O jusnaturalismo cosmológico, vigente na antiguidade clássica;
O jusnaturalismo teológico, surgido na Idade Média, tendo como fundamento jurídico a ideia da divindade como um ser onipotente, onisciente e onipresente;
O jusnaturalismo racionalista, surgido em meio as revoluções liberais burgueses do século XVII e XVIII, tendo como fundamento a razão humana universal.
É critérios e normas para o comportamento dos homens que se revelam presentes no convívio humano;
Representa um direito não escrito oriundo ou dos deuses (teológico), ou da razão humana (antropocêntrico) ou de sua própria natureza (cosmológico);
Desse direito surge a lei natural que é entendida como relações dadas pela própria natureza, como direito do homem à vida, à inviolabilidade, liberdade, aquisição de bens, etc.
Direito oriundo da própria essência do universo;
Evoluiu a partir da filosofia grega e é posterior ao período pré-científico (dos mitos e sagas);
Alguns autores como Heráclito, Sócrates e Aristóteles se utilizaram desse conceito.
Heráclito (535-475 a.C.):• Logos rege não só o universo mas
também as leis Humanas.
Sócrates (469-339 a.C.):• Identifica o direito natural como o
justo.
Aristóteles (384-322 a.C.):• Existência do justo natural e do
justo legal;• O cerne da justiça é a igualdade
A subversão sofista do Direito Natural é a relativização do direito positivo justificando na natureza a lei humana.
Empírico: Thomas Hobbes
Mecanicista: John Locke
O próprio estado da natureza representa um conjunto de leis que podem ser verificadas e demonstradas pelo homem num esforço intelectual e racional.
Rompe com a exigência metafísica;
A experiência sensível passa a ser o único critério de verdade (as ideias seriam apenas combinações das sensações);
A realidade humana é aquela percebida pelo homem através da razão e não por vontade divina interpretada por seus representantes;
Lei Natural é um preceito ou regra geral estabelecida pela razão;
“o direito consiste na liberdade de fazer ou de omitir, ao passo que a lei determina ou obriga a uma destas coisas”;
A razão humana percebe pela sua natureza de homo homini lupus.
Defendeu que o conhecimento seria a percepção da conexão e da cordância ou discordância e contraste entre nossas ideias;
Para ele, a lei natural é comum aos homens e seria capaz de levar a distinção entre o bem e o mal, justo e injusto;
Para Locke a lei do direito natural está ligada à natureza livre e racional do homem, independentemente de ter sido criado por Deus e de haver uma vontade divina que é um mandamento.
Os empirista, de uma forma geral, não negavam a existência de um criador onipotente (Deus), mas defendem que é o homem, como ser racional e livre, que determina o que é justo e o que é injusto.
Afasta o vínculo teológico;
Fundamenta a validade do direito natural na razão humana.
Segundo Fernández Galiano é toda ideia que coloca a função da razão, no entendimento de que o ser humano é capaz, “acima de qualquer outra potência ou atividade”;
Já Manuel Segura Ortega define como construção de uma ética racional, definitivamente desprendida da teologia e capaz, por si só, de garantir a universalidade de princípios da conduta humana
O Direito natural racionalistacoloca o homem em primeiro lugar e não o Estado;
Tem papel decisivo na cultura dos direitos humanos;
Sobreleva o referente individual em face do sistema normativo.
Crítica:
• O direito se resume à exegese do texto legal;
• Uma vez codificado, o direito torna-se banal.
EX: Código Civil de Napoleão, de 1804.