co a pouco, aumentasse o número de discípulos e de admiradores”

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humberto Figliuolo

Vencendo desafi os

Humberto Figliuolo

farmacêutico

A idade de todos esses jovens assus-ta e reforça o grau de comporta-mento que boa parte de-les tem com as drogas”

Muitos gostariam de ter nascido em outras eras, outros em outras décadas, a enfrentar o momento histórico em que vivemos.

Sem dúvida um caos, mergulhado numa profunda crise, em que a pergunta é: quando sairemos desta situação? Corrupção e Drogas.

No primeiro assunto, cada centavo no bolso do corrupto ele com certeza tiraram a alimentação e a escola de milhões de brasileiros. Isto confi rma uma das teses mais transparentes do momento: o Brasil está dividido entre necessidade cientifi ca e a necessidade social.

O segundo assunto é sobre a drogatização. Esta bola de neve cresce desgovernada, alcança cada vez mais vítimas que estão na mira de muitos que ganham com este tipo de miséria. O que fazer e como? O assunto agora é a descriminalização do uso de drogas.

No meu ponto de vista, se você tem um fi lho ou um neto usuário de drogas é quem poderá dizer que a droga seja liberada ou não, pela ex-periência vivida nesse inferno maldi-to que é o mundo das drogas.

É difícil acreditar que em pleno século XXI, na era da difusão livre de informações, ainda existam jovens que enveredam por esse caminho sem volta. Abominamos esse com-portamento. Onde estão os pais

nessa hora? O que esses jovens precisam é de limites!

Os jovens estão tentando encon-trar um limite para as possibilidades de obter sensações diferentes, que são provocadas por substancias quí-micas. A grande indagação, aliada a uma sensação de impotência, fi ca sem resposta: por que nós, adultos mais maduros, não conseguimos evitar que tudo o que é relatado pela imprensa e que acontece todo dia? Isso necessita de uma política pública para o tema até a respon-sabilidade dos pais a respeito do comportamento do fi lho. O futuro está mais que ameaçado. Enquan-to tivermos em nossa sociedade, especialmente na classe média, os párias do consumo que fi nanciam o tráfi co, será que perderemos para o crime organizado?

A idade de todos esses jovens assusta e reforça o grau de com-portamento que boa parte deles tem com as drogas. A maioria entra nesse caminho porque não teve muitas escolhas e, ninguém estava lá para impedi-los.

Está na hora de o Poder Público entrar de verdade na luta contra o tráfi co de todas as formas im-pedindo-o e também evitando que mais jovens sejam recrutados. É uma tarefa que exige humildade, disciplina, determinação e idea-

lismo perseverante. O futuro está mais que ameaçado.

Aumento de prisões e apreen-sões relacionadas ao tráfi co e consumo de entorpecentes leva a polícia a comprovar a prática já tomou conta de todas as zonas da cidade. Temos que reconhecer que ainda é necessária uma ofensiva bem maior para coibir o aumento de bocas de fumo.

O consumo de drogas causam graves danos à saúde do con-sumidor, atingindo de modo es-pecial, à juventude, que merece ser preservada, pois representa a esperança de um futuro melhor para a nossa pátria.

Se as medidas de controle, fi sca-lização e repressão são oportunas e necessárias, bem como a difícil tarefa de reabilitar os dependen-tes em drogas. A nossa esperança maior está na prevenção. Indiscu-tivelmente a prevenção terá de ser efetuada em três níveis na família, na escola e na sociedade.

O governo faz muito pouco no combate ao consumo de drogas em nosso Estado, que tem aumentado muito e sem dados estatísticos coe-rentes. Não podemos virar as costas para um problema dessa natureza. Temos enfi m, de nos unirmos no sen-tido de se não erradicar o problema, ao menos possamos minimizá-lo.

Platão nasceu em Atenas, no ano de 428 ou 427 a.C. no demo de Colitos. O fi lósofo tinha dois irmãos mais velhos, Adimanto e Glauco, e uma irmã, Potone. O pai, Aríston deve ter morrido cedo, pois a mãe voltou a casar com Pirilampo, com quem teve um fi lho chamado Antífon.

Quando Platão morreu, só restava da família uma criança chamada Adimanto, neto do seu irmão. O grande pensador grego fez dele o seu herdeiro e as fontes o regis-tram como membro da Academia no tempo de Xenócrates.

Na Grécia antiga, era costume es-colher o mesmo nome do avô para o primeiro fi lho, desta forma é provável que Platão tivesse o nome de Arísto-cles, como o avô. Existem dúvidas das razões pelas quais prevaleceu o nome Platão, aliás, comum naquela época. Diógenes Laércio conta que esse nome lhe foi dado pelo seu professor de ginástica por causa da sua estatura, contudo não existe consenso entre os historiadores so-bre essa questão.

A família de Platão possuía uma propriedade próxima de Kefi ssia, no Cefi so, onde o fi lósofo, certamente, aprendeu a amar a vida no campo, talvez pela exigência da melhor edu-cação, deve ter passado a maior parte

da infância na cidade.Como parte desse aprendizado

esmerado, como convinha à criança de família rica, aprendeu primeiro a honrar os deuses e a observar os ritos da religião. Platão guardaria durante toda a vida esse respeito pela religião e iria torná-lo claro no livro Leis. Além da ginástica e da música, que constituíam a outra base da educação ateniense, também estudou desenho e pintu-ra. Nessa fase, compôs tragédias, poemas líricos e ditirambos.

O estudo da fi losofi a foi orientado por Crátilo, um dos discípulos de He-ráclito. Com vinte anos de idade teve o primeiro encontrou com Sócrates.

Desajeitado e trajando vestes descuidadas, o reverso dos sofi stas, Sócrates começou a falar nas praças. A profundidade dos discursos sempre procurando verdades e valores mais sólidos fez com que, pouco a pouco, aumentasse o número de discípulos e de admiradores.

Uma das maiores determinações de Sócrates era a busca dos conhe-cimentos verdadeiros e universais, identifi cados por ele na virtude. Com a arma da ironia, levava o seu inter-locutor a descobrir dialeticamente a falta de base de suas opiniões e, em conseqüência, a própria igno-

rância fundamental. Continuando o diálogo, conduzia o interlocutor, pelo método da indução, a passar do particular para o geral, fazendo nascer - maiêutica - o conhecimento verdadeiro por meio das defi nições do saber racional, universal e imutá-vel, a essência da realidade.

Sócrates negava o valor da autori-dade e da tradição como critério de verdade e optou pela refl exão livre e convicção racional. Argumentava sobre a certeza objetiva da própria razão, fundamentalmente, como a capacidade humana de se conhecer “conhece-te a ti mesmo. Pretendia organizar de modo racional e ético a vida pessoal e coletiva identifi cando o conhecimento à virtude, posição também adotada por Platão.

Contudo, é importante ressaltar que Sócrates não ensinou o que é o bem - conteúdo -, mas ressaltou o caminho do bem - método. Essa postura socrática, inclusive a dura crítica às aparências, se por um lado prepararam o gênio de Platão, por outro foi tragicamente mal entendido por outros discípulos.

Sob essa terrível denúncia, Só-crates foi acusado de perverter os jovens e de ser ateu. Condenado à morte, pagou com a vida a sua extraordinária busca da verdade.

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MANAUS, DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2015 F3Saúde e bem-estar

Para as mães de primeira viagem, pediatra ensina o que é preciso ser feito para cuidar do bebê no comecinho

Principais cuidados com o recém-nascido

Os primeiros mo-mentos do bebê em casa podem ser um pouco assusta-

dores para as mamães de primeira viagem. Sempre há a preocupação daquilo que se pode ou não fazer e qual a maneira correta. E na hora do banho? Como segurar o bebê? A água esta quente demais? Quando alimentá-lo? Qual a posição certa para dormir? Para esclarecer essas duvidas e orientar os pais, a pe-diatra e neonatologista Claudia Conti fala sobre o assunto.

Desde o começo da gravi-dez já começam os prepa-rativos para a chegada do bebe, mesmo assim a mé-dica explica que é normal ao chegar em casa e tudo parecer mais difícil do que foi ensinado na maternidade, “A mulher nasce com o instinto maternal, e mesmo que sinta-se insegura, aos poucos as duvidas vão sendo sanadas e ela se sente mais segura e percebe que é mais capaz do que imaginava e que não é tão difícil assim”, explica a médica do Hospital e Mater-nidade São Cristóvão.

O choroQuando o bebê está cho-

rando nem sempre é por fome. A criança que chora

por esse motivo, se acal-ma assim que mama, o que não ocorre quando o choro é de cólica. Podemos tentar acalmar o bebê, identificando primeiramente o motivo. Se ele estiver chorando queren-do atenção, segurá-lo no colo, massageando as costas ou a barriguinha, transmite a segurança que ele precisa para se acalmar.

Hora do banhoEste é um dos momentos

mais especiais para a rela-ção mãe e filho. Prepare o local do banho, separando tudo que for necessário, to-alha e sabonete liquido. O melhor horário é sempre o mais quente, de preferência na hora do almoço. Evite sa-bonetes normais, perfumes ou até mesmo o talco muito odoroso, pois podem causar alergia no bebê. Para prote-ger a pele das partes íntimas, prefira um creme específico para esta faixa etária.

A banheira deve estar bem limpa e com a temperatura da água agradável ao toque, que ocorre por volta de 36,5º. Em caso de dúvida, utilize o dorso de sua mão para sentir a tempe-ratura da água. Inicie a lavagem pelo rosto e pela cabeça e depois lave o resto do corpo.

Não se deve esfregar

a pele, para evitar lesões. Ao retirar o nenê da água, envolva-o em uma toalha ma-cia. Providencie para que o trocador fique perto do local do banho, para que a criança não tome correntes de ar. Seque, cuidadosamente, as dobrinhas e o umbigo.

O umbigo, aliás, deve estar sempre limpo. E, para isso, no banho lave com água e sabonete líquido glicerinado (indicado para o recém-nas-cido), seque- o bem e faça a limpeza diária de 4 a 5 vezes ao dia com álcool 70% e co-tonete. É normal que ocorra um leve sangramento.

Trocando as fraldasLave bem as mãos todas

as vezes que for manipular o bebê. Forre sempre o local onde será feita a troca. Use algodão molhado em água morna ou óleo especial, para remover resíduos de fezes ou urina. No caso das meninas, os movimentos de limpeza devem ser feitos de frente para trás, para não trazer resíduos de fezes para a uretra e vagina. Para pre-venir assaduras, passe um creme protetor à base de óxido de zinco.

VisitasAs visitas devem ocorrer de

7 a 10 dias após o nascimento. Este tempo é importante para a recuperação da mãe e para que o organismo do bebê crie defesas. Pessoas com proble-mas de saúde, principalmente doenças infecciosas, devem evitar as visitas.

Banhos de solOs banhos de sol ajudam

a sintetizar vitaminas impor-tantes e diminuir a icterícia do recém-nascido, que é comum na primeira semana de vida. De preferência ao período ma-tinal (entre 9h e 10h).

No berçoHoje a posição mais indica-

da pela Academia Americana de Pediatria é de barriga para cima principalmente durante a noite. Nesta posição, ele não corre o risco de engasgar, caso regurgite. Além disso, é uma posição segura em relação à

Síndrome da Morte Súbita do RN. Durante o dia, re-

comenda-se que mantenha a mesma posição (barriga para cima)

Os recém-nascidos dormem bastante, entre 17 e 18 horas por dia nas primeiras semanas de vida e 15 horas por volta do terceiro mês. Ainda assim, eles quase nunca dormem mais que três ou quatro horas por vez, seja durante o dia ou à noite.

DIVULGAÇ

ÃO

Importante saber para prevenção da morte súbita:

1. Evitar que o bebê durma de barri-ga para baixo ou de lado, dar preferência à posição supina;

2. Não agasalhar ex-cessivamente e man-ter o quarto ao redor de 22º C;

3. Não usar colchões e travesseiros muito macios;

4. Dormir no mes-mo quarto, mas sem compartilhar o leito com a criança;

5. Não tomar bebidas alcoólicas nem fumar durante a gravidez;

6. Jamais expor o bebê à fumaça de cigarro.

O pediatra saberá orien-tá-la sobre as vantagens do

aleitamento ma-terno e escla-

recer todas as suas dúvidas

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2015 F5

Natural ou cesárea?Número de partos por cesariana ultrapassa média estabelecida pela OMS e aumenta casos de nascimentos prematuros no Estado

As futuras mamães

devem procu-rar informa-ções e esco-

lher o melhor para si

DIV

ULG

AÇÃO

Diferenças entre os partosParto Cesárea

✓Pós-operatório mais lento e do-loroso doloroso (de 2 a 3 meses, levando em conta o processo de cicatrização);

✓Há risco de parto prematuro;

✓O recém-nascido pode apresentar problemas respiratórios;

✓Grandes riscos de hemorragia e danos aos órgãos internos;

✓Pode ocorrer difi culdades de ama-mentação;

✓Devido à difi culdade de movimen-tação há uma interação menor entre a mãe e o recém-nascido que fi ca durante as primeiras horas em pro-cesso de observação.

✓Além do risco de trombose, por conta da pouca locomoção, o uso de antibióticos e analgésicos é intenso.

Parto Normal

✓Rápida recuperação;

✓O bebê nasce no tempo certo;

✓Ao passar pelo canal vaginal, a criança elimina o líquido dos pulmões e respira com mais facilidade

✓Pouca perda de sangue;

✓Durante este tipo de parto a mãe produz hormônios que facilitam a produção e liberação do leite;

✓A criança é entregue minutos depois do nascimento à mãe e permanece o tempo todo com a mesma;

✓Pouco uso de medicamentos, pois a recuperação é feita em boa parte pelo próprio organismo.

CLINFONO

A gravidez é um dos momentos mais importantes da vida da mulher, são nove meses de muita es-pera e expectativas, tanta coisa para organizar, providenciar, tudo deve estar pronto e perfeito

para receber a criança que está a caminho. E no meio de tantos afazeres e preocupações, a escolha do tipo de parto é, sem dúvida, um dos pontos que mais afl igem a futura mamãe: cesárea ou normal?

A questão deveria ser discutida desde os primeiros meses do pré-natal, entre o médico e a gestante, mas segundo a Organização Mundial de saúde (OMS), a falta informação ainda é o principal fator do alto índice de partos feito por cesarianas no Brasil. De acordo com pesquisa realizada pelo órgão, o país é o recordista mundial de parto por cesáreas, só na rede pública eles representam 52% do partos realizados, enquanto na rede privada este número pode chegar a 90%, fato preocupante, já que o índice recomendado pela OMS é de apenas 15%.

Por isso o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde (ANS) que é a reguladora de planos de saúde no Bra-sil, desenvolveram projetos de incentivo ao parto normal. A ideia é reduzir consideravelmente o número de cesáreas nas maternidades do país, aplicando-as somente quando houver risco para mãe ou para o bebê como explica a Ginecologista e Obstetra do Hapvida Saúde Nelma Gonçalves: “Quando as condições clinicas materna e fetal não são favoráveis, a cesárea é indicada como nos casos de desproporção feto-pélvica absoluta, apresentações anômalas (pélvica, córmica, etc) e doenças maternas (Eclampsia, Cardiopatias, HIV)”.

O Amazonas é o segundo estado da região Norte que mais realiza este tipo de parto, são 47%, o estado só fi ca atrás do Pará que tem uma média de 50%. A cesárea apesar de ser realizada com muita segurança, por ser uma intervenção cirúrgica, apresenta muitos riscos tanto para mãe, quanto para o bebê se comparado ao parto normal. Este tipo de parto aumenta o risco de infecções e hemorragias na mãe e o risco de nascimento prematuro para o bebê, já que não é possível calcular com exatidão a idade gestacional.

A melhor opçãoNos últimos dias, o nascimento da princesa Charlotte

Elizabeth Diana, segunda fi lha do casal real William e Kate, pautou a mídia internacional e gerou polêmica, isso porque a Kate Midddleton e Charlotte receberam alta do hospital

apenas a l g u m a s horas após um parto normal. A saí-da foi comemorada com muitas fotos e teve até direito a salto alto, o público fi cou perplexo e muito se especulou sobre a real data do nascimento da princesa.

A rápida recuperação da duquesa chamou a atenção da sociedade e de profi ssionais da saúde e trouxe à luz um tema bastante atual, “o parto normal como melhor opção para a mãe e para a criança” como explica o obstetra do Hapvida Saúde Lourivaldo Rodrigues: “A grande vantagem do parto normal é que, logo após o nascimento da crian-ça, a mãe já pode ter nos braços o seu fi lho e iniciar a amamentação imediatamente. Já tive pacientes que, ao término do parto, levantou-se da mesa carregando o fi lho como se nada tivesse acontecido. Isso jamais acontece quando o parto é cesárea”.

É fato que muitas gestantes optam pela cesárea por teme-rem as dores do parto normal, o que a maioria não sabe é que mesmo neste tipo de parto é possível fazer uso de técnicas para alívio da dor ou mesmo o uso de anestesia que ajudam a amenizar as contrações sem impedir a participação direta da mãe no parto, como explica a obstetra do Hapvida Saúde Nelma Gonçalves: “Existem inúmeras técnicas do alivio da dor no trabalho de parto, dentre elas, a técnica do apoio psico-emocional continuo durante o trabalho de parto e métodos anestésicos como bloqueio local realizado pelo obstetra que é o bloqueio de nervo periférico ou paracervical, e também o realizado pelo anestesista que é a analgesia peridural continua, técnica de escolha em analgesia de parto e está indicada no fi nal do primeiro período e durante o segundo período do trabalho de parto”.Lourivaldo Rodrigues lembra ainda, que apesar de evitar a dor no momento do parto, a cesárea apresenta um quadro de recuperação bastante lento e doloroso, além de limitar a mãe nos cuidados com o bebê: “Quando o parto é por cesariana, a mulher não deve elevar a cabeça nas primeiras 24 horas, pois pode de-sencadear uma dor intensa – chamada de cefaleia pós-raque.

S e i s s o acon -t e c e r , n o r m a l -mente a mãe se arrepende por ter optado por esse procedimento, já que a evolução do pós-operatório não é tão salutar como no parto normal. E a relação mãe e fi lho também é diferente, pois, nesse caso, só será possível cuidar do bebê dois dias depois do nascimento”.

E entre os muitos mitos que fazem a mulher optar por uma cesárea desnecessária está também o peso do bebê, no Brasil um bebê com 3, 700Kg é considerado grande, quando na verdade equivale ao peso normal, espe-cialistas garantem que uma criança até 4,5Kg pode nascer por parto normal sem representar nenhum risco.

Informe-sePor isso, se durante o pré-natal

a gestante não apresentar nenhum problema, o parto normal será sem-pre o mais indicado, ele reduz o risco de infecções e hemorragias para a mãe e evita problemas res-piratórios no bebê, uma vez que ao passar pelo canal vaginal, o toráx da criança é comprimido, o que faz com que ela elimine o líquido amniótico das vias respiratórias. O parto normal também garante que o bebê nasça no tempo ideal (entre

39 e 40 semanas e 6 dias). Abaixo listamos algumas desvantagens do parto cesárea em comparação ao parto normal, confi ra:.

Toda gestante deve procurar se informar sobre os prós e contras dos vários tipos de parto, pois uma mamãe bem informada fará esco-lhas mais conscientes e responsá-veis, e estas questões devem ser discutidas sempre com o obstetra, afi nal a confi ança no profi ssional também é algo muito importante neste processo.

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2015 F5

Natural ou cesárea?Número de partos por cesariana ultrapassa média estabelecida pela OMS e aumenta casos de nascimentos prematuros no Estado

As futuras mamães

devem procu-rar informa-ções e esco-

lher o melhor para si

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ULG

AÇÃO

Diferenças entre os partosParto Cesárea

✓Pós-operatório mais lento e do-loroso doloroso (de 2 a 3 meses, levando em conta o processo de cicatrização);

✓Há risco de parto prematuro;

✓O recém-nascido pode apresentar problemas respiratórios;

✓Grandes riscos de hemorragia e danos aos órgãos internos;

✓Pode ocorrer difi culdades de ama-mentação;

✓Devido à difi culdade de movimen-tação há uma interação menor entre a mãe e o recém-nascido que fi ca durante as primeiras horas em pro-cesso de observação.

✓Além do risco de trombose, por conta da pouca locomoção, o uso de antibióticos e analgésicos é intenso.

Parto Normal

✓Rápida recuperação;

✓O bebê nasce no tempo certo;

✓Ao passar pelo canal vaginal, a criança elimina o líquido dos pulmões e respira com mais facilidade

✓Pouca perda de sangue;

✓Durante este tipo de parto a mãe produz hormônios que facilitam a produção e liberação do leite;

✓A criança é entregue minutos depois do nascimento à mãe e permanece o tempo todo com a mesma;

✓Pouco uso de medicamentos, pois a recuperação é feita em boa parte pelo próprio organismo.

CLINFONO

A gravidez é um dos momentos mais importantes da vida da mulher, são nove meses de muita es-pera e expectativas, tanta coisa para organizar, providenciar, tudo deve estar pronto e perfeito

para receber a criança que está a caminho. E no meio de tantos afazeres e preocupações, a escolha do tipo de parto é, sem dúvida, um dos pontos que mais afl igem a futura mamãe: cesárea ou normal?

A questão deveria ser discutida desde os primeiros meses do pré-natal, entre o médico e a gestante, mas segundo a Organização Mundial de saúde (OMS), a falta informação ainda é o principal fator do alto índice de partos feito por cesarianas no Brasil. De acordo com pesquisa realizada pelo órgão, o país é o recordista mundial de parto por cesáreas, só na rede pública eles representam 52% do partos realizados, enquanto na rede privada este número pode chegar a 90%, fato preocupante, já que o índice recomendado pela OMS é de apenas 15%.

Por isso o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde (ANS) que é a reguladora de planos de saúde no Bra-sil, desenvolveram projetos de incentivo ao parto normal. A ideia é reduzir consideravelmente o número de cesáreas nas maternidades do país, aplicando-as somente quando houver risco para mãe ou para o bebê como explica a Ginecologista e Obstetra do Hapvida Saúde Nelma Gonçalves: “Quando as condições clinicas materna e fetal não são favoráveis, a cesárea é indicada como nos casos de desproporção feto-pélvica absoluta, apresentações anômalas (pélvica, córmica, etc) e doenças maternas (Eclampsia, Cardiopatias, HIV)”.

O Amazonas é o segundo estado da região Norte que mais realiza este tipo de parto, são 47%, o estado só fi ca atrás do Pará que tem uma média de 50%. A cesárea apesar de ser realizada com muita segurança, por ser uma intervenção cirúrgica, apresenta muitos riscos tanto para mãe, quanto para o bebê se comparado ao parto normal. Este tipo de parto aumenta o risco de infecções e hemorragias na mãe e o risco de nascimento prematuro para o bebê, já que não é possível calcular com exatidão a idade gestacional.

A melhor opçãoNos últimos dias, o nascimento da princesa Charlotte

Elizabeth Diana, segunda fi lha do casal real William e Kate, pautou a mídia internacional e gerou polêmica, isso porque a Kate Midddleton e Charlotte receberam alta do hospital

apenas a l g u m a s horas após um parto normal. A saí-da foi comemorada com muitas fotos e teve até direito a salto alto, o público fi cou perplexo e muito se especulou sobre a real data do nascimento da princesa.

A rápida recuperação da duquesa chamou a atenção da sociedade e de profi ssionais da saúde e trouxe à luz um tema bastante atual, “o parto normal como melhor opção para a mãe e para a criança” como explica o obstetra do Hapvida Saúde Lourivaldo Rodrigues: “A grande vantagem do parto normal é que, logo após o nascimento da crian-ça, a mãe já pode ter nos braços o seu fi lho e iniciar a amamentação imediatamente. Já tive pacientes que, ao término do parto, levantou-se da mesa carregando o fi lho como se nada tivesse acontecido. Isso jamais acontece quando o parto é cesárea”.

É fato que muitas gestantes optam pela cesárea por teme-rem as dores do parto normal, o que a maioria não sabe é que mesmo neste tipo de parto é possível fazer uso de técnicas para alívio da dor ou mesmo o uso de anestesia que ajudam a amenizar as contrações sem impedir a participação direta da mãe no parto, como explica a obstetra do Hapvida Saúde Nelma Gonçalves: “Existem inúmeras técnicas do alivio da dor no trabalho de parto, dentre elas, a técnica do apoio psico-emocional continuo durante o trabalho de parto e métodos anestésicos como bloqueio local realizado pelo obstetra que é o bloqueio de nervo periférico ou paracervical, e também o realizado pelo anestesista que é a analgesia peridural continua, técnica de escolha em analgesia de parto e está indicada no fi nal do primeiro período e durante o segundo período do trabalho de parto”.Lourivaldo Rodrigues lembra ainda, que apesar de evitar a dor no momento do parto, a cesárea apresenta um quadro de recuperação bastante lento e doloroso, além de limitar a mãe nos cuidados com o bebê: “Quando o parto é por cesariana, a mulher não deve elevar a cabeça nas primeiras 24 horas, pois pode de-sencadear uma dor intensa – chamada de cefaleia pós-raque.

S e i s s o acon -t e c e r , n o r m a l -mente a mãe se arrepende por ter optado por esse procedimento, já que a evolução do pós-operatório não é tão salutar como no parto normal. E a relação mãe e fi lho também é diferente, pois, nesse caso, só será possível cuidar do bebê dois dias depois do nascimento”.

E entre os muitos mitos que fazem a mulher optar por uma cesárea desnecessária está também o peso do bebê, no Brasil um bebê com 3, 700Kg é considerado grande, quando na verdade equivale ao peso normal, espe-cialistas garantem que uma criança até 4,5Kg pode nascer por parto normal sem representar nenhum risco.

Informe-sePor isso, se durante o pré-natal

a gestante não apresentar nenhum problema, o parto normal será sem-pre o mais indicado, ele reduz o risco de infecções e hemorragias para a mãe e evita problemas res-piratórios no bebê, uma vez que ao passar pelo canal vaginal, o toráx da criança é comprimido, o que faz com que ela elimine o líquido amniótico das vias respiratórias. O parto normal também garante que o bebê nasça no tempo ideal (entre

39 e 40 semanas e 6 dias). Abaixo listamos algumas desvantagens do parto cesárea em comparação ao parto normal, confi ra:.

Toda gestante deve procurar se informar sobre os prós e contras dos vários tipos de parto, pois uma mamãe bem informada fará esco-lhas mais conscientes e responsá-veis, e estas questões devem ser discutidas sempre com o obstetra, afi nal a confi ança no profi ssional também é algo muito importante neste processo.

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MANAUS, DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2015F6 Saúde e bem-estar

www.personalfi tnessclub.com.brPersonal Fitness ClubTreinamento de força em crianças

Nos últimos dez anos, o treinamento com peso tem apresentado uma maior po-pularidade, sendo aceito por educadores, médicos e outros profi ssionais das Ciências do Esporte. Estudos recentes têm demonstrado que o treina-mento de força pode apre-sentar incrementos na apti-dão física geral de crianças, ressaltando que treinamento de força não signifi ca fi sicul-turismo nem levantamento de peso. Treinamento de força refere-se em realizar exercí-cios contra uma determinada resistência, que visa condi-cionar a resposta fi siológica corporal para outro tipo de atividade física, podendo ser recreacional ou na perspectiva de melhorar a aptidão física geral ou específi ca. Por outro lado levantamento de peso refere-se a duas modalidades esportivas como levantamen-to olímpico e o power list ing, que em geral possuem como objetivo levantar a maior sobrecarga possível, e que permita realizar apenas uma única repetição, não sendo esse o propósito básico do treinamento com peso para crianças e adolescentes.

Os benefícios que o trei-namento de força resulta em crianças são essencialmente os mesmos que os conheci-dos em adultos. Segundo a American Orthopaedic Socie-ty for Sports Medicine, Ame-rican Academy for Pediatric e National Strength and Condi-tioning Association, indicam que o treinamento com peso para crianças efetivamente resulta em benefícios quan-do corretamente prescrito e supervisionado. Na gama de

benefícios relatados na lite-ratura ressaltamos:

• Aumento da força muscular e endurance muscular local;

• Melhoria da performance nos esportes e atividades re-creacionais;

• Aumento no tempo de fadiga e conseqüentemente exaustão e lesões.

Pesquisas realizadas nos úl-timos anos tem claramente de-monstrado que o treinamento com peso incrementa a força muscular em crianças (FAI-GENBAUM,1993; KRAEMER et al. 1989; BLIMKIE,1989, 1993 e SALE,1989). Estudos mais antigos não encontra-ram incremento na força muscular em crianças devi-do ao tipo de treinamento em que as crianças foram submetidas, como também pela explicação do pequeno desenvolvimento do sistema hormonal que poderiam não ser sufi ciente para resultar na hipertrofi a muscular. Entre-tanto estudos mais recentes claramente apresentaram que o treinamento com peso pode resultar em melhoria na força muscular em crianças prati-cantes em relação a crianças não praticantes.

A compressão e a soma-tória de forças (sobrecarga) durante o treinamento com peso, são importantes estímu-los para o remodelamento e reabsorção óssea. Isso hipo-tetizando que o incremento na densidade óssea pode ser um fator responsável para a diminuição da incidência de lesões como observado em atividades que envolveram o treinamento com peso em crianças (HEJNA et al. 1982). Assim o aumento da densida-

de óssea pode ser uma impor-tante adaptação possível em crianças como resposta do treinamento com peso.

Existem muitos conheci-mentos validos sobre lesões em crianças praticantes que realizam trabalhos com pe-sos. Entretanto, através de uma supervisão e adaptação adequada da sobrecarga, a incidência de lesão é pouco freqüente. Assim, podería-mos estar enfatizando que algumas alterações relacio-nadas a danos nas caracte-rísticas de crescimento são observadas em função da mo-difi cação da linha epifi sária resultando em alterações no crescimento e ocorrência de fraturas, fraturas generaliza-das, lesões crônicas e proble-mas na região lombar.

A cartilagem óssea de cres-cimento esta localizada em três regiões sendo a linha de crescimento ou região epi-fi sária, epífi se ou superfície articular e região apofi seal ou inserção tendínea. Todas essas três regiões apresen-tam ossifi cação após a pu-berdade. A ossifi cação das regiões de crescimento antes da puberdade impede cresci-mento ósseo geneticamente determinado. Todas as três regiões de crescimento ós-seo estão mais susceptíveis a lesões durante a adoles-cência e no estirão de cres-cimento. Entretanto, durante o crescimento, a sobrecarga utilizada para o trabalho de resistência muscular deve ser cuidadosamente controlada, o que minimizaria a incidência de lesões.

O desenvolvimento físico e emocional para todas as

Zeudo Lavor

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AÇÃO

Coordenador na Personal Fitness Club

crianças não ocorre ao mesmo tempo. Entretanto, antes que uma criança inicie um progra-ma de treinamento com peso, alguns aspectos devem ser analisados:

1. A criança está preparada física e psicologicamente para participar de um programa de treinamento com peso?

2. A técnica apropriada para o programa de treinamento com peso foi totalmente en-tendida pela criança?

3. As medidas de segurança para a execução da técnica do movimento foram entendidas pelas crianças?

4. Todas as medidas de segurança em todos os equi-pamentos foram tomadas em relação ao nível de entendi-mento das crianças?

5. O equipamento utilizado pela criança permite a reali-zação apropriada da técnica do movimento?

6. A criança esta submetida a um programa de treinamen-to que permite um desenvol-vimento equilibrado das va-riáveis de aptidão física (i.e. treinamento de fl exibilidade e cardiorrespiratório bem como treinamento com peso?)

O programa de treina-mento com peso para crian-ças deve seguir as seguintes orientações para que a maxi-mização dos benefícios sejam atingidos:

1. Equilíbrio entre os exer-cícios escolhidos, devendo ter pelo menos um exercício para cada grupo muscular;

2. Equilíbrio entre os exer-cícios escolhidos para grupos musculares em relação à si-metria corporal (para cada articulação);

3. Escolha de exercício que permitam o desenvol-vimento de uma ou varias articulações;

4. A sobrecarga utilizada deve permitir a execução de pelo menos 5 / 6 repetições por série;

5. O número de série deve ser entre 1 e 3;

6. O incremento da so-brecarga em cada exercício não deve ser superior a 5 % do com peso utilizado para um determinado numero de repetições;

7. Dependendo da idade da criança e da maturidade psicológica, cada sessão de treinamento deve ser realiza-da entre 20 e 60 minutos;

8. O treinamento deve ser realizado entre I e 3 vezes por semana.

Caso as orientações acima sejam seguidas, o treinamen-to com peso pode apresen-tar tanto segurança como ser mais efetivo para o desenvol-vimento da aptidão física em crianças e adolescentes.

Alergia: vilã para quem tem problemas respiratóriosDe acordo com dados da OMS e do IBGE, os alérgicos já chegam a 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos

Os incômodos proces-sos alérgicos podem ser desencadeados por diferentes fato-

res como alterações climáti-cas, sedentarismo e estresse, mas também surgem pelo con-tato direto com partículas e micro organismos (alérgenos) presentes por toda parte em nossos lares. De acordo com o coordenador técnico do Brasil Sem Alergia, o alergista Mar-cello Bossois, os alérgicos, que já chegam a 35% da população brasileira (dados da Organiza-ção Mundial da Saúde - OMS), devem estar atentos a três importantes medidas para o controle do problema. Para ele, o tratamento consiste em um tripé terapêutico, baseado no controle alimentar e na ad-ministração de imunoterapia (vacinas contra as alergias), mas sem jamais esquecer de um criterioso e indispensável controle do ambiente domés-tico - eliminando de casa o que pode produzir a doença.

O controle ambiental passa por medidas que irão auxiliar a exterminar os maiores vilões daqueles que tossem, espir-ram, se coçam e até respiram mal. E alguns dos maiores causadores destes sintomas estão presentes justamen-

te dentro de casa, ambiente mais poluído que frequenta-mos, como os ácaros, poeira, mofo e alguns tipos de fungos. Determinadas mudanças na ar-rumação, nos hábitos, limpeza e faxina do lar produzirão um am-biente menos alergênico e mais saudável para toda a família.

Dentre os cômodos a se-

rem arrumados, o ambiente de dormir requer uma aten-ção especial, sobretudo em virtude da grande quantidade de horas que as pessoas per-manecem nele. A cama, por exemplo, reúne as condições perfeitas (temperatura, umi-dade e escamação de pele humana) para o desenvolvi-mento de colônias de ácaros, fungos e mofos, organismos abominados pelos alérgicos.

“Todas as noites depositamos em nossos colchões e traves-seiros queratina da pele des-camada, o alimento preferido dos ácaros, formando uma ver-dadeira fábrica destes vilões e perpetuando dentro de casa os quadros de alergias”, alerta Bossois. Esta forração é muito efi caz no tratamento, comenta, já que cria uma barreira entre o corpo e estes objetos, além de evitar a proliferação destes grandes alérgenos.

Alguns itens devem ser evita-dos na maior parte possível dos aposentos de casa, principal-mente no quarto daqueles que já apresentam manifestações da doença. Especialistas de-fendem que os pacientes que possuem alergias respiratórias como rinites, bronquites, sinu-sites e faringites devem abolir cortinas de pano, carpetes, ta-petes, bichos de pelúcia e até evitar a presença de plantas no ambiente de dormir. E muita gente sofre deste mal: dados da OMS apontam que um em cada sete pessoas apresenta alguma alergia respiratória, sendo a asma a responsável por afetar, segundo um recente levantamento do Ministério da Saúde e do IBGE, aproximada-mente 6.4 milhões de brasilei-ros acima de 18 anos.

NO QUARTOA cama reúne as condições perfeitas (temperatura, umi-dade e escamação de pele humana) para o desenvolvi-mento de organis-mos abominados pelos alérgicos

A limpeza do lar produz um ambiente menos alergênico e mais saudável para toda a família

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AÇÃO

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MANAUS, DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2015 F7Saúde e bem-estar

As frequentes dores podem ser sinal de que há algo errado na mordida

Dor de cabeça e dentes

Muitos são os indiví-duos que se consul-tam com médicos neurologistas, otor-

rinolaringologistas e psiquia-tras para entender e curar as dores na cabeça, nuca e pesco-ço. Grande parte destas pessoas encontram a resposta procura-da, outras não têm a mesma sorte e descobrem, anos depois, que o caso pode ter solução após avaliação e tratamento do cirurgião dentista.

O diagnóstico nem sempre é simples, isto em razão dessas dores serem de origem muscu-lar e/ou da Articulação Têmpo-ro-Mandibular (ATM) e assim podem irradiar nas diferentes partes da cabeça, têmporas, ouvido, fundo dos olhos, dentes, pescoço e cansaço no maxi-lar. “Quando estes desconfor-tos aparecem, chamamos de Distúrbio da Articulação Têm-poro-mandibular (DTM), pois frequentemente ocorre dor na região próxima dos ouvidos e é onde justamente esta arti-culação se encontra”, afirma o cirurgião buço maxilo facial, Alessandro Silva.

É importante saber que a maioria dos casos é conduzida clinicamente sem a necessida-de de cirurgia, muito embora se o quadro avançar poderá levar a um processo crônico-

As dores de cabeça

podem estar relacionadas

ao ATM

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degenerativo, restando como alternativa a realização de cirur-gia das ATM. Assim, é sempre importante buscar profissionais capacitados pois, com o diag-nóstico o mais cedo possível pode-se obter grande melhora ou mesmo a solução para o problema.

O que é ATM?“A Articulação Têmporo-

Mandibular (ATM) é uma das mais complexas articulações do corpo humano. Localizada na altura do ouvido e formada por dois ossos - a mandíbula (maxilar inferior) e o temporal (osso do crânio), seu funciona-mento está associado a ossos, músculos, ligamentos e dentes. A ATM é quem se movimenta permitindo funcionar a boca, para abrir, fechar e movimen-tar para os lados contribuindo para mastigação e eglutição, respiração e fala. Envolvendo e protegendo todo este con-junto existem os ligamentos, músculos, tecidos vasculares e nervos”, explica Silva.

As principais queixas e sinto-mas mais frequentes, de acordo com o cirurgião, são os sinais de desgaste dental por aper-tamento ou ranger de dentes, língua marcada ou mordida com frequência, estalido e crepita-ção na região do ouvido durante a mastigação, modificação no encaixe dos dentes, limitação no movimento da mandíbula.

Cansaço muscular da face pela manhã ou ao final da tarde, zumbidos, sensação de areia no ouvido, diminuição da audição, dificuldade para de-glutir alimentos também são

alguns dos sintomas.

TratamentoSegundo Alessandro Silva,

“para a eleição da melhor forma de tratamento é sempre ne-cessário o correto diagnóstico. Inicialmente devemos definir se o paciente apresenta um proble-ma relacionado a sua mordida, a sua musculatura da face ou um problema combinado com repercussão nas estruturas in-ternas da articulação (ATM)”. E somente após esse diagnóstico estabelecido é que poderemos seguramente instituir a melhor forma de tratamento.

As formas de tratamento podem ser divididas em trata-mentos clínicos e tratamentos cirúrgicos. O dentista ressal-ta que dentre os tratamentos clínicos pode-se associar as prescrições de medicamentos como os ansiolíticos (que visam a diminuição da ansiedade e tensão do paciente), relaxantes musculares, antiinflamatórios (para a diminuição da tensão muscular e inflamação) .

Há, ainda, as placas intero-clusais (as popularmente cha-madas de placas de bruxismo). Esses dispositivos tem como objetivo principal eliminar (so-mente durante o seu uso) todas as interferências dentais dessa mordida proporcionando assim um alivio na pressão sobre os músculos e essa articulação.

E, com relação aos tratamen-tos cirúrgicos, é possível dividi-los em procedimentos cirúrgi-cos restritos a articulação (ATM) ou para corrigir problemas de desenvolvimento dos maxilares (Cirurgia Ortognática).

Articu-lação

Têmpo-ro-Man-dibular

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F8 MANAUS, DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2015Saúde e bem-estar

Mitomania - mentiroso patológico

Psicologia no divã[email protected]

Psicologia no divã Fabíolla Fonseca

Todos nós temos a nos-sa opinião sobre o que é a mentira. Não importa em que contexto se encontra. Ao meu ver, mentir muitas das vezes nada mais é do que uma condição de omitir algo com o objetivo de mascarar a verdade dos fatos. Porém, nem sempre, mentir é um ato desonesto. E exatamente por ter essa conotação negativa, é que a maioria das pessoas não admite que mente. Mas, isso não é verdade, estudos demonstram que mentimos pelo menos 730 vezes por ano e que uma pessoa mente em media três vezes a cada dez minutos de conversa.

E sei que para a maioria, essa estatística é surpreen-dente. Mas, a única forma de entender tudo isso é aceitar que a mentira faz parte da humanidade desde dos pri-mórdios e compreender a natureza dela e tentar se colocar no lugar da pessoa que contou a mentira.

É na adolescência que se desenvolve um comportamen-to mentiroso. Mitomania, Sín-drome de Wallace, Síndrome de Miguela, Compulsão em Mentir, Pseudologia Fantásti-ca ou mentir patológico, é um transtorno psicológico carac-terizado por contar mentiras compulsivamente, sem bene-fícios externos e geralmente restritos a assuntos específi -

cos como família ou amigos, apresentando-se de maneira bem vista socialmente. Em ca-sos considerados mais graves, podem incluir uma enorme di-versidade de assuntos e a pró-pria pessoa tem difi culdade em lembrar o que é verdade e o que é invenção.

O mitomaníaco pode estar parcialmente ciente de es-tar contando mentiras, mas há compulsão. É importante também diferenciar a mito-mania, de falsas memórias, pois mesmos indivíduos sau-dáveis costumam distorcer suas memórias e ter lem-branças muito diferentes de um mesmo evento.

Existe duas formas de men-tir, uma em benefi cio próprio e em benefi cio de outros. A primeira tem por objetivo aju-dar quem conta a mentira e podem ser muito prejudiciais, enquanto que a segunda é ajudar as outras pessoas e costumam ser verdadeiras ameaças, por serem inócuas e deixar mágoas profundas.

O primeiro passo para de-tectar uma mentira, é compre-ender o que realmente esta por trás dela. Ao receber uma informação avalie rapidamen-te se, de fato, a pessoas tem algum motivo para mentir. Procure sinais verbais como, por exemplo, o que a pessoa faz e como age. A capacidade de avaliar o comportamento

O mitomanía-co pode estar parcialmente ciente de estar contando men-tiras, mas há compulsão”

Psicólogacontato pelo fone:

991610218

não verbal pode aumentar consideravelmente a exati-dão da detecção de mentira. Contudo, quem consegue de-tectar mentira com precisão baseia-se em informações verbais e observação. Mas in-dubitavelmente somos muito melhores em contar mentiras do que em detectá-la.

Existem três fases de res-postas à mentira: 1-Respos-ta Emocional: se a mentira for irrelevante, se ela já tiver contado a mentira diversas vezes impunemente ou for uma grande mentirosa, ha-verá apenas uma discreta res-posta emocional. E quando a

mentira é tremenda a res-posta apresentada será bem considerável; 2-Resposta do Sistema Nervoso Simpático: o próprio nome já acusa. Se o mentiroso estiver sentindo culpa, medo, estresse ou ner-vosismo seu Sistema Nervoso Central reagirá de acordo com o seu instinto natural de luta ou fuga, que liberara adrena-lina, que se manifestara de algumas maneiras, às vezes chamadas de “dicas de men-tira ou sinais de mentira”, que podem ser observadas pelos movimentos rápidos dos dedos batendo em algo, inquietação, fala muito rápi-

da e movimentos rápidos dos olhos; 3- Resposta Cognitiva que se torna uma contramedi-da, esta é o reconhecimento, pelo mentiroso, da resposta do Sistema Nervoso Central, como uma contramedida mental e física destinada a disfarçar os sinais que ele acha que vão denuncia-lo.

O mentiroso geralmente tem consciência dos sinais mais óbvios e tenta contro-lá-los. Porém, o seu poder de controlar esses sinais é limitado por sua capacidade cognitiva de monitorar as mudanças que ocorrem no próprio comportamento.

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Hábitos corretos garantem a saúde dos seus joelhos

ARTICULAÇÕES

Responsável por suportar o peso do nosso corpo, os joe-lhos são as articulações mais exigidas no dia a dia - e, con-sequentemente, são também as que mais sofrem. As causas do sofrimento são diversas, de patologias de origem genética, como má formações, passan-do por patologias traumáti-cas, causada por lesões, até as patologias degenerativas, de-correntes principalmente por desgaste e sobrepeso. “Ques-tões genéticas podem se tra-das, mas difi cilmente evitadas”, explica o ortopedista Fabiano Nunes, da Benefi cência Portu-guesa de São Paulo. Ele explica que as patologias traumáticas e degenerativas podem ser pre-venidas com atitudes simples.

AtividadesPor ser uma articulação de

carga, o joelho carrega todo o peso do corpo. “Qualquer aumento de peso irá gerar uma sobrecarga com potencial um aumento de desgaste”, diz o especialista. Além disso, a dica é evitar o sedentarismo. “A falta de atividade física pode afetar muito o joelho”.

A estabilidade da articula-ção e seu funcionamento são infl uenciados pela ação muscu-lar. Se os músculos estiverem debilitados, há um risco maior de torções ou mesmo lesões degenerativas, como a condro-

malácia patelo-femural, o cha-mado desgaste da cartilagem, que causa desconforto e dor.

E, se o sedentarismo é ruim, o excesso de atividade físi-ca também é, principalmen-te se não for supervisionado. De acordo com o especialista, essa sobrecarga aumenta o desgaste e ainda pode causar lesões agudas, como fratura por estresse.

Outro ponto importante é observar a forma como apoia-mos o pé no chão, pois isso infl uencia no funcionamento do joelho e qualquer mudan-ça nesse apoio pode alterar a inclinação da articulação, afe-tando seu funcionamento. “Por exemplo, quando uma mulher usa salto alto, ela fi ca na ponta do pé e o centro de gravidade do corpo é jogado para fren-te, aumentando a sobrecarga anterior no joelho e o desgaste da articulação patelo-femural”, explica o ortopedista.

A prevenção, no entanto, não basta. É importante fi car aten-to aos sinais do corpo quando o joelho não está bom. Além de dores, quando a articula-ção está com problemas, pode apresentar inchaço, crepita-ção (barulho provocado por lesões) ou falseio (movimen-to anormal). Em casos como este, um ortopedista deve ser procurado para diagnóstico e indicação de tratamento.

Sedentarismo, assim como ex-

cesso de ativida-de física, podem

fazer mal para os joelhos

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