Autarquia Educacional do Belo Jardim AEB
Faculdade do Belo Jardim FBJ
Curso de Licenciatura Plena em Geografia
OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA
NO MUNICIPIO DE SO BENTO DO UMA PE:
O CASO DO RIO UNA
Cibelle Aparecida Silva de Oliveira
Thais Fablcia Corria Leite
Belo Jardim PE
Dezembro 2015
2
Cibelle Aparecida Silva de Oliveira
Thais Fablcia Corria Leite
OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA
NO MUNICIPIO DE SO BENTO DO UMA PE:
O CASO DO RIO UNA
Projeto de pesquisa apresentado ao
Curso de Geografia na Faculdade do
Belo Jardim FBJ como requisito da
disciplina de Prtica Pedaggica VII.
Orientador: Prof. Dr. Natalcio de Melo
Belo Jardim PE
Dezembro 2015
3
Cibelle Aparecida Silva de Oliveira
Thais Fablcia Corria Leite
OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA
NO MUNICIPIO DE SO BENTO DO UMA PE:
O CASO DO RIO UNA
BANCA EXAMINADORA
Aprovado em: ____/____/____
Prof Dr. Natalcio de Melo Rodrigues AEB/FABEJA
Orientador
Prof Esp. Jorge Coelho da Silveira Neto AEB/FAEJA
Examinador (a)
Prof Esp. Luzia M. C. S. Chaves. AEB/FABEJA
Examinador (a)
4
AGRADECIMENTOS
Ao Eterno Deus, o Senhor das nossas vidas, sem o qual nada seria possvel sem a
permisso do Altssimo.
s nossas famlias pelo apoio, pacincia e dedicao, em especial as nossas mes
(Maria Marlene Silva de Oliveira e Tereza Leite da Silva Correia) que desde sempre
acreditou em ns e a cooperao em momentos difceis foi fundamental.
Aos nossos pais guerreiros (Jos Wellington da Silva e Fausto dos Santos Correia)
que mesmo estando longe sua presena foi sempre sentida e notada, agradecemos aos
momentos que nos entendeu de uma forma inexplicvel de compreender.
A Instituio AEB FBJ pela oportunidade de fazer curso, s corpo docente,
direo administrao que oportunizaram o um sonho, ao um horizonte superior.
Agradecemos aos Professores de Geografia por nos proporcionarem um
conhecimento no apenas racional, mas manifestao do carter afetividade da
educao no processo de formao profissional em nossas vidas.
Prof. Dr. Natalcio de Melo Rodrigues pela pacincia, dedicao e contribuio na
realizao deste trabalho e, tambm por ter feito parte da nossa formao acadmica.
Aos nossos irmos sobrinhos, que ns momentos da nossa ausncia, dedicados
exclusivamente o estudo superior, sempre fizeram entender que futuro feito partir
da constante dedicao no presente.
No se esquecendo de agradecemos tambm, aos colegas que sempre estiveram
conosco durante este curso, que sempre iram estar presente, pois sempre nos
compreenderam e ajudaram da melhor forma possvel para que conclussemos juntos
este curso.
Portanto, a amizade de vocs fonte de alegria e de motivao para seguir em
frente.
Agradecemos tambm todos queles que direta ou indiretamente, contriburam
para realizao deste trabalho.
5
De tudo ficaram trs coisas: A certeza de que estamos
sempre comeando..., A certeza de que precisamos
continuar..., A certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar..., Portanto, devemos: Fazer da
interrupo um caminho novo... Da queda um passo de
dana... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro.... (Fernando Pessoa)
6
Lista de figuras
Figura 1 Observa-se nesta imagem um desmatamento, que provavelmente comeou pelo ser humano matando a fauna e flora e tambm, invadindo a vegetao em uma rea preservada.
17
Figura 2 Observa-se uma paisagem que antes era natural, mas agora modificada pela ao do homem para a construo de uma barragem.
18
Figura 3 Observa-se maquinas trabalhando na retirada do solo, e pores que j foram extrados modificando ao meio ambiente.
20
Figura 4 Destaca-se nesta imagem negativamente a ocupao das casas nas margens, e assim depositado esgoto, lixo domstico, entulhos, mas quando acontecer uma enchente consequentemente ocorrer um desastre.
21
Figura 5 leo de cozinha ao ser jogado fora de forma incorreta polui manancial e mata animais.
23
Figura 6 Exemplo de uma rua poluda com a ao do Chorume, o que causa preocupao ao meio ambiente.
24
Figura 7 Material pesado este um dos poluentes que chama a ateno, pois bastante agravante sua poluio.
25
Figura 8 Produto qumico com alto risco de poluio sendo exposto ao ar livre, o perigo grande de contaminao.
26
Figura 9 Fertilizantes Qumicos sendo expostos ao solo. 27
Figura 10 Poluio Trmica que acontece atravs das usinas que transmitem constantemente materiais que prejudicam todo ciclo natural da sua fauna e flora.
28
Figura 11 Observam-se animais cobertos de petrleo nos oceanos, o vazamento deste combustvel traz danos incalculveis para os ecossistemas aquticos.
29
Figura 12 Na imagem percebe-se o ciclo da chuva acida englobando poluentes que so transmitidos ao ar livre pelas indstrias e destruindo a fauna e flora.
30
Figura 13 Imagem retrata a realidade das grandes cidades que poluem constantemente seus rios e vivem dentro de um ambiente desolador ao individuo.
31
Figura 14 A figura mostra esgoto domstico sendo despejando ao ar livre trazendo modificaes ambientais.
32
Figura 15 A figura mostra despejo de um liquido contaminado pelos produtos de indstrias que no sevem para uso, entretanto esse tipo de descarte em uma rea pertencente ao rio aumenta a sua DBO.
35
Figura 16 Observa-se na ilustrao o Rio Citarum que o rio mais poludo do mundo.
37
Figura 17 Rio indiano que se encontra poludo, no Yamuna diariamente depositado resduos slidos de indstrias e das residncias, torna a gua incapaz de ser usada.
38
Figura 18 Lago Karachay na Rssia, tendo em seu espao total uma radiao to forte que pode mata qualquer pessoa exposta ao lago.
40
Figura 19 Observa-se um pequeno trecho do Rio Amarelo que se localiza ao
norte da China.
41
Figura 20 O rio Tmisa, que cruza a capital britnica, Londres, j foi chamado de "O Grande Fedor" e declarado "biologicamente morto", mas atualmente, vive uma espcie de renascimento.
43
Figura 21 Rio Nilo principal rio do Egito, onde se desenvolveu uma forte prosperidade e fertilidade. Nota-se que ao seu trajeto h bastante
44
7
vegetao, barcos, e moradias, ou seja, proporcionando desenvolvimento por onde passa trazendo vida em abundancia.
Figura 22 O Rio Colorado se localiza na Amrica do Norte, passa por vrios cnions e se destacando na paisagem, formando diversos designers rochosos.
45
Figura 23 Observam-se assentamentos humanos irregulares nas margens do rio Riachuelo que aumentam cada vez mais a carga de poluentes.
46
Figura 24 O Rio Tiet localizado na cidade de So Paulo, passa por gravssimos problemas ambientais.
47
Figura 25 Observa-se em destaque o impacto ambiental que este ambiente sofre pelos despejos de resduos slidos vindos das indstrias que se desenvolvem aceleradamente e resduos domsticos.
48
Figura 26 Baa de Guanabara, um senrio belssimo, mas porem poludos jogados em ambientes inadequados tendo fins desagradveis.
49
Figura 27 Observa-se um corrego desaguando em um rios, ver que qua agua alem de poluida por residuos liquidos de esgotos urbanos h tambm a presena de residuos solidos devido ao lanamento de lixo no enotorno ou nas ruas.
51
Figura 28 Observa-se um grande nmero de mortande da fauna animal marinha em decorrencia do lanamento de residuos solidos e liquidos nos rios oriundos de esgotamento urbano sem tratamento.
52
Figura 29 Os crregos e rios recebem grandes cargas de esgotos domiciliares que muitas vezes sem tratamento so lanados diretamente nos rios que cortam ou margeia os meios urbanos e depreciando o meio ambiente urbano.
54
Figura 30 Mapas das bacias hidrogrficas de Pernambuco a Bacia do Una aparece denominada pelo cdigo G12 em tom rosa.
56
Figura 32 Imagem retirada prximo nascente do Rio Una que se localiza na cidade de Capoeiras-PE.
59
Figura 33 Percurso do Rio Uma em So Bento do Uma: a linha em cor amarela elucida os limites do contorno da rea urbana do municpio de So Bento do Una-PE. A linha cm cor azul o percurso do rio na rea urbana do municpio, por fim a linha em tom verde o percurso utilizado para pesquisa de TCC.
59
Figura 34: Imagem retirada da Rua So Tiago, onde o rio Una passa com mais intensidade nos tempos chuvosos.
62
Figura 35 Destacam-se os pontos de limites sul e norte por onde o rio tem sua trajetria e segui seu rumo at sair e comear na rea rural.
62
Figura 36: Observa-se na imagem poluentes sendo jogadas as margens do Rio o que um caso preocupante em reas prximas ao Rio.
63
Figura 37: Observam-se agricultores trabalhando em tempos de colheitas, um trabalho que garante a subsistncia de bastante moradores que vivem em So Bento do Una PE.
64
Figura 38: Festa da Galinha no municpio de So Bento do Una garante uma economia diferenciada sendo vista e conhecida at fora do nosso Estado.
65
Figura 39: Observa se gado Nelore que uma raa de gado bovino originria da ndia.
66
Figura 40: Observa se a fabrica alimentcia Bom Leite, um grande exemplo para a cidade tanto de sonhos como de investimentos.
67
Figura 41: A empresa garante para a cidade uma fonte de empregos e alimentos de excelente qualidade.
68
Figura 42 Observa-se alguns trabalhadores das Granjas Almeida trabalhando 69
8
junto com as maquinas e manuseando equipamentos especficos.
Figura 43 Imagem que retrata uma realidade vivida pelos trabalhadores das Granjas Almeida.
70
Figura 44 Imagem retrata uma realidade da maioria das cidades que populares poluem suas prprias ruas.
72
Figura 45 Observa-se um forte desmatamento nas proximidades do Rio Una. 72
Figura 46 Observa-se a retirada de sedimentos do rio para a construo de tijolos pra serem comercializados.
73
Figura 47 As imagens retrata uma realidade das cidades que se caracteriza atraves de ocupaes proximas as margens do rio.
74
Figura 48 Nas duas imagens o que estar em destaque a ausencia da mata ciliar que fundamental nas margens dos rios
74
Figura 49 Observa-se um pequeno trecho do rio Una, mas que passa por problemas socioambientais pois existe um forte lanamento de esgotos diario dentro do mesmo o que garante a perda do Rio.
75
Figura 50 Margem do Rio Una com sua cobertura de mata ciliar praticamente destruda.
76
Figura 51 Imagem retirada do Bairro Duque de Caxias na cidade de So Bento, onde so prximas as margens do Una.
76
Figura 52 Observam-se reas do rio Una em So Bento, modificada pela ao do homem.
77
Figura 53 Ponte sobre o rio uma observa-se a Rua Liberato Siqueira vista da ponte sobre o Rio Una (antiga barragem).
77
Figura 54 Observa-se a ao humana que vem modificando as margens do meio natural.
78
Lista de tabelas e quadros
Tabela 1 Principais poluentes das aguas dos rios.
22
Tabela 2 Observa-se no quadro uma representao dos objetos e o tempo que cada um leva para se decompor.
33
Figura 32: Localizao do Agreste inclui a Bacia do Rio Uma no estado de Pernambuco.
58
Tabela 3 O quadro a cima mostra o Crescimento Populacional segundo dados do IBGE.
61
Tabela 4 Retrata a produo de leite no Municpio de So bento do Una PE. 68
Tabela 5 Mostra de forma geral a produo de ovos do Municpio. 68
Lista de abreviaturas
TCC Trabalho de Concluso de Curso, 14
ONU Organizao das Naes Unidas. 16
ONG Organizao No Governamental. 21
DBO Demanda Bioqumica de Oxignio. 34
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. 43
RJTV um telejornal local da cidade do Rio de Janeiro e Grande Rio. 49
ETEs - Estaes de Tratamento de Esgoto. 35
CO2 uma substncia qumica formada por dois tomos de oxignio e um de carbono.
35
OD - Oxignio Dissolvido. 35
NO3 Nitrato 35
NO2 xido Ntrico. 35
PO e POI Puro de Origem (PO) e Puro de Origem Importada (POI). 65
9
RESUMO
O problema da poluio urbana ocorre desde o sculo XIX, na Inglaterra no incio da revoluo industrial, hoje, depois que o mundo passou por trs revolues industriais e pelo crescimento populacional, esse se encontra com uma populao de mais ou menos 6 bilhes de pessoas consumindo e gerando lixo e poluio. Este trabalho tem como objetivo o caso do Rio Una na cidade de So Bento, uma pesquisa que demostra sobre a grande preocupao que so os impactos ambientais que envolvem a degradao dos recursos hdricos, na bacia hidrogrfica do Una em So Bento do Una PE, a cidade com uma rea: 712.90 Km2, altitude: 650m e com sua localizao na Microrregio do Vale do Ipojuca, Mesorregio do Agreste. assunto principal deste trabalho que, aponta o processo de urbanizao como o causador dessa problemtica. A pesquisa buscou analisa o duplo processo industrializao/urbanizao e o seu desenrola at os dias atuais, a nveis mundial, nacional e local, com a estruturao das cidades para servir o capital provocando a excluso e segregao scia espacial que leva uma grande populao a procurar lugares imprprios para morar, e assim causando graves consequncias ao meio ambiente, dentre elas a mais grave a degradao dos recursos hdricos, visto que este se configura como o recurso natural mais importante ao planeta (ser humano). Os Impactos negativos no meio ambiente, que por si s esto diretamente relacionados com o aumento crescente das reas urbanas, o aumento de veculos automotivos, o uso irresponsvel dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produo constante de lixo. Lixo que so depositados diretamente em crregos e principalmente em lugares inadequados. Percebe, portanto, que no so apenas as grandes empresas que afetam o meio, mas de uma maneira geral o ser humano tem sua interferncia nas condies naturais, com pequenas atitudes, provoca impactos ambientais dia aps dia. A rea escolhida para ilustra problemtica da degradao a nvel local o rio Una na cidade de So Bento do Una PE, esta sendo modificada constantemente ao longo dos tempos, mas para isso ter uma reviravolta preciso uma conscientizao ambiental de forma geral que envolva todas as esferas ambientais e sociais. Onde ser mostrada uma situao questionadora do Rio Una em So Bento do Una PE, principalmente das reas ao entorno, que em certo ponto prejudicam familiares ficando imunes a doenas transmissveis pelo ambiente contaminado. As principais concluses deste trabalho demonstra a necessidade de se fazer uma relao entre o processo de urbanizao e a degradao dos recursos hdricos, alm de destaca a importncia do meio ambiente na vida dos protagonistas.
Palavras-chave: Degradao. Impactos Ambientais. Populao. Recursos Hdricos.
10
ABSTRACT
The problem of urban pollution occurs since the nineteenth century in England at the beginning of the industrial revolution , today , after the world has experienced three industrial revolutions and population growth, this is a population of about 6 billion people consuming and generating garbage and pollution. This work is the objective case of " Una River " in So Bento, a survey that demonstrates about the great concern are the environmental impacts involving the degradation of water resources in the basin of "Una in So Bento - PE " , the city with an area : 712.90 km2 , altitude: 650m and its location in Micro region Valley Ipojuca, mesoregion the Wasteland. It is the main subject of this work, says the urbanization process as the cause of this problem. The research sought to analyze the dual process industrialization / urbanization and its unfolding to the present day, the global, national and local levels, with the structuring of cities to service the capital causing exclusion and spatial partner segregation that takes a large population to seek places unfit for living, and thus causing serious consequences to the environment, among which the most serious is the degradation of water resources, since it is configured as the most important natural resource on the planet (human). The negative impacts on the environment, which in themselves are only directly related to the increasing number of urban areas, the increase in motor vehicles, the irresponsible use of resources, excessive consumption of material goods and the constant production of waste. Waste that are deposited directly into streams and mainly in inappropriate places. You see, therefore, that not only large companies that affect the environment, but in general the human being has its interference in natural conditions, with small actions, causes environmental impacts day after day. The area chosen to illustrate the problem of local degradation is the river Una in So Bento do Una - PE, is being modified constantly over time, but for this to have a twist it takes an environmental awareness in general that involving all the environmental and social spheres. Which will show a questioning situation of "Una River in So Bento do Una - PE", mainly from the surrounding areas, that at some point undermine family getting immune to communicable diseases by contaminated environment. The main conclusions of this work demonstrates the need to make a relationship between the process of urbanization and the degradation of water resources, and highlights the importance of the environment in the lives of the protagonists.
Keywords: degradation. Environmental impacts. Population. Water resources.
11
SUMRIO
Agradecimentos
Lista de Figuras
Lista de Tabelas e quadros
Lista de abreviaturas e siglas
RESUMO
1. INTRODUO 13
2. FUNDAMENTAO TERICA. 15
2.1. O que Impacto Ambiental 15
2.2 Principais problemas ambientais que impactos os rios. 15
2.2.1 Desmatamento. 16
2.2.2 Construo de Barragens. 18
2.2.3 Retirada de Solos do leito e das margens dos rios. 19
2.2.4 Ocupao de Terraos Prximos aos Rios. 20
2.3. Os principais poluentes da gua: 22
2.3.1 leo de cozinhas. 23
2.3.2 O Chorume. 23
2.3.3 Metais pesados. 24
2.3.4. Lixo nuclear. 25
2.3.5. Fertilizantes qumicos. 26
2.3.6 Poluio trmica. 27
2.3.7 Lanamento de derivados do Petrleo. 28
2.3.8. Chuva cida. 28
2.3.9. Lanamento de resduos slidos. 29
2.3.10. Esgoto domstico. 30
2.4. O problema das escalas temporais de decomposio do lixo
urbano.
31
2.5. A Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO). 32
2.6. Condies ambientais dos principais rios no mundo. 34
2.6.1 Poluies em rios do continente asitico. 35
2.6.2 Poluio em rios no Continente Europeu. 40
2.6.3. Poluio no Continente africano. 42
12
2.6.4 Poluio no continente americano. 43
2.6.5. Poluio dos rios no Brasil. 45
2.7 O caso da Baa de Guanabara palco das olimpadas. 47
2.8 O Desenvolvimento Industrial e o Impacto no Meio Ambiente. 48
2.9 Poluies dos Recursos Hdricos na rea Urbana. 52
3. MATERIAL E MTODOS. 53
4. LOCALIZAAO DO OBJETO DE ESTUDO. 56
4.1 As bacias hidrogrficas de Pernambuco. 56
4.2 A bacia do rio Una. 57
5. RESULTADOS E DISCUSSO 61
5.1 Descries das atividades econmicas nas reas urbana e rural de So Bento do Una.
61
5.2 Descrio do Perfil de Elevao da amostragem urbana objeto da
pesquisa.
62
5.3 Espao Urbano. 63
5.4. Espao Rural. 63
5.4.1 Agricultura. 64
5.4.2 Avicultura. 65
5.4.3 Pecuria. 65
5.3 Descries dos impactos ambientais no Rio Una 70
6. CONCLUSO 79
7. REFERENCIAS 80
13
1. INTRODUO
A expanso do desenvolvimento econmico traz como consequncia o aumento da
utilizao de recursos da natureza, como fonte de matria-prima tornando-se um
agravante aos problemas ambientais causados pela ao antrpica e aumentando a
preocupao da sociedade frente s questes ambientais. Mas apenas quando se
percebeu o agravamento dos problemas ambientais, um dos possveis caminhos para
diminuir os desastres ambientais seria que existisse equilbrio entre o ser humano e a
natureza, pois o mesmo se recupera ao longo dos tempos, mas nem sempre isso
possvel. As aes humanas tm provocado muitas transformaes nos ecossistemas, o
lanamento, por exemplo, de matria orgnica nos rios, pode provocar desequilbrios
ecolgicos.
Com a construo do espao geogrfico o homem provoca grandes mudanas no
seu entorno, na regio e em escala maior no planeta, tanto que existem reas em que a
degradao do ambiente j alcanou condies de irreversibilidade, onde j se formam
pequenos desertos que podem se expandir para reas vizinhas. Faz-se necessrio e
urgente que o ser humano compreenda e respeite o meio ambiente, utilizando-o ao seu
favor de maneira equilibrada que no provoque a destruio das maravilhas que o mesmo
tem a oferecer.
O manejo adequado de ecossistemas, como por exemplo: os rios e lagoas,
manguezais, esturios, recifes de corais, e outros, garante a manuteno de muitas
espcies de animais, das quais depende a sobrevivncia de grande parte da populao.
Quanto relao meio ambiente e sade possvel afirmar que algumas doenas so
transmitidas principalmente pelas condies em que determinados ambientes se
encontram. A partir de um ambiente contaminado possvel contrair, por exemplo, a
verminose, doenas respiratrias, problemas de audio. Est sempre em evidencia que
a ao impensada do ser humano sobre a natureza trs consequncias desastrosas para
toda a humanidade (PERONI, 2011).
Em relao ao precioso liquido indispensvel para a vida na terra, a gua muito
superior ao total consumido pela populao, porm por conta da m distribuio desigual
a mesma poder um dia acabar levando em considerao a degradao dos recursos
hdricos, preciso que se tenha um manejo adequado dos recursos hdricos, adequando-
os ao uso que garanta gua de qualidade desejveis e aos diversos fins. Colocando toda
questo ambiental a nvel global a populao encontra-se em um grande dilema: como
14
crescer, como avanar, como produzir, como acompanhar os grandes avanos
tecnolgicos, sem atingir fortemente a populao e consequentemente ao meio ambiente.
Ao pensamento global se torna mais dificultoso se encontra um equilbrio prazeroso para
ambas as partes (WEBER, 2008. P. 20-27).
Falar em degradao ambiental muito simples o difcil adotar no dia a
dia hbito que realmente tenha efeito diretamente na nossa rotina. A maioria da
populao procura um culpado para os problemas, um culpado para os problemas
ecolgicos, e eu pessoa, humana o que tenho feito? Qual a minha ao ao ver, por
exemplo, um lixo no meu bairro? Pois bem fcil fechar os olhos e jogar a
responsabilidade para os governantes, mais eu, simples cidado o que tenho feito de
concreto para colaborar um pouco a manter o equilbrio em ambientes que esto com
problemas srios com o lixo da populao. So fatos questionadores que nos leva a
refletir.
Assim essa pesquisa cientifica a nvel TCC trabalho de concluso de curso
denominada Impactos Ambientais na Rede de Drenagem Urbana na Cidade de So
Bento do Una: O Caso do Rio Una. Elucida primeiramente o conceito de impacto
ambiental, como esses impactos se relacionam com os assentamentos urbanos
comeando na escala maior enfatizado com os impactos ambientais hdricos se
estabelecem nos principais rios dos continentes do mundo. Na escala mediana tem o
Brasil como foco, o rio Tiete em So Paulo e a Bahia de Guanabara que ser palco das
olimpadas em 2016. Em outro momento discutem o conceito de DBO, a temporariedade
e decomposio dos resduos slidos lanados nos rios, os dez principais tipos de
poluentes.
Por fim na escala espacial menor teve como objetivo os impactos ambientais do rio
Una na cidade de So Bento ao Una, onde se verificou a comprovao das teorias da
fundamentao terica.
15
2. FUNDAMENTAO TERICA.
2.1. O que Impacto Ambiental
De acordo com SANTOS (2006): A avaliao de Impacto Ambiental um
instrumento formado por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o
incio do processo, que se faz um estudo dos impactos ambientais de uma ao proposta
e de suas alternativas, bem como sobre a qualidade ambiental e os recursos naturais.
Sendo assim envolve uma mudana no meio ambiente que causada graas s aes
derivadas do ser humano. Mas tendo dois eixos que so positivo ou negativo, sendo que
o negativo representa uma quebra no equilbrio ecolgico, que provoca graves prejuzos
no meio ambiente, e leva ao meio ambiente a destruio de sua fauna e flora o que
demora anos para se recuperar.
Um motivo com diversas modalidade e divergncias, tem incio com pequenos atos
e que so questionadores cada vez mais, transforma o que antes era belo em desrespeito
com o ambiente que se restaura e persiste ao longo dos tempos. Uma alterao com
inmeros significados sendo causada principalmente graas atividade do ser humano.
Mas os Impactos pode ser tanto positivo como negativo com uma diferena entre
ambos, sendo que o negativo representa uma quebra no equilbrio ecolgico, sendo
refletidas transformaes como, por exemplo: destruio da mata ciliar, poluio dos
recursos hdricos, queimadas, mudanas climticas, extino de animais, inundaes,
eroses e etc. So situaes que devastam locais e belezas agredidas pelas mos dos
habitantes.
2.2 principais problemas ambientais que impactos os rios.
Um dos principais problemas que envolvem impactos ambientais principalmente
em rios o crescimento de cidades, pois avana e ocupa limites antes naturais, como o
caso dos rios que percorrem rea urbana e tem seus terraos ocupados com a
construo de casas, ruas, vilas e por fim cidades. Quase sempre essas ocupaes
ocorrem sem que haja planejamento urbano adequado, por conta disso causam riscos ao
meio natural e ao prprio ser humano.
Outras modificaes atuais visveis a retirada de reas verdes das proximidades
do rio para a construo de prdios, residncias, fbricas e outros tipos de construo.
Invadindo habitats e destruindo reas naturais.
16
Um trecho com pouca rea verde pode aumenta e muito a poluio atmosfrica,
alm de ser um fator determinante no aumento de enchentes e alagamentos em perodos
chuvosos. Os rios que tem seu trajeto que permeiam uma determinada cidade e que
cresce rapidamente, sem ordem de desenvolvimento e sem planejamento, podem sofrer
tambm com a grande quantidade de lixo e esgoto domstico que so jogados em suas
guas. Populares que contamina espaos naturais e ao mesmo tempo modifica-o. Como
sabemos o crescimento populacional sem sombra de duvidas gera o aumento bastante
significativo na produo de resduos slidos.
Alguns exemplos de reas que sofrem com caso de contaminao/poluio so as
regies Metropolitanas de So Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e entre outras, ou
seja, onde o giro de pessoas acontece com mais intensidade. Alguns dos impactos
relacionados aos rios so: Desmatamentos, construo de barragens, retirada de solos,
ocupao de terraos de rios, etc.
2.2.1 Desmatamento:
Uma das grandes preocupaes contemporneas envolve o desmatamento
tambm chamado de desflorestamento um processo de remoo e agresso total ou
mesmo parcial da vegetao em uma determinada rea. Geralmente, esse processo
ocorre para fins econmicos, visando utilizao comercial da madeira das rvores e
tambm para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuria. A atividade
mineradora e a construo de barragens para hidreltricas tambm aparecem como
causas de tal ocorrncia.
Atualmente, os pases que mais desmatam so os de economias emergentes, pois,
embora tente controlar esse problema, o desmatamento de suas florestas avana
medida que seus sistemas econmicos evoluem. At bem pouco tempo atrs, o campeo
mundial de desmatamento era o Brasil, principalmente em razo do crescimento da
fronteira agrcola sobre as reas da Floresta Amaznica. No entanto, recentemente, o
pas foi ultrapassado pela Indonsia, que possui uma ampla rea verde, mas que vem
desflorestando duas vezes mais do que desmatado anualmente no territrio brasileiro.
Segundo levantamentos realizados pela Organizao das Naes Unidas (ONU),
atualmente so desmatados quase sete milhes de hectares por ano. Isso significa a
perda no to somente de vegetaes, mas tambm de vrias espcies animais, pois o
seu habitat encontra-se cada vez mais diminuto. Com isso, o equilbrio ecolgico pode
17
tornar-se ameaado. Para combater o desmatamento no mundo e tambm no territrio
brasileiro, necessria a adoo de medidas em diferentes escalas, do individual ao
governamental.
Cada cidado deve fazer sua parte, evitando que, nas reas urbanas, o nmero de
rvores por habitante no seja muito pequeno, preservando a vegetao existente e
procurando cultivar novas espcies. Os governos tambm possuem a funo de adotar
medidas de conservao das reas naturais com vigilncia, fiscalizao e represso dos
agressores a reas de reservas naturais.
Figura 1: Observa-se nesta imagem um desmatamento, que provavelmente comeou pelo ser humano matando a fauna e flora e tambm, invadindo a vegetao em uma rea preservada. Fonte: Site desmatamento/causa (agosto, 2014).
No caso do Brasil, vrios domnios naturais foram muito devastados. O primeiro a
sofrer com esse processo foi a Mata Atlntica, que hoje conta com cerca de 7% de sua
rea original. Os Pampas e a Mata de Araucria tambm passaram por graves processos
de desmatamento, o que tambm vem ocorrendo no bioma Cerrado, esse ltimo
profundamente devastado durante a segunda metade do sculo XX. A Amaznia parece
ser o prximo alvo e, embora os ltimos anos o desmatamento tenha apresentando
diminuies, a floresta ainda sofre com o corte de milhares de hectares de rvores a cada
ano.
18
2.2.2 Construo de Barragens:
A Construo de uma Barragem envolve diversas anomalias, pois uma barreira
artificial, feita em cursos de gua para a reteno de grandes quantidades da gua que
por ali passa. A sua utilizao serve, sobretudo para abastecimento de zonas
residenciais, agrcolas, industriais, para produo de energia elctrica e etc.
As barragens foram, desde o incio da histria da Humanidade, fundamentais ao
desenvolvimento. A sua construo devia-se, sobretudo escassez de gua no perodo
seco e consequente necessidade de armazenamento de gua. nvel mundial,
algumas das barragens mais antigas de que h conhecimento situavam-se, por exemplo,
no Egito, Mdio Oriente e ndia.
Na ndia apareceram barragens de aterro de perfil homogneo com
descarregadores de cheias para evitar acidentes. Com a Revoluo Industrial, houve a
necessidade de construir um crescente nmero de barragens, o que permitiu o
progressivo aperfeioamento das tcnicas de projeto e construo. Apareceram ento as
primeiras barragens de aterro modernas e completas de avanos tecnolgicos.
Figura 2: Observa-se uma paisagem que antes era natural, mas agora modificada pela ao do homem para a construo de uma barragem. Fonte: Construes e Servios (Abril, 2012).
As barragens so feitas de forma a acumularem o mximo de gua possvel, tanto
atravs da chuva como tambm pela captao da gua caudal do rio existente. Faz-se a
19
barragem unindo as duas margens aprisionando a gua. As barragens so muito
importantes para o mundo moderno, pois so elas que permitem que haja gua potvel
canalizada nas grandes metrpoles mundiais e fornecem-nos a energia eltrica, to
necessria ao nosso dia a dia.
por esse fato que antes de se construir uma barragem se fazer necessrio
estudo de impacto ambiental. Dessa forma, a barragem deixa passar um caudal ecolgico
que tem como funo preservar os ecossistemas j existentes no rio e respectivas
margens. No entanto, nos ltimos 50 anos o desempenho e os impactos ambientais das
grandes barragens transformaram os rios, enquanto que estudos demonstram que entre
40 a 80 milhes de pessoas foram deslocadas para outras reas.
2.2.3 Retirada de Solos do leito e das margens dos rios:
Uma rea de rio que sua margem retirada alm de solo sua vegetao, se torna
um percurso perigo em constante deslizamento por toda rea, mas uma das principais
funes ecolgicas dos ribeirinhos proteger as margens dos rios, impedindo o aporte de
sedimentos ao leito, conservando a quantidade e a qualidade da gua. Trechos em
constate mudanas relacionados com impactos ambientais faz com que estes locais
sejam protegidos por lei, constituindo-se em reas de preservao permanente da flora e
fauna. Infelizmente, devido ao crescimento demogrfico intenso e a ocupao do
ambiente pelo homem, de forma no planejada, percebe-se uma degradao atual
generalizada destes ambientes, principalmente nas cidades.
Este quadro agrava-se ainda mais, quando se trata de bacias hidrogrficas que
passa por dentro da cidade, como o caso do Municpio de So Bento do Una-PE. Neste
contexto, indispensvel reverso desta situao alarmante, atravs de aes de
recuperao dos ambientes ciliares e reas de influncia, no deixando de considerar a
presena do homem.
A vegetao existente ao longo dos rios funciona como um obstculo natural ao
escoamento das guas, que ficam retidas e so absorvidas, em grande parte, pela mata,
evitando que uma quantidade exagerada de partculas slidas seja arrastada e
consequentemente depositada nos leitos dos rios. Alm de evitar o assoreamento do leito
dos rios, a mata ciliar consiste num ecossistema peculiar que abriga uma diversidade
florstica e faunstica de vital importncia para o equilbrio de toda uma regio.
20
Figura 3: Observa-se maquinas trabalhando na retirada do solo, e pores que j foram extrados modificando ao meio ambiente. Fonte: Blog Papo Fisico em 2008.
Ao interferir em reas naturais ocorre que mudanas significantes e notveis so
vistas, podendo causar problemas diversos. O dano ambiental de carter permanente e,
portanto, deve ser reparado o mais depressa possvel. Afinal, se assim no ocorrer, seus
efeitos podero ser sentidos muito tempo depois por toda a sociedade, podendo inclusive
atingir propores municipais, estaduais, federais e assim por diante.
2.2.4 Ocupao de Terraos Prximos aos Rios:
Ocupao em locais imprprios de moradia vem ao longo dos anos crescendo
junto com o processo de expanso urbana associada ao crescimento populacional e
desenvolvimento econmico. Assim inicia-se uma intensa interveno em ambientes
naturais. Com isto pode acontece diversos problemas erosivos por toda a rea e extenso
at onde se segui a questo de ocupao em locais que no so adequados. reas com
essas denominaes durante o perodo chuvoso tornam-se propicias a acidentes como,
por exemplo, deslizes, desmoronamento, assoreamento e etc. No Brasil a ocupao ilegal
para fins habitacionais, em especial as reas prximas a rios e mananciais fcil
justamente pela facilidade de ocupao. Porm devido falta de infraestrutura
21
habitacional, principalmente no quesito saneamento bsico, da ocupao dessas reas
decorrem vrios problemas ambientais tais como a contaminao da gua.
Alm disso, o modo como estas casas so edificadas nesses locais no
adequado o que favorece a contaminao dos indivduos que nelas residem por diversos
tipos de patologias. Alm destes problemas gera outro de ordem constitucional: o conflito
entre dois direitos fundamentais, o direito moradia e o direito a um meio ambiente sadio
e ecologicamente equilibrado para as atuais futuras geraes que esto por vi.
Um dos casos envolvendo a ocupao de terraos prximos as margens de rios
so relacionados ao antrpica, que nada mais alteraes realizadas pelo homem no
planeta Terra. Tendo em vista que as formas de explorao de determinada regio so
realizadas somente pela populao visando atividades de subsistncia, representada pela
destruio das margens e da vegetao e assim ocupando o espao. Isso pode ser
notado ao analisa a seguinte imagem onde mostra ocupaes irregulares prximo de
onde passa o rio. (Figura 4).
Figura 4: Destaca-se nesta imagem negativamente a ocupao das casas nas margens, e assim depositado esgoto, lixo domstico, entulhos, mas quando acontecer uma enchente consequentemente ocorrer um desastre. Fonte: Blog Impacto Ambiental (Maro, 2013).
O planeta Terra e coberto por 71% por ela, sem a gua no seria possvel
existncia de ns seres Humanos. No entanto ironicamente o sistema econmico a qual a
sociedade organizada economicamente para atender as necessidades tem anomalias e
22
por ter objetivo lucro e ideologia de natureza infinita levou no presente sculo ao conflito
homem-natureza. Nessa luta desigual so os seres Humanos os maiores poluidores
desse bem indispensvel.
2.3. Os principais poluentes da gua.
Na pesquisa bibliogrfica que utilizou para embasamento terico relacionado a
impactos ambientais sobre a questo hdrica foco deste TCC percebeu-se que os
principais poluentes presentes nas guas de rios relacionam-se a uma lista de pelo
menos dez tipos de poluentes:
Os principais poluentes das guas de rios:
Tipo: Categoria:
1. leo de cozinha; Domstico;
2. Chorume; Domstico e Industrial;
3. Metais pesados; Industrial Pesado;
4. Lixo nuclear; Industrial Energtico;
5. Fertilizantes qumicos; Agricultura;
6. Poluio trmica; Industrial Energtico;
7. Petrleo; Industrial Trmico;
8. Chuva cida; Siderurgias;
9. Resduos slidos; Domestico, Comercial, Industrial;
10. Esgoto domstico. Domestico.
Tabela 1: Principais poluentes das aguas dos rios. Autores: Cibelle Aparecida Silva de Oliveira e Taiz Fablcia Correa Leite 2015.
Esgoto domstico so todos os resduos lquidos que saem de uma propriedade.
Caracterizado pela gua do chuveiro, descargas da privada, das pias e ralos. Quando
despejado em rios ou crregos contaminam o meio ambiente. A gua proveniente dos
esgotos composta por inmeros elementos, no entanto os que se destacam so os
compostos orgnicos ricos em microrganismos que ao encontrarem o meio ambiente se
desenvolve de forma rpida. Podendo causar doenas e infeces. Quanto poltica ou
23
forma de controle seria nunca em hiptese alguma despejar esgoto em rios ou crregos,
caso no seja possvel efetuar o tratamento do esgoto atravs de empresas
especializadas deve-se acondicionar o esgoto em buracos denominados fossas spticas
ou em biodigestores. O ideal que a gua de pias e ralos esteja separa da gua da
privada, pois cada uma apresenta resduos diferentes. Entre os principais resduos que
compe o esgoto domstico destacam-se:
2.3.1 leo de cozinhas
Um litro de leo de cozinha pode contaminar at um milho de litros de gua. Os
leos vegetais provoca um aumento excessivo na quantidade de nutrientes (fsforo
e nitrognio) favorecendo a proliferao de determinadas algas
e consequente eutrofizao, o que causa a morte de peixes e outros animais, alm de
odor e aspecto extremamente desagradveis. Quanto a soluo desse tipo a poltica seria
armazenar todo o leo utilizado em sua cozinha em recipientes isentos de vazamentos,
descart-los em locais apropriados para descarte.
Figura 5: leo de cozinha ao ser jogado fora de forma incorreta polui manancial e mata animais. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).
2.3.2 O Chorume
O Chorume um liquido que possui um nvel alto de poluio que precisa ser visto
como algo que pode ser evitado a partir do momento que a populao entenda que com
24
aes de respeito ao meio ambiente possvel se no acabar mais diminuir a quantidade
de Chorume no planeta, uma das muitas dicas direcionar o lixo produzido para o devido
lugar. Essa substncia encontrada em aterros sanitrios, lixes e tambm em
cemitrios, sendo que o nome dado ao lquido resultante da decomposio de cadveres
o necrochorume. um poluente viscoso, de cor escura e possui cheiro fortemente
desagradvel que procede de reaes e processos fsicos, qumicos e biolgicos
juntamente com a gua das chuvas que percorrem atravs da massa de lquido aterrada.
Sendo um agente poluente, causa srios danos ao meio ambiente, pois alm da
baixa biodegradabilidade, possui metais pesados os quais os organismos so incapazes
de eliminar, acumulando-os. Embora muitos metais sejam essenciais para o crescimento
dos organismos e para suas reaes biolgicas, o seu acmulo em altos nveis txico e
causa srios riscos.
Figura 6: Exemplo de uma rua poluda com a ao do Chorume, o que causa preocupao ao meio ambiente. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).
2.3.3 Metais pesados
Assim como todos os poluentes do meio ambiente o metal pesado um dos
agravantes ao meio ambiente que mais chamam a ateno, pois o ser humano tem
produzido cada vez mais esse material pela vasta gama de atividades desordenadas, sem
limites, podemos destacar dentre tantos os resduos, o lixo mesmo em si que so
25
jogados, por exemplo, nos rios, nas prprias ruas, em nossas casas, tudo sem o menor
senso de responsabilidade com a degradao das riquezas naturais.
Geralmente resultantes de processos industriais, substncia como mercrio, o
chumbo e o cdmio so classificados como metais pesados e tem uma capacidade txica
altssima eles se acumulam no organismo e podem causar srios problemas como o
cncer ou outras doenas.
A medida para se evitar esse tipo de desastre cabem s indstrias: todos os
rejeitos do processo produtivo devem ser corretamente destinados; alm disso, essas
empresas precisam ser fiscalizadas monitoradas. Caso a indstria no realize o
tratamento adequado, esses metais sero lanados nos rios; contaminado todo o curso
de gua.
Figura 7: Material pesado este um dos poluentes que chama a ateno, pois bastante agravante sua poluio. Fonte: Qumica Ambiental em 2015.
2.3.4. Lixo nuclear
um forte causador de doenas que levam a morte caso o ser humano fique em
contato com lixo nuclear, o que precisa ser devidamente destinado assim como todos os
poluentes da natureza deve ser, porm esse necessita ser um pouco mais de
responsabilidade para que no s, animais rios assim como outras riquezas naturais no
sejam afetados. Com a criao das usinas nucleares os problemas provenientes com a
sua emisso tambm aumentar. Esses resduos so existentes atravs de todo o
26
processo, desde a fase de minerao at a fase final de reprocessamento do combustvel
nuclear. O mesmo sendo encontrado na natureza permanecer por um bom tempo como
uma fonte de poluio e perigo.
Figura 8: Produto qumico com alto risco de poluio sendo exposto ao ar livre, o perigo grande de contaminao. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).
2.3.5. Fertilizantes qumicos
Apesar de sua utilidade um agravante ao meio ambiente, muito usado por
agricultores para a melhora da qualidade das produes, no entanto preciso cautela por
que o ser humano atingido diretamente a partir da ingesto dos alimentos que
receberam o uso de fertilizantes.
27
Figura 9: Fertilizantes Qumicos sendo expostos ao solo. Fonte: Qumica Ambiental em 2015.
Os fertilizantes so compostos qumicos utilizados na agricultura para aumenta a
quantidade de nutrientes do solo e, consequentemente conseguir um ganho de
produtividade. Atualmente, so muito utilizados, ainda que paguemos um alto preo por
isso. Entre os problemas esto: a degradao da qualidade do solo, a poluio de fontes
de gua e da atmosfera e aumento da resistncia de pragas.
Existem dois grandes grupos de fertilizante: os inorgnicos e os orgnicos;
ambos podem ser naturais ou sintticos.
Os inorgnicos, mas comuns levam nitrognio, fosfatos, potssio, magnsio ou
enxofre e a maior vantagem desse tipo de fertilizantes esta no fato de conter grandes
concentraes de nutrientes que podem ser absorvidos quase que instantaneamente
pelas plantas. J os fertilizantes orgnicos so feitos a partir de produtos naturais, como
hmus, farinha de ossos, torta de mamona, algas e esterco.
2.3.6 Poluio trmica
Surge a partir do aquecimento das guas, aumento da temperatura, essa poluio
acontece atravs da gua utilizada na refrigerao, usinas nucleares e outras industriais.
Outro agravante do problema a juno da gua poluda por resduos qumicos com a
gua quente, a teremos tanto a poluio aqutica como a trmica. Com certeza no
28
haver vida neste meio, e assim que a cada dia nossos rios vm sendo
progressivamente agredidos pelo homem.
Figura 10: Poluio Trmica que acontece atravs das usinas que transmitem constantemente materiais que prejudicam todo ciclo natural da sua fauna e flora. Fonte: Poluio/Trmica blog spot em 2011. 2.3.7 Lanamento de derivados do Petrleo
O petrleo apesar do que muitos pensam no uma descoberta nova, por
exemplo, os povos egpcios j usavam esse material, no Brasil, o petrleo j era utilizado
na poca do regime imperial, no entanto o Brasil considerado o grande detentor dessa
riqueza.
O petrleo um tipo de combustvel fssil de origem animal e vegetal formado
geologicamente h milhes de anos. uma substncia lquida oleosa de colorao
escura encontrada em muitos lugares no mundo, que pode ser extrada no continente, em
terra firme e tambm no assoalho ocenico.
O vazamento de petrleo pode ocorrer em navios petroleiros, nas plataformas de
extrao e nos oleodutos de distribuio, causando danos enormes ao meio ambiente.
29
Figura 11: Observam-se animais cobertos de petrleo nos oceanos, o vazamento deste combustvel traz danos incalculveis para os ecossistemas aquticos. Fonte: blog. Planalto 13 de ago. de 2015
2.3.8. Chuva cida
Acontece com o aumento da concentrao de xidos de enxofre e nitrognio na
atmosfera. Os xidos e xido de carbono so chamados de cidos porque em contato
com a chuva geram cidos. Atualmente, a chuva cida um dos principais problemas
ambientais nos pases industrializados. Ela formada a partir de uma grande
concentrao de poluentes qumicos que so despejados na atmosfera diariamente.
Estes poluentes, originados principalmente da queima de combustveis fosseis, formam
nuvem neblinas e at mesmo neve.
Este tipo de chuva pode at mesmo provoca o descontrole de ecossistema, ao
exterminar tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de gua, a chuva pode
tambm prejudicar diretamente a sade do ser humano, causando doenas pulmonares,
por exemplo.
30
Figura 12: Na imagem percebe-se o ciclo da chuva acida englobando poluentes que so transmitidos ao ar livre pelas indstrias e destruindo a fauna e flora. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).
2.3.9. Lanamento de resduos slidos
So todos os restos de slidos ou semisslidos das produes humanas, objetos
que no servem para a principal funo a que foram construdos, podem ser reutilizados
para outros fins, por exemplo, como insumo para outras atividades. O lanamento de lixo
nas ruas pode gerar srios problemas ambientais em varias partes do planeta e causar
prejuzos gravssimos a natureza.
Ao jogar o lixo na rua depois de uma chuva, esse lixo muito provavelmente vai
parar no sistema de Drenagem da Cidade e este muito provavelmente vai conduzir este
lixo para os rios que o levara at os mares.
31
Figura 13: Imagem retrata a realidade das grandes cidades que poluem constantemente seus rios e vivem dentro de um ambiente desolador ao individuo. Fonte: Educao Ambiental em 2015.
2.3.10. Esgoto domstico
So todos os formados pelo uso da gua em trabalhos domsticos. O saneamento
um item bsico e que deveria ser assegurado a todos os habitantes das reas urbanas.
Mas, infelizmente, no o que acontece. Por negligncia dos rgos pblicos, o esgoto
jogado em locais inapropriados e que acaba chegando at os rios e lagos.
Hoje, 70% da poluio encontrada nas guas dos lagos e rios so provenientes da
rede de esgoto domstica. Os outros 30% vem do lixo jogado pelos cidados. Os nveis
de poluio das guas chegaram a um ponto em que fica cada vez mais difcil reverter
situao.
Tendo em vista que o esgoto domstico composto por toda a gua e resduos
que percorre os encanamentos de casas, hospitais e todos os estabelecimentos
comerciais. Ou seja, pode-se dizer que todo o lixo que produzimos utilizando a gua,
que desce por todas as pias e vasos sanitrios, alm do chuveiro e ralos espalhados pela
casa. Toda essa complexidade tem em seu destino final os rios, que recebe qualquer
forma de poluio, prejudicando toda rea que o compreende, e assim a gua da chuva
que corre pelas caladas das ruas tambm se misturam nas redes de esgoto,
acontecendo um ciclo vicioso de degradao.
32
Figura 14: A figura mostra esgoto domstico sendo despejando ao ar livre trazendo modificaes ambientais. Fonte: Qumica Ambiental em 2015.
2.4. O problema das escalas temporais de decomposio do lixo urbano.
Um dos principais problemas do lixo no tratado que no tem destino adequado em
aterros ou de no ter uma coletado eficientes nas reas urbanas, ou ainda lanados pelos
moradores oriundos de ausncia de educao domstica e ambiental certamente so as
ruas, depois os crregos e depois os rios, isso geralmente ocorre porque a educao
ambiental nas escolas ou mdia, etc., no tem suficiente para as pessoas entenderem que
no estamos fora da natureza e sim dentro dela, parte dela, a cidade no est suspensa
no espao sideral e sim inserida na natureza, desse modo no tem como lanar o lixo
aqui ou mais ali porque tudo no entorno natureza, quando na verdade possvel usar
tcnicas de tratamentos de resduos, primeiro comprando menos, usar mais os produtos
que compramos reciclar o possvel, e no lanar ao lixo o mnimo. Aps essa etapa os
resduos podem ser reciclados e evitados de ser lanados em rios etc.
Cada material que usamos e que logo aps o uso descartamos so compostos de
materiais diferentes, logo sua decomposio tambm diferentes, assim cada objeto de
acordo com sua composio qumica e fsica leva determinado tempo para decompor.
Alguns dos mais comuns so plsticos, papel, etc. (Figura 15).
33
Tipo Tempo de decomposio
Papel; De 3 a 6 meses;
Caixa de Papelo; No mnimo 6 meses;
Embalagem de Leite; Tambm uns 6 meses;
Pano; De 6 meses a 1 ano;
Filtro de Cigarro; 5 anos;
Chiclete; 5 anos;
Madeira Pintada; 13 anos;
Boia de Isopor; Por volta de 80 anos;
Copinho de Plstico; Quase 100 anos;
Garrafa Plstica; Mais de 100 anos;
Latinha de Cerveja; Mais de 100 anos;
Linha de Pesca; Alm de 600 anos;
Fralda Descartvel; Cerca de 450 anos;
Lixo Radioativo; Uns 250.000 anos;
Vidro; Cerca de 1 milho de anos;
Pneu. No sabe ao Certo.
Tabela 2: Observa-se no quadro uma representao dos objetos e o tempo que cada um leva para se decompor. Autores: Cibele Aparecida Silva de Oliveira e Taiz Fablcia Correia Leite. 2015.
2.5. A Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO).
A estabilizao ou decomposio biolgica da matria orgnica lanada ou
presente na gua envolve o consumo de oxignio (molecular) dissolvido na gua, nos
processos metablicos desses organismos biolgicos aerbicos. Em funo do citado
anteriormente, a reduo da taxa de oxignio dissolvido em um recurso hdrico pode
indicar atividade bacteriana decompondo matria orgnica. Logo, surge o conceito da
34
demanda de oxignio em relao matria orgnica, sendo muito utilizadas as demandas
bioqumicas de oxignio (DBO) e a qumica de oxignio (DQO).
Entende-se por DBO a quantidade de oxignio molecular necessria estabilizao
da matria orgnica carbonada decomposta aerobiamente por via biolgica e DQO, a
quantidade de oxignio molecular necessria estabilizao da matria orgnica por via
qumica. Microrganismo e vegetais hetertrofos, quando em grande numero podem
reduzir o OD a nvel zero. Sendo que a proliferao de tais organismos depende das
fontes de alimento, ou seja, matria orgnica. A demanda de oxignio provocada pela
introduo de despejos orgnicos em recurso hdrico uma demanda respiratria, uma
vez que a oxidao desse material realizada exclusivamente por via enzimtica, logo se
trata de uma demanda bioqumica de oxignio. (VALENTE, 2009)
Com todo esse processo a Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO) corresponde
quantidade de oxignio necessrio para ocorrer oxidao da matria orgnica
biodegradvel sob condies aerbicas. a quantidade de oxignio utilizada na oxidao
bioqumica da matria orgnica, num determinado perodo de tempo, expressa
geralmente em miligramas de oxignio por litro. A Demanda Bioqumica de Oxignio o
parmetro mais empregado para medir a poluio, a determinao de DBO importante
para verificar-se a quantidade de oxignio necessria para estabilizar a matria orgnica.
Esta medida da quantidade de oxignio consumido no processo biolgico de
oxidao da matria orgnica permite chegar concluso: grandes quantidades de
matria orgnica utilizam grandes quantidades de oxignio, assim, quanto maior o grau
de poluio, maior a DBO.
35
Figura 15: A figura mostra despejo de um liquido contaminado pelos produtos de indstrias que no sevem para uso, entretanto esse tipo de descarte em uma rea pertencente ao rio aumenta a sua DBO. Fonte: Qumica Ambiental em 2015.
O valor da Demanda Bioqumica de Oxignio usado para estimar a carga
orgnica dos efluentes e dos recursos hdricos, e com estes valores possvel calcular
qual a necessidade de aerao (oxigenao) para degradar esta matria orgnica nas
Estaes de Tratamento de Esgoto (ETEs). Processos de transformao da matria
orgnica que permitem determinar a DBO: 1- Demanda carboncea (presena de CO2):
inicialmente os microrganismos utilizam o oxignio dissolvido (OD) para transformar o
carbono em CO2; 2- Demanda nitrogenada (nitratos e nitritos): os microrganismos utilizam
o oxignio dissolvido (OD) para transformar os compostos nitrogenados em nitratos (NO3-
) e nitritos (NO2-). (LRIA ALVES DE SOUZA, 2010. P. 41-53).
2.6. Condies ambientais dos principais rios no mundo
Atualmente os problemas ambientais esto sendo algo bastante visado e
percebido, em todo o mundo, pois so fatos e acontecimentos que afetam todo o
equilbrio ambiental tanto da fauna como da flor, sendo eles mltiplos vastos e de enorme
gravidade, prejudicando todos os seus biomas. Entre as principais ameaas esto
poluio da gua, do ar e do solo, o desmatamento, o depsito e disposio de lixo em
locais inadequados, o desperdcio de alimentos e de recursos naturais, tudo isso se
reflete no aquecimento global.
36
Todas elas tm sua raiz na exploso demogrfica, na acelerada expanso urbana
e agropecuria, e no proporcional aumento no consumo geral de recursos, podendo agir
em separado, mas em geral fazendo-o em combinao, e desencadeiam uma srie de
impactos negativos sobre a biodiversidade, fazendo declinar populaes, extinguindo
espcies, privando-as de comida e abrigo, e provocando-lhes doenas, reduo em seu
crescimento, anomalias genticas e outros males (Antnio, 2008. P. 62-67.).
A poluio hdrica corresponde ao um processo extremo tanto de descuido como
falta de respeito, o que se observa bastante em metrpoles, cidades, ruas, e etc., so
espaos com contaminao ou deposio de rejeitos na gua dos rios, lagos, crregos, e
chegando ao ponto mximo tendo seu fim em mares e oceanos.
Entre os principais rios do mundo destacam-se, por exemplo: s para cita alguns,
na sia o Rio Citarum, na frica o rio Nilo, no Continente Europeu rio Tmisa, no
continente americano Rio Colorado, Nos rios no Brasil o caso do Tiete, Baa de
Guanabara e entre outros.
2.6.1 Poluies em rios do continente asitico
O Rio Citarum na ndia localiza-se ao oeste da ilha de Java, na Indonsia, h
duas dcadas seu longo percurso era limpo, onde todos prximos passavam a maioria
dos dias, era o centro de ateno da regio. A 40 km a leste de Jacarta, h um rio com
mais de 300 quilmetros de extenso. Por milhares de anos, o rio Citarum foi um recurso
importante para. Hoje, continua sustentando a pesca, agricultura, gerao de energia
eltrica e saneamento bsico para quase 30 milhes de habitantes.
Quando a populao vivenciou uma exploso de desenvolvimento, pouca ateno
foi dada para os principais componentes da infraestrutura. O tratamento adequado para a
eliminao de resduos foi amplamente negligenciado. Como resultado, os fabricantes e
os moradores abusaram do rio, deixando o Citarum como um dos cursos de gua mais
poludos do mundo.
A geografia da ilha fez com que o rio Citarum se tornasse uma escolha fcil para as
empresas com consideraes de exportao. Infelizmente, ele tambm era um veculo
conveniente para a eliminao de resduos e o sbito enriquecimento da regio fez com
que no se ressaltasse essa preservao das guas do rio. O crescimento descontrolado
37
da indstria tem abusado cada vez mais do rio Citarum. A qualidade da gua se deteriora
significativamente no exterior das fbricas, onde tubos de evacuao expelem uma
mistura txica criando uma imagem assustadora e revoltante do rio (Segundo Sonia
10.2010).
A principal causa da poluio de rios, lagos e lagoas so
iguais no mundo inteiro; o crescimento exponencial da
populao exige mais explorao dos recursos naturais
acima da capacidade de recuperao natural do
ecossistema. Quanto mais pessoas se acomodam numa
cidade, mais gua consumida, mais esgoto lanado,
mais lixo descartado, e mais indstrias aparecem.
As cidades que no tem planejamento e estruturas para esse crescimento
desordenado acabam descuidando do meio ambiente, o que leva a desmatamentos,
poluio do ar, ilhas de calor, engarrafamentos extensos, surgimento de lixes,
proliferao de doenas, poluio das guas, entre outros problemas.
Figura 16: Observa-se na ilustrao o Rio Citarum que o rio mais poludo do mundo, alm de serem depositados todos os resduos slidos das residncias, todos os resduos das indstrias so jogados no seu entorno. Fonte: Blog Meio Ambiental e consequncias (Abril, 2015).
Desafio atravessar e conseguir v a gua, depois de tantos anos o Rio Citarum
e toda sua margem so absurdamente sujos, sendo o primeiro rio mais poludo do mundo.
38
O rio Citarum, perto de Jacarta, capital da Indonsia, o depsito de lixo domstico de
nove milhes de pessoas. Incluindo ainda resduos industriais de cerca de 500 fbricas, e
a maioria usa e abusa de materiais totalmente qumicos.
O Rio Yamuna se localizado na ndia, um dos rios mais polidos do mundo, seu
percurso prximo ao Taj Mahal, absorve enormes quantidades de lixo industrial,
resduos agrcolas e esgoto, no tratado de diversas outras cidades que ficam mais
prximas, incluindo Nova Delhi, a capital da ndia. Todas depositam diversas quantidades
de lixo em seu percurso. Sua gua no pode ser bebida, e muito menos usada para
algum fim, o que fora a formao de poos artesanais, e a compra de gua filtrada. Ou
seja, sendo luxo total gua potvel para a populao indiana.
Figura 17: Rio indiano que se encontra poludo, no Yamuna diariamente depositado resduos slidos de indstrias e das residncias, torna a gua incapaz de ser usada. Fonte: Blog Alberto Pasqualini (Outubro, 2013).
Ao longo dos dias com o aumento da poluio no rio Yamuna, ao lado do Taj
Mahal, na ndia, causa dezenas de morte de animais marinhos, desenvolve-se tambm
um mau cheiro claro e especifico dessa rea poluda. Quantos e quantos animais
marinhos e terrestres so mortos por conta desses rejeitos (um papelzinho de bala, uma
sacolinha de picol, um pedao de papel sem importncia) so materiais que no faz
diferena onde jogado, mas porem juntadas com vrios outros materiais sem valor
39
econmico ai tem diferena. Ou seja, trata-se de um problema socioambiental mundial de
elevada gravidade.
Ao longo dos anos as autoridades buscam recuperar as condies atuais do Rio
Yamuna so de degradao em seu percurso e, sobretudo em suas margens, o que leva
as condies existentes so os esgotos domsticos e o lixo industrial, so as principais
causas da poluio do rio. Mas o governo da ndia busca melhora a qualidade da gua na
Bacia do Rio Yamuna. Atravs do controle em despejos residuais na bacia, pois alm de
ser um dos rios mais importantes e sagrados da ndia. Milhes de pessoas no pas
dependem do rio, que tem 1.376 km de extenso, para fins domsticos, industriais e
agrcolas.
Ao observar o Lago Karachay, que se localiza na Rssia visivelmente no nota se
o grau de poluio, embora a olho nu seja bonito e lmpido, emite 200 vezes mais
radiao do que seria considerado normal, sendo suficiente para matar qualquer individuo
em menos de uma hora de exposio ao Lago.
Tudo isso comeou em meados da dcada de 1940, quando o governo da extinta
Unio Sovitica construiu uma cidade secreta (Chelyabinsk-40) em uma rea escondida
pelos montes Urais, que serviria de base para a produo de armas nucleares. Em 1948,
o primeiro reator do local j estava funcionando, transformando urnio em plutnio
carga que era enviada para fbricas de bombas.
O Lago tem sua extenso de 673 km e mdia de 50 km. Com todos esses
problemas depois de trs anos infectando, o governo sovitico enviou pesquisadores para
se certificar de que a situao estava sob controle. Os cientistas descobriram que, em
apenas uma hora, o rio emitia 25% da radioatividade liberada na regio durante um ano
inteiro. Essa constatao fez com que milhares de famlias fossem realocadas.
40
Figura 18: Lago Karachay na Rssia, tendo em seu espao total uma radiao to forte que pode mata qualquer pessoa exposta ao lago. Fonte: PASQUALINI em 24 de Nov de 2009
Apenas trs anos mais tarde, foram enviados tcnicos para investigar se o despejo
de resduos no estava saindo do controle. Eles descobriram que, enquanto outras reas
dificilmente emitiam mais do que 0,21 Rntgens (uma unidade de medida para radiao)
em um ano, o rio Techa emitia 5 Rntgens em uma hora. Para tentar conter o estrago, o
governo construiu barragens no rio e realocou os moradores das cidades e vilarejos
afetados (PASQUALINI, 2009. P. 28-39).
O Rio Amarelo localizado na China, ao seu longo percebe-se que cerca de trs
quartos de seu curso encontra-se totalmente poludo, o motivo claro para esse impacto
ambiental so as fbricas que despejam resduos industriais no rio. Com extenso de
5.464km e bacia de 745.000km2, nasce ao norte do Tibet e ao longo de seu curso muda
vrias vezes de direo.
41
Figura 19: Observa-se um pequeno trecho do Rio Amarelo que se localiza ao norte da China. O rio Amarelo (Hwang Ho) o segundo maior rio do pas, nasce no planalto do Tibete e percorre 5464 quilmetros at ao mar Amarelo, drenando uma bacia de cerca de 770 000 Km2. Fonte: Site Papo Fisico em 2013.
A denominao do nome que parece ser um pouco estranho deve-se a enorme
quantidade de lodo que depositado ao seu percurso e transportado, sendo por isso
considerado o rio mais lamacento do mundo. Mas assim tendo um grande poder de
sedimentao.
No decorrer da histria, as enchentes tm produzido inundaes catastrficas e at
mesmo modificaes no curso do rio, com perda de milhes de vidas e destruio de
grandes extenses de terras cultivadas. Por isso o rio Amarelo recebeu a designao de
"desgraa da China". A irregularidade do dbito, com estiagens no inverno e enchentes
no vero, dificulta a navegabilidade, assim como seu aproveitamento para a irrigao.
Tampouco tem permitido o desenvolvimento de grandes cidades em suas margens (Jlio
Battisti 2012).
2.6.2 Poluio em rios no Continente Europeu
Na Inglaterra o grande rio Tmisa, que por muitos estudiosos foi considerando
totalmente morto, sem vida marinha, mas atualmente se renova com uma recuperao
exemplar. Segundo Oscar Deina em 1957, o Tmisa andava to sujo que autoridades o
42
declararam "biologicamente mortas. A situao era pouco melhor do que um sculo
antes, quando o rio era conhecido pelo apelido carinhoso de "Grande Fedor".
Dos tempos do 'Grande Fedor' como o Tmisa ficou conhecido tambm como
rio fedorento em 1858, quando as sesses do Parlamento foram suspensas por causa do
mau cheiro at hoje, foram quase 120 anos de investimento na despoluio das guas
do rio que cruza a cidade de Londres. Milhares de milhes de libras mais tarde,
remadores, velejadores e at pescadores voltaram a usar o Tmisa, que hoje conta com
121 espcies de peixes. Se a poluio comeou ainda nos anos de 1610, quando a gua
do rio deixou de ser considerada potvel, a despoluio s foi comear a partir de meados
do sculo XIX, na poca em que o rio conquistou a infame alcunha com o seu mau cheiro.
A deciso de construir um sistema de captao de esgotos tambm deve muito s
epidemias de clera das dcadas de 1850 e 1860. A infraestrutura construda ento
continua at hoje como a espinha dorsal da rede atual, apesar das vrias melhorias ao
longo dos anos. Na poca, os engenheiros criaram um sistema que simplesmente
captava os dejetos produzidos na regio metropolitana de Londres e os despejava no
Tmisa alguns quilmetros rio abaixo (NINI apud Wikipdia 2010).
Na poca, a soluo funcionou perfeitamente, e o rio voltou a se recuperar por
alguns anos. No entanto, com o crescimento da populao, a mancha de esgoto foi
subindo o Tmisa e, por volta de 1950, o rio estava, mais uma vez, biologicamente morto.
Foi ento que as primeiras estaes de tratamento de esgoto da cidade foram
construdas. No incio de maro de 2010, o rio teve o nvel mais baixo j registrado, o que
revelou uma enorme quantidade de lixo, especialmente de garrafas e sacos de plstico. A
ONG Thames21 tenta realizar a limpeza peridica do rio. Em dez anos, ela contabiliza
que foram retiradas do rio cerca de 250 000 sacolas plsticas (NINI apud Wikipdia 2010).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Fedorhttps://pt.wikipedia.org/wiki/1858https://pt.wikipedia.org/wiki/1610https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttps://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lerahttps://pt.wikipedia.org/wiki/1850https://pt.wikipedia.org/wiki/1860https://pt.wikipedia.org/wiki/Londreshttps://pt.wikipedia.org/wiki/1950https://pt.wikipedia.org/wiki/Garrafahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Saco_de_pl%C3%A1stico
43
Figura 20: O rio Tmisa, que cruza a capital britnica, Londres, j foi chamado de "O Grande Fedor" e
declarado "biologicamente morto", mas atualmente, vive uma espcie de renascimento. Fonte: IBGE; Engenharia Ambiental. Acesso 20/05/ 2015).
2.6.3. Poluio no Continente africano
O rio Nilo localiza-se no continente africano. Nasce na regio central da frica, no
lago Vitria, atravessando a regio central e nordeste do continente. O famoso Rio Nilo
bero de uma grande civilizao conhecido como principal rio que banha o Egito. E
tambm o segundo maior rio do mundo em extenso com 6.650 km, perdendo apenas
para o Rio Amazonas. Um destaque bastante perceptvel.
O rio Nilo atravessa trs pases africanos: Uganda, Sudo e Egito. Desemboca, em
formato de delta, no Mar Mediterrneo. O Nilo o segundo rio mais extenso do mundo
com 6.650 quilmetros. Vale lembrar que o rio Amazonas o primeiro nesta categoria. O
rio Nilo ganhou o formato que tem hoje na fase final da Era Terciria. Ele lana no Mar
Mediterrneo uma mdia de 2700 metros cbicos de gua por segundo. Tem extrema
importncia para o desenvolvimento da sociedade do Egito. Numa regio desrtica, o rio
assumiu funes prioritrias na grande sociedade envolvendo uma civilizao grandiosa.
44
Figura 21: Rio Nilo principal rio do Egito, onde se desenvolveu uma forte prosperidade e fertilidade. Nota-se que ao seu trajeto h bastante vegetao, barcos, e moradias, ou seja, proporcionando desenvolvimento por onde passa trazendo vida em abundancia. Fonte: Educaao ambiental. (Outubro, 2012).
Atualmente, o rio assume um mrito de privilegiado e assim se torna com grande
importncia e funo, principalmente na regio do Egito. usado para varias funes
como via de transporte, irrigao da agricultura e tambm para gerar energia eltrica.
2.6.4 Poluio no continente americano
Rio Colorado um rio dos Estados Unidos da Amrica e do Mxico. o rio que
atravessa o Grand Canyon. O rio Colorado corta a regio mais rida da Amrica do Norte.
A sua bacia hidrogrfica tem 632.000 km, e vai desde as Montanhas Rochosas do
Colorado at o Golfo da Califrnia, no Mxico, passando por cinco estados americanos.
Ao todo, tem 2320 km de extenso e um dos rios mais longos da Amrica do Norte (P.
Genebaldo Freire Dias, 2012. P. 27-32).
O curso inferior do rio, que forma a fronteira entre a Baixa Califrnia e de Sonora,
essencialmente uma gota ou um riacho seco hoje devido ao uso do rio como fonte de
irrigao do Vale Imperial. Antes de meados do sculo 20, o Delta do Rio Colorado
proporcionou um rico esturio pantanoso que agora essencialmente desidratado, mas
ainda assim um importante recurso ecolgico.
45
Figura 22: O Rio Colorado se localiza na Amrica do Norte, passa por vrios cnions e se destacando na paisagem, formando diversos designers rochosos. Fonte: Blog Gesto Ambiental. (Novembro, 2011).
O mesmo em seu curso alto e mdio, o rio segue por um terreno acidentado,
atravessando vrios cnions, como o famoso e conhecido mundialmente como o Grand
Canyon. Como resultado, o volume de gua na bacia est a diminuir. Os anos de 2000 a
2004 foram os nicos cinco anos consecutivos na histria gravada com gua abaixo da
mdia.
Outro caso o Rio do Riachuelo, pois o mesmo passa por um processo de
limpeza da bacia do rio Matanza-Riachuelo, que em seu curso final faz fronteira com a
capital argentina, mostra um progresso notvel. Mas o grande desafio a ser alcanado a
descontaminao de todo seu trajeto, pois estar sculos praticamente sem vida.
A bacia do rio Riachuelo, tem uma extenso de 60 km e tem seu curso existente na
cidade de Buenos Aires ao sul. Na Argentina e em seu entorno 15.000 indstrias
despejam dejetos no rio e atualmente nota-se que as indstrias qumicas so
responsveis por mais de um tero da poluio deste corpo hdrico. Pesquisas relatam
que aproximadamente 60% das cerca de 20 mil pessoas que moram nas proximidades
deste rio vivem em reas considerada inapropriadas para os humanos, s mostra uma
realidade e um conflito entre homem contra o meio ambiente.
46
Figura 23: Observam-se assentamentos humanos irregulares nas margens do rio Riachuelo que aumentam cada vez mais a carga de poluentes. Fonte: Blog Impacto Ambiental (Maro, 2013).
Segundo o bioqumico Oscar Deina, as mudanas esto a acontecer s margens
do rio, que marcam o limite sul da cidade de Buenos Aires, tm florestas, e no mais o
lixo e assentamentos humanos irregulares. O lixo no leito foi removido, e controles
sistemticos das indstrias e obras so realizados para tratar guas residuais.
2.6.5. Poluio dos rios no Brasil
Um dos mais conhecidos Rios do mundo. Localizado na grande Metrpole, e por
fim desenvolvida So Paulo. Tem seu nome caracterstico e reconhecido por ser poludo
em sua grande extenso, atualmente encontra-se em caso de decomposio de sua rede
de drenagem o que preocupa a populao local.
O rio Tiet nasce a uma altitude de 1.030 metros da Serra do Mar, no municpio
paulista de Salespolis, a 22 km do oceano Atlntico e a 96 km da Capital. Ao contrrio
de outros rios, ele subverte a natureza: como no consegue vencer os picos rochosos
rumo ao litoral, em vez de buscar o mar - como a maior parte dos rios que corre para o
mar o Tiet atravessa a Regio Metropolitana de So Paulo e segue para o interior do
Estado, desaguando posteriormente no rio Paran, num percurso de quase 1.100 km.
47
Figura 24: O Rio Tiet localizado na cidade de So Paulo, passa por gravssimos problemas ambientais, as margens e sua gua servem como deposito de lixo urbano. Fonte: Blog Espao Ambiental. (Setembro, 2008).
O Tiet comeou a ficar poludo h no muito tempo, na dcada de 1960 foi que
ele comeou a ficar conhecido pela poluio, pois carrega bactrias nocivas sade.
Podendo causar doenas como, por exemplo: cleras, hepatites, micoses, corizas,
verminoses e entre outras, tendo casos graves ao se expor diretamente com esse
ambiente poludo.
No caso do Rio Iguau localizado no Rio de Janeiro, sua nascente na Serra do
Tingu. Tem extenso de 43 km, desaguando na Baa da Guanabara. Antigamente, havia
ainda um afluente importante, o rio Pilar, hoje assoreado. Esse rio foi de fundamental
importncia para o desenvolvimento da regio da Baixada Fluminense, especialmente
para a criao da cidade de Nova Iguau. O porto de Iguau, que se localizava nesse rio,
foi o segundo mais importante porto fluvial do Estado do Rio de Janeiro, especialmente
entre 1830 e 1860.
Este Rio s perde para o Tiet, pois considerado o segundo rio mais poludo do
Brasil. Como todos os outros rios Brasileiros toda a sujeira composta de resduos
domsticos, prximos e at mesmo moradias distante so carregadas diariamente e os
48
outros so detritos altamente nocivos jogados pelas indstrias, que poluem sem
conscientizao ambiental.
Figura 25: Observa-se em destaque o impacto ambiental que este ambiente sofre pelos despejos de resduos slidos vindos das indstrias que se desenvolvem aceleradamente e resduos domsticos. Fonte: Blog Verde. (Maro, 2014).
Contudo, com o tempo, o rio Iguau perdeu sua importncia estratgica. A
ocupao econmica da Baixada Fluminense derrubou as matas nativas, o que causou o
assoreamento dos rios e a diminuio de sua vazo.
2.7 O caso da Baa de Guanabara palco das olimpadas
A Baa de Guanabara em si, ocupa uma rea de aproximadamente 380 km,
incluindo a superfcie de suas ilhas, pedras e ilhotas. A maior largura de 28 km, atingida
entre a foz dos rios So Joo de Meriti e Guapi-Macacu e a maior extenso so de 38 km
entre a foz do rio Mag at a barra da baa. A barra possui 1.500m de extenso, e
dividida em dois canais pela ilha de Cotunduba (COELHO, 2007).
A Baa de Guanabara tambm abriga grande quantidade de ilhas, destacando-se a
Ilha do Governador, com seus mais de 40 km. As mais de 80 ilhas presentes no interior
da Baa possuem caractersticas diferentes. O principal ecossistema da Bacia
Hidrogrfica da Baa de Guanabara a Mata Atlntica, um dos ecossistemas mais
49
ameaados do mundo, mas tambm fazem parte de sua paisagem os brejos e
manguezais (COELHO, 2007).
Figura 26: Baa de Guanabara, um senrio belssimo, mas porem poludos jogados em ambientes inadequados tendo fins desagradveis. Fonte: RJTV (Maio, 2015).
Em 20 anos, os programas de despoluio da Baa de Guanabara, no Rio, j
consumiram R$ 10 bilhes em emprstimos. Hoje, o governo diz que ainda precisa de
mais 20 anos e pelo menos R$ 20 bilhes para recuperar toda a rea. Desse total, R$ 13
bilhes poderiam ser gastos nos prximos 5 anos pra melhorar um pouco a situao se a
iniciativa privada ajudar. O governo diz que no tem dinheiro pra fazer isso sozinho. A
Baa de Guanabara a terceira maior do mundo. Ao todo, 55 rios e canais desaguam
nela, levando muita sujeira. Conforme mostrou o RJTV, atualmente, ela recebe cerca de 8
mil litros de esgoto por segundo e cerca de 100 toneladas de lixo por dia. H dez anos, a
mdia era de 15 mil litros de esgoto por segundo, Afirma Jlio Battisti.
2.8 O Desenvolvimento Industrial e o Impacto no Meio Ambiente
Milton Santos (1996), por sua vez, enfatizou o papel do Capitalismo Tecnolgico e seu
impacto no meio natural. Destacou que, hoje a natureza sofre, antes de qualquer coisa,
um processo de instrumentalizao, tornando-se um processo social e, com isso
desnaturalizada. O meio natural sempre esteve em pauta no debate ambiental, mas
hoje a Ecologia e outras cincias so influenciadas pelo surgimento de novos paradigmas.
50
Hoje em dia grandes empresas passaram a incluir a questo do ambientalismo em
sua agenda havendo uma parceria com vida e sada. Entretanto, a maioria de nossos
problemas ambientais comuns ainda persiste, uma vez que seu tratamento requer uma
transformao nos meios de produo industriais e de consumo, ou seja, uma mudana
transformadora na nossa organizao social para assim no prejudicar ao meio ambiente
e de nossas vidas pessoais cuidando dos nossos atos e refletindo sobre eles para assim
no haver catstrofes no nosso meio ambiente que luta pela sua sobrevivncia no meio
de tantas controvrsias atuais.
Um dos mais importantes movimentos sociais que j existiu foi chamada
Revoluo Ambiental, atravs desta revoluo ouve uma viso de mundo e
principalmente de localidade, respeitando ao meio, se preocupando com o que ocorre
com os rios e com o fim do lixo domestico e industrial, mas uma conscientizao
significante e transformadora pode muda o comportamento do cidado. Assim a
humanidade, pela primeira vez, percebeu que os recursos naturais so finitos e que seu
uso incorreto pode representar o fim de sua prpria existncia. Assim o mesmo a se
prejudicar com problemas visveis a todos.
Os maiores problemas vistos so a industrializao acelerada, rpido crescimento
demogrfico, escassez de alimentos e entre outros que favorecem ao problema
relacionado. Uma das consequncias atuais o desmatamento que por sua vez a
destruio da biodiversidade, particularmente nas reas tropicais que resultam em
Mudanas climticas, complicando ainda mais a vida do ser humano (MELO 2008). E
consequentemente trazendo problemas serssimos a sociedade e seus habitantes.
A cincia e a tecnologia desenvolveram-se muito rapidamente a partir do incio do
sculo XX e a intensificao da atividade industrial tornou suas tcnicas de produo
cada vez mais sofisticadas e foram multiplicadas ocupando territrio fsico e
comprometendo cada vez mais o meio ambiente
51
Figura 27: Observa-se um corrego desaguando em um rios, ver que qua agua alem de poluida por residuos liquidos de esgotos urbanos h tambm a presena de residuos solidos devido ao lanamento de lixo no enotorno ou nas ruas cidades, em geral so arrastados para os corregos pelos vento ou por chuvas. Fonte: Blog Papo Fisico em 2008.
Com o desenvolvimento das indstrias os gases e seus derivados tem sua marca
registrada ainda mais forte na atualidade, descontrolando ao meio ambiente e fazendo
com que ocorra reaes esperadas, mais no evitadas. Esses gases so empregados
nas mais variadas modalidades industriais, tendo funcionalidade diversa em seu campo e
area de aplicao.Isso aumentou em excesso a emisso de gases poluentes na
atmosfera, sem que, a princpio, houvesse preocupao com as consequncias que
poderiam ser provocadas. Essa Atividade Humana foi ficando crucial para o meio
ambiente matando e destruindo, espcies,mata ciliar,solos fertil e degrada areas perfeitas
at ento.( MELO, 2008).
Com todos esses acontecimentos agindo a todo instante transformando vidas em
risco, percebe-se que as mudanas climticas vem se modificando ao longo dos tempos
comeando a serem percebidas e por sua vez atribuidas ao aquecimento global.
Compreendeu-se com tudo isso que caso os seres humanos continuem a emitir gases
industriais em larga escala ainda mais podemos chegar a fins destruidores.
52
Figura 28: Observa-se um grande nmero de mortande da fauna animal marinha em decorrencia do lanamento de residuos solidos e liquidos nos rios oriundos de esgotamento urbano sem tratamento. Essas condies alteram o meio ambiente, em sonsequencia provoca danos a saude publica, a economia pelo esterminio da pratica da pesca, entre outros males. Fonte: Educaao ambiental em ao. (Abril, 2006).
Reconhece-se que as mudanas climticas evidentes so problemas reais, e que
as atividades humanas tm papel fundamental nessas alteraes, facilitando essas
causas com efeitos percebidos. Sendo assim, preciso que todos se esforcem para
diminuir o problema antes que seja tarde de ocorrer uma recuperao de areas
totalmentes destruidas. Com a poluio dos rios, lagos e zonas costeiras, o impacto
imenso e todas essas aes causadas pelo ser humano tem causado uma degradao
ambiental contnua, despejando crescentes depsitos de resduos dejetos industriais e
orgnicos diretamente no meio ambiente que sofre com causas assustadoras sendo
vistas e percebidas cada vez com uma proporo intensa a anterior.
Mudanas climticas, extrao predatria de recursos naturais e minerais,
transformaes no uso dos solos esto dizimando a fauna e a flora em diversas regies
do mundo. O conhecimento algo fundamental para a resoluo dos problemas que
esto evidentes ao mundo, tendo assim uma necessidade forte de posio poltica e tanto
populacional na realidade dos fatos, pensando em formas concretas e eficazes para
combater, prevenir, precaver e resguardar nosso planeta de todos os riscos apresentados
contra o meio ambiente.
53
2.9 Poluies dos Recursos Hdricos na rea Urbana
O sistema urbano tpico das cidades algo bastante complicado, pois apresenta
hoje um ciclo imperfeito. A gua captada da natureza limpa para uso, mas so
devolvidas com qualidades diferentes e prejudiciais com resduos que caracterizam a
poluio da gua e dos mananciais, fontes importantes para a sobrevivncia da vida
terrestre. O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento favorveis a
ocorrer erros gigantescos no espao ambiental resultando em prejuzos significativos para
a sociedade. Uma das principais consequncias atuais do crescimento da rede urbana
aumentando a poluio domstica e industrial, aumentando ao desenvolvimento de
doenas, poluio do ar e sonora, aumento da temperatura, contaminao da gua
subterrnea, entre outros problemas, fatos esses existentes hoje na humanidade
ocorrendo riscos sem volta tanto para a natureza quanto para a prpria sociedade.
(GALIZIA 2008).
O desenvolvimento das reas urbanas no caso do Brasil assim como tantos outros
pases concentra-se em regies que existe certo movimento populacional de moradores
nas metrpoles, nos polos regionais e entre outros espaos econmicos. Os efeitos desta
zona de conforto, mas que gera problemas uma realidade fazendo-se sentir sobre todo
desconforto de certa forma a respeito aos recursos hdricos, ao abastecimento de gua,
ao transporte e ao tratamento de esgotos e pluvial.
No ponto de vista em que a cidade se urbaniza, geralmente ocorrem os seguintes
impactos: Aumento das vazes mximas. Aumento da produo de resduos slidos
(lixo). Deteriorao da qualidade da gua. E alm destes impactos, ainda existem os
causados pela forma desorganizada da implantao da infraestrutura urbana. Atualmente
grandes so os impactos causados pelos diversos usos do solo no ambiente urbano,
formas diversas que pode proporcionar problemas a qualquer individuo morador desta
zona (GALIZIA 2008).
Levando em conta os recursos hdricos, nesses impactos so ainda mais sentidos
uma vez que todas as atividades sejam elas industriais at domsticas ou mesmo rurais,
necessitam de planejamento consciente. Tendo em considerao o histrico do uso dos
recursos hdricos do Brasil aponta para o uso inadequado da gua e a falta de
planejamento e projetos estruturais que beneficies a todos para uma melhor convivncia
sem destruio.
54
Figura 29: Os crregos e rios recebem grandes cargas de esgotos domiciliares que muitas vezes sem tratamento so lanados diretamente nos rios que cortam ou margeia os meios urbanos e depreciando o meio ambiente urbano. Fonte: IBGE; Engenharia Ambiental. (Maio, 2015)
A expanso das cidades e a ocupao da populao em geral provocou algo
aparentemente complicado para o meio ambiente a falta de chuvas uma das principais
caractersticas que envolvem efeitos humanos. O que est ocorrendo um desequilbrio
entre o consumo de gua potvel e a capacidade dos reservatrios e rios de serem
reabastecidos. A sociedade nos ltimos anos teve que se acostumar com o acmulo de
matria orgnica nos rios. Por esse motivo, as guas dos rios urbanos muito poludos
exalam um cheiro muito forte, resultado das toxinas eliminadas pelas bactrias
anaerbicas que atuam como agentes decompositores.
55
3. MATERIAL E MTODOS
A pesquisa compilatria descritiva em que se observou fatos fsicos relacionado ao
campo da Geografia Fsica especificamente sobre impactos ambientais no trecho urbano
no Rio Una. Na leitura e interpret