TRANSFORMAÇÃO DOS NEGÓCIOS DE DISTRIBUIÇÃO E OS DESAFIOS DO SETOR
JOISA DUTRA SEMINÁRIO VALOR ECONÔMICO REDES INTELIGENTES DE ENERGIA
São Paulo, 26 de Novembro de 2014.
• Definição de Redes Inteligentes de Energia (RIE)
• Medidas de política e regulação propostas e/ou adotadas no Brasil
para RIEs
• Apresentação e discussão de projetos piloto implantados e/ou em
fase de implantação no Brasil
O que essa apresentação não contempla?
• Redes Inteligentes de Energia (RIEs) como Ameaças e transformações
“Disruptive”
• Dimensões das Transformações que as RIEs representam
• Modelos de Negócios e de Investimentos
• Principais Desafios no Campo da Regulação e das Políticas para a
Implantação de RIEs
Estrutura dessa Apresentação
• “A disruptive innovation is defined as “an innovation that helps create
a new market and value network, and eventually goes on to disrupt an
existing market and value network (over a few years or decades),
displacing an earlier technology”.
• Esse termo é usado na literatura para descrever inovações que
melhoram um produto ou serviço de uma maneira que o mercado não
espera ou antevê.
• Normalmente tem início apresentando soluções para um conjunto
diferente de consumidores no novo mercado e depois reduzindo preços
em um mercado existente.
As RIEs Representam uma Inovação Disruptive
• Quando não tratadas adequadamente, forças disruptive ameaçam a
viabilidade de indústrias tradicionais.
• -> Kodak
• Participantes em uma (e em cada) indústria devem se preparar e
desenvolver planos para fazer face a essas “ameaças”, incluindo planos
para incorporar inovações tecnológicas com atributos e configurações que
gerem valor para o consumidor e que possam ser oferecidas a preços
competitivos.
• O setor elétrico ainda não experimentou uma ameaça disruptive que seja
viável e que ofereça aos consumidores confiabilidade e sólida capacidade
de geração de valor econômico.
Disruptive Threats - Considerações Estratégicas
• Necessidade de garantia de acesso a cerca de 1,5 bilhões de consumidores localizados principalmente na África Subsaariana e Índia.
• Incorporação de RIEs como mecanismo para atender aos protocolos internacionais e acordos de mudanças climáticas em economias e mercados maduros – caso da Europa e Estados Unidos.
• Os recursos distribuídos (Distributed Energy Resources) são entendidos como o principal instrumento para viabilizar o alcance das metas.
• Esses recursos incluem geração descentralizada a partir de fontes renováveis, eficiência energética e resposta da demanda.
• Armazenamento – economicamente viável? Quando?
Temas da Agenda de Discussão do Futuro da Eletricidade
• Economias ainda não maduras e fortemente reguladas ainda não
ocupam o centro das discussões acerca do futuro da eletricidade.
• A regulação pode ser um catalizador ou colocar barreiras para a
implantação de RIE.
• Consumidores no centro do processo, permitindo que novos produtos e
serviços sejam contratados e/ou acessados.
• Entrada de novos agentes.
• Como criar incentivos para a inovação subjacente a essas tecnologias,
tanto do ponto de vista de produtos e serviços, como de negócios?
Desafios para a implantação de RIEs em ambientes fortemente regulados
Solução de Mercado
Intervenções Diretas de Política
Mercado Regulado
Grau de Controle do Governo
O Grau de Regulação é Resultado de uma Tensão de Forças
Arcabouço Político
• Como abordar o gap entre o custo e a disposição a pagar ?
• É possível reduzir custos?
• É possível alinhar ganhos para a sociedade e investimentos incresmentais?
• Quais são as escolhas mais robustas ao elevado nível de incerteza (potencial)?
Market Design
• Qual é a estrutura de mercado adequada a essa transição?
• Quanta regulação?
Modelos de Negócios
• Quais são as opções e resultados potenciais associados a cada opção?
• Como devem evoluir os papéis atuais de investidores e participantes do mercado/indústria ao longo da cadeia de valor?
• Negócios inovadores e modelos de investimentos
Dimensões da Transformação Representada por RIEs
Papel das Utilities em Países em Desenvolvimento
• As utilities geralmente incorporam e implementam medidas de eficiência na expectativa de
que possam se apropriar de parte dos benefícios – essa é a base dos mecanismos
regulatórios de incentivo à eficiência
• Sistemas de medição inteligente, aumento da automação na distribuição, e redução de
perdas técnicas e comerciais.
• Entretanto, quando se trata de investimentos que reduzem o consumo final por seus
produtos ou serviços, tais empresas adotam postura mais conservadora, temendo não serem
capazes auferir retorno sobre esses investimentos por meio da cobrança de tarifas, o que
pode impactar (negativamente) receitas e margens.
• Apenas em momentos de crise, quando existe uma ameaça reputacional, as utilities tendem a
adotar medidas mais agressivas para reduzir o consumo de energia. Esses esforços resultam
em um comportamento não sustentado (stop-and-go efforts).
• Exemplo: Brasil em 2001
Modelos de Negócios
• Será que um amplo conjunto de tecnologias distribuídas/descentralizadas mais próximas dos consumidores emergirá, demandando mudanças nos modelos de negócios?
• Será que os modelos em discussão/implementação na Europa e nos Estados Unidos poderão ser aplicados em outras regiões?
• Que características serão necessárias para conferir vantagem competitiva?
Modelos de Investimento
• Quais os novos modelos de investimento/crescimento que podem emergir e atingir escala suficiente?
• Quem serão os agentes que estarão a frentes dessas mudanças? Serão as empresas tradicionais?
Modelos de Negócios e de Investimentos
• Eficiência requer preços que refletem custos
• Decoupling
• Aprender com as lições e experiências na escala de pilotos,
adaptando propostas e modelos de negócios
Principais Desafios no Campo da Regulação
• As Utilities podem desempenhar papel relevante na adoção de tecnologias de
RIE.
• Em países caracterizados por ambientes fortemente regulados essas empresas
podem se transformar propiciando geração de valor ao longo de toda a cadeia.
• Essa solução é distinta daquela que tem sido identificada para economias maduras,
nas quais se antevê que empresas tradicionais devem perder espaço nesse processo.
• Os desafios hoje colocados para o setor representam uma oportunidade para a
transformação ou para mudanças nesse modelo de negócios que sejam mais
propícias a explorar geração de valor para um número maior de agentes na
cadeia, incentivando recursos distribuídos de energia, tais como: resposta da
demanda e eficiência energética com benefícios ambientais e econômicos.
• O ambiente regulatório é catalizador essencial nesse processo em um país como
o Brasil.
Transformação dos Negócios de Distribuição e os Desafios do Setor – Conclusões
OBRIGADA