Traumatologia Ocular
Maria Lisboa
2Tipos de traumatismo ocular:
a. Traumatismo químico
b. Traumatismo por agentes físicos
a. Traumatismo com corpos estranhos
b. Traumatismos mecânicos
✓ Erosivos
✓ Contusos
✓ Penetrantes / Perfurantes
▪ Erosão córnea
▪ Úlcera córnea
✓ Ácidos
✓ Bases
✓ Queratoconjuntivite por UV (actínica)
✓ Queimaduras
3Estruturas que podem estar envolvidas:
• Pálpebras ± canalículos lacrimais
• Conjuntiva (bulbar ± tarsal)
• Córnea
• Esclera
• Estruturas intraoculares
• Ossos da cavidade orbitária
• Nervo óptico
• Músculos extraoculares
4Estruturas que podem estar envolvidas:
• Pálpebras ± canalículos lacrimais
• Conjuntiva (bulbar ± tarsal)
• Córnea
• Esclera
• Estruturas intraoculares
• Ossos da cavidade orbitária
• Nervo óptico
• Músculos extraoculares
5Estruturas que podem estar envolvidas:
• Pálpebras ± canalículos lacrimais
• Conjuntiva (bulbar ± tarsal)
• Córnea
• Esclera
• Estruturas intraoculares
• Ossos da cavidade orbitária
• Nervo óptico
• Músculos extraoculares
6Estruturas que podem estar envolvidas:
• Pálpebras ± canalículos lacrimais
• Conjuntiva (bulbar ± tarsal)
• Córnea
• Esclera
• Estruturas intraoculares
• Ossos da cavidade orbitária
• Nervo óptico
• Músculos extraoculares
7Estruturas que podem estar envolvidas:
• Pálpebras ± canalículos lacrimais
• Conjuntiva (bulbar ± tarsal)
• Córnea
• Esclera
• Estruturas intraoculares
• Ossos da cavidade orbitária
• Nervo óptico
• Músculos extraoculares
córnea
íris
pupila
câmaraanterior
cristalino
zónula ciliarcorpo vítreo
retina
Nervo óptico
coróide
esclera
8Estruturas que podem estar envolvidas:
• Pálpebras ± canalículos lacrimais
• Conjuntiva (bulbar ± tarsal)
• Córnea
• Esclera
• Estruturas intraoculares
• Ossos da cavidade orbitária
• Nervo óptico
• Músculos extraoculares
9Estruturas que podem estar envolvidas:
• Pálpebras ± canalículos lacrimais
• Conjuntiva (bulbar ± tarsal)
• Córnea
• Esclera
• Estruturas intraoculares
• Ossos da cavidade orbitária
• Nervo óptico
• Músculos extraoculares
10Estruturas que podem estar envolvidas:
• Pálpebras ± canalículos lacrimais
• Conjuntiva (bulbar ± tarsal)
• Córnea
• Esclera
• Estruturas intraoculares
• Ossos da cavidade orbitária
• Nervo óptico
• Músculos extraoculares
RE
EPS
RS
R INF
PO
R INT
GO
11a. Traumatismo Químico:
• Emergência oftalmológica verdadeira
• Abordagem inicial decisiva
• Avaliar gravidade
• Identificar correctamente natureza do produto e circunstâncias do acidente
✓ Ácidos (ex: ác. sulfúrico, ác. sulfuroso, ác.hidrofluórico, ác. acético)
✓ Bases (ex: cal, soda cáustica, amónia, hidróxido de potássio)
➢ H+ - danifica a superfície da córnea pela desnaturação e precipitação de proteínas
➢ OH- - saponifica os ácidos gordos da membrana celular, penetrando no estromacorneano e destruíndo os proteglicanos e colagénio
12a. Traumatismo Químico:
• História Clínica
➢ Sintomas (dor geralmente grave, sensação de corpo estranho, visão turva, lacrimejo, fotofobia, olho vermelho)
• Exame Físico
➢ Diferido (após lavagem muito abundante)
➢ Anestesiar antes de observar
➢ Avaliar transparência e integridade da córnea e conjuntiva (corar com fluoresceína)
• Tratamento
➢ AB tópico e cicloplegia
➢ Oclusão 24-48h se necessário
13b. Traumatismo por Agentes Físicos:
✓ Queratoconjuntivite por UV (actínica)
(ex: soldar sem protecção adequada, exposição solar a alta altitude, exposição ao sol reflectido pela neve)
➢ Sintomas
▪ Período de latência de 6 a 8 horas
▪ Perda súbita de visão (blefarospasmo)
▪ Dor, fotofobia, lacrimejo e sensação de corpo estranho intoleráveis
▪ Anestésico local + fluoresceína
▪ Edema epitelial da córnea
▪ Queratite punctiforme superficial ou erosões da córnea na área da fenda palpebral
➢ Exame físico
➢ Tratamento
▪ Explicar a reversibilidade dos sintomas em 24-48h
▪ AB pomada 3-3h ODE ± lubrificação (± cicloplégico)
▪ Eventual oclusão do olho mais afectado
14b. Traumatismo por Agentes Físicos:
✓ Queimaduras
➢ Sintomas
▪ Perda súbita de visão (blefarospasmo)
▪ Dor, fotofobia, lacrimejo e sensação de corpo estranho intoleráveis
▪ Anestésico local + fluoresceína
▪ Hiperemia da conjuntiva (verificar fundos de saco)
▪ Edema epitelial da córnea
▪ Queratite punctiforme superficial ou erosões da córnea
➢ Exame físico
➢ Tratamento
▪ Eventual verificação periódica dos fundos de saco e conjuntiva
▪ AB pomada 3-3h ODE ± lubrificação (± cicloplégico)
▪ Eventual oclusão do olho mais afectado
15c. Traumatismo com Corpos Estranhos:
✓ Superficial
➢ Sintomas
▪ Dor, sensação de corpo estranho, fotofobia
▪ Anestésico local + fluoresceína
▪ Corpo estranho +/-oxidado superifície ocular
▪ Queratite linear – provável corpo estranho no fundo de saco
▪ Ferida em toda a espessura da córnea ou hemorragia subconjuntival extensa – exame de imagem
➢ Exame físico
➢ Tratamento
▪ Remoção de corpo estranho + oclusão + AB pomada (± cicloplégico)
(ex: rebarbar, andar de mota/bicicleta, vento, etc)
16c. Traumatismo com Corpos Estranhos:
✓ Intraocular
➢ Sintomas
▪ Variam – de irritação a dor intensa, diminuição da AV, lacrimejo, fotofobia, dificuldade na abertura da
fenda palpebral..
▪ Anestésico local + fluoresceína
▪ Extremo cuidado na abertura da fenda palpebral
▪ Ferida corneana ou conjuntival e escleral, hemorragia subconjuntival, alteração da normal anatomia
▪ Exame de imagem – TC órbitas
➢ Exame físico
➢ Tratamento
▪ Cirúrgico + AB e Anti-inflamatório tópicos e sistémicos (± cicloplégico)
(ex: cavar, traumatismo, agressão))
17d. Traumatismo Mecânico:
✓ Erosivos (erosão/úlcera de córnea)
➢ Sintomas
▪ Dor intensa, fotofobia, lacrimejo, dificuldade na abertura da fenda palpebral
➢ Exame físico
➢ Tratamento
▪ Anestésico local + fluoresceína
▪ Lesão Fl+ na córnea
▪ AB pomada + oclusão (± cicloplégico)
(ex: traumatismo com unha, papel, planta…)
18d. Traumatismo Mecânico:
✓ Contusos
➢ Sintomas
▪ Dor, diminuição da acuidade visual, diplopia
➢ Exame físico
➢ Tratamento
▪ Lesões possíveis:
▪ Variável
(ex: agressão, bolas, rolhas (champanhe), quedas sobre o olho…)
• SEGMENTO ANTERIOR
HifemaIridodiáliseLuxação/subluxação de cristalinoCatarata traumática
• SEGMENTO POSTERIOR
Rasgadura da retina – descolamento da retinaCommotio retinaeRotura da coróideAvulsão do nervo óptico
• FRACTURA DA ÓRBITA
19d. Traumatismo Mecânico:
✓ Penetrantes/Perfurantes
➢ Sintomas
▪ Dor, diminuição da acuidade visual
➢ Exame físico
➢ Tratamento
(ex: agressão com arma branca, etc)
▪ CA muito baixa ou ausente +/- ferida córnea, conjuntiva,
esclera +/- hemorragia subconjuntival
▪ Pupila irregular
▪ Catarata traumática
▪ Sangue na CA e vítreo
▪ Cirúrgico± AB e Anti-inflamatório tópicos e sistémicos (± cicloplégico)
20O que fazer perante um traumatismo ocular?
• Determinação da AV
21O que fazer perante um traumatismo ocular?
• Determinação da AV
• Exame externo
Edema da órbita e hematomas
Abertura da fenda palpebral
Pesquisa de soluções de continuidade palpebral e do globo
Pesquisa de irregularidades da CA/íris
Pesquisa de lesões superficiais da córnea/conjuntiva
22O que fazer perante um traumatismo ocular?
• Determinação da AV
• Exame externo
Edema da órbita e hematomas
Abertura da fenda palpebral
Pesquisa de soluções de continuidade palpebral e do globo
Pesquisa de irregularidades da CA/íris
Pesquisa de lesões superficiais da córnea/conjuntiva
23O que fazer perante um traumatismo ocular?
• Determinação da AV
• Exame externo
• Reflexos pupilares
SEM LUZ
RESPOSTA NORMAL
À LUZ
DPAR OD
24O que fazer perante um traumatismo ocular?
• Determinação da AV
• Exame externo
• Reflexos pupilares
• Motilidade ocular
25O que fazer perante um traumatismo ocular?
• Determinação da AV
• Exame externo
• Reflexos pupilares
• Motilidade ocular
• Fundoscopia
26O que fazer perante um traumatismo ocular?
• Determinação da AV
• Exame externo
• Reflexos pupilares
• Motilidade ocular
• Fundoscopia
suspeita de
envolvimento ocular
significativo…
OFTALMOLOGISTA
QUEIMADURAS QUÍMICAS
irrigação ocular profusa
NUNCA Anestésico tópico como prescrição! (tóxico para epitélio)
27Do protocolo clínico Lusíadas, podem ser:
o EMERGENTES
o MUITO URGENTES
o URGENTES
Queimaduras por bases fortes
Perfuração do globo ocular
Rotura do globo ocular
Erosão da córnea
Úlcera da córnea
Hifema
Corpo estranho intraocular
28Como actuar pelo protocolo clínico Lusíadas:
29Como actuar pelo protocolo clínico Lusíadas:
30Como actuar pelo protocolo clínico Lusíadas:
31Como actuar pelo protocolo clínico Lusíadas:
32Como actuar pelo protocolo clínico Lusíadas:
33Como actuar pelo protocolo clínico Lusíadas:
34Como actuar pelo protocolo clínico Lusíadas:
35Como actuar pelo protocolo clínico Lusíadas:
36Como actuar pelo protocolo clínico Lusíadas:
Obrigado