ESTRUTIOCULTURA II
Instalado no Curso de Medicina Veterinária de Araçatuba, o setor de criação de
avestruzes vem contribuindo para a modernização das atividades zootécnicas,
especialmente da região, além de atender o ensino, pesquisa e a extensão.
A estrutiocultura na região é uma exploração que se caracteriza por não ser a
atividade principal do proprietário, que atraído por promessas de grandes lucros e com a
garantia de ser “isenta de riscos”, alguns destes iniciaram esta atividade através da
especulação.
No decorrer de poucos anos, os mesmos já aceitaram a realidade ou abandonaram a
atividade, geralmente por não obter os “lucros prometidos”. Entretanto, uma outra parte,
consciente de que a atividade, como qualquer outra, exige dedicação, tem superado os
obstáculos, confirmando o setor como rentável e com um futuro promissor.
Visando esclarecer a complexidade desta exploração, através de um manejo simples,
o setor de estrutiocultura da Unesp de Araçatuba, em parceria com a Abre (Associação
Brasileira de Estrutiocultura), iniciou estudos para a viabilidade técnica e econômica de
animais confinados, desde a recria até a terminação. Assim, como uma exploração modelo,
esta exploração semi-intensiva, objetiva a terminação de animais para carne, produzindo o
maior número confinado de avestruzes por m2, mas com a garantia de se oferecer o míni
mo necessário de bem estar para cada animal.
INTRODUÇÃO
No início de sua exploração, a atenção foi para suas plumas e couro, entretanto com
o passar do tempo o aproveitamento de novas opções, como a carne, ovos férteis e inférteis
(elemento decorativo) e finalmente sua gordura para elaboração de cosméticos, devido sua
alta qualidade com umectantes da pele.
O avestruz é uma ave que perdeu a capacidade de voar, assim desenvolveu-se como
uma ave corredora, com capacidade de chegar a alcançar mais de 70km/h. Apresenta um
desenvolvimento rápido e é muito resistente, quando adulto, as condições climáticas
adversas. Além disso, sua extremidades posteriores são muito fortes de grande utilidade
para sua defesa, assim pode se tornar perigosas quando as aves são mal manejadas.
CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS
Apresenta um evidente dimorfismo sexual em suas plumagens. As fêmeas adultas
são marrom claro e os machos apresentam plumas pretas, com exceção das pontas das asas
e cauda, que são brancas.
Por serem aves corredoras, suas asas não são funcionais, servindo entretanto para
realizar o cortejo na época reprodutiva, e como abano, nas épocas mais quentes.
Possuem uma grande capacidade visual, justificando assim, seus enormes olhos, e
quando as aves são limitadas visualmente, devido por exemplo ao capim muito alto e a
diferentes ruídos, podem levar e situações estressantes.
Um avestruzinho ao nascer pesa em torno de 900 gramas, com 25 a 30cm de altura,
sendo que com menos de um ano de idade pode superar os 100 kg de peso vivo, com mais
de 2,5metros de altura.
Sua idade pode chegar a 70 anos, com uma vida produtiva de 25 anos.
São animais que não apresentam papo e vesícula biliar, possuem um intestino muito
comprido, onde se realizam a fermentação das fibras, a absorção de ácidos graxos voláteis
e da água.
A micção e a defecação são atos distintos, realizando em primeiro lugar a micção e
depois a defecção.
Os pés além de oferecer estabilidade a ave oferecem sua defesa, auxiliando ainda na
construção do ninho, o coçar do corpo e a busca de alimento.
A pele ajuda na regulagem da temperatura do corpo, prevenindo a desidratação,
protegendo de traumas dos parasitas externos. A pele do avestruz não apresentam glândulas
sudoríparas.
O bico do avestruz é largo, plano e arredondado na sua extremidade, sendo a parte
superior maior e assim sobrepõe a parte inferior.
O “dente de ovo” ou “diamante” é um ponto branco sobressalente, constituindo por
queratina muito dura no pico superior, que auxilia os avestruzinhos durante o rompimento
da casca, à eclosão, desaparecendo na primeira semana depois do nascimento. O músculo
bicador (pipping) auxilia também no nascimento, e se localiza detrás da cabeça das aves,
permitindo uma grande força a cabeça e ao pescoço, e assim contribuindo no romper de
casca. Seu tamanho diminui rapidamente depois do nascimento.
A glândula nasal está presente no avestruz, mas não no emu e nandu. Apresenta a
função de excretar cloreto de sódio hipertônico (sendo assim um colírio natural) que além
de manter o balanço de água, principalmente quando o animal se alimenta com dietas ricas
em sal, comum em climas muito áridos e com limitação de água, próprio de seu habitat de
origem.
O olho do avestruz é protegido por duas pálpebras, a superior e a inferior, providas
de pestanas, e uma terceira pálpebra (delgada e transparente para reforçar a proteção do
olho de possíveis traumas). A pectina, que se encontra apenas nos olhos das aves, fornece
nutrientes, o intercâmbio do oxigênio, e mantém a pressão intraocular, sendo de extrema
importância, uma vez que esta não apresenta artérias retinais.
A boca é usada para beber água, alimentação, limpeza, para respirar e fazer ruídos.
É provável a presença de sensores gustativos na boca, entretanto a língua não apresenta
papilas gustativas, entretanto acredita-se haver sensores gustativos.
O esôfago está na parte traseira da boca, estando a traquéia na frente. Nos machos, o
esôfago quando inflado com ar e posteriormente eliminado aos poucos ocasiona um som
característico.
Trato Gastrintestinal de um jovem avestruz de 35 kg peso vivo. (P =
proventrículo; G = Moela; S1 = Intestino delgado; Ca = Cecos; L1 =.cólon proximal; L2 = cólon medial; L3 = cólon distal)**
** Swart et al., 1993, S. Afr. J. Anim. Sc. 23(516).
O proventrículo é o verdadeiro estômago do avestruz, que secreta enzimas
digestivas, iniciando o processo da digestão, atuando na mistura e armazenamento dos
alimentos, apresentando uma enorme capacidade e expansão e de secreção de enzimas
digestivas. È facilmente palpado, e onde ocorre a maior parte das impactações.
A moela (segundo estômago) é muito musculosa e apresenta a função de moer os
alimentos mais grandes e duros, assim permite a passagem apenas de partículas abaixo de
4cm para os intestinos, controlando pela válvula pilórica, que é muito sensível e restringe
assim o tamanho das partículas no intestino.
O duodeno é o primeiro segmento do intestino delgado. Recebe as enzimas
digestivas do fígado e do pâncreas, através dos condutos hepáticos e pancreáticos,
constituindo-se o local principal para a digestão de gorduras e carboidratos. O jejuno, o
íleo, respectivamente segundo e terceiro segmento do intestino delgado, têm a função de
absorver os nutrientes e a água.
A maior parte da digestão e absorção ocorre no intestino delgado, que representa em
torno de 36% do trato digestivo. O intestino grosso apresenta o papel primordial de
absorver água, entretanto é também um local de uma adicional digestão, devido a
fermentação de alimentos, especialmente a fibra.
A cloaca é um orifício localizado debaixo do rabo, que se vê facilmente. Apresenta
três compartimentos: coprodeu (recebe as fezes); urodeu (recebe a urina), nos machos
recebe o sêmen e nas fêmeas o ovo; e o proctodeu que aloja o falo (pênis) e a bursa de
Fabrícius (presente somente nas aves). A família ratita não tem bexiga urinária; a urina é
acumulada no urodum, uma unidade grande do coprodeu e se expele em volumes grandes.
Cérebro – consta de cinco áreas principais: lóbulo olfativo, cérebro, lóbulo óptico,
cerebelo e bulbo raquídeo.
Os pulmões estão conectados aos sacos aéreos, que ocupam 80% de volume
respiratório, promovendo espaço adicional para a passagem de ar, melhorando a eficiência
da respiração, permitindo a entrada de ar fresco, tanto durante a aspiração como na
expiração.
O fígado é o maior órgão da ave e não apresenta vesícula biliar. Tem a função de
filtrar o sangue, metabolizar muitas enzimas e proteínas para as funções fisiológicas para a
formação da gema. Toma parte dos processos metabólicos da utilização e armazenamento
de carboidratos.
Baço – no desenvolvimento embrionário produz glóbulos vermelhos e brancos,
depois da eclosão, sua função principal será a produção de linfócitos e monócitos. Filtra
também o sangue de bactérias, glóbulos anormais e dejetos.
Pâncreas – auxilia na digestão ao liberar enzimas digestivas no intestino delgado.
Produz também hormônios que ajudam a regular e metabolizar os açucares dos carboidratos
no sangue.
Rins- filtra o sangue originando a urina. Reabsorve substâncias necessárias,
evitando desperdícios, devolvendo ao sangue e auxiliando no balanço da água, de
eletrólitos e do pH.
Gordura – tecido de armazenamento de energia excedente. Prove isolamento
térmico e proteção contra o frio e os traumas. É depositada debaixo da pele e nas
superfícies dos órgãos, principalmente no abdômen inferior, e em cima da região dorsal
próximo ao rabo.
Veias – os avestruzes apresentam apenas a jugular direita, sendo assim a veia
adequada para retirar sangue.
As veias braquiais e basílicas estão situadas visivelmente nas asas em aves não
desidratadas, sendo também indicadas para se retirar sangue e para aplicar injeções por via
intravenosas.
Ao aplicar medicamentos nas aves, é necessário recordar a presença e o
funcionamento das veias renais. Assim, quando são aplicadas injeções na parte posterior do
corpo, os rins através do sistema porta-renal irão filtrar estes produtos, inativando-os ou
mesmo se tornando tóxicos aos rins.
ÓRGÃOS REPRODUTIVOS
MACHO
Os testículos estão situados no abdômen, em ambos os lados, debaixo da espinha e
apresentam um aumento de 300 vezes em volume e 400% em peso (mais de 10 cm de
comprimento) durante a época de sua espermatogênese estacional, com notáveis diferenças
morfológicas, devido a produção dos hormônios sexuais.
Os testículos são refrigerados pelos sacos aéreos abdominais.
O falo ou pênis do macho é um órgão sexual e situa-se no piso da cloaca. É muito
desenvolvido (40 cm de comprimento), e se prolonga pelo acúmulo de linfa, servindo de
veículo para os espermatozóides. Estas aves não apresentam próstata e vesícula seminal.
Assim, o falo funciona somente como conduto de sêmen através de seu canal ejaculador.
Não apresenta uretra, deste modo não expele urina e nem transporta sêmen. O sêmen é
acumulado na fossa ejaculadora, no piso da cloaca e é drenado pela ranhura seminal, por
força gravitacional, assim, tanto o tamanho como a torção correta irão influenciar na
capacidade de fecundação do macho. Machos com o falo pequeno e com torção
desfavorável poderá fazer toda a corte nupcial, mas sem sucesso na fecundação das fêmeas,
devendo estes serem eliminados do plantel de reprodução.
Durante o acasalamento, o falo torna possível que o sêmen entre na vagina da
fêmea, através da ranhura seminal.
O falo pode ser visto facilmente durante a defecção, na eliminação de urina e no
acasalamento. O clitóris, na fêmea, usualmente com menos de 3 cm de comprimento, pode
ser confundido com o falo, antes da puberdade do animal.
FÊMEAS
O ovário está situado no abdômen, no lado esquerdo. Produzem óvulos (gema) e os
hormônios sexuais femininos. Todos os óvulos que a ave produzirá estão presentes ao
nascer. Quando maduros, os óvulos são liberados dentro o oviduto, onde são fertilizados
pelos espermatozóides do macho, dando início a formação do ovo. Durante a estação de
acasalamento, o ovário assemelha-se a um cacho de uva. No oviduto será formada a
albumina (clara) e a membrana da casca e finalmente a casca, num intervalo de 48 a 72
horas, possibilitando assim uma postura de 2 a 3 ovos/semana.
O tempo estimado para formação completa de um ovo é de 48 horas
Infundíbulo 30 minutos (fecundação)
Magno 6 horas (formação de clara)
Istmo 2,5 horas (formação das membranas da casca)
Útero 40 horas (formação da casca)
MATURIDADE SEXUAL
As fêmeas de avestruzes atingem sua maturidade sexual em torno de dois anos e
meio e os machos após três anos, em média.
A postura é estacional, iniciando normalmente em junho-julho, com uma postura de
cerca de 40 ovos, havendo intervalos de descanso de 7 a 20 dias. Assim, ao considerarmos
8 meses de postura, poderíamos ter ciclos de 10 ovos.
Os machos, no período reprodutivo, são mais agressivos, apresentando as plumas
mais brilhantes e com a canela de cor avermelhada. Realizam um cortejo típico e assentam-
se no solo na presença da fêmea, ou mesmo do tratador ou de visitantes.
Período de acasalamento
Os avestruzes são geralmente sazonais quanto ao acasalamento. Em média, o
período de acasalamento varia de 6 a 8 meses no ano, sendo dependente da latitude e
altitude (Shanawany, 1994a). No hemisfério norte, o início do acasalamento se dá em março
e termina entre agosto e setembro (Leuthold, 1977), e no hemisfério sul, começa entre julho
e agosto e finaliza em março (Jarvis, Jarvis & Keffen, 1985).
MANEJO
Cria
Um detalhe importante que difere os filhotes de avestruzes de outras aves é a grande
proporção de saco vitelínico (30 a 50% de peso vivo). Daí as recomendações de submeter
as avestruzes a um jejum de ração de cerca de cinco dias (não recomendamos tal
procedimento), mas nunca de água de bebida.
Os filhotes ao nascer não são capazes de regular corretamente sua temperatura
corporal, portanto dependem de uma fonte de calor, com o requisito de temperatura de
320C, com reduções semanais de dois graus, no mínimo durante os 60 primeiros dias de
idade.
Não devem ser submetidos à corrente de ar e nem tomar chuva neste período. A
densidade de 5 a 6 aves/m2 na primeira semana se mostra adequada, com aumentos
gradativos.
A densidade ideal para a criação de avestruzes ainda não está bem definida, mas se
for observado qualquer desvio de comportamento, como bicagem das penas, especialmente
do dorso, indica que o espaço está muito limitado.
PRODUÇÃO
Carne- o peso ideal para o abate seria quando a ave atingir 100kg de peso vivo, podendo
atingir este peso antes de um ano de idade, com um correto manejo nutricional.
Pele- para otimizar a retirada da pele, esta deverá seguir uma seqüência correta de cortes
Plumas- a retirada das plumas poderá ser feita aos 8 meses de idade, entretanto aves
destinadas ao abate, devido o maior valor do couro, não deverão sofrer este manejo, a fim
de não danificar a pele.
O manejo de retirada consiste em imobilizar a ave em um tronco apropriado, com
um capuz na cabeça da ave, minimizando o estresse. As plumas são cortadas uns 2 cm da
pele, com uma tesoura. Após 2 meses, os canhões da pena se atrofiam, sendo retirados com
facilidade.
INFRAESTRUTURA
Começar com uma pequena quantidade de avestruzes, para aprender o manejo correto, e
ampliar após os ajustes necessários.
Características do local ideal
-A superfície do terreno: arejado e ensolarado
-Terreno seco e bem drenado, ligeiramente inclinado para o escoamento da água de
chuva.
-Isolamento de outras instalações avícolas (poedeiras comercias, criações de frangos
de corte, outras aves/exóticas), agrícolas e industriais.
-Facilidade de acesso e de comunicação
Projeto técnico
Cada exploração deverá adaptar-se as suas características próprias de terreno, do
clima, da disponibilidade de espaço e ao volume desejado de produção (inicial e da
expectativa de ampliação).
Instalações da exploração
É indicado no mínimo uma área de 7 a 8 ha (70.000 – 80.000m2)
1. Piquetes de Reprodução – Há necessidade de um bom isolamento sanitário e físico.
Recomenda-se o espaço de 500-800m2 /animal, assim um piquete com 30x50
poderá inicialmente acomodar um casal e se for necessário um trio, sendo esta uma
boa sugestão prática.
2. Unidade de incubação
3. Unidade de cria
4. Unidade de recria/terminação
5. Espaço para armazenamento de ração, equipamentos e oficina
6. Casa para o funcionário
Unidade de incubação
Deverá ser o local mais isolado da exploração, e requer uma estrita higiene.
Dependências básicas- recepção e seleção de ovos
Fumigação
Armazenamento
Sala de incubação
Sala de nascimento
Maternidade
Banheiro e vestuário
Fumigação dos ovos
Unidade de cria
Os avestruzes deverão ser alojados após o 3-5 dias em grupos de no máximo 20
aves, evitando-se ao máximo transferências e misturas de idade.
O aquecimento nas primeiras quatro semanas deverá ser bem controlado. Assim,
aquecedores com termostatos são os mais indicados.
Dentre as atividades da ave neste período, convém destacar que 60% do seu tempo
será dormindo/confinada (18 horas às 8 horas do dia seguinte) e 40% do tempo dedicado a
se alimentar e ao exercício. Portanto, o aquecimento correto será o fator de maior estresse
para as aves , se não for bem eficiente nos primeiros 30 dias.
Iglu- tem a finalidade de manter agrupadas as aves ao redor do foco de calor
durante à noite (100% das aves) e como fonte de aquecimento opcional durante o dia, para
as aves que buscarem se abrigar neste local.
NUTRIÇÃO
Água
A água deverá ser de boa qualidade, sendo essencial para o bom desenvolvimento e
a manutenção de saúde dos avestruzes. É o nutriente que a animal necessita em maior
quantidade (volume), e quando insuficiente resulta em redução do crescimento, baixa
eficiência alimentar e prejuízo na reprodução. Uma privação de água por 24 horas em
avestruzes de 4 a 6 meses reduz a ingestão de alimento em 45 a 75%, e se for prolongada
por mais de 48 horas se observa uma diminuição do peso corporal em aproximadamente
30%.
È conhecido que os animais consomem 2 a 3 vezes mais água em proporção a
quantidade de alimento ingerido (MS). Assim, os avestruzes devem ter água
disponibilizada desde o primeiro dia de vida. Uma diminuição do consumo de água pode
ser um indicativo da presença de alguma enfermidade, ou mesmo erros básicos (muito fria
ou muito quente).
Proteína e aminoácidos
As deficiências protéicas e de aminoácido na dieta resultam na diminuição do
crescimento do animal jovem e numa baixa eficiência reprodutiva nos adultos, com
plumagem danificadas, letargia e baixa resistência as enfermidades.
Os requisitos em aminoácidos em aves jovens são relativamente altos durante o
crescimento inicial, diminuindo conforme o animal alcança a maturidade fisiológica.
Energia
Os avestruzes apresentam um aproveitamento energético melhor que outras aves,
superando os galináceos em 30-40%. Assim, mesmo alimentados com rações com um teor
baixo em energia, devido o uso de forrageiras, irá apresentar um bom desempenho
produtivo e reprodutivo.
Gorduras
As gorduras são incorporadas às rações para aumentar a densidade energética da
dieta, contribuindo com 2,25 vezes mais energia para o metabolismo por unidade de peso
que os carboidratos e proteínas, além de melhorar a absorção dos nutrientes lipossolúveis,
pela redução do pó (pulverulência da ração) e prolongar a vida útil dos equipamentos
(misturadores).
Vitaminas
As vitaminas são classificadas em lipossolúveis (A, D, E, K) e hidrossolúveis
(complexo B e C). A eficiência da absorção das vitaminas lipossolúveis podem ser afetadas
pelo tipo e quantidade do óleo da dieta.
Minerais
Todas as espécies animais necessitam de macro e micro minerais. Estes elementos
participam de uma grande quantidade de funções metabólicas, que são essenciais para o
adequado crescimento e reprodução dos avestruzes.
SANIDADE
São vários os agentes patológicos que podem afetar os avestruzes
Parasitas internos
Nematóides
Cestóides
Trematóides
Parasitas externos
Artrópodes