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SUMÁRIO
OBESIDADE.......................................................4
OBESIDADE EM ADULTOS................................5
PREVENÇÃO.....................................................6
EM BUSCA DO PESO SAUDÁVEL......................7
TRATAMENTO...................................................9
CUIDADOS DIÁRIOS COM A ALIMENTAÇÃO....12
OUTROS HÁBITOS SAUDÁVEIS.......................14
ATIVIDADE FÍSICA...........................................14
CUIDADOS NA GRAVIDEZ..............................17
OBESIDADE NA INFÂNCIA..............................20
MODIFICANDO OS HÁBITOS DE VIDA...........22
OBESIDADE
A obesidade é o armazenamento excessivo de gor-dura no organismo, associado a riscos para a saúde. Fatores genéticos, maus hábitos de vida (sedentarismo, má alimentação) e o ambiente em que se vive podem contribuir para o surgimento da obesidade.
Pessoas com pai e mãe obesos têm um risco 80% maior de desenvolverem a doença. Por isso, é impor-tante o monitoramento dos comportamentos alimentares já na infância, principalmente em crianças com casos de obesidade na família.
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OBESIDADE EM ADULTOS
Quase metade da população adulta brasileira está acima do peso e 13,9% sofre de obesidade. Os dados fazem parte do estudo divulgado em junho de 2010 pelo Ministério da Saúde, que aponta ainda um crescimento no percentual de obesos no País – em 2006, 11,4% da população tinha este problema.
A obesidade em adultos facilita o surgimento de outras doenças, como hipertensão arterial sistêmica (pressão alta), acidente vascular cerebral (AVC), diabetes, doença renal, doença pulmonar, osteoartrite, doença ar-ticular degenerativa, gota, vários tipos de câncer, trans-tornos psicológicos e problemas de coluna e de joelhos devido à sobrecarga de peso corporal.
Além dos riscos à saúde, o acúmulo excessivo de gordura corporal costuma gerar problemas psicológicos e de aceitação social, porque a obesidade destoa do pa-drão estético contemporâneo.
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PREVENÇÃO
A prevenção e o diagnóstico precoce da obesidade são importantes para evitar o surgimento de outras doen-ças decorrentes da gordura corporal excessiva. Quanto antes for tratada a obesidade, menor é o risco de sua interferência negativa na qualidade de vida. As ações de promoção da alimentação saudável e da prática regular de atividade física são aliadas contra a doença.
EM BUSCA DO PESO SAUDÁVEL
Para quem tem entre 20 e 60 anos, é recomendá-vel a verificação do Índice de Massa Corporal (IMC), um parâmetro utilizado para saber se o peso está propor-cional ou não à altura.
Para calculá-lo, divide-se o peso (em quilogramas), pela altura (em metros) elevada ao quadrado.
Compare o resultado
ESTADO NUTRICIONAL VALORES DO IMC (kg/m2)
Baixo peso < 18,5
Peso normal 18,5 – 24,9
Sobrepeso 25 – 29,9
Obesidade grau I 30 – 34,9
Obesidade grau II 35 – 39.9
Obesidade grau III ≥ 40
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Meça a circunferência abdominal
Além do IMC, outro método de diagnóstico da obesi-dade é a medida da circunferência abdominal. Este é um dado importante para medir a distribuição de gordura no corpo. A medida da gordura acumulada no abdome pode indicar o nível do risco de uma pessoa desenvolver doen-ças cardíacas e diabetes ou sofrer derrame cerebral. Os valores considerados normais são:
Mulheres: cintura < 80cm
Homens: cintura < 94cm Se você está acima deste valor, atenção!
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TRATAMENTO
A meta inicial dos programas de emagrecimento é a perda de 5% a 10% do peso corporal em seis meses, de-vendo ser ajustada de acordo com as necessidades e as possibilidades de cada pessoa. Manter o peso reduzido é mais difícil que a própria redução. Por isso, é essencial uma avaliação dos hábitos alimentares e de complicações ou doenças associadas à obesidade e possíveis efeitos colaterais de medicações.
Todo tratamento de obesidade deve contar com ajuda de profissionais de saúde. Assim, caso sejam diagnostica-dos diabetes, hipertensão ou colesterol, é recomendável procurar auxílio de um especialista para o correto ba-lanceamento da dieta alimentar e a indicação de hábitos saudáveis de vida, incluindo atividade física regular.
Medicamentos: o tratamento ainda é essencialmente baseado em medidas comportamentais. A opção de uso de medicamentos no combate à obesidade é controversa, recebendo críticas devido à generalização da prescrição, abuso na comercialização de cápsulas manipuladas e des-valorização da orientação do tratamento convencional. Por isso, só deve ser usado sob supervisão médica e
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após uma avaliação cuidadosa da relação risco-benefício para a saúde.
Cirurgia: a indicação deve ser bastante criteriosa, e sua realização deve ser integralmente acompanhada pelo médico como último recurso para o tratamento da obesidade, por ser de alto risco à vida.
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As contraindicações para cirurgia são, segundo de-terminação da Organização Mundial de Saúde:
• causas endócrinas tratáveis de obesidade;
• dependência de álcool ou de drogas ilícitas;
• doenças psiquiátricas graves, sem controle;
• risco anestésico e cirúrgico;
• pacientes com dificuldade de compreender riscos, benefícios, resultados esperados, alternativas de tratamento e mudanças no estilo de vida necessários após a cirurgia.
Importante:
• O compromisso no acompanhamento com uma equipe multidisciplinar no pré e no pós-operatório é essencial para obtenção de bons resultados.
• O abono desse tipo de cirurgia pela CASSI é regu-lamentado por norma interna. A Equipe de Saúde da Família poderá orientar quanto aos critérios para liberação desse procedimento, considerando as par-ticularidades de cada caso.
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CUIDADOS DIÁRIOS COM A ALIMENTAÇÃO
• Faça pelo menos três refeições (café da manhã, al-moço e jantar) e dois lanches saudáveis. Não pule as refeições.
• Inclua seis porções do grupo de cereais, tubércu-los e raízes nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural.
• Coma pelo menos três porções de legumes e ver-duras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
• Coma feijão com arroz pelo menos cinco vezes por semana. Esta combinação é rica em proteínas.
• Consuma três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gor-dura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis.
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• Consuma, no máximo, uma porção de óleos vege-tais, como azeite, manteiga ou margarina.
• Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas e outras guloseimas como regra da alimentação.
• Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa.
O nutricionista pode orientar sobre o equivalente das porções de cada grupo alimentar.
A pirâmide alimentar, representação gráfica dos alimentos necessários para balancear sua alimentação, pode ser seu guia numa dieta equili-brada. Peça uma ao nutricionista.
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OUTROS HÁBITOS SAUDÁVEIS
• Beba, pelo menos, dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
• Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.
ATIVIDADE FÍSICA
A atividade física é importante no tratamento da obe-sidade e é fundamental para a manutenção do peso. Quem é sedentário, porém, deve começar a prática de
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exercício de forma gradativa.
A prática de atividade física deve começar com inten-sidade moderada, durante 30 a 45 minutos, três a cinco dias na semana. Posteriormente, deve-se aumentar a in-tensidade e a frequência. Havendo dificuldade no exercí-cio, peça orientação a um profissional de saúde.
A recomendação de exercício para o controle do peso corporal é de três sessões por semana, que representem a queima de pelo menos 1.000 calorias semanalmente com atividades moderadas. Seis ou sete caminhadas de 30 minutos durante a semana conseguem este efeito.
O ideal é que um adulto jovem acumule um gasto semanal em atividades físicas de moderada intensidade equivalente a 2.000 calorias, podendo chegar a 3.500. Atenção: a partir deste valor, os riscos de prejuízos à saúde são maiores do que os benefícios.
Atenção aos batimentos cardíacos
O benefício cardiovascular da atividade aeróbica depende da taxa de batimentos cardíacos. Ela não pode ultrapassar 220 batidas por minuto menos a idade (Ex.: 220 – 55 anos = 165 batimentos por minuto). Come-ce o exercício com 60% deste número e chegue a 90%, no máximo.
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Benefícios da atividade física regular e correta:
• aumento do volume sanguíneo bombeado por ba-timento cardíaco;
• reforço da musculatura respiratória;
• aumento do número de células vermelhas (hemo-globina);
• aumento da produção energética;
• melhoria da estrutura e das funções dos ligamen-tos, tendões e articulações;
• aumento do número de vasos sanguíneos;
• prevenção e ajuda na reabilitação de doenças como obesidade, hipertensão, diabetes, cardiopa-tias, câncer de colo de útero, entre outras;
• benefícios para doenças neurológicas (Parkinson e Alzheimer);
• controle do estresse;
• aumento da disposição para o trabalho e para o lazer.
CUIDADOS NA GRAVIDEZ
O peso adquirido durante a gestação deve ser con-trolado, pois o ganho excessivo pode gerar problemas para o bebê e para a mãe. Iniciar a gestação com ex-cesso de peso ou engordar excessivamente durante a gravidez são fatores de risco de complicações clínicas como o diabetes mellitus, a hipertensão, o distúrbio hi-pertensivo da gravidez e o trabalho de parto prematuro.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere ga-nhos de peso na gestação diferenciados de acordo com o estado nutricional pré-gestacional, recomendações também adotadas no Brasil pelo Ministério da Saúde:
• mulheres que apresentam baixo peso devem ter um ganho de 12,5 a 18 quilos na gestação;
• gestantes de peso adequado, de 11,5 a 16 quilos;
• mulheres com sobrepeso, de 7 a 11 quilos;
• gestantes obesas, até 7 quilos.
Recomenda-se que a gestante tenha acompanha-mento nutricional, pois as orientações alimentares serão específicas para cada caso. Deve-se investigar o atual estado nutricional e possíveis agravos (dislipidemias, dia-betes e hipertensão).
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A assistência pré-natal é decisiva para acompanhar a saúde da gestante e do bebê e identificar os riscos. Em todos os casos, o monitoramento do estado de saúde é
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fundamental para evitar possíveis complicações. A equi-pe assistente do pré-natal poderá recomendar a prática de atividade física e um controle dietético adequados.
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OBESIDADE NA INFÂNCIA
A obesidade infantil tem alcançado patamares de epi-demia. Estatísticas da Organização Mundial de Saúde in-dicam que, se os pais de crianças e adolescentes obesos não mudarem os hábitos de vida dos filhos ainda nesta fase, mais de 70% deles serão adultos obesos, vítimas
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potenciais de doenças como o diabetes e cardiopatias.
O Brasil tem aproximadamente 3 milhões de crianças com idade inferior a 10 anos apresentando excesso de peso. Desses casos, 95% estariam relacionados à má ali-mentação, enquanto apenas 5% seriam decorrentes de problemas do próprio organismo, segundo o Ministério da Saúde.
Os pais podem ajudar a comba-ter ou prevenir a obesidade
de seus filhos moni-torando a dieta de toda a família. Em casa, é
fundamental diminuir a quantidade de ali-mentos que engor-dam (frituras, gulo-
seimas, refrigerantes) e incluir alimentos mais
nutritivos (frutas, verduras, legumes e carnes magras). É
necessário, ainda, explicar às crianças a importância de manter hábitos saudáveis para evitar o aparecimento da obesidade e a evolução da doença na vida adulta.
MODIFICANDO OS HÁBITOS DE VIDA
É preciso monitorar o comportamento alimentar, re-gistrando em um diário o tipo de alimento habitualmente ingerido, os locais onde esses alimentos são consumi-dos, a frequência do consumo e a condição emocional no momento da ingestão. Analisando esses registros, você mesmo será capaz de identificar os problemas pas-síveis de correção, particularmente no que diz respeito aos locais e aos períodos do dia que facilitam a ingestão maior de calorias.
Identificado o problema, tente evitá-lo. Por exemplo, para alguém que na volta do trabalho tem o hábito de encontrar os amigos para comer e beber, o melhor seria deixar essas ocasiões como exceção e não como regra.
A família também pode contribuir potencialmente com aqueles que não conseguem resistir aos alimentos prejudiciais à perda ou manutenção do peso. Juntos, é bem mais fácil adquirir hábitos saudáveis e buscar a reeducação alimentar dia após dia.
Fonte: Protocolos de Saúde da CASSI, Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde.
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A Equipe de Saúde da Família está dis-ponível para atender você e sua família. Procure a CliniCASSI mais próxima de sua residência.
Responsável TécnicoLuiz Renato Navega Cruz
Cargo: Gerente Técnico de SaúdeCRM-DF 4213